File - Teoria e Percepção Musical I

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File - Teoria e Percepção Musical I
Universidade Federal de Santa Maria
Centro de Artes e Letras
Departamento de Música
GUIA DA
TEORIA E PERCEPÇÃO
MUSICAL
Prof. Pablo Gusmão
[email protected]
2012/1
1 – Apresentação
2 – O estudo da percepção musical
2.1 – Leitura em claves
2.2 – Elementos musicais
2.3 – Leitura rítmica a uma e duas vozes
2.4 – Solfejo melódico tonal
2.5 – Ditado melódico tonal a uma voz
2.6 – Progressões harmônicas
2.7 – Teoria musical elementar
3 – Avaliações
3.1 – Avaliações parciais
3.2 – Média parcial
3.3 – Avaliação final (exame)
3.4 – Média final
3.5 – Recuperação de avaliações parciais
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1 - APRESENTAÇÃO
Objetivo da disciplina: A disciplina de teoria e percepção musical tem
um objetivo principal: fazer compreender o que ouvimos. A
percepção musical busca produzir um ouvinte/executante que
pode perceber o som como padrões repletos de significados desenvolvendo uma mente que escuta e um ouvido que pensa.
Isto é obtido através do desenvolvimento paralelo de dois tipos
de atividades: audição e execução. Atividades de audição
incluem reconhecimento de eventos musicais, ditados
melódicos e percepção de progressões harmônicas. Atividades
de execução incluem leitura rítmica e solfejo à primeira vista.
Materiais utilizados:
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
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Berkowitz, Sol et al. A New Approach to Sightsinging, 4th
edition. W.W Norton & Company
Hall, Anne. Studying Rhythm, 2nd edition, Prentice Hall
Dandelot, Georges. Manuel Pratique pour L’Etude des Clés de
Sol, Fa et Ut. Ed. Max Eschig
Polígrafos elaborados especialmente para a disciplina
Além disto, tenha sempre em aula um caderno de pautas
musicais, lápis, borracha e caneta.
Política de freqüência: A freqüência mínima exigida é de 75%, sendo
expressamente vedado o abono de faltas, exceto amparados
pela Lei 4.375/64 e Decreto-Lei 715/69 e pelo Decreto
80.228/77. Cada dia de aula consiste em dois períodos, os quais
compõem uma presença. Haverá uma tolerância de 15 minutos
para atrasos no início da aula. O aluno que chegar após este
prazo receberá presença em apenas um período (meia falta).
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2 – O ESTUDO DA PERCEPÇÃO MUSICAL
As atividades em Percepção Musical não têm um fim em si
mesmo. São, na realidade, um meio para desenvolver habilidades
musicais crucias:

Para compreender o que você escuta: este é o objetivo principal
da teoria e percepção musical. No papel de executante,
regente, compositor ou professor, tal compreensão é necessária
para que você possa fazer música em conjunto, avaliar e
corrigir a sua execução (e a de outros), comparar
interpretações musicais diferentes, assim como possuir uma
experiência musical mais completa. Uma das atividades
praticadas em Percepção Musical é o ditado. O produto final de
um ditado é uma representação visual da música: você escreve
o que você escuta. Enquanto esta é uma habilidade musical útil
por si só, é importante lembrar que não é o principal objetivo do
ditado. O ditado é usado para desenvolver sua habilidade de
compreender a música ouvida e avaliar o seu nível de
compreensão. Você aprende a escutar mais e melhor quando
escreve o que ouviu. Também é um meio de comunicar qual foi
sua compreensão da música, para que se possa identificar o
que precisa ser melhorado.

Para escutar o que você vê: esta é a habilidade que permite
que você leia um trecho musical na partitura e o escute
mentalmente. Você deve escutar a música com um ouvido
"interno" tão potente e tão real quanto se estivesse de fato
ouvindo alguém tocar. Um dos meios de desenvolver esta
habilidade é através do solfejo. O objetivo do solfejo não é o de
produzir uma voz linda (embora não exista nenhum mal em
obter tal voz!), mas sim uma voz precisa. Outro propósito do
solfejo é o de permitir a observação do que você está
pensando. Ninguém pode escutar o que está dentro de sua
cabeça. Pode não ser um meio ideal, mas solfejar em voz alta é
o único modo para que alguém (seja o professor, um colega ou
você mesmo) possa avaliar se você pode de fato escutar aquilo
que lê. O solfejo é, portanto, o único modo de identificar seus
pontos fortes e fracos, e assim ajudá-lo a melhorar sua
habilidade.

Reconciliar a leitura e o som. Você deve desenvolver a
habilidade de detectar e corrigir discrepâncias entre e a música
escrita e a música que você ouve. Por exemplo, quando você
está ensinando ou regendo um conjunto você deve poder
identificar notas erradas e que tipo de erro ouviu para poder
orientar a correção dos mesmos. Às vezes é a notação que
precisa se reconciliar com o som, como, por exemplo, quando
você transcreve o solo de uma gravação ou confere se existem
erros em uma partitura. Tanto uma quanto outra atividade
envolve uma comparação da execução audível com a sua
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execução interna da partitura - portanto você precisa poder
escutar o que vê.

Tocar o que tem intenção. Ao executar música, você precisa
executar com precisão o que está na sua mente. Parte disto
depende da sua proficiência técnica no seu instrumento ou voz.
Outra parte depende do seu sentido interno de altura, ritmo,
dinâmicas, etc. Você pode ver uma sexta menor na música e
tentar tocar este intervalo, mas não ser bem sucedido porque
lhe falta a habilidade de afinar com precisão. Você precisa
saber intelectualmente como é uma quiáltera para poder
executar uma com precisão. Seu senso rítmico pode não estar
suficientemente desenvolvido para poder começar e manter um
pulso específico sem o uso de um metrônomo ou de um
regente. O objetivo de cada exercício de percepção musical não
é o de replicar uma melodia ou ritmo em particular, mas sim
aprender habilidades e estratégias que são aplicáveis em toda
música que você pode encontrar.
Existe muita discussão sobre a questão de ouvido absoluto vs.
ouvido relativo. Estes termos se referem, na realidade, ao tipo de
processamento mental utilizado para a identificação de alturas
musicais. O processamento absoluto percebe alturas diretamente
através do reconhecimento da freqüência do som escutado: uma
freqüência de 440hz é uma nota lá. Por outro lado, o processamento
relativo exige a comparação entre uma determinada altura e uma
nota de referência: percebe-se, por exemplo, duas notas consecutivas
como um intervalo de terça maior (neste caso a segunda nota só
poderia se identificada sabendo-se a primeira).
Por mais útil que o ouvido absoluto possa parecer, o significado
da música só pode ser percebido de verdade através do ouvido
relativo, já que as estruturas musicais são definidas justamente pela
relação particular entre notas específicas. Uma pessoa portadora
apenas de ouvido absoluto, sem a capacidade de fazer relações entre
os sons escutados, não poderia perceber diretamente intervalos,
acordes, escalas, motivos, seqüências, transposições, etc. A verdade
é que todo bom músico tem o seu ouvido relativo bem treinado,
independente de ter ou não um ouvido absoluto. Portanto, a
conclusão é simples: o ouvido absoluto é desnecessário para o
desenvolvimento do músico. Esta disciplina abordará o estudo da
percepção musical exclusivamente através do processamento
relativo.
Lembre-se que à exceção da teoria elementar, esta disciplina
trata de habilidades específicas e não de acúmulo de conhecimento
factual. A diferença crucial está no fato de que habilidades só podem
ser desenvolvidas ao longo de um período de tempo significativo,
enquanto conhecimento teórico pode ser acumulado (embora não
necessariamente assimilado satisfatoriamente) em pouco tempo. Isto
tem conseqüência direta na forma como você organiza o seu tempo
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de estudo. Um erro típico que muitos alunos infelizmente incorrem é
o de deixar para estudar perto da data da prova. Assim como o
treinamento correto para uma maratona começa com distâncias
curtas que vão gradualmente aumentando até chegar a 42 km, as
habilidades perceptivo-musicais são desenvolvidas um pouco de cada
vez até atingir o padrão que é exigido na prova. Tentar estudar
percepção somente algumas semanas antes da prova equivale a se
inscrever para uma maratona e começar o treinamento duas
semanas antes.
Cada semana de aula vai aumentar a complexidade da matéria
em apenas um grau. Se você dominou o conteúdo da semana
anterior, não terá dificuldade em aprender o desta semana. Por outro
lado, se você ficar uma ou duas semanas sem rever o conteúdo em
casa, na terceira semana você terá muita dificuldade em acompanhar
o que está sendo visto em aula, e dificilmente conseguir “correr atrás
do tempo perdido”, já que o cérebro tem uma taxa de aprendizagem
determinada. Não deixe acumular dúvidas! Pergunte em aula.
A seguir você encontra uma discussão detalhada das atividades
mais trabalhadas na disciplina de percepção. Além de descrever a
importância de cada atividade, o texto também busca sugerir
maneiras de estudar, assim como explicar e exemplificar como cada
atividade é avaliada nas provas.
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2.1 – LEITURA EM CLAVES
DESCRIÇÃO: A mais básica de todas as habilidades necessárias para
um aluno do curso de música. Esta é uma atividade trabalhada na
prática durante todos os semestres da disciplina, porém é vista de
maneira intensiva e aprofundada somente durante a primeira metade
do primeiro semestre, em preparação à primeira avaliação parcial.
O material utilizado apresenta uma maneira sistemática e
gradual de internalizar e automatizar a leitura em claves. Será dada
ênfase nas claves de sol e de fá na quarta linha, visto o seu uso mais
freqüente no estudo de teoria musical, como, por exemplo, em
harmonia, contraponto, análise, etc. Entretanto todas as claves são
eventualmente abordadas, através de exercícios de transposição à
primeira vista ou de solfejos em claves de dó.
Você deve buscar uma leitura fluente e precisa, a qual será
demonstrada através do “solfejo rezado”, ou seja, recitando as
sílabas correspondentes aos nomes das notas. Para alcançar a
proficiência, a velocidade da leitura é um fator fundamental. Uma
meta que é exigida na avaliação é a leitura na velocidade equivalente
a colcheias em um pulso onde uma semínima corresponde à
marcação 60 do metrônomo (duas notas por segundo).
COMO ESTUDAR: O método utilizado é baseado no sistema de notas
de referência. Por exemplo, os primeiros exercícios buscam
internalizar a leitura apenas das notas dó e sol em duas oitavas. Você
deve repetir este exercício quantas vezes forem necessárias até o
reconhecimento destas notas se tornar automático.
O próximo passo no método é a adição das notas vizinhas aos
pontos de referência. Em um primeiro momento, estas notas vizinhas
somente aparecem seguindo uma nota de referência, como por
exemplo, dó-ré-dó; sol-fá-sol. Tente fazer todos os exercícios com a
atenção voltada ao reconhecimento das notas de referência.
Utilize SEMPRE um metrônomo quando estudar leitura em
claves. Inicialmente escolha uma marcação lenta que corresponda a
apenas uma nota, mesmo que esta nota seja uma colcheia ou
semicolcheia. Somente quando você puder fazer o exercício sem
hesitação ou erro você deverá acelerar o metrônomo. Eventualmente
você pode dividir o valor do metrônomo para que o sinal sonoro passe
a corresponder a duas ou três ou quatro notas de cada vez. É
conveniente manter um diário de estudo que indique a velocidade
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que você conseguiu atingir na última sessão de estudo, para que
possa recomeçar deste ponto (ou um pouco mais lento) na próxima
vez.
Lembre-se que se trata de uma habilidade e não de
conhecimento teórico. Em outras palavras, não adianta deixar para
estudar perto da data da prova, pois não depende do acúmulo de
informações, mas sim do desenvolvimento gradual de uma
habilidade. Habilidades só conseguem ser desenvolvidas um pouco
em cada sessão de estudo, então o único modo de atingir a meta é
através do estudo constante e disciplinado.
AVALIAÇÃO: A prova de leitura de claves acontece apenas na primeira
avaliação parcial da disciplina de Teoria e Percepção Musical I, no
lugar da prova de progressões harmônicas que compõem as
avaliações subseqüentes.
A prova acontecerá na mesma ocasião das provas individuais
de solfejo e de leitura rítmica e, assim como estas, você terá duas
chances para realizar a leitura do trecho (somente a nota mais alta é
considerada). Você deverá manter e marcar um pulso constante e
enunciar em voz alta e clara as sílabas correspondentes ao nome das
notas. Todas as notas estarão escritas com a mesma figura rítmica,
pois não se trata de um exercício de leitura rítmica. Entretanto, a
velocidade mínima é de duas notas por segundo. O uso de
metrônomo na prova é opcional.
A pontuação da prova varia de 0 a 10. Cada nota representa
uma fração da pontuação total da prova. Por exemplo, se a prova
contém 64 notas e você falar corretamente o nome de 48 notas, com
o pulso certo e sem hesitação, sua nota será 7,50 (75% de acertos).
Entretanto, se você, por qualquer razão, atrasar o andamento normal
do trecho, sua nota será penalizada na razão de 4 notas por segundo
de atraso. Alterar o pulso também resulta em penalização, podendo
até mesmo resultar na perda de todos os pontos caso o andamento
não retorne ao mínimo exigido.
A prova simula uma execução musical em conjunto, no sentido
em que uma vez iniciada a execução você não pode “voltar atrás”
para corrigir algum erro. Se você, no curso da prova, cometer algum
erro ou ficar inseguro quanto a algum trecho, leve a leitura adiante –
não tente voltar e repetir algum grupo de notas. Este tipo de correção
não seria possível em uma orquestra, portanto serão consideradas
somente as notas lidas até a interrupção.
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2.2 – RECONHECIMENTO DE ELEMENTOS MUSICAIS
DESCRIÇÃO: Assim como o alfabeto é um material essencial para
saber ler português, elementos musicais isolados são os “blocos de
construção” que se agrupam para formar padrões com significado em
música. Porém, assim como o alfabeto isolado não é suficiente para
saber uma língua, saber os elementos musicais isolados não garante
uma compreensão musical. É por causa desta curiosa característica
destes elementos, que são necessários, mas não suficientes para o
desenvolvimento do ouvido musical, que as provas que os testam são
realizadas separadamente das outras provas das avaliações parciais
(mais a este respeito abaixo).
Inicialmente esta parte da disciplina aborda o reconhecimento
de intervalos musicais, ascendentes, descendentes, harmônicos, ou
uma mistura destes. Mais tarde será abordada a identificação de
estruturas mais complexas, como tríades ou tétrades e suas
inversões. Eventualmente os elementos verificados poderão ser tão
sofisticados como padrões contrapontísticos a duas vozes ou a
condução melódica entre tricordes e tetracordes atonais. Seja qual for
o elemento estudado, é importante manter em mente que mesmo
que este seja desprovido de um significado musical intrínseco, ainda
é um elemento básico sobre as quais estruturas musicais mais
complexas são construídas.
COMO ESTUDAR: Todo o conteúdo das provas de elementos isolados
será revisto em aula. Fora de aula, o material sempre poderá ser
estudado com um colega, com uma pessoa tocando ou cantando um
elemento e a outra buscando o seu reconhecimento. Além disto, o
website da disciplina buscará manter um acervo de arquivos MP3 que
possa auxiliar no estudo. Páginas na internet e softwares de
treinamento auditivo serão sugeridos.
Mantenha sempre um diário de estudo onde você possa
registrar sua taxa de sucesso. Por exemplo, você pode anotar quantos
intervalos ascendentes está acertando a cada vinte tentativas. Ou
então poderá descobrir que tem mais dificuldade com intervalos
descendentes. De qualquer modo, ao fazer os exercícios sempre
anote suas respostas e nunca as apague caso tenha errado. Assim,
será possível aprender qual o tipo de erro que está ocorrendo. Saber
que errou um intervalo não o ajuda a melhorar, mas se você descobrir
que está consistentemente confundindo sextas maiores com sétimas
menores, você poderá então programar uma sessão de estudo que
treina somente estes intervalos.
Apesar de não ser exigido em avaliações, é muito útil cantar em
voz alta os elementos, para garantir a associação completa do
conteúdo aprendido. A associação de intervalos específicos com o
início de melodias não é encorajada, mas pode auxiliar nos
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desempenhos das avaliações. Lembrar do início de melodias famosas
significa colocar o intervalo em questão em um contexto tonal
específico, e às vezes isso pode causar uma dificuldade em
reconhecer o mesmo intervalo quando estiver em um contexto
diferente.
AVALIAÇÃO: As provas de reconhecimento de elementos são provas
mais curtas (aproximadamente entre 10 e 20 minutos de duração), e
serão sempre realizadas durante um dia de aula normal. Para cada
avaliação parcial, serão realizadas duas provas de elementos, ou seja,
um total de quatro provas por semestre. Para fins de cálculo das
avaliações parciais, realiza-se a média aritmética entre as provas de
elementos respectivas.
A pontuação das provas é calculada com uma nota entre 0 e 10,
de modo que a nota represente a fração de acertos do aluno. Por
exemplo, se a prova requer o reconhecimento de 20 intervalos e o
aluno acertar 13 destes, sua nota será de 6,50 (65% de acertos).
IMPORTANTE: Para todas as provas que envolvem a análise dos
elementos musicais, a questão somente será considerada correta se
você acertar tanto a notação do elemento como sua análise (não há
“meio-certo”). Por exemplo, digamos que na identificação de
intervalos, o intervalo ascendente tocado foi formado pelas notas dó
e sol. Se você escreveu corretamente as notas dó e sol, mas
identificou erroneamente o intervalo como uma quarta justa, a
questão é considerada completamente errada. Da mesma forma, se
você identificar o intervalo corretamente e escrever as notas erradas
a questão não será considerada correta. Resumindo, a análise precisa
ser consistente com as notas escritas. Por exemplo, se as notas
tocadas foram ré e sol sustenido, você poderá responder
corretamente que escutou uma quarta aumentada, caso tenha escrito
estas notas. Se você anotar a alternativa enarmônica (notas ré e lá
bemol), a análise deverá identificar uma quinta diminuta.
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2.3 – LEITURA RÍTMICA A UMA E DUAS VOZES
DESCRIÇÃO: A capacidade de decodificação o ritmo correto de uma
passagem escrita é fundamental para qualquer atividade de um
músico. Nesta disciplina, você deverá ser capaz de realizar passagens
rítmicas a uma e a duas vozes. No caso da leitura a uma voz, é
fundamental que você marque o pulso enquanto realiza o ritmo
falando alguma sílaba (por exemplo, “ta”). Na leitura a duas vozes,
você deverá falar o ritmo da voz superior enquanto realiza o ritmo da
voz inferior percutindo com a mão ou um objeto sobre a classe. A
capacidade de ler e coordenar duas vozes simultâneas aprimora o
senso de contraponto e amplia a percepção da relação entre partes
musicais.
COMO ESTUDAR: Assim como quando se estuda um instrumento, é
mais importante realizar uma passagem de maneira correta do que
executá-la em um andamento rápido, mas com erros. Inicialmente
você deve identificar a métrica, o andamento (quando indicado) e a
natureza dos padrões rítmicos empregados. Então você pode ler
silenciosamente a passagem, para identificar quais são as passagens
mais rápidas ou complexas. Estas passagens funcionam como
limitadores para o pulso.
Ouça um metrônomo antes da realização do exercício, para
descobrir qual o andamento que você decidiu utilizar. Não permita
flutuações de tempo; se você acha que um trecho está difícil, decida
por um andamento mais lento desde o início. Após uma tentativa de
execução, ouça o metrônomo novamente para confirmar se você não
alterou o andamento.
Mantenha em mente a estrutura métrica da passagem: sempre
saiba onde estão os tempos fortes e fracos e como se divide o pulso.
Para decifrar passagens mais complexas é possível marcar uma
subdivisão do pulso. Por exemplo, em uma passagem com muitas
fusas ou semifusas onde o pulso é indicado pela semínima, você pode
estudar marcando a colcheia ou até mesmo a semicolcheia como se
fosse o pulso. Entretanto, isto só deve ser feito a fim de estudo:
durante uma avaliação, você não pode marcar uma unidade de
tempo diferente da que indicada. É útil contar em voz alta os tempos
e suas subdivisões (1 e e 2 e e, etc.), assim como marcar tempos
fortes e fracos de maneira diferente.
Se você encontrar dificuldade nas subdivisões, você pode tentar
reescrever a passagem com uma métrica diferente. Por exemplo,
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uma passagem em compasso 4/8 pode ser reescrita em 4/4 ou 4/2,
para facilitar a visualização das subdivisões. Entretanto, utilize isto
apenas como um método de estudo – você ainda precisa saber
resolver o ritmo particular em sua notação original. Da mesma forma,
não é encorajado escrever os tempos e suas divisões na partitura,
uma vez que na vida real as partituras não vêm com tais anotações.
AVALIAÇÃO: A prova de leitura rítmica é individual e acontece logo
após a prova de solfejo. Você terá um tempo curto para estudar a
passagem, possivelmente junto com o tempo para estudo do solfejo.
Este tempo não pode não ser suficiente para você executar o
exercício completo, então utilize o tempo de estudo para encontrar e
rever os trechos que podem causar alguma dificuldade. Identifique a
métrica e determine o andamento baseado nas partes mais difíceis.
Lembre-se que nas passagens a uma voz, você deverá marcar o pulso
de maneira audível.
A prova de leitura rítmica receberá uma nota de 0 a 10,
incluindo passagens a uma e/ou a duas vozes. Você terá duas
chances (a nota mais alta é considerada). A prova é avaliada por
unidade de tempo, sendo que o padrão rítmico de cada tempo deverá
ser executado corretamente para que um determinado tempo seja
avaliado como correto. Um padrão rítmico diferente resulta no tempo
inteiro considerado errado. Da mesma forma, o tempo será
considerado errado se você não marcar o pulso. Nas passagens a
duas vozes, somente será considerado correto o padrão ritmo
realizado corretamente nas duas vozes. Realizar apenas uma voz não
é considerado “meio-certo”, uma vez que a proposta do trecho é
avaliar a coordenação entre duas partes musicais.
Se você, por qualquer razão, atrasar o andamento normal do
trecho, sua nota será penalizada na razão de dois tempos por
segundo de atraso. Alterar o pulso também resulta em penalização,
podendo até mesmo resultar na perda de todos os pontos caso o
andamento fique abaixo do mínimo exigido.
ATENÇÃO: Se o número de alunos matriculados na disciplina for
demasiado, não haverá tempo para estudar o trecho antes da
execução na avaliação. Ao invés disso, uma lista de trechos será
divulgada com antecedência para estudo prévio. Um trecho da lista
será sorteado na hora da prova, e você deverá executá-lo
imediatamente.
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2.4 - SOLFEJO MELÓDICO TONAL
DESCRIÇÃO: Solfejo é a capacidade de você mentalmente decodificar
a notação musical em um objeto sonoro. Para compreender melhor a
importância do solfejo, é possível fazer uma analogia com a
linguagem tradicional. Quando você lê uma palavra escrita, você é
capaz de identificar uma palavra que conhece, compreender o seu
significado, e imaginar exatamente qual o som desta palavra, mesmo
sem precisar falar em voz alta. Transportado para a linguagem
musical, esta é a finalidade do solfejo. Apesar do produto final do
solfejo ser a atividade de cantar uma melodia, é o processo de
decodificação e representação mental do som que importa.
Nesta disciplina, será utilizado o sistema do “dó fixo”, ou seja,
as sílabas correspondem aos nomes das notas das alturas cantadas
(o método do “dó móvel” é muito útil, mas sua aplicabilidade é mais
funcional nos idiomas onde as notas são chamadas por letras, como o
inglês ou alemão). Você deverá sempre utilizar nome de notas
enquanto solfeja, para fortalecer a cognição conceitual do que está
lendo.
A abordagem trabalhada na disciplina de percepção musical é
baseada na contextualização das notas de uma melodia. Em outras
palavras, as notas precisam ser compreendias através da sua função
na melodia: podem ser, por exemplo, partes de uma tríade,
ornamentações específicas (appogiaturas, notas de passagem, etc),
ou indicações de modulação. Não se aconselha a prática de solfejo
por intervalos, embora o domínio destas estruturas básicas seja
essencial.
COMO ESTUDAR: Talvez esta seja a área da percepção que os alunos
mais cometem erros ao estudar. Muitas pessoas têm a concepção de
que solfejar é simplesmente cantar e, portanto, ignoram o processo
de decodificação do texto musical e partem diretamente para a
entonação da melodia, freqüentemente reproduzindo o que ouviram
depois de tocar a melodia em um instrumento. Tal prática não só não
contribui para o desenvolvimento do ouvido musical como o
atrapalha, pois cria o hábito de depender da produção externa do
som, quando na verdade o importante é a capacidade de criar o som
internamente.
É fundamental familiarizar-se com padrões básicos, como
escalas maiores e menores, arpejos de diferentes tríades, notas
estranhas aos acordes, etc. Muitas melodias são colagens de motivos
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e padrões comuns que você já viu e ouviu antes. Muitas vezes, o
único elemento novo é a ordem em que estes padrões ocorrem.
Quando estudar solfejo, utiliza o seguinte procedimento:
1. Analise a melodia. Determine a tonalidade e a métrica. Observe a
nota inicial e o escopo da melodia (para escolher em que oitava você
deve começar). Procure os padrões - graus conjuntos, arpejos, notas
repetidas. Procure pontos problemáticos em potencial (saltos
maiores, ritmos complicados, pausas, etc.)
2. Estabeleça a tonalidade. Estabelecer a tonalidade significar
relacionar as notas na página (visual) com as alturas apropriadas
(aural) e as sílabas do solfejo (conceitual). Toque a nota da tônica (e
SOMENTE esta nota!) e cante a escala da tonalidade (com nomes de
notas).
3. Estabeleça o pulso. Não saia cantando do inicio. Procure a
passagem mais difícil e selecione seu tempo para acomodar
confortavelmente esta parte. Pode ser a seção com os ritmos mais
rápidos ou pode ser um padrão melódico difícil.
4. Cante silenciosamente. "Imagine" silenciosamente o som da
passagem enquanto mantém o pulso (ex. regendo ou batendo o
pulso). A seguir, procure as partes mais problemáticas e descubra
como corrigir o problema. Desta forma você pode corrigir alguns dos
seus erros antes mesmo que alguém os tenha ouvido.
5. Solfeje a passagem (em voz alta) enquanto mantém o pulso. Não
interrompa ou permita a si mesmo um falso início ou correções. É
muito mais importante errar uma nota mas continuar a atividade (de
modo que as outras notas estão no tempo certo) do que voltar a
melodia para corrigi-la. Imagine o que aconteceria se você fizesse isto
em um conjunto de câmara ou orquestra. Uma nota atrasada está
errada independente da altura que você cantou.
6. Quando terminar, confira o som da tônica para verificar se sua
afinação flutuou e verifique o metrônomo para observar se o seu
pulso se alterou. Reveja e corrija quaisquer erros que você se lembra.
Se algo não funcionou, não saia cantando novamente com a
esperança de que vai melhorar. Crie uma nova estratégia para a
próxima tentativa.
7. Tente cantar a passagem mais duas vezes, repetindo os
procedimentos acima. Se você acha que não está correto ainda, deixe
a melodia para outro dia. Você não estaria mais praticando solfejo à
primeira vista, você estaria preparando a melodia. Similarmente,
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jamais corrija erros tocando a passagem no piano ou em outro
instrumento. Apenas faça isso para conferir sua execução depois que
você acredita ter cantado a melodia correta. Tocar no instrumento
não é mais solfejo, é cantar de ouvido.
AVALIAÇÃO: A prova de solfejo é realizada individualmente, através
do sorteio de uma melodia. Você terá um tempo curto para estudar a
melodia sorteada. Antes do início do tempo de estudo, você terá
direito a ouvir uma progressão que estabelece a tônica. Certifique-se
de que você assimilou bem o som da tônica para não perder tempo
solicitando-o novamente durante o tempo de estudo. Você terá duas
chances de entoar a melodia em voz alta (a nota mais alta é
considerada).
A prova é pontuada de 0 a 10 e é avaliada por unidade de
tempo, sendo que as alturas, o ritmo e o nome das notas em cada
tempo deverão ser executados corretamente para que um
determinado tempo seja avaliado como correto. É possível acertar
frações de um tempo. Se, por exemplo, você executar corretamente
somente a primeira metade de um determinado tempo, poderá
receber o equivalente à metade de um tempo correto (meio-certo).
Veja exemplos 1 e 2 da avaliação do ditado. Você precisa marcar o
pulso de forma audível durante a execução. Uma unidade de tempo
será considerada errada se você não marcar o pulso.
Se você, por qualquer razão, atrasar o andamento normal do
trecho, sua nota será penalizada na razão de dois tempos por
segundo de atraso. Alterar o pulso também resulta em penalização,
podendo até mesmo resultar na perda de todos os pontos caso o
andamento fique mais lento que o mínimo exigido. Se você alterar a
afinação, transpondo efetivamente o restante da melodia de forma
consistente uma única vez, as notas poderão ainda ser consideradas,
porém esta transposição acidental será penalizada com o desconto
equivalente a um compasso
ATENÇÃO: Se o número de alunos matriculados na disciplina for
demasiado, não haverá tempo para estudar a melodia antes da
execução na avaliação. Ao invés disso, uma lista de melodias será
divulgada com antecedência para estudo prévio. Uma melodia da
lista será sorteada na hora da prova, e você deverá executá-la
imediatamente.
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2.5 - DITADO MELÓDICO TONAL A UMA VOZ
DESCRIÇÃO: A atividade do ditado melódico é oposta a do solfejo -
enquanto o solfejo exercita a capacidade de decodificar o texto
musical em som, o ditado consiste na organização mental e
compreensão dos sons escutados, freqüentemente com a finalidade
de transcrevê-los com notação musical.
Continuando a analogia com a linguagem, o ditado é o
equivalente a você escutar alguém dizer uma frase. Você então
compreende o conteúdo e significado da frase bem o suficiente para
poder reproduzi-la na forma de som e na forma escrita. Desta forma
percebemos como é importante ter esta habilidade desenvolvida, pois
um músico que não é capaz de entender uma melodia escutada a
ponto de poder escrevê-la equivale a alguém que não compreende
uma conversa, como se estivesse escutando uma língua estrangeira.
O processo envolvido na atividade do ditado musical pode ser
subdividido em quatro etapas: audição, memorização, compreensão e
notação. A audição é o momento em que o que as ondas sonoras são
percebidas pelo seu ouvido; a memorização é o estágio em que seu
cérebro torna-se capaz de reproduzir mentalmente a melodia
escutada; compreensão é a etapa responsável pelo processamento
da informação musical percebida, ou seja, onde o som passa a ser
percebido conceitualmente como estruturas com significado musical
de níveis distintos como, por exemplo, graus diatônicos, tríades,
padrões escalares, motivos, seqüências, etc.; e notação, onde a
mensagem musical, após processada, é anotada através dos símbolos
musicais apropriados.
COMO ESTUDAR: O principal erro na forma do estudar ditado é a
impaciência. Na pressa de querer anotar tudo o que puder enquanto a
melodia é tocada, muitos alunos acabam não se concentrando
suficientemente na música que estão ouvindo. Ao tentar pular para a
fase de notação sem ter memorizado nem compreendido o trecho
musical, o foco destes alunos pode ficar paralisado em um ponto
inicial da melodia, impedindo até mesmo o estágio mais básico de
todos, a audição, de acontecer naturalmente.
Nos exercícios de ditado melódicos poderão ser inicialmente
informados a tonalidade, a métrica, o pulso, e a primeira nota.
Gradualmente estes privilégios serão removidos, um a um.
Portanto, ao fazer um ditado:
1. Escreva barras de compasso com antecedência, deixando espaço
suficiente. Pense sobre o tipo de material que você espera escutar.
15
2. Estabeleça mentalmente o tempo e pense sobre a métrica. Para
manter o pulso, utilize-se da regência ou conte silenciosamente os
tempos. NUNCA marque com os pés ou percurtindo com as mãos.
3. Escute o exercício. Apenas escute sem tentar anotar nada. Na
primeira audição não se esforce muito em tentar desvendar que
notas são. Este é o estágio que trabalha a memorização, portanto
tente apenas relembrar a melodia. Tente executá-la na sua mente do
início ao fim, com o mesmo timbre e andamento que escutou. Desta
forma você poderá reproduzir a melodia em questão quantas vezes
você quiser.
4. Perceba os padrões: movimento escalar, arpejos, seqüências, etc.
Esboce estes padrões de alguma forma. Mais tarde, você poderá
refazer com a notação tradicional.
5. Enquanto estiver processando a informação (etapa da
compreensão), trabalhe com o exercício inteiro, ou seja, não fique
paralisado em um compasso só porque não se lembra de algumas
notas. Você pode escrever o final da melodia, ou algum trecho
significativo no meio, como uma frase que inicia de modo semelhante
à primeira. É muito melhor deixar vários compassos incompletos do
que obter apenas o primeiro compasso com perfeição.
6. Sempre que possível, compare sua notação com pontos de
referência (tempos fortes, tônicas, dominantes, notas repetidas). Não
permita que cada evento seja dependente apenas do evento anterior.
7. Pense, pense, pense! Use o senso comum. Use o que você sabe de
teoria para tomar decisões informadas. Usa quaisquer informações
que você possui de antemão sobre o material que espera escutar.
8. Trabalhe sempre longe de qualquer instrumento e busque não
cantarolar para não atrapalhar seus colegas e para não depender do
ouvido externo. Use um instrumento ou a voz APENAS se você estiver
estudando sozinho e acredita que sua transcrição está completa e
correta.
Seja qual for a técnica que você usar para realizar ditados, você
deve praticar muitas e muitas vezes fora de aula para desenvolver
sua velocidade e precisão. Seja criativo e experimente com técnicas
diferentes para fazer ditado. A mente de cada pessoa trabalha de
modo diferente. O macete que funciona para uns pode não funcionar
para outros. Tente formar uma imagem mental de um piano, ou de
seu instrumento, tocando enquanto escuta o ditado; ou tente
visualizar as notas na partitura antes de escrevê-las. Tente "tocar
junto" silenciosamente como se estivesse tocando seu próprio
instrumento.
Fora de aula, a melhor maneira de estudar ditado é com um
colega: uma pessoa toca ou canta e a outra escreve. Além disto,
exercícios estarão disponíveis na forma de arquivos MP3 na página da
16
disciplina na internet. Você deverá utilizar este material com
freqüência. Você também encontrará oportunidades para praticar
ditado no seu dia-a-dia. Tente escrever a melodia principal ou o baixo
de uma canção popular que você goste; ou corrija mentalmente erros
durante um ensaio de conjunto; ou transcreva melodias populares ou
clássicas que interessem a você.
Se você estiver tendo dificuldade com ditados, é de
fundamental importância que você identifique em qual etapa
(audição, memorização, compreensão ou notação) está a fonte de
seus problema. As deficiências de cada etapa possuem características
próprias, mas não é incomum que existam deficiências em mais de
uma etapa.




AUDIÇÃO. Um trecho musical pode não estar sendo escutado
corretamente. É raro que um estudante de música ao nível de
ensino superior tenha este tipo de deficiência aural (um
problema neurológico ou físico) sem estar a par anteriormente,
mas ocasionalmente pode acontecer.
MEMÓRIA. Um trecho musical é escutado, mas não é lembrado
corretamente. Um modo de avaliar problemas de memória é
cantando o trecho melódico sem se preocupar com nome de
notas. Se você não puder replicar o trecho deste modo, é pouco
provável que você seria capaz de lembrá-lo silenciosamente.
Para melhorar sua memória você deve exercitar esta atividade,
assim como tocar melodias de ouvido.
COMPREENSÃO. Um trecho musical é memorizado
corretamente, mas não é compreendido conceitualmente. Em
outras palavras, você tem um gravador de precisão na sua
mente, mas não consegue descobrir onde estão os tempos
fortes, qual nota é a tônica, ou se um determinado salto é uma
sexta maior ou uma sétima menor. Para avaliar esta etapa,
pegue uma melodia que você sabe de cor e cante com nome de
notas. Uma falha na compreensão também pode ocorrer se
existirem deficiências no seu conhecimento teórico. Por
exemplo, se você não sabe o que é uma tríade, não poderia
identificar uma. O conhecimento de teoria pode até ajudar a
vencer alguns problemas de memória. Quando em dúvida em
relação a um trecho, freqüentemente a versão corrigida pela
teoria é a correta. Por exemplo, se você sabe que no semestre
atual não caem melodias com notas cromáticas, você deve
garantir que não existem tais notas no seu ditado.
NOTAÇÃO. Um trecho musical é memorizado e compreendido,
mas você não sabe os símbolos apropriados para escrever a
passagem. É, novamente, uma questão de conhecimento
teórico, mas a um nível tão básico que não interfere na etapa
da compreensão.
17
AVALIAÇÃO: A prova de ditados é realizada coletivamente,
juntamente com a prova de progressões harmônicas e a prova de
teoria elementar. A prova compreende mais de uma melodia, sejam
elas tonais ou atonais, a uma ou a duas vozes. A nota total da prova
varia de 0 e 10 e é composta de maneira proporcional à extensão de
cada melodia, ou seja, melodias mais longas valem uma fração maior
da nota da prova do que melodias curtas.
A prova é avaliada tempo-a-tempo.
EXEMPLO 1:
A melodia executada foi
e você escreveu
Observe no quadro abaixo das notas como ficaria a correção da
melodia. Embora os ritmos estejam corretos, as notas si do segundo
compasso e a nota lá do terceiro compasso estão erradas. Como esta
melodia tem a extensão de oito tempos e cinco destes tempos estão
corretos, a nota do ditado resultaria em cinco oitavos da nota
máxima. Se esta melodia fosse a única melodia da prova, a nota da
prova seria 6,25.
É possível acertar uma fração de um tempo. Por exemplo, se
você escrever corretamente somente a primeira metade de um
determinado tempo, deverá receber um meio-certo neste tempo. Para
que um tempo seja considerado certo, você precisa acertar a altura
das notas e o ritmo.
EXEMPLO 2:
A melodia tocada foi
e você escreveu
18
Neste caso, o terceiro tempo do primeiro compasso recebe um
meio-certo, e o segundo tempo do segundo compasso recebe o
equivalente a três quartos de tempo. A melodia tem doze tempos,
dos quais onze tempos e um quarto estão corretos (93,75% da
melodia), portanto a nota da prova (se esta fosse a única melodia da
prova) resultaria em 9,38.
Por fim, se o ritmo de uma nota estiver errado e ocasionar o
deslocamento métrico do restante da melodia, as notas que se
seguem poderão ser consideradas, porém será descontado o
equivalente ao acerto de três pontos.
EXEMPLO 3:
A melodia tocada foi
e você escreveu
Neste caso, a melodia possui 16 tempos. Embora todas as
alturas estejam corretas, a nota ré do segundo compasso está
anotada com o ritmo errado, pois ao invés de uma mínima você
escreveu uma semínima. Isto causou o deslocamento métrico das
notas que se seguem e resulta no desconto do que seria equivalente
a três tempos. Se esta melodia fosse a única melodia da prova, a nota
da prova seria o equivalente a 13/16, ou seja, 8,13. Se ocorresse um
segundo deslocamento métrico, as notas que seguissem não seriam
consideradas corretas, a menos que se tratasse de um deslocamento
que ajustasse a métrica de volta para a métrica correta.
19
2.6 - PROGRESSÕES HARMÔNICAS
DESCRIÇÃO: Esta é a área da percepção musical responsável pela
identificação do movimento harmônico de uma passagem escutada.
Utilizando trechos a quatro vozes, você deverá ser capaz de
identificar as melodias e ritmo de cada voz e os acordes formados
pela superposição de suas notas. O estudo desta área é feito de modo
progressivo: inicialmente você escuta progressões simples, que
alternam acordes de tônica e de dominante, ou acordes de tônica e
de subdominante. Progressivamente, o repertório de progressões vai
expandindo, sempre de maneira lógica: as funções básicas de tônica,
pré-dominante e dominante vão sendo ornamentadas através de
acordes substitutos ou de preparação, e inversões vão sendo
trabalhadas a partir das funções harmônicas que representam.
Inicialmente, você precisará anotar somente as melodias do soprano
e do baixo.
Esta é uma área essencial para o desenvolvimento do ouvido
musical, pois é a que mais se assemelha ao repertório real.
Escutamos repertório com mais de uma melodia ou com
acompanhamento mais freqüentemente do que escutamos uma
melodia sozinha, sem harmonização.
COMO ESTUDAR: Progressões harmônicas são estudadas
paralelamente ao estudo de ditado, uma vez que ambas consistem
nas mesmas etapas de audição, memorização, compreensão e
notação. Revise o texto sobre o estudo do ditado, pois tudo que se
aplica a uma área se aplica à outra.
Você precisa desenvolver um senso de função harmônica. A
sonoridade do acorde de tônica inicial ou final remete à estabilidade
musical, um sentido de resolução. A função da dominante, por sua
vez, representa o pilar oposto que sustenta o idioma tonal. A
dominante é a dissonância em grande escala, a tensão que precisa
ser resolvida. A relação entre estas funções e as maneiras como
podem ser ornamentadas e conectadas é o núcleo do estudo das
progressões harmônicas.
Ao ouvir uma progressão, pergunte-se sobre cada acorde qual é
sua função. Após memorizar a passagem identifique o final – que tipo
de cadência você escutou? Como que o acorde cadencial foi atingido?
Como saímos da tônica inicial em direção à dominante – através de
20
acordes com função de pré-dominante, ou diretamente? Procure
identificar a dissonância extra que a sétima na tétrade da dominante
proporciona, assim como a sua resolução. Se você não está
acostumado a prestar atenção no baixo, busque sempre cantar
mentalmente esta voz primeiramente.
Assim como solfejo e ditado, progressões são colagens de
padrões familiares que serão abordados um a um em aula. A cada
semana novas progressões (ou derivações das que já existiam) serão
acrescentadas ao repertório. Portanto é crucial que você domine as
progressões trabalhadas em cada semana. Se você deixar acumular o
conteúdo, é provavelmente que tenha dificuldade em assimilar e
contextualizar o que está sendo visto em aula, já que cada conteúdo
semanal é um desenvolvimento do que já foi trabalhado.
As progressões são trabalhadas a partir da metade do semestre
da Teoria e Percepção I, pois requerem conhecimento teórico prévio:
intervalos, graus escalares, tríades e tétrades, etc. Em outras
palavras, se você tiver qualquer dificuldade com estes conceitos
teóricos, você deverá revê-los imediatamente, pois é impossível
trabalhar progressões harmônicas sem o domínio destes conceitos.
Não adianta apenas saber o que é uma tríade, você precisa ser
proficiente na identificação e análise delas em qualquer tonalidade.
Os erros mais comuns incluem a confusão entre um acorde
quarto grau e o acorde de segundo grau em primeira inversão. No
modo maior, preste atenção na qualidade do acorde em questão, pois
se puder identificar que o acorde é maior ou menor, poderá deduzir
de qual grau se trata. Outro erro típico está em não perceber se um
acorde de dominante é uma tríade ou uma tétrade. Preste atenção na
presença ou falta do trítono. O acorde com sétima é mais dissonante
por causa deste intervalo. SEMPRE revise sua resposta em busca de
consistência teórica. Não adianta analisar corretamente um acorde,
se as notas escritas não fazem parte deste acorde.
AVALIAÇÃO: A prova de progressões harmônicas acontece juntamente
com a prova de ditado e de teoria elementar. A prova é pontuada de
0 a 10, e é composta proporcionalmente à extensão de cada
progressão (progressões mais acordes contribuem com uma fração
maior da nota total da prova). A notação utilizada é a de numerais
romanos, utilizando maiúsculas e minúsculas para distinguir a
qualidade de cada acorde.
A prova é pontuada por acorde (e não por tempo). Para um
determinado acorde ser considerado certo, todas as notas que o
21
compõem precisam estar corretas, assim como o seu ritmo e a
análise do acorde. Existem apenas dois casos que resultam em meiocerto: o ritmo errado ou a oitava da nota do baixo.
EXEMPLO:
Digamos que a prova consistisse de uma única progressão e você
deve anotar somente o soprano e baixo:
Caso 1 - você escreveu
Caso 2 – você escreveu
No primeiro caso, todas as notas e ritmos estão corretos, porém
dois acordes estão analisados incorretamente, resultando em cinco
dos sete acordes corretos (5/7 = nota 7,14). No segundo caso, o
primeiro acorde do segundo compasso está analisado corretamente,
mas a nota do soprano está errada; a nota do baixo do penúltimo
acorde está na oitava errada e o ritmo do último acorde está errado,
o que resulta em meio-certo para cada acorde. Total de acertos =
cinco de sete, ou seja, também nota 7,14.
22
2.7 - TEORIA MUSICAL ELEMENTAR
DESCRIÇÃO: Esta área da disciplina não trata de uma habilidade, mas
de conhecimento declarativo. Esta área tem como função garantir
que você sabe pelo menos a parte da teoria musical que é
absolutamente indispensável para um músico. Não há margens para
erros nesta área, de modo que a própria avaliação é projetada de
modo a impedir que um aluno passe para o semestre seguinte sem
dominar completamente o conteúdo.
A rigidez na avaliação deste conhecimento é contrabalançada
pelo fato de que somente a teoria mais básica e essencial é exigida. A
teoria musical avançada será abordada nas disciplinas de Harmonia,
Contraponto e Análise. Os conhecimentos exigidos nesta avaliação
incluem notação musical, claves, acidentes, fórmula de compasso,
armaduras de tonalidades, classificação de intervalos, formação de
escalas, identificação de graus escalares, formação e identificação de
tríades e tétrades e suas inversões, etc. Em outras palavras, os
conceitos que são indispensáveis para poder desenvolver as
habilidades abordadas nas outras áreas.
COMO ESTUDAR: Para cada avaliação você terá acesso a uma apostila
contendo toda a matéria teórica que será cobrada. Esta matéria será
vista em aula quando for relacionada com as atividades práticas, mas
não necessariamente a partir da apostila. Ou seja, você tem a
responsabilidade de ler a apostila e garantir que não tem nenhuma
dúvida. Se existirem dúvidas, você deve perguntar em aula.
AVALIAÇÃO: Esta é a única prova que não é pontuada de 0 a 10, mas
sim de 0 a 1. A razão para esta pontuação diferente é que a nota da
prova de teoria não é uma parcela que compõe a nota final da
avaliação, mas sim um fator que é multiplicado pela média das notas
das provas de habilidades. A conseqüência disto é muito significativa:
você só poderá manter sua nota das provas práticas caso obtenha a
nota máxima na prova de teoria, ou seja, multiplicando a média por 1.
Qualquer outro valor resulta em um desconto proporcional na nota da
avaliação.
É importante que você compreenda a justificativa para esta
abordagem. Se a nota da prova de teoria fosse incluída na média, um
23
aluno com deficiência nas habilidades perceptivas poderia compensar
a nota através da teoria. Uma vez que as habilidades são o foco
principal da disciplina, não faria sentido um aluno com deficiências
em sua percepção passar para a próxima etapa somente porque
domina os conceitos teóricos envolvidos. Por outro lado, a avaliação
precisa garantir que o aluno domina tais conceitos. Por isso que a
nota é um coeficiente entre 0 e 1, fazendo com o aluno precise
dominar a teoria elementar para poder usufruir da nota atingida nas
provas de habilidade.
24
3 - AVALIAÇÕES
As datas das provas serão divulgadas no início do semestre.
Todas as provas ocorrerão nos dias e horários da disciplina definidos
no momento da matrícula, portanto organize-se para garantir sua
presença nestas datas. Existem três tipos de avaliações durante o
semestre:



Provas de reconhecimento de elementos musicais: são provas
de curta duração (10 a 20 minutos) que ocorrem coletivamente
durante o período de aula normal. As datas das provas são
marcadas com antecedência e em geral é feita uma revisão do
conteúdo logo antes da prova. Quatro provas são feitas ao total,
duas para cada avaliação parcial.
Provas escritas coletivas: são as provas de ditado, progressões
e teoria elementar. Elas acontecem duas vezes ao semestre,
aproximadamente na metade e no final do período letivo. Estas
provas são agendadas com antecedência e ocupam os períodos
integrais do dia escolhido. Traga sempre o seu material básico:
lápis, borracha, caneta, e papel para esboço.
Provas individuais: são as provas de solfejo, ritmo e leitura de
claves. Estas provas são de curta duração (5 a 10 minutos por
aluno) e são agendadas com uma antecedência de
aproximadamente duas semanas. É essencial que você esteja
presente antes da hora marcada para o caso de alguma
desistência. Da mesma forma, você deve conhecer a rotina da
prova para não desperdiçar tempo. Você só é obrigado a
comparecer no dia que foi agendado para você – esta presença
garante a presença dos outros dias de provas individuais no
diário de classe.
25
3.1 - AVALIAÇÕES PARCIAIS
Ao longo do semestre serão realizadas diversas provas, as quais
compõem as notas das duas Avaliações Parciais (AP1 e AP2). Cada
Avaliação Parcial é calculada através da média harmônica entre cinco
notas (cujos valores variam de 0 a 10), multiplicada pela prova de
teoria (cujo valor varia de 0 a 1), de acordo com a legenda a seguir:






RE: Reconhecimento de elementos musicais
DI: Ditado melódico (a uma e/ou duas vozes, tonal e/ou atonal)
PR/LE: Progressões Harmônicas (ou Leitura em Claves na 1ª
prova)
SO: Solfejo melódico
RI: Leitura Rítmica (a uma e/ou duas vozes)
TE: Teoria elementar
A fórmula utilizada para o cálculo de cada Avaliação Parcial é:
1
As provas de Reconhecimento de Elementos Isolados (RE) são
provas coletivas de curta duração realizadas em duas etapas para
cada avaliação parcial, aproximadamente a cada duas semanas – sua
nota é a média aritmética entre as duas etapas. As provas de Ditado
(DI), Progressões Harmônicas (PR) e Teoria Elementar (TE) são provas
coletivas realizadas aproximadamente na metade e ao final do
semestre em horário comum a todos os alunos. As provas de Solfejo
(SO), Leitura Rítmica (RI) e Leitura em Claves (LE) são provas
individuais, realizadas na semana anterior ou subseqüente às provas
coletivas em horários marcados especificamente para cada aluno.
Todos os componentes da nota representam aspectos
igualmente importantes para a formação do aluno, o que justifica a
escolha da média harmônica para avaliar a capacidade do aluno de
passar para a próxima etapa. A média harmônica favorece os alunos
que obtiverem resultados igualmente satisfatórios em todos os
parâmetros avaliados, já que a média gravita em direção à nota mais
baixa. Assim, o aluno não pode compensar a deficiência em uma área
1
Na primeira avaliação parcial da Teoria e Percepção I, a prova de Leitura em Claves substitui a prova de
Progressões Harmônicas.
26
obtendo uma nota mais alta em outra, como seria possível utilizando
a média aritmética.
IMPORTANTE: Qualquer prova não realizada ou com resultado
zero acarreta na nota da avaliação parcial igual a zero.
EXEMPLO:
O aluno obtém nota acima de 7,00 em quatro das provas,
porém obtém uma nota baixa na prova de ditado:
RE=8,50
DI=4,30
PR=7,50
SO=7,20
RI=9,30
A média aritmética resultaria na nota 7,36, permitindo que as
notas altas (RE e RI) compensem o baixo desempenho em ditado
melódico. A média harmônica, por outro lado, converge para a nota
mais baixa, como exemplificado abaixo:
A fórmula também busca garantir que o aluno passe para a
próxima etapa tendo o domínio da teoria musical elementar
necessária. Isso é feito através do coeficiente TE, que representa a
prova de teoria elementar. A nota desta prova é um fator que varia
entre 0,00 e 1,00, de modo que este elemento não compõe a nota da
avaliação parcial da mesma forma que as outras provas, mas sim
fraciona o valor da média harmônica das outras provas
proporcionalmente ao domínio teórico demonstrado pelo aluno.
EXEMPLO:
Utilizando as notas do exemplo anterior, se o aluno tiver
domínio de toda a teoria elementar exigida, o coeficiente TE será 1,00
e a nota AP não seria afetada já que
.
Entretanto, se o aluno demonstrar conhecimento de, por
exemplo, apenas 75% da matéria teórica, seu TE será 0,75, afetando
a nota AP da seguinte maneira:
27
3.2 - MÉDIA PARCIAL E FREQUÊNCIA
A média parcial da disciplina (MP) é calculada através da média
aritmética entre as duas avaliações parciais, de acordo a seguinte
fórmula:
O aluno que tiver freqüência mínima de 75% e alcançar uma
média maior ou igual a 7,00 estará aprovado na disciplina. O aluno
que alcançar nota média inferior a sete e possuir a freqüência mínima
deverá submeter-se à avaliação final (exame). É vedado o direito de
prestação de avaliação final ao aluno que não possuir a freqüência
mínima exigida de 75%.
28
3.3 - AVALIAÇÃO FINAL (EXAME)
A avaliação final consistirá das duas provas nas áreas com as
notas mais baixas de cada aluno na segunda avaliação parcial (AP2),
dentre o seguinte conjunto:




Solfejo Melódico (SO)
Leitura Rítmica (RI)
Ditado Melódico (DI)
Progressões Harmônicas (PR)
ATENÇÃO: Entretanto, se o aluno que precisa fazer a avaliação
final obteve menos de 85% do total de acertos em uma ou ambas as
provas de teoria, ele deverá realizar a(s) prova(s) equivalente(s) no
exame.
Da mesma forma que durante as avaliações parciais, as provas
de solfejo e leitura rítmicas serão individuais e as provas de teoria,
ditado e progressões serão realizadas coletivamente. A nota da
avaliação final é a média harmônica das duas provas, segundo a
seguinte fórmula:
Multiplicando-se pelas notas das provas de teoria, se for o caso.
EXEMPLO: O aluno obteve nota 5,85 na primeira avaliação
parcial (AP1), e as seguintes notas nas provas que compõe a segunda
avaliação parcial:
RE=7,50; DI=4,60; PR=7,10; SO=5,60; RI=8,30; TE=1,00
Sua média harmônica multiplicada por TE resulta em AP2=6,32.
A média parcial das duas avaliações é calculada:
Como a nota MP é menor do que sete, o aluno precisa
submeter-se a avaliação final, onde realizará as duas provas de notas
mais baixas, ditado e solfejo. Será agendado um horário específico
para a prova de solfejo, e a prova de ditado será realizada
coletivamente junto com outros alunos que se submeterão a esta
prova. Digamos que o aluno obtenha as notas 5,30 e 5,80 em solfejo
e ditado, respectivamente. Então a nota da sua Avaliação Final (AF)
seria:
29
3.4 – MÉDIA FINAL
A nota mínima de aprovação na avaliação final é cinco, obtida
pela média aritmética entre a média parcial (das avaliações parciais)
e a nota da avaliação final. A fórmula da média final é, portanto:
EXEMPLO:
A média parcial do aluno era 6,09 e obteve 5,54 na avaliação
final. Sua média final é:
Neste caso, o aluno estaria aprovado, já que MF>5.
30
3.5 – RECUPERAÇÃO DAS AVALIAÇÕES PARCIAIS
O aluno que, por motivos devidamente justificados, não
comparecer a alguma atividade de avaliação parcial poderá requerer
junto à chefia do departamento, em um prazo máximo de dois dias de
sua realização, a autorização para a sua recuperação.
Se a prova a ser recuperada for de reconhecimento de
elementos isolados (RE), leitura em claves (LE) ou teoria elementar
(TE), o aluno deverá recuperá-la na aula imediatamente seguinte ao
recebimento da autorização pela chefia do departamento.
Para as outras provas (SO, RI, DI, PR), as provas de recuperação
serão realizadas no mesmo dia e horário das provas da Avaliação
Final, consistindo do mesmo material utilizado nas provas da
Avaliação Final. As notas das provas da Avaliação Final serão iguais
às das provas de recuperação.
Quando a prova a ser recuperada fizer parte da segunda
avaliação parcial (AP2), não será possível saber de antemão quais são
as duas áreas com notas mais baixas (ver seção 3.3). O aluno poderá,
portanto, realizar as provas das quatro áreas da avaliação final (SO,
RI, DI, PR), para precaver-se contra a possibilidade das provas
recuperadas não serem as mesmas áreas com notas mais baixas.
IMPORTANTE: Este guia serve apenas como referência. A qualquer
momento o professor pode decidir alterar o programa da disciplina ou
seus métodos de avaliação.
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