Começou a longa viagem até Pequim 2008
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Começou a longa viagem até Pequim 2008
Revista do Comité Olímpico de Portugal Publicação Bimestral - Março/Abril de 2005 - Nº 114 - PUBLICAÇÃO GRATUITA Equipa directiva do COP renovada em eleições Começou a longa viagem até Pequim 2008 DOCUMENTO 20 Federções assinaram contratos-programa DOSSIER As cinco candidatas a 2012 REPORTAGEM 16ª sessão da Academia Olímpica OLIMPO - Março/Abril 2005 foto capa Carlos Alberto Matos FICHA TÉCNICA OLIMPO 114 2 Propriedade e Edição Comité Olímpico de Portugal, Travessa da Memória, 36 1300-403 Lisboa Tel.: 21 361 72 60 Fax: 21 363 69 67 Director José Vicente Moura Director Executivo João Querido Manha Textos João Q. Manha Fotos Carlos Alberto Matos, C.I.O., Candidaturas aos Jogos de 2012 Organização do FOJE 2005 Projecto Gráfico e Paginação Rogério Bastos Impressão Mirandela - Artes Gráficas, S.A. Tiragem 2000 exemplares Periodicidade Bimestral Numero de Registo ICS 102203 Depósito Legal 9083/95 Distribuição gratuita 6 ELEIÇÕES DO C.O.P. A nova Comissão Executiva eleita em Assembleia do movimento associativo a 11 de Março tomou posse uma semana depois no Centro Cultural de Belém na presença do novo secretário de Estado, Laurentino Dias. Na mesma ocasião foram igualmente empossados os novos dirigentes da Comissão de Atletas Olímpicos, eleitos em Janeiro www.comiteolimpicoportugal.pt S U M Á R I O 5 GOVERNO Laurentino Dias, antigo responsável pelo Desporto do Grupo Parlamentar do Partido Socialista e presidente da Comissão de Acompanhamento do Euro-2004, é o novo responsável do sector no Governo resultante das eleições gerais de 20 de Fevereiro 12 QUEM É QUEM Quem são os dirigentes do Comité para a XXIX Olimpíada? OLIMPO dá a conhecer uma equipa directiva experiente e solidária, com apenas algumas mudanças relativamente ao mandato anterior e que tem agora cinco vice-presidentes. 18 PROGRAMA ATÉ 2008 Os projectos para os próximos três anos não se esgotam na preparação de uma boa campanha nos Jogos de Pequim. Pelo contrário, contemplam algumas iniciativas importantes como o Museu Olímpico e o Tribunal Arbitral Desportivo, além do desenvolvimento da Fundação Olímpica 31 RESULTADOS A vida dos atletas faz-se de competições e resultados. Uma das 'olímpicas' portuguesas, Naide Gomes, começou o ano com uma medalha de ouro nos Europeus de pista coberta. Ao longo dos meses até Pequim, a revista OLIMPO registará as provas e os resultados que hão-de compor a longa caminhada até à China 34 2012: ONDE? Faltam apenas três meses para a grande decisão sobre a cidade-sede dos Jogos Olímpicos de 2012, a escolher pelos membros do C.I.O., reunidos em Singapura no dia 6 de Julho, entre as propostas de Paris, Londres, Madrid, Moscovo e Nova York. OLIMPO dá a conhecer as cinco candidaturas. 22 ATENAS: PONTO FINAL A aprovação do Relatório da Missão de Portugal aos Jogos Olímpicos de Atenas encerrou um longo e proveitoso trabalho da Chefia de Missão. Os Jogos de 2004 ficam assim completamente encerrados, embora deles se tenham extraído conclusões que podem ser muito úteis em futuras Missões. 40 JUVENTUDE A primeira semana de Julho também será intensa para cerca de três mil jovens desportistas europeus que vão participar no Festival Olímpico da Juventude Europeia, este ano na estância balnear de Lignano Sabbiadoro, no Nordeste italiano, próximo de Veneza. Portugal participa com a quota máxima de 72 atletas, incluindo uma equipa de basquetebol masculino 24 PEQUIM: 1º PASSO 43 ACADEMIA A 16ª sessão anual da Academia Olímpica Portuguesa realizou-se este ano em Santa Maria da Feira e foi considerada uma das melhores de sempre, tendo contado com participantes de Macau, São Tomé e Príncipe e Brasil. O presidente do IDP, José Manuel Constantino, foi um dos conferecistas. 28 OLÍMPICOS 2008/2012 Numa fase organizativa em que o maior protagonismo é dos dirigentes, os atletas não param de trabalhar arduamente. Dezanove deles mantém-se no projecto Olímpico, graças aos resultados alcançados em Atenas, e centenas de outros preparam-se para também nele ingressar, muitos dos quais integrados no projecto 'Esperanças'. OLIMPO dizlhe quem são. 48 DOCUMENTO Dois documentos históricos e valiosíssimos, dois diplomas que testemunham a primeira participação olímpica de Portugal, nos Jogos de 1912 em Estocolmo, foram descobertos num espólio familiar e entregues ao Comité Olímpico por Romeu Branco, antigo dirigente do Sporting Clube de Portugal e membro do Conselho Leonino OLIMPO - Março/Abril 2005 A caminhada para Pequim-2008 já começou. Pela primeira vez o Estado delegou no Comité Olímpico a coordenação da distribuição dos dinheiros públicos postos à disposição de Federações e atletas, o que permitiu celebrar em tempo útil os contratos-programa respectivos e entregar as primeiras tranches. Não só os contratos no âmbito do projecto Pequim-2008, mas também os de 'Esperanças Olímpicas 2012' foram rubricados ainda antes das eleições gerais e do Comité, dando mais um sinal positivo de organização e apoio aos atletas que se preparam para representar o país nas próximas Olimpíadas. 3 JOSÉ VICENTE MOURA Presidente do Comité Olímpico de Portugal E D I T O R I A L Maturidade, ambição e responsabilidade o pretérito dia 11 de Março de 2005 o Movimento Olímpico português deu um sinal inequívoco e histórico. Ao sufragar maciçamente o projecto proposto para o mandato 2005-2008 dos órgãos sociais do Comité Olímpico de Portugal, período temporal correspondente à XXIX Olimpíada, a estrutura associativa federada - da qual emana maioritariamente esta instituição de cúpula do sistema desportivo - protagonizou um acto de maturidade, ambição e elevada responsabilidade, fazendo seus os ideais e as estratégias programáticas conducentes à competitividade e evolução do desporto português, amplamente reivindicada, desde há muito. "Progresso Desportivo" é o nosso lema. As metas definidas são claras, tangíveis, mensuráveis e exequíveis. Falta congregar os meios e as vontades. Aquelas vontades que recentrem o esforço necessário para corresponder aos desafios no seu actual estádio de desenvolvimento, bem como o universo dos actores actuantes no sistema, independentemente dos quadrantes e opções filosóficas ou ideológicas de circunstância, no interesse civilizacional que caracteriza o fenómeno desportivo na sociedade contemporânea. A participação de Portugal nos Jogos Olímpicos é um eixo fundamental de qualquer política desportiva séria, independente das conjunturas e dos ciclos socioeconómicos. Não há tempo a perder. Mais do que comemorar o "Ano Internacional do Desporto e da Educação Física", proclamado no corrente ano no quadro da UNESCO, unamo-nos e prossigamos o ciclo virtuoso atingido na Olimpíada transacta consagrada em Paris e Atenas. Contamos com todos. N OLIMPO - Março/Abril 2005 As metas definidas são claras, tangíveis, mensuráveis e exequíveis. Falta congregar os meios e as vontades 4 reforço do "combate à corrupção e violência no Desporto", o executivo resultante das eleições legislativas de 20 de Fevereiro último quer "modernizar e melhorar a qualidade" desta área. Um "Programa Nacional Integrado de Infra-estruturas Desportivas" dedicado à gestão da rede de equipamentos desportivos, onde se destaca o Complexo Desportivo do Jamor, em Oeiras, é outra das propostas apresentadas. Ao nível das competências da Administração Pública e do movimento associativo, o Programa de Governo prevê uma "definição rigorosa" em termos de objectivos e de formas de financiamento e uma clarificação das funções dos vários organismos do sector, como o Conselho Superior do Desporto ou o COP. A reavaliação das competências das várias ligas profissionais no seio das diversas federações desportivas, especialmente nas áreas financeiras, de justiça e de arbitragem, e o aperfeiçoamento do regime fiscal são outras promessas, assim como uma análise da relação entre o Desporto e o serviço público de televisão e as respectivas regras de exploração comercial das competições profissionais. Laurentino Dias, um advogado de 49 anos, natural de Fafe, elegeu como prioridade da Legislatura o Desporto Escolar, visando atrair para o território escolar o prazer da prática desportiva de formação que por tradição, em Portugal, está remetida aos clubes e associações privadas. Laurentino Dias 49 anos Advogado natural de Fafe OLIMPO - Março/Abril 2005 aurentino Dias, o antigo coordenador do Grupo Parlamentar do Partido Socialista para o Desporto, foi a escolha natural do novo Primeiro Ministro, José Sócrates, para a Secretaria de Estado da Juventude e Desporto. O deputado eleito por Braga desde a V Legislatura, já tinha desempenhado nos últimos anos sucessivamente a vice-presidência e depois a presidência da Comissão Eventual para a Análise e Fiscalização dos Recursos Públicos Evolvidos na Organização do Euro2004 e integrou a Comissão Parlamentar de Juventude e Desporto, sendo portanto um político com conhecimento muito profundo da problemática do sector, que reconhece a necessidade de revisão urgente da Lei de Bases, através de um "diálogo verdadeiro" com os diversos agentes do sector. O Partido Socialista, então pela voz do deputado Laurentino Dias, tinha sido muito crítico relativamente à elaboração e aprovação da Lei de Bases do Desporto, que passou no Parlamento em 27 de Maio para substituir a Lei de Bases do Sistema Desportivo que vigorava há treze anos. O programa do novo Governo dedica ao Desporto apenas três das suas 161 páginas, sob o título "Mais e Melhor Desporto", divididas em cinco vectores no capítulo III "Qualidade de Vida e Desenvolvimento Sustentável". Um Congresso do Desporto, a realizar ainda este ano, é a forma como o Governo espera "envolver todo o país e todos os agentes desportivos, promovendo um diálogo verdadeiro entre o Estado e o movimento desportivo". No programa do Governo aprovado em Março apoia-se "a candidatura e organização de grandes eventos desportivos internacionais, na base de critérios de rigor e equilíbrio financeiro". O Governo adianta também uma "visão de serviço público do desporto" e propõe-se "aumentar os índices de prática desportiva" em Portugal, com um 'Programa Nacional de Desporto para Todos', que deverá contar com a parceria de entidades públicas e privadas. Além de reforçar a garantia da ética desportiva, através do "combate à dopagem" e o FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS Laurentino Dias novo governante para o Desporto L 5 ELEIÇÕES DO COP Fundação, Museu e Tribunal três prioridades OLIMPO - Março/Abril 2005 FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS Conquistas desportivas mais ambiciosas de sempre em Pequim-2008 não são os únicos objectivos bem delineados para o último mandato de Vicente Moura à frente do C.O.P. No acto de posse para a próxima Olimpíada, destacou três projectos muito importantes: a Fundação Olímpica, o Museu Olímpico e o Tribunal Arbitral Desportivo 6 Comissão Executiva do Comité Olímpico de Portugal, eleita em Assembleia no dia 11 de Março (ver pág. 10), tomou posse seis dias depois no Centro Cultural de Belém, na presença do novo Secretário de Estado da Juventude e Desporto, Laurentino Dias, também ele recémempossado membro do Governo constitucional saído das eleições gerais de 20 de Fevereiro. Apenas Susana Feitor, que se A encontrava na altura no estrangeiro por motivos profissionais, não subscreveu o auto de posse, perante o representante do Governo e o representante do Comité Internacional Olímpico, Fernando Lima Bello. Dirigentes desportivos de praticamente todos os quadrantes e destacadas figuras do Desporto nacional, como Carlos Lopes, testemunharam igualmente o importante acto em que o presidente do C.O.P., Vicente Moura, rea- firmou a intenção de se retirar no final da presente Olimpíada, não sem antes concretizar em Pequim a ambiciosa proposta de chegar às cinco medalhas e a um resultado global de 60 pontos, que bateria largamente o melhor resultado de sempre, alcançado no ano passado em Atenas. "É uma fasquia alta, mas plenamente assumida", reafirmou Vicente Moura, depois de já ter garantido ao universo de apoiantes, largamente A equipa para a XXIX Olimpíada Fundação Olímpica que, só em Espanha, ao abrigo do mecenato, captou durante a última Olimpíada verbas na ordem dos 18 milhões de contos", referiu. “ O Desporto é um sector estratégico que justifica uma aposta muito séria por parte dos governantes Vicente Moura começou por agradecer aos elementos que cessaram funções e em seguida às Federações que votaram a eleição destes corpos gerentes de forma tão expressiva, contribuindo para o que designou de "sufrágio histórico", referindo essa união virtual como um bom ponto de partida para um exercício em conjunto: "centremonos no interesse nacional, em detrimento das questões menores e contenciosos estéreis que ciclicamente nos dividem". O presidente do C.O.P. sublinhou a coincidência de este acto de posse constituir praticamente o primeiro acto público do novo governante do sector, com a certeza de que o novo Secretário de Estado está bem identificado com os problemas e dificuldades do Desporto nacional e que o manterá bem presente na agenda política, com o desígnio nacional de aumentar os índices de prática desportiva num país onde - considerou - "só pratica OLIMPO - Março/Abril 2005 � Agenda política “ representado na cerimónia, de que o seu elenco "não defraudará as expectativas" e procurará "defender com competência, perseverança e sensatez a causa desportiva" no melhor interesse do movimento associativo através de um "programa exigente, mas exequível". Além dos objectivos eminentemente desportivos que o C.O.P. persegue depois dos melhores resultados de sempre nos Jogos de Atenas e nas Jornadas Europeias da Juventude de Paris, é intenção do Comité concretizar três importantes projectos estruturais durante este novo ciclo. A Fundação Olímpica, capaz de captar subvenções ao desporto de alta competição, o Museu Olímpico, a erigir nos terrenos adjacentes à sede e já cedidos pela Câmara Municipal, um parceiro privilegiado do Comité, e o Tribunal Arbitral Desportivo, uma velha aspiração do movimento associativo para a área da Justiça Desportiva. "Quanto ao Tribunal Arbitral Desportivo, por nós estudado e proposto em 2001, já perdemos demasiado tempo. Os modelos de sucesso, na óptica do direito comparado, estão disponíveis. Não é preciso inventar nada, o mesmo se aplicando à 7 ELEIÇÕES DO COP Laurentino Dias anuncia Congresso OLIMPO - Março/Abril 2005 A posse da Comissão Executiva do C.O.P. foi o primeiro acto público do novo Secretário de Estado da Juventude e Desporto, Laurentino Dias, ainda antes da apresentação e aprovação do programa de Governo na Assembleia da República o que, assumidamente, condicionou o seu discurso. No entanto, fez na altura a revelação de que ainda este ano será realizado o Congresso do Desporto, contando com o apoio do C.O.P., visando dar ao país a oportunidade de "apontar soluções" para o desenvolvimento desportivo. Laurentino Dias manifestou o interesse num Comité Olímpico "independente, forte e que congregue todos" e que, a par do Governo, "faça com que o Desporto seja cada vez mais forte em Portugal". "Podem contar connosco pois, embora os recursos sejam escassos, a vontade de fazer crescer a prática desportiva é muito grande", afirmou. No entanto, o governante adiantou que o desporto escolar será a primeira prioridade do seu trabalho, justificando que "é na escola que tudo começa". Laurentino Dias defendeu que o crescimento da prática desportiva deve resultar da alteração dos processos de formação desportiva que actualmente dependem demasiado dos clubes e das Associações. "É preciso fazer com que os nossos jovens façam desporto a sério na escola e deixem de encarar esta actividade como um aborrecimento". 8 desporto quem pode e não quem quer, mas onde não pode haver lugar à exclusão". No início de um novo ciclo olímpico em pleno dealbar do século XXI mantém toda a pertinência questões como: "que modelo de desenvolvimento desportivo para Portugal?"; "quais os pilares de intervenção do Estado e da sociedade civil?"; "como crescer e tornarmo-nos mais competitivos, sem perder de vista o primado constitucional do direito à prática desportiva e à liberdade associativa?" Exortou à articulação da Educação com o Desporto porque aqueles índices estão claramente abaixo dos mínimos desejáveis e, evidentemente, abaixo também dos padrões médios europeus, o que contraria a certeza adquirida de que uma prática desportiva quotidiana garante uma evolução sustentada da qualidade de vida dos cidadãos. Vicente Moura enfatizou esta questão na presença do novo governante, deixando claro qual vai ser a tónica das suas intervenções e preocupações ao longo dos próximos quatro anos. Vicente Moura ainda teve oportunidade de sublinhar a aproximação ao ensino superior universitário e politécnico, procurando mais proximidade com a sede do conhecimento e da investigação científica, complementares do papel do conhecimento empírico comum à estrutura associativa. "O Desporto é um sector estratégico que justifica uma aposta muito séria por parte dos governantes", afirmou ao introduzir o tema do enquadramento jurídico que não deixará de marcar a agenda política dos próximos tempos, considerando que a "Lei de Bases está longe de ser a alavanca para a mudança" que os actores desportivos ambicionam. Ficou claro que questões como o Regime Jurídico das Federações, a questão da Segurança Social e do regime fiscal dos desportistas, o Seguro Desportivo, o Apoio Médico, o estatu- to do dirigente benévolo, entre outros, serão trazidas à discussão pública e política, uma vez que muito da evolução que se pretende passa por fórmulas jurídicas mais adequadas e modernas. � COP credível Em relação ao C.O.P. propriamente dito, Vicente Moura realçou o balanço desportivo recente, com resultados positivos e muito auspiciosos, e a credibilização institucional que o guindou a principal interlocutor e protagonista do debate político-desportivo. Destacou também a consolidação do modelo de gestão, na senda da profissionalização, que permite prosseguir o reforço em termos de recursos humanos qualificados e não deixou de mencionar a responsabilidade assumida pelo Comité da gestão absoluta do Projecto Olímpico 2008-2012, "sem paralelo na história do Desporto", graças à comunhão de vontades e à "louvável visão do anterior Governo". Comissão de Atletas com novo elenco Um excelente concerto de Pedro Caldeira Cabral, intitulado "Memórias da Guitarra Portuguesa" antecedeu o acto de posse dos órgãos sociais do C.O.P. Além das duas conhecidas "Balada da Oliveira" e "Baile dos Carêtos", o guitarrista, acompanhado, de Joaquim António Silva (viola) e Duncan Fox (Contrabaixo) interpretou diversas composições de autores clássicos (desde o século XVI) e também de Artur e Carlos Paredes. OLIMPO - Março/Abril 2005 Nuno Fernandes sucede a Susana Feitor como presidente da Comissão de Atletas Olímpicos (CAO), igualmente empossada no mesmo dia no CCB, em resultado de eleições realizadas a 24 de Janeiro. Tratouse de uma troca de posições, pois Nuno Fernandes já era vice-presidente da CAO, mas a atleta além de ocupar agopra a vice-presidência também passou a englobar, como vogal, a Comissão Executiva do COP. Depois das alterações estatutárias, os atletas ficam assim pela primeira vez com dois representantes, um directo e outro por inerência, no plenário do órgão directivo. Do elenco anterior, transitaram Nuno Barreto, Gustavo Lima, Diogo Cayolla e Nuno Laurentino, entrando quatro novos elementos: Álvaro Marinho, Nuno Merino, João André e Nuno Pombo. 9 FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS ELEIÇÕES DO COP Lista sufragada por larga maioria grande maioria das Federações e restantes sócios do Movimento Associativo compareceu na Assembleia Eleitoral de 11 de Março para conferir à lista liderada por Vicente Moura um expressivo voto de confiança. Foram contados 102 votos num universo de 140, que o presidente reeleito considerou um "apoio esmagador" que agradeceu. "Este resultado é em simultâneo gratificante e muito responsabilizador", disse Vicente Moura, que garantiu ser este o seu último mandato à frente do Comité Olímpico de Portugal, com um preenchido caderno de propostas a realizar. "Daqui a qua- OLIMPO - Março/Abril 2005 A 10 tro anos quero estar aqui a passar o testemunho com a consciência do dever cumprido e a satisfação de ter realizado o projecto que propusemos no nosso programa eleitoral". As prioridades para esta Olimpíada, além da obtenção dos melhores resultados de sempre nos Jogos de Pequim e o desenvolvimento da preparação dos Jogos de 2012 como resultado de uma "preparação mais rigorosa, mais responsável e mais profissional", são o arranque do Museu Olímpico, do Tribunal Arbitral de Desporto e a candidatura à organização dos Jogos de 2016 ou 2020. Votaram 25 das 30 Federações olím- picas (com direito a 3 votos) e 27 dos restantes instituições não olímpicas (1 voto cada). Entre as ausentes (Esqui, Futebol, Tiro, Tiro com Arco e Triatlo), destacou-se pela sua importância relativa a FPF, Federação da única modalidade colectiva que representou Portugal nos últimos Jogos Olímpicos de Atenas, por incompatibilidade de agenda dos respectivos dirigentes. Outras das ausentes, como a de Esqui, vivem momentos de alguma perturbação interna. No entanto, Vicente Moura reafirmou o seu interesse e empenho em encontrar formas de incentivar Federações inactivas ou menos inter- Momentos da Assembleia Eleitoral: Nuno Fernandes e Maria José Farinha apoiaram Lima Bello e o mandatário da Lista, Alberto Coelho Portugal, respectivamente aos Jogos de Sydney e Atenas. A marchadora de Rio Maior deixa o cargo de presidente da Comissão de Atletas Olímpicos, em que é rendida pelo saltador à vara Nuno Fernandes, e torna-se na primeira atleta no activo a incorporar os órgãos executivos do COP. Além dela, também o recém eleito presidente da Federação de Natação, Jogos Olímpicos como 'oficial', no Comité de Controlo da Federação Internacional da modalidade. � Quatro novos elementos Do elenco da XXVIII Olimpíada, A Assembleia eleitoral reuniu na sede foram substituídos Victor Nogueira do COP quase todos os membros do (ex-dirigente da Natação), António elenco proposto por Vicente de Roquette e o já falecido Alberto Moura, que apresenta quatro novos Silveira (Futebol), que fora o elementos: um dos vice-presidentes, o Tesoureiro eleito em 2001 e depois presidente da Federação de Voleibol, substituído por Norberto Rodrigues. Vicente Araújo, e três Outra substituição vogais, os presidentes das regista-se no cargo de VOTANTES N.º VOTOS VOTARAM Federações de Natação, Relator do Conselho 30 Federações Olímpicas 90 75 Paulo Frischknecht, e Fiscal, com o Coronel 34 Federações Não Olímpicas Trampolins, Celeste Gil, Florindo Morais a entrar 15 Membros Extraordinários 50 27 além da atleta olímpica no lugar de Maria João Susana Feitor - o que Marques, perante a recon1 Membro do COI contribui também para dução do presidente e do TOTAIS 140 102 um incremento da quota secretário deste órgão, de representação feminiAntónio Feu e Pedro na. Paulo Frischknecht, emprestam à Sousa Ribeiro, respectivamente. Em relação ao elenco anterior, o Comissão Executiva a experiência Naturalmente, o representante do actual é aumentado em mais uma efectiva de várias participações olímpi- Comité Internacional Olímpico contivice-presidência, registando-se a subicas como atletas ou técnicos, o que de nua a ser o Engº Fernando Lima Bello, da dos anteriormente vogais Marques resto também acontece com o líder do que presidiu ao acto eleitoral, o da Silva e Alípio de Oliveira, os dois Voleibol português, Vicente Araújo, mesmo acontecendo com o Secretário mais recentes Chefes de Missão de que esteve presente nos últimos três Geral, Victor Fonseca da Mota. OLIMPO - Março/Abril 2005 venientes no movimento associativo desportivo. 11 DIRIGENTES PRESIDENTE José Vicente Moura Capitão de Mar e Guerra 67 anos Foi atleta federado de várias modalidades, com particular relevo na Natação e no Pólo Aquático, e também na Ginástica e Basquetebol. Como dirigente, desempenhou diversos cargos na Federação Portuguesa de Natação, à qual presidiu entre 1982 e 1990. Mais tarde foi presidente do Sport Algés e Dafundo, seu clube de sempre e também dirigiu o Panathlon Clube de Portugal entre 1996 e 2002. Foi o primeiro presidente do Conselho Superior de Desporto, entre 1997 e 2002. Recebeu o Prémio Fernando Machado de Dirigente do Ano em 1993 e a Medalha de Honra ao Mérito do Governo Português (Outubro de 2002). 12 FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS OLIMPO - Março/Abril 2005 � OLÍMPICO Membro do COP desde 1980, tendo integrado a Comissão Executiva na XXIII Olimpíada em que desempenhou as funções de Chefe de Missão aos Jogos de Los Angeles de 1984. De 1984 a 1988 foi secretário-geral adjunto, vice-presidente de 1988 a 1990 e presidiu ao COP entre 1990 e 1993 e depois em dois mandatos sucessivos desde 1997. É membro fundador da Academia Olímpica de Portugal VICE-PRESIDENTE Artur Lopes Médico-Cirurgião, Presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo 59 anos � Antigo praticante de andebol e Esgrima. Como dirigente iniciou-se como seccionista de ciclismo no Grupo Desportivo de Lousa e no Sporting Clube de Portugal, onde também foi director do departamento de futebol juvenil no final dos anos 80. Entrou na Federação Portuguesa de Ciclismo como Presidente do Congresso em 1985 e a partir de 1992 assumiu a presidência, que lhe abriu as portas do dirigismo interancional da modalidade, quer da Federação Internacional de Ciclismo Profissional, quer da União Europeia de Ciclismo de que é vice-presidente desde 1997, quer ainda da União Ciclista Internacional. É membro do Conselho Nacional Antidopagem. � OLÍMPICO É vice-presidente do Comité Olímpico de Portugal desde 1997. VICE-PRESIDENTE Mário Rui Tavares Saldanha Empresário, Presidente da Federação Portuguesa de Basquetebol 58 anos Foi jogador de Basquetebol de alta competição no Clube Atlético de Queluz, Sporting Clube de Portugal, Sporting da Beira, Ferroviário de Nampula e Sport Lisboa e Benfica, entre 1951 e 1978. Iniciou-se como dirigente no seu clube de origem, o Atlético de Queluz, a que presidiu antes de ser eleito presidente da Federação da modalidade em 1992. Recebeu o Prémio da Confederação do Desporto de Portugal em 1997 e a Medalha de Bons Serviços Desportivos atribuída pelo Ministro do Desporto em Março de 2001. Foi Deputado eleito à Assembleia da República em Março de 2002 � OLÍMPICO Foi Vice-presidente do COP entre 1993 e 1996 e voltou a desempenhar o cargo a partir de 2001, tendo na Olimpíada de 1997 a 2000 presidido à Comissão de Revisão de Contas. VICE-PRESIDENTE Manuel José Marques da Silva Destacou-se como dirigente do ténis nacional, depois de ter iniciado a carreira no CIF Clube Internacional de Futebol (Presidente da Direcção de 1980 a 89). Presidiu à Associação de Ténis de Lisboa de 1989 a 1993 e à Federação Portuguesa de Ténis de 1993 a 1997). Actualmente preside à Mesa da Assembleia Geral da Associação Portuguesa de Padel. � OLÍMPICO É Membro da Comissão Executiva do COP desde 1997, tendo chefiado a Missão de Portugal aos Jogos de Sydney 2000. Em 2003 e 2004 foi o primeiro Provedor do Atleta Olímpico em Portugal. Desempenha a função de Coordenador das actividades do Centro de Preparação Olímpica de Vila Real de Santo António. OLIMPO - Março/Abril 2005 Oficial da Armada (reformado), Engenheiro Electrotécnico, Gestor de Empresas 68 anos 13 DIRIGENTES VICE-PRESIDENTE José Alípio Ferreira de Oliveira Professor Universitário, Mestre em Gestão Desportiva pela Universidade do Porto 55 anos Como dirigente distinguiu-se como presidente da Federação Portuguesa de Hóquei em Campo, cargo que deixou em finais de 2004, que lhe permitiu desempenhar funções internacionais como dirigente da Federação Europeia de Hóquei. Também foi vice-presidente da Federação Portuguesa de Voleibol e cumpriu um mandato na Comissão Executiva do FC Porto. � OLÍMPICO Vogal da Comissão Executiva do COP desde 2000, Chefe de Missão de Portugal aos Jogos Olímpicos de Atenas, Chefe de Missão de Portugal aos Jogos da Juventude em Moscovo, Membro do Conselho Directivo da Academia Olímpica VICE-PRESIDENTE Vicente Henrique Gonçalves de Araújo Professor do Ensino Secundário (Requisitado no IDP desde 1994), Presidente da Federação Portuguesa de Voleibol 53 anos Longa carreira de treinador e dirigente ligada ao Voleibol nacional, depois de ter concluído o Curso Nacional de Treinadores da Federação Espanhola e o Curso da FIVB de Treinadores de I e II Grau. Desempenhou funções de Director Técnico Nacional da FPV desde 1982, Director Regional da Associação de Voleibol do Porto, e foi treinador do SC Braga, Nun'Alvares de Gondomar e Fluvial Portuense, particularmente equipas dos escalões de formação e femininas. Recebeu o Troféu da Confederação de Desportos de Portugal e Medalha de Mérito Desportivo do Governo. Começou a carreira de dirigente na Associação de Voleibol do Porto em 1981 e foi eleito presidente da Federação Portuguesa de Voleibol em 1996. É vice-presidente da Confederação do Desporto de Portugal desde 2003. Também apresenta um grande currículo como dirigente internacional, que iniciou em 1993 na Comissão Técnica, sendo actualmente Vice-Presidente do Executivo da FIVB e Presidente da Comissão de Desenvolvimento. Também desempenhou cargos na Confederação Europeia de Voleibol e na Comissão de Voleibol de Praia. � OLÍMPICO Integrou o Comité de Controlo da FIVB nos Jogos de Atlanta, Sydney e Atenas. OLIMPO - Março/Abril 2005 SECRETÁRIO GERAL 14 Victor Manuel Serrador Fonseca da Mota Mestre em Gestão de Organizações Desportivas, Oficial Superior do Exército (na reserva) 60 anos Antigo Campeão Nacional Universitário de Atletismo e Ténis de Mesa, iniciou a carreira dirigente em 1989 na Federação Portuguesa de Atletismo, como secretário-geral, funções que desempenhou durante oito anos. Integrou o Conselho Superior de Desporto a partir de 1993. � OLÍMPICO Chefe de Missão aos Jogos de Atlanta de 1996, olimpíada em que desempenhou o cargo de Vice-presidente do COP de 1993 a 97. É Secretário-geral desde 1997. A nível internacional, integra a Comissão de Preparação dos Jogos Olímpicos dos Comités Olímpicos Europeus desde 1997 e fez parte do Grupo de Trabalho Desporto e Ambiente dos Comités Olímpicos Europeus (1997 a 2001). É membro do Comité Executivo da MEMOS desde 1995. TESOUREIRO Norberto Fernandes Rodrigues Licenciado em Química Orgânica, Presidente da Federação Portuguesa de Lutas Amadoras 68 anos Atleta internacional e campeão Nacional, árbitro, treinador e finalmente dirigente de Luta GrecoRomana, mas também praticou Natação e Futebol. Como dirigente, iniciou-se na secção de Lutas do SL Benfica e depois, na Federação, presidiu à Comissão Central de Árbitros e ao Gabinete Técnico, foi Vice-presidente desportivo, e finalmente Presidente da Direcção. É membro da comissão consultiva da Confederação do Desporto de Portugal. Recebeu as Medalhas de Ouro e de Prata da Federação Internacional de Lutas Associadas, por relevantes serviços ao desenvolvimento da Luta no Mundo, é Sócio de Mérito da Associação de Lutas Amadoras de Lisboa e foi galardoado com o Troféu da Confederação de Desporto de Portugal e com a Medalha de Bons Serviços Desportivos do Governo � OLÍMPICO Membro do Conselho Fiscal do COP, Secretário Geral Adjunto e finalmente Tesoureiro VOGAL João Jacinto Romão Correia Agente Técnico de Arquitectura e Engenharia 71 anos Foi jogador de Andebol de 11, ao serviço do Sporting Clube de Portugal, múltiplas vezes campeão regional e nacional, e também praticou futebol no mesmo clube nos escalões juvenis. Em 1963, iniciou carreira de treinador de Andebol, primeiro no Sporting, depois no Liceu de Oeiras e finalmente no Encarnação, clube de que foi fundador. Ao serviço da Federação, desempenhou funções de seleccionador nacional de Juniores. Recebeu o Prémio Stromp (1967) e é Sócio de Mérito da Associação de Lisboa e da Federação Portuguesa de Andebol. A carreira de dirigente foi iniciada na secção de Andebol do Sporting, tendo ingressado na Federação Portuguesa de Andebol em 1971, como vogal do Conselho Técnico. Mais tarde foi vice-presidente em múltiplos mandatos, entre 1971 e 1988, foi observador de árbitros, comentador de imprensa, e secretário da Mesa do Congresso (83 a 86). Também presidiu à Associação de Andebol de Lisboa em 1976 e 1977. � OLÍMPICO Primeiro dirigente do Andebol a integrar a Comissão Executiva do COP, desde 1997. VOGAL João José Areias Barbosa Matos Engenheiro Técnico Mecânico, Presidente da Federação Portuguesa de Badminton 43 anos Foi campeão nacional de Badminton em pares-homens em múltiplas categorias, até à de Veteranos, e iniciou carreira directiva na modalidade, presidindo à Federação Portuguesa de Badminton desde 1992. � OLÍMPICO Integra a Comissão Executiva do COP desde 1997 António Nogueira Lopes Aleixo Licenciado em Ciências Agronómicas, Presidente da Federação Portuguesa de Judo 61 anos Desde 1962 foi Atleta, Árbitro e Treinador de Judo, mas também foi jogador e treinador de Rugby. Além disso foi praticante não federado de Hóquei em Patins, Tiro e Atletismo Como dirigente, está ligado ao desenvolvimento da Federação Portuguesa de Judo a que preside desde 1997, mas também foi director da Federação Portuguesa de Rugby. A nível internacional, preside à Confederação Ibero-americana de Judo desde 2004. OLIMPO - Março/Abril 2005 VOGAL � OLÍMPICO É vogal da Comissão Executiva do COP desde 2001 15 DIRIGENTES VOGAL João Manuel da Boa de Jesus Licenciado em Educação Física, Oficial da Reserva Naval, Presidente da Federação Portuguesa de Ginástica 58 anos Longa carreira profissional como técnico desportivo estatal e uma carreira de dirigente ligada ao Ginásio Clube Português (membro do conselho geral desde 1975, vice-presidente desde 2000) e à Federação Portuguesa de Ginástica, a que presidente desde 2005, depois de ter sido vice-presidente em dois mandatos. Actualmente também é vice-presidente do Panathlon. Destacou-se internacionalmente como Presidente da Comissão Organizadora e Executiva da 12ª Gimnaestrada, realizada em Lisboa em 2003, integrando o Comité Executivo da União Europeia de Ginástica e a Assembleia Geral da Federação Internacional de Ginástica. � OLÍMPICO Membro da Assembleia Plenária (desde 1996) e Vogal da Comissão Executiva do COP desde 2001. Foi o Chefe de Missão ao VIII Festival Olímpico da Juventude Europeia (Múrcia, 2001) VOGAL Maria Celeste Baptista Gil Licenciada em Dança pela F.M.H., Presidente da Federação Portuguesa de Trampolins e Desportos Acrobáticos 43 anos Professora de Dança, Ginástica de Manutenção e Aeróbica que desempenha funções directivas na Federação Portuguesa de Trampolins e Desportos Acrobáticos desde 1990. VOGAL Paulo Frischknecht Licenciado em Educação Física (Graduado em Treino de Alto Rendimento), Presidente da Federação Portuguesa de Natação 46 anos Um dos mais consagrados atletas portugueses, 96 vezes internacional de Natação, recordista e campeão nacional, medalha de prata dos Europeus de Juniores (Oslo'76). Como treinador, conduziu sete atletas diferentes em dez participações olímpicas e contou 61 presenças em competições internacionais, conquistando 12 títulos de de campeão nacional de clubes Inicia a carreira de dirigente como presidente da Federação de Natação, eleito em 2004. � OLÍMPICO Como atleta, participou em dois Jogos Olímpicos (Montreal e Moscovo). É Vice-presidente da Associação dos Atletas Olímpicos de Portugal. OLIMPO - Março/Abril 2005 VOGAL 16 Susana Paula de Jesus Feitor Estudante, Atleta internacional de Marcha Atlética 30 anos Campeã do Mundo de Juniores (1990) e Campeã da Europa (1993), conquistou oito medalhas em diferentes competições internacionais de Marcha ao longo da carreira. A nível nacional foi 34 vezes campeã e bateu os Recordes Nacionais em 54 ocasiões, sendo um deles Mundial e outro Europeu. Recebeu a Medalha de Mérito Desportivo do Governo da República (1990), a Medalha de Honra ao Mérito Desportivo oito anos depois e o título de Dama da Ordem do Infante em 1998. Em 1990 foi eleita Atleta do Ano em Portugal. � OLÍMPICO Participou até agora em quatro Jogos Olímpicos, obtendo como melhor resultado o 13º lugar em Atlanta-96 CONSELHO FISCAL PRESIDENTE António Magalhães Barros Feu Gestor de Empresas, Licenciado em História, Curso de Contabilidade Geral Técnico Oficial de Contas, Tradutor e Intérprete, Presidente da Federação Portuguesa de Motonáutica 68 anos Desportista invulgar, campeão nacional de três modalidades diferentes. Foi jogador internacional de Basquetebol, modalidade em que foi Campeão Nacional (1956) e vencedor da Taça de Portugal (55), foi Campeão Nacional (3ªs categorias) de Ténis e Campeão Nacional de Motonáutica. Foi internacional quatro vezes em Basquetebol e duas vezes em Motonáutica. Também foi praticante de Natação. Como dirigente iniciou-se no Portimonense, como presidente da Direcção (1960 a 62) e mais tarde da Associação Naval Infante de Sagres (Presidente da Direcção de 1977 a 81). Em 1988, foi eleito pela primeira vez para presidente do Congresso da Federação Portuguesa de Motonáutica e em 1994 assumiu a presidência da Direcção. Em 1957, recebeu a Menção Honrosa dos prémios anuais do Comité Olímpico de Portugal. Em 2001 foi distinguido com o Troféu da Confederação de Desporto de Portugal e com o Diploma do Comité Internacional Olímpico. Foi Deputado à Assembleia da República. � OLÍMPICO Foi Membro da Comissão de Revisão de Contas do COP de 1997 a 2001 e Presidente do Conselho Fiscal a partir de 2001. É membro do Conselho Directivo da Academia Olímpica de Portugal desde 1997. Chefiou a Missão de Portugal ao Festival Olímpico da Juventude Europeia (Paris, 2003) SECRETÁRIO Pedro José de Araújo de Sousa Ribeiro Licenciado em Engenharia Química, Bacharel em Economia 64 anos Foi durante 20 anos jogador de Rugby do CDUL e do Técnico, clubes a que também presidiu, e praticou Ténis, Badminton e Vela. Foi Árbitro e Treinador de Rugby até 1997. Como dirigente federativo, presidiu à Federação Portuguesa de Rugby em duas ocasiões distintas (1975-77, 2000-01) e foi director da Federação Portuguesa de Badminton (1965 a 68). Durante dez anos representou Portugal na Federação Internacional de Rugby (FIRA) e na International Rugby Board. RELATOR Florindo Baptista Morais Oficial do Exército, Coronel Reformado, Licenciado em Ciências Militares e em Economia, Presidente da Federação Portuguesa de Esgrima 66 anos OLIMPO - Março/Abril 2005 � OLÍMPICO É membro do Conselho Fiscal do COP desde 2000. Nos Jogos Olímpicos de Atenas de 2004 foi Adjunto do Chefe da Missão de Portugal. 17 PROGRAMA "Progresso Desportivo" é o lema para a XXIX Olimpíada grande projecto a desenvolver pelo Comité Olímpico de Portugal na XXIX Olimpíada (2005-2008) é a concretização de uma estrutura organizacional que permita a preparação metódica e sustentada, uma formulação rigorosa dos critérios de acesso, o acompanhamento multidisciplinar dos atletas e a adequada comunicação e articulação com as Federações. Assim está estabelecido no programa eleitoral sufragado a 11 de Março, sob o lema "Progresso Desportivo". Estes objectivos passam pela criação do DAPO (Departamento de Apoio ao Projecto Olímpico), que terá competências na definição de critérios e parâmetros, selecção e validação de atletas a integrar o Projecto Olímpico, acompanhamento e validação dos respectivos percursos desportivos, preparação e grelhas competitivas, informação periódica para fornecer ao COP e posteriormente às Federações e ao Estado. Este departamento será dotado dos necessários meios humanos e materiais, terá carácter misto incluindo técnicos contratados e eventuais. Ao mesmo tempo será criada uma Comissão Multidisciplinar, presidida por uma personalidade de reconhecido prestígio e constituída por elementos convidados, seleccionados de instituições de ensino superior ou outras, com atribuições na área do desporto, para, apoiar a preparação dos atletas integrados no Projecto, em conjunto com as federações. O apoio às federações, aliás, passará também pelo incentivo à conquista de meios no sentido de inverter a precária situação financeira, preconizando uma trajectória de observância de orçamentações próximas da realidade 18 FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS OLIMPO - Março/Abril 2005 O OBJECTIVOS PARA PEQUIM 2008 � Aumentar n.º de atletas e modalidades representadas � Atingir fasquia dos 60 pontos � 5 medalhas � 12 Diplomas PROGRAMA DO COP PARA A XXIX OLIMPÍADA � Eventual participação nos Jogos Olímpicos de Inverno � Admissão de Portugal aos Jogos do Mediterrâneo � Candidatura à Organização dos Jogos Olímpicos de Lisboa � Apoio a candidatura à organização de um Campeonato do Mundo de Futebol � Candidatura à organização da Universíada em 2007 ou 2009 � Projecto Urbanístico do Perímetro da Sede � Colaboração com instituições do ensino superior público e privado � V Jornadas de encontro de atletas, treinadores e oficiais do Projecto Olímpico � Nova imagem gráfica na Internet e nos meios de informação � Desenvolvimento de Programa Editorial � Relacionamento com os órgãos de soberania � Departamento de Apoio ao Projecto Olímpico (DAPO) � Comissão Multidisciplinar de apoio � Projecto Olímpico Pequim 2008 � Projecto Esperanças Olímpicas � Festivais Olímpicos da Juventude Europeia � Celebração Anual do Dia Olímpico � Estatuto do atleta olímpico � Facilidades académicas e profissionais e enquadramento fiscal dos atletas � Seguro Desportivo � Estatuto do Atleta Olímpico � Procura de Recursos Financeiros � Incentivo à Prática Desportiva � Apoio técnico e material aos Comités Olímpicos dos PALOP � Participação nos I Jogos da ACOLOP em Macau, em 2006 e um maior pragmatismo no planeamento. Neste âmbito, o COP deseja também relançar o debate sobre o estatuto dos membros dos órgãos sociais, na via da sua progressiva profissionalização, com a certeza de que a gestão não se compadece eternamente com o voluntariado. Desenvolverá internamente um processo de análise, descrição, qualificação e avaliação de funções, visando a adequação do seu pessoal às exigências actuais e futuras, proporcionando ferramentas de trabalho indispensáveis à selecção e recrutamento dos seus futuros quadros. � Profissionalização A progressiva profissionalização da estrutura do COP, adoptando um organograma hierárquico-funcional que segregue positivamente os poderes de administração das competências executivas e ou operativas, com a criação de departamentos especializados, dotados de quadros habilitados e qualificados. Trata-se de um processo evolutivo e flexível, estando prevista a atribuição de pelouros aos vice-presidentes com disponibilidade profissional e segundo a respectiva apetência técnica. � Projecto Pequim Ao longo desta gerência, o COP assumirá, na plenitude, a gestão do Projecto Olímpico Pequim 2008 e desenvolverá o Projecto Esperanças Olímpicas que consiste num sistema de detecção e apoio de diversa ordem a jovens praticantes especialmente dotados, susceptíveis de integrar futuras participações olímpicas. Assumirá a liderança e a operacionalização do projecto, deixando de ser um mero interface entre o Estado e as Federações. Passam a ser definitivamente do domínio público as verbas movimentadas, a natureza da respectiva aplicação e a discriminação das fontes de financiamento, segundo o princípio da transparência da acção das entidades com responsabilidades no sector do desporto. ORGANIGRAMA DO C.O.P. ASSEMBLEIA PLENÁRIA Comissão Jurídica Comissão Multidisciplinar PRESIDENTE Academia Olímpica Fundação Olímpica Departamento de Património Tribunal Arbitral COMISSÃO EXECUTIVA Museu Olímpico CONSELHO FISCAL Departamento Admninistração Departamento Técnico Contabilidade e Pessoal Marketing Tesouraria e Assuntos Gerais Gabinete de Comunicação Organização e Informática Documentação e Informação Norte Logística Formação Centro Segurança e Frota Auto Relações Internacionais Associativismo Desportivo Gabinete de Preparação Centros de Preparação Olímpica Sul Comissão de Atletas Olímpicos Antidopagem Enquadramento Médico Comissão Desporto e Ambiente Departamento de Apoio ao Projecto Olímpico Comissão Médica Provedor do Atleta OLIMPO - Março/Abril 2005 Comissão de Ética Comissão a Mulher e o Desporto 19 PROGRAMA � ANTIDOPAGEM A luta contra a dopagem e a defesa da verdade desportiva, com conjunto com o Estado e com a os organismos internacionais, em particular a Agência Mundial Antidopagem, continuará a ser uma prioridade do COP � INTEGRAÇÃO Aproveitando o efeito positivo do fenómeno Obikwelu na opinião pública, à semelhança de outros exemplos menos mediáticos registados em desportos colectivos, o COP promoverá a inclusão social através do desporto de minorias étnicas e comunidades imigrantes. � RECONHECIMENTO O COP deseja equacionar um melhor aproveitamento do conhecimento empírico daqueles agentes desportivos cujas carreiras sejam reconhecidas pela comunidade e constituem uma mais-valia para a promoção do desporto. Trata-se de inflectir certas correntes tecnocratas na apreciação de competências e saberes, aproveitando os ídolos, sobretudo, para disseminar o desporto a nível nacional, regional e local. OLIMPO - Março/Abril 2005 � ESTUDO 20 O COP colaborará na eventual elaboração de um Livro Branco do Desporto Português no intuito de dar a conhecer os indicadores fidedignos e estatísticos do Portugal desportivo, perante as sistemáticas contradições e lacunas constatadas na informação desportiva através do levantamento e cruzamento exaustivo e rigoroso de dados. Reformas estruturais COP acompanhará atentamente o desenvolvimento normativo da Lei de Bases do Desporto, com especial preocupação no que concerne ao regime fiscal e ao sistema de segurança social aplicável aos atletas no percurso de alta competição, bem como as questões relacionadas com a importância económica do desporto, a expressão do emprego na área do desporto e a influência social desta actividade, procurando contribuir para repensar o modelo de organização do desporto português. Lutará pela resolução de problemas da reinserção social dos atletas de alto rendimento, após o término das suas carreiras, bem como pela concretização das medidas de apoio à alta competição, como é o caso das facilidades académicas e profissionais, ou a questão pendente do enquadramento fiscal em sede de tributação das bolsas em IRS. E, em colaboração com as entidades competentes, efectivar-se-á um Seguro Desportivo adequado à realidade e aos problemas diagnosticados no segmento da alta competição. Em convergência e simultaneamente, procurar-se-á definir e consagrar o estatuto do atleta olímpico. Também acompanhará as reformas necessárias para a conjugação de esforços entre os diversos subsistemas, particularmente o educativo e o desportivo, na via do aumento dos índices de prática desportiva e da competitividade, só possível através do alargamento da base de selecção para o subsistema de alto rendimento. Procurará emitir opinião ou desencadear esforços para influenciar a adopção de uma racional política de infra-estruturas e equipamentos desportivos, nomeadamente através da reserva de espaços vitais, integrada numa cultura urbanística e territorial equilibrada, tendo em vista a qualidade de vida das populações e o cumprimento da universalidade no acesso ao desporto. O Instituições a criar INSTITUIÇÃO OBJECTIVOS Fundação Olímpica captar subvenções ao desporto de alta competição Tribunal Arbitral Desportivo melhorar eficácia e equidade da justiça desportiva Centro de Apoio Jurídico patrocínio jurídico de agentes desportivos Museu Olímpico preservação do vasto espólio disperso em Portugal � COMUNICAÇÃO O COP continuará a colaborar e a intervir junto da comunicação social com o propósito de contribuir para um serviço de maior qualidade e uma maior cultura desportiva dos respectivos operadores e do público em geral, por forma a aumentar a exposição pública dos diversos desportos e fomentar o desenvolvimento da prática desportiva. Museu Olímpico será construído junto da sede do COP COP não abdicará da tese dos efeitos positivos da elaboração de uma futura candidatura de Portugal à organização dos Jogos Olímpicos. Além dos inúmeros apoios institucionais, desportivos e de grupos económicos já manifestados e publicamente difundidos, concretamente pela edilidade lisboeta, trata-se de uma oportunidade única para elaborar definitivamente um plano integrado de desenvolvimento desportivo para o país, a longo prazo. Neste sentido, o COP elaborará um documento orientador, equacionando as fontes de financiamento inerentes ao cumprimento do caderno de encargos. Não é uma utopia nem um cliché. Portugal pode e deve investir num projecto desta dimensão, pois está comprovado que este desígnio tem constituído um meio de promoção dos países candidatos e uma forma de estudar prospectivamente o desporto. Uma candidatura é um pretexto e constitui uma medida política macro inteligente, pois é consensual que o desporto é o grande embaixador de Portugal. � AMBIENTE O ambiente será alvo de atenção, através de acções dedicadas a este importante tema, conexo com o desafio da sustentabilidade, plasmado na Carta Olímpica e na Carta Europeia do Desporto. O � TURISMO O turismo desportivo, a qualidade de vida e a saúde pública constituem igualmente preocupações que atravessam o desporto, a merecer uma permanente atenção Prestará atenção à dinâmica própria da actividade desportiva, em termos de desportos e disciplinas emergentes, como é o caso dos denominados 'desportos de aventura'. OLIMPO - Março/Abril 2005 Candidatura aos Jogos de Lisboa 21 AT E N A S 2 0 0 4 RELATÓRIO DA CHEFIA DE MISSÃO Atenas aponta soluções de futuro Assembleia Plenária de aprovou por unanimidade o Relatório da Chefia da Missão de Portugal aos Jogos Olímpicos de Atenas, extenso documento de 66 páginas e vários anexos, que relata e analisa pormenorizadamente todos os passos da participação olímpica de 2004, desde a fase de preparação e projecto olímpico ao desempenho propriamente dito nos estádios gregos. Com a promulgação deste relatório, encerra-se a XXVIII Olimpíada e abre-se a XXIX, havendo lugar a conclusões úteis para o futuro. Do documento elaborado pelos Chefe de Missão e adjunto, respectivamente Professor Alípio de Oliveira e Engº Pedro Sousa Ribeiro, destacase o capítulo de Reflexões Finais e Sugestões, que extrapola da experiência vivida diversas recomendações para os responsáveis pelas Missões Olímpicas a Pequim-2008 e seguintes. A Chefia de Missão considera que a preparação e participação olímpicas têm evoluído positivamente nos últimos tempos, quer quanto ao conceito, quer quanto ao modelo organizacional, apesar de nem sempre essas mudanças terem sido marcadas pela coerência e pela cientificidade: "ocorrem normalmente referências empíricas que, sendo de considerar, nem sempre resultam na melhor solução", referem os dois responsáveis no seu documento. Na XXVIII Olimpíada, registaramse algumas alterações que podem ser consideradas como oportunas e adequadas. Por outra parte, ficaram ideias que são passíveis de optimização e sistematização, algumas das quais estão mesmo já em prática, como seja a continuidade do Projecto Olímpico, que pela primeira vez não sofreu interrupção na fase transitória, ou a responsabilização total do COP pela centralização e coordenação da preparação olímpica, em conjunto OLIMPO - Março/Abril 2005 A 22 com as Federações.. De igual modo, a criação do DAPO, departamento técnico profissional do COP, virá ao encontro de outra recomendação da Chefia de Missão, bem como a da criação de um departamento de comunicação que enquadre ao longo da Olimpíada o Adido de Imprensa da Missão e a de um gabinete de Marketing que cuide da imagem e dos respectivos benefícios económicos e logísticos. A Chefia de Missão de Atenas sublinha a necessidade de reavaliar e me- lhorar o Seguro Olímpico e destaca a importância do trabalho da Comissão Médica do COP ao longo do processo de preparação no sentido de se apetrechar com toda a informação clínica e pessoal dos atletas e também recomenda a constituição atempada das equipas administrativas e de apoio à Missão. Mais tempo e cuidados de preparação também nas diversas áreas de apoio aos atletas garantem uma maior eficácia na resposta às necessidades de atletas e treinadores durante o período dos Jogos. REFLEXÕES FINAIS E SUGESTÕES em conta as especificidades da preparação olímpica e onde os objectivos por modalidade e atleta, os recursos humanos, as infra estruturas disponíveis e a criar, o financiamento e o objectivo nacional para os Jogos Olímpicos sejam determinantes . Deve haver uma continuidade do Projecto Olímpico, por forma a não ocorrerem interregnos na preparação olímpica. Isto pressupõe um trabalho de curto/médio/longo prazo. Equacionar o sistema de concessão de Bolsas Olímpicas e apoios às Federações, segundo o conceito de continuidade do Projecto Olímpico. As Bolsas para os atletas e os apoios para as actividades devem ser equilibrados e ter em conta a importância das competições e estágios. Centralizar no Comité Olímpico de Portugal (COP) a gestão do Projecto Olímpico. Estabelecer as fronteiras administrativas entre Projecto Olímpico, Projecto de Esperanças Olímpicas, Projecto de Alta Competição e apoio ao Desenvolvimento da Prática Desportiva, sem deixar de promover a interacção, a articulação e a coerência sistémica entre eles, num principio de rendibilização de recursos e de complementaridade de objectivos. Aprofundar e dar coerência ao Projecto de Esperanças Olímpicas integrando-o no modelo global de preparação olímpica. Criar um corpo regulamentar mais abrangente e compatível para a Preparação Olímpica, servindo de instrumento promotor da equidade e facilitador da tomada de decisão. A estrutura de coordenação e acompanhamento do Projecto Olímpico, deverá ser profissionalizada e constituída por um número adequado de áreas técnicas face ao quadro de atribuições e competências que lhe é conferido. Deve ter a prerrogativa de produzir documentos de incidência normativa e regulamentar que, inclusivamente, enquadre a Alta Competição e que permita estabelecer e sistematizar os critérios de avaliação e de entrada e permanência de atletas e equipas no Projecto. Fixar os objectivos desportivos para os atletas e equipas envolvidos no Projecto Olímpico. O Vértice Estratégico e centro de decisão deverá 2 3 4 5 6 7 8 9 10 continuar a ser constituído pelos Presidentes do IDP e do COP. Deverá manter-se a aposta do COP nos Centros de Preparação Olímpica, estrategicamente implantados pelo país, sem prejuízo da existência de um Centro de Alto Rendimento nacional (CAR) a assumir pelo Estado. Deve ser desenvolvido um adequado processo de detecção de talentos, envolvendo também o denominado Desporto Escolar ou Desporto na Escola, numa perspectiva globalizante do conceito. O COP deverá criar uma estrutura profissional e em permanência para a área da Comunicação Social. O Adido de Imprensa presente nos Jogos Olímpicos deverá sair dessa estrutura e cumprir um trabalho de promoção e acompanhamento ao longo de toda a fase de preparação olímpica. O exemplo de Atenas 2004 deve ser tido como exemplo a seguir, provavelmente com algumas correcções, sobretudo no que se refere ao período de "antes dos Jogos". É aconselhável a criação de uma rede de comunicação intra e inter sectorial que permita coerência e eficácia na circulação e tratamento da informação. Criação de um Gabinete de Marketing que acompanhe todo o processo de participação nos Jogos Olímpicos e cuide de patrocínios e imagem, tratando inclusivamente, em conjunto com a Chefia de Missão, questões como, o Traje Olímpico Oficial, permitindo uma logística eficaz e uma solução atempada. Melhorar o regime de Seguros dos elementos da Missão Olímpica. Deverá ser estudada uma resolução satisfatória de acordo com a legislação vigente e envolvendo o Estado, o COP e as Federações. A Comissão Médica do COP liderará o acompanhamento dos atletas estabelecendo um diálogo em permanência com as Federações, através de troca de informações e produção de instrumentos sob forma de documentos escritos ou de base digital e suporte informático, no sentido de, a qualquer momento, estar disponível informação detalhada sobre cada atleta do Projecto Olímpico. Coordenará a intervenção da estrutura de apoio médico que o COP disponibiliza, complementarmente, a exemplo do que aconteceu no âmbito do Projecto Atenas 2004. Definirá a Equipa Médica presente 11 12 13 14 15 16 17 nos Jogos Olímpicos. A sua intervenção deve ter início com o lançamento do Projecto Olímpico. A estrutura logístico administrativa que tratará de preparação e participação olímpicas, deverá ser definida e activada com antecedência de forma a ser possível um acompanhamento desde o início do processo pelas pessoas que o vão protagonizar. A identificação das pessoas e das respectivas atribuições e competências logo no início do ciclo olímpico traz toda a vantagem para a eficiência e eficácia do processo. Estas definições deverão ser as mesmas que vão enquadrar e corporizar, mais tarde, na Aldeia Olímpica, as estruturas orgânicas de apoio. O processo de Acreditações deve ser preparado com todo o cuidado e cumprindo os prazos pré - estabelecidos. Deve utilizar-se a experiência adquirida. As Federações e todos os elementos da Missão devem ser permanentemente esclarecidos a fim de evitar tensões e dúvidas destabilizadoras. A Chefia de Missão deve ser definida o mais cedo possível a fim de acompanhar desde inicio todo o processo de preparação e participação nos Jogos Olímpicos. Na Aldeia Olímpica, a Chefia de Missão deverá definir o quadro de tarefas, competências e responsabilidades, de cada um dos elementos do Secretariado e do grupo de assistentes e voluntários, bem como, agendar as reuniões com os Chefes de Equipa e determinar os locais e os procedimentos de difusão informativa (ver Anexo L). A estrutura de organização e acompanhamento dos Dignitários, Patrocinadores e Convidados, deverá estar permanente e operacionalmente ligada aos sectores de logística, venda de bilhetes e transportes. Deverão planificar-se as acções de acolhimento nos aeroportos e de acompanhamento no regresso. A coordenação deve ser desempenhada por um responsável, indicado pelo COP para o efeito. Considera-se aconselhável a constituição de um Conselho Consultivo da Missão, composto por especialistas de várias áreas técnicas, por representantes das Federações, dos Atletas e dos Treinadores. Neste órgão debater-se-ão todos os temas tidos como susceptíveis de reflexão e debate. 18 19 20 21 22 23 OLIMPO - Março/Abril 2005 O Projecto Olímpico, deve ser 1 pensado e concebido à luz de um modelo organizacional que tenha 23 C O N T R AT O S - P R O G R A M A “Dias felizes” para o Desporto OLIMPO - Março/Abril 2005 O 24 programa de preparação olímpica. Também pela primeira vez a responsabilidade da condução e gestão do programa cabe em exclusivo ao próprio Comité Olímpico, que contratualizou directamente com as Federações os apoios necessários. Como sublinhou o presidente do IDP, José Manuel Constantino, quando ficou concluído o processo contratual "a preparação olímpica é agora da exclusiva responsabilidade do COP; cabendo ao Estado apenas assegurar os apoios financeiros". � 14 milhões de euros O contrato-programa envolve verbas no valor global de 14 milhões de euros, o que representa um acréscimo de 14,8 por cento relativamente a Atenas, as quais são distribuídas em quatro tranches anuais de 3,25, 3,75, 3,75 e 3,25 milhões, respectivamente entre este ano e 2008, subdivididas em quatro parcelas: Projecto Pequim2008 (69 %), Esperanças Olímpicas (18 %), Selecção de Prioridades (9 %) e Gestão do Projecto (4 %). Neste contexto, o Projecto Pequim-2008 vai absorver mais de 9,5 milhões de euros de financiamento oficial � Direitos e deveres No contrato-programa assinado com cada uma das nove Federações já envolvidas no Projecto Pequim-2008, a 21 de Fevereiro, começa por ser estabelecido o objectivo de criar melhores condições de preparação aos atletas, visando a "consequente obtenção de prestações desportivas que permitam manter a expectativa de virem a obter resultados de mérito nos Jogos Olímpicos". O retorno dos apoios concedidos em função das estimativas previamente estudadas no documento doutrinário 'Projecto Olímpico 2005-2012', aprovado pelas Federações, é um objectivo explícito desta relação. No caso, por exemplo, do Atletismo, o valor da comparticipa- FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS s presidentes das 20 Federações com atletas elegíveis para os apoios à preparação para os Jogos Olímpicos de 2008 e 2012 estiveram por duas vezes na sede do Comité Olímpico a assinar os respectivos contratos-programa, numa iniciativa sem precedentes que decorreu da outorga dos fundos estatais ao Comité Olímpico por parte da administração pública. Primeiro, no dia 27 de Janeiro, na presença do Secretário de Estado do Desporto, dr. Hermínio Loureiro, foi a vez de todas as Federações já incluídas no projecto 'Esperanças Olímpicas', que aponta para os Jogos de 2012, não obstante alguns dos atletas nele englobados já terem conseguido estar presentes em Atenas. Semanas mais tarde, numa cerimónia mais restrita, repetiram a presença os dirigentes das nove Federações cujos atletas garantiram, em Atenas, a transição para o Projecto Pequim-2008, para a assinatura dos respectivos contratos-programa. No conjunto dos dois programas, estão já a ser apoiados directamente 148 desportistas e respectivos treinadores. Como declarou o responsável pela pasta do Desporto no Governo cessante, o 27 de Janeiro de 2005 (como também o 21 de Fevereiro) foi um "dia feliz para o Desporto português" ao confirmar a responsabilização das entidades directamente envolvidas no Desporto pela melhor gestão dos dinheiros públicos consignados ao desporto de alta competição. Ao contrário do que sucedia no passado, o contrato assinado entre o COP e o Instituto do Desporto de Portugal para apoio à preparação dos Jogos de Pequim tem a duração de quatro anos - e não carece de ser revisto, negociado e assinado ano a ano, como acontecia no passado. Pela primeira vez, está orçamentado e garantido um apoio continuado ao Na ocasião, Vicente Moura e o presidente do IDP, José Manuel Constantino, assinaram o contrato de apoio do Estado às actividades regulares do Comité Olímpico de Portugal, no valor de 400 mil euros VICENTE MOURA Presidente do Comité Olímpico de Portugal "É com muita emoção e satisfação que assinalo este momento histórico para o Comité Olímpico e para o Movimento Associativo em que, pela primeira vez, uma entidade privada assume a gestão de verbas públicas no desenvolvimento de um projecto nacional. É a prova de que o Comité ganhou peso institucional e credibilidade. Ao confiarem-nos esta responsabilidade Presidente do Instituto de Desporto e Portugal e o Secretário de Estado compreenderam e assumiram a máxima de 'Menos Estado, Melhor Estado' aceitando também o desafio a que nos propomos de alcançar em Pequim e em 2012, através do programa 'Esperanças Olímpicas' um maior número de medalhas e melhores resultados. Realço que também pela primeira vez foi possível dar continuidade aos apoios após o final dos Jogos Olímpicos de Atenas, anulando-se o compasso de espera que sempre se verificava, com enormes prejuízos desportivos, entre cada ciclo olímpico. Peço ajuda a todos, Federações, Confederação, patrocinadores, para que ajudem a facilitar-nos a vida, pois mercê dela facilitaremos a vida aos atletas e seus treinadores, únicos destinatários do nosso trabalho. Seremos rigorosos e credíveis na aplicação dos direitos e deveres consignados nos contratos e temos a certeza de que alcançaremos os resultados e objectivos a que, igualmente pela primeira vez, o COP se compromete e que são os de presença em Pequim-2008 de 18 modalidades diferentes e a conquista de cinco medalhas e 12 diplomas" HERMÍNIO LOUREIRO "Este é um dia feliz para o Desporto em Portugal, mas também para a administração pública, com o IDP a assumir um papel de referência ao cumprir com simplicidade e rigor o disposto no artigo 25º da Lei de Bases do Desporto sobre as competências do Comité Olímpico de Portugal. O Desporto português cresceu oito por cento em número de praticantes nos últimos anos e está agora mais perto da média europeia (de 38%), estando certo que irá ultrapassá-la muito antes dos dez anos que eu fixara como meta para esse desígnio nacional. É fundamental que se mantenha este clima de cooperação e que se impeça por todos os meios o regresso a um ambiente de crispação, porque o Desporto precisa de todos e é com o apoio de todos que vai melhorar. Este é um dia feliz para o Desporto em Portugal que iremos recordar dentro de três anos e meio quando ouvirmos o nosso hino e a bandeira portuguesa subir ao mastro olímpico em Pequim, no momento em que os nossos atletas alcançarem os mais elevados objectivos a que nos propomos e que sem dúvida realizaremos, com muita ambição, mas também muita responsabilidade." OLIMPO - Março/Abril 2005 Secretário de Estado do Desporto e da Reabilitação 25 C O N T R AT O S - P R O G R A M A OLIMPO - Março/Abril 2005 As nove modalidades já inseridas no Projecto Pequim-2008 26 ATLETISMO CANOAGEM CICLISMO JUDO TRAMPOLINS VELA VOLEIBOL DE PRAIA TIRO TRATLO ção do COP ascende aos 252,750 euros para uma previsão de seis atletas, os que elegíveis à data do acordo, mas este contrato não é fechado e naturalmente o valor vai subir à medida que mais e mais atletas consigam atingir as fasquias de elegibilidade olímpica, ao longo do ciclo de quatro anos em que se defrontam com variados testes e provas de selecção. Também pode ser reduzido se alguns dos atletas agora incluídos não alcançarem os resultados que garantam a sua continuidade do programa. Da parte das Federações o contrato obriga a remeter ao COP, em tempo útil, o plano das acções de preparação e competições previstas para cada um dos praticantes integrados no Projecto, os relatórios de avaliação intercalares e todas as informações sobre o cumprimento do plano, bem como dos resultados obtidos e aplicação das verbas disponibilizadas, ou quaisquer outros elementos necessários ao Comité para avaliar a boa execução do contrato programa. As Federações estão obrigadas a entregar o plano anual de actividades e o orçamento provisional acompanhado do respectivo cronograma financeiro e devem Entregar o Relatório e Contas anual da Preparação Olímpica até 31 de Janeiro do ano seguinte ao do exercício. A concepção do plano das acções de preparação e competições previstas e delinear os objectivos desportivos para cada um dos praticantes integrados no Projecto é uma prerrogativa das respectivas Federações. Igualmente a celebração dos contratos com os atletas e respectivos treinadores responsáveis é da responsabilidade de cada Federação. Naturalmente, o COP tem o direito de suspender a liquidação da comparticipação financeira em caso de incumprimento da correcta execução dos programas de preparação apresentados, ou da não observância dos direitos e deveres estabelecidos. O COP obriga-se a prestar às Federações uma colaboração adequada à boa execução do plano de preparação dos praticantes integrados no Projecto e a enviar cópia dos contratos - programa celebrados ao Instituto do Desporto de Portugal. Projecto “Esperanças Olímipicas” envolve 20 modalidades ANDEBOL ESGRIMA FUTEBOL GINÁSTICA VELA BADMINTON BASQUETEBOL CANOAGEM HIPISMO LUTAS AMADORAS NATAÇÃO TÉNIS DE MESA TIRO COM ARMAS DE CAÇA REMO OLIMPO - Março/Abril 2005 Além das modalidades assinaladas em foto também assinaram o contrato-programa “Esperanças Olímpicas 2012” as de Atletismo, Ciclismo, Judo, Trampolins, Triatlo e Voleibol. 27 C O N T R AT O S - P R O G R A M A 19 atletas no Projecto Pequim e 129 Esperanças Olímpicas ão 19 os atletas que transitaram do Projecto Atenas para o Projecto Pequim-2008, o que significa desde logo que alcançaram nos anteriores Jogos Olímpicos resultados que confirmam o seu estatuto de alta competição. Pela primeira vez na história dos apoios oficiais e bolsas não se verificou quebra de apoio na transição das Olimpíadas. Este grupo está dividido em três níveis de Bolsas mensais. O primeiro (1250 euros para o atleta, 937,5 para o treinador) atribuído aos três medalhados de Atenas, Francis Obikwelu, Rui Silva e Sérgio Paulinho, o segundo (respectivamente 1000 e 750) para os finalistas, como Alberto Chaíça, Emanuel Silva, João Pina e João Neto, Vanessa Fernandes ou os três velejadores Álvaro Marinho-Miguel Nunes e Gustavo Lima, e finalmente o terceiro (750, 562,5) para os restantes sete contemplados, que em Atenas se classificaram ao nível de semi-finalista, entre a 9ª e a 16ª posições. Por cada atleta qualificado as Federações recebem 1467 euros mensais, cabendo por isso a fatia maior à Federação de Atletismo. S OLIMPO - Março/Abril 2005 � 21 raparigas em 129 28 No projecto Esperanças Olímpicas estavam incluídos no final de 2004 um total de 129 atletas de 20 modalidades, dos quais 21 eram raparigas. Apenas em dois desportos o sexo feminino estava em maioria, no Judo com cinco dos oito incluídos e nos Trampolins. Não contando os atletas das quatro modalidades colectivas (Andebol, Basquetebol, Futebol e Voleibol) e do Ciclismo, em que os subsídios não são nominais, mas em grupo para a selecção que há-de ser eleita no momento das provas de selecção olímpica, as classes nascidas de 1984 a 1986 dominavam a lista, que tem uma amplitude de idades muito vasta. Ainda estão no Projecto de Esperanças sete atletas que este ano completam os 24 anos, num programa em que a mais jovem continua a ser a nadadora Diana Gomes, de 15 anos, pouco mais nova que os ginastas Ana Rente e Carlos Jesus, de 16. Diana Gomes, a mais jovem atleta olímpica de sempre, não é a única a ter já participado nos Jogos Olímpicos neste grupo que se projectava para Pequim-2008 e para os Jogos de 2012. Também os atletas Gaspar Araújo, Luís Sá e Nélson Évora e os nadadores Adriano Niz, Luís Monteiro, João Araújo, Fernando Costa e Tiago Venâncio já competiram nos Jogos de Atenas, enquanto a marchadora Vera Santos e a triatleta Maria Areosa só não estiveram presentes por razões de quotas de participação. PROJECTO PEQUIM 2008 Os atletas já incorporados no Projecto Pequim-2008 são os seguintes ATLETISMO Naide Gomes Francis Obikwelu Rui Silva Manuel Damião Alberto Chaíça João Vieira Heptatlo 100, 200 metros 1500 metros 1500 metros Maratona 20 km Marcha CANOAGEM Emanuel Silva K1 500m, 1000m CICLISMO Sérgio Paulinho Estrada JUDO Telma Monteiro João Pina João Neto -52kg -66kg -73kg TRAMPOLINS Nuno Merino TRIATLO Vanessa Fernandes TIRO João Costa Pistola VELA Álvaro Marinho Miguel Nunes Gustavo Lima 470 470 Laser VOLEIBOL Volei de Praia OLIMPO - Março/Abril 2005 Miguel Maia/João Brenha 29 C O N T R AT O S - P R O G R A M A PROJECTO ESPERANÇAS OLÍMPICAS Os atletas incorporados no Projecto Esperanças Olímpicas são os seguintes ATLETISMO Arnaldo Abrantes Liliana Cá Milton Dias Ricardo Lima Ana Cabecinha Hugo Caldeira Nélson Évora Bruno Saramago Marco Fortes Patrícia Lopes Sandra Tavares Fernando Almeida Gaspar Araújo Jéssica Augusto Luís Sá Ricardo Alves Vera Santos NATAÇÃO 1986 110 metros barreiras 1986 Lançamento do Disco 1986 400 metros barreiras 1985 400 metros barreiras 1984 20 km Marcha 1984 Lançamento do Disco 1984 Salto em Comprimento 1982 5000 metros 1982 Lançamento do Peso 1982 400 metros barreiras 1982 Salto com Vara 1981 800 metros barreiras 1981 Salto em Comprimento 1981 5000 metros 1981 110 metros barreiras 1981 100 metros 1981 20 km Marcha Diana Gomes Tiago Venâncio Fábio Pereira Adriano Niz João Araújo 1986 1983 TÉNIS DE MESA Fernando Costa Pedro Mendonça Luís Monteiro Duarte Mourão 1989 100,200 bruços 1987 100,200 livres 1986 200 mariposa 1986 200 costas, 200 livres 1985 200,400 livres, 200 mariposa 1985 1500 livres 1984 100,200 bruços 1984 200,400 livres, 200 mariposa 1984 200 mariposa REMO Roberto Rodrigues Ricardo Santos Nuno Mendes Paulo Quesado Pedro Fraga 1985 1985 1984 1984 1983 Scul Scul Scul Scul Scul 2x 2x 2x 2x 2x BADMINTON Alexandre Paixão Telma Santos Tiago Apolónia Marcos Freitas 1986 1986 CANOAGEM Teresa Portela Ricardo Tavares Carlos Portela Filipe Duarte Helena Rodrigues Pedro Santos David Fernandes Pedro Gomes 1987 1986 1985 1985 1984 1984 1983 1981 K1 500m K2 500m K2 500m K4 1000m K1 1000m K4 1000m K4 1000m K4 1000m 1984 Espada TIRO C/ ARMAS DE CAÇA João Paulo Azevedo 1984 Trap TRAMPOLINS Ana Rente 1988 TRIATLO Maria Areosa Bruno Pais 1984 1981 ESGRIMA Joaquim Videira EQUESTRE Francisco Nobre Guedes1987 GINÁSTICA Carlos Jesus 1988 Artística 1987 1986 1985 1985 1984 1982 1982 1982 -57kg -63kg -78kg -66kg -48kg -52kg -60kg -66kg OLIMPO - Março/Abril 2005 JUDO 30 Joana Cesário Ana Cachola Marta Amaro Tiago Lopes Ana Monteiro Joana Ramos João Cardoso Pedro Dias VELA Luís Niza Paulo Baptista Sara Carmo Gonçalo Ribeiro Francisco Lobato Fausto Neves 1987 1987 1986 1985 1984 1984 420 420 Europe 470 Laser 470 ANDEBOL 15 atletas Juniores BASQUETEBOL 12 atletas Juniores CICLISMO 5 atletas Provas de Estrada FUTEBOL LUTAS Ângela Gonçalves Vânia Guerreiro Ricardo Salvado 18 atletas 1987 1987 1984 Livre Livre Greco Sub-18 VOLEIBOL 12 atletas Juniores XXIX OLIMPIADA - A CAMINHO DE PEQUIM Um salto inspirador N Obikwelu obteve um resultado assinalável ao estabelecer um novo recorde nacional dos 60 metros (pista coberta), com 6,54 segundos, em Madrid, dois dias depois de ter igualado o máximo anterior em Birmingham, mas conduz a sua temporada com muito cuidado, devido a problemas num joelho que poderão obrigá-lo a passar pela mesa de operações, depois dos Mundiais de Helsínquia. Obikwelu optou por não disputar os Europeus de Pista Coberta, disputados uma semana depois do 'meeting' da capital espanhola, por considerar que não poderia vencer a prova - o que seria um risco para o seu prestígio actual. Também Rui Silva, o outro medalhado de Atenas, optou por não competir em absoluto na época de Inverno, na sequência da operação a uma hérnia inguinal a que se submeteu após os Jogos Olímpicos. O ribatejano deverá reaparecer em força na Primavera. OLIMPO - Março/Abril 2005 aide Gomes foi a primeira atleta com estatuto olímpico a brilhar no início da longa caminhada até aos Jogos de Pequim, ao sagrar-se campeã europeia de salto em comprimento em pista coberta, a sua terceira medalha em grandes competições, depois da prata no Europeu-02 e do ouro no Mundial-04, ambas no Pentatlo. Dos outros atletas integrados no Projecto Pequim-2008, também Francis FOTO LUSA Ao mesmo tempo que os dirigentes concluíam com inédita antecedência os processos de apoio à preparação olímpica, no campo desportivo os atletas estão a iniciar com determinação a caminhada para Pequim. Uma medalha de ouro no Europeu de Atletismo e uma de bronze na Taça do Mundo de Judo foram os primeiros pódios deste ciclo, iniciado por 19 atletas, mas a que muitos outros se juntarão nos próximos tempos. 31 “ XXIX OLIMPIADA - A CAMINHO DE PEQUIM OLIMPO - Março/Abril 2005 � Telma de bronze 32 Depois da longa paragem por lesão que se seguiu aos Jogos Olímpicos e aos Europeus de juniores, a judoca Telma Monteiro reapareceu em grande estilo no início de Março no torneio Super A de Tampere, Finlândia, conquistando mais uma medalha de bronze na categoria de -52 kg, perdendo apenas com a russa Bogdanova. No mesmo torneio, também Ana Hormigo (-48kg) se classificou em 3º lugar, duas semanas depois de ter sido 7ª em Hamburgo, ascendendo ao 3º posto do 'ranking' europeu - o que lhe vai permitir ascender ao Projecto Pequim-2008 (nível 3), juntando-se a Telma Monteiro e a João Pina e João Neto. Com 23 anos, a atleta de Castelo Branco ainda luta por uma primeira presença olímpica. Andreia Cavalleri (-70kg) já tinha alcançado em Sofia, em Janeiro, um 5º Depois de quatro anos muito duros, decidi fazer uma pausa neste Inverno, para descansar a cabeça e recuperar dos problemas físicos. Mas agora vou recomeçar. Já é tempo de alcançar no Heptatlo uma boa marca como já fiz no Pentatlo “ A vitória de Naide em Madrid ficou envolta nalgum dramatismo provocado por um erro dos juizes na medição do salto de uma adversária, a alemã Bianca Keppler, o que veio a atrasar a homologação dos resultados em quase 24 horas e impediu, pela segunda vez, a atleta santomense de realizar o seu sonho de dar uma volta de consagração à pista, com a bandeira nacional... Impedida de disputar o Pentatlo devido às limitações físicas provocadas por lesões e fadiga, nem por isso Naide Gomes deixou de bater o recorde nacional do comprimento, que já lhe pertencia com 6,51 metros, marca que ultrapassou por quatro vezes ao longo da competição, fixando o novo máximo em 6,70. Para este Verão, Naide Gomes estabeleceu o objectivo de alcançar uma grande marca no Heptatlo, pretendendo classificar-se nas oito primeiras dos Mundiais de Helsínquia, depois de ter sido 12ª nos Jogos Olímpicos de Atenas. O segundo melhor português nos Europeus de Pista Coberta foi Gaspar Araújo, outro saltador, que terminou a prova em 5º lugar, com 7,87 metros, dias depois de ter saltado oito metros no mesmo local. Olímpico em Atenas e um dos atletas integrados no programa 'Esperanças Olímpicas', Gaspar ficou a alguns centímetros da medalha de bronze destes Europeus e persegue agora os mínimos para os Mundiais de Helsínquia, fixados em 8,19 metros. Naide Gomes lugar - pelo que, tudo somado, confirma-se a ideia de que o sector feminino do Judo português promete um ano bem melhor que o sector masculino, não obstante as lesões sofridas por Ana Cachola e Ana Monteiro, duas das atletas que fazem parte do programa 'Esperanças Olímpicas'. Entre os homens, os resultados têm sido discretos nos primeiros meses de 2005, destacando-se mais a demissão apresentada pelo seleccionador Rui Rocha, após o torneio de Paris, em Fevereiro, por não concordar com a entrega da condução dos combates aos treinadores dos clubes. O seleccionador, que esteve ligado à conquista de 49 medalhas internacionais em oito anos e liderou a equipa nacional nos Jogos Olímpicos de Sydney e Atenas, foi substituído entretanto pelo seu antigo atleta Michel Almeida. A equipa nacional masculina está desfalcada desde Dezembro e por tempo ainda indeterminado de um dos seus expoentes máximos, o olímpico João Pina, que se lesionou com gravidade no ombro direito durante um estágio no Japão, repetindo uma mazela que já o obrigara a submeter-se a uma intervenção cirúrgica há três anos. � Paulinho a rolar Com a responsabilidade e os galões de vice-campeão olímpico, Sérgio Paulinho iniciou a carreira no ciclismo internacional ao serviço de uma das equipas de ponta, a Wurth-Liberty, lado a lado com outro olímpico, Nuno Ribeiro, mas nas primeiras provas do calendário os dois portugueses não coincidiram: um correu na Austrália, o outro na Malásia, e depois cada um em sua 'clássica' diferente em Espanha. Numa fase menos exigente da temporada, Paulinho deu um ar de graça na corrida Tirreno-Adriático, não propriamente na classificação geral, mas ao terminar em segundo no Prémio da Montanha. A nível nacional, outro membro da última equipa olímpica nacional, Cândido Barbosa, teve um começo prometedor e ambicioso da temporada, ao vencer o Grande Prémio do Oeste, que incluiu a subida da Serra do Montejunto, começando a ser apontado por observadores especializados como potencial candidato ao triunfo na Volta a Portugal. � Vanessa corta mato Com o à vontade e tranquilidade de sempre, a triatleta Vanessa Fernandes foi testar a forma de correr nos nacionais de corta-mato e terminou em quinto lugar da geral e primeira de sub-23, o que lhe garantia um lugar na selecção nacional para os Mundiais de crosse... Está em boa forma, portanto. Também sem adversários à altura a nível nacional as duas tripulações de Vela que se mantiveram no Projecto Olímpico, Gustavo Lima, no Laser, e dupla Álvaro Marinho-Miguel Nunes, no 470, testaram positivamente na semana do Carnaval, em Vilamoura. Marinho e Nunes deram-se mesmo ao luxo de vencer as oito regatas disputadas! � Natação destaca elite Sem atletas no Projecto Pequim-2008, embora tenha o objectivo de participar nos próximos Jogos com quatro a sete nadadores e atingir meias-finais, a Federação Portuguesa de Natação decidiu criar um 'Projecto Elite', que visa facilitar o acesso a provas internacionais de primeiro nível, como as da Taça do Mundo e do Circuito Mar Nostrum. No núcleo inicial foram eleitos três atletas (Duarte Mourão, Fernando Costa e Tiago Venâncio) que também fazem parte do programa 'Esperanças Olímpicas'. Na sua primeira participação internacional, disputaram a Taça do Mundo de Belo Horizonte, no Brasil, onde Mourão ficou perto do pódio (4º nos 200 mariposa). E Venâncio já fez os mínimos para o Mundial. ATLETISMO Naide Gomes Campeã europeia de Salto em comprimento, tendo batido o recorde nacional duas vezes em duas semanas. Primeiro no Meeting de Estocolmo (2ª no Pentatlo) e depois nos Europeus de Madrid Francis Obikwelu Correu os 60 metros em quatro meetings internacionais de pista coberta, batendo o recorde nacional duas vezes. Optou por não disputar os Europeus de Madrid. João Neto Depois de um intervalo competitivo para se dedicar aos exames do seu curso universitário, em que também subiu de peso e de escalão, esteve no estágio realizado na Alemanha, em Fevereiro, e vai voltar à competição nas provas da Taça do Mundo de Tallin e Bucareste, no início da Primavera TRAMPOLINS Nuno Merino Alberto Chaíça O maratonista participou em Fevereiro na Taça dos Campeões Europeus de Crosse, em Mântua, enquanto continua a preparação da época, cujo ponto alto será a Maratona dos Mundiais de Helsínquia Após a fase de preparação para uma época que comporta os Campeonatos do Mundo, em Setembro, iniciou em finais de Março a actividade internacional com a participação em torneios na Holanda e na Dinamarca. João Vieira O marchador de Rio Maior vem competindo regularmente em provas de distâncias curtas, mas desistiu nos 50 quilómetros dos campeonatos nacionais, ganhos pelo também olímpico Pedro Martins. Manuel Damião Época de Inverno regular, com uma excelente participação na Taça dos Campeões Europeus de crosse, em Mântua, onde foi 4º TRIATLO Vanessa Fernandes Fase de preparação, culminando com um teste no Nacional de crosse, onde se classificou em 5º lugar geral. Inicia a participação na Taça do Mundo em finais de Abril, no México. TIRO Rui Silva Optou por não competir neste Inverno, concluindo a recuperação da operação a que foi submetido. CANOAGEM Emanuel Silva João Costa Participou no início do ano nos Europeus de Ar Comprimido, em Tallin, onde obteve uma classificação discreta. Na segunda semana de Abril, disputa a prova da Taça do Mundo de Pusan, Coreia, nas suas duas especialidades de Pistola Livre e Pressão de Ar. A Taça do Mundo começa apenas a 13 de Maio, em Poznan. VELA Sérgio Paulinho Disputou provas por etapas de início de época na Austrália (48º no Tour Down Under, ganho pela sua equipa), em Espanha (desistiu na Volta a Valência) e Itália (60º e 2º da Montanha no Tirreno-Adriático) JUDO Gustavo Lima Depois de ter renovado o título nacional em Dezembro, reapareceu no Carnaval para ganhar a Semana Internacional de Vilamoura, superando o espanhol Gomez e o húngaro Fazakas. Álvaro Marinho - Miguel Nunes Na XXXI Semana Internacional de Carnaval de Vilamoura, cometeram a proeza de ganhar todas as (oito) regatas de 470. João Pina A recuperar de uma rotura de ligamentos do ombro, sofrida no estágio de Dezembro, no Japão, e de uma apendicite. Só deve reaparecer no final da temporada. Telma Monteiro Regressou em grande no início de Março com mais uma medalha de bronze no torneio de Tampere VOLEIBOL DE PRAIA Miguel Maia - João Brenha Enquanto não chega o Verão, os dois atletas participam nas competições 'indoor', Maia em Itália ao serviço da equipa do Crema, e Brenha em Portugal, no Sporting de Espinho. OLIMPO - Março/Abril 2005 CICLISMO 33 JOGOS OLÍMPICOS DE 2012 Cinco grandes na corrida Dia 6 de Julho em Singapura será escolhida por votação dos membros do C.I.O. a cidade-sede dos Jogos Olímpicos de 2012, entre as cinco candidatas que ultrapassaram a primeira fase: Paris, Londres, Madrid, Moscovo ou Nova York. O favoritismo vem sendo concedido a Paris, mas apenas Moscovo parece completamente descartada a três meses de distância da grande decisão s 13 membros da Comissão de Inspecção do Comité Internacional Olímpico, liderados pela antiga campeã marroquina Nawal El Moutawakel, visitaram em Fevereiro e Março as cinco cidades que ainda se encontram na corrida à organização dos Jogos Olímpicos de 2012 e estão agora a proceder à elaboração do relatório final que há-de servir de base à votação dos 106 membros do CIO, marcada para a 117ª sessão do Comité Internacional Olímpico, agendada para de 6 a 9 de Julho, em Singapura. O antigo atleta olímpico e presidente do Comité Olímpico de Portugal, Fernando Lima Bello, representante do CIO em Portugal, é um dos encarregados de escolher a melhor das cinco candidaturas, Paris, Londres, Moscovo, Madrid ou Nova York. Ao longo dos últimos meses os interessados têm feito o exaustivo trabalho de melhorar as respectivas propostas, depois do relatório preliminar que eliminou quatro outras cidades e que continua a servir de base para uma comparação entre os diversos projectos. Poucas melhorias substanciais foram introduzidas, em particular na candidatura francesa, mas o compasso de espera serviu para Nova York resolver um imbróglio complicado sobre a garantia de construção de um novo estádio olímpico ou para OLIMPO - Março/Abril 2005 O A praia para o Voleibol projectada para o coração de Paris 34 ESTRUTURAS 1 2 3 4 5 O Charles de Gaulle é um dos mais modernos aeroportos do Mundo, mas a rede de transportes urbanos, nomeadamente ferroviários, precisa de melhorias. O IBC-MPC fica próximo de um dos centros desportivos, com oito locais de competição 95% da estrutura de transportes urbanos para os Jogos ainda vai ser construída, mas garante absoluta eficiência, porque a cidade não tem obstáculos complicados. O aeroporto de Barajas é um dos melhores da Europa e tem a vantagem de ficar muito próximo da Aldeia Olímpica e de um dos pólos desportivos. O IBC-MPC fica na Feira IFEMA, onde se desenrolarão as provas de oito modalidades. Apesar de ter uma das redes de metro mais extensas, ela é considerada obsoleta e necessita de elevados investimentos em eficiência e segurança. O Aeroporto de Heathrow é considerado suficiente para a família olímpica, mas também carece de avultados melhoramentos. O IBC-MPC será construído no Parque Olímpico e ficará entre 7 e 17 quilómetros distante dos locais de competição Um dos maiores problemas é o trânsito, em particular por causa da travessia do rio Hudson. Um 'plano X' está anexo à candidatura, propondo novas soluções sobretudo ferroviárias para as ligações LesteOeste entre Long Island e Mannathan Grand Central Station, mas a sua eficácia subsiste uma grande incógnita. O IBC e o MPC ficam próximos do projectado Estádio Olímpico e da aldeia dos jornalistas. Quanto a aeroportos, a cidade é das melhor servidas do Mundo. A cidade propõe num dos três aeroportos, o de Vnukovo, para servir directamente os Jogos Olímpicos, através da construção de uma nova linha de comboio suburbano ultrarápido directa e dedicada. O IBCMPC será construído junto da Aldeia Olímpica e da Aldeia dos Media, bem no centro do projecto. início pelas candidaturas inglesa e francesa... As margens do rio Moscovo à espera dos Jogos Moscovo elaborar melhor o seu projecto financeiro que não fora considerado rigoroso na primeira instância. O principal factor de decisão pode ser mais político do que técnico, o que ajuda a explicar que Madrid, apresentando uma proposta reconhecidamente mais sólida que Londres, nunca tenha conseguido ascender ao nível de favorito, partilhado desde No final de Março, o próprio líder da candidatura inglesa, Ken Livingstone, reconhecia que Paris estava na frente, mas com a convicção de que nenhuma das cinco candidaturas seria capaz de alcançar a maioria dos votos na primeira votação. Segundo Livingstone, a três meses da decisão, Paris teria garantido 30 votos, Londres 25, nenhuma das outras cidades excedia os 20, mas haveria ainda 30 a 40 delegados indecisos. Neste caso, o que mais vale seria a segunda opinião, com as pessoas que votam inicialmente em Madrid, Nova York ou Moscovo a terem de optar em segunda instância entre Paris e Londres. Esta ideia dos ingleses contrasta OLIMPO - Março/Abril 2005 � Paris favorita 35 JOGOS OLÍMPICOS DE 2012 OLIMPO - Março/Abril 2005 O novo Estádio Olímpico é o grande trunfo estrutural dos ingleses 36 com a avaliação técnica que nunca colocou Londres em segundo lugar em qualquer dos itens, nem sequer no "legado olímpico" para a cidade, e tem encarado com alguma cautela a reserva da família real relativamente ao assunto. Ao contrário, por exemplo do apoio explícito da Casa Real de Bourbon à proposta de Madrid, só ao fim de muitos meses de candidatura, o Palácio de Buckingham deu um sinal de envolvimento ao patrocinar uma festa de reconhecimento a mais de 300 antigos atletas britânicos medalhados olímpicos, por altura do centenário do Comité Olímpico Britânico. Madrid é, aliás, a candidatura mais entusiástica, tendo sido registado por uma sondagem da responsabilidade do próprio C.I.O. 91% de apoio popular, contra 85% dos parisienses e apenas 68% dos londrinos e 67% dos nova-iorquinos. Nesta fase intermédia entre o final das inspecções e a apresentação do relatório, que deverá estar concluído pelo menos um mês antes da votação, desenvolve-se um grande trabalho de lóbi político, havendo sinais de apelos da parte das autoridades de Moscovo ao apoio dos antigos países socialistas no sentido de salvar a candidatura de uma votação humilhante - um 'desvio' diplomático que poderia vir a prejudicar alguma das favoritas na O novo Estádio Olímpico de Nova York será usado no futebol americano 1 2 3 4 5 Três pólos este, oeste e central desenhados a partir de 23 infra-estruturas já existentes, de um total de 33 propostas. Nove modalidades decorrerão no Parque Olímpico e a Aldeia fica apenas a dois quilómetros do Estádio Olímpico. À excepção da Vela (em Palma de Maiorca, a 550 kms) e do RemoCanoagem (a 50 km), todas ficam num eixo de 20 kms, dentro da cidade. Cinco novos estádios, três deles permanentes, serão construídos. 31 locais de competição (13 já existentes, 2 aprovados para Canoagem slalom e Voleibol e 11 temporários em caso de vitória da candidatura). O pólo Oeste (Orly) alberga dez locais para 16 desportos e o Pólo Norte (Saint Dennis) oito locais para 13 modalidades, distando ambos seis quilómetros da Aldeia. Só a Vela se disputa longe, em La Rochelle (a 461 kms), enquanto o local para o Remo e Canoagem dista 41 kms da cidade. 31 locais (19 já existentes, dois novos, o Estádio Olímpico e um Grande Pavilhão de Desportos, e dez adicionais em caso de eleição, três deles temporários). Quase todos os locais ficam num raio de 42 quilómetros integrados no 'plano X' de transportes, de um lado e do outro do eixo de comunicações criado por estradas e pelo rio. Orçamento de 2,7 mil milhões de dólares para infra-estruturas desportivas que visam melhorar a qualidade de vida na Midtown Manhattan. 33 locais propostos, 20 dos quais já existem, concentrados em três grandes área ( o Parque Olímpico com 16 locais de provas e a Aldeia Olímpica, a zona centro (4 desportos) e a zona Oeste (5). Três centros de competição situam-se longe: Vela a 245 kms, Tiro a 72 e Canoagem/Remo a 54. Só um novo recinto, o Estádio de Wembley, para o Futebol, já está em construção, mas serão precisos outros 12 novos, nove dos quais permanentes. 29 locais, 14 dos quais já existentes da estrutura criada para os Jogos Olímpicos de 1980. Outros cinco estão a ser construídos até 2007 e dez novos (três temporários) serão construídos se a cidade vencer a candidatura. Todas as modalidades, incluindo Vela e Futebol, se disputam na cidade, em quatro pólos ao longo do Rio Moscovo que a atravessa. 1,2 mil milhões de dólares para obras, mas o COI não aprovou o plano de capacidades de alguns estádios. primeira volta. Outras cidades que foram sendo apontadas como derrotadas da primeira volta, Madrid e Nova York, contam com aliados de grande peso: a cidade espanhola com Juan Antonio Samaranch, antigo presidente do CIO, e Nova York com a NBC, cadeia de televisão que é a grande parceira de comunicações do Comité há três décadas. Estes exemplos apenas demonstram que é prematuro e arriscado fazer previsões, pois há muitos factores cruzados, sendo apenas indiscutível que Paris reúne um maior grau de favoritismo. � Primeira fase Na primeira fase da candidatura, perante nove cidades proponentes, o grupo de inspecção constituído para a avaliar as propostas decidiu seleccionar cinco, eliminando nessa fase Leipzig, Istambul, Rio de Janeiro e Havana. As outras também foram classificadas de forma diferente, com Paris, Nova York, Londres e Madrid a merecerem um "alto nível de confiança" nas possibilidades de sediarem os Jogos e manifestando algumas reservas relativamente a Moscovo. Depois dessa decisão as cinco 'sobreviventes' dispuseram de sensivelmente um ano para aprofundarem as suas propostas, podendo desde logo investir maiores cuidados nos itens de pior classificação por parte do Grupo de Trabalho que dividiu a apreciação em 11 critérios diferentes. Os mais significativos são os que se resumem nos quadros, nomeadamente os que dizem respeito a gran- des infra-estruturas de acolhimento, às infra-estruturas desportivas e à Aldeia Olímpica, sendo interessante a solidez da proposta espanhola, que causou grande impacto aos avaliadores. Mas um quarto factor de grande preponderância é o financeiro e a proposta espanhola é batida largamente pelas grandes metrópoles que oferecem lucros superiores a mil milhões de dólares - com Nova York a aproximar-se mesmo dos dois mil milhões. Madrid também venceu Paris no capítulo dos Transportes, graças à reduzida área em que se situam quase todos os pólos olímpicos, servidos por um sistema dedicado de transportes que oferece uma velocidade média de 65 km/hora, considerada de duvidosa aplicação pelos avaliadores. Este capítulo é também a OLIMPO - Março/Abril 2005 DESPORTOS 37 JOGOS OLÍMPICOS DE 2012 OLIMPO - Março/Abril 2005 A família Real espanhola está muito envolvida na candidatura de Madrid, que projectou um novo estádio em estilo clássico pedra no sapato londrino, devido aos longos percursos entre os diversos centros de competição. No que diz respeito à Acomodação, só Paris,. Londres e Nova York preenchem os requisitos e mereceram nota máxima, enquanto Madrid adiantou a garantia de construir até 2012 mais cerca de 30 mil quartos, a juntar aos 41.588 já existentes. Este é o ponto mais fraco da candidatura espanhola. Em matéria de segurança, a vantagem também vai para Paris, à frente de Londres, surgindo Madrid na terceira posição, ainda à frente de Nova York - duas cidades irmanadas por gigantescos atentados terroristas nos últimos anos. Os índices de segurança parisienses são muito elevados e são anualmente postos à prova em múltiplos eventos de nível internacional, particularmente na área desportiva, como a chegada da Volta a França em bicicleta ou o Open de ténis de Roland Garros. Paris e a França organizaram nos últimos anos Campeonatos do Mundo PROJECÇÃO DE RECEITAS* � Madrid igual a Paris Nova York Paris Londres Madrid Moscovo Factor muito importante para a decisão final dos delegados do CIO que vão votar dia 6 em Singapura é o resumo geral da candidatura, passando em revista todos os itens parcelares, e o significado do seu legado olímpico, 1.834 1.010 1005 842 820 Realista Realista Realista Realista Optimista *em milhões de dólares 38 de cinco modalidades do programa olímpico (Andebol, Atletismo, Futebol, Judo e Ténis de Mesa) com sucesso absoluto. Neste índice da experiência de organização de grandes eventos desportivos, a comissão de avaliação colocou Nova York em segundo plano e Madrid em terceiro, à frente de Londres. tomando em consideração quatro ideias-chave: � compreensão das necessidades olímpicas � perfeita integração dos padrões olímpicos na oferta das infra-estruturas gerais e desportivas da cidade � experiência desportiva � legado pós-Olímpico Para surpresa de muitos, no início da fase final da campanha, Paris e Madrid estavam empatadas neste capítulo com um índice de 8 pontos de mínimo e 9 de máximo. Londres surgia a seguir com 6-8, Nova York apenas com 5-8 e finalmente Moscovo com 5-7. ALDEIA OLÍMPICA 1 2 3 A Aldeia ocupa 85 dos 250 hectares de área disponível, servindo para a reabilitação de um antigo campo mineiro, e terá capacidade para 17.500 pessoas, situando-se a 1,6 kms do Estádio e servida pelo Anel Olímpico, com 16 modalidades a menos de dez quilómetros e uma distância média geral de apenas 11,6. A Aldeia principal será construída dentro da cidade junto do Periférico que a envolve, numa área de 50 hectares numa das raras zonas ainda pouco desenvolvidas na metrópole. Não estão especificados número nem género dos imóveis. A distância média para os locais de competição é de 11,5 kms, ficando o Estádio Olímpico a 7. A Vela ficará alojada em La Rochelle, a 468 kms. A menos de dez kms de 26 dos locais de competição e a 6 kms do Estádio Olímpico, numa zona verde de 80 hectares no norte da cidade. A capacidade proposta excede as necessidades olímpicas. Uma Aldeia de 16.800 camas num parque de 35 hectares, junto do centro de transportes de Stratford, no East London. A distância média para os desportos é de 19 kms, mas quatro das modalidades disputam-se a mais de 50 kms, o que é um ponto delicado. A Vela terá alojamento próprio, em WeymouthPortland, a 245 kms. 4.400 apartamentos em Queens, numa península cercada de água em três frentes, a apenas 5 kms do novo Estádio Olímpico e a uma distância média de 13,8 kms de todas as provas. 95% dos transportes dos atletas para as provas serão feitos por 'ferry boat' e comboio dedicado - solução que ainda necessita de avaliação mais profunda por parte do COI. Paris Londres New York Madrid Moscovo (França) POPULAÇÃO: 2,077,537 CONTINENTE: Europa HISTÓRIA: Sede dos Jogos de 1900 e 1924. Concorreu aos Jogos de 2008, classificando-se em 3º lugar, atrás de Beijing e Toronto, e aos de 1992, ficando em 2º atrás de Barcelona. A França também organizou os Jogos de Inverno de Albertville (1992), Grenoble (1968) e Chamonix (1924). CANDIDATURA: Anunciada em 21 de Maio de 2003. (Grã Bretanha) POPULAÇÃO: 7,651,634 CONTINENTE: Europa HISTÓRIA: Londres nunca organizou os Jogos tendo vencido a candidatura olímpica, mas recebeu os de 1908 porque a cidade eleita, Roma, acabou por ser trocada. Londres também foi escolhida para 1948, numa decisão repentina tomada unilateralmente após a II Guerra Mundial - uma vez que, tendo ganho a candidatura de 1944, os Jogos tinham sido cancelados. Manchester foi candidata inglesa derrotada em 1996 e 2000. CNDIDATURA: Decisão anunciada em 15 de Maio de 2003. (EUA) POPULAÇÃO: 8,115,135 CONTINENTE: América do Norte HISTÓRIA: Candidatase pela primeira vez, mas o país já foi sede dos Jogos Olímpicos de Verão e Inverno diversas vezes, as últimas das quais em Salt Lake City os de Inverno de 2002 e em Atlanta os de Verão de 1996. CANDIDATURA: Após nomeação do Comité Olímpico dos EUA (Spain) POPULAÇÃO: 2,847,779 CONTINENTE: Europa Ocidental HISTÓRIA: Espanha foi a sede dos Jogos Olímpicos de 1992, em Barcelona. Madrid já se candidatou aos Jogos de 1972, perdendo para Munique, mas a última candidatura espanhola foi a de Sevilha, para os de 2008, não tendo chegado à fase final de escrutínio. Também Jaca candidatou-se aos Jogos de Inverno de 1998 e 2010, sem sucesso. CANDIDATURA: Madrid começou por derrotar a nível nacional a pretensão de Sevilha em voltar a candidatar-se. (Rússia) POPULAÇÃO: 8,389,700 CONTINENTE: Europa oriental HISTÓRIA: Recebeu os Jogos Olímpicos em 1980, apesar dos boicotes políticos provocados pela ocupação militar soviética do Afeganistão. ORÇAMENTO: 4 mil milhões de dólares 5 ORÇAMENTO: 1,8 mil milhões de dólares OLIMPO - Março/Abril 2005 ORÇAMENTO: 7 mil milhões de dólares ORÇAMENTO: 3,1 mil milhões de dólares 4 ORÇAMENTO: 2 mil milhões de dólares 39 F E S T I VA L O L Í M P I C O D A J U V E N T U D E E U R O P E I A 72 portugueses na festa de Lignano Portugal participa com o contingente máximo no oitavo Festival Olímpico da Juventude Europeia, para jovens dos 13 aos 17 anos, marcado para a primeira semana de Julho na cidade italiana de Lignano Sabbiadoro, próximo de Veneza. Os portugueses estarão em todas as modalidades individuais e na competição de basquetebol masculino. m total de 72 atletas (45 rapadas, como Sérgio Paulinho, participazes e 27 raparigas) representaram e obtiveram também resultados rão Portugal na edição deste de relevo nestes mini-Jogos, cuja ano do Festival Olímpico da importância vem crescendo no panJuventude Europeia, a oitava desde orama olímpico. 1991, a realizar de 3 a 8 de Julho, na O maior contingente português é o cidade Lignano Sabbiadoro, na região do Atletismo, com 20 atletas, seguido nordestina de Itália entre Veneza e da Natação, com 16. Trieste. Contando os dirigentes, técniPortugal também colabora com três cos e árbitros, a comitiva portuguesa árbitros incluirá mais de cem pessoas. Portugal participa com o contingen- � Abertura a 3 de Julho te máximo possível de atletas, dispuA cerimónia de abertura do Festival tando oito das onze modalidades, sete realiza-se no dia 3 de Julho no Estádio individuais e uma colectiva. As outras Comunal de Lignano Sabbiadoro e três sem atletas portugueses são o inclui as mais sagradas e tradicionais Andebol, o Futebol e o Voleibol - uma cerimónias olímpicas: a chegada da vez que cada país, por convite da tocha olímpica acesa em Olímpia acenorganização, só pode disputar uma dendo a pira do estádio e o juramento das quatro disciplinas por equipas, dos atletas. Os jogos, realizados pela tendo Portugal sido seleccionado para primeira vez em Itália, serão então a competição de Basquetebol, em que terá como adversários as equipas da Alemanha, Israel, Itália, Lituânia, Espanha e Turquia. Os Jogos da Juventude serão disputados por mais de três mil atletas de 48 países e constituem uma primeira oportunidade para jovens esperanças, de idades compreendidas entre os 13 e os 17 anos, conviverem com o ambiente olímpico. Muitos campeões e medalhados olímpicos dos Jogos das últimas duas déca- Passagem de testemunho de Paris para Lignano OLIMPO - Março/Abril 2005 U 40 declarados abertos pelo presidente dos Comités Olímpicos Europes, Mario Pescante, membro do CIO. � Ideia de Rogge O Festival nasceu em 1991, então sob a designação de 'Jornadas' da Juventude Europeia, por iniciativa do então presidente da Associação dos comités europeus, nada mais nada menos que o dr. Jacques Rogge, hoje presidente do Comité Internacional Olímpico, e do próprio Mario Pescante, seu sucessor no cargo. O princípio que norteou esta ideia, escreve Pescante no boletim oficial da organização, era guiado também pelo pensamento do Barão de Coubertin no sentido do "desenvolvimento harmónico do indivíduo, e dos jovens em particular, através do Desporto, favorecendo em simultâneo a consolidação de uma sociedade pacífica e empenhada na defesa da dignidade humana". A um ano dos Jogos Olímpicos de Turim de 2006 é extremamente significativo que também esta manifestação se realize em Itália, numa região com fortes ligações a diferentes países europeus (Croácia, Suíça, Áustria, Alemanha) e, por isso mesmo, uma "forte vocação europeísta", Como sublinha Giovanni Petrucci, presidente do Comité Olímpico Italiano. Chefia de Missão já designada A posse da Comissão Executiva do Comité Olímpico de Portugal nomeou na sua primeira reunião plenária a Chefia de Missão às Jornadas Europeias da Juventude de 2005: Norberto Rodrigues, Tesoureiro do C.O.P., e João Correia serão respectivamente Chefe e Chefe-adjunto da jovem comitiva nacional. Por curiosidade, trata-se de dois dirigentes oriundos de modalidades (Lutas Amadoras e Andebol) em que Portugal não se fará representar. Poucas semanas depois da nomeação, Norberto Rodrigues participa de 14 a 16 de Abril no primeiro Seminário de Chefes de Missão, que clarificará todas as questões relativas à logística da participação. Aldeia Olímpica com praia privativa � Pinhal olímpico A aldeia olímpica para os três mil A Aldeia Olímpica situa-se dentro do pinhal à beira do Adriático atletas situa-se no centro Ge.Tur., uma estrutura de acolhimento para jovens com muitos anos de experiência, situada no coração da península linhanesa, no meio de um denso pinhal - e que inclui modernas infraestruturas desportivas (piscina, ténis, pavilhões para basquetebol, voleibol, andebol, etc.), grandes restaurantes e serviços, sem esquecer a praia privativa com cerca de 1200 metros de extensão. Os serviços vão ser completados com assistência médica durante as 24 horas, com enfermarias e salas de emergência. A ideia da candidatura à organização do 8º FOJE nasceu em Janeiro de 2000, quando o presidente regional do Comité Olímpico Italiano (CONI), Emilio Felluga, se tornou no primeiro a responder ao convite da entidade desportiva nacional às suas estruturas regionais apresentarem candidaturas. Cerca de dois anos depois, em Dezembro de 2001, em Monte Carlo, ao mesmo tempo que Mario Pescante era eleito presidente do EOC, Lignano recebia a designação para albergar o FOJE. A transmissão de poderes deu-se a 1 de Agosto de 2003, após a cerimónia de Encerramento do 7º Festival Europeu, em Paris, quando o presidente do comité organizador francês entregou a Silvano Delzotto, presidente do município de Lignano Sabbiadoro, a bandeira oficial do FOJE. OLIMPO - Março/Abril 2005 O Festival realiza-se a meio caminho entre Veneza e Trieste, numa das regiões mais belas de Itália, numa pequena, mas moderna cidade balnear, localizada numa pequena península que separa o Mar Adriático da lagoa de Marano. As estruturas turísticas de Lignano Sabbiadoro oferece 70 mil camas e oito quilómetros de praias de areia finas, mas igualmente dotada de muito modernas instalações desportivas para todos os desportos, tudo num raio de quatro quilómetros, planos, ideias para passeios a pé e de bicicleta. Na realidade, Lignano Sabbiadoro reclama-se a "cidade das férias desportivas". O clima é mediterrânico, com escassa pluviosidade e temperaturas sem grandes amplitudes. Os jovens da cidade e da região mobilizaram-se entusiasticamente no voluntariado de apoio ao Festival, numa sequência lógica da história de organizações desportivas de mais alto n ível. Lignano foi recentemente sede do Campeonato Italiano de Futebol Infantil, do Meeting Internacional de Atletismo, do torneio de Voleibol de Praia, do muito tradicional torneio Lignano Basket, de Campeonatos Italianos da Comunidade Terapêutica, de Campeonatos Italianos de Deficientes, da chegada de uma etapa da Volta a Itália em bicicleta, de regatas vélicas, de provas de Motonáutica, de provas de golfe, etc. 41 F E S T I VA L O L Í M P I C O D A J U V E N T U D E E U R O P E I A ATLETISMO REPRESENTAÇÃO DE PORTUGAL MODALIDADE RAPAZES RAPARIGAS OFICIAIS ÁRBITROS Atletismo 11 Canoagem 5 Ciclismo 3 Gin. Artística Judo 5 Natação 8 Ténis 1 Basquetebol 12 Chefia Missão Logística Equipa Médica Attaché de Press 9 3 5 2 2 2 2 3 1 4 2 1 3 1 3 3 8 1 1 1 1 CANOAGEM Local de Competição: S. Giorgio Bassin (distância: 33 Km - 45 minutos) Local de Treino: S. Giorgio Bassin (distância: 33 Km - 45 minutos) Disciplinas para Rapazes: K1 500m 1000m, K2 500m 1000m, K4 500m 1000m, C1 500m 1000m, C2 500m 1000m Disciplinas para Raparigas: K1 500m 1000m, K2 500m 1000m, K4 500m 1000m Dias de Competição: 4 a 7 de Julho LIMITES DE IDADE RAPAZES RAPARIGAS 16/17 15/16 15/16 -15/16 15/16 15/16 16/17 16/17 15/16 -14/15 15/16 13/14 15/16 -- Atletismo Canoagem Ciclismo Ginástica Artística Judo Natação Ténis Basquetebol Local de Competição: Lignano Stadium (distância: 1,5 Km - 5 minutos) Local de Treino: Bibione Stadium (distância: 12 Km - 15 minutos) Disciplinas para Rapazes: 100m, 200m, 400m, 800m, 1500m, 3000m, 2000m obstáculos, 110m barreiras, 400m barreiras, 4x100m estafetas, salto em altura, salto à vara, salto em comprimento, lançamento do disco, lançamento do peso, lançamento do dardo Disciplinas para Raparigas: 100m, 200m, 400m, 800m, 1500m, 3000m, 100m barreiras, 400m barreiras, 4x100m estafetas, salto em altura, salto à vara, salto em comprimento, lançamento do disco, lançamento do peso, lançamento do dardo Dias de Competição: 4 a 8 de Julho CICLISMO PAÍSES PARTICIPANTES Países que participam em competições colectivas e individuais. À excepção da Itália, cada país pode disputar apenas uma competição por equipas, cabendo a Portugal um lugar entre os oito participantes na prova de Basquetebol (uma selecção por definir). Locais de Competição: Azzano Decimo (distância: 45 Km - 60 minutos) e Corva (distância: 45 Km - 60 minutos) Local de Treino: Azzano Decimo (distância: 45 Km - 60 minutos) Disciplinas: Contra-Relógio (7,4 Km), Critério (16,5 Km), Prova de Estrada (59,4 Km) Dias de Competição: 4 a 6 de Julho GINÁSTICA ARTÍSTICA OLIMPO - Março/Abril 2005 FUTEBOL (Masc.) 42 Alemanha Áustria Bélgica Croácia Dinamarca Eslovénia Eslováquia Espanha Finlândia � França Geórgia � Holanda Irlanda � Israel Itália � Letónia � Lituânia Noruega Polónia Portugal República Checa Rússia Sérvia-Montenegro Suíça � Turquia Ucrânia BASQUETEBOL ANDEBOL (Masc.) (Fem.) � � � � � � � � � � � � JUDO Local de Competição: Lignano Sport Hall (distância: 1,5 Km - 5 minutos) Local de Treino: Bibione Stadium (distância: 12 Km - 15 minutos) Categorias de Peso para Rapazes: Kg - 50, 55, 60, 66, 73, 81, 90, +90 Categorias de Peso para Raparigas: Kg - 44, 48, 52, 57, 63, 70, +70 Dias de Competição: 4 a 7 de Julho NATAÇÃO � � � � � � � � � � � Países que apenas participam em competições individuais Albânia Andorra Arménia Azerbaijão Bielorússia Bósnia e Herzegovina Bulgária Chipre Estónia Grã-Bretanha Grécia VOLEIBOL (Fem.) Local de Competição: Latisana Sport Hall (distância: 25 Km - 40 minutos) Local de Treino: Lignano Its School Gym (distância: 0,2 Km - 2 minutos) Disciplinas: Competição por Equipa, Competição Individual; Finais por Aparelhos Dias de Competição: 4 a 8 de Julho Hungria Islândia Liechtenstein Luxemburgo Macedónia Malta Moldávia Mónaco Roménia São Marino Suécia Local de Competição: Village Pool (distância: 0 Km - 0 minutos) Local de Treino: Village Pool (distância: 0 Km - 0 minutos) Disciplinas para Rapazes: Livres - 50m, 100m, 200m, 400m, 1500m; Bruços - 100m, 200m; Costas - 100m, 200m; Mariposa - 100m, 200m; Medley - 200m, 400m; Estafetas - 4x100m livres, 4x100m medley, 4x200m medley livres Disciplinas para Raparigas: Livres - 50m, 100m, 200m, 400m, 800m; Bruços - 100m, 200m; Costas - 100m, 200m; Mariposa - 100m, 200m; Medley - 200m, 400m; Estafetas - 4x100m livres, 4x100m medley, 4x200m medley livre Dias de Competição: 4 a 8 de Julho TÉNIS Local de Competição: Lignano Tennis Club (distância: 0,9 Km - 5 minutos) Local de Treino: Lignano Albatros (distância: 0,2 Km - 2 minutos) Disciplinas: Individuais Masculinos; Individuais Femininos; Pares Mistos Dias de Competição: 4 a 8 de Julho BASQUETEBOL Local de Competição: Lignano Sport Hall (distância: 1,5 Km - 5 minutos) Local de Treino: Lignano School Gym (distância: 1 Km - 5 minutos) Dias de Competição: 4 a 8 de Julho XVIII SESSÃO ANUAL DA AOP Academia deixa raízes em Sª Maria da Feira Uma das melhores sessões de sempre, segundo o balanço do Deão, Sílvio Rafael, culminou com a criação de mais um núcleo de membros da Academia Olímpica, em terras de Santa Maria, e formou novos membros em São Tomé, Macau e Brasil rios finais circunstanciados e com recurso a 'data show'. Uma das boas conclusões desta sessão em terras de Santa Maria foi a organização espontâ- FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS S Universidade de Trás os Montes e Alto Douro. O Deão da AOP, Sílvio Rafael, considerou esta sessão uma das melhores de sempre, pelo nível das comunicações e pelo empenhamento dos participantes, que se mostraram muito colaborantes e activos, trabalhando arduamente nos grupos de trabalho para apresentarem bons relató- OLIMPO - Março/Abril 2005 anta Maria da Feira foi a sede da XVIII sessão anual da Academia Olímpica de Portugal, realizada ao longo da semana santa com a participação de 38 novos membros, divididos em quatro grupos de trabalho e que incluiu elementos enviados pelos Comités Olímpicos de São Tomé e Príncipe e de Macau, além de um grupo de brasileiros estudantes na O presidente do IDP apresentou uma comunicação sobre a organização de grandes eventos 43 OLIMPO - Março/Abril 2005 XVIII SESSÃO ANUAL DA AOP 44 nea de um novo núcleo local da Academia, através da união entre membros formados em sessões anteriores, nomeadamente Joaquim Assunção, e os ali diplomados este ano. O presidente do Instituto de Desporto de Portugal, José Manuel Constantino, foi figura central desta edição, presente na sessão de abertura em que foram entregues os prémios aos vencedores do Concurso 'Olimpismo e Inovação', e ao apresentar uma comunicação subordinada ao tema dos Grandes Eventos Desportivos, que dominou parte do segundo dia de trabalhos. A sessão teve início com a apresentação da Academia Olímpica Internacional e da Academia de Portugal pelo Deão, dando a conhecer aos membros recém-chegados a actuação e objectivos destes importantes órgãos de Chefe de Missão a Atenas explicou a participação divulgação dos ideais olímpicos. Ainda no primeiro dia, David quem financia, defendendo a divisão Sequerra, elucidou sobre a de responsabilidades de acordo com a Solidariedade Olímpica e os projectos vocação e as capacidades de cada de desenvolvimento desportivo, em parte. De um lado o movimento assoparticular nas áreas de formação de ciativo (federações, associações, clubes quadros, em países e regiões menos ou mesmo o Comité Olímpico) a quem favorecidas, patrocinados por esta compete a tarefa de organizar e garanespécie de o.n.g. do Olimpismo intertir a boa estrutura e funcionamento nacional que tanto tem contribuído das provas, do outro o Estado com para o desenvolvimento desportivo responsabilidades de financiamento e mundial. de fiscalização da boa utilização dos meios. � Jogos em Portugal A grande questão que lhe foi coloJosé Manuel Constantino ocupouse da segunda sessão de trabalhos e defrontou uma plateia ávida de informação sobre as possibilidades económicas e técnicas de Portugal organizar grandes eventos desportivos internacionais, dividindo a questão em dois pólos comunicantes Luís Caldas intervindo da plateia quem organiza e cada disse respeito, naturalmente, à possibilidade e pertinência de Portugal se candidatar a organizar uma edição dos Jogos Olímpicos, tendo o responsável governamental respondido que defende "que o país se deve candidatar se tiver condições de vencer", embora salvaguardando que ainda não existem estudos concluídos que sustentem essa decisão. "Seria excelente" Portugal receber os Jogos Olímpicos, mas só em caso de reunir as condições absolutas para garantir o sucesso - como de resto não deixaria de ser exigido pelo Comité Internacional Olímpico antes de adjudicar a organização. Sublinhando a necessidade de o trabalho das Federações para as próximas décadas dever ser orientado no sentido de aumentar consideravelmente a competitividade internacional, em quantidade e a qualidade, Constantino lembrou que no passado já tinha havido duas vozes a avançar com a ideia, primeiro um candidato à Câmara Municipal do Porto, António Taveira, que propôs os Jogos Olímpicos na capital do Norte, e depois a presidente da Área Metropolitana de Lisboa, Maria Emília de Sousa - e que já nessa altura a posição do actual presidente do IDP, manifestada em artigos no jornal 'Record' era a mesma. "Não se pense que se pode resolver como passo de mágica os problemas de organização desportiva e desenvolvimento desportivo do país só por meio de uma candidatura", advertiu José Manuel Constantino, citando, a propósito o actual presidente do Comité Internacional Olímpico, Jacques Rogge: "O gigantismo dos Jogos Olímpicos resulta invariavelmente em atrofiamento das capacidades e estrangulamento financeiro das cidades que organizam os Jogos e depois levam anos a pagar a festa, como Montreal que demorou duas décadas a pagar os Macau, São Tomé e Brasil presentes Jogos de 1976". Na mesma perspectiva analisou as candidaturas à organização de eventos menos complexos, como campeonatos europeus ou mundiais, com resultados bem diversos em função do planeamento e do aproveitamento que as respectivas federações deles fizeram. Como exemplos do que se deve evitar, recordou o Mundial de Atletismo de Pista Coberta - "que 'secou' financeiramente a Federação" - ou o Mundial de Ciclismo de Lisboa, que não tiveram qualquer continuidade ou repercussão no desenvolvimento desses desportos em Portugal, com a agravante do caso da pista de atletismo desmantelada e armazenada sem aproveitar a ninguém, mas comentou que a "administração pública também devia ser mais interventiva para exigir que, após o evento, ele aproveitasse alguma coisa a alguém". Como exemplos positivos citou o Europeu de Futebol, que além da renovação das infra-estruturas ainda Sílvio Rafael, Deão da AOP, satisfeito com a sessão de 2005 permitiu à Federação Portuguesa de Futebol distribuir dinheiro pelas associações e clubes, de também a Gimnaestrada que, talvez por ter sido um evento essencialmente de praticantes, acabou por ter um efeito mobiliza- dor e de dinâmica multiplicador do gosto pela Ginástica. "Registo o facto de, após a Gimnaestrada, a Federação Portuguesa de Ginástica ter reduzido para apenas 23% a sua dependência OLIMPO - Março/Abril 2005 A sessão deste ano da Academia Olímpica contou com a presença de membros vindos de países membros da ACOLOP, nomeadamente o sãotomense Ilírio Aragão e duas macaenses, Júlia Lopes e Chan Man Chong, além de nove estudantes e uma bolseira brasileiros. Estes são oriundos da Universidade de Montes Claros, Minas Gerais, e trabalham durante seis meses na Universidade de Trás os Montes no âmbito de um intercâmbio universitário entre as duas instituições que vai trazer em breve 25 professores brasileiros a realizarem o Mestrado em Vila Real. O interesse de Macau nos trabalhos da Academia Olímpica de Portugal também não é novidade, uma vez que o próprio vice-presidente actual do Comité, Manuel Silvério, participou em anterior sessão. 45 XVIII SESSÃO ANUAL DA AOP Feira soube receber A autarquia de Santa Maria da Feira proporcionou aos participantes na XVIII sessão da Academia Olímpica uma semana inesquecível, quer pelas excelentes condições de trabalho nas instalações do Orfeão e de alojamento, quer pelo programa social proporcionado com uma tarde de visita pelo concelho, com paragem no Museu do Papel, no Parque Ornitológico, no Europarque e finalmente no magnífico castelo de Santa Maria da Feira. financeira do Estado, tendo agora 64% de financiamento através de novas fontes, nomeadamente pela prestação de serviços a entidades com as quais começou a relacionar-se por ocasião daquela grande manifestação", revelou o presidente do IDP. � Atenas em revista OLIMPO - Março/Abril 2005 A tarde da segunda sessão foi preenchida com uma análise aos Jogos Olímpicos, sua evolução desde a Antiguidade até aos nossos dias, com realce para as coincidências históricas entre as duas eras do olimpismo, tema exposto pelo vice-presidente do C.O.P. Alípio de Oliveira, culminando na análise da participação nos Jogos de Atenas, onde aquele dirigente foi Chefe de Missão e, respondendo a uma pergunta, esclareceu ter a participação de Portugal custado exactamente 11.931.910 euros. Também o adido de imprensa da Missão a Atenas, João Querido Manha, elucidou os membros da Academia sobre o trabalho de comunicação e relacionamento com os media. No dia seguinte, foi a vez de o doping, tema muito interessante para a plateia desta sessão da Academia, estar em destaque através da comunicação de Pedro Branco, um dos médicos da Missão de Portugal a Atenas, e finalmente a última jornada culminou com um grande debate sobre o futuro do Olimpismo e da Academia Olímpica, moderado por Alípio de Oliveira, Ribeiro da Silva e António Feu. Os novos membros apresentaram as conclusões dos quatro grupos de trabalho, sob o grande tema dos "Desafios do Olimpismo para o Terceiro Milénio" e receberam depois os diplomas respectivos. Doze jovens e três professores são os vencedores do Concurso Olimpismo Inovação promovido pelo IDP, cuja entrega de prémios (uma viagem de uma semana à Grécia como visita a todos os locais 'sagrados' do Olimpismo, incluindo Olímpia) decorreu na abertura da Sessão Anual da A.O.P. O concurso decorreu no primeiro trimestre do ano lectivo, movimentando cerca de 200 participantes, e teve os seguintes vencedores: � 2º Ciclo: Escola Básica Integrada de Abrigada (Alenquer) - Sónia Vaz, Rayssa Alves, Pedro Menino, João Ricardo e Paulo Valente (Professor) � 3º Ciclo: Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos de Lamaçães (Braga) - Diana Oliveira, Joana Gonçalves, Katarina Warren, Miguel Cunha e Guilhermina Rodrigues (Professora) � Secundário: Escola Secundária Carolina Michaëlis (Porto) - José Teixeira, Paula Guimarães, Ângelo Martins, André Neves e Maria Clementina Rocha (Professora) Um dos grupos de trabalho em plena fase de discussão 46 Viagem de prémio a Olímpia NOTICIÁRIO Presidente do COP visitou Pequim e Macau Português preside a União Ibérica O presidente do Comité Olímpico de Portugal, Comandante José Vicente Moura, foi recebido em Janeiro em Pequim pelo Vice-ministro de Desporto da China e Vice-presidente do Comité Olímpico Chinês, Yu Zaiging, na sede da Administração Geral de Desporto da China em Pequim. Vicente Moura, que acompanhava a visita oficial do Presidente Jorge Sampaio à China, foi posto ao corrente dos preparativos para os Jogos Olímpicos de 2008 e ouviu os agradecimentos do dirigente chinês ao apoio concedido por Portugal à escolha de Pequim para sede da competição. A China manifestou disponibilidade e interesse em receber atletas e quadros portugueses em estágios de preparação para os Jogos de Pequim, cujo Comité Organizador também recebeu o dirigente português na respectiva sede. O vice-presidente do BOCOG Jiang Xiaoyu garantiu que antes do final deste ano Pequim terá prontas todas as infraestruturas, sistemas informáticos e de segurança para a realização dos Jogos de 2008. José Pedro Sarmento, Presidente da Associação Portuguesa de Gestão de Desporto (APOGESD) desde Novembro de 2002, foi nomeado Presidente da União Ibérica de Gestores de Desporto (UIGD) no II Congresso de Gestión del Deporte, que decorreu em Valência, sob a organização da Federatión Autonómica de Gestores del Deporte (FAGD), dirigida por Albert Cucarela. Depois de se ter iniciado no passado dia 25 de Junho de 2004, em Huelva, a criação da UIGD, APOGESD e FAGD decidiram alternar, de ano para ano, a presidência daquela nova e importante Associação. Assim, o presidente da APOGESD exercerá a presidência da UIGD no seu primeiro ano de actividade até à abertura do I Congresso Ibérico de Gestão de Desporto, que se realizará em Guimarães, em Novembro deste ano, sob a organização conjunta da APOGESD e da Cooperativa "Tempo Livre". "Para os gestores do desporto português foi de uma importância vital a criação da UIGD, já que os nossos amigos espanhóis possuem uma maior experiência nesta área", referiu José Pedro Sarmento, também presidente da Federação Portuguesa de Hóquei. Já em Macau, o comandante Vicente Moura participou na cerimónia oficial que constitui o primeiro passo para a realização dos I Jogos da ACOLOP, a realizar em 2006 nas mesmas infraestruturas que vão ser utilizadas nos próximos Jogos Desportivos da Ásia Oriental. Rosa Mota nomeada para comissão Anti-doping A campeã olímpica portuguesa Rosa Mota foi seleccionada para a Comissão de Atletas da Agência Mundial Anti-Dopagem, na sequência de uma proposta do Instituto do Desporto de Portugal. A integração de Rosa Mota no exército de combate ao doping teve carácter imediato. A Comissão de Atletas é uma estrutura recente da Agência que vai permitir aos desportistas seguirem de perto os avanços da luta mundial contra o doping. Rosa Mota será a segunda portuguesa a integrar os quadros da AMA, onde o Director do Laboratório de Análises e Dopagem do IDP, Luís Horta, ocupa o cargo de presidente da Subcomissão de Acreditalção de Laboratórios e o de relator da Comissão de Saúde e Investigação, desde 2004. Europeu de Judo em Lisboa A candidatura da Federação Portuguesa de Judo à organização do Campeonato da Europa de 2008 foi escolhida durante o Congresso da União Europeia da modalidade, realizado na Hungria em finais de Março. A FPJ já escolheu, por seu turno, a cidade de Lisboa e o Pavilhão Atlântico para acolher a importante competição, em ano de Jogos Olímpicos. OLIMPO - Março/Abril 2005 Jogos ACOLOP em marcha em Macau Neste encontro com todas as autoridades desportivas de Macau, foi assinado um protocolo de cooperação com a Agência Lusa e aberto oficialmente o site dos Jogos da ACOLOP em http://www.lusa.pt/html/acolop/acolop.htm Na véspera, o presidente do COP, acompanhado do Cônsul Geral de Portugal e do representante do Presidente da República, João Gabriel, fora recebido pelo presidente do Comité Olímpico de Macau e presidente do Comité Organizador dos Jogos da Ásia Oriental e dos Jogos da ACOLOP, Manuel Silvério, tendo tido a oportunidade de constatar o grande investimento em curso no antigo território de administração portuguesa em matéria de infra-estruturas desportivas. A ACOLOP é a associação dos Comités Olímpicos dos Países de Língua Oficial Portuguesa, constituída em 2004 e que inclui, além do COP, os de Angola, Brasil, Cabo Verde, GuinéBissau, Macau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e ainda de um país de língua espanhola, a Guiné Equatorial. 47 NOTICIÁRIO Achado histórico oferecido ao C.O.P. ois diplomas atestando a primeira participação portuguesa nos Jogos Olímpicos, em Estocolmo-1912, foram descobertos num espólio familiar e doados ao Comité Olímpico. Os dois documentos com cerca de 40 centímetros de altura, em zinco gravura a cores, estão em razoável estado de conservação, necessitando apenas de alguns retoques e constituem duas preciosidades que não deixarão de figurar em lugar de grande relevo no futuro Museu Olímpico. Os diplomas diferem apenas no endosso. Um está passado em nome � Romeu Branco A descoberta e nobre decisão de devolver tão valioso espólio ao Comité Olímpico de Portugal coube a Romeu Branco, dirigente do Sporting Clube de Portugal há mais de meio século e actual membro do Conselho Leonino e do Grupo Stromp. Na cerimónia formal de entrega, a preceder a Assembleia Plenária de 11 de Março, Romeu Branco explicou que os dois diplomas encontravam-se dentro de um velho baú com múltiplas preciosidades que herdou por falecimento do sogro, há... 25 anos. "Na altura, não tive oportunidade de analisar bem o conteúdo e escolher as coisas, apenas tive a noção de que havia ali material valioso para ver melhor um dia que tivesse mais tempo. Durante 25 anos o baú permaneceu arrumado e fechado, mas, recentemente, ao abri-lo, descobri estas preciosidades. Só lamento que FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS OLIMPO - Março/Abril 2005 D da Sociedade Promotora de Educação Física de Portugal, instituição que precedeu o Comité Olímpico e foi responsável por essa primeira participação nacional, mas o outro está em nome do Comité Olímpico Portuguez. Romeu Branco apresenta os diplomas olímpicos recuperados do velho baú do seu sogro para admiração e regozijo de Vicente Moura, Lima Bello e Victor Mota 48 � Primeira participação A participação portuguesa nos Jogos Olímpicos de Estocolmo esteve a cargo de seis atletas de três modalidades e ficou tragicamente assinalada pela morte súbita de Francisco Lázaro, de apenas 21 anos, vítima de uma insolação durante a Maratona Olímpica. Os atletas portugueses foram Armando Cortesão, que atingiu as meias-finais dos 800 metros, Francisco Lázaro e António Stromp (Atletismo), Fernando Correia (Esgrima), Joaquim Vital e António Pereira (Lutas Amadoras). Os Jogos de 1912, disputados por números recordes para a altura de 28 países e 2490 atletas, em 13 modalidades, passaram à história pelas proezas desportivas do índio norte-americano Jim Thorpe, da tribo Sioux e bisneto do grande chefe Falcão Negro, que venceu o Pentatlo e o Decatlo com grande facilidade e mereceu o elogio do Rei Gustavo V ao receber os respectivos diplomas: "Você é o maior atleta de todos os tempos". � Sociedade Promotora A entidade em cujo nome foi passado um dos diplomas agora doados ao OLIMPO - Março/Abril 2005 tenha demorado 25 anos a descobrilas..." O sogro de Romeu Branco chamava-se Júlio Santos e foi Professor de Educação Física. C.O.P., a Sociedade Promotora de Educação Física Nacional já existia, desde o século XIX, e foi no seu seio que se constituiu o I Comité Olímpico Português, em 1909, embora Portugal já possuísse desde 1906 um representante no Comité Olímpico Internacional, o dr. António de Lencastre. O primeiro presidente do C.O.P. foi Mauperrin dos Santos, que já era o presidente da Sociedade Promotora, e esta iniciativa visou apenas a tal participação nos Jogos de Estocolmo, uma vez que em seguida - e coincidindo com o hiato da VI Olimpíada provocado pela I Guerra Mundial - o C.O.P. esteve inactivo entre 1913 e 1918. Foi já depois da I Guerra que o Ministro da Instrução Pública, por decreto de 14 de Agosto de 1919, instituiu o II C.O.P., visando a participação nos Jogos de Antuérpia de 1914. É possível que documentação e outros itens da passagem de Portugal pelos Jogos de Estocolmo, quase centenários, se tenham disperso ou perdido, por causa desses hiatos institucionais e estejam ainda hoje encerrados em velhos baús como os do sogro do dr. Romeu Branco... 49 NOTICIÁRIO Gianna Daskalaki a mulher do ano Gianna Angelopoulos-Daskalaki, presidente do Comité de Organização dos Jogos Olímpicos de Atenas, venceu o Troféu 'Mulher e Desporto' de 2005, em reconhecimento do seu imenso contributo para o sucesso dos Jogos de 2004 e pelo seu papel inspirador para outras mulheres envolvidas no desporto e no dirigismo. O troféu foi-lhe entregue no Museu Olímpico de Lausana por ocasião do Dia Internacional da Mulher por Dennis Oswald, membro do Comité Executivo do Comité Internacional Olímpico e Presidente da Comissão Coordenadora dos Jogos de Atenas. A premiada sublinhou o facto de em Atenas ter sido batido o recorde de participação feminina (pela primeira vez acima dos 40%) e de também pela primeira vez mulheres terem disputado uma prova (lançamento do Peso) em Olímpia, o local onde os Jogos nasceram, na Antiguidade. Na mesma cerimónia, outras cinco mulheres, uma de cada continente, foram premiadas com troféus 'Mulher e Desporto' pelo seu trabalho em prol do Desporto nos respectivos países: ÁFRICA: Marguerite Rouamba Karama (Burkina Faso) EUROPA: Orna Ostfeld (Israel) AMÉRICA: Donna Lopiano (EUA) ÁSIA: Annabel Pennefather (Singapura) OCEANIA: Lynne Bates (Austrália) OLIMPO - Março/Abril 2005 Neve e Gelo em selo e tv 50 O designer português Pedro Albuquerque prossegue a sua carreira ligada ao grafismo dos Jogos Olímpicos de Inverno de Turim-2006, com o desenho de um dos selos oficiais, lançados no final de Março. O selo de 60 cêntimos apresenta as duas mascotes, o Gelo e a Neve, da sua criação. Na ocasião, foi também apresentado o desenho animado 'Neve e Gelo', uma série de 52 episódios de um minuto que começará a ser emitida diariamente em Outubro na RAI até ao começo dos Jogos. A série apresentada contempla quatro selos, sendo os outros três representativos das estâncias oficiais dos Jogos de 2006, Cesana, Pinerolo e Sestrières, alguns meses depois de uma primeira série de quatro sêlos dedicada às outras cidadessede desta edição, Turim, Bardonecchia, e Pragelato e Sauze D'Oulx. Cada um dos selos tem uma tiragem de 3,5 milhões de exemplares. Holanda estuda candidatura a 2028 O Comité Olímpico da Holanda e as estruturas desportivas governamentais criaram uma comissão de estudo para investigar as possibilidades de o país poder ganhar a candidatura à organização dos Jogos Olímpicos e dos Jogos Paralímpicos em 2028. A estrutura de trabalho chama-se "Jogos Olímpicos e Paralímpicos 2028" e é formada por representantes das federações, das autarquias, do governo e do sector privado. O relatório conclusivo deve ser apresentado no final de Dezembro, depois de profundos estudos e discussões com o Comité Internacional Olímpico, os membros holandeses do CIO, os departamentos governamentais e as cidades, bem como com os Comités Nacionais de países que já tenham concorrido à organização dos Jogos Olímpicos, em ordem a elaborar uma proposta vencedora, a mais de vinte anos de distância. Squash pode entrar nos Jogos de 2012 O squash avançou no final de Março com o processo no sentido de se tornar modalidade do programa olímpico nos Jogos de 2012. A Federação Mundial de Squash (FMS) desenvolve há 20 anos um paciente, mas convicto, trabalho de lóbi junto das instâncias olímpicas e considera ter chegado a hora de obter a recompensa. O Comité Internacional Olímpico acaba de incluir o squash no grupo dos cinco desportos com hipótese de integrar o programa dos Jogos de 2012, a "analisar mais detalhadamente". Membros do CIO foram convidados pela FMS a acompanhar o Clássico Canary Wharf, de Londres, nas Docklands, um dos pólos desportivos da candidatura londrina aos Jogos de 2012. A utilização de 'courts' provisórios e portáteis tem permitido organizar grandes competições da modalidade fora dos ginásios tradicionais e em ambientes espectaculares ao ar livre, como o Simphony Hall de Boston, o Grand Central Terminal de Nova York, o Royal Albert Hall de Londres ou as Pirâmides de Gizé, no Egipto. Os Produtos COP COD 031-153 Relógio de mesa 25,00 euros COD 002-013 Porta-chaves 7,00 euros Relógio de pulso Senhora 185,00 euros COD 033-350 Porta-documentos 75,00 euros COD 033-335 Organize A4 - 100,00 euros Organize A5 - 75,00 euros Mala de viagem 95,00 euros COD 033-009 Porta-chaves Pele 25,00 euros Relógio tipo Swatch 25,00 euros Relógio de pulso Homem 185,00 euros Chapéus de chuva 12,50 euros MCFORSUM Pólos 37,50 euros Gravata COP 22,50 euros Todos os produtos COP aqui apresentados encontram-se à disposição dos interessados na sede do Comité Olímpico de Portugal, localizada na Ajuda (Travessa da Memória, 36 - Lisboa). Para mais informações entre em contacto com os nossos serviços, através do telefone 21 361 72 60 ou via email para o endereço [email protected]