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[email protected] www.zurichportugal.com Zurich Companhia de Seguros, S.A. Índice A. Considerações Gerais 1. Enquadramento macroeconómico • • • • • • • 8 2. Actividade Seguradora em Portugal • • • • • • • 10 B. Actividade da Zurich 1. Aspectos gerais • • • • • • • 14 2. Análise dos resultados • • • • • • • 16 3. Garantias financeiras • • • • • • • 26 4. Recursos humanos • • • • • • • 27 5. Gestão de riscos • • • • • • • 27 6. Perspectivas para 2010 • • • • • • • 32 7. Proposta de aplicação dos resultados • • • • • • • 33 8. Considerações finais • • • • • • • 35 C. Anexos Balanço activo e passivo • • • • • • • 38 Conta de ganhos e perdas • • • • • • • 40 Demonstração de variações do capital próprio • • • • • • • 42 financeiros (Anexos) • • • • • • • 44 Transacções entre partes relacionadas • • • • • • • 51 Notas ao Balanço e Conta de Ganhos e Perdas • • • • • • • 52 áreas funcionais e pelos diversos ramos • • • • • • • 128 Relatório e parecer do conselho fiscal • • • • • • • 130 Certificação Legal das Contas 2009 • • • • • • • 131 Inventário de participações e instrumentos Critérios de imputação de custos pelas várias [email protected] Zurich Companhia de Seguros Vida, S.A. Índice A. Considerações Gerais 1. Enquadramento macroeconómico • • • • • • • 136 2. Actividade Seguradora em Portugal • • • • • • • 138 B. Actividade da Zurich 1. Aspectos gerais • • • • • • • 142 2. Análise dos resultados • • • • • • • 144 3. Garantias financeiras • • • • • • • 153 4. Recursos humanos • • • • • • • 154 5. Gestão de riscos • • • • • • • 154 6. Perspectivas para 2010 • • • • • • • 159 7. Proposta de aplicação dos resultados • • • • • • • 160 8. Considerações finais • • • • • • • 161 C. Anexos Balanço activo e passivo • • • • • • • 164 Conta de ganhos e perdas • • • • • • • 166 Demonstração de variações do capital próprio • • • • • • • 168 financeiros (Anexos) • • • • • • • 170 Transacções entre partes relacionadas • • • • • • • 176 Notas ao Balanço e Conta de Ganhos e Perdas • • • • • • • 178 Relatório e parecer do conselho fiscal • • • • • • • 253 Certificação Legal das Contas 2009 • • • • • • • 254 Inventário de participações e instrumentos Considerações Gerais • www.zurichportugal.com Saiba mais em: www. zurichportugal.com 707 200 160 Zurich Companhia de Seguros, S.A. “Em qualquer circunstância, é bom estar seguro.” Saiba mais em: www. zurichportugal.com 707 200 160 A protecção é o nosso negócio O Grupo Zurich Financial Services está sedeado em Zurique (Suíça) e conta com cerca de 60.000 Colaboradores, prestando serviço aos seus Clientes em mais de 150 países. Fundada em 1872, a Zurich procurou antever o futuro ao ser o primeiro segurador a criar programas de segurança global. Hoje contamos com uma rede de escritórios na América do Norte, Europa, Ásia Pacífico, América Latina, entre outros mercados. Aspiramos ser o grupo líder de mercado, distribuindo de forma consistente os melhores resultados pelos nossos Parceiros. Criamos fortes relações com os nossos Clientes, Agentes e Corretores e apostamos no desenvolvimento profissional dos nossos Colaboradores. Estamos presentes em Portugal desde 1918 e contamos com mais de 800 pontos de contacto para o Cliente. O patamar já alcançado projecta a Zurich para um lugar de grande visibilidade no panorama da actividade seguradora nacional, permitindo, simultaneamente, fazer sobressair os traços e as características de uma cultura e de um posicionamento que se pretendem diferenciadores. Zurich Companhia de Seguros, S.A. A. Considerações Gerais 8 92.º Exercício RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2009 Senhores Accionistas, De acordo com as disposições legais e estatutárias, temos a honra de submeter à Assembleia-Geral, o nosso relatório e contas relativo ao exercício económico findo em 31 de Dezembro de 2009. A. Considerações Gerais 1. Enquadramento macroeconómico 1.1 Conjuntura Internacional A crise financeira internacional, que se iniciou em Agosto O Conselho do Banco Central Europeu (BCE) manteve de 2007, teve o seu período mais crítico entre Setembro inalteradas as taxas de juro oficiais desde 13 de 2008 e Março de 2009 com o agravamento das de Maio de 2009 (1,0% para as operações principais condições no mercado de crédito e forte desvalorização de refinanciamento) considerando que o nível actual nos mercados de acções. A envolvente macroeconómica das taxas de juro permanece adequado. Contudo, global, desde o início da crise, degradou-se rapidamente alguns dos factores de apoio à actual recuperação dando origem à maior queda de produto da economia da actividade económica são de natureza temporária. mundial desde a II Grande Guerra. Além disso, a continuação da consolidação de balanços nos sectores financeiro e não financeiro podem exercer Em 2009 o PIB da União Europeia (UE) e da Área efeitos negativos adicionais sobre o crescimento, do Euro (AE) apresentou uma quebra em termos juntamente com baixas taxas de utilização homólogos reais de 4,1% e de 4% (+0,8% e de +0,6%, da capacidade produtiva e com um elevado respectivamente, em 2008), evolução que se estendeu desemprego, que são susceptíveis de manter à generalidade dos países. No 4.º trimestre de 2009 o investimento e o consumo privado relativamente o PIB registou um decréscimo de 2,3% na UE e de 2,1% limitados no futuro próximo, prevendo-se um ritmo na AE, representando uma recuperação face ao período moderado de crescimento na Área do Euro e um precedente. A taxa de desemprego da AE foi de 10% processo de recuperação irregular e incerto. A reduzida em Dezembro de 2009 (+0,1pp que no mês anterior) pressão inflacionista no médio prazo é também e a taxa de inflação registou em Dezembro confirmada pela análise monetária, dado o declínio uma variação positiva de 0,9%. do crescimento monetário e do crédito. [email protected] 9 Em relação às expectativas de inflação a médio e longo 1.2 Conjuntura Nacional prazo, os indicadores disponíveis sugerem que estas A economia portuguesa, muito dependente das trocas permanecem firmemente ancoradas, em linha com comerciais com os parceiros comunitários, repercutiu o objectivo do BCE de manter a taxa de inflação abaixo, fortemente o abrandamento da economia europeia. mas próxima de 2% no médio prazo. O BCE continuará As previsões mais recentes do Banco de Portugal a eliminação progressiva das medidas de liquidez apontam para uma queda de 3,5% do PIB português extraordinárias que já não são necessárias da mesma em 2009, a maior dos últimos 35 anos, e uma queda forma que no passado. de 0,6% em 2010. O consumo privado e investimento registam uma queda acentuada – que se traduziu numa No Mercado Monetário do Euro, as taxas de juro Euribor contracção significativa da procura de crédito, atingiram mínimos históricos durante o ano de 2009. no aumento do desemprego e na descida das taxas A média diária durante o ano de 2009 para os prazos de juro para níveis historicamente baixos. de um, três, seis e doze meses foi de 0,74%, 1,22%, 1,43% e 1,61% respectivamente. Valores muito A economia portuguesa estagnou no último trimestre inferiores aos registados em 2008: 4,06%, 4,64%, de 2009 face ao trimestre anterior, depois de dois 4,73% e 4,83% respectivamente. trimestres consecutivos a crescer. Os dados avançados pela OCDE apontam para que a economia se tenha Em termos médios anuais, a inflação na Área ficado por uma variação zero nos últimos três meses do Euro diminuiu de 3,3% em 2008 para 0,3% em 2009. de 2009, comparando com o terceiro trimestre desse ano. No conjunto do ano, a generalidade das principais componentes do IHPC registou uma taxa de variação A economia portuguesa fica assim ligeiramente abaixo inferior à do ano anterior, com destaque para os bens do desempenho da média estimada para a Zona Euro energéticos (-8,1%, face a 10,3% em 2008) e para e da União Europeia (ambas: +0,1%), apesar os bens alimentares transformados (1,1%, após 6,1% de registarem um abrandamento do estimado para em 2008). A variação média anual do IHPC, excluindo o conjunto dos países que compõem a organização bens energéticos, situou-se a um nível abaixo do (+0,8%) e da média das sete maiores economias (+0,9%). observado no ano anterior (1,2% face a 2,5% em 2008). (Tabela 1) TABELA 1 Contribuições para a variação homóloga do PIB* 2008 4T2008 1T2009 2T2009 3T2009 Procura interna 1,5pp -0,7pp -3,8pp -4,6pp -2,8pp Consumo privado 1,1pp 0,7pp -0,9pp -0,6pp -0,7pp Consumo público 0,2pp 0,3pp 0,6pp 0,2pp 0,5pp FBCF 0,1pp -1,7pp -3,5pp -4,2pp -2,5pp Procura externa -1,4pp -1,2pp -0,2pp 0,9pp 0,2pp Exportações -0,2pp -3,3pp -7,2pp -5,9pp -3,6pp Importações -1,2pp 2,1pp 7,0pp 6,8pp 3,8pp Tvh real do PIB 0,0pp -1,9pp -4,0pp -3,7pp -2,5pp * Dados encadeados em volume - Base 2000 Fonte: Banco de Portugal Considerações Gerais • www.zurichportugal.com 10 Relativamente ao consumo privado em 2009, com características semelhantes situou-se nos 3,5% as vendas de veículos ligeiros de passageiros, incluindo (3,1% no final de Dezembro de 2008). veículos todo-o-terreno, caíram 25,9%, em termos homólogos (-0,5% em 2008). Em 2009, o índice PSI20 (TR) sofreu uma valorização de 39,0%. Esta evolução é comparada com um aumento No que diz respeito à formação bruta de capital fixo, de 25,6% do índice DJ50 (TR) no mesmo período. em 2009 as vendas de veículos comerciais ligeiros diminuíram 30,8% (-17,5% em 2008), em termos A taxa de desemprego média em 2009 foi de 9,5%, homólogos, e as vendas de veículos comerciais pesados enquanto que em 2008 foi de 7,6%. No 4.º trimestre caíram 29,8% (-19,0% em 2008). No último trimestre de 2009 esta taxa fixou-se em 10,1%, tendo aumentado de 2009, as vendas de cimento das empresas nacionais consecutivamente em todos os trimestres desde para o mercado interno diminuíram 15,6%, em termos o segundo trimestre de 2008 onde registou 7,3%. homólogos (-13,8% no terceiro trimestre de 2009). Em Dezembro de 2009, a taxa de variação homóloga 2. Actividade Seguradora em Portugal do IHPC foi negativa (-0,9%). A mesma registou o menor A conjuntura económica afectou profundamente valor em Setembro (-1,8%) e manteve-se negativa o sector segurador que registou uma quebra ao longo do ano, à excepção dos meses de Janeiro acentuada de produção. e Fevereiro onde se verificaram variações positivas. Os dados provisórios publicados pelo Instituto de Seguros A taxa anual média de variação do IHPC foi de Portugal (ISP) para o ano de 2009 revelam que de -0,9% para o ano de 2009 enquanto em 2008 foi o volume de produção de seguro directo em Portugal de 2,7%. A diminuição da inflação ficou a dever-se ascendeu a 14.501 milhões de euros, o que representa ao comportamento dos preços dos bens alimentares um decréscimo de 5,4% relativamente ao verificado não transformados e dos bens industriais energéticos. em 2008 e o equivalente a 8,9% do PIB português. (Tabela 2) Este rácio, que exprime a penetração do seguro na economia, foi inferior ao registado em 2008 (9,2%). No final de Dezembro, a taxa de rendibilidade de obrigações do Tesouro com maturidade residual O ramo vida registou uma quebra de 5,9%, de 10 anos situou-se em 4,8% (4,0% no final em consequência da forte perda dos seguros ligados de Dezembro de 2008). No mesmo período, a taxa a fundos de investimento (-8,6%), que representam de rendibilidade dos títulos de dívida pública alemã cerca de 35% deste ramo. TABELA 2 Indice Harmonizado de Preços no Consumidor* Peso Dez. 08 Dez. 09 IHPC 100% 2,7% -0,9% Bens 61,9% 2,4% -2,4% Alimentares 21,5% 4,2% -2,5% - Não transformados 10,9% 0,6% -4,3% - Transformados 10,6% 8,1% -0,9% Industriais 40,4% 1,4% -2,3% - Energéticos 9,9% 6,6% -8,0% - Não energéticos 30,5% -0,2% -0,8% Serviços 38,1% 3,1% 1,3% * Média Anual Fonte: Instituto Nacional de Estatística [email protected] 11 TABELA 3 u.m: milhões euros Produção de Seguro Directo - Actividade em Portugal 2007 ∆ 07/06 ∆ 08/07 2008 2009 ∆ 09/08 Vida 9.369 6,9% 11.012 17,5% 10.364 -5,9% Não Vida 4.381 0,5% 4.324 -1,3% 4.137 -4,3% 13.750 4,8% 15.336 -5,4% Total 11,5% 14.501 PIB* 163.051 166.437 162.765** Penetração 8,4% 9,2% 8,9% * Valores a preços corrente | ** Estimativa OCDE Fonte: ISP Relativamente aos ramos não vida, registou-se Para efeitos comparativos e quota de mercado uma quebra justificada pelo decréscimo de produção de seguro directo do ramo não vida, significativo verificado em acidentes de trabalho recorre-se aos dados publicados pela Associação e no automóvel. Portuguesa de Seguradores. Nestes, não são incluídos (Tabela 3) alguns seguradores, contudo esta amostra representa 96,0% do mercado de produção de seguro directo A queda mais expressiva em valor absoluto em Portugal em 2009. foi a do automóvel, que reflecte a tendência de diminuição do prémio médio e a redução A Zurich apresentou em 2009 um crescimento das vendas no sector automóvel. de 0,2%, que foi muito superior ao do mercado, com consequente aumento da sua quota de mercado Igualmente significativo foi o decréscimo registado no ramo não vida no mercado APS de 7,3%, em 2008, no ramo de acidentes de trabalho, consequência para 7,7%, em 2009. da diminuição da actividade económica. (Tabela 4) TABELA 4 Produção* de Seguro Directo - Actividade em Portugal u.m: milhões euros 2006 2007 ∆ 07/06 2008 ∆ 08/07 2009 ∆ 09/08 Vida 8.761 9.369 6,9% 11.012 17,5% 10.364 Seguro de vida 4.680 5.255 12,3% 6.114 16,3% 6.686 9,3% Seguros l igados a fundos de investimento 3.366 3.236 -3,9% 3.994 23,4% 3.652 -8,6% Operações de capitalização -5,9% 715 878 22,8% 903 2,9% 26 -97,1% Não Vida 4.359 4.381 0,5% 4.324 -1,3% 4.137 -4,3% Acidentes e doença 1.350 1.372 1,6% 1.400 2,0% 1.357 -3,1% - Acidentes de trabalho 774 763 -1,4% 741 -2,8% 674 -9,1% - Doença 408 440 7,8% 480 8,9% 498 3,8% - Acidentes (outros) 168 169 0,6% 179 5,9% 185 3,2% Incêndio e outros danos 687 707 2,9% 732 3,5% 746 2,0% 2.002 1.944 -2,9% 1.810 -6,9% 1.671 -7,6% Marítimo e transportes 25 30 23,3% 31 2,9% 32 1,3% Aéreo 20 18 -11,6% 17 -6,3% 18 4,4% Mercadorias transportadas 32 33 3,5% 32 -3,9% 26 -18,4% Responsabilidade civil geral 97 108 11,2% 109 0,9% 112 2,3% 145 168 16,4% 194 15,0% 175 -9,3% 13.120 13.750 4,8% 15.336 11,5% 14.501 -5,4% Automóvel Diversos Total * Inclui prémios brutos emitidos de contratos de seguro e receita processada de contratos de investimento e de prestação de serviços | valores provisórios para o ano de 2009 Fonte: ISP Considerações Gerais • www.zurichportugal.com Saiba mais em: www. zurichportugal.com 707 200 160 O que nos torna diferentes: O nosso conhecimento sobre o Cliente; A nossa percepção de riscos; A nossa estrutura global e especialização local; A nossa determinação em simplificar processos; A nossa disciplina e estabilidade financeira que nos permitem alcançar crescimento rentável. Zurich Companhia de Seguros, S.A. B. Actividade da Zurich 14 B. Actividade da Zurich 1. Aspectos gerais A estratégia da Zurich assenta numa clara segmentação de mercados visando uma avaliação global do Cliente, que permite consolidar o seu posicionamento nos segmentos e alvos seleccionados, através de propostas de valor ajustadas (produto, serviços e preço) e orientadas para a concretização dos objectivos definidos. A centralização no Cliente significa para a Zurich, antecipar e compreender os seus Clientes, respondendo inteiramente às suas necessidades. A segmentação dos Clientes é suportada por duas Unidades de Cliente: RIF (Riscos Individuais e Famílias) e SPE (Soluções de Protecção Empresarial), onde os recursos são orientados para a criação de soluções capazes de satisfazer as necessidades mais exigentes dos nossos Clientes. Retenção e fidelização do Cliente Diferenciação melhorada Colaboradores fortalecidos Centralização no Cliente Valor de Marca acrescido Rentabilidade financeira Liderança no mercado [email protected] Vantagens da centralização no Cliente 15 A Zurich conta com mais de 800 pontos de contacto em Portugal, incluindo Agentes, Corretores e Delegações próprias em todo o país. Em conformidade com a estratégia de delegação de autonomias para a sua rede de Agentes Principais, durante o ano de 2009 procedeu-se a uma reestruturação dos serviços e reduziu-se o número de Delegações próprias de 31 para 29. No final de 2009, o número de Colaboradores da Zurich era de 345. Comparativamente com os seguradores a operar em Portugal, revela um índice de produtividade elevado quando medido pelo rácio de prémios por Colaborador. No exercício de 2009 e no seguimento do seu plano estratégico, foram ainda desenvolvidas várias acções, Porto, Maia e Vila Nova de Gaia Lisboa, Sintra, Amadora e Corretores das quais se destacam: • Contínuo aprofundamento da estratégia de negócios focalizada em alvos de mercado seleccionados; • Expansão de novo front-end na aplicação informática à rede de vendas; • Reforço das competências da nossa rede de Agentes Principais Zurich; • Reforço da Unidade de Marketing estratégico e de competências na Unidade de Underwriting e Pricing; • Continuação do estreitamento da relação com os Colaboradores, Agentes e Corretores através dos eventos Acção e Mudança, Congresso do Agente Principal e Perspectivas Corretores; • Reformulação e enriquecimento da página de Internet www.zurichportugal.com. Os resultados apresentados neste relatório evidenciam o rigor posto na prossecução dos objectivos propostos e o êxito com que foram atingidos no exercício que agora termina. Actividade da Zurich • www.zurichportugal.com 16 2. Análise dos resultados A norma n.º 4/2007-R de 27 de Abril, com as alterações introduzidas pela Norma n.º 20/2007-R de 31 de Dezembro, introduziu um novo plano de contas para a actividade seguradora com aplicação obrigatória para o exercício de 2008 e seguintes. Os resultados apresentados para 2008 e 2009 configuram a introdução do novo plano de contas e a análise dos comparativos para 2007 é feita com a reposição dos impactos que o novo plano teria tido no exercício de 2007. A Zurich apresentou em 2009 um resultado líquido após impostos no valor de 29,31M€, o que representa um aumento de 12,75M€ relativamente ao ano de 2008. Este forte incremento é consequência da desvalorização acentuada das acções em 2008 que obrigou ao reconhecimento de imparidades com um impacto negativo no valor 12,29M€ no ano transacto. u.m: milhões euros 2007* Prémios brutos emitidos Var. da provisão para prémios não adquiridos Prémios de resseguro cedido Var. da prov. para prém. não adq. parte do ress. Prémios líquidos adquiridos Custos com sinistros líquidos de resseguro 2008 ∆ 08/07 2009 ∆ 09/08 304,07 303,96 0,0% 304,71 0,2% 1,37 0,21 -84,5% 2,02 849,7% -27,95 -30,40 8,8% -38,19 25,6% 0,56 -0,31 -156,0% 1,93 -715,5% 278,06 273,46 -1,7% 270,47 -1,1% -196,28 -196,84 0,3% -183,36 -6,8% 0,84 0,99 18,3% 1,39 40,3% Custos e gastos de exploração -67,26 -66,18 -1,6% -67,05 1,3% Custos e gastos de exploração líquidos -66,42 -65,19 -1,9% -65,66 0,7% -1,19 -1,17 -2,0% -1,49 28,0% Var. da provisão para riscos em curso 0,35 -0,54 -254,2% -6,45 - Var. de outras provisões técnicas 0,00 0,00 -100,0% -0,32 - Com. e part. nos resultados de resseguro cedido Var. da provisão para desvios de sinistralidade Resultado de exploração técnica 14,52 9,72 -33,1% 13,19 35,8% Rendimentos de investimentos 24,02 25,09 4,5% 24,71 -1,5% Gastos de investimentos -0,46 -0,44 -5,2% -0,49 11,6% Ganhos líquidos financeiros não val. JV no G&P 2,93 0,38 -87,1% 1,61 327,4% Perdas de imparidade (líquidas reversão) 0,00 -12,29 - -1,25 -89,8% Ganhos líquidos financeiros val. JV no G&P 0,90 - -0,09 -110,1% Resultado dos investimentos 26,49 13,65 -48,5% 24,49 79,4% Outros rendimentos e gastos -0,42 0,37 -188,9% 1,60 331,0% Resultados antes de impostos Imposto sobre o rendimento do exercício Resultado líquido do exercício 40,60 23,74 -41,5% 39,28 65,5% -10,35 -7,18 -30,6% -9,97 39,0% 30,25 16,56 -45,3% 29,31 77,0% * Valores reajustados com novo PCES [email protected] 17 Não obstante uma análise mais pormenorizada nos pontos que se seguem deste relatório, o resultado apurado de 29,31M€ evidencia: A. Resultado de exploração técnica de 13,19M€, que representa um incremento de 3,48M€ relativamente ao ano transacto devido a: A.1. Menor volume líquido que se traduz em menos 2,98M€ de prémios líquidos adquiridos. Apesar de os prémios brutos terem registado uma ligeira variação positiva (0,75M€), os prémios de resseguro aumentaram 25,6% (+7,79M€). Este aumento é devido essencialmente ao aumento do negócio internacional (empresas internacionais com actividade em Portugal) que é cedido a 100% no valor de 3,65M€, aumento da produção de seguros de saúde no valor de 1,48M€ cedido a 90% e ao aumento dos custos com as coberturas de assistência (+1,35M€) cedidas a 100%. A.2. Diminuição dos custos com sinistros líquidos de resseguro no valor de 13,48M€. Esta diminuição deve-se a desenvolvimentos muito favoráveis no ramo automóvel (principalmente com ano de ocorrência de 2007) que permitiram uma forte redução na provisão para sinistros. O custo com sinistros com ano de ocorrência em 2009 aumentou significativamente relativamente a 2008 (com ano de ocorrência em 2008). Este aumento foi de 21,40M€. O rácio líquido de sinistralidade (custos com sinistros líquidos de resseguro sobre prémios líquidos adquiridos) diminuiu 4,1pp, de 72,0% em 2008 para 67,9% em 2009 e o mesmo rácio, mas para sinistros com ano de ocorrência no ano corrente, aumentou 8,8pp, de 72,2% em 2008 para 81,0% em 2009. A.3. Aumento dos custos e gastos de exploração líquidos de resseguro no valor de 0,47M€. Este aumento deve-se à criação, na rubrica outras provisões, de 2,12M€ para fazer face à reestruturação dos serviços planeada para 2009 e que se efectivará na totalidade em 2010. Expurgando este efeito, os gastos de exploração teriam diminuído 2,5%, resultante dos continuados esforços de optimização das operações. A.4 Aumento da variação da provisão para riscos em curso no valor de 5,90M€. Este substancial aumento registou-se nos ramos automóvel (+4,33M€), incêndio e outros danos (+1,55M€) devido, no primeiro caso, a um aumento na frequência conjugado com uma diminuição dos prémios médios e, no segundo, a um aumento significativo da frequência de sinistros de natureza climática ocorridos em 2009. B. Resultado dos investimentos de 24,49M€ que representa um forte incremento de 10,84M€ relativamente ao ano transacto. Este forte aumento deve-se às perdas por imparidades em 2008 no valor de 12,29M€. C.Impacto positivo de 1,23M€ relativo a outros rendimentos devido essencialmente à devolução da contribuição para o FAT, paga em excesso durante o período de 2002 a 2007, no valor de 0,98M€. D.Imposto sobre o rendimento do exercício de 9,97M€ que representa um aumento de 2,80M€ em relação a 2008 devido exclusivamente a um maior resultado antes de impostos, uma vez que a taxa efectiva diminuiu de 30,2% em 2008 para 25,4% em 2009. A elevada taxa efectiva registada em 2008 deveu-se essencialmente ao facto de só se ter considerado 50% da menos valia fiscal relativa às imparidades para efeitos de cálculo do imposto diferido. Actividade da Zurich • www.zurichportugal.com 18 2.1 Prémios Os prémios brutos emitidos de seguro directo, líquidos de estornos e anulações, atingiram um total de 304,71M€, o que representou um ligeiro aumento de 0,75M€ relativamente a 2008. À semelhança de exercícios anteriores, o resseguro aceite apresenta uma expressão marginal. A evolução do volume de prémios da Zurich foi 4,8pp superior à média do mercado não vida (APS) que registou uma variação negativa de 4,6%, reflectindo o melhor desempenho em todos os ramos significativos da carteira da Zurich. u.m: milhões euros Prémios brutos emitidos Seguro directo 2007 2008 ∆ 08/07 304,07 303,96 Acidentes 66,15 Doença 0,56 2009 ∆ 09/08 0,0% 304,71 0,2% 67,26 1,7% 65,58 -2,5% 1,87 236,4% 3,70 97,3% 44,16 45,39 2,8% 48,34 6,5% 181,42 177,53 -2,1% 173,73 -2,1% Marítimo, aéreo e transportes 5,53 5,37 -2,8% 6,73 25,2% Responsabilidade civil geral 5,83 6,11 4,8% 6,27 2,5% Outros 0,43 0,42 -1,0% 0,37 -13,3% Resseguro aceite 0,00 0,00 0,00 -100,1% Total 304,07 303,96 0,0% 304,71 0,2% Incêndio e outros danos Automóvel Destaque-se os ramos automóvel (Zurich: -2,1%; APS: -7,4%), acidentes (Zurich: -2,5%; APS: -7,6%), incêndio e outros danos (Zurich: 6,5%; APS: 0,6%), responsabilidade civil geral (Zurich: 2,5%; APS: 0,7%) e doença (Zurich: 97%; APS: 3,2%). u.m: milhões euros Prémios brutos emitidos de seguro directo Individual 2007 2008 ∆ 08/07 154,53 155,61 Acidentes 8,26 Doença 0,50 Incêndio e outros danos 2009 ∆ 09/08 0,7% 154,63 -0,6% 8,83 6,9% 8,35 -5,5% 1,30 161,4% 2,77 113,6% 22,41 24,00 7,1% 25,23 5,1% 122,11 120,04 -1,7% 116,81 -2,7% Responsabilidade civil geral 1,22 1,38 13,0% 1,37 -0,8% Outros 0,05 0,06 39,3% 0,10 47,5% 149,54 148,35 -0,8% 150,08 1,2% Acidentes 57,89 58,43 0,9% 57,24 -2,0% Automóvel Empresas Doença 0,06 0,57 854,6% 0,92 60,4% Incêndio e outros danos 21,76 21,38 -1,7% 23,11 8,1% Automóvel 59,31 57,49 -3,1% 56,92 -1,0% 4,61 4,74 2,7% 4,90 3,5% 5,91 5,73 -3,0% 7,00 22,1% 304,07 303,96 0,0% 304,71 0,2% Responsabilidade civil geral Outros Total [email protected] 19 No início de 2008 foi lançado, em parceria com a Médis, uma solução saúde que explica o forte crescimento observado no ramo doença em 2008 e 2009. Por segmento de Clientes, registou-se em 2009 um ligeiro aumento na produção relativa a Clientes empresas e um decréscimo na produção relativa a Clientes individuais. Os prémios de resseguro apresentam um aumento de 25,6% (+7,79M€) relativamente ao ano de 2008. Este aumento é devido essencialmente ao aumento do negócio internacional (empresas internacionais com actividade em Portugal) que é cedido a 100%, com um impacto na variação dos prémios de resseguro de 4,01M€. O aumento no ramo doença é consequência da comercialização da nova solução de saúde ressegurada em 90% pela Médis. Registe-se também o aumento dos custos com as coberturas de assistência (+1,35M€) cedidas a 100%. u.m: milhões euros Prémios de resseguro cedido Seguro directo 2007 2008 ∆ 08/07 2009 ∆ 09/08 -27,95 -30,40 8,8% -38,19 25,6% Acidentes -1,69 -1,57 -7,6% -1,88 20,2% Doença -0,20 -1,33 569,8% -2,79 109,6% Incêndio e outros danos -7,45 -6,94 -6,8% -10,07 45,1% Automóvel -11,99 -14,50 20,9% -15,98 10,2% Marítimo,aéreo e transportes -4,46 -3,90 -12,6% -5,17 32,6% Responsabilidade civil geral -1,93 -1,98 2,5% -2,21 11,6% Outros -0,22 -0,19 -14,6% -0,10 -49,9% Resseguro aceite Total Sobre Prémios Brutos 0,00 0,00 0,00 -27,95 -30,40 8,8% -38,19 25,6% 9,2% 10% 0,8pp 12,5% 2,5pp A percentagem de prémios de resseguro sobre os prémios de seguro directo aumentou 2,5pp de 10,0% em 2008 para 12,5% em 2009. Os prémios líquidos adquiridos registaram um decréscimo de 1,1%, o que significa uma redução de 2,98M€ relativamente ao ano transacto. As várias componentes que representam esta rubrica foram evidenciadas anteriormente, mas registe-se novamente: • O aumento dos prémios de resseguro no valor de 7,79M€; • A variação da provisão para prémios não adquiridos líquida da parte do ressegurador teve um efeito positivo na variação dos prémios líquidos adquiridos no montante de 2,25M€. Actividade da Zurich • www.zurichportugal.com 20 u.m: milhões euros Prémios Líquidos Adquiridos 2007 Seguro directo Acidentes Doença Incêndio e outros danos Automóvel 2008 ∆ 08/07 2009 ∆ 09/07 278,06 273,46 -1,7% 270,47 -1,1% 64,36 65,31 1,5% 63,66 -2,5% 0,36 0,53 46,8% 0,91 70,4% 35,82 37,53 4,8% 38,10 1,5% 172,55 164,48 -4,7% 161,77 -1,6% Marítimo, aéreo e transportes 1,13 1,43 26,7% 1,57 10,3% Responsabilidade civil geral 3,63 3,96 9,1% 4,19 5,8% Outros 0,20 0,21 6,0% 0,27 29,9% Resseguro aceite Total 0,00 0,00 0,00 -100,2% 278,06 273,46 -1,7% 270,15 -1,2% 2.2 Custos com sinistros Os custos com sinistros líquidos de resseguro diminuíram 13,48M€ relativamente a 2008. No ramo mais representativo, o automóvel, registou uma forte redução de 16,63M€, fruto de desenvolvimentos muito favoráveis, principalmente de sinistros com ano de ocorrência de 2007, que permitiram uma forte redução na provisão para sinistros constituída neste ramo. O incremento registado no ramo de incêndio e outros danos deve-se ao forte aumento registado na frequência de sinistros de origem climatérica no ano de 2009. u.m: milhões euros Custos com sinistros líquidos de resseguro Seguro directo Acidentes Doença Incêndio e outros danos 2007 2008 ∆ 08/07 -196,29 -196,85 -53,60 -0,03 2009 ∆ 09/07 0,3% -183,36 -6,9% -51,41 -4,1% -47,45 -7,7% -0,02 -33,9% -0,18 899,7% -12,04 -24,43 102,9% -31,63 29,5% -127,24 -118,60 -6,8% -101,97 -14,0% Marítimo, aéreo e transportes -0,18 -0,44 145,4% -0,32 -28,9% Responsabilidade civil geral -3,20 -1,82 -42,9% -1,87 2,4% -0,12 Automóvel Outros 0,00 0,06 -145,6% Resseguro aceite 0,00 0,01 0,00 -100,0% -196,29 -196,84 0,3% -183,36 -6,8% Total Refira-se ainda o aumento dos custos no ramo doença como simples consequência de maior volume de apólices comercializadas no âmbito do novo seguro de saúde. Note-se que neste ramo o rácio de sinistralidade registado em 2009 é de 20,1%. Não obstante a diminuição da provisão para sinistros no ramo automóvel relativa a anos anteriores de acidente, o rácio de cobertura (provisões para sinistros liquidas de resseguro sobre prémios líquidos adquiridos) diminuiu apenas 2 pontos percentuais, de 141% em 2008 para 139% em 2009. [email protected] 21 O rácio de sinistralidade (custos com sinistros líquidos de resseguro sobre prémios adquiridos líquidos de resseguro) apresenta, por efeito da diminuição da provisão para sinistros no ramo automóvel relativa a anos anteriores de ocorrência de acidente, uma redução de 4,1pp. u.m: milhões euros Rácio de sinistralidade 2007 2008 ∆ 08/07 2009 ∆ 09/08 Seguro directo 70,6% 72,0% 1,4 pp 67,8% Acidentes 83,3% 78,7% -4,6 pp 74,5% -4,2 pp 7,6% 3,4% -4,2 pp 20,1% 16,7 pp Incêndio e outros danos 33,6% 65,1% 31,5 pp 83,0% 17,9 pp Automóvel 73,7% 72,1% -1,6 pp 63,0% -9,1 pp Marítimo, aéreo e transportes 16,1% 31,2% 15,1 pp 20,1% -11,1 pp Responsabilidade civil geral 88,1% 46,1% -42,0 pp 44,6% -1,5 pp 2,1% 57,5% 55,4 pp -20,2% -77,7 pp 70,6% 72,0% 1,4 pp 67,9% -4,1 pp Doença Outros -4,2 pp Resseguro aceite Total O rácio de sinistralidade só do ano corrente tem um comportamento completamente diferente, evidenciando no ramo automóvel um aumento da frequência conjugado com uma diminuição dos prémios médios praticados em 2009. u.m: milhões euros Rácio de sinistralidade Ano de acidente no exercício 2007 2008 ∆ 08/07 2009 ∆ 09/08 Seguro directo 72,2% 72,2% 0,0 pp 80,9% 8,7 pp Acidentes 74,3% 77,0% 2,7 pp 74,0% -3,0 pp Doença 7,6% 3,4% -4,2 pp 16,9% 13,5 pp Incêndio e outros danos 50,8% 65,6% 14,8 pp 84,1% 18,4 pp Automóvel 76,5% 72,9% -3,6 pp 84,6% 11,7 pp Marítimo, aéreo e transportes 43,2% 39,2% -3,9 pp 25,9% -13,3 pp Responsabilidade civil geral 63,3% 53,5% -9,8 pp 55,1% 1,6 pp 2,5% 4,4% 1,8 pp 12,5% 8,2 pp Outros Resseguro aceite Total 0,0% 0,0% 0,0% 72,2% 72,2% 0,0 pp 81,0% 8,8 pp De salientar ainda o impacto de grandes sinistros ocorridos em 2009, responsáveis pela deterioração, em relação a 2008, dos custos com sinistros líquidos de resseguro de automóvel e incêndio e outros danos nos montantes de 3,6M€ e 1,3M€ respectivamente, bem como o impacto dos sinistros de natureza climatérica ocorridos em 2009, que, em relação a 2008, provocaram uma deterioração adicional de 2,5M€ em incêndio e outros danos. A parte dos resseguradores nos custos com sinistros foi consideravelmente maior do que no ano transacto. Em 2009 a parte nos montantes pagos foi de 12,65M€ (em 2008 tinha sido apenas 6,14M€). Contudo, a parte relativa à variação da provisão para sinistros foi de -5,62M€, enquanto no ano transacto tinha sido de -6,78M€. Actividade da Zurich • www.zurichportugal.com 22 u.m: milhões euros Parte dos resseguradores nos custos com sinistros 2007 2008 ∆ 08/07 2009 ∆ 09/08 Seguro directo 5,46 -0,63 -112% 7,03 Acidentes 2,67 -1,26 -147% 0,00 -100% Doença 0,00 0,22 1,69 653% Incêndio e outros danos 0,43 -0,04 -110% 2,68 Automóvel 1,05 0,13 -87,8% 0,79 518,7% Marítimo,aéreo e transportes 0,52 0,31 -41,2% 1,17 280,8% Responsabilidade civil geral 0,79 0,02 -97,2% 0,69 Outros 0,00 -0,01 0,00 Resseguro aceite 0,00 0,00 0,00 Total 5,46 -0,63 -112% 7,03 -100% 2.3 Custos e gastos de exploração líquidos Os custos por natureza (custos indirectos) são primeiro contabilizados pela sua natureza e posteriormente imputados, por uma chave de repartição em função do centro de custo onde a despesa teve origem, a custos de aquisição, a custos administrativos, a custos com sinistros e a custos com investimentos. Os custos que não são imputados (custos directos) incluem (i) a remuneração da mediação (comissões de angariação e de cobrança), (ii) os designados por outros custos de aquisição e (iii) os designados por outros custos administrativos. Estes últimos incluem os apoios, incentivos e convenção anual atribuídos aos Mediadores. Incluem ainda as comissões e participação nos resultados de resseguro cedido. A metodologia de imputação utilizada para 2009 foi a mesma do ano de 2008 e 2007, excepto no que diz respeito aos custos relativos ao FAT, constantes na rubrica impostos e taxas, que passou em 2008 a ser imputado a sinistros em 100%, quando antes era 100% a aquisição. Em 2009 passou-se a reflectir custos com trabalho independente e trabalhos especializados relativos a sinistros nas respectivas rubricas, sendo posteriormente imputadas 100% a sinistros. Anteriormente estes custos eram registados directamente em processos de sinistros. Os factos mais relevantes observados na variação dos custos imputados são: • Gastos com o pessoal: diminuição dos custos com pensões devido ao encerramento de duas Delegações no ano de 2008, com um impacto de 0,89M€; • Fornecimentos e serviços externos: aumento das rubricas impressos (+0,23M€) e material de escritório (+0,18M€) devido à necessidade de alterações em consequência da transformação da sociedade de direito português em sucursal da Zurich Insurance plc com efeitos em 01-01-2010 através de fusão transfronteiriça. Aumento de rendas e alugueres de 0,25M€ devido ao novo regime da frota automóvel e das rubricas trabalho independente e especializados no valor de 1,48M€, onde +1,49M€ são custos de gestão de sinistros [email protected] 23 u.m: milhões euros Custos e gastos por natureza a imputar 2007* 2008 Gastos com pessoal -15,46 -17,12 Fornecimentos e serviços externos ∆ 08/07 2009 10,7% -16,24 ∆ 09/08 -5,1% -14,42 -14,76 2% -17,36 18% Impostos e taxas -5,28 -2,02 -61,8% -2,14 6,1% Depreciações e amortizações -1,68 -1,51 -9,7% -1,24 -18,1% Outras provisões -0,02 -0,93 -2,23 139,4% Juros suportados -0,01 -0,01 -4,3% -0,01 5,6% Comissões -0,19 -0,17 -7,9% -0,18 2,5% Total de custos a imputar -37,05 -36,51 -1,4% -39,39 7,9% A custos e gastos de exploração -29,95 -27,16 -9,3% -28,43 4,7% - A custos de aquisição -17,72 -14,46 -18,4% -15,71 8,6% - A gastos administrativos -12,24 -12,69 3,7% -12,71 0,2% A custos com sinistros -6,63 -8,92 34,4% -10,48 17,4% A gastos de investimentos -0,46 -0,44 -5,2% -0,49 11,6% -37,05 -36,51 -1,3% -39,39 7,9% Total de custos imputados * Valores reajustados com novo PCES que anteriormente eram registados nos processos. Saliente-se ainda o aumento dos custos de serviços prestados pelo Grupo Zurich de +0,22M€ na área de serviços de apoio ao negócio, de +0,12M€ na área de tecnologias e de consultoria de +0,12M€ (devido à fusão). Por outro lado, a única redução substancial verificou-se nas despesas de representação (-0,32M€); • Impostos e taxas: aumento de 0,05M€ na contribuição para o FAT e de 0,04M€ na taxa para o ISP; • Depreciações: diminuição de 0,13M€ relativo a Software e de 0,08M€ relativo a Hardware; • Outras provisões: criação de 2,9M€ para efeitos da reestruturação planeada para o ano corrente em Dezembro que foi parcialmente consumida, com um efeito nos custos de 2,12M€. Os custos directos aumentaram 0,17M€ (+0,4%). Os incentivos aos Agentes apresentaram um aumento de 0,10M€. Por outro lado, as comissões de angariação aumentaram 0,18M€ (sobre prémios comerciais registou-se um aumento de 0,03pp) e as de cobrança diminuíram 0,12M€ (uma diminuição de 0,04pp sobre prémios comerciais). O rácio líquido de despesas (custos e gastos de exploração líquidos de resseguro sobre prémios líquidos adquiridos) apresentou uma ligeira deterioração, de 23,8% em 2008 para 24,3% em 2009. Este aumento deve-se essencialmente à criação, na rubrica outras provisões, de 2,12M€ para fazer face à reestruturação dos serviços planeada para 2009 e que se efectivará na totalidade em 2010 com um impacto no rácio de 0,8pp. Expurgando este efeito, o rácio teria sido de 23,5%, ou seja, inferior em 0,3pp ao do ano anterior. Actividade da Zurich • www.zurichportugal.com 24 u.m: milhões euros Custos e gastos de exploração líquidos 2007 2008 ∆ 08/07 2009 ∆ 09/08 Custos de aquisição -48,82 -46,40 -5,0% -47,83 3,1% Custos imputados -17,72 -14,46 -18,4% -15,71 8,6% Remunerações de mediação -31,11 -31,94 2,7% -32,12 0,6% Outros Variação dos custos de aquisição diferidos 0,00 0,00 0,00 -0,01 -0,70 -0,14 -79,8% Gastos administrativos -18,43 -19,08 3,8% -19,08 0,0% Custos imputados -12,24 -12,69 4,2% -12,71 0,2% Remunerações de mediação -2,87 -3,31 15,5% -3,19 -3,6% Outros -3,33 -3,07 -7,7% -3,17 3,4% -67,26 -66,18 -1,5% -67,05 1,3% 0,84 0,99 18,3% 1,39 40,3% Custos e gastos de exploração Com. e part. nos resultados de resseguro cedido Total -66,42 -65,19 -1,8% -65,66 0,7% Rácio líquido de despesas 23,9% 23,8% 0,0pp 24,3% 0,5pp 2.4 Rendimentos e gastos dos investimentos Os rendimentos dos investimentos diminuíram 0,38M€ (-1,5%) relativamente a 2008. As maiores reduções registaram-se nos juros da dívida pública (-0,84M€) e nos dividendos das acções (-0,28M€), tendo sido em parte u.m: milhões euros Rendimentos dos investimentos 2007* 2008 ∆ 08/07 2009 ∆ 09/08 Terrenos e edifícios 3,19 3,08 -3,5% 3,17 3,0% De uso próprio 0,99 0,96 -2,8% 0,97 1,2% 2,20 2,12 -3,8% 2,20 3,8% 20,48 21,65 5,7% 21,44 -1,0% De rendimento Activos financeiros disponíveis para venda Instrumentos de capital e U.P. 1,27 1,79 41,7% 1,50 -16,1% - Acções 1,24 1,72 38,5% 1,45 -16,0% - Títulos de participação 0,00 0,00 24,0% 0,00 17,9% - U.P. de fundos de inv. mobiliário 0,02 0,07 293,2% 0,05 -23,8% - U.P. de fundos de inv. imobiliário 0,01 0,01 9,0% 0,01 37,9% Títulos de dívida 19,22 19,85 3,3% 19,94 0,4% - De dívida pública 16,56 17,26 4,2% 16,42 -4,9% - De outros emissores públicos 0,34 0,35 1,5% 0,37 6,6% - De outros emissores 2,32 2,25 -2,8% 3,15 40,0% Emp. concedidos e contas a receber 0,35 0,24 -31,7% 0,09 -63,3% - Dep. junto de empresas cedentes 0,00 0,00 0,00 19,8% - Outros depósitos 0,34 0,22 -37% 0,05 -78,2% - Empréstimos concedidos 0,01 0,01 -11,5% 0,04 285,3% - Contas a receber 0,00 0,00 0,00 - Outros 0,00 0,01 0,00 0,00 0,00 Investimentos a deter até à maturidade Depósitos à ordem em inst. de crédito Total 0,13 0,01 24,02 25,09 4,5% 24,71 -100,0% -1,5% * Valores reajustados com novo PCES [email protected] 25 compensadas pelo aumento do rendimento de dívida privada (+0,90M€). A yield dos investimentos (rendimento sobre a média do valor dos activos investidos no exercício) diminuiu 12p.b. de 4,33%, em 2008, para 4,21% em 2009. Os gastos com investimentos registaram um aumento de 11,6%, contudo com um impacto pouco significativo nos resultados (-0,05M€). Este aumento verificou-se essencialmente nos custos com pessoal imputados a investimentos. O valor total dos investimentos, incluindo depósitos à ordem, atingiu em 2009 o montante de 600,51M€, superior em 28,18M€ relativamente a 2008. Este aumento é em parte devido à forte desvalorização que as acções sofreram em 2008. O fluxo de actividade operacional ascendeu a 15,82M€ (35,55M€ em 2008), enquanto o fluxo da actividade de investimento foi negativo no montante de 1,07M€ (1,09M€ em 2008), correspondente ao saldo de aquisição e alienação de imobilizado e aos empréstimos efectuados de 0,35M€ (0,46M€ em 2008). Durante o ano de 2009 foram pagos dividendos de 15,60M€ (34,0M€ em 2008) que representam praticamente a totalidade do fluxo negativo de actividade de financiamento. Relativamente ao fluxo de actividade operacional, saliente-se os prémios de seguro directo recebidos, no valor de 308,48M€ (299,42M€ em 2008), o que representa uma taxa de cobrança elevada de 95,4%, superior em 0,4pp, comparativamente com o ano de 2008 (95,0%). Por outro lado, os prémios pagos de resseguro foram 36,26M€ u.m: milhões euros Investimentos Terrenos e edifícios De uso próprio De rendimento Activos financeiros disponíveis para venda 2007* 2008 ∆ 08/07 2009 ∆ 09/08 41,70 42,34 1,5% 42,11 -0,5% 6,27 5,35 -14,7% 5,21 -2,6% 35,43 36,99 4,4% 36,90 -0,2% 538,45 528,14 -1,9% 554,65 5,0% Instrumentos de capital e U.P. 43,30 31,75 -26,7% 23,58 -25,7% - Acções 43,17 30,39 -29,6% 23,45 -22,8% - Títulos de participação 0,02 0,02 0,0% 0,02 0,0% - U.P. de fundos de inv. mobiliário 0,00 1,23 0,00 -100,0% - U.P. de fundos de inv. imobiliário 0,12 0,12 1,1% 0,12 0,0% Títulos de dívida 495,15 496,39 0,2% 531,06 7,0% - De dívida pública 440,53 435,48 -1,1% 442,36 1,6% - De outros emissores públicos 10,12 9,93 -1,8% 10,95 10,3% - De outros emissores 44,51 50,97 14,5% 77,75 52,5% Empréstimos concedidos e contas a receber 5,71 1,14 -80,0% 3,29 188,3% - Depósitos junto de empresas cedentes 0,11 0,08 -23,0% 0,09 4,0% - Outros depósitos 5,00 0,00 -100,0% 1,80 - Empréstimos concedidos 0,60 1,06 75,2% 1,40 - Contas a receber 0,00 0,00 0,00 - Outros 0,00 0,00 0,00 Investimentos a deter até à maturidade 0,00 0,00 0,00 Depósitos à ordem em Inst. de Crédito Total 0,71 0,46 585,86 572,33 -2,3% 600,51 32,7% 4,9% * Valores reajustados com novo PCES Actividade da Zurich • www.zurichportugal.com 26 (34,47M€ em 2008) e os sinistros pagos, descontados da parte recebida dos resseguradores, foi de 186,69M€ (167,65M€ em 2008), contribuindo de forma decisiva para a quebra registada no fluxo operacional relativamente ao ano transacto. No final do ano de 2009 a carteira era essencialmente constituída por títulos de dívida (88%), terrenos e edifícios (7%) e acções (4%). A qualidade da carteira de títulos de dívida é demonstrada pelo rating médio de AA-, contudo inferior ao registado em 2008 que era AA. Esta redução acompanhou, dada a nossa exposição, a redução verificada para a dívida pública portuguesa de AA em 2008 para AA- em 2009. 3. Garantias financeiras 3.1 Margem de solvência O valor da margem de solvência disponível no final de 2009 é de 138,00M€, isto é, um aumento de quase 40% relativamente a 2008. A taxa de cobertura aumentou de 200% em 2008 para 279% em 2009. u.m: milhões euros 2007 2008 ∆ 08/07 Margem de solvência disponivel 96,01 98,94 Margem de solvência requirida 48,06 2,00 Cobertura 2009 ∆ 09/08 3,0% 138,00 39,5% 49,46 2,9% 49,44 -0,1% 2,00 0,3pp 2,79 79,1pp 3.2 Provisões técnicas Tal como nos exercícios anteriores, o nível das provisões técnicas mantém-se sólido, traduzindo a adequação ao desenvolvimento da carteira de seguros e uma política de rigor e prudente gestão das suas responsabilidades. Saliente-se o aumento considerável da provisão para riscos em curso que abrangeu os ramos automóvel e incêndio e outros danos, dado o elevado rácio de sinistralidade registado no ano de ocorrência de 2009. u.m: milhões euros 2007 Provisão para prémios não adquiridos 2008 ∆ 08/07 2009 ∆ 09/08 91,98 92,47 0,5% 90,59 -2,0% Provisão para sinistros 359,63 407,36 3,0% 391,01 -4,0% - De acidentes de trabalho 130,30 134,57 3,3% 134,63 0,0% - De outros seguros 265,32 272,79 2,8% 256,38 -6,0% Provisão para desvios de sinistralidade 6,80 7,79 17,1% 9,46 18,7% Provisão para riscos em curso 0,10 0,64 554,3% 7,09 Outras provisões técnicas 0,00 0,00 0,00 Provisões técnicas de seg. dir. e ress. aceite 494,51 508,44 2,8% 498,15 -2,0% Provisões técnicas de resseguro cedido -29,40 -22,31 -24,1% -18,31 -17,9% - Provisão para prémios não adquiridos -1,74 -1,42 -18,1% -3,04 113% - Provisão para sinistros -27,67 -20,89 -24,5% -15,27 -27% Total 465,10 486,12 4,5% 479,84 -1,3% [email protected] 27 4. Recursos humanos O ano 2009 é marcado, mais uma vez, por uma grande transformação na área de formação e desenvolvimento da Zurich. Potenciámos, através das sinergias criadas entre as áreas de formação e desenvolvimento e gestão de talentos, a formação específica dos Colaboradores identificados pelo seu elevado potencial, nomeadamente com acções de formação internacionais, especialmente concebidas para este público-alvo, com representantes de todos os países europeus. No seguimento da nossa estratégia de gestão de Recursos Humanos aprofundamos a área de gestão de talentos, onde os Colaboradores identificados pelas suas chefias foram alvo de uma avaliação rigorosa, com reconhecimento internacional, tendo como objectivo a concepção de um plano de desenvolvimento individual, acordado e oficializado entre Direcção e Colaborador. Manteve-se a política de acolhimento de estagiários oriundos de Escolas Profissionais. Procedeu-se à participação e análise de mais um estudo comparativo dentro do mercado segurador, tendo por objectivo analisar as tendências do mercado em várias vertentes. Em 31 de Dezembro de 2009 o número de Colaboradores da Zurich era de 345 contra 357 em 31 de Dezembro de 2008. 5. Gestão de riscos O objectivo da Zurich ao nível da gestão dos riscos é proteger o capital, assegurar a continuidade do negócio, potenciar a criação de valor, auxiliar a tomada de decisões e proteger a nossa reputação e a nossa marca através da consolidação de uma cultura de consciência dos riscos. As nossas principais categorias de riscos incluem: • Seguros: risco transferido dos nossos Clientes através de um processo de subscrição, análise e aceitação. • Operacional: risco associado às pessoas, processos e sistemas da Zurich, bem como a eventos externos. • Reputação: risco de que um acto ou omissão por parte da Zurich ou de um dos seus Colaboradores possa resultar num dano para a nossa reputação ou numa perda de confiança por parte de todos os nossos parceiros. • Estratégia: risco que pode derivar do planeamento ou da execução da estratégia. • Crédito: risco associado à perda efectiva ou potencial de uma pessoa ou entidade de não conseguir cumprir as suas obrigações financeiras. • Mercado: risco associado às posições do balanço onde o valor depende dos investimentos nos mercados financeiros. Actividade da Zurich • www.zurichportugal.com 28 5.1 Governação dos riscos A Zurich dedica particular enfoque a todos os mecanismos de governação, em ordem a assegurar que os mesmos estão adequados à dimensão, natureza e complexidade da sua actividade, privilegiando na sua análise a própria Organização, os seus Colaboradores, os riscos de mercado, os activos, os procedimentos, a cultura e a segurança. Na preparação dos planos de acção, o recurso a análises SWOT como método de identificação, discussão e conhecimento de questões ligadas ao mercado, ao investimento, às condições económicas consideradas numa perspectiva holística, às mudanças sociais e à necessidade de novas funções focalizam-se, primariamente, nas necessidades dos seus Clientes e têm em vista as boas práticas de gestão. Assim, as políticas e filosofias ligadas à gestão de risco, aos planos que asseguram a continuidade do negócio, ao controlo interno e à auditoria interna, têm merecido por parte do Órgão de Administração e Directores particular atenção e visibilidade, o que muito tem contribuído para um desenvolvimento são e prudente do negócio e das suas responsabilidades. A gestão de riscos, que se inicia com a identificação das vulnerabilidades da Organização, com vista à sua redução, eliminação ou transferência, qualquer que seja a área em análise, encontra-se plenamente integrada em todos os seus processos e procedimentos, estando a monitorização dos mesmos incorporada nos planos de acção das respectivas Direcções. A Zurich procede a uma activa gestão do risco e governação, seguindo o estatuído na Norma Regulamentar n.º 14/2005-R do Instituto de Seguros de Portugal, bem como faz reflectir nas suas práticas de controlo do risco as Guidelines em vigor no Grupo Zurich, beneficiando da cooperação de toda a estrutura de Risk Management do Grupo e em particular dos centros de competência que, ao nível do Grupo, se especializaram em determinados tipos de risco, como seja o Business Continuity Management, o risco operacional e o controlo de riscos. 5.2 Gestão do risco de subscrição Uma componente fundamental da gestão do risco na actividade seguradora encontra-se associada à disciplina na subscrição de riscos. A Zurich está imbuída de uma forte cultura de controlo dos riscos de subscrição, estabelecendo limites à capacidade de subscrição e delegando autonomias baseadas no grau de conhecimento e experiência individuais. As normas de subscrição de negócios implementadas são estabelecidas e revistas regularmente, com base em critérios de prudência, controlo e rentabilidade. Encontram-se estabelecidos controlos adequados de monitorização do cumprimento das autonomias delegadas, bem como de aderência aos princípios de subscrição definidos. Seguindo procedimentos comuns a todo o Grupo, a Zurich Portugal implementou linhas de orientação apropriadas no âmbito da tarifação das suas soluções de seguro, baseadas em sólidos princípios técnicos, que aplica de forma sistemática na prossecução de um objectivo de rentabilidade sustentada. A Zurich beneficia do facto de pertencer a um grupo internacional, usufruindo da constante partilha de melhores práticas no âmbito da governação dos riscos de subscrição, tendo constantemente presente a necessidade de garantir a total compreensão dos riscos que subscreve, encontrando-se os mesmos justificados por um retorno adequado. [email protected] 29 Outra componente fundamental é a protecção de resseguro. A política de resseguro é coerente com as autonomias proporcionadas à área de subscrição de riscos, nomeadamente no que respeita às exclusões constantes dos tratados. A estrutura dos tratados de resseguro segue princípios de coerência na definição das retenções e capacidades, com base nos perfis de risco das carteiras seguras. No âmbito da política de resseguro, a transferência dos grandes riscos processa-se na sua quase totalidade para o Grupo Zurich, através de uma estrutura de tratados não proporcionais (que abrangem entre outros, os ramos automóvel, acidentes de trabalho, acidentes pessoais, responsabilidade civil, transportes, multi-riscos, multi-riscos catástrofes e riscos de engenharia). 5.3 Gestão do risco operacional Em termos gerais, todos os riscos são conotados por intrinsecamente conterem aspectos ligados ao risco operacional. A Zurich, na senda das iniciativas do Grupo Zurich The Zurich Way, integra um conjunto de iniciativas que contribuem para gerir os riscos operacionais, sustentando os seus processos e procedimentos em práticas standard e amplamente testadas como eficazes para assegurar boas práticas no âmbito dos riscos operacionais, dos quais, nomeadamente destacamos o processo ICF – Internal Risk Control – que incide sobre o controlo dos processos considerados críticos e ainda pela análise e cálculo do Risk Based Capital na gestão do risco operacional, segundo uma ferramenta designada por TDS – Top Down Scenarios. Complementarmente a Zurich tem trabalhado no sentido de identificar riscos que considera serem nucleares, através da aplicação de uma abordagem que é comum a todo o Grupo Zurich, fazendo uso da informação proveniente de outras formas de informação sobre risco, tais como o controlo interno e o Total Risk Profiling (TRP), este sustentado em cenários de probabilidade e severidade. São realizadas análises sobre os chamados riscos operacionais, as quais incidem sobre a avaliação qualitativa de tais riscos, ao mesmo tempo que estamos empenhados, ao nível do Grupo, na construção de uma base de dados sobre Loss-Event Management. O desenvolvimento das análises de risco operacional no âmbito da função de Risk Management, permite-nos focalizar e dar prioridades às questões operacionais, tais como o outsourcing, riscos informáticos e Business Continuity Management. De facto, uma tarefa-chave é manter o nosso plano de Business Continuity Management actualizado, com especial ênfase para a continuidade do negócio em caso de eventos súbitos, tais como catástrofes e pandemias. 5.4 Gestão dos riscos estratégicos e de reputação Tal como no risco operacional, todos os tipos de risco têm potencialmente consequências para a reputação da Zurich. Consequentemente, a gestão efectiva de cada tipo de risco ajuda-nos a reduzir as ameaças que podem atingir a nossa reputação. Adicionalmente, estamos igualmente empenhados em preservar a nossa reputação através da adesão às leis e regulamentos e do cumprimento dos valores-chave plasmados no nosso código de conduta. É consabido que as decisões estratégicas são por natureza arriscadas, por isso trabalhamos no sentido de reduzir os riscos derivados dessas decisões, através de ferramentas de análise, as quais incluem o processo de Total Risk Profiling. Actividade da Zurich • www.zurichportugal.com 30 5.5 Gestão dos riscos de mercado e de crédito A gestão dos riscos de mercado, liquidez e de crédito, têm como objectivo mitigar quaisquer efeitos nos activos financeiros da Zurich, que os mesmos possam produzir e dos quais resultem prejuízos significativos. A Zurich elaborou um manual com um conjunto de normas e directivas internas, onde estão especificadas as formas de mitigar os diversos riscos. No que respeita ao risco de crédito, de acordo com as normas e directivas de gestão de risco documentadas, não são permitidos investimentos em derivados e são identificadas e implementadas medidas correctivas apropriadas relativamente aos investimentos em que haja expectativas de sofrer um corte no rating para níveis abaixo de investment grade (BBB). No final do ano de 2009, o rating médio da carteira de obrigações foi de AA-. Estão igualmente implementadas rotinas para monitorar os limites de exposição ao risco de crédito por emitente individual e agregado, por forma a evitar o risco de concentração, pelo que é avaliada a exposição a empresas afiliadas ou subsidiárias dos diversos emitentes, para comparação com os limites definidos pela Zurich. Quanto ao risco de mercado, tal como acontece com o risco de crédito, a Zurich avalia e efectua regularmente a gestão do seu risco de mercado, comparando os níveis de concentração por emitente ou grupo pertencente a este e por classe de activos. O objectivo é não só o match entre os activos e os passivos, ou seja, uma correcta adequação ao risco ALM, como também a monitorização da estratégia de alocação de activos (Strategic Asset Alocation), que é definida nos ALMIC’s (Asset Liability Management and Investment Committees), que se realizam numa base trimestral. Na análise dos riscos referidos, para além da gestão do risco de taxa de juro por intervalo de maturidade, da eficiência da alocação dos activos ao nível actual de risco e da conformidade com os limites das posições agregadas, está incluída a análise da duração dos activos e passivos, inserida no risco ALM. A duração dos activos, no final de 2009, era de 3,47 anos, ligeiramente inferior à dos passivos que registaram uma duração de 3,59 anos. Ainda no que respeita ao risco de mercado, é de referir a exposição aos vários riscos resultantes das flutuações nos preços das acções, no valor dos imóveis e nos mercados de capitais de uma forma geral. Estes riscos derivados dos mercados accionistas e do sector imobiliário, poderão afectar a liquidez da Zurich, os rendimentos planeados, os activos líquidos e a situação do capital. Adicionalmente, poderá ter efeitos colaterais nas restantes classes de activos, como fundos de imóveis, empresas cotadas do sector, com eventuais repercussões ao nível da dívida emitida pelas mesmas. Tal como nos anteriores riscos referidos, os riscos decorrentes das variações de mercado quer nas acções quer nos imóveis, estão englobados no processo de gestão global do risco efectuada pela Zurich, pela aplicação de limites expressos nas respectivas directivas e linhas de orientação internas. Não existe risco cambial nos investimentos financeiros da Zurich, dado que todos os seus activos estão denominados em euros. [email protected] 31 Relativamente ao risco de liquidez, faz parte dos princípios de gestão dos riscos da Zurich, que as suas carteiras de investimentos financeiros sejam compostas por activos suficientemente líquidos, de forma a mitigar eventuais riscos de inesperadas necessidades de tesouraria para fazer face aos compromissos financeiros assumidos, que pudessem resultar em perdas consideráveis. A adequação do capital é definida de forma a incorporar uma margem relativa ao mínimo requerido legalmente para absorver, até determinado limite, perdas resultantes das alterações nas taxas de juro e da desvalorização de instrumentos de capital e unidades de participação. No quadro que se segue pode-se observar os impactos dos riscos referidos na taxa de cobertura da margem de solvência e a taxa de cobertura resultante desses efeitos. u.m: milhões euros 2007 2008 ∆ 08/07 2009 ∆ 09/08 Margem de solvencia disponível 96,01 98,94 3% 138,00 39,5% Taxa de cobertura 200% 200% 0pp 279% 79pp Aumento de 0,5pp na Yield Curve - Impacto na margem disponível -11,54 -9,60 -16,8% -9,16 -4,6% - Impacto na taxa de cobertura -24pp -19pp 5pp -19pp 1pp Taxa de cobertura após impacto 176% 181% 5pp 261% 80pp - Impacto na margem disponível -4,33 -3,18 -26,7% -2,36 -25,7% - Impacto na taxa de cobertura -9pp -6pp 3pp -5pp 2pp 191% 194% 2,8pp 274% 80,8pp 10% quebra no valor dos int. capital Taxa de cobertura após impacto 5.6 Risco legal e compliance O risco jurídico, enquanto risco operacional, caracteriza-se pela possibilidade de perdas resultante da inadequação ou falhas em processos internos, pessoas, sistemas e eventos externos de obrigações que decorram das leis ou regulamentos. Em ordem a eliminar ou mitigar os riscos jurídicos, a Zurich dispõe de diversos controlos e normas instituídas, nomeadamente ao nível de circulares internas de instruções – matérias reservadas à análise e aprovação da área jurídica – e, ainda através da publicação semanal, por toda a organização, de legislação publicada no Diário da República ou de Normas Regulamentares provenientes do Instituto de Seguros de Portugal. São objecto de particular análise por parte da área legal e de compliance as operações que se traduzam na incorporação, dissolução, fusão, simplificação da estrutura accionista, alterações exigidas por lei ou regulamento ou estipuladas pelo contrato de sociedade; todos os contratos que obriguem a empresa; matérias que directa ou indirectamente se relacionam com marcas e outros direitos de propriedade industrial; lançamento de novos produtos que inclui a aprovação de clausulados e respectiva campanha publicitária, bem como as análises sobre soluções em revisão, respectivas condições especiais e particulares. Ao nível da Internet está sujeito à aprovação da área legal as páginas com conteúdos que possam criar de forma explícita ou implícita direitos e obrigações. Actividade da Zurich • www.zurichportugal.com 32 Merecem particular atenção por parte da estrutura jurídica da Zurich as matérias relacionadas com a Lei da Concorrência, na medida em que qualquer desvio aos princípios nela consagrados podem representar um elevado risco de reputação com visibilidade e impacto ao nível do Grupo. São ainda objecto de acompanhamento todos os processos judiciais independentemente da qualidade em que a Zurich neles intervém. Trata-se de medida que se destina a evitar a exposição da Zurich a um risco jurídico com consequência negativa ao nível dos custos e, obviamente, com impacto no desempenho dos resultados financeiros. 6. Perspectivas para 2010 No decurso do exercício de 2009, o Grupo Zurich levou a cabo um importante projecto, visando a integração progressiva de várias entidades legais da Europa (Reino Unido, Portugal, Espanha, Itália, Alemanha), numa única entidade legal sedeada na Irlanda, denominada Zurich Insurance plc (ZIP), com a formação de sucursais em cada um destes países. Os objectivos deste projecto foram os de: • Potenciar a eficiência de capital, através da concentração das entidades legais que exploram os ramos não vida na Europa; • Obter ganhos de eficiência operacional; • Reduzir a complexidade e melhorar os princípios de governação/ gestão do risco, através da introdução de uma maior estandardização; • Estabelecer demonstrações financeiras baseadas numa única moeda, o Euro; • Potenciar a robustez financeira do Grupo Zurich Financial Services. Em Portugal esta integração processou-se através de uma fusão transfronteiriça segundo a Lei Portuguesa, tendo sido efectuados todos os registos e avisos e obtidos todos os pareceres e autorizações legalmente exigíveis, nomeadamente da entidade reguladora (Instituto de Seguros de Portugal), para a incorporação do segurador nacional (Zurich – Companhia de Seguros, S.A.) no segurador irlandês (ZIP), a consequente extinção da sociedade incorporada e a respectiva transferência de carteira de seguros dos ramos não vida. Assim, com efeito a 1 de Janeiro de 2010, a Zurich passa a operar em Portugal em regime de livre estabelecimento, através da Zurich Insurance plc – Sucursal em Portugal. Como resultado desta mudança legal, não irão produzir-se quaisquer alterações no relacionamento da Zurich em Portugal com os seus Colaboradores, Clientes e Parceiros de negócio, pilares considerados fundamentais e centrais, pela Administração e Direcção da Zurich. [email protected] 33 As perspectivas do negócio da Zurich para 2010, reflectem a nossa ambição de desenvolvimento sustentado e são apoiadas numa estratégia de continuidade, cujos vectores principais a seguir se destacam: • Crescimento e rentabilidade sustentados; • Focalização e incremento do negócio em alvos de mercado seleccionados; • Reforço da relação com o canal de Corretores através de uma reorganização da estrutura interna de suporte a este canal; • Desenvolvimento da área de marketing estratégico; • Implementação do sistema de tratamento digitalizado de documentos nas áreas de sinistros e gestão de apólices; • Reforço das competências da nossa rede de Agentes Principais Zurich; • Implementação das medidas decorrentes do plano de acção resultantes do survey de satisfação dos Colaboradores efectuado a nível mundial em 2009; • Reforço da posição da Zurich no mercado. 7. Proposta de aplicação dos resultados O resultado líquido do exercício foi de euros 29.310.359,38 Nos termos da alínea b) do Art.º 376 do Código das Sociedades Comerciais e ainda dos Estatutos da Zurich – Companhia de Seguros, S.A., propomos a seguinte distribuição: Para afectação a reservas livres euros 29.310.359,38 Actividade da Zurich • www.zurichportugal.com 34 O resultado líquido do exercício foi de EUR 29.310.359,38 Perspectivas para 2010 • Crescimento e rentabilidade sustentados; • Focalização e incremento do negócio em alvos de mercado seleccionados; • Reforço da relação com o canal de Corretores através de uma reorganização da estrutura interna de suporte a este canal; • Desenvolvimento da área de marketing estratégico; • Implementação do sistema de tratamento digitalizado de documentos nas áreas de sinistros e gestão de apólices; • Reforço das competências da nossa rede de Agentes Principais Zurich; • Implementação das medidas decorrentes do plano de acção resultantes do survey de satisfação dos Colaboradores efectuado a nível mundial em 2009; • Reforço da posição da Zurich no mercado. [email protected] 35 8. Considerações finais Num ano marcado por um ambiente económico difícil e por um ambiente concorrencial muito significativo na actividade seguradora, o exercício de 2009 foi assinalado mais uma vez pelos bons resultados obtidos, dado o enquadramento económico e pela continuada criação de valor. Os objectivos estratégicos que tinham sido planeados para o exercício foram atingidos, com a contribuição de todos aqueles que nos acompanharam ao longo de mais um ano fértil em desafios difíceis, mas ao mesmo tempo estimulantes. Para os novos desafios que o mercado nos coloca, continuaremos a contar com o empenhamento das nossas Unidades de Cliente e de Suporte, das nossas Delegações espalhadas por todo o país, bem como dos nossos Parceiros preferenciais de negócio, em especial, os nossos Agentes Principais e Corretores, no sentido da implementação da nossa direcção estratégica, visando sobretudo a satisfação das expectativas dos nossos Grupos de Interesse Prioritários, ou seja, os nossos Clientes, Colaboradores, Accionistas e Mediadores que nos têm apoiado dedicadamente ao longo da vida da Zurich. Não pode o Conselho de Administração deixar de realçar, em especial, a total dedicação, esforço e entusiasmo de todos os Colaboradores da Zurich, cujo contributo, através do seu trabalho diário, foi decisivo para o alcançar dos resultados do exercício. Queremos também agradecer aos nossos estimados Agentes, Corretores e seus Colaboradores bem como aos restantes Parceiros de negócio, a valiosa e indispensável colaboração que nos concederam ao longo deste exercício. Ao Instituto de Seguros de Portugal, à Associação Portuguesa de Seguradores, Congéneres e demais entidades ligadas ao Sector Segurador, expressamos os nossos agradecimentos pela colaboração, apoio e atenção que nos foram dispensados. Ao Conselho Fiscal, apresentamos os nossos agradecimentos pelo acompanhamento e apoio prestado à Administração durante o exercício. Para concluir, uma especial referência a todos os nossos CLIENTES, agradecendo a preferência com que nos distinguem e a confiança que em nós depositam. Lisboa, 23 de Fevereiro de 2010 O Conselho de Administração José Manuel Coelho – Presidente António Alberto Martins Bico – Administrador-Delegado Peter Viktor Eckert – Administrador Romano Santa Clara Gomes – Administrador Annete Elizabeth Court – Administradora Actividade da Zurich • www.zurichportugal.com Saiba mais em: www. zurichportugal.com 707 200 160 A Zurich e o Futsal A Zurich valoriza o negócio tradicional de seguros- feito por pessoas e para pessoas, com uma forte componente de aconselhamento profissionalizado. Com mais de 800 pontos de contacto para o Cliente a nível nacional, temos a nossa estratégia de forte proximidade com o Cliente e com os nossos Parceiros de negócio. Com base nestes pressupostos, a Zurich aposta no Desporto como o pilar da sua política de patrocínio, nomeadamente com o Futsal. Para além da proximidade, a notoriedade da Marca fundamenta cada vez mais a integração desta modalidade na sua política de patrocínio e no seu posicionamento. As oportunidades de comunicação e de visibilidade junto dos meios de comunicação social são crescentes. O Futsal é uma modalidade desportiva de equipas e é também das que mais cresceu nos últimos anos. O seu crescimento é ilimitado e permite que o desporto cumpra a sua missão social em todos os cantos do mundo. A Zurich acredita que vale a pena apoiar o Desporto. Queremos promover, apoiar e fomentar acções que valorizem a Força e o Dinamismo, procurando nunca esquecer a importância da Protecção e Segurança que está presente em tudo o que fazemos. Zurich Companhia de Seguros, S.A. C. Anexos 38 Balanço activo valores em euros 31 de Dezembro de 2009 Activo Notas do Anexo 8. e 30. Exercício anterior Exercício Imparidade, depreciações amortizações ou ajustamentos Valor bruto Valor líquido Caixa e seus equivalentes e depósitos à ordem 789.537 (0) 789.537 1.709.381 Investimentos em filiais, associadas e empreend. conjuntos 0 (0) 0 0 3.1.c) Activos financeiros detidos para negociação 0 (0) 0 0 3.1.c) Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor 0 (0) 0 0 e 6.17. através de ganhos e perdas 0 (0) 0 0 554.646.038 554.646.038 528.136.795 3.290.589 1.141.463 Derivados de cobertura 3.1.c) e 6.17. Activos disponíveis para venda 6.17. 3.1.c) 9. 10. Empréstimos e contas a receber 12. 3.290.589 (0) Depósitos junto de empresas cedentes 88.356 (0) 88.356 84.929 Outros depósitos 1.800.000 (0) 1.800.000 0 Empréstimos concedidos 1.402.234 (0) 1.402.234 1.056.534 Contas a receber 0 (0) 0 0 Outros 0 (0) 0 0 Investimentos a deter até à maturidade 0 (0) 0 0 44.492.768 2.385.660 42.107.107 42.338.325 Terrenos e edíficios Terrenos e edíficios de uso próprio 7.593.684 2.385.660 5.208.023 5.348.089 Terrenos e edifícios de rendimento 36.899.084 0 36.899.084 36.990.237 Outros activos tangíveis 10.894.530 7.558.002 3.336.528 3.625.431 Inventários 508.991 (0) 508.991 53.260 0 (0) 0 0 Goodwill 3.1.a) Outros activos intangíveis 3.526.979 3.255.653 271.327 319.971 18.310.840 (0) 18.310.840 22.314.040 Provisão para prémios não adquiridos 3.037.221 (0) 3.037.221 1.423.008 Provisão matemática do ramo vida 0 (0) 0 0 Provisão para sinistros 15.273.619 (0) 15.273.619 20.891.032 Provisão para participação nos resultados 0 (0) 0 0 Provisão para compromissos de taxa 0 (0) 0 0 Provisão para estabilização de carteira 0 (0) 0 0 Provisões técnicas de resseguro cedido Outras provisões técnicas 0 (0) 0 0 23. Activos por benefícios pós-emprego e outros benefícios de longo prazo 4.873.887 (0) 4.873.887 4.684.894 13. e 3.1.b) Outros devedores por operações de seguros e outras operações 41.283.372 2.606.862 38.676.509 41.391.405 Contas a receber por operações de seguro directo 25.895.281 659.805 25.235.476 25.430.348 Contas a receber por outras operações de resseguro 175.186 (0) 175.186 258.514 Contas a receber por outras operações 15.212.905 1.947.057 13.265.848 15.702.542 24. 24.7. Activos por impostos 9.076.774 (0) 9.076.774 10.360.987 Activos por impostos correntes 635.117 (0) 635.117 690.540 Activos por impostos diferidos 8.441.657 (0) 8.441.657 9.670.446 Acréscimos e diferimentos 353.472 (0) 353.472 162.487 Outros elementos do activo 0 (0) 0 0 Activos não correntes detidos para venda 0 (0) 0 0 e unidades operacionais descontinuadas 692.047.778 15.806.177 676.241.601 Total activo [email protected] 656.238.440 39 Balanço passivo valores em euros 31 de Dezembro de 2009 Passivo e Capital Próprio Exercício anterior Exercício Notas do Anexo PASSIVO 3.3.b) e 4. Provisões técnicas 498.150.963 508.436.660 3.1.a) e 4. Provisão para prémios não adquiridos 90.592.585 92.472.929 Provisão matemática do ramo vida 0 0 Provisão para sinistros 391.011.486 407.355.333 3.1.a) e 4. De vida 0 0 De acidentes de trabalho 134.634.252 134.568.259 De outros ramos 256.377.234 272.787.074 Provisão para participação nos resultados 0 0 Provisão para compromissos de taxa 0 0 Provisão para estabilização de carteira 0 0 3.1.a) e 4. Provisão para desvios de sinistralidade 9.456.908 7.965.358 3.1.a) e 4. Provisão para riscos em curso 7.089.985 643.040 Outras provisões técnicas 0 0 Passivos financeiros da componente de depósito de contratos de seguros e de contratos de seguro e operações considerados para efeitos contabilísticos como contratos de investimento 0 0 470.339 440.550 Derivados de cobertura 0 0 Passivos subordinados 0 0 Depósitos recebidos de resseguradores 470.339 440.550 Outros 0 0 Passivos por benefícios pós-emprego e outros benefícios de longo prazo 4.873.887 4.684.894 Outros passivos financeiros 23. Outros credores por operações de seguros e outras operações 19.721.477 17.018.420 Contas a pagar por operações de seguro directo 10.650.581 9.393.412 Contas a pagar por outras operações de resseguro 3.745.370 3.316.839 Contas a pagar por outras operações 5.325.526 4.308.169 13.056.002 9.783.063 Passivos por impostos correntes 8.226.967 7.867.781 24.7. Passivos por impostos diferidos 4.829.035 1.915.283 3.1.a) Acréscimos e diferimentos 5.897.624 6.462.056 13. Outras Provisões 2.341.896 1.011.106 Outros Passivos 0 0 Passivos de um grupo para alienação classificado como detido para venda 0 0 544.512.187 547.836.749 Capital 10.000.000 10.000.000 (Acções Próprias) 0 0 Outros instrumentos de capital 0 0 12.712.557 (228.038) Por ajustamentos no justo valor de activos financeiros 12.156.965 (783.630) Por revalorização de terrenos e edifícios de uso próprio 555.592 555.592 Por revalorização de activos intangíveis 0 0 Por revalorização de outros activos tangíveis 0 0 Por ajustamentos no justo valor de instrumentos de cobertura em coberturas de fluxos de caixa 0 0 Por ajustamentos no justo valor de cobertura de investimentos líquidos em moeda estrangeira 0 0 De diferenças de câmbio 0 0 26. Reserva por impostos diferidos (2.531.527) 796.956 26. Outras reservas 75.549.230 74.582.963 Resultados transitados 6.688.794 6.688.794 Resultado do exercício 29.310.359 16.561.015 24. Passivos por impostos Total passivo CAPITAL PRÓPRIO 25. 26. Reservas de reavaliação Total capital próprio 131.729.414 108.401.690 Total passivo e capital próprio 676.241.601 656.238.440 Anexos • www.zurichportugal.com 40 Conta de ganhos e perdas valores em euros 31 de Dezembro de 2009 Conta de Ganhos e Perdas (1) Técnica Vida Notas do Anexo Exercício anterior Exercício Técnica Não-Vida Não Técnica Total Prémios adquiridos líquidos de resseguro 0 270.471.703 270.471.703 273.455.091 14. Prémios brutos emitidos 0 304.707.948 304.707.948 303.958.484 4. e 14. Prémios de resseguro cedido 0 38.191.054 38.191.054 30.402.300 3.1.a) e 4. Provisão para prémios não adquiridos (variação) 0 (2.022.106) (2.022.106) (212.923) 3.1.a) e 4. Provisão para prémios não adquiridos, parte resseguradores (variação) 0 1.932.703 1.932.703 (314.017) 0 0 Comissões de contratos de seguro e operações considerados para efeitos contabilísticos como contratos de investimento ou como contratos de prestação de serviços 4.1.e) e 3.1.a) Custos com sinistros, líquidos de resseguro 0 183.355.000 183.355.000 196.836.978 0 195.712.049 195.712.049 177.333.226 Montantes brutos 0 208.358.242 208.358.242 183.476.324 Parte dos resseguradores 0 12.646.194 12.646.194 6.143.098 Provisão para sinistros (variação) 0 (12.357.048) (12.357.048) 19.503.752 Montante bruto 0 (17.974.462) (17.974.462) 12.728.208 Parte dos resseguradores 0 (5.617.413) (5.617.413) (6.775.544) Outras provisões técnicas, líquidas de resseguro 0 8.256.984 8.256.984 1.709.987 Provisão matemática do ramo vida, líquida de resseguro 0 0 0 Montante bruto 0 0 0 Parte dos resseguradores 0 0 0 0 0 0 Participação nos resultados, líquidos de resseguro 0 0 0 65.664.906 65.664.906 65.191.320 Custos de aquisição 0 47.830.715 47.830.715 46.400.358 Custos de aquisição diferidos (variação) 0 141.762 141.762 703.149 Gastos administrativos 0 19.081.038 19.081.038 19.077.593 Comissões e participação nos resultados de resseguro 0 Custos e gastos de exploração líquidos 16. 0 3.1.a) e 4. Montantes pagos 0 Rendimentos 1.388.610 989.780 0 21.909.043 1.388.610 2.803.672 24.712.715 25.094.401 0 17.719.923 2.319.512 20.039.435 20.224.379 De juros de activos financeiros não valorizados ao justo valor por via de ganhos e perdas De juros de passivos financeiros não valorizados ao justo valor por via de ganhos e perdas 0 0 0 0 0 Outros 0 4.189.120 484.160 4.673.281 4.870.022 0 482.307 4.872 487.179 436.630 0 0 0 0 0 Gastos financeiros De juros de activos financeiros não valorizados ao justo valor por via de ganhos e perdas De juros de passivos financeiros não valorizados ao justo valor por via de ganhos e perdas 0 0 0 0 0 Outros 0 482.307 4.872 487.179 436.630 [email protected] 41 Conta de ganhos e perdas (cont.) valores em euros 31 de Dezembro de 2009 Conta de Ganhos e Perdas (2) Técnica Vida Notas do Anexo 17. Exercício anterior Exercício Técnica Não-Vida Não Técnica Total Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros não valorizados ao justo valor através ganhos e perdas 0 394.277 1.215.927 1.610.204 376.736 De activos disponíveis para venda 0 394.277 1.215.927 1.610.204 326.702 De empréstimos e contas a receber 0 0 0 0 0 De invest. a deter até à maturidade 0 0 0 0 0 De passivos financeiros valorizados a custo amortizado 0 (0) (0) (0) (0) De outros 0 0 0 0 50.034 0 (61.000) (30.153) (91.153) 901.167 0 (0) 0 (0) (0) 0 (61.000) (30.153) (91.153) 901.167 0 0 0 0 0 operacionais descontinuadas 0 0 (0) 0 0 6.17. e 3.1.c) Perdas de imparidade (líquidas reversão) 0 1.162.628 88.566 1.251.194 12.285.924 18. Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros valorizados ao justo valor através ganhos e perdas Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros detidos para negociação Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas Diferenças de câmbio Ganhos líquidos pela venda de activos não financeiros que não estejam classificados como activos não correntes detidos para venda e unidades 13. De activos disponíveis para venda 0 1.162.629 88.566 1.251.194 12.285.924 De empréstimos e contas a receber valorizados a custo amortizado 0 (0) (0) (0) (0) De invest. a deter até à maturidade 0 (0) (0) (0) (0) De outros 0 (0) (0) (0) (0) Outros rendimentos/gastos técnicos, líquidos de resseguro 0 639.108 (0) 639.108 (5.015) Outras provisões (variação) 0 0 346.346 346.346 214.062 Outros rendimentos/gastos 0 (0) 1.303.501 1.303.501 589.450 Goodwill negativo reconhecido imediatamente em ganhos e perdas 0 (0) (0) 0 0 0 (0) (0) 0 0 0 (0) (0) 0 0 Ganhos e perdas de associadas e empreendimentos conjuntos contabilizados pelo método da equivalência patrimonial Ganhos e perdas de activos não correntes não correntes (ou grupos para alienação) classificados como detidos para venda Resultado líquido antes de impostos 0 34.431.305 4.853.165 39.284.471 23.736.928 24. Imposto sobre o rendimento do exercício - Impostos correntes 0 8.123.758 1.145.061 9.268.819 9.467.641 24. Imposto sobre o rendimento do exercício - Impostos diferidos 0 618.161 87.131 705.292 (2.291.729) Resultado líquido do exercício 0 43.173.225 3.620.973 29.310.359 16.561.015 Anexos • www.zurichportugal.com 42 Demonstração de variações do capital próprio Outros instrumentos de capital Notas do Anexo Capital social Reservas de reavaliação Acções próprias Instrumentos financeiros compostos Prestações suplementares Outros 0 0 0 0 Por ajustamentos no justo valor de investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos Por ajustamentos no justo valor de activos financeiros disponíveis para venda Por Por revalorização revalorização de terrenos de activos e edifícios intangíveis de uso próprio Balanço a 31 de Dezembro 2008 (balanço de abertura) 10.000.000 0 (783.630) 555.592 Por revalorização de outros activos tangíveis 0 0 0 0 Correcções de erros (IAS 8) Alterações políticas contabilísticas (IAS 8) Balanço de abertura alterado Aumentos/ reduções de capital Transacção de acções próprias 10.000.000 0 0 0 0 0 (783.630) 555.592 Ganhos líquidos por ajustamentos no justo valor de filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 26.1 Ganhos líquidos por ajustamentos no justo valor 12.940.595 de activos financeiros disponíveis para venda Ganhos líquidos por ajustamentos por revalo- 0 rização de terrenos e edíficios de uso próprio Ganhos líquidos por ajustamentos por revalorizações de activos intangíveis Ganhos líquidos por ajustamentos por revalorizações de outros activos tangíveis Ganhos líquidos por ajustamentos de instrumentos de cobertura em cobertura de fluxos de caixa Ganhos líquidos por ajustamentos de instrumentos de cobertura de investimentos líquidos em moeda estrangeira Ganhos líquidos por diferenças por taxa de câmbio 26.1 Ajustamentos por reconhecimento de impostos diferidos 25.3 e 26.1 Aumentos de reservas por aplicação de resultados Distribuição de reservas 25.3 e 27.1 Distribuição de lucros/prejuízos Alterações de estimativas contabilísticas 23.2 e 26.1 Outros ganhos/ perdas reconhecidos directamente no capital próprio Transferências entre rubricas de capital próprio não incluídas noutras linhas Total das variações do capital próprio 0 0 0 0 0 0 12.940.595 0 0 Resultado líquido do período Distribuição antecipada de lucros Balanço a 31 de Dezembro 2009 [email protected] 10.000.000 0 0 0 0 0 12.156.965 555.592 0 0 0 43 Demonstração de variações do capital próprio (cont.) valores em euros Reservas de reavaliação De instrumentos de cobertura em coberturas de fluxos de caixa Notas do Anexo Balanço a 31 de Dezembro 2008 0 Outras reservas De cobertura de De investimentos diferenças líquidos de câmbio em moeda estrangeira 0 0 Reserva por impostos diferidos Reserva legal Reserva Prémios estatutária de emissão 796.956 10.304.086 0 0 Outras reservas 64.278.877 Resultados transitados Resultado do exercício 6.688.794 16.561.015 108.401.690 TOTAL (balanço de abertura) Correcções de erros (IAS 8) 0 Alterações políticas contabilísticas (IAS 8) 0 Balanço de abertura alterado Aumentos/ reduções de capital 0 Transacção de acções próprias 0 Ganhos líquidos por ajustamentos no justo valor 0 0 0 0 796.956 10.304.086 0 0 64.278.877 6.688.794 16.561.015 108.401.690 de filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 26.1 Ganhos líquidos por ajustamentos no justo valor 12.940.595 de activos financeiros disponíveis para venda Ganhos líquidos por ajustamentos por revalo- 0 rização de terrenos e edíficios de uso próprio 0 0 Ganhos líquidos por ajustamentos de instrumentos 0 Ganhos líquidos por ajustamentos por revalorizações de activos intangíveis Ganhos líquidos por ajustamentos por revalorizações de outros activos tangíveis de cobertura em cobertura de fluxos de caixa Ganhos líquidos por ajustamentos de 0 instrumentos de cobertura de investimentos líquidos em moeda estrangeira Ganhos líquidos por diferenças por taxa de câmbio 26.1 Ajustamentos por reconhecimento (3.328.483) 0 (3.328.483) de impostos diferidos 25.3 e 26.1 Aumentos de reservas por aplicação de resultados Distribuição de reservas 25.3 e 27.1 Distribuição de lucros/prejuízos Alterações de estimativas contabilísticas 23.2 e 26.1 Outros ganhos/ perdas reconhecidos 961.015 (961.015) 0 0 (15.600.000) (15.600.000) 0 5.252 5.252 0 directamente no capital próprio Transferências entre rubricas de capital próprio não incluídas noutras linhas Total das variações do capital próprio Resultado líquido do período 29.310.359 29.310.359 Distribuição antecipada de lucros 0 Balanço a 31 de Dezembro 2009 0 0 0 0 0 0 (3.328.483) 0 (2.531.527) 10.304.086 0 0 0 0 966.267 65.245.144 0 (16.561.015) 6.688.794 (5.982.636) 29.310.359 131.729.414 Anexos • www.zurichportugal.com 44 Inventário de participações e instrumentos financeiros (Anexo1) Código Quantidade Designação Montante do valor nominal % do valor nominal Preço médio de aquisição Valor total de aquisição Valor de balanço Unitário* Total 1 - FILIAIS, ASSOCIADAS, EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS E OUTRAS EMPRESAS PARTICIPADAS E PARTICIPANTES 1.1 - Títulos nacionais 1.1.1 - Partes de capital em filiais 1.1.2 - Partes de capital em associadas 1.1.3 - Partes de capital em empreendimentos conjuntos 1.1.4 - Partes de capital em outras empresas participadas e participantes sub-total 1.1.5 - Títulos de dívida de filiais 1.1.6 - Títulos de dívida de associadas 1.1.7 - Títulos de dívida de empreendimentos conjuntos 1.1.8 - Títulos de dívida de outras empresas participadas e participantes sub-total 1.1.9 - Outros títulos em filiais 1.1.10 - Outros títulos em associadas 1.1.11 - Outros títulos em empreendimentos conjuntos 1.1.12 - Outros títulos de outras empresas participadas e participantes sub-total sub-total 1.2 - Títulos estrangeiros 1.2.1 - Partes de capital em filiais 1.2.2 - Partes de capital em associadas 1.2.3 - Partes de capital em empreendimentos conjuntos 1.2.4 - Partes de capital em outras empresas participadas e participantes sub-total 1.2.5 - Títulos de dívida de filiais 1.2.6 - Títulos de dívida de associadas 1.2.7 - Títulos de dívida de empreendimentos conjuntos 1.2.8 - Títulos de dívida de outras empresas participadas e participantes sub-total 1.2.9 - Outros títulos em filiais 1.2.10 - Outros títulos em associadas 1.2.11 - Outros títulos em empreendimentos conjuntos 1.2.12 - Outros títulos de outras empresas participadas e participantes sub-total sub-total total [email protected] 45 Inventário de participações e instrumentos financeiros (Anexo1) (cont.) valores em euros Código Designação Quantidade Montante do valor nominal % do valor nominal Preço médio de aquisição Valor total de aquisição Valor de balanço Unitário* 2 - OUTROS 2.1 - Títulos nacionais 2.1.1 - Instrumentos de capital e unidades de participação 2.1.1.1 - Acções PTALT0AE0002 ALTRI SGPS 36.396 2,10 921910003001 Audatex - Peritagens Informatica 100 PTBCP0AM0007 B. Comercial Português - Nom. 1.449.832 PTBES0AM0007 B. Espirito Santo - Nom. Port. Reg 116.667 PTBPI0AM0004 BPI , SGPS - Nom. 681.181 PTBRI0AM0000 Brisa - Nom., S.A. <Privatiz.> 330.000 ES0127797019 EDP RENOVAVEIS, S.A. 311.185 PTEDP0AM0009 EDP-Electricidade de Portugal, S.A. (Nom) PTFRV0AE0004 F. RAMADA - INVESTIMENTOS, SGPS, S.A. Total 76.250 4,00 249,40 24.940 249,40 24.940 0,62 895.996 0,85 1.225.108 4,54 529.122 4,57 533.168 2,44 1.660.086 2,12 1.444.104 0,51 169.811 7,18 2.369.400 7,88 2.451.069 6,63 2.063.157 2.053.122 3,11 6.394.734 3,11 6.381.103 9.099 0,00 0 0,90 8.198 PTGAL0AM0009 GALP ENERGIA, SGPS, S.A. 102.500 9,45 968.833 12,08 1.238.200 PTGDI0AP0006 Grupo Dimensão-Act.Ind.C 500 0,50 249 0,50 249 922910018201 IMOVALOR SGII 75.000 2,99 224.459 2,99 224.459 PTPTI0AM0006 Portucel - Nom. 80.000 2,13 170.452 1,98 158.320 PTPTC0AM0009 Portugal Telecom, SGPS - Nom. 740.000 8,83 6.535.420 8,52 6.304.800 PTREL0AM0008 REN SGPS 204.588 3,02 617.283 3,00 613.764 PTS3P0AM0017 SONAE INDUSTRIA, SGPS, S.A. - NEW 52.500 1,62 85.155 2,58 135.188 PTSNC0AM0006 SonaeCom, SGPS, S.A. 80.000 1,04 83.440 1,93 154.560 921910016601 Gregório & Companhia 1.500 0,00 7 0,00 7 PTZON0AM0006 ZON MULTIMÉDIA - Serv. Telecom. e Multimédia, SGPS 97.893 0,00 0 4,34 424.660 20.887.307 23.448.787 sub-total 2.1.1.2 - Títulos de participação PTBFNDPE0001 Banco Fom Nacion Var 01/07/07-1.ª Tít Part 14.964 14.964 sub-total 1,00 14.964 1,00 14.964 14.964 14.964 2.1.1.3 - Unidades de participação em fundos de investimento PTYCXTHM0007 Fundimo - Fundo Inv. Imob. 145.402 sub-total 14.997 6,67 100.089 7,89 118.337 100.089 118.337 2.1.1.4 - Outros sub-total sub-total 14.964 21.002.360 23.582.088 2.1.2 - Títulos de dívida 2.1.2.1 - De dívida pública PTOTE3OE0017 OT 3,35% 15/10/2015 23.000.000 0,98 22.447.740 1,00 23.052.440 PTOTE4OE0040 OT 3,20% 15/04/2011 13.500.000 1,00 13.437.210 1,02 13.817.115 PTOTEYOE0007 OT 3,85% 15/04/2021 10.000.000 1,00 10.025.504 0,97 9.670.400 PTOTE6OE0006 OT 4,2% 15/10/2016 13.000.000 1,01 13.107.370 1,04 13.485.030 PTOTENOE0018 OT 4,45% 15/06/2018 13.500.000 0,97 13.042.756 1,04 14.023.935 PTOTE1OE0019 OT 4,375% 16/06/2014 9.000.000 1,00 9.023.800 1,06 9.534.420 PTOTEKOE0003 OT 5% 15/06/2012 11.000.000 1,05 11.519.618 1,07 11.758.670 PTOTEJOE0006 OT 5,15% 15/06/2011 10.750.000 1,00 10.746.894 1,05 11.307.280 PTOTEGOE0009 OT 5,45% 23/09/2013 7.054.490 1,04 7.332.272 1,10 7.731.862 Anexos • www.zurichportugal.com 46 Inventário de participações e instrumentos financeiros (Anexo1) (cont.) Código Quantidade Designação Montante do valor nominal % do valor nominal Preço médio de aquisição Valor total de aquisição Valor de balanço Unitário* PTOTEHOE0008 OT 5.85% 20/05/2010 Total 4.000.000 1,04 4.178.940 1,02 4.076.240 XS0230315748 PARPUBLICA 3,567% 22/09/2020 3.150.000 0,99 3.110.220 0,90 2.822.432 PTPETQOM0006 PARPUBLICA 3,5% 08/07/2013 8.000.000 1,00 8.018.600 1,00 8.031.360 XS0202475173 PARPUBLICA 4,191% 15/10/2014 3.500.000 1,01 3.530.000 1,02 3.586.275 PTOTELOE0010 PGB 4,35% 16/10/2017 10.500.000 0,99 10.344.970 1,04 10.899.945 sub-total 139.954.490 PTCPECOM0001 REFER 4,047% 16/11/2026 2.000.000 2.000.000 139.865.894 143.797.404 2.1.2.2 - De outros emissores públicos sub-total 1,00 2.000.000 0,88 1.767.120 2.000.000 1.767.120 2.1.2.3 - De outros emissores PTBCP9OM0051 BCP PL 3,625% 19/01/2012 5.500.000 1,00 5.523.450 1,03 5.654.253 PTBEMPOE0018 BES PL 3,75% 19/01/2012 7.000.000 1,01 7.044.000 1,03 7.213.892 PTBRIHOM0001 BRISA 4,5% 05/12/2016 4.000.000 0.98 3.928.200 0,99 3.975.120 CXGD 3,6325% 13/12/2012 1.000.000 1,00 1.000.000 1,02 1.023.829 PTCGF11E0000 CXGD 3,875% 06/12/2016 1.000.000 0,99 993.170 1,00 1.003.742 PTCG1HOM0003 CXGD 3,875% 12/12/2011 14.000.000 1,01 14.201.435 1,03 14.458.710 XS0203312169 CXGD 4% 18/10/2012 2.000.000 1,03 2.057.000 1,03 2.067.848 PTCGFC1E0029 CXGD 4,625% 28/06/2012 1.000.000 0,99 994.940 1,05 1.052.738 PTMTLDOM0005 METLIS 5,75% 04/02/2019 1.000.000 1,00 995.500 1,08 1.081.460 XS0127011798 BCPPL 6,25% 29/03/2011 3.000.000 1,03 3.080.800 1,04 3.114.651 XS0129239454 BES 6,25% 17/05/2011 1.000.000 1,04 1.041.500 1,04 1.042.199 XS0177256889 BRISA 4,797% 26/09/2013 500.000 0,93 464.350 1,04 518.971 XS0214446188 REFER 4% 03/16/2015 2.000.000 1,05 2.092.000 1,01 2.016.400 PTRELBOM0009 REN PL 6,375% 10/12/2013 1.500.000 1,11 1.659.000 1,05 1.578.000 913012871402 AGEF - Analises e Projectos/90 (Default) 99.760 0,99 99.261 0,00 100 PTGEOEOP0003 Geofinança /90 1ª Em. (Default) 44.710 1,00 44.710 0,00 50 913910022901 Vimieiro Agrobate /86(Default) 12.470 1,00 12.470 0,00 12 45.231.786 45.801.975 ED7224808 sub-total total 2.2 - Títulos estrangeiros 44.656.939 186.611.429 187.097.679 2.2.1 - Instrumentos de capital e unidades de participação 2.2.1.1 - Acções sub-total 0 2.2.1.2 - Títulos de participação 191.366.498 sub-total 2.2.1.3 - Unidades de participação em fundos de investimento 0 sub-total 0 0 2.2.1.4 - Outros sub-total sub-total 0 2.2.2 - Títulos de dívida 2.2.2.1 - De dívida pública 0 BE0000305145 BGB 3% 28/03/2010 7.500.000 0,97 7.300.350 1,01 7.543.725 BE0000307166 BGB 3,25% 28/09/2016 12.000.000 0,97 11.647.755 1,01 12.099.360 [email protected] 47 Inventário de participações e instrumentos financeiros (Anexo1) (cont.) Código Designação Quantidade Montante do valor nominal % do valor nominal Preço médio de aquisição Valor total de aquisição Valor de balanço Unitário* Total BE0000313222 BGB 3,50% 28/03/2011 6.000.000 0,99 5.954.400 1,03 6.173.700 BE0000306150 BGB 3,75% 28/09/2015 9.500.000 0,99 9.427.080 1,05 9.931.965 BE0000310194 BGB 4% 28/03/2013 2.000.000 0,99 1.985.400 1,06 2.119.080 BE0000309188 BGB 4% 28/03/2017 2.000.000 1,00 1.998.200 1,04 2.088.060 BE0000303124 BGB 4,25% 28/09/2014 1.000.000 1,07 1.067.700 1,07 1.071.120 BE0000296054 BGB 5% 28/09/2011 2.000.000 1,07 2.138.800 1,06 2.123.920 IT0004508971 BTPS 2,50% 01/07/2012 2.500.000 1,01 2.519.500 1,01 2.529.100 IT0003872923 BTPS 2,75% 15/06/2010 3.500.000 0,99 3.466.500 1,01 3.533.040 IT0003799597 BTPS 3% 15/01/2010 1.500.000 1,00 1.495.050 1,00 1.501.065 IT0004026297 BTPS 3,5% 15/03/2011 3.000.000 1,00 2.997.600 1,03 3.083.280 IT0003844534 BTPS 3,75% 01/08/2015 5.000.000 1,03 5.145.700 1,04 5.178.800 IT0004284334 BTPS 4,25% 15/10/2012 2.000.000 1,06 2.111.200 1,06 2.112.660 IT0003493258 BTPS 4,25% 01/02/2019 5.500.000 1,03 5.655.600 1,03 5.683.810 IT0003472336 BTPS 4,25% 01/08/2013 3.500.000 1,03 3.601.750 1,06 3.718.575 IT0003618383 BTPS 4,25% 01/08/2014 3.500.000 1,01 3.549.400 1,06 3.720.290 IT0003080402 BTPS 5,25% 01/08/2011 2.000.000 1,08 2.165.000 1,06 2.117.280 IT0003242747 BTPS 5,25% 01/08/2017 20.000.000 1,06 21.250.333 1,12 22.367.000 IT0001448619 BTPS 5,5% 01/11/2010 10.000.000 1,10 10.983.900 1,04 10.376.400 DE0001135234 DBR 3,75% 04/07/2013 1.000.000 0,99 991.100 1,06 1.058.220 DE0001135150 DBR 5,25% 04/07/2010 1.500.000 1,09 1.635.900 1,02 1.534.995 DE0001135135 DBR 5,375% 04/01/2010 5.500.000 1,09 5.988.100 1,00 5.503.025 FR0010216481 FRTR 3% 25/10/2015 3.000.000 0,98 2.939.700 1,01 3.029.220 FR0010288357 FRTR 3,25% 25/04/2016 4.000.000 0,96 3.822.000 1,02 4.070.600 FR0010112052 FRTR 4% 25/10/2014 1.000.000 1,00 999.200 1,06 1.064.940 FR0000189151 FRTR 4,25% 25/04/2019 500.000 1,05 524.250 1,06 529.385 GR0124028623 GGB 3,6% 20/07/2016 4.500.000 0,99 4.441.450 0,91 4.093.965 GR0124026601 GGB 3,7% 20/07/2015 6.000.000 0,98 5.896.400 0,93 5.600.580 GR0110021236 GGB 4,3% 20/03/2012 3.500.000 1,03 3.609.250 1,01 3.518.900 GR0124024580 GGB 4,5% 20/05/2014 1.000.000 1,01 1.006.100 0,99 985.020 GR0124021552 GGB 4,6% 20/05/2013 9.500.000 1,04 9.850.700 1,00 9.480.620 GR0124018525 GGB 5,25% 18/05/2012 11.000.000 1,05 11.536.400 1,02 11.250.470 GR0124015497 GGB 5,35% 18/05/2011 6.000.000 1,08 6.453.200 1,02 6.147.360 GR0124011454 GGB 6% 19/05/2010 5.200.000 1,12 5.821.330 1,01 5.272.904 GR0133001140 GGB 6,5% 22/10/2019 2.000.000 1,21 2.412.800 1,06 2.110.600 GR0128001584 GGB 7,5% 20/05/2013 1.000.000 1,22 1.216.700 1,08 1.084.790 IE00B5S94L21 IRISH 3,9% 05/03/2012 11.000.000 1,02 11.234.000 1,03 11.382.690 IE00B3FCJN73 IRISH 4% 11/11/2011 15.500.000 1,03 15.903.750 1,04 16.061.255 IE00B3KWYS29 IRISH 4% 15/01/2014 5.000.000 0,96 4.823.000 1,03 5.139.850 IE0031256328 IRISH 5% 18/04/2013 6.500.000 1,07 6.983.300 1,06 6.920.745 NL0000102309 NETHER 3% 15/01/2010 8.000.000 0,98 7.834.650 1,00 8.005.520 NL0000102242 NETHER 3,25% 15/07/2015 2.000.000 0,99 1.977.800 1,03 2.051.920 XS0242491230 POLAND 3,625% 01/02/2016 2.500.000 0,99 2.468.750 0,99 2.480.100 XS0162316490 POLAND 4,5% 05/02/2013 6.000.000 1,04 6.216.250 1,03 6.201.360 XS0410961014 POLAND 5,875% 03/02/2014 2.500.000 1,09 2.718.750 1,08 2.697.400 Anexos • www.zurichportugal.com 48 Inventário de participações e instrumentos financeiros (Anexo1) (cont.) Código Designação Quantidade Montante do valor nominal % do valor nominal Preço médio de aquisição Valor total de aquisição Valor de balanço Unitário* Total AT0000386198 RAGB 3,5% 15/07/2015 5.000.000 0,97 4.859.500 1,03 5.140.950 AT0000386115 RAGB 3,9% 15/07/2020 3.000.000 1,05 3.142.200 1,00 3.010.560 AT0000385745 RAGB 4,65% 15/01/2018 1.000.000 1,08 1.076.000 1,08 1.079.520 AT0000385067 RAGB 5,25% 04/01/2011 3.500.000 1,09 3.805.800 1,04 3.649.205 AT0000384938 RAGB 5,5% 15/01/2010 10.500.000 1,10 11.504.800 1,00 10.514.805 FI0001005878 RFGB 2,75% 15/09/2010 2.500.000 0,97 2.415.750 1,01 2.535.325 FI0001006066 RFGB 3,875% 15/09/2017 1.500.000 0,98 1.465.950 1,04 1.560.495 ES00000121I8 SPGB 2,75% 30/04/2012 4.000.000 0,99 3.951.600 1,02 4.080.560 ES00000120G4 SPGB 3,15% 31/01/2016 8.000.000 0,98 7.825.000 0,99 7.959.440 ES00000120J8 SPGB 3,8% 31/01/2017 6.000.000 0,99 5.943.260 1,02 6.119.400 ES00000120L4 SPGB 3,9% 31/10/2012 1.000.000 0,99 990.700 1,05 1.050.420 ES0000012239 SPGB 4% 31/01/2010 4.000.000 1,03 4.126.400 1,00 4.010.040 ES0000012916 SPGB 4,4% 31/01/2015 2.000.000 1,00 1.999.800 1,07 2.131.640 sub-total 281.200.000 288.872.808 289.191.024 2.2.2.2 - De outros emissores públicos XS0223792085 GENERAL VALENCIA 3,25% 06/07/2015 3.000.000 1,00 2.989.410 0,98 2.929.440 XS0417901641 ICO 2,875% 16/03/2012 1.000.000 1,00 997.790 1,02 1.018.126 DE000A0EY7Z3 LAND BERLIN 3,125% 14/09/2015 3.000.000 0,99 2.981.760 1,01 3.017.754 DE0001381911 LAND HESSEN 3,5% 04/01/2016 2.000.000 0,99 1.981.040 1,02 2.044.560 8.950.000 9.009.880 sub-total 9.000.000 2.2.2.3 - De outros emissores XS0375482949 HALCYON STRUCTURED ASSET MANAG. CLO 2008-II 9.939.691 1,00 9.939.691 0,93 9.254.846 XS0151292801 RIJN FINANCE 5,9% 25/07/2015 1.000.000 1,00 1.000.000 0,00 0 XS0151292470 RIJN FINANCE 6,35% 25/07/2015 500.000 1,00 500.000 0,00 0 XS0114443772 BANK AUSTRIA 5,875% 02/08/2010 1.500.000 0,99 1.489.395 1,02 1.532.517 XS0118237188 Citigroup Inc 6,125% 01/10/2010 1.000.000 1,00 997.300 1,03 1.030.025 XS0202043039 DAIMLERCHRYSLER 4,25% 04/10/2011 1.000.000 0,97 968.200 1,03 1.030.135 FR0000481152 Elec de France 5,75% 25/10/2010 1.000.000 0,98 983.000 1,04 1.037.711 FR0000483661 France Telecom 6,625% 10/11/2010 1.000.000 0,99 991.820 1,05 1.045.226 XS0107330143 Gas Natural 6,125% 10/02/2010 2.000.000 1,00 1.995.885 1,01 2.010.246 XS0284727814 GS 4,5% 30/01/2017 3.000.000 0,96 2.876.100 0,99 2.975.346 XS0222372178 IBERDROLA FIN 3,5% 22/06/2015 2.500.000 0,97 2.434.350 1,00 2.509.278 XS0163023848 Iberdrola Intl 4,875% 18/02/13 2.000.000 1,07 2.135.800 1,06 2.127.578 XS0173790469 POLO III - CP FINANCE 4,5% 29/07/2013 4.000.000 1,03 4.131.460 0,95 3.793.040 XS0173793216 POLO III - CP FINANCE 4,7% 29/07/2015 500.000 1,00 498.110 0,91 453.250 XS0110487062 Repsol Intl Fin 6% 05/05/2010 1.000.000 0,99 985.000 1,02 1.016.331 XS0125360387 SUN LIFE CANADA 5,5% 23/02/2011 500.000 1,00 499.625 1,01 502.600 49.880 913910030301 TEVISIL (Default) 2.3 - Derivados de negociação sub-total 0,99 49.281 0,00 50 32.489.570 32.475.017 30.318.178 sub-total 2.4 - Derivados de cobertura sub-total total 322.689.570 330.297.825 328.519.082 3 - Total geral 509.315.964 538.397.864 543.467.668 [email protected] 49 Desenvolvimento da provisão para sinistros ocorridos em exercícios anteriores e seus reajustamentos (correcções) (Anexo 2) valores em euros Ramos / grupos de ramos Provisão para sinistros em 31/12/N-1 (1) Vida Custos com sinistros * montantes pagos no exercício (2) Provisão para sinistros * em 31/12/N (3) Reajustamentos (3)+(2)-(1) 0 0 0 0 Acidentes e doença 135.943.148 27.797.959 108.227.719 82.530 Incêndio e outros danos 14.005.584 7.735.666 5.352.974 (916.945) - Responsabilidade civil 234.038.698 39.608.141 162.650.372 (31.780.185) - Outras coberturas 13.692.038 6.307.133 3.626.021 (3.758.884) Marítimo, aéreo e transportes 771.282 1.157.262 357.841 743.821 Responsabilidade civil geral 8.769.104 1.219.388 7.184.568 (365.148) Crédito e caução 112.100 3.440 108.351 (309) Protecção jurídica 0 0 0 0 Não vida Automóvel Assistência 0 0 0 0 Diversos 23.378 (79.278) 16.533 (86.123) Total 407.355.333 83.749.710 287.524.380 (36.081.243) Total geral 407.355.333 83.749.710 287.524.380 (36.081.243) NOTAS: * Sinistros ocorridos no ano N-1 e anteriores Anexos • www.zurichportugal.com 50 Discriminação dos custos com sinistros (Anexo 3) valores em euros Ramos / grupos de ramos Montantes pagos - prestações (1) -Montantes pagos custos de gestão de sinistros imputados (2) Variação da provisão para sinistros (3) Custos com sinistros (4)=(1)+(2)+(3) Seguro directo Acidentes e doença 48.087.960 2.087.658 (854.841) 49.320.776 Incêndio e outros danos 24.301.954 1.319.589 8.684.863 34.306.406 Automóvel 0 - Responsabilidade civil 81.487.362 6.403.505 (17.353.827) 70.537.040 - Outras coberturas 40.237.385 554.184 (8.569.091) 32.222.477 Marítimo, aéreo e transportes 1.714.231 22.189 (246.564) 1.489.856 Responsabilidade civil geral 2.129.328 88.324 345.050 2.562.702 Crédito e caução 3.851 4 11.112 14.967 Protecção jurídica 0 0 0 0 Assistência 0 0 0 0 Diversos Total Resseguro aceite Total geral (78.997) 3 8.556 (70.438) 197.883.074 10.475.454 (17.974.742) 190.383.785 (285) 0 281 (5) 197.882.788 10.475.454 (17.974.462) 190.383.781 Discriminação de alguns valores por ramos (Anexo 4) valores em euros Ramos / grupos de ramos Prémios brutos emitidos Prémios brutos adquiridos Custos com sinistros brutos* Custos e gastos de exploração brutos* Saldo de resseguro Seguro directo Acidentes e doença 69.281.250 69.174.317 49.320.776 13.448.560 2.632.819 Incêndio e outros danos 48.342.387 46.464.082 34.306.406 11.738.226 5.471.679 - Responsabilidade civil 95.487.186 98.502.702 70.537.040 21.994.821 14.894.147 - Outras coberturas Automóvel 78.238.161 79.127.632 32.222.477 18.021.626 0 Marítimo, aéreo e transportes 6.726.028 6.755.516 1.489.856 452.705 3.880.587 Responsabilidade civil geral 6.266.490 6.334.764 2.562.702 1.329.365 1.196.758 Crédito e caução 142.292 143.295 14.967 34.079 1.072 Protecção jurídica 0 0 0 0 0 Assistência 0 0 0 0 0 Diversos Total Resseguro aceite Total geral 224.155 227.745 (70.438) 34.134 82.388 304.707.948 306.730.053 190.383.785 67.053.515 28.159.450 0 1 (5) 0 0 304.707.948 306.730.054 190.383.781 67.053.515 28.159.450 NOTAS: * Sem dedução da parte dos resseguradores [email protected] 51 Transacções entre partes relacionadas Valores em euros Entidade Saldo pendente Descrição Custos reconhecidos AIDE Asistencia Seguros y Reaseguros - Sociedad Unip. Resseguro 1.150.497 12.947.312 Zurich Insurance Company Resseguro 2.272.073 3.313.190 Zurich Australian Insurance Limited Resseguro (2.943) 7.790 Zürich Versicherungs-Aktiengesellschaft Resseguro 0 1.246 Zurich España, Compañia de Seguros y Reaseguros, S.A. Resseguro 114.858 1.306.496 Zurich American Insurance Company Resseguro 0 254.198 Zurich Insurance Plc Resseguro 34.100 6.293.475 Zurich Insurance Company Royalties 453.444 1.998.877 Prestações de Serviços 1.096.536 3.059.583 Zurich Insurance Company Bonner Akademie Gesellschaft für DV Prest. Serviços - Formação 1.807 1.807 Zurich Insurance Plc Prest. Serv. - Aval. Riscos Engenharia (8.230) (8.230) Zurich American Insurance Company Prest. Serv. - Aval. Riscos Engenharia (3.220) (5.840) Zurich Insurance Company Prest. Serv. - Aval. Riscos Engenharia (5.030) (5.030) Administração TOTAL Empréstimos (34.916) (602) 5.068.977 29.164.271 Demonstração de rendimento integral para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 milhares de euros Entidade Resultado líquido do exercício 31-Dez-09 31-Dez-08 29.310 16.561 Reserva de reavaliação Por ajustamentos no justo valor de activos financeiros 12.941 -2.760 Por revalorização de terrenos e edifícios de uso próprio - 35 Reserva por impostos diferidos Por ajustamentos no justo valor de activos financeiros -3.328 374 Por revalorização de terrenos e edifícios de uso próprio - -9 Reserva relativa a ganhos e perdas actuariais Por ajustamentos em planos de benefícios definidos 5 -70 Resultado não incluído na conta de ganhos e perdas 9.617 -2.430 Rendimento integral total do exercício 38.928 14.131 Anexos • www.zurichportugal.com 52 Notas ao Balanço e Conta de Ganhos e Perdas (Valores expressos em euros) As notas às contas incluídas neste anexo respeitam a ordem estabelecida no plano de contas para as empresas de seguros, sendo de referir que os números não indicados neste anexo não têm aplicação, por irrelevância de valores ou situações a reportar. 1. Informações gerais 1.1 Domicílio e forma jurídica da empresa de seguros, o seu país de registo e o endereço da sede registada A Zurich - Companhia de Seguros, S.A. (adiante designada por Zurich) é uma empresa do Grupo Segurador Multinacional Zurich Financial Services, tendo sido constituída em 08 de Julho de 1918 com a designação de Companhia de Seguros Metrópole, S.A. e na Assembleia-geral do segurador, realizada em 26 de Março de 1999 foi aprovada a mudança de nome para Zurich Companhia de Seguros, S.A.. A Zurich dedica-se ao exercício da actividade de seguros e de resseguros para todos os ramos técnicos Não Vida (com excepção do ramo de seguros de crédito), para a qual obteve as devidas autorizações por parte do Instituto de Seguros de Portugal (ISP). A Zurich encontra-se registada em Portugal, tendo a sua sede na Rua Barata Salgueiro, n.º 41 – 1269-058 Lisboa. O principal canal de distribuição é uma rede nacional de 30 Delegações, incluindo a sua Sede. 1.2. Descrição da natureza do negócio da empresa de seguros e do ambiente externo em que opera A Zurich dedica-se ao exercício da actividade de seguros para o ramo não vida para o qual obteve a devida autorização do Instituto de Seguros de Portugal. Tradicionalmente, os ramos mais importantes, em termos de volume de prémios, são os ramos automóvel, acidentes e doença e incêndios e outros danos, que representam aproximadamente 96% dos prémios emitidos em 2009. A crise financeira internacional que se iniciou em Agosto de 2007, teve o seu período mais crítico entre Setembro de 2008 e Março de 2009 com o agravamento das condições no mercado de crédito e forte desvalorização nos mercados de acções. A envolvente macroeconómica global, desde o início da crise, degradou-se rapidamente originando à maior queda de produto da economia mundial desde a II Grande Guerra. [email protected] 53 Em 2009, o PIB da União Europeia (UE) e da Área do Euro (AE) apresentou uma quebra em termos homólogos reais de 4,1% e de 4% (+0,8% e de +0,6%, respectivamente, em 2008), evolução que se estendeu à generalidade dos países. No 4.º trimestre de 2009, o PIB registou um decréscimo de 2,3% na UE e de 2,1% na AE, representando uma recuperação face ao período precedente. A taxa de desemprego da AE foi de 10% em Dezembro de 2009 (+0,1pp que no mês anterior) e a taxa de inflação registou, em Dezembro, uma variação positiva de 0,9%. O Conselho do Banco Central Europeu (BCE) manteve inalteradas as taxas de juro oficiais desde 13 de Maio de 2009 (1,0% para as operações principais de refinanciamento) considerando que o nível actual das taxas de juro permanece adequado. Contudo, alguns dos factores de apoio à actual recuperação da actividade económica são de natureza temporária. Além disso, a continuação da consolidação de balanços nos sectores financeiro e não financeiro podem exercer efeitos negativos adicionais sobre o crescimento, juntamente com baixas taxas de utilização da capacidade produtiva e com um elevado desemprego, que são susceptíveis de manter o investimento e o consumo privado relativamente limitados no futuro próximo prevendo-se um ritmo moderado de crescimento na área do euro e um processo de recuperação irregular e incerto. A reduzida pressão inflacionista no médio prazo é também confirmada pela análise monetária, dado o declínio do crescimento monetário e do crédito. Em relação às expectativas de inflação a médio e longo prazo, os indicadores disponíveis sugerem que estas permanecem firmemente ancoradas, em linha com o objectivo do BCE de manter a taxa de inflação abaixo, mas próxima, de 2% no médio prazo. O BCE continuará a eliminação progressiva das medidas de liquidez extraordinárias que já não são necessárias da mesma forma que no passado. No mercado monetário do euro, as taxas de juro Euribor atingiram mínimos históricos durante o ano de 2009. A média diária durante o ano de 2009 para os prazos de um, três, seis e doze meses foi de 0,74%, 1,22%, 1,43% e 1,61% respectivamente. Valores muito inferiores aos registados em 2008: 4,06%, 4,64%, 4,73% e 4,83% respectivamente. Em termos médios anuais, a inflação na área do euro diminuiu de 3,3% em 2008 para 0,3% em 2009. No conjunto do ano, a generalidade das principais componentes do IHPC registou uma taxa de variação inferior à do ano anterior, com destaque para os bens energéticos (-8,1%, face a 10,3% em 2008) e para os bens alimentares transformados (1,1%, após 6,1% em 2008). A variação média anual do IHPC, excluindo bens energéticos, situou-se a um nível abaixo do observado no ano anterior (1,2% face a 2,5% em 2008). Os dados provisórios publicados pelo Instituto de Seguros de Portugal (ISP) para o ano de 2009 revelam que o volume de produção de seguro directo em Portugal ascendeu a 14.501 milhões de euros, o que representa um decréscimo de 5,4% relativamente ao verificado em 2008 e o equivalente a 8,9% do PIB Português. Este rácio, que exprime a penetração do seguro na economia, foi inferior ao registado em 2008 (9,2%). Anexos • www.zurichportugal.com 54 u.m: milhões euros Produção de seguro directo Actividade em Portugal Vida Não Vida Total PIB* Penetração 2006 8.761 ∆ 06/05 -4,1% 2007 ∆ 07/06 9.369 6,9% ∆ 08/07 2008 11.012 17,5% 2009 ∆ 09/08 10.364 -5,9% 4.359 1,5% 4.381 0,5% 4.324 -1,3% 4.137 -4,3% 13.120 -2,3% 13.750 4,8% 15.336 11,5% 14.501 -5,4% 163.051 166.437** 162.765** 155.446 8,4% 8,4% 9,2% 8,9% * Valores a preços corrente | ** Estimativa OCDE Fonte: ISP O ramo vida registou uma quebra de 5,9% em consequência da forte perda dos seguros ligados a fundos de investimento (-8,6%), que representam cerca de 35% deste ramo. Relativamente aos ramos não vida, registou-se uma quebra 4,3% justificada pelo decréscimo significativo verificado em acidentes de trabalho e no automóvel. A queda mais expressiva em valor absoluto foi a do automóvel, que reflecte a tendência de diminuição do prémio médio e a redução das vendas no sector automóvel. Igualmente significativo foi o decréscimo registado no ramo de acidentes de trabalho, consequência da diminuição da actividade económica. Para efeitos comparativos e quota de mercado de produção de seguro directo do ramo não vida, recorre-se aos dados publicados pela Associação Portuguesa de Seguradores. Nestes, não são incluídos alguns seguradores, contudo esta amostra representa 96,0% do mercado de produção de seguro directo em Portugal em 2009. A Zurich apresentou em 2009 um crescimento de 0,2%, que foi muito superior ao do mercado com consequente aumento da sua quota de mercado no ramo não vida no mercado APS de 7,3%, em 2008, para 7,7%, em 2009. 2. Informação por segmentos 2.1 Indicação dos tipos de produtos e serviços incluídos em cada segmento de negócio relatado, referindo a composição de cada segmento geográfico, quer principal quer secundário. Um segmento de negócio é um conjunto de activos e operações que estão sujeitos a riscos e proveitos específicos diferentes de outros segmentos de negócio. Um segmento geográfico é um conjunto de activos e operações localizados num ambiente económico específico, que está sujeito a riscos e proveitos que são diferentes de outros segmentos que operam em outros ambientes económicos. [email protected] 55 A Zurich considera como segmento principal o segmento de negócio. Relativamente a este segmento, efectuar-se-á o relato da informação por ramos, tendo em consideração que os ramos mais significativos da Zurich são: automóvel, acidentes e doença e incêndios e outros danos. No que concerne ao segmento geográfico, a quase totalidade dos contratos são celebrados em Portugal. Durante o exercício de 2009 foram celebrados alguns contratos em regime de livre prestação de serviços em Espanha. 2.2 Relato por segmentos de negócio e por segmentos geográficos Segmento principal – Segmento de negócio Resultados por segmento em 31 de Dezembro de 2009: u.m: euros Acidentes e doença Incêndios e outros danos Automóvel Total Outros Prémios brutos emitidos 69.281.250 48.342.387 173.725.346 13.358.965 304.707.948 Prémios de resseguro cedido (4.671.225) (10.065.577) (15.980.183) (7.474.068) (38.191.054) Provisão para prémios não adquiridos (variação) (44.273.46) (174.993) 4.024.624 149.452 3.954.809 0 0 0 0 0 Comissões de gestão (*) Proveitos e ganhos de investimentos 0 0 0 0 0 298.003 411.927 219.364 2.923.368 3.852.662 Ganhos 64.863.754 38.513.744 161.989.151 8.957.716 274.324.365 Custos com sinistros brutos - contratos de seguro 49.320.776 34.306.406 102.759.517 3.997.082 190.383.781 Parte dos resseguradores nos custos com sinistros (1.690.708) (2.678.553) (791.676) (1.867.843) (7.028.780) 0 0 0 0 0 Outras despesas / (receitas) 13.461.524 15.451.068 44.393.089 2.872.606 76.178.288 Perdas 61.091.593 47.078.921 146.360.930 5.001.844 259.533.288 Resultado operacional 3.772.162 (8.565.177) 15.628.221 3.955.872 14.791.077 Resultados financeiros 5.671.015 2.216.638 12.182.941 4.422.799 24.493.394 Outras receitas / (despesas) Custos com sinistros - contratos de investimento Resultado antes de impostos Imposto Resultado líquido do exercício 9.443.177 (6.348.539) 27.811.162 8.378.671 39.284.471 (2.397.571) 1.611.859 (7.061.101) (2.127.299) (9.974.111) 9.443.117 (6.348.539) 27.811.162 (1.595.440) 29.310.359 (*) As comissões recebidas são geradas pela gestão de activos e outros serviços relacionados, em resultado de contratos de seguro e contratos de investimento. Anexos • www.zurichportugal.com 56 Resultados por segmento em 31 de Dezembro de 2008: u.m: euros Acidentes e doença Incêndios e outros danos Automóvel Total Outros Prémios brutos emitidos 69.132.869 45.385.439 177.533.149 11.907.027 303.958.484 Prémios de resseguro cedido (2.895.864) (6.938.766) (14.496.444) (6.071.226) (30.402.300) (391.269) (913.228) 1.442.665 (239.262) (101.094) 0 0 0 0 0 Provisão para prémios não adquiridos (variação) Comissões de gestão (*) Proveitos e ganhos de investimentos 0 0 0 0 0 124.819 244.999 202.927 1.314.990 1.887.735 Ganhos 65.970.555 37.778.444 164.682.298 6.911.529 275.342.826 Custos com sinistros brutos - contratos de seguro 50.384.648 24.383.991 118.729.542 2.706.350 196.204.531 Parte dos resseguradores nos custos com sinistros 1.040.169 43.474 (127.961) (323.235) 632.447 0 0 0 0 0 Outras despesas / (receitas) 13.484.789 12.687.319 40.022.166 2.224.395 68.418.669 Perdas 64.909.605 37.114.784 158.623.748 4.607.510 265.255.647 Outras receitas / (despesas) Custos com sinistros - contratos de investimento Resultado operacional 1.060.950 663.660 6.058.550 2.304.019 10.087.179 Resultados financeiros 5.167.881 1.494.107 12.082.886 (5.095.125) 13.649.749 Resultado antes de impostos Imposto Resultado líquido do exercício 6.228.831 2.157.767 18.141.436 (2.791.106) 23.736.928 (1.883.038) (652.315) (5.484.339) 843.779 (7.175.912) 6.228.831 2.157.767 18.141.436 (9.967.018) 16.561.015 (*) As comissões recebidas são geradas pela gestão de activos e outros serviços relacionados, em resultado de contratos de seguro e contratos de investimento. Outros itens por segmento incluídos no ganhos e perdas em 31 de Dezembro de 2009 são: u.m: euros Acidentes e doença Incêndios e outros danos Automóvel Total Outros Depreciações 0 0 0 0 0 Amortizações 0 0 0 1.239.907 1.239.907 Imparidade do Goodwill 0 0 0 0 0 62.104 (54.520) (14.354) 173.073 166.303 0 0 0 0 0 Imparidade de valores a receber Custos de reestruturação Outros itens por segmento incluídos no ganhos e perdas em 31 de Dezembro de 2008 são: u.m: euros Acidentes e doença Incêndios e outros danos Automóvel Total Outros Depreciações 0 0 0 0 0 Amortizações 0 0 0 1.514.394 1.514.394 Imparidade do Goodwill Imparidade de valores a receber Custos de reestruturação [email protected] 0 0 0 0 0 (229.218) (38.241) (244.346) 120.250 (391.555) 0 0 0 0 0 57 Os activos e passivos por segmento em 31 de Dezembro de 2009 são os seguintes: u.m: euros Acidentes e doença Investimentos em associadas Activos de resseguro Incêndios e outros danos Automóvel Total Outros 0 0 0 0 0 9.317.363 5.697.641 1.145.990 2.149.846 18.310.840 Activos intangíveis 0 0 0 271.327 271.327 152.558.127 55.004.114 302.138.923 147.958.270 657.659.434 Total de activos 161.875.491 60.701.755 303.284.912 150.379.443 676.241.601 Provisões técnicas 143.386.419 52.682.495 289.550.048 12.532.001 498.150.963 Outros activos Outros passivos Total de passivos 0 0 0 46.361.225 46.361.225 143.386.419 52.682.495 289.550.048 58.893.225 544.512.187 Os activos e passivos por segmento em 31 de Dezembro de 2008 são os seguintes: u.m: euros Acidentes e doença Investimentos em associadas Activos de resseguro Activos intangíveis Incêndios e outros danos Automóvel Total Outros 0 0 0 0 0 17.725.253 1.623.615 1.426.593 1.538.579 22.314.040 0 0 0 319.971 319.971 148.041.078 39.482.841 319.666.288 126.414.223 633.604.430 Total de activos 165.766.331 41.106.456 321.092.881 128.272.772 656.238.440 Provisões técnicas 143.107.248 38.849.782 314.179.294 12.300.336 508.436.660 Outros activos Outros passivos Total de passivos 0 0 0 39.400.090 39.400.090 143.107.248 38.849.782 314.179.294 51.700.426 547.836.749 Segmento secundário – segmento geográfico Tal como referido em 2.1 acima, a quase totalidade dos contratos são celebrados em Portugal. Durante o exercício de 2009 foram celebrados alguns contratos em regime de livre prestação de serviços em Espanha. 3. Base de preparação das demonstrações financeiras e das políticas contabilísticas 3.1 Descrição da(s) base(s) de mensuração usada(s) na preparação das demonstrações financeiras e das políticas contabilísticas, aplicáveis aos diversos activos, passivos e rubricas de capital próprio, relevantes para uma compreensão das demonstrações financeiras. No âmbito do disposto no plano de contas para as empresas de seguros, aprovado pela Norma Regulamentar n.º 4/2007-R, de 27 de Abril, com as alterações introduzidas pela Norma n.º 20/2007-R de 31 de Dezembro, a Zurich adoptou na preparação destas demonstrações financeiras as Normas Internacionais de Contabilidade (NIC, ou IFRS), nos termos do Artigo 3.º do Regulamento (CE) n.º 1606/2002, do Parlamento Europeu Anexos • www.zurichportugal.com 58 e do Conselho, de 19 de Julho, com excepção da IFRS 4 em que apenas são adoptados os princípios de classificação do tipo de contratos celebrados pelas empresas de seguros. Bases de mensuração: • Demonstrações financeiras expressas em euros; • Demonstrações financeiras preparadas de acordo com o princípio do custo histórico, com excepção dos activos e passivos registados ao justo valor, nomeadamente, activos financeiros ao justo valor através de resultados e disponíveis para venda; • A preparação de demonstrações financeiras requer que a Zurich efectue julgamentos e estimativas e utilize pressupostos que afectam a aplicação das políticas contabilísticas e os montantes de proveitos, custos, activos e passivos. Alterações em tais pressupostos ou diferenças destes face à realidade poderão ter impactos sobre as actuais estimativas e julgamentos. As áreas que envolvem um maior nível de julgamento ou complexidade ou onde são utilizados pressupostos e estimativas significativos na preparação das demonstrações financeiras consolidadas encontram-se analisadas na nota 3.3. Políticas contabilísticas utilizadas na preparação das demonstrações financeiras As principais políticas contabilísticas utilizadas na preparação das demonstrações financeiras são as seguintes: a) Princípio da especialização de exercícios Os custos e os proveitos são contabilizados no exercício a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Uma vez que os prémios de seguro directo são reconhecidos como proveitos na data da transacção ou renovação da respectiva apólice e os sinistros são registados aquando da participação, a Zurich realiza no final de cada exercício determinadas especializações contabilísticas de custos e proveitos, como segue: i) Provisão para prémios não adquiridos Reflecte a parte dos prémios brutos emitidos contabilizados no exercício, a imputar a um ou vários exercícios seguintes. A provisão para prémios não adquiridos, foi calculada, contrato a contrato, por aplicação do método pró rata temporis, de acordo com a Norma n.º 19/94-R (tendo em atenção as alterações introduzidas pela Norma n.º 3/96-R do ISP). ii) Provisão para riscos em curso A provisão para riscos em curso corresponde ao montante necessário para fazer face a prováveis indemnizações e encargos a suportar após o termo do exercício e que excedam o valor dos prémios não adquiridos e dos prémios exigíveis relativos aos contratos em vigor. De acordo com o estipulado pelo ISP, o montante da provisão para riscos em curso a constituir deverá ser igual ao produto dos prémios brutos emitidos imputáveis ao(s) exercício(s) seguinte(s) (prémios não adquiridos) e dos prémios exigíveis e ainda não processados relativos aos contratos em vigor, por um rácio, que tem por base o somatório dos rácios de sinistralidade, despesas e cedência, deduzidos pelo rácio de investimentos. Esta provisão em 31 de Dezembro de 2009 ascende a 7.089.985 euros (2008: 643.040 euros). [email protected] 59 iii) Provisão para sinistros Esta provisão foi determinada como segue: • Pela avaliação individual das participações de sinistros e dos resultados das respectivas peritagens, encontrando-se definidos, no caso do ramo automóvel, montantes de referência mínimos para cada cobertura. No caso do ramo de acidentes de trabalho, na parte não relativa a pensões, são igualmente avaliadas individualmente as participações de sinistro e os resultados dos relatórios médicos periciais, estando também definido um montante de referência mínimo. • Pela aplicação de métodos actuariais de projecção internacionalmente aceites, baseados em informação histórica organizada por ano de ocorrência e de desenvolvimento. Estes métodos destinam-se a aferir da responsabilidade última por ano de ocorrência, estabelecendo-se um montante de IBNR (determinado subtraindo a estimativa de responsabilidade última com sinistros, aos custos totais verificados até 31 de Dezembro de 2009) adequado para fazer face às responsabilidades futuras com sinistros, quer os mesmos tenham já sido participados ou não à data de fecho do exercício. • Para o ramo de acidentes de trabalho, pela provisão matemática relativa a sinistros ocorridos, que respeita ao pagamento de pensões vitalícias referentes ao ramo de acidentes de trabalho. Esta provisão é calculada, sinistro a sinistro, mediante tabelas e fórmulas estabelecidas pelo ISP, Ministério do Trabalho e legislação laboral em vigor (ver nota 4.1 b). A responsabilidade inerente ao incremento anual de pensões vitalícias, por efeito da inflação, pertence ao FAT – Fundo de Acidentes de Trabalho, fundo este que é gerido pelo ISP e cujas receitas constituem as contribuições efectuadas pelas companhias seguradoras e pelos próprios segurados do ramo acidentes de trabalho. A Zurich efectua o pagamento integral das pensões, sendo posteriormente reembolsada pela parcela da responsabilidade do FAT. iv) Provisão para desvios de sinistralidade A provisão para desvios de sinistralidade é constituída quando o resultado técnico dos ramos de seguros de caução e risco atómico é positivo. Esta provisão é calculada com base em taxas específicas estabelecidas pelo ISP aplicadas ao resultado técnico. Esta provisão é também constituída para o ramo fenómenos sísmicos, sendo neste caso calculada através da aplicação de um factor de risco, definido pelo ISP para cada zona sísmica, ao capital retido pela Zurich. v) Provisões técnicas de resseguro cedido São determinadas aplicando os critérios descritos acima para o seguro directo, tendo em consideração as percentagens de cessão, bem como outras cláusulas existentes nos tratados em vigor. vi) Remunerações de mediação As comissões contratadas com Corretores, Agentes e Angariadores são registadas como custos no momento do processamento dos respectivos prémios. b)Ajustamentos de recibos por cobrar e de créditos de cobrança duvidosa Os ajustamentos de recibos por cobrar têm por objectivo reduzir o montante dos prémios em cobrança ao seu valor estimado de realização. Os recibos emitidos e não cobrados em 31 de Dezembro de 2009 são reflectidos na rubrica devedores – por operações de seguro directo. Anexos • www.zurichportugal.com 60 O cálculo destes ajustamentos é efectuado com base no valor dos prémios por cobrar, segundo a aplicação dos critérios estabelecidos pelo ISP. O montante dos ajustamentos de recibos por cobrar em 31 de Dezembro de 2009 não diverge significativamente do risco envolvido na cobrança dos valores relativos a prémios a receber naquela data. O ajustamento para dívidas de cobrança duvidosa foi calculada tendo por base o valor estimado de realização dos saldos de natureza duvidosa, incluídas na rubrica de outros devedores. c) Instrumentos financeiros i) Classificação A Zurich classifica os seus activos financeiros no momento da sua aquisição considerando a intenção que lhes está subjacente, de acordo com as seguintes categorias: • Activos financeiros detidos para negociação: aqueles adquiridos com o objectivo principal de gerarem valias no curto prazo. • Activos financeiros ao justo valor através de ganhos e perdas: esta categoria inclui os derivados embutidos, quando não intimamente relacionados com o activo de base, designados no momento do seu reconhecimento inicial ao justo valor com as variações subsequentes reconhecidas em resultados. • Activos financeiros disponíveis para venda: são activos financeiros não derivados que (i) a Zurich tem intenção de manter por tempo indeterminado, (ii) que são designados como disponíveis para venda no momento do seu reconhecimento inicial ou (iii) que não se enquadrem nas categorias anteriormente referidas. • Investimentos a deter até à maturidade: são os activos financeiros sobre os quais exista a intenção e a capacidade de detenção até à maturidade, apresentando uma maturidade e fluxos de caixa fixos ou determináveis. Em caso de venda antecipada, a classe considera-se contaminada e todos os activos da classe têm de ser reclassificados para a classe, disponíveis para venda. • Empréstimos e contas a receber: inclui activos financeiros excepto derivados, com pagamentos fixos ou determináveis que não sejam cotados num mercado activo e cuja finalidade não seja a negociação. Poderá englobar valores a receber relacionados com operações de seguro directo, resseguro e outras transacções relacionadas com contratos de seguro. A Zurich detém classificado como Empréstimos concedidos e contas a receber: Valores em euros Investimentos 2009 2008 Empréstimos concedidos e contas a receber Depósitos junto de empresas cedentes 88.356 84.929 Outros depósitos 1.800.000 0 Empréstimos concedidos 1.402.234 1.056.534 3.290.589 1.141.463 Total [email protected] 61 ii) Reconhecimento inicial e desreconhecimento Aquisições e alienações de: (i) activos financeiros ao justo valor através dos resultados, e (ii) activos financeiros disponíveis para venda, são reconhecidos na data da negociação (trade date), ou seja, na data em que a Zurich se compromete a adquirir ou alienar o activo. Os activos financeiros são inicialmente reconhecidos ao seu justo valor adicionado dos custos de transacção, excepto nos casos de activos financeiros ao justo valor através de resultados, caso em que estes custos de transacção são directamente reconhecidos em resultados. Estes activos deixam de ser reconhecidos quando (i) expiram os direitos contratuais da Zurich ao recebimento dos seus fluxos de caixa, (ii) a Zurich tenha transferido substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção ou (iii) não obstante detenha parte, mas não substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção, a Zurich tenha transferido o controlo sobre os activos. iii) Mensuração subsequente Após o seu reconhecimento inicial, os activos financeiros ao justo valor com reconhecimento em resultados são valorizados ao justo valor, sendo as suas variações reconhecidas em resultados. Os investimentos detidos para venda são igualmente registados ao justo valor sendo, no entanto, as respectivas variações reconhecidas em reservas até que os investimentos deixem de ser reconhecidos, ou seja, identificada uma perda por imparidade, momento em que o valor acumulado dos ganhos e perdas potenciais registados em reservas é transferido para resultados. Ainda relativamente aos activos monetários disponíveis para venda, o ajustamento ao valor de balanço compreende a separação entre (i) as amortizações segundo a taxa efectiva, (ii) as variações cambiais (no caso de denominação em moeda estrangeira) – ambas por contrapartida de resultados e (iii) as variações no justo valor (excepto risco cambial) – conforme descrito acima. O justo valor dos activos financeiros cotados é o seu preço de compra corrente (bid-price). Na ausência de cotação, a Zurich estima o justo valor utilizando (i) metodologias de avaliação, tais como a utilização de preços de transacções recentes, semelhantes e realizadas em condições de mercado e técnicas de fluxos de caixa descontados, de modo a reflectir as particularidades e circunstâncias do instrumento e (ii) pressupostos de avaliação baseados em informações de mercado. Os instrumentos financeiros para os quais não é possível mensurar com fiabilidade o justo valor e as acções não cotadas são registados ao custo de aquisição. iv) Imparidade A Zurich avalia regularmente a existência evidente e objectiva de que um activo financeiro ou grupo de activos financeiros apresentam sinais de imparidade. Para os activos financeiros que apresentam sinais de imparidade, é determinado o respectivo valor recuperável, sendo as perdas por imparidade registadas por contrapartida da conta de ganhos e perdas. A Zurich considera que um activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, se encontra em imparidade sempre que, após o seu reconhecimento inicial, exista evidência objectiva de: (i) para os títulos de rendimento variável cotados: Anexos • www.zurichportugal.com 62 1) O seu justo valor esteja abaixo da média ponderada do seu custo de aquisição mais do que o limite de imparidade aplicável, de acordo com a comunicação trimestral do Grupo (Ver quadro anexo com limites aplicáveis. No nosso caso, European stocks). Limite de imparidade Acções Europeias 64,3% Fonte: Bloomberg ou 2) Tenha estado abaixo da média ponderada do seu custo de aquisição nos últimos 24 meses consecutivos ou mais. 3) D eve ser reconhecida a imparidade a todos os títulos que tenham sido objecto de imparidade anteriormente, sempre que se verifique uma quebra relativamente ao seu valor de custo, desde a última data de imparidade. 4) A dicionalmente, é efectuada uma lista de análise qualitativa baseada em outros indicadores de imparidade, com o objectivo de identificar declínios de valor que não sejam capturados pela aplicação dos limites de imparidade referidos em 1). (ii) para os títulos de rendimento fixo e para títulos não cotados: •E xistência de um evento (ou eventos) que tenha impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, que possa ser estimado com razoabilidade. Quando existe evidência de imparidade nos activos financeiros disponíveis para venda, a perda potencial acumulada em reservas, deduzida de qualquer perda de imparidade no activo anteriormente reconhecida em resultados, é transferida para a conta de ganhos e perdas. No caso dos títulos de rendimento fixo, se num período subsequente o montante da perda potencial diminui, a perda de imparidade anteriormente reconhecida é revertida por contrapartida de resultados do exercício até à reposição do custo de aquisição, sempre que o aumento for objectivamente relacionado com um evento ocorrido após o reconhecimento da perda de imparidade. d)Outros instrumentos financeiros – derivados embutidos Os instrumentos financeiros com derivados embutidos são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Subsequentemente, o justo valor dos instrumentos financeiros derivados é reavaliado numa base regular, sendo os ganhos ou perdas resultantes dessa reavaliação registados directamente em resultados do período, nos casos em que o derivado não está intimamente relacionado com o activo base e na reserva de reavaliação nos restantes casos. O justo valor é baseado em preços de cotação em mercado, quando disponíveis, e na ausência de cotação (inexistência de mercado activo) é determinado com base na utilização de preços de transacções recentes, semelhantes e realizadas em condições de mercado ou com base em metodologias de avaliação disponibilizadas por entidades especializadas, baseadas em técnicas de fluxos de caixa futuros descontados considerando as condições de mercado, o efeito do tempo, a curva de rentabilidade e factores de volatilidade. [email protected] 63 e) Activos fixos tangíveis e intangíveis (i) Activos fixos tangíveis Estes bens estão contabilizados ao respectivo custo histórico de aquisição sujeito a depreciação e testes de imparidade. As suas depreciações foram calculadas através da aplicação do método das quotas constantes, com base nas seguintes taxas anuais, as quais reflectem, de forma razoável, a vida útil estimada dos bens: Activos fixos tangíveis Taxas anuais Equipamento administrativo 12,50% Máquinas e ferramentas 12,5% a 20% Equipamento informático 20% a 33,33% Instalações de interiores 10% a 12,5% Material de transporte 25% Outro equipamento 12,5% a 25% (ii) Activos intangíveis Estes bens estão contabilizados ao respectivo custo histórico de aquisição sujeito a depreciação e testes de imparidade. As suas amortizações foram calculadas através da aplicação do método das quotas constantes, com base nas seguintes taxas anuais, as quais reflectem, de forma razoável, a vida útil estimada dos bens: Activos intangíveis Taxa anual Despesas com aplicações informáticas 20% a 33,33% (iii) Imparidade de activos não financeiros Quando existe indicação de que um activo possa estar em imparidade, de acordo com a IAS 36, é estimado o seu valor recuperável, sendo reconhecida uma perda por imparidade sempre que o valor líquido de um activo exceda o seu valor recuperável. As perdas por imparidade são reconhecidas na conta de ganhos e perdas para os activos registados ao custo. f)Imposto sobre o rendimento Os impostos sobre lucros compreendem os impostos correntes e os impostos diferidos. Os impostos sobre lucros são reconhecidos em resultados, excepto quando estão relacionados com itens que são reconhecidos directamente nos capitais próprios, caso em que são também registados por contrapartida dos capitais próprios. Os impostos diferidos reconhecidos nos capitais próprios, decorrentes da reavaliação de investimentos disponíveis para venda, são posteriormente reconhecidos em resultados no momento em que forem reconhecidos em resultados os ganhos e perdas que lhes deram origem. Os impostos correntes são os que se esperam que sejam pagos com base no resultado tributável apurado, de acordo com as regras fiscais em vigor e utilizando a taxa de imposto aprovada ou substancialmente aprovada em cada jurisdição. Anexos • www.zurichportugal.com 64 Os impostos diferidos são calculados sobre os ajustamentos fiscais entre os valores contabilísticos dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizando as taxas de imposto aprovadas ou substancialmente aprovadas à data de balanço em cada jurisdição e que se espera virem a ser aplicadas quando os ajustamentos fiscais se reverterem. Os impostos diferidos passivos são reconhecidos para todos os ajustamentos fiscais, com excepção dos ajustamentos resultantes do reconhecimento inicial de activos e passivos que não afectem quer o lucro contabilístico quer o fiscal e de ajustamentos relacionados com investimentos em subsidiárias, na medida em que provavelmente não serão revertidas no futuro. Os impostos diferidos activos são reconhecidos para todos os ajustamentos fiscais dedutíveis, apenas na medida em que seja expectável que existam lucros tributáveis no futuro capazes de absorver os referidos ajustamentos. g) Responsabilidades por férias e subsídios de férias Este passivo corresponde a cerca de dois meses de remunerações e respectivos encargos, baseados nos valores do exercício, e destinam-se a reconhecer as responsabilidades legais existentes no final de cada período perante os empregados, pelos serviços prestados até àquela data, a pagar posteriormente. h) Benefícios aos empregados Em conformidade com a convenção colectiva de trabalho vigente para o sector segurador, a Zurich assumiu o compromisso de conceder aos seus empregados admitidos até Junho de 1995, prestações pecuniárias para complemento das reformas por velhice e invalidez atribuídas pela Segurança Social. Estas prestações pagas em 14 meses no ano, consistem na diferença entre a pensão de reforma atribuída pela Segurança Social e um montante garantido pela Zurich, que corresponde genericamente a 2,2% do vencimento à data da reforma, por ano de antiguidade, até ao máximo de 80% daquele vencimento, não podendo ser inferior a 50% desse vencimento. A cobertura das responsabilidades com os complementos de pensões de reforma do pessoal no activo é assegurada por apólices de seguro contratadas junto da Zurich Vida. i) Provisões São reconhecidas provisões quando (i) a Zurich tem uma obrigação presente, legal ou construtiva, (ii) seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido e (iii) quando possa ser feita uma estimativa fiável do valor dessa obrigação. j) Reconhecimento de juros e dividendos Os resultados referentes a juros de instrumentos financeiros classificados como disponíveis para venda são reconhecidos nas rubricas de juros e proveitos similares utilizando o método da taxa efectiva. Os juros dos activos financeiros ao justo valor através dos resultados são também incluídos na rubrica de juros e proveitos similares. A taxa de juro efectiva é a taxa que desconta os pagamentos ou recebimentos futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro ou, quando apropriado, um período mais curto, para o valor líquido actual de balanço do activo ou passivo financeiro. Relativamente aos rendimentos de instrumentos de capital (dividendos) são reconhecidos quando recebidos. [email protected] 65 k) Relato por segmentos Ver nota 2. l) Caixa e equivalentes de caixa Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes englobam os valores registados no balanço com maturidade inferior a três meses a contar da data de balanço, prontamente convertíveis em dinheiro e com risco reduzido de alteração de valor onde se incluem a caixa e as disponibilidades em instituições de crédito. m) Terrenos e edifícios Ver nota 9. n) Transacções em moeda estrangeira As conversões para euros das transacções em moeda estrangeira são efectuadas ao câmbio em vigor na data em que ocorrem. Os valores dos activos expressos em moeda de países não participantes na União Económica Europeia (UEM) foram convertidos para euros, utilizando o último câmbio de referência indicado pelo Banco de Portugal. As diferenças de câmbio entre as taxas em vigor na data da contratação e as vigentes na data de balanço são contabilizadas na conta de ganhos e perdas do exercício. 3.3 Descrição das principais estimativas contabilísticas e julgamentos relevantes utilizados na elaboração das demonstrações financeiras, com indicação dos principais pressupostos relativos aos exercícios seguintes, e outras principais fontes de incerteza das estimativas à data do balanço, que apresentem um risco significativo de provocar um ajustamento material nas quantias escrituradas de activos e passivos durante os próximos exercícios financeiros. a) Imparidade dos activos financeiros disponíveis para venda A Zurich determina que existe imparidade nos seus activos disponíveis para venda quando existe uma desvalorização prolongada ou de valor significativo no seu justo valor. A determinação de uma desvalorização prolongada ou de valor significativo requer julgamento. No julgamento efectuado, a Zurich avalia entre outros factores, a volatilidade normal dos preços das acções. Adicionalmente, as avaliações são obtidas através de preços de mercado ou de modelos de avaliação, os quais requerem a utilização de determinados pressupostos ou julgamento no estabelecimento de estimativas de justo valor. Metodologias alternativas e a utilização de diferentes pressupostos e estimativas, poderá resultar num nível diferente de perdas por imparidade reconhecidas, com o consequente impacto nos resultados da Zurich (ver metodologia adoptada em 3.1 c) iv). b) Provisões técnicas relativas a contratos de seguro É requerido à Zurich pelas leis e regulamentos, bem como pelos princípios IFRS aplicáveis, o estabelecimento de provisões técnicas para fazer face às responsabilidades futuras para com os seus segurados. Anexos • www.zurichportugal.com 66 Destas provisões técnicas destacam-se pela sua relevância as provisões para sinistros, estabelecidas para fazer face ao pagamento de indemnizações aos segurados e/ou terceiros lesados, decorrentes da ocorrência de sinistros, bem como dos custos de gestão desses mesmos sinistros. As provisões para sinistros representam uma estimativa da responsabilidade futura total com sinistros ocorridos até à data de fecho do exercício, que permaneçam em aberto ou por participar nessa data. A Zurich estabelece esta provisão por linha de negócio e ano de ocorrência, em duas categorias – provisões para sinistros participados e provisões para sinistros ocorridos mas não participados (IBNR). A Zurich baseia tais estimativas em factos conhecidos à data de estabelecimento destas provisões. Estas estimativas são derivadas numa base não descontada e levam em consideração o reconhecimento dos custos futuros a incorrer até ao encerramento dos processos de sinistro abrangidos, custos esses que são influenciados por diversos factores, alguns deles objectivos, como por exemplo, a inflação; mas outros de natureza subjectiva e até susceptíveis de dependerem da ocorrência futura de determinados eventos. Na determinação dos seus níveis de provisionamento, a Zurich considera, entre outras, as tendências históricas e padrões de desenvolvimento dos pagamentos de sinistros, os níveis de provisões em aberto e os tipos de cobertura. Adicionalmente, decisões dos tribunais, condições económicas, atitudes comportamentais do público em geral, poderão afectar o custo final dos sinistros e, em consequência, as estimativas de provisionamento derivadas pela Zurich. Assim, entre a participação e o encerramento do processo de sinistro, as circunstâncias podem alterar-se, resultando em alterações nas provisões estabelecidas. Situações como alterações na lei, interpretações da lei com impacto material, processos de litigação, alterações nos custos médicos, alterações nos custos de reparação de veículos e habitações (derivados dos materiais usados e/ou de mão-de-obra), podem impactar de forma substancial os custos finais de regularização dos sinistros. Para mitigar o efeito destas situações, a Zurich revê e reavalia os processos de sinistro e respectivas provisões numa base regular. A Zurich estabelece provisões para IBNR, numa base não descontada, de forma a reconhecer o custo estimado de sinistros, decorrentes de eventos que já ocorreram mas que ainda não foram participados, ou que tendo já sido participados registem desenvolvimentos inesperados. Para a sua estimação, a Zurich utiliza informação histórica de sinistros (reflectindo tendências, padrões de desenvolvimento, severidade e frequência) e informação da evolução da exposição ao risco, que alimentam modelos actuariais de projecção. A Zurich, através do seu actuário responsável, revê estas estimativas de forma regular, à medida que nova informação se torna disponível e os sinistros são efectivamente participados. O tempo requerido para reconhecer a responsabilidade última e encerrar determinado processo de sinistro, é uma consideração importante no estabelecimento das respectivas provisões pela Zurich. Sinistros ditos de cauda curta, normalmente relacionados com a resolução de danos materiais, são normalmente participados rapidamente após a ocorrência do incidente e encerrados poucos meses após, o que facilita sobremaneira a estimativa dos níveis de provisionamento. Sinistros ditos de cauda longa, normalmente associados a danos de natureza corporal, podem levar vários anos a desenvolver-se até ao seu encerramento. Para os sinistros de “cauda longa”, determinada informação relacionada com o evento, como por exemplo o custo total dos tratamentos médicos requeridos para a recuperação de danos corporais, pode não estar imediatamente disponível, o que provoca um nível acrescido de incerteza nas projecções efectuadas. [email protected] 67 Dado que a Zurich não estabelece provisões específicas para catástrofes em antecipação à ocorrência de um evento desta natureza, estes eventos podem causar volatilidade na experiência de sinistralidade e respectivos níveis de provisionamento, influenciados ainda pelos níveis de recuperação obtidos junto do ressegurador. Esta volatilidade pode ainda ser impactada por desenvolvimentos de natureza política e/ou legal após a ocorrência de um evento desta natureza. A Zurich, através do seu actuário responsável, utiliza um conjunto de métodos actuariais internacionalmente aceites, para estimar e avaliar as provisões técnicas constituídas em balanço. Adicionalmente, a função actuarial do Grupo procede a uma monitorização trimestral da evolução dos níveis de provisionamento, procedendo a análises actuariais independentes, de forma periódica. c) Cálculo da vida útil estimada para activos fixos tangíveis, nomeadamente imóveis. O montante de depreciação de um activo é distribuído numa base sistemática ao longo da sua vida útil e o encargo relativo à sua depreciação é reconhecido como um gasto em cada exercício. A depreciação tem início quando o activo está disponível para utilização. O terreno normalmente tem uma vida ilimitada e, portanto, não é depreciado. Um aumento no valor do terreno que tenha um edifício construído não afecta a determinação da vida útil deste. A vida útil dos edifícios é revista anualmente e se as expectativas forem significativamente diferentes das estimativas anteriores, a taxa de depreciação actual e futuros períodos serão ajustados, sendo os cálculos aplicados prospectivamente. A vida útil estimada dos edifícios é de 25 a 50 anos. 4. Natureza e extensão das rubricas e dos riscos resultantes de contratos de seguro e activos de resseguro 4.1 Prestação de informação que permita identificar e explicar as quantias indicadas nas demonstrações financeiras resultantes de contratos de seguro, incluindo, nomeadamente: a) Informação acerca das políticas contabilísticas adoptadas relativamente a contratos de seguro e a activos, passivos, rendimentos e custos ou gastos relacionados; Ver descrição no ponto 3.1 b) Processo usado para determinar os pressupostos que têm maior efeito na mensuração dessas quantias, incluindo um resumo das principais hipóteses consideradas no cálculo da provisão matemática relativa ao seguro de vida e ao seguro de acidentes de trabalho (quantificação de todos os pressupostos quando praticável); Ver ponto 3. As provisões matemáticas não obrigatoriamente remíveis do seguro de acidentes de trabalho, bem como as provisões matemáticas das prestações suplementares de assistência de 3ª pessoa, são calculadas com base na tábua de mortalidade TD 88/90 com a taxa técnica de juro de 4% e os encargos de gestão adequados (4%), o que cumpre com os limites mínimos estabelecidos na Norma 15/2000-R de 23 de Novembro. Anexos • www.zurichportugal.com 68 Relativamente às provisões matemáticas das pensões obrigatoriamente remíveis, estão a ser utilizados os pressupostos actuariais previstos na Portaria 11/2000. É incumbência dos seguradores contribuir anualmente para o Fundo de Acidentes de Trabalho (FAT), com uma percentagem definida regulamentarmente (0,85% em 2009), a aplicar sobre os capitais de remição das pensões em pagamento no final de cada exercício. Dada a natureza essencialmente vitalícia das pensões em pagamento no final de cada exercício, foi aferida a esperança de vida dos sinistrados e beneficiários destas pensões (baseada na tabela de mortalidade TD 88/90), a 31/12/2009, bem como os respectivos montantes das contribuições futuras para o FAT pressupondo a manutenção dos critérios técnicos para cálculo dos capitais de remição subjacentes e a percentagem de 0,85% a aplicar sobre esses capitais, e incrementada a provisão para fazer face às contribuições futuras, até que se atinja a idade limite de sobrevivência. c) Reconciliações de alterações nos passivos resultantes de contratos de seguro, nos activos resultantes de contratos de resseguro e nos custos de aquisição diferidos relacionados, incluindo: (i). Com relação à provisão para sinistros: explicitação dos reajustamentos (correcções apresentadas que se assumam relevantes (anexo 2) e discriminação dos custos com sinistros (anexo 3); Ver anexo 2 e anexo 3. Os reajustamentos relevados na contabilidade respeitantes a sinistros ocorridos em anos anteriores resultam da gestão corrente da actividade. 4.2 Prestação de informação que permita avaliar a natureza e a extensão dos riscos específicos de seguros, nomeadamente: a) Objectivos, políticas e processos de gestão dos riscos resultantes de contratos de seguro e os métodos usados para gerir esses riscos, incluindo uma descrição do processo de aceitação, avaliação, monitorização e controlo desses riscos; Riscos específicos de seguros: As empresas de seguros assumem riscos através dos contratos de seguros, os quais classificamos na categoria do risco específico de seguros. Os riscos específicos de seguros são os riscos inerentes à comercialização de contratos de seguro, associados ao desenho de produtos e respectiva tarifação, ao processo de subscrição e de provisionamento das responsabilidades e à gestão dos sinistros e do resseguro. São aplicáveis a todos os ramos de actividade e podem subdividir-se em diferentes sub-riscos: • Risco de desenho dos produtos: risco da empresa de seguros assumir exposições de risco decorrentes de características dos produtos não antecipadas na fase de desenho e de definição do preço do contrato. • Risco de prémios: relacionado com sinistros a ocorrer no futuro, em apólices actualmente em vigor, e cujos prémios já foram cobrados ou estão fixados. O risco é o de os prémios cobrados ou já fixados poderem vir a revelar-se insuficientes para a cobertura de todas as obrigações futuras resultantes desses contratos (subtarifação). [email protected] 69 • Risco de subscrição: risco de exposição a perdas financeiras relacionadas com a selecção e aprovação dos riscos a segurar. • Risco de provisionamento: risco das provisões para sinistros constituídas se venham a revelar insuficientes para fazer face aos custos com sinistros já ocorridos. • Risco de sinistralidade: risco de que possam ocorrer mais sinistros do que o esperado, ou de que alguns sinistros tenham custos muito superiores ao esperado, resultando em perdas inesperadas. • Risco de retenção: risco de uma maior retenção de riscos (menor protecção de resseguro) poder gerar perdas devido à ocorrência de eventos catastróficos ou a uma sinistralidade mais elevada. • Risco catastrófico: resulta de eventos extremos que implicam a devastação de propriedade, ou a morte/ferimento de pessoas, geralmente devido a calamidades naturais (terramotos, furacões, inundações, entre outros). É o risco de que um evento único, ou uma série de eventos de elevada magnitude, normalmente num período curto (até 72 horas), implique um desvio significativo no número e custo dos sinistros, em relação ao que era esperado. O risco específico de seguros pode ser mitigado pela política de resseguro, através da qual, uma parte dos riscos assumidos pelo segurador, são transferidos para um ressegurador (ou um conjunto de resseguradores). A Zurich encontra-se a definir e implementar mecanismos de gestão de riscos, tendo sido já elaborado um manual de gestão de risco. Neste âmbito, foi já reportado durante os anos de 2007 e de 2008 o Relatório Anual sobre o Sistema de Gestão de Riscos e Controlo Interno, dando cumprimento ao n.º 1 do Art.º 19.º da Norma Regulamentar 14/2005-R, do Instituto de Seguros de Portugal. Objectivos, políticas e processos de gestão dos riscos: A efectiva gestão dos riscos que afectam a Zurich revela-se essencial para a sua capacidade para ajudar os Clientes na gestão dos seus próprios riscos. Apesar de a gestão dos riscos ter sido desde há muito uma das principais tarefas dos seguradores, esta actividade tornou-se ainda mais importante para a Zurich e para os seus Clientes à medida que o cenário dos riscos evolui e se torna mais complexo. Define-se gestão de riscos como a forma estruturada e transversal à Zurich de medir, gerir, reportar e dar resposta aos riscos que podem impedir a Zurich de atingir os seus objectivos estratégicos e financeiros. Os objectivos ao nível da gestão de riscos são: proteger o capital, potenciar a criação de valor, auxiliar a tomada de decisões e proteger a sua reputação e a marca da Zurich através da construção de uma cultura de consciência dos riscos. A Zurich dedica particular enfoque a todos os mecanismos de governação em ordem a assegurar que os mesmos estão adequados à dimensão, natureza e complexidade da sua actividade, privilegiando, na sua análise, a própria organização, os seus Colaboradores, os riscos de mercado, os activos, procedimentos, cultura e segurança. Na preparação dos seus planos de acção, o recurso a análises SWOT como método de identificação, discussão e conhecimento de questões ligadas ao mercado, ao investimento, às condições económicas, consideradas numa perspectiva holística, e às mudanças sociais e à necessidade de novas funções, focalizam-se, primariamente, nas necessidades dos Clientes e têm em vista as boas práticas de gestão. Anexos • www.zurichportugal.com 70 A Zurich dispõe ainda de uma metodologia científica de identificação sistemática e avaliação relativa de riscos numa perspectiva de 360 graus – Total Risk Profiling (TRP), através de um processo de brainstorming facilitado por um engenheiro de riscos certificado pelo Grupo Zurich e por um local risk manager, ambos com formação específica na metodologia. Este processo envolve uma equipa constituída pela Administração e Direcção e consiste: • Na identificação de vulnerabilidades, do seu agente desencadeador e das consequências previsíveis, vulnerabilidades essas que afectem a actividade no âmbito estratégico, financeiro, operacional e de reputação; • Estas vulnerabilidades são avaliadas segundo escalas de probabilidades de ocorrência e de severidade das suas consequências; • De acordo com a política de aceitação de riscos da Zurich, a equipa define um limite de tolerância ao risco; • As vulnerabilidades detectadas e o limite de tolerância ao risco são transpostos para uma matriz de riscos, onde as abcissas correspondem aos graus de severidade e as ordenadas aos níveis de probabilidade; • Todos os riscos classificados acima do limite de tolerância definido são objecto de definição de medidas correctivas, atribuídas a responsáveis pela sua execução, com datas limites para a sua concretização; • Estas medidas de mitigação do risco são transpostas para o planeamento estratégico da Zurich e de cada uma das Unidades que a compõem, o que permite ao local risk manager efectuar um controlo periódico da sua execução, ao longo do ano. Assim, as políticas e filosofias ligadas ao Risk Management, ao controlo interno e à auditoria interna, têm merecido, por parte do Órgão de Administração e Directores, particular atenção e visibilidade, o que muito tem contribuído para um desenvolvimento são e prudente do negócio e das suas responsabilidades. A gestão de riscos, que se inicia com a identificação das vulnerabilidades da Organização, com vista à sua redução, eliminação ou transferência, qualquer que seja a área em análise, encontra-se plenamente integrada em todos os seus processos e procedimentos, estando a monitorização dos mesmos integrada nos planos de acção das respectivas direcções. A Zurich exerce uma activa actividade de Risk Management e governação, seguindo o estatuído na Norma Regulamentar n.º 14/2005 do Instituto de Seguros de Portugal, bem como faz reflectir nas suas práticas de controlo do risco as guidelines em vigor no Grupo Zurich, beneficiando da cooperação de toda a estrutura de Risk Management do Grupo e em particular dos centros de competência que, ao nível do Grupo, se especializaram em determinados tipos de risco, por exemplo, o Business Continuity Management, o risco operacional e o controlo de riscos. Uma componente fundamental da gestão do risco na actividade seguradora encontra-se associada à disciplina na subscrição de riscos. A Zurich está imbuída de uma forte cultura de controlo dos riscos de subscrição, estabelecendo limites à capacidade de subscrição e delegando autonomias baseadas no grau de conhecimento e experiência individuais. As normas de subscrição de negócios implementadas são estabelecidas e revistas regularmente, com base em critérios de prudência, controlo e rentabilidade. Encontram-se estabelecidos controlos adequados de monitorização do cumprimento das autonomias delegadas, bem como de aderência aos princípios de subscrição definidos. [email protected] 71 Seguindo procedimentos comuns a todo o Grupo, a Zurich implementou linhas de orientação apropriadas no âmbito da tarifação das suas soluções de seguro, baseadas em sólidos princípios técnicos, que aplica de forma sistemática, na prossecução de um objectivo de rentabilidade sustentada. A Zurich beneficia do facto de pertencer a um Grupo internacional, usufruindo da constante partilha de melhores práticas no âmbito da governação dos riscos de subscrição, tendo constantemente presente a necessidade de garantir a total compreensão dos riscos que subscreve, encontrando-se os mesmos justificados por um retorno adequado. Outra componente fundamental é a protecção de resseguro. A política de resseguro é coerente com as autonomias proporcionadas à área de subscrição de riscos, nomeadamente no que respeita às exclusões constantes dos tratados. A estrutura dos tratados de resseguro segue princípios de coerência na definição das retenções e capacidades, com base nos perfis de risco das carteiras seguras. No âmbito da política de resseguro, a transferência dos grandes riscos processa-se na sua quase totalidade para o Grupo Zurich, através de uma estrutura de tratados não proporcionais (que abrangem entre outros, os ramos automóvel, acidentes de trabalho, acidentes pessoais, responsabilidade civil, transportes, multi-riscos, multi-riscos catástrofes e riscos de engenharia). O risco dos seguros não vida inclui a hipótese razoável de perdas significativas resultantes da incerteza relativa à ocorrência dos eventos segurados, bem como à severidade dos montantes reclamados pelos segurados. A lista que se segue fornece uma visão geral dos riscos inerentes ás principais linhas de negócio do grupo. Automóvel – Inclui os riscos de responsabilidade civil por danos causados a terceiros, quer estes sejam materiais quer corporais e ainda as perdas resultantes de danos provocados ao veículo seguro, ou seja, a chamada garantia de danos próprios. Incêndio e outros danos – Inclui, nomeadamente os riscos de incêndio, raio ou explosão, tempestades, outros elementos da natureza, lucros cessantes, danos por água, furto ou roubo, avaria de máquinas, obras e montagens. Responsabilidade civil – Neste ramo incluem-se as modalidades de responsabilidade civil geral, produtos, profissional. Acidentes – Compreende as modalidades de: acidentes de trabalho, acidentes pessoais nas suas diferentes sub-modalidades, pessoas transportadas e doença. Modelização de catástrofes naturais A compreensão dos efeitos potenciais das catástrofes naturais é uma componente crítica da gestão dos riscos no não vida. Apesar da ocorrência de determinadas catástrofes ser imprevisível, o processo de modelização auxilia-nos a determinar o potencial de perda, fundamental para a gestão do cúmulo de risco na carteira subscrita, controlo dos limites de exposição ao risco e determinação da protecção de resseguro necessária. Anexos • www.zurichportugal.com 72 A Zurich, exposta ao risco de fenómenos sísmicos, possui um modelo probabilístico de simulação específico, desenvolvido por uma reputada entidade terceira, que é alimentado anualmente com informação detalhada da sua carteira de riscos, produzindo estimativas para os potenciais de perda e possibilitando a monitorização do cúmulo de risco. A protecção de resseguro relativa a catástrofes adquiridas é suportada no resultado deste modelo e baseia-se num nível de perdas anuais (para um evento com estas características, conhecido historicamente), que se estime seja excedido com uma probabilidade anual de 0,004, isto é, a que corresponde um período de retorno desse evento de 250 anos. Controlo Interno O sistema de controlo interno da Zurich é um processo levado a cabo pela Administração, Directores e outros membros da Organização, com o objectivo de proporcionar um grau de confiança razoável na concretização dos seguintes objectivos: • Eficiência e a eficácia das operações; • A existência e prestação de informação, financeira e não financeira, fiável e completa; • A eficiência do sistema de gestão de riscos; • Uma correcta e adequada avaliação dos activos e responsabilidades; • Desempenho prudente da actividade; • Cumprimento da legislação e regulamentação, assim como das políticas e procedimentos internos. De modo a garantir um ambiente de controlo apropriado, estão criados mecanismos internos que têm como objectivo cumprir com os seguintes requisitos: • Estratégias, políticas, objectivos e planos definidos de acordo com a filosofia do Grupo Zurich, transpostos para a Zurich Portugal através do plano de acção da Zurich e dos planos de acção de cada Direcção; • Estrutura organizativa adequada, de modo a facilitar o fluxo de informação e promover um forte ambiente de controlo; • Procedimentos efectivos e documentados: controlo das operações diárias e forma de assumir riscos, bem como reacção a falhas de controlo; • Sistemas de autorização e registo, definindo os limites de autoridade e responsabilidade associadas ao controlo; • Compromisso de qualidade e competência, efectuando recrutamento com base na competência e honestidade, definindo adequadamente as tarefas de formação e supervisão; • Órgão de supervisão e vigilância que oriente e questione os responsáveis pelos planos e performance; • Integridade e divulgação de valores éticos, penalizando comportamentos indevidos após a adequada divulgação do código de conduta e reacção a críticas do comportamento ético; • Incentivos e tentações, incluindo metas realistas e incentivadoras, bem como pressões para actuações menos correctas ou comportamentos desonestos; • Políticas de pessoal e práticas, incluindo planos de sucessão, avaliações formais e política de remunerações, associada ao processo de avaliação; • Publicação de normas e procedimentos de controlo interno, através de circulares de instruções, assinadas pela Administração e Directores e difundidas por toda a Organização. [email protected] 73 Encontra-se também implementado, ao nível da Administração e Direcção, um Comité de Gestão de Riscos e Controlo Interno, designado por ARCC – Audit Risk Control Committee. Este Comité tem como objectivo assegurar a contínua revisão das matérias relacionadas com o risco e controlo interno, existindo uma coordenação entre as funções de Risk Management, Compliance, Auditoria Interna e Controlo Interno que permite cruzar informação e identificar os riscos, com maior exposição, que poderão pôr em causa o cumprimento dos objectivos da Zurich e que são alvo de discussão pela gestão de topo da Zurich com o objectivo de uma auto-avaliação por parte dos responsáveis, aferindo dos impactos e frequência esperada dos mesmos, bem como da capacidade de implementação de controlos adequados à sua mitigação. O comité de gestão de riscos e controlo interno reúne trimestralmente, sendo produzidas actas das reuniões que são enviadas para a área de Risk Management do Grupo. O Grupo Zurich, de forma a preparar-se para responder aos requisitos desenvolvidos por reconhecidos organismos internacionais, promoveu pelas suas Business Units a implementação da iniciativa ICF – Internal Control Framework. No ano 2005 a Zurich, em conformidade com as directrizes do Grupo, procedeu à implementação da iniciativa ICF, cujos objectivos são: • Fortalecer a disciplina financeira, através da implementação de uma estrutura consistente de avaliação do controlo interno principalmente sobre as demonstrações financeiras; • Melhorar a qualidade, integridade, consistência e transparência das demonstrações financeiras; • Reforçar na gestão a importância do controlo interno; • Melhorar a eficiência e eficácia do negócio e dos processos financeiros; • Reduzir potenciais falhas de controlo que possam resultar em surpresas contabilísticas, fraude e perda de confiança dos accionistas. No âmbito da iniciativa ICF, a Zurich tem devidamente documentado, com narrativas, fluxos de operações e actividades de controlo, os seguintes processos e sub-processos a eles afectos: • Control environment • Fraud prevention and detection • Compliance and regulatory • Risk management • Actuarial General Insurance • Actuarial Life Insurance • Claims General Insurance • Claims Life Insurance • Financial accounting and reporting • Treasury • Budgeting and forecasting • IT general controls Anexos • www.zurichportugal.com 74 As actividades de controlo documentadas em cada um dos processos foram objecto de avaliação em termos de desenho e operacionalidade, tendo-se detectado a existência de falhas e/ ou fragilidades que deram origem à implementação de planos de acção, com vista à sua resolução. No âmbito de cada um dos processos encontram-se identificados os controlos-chave que são, anualmente, sujeitos a testes de adequacidade do desenho e eficácia do sistema de controlo interno implementado, testes estes efectuados pela função de auditoria interna do Grupo. A iniciativa ICF é coordenada pela área de Risk and Control, incluída na função de Group Risk Managament. Auditoria Interna A função de auditoria interna na Zurich Portugal desenvolve-se através da actividade de duas estruturas autónomas e independentes, Group Audit e Controlo Interno, respondendo a primeira perante a casa-mãe e a segunda perante o Administrador-Delegado da Zurich Portugal. O Group Audit é a função de auditoria interna do Grupo Zurich desenvolvendo as suas tarefas nas Unidades de Negócio do Grupo Zurich, de forma independente e objectiva, visando proporcionar um elevado grau de segurança à gestão de topo do Grupo (Board, Audit Committee e CEO) sobre a eficácia e eficiência dos processos de gestão do risco, controlo e governação. A actuação do Group Audit tem por base a implementação de um plano anual de auditorias, usando uma metodologia baseada no risco, que é actualizado trimestralmente com vista a reflectir alterações no perfil de risco e a estabelecer prioridades. O plano de auditorias é, anualmente, aprovado pelo Audit Committee. Este Comité, bem como o CEO do Grupo, regularmente recebe e revê as conclusões dos relatórios de Auditoria, incluindo as opiniões com classificação de Ineffective, planos de acção para mitigação dos problemas detectados, bem como a atenção demonstrada pela gestão das Unidades de Negócio para sua resolução. O Group Audit, para além da realização das auditorias, utilizando uma metodologia baseada no risco, procedeu também ao teste dos controlos, identificados na iniciativa ICF como chave, em termos do seu desenho e operacionalidade, tendo sido detectadas falhas e/ ou fragilidades e tomadas medidas de melhoria transpostas para planos de acção com prazos de implementação das mesmas. Localmente, a Zurich contempla na sua estrutura Organizacional uma Unidade de Controlo Interno, designada por COA – Controlo Operacional e Administrativo que, não desempenhando nenhuma função operacional, reporta directamente ao Administrador-Delegado. A missão da Unidade de Controlo Interno é: 1. Contribuir para que os objectivos estratégicos da Zurich sejam atingidos, através da: a) Avaliação contínua dos riscos inerentes da actividade; b) Verificação da existência, adequação e eficiência dos mecanismos de controlo interno; c) Implementação de medidas correctivas tendentes à eliminação desses riscos; [email protected] 75 2. C onstituir-se numa Unidade de assessoria às diferentes Unidades, mediante a emissão de opiniões e recomendações acerca das áreas, processos ou procedimentos analisados; 3. C ontribuir para o aperfeiçoamento e a melhoria dos sistemas de controlo interno, ganhos de eficiência e eficácia administrativa, bem como aumentos de rentabilidade global. As principais responsabilidades desta Unidade são as seguintes: 1. Verificar se nas diferentes áreas-chave estão a ser executadas de forma efectiva e eficiente as funções de planeamento, organização, direcção e controlo, de acordo com as instruções, políticas e procedimentos vigentes, quer quanto aos objectivos estratégicos, quer no que respeita aos princípios geralmente aceites como de boa prática administrativa; 2.Aferir a adequabilidade e a eficácia dos sistemas de controlo interno e operacional das várias áreas - chave; 3. Verificar a execução dos sistemas implementados para dar cumprimento às políticas, planos, procedimentos, leis e regulamentos em vigor, que possam ter um impacto de risco potencial significativo nas operações; 4.Avaliar o grau de eficiência na utilização dos recursos disponíveis, identificando oportunidades de melhoria e elaborando propostas de recomendação apropriadas; 5.Elaborar relatórios sobre as áreas-chave de actuação, efectuando um seguimento contínuo sobre as eventuais recomendações emitidas; 6. P articipar no planeamento, avaliação, desenho, desenvolvimento e implementação de modificações organizacionais com vista a assegurar que são integrados sistemas de controlo adequados, que se efectuam testes exaustivos e que a documentação dos novos processos é completa e precisa; 7. Verificar o cumprimento dos princípios de conduta ética do Grupo; 8. C oordenar a execução de trabalhos de auditoria, quer com os auditores externos quer com os do Group Audit da Zurich. Para dar cumprimento às tarefas que se encontram incumbidas à Unidade, quer o seu responsável quer todos os membros da Unidade estão autorizados a ter acesso total e sem quaisquer restrições a todas as Unidades/Delegações, arquivos, registos, bens e Colaboradores da Zurich. O plano anual de auditorias a desenvolver pela Unidade de Controlo Interno é aprovado pela Administração, tendo como objectivo assegurar que todos os riscos significativos do negócio, os processos-chave e os requisitos necessários a uma saudável gestão empresarial são identificados. Anexos • www.zurichportugal.com 76 Anualmente o universo de auditoria compreende todas as áreas de risco potenciais, tomando em consideração as seguintes referências: • Plano do negócio (estratégico, financeiro e operacional); • Relatórios de risco (TRP); • Processos nucleares do negócio; • Experiência de auditorias anteriores; • Discussão com a Administração e Direcção; • Requisitos de legislação local e política de risco do Grupo (ZRP) conducentes a uma gestão empresarial sã. Com vista à avaliação do ambiente de controlo interno os auditores internos, no decurso do seu trabalho, ao identificarem falhas e/ou fragilidades procedem à classificação e quantificação (numa escala de risco de 1 a 5) das suas observações (recomendações) e, em função do seu resultado, pronunciam uma conclusão final da Unidade/Delegação auditada que é consubstanciada em relatório enviado com conhecimento da Administração e Direcção. Descrição do processo de aceitação, avaliação, monitorização e controlo dos riscos: A Zurich, ao assumir os riscos dos seus Clientes, por via do processo de subscrição, análise e aceitação, obriga-se a fazer uma gestão adequada à defesa dos interesses que lhe foram confiados. Este processo inclui o estabelecimento de limites, autonomias e regras específicas para a aceitação e aprovação de determinados riscos, sempre que a sua dimensão ou complexidade o exija. A estratégia de subscrição da Zurich vai no sentido de explorar e diversificar os riscos distribuindo-os pelas diferentes indústrias e regiões geográficas onde opera. A Zurich procura optimizar o valor dos accionistas através do alcance dos seus objectivos de médio prazo em termos de return on equity. Para que isto seja conseguido, é necessária uma estratégia de subscrição prudente e estável que potencie vantagens competitivas e que evite a assunção de riscos com um nível de volatilidade susceptível de causar rupturas. Na base do processo de subscrição encontra-se um sólido processo de governação. Este processo inclui a estratégia, o estabelecimento de objectivos, a delegação de autoridades, a monitorização financeira, as auditorias aos processos de subscrição e as acções correctivas com as quais se pretende levar a cabo os melhoramentos necessários. Nos processos de subscrição a Zurich utiliza diversas metodologias em ordem a salvaguardar que aos riscos são aplicáveis os prémios adequados, tendo sempre por base fundamentados cálculos actuariais. Como parte da sua estratégia geral de Risk Management, a Zurich mitiga e cede determinados riscos e responsabilidades através de tratados de resseguro proporcionais e não proporcionais. [email protected] 77 b) Sobre o risco específico de seguros (antes e após resseguro), incluindo informações acerca das análises de sensibilidade efectuadas, concentrações de risco e sinistros efectivos comparados com estimativas anteriores. Evolução dos capitais seguros entre 2008 e 2009 e respectiva variação u.m: milhares euros Capitais seguros 2009 2008 Var. Acidentes e doença 5.174.928 5.065.043 2,2% Incêndio e outros danos 68.029.291 66.742.274 1,9% - Responsabilidade civil 6.163.484.801 5.494.723.445 12,2% - Outras coberturas 11.551.903 11.640.974 -0,8% Marítimo, aéreo e transportes 473.926 394.070 20,3% Responsabilidade civil geral 9.782.889 9.200.646 6,3% Crédito e caução 5.636 4.975 13,3% Protecção jurídica 0 0 0,0% Assistência 0 0 0,0% Automóvel Diversos Total 324.155 254.314 27,5% 6.258.827.530 5.588.025.743 12,0% Real Estimado Número de sinistros registados no exercício de 2009 Número de sinistros Variação Acidentes e doença 26.537 26.959 -1,6% Automóvel 112.208 100.704 11,4% Marítimo, aéreo e transportes 356 283 25,8% Incêndio e outros danos 21.139 17.386 21,6% Responsabilidade civil geral 1.411 1.361 3,7% Crédito e caução 3 1 200,0% 161.654 146.694 10,2% Total Anexos • www.zurichportugal.com 78 4.3 Prestação de informação quantitativa e qualitativa acerca do risco de mercado, risco de crédito, risco de liquidez e risco operacional. A informação qualitativa deve incluir, nomeadamente, a exposição ao risco e a origem dos riscos, objectivos, políticas e procedimentos de gestão de riscos e os métodos utilizados para mensurar os riscos, assim como alterações face ao período anterior. Num sentido lato, todos os riscos a que a Zurich está exposta são financeiros, por se poderem traduzir em perdas económicas e numa deterioração nos níveis de solvência. No entanto, existe um conjunto de riscos directamente relacionados com a gestão financeira da Zurich, abrangendo as funções investimento, financiamento e a gestão integrada dos activos e passivos financeiros, e não directamente relacionados com a gestão dos contratos de seguro ou dos sinistros, e incluem, entre outros, os riscos de mercado, de crédito e de liquidez. A Zurich identifica como riscos financeiros os seguintes riscos: • Risco de mercado: deriva do nível ou da volatilidade dos preços de mercado dos activos. Resulta da exposição a movimentos em variáveis financeiras como o preço das acções, taxas de juro, taxas de câmbio ou preços de commodities (ex: petróleo). Inclui ainda a exposição de produtos derivados (opções e futuros) a variações no preço do activo subjacente e está também fortemente relacionado com o risco de disparidade entre activos e passivos. • Risco de crédito: risco de incumprimento (default) ou de alteração na qualidade creditícia (rating) dos emitentes de valores mobiliários aos quais a empresa de seguros está exposta, bem como dos devedores, prestadores de serviços, mediadores, tomadores de seguro e resseguradores que com ela se relacionam. • Risco de liquidez: risco de exposição a perdas na eventualidade de existirem poucos activos com liquidez para cumprir os pagamentos das responsabilidades para com os tomadores de seguros, credores e outras contrapartes, quando elas forem devidas. • Risco operacional: risco de perdas resultantes da inadequação ou falha nos procedimentos internos, pessoas, sistemas ou eventos externos. Está associado a eventos como fraudes, falhas de sistemas e ao não cumprimento de normas e regras estabelecidas. Inclui ainda, por exemplo, o risco resultante de falhas no governo da sociedade, nos sistemas, nos contratos de prestação de serviços em outsourcing e no plano de continuidade do negócio. Análises de adequação entre activos e passivos (Asset Liability Management - ALM) A Zurich procede a análises de ALM com carácter regular utilizando este instrumento para definição e acompanhamento quer da política de investimentos quer da cobertura dos cashflows dos passivos pelos activos. Nos quadros seguintes encontram-se os resultados da análise efectuada nos finais dos exercícios de 2008 e de 2009: [email protected] 79 Data de avaliação: 31/12/09 Total Não Vida Curva de Cupão Zero Mapeamento 1D Activos % 0,38% 4.729.134 Passivos 1% % 0 Excedente 0% % 4.729.134 Capital 4% % 1.326.331 2% 15D 0,40% 20.889.950 4% (11.521.793) 3% 9.368.157 8% 360.388 0% 1M 0,45% 8.277.613 2% (11.514.224) 3% (3.236.611) -3% 506.229 1% 3M 0,70% 16.000.167 3% (28.622.090) 7% (12.621.923) -11% 831.772 1% 6M 0,99% 22.921.099 4% (51.548.059) 12% (28.626.960) -25% 7.813.423 10% 1Y 1,25% 53.789.566 10% (62.987.933) 15% (9.198.367) -8% 10.244.447 13% 2Y 1,53% 81.299.805 15% (50.649.554) 12% 30.650.251 27% 17.428.639 23% 3Y 2,10% 43.889.435 8% (39.871.442) 10% 4.017.992 4% 13.281.328 17% 4Y 2,71% 40.522.982 8% (31.854.368) 8% 8.668.614 8% 3.533.976 5% 5Y 3,08% 33.666.492 6% (26.110.035) 6% 7.556.457 7% 3.369.580 4% 6Y 3,33% 51.244.137 10% (20.802.438) 5% 30.441.699 27% 8.795.395 12% 7Y 3,59% 39.861.280 8% (16.208.375) 4% 23.652.905 21% 2.374.602 3% 8Y 3,79% 24.142.959 5% (12.683.133) 3% 11.459.827 10% 824.420 1% 9Y 3,92% 10.042.709 2% (10.020.801) 2% 21.907 0% 115.590 0% 10Y 4,07% 11.210.461 2% (32.313.516) 8% (21.103.055) -19% 2.098.909 3% 30Y 4,74% 884.053 0% (7.417.073) 2% (6.533.020) -6% 77.860 0% Tít. rendimento variável 64.523.360 12% 0 0% 64.523.360 57% 3.477.970 5% Valor da carteira 527.895.202 (414.124.834) 113.770.369 0 76.460.858 3.52 1.94 Unidade: € 3.58 Duração 3.59 Perda máxima Valor em risco (84%) 1 dia 1.470.757 0% 808.298 0% 0% 130.167 0% Tít. rendimento fixo 1.076.983 0% 808.298 0% 0% 139.911 0% Tít. rendimento variável 1.490.490 0% 0% 1.490.490 1% 80.341 0% Valor em risco (95%) 1 dia 38.523.450 7% 21.171.710 -5% 0 0% 3.409.468 4% Tít. rendimento fixo 28.209.345 5% 21.171.710 -5% 0 0% 3.664.675 5% Tít. rendimento variável 39.040.302 7% 0 0% 39.040.302 34% 2.104.369 3% Valor em risco (99%) 1 ano 54.166.306 10% 29.768.707 -7% 0% 4.793.919 6% Tít. rendimento fixo 39.664.049 8% 29.768.707 -7% 0 0% 5.152.755 7% Tít. rendimento variável 54.893.031 10% 0 0% 54.893.031 48% 2.958.871 4% Mapeamento de Activos e Passivos euros 100.000.000 80.000.000 60.000.000 40.000.000 20.000.000 0 -20.000.000 -40.000.000 -60.000.000 -80.000.000 1D 15D 1M 3M 6M 1Y 2Y 3Y 4Y 5Y 6Y 7Y 8Y 9Y 10Y 30Y Tít. Rend. Var. Anexos • www.zurichportugal.com 80 Data de avaliação: 31/12/08 Total Não Vida Curva de Cupão Zero Mapeamento Activos 1D 2,39% 15D 1M % Passivos % Excedente % Capital % 376.554 0% 0 0% 376.554 0% 4.070.066 7% 2,45% 4.475.695 1% (20.990.423) 5% (16.514.729) -16% 106.405 0% 2,60% 16.229.076 3% (20.928.611) 5% (4.699.536) -5% 209.574 0% 3M 2,89% 35.096.143 7% (51.891.362) 12% (16.795.218) -16% 170.583 0% 6M 2,97% 34.203.940 6% (92.958.324) 22% (58.754.385) -57% 6.436.551 11% 1A 3,05% 61.382.411 12% (90.820.350) 21% (29.437.939) -28% 7.161.142 12% 2A 2,56% 58.716.751 11% (36.852.831) 9% 21.863.920 21% 2.926.279 5% 3A 2,90% 37.275.018 7% (15.608.537) 4% 21.666.481 21% 2.974.577 5% 4A 3,40% 26.564.718 5% (15.043.408) 4% 11.521.310 11% 5.966.540 10% 5A 3,53% 25.388.711 5% (14.307.363) 3% 11.081.349 11% 1.091.309 2% 6A 3,58% 31.468.892 6% (11.086.588) 3% 20.382.305 20% 4.158.825 7% 7A 3,67% 48.028.567 9% (6.834.706) 2% 41.193.861 40% 6.263.365 11% 8A 3,82% 36.832.838 7% (6.823.390) 2% 30.009.448 29% 1.208.738 2% 9A 3,89% 24.223.040 5% (6.439.910) 2% 17.783.130 17% 787.318 1% 10A 3,97% 21.141.333 4% (18.397.805) 4% 2.743.528 3% 2.044.735 4% 30A 4,17% 1.473.670 0% (14.602.068) 3% (13.128.398) -13% 181.454 0% Tít. rendimento var. 64.182.126 12% 0 0% 64.182.126 62% 12.056.124 21% 527.059.481 (423.585.675) 103.473.806 57.813.586 Valor da carteira Unidade: € Duração 3,85 2,98 13,31 3,51 Perda máxima Valor em risco (84%) 1 dia 1.446.771 0,3% 458.834 -0,1% 0% 251.135 0,4% Tít. rendimento fixo 1.091.427 0,2% 458.834 -0,1% 0% 99.743 0,2% Tít. rendimento var. 1.450.516 0,3% 0,0% 1.450.516 1% 272.468 0,5% Valor em risco (95%) 1 ano 37.895.174 7,2% 12.018.202 -2,8% 0 0% 6.577.958 11,4% Tít. rendimento fixo 28.587.675 5,4% 12.018.202 -2,8% 0 0% 2.612.560 4,5% Tít. rendimento var. 37.993.277 7,2% 0 0,0% 37.993.277 37% 7.136.748 12,3% Valor em risco (99%) 1 ano 53.282.911 10,1% 16.898.321 -4,0% 0 0% 9.249.008 16,0% Tít. rendimento fixo 40.196.003 7,6% 16.898.321 -4,0% 0 0% 3.673.417 6,5% Tít. rendimento var. 53.420.850 10,1% 0 0,0% 53.420.850 52% 10.034.700 17,4% Mapeamento de Activos e Passivos euros 80.000.000 60.000.000 40.000.000 20.000.000 0 -20.000.000 -40.000.000 -60.000.000 -80.000.000 -100.000.000 1D 15D [email protected] 1M 3M 6M 1A 2A 3A 4A 5A 6A 7A 8A 9A 10A 30A Tít. Rend. Var. 81 A existência de uma desadequação entre os valores de activos e passivos no curto prazo, para equilíbrio da performance financeira, é mitigada com um maior cuidado na gestão dos fluxos financeiros. A análise atrás apresentada é complementada com uma análise da adequação das durações dos activos e passivos correspondentes de que apresentamos os quadros resumo: No final do exercício de 2009 u.m: anos Carteiras Duração do mapeamento Duração Macaulay TIR Duração modificada Macaulay TIR Duração da Curva de Cupão Zero ZN - AT - Passivos 6,09 6,02 5,81 6,09 ZN - AT - Activos 3,81 3,82 3,71 3,81 ZN - Outros - Passivos 2,91 2,88 2,80 2,91 ZN - Outros - Activos 3,62 3,63 3,52 3,62 ZN - Total - Passivos 3,75 3,70 3,59 3,75 ZN - Total - Activos 3,68 3,69 3,58 3,68 ZN - Total - Activos com capital 3,56 3,57 3,47 3,56 No final do exercício de 2008 u.m: anos Carteiras Duração do mapeamento Duração Macaulay TIR Duração modificada Macaulay TIR Duração da Curva de Cupão Zero ZN - AT - Passivos 9,08 9,79 9,42 9,83 ZN - AT - Activos 4,28 4,29 4,14 4,28 ZN - Outros - Passivos 1,46 1,45 1,41 1,46 ZN - Outros - Activos 3,86 3,86 3,73 3,86 ZN - Total - Passivos 2,96 3,09 2,98 3,11 ZN - Total - Activos 3,98 3,99 3,85 3,98 ZN - Total - Activos com capital 3,95 3,96 3,82 3,95 Dos resultados apresentados ressalta que a duração dos activos se adequa de forma global à duração dos passivos. Globalmente, pode-se concluir que a política que tem vindo a ser seguida na definição e escolha dos activos financeiros se revela adequada face às responsabilidades que suportam. Gestão do risco operacional Em termos gerais, todos os riscos são conotados por intrinsecamente conterem aspectos ligados ao risco operacional. A Zurich Portugal, na senda das iniciativas do Grupo Zurich The Zurich Way, integra um conjunto de iniciativas que ajudam a gerir os riscos operacionais, sustentando os seus processos e procedimentos em práticas standard e amplamente testadas como eficazes para assegurar boas práticas no âmbito dos riscos operacionais. Anexos • www.zurichportugal.com 82 Complementarmente, a Zurich tem trabalhado no sentido de identificar riscos que considera serem nucleares, através da aplicação de uma abordagem que é comum a todo o Grupo Zurich, fazendo uso da informação proveniente de outras formas de informação sobre risco, tais como o controlo interno e o Total Risk Profiling. Estamos a realizar análises sobre os chamados riscos operacionais, as quais incidem sobre a avaliação qualitativa de tais riscos, ao mesmo tempo que estamos empenhados, ao nível do Grupo, na construção de uma base de dados sobre Loss-Event. O desenvolvimento das análises de risco operacional no âmbito da função de Risk Management, permite-nos focalizar e dar prioridade às questões operacionais, tais como o outsourcing, riscos informáticos e Business Continuity Management. De facto, uma tarefa-chave é manter o nosso plano de Business Continuity Management actualizado, com especial ênfase para a continuidade do negócio em caso de evento súbitos, tais como catástrofes e pandemias. Risco de mercado Quanto ao risco de mercado, tal como acontece com o risco de crédito, a Zurich avalia e efectua regularmente a gestão do seu risco de mercado, comparando os níveis de concentração por emitente ou grupo pertencente a este e por classe de activos. O objectivo é não só o matching entre os activos e os passivos, ou seja, uma correcta adequação ao risco ALM, como também a monitorização da estratégia de alocação de activos (Strategic Asset Alocation), que é definida nos ALMIC’s – Asset Liability Management and Investment Committees, isto é, Comités de ALM e Investimento que se realizam numa base trimestral, compostos por membros locais e do Grupo Investments, na Suiça. Na análise dos riscos referidos, para além da gestão do risco de taxa de juro por intervalo de maturidade, da eficiência da alocação dos activos ao nível actual de risco e da conformidade com os limites das posições agregadas, está incluída a análise da duração dos activos e passivos inserida no risco ALM. Ao longo do ano de 2009 a duração dos activos foi sendo reduzida tendo em vista a sua adequação à duração dos passivos, situando-se dentro dos limites no final do ano. Ainda dentro do risco de mercado, é de referir a exposição aos vários riscos resultantes das flutuações nos preços das acções, no valor dos imóveis e nos mercados de capitais de uma forma geral. Estes riscos derivados dos mercados accionistas e do sector imobiliário, poderão afectar a liquidez da Zurich, os rendimentos planeados, os activos líquidos e a situação do capital perante a entidade reguladora, nomeadamente através da margem de solvência. Adicionalmente, poderá ter efeitos colaterais nas restantes classes de activos, como fundos de imóveis, empresas cotadas do sector, com eventuais repercussões ao nível da dívida emitida pelas mesmas. Tal como nos anteriores riscos referidos, os riscos decorrentes das variações de mercado quer nas acções quer nos imóveis, estão englobados no processo de gestão global do risco efectuada pela Zurich, pela aplicação de limites expressos nas respectivas directivas e linhas de orientação internas. [email protected] 83 Risco de taxa de juro O risco de taxa de juro é o risco associado às percas resultantes de alterações nas taxas de juro incluindo as alterações nas curvas de yield. A exposição a este tipo de riscos inclui os riscos emergentes dos produtos com taxas garantidas. É ainda afectada por este tipo de riscos a carteira de obrigações que seja considerada como disponível para negociação, uma vez que a sua valorização está intrinsecamente dependente do comportamento das taxas de juro. Análises de sensibilidade Nos quadros seguintes são mostrados, em separado, os impactos estimados na carteira de activos do grupo de um incremento das curvas de yield em 1 ponto percentual e de uma quebra de 10% no valor das acções com base em valores de 2009. Os valores apresentados foram calculados sem considerar o efeito de quaisquer medidas de mitigação que possam ser consideradas. As análises consideradas não reflectem qualquer expectativa relativamente a desenvolvimentos futuros dos mercados de capitais servindo apenas para avaliar a susceptibilidade das carteiras de activos aos choques considerados. Impacto no valor dos activos em euros: Incremento de 100bp na curva de cupão zero (18.001.571) Quebra de 10% no valor de mercado das acções (2.358.220) Risco de crédito A Zurich está exposta ao risco de crédito através das obrigações emitidas pelas contrapartes, que compõem as suas carteiras de títulos. Apresentamos a seguir uma tabela por notação de rating, que ilustra a exposição em obrigações ao risco de crédito. Valores em euros Obrigações por rating do emitente Rating 2009 2008 AAA 68.667.765 13,21% 114.885.702 23,65% AA+ 71.053.073 13,67% 46.001.471 9,47% AA 48.365.838 9,30% 7.254.206 1,49% AA- 2.929.440 0,56% 5.134.488 1,06% A+ 245.543.925 47,23% 221.897.021 45,68% A 6.021.771 1,16% 4.334.867 0,89% A- 19.133.276 3,68% 81.316.470 16,74% BBB+ 52.659.860 10,13% 0 0,99% BBB 5.510.422 1,06% 4.795.416 0,00% S/Rating Total 212 0,00% 161.562 0,03% 519.885.582 100,00% 485.781.203 100,00% Anexos • www.zurichportugal.com 84 O rating médio da carteira de obrigações é AA- que em 31 de Dezembro de 2009 era composta por 85,36% de obrigações do Estado, ou seja, cerca de 443.765 milhões de euros. Apenas 76.120 milhões de euros estavam investidos em obrigações corporate, o que representa 14,64% do total da carteira. Em 31 de Dezembro de 2008, o investimento em obrigações do Estado era de 436.008 milhões de euros, o que representava 89,76% da carteira, enquanto o total de obrigações corporate era de 49.741 milhões de euros, isto é, 10,24%. De acordo com as regras definidas pelo Grupo Zurich no manual Zurich Risk Policy (ZRP), praticamente toda a carteira em 31 de Dezembro de 2009, era investment grade. Em 31 de Dezembro de 2008 a situação era idêntica, com a quase totalidade da carteira, 99,97%, composta por obrigações investment grade e os remanescentes 0,03% sem notação de rating. No cumprimento do estipulado no manual acima referido, que contém um conjunto de normas e directivas internas onde estão especificadas as políticas e princípios de gestão dos riscos, não são permitidos investimentos em derivados. Ainda, de acordo com as normas e directivas de gestão de risco, são identificadas e implementadas medidas correctivas apropriadas relativamente aos investimentos em que hajam expectativas de sofrer um corte no rating para níveis abaixo de investment grade. Estão igualmente implementadas rotinas para monitorar os limites de exposição ao risco de crédito por emitente individual e agregado, por forma a evitar o risco de concentração, pelo que é avaliada a exposição a empresas afiliadas ou subsidiárias dos diversos emitentes, para comparação com os limites definidos pela Zurich. Em 31 de Dezembro de 2009 nenhum limite tinha sido ultrapassado, o que é comprovado pelo Chief Risk Officer através do seu respectivo relatório. Risco de liquidez Relativamente ao risco de liquidez, faz parte dos princípios de gestão dos riscos da Zurich que as suas carteiras de investimentos financeiros sejam compostas por activos suficientemente líquidos, de forma a mitigar eventuais riscos de inesperadas necessidades de tesouraria para fazer face aos compromissos financeiros assumidos que pudessem resultar em perdas consideráveis. Para isso, estão estabelecidas regras que emanam da política de investimentos definida nos respectivos Comités, com a forma como deve ser gerida e planeada a liquidez, tendo ainda em conta as maturidades das obrigações detidas. 4.4 Quantia de perdas por imparidade reconhecida e por imparidade revertida durante o período relativamente a activos de resseguro e as razões que suportam essa imparidade. Não se verificaram durante o exercício findo a 31 de Dezembro de 2009 perdas de imparidade relativamente a activos de resseguro. [email protected] 85 4.5 Informação qualitativa relativamente à adequação dos prémios e à adequação das provisões. Seguindo procedimentos comuns a todo o Grupo, a Zurich implementou linhas de orientação apropriadas no âmbito da tarifação das suas soluções de seguro, baseadas em sólidos princípios técnicos que aplica de forma sistemática, na prossecução de um objectivo de rentabilidade sustentada. O actuário responsável considera, após realização das análises actuariais pertinentes, que as provisões técnicas constituídas pela Zurich são globalmente adequadas e suficientes. 4.6 Informação qualitativa e quantitativa dos rácios de sinistralidade e de despesas, rácios combinados de sinistros e despesas e rácio operacional (resultante da consideração dos rendimentos obtidos com investimentos afectos aos vários segmentos), calculados sem dedução do resseguro cedido. Rácio líquido adquirido de despesas 2009 2008 Acidentes 19,4% 20,2% Doença 89,9% 25,4% Incêndio e outros danos 29,9% 28,5% Automóvel 24,6% 24,2% Marítimo, aéreo e transportes 20,5% 20,5% Responsabilidade civil geral 24,5% 25,0% Diversos 20,2% 17,6% 24,3% 23,8% Rácio de sinistralidade adquirida 2009 2008 Seguro Directo Seguro Directo Acidentes 72,4% 75,0% Doença 51,6% 13,4% Incêndio e outros danos 73,8% 54,3% Automóvel 57,9% 66,4% Marítimo, aéreo e transportes 22,1% 14,2% Responsabilidade civil geral 40,5% 30,9% Diversos -15,0% 28,4% 62,1% 64,5% Anexos • www.zurichportugal.com 86 Rácio sinistros resseguro cedido / sinistros seguro directo 2009 2008 Acidentes 0,0% -2,5% Doença 90,2% 92,5% Incêndio e outros danos 7,8% -0,2% Automóvel 0,8% 0,1% Marítimo, aéreo e transportes 78,8% 40,9% Responsabilidade civil geral 27,1% 1,2% Diversos 0,0% -6,4% 3,7% -0,3% Rácio de custos com sinistros resseguro cedido / prémios resseguro cedido 2009 2008 Acidentes -0,1% -80,8% Doença 60,7% 16,9% Incêndio e outros danos 26,6% -0,6% Automóvel 5,0% 0,9% Marítimo, aéreo e transportes 22,7% 7,9% Responsabilidade civil geral 31,5% 1,1% Diversos 0,0% -3,8% 18,4% -2,1% 4.7 Montantes recuperáveis, relativamente a montantes pagos pela ocorrência de sinistros, provenientes da aquisição dos direitos dos segurados em relação a terceiros (sub-rogação) ou da obtenção da propriedade legal dos bens seguros (salvados). Valores em euros Reembolso 2009 2008 Seguro Directo Seguro Directo - em aberto com menos de 1 ano 2.199.770 1.753.693 - em aberto com mais de 1 ano 6.763.023 5.578.486 8.962.793 7.332.179 [email protected] 87 6. Instrumentos financeiros (que não sejam contratos de investimento) Rubricas de balanço 6.1 Inventário de participações e instrumentos financeiros, de acordo com o modelo apresentado no anexo 1. Listagem das participações e instrumentos financeiros de acordo com o modelo apresentado no anexo 1. 6.6 Prestação de informação acerca das garantias colaterais cedidas e aceites, assim como dos activos cedidos e recebidos com acordo de recompra firme. A Zurich possui nas suas contas de Dezembro de 2009 obrigações emitidas por entidades não governamentais mas com garantia do Estado, cujo justo valor se encontra descriminado no quadro abaixo: Valores em euros Título CXGD 3,875% 12/12/2011 Justo valor 2009 Carteira Acidentes de trabalho Justo valor 2008 3.098.295 3.008.298 CXGD 3,875% 12/12/2011 Outros seguros 7.745.738 0 BCPPL 3,625% 19/01/2012 Outros seguros 3.084.138 0 METLIS 5,75% 04/02/2019 Outros seguros 1.081.460 0 CXGD 3,875% 12/12/2011 Livres 3.614.678 0 BCPPL 3,625% 19/01/2012 Livres 2.570.115 0 BESPL 3,75% 19/01/2012 Livres 7.213.892 0 6.8 Prestação de informação acerca de instrumentos financeiros compostos, com múltiplos derivados embutidos. No quadro abaixo, encontram-se detalhados os títulos com derivados embutidos e o respectivo justo valor em 31 de Dezembro de 2008. Valores em euros Justo valor 2009 Justo valor 2008 Contratos com um derivado embutido CIDFIN FLOAT 2013 (a) 0 914.240 Societe Gen. Acceptance Float 24/07/2009 0 535.700 BANK AUSTRIA 6% 04/05/09 0 246.550 RIJN FINANCE 5,9% 25/07/2015 (b) 0 130.850 RIJN FINANCE 6,35% 25/07/2015 (b) 0 30.500 Contratos com múltiplos derivados embutidos (a) - Vendido (b) - Efectuada a restante imparidade em 2009. Anexos • www.zurichportugal.com 88 Justo Valor 6.11 Descrição relativa ao apuramento do justo valor, designadamente: a) Dos métodos e, quando for usado um método de avaliação, dos pressupostos aplicados na determinação do justo valor de cada classe de activos financeiros e de passivos financeiros; Activos financeiros O justo valor é baseado em preços de cotação em mercado, quando disponíveis, e quando na ausência de cotação (inexistência de mercado activo) é determinado com base na utilização de preços de transacções recentes, semelhantes e realizadas em condições de mercado ou com base em metodologias de avaliação disponibilizadas por entidades especializadas, baseadas em técnicas de fluxos de caixa futuros descontados considerando as condições de mercado, o efeito do tempo, a curva de rentabilidade e factores de volatilidade. Passivos financeiros A Zurich não tem passivos financeiros valorizados ao justo valor. 6.12 Para as classes de activos financeiros e de passivos financeiros não valorizados a justo valor: a) Nos casos em que não podem ser mensurados com fiabilidade, indicação da sua não divulgação, referindo a causa; A Zurich tem duas acções não cotadas, a Audatex e a Imovalor, as quais se encontram valorizadas ao custo de aquisição, em conformidade com o previsto na IAS 39. b) Descrição dos instrumentos financeiros e das quantias escrituradas, bem como uma explicação da razão pela qual o seu justo valor não pôde ser mensurado com fiabilidade; Ver alínea a). Estes títulos não estão valorizados ao justo valor devido à inexistência de preço num mercado activo. Os valores em causa encontram-se discriminados no quadro abaixo: Valores em euros Activos financeiros disponíveis para venda 2009 2008 Acções 249.399 249.399 Imovalor SGII 224.459 224.459 Audatex - Peritagens informáticas 24.940 24.940 c) Informação sobre o mercado existente para esses instrumentos e indicação sobre se e como a empresa de seguros pretende alienar os instrumentos financeiros; Ver alínea b). A Zurich não pretende alienar as acções não cotadas no curto prazo. [email protected] 89 Natureza e extensão dos riscos resultantes de instrumentos financeiros 6.16 Prestação de informação qualitativa que permita avaliar a natureza e a extensão dos riscos resultantes de instrumentos financeiros, nomeadamente: a) Exposição ao risco e a origem dos riscos e quaisquer alterações referentes ao período; Os riscos resultantes de investimento em instrumentos financeiros são: risco de crédito, risco de mercado e risco de liquidez. Ver definições e análise efectuada na nota 4.3. b) Objectivos, políticas e procedimentos de gestão de risco; os métodos usados para gerir esses riscos e quaisquer alterações referentes ao período. Ver análise efectuada na nota 4.3. 6.17 Prestação de informação quantitativa que permita avaliar a natureza e a extensão dos riscos resultantes de instrumentos financeiros por cada tipo de risco, nomeadamente: a) A exposição ao risco e a origem dos riscos e quaisquer alterações referentes ao período; A exposição ao risco por tipo de activo encontra-se evidenciada no quadro abaixo. Não ocorreram alterações significativas no período. Valores em euros Investimentos 2009 2008 Terrenos e edifícios 42.107.107 42.338.325 Activos financeiros disponíveis para venda 554.646.038 528.136.795 - Instrumentos de capital e unidades de participação 23.582.200 31.751.367 - Títulos de dívida 531.063.839 496.385.428 Empréstimos concedidos e contas a receber 3.290.589 1.141.463 Caixa e equivalentes e depósitos à ordem Total 789.537 1.709.381 600.833.272 573.325.965 b) A quantia que melhor representa a exposição máxima ao risco de crédito à data de relato sem ter em consideração quaisquer garantias detidas ou outras melhorias da qualidade de crédito, assim como, descrição das garantias colaterais detidas a título de caução e outras melhorias da qualidade de crédito, informação acerca da qualidade de crédito de activos financeiros que não estejam vencidos nem em imparidade e a quantia escriturada de activos financeiros cujos termos foram renegociados e que, caso contrário, estariam vencidos ou em imparidade; Ver análise efectuada em 4.3. Anexos • www.zurichportugal.com 90 c) Análise da maturidade dos activos financeiros vencidos à data de relato mas não em imparidade, assim como dos activos financeiros individualmente considerados em imparidade à data de relato, descrevendo designadamente os factores que a entidade tomou em linha de conta na determinação dessa imparidade e descrição das garantias colaterais detidas pela entidade a título de caução e outras melhorias da qualidade de crédito e, salvo se impraticável, uma estimativa do seu justo valor; Ver nota 3.1. c). O total de perdas por imparidade reconhecido no ano de 2009 foi de 1.251.194 euros (2008: 12.285.924 euros). Se a Zurich tivesse aplicado os critérios de 2008 para os títulos de rendimento variável cotados (uma desvalorização prolongada de pelo menos 12 meses e de mais de 20% do respectivo valor de aquisição ou uma desvalorização significativa na cotação – mais de 50% do respectivo valor de aquisição) o valor da imparidade seria de 1.251.194 euros, sem qualquer impacto no ganhos e perdas. Valores em euros Quadro de evolução de imparidades Saldo inicial 2009 13.012.749 1.069.610 Reforço 1.251.194 12.285.924 Libertação por vendas (9.327.308) (342.785) 4.936.636 13.012.749 Saldo final 2008 Valores em euros Valor acumulado de imparidades por tipo de activo 2009 2008 Títulos de rendimento variável Acções 13.106.728 12.016.77 7 Títulos de rendimento variável Obrigações Total 1.500.000 1.338.757 14.606.728 13.355.534 f) Uma análise de sensibilidade para cada tipo de risco de mercado ao qual a empresa está exposta à data de relato que mostre a forma como os ganhos e perdas e o capital próprio teriam sido afectados por alterações, razoavelmente possíveis àquela data, na variável em questão, assim como, os métodos e pressupostos utilizados na elaboração da análise de sensibilidade e as alterações introduzidas nos métodos e pressupostos utilizados face ao período anterior, bem como as razões dessas alterações; Ver análises de sensibilidade efectuadas em 4.3. [email protected] 91 8. Caixa e equivalentes. Depósitos à ordem 8.1 Descrição dos componentes de caixa e seus equivalentes e depósitos à ordem, e reconciliação das quantias incluídas na demonstração de fluxos de caixa com os itens equivalentes relatados no balanço. Valores em euros 2009 2008 Numerário 9.742 38.439 Depósitos bancários imediatos mobilizáveis 779.795 1.670.942 Equivalentes a caixa 0 0 Outras disponibilidades 0 0 789.537 1.709.381 Disponibilidades constantes do balanço (a) A desenvolver segundo as rubricas do balanço 9. Terrenos e edifícios 9.1 Identificação do modelo de valorização aplicado. O modelo de valorização utilizado para os terrenos e edifícios de uso próprio é o modelo do custo, enquanto que para os terrenos e edifícios de rendimento é utilizado o modelo do justo valor. 9.2 Descrição dos critérios utilizados para distinguir terrenos e edifícios de rendimento de terrenos e edifícios de uso próprio. Na distinção entre terrenos e edifícios de rendimento e terrenos e edifícios de uso próprio, a Zurich apela aos critérios de classificação que constam, respectivamente, nas IAS 16 e 40. Assim, para tal distinção entre uso próprio e rendimento no que diz respeito à classe de terrenos e edifícios, a Zurich adopta o princípio da recuperabilidade do activo. Deste modo, e para os imóveis cuja recuperabilidade seja por via da obtenção de rendas ao invés do seu uso continuado, a Companhia classifica-os como imóveis de rendimento, utilizando os critérios de mensuração da IAS 40. Por sua vez, para os imóveis cujo principal fim seja o seu uso continuado, a Zurich classifica-os como imóveis de uso próprio, aplicando nesse caso, os critérios de mensuração subsequente que constam da IAS 16. Modelo de justo valor 9.3 Indicar em que medida o justo valor do terreno e edifício de rendimento se baseia numa valorização de um avaliador independente que possua uma qualificação profissional reconhecida e relevante e que tenha experiência recente na localização e na categoria da propriedade que está a ser valorizada. O justo valor dos terrenos e edifícios de rendimento baseia-se numa valorização efectuada por um avaliador independente e, para as situações cujos montantes excedem os 7.500.000 euros, a Zurich solicita uma segunda avaliação, considerando a menor das duas. Anexos • www.zurichportugal.com 92 Os avaliadores independentes possuem formação académica e qualificação profissional reconhecida e relevante para a emissão dos relatórios de avaliação, versando várias áreas, das quais se destacam a consultoria imobiliária, a coordenação, fiscalização e gestão de empreendimentos, o ensino e a investigação. 9.4 Descrição dos métodos e pressupostos significativos aplicados na determinação do justo valor dos terrenos e edifícios, incluindo uma declaração sobre se a determinação do justo valor foi suportada por evidências do mercado ou foi essencialmente ponderada por outros factores por força da natureza da propriedade e da falta de dados de mercado comparáveis, indicando, nesse caso, esses mesmos factores. A reavaliação dos terrenos e edifícios foi realizada tendo em conta o estado e características dos imóveis, a sua idade, as eventuais obras de manutenção/remodelação efectuadas nos diversos imóveis (mesmo se levadas a cabo pelos locatários), o seu tipo de ocupação (arrendadas ou devolutas) e, nos casos em que se aplica, o valor da renda praticada. O estudo de avaliação teve por base os elementos fornecidos pela Zurich e a vistoria efectuada ao local. A situação actual do mercado imobiliário é de uma significativa recessão, penalizando sobretudo imóveis situados em localizações secundárias, como é o caso de alguns imóveis em estudo. Atendendo às condições do mercado imobiliário actual, considerou-se, para as fracções supostas devolutas onde não se verificaram alterações significativas no seu estado e na sua envolvente, que não terá ocorrido nos últimos anos qualquer valorização significativa. Este critério tem por base a convicção, na qual eventuais valorizações dos edifícios foram de certa maneira absorvidas pela degradação dos mesmos (em resultado da ausência de investimento ao nível de obras de conservação ou reabilitação) e/ou quebra no mercado. A excepção a este critério, com a consequente valorização dos mesmos, foi atribuído a imóveis cuja localização é excelente (centro financeiro da cidade de Lisboa ou Porto) e/ou os quais foram, recentemente, objecto de obras de reabilitação e conservação. A valorização das fracções faz-se mediante a consideração da média dos valores resultantes da aplicação dos seguintes dois métodos: a) Método de mercado; b) Método do rendimento. O método de mercado é utilizado no caso das fracções se encontrarem devolutas, ou caso os imóveis estejam ocupados pela Zurich. No caso das fracções estarem arrendadas, é também determinado o seu valor com base no método do rendimento. Neste caso, tendo em conta a eventualidade das fracções ficarem devolutas, a determinação dos valores de avaliação das fracções arrendadas tem por base a seguinte expressão: V.A. = 0,6 x V.B.R. + 0,4 x V.D. V.A. - Valor de avaliação V.B.R. - Valor baseado no rendimento V.D. - Valor livre (ou devoluto) [email protected] 93 O correspondente valor dos prédios em que existam fracções arrendadas é determinado pelo somatório do valor das fracções, obtido com base neste critério. 9.5 Reconciliação entre as quantias escrituradas do terreno e edifício no início e no fim do período, evidenciando: a) Adições, divulgando separadamente as adições resultantes de aquisições e as resultantes de dispêndio subsequente reconhecido na quantia escriturada de um activo; Valores em euros Saldo inicial Valor de aquisição De rendimento Terrenos Transferências Valor de balanço Aquisições Reavaliações e perdas por imparidade Beneficiações (*) Valor de aquisição Outras alterações Valor de balanço Valor de aquisição Saldo final Valor de balanço Valor de aquisição Valor de balanço 5.638.054 0 0 5.638.054 9.247.559 0 0 -22.788 0 0 Edifícios 16.914.162 27.742.677 0 0 -68.364 0 0 16.914.162 27.674.313 Total 22.552.215 36.990.237 0 0 -91.153 0 0 0 9.224.771 0 22.552.215 36.899.084 d) Ganhos ou perdas líquidos provenientes de ajustamentos de justo valor; Durante o exercício foram efectuadas reavaliações de terrenos e edifícios de rendimento no montante global de -91.153 euros. f) Transferências; Ver alínea a). g) Outras alterações. Ver alínea a). Modelo do custo 9.6 Indicação dos critérios de mensuração usados para determinar a quantia escriturada bruta, dos métodos de depreciação utilizados e das vidas úteis ou das taxas de depreciação usadas. No reconhecimento inicial dos valores dos terrenos e edifícios de serviço próprio, a Zurich utilizou o custo de aquisição original, atribuindo aos terrenos 25% do valor, ficando o edifício com os restantes 75%. Adicionalmente, consideraram-se todas as benfeitorias efectuadas até à data de transição. Ao nível da mensuração subsequente, a Zurich opta pelo estabelecimento de uma vida útil que seja capaz de espelhar o tempo estimado de obtenção de benefícios económicos, depreciando o bem por esse período. Os terrenos não são sujeitos a amortização. As beneficiações que vão ocorrendo, são adicionadas ao valor de custo do activo e amortizadas desde a data que foram efectuadas até ao final da vida útil estimada para o edifício. A vida útil de cada bem é revisto a cada data de relato financeiro. Anexos • www.zurichportugal.com 94 No que respeita ao método de depreciação, a Zurich utiliza o método linear, dado que é o que melhor reflecte o padrão esperado de consumo dos benefícios económicos do activo. Esse método é aplicado consistentemente a toda a classe de activos. Uma vez que a Zurich já efectuava o reporte financeiro para o Grupo Zurich, de acordo com as IFRS, adoptou o princípio estabelecido no parágrafo 24 da IFRS 1, e reconheceu no seu balanço de abertura as amortizações acumuladas, em conformidade com o reportado à casa-mãe no ano de 2007. A Zurich realiza ainda consistentemente testes de imparidade para averiguar se o valor escriturado do activo excede o seu valor realizável líquido. No caso de a diferença entre o valor recuperável e o valor escriturado do activo ser negativa, é reconhecida uma perda por imparidade nesse montante. Na aplicação deste procedimento, a Zurich aplica a metodologia constante da IAS 36 em articulação com a IAS 16. 9.7 Indicação da quantia escriturada bruta e da depreciação acumulada (agregada com as perdas por imparidade acumuladas) no início e no fim do período. Valores em euros Saldo inicial Valor bruto Saldo final Perdas de imparidade acumuladas Depreciação acumulada Transferências e alienações Valor líquido Valor bruto Depreciação acumulada Perdas de imparidade acumuladas Valor líquido De serviço próprio Terrenos 577.942 0 Edifícios 7.015.742 2.245.595 0 4.770.147 0 7.015.742 2.385.660 0 4.630.081 Total 7.593.684 2.245.595 0 5.348.089 0 7.593.684 2.385.660 0 5.208.023 0 577.942 0 577.942 0 0 577.942 9.8 Reconciliação entre as quantias escrituradas do terreno e edifício no início e no fim do período, evidenciando: a) Adições, divulgando separadamente as adições resultantes de aquisições e as resultantes de dispêndio subsequente reconhecido na quantia escriturada de um activo; Valores em euros Saldo inicial De serviço próprio Terrenos Aquisições Beneficiações Alienações 577.942 0 Depreciações Perdas por Transferências imparidade Saldo final Outras alterações 0 0 0 0 0 0 577.942 Edifícios 4.770.147 0 140.065 0 0 0 4.630.081 Total 5.348.089 0 140.065 0 0 0 5.208.023 [email protected] 0 0 95 d) Depreciações; Ver alínea a). e) A quantia de perdas por imparidade reconhecida e por imparidade revertida durante o período de acordo com a IAS 36; Não foram registadas perdas por imparidade no exercício. g) Transferências; Ver alínea a). h) Outras alterações. Ver alínea a). 9.9 Indicação do justo valor dos terrenos e edifícios de rendimento, sem prejuízo dos casos específicos considerados na nota 9.19. Ver justo valor dos terrenos e edifícios de rendimento na nota 9.5 a). Terrenos e edifícios de rendimento 9.17 Identificação das quantias reconhecidas em ganhos e perdas relativas a: a) Rendimentos de rendas de terrenos e edifícios de rendimento; Valores em euros 2009 2008 Rendimentos Rendas e alugueres 3.169.290 3.076.934 b) Gastos operacionais directos (incluindo reparações e manutenção) separados por terrenos e edifícios de rendimento, que geraram rendimentos de rendas durante o período e terrenos e edifícios de rendimento que não geraram rendimentos de rendas durante o período; Gastos operacionais directos de terrenos e edifícios de rendimento que geraram rendimentos: Valores em euros 2009 2008 Gastos directos Reparações, manutenções e outras despesas 1.228.371 1.108.537 Anexos • www.zurichportugal.com 96 Gastos Operacionais Directos de Terrenos e Edifícios de Rendimento que não geraram rendimentos: Valores em euros 2009 2008 Gastos directos Reparações, manutenções e outras despesas 2.457 1.395 10. Outros activos fixos tangíveis (excepto terrenos e edifícios) Prestação da informação exigida nas notas 9.20 a 9.23 e a associada ao correspondente modelo de valorização utilizado. A informação constante nas notas 9.20 a 9.23 não é aplicável aos activos fixos tangíveis da Zurich. Os activos tangíveis da Zurich encontram-se valorizados ao custo deduzido das respectivas amortizações acumuladas e perdas de imparidade. Modelo do custo 10.1 Indicação dos critérios de mensuração usados para determinar a quantia escriturada bruta, dos métodos de depreciação utilizados e das vidas úteis ou das taxas de depreciação usadas. No reconhecimento inicial dos valores dos outros activos tangíveis, a Zurich capitaliza o valor de aquisição adicionado de quaisquer encargos necessários para o funcionamento correcto de um dado activo, de acordo com o disposto na IAS 16. Ao nível da mensuração subsequente, a Zurich opta pelo estabelecimento de uma vida útil que seja capaz de espelhar o tempo estimado de obtenção de benefícios económicos, depreciando o bem por esse período. A vida útil de cada bem é revisto a cada data de relato financeiro. Sempre que haja evidência objectiva que o valor escriturado dos activos tangíveis excede o seu valor de mercado é reconhecida uma perda por imparidade pela diferença, de acordo com a metodologia proposta pela IAS 36 em articulação com a IAS 16. No que respeita ao método de depreciação, a Zurich utiliza o método linear, dado que é o que melhor reflecte o padrão esperado de consumo dos benefícios económicos do activo. Esse método é aplicado consistentemente, a toda a classe de activos. [email protected] 97 10.2 Indicação da quantia escriturada bruta e da depreciação acumulada (agregada com as perdas por imparidade acumuladas) no início e no fim do período. Valores em euros Saldo inicial Valor bruto Equipamento administrativo Depreciações + imparidade 4.021.915 3.733.151 Depreciações + imparidade Aumentos Valor líquido Aquisições Reavaliações 288.764 54.115 Transferências Alienações e abates 0 (653.209) 0 Reforço Saldo final Regularizações 72.905 648.451 Valor Bruto Depreciações + imparidade 3.422.822 3.157.605 Valor líquido 265.216 Máquinas e ferramentas 167.655 151.242 16.413 0 0 (102.723) 0 4.589 102.723 64.932 53.108 11.824 Equipamento informático 661.013 481.549 179.464 23.446 0 (31.366) 0 162.080 31.366 653.093 612.263 40.830 1.005.796 1.892.279 176.006 0 (82.768) 0 290.358 82.768 2.991.313 0 0 0 (181.244) 104.422 174.907 442.150 Instalações interiores 2.898.075 Material de transporte 623.394 Equipamento hospitalar 74.071 Outras imob. corpóreas 3.240.502 1.213.387 1.777.927 450.335 173.059 379.851 62.299 73.951 120 0 0 (73.108) 0 120 73.108 963 963 0 2.165.170 1.075.332 150.570 0 (265.952) 0 244.732 269.076 3.125.120 2.140.826 984.294 Imobilizações em curso 0 0 0 194.138 0 0 0 0 0 194.138 0 194.138 Adiantamentos por conta 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8.061.193 3.625.431 598.275 0 (1.209.125) (181.244) 879.207 Total 11.686.624 1.382.398 10.894.530 7.558.002 3.336.528 10.3 Reconciliação entre as quantias escrituradas dos activos tangíveis no início e no fim do período, evidenciando: a) Adições, divulgando separadamente as adições resultantes de aquisições e as resultantes de dispêndio subsequente reconhecido na quantia escriturada de um activo; Ver nota 10.2. d) Depreciações; Ver nota 10.2. e) A quantia de perdas por imparidade reconhecida e a quantia de perdas por imparidade revertida durante o período de acordo com a IAS 36; Não foram registadas perdas por imparidade no exercício. g) Transferências; Ver nota 10.2. h) Outras alterações. Ver nota 10.2. Anexos • www.zurichportugal.com 98 10.4 Indicação do justo valor dos activos tangíveis, sem prejuízo dos casos específicos considerados na nota 9.19. Considera-se que o valor contabilístico relevado não difere significativamente do valor de realização dos activos tangíveis detidos. 11. Afectação dos investimentos e outros activos Em 31 de Dezembro de 2009 as rubricas de investimentos e outros activos apresentavam a seguinte composição, de acordo com a respectiva afectação: Valores em euros Seguros não vida Total 2009 Não afectos Seguros não vida Total 2008 Não afectos Caixa e equivalentes 109.298 680.239 789.537 554.102 1.155.279 1.709.381 Terrenos e edifícios 42.037.107 70.000 42.107.107 42.238.173 100.153 42.338.325 Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 0 0 0 0 0 0 Activos financeiros detidos para negociação 0 0 0 0 0 0 a justo valor através de ganhos e perdas 0 0 0 0 0 0 Derivados de cobertura 0 0 0 0 0 0 Activos financeiros disponíveis para venda 478.896.376 75.749.663 554.646.038 475.324.151 Empréstimos concedidos e contas a receber 0 3.290.589 3.290.589 0 Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial 52.812.644 528.136.795 1.141.463 1.141.463 Investimentos a deter até à maturidade 0 0 0 0 0 0 Outros activos tangíveis 0 3.336.528 3.336.528 0 3.625.431 3.625.431 56.973.003 79.287.043 Outros activos Total 18.310.840 53.760.961 72.071.801 22.314.040 539.353.622 136.887.979 676.241.601 540.430.466 115.807.974 656.238.440 12. Activos intangíveis 12.1 Identificação do modelo de valorização aplicado. Os activos intangíveis da Zurich encontram-se valorizados ao custo deduzido das respectivas amortizações acumuladas e perdas de imparidade. [email protected] 99 12.3 Prestação da seguinte informação, para cada classe de activo intangível, distinguindo entre os activos intangíveis gerados internamente e outros activos intangíveis: a) Se as vidas úteis são indefinidas ou finitas e, se forem finitas, as vidas úteis ou as taxas de amortização usadas; Activos intangíveis gerados internamente Despesas com aplicações informáticas Outros activos intangíveis N Taxa de amortização Vida útil finita? S S 20% a 33,33% b) Os métodos de amortização usados para activos intangíveis com vidas úteis finitas; As amortizações são calculadas com base no método das quotas constantes, de acordo com a vida útil estimada para os respectivos activos intangíveis. c) A quantia bruta escriturada e qualquer amortização acumulada (agregada com as perdas por imparidade acumuladas) no início e no fim do período; Valores em euros Saldo inicial Valor bruto Amortizações + imparidade Amortizações + imparidade Aumentos Valor líquido Aquisições Beneficiações Transferências Alienações e abates Reforço Saldo final Regularizações Valor Bruto Amortizações + imparidade Valor líquido Despesas c/ aplicações informáticas 3.249.097 3.035.018 214.079 277.882 0 0 0 220.634 0 3.526.979 3.255.653 0 0 (105.892) 0 0 3.354.989 3.035.018 319.971 277.882 0 (105.892) 0 220.634 271.327 Activos intangíveis em curso Total 105.892 0 105.892 0 0 0 0 0 3.526.979 3.255.653 271.327 d) Os itens de cada linha da conta de ganhos e perdas em que qualquer amortização de activos intangíveis esteja incluída; Valores em euros 2009 2008 Custos de aquisição 58.183 52.188 Custos administrativos 134.293 274.590 Custos com sinistros 28.158 25.453 220.634 352.231 Total Anexos • www.zurichportugal.com 100 e) A quantia escriturada e o período de amortização restante de qualquer activo intangível individual que seja material. Ver comentário na nota 12.5. f) Informação exigida nas notas 9.7, 9.8 (excepto alínea g)), 9.11, 9.13, 9.14 e 9.15. Ver informação exigida nas notas 9.7 e 9.8 (excepto alínea g)) na tabela da nota 12.3 c). As notas 9.11, 9.13, 9.14 e 9.15 não são aplicáveis. 12.5 Indicação da quantia escriturada e do período de amortização restante de qualquer activo intangível individual que seja material para as demonstrações financeiras da empresa de seguros. Valores em euros Ano Início Projecto Arquivo Óptico SINAL - 3.ª Fase 2009 Valor aquisição 145.844 Período de amortização restante Vida útil 5 Anos 4 anos e 9 meses Valor de amortização restante 136.121 13. Outras provisões e ajustamentos de contas do activo 13.1 Desdobramento das contas de ajustamentos e outras provisões pelas respectivas sub contas, conforme quadro seguinte: Valores em euros Saldo inicial Aumento Redução Saldo final 2008 490 - Ajustamentos de recibos por cobrar 1.180.525 0 (502.922) 677.603 491 - Ajustamentos de créditos de cobrança duvidosa 1.651.589 214.062 (102.695) 1.762.957 492 - Outras provisões 85.000 926.106 0 1.011.106 490 - Ajustamentos de recibos por cobrar 677.603 0 (17.798) 659.805 491 - Ajustamentos de créditos de cobrança duvidosa 1.762.957 346.346 (162.245) 1.947.057 492 - Outras provisões 1.011.106 2.228.152 -897.362 2.341.896 2009 [email protected] 101 13.2 Descrição da natureza da obrigação e do momento de ocorrência esperado de quaisquer exfluxos de benefícios económicos resultantes dos ajustamentos e provisões constituídos e indicação da incerteza acerca da quantia e/ou do momento de ocorrência desses exfluxos, assim como a quantia de qualquer reembolso esperado com referência a qualquer activo que tenha sido reconhecido no âmbito desse reembolso. Ajustamentos de recibos por cobrar Os ajustamentos de recibos por cobrar destinam-se a reconhecer nos resultados dos seguradores o impacto da potencial não cobrança dos recibos de prémios emitidos. Face a esta definição importa identificar qual é efectivamente o impacto de um prémio em cobrança nos resultados da Zurich. As provisões para prémios não adquiridos constituídas correspondem ao período de risco coberto pelo prémio que durante a sua vida útil irá sendo reduzida até à sua extinção. Neste caso, no momento da extinção o proveito da Zurich associado ao prémio será igual ao valor do prémio deduzido das comissões que este suportou e dos encargos adicionais sobre ele incidentes. Considerando o atrás exposto fica clara a necessidade da criação de um ajustamento para recibos por cobrar. Para a constituição da reserva foi, em primeiro lugar, determinado qual o rácio de anulação de recibos pendentes ao fim de determinados intervalos de tempo em períodos de observação definidos para cada uma das linhas de negócio. Os rácios foram apurados com base na experiência dos anos 2005 a 2008, por modalidade, segmentos de clientes (individuais e empresas) e por tipo de prémio (fixo e variável). Este rácio permite-nos ter uma estimativa aproximada da probabilidade de anulação de um recibo que esteja em cobrança dentro de cada escalão de antiguidade. Em simultâneo foi determinada a margem de lucro de cada prémio em cobrança, tendo em conta os prémios adquiridos, a parte do ressegurador sobre os prémios, as comissões, os custos de aquisição diferidos e as taxas. Através do processamento informático foi efectuado o cálculo (recibo a recibo) da margem de lucro para os recibos pendentes, tendo essa margem sido agrupada pelas diferentes classes de antiguidade constituídas. Após determinar as margens de lucro de cada uma das classes e a probabilidade de anulação de cada uma delas resulta que podemos obter uma estimativa da perca de lucro que resultará do volume de anulações esperado de acordo com as observações efectuadas. O montante assim apurado constituirá o núcleo principal dos ajustamentos de recibos por cobrar. Anexos • www.zurichportugal.com 102 Valores em euros Soma dos ramos Prémios pendentes Total do recibo #Rec 47.567 14.140.270 Prémios emitidos de seg. directo 304.707.948 Parte do ressegurador: 36.802.444 Parte do ressegurador % prémios: 12,1% 12.551.540 Comissão Comissão PPNA cobrança angari(Balanço) Margem ação 129.157 1.232.485 9.450.091 2.205.020 Prob. anul. Provisão p/ rec. pend. 30% 659.805 43.504 10.965.321 9.808.981 103.173 979.699 7.940.115 1.176.929 39% 463.805 ] ,05] 15.357 4.549.503 4.089.010 41.399 403.221 3.510.362 267.260 18% 48.421 ]05,10] 5.501 1.309.241 1.166.014 13.230 121.319 1.057.731 74.729 28% 21.131 ]10,15] 5.065 1.257.330 1.116.958 12.154 112.976 978.875 77.798 31% 23.906 ]15,30] 12.138 2.797.896 2.493.426 26.902 256.546 1.982.885 360.543 42% 152.724 ]30,60] 3.040 738.767 663.706 6.727 60.835 362.344 229.391 45% 103.652 ]60,90] 526 140.071 124.836 959 9.318 45.392 45.999 50% 23.037 ]90,120] 779 63.055 56.775 681 5.968 351 45.353 56% 25.612 ]120, [ 9.516 2.175 Prémios fixos pendentes Prémio do recibo Prémios variáveis pendentes 1.098 109.459 98.256 1.121 75.856 86% 65.322 4.063 3.174.949 2.742.559 25.984 252.786 1.509.976 1.028.091 19% 196.000 ] ,05] 916 1.815.164 1.589.942 11.910 117.888 938.753 556.857 16% 87.479 ]05,10] 193 111.171 95.427 1.138 11.152 74.078 16.364 22% 3.532 ]10,15] 151 200.420 163.288 1.992 18.189 107.234 45.012 11% 5.089 ]15,30] 1.663 673.326 575.772 6.843 68.337 371.393 163.324 15% 24.031 ]30,60] 246 126.774 106.860 1.531 12.952 18.243 72.165 15% 11.167 ]60,90] 46 11.738 10.048 125 1.211 275 8.086 24% 1.913 ]90,120] 237 102.953 85.504 1.062 10.967 0 69.946 32% 22.335 ]120, [ 611 133.403 115.718 1.383 12.090 0 96.337 42% 40.454 Ajustamentos de créditos de cobrança duvidosa Os ajustamentos de créditos de cobrança duvidosa destinam-se a cobrir riscos resultantes da incobrabilidade de dívidas a receber de Clientes, Agentes, Corretores e outros intermediários provenientes das transacções correntes entre estas entidades e a Zurich. Estas operações referem-se a cobranças de recibos para os quais posteriormente se constata irregularidade no meio de pagamento. A Zurich realiza iniciativas para a regularização dos montantes em dívida, quer através da sua área de contencioso quer recorrendo posteriormente à via judicial. Para a constituição ou incremento dos ajustamentos de créditos de cobrança duvidosa é efectuada uma análise casuística, tendo em conta a antiguidade do valor a receber e as características do devedor. Outras provisões Estas provisões destinam-se a registar as responsabilidades derivadas de contingências para as quais se estima um exfluxo financeiro futuro. [email protected] 103 O montante da provisão compreende processos judiciais interpostos contra a Zurich sendo definidos com base nos valores das acções e respectivos custos judiciais. Esta provisão inclui no exercício de 2009 o montante de 2.124.179 euros, referente a uma estimativa dos valores a liquidar em benefícios de cessação de emprego para empregados abrangidos por um processo de reestruturação. 14. Prémios de contratos de seguro 14.1 Indicação dos prémios reconhecidos resultantes de contratos de seguro. Em 31 de Dezembro de 2009 a Zurich reconheceu, no ganhos e perdas, prémios resultantes de contratos de seguro, no montante de 304.708 mil euros (2008: 303.958 mil euros). 14.3 Discriminação de alguns valores relativos ao seguro não vida entre seguro directo e resseguro aceite e, dentro do seguro directo, entre os vários ramos/grupos de ramos, conforme anexo 4. Ver anexo 4. 16. Rendimentos / Réditos de investimentos 16.1 Descrição das políticas contabilísticas adoptadas para o reconhecimento dos réditos. Ver nota 3.1 j) 16.2 Indicação, por categoria de investimento, da quantia de cada categoria significativa de rédito reconhecida durante o período incluindo o proveniente, nomeadamente, de juros, royalties e dividendos. Valores em euros Investimentos Terrenos e edifícios 2009 Rendimentos Activos financeiros disponíveis para venda 3.169.290 2008 3.076.934 3.169.290 3.076.934 21.441.241 21.647.146 Dividendos 1.503.990 1.793.087 Juros 20.806.400 20.851.709 Custo amortizado à taxa de juro efectiva (869.149) (997.650) 88.872 242.224 Juros 88.872 242.224 Caixa e equivalentes e depósitos à ordem 13.312 128.096 Empréstimos concedidos e contas a receber Juros Total 13.312 128.096 24.712.715 25.094.401 Anexos • www.zurichportugal.com 104 17. Ganhos e perdas realizados em investimentos Indicação, por categoria de investimento, da quantia dos ganhos e perdas realizados por via da respectiva alienação. Valores em euros Valias realizadas de investimentos Activos financeiros disponíveis para venda 2009 2008 1.610.204 326.702 Acções e outros títulos de rendimento variável 1.523.260 804.325 Obrigações e outros títulos de rendimento fixo 86.944 (477.623) Terrenos e edifícios 0 50.034 Total 1.610.204 376.736 18. Ganhos e perdas provenientes de ajustamentos de justo valor em investimentos Indicação, por categoria de investimento, da quantia dos ganhos e perdas provenientes de ajustamentos de justo valor. Valores em euros Ganhos e perdas - Ajustamentos de justo valor 2009 2008 Terrenos e edifícios -91.153 901.167 Total -91.153 901.167 19. Ganhos e perdas em diferenças de câmbio Indicação da quantia das diferenças de câmbio reconhecidas nos resultados, excepto as que resultem de instrumentos financeiros valorizados pelo justo valor através dos resultados. Os valores constantes nas rubricas de ganhos e perdas relativos a diferenças cambiais resultam de: Valores em euros 2009 Valores de moeda estrangeira convertidos para EUR 2008 (14) (310) Diferenças ocorridas no momento da liquidação de facturas (11.989) (28.751) Total (12.003) (29.060) [email protected] 105 Os valores de moeda estrangeira foram convertidos para euros utilizando o último câmbio de referência do Banco de Portugal, de acordo com o quadro seguinte: Moeda € Franco Suíço (CHF) 0.6740 Dólar (USD) 0.6942 Libra Esterlina (GBP) 1.1260 Coroas Suecas (SEK) 0.0975 20. Custos de financiamento Indicação, por categoria de veículo de financiamento, da quantia de juros e/ou dividendos. Não aplicável. 21. Gastos diversos por função e natureza 21.1 Análise dos gastos usando uma classificação baseada na sua função, nomeadamente para aquisição de contratos de seguro e investimento (aquisição e administrativos), custos com sinistros e custos com investimentos. Valores em euros 2009 Conta técnica Custos de aquisição 15.712.726 Custos administrativos Custos gestão dos investimentos Custos com sinistros 2008 Conta não técnica Total Total - 15.712.726 14.464.546 12.713.630 - 12.713.630 12.694.334 482.307 4.872 487.179 436.630 10.475.454 - 10.475.454 8.919.076 39.384.117 4.872 39.388.989 36.514.586 Anexos • www.zurichportugal.com 106 21.2 Análise dos gastos usando uma classificação baseada na sua natureza. Valores em euros 2009 Custos com o pessoal (Nota 22) 2008 16.237.485 17.115.191 Trabalhos especializados 3.438.847 1.680.067 Rendas e alugueres 1.947.883 1.697.874 Comunicações 2.859.746 2.842.970 Conservação e reparação 819.472 905.465 Publicidade e propaganda 711.902 643.849 Deslocações, estadas e despesas de representação 997.056 1.316.454 Impressos 516.177 284.353 Material de escritório 307.925 124.205 Quotizações 346.294 313.061 Custos com cobrança de prémios 365.623 268.421 Seguros 173.555 204.712 Contencioso e notariado 6.521 9.741 Electricidade 234.325 270.724 Limpeza, higiene e conforto 248.861 248.654 Vigilância e segurança 340.467 335.523 Outros Fornecimentos e serviços externos: 4.043.100 3.609.521 17.357.754 14.755.595 Impostos e taxas 2.137.604 2.015.331 Amortizações do exercício: Activos intangíveis (Nota 12) 220.634 352.231 Activos tangíveis (Nota 10) 140.065 140.065 Edifícios de uso próprio (Nota 9) 879.207 1.022.097 1.239.907 1.514.394 Provisões 2.228.152 930.913 Juros suportados 11.058 10.474 Comissões 177.029 39.388.989 172.689 36.514.586 Os valores mais significativos são: • Na rubrica outros destaca-se os custos debitados pela entidade-mãe e que se encontram descritos na nota 29.2; • A rubrica provisões inclui uma provisão para custos de reestruturação criada durante o exercício de 2009. Durante o ano a Zurich incorreu no montante de 2.915 euros em despesas confidenciais (2008: 26.255 euros). [email protected] 107 22. Gastos com pessoal 22.1 Indicação do número médio de trabalhadores ao serviço no exercício, ventilado por categorias profissionais. Durante o exercício de 2009 a Zurich teve, em média, 351 trabalhadores ao seu serviço (2008: 360 trabalhadores), distribuídos pelas categorias profissionais constantes no quadro. Adicionalmente, apresenta-se o número de trabalhadores por categoria profissional no final dos exercícios de 2008 e 2009: Número de trabalhadores por categoria profissional no final do exercício Número médio de trabalhadores por categoria profissional 2008 2009 Dirigentes executivos (*) 1 Quadros superiores Quadros médios 2009 2008 1 1 1 60 63 58 63 95 101 95 100 Profissionais altamente qualificados 37 35 35 35 Profissionais qualificados 154 158 154 156 Profissionais semi-qualificados 3 1 1 1 Outros 1 1 1 1 351 360 345 357 Total (*) Inclui só os Administradores executivos. 22.2 Indicação do montante das despesas com o pessoal referentes ao exercício, assim discriminadas: Valores em euros 2009 2008 Remunerações - dos órgãos sociais 193.452 279.309 - do pessoal 11.188.760 11.134.269 Encargos sobre remunerações 2.406.528 2.423.951 Benefícios pós-emprego 0 0 - Planos de contribuição definida 0 0 - Planos de benefícios definidos 158.285 1.051.093 Outros benefícios a longo-prazo dos empregados 0 0 Benefícios de cessação de emprego 1.435.819 1.447.944 Seguros obrigatórios 312.866 276.325 Gastos de acção pessoal 139.744 129.295 Outros gastos com pessoal 402.031 373.007 Total 16.237.485 17.115.191 Anexos • www.zurichportugal.com 108 A variação na rubrica outros benefícios a dos empregados deve-se ao valor das pré-reformas, as quais em 2008 foram retiradas do valor do fundo. A partir de 2009 as pré-reformas fora do Contrato Colectivo de Trabalho são pagas por prémio único. 22.3 Indicação, relativamente aos membros dos órgãos sociais, de forma global para cada um dos órgãos, do seguinte: Não existem quaisquer compromissos assumidos ou contratados, em matéria de pensões de reforma para antigos membros dos órgãos sociais. A Zurich concedeu um empréstimo a um dos membros do Conselho de Administração, no montante de 38.291 euros, sujeito a uma taxa de juro de 3%. A 31 de Dezembro de 2009 o valor do empréstimo é de 34.916 euros. 23. Obrigações com benefícios dos empregados 23.2 Para cada plano de benefício definido, prestação de informação considerada relevante para a compreensão quer do plano, quer da evolução das quantias registadas nas contas face a exercícios anteriores, nomeadamente: a) A política contabilística da entidade para reconhecer ganhos e perdas actuariais, bem como o custo corrigido de serviços passados; Para efeito de aplicação da IAS 19 – benefícios aos empregados, o custo associado a planos de benefícios atribuídos aos empregados deve ser reconhecido quando o respectivo benefício é auferido, isto é, à medida que o empregado vai prestando serviços, sendo que o diferencial entre o valor das responsabilidades assumidas e os activos adquiridos para cobrir essa responsabilidade deverá estar relevado no balanço da Zurich. Note-se que o custo, para efeito da IAS 19, não corresponde necessariamente ao valor que a Zurich entrega anualmente à apólice, é antes dado pelo somatório do custo dos serviços correntes, com o custo dos juros e com o resultado esperado dos activos. Para reconhecer os ganhos/perdas actuariais a Zurich optou pelo método do SORIE, em que os ganhos e perdas actuariais de cada ano são reconhecidos em rubrica específica do capital próprio. b) Uma descrição geral do plano, com indicação dos benefícios assegurados, do prazo esperado de liquidação dos compromissos assumidos e do grupo de pessoas abrangidas; Descrição geral do plano e grupo de pessoas abrangidas: Ver nota 3.1 h). [email protected] 109 Indicação dos benefícios assegurados: A Zurich assumiu o compromisso de conceder aos seus empregados prestações pecuniárias para o complemento de reformas atribuídas pela Segurança Social. Estes benefícios assumem a forma de: • Pensão de velhice • Pensão de invalidez • Pensão de pré-reforma Prazo esperado de liquidação dos compromissos assumidos: A Zurich espera liquidar os compromissos assumidos quando os trabalhadores atingirem a idade normal da reforma, ou seja, aos 65 anos. Considerando que a idade média dos participantes deste plano é de 42 anos, as responsabilidades em causa virão a ser liquidadas, em média, dentro de 23 anos. c) O veículo de financiamento utilizado; As responsabilidades da Zurich estão totalmente financiadas por apólices de seguro contratadas junto da Zurich Vida. d) O valor e a taxa de rendibilidade efectiva dos activos do plano; 2009 2008 Valor dos activos do plano (em euros) 4.873.887 4.684.894 Taxa de rendibilidade efectiva dos activos do plano 4% 4% e) A responsabilidade passada com benefícios pós-emprego, separadamente entre o valor actual da responsabilidade por serviços passados e o valor actual dos benefícios já em pagamento; Valores em euros 2009 2008 Valor actual da responsabilidade por serviços passados 4.045.250 3.925.914 Valor actual dos benefícios em pagamento - actualização anual das pensões em pagamento 828.637 758.980 Valor actual das responsabilidades 4.873.887 4.684.894 Valor actual dos benefícios em pagamento - valor actual das pensões em pagamento 10.286.015 9.035.718 Responsabilidade com benefícios pós-emprego 15.159.902 13.720.612 Anexos • www.zurichportugal.com 110 Relativamente às responsabilidades já assumidas com as pensões de reforma e pré-reforma, as quais estão cobertas através de apólices adquiridas na Zurich Vida, a situação patrimonial é a seguinte: Valores em euros Responsabilidades totais 2009 2008 Reformas, pré-reformas e reformas antecipadas Reformas, pré-reformas e reformas antecipadas 11.114.652 9.794.698 Valor inicial 758.980 758.826 Situação patrimonial da apólice Acréscimo das responsabilidades por actualização das rendas 188.085 0 Contribuições 1.423.972 989.872 Aquisição de rendas vitalícias (Zurich) (1.423.972) 0 Rendimento 26.605 125.582 Aquisição/ actualização de rendas vitalícias (Apólice) (145.033) (1.110.350) Encargos 0 (4.949) Valor final 828.637 758.980 Pagamento de pensões ex-funcionários 0 0 Provisão rendas vitalícias 10.286.015 9.035.718 Cobertura total 11.114.652 9.794.698 Excesso/ insuficiência 0 0 f) Reconciliação dos saldos de abertura e de fecho do valor presente da obrigação de benefícios definidos; Valores em euros 2009 Responsabilidades em 1 de Janeiro 4.684.894 4.476.971 Custo do serviço corrente 157.529 155.594 Custo dos juros 187.396 179.079 (Ganhos) e perdas actuariais nas responsabilidades (10.899) (62.470) Benefícios pagos pela Zurich (145.033) (64.280) Custo corrigido dos serviços passados 0 0 Cortes e liquidações 0 0 4.873.887 4.684.894 Responsabilidades em 31 de Dezembro 2008 g) Análise da obrigação de benefícios definidos em quantias resultantes de planos que não têm qualquer financiamento e em quantias resultantes de planos que estão total ou parcialmente financiados; A obrigação de benefícios definidos, a qual em 31 de Dezembro de 2009 ascende a 4.873.887 euros, encontra-se financiada por apólices de seguro contratadas junto da Zurich Vida, no mesmo valor, o que representa um nível de financiamento de 100%. A Zurich não tem planos por financiar. [email protected] 111 h) Reconciliação dos saldos de abertura e de fecho do justo valor dos activos do plano e dos saldos de abertura e de fecho de qualquer direito de reembolso reconhecido como activo; Valores em euros 2009 Saldo da apólice em 1 de Janeiro 4.684.894 Retorno esperado dos activos do plano 187.396 179.079 Ganhos e (perdas) actuariais (3.754) (157.625) Contribuições do empregador 150.384 250.749 Contribuições de participantes no plano 0 0 Benefícios pagos pela Zurich (145.033) (64.280) Cortes e liquidações 0 Saldo da apólice em 31 de Dezembro 2008 4.873.887 4.476.971 4.684.894 i) Reconciliação do valor presente da obrigação de benefícios definidos da alínea f) e do justo valor dos activos do plano da alínea h) com os activos e passivos reconhecidos no balanço; Valores em euros 2009 2008 Responsabilidades em 31 de Dezembro 4.873.887 4.684.894 Saldo da apólice em 31 de Dezembro 4.873.887 4.684.894 (Excesso) / insuficiência da apólice 0 0 Ganhos ou perdas actuariais líquidos não reconhecidos no balanço 0 0 Custo do serviço passado corrigido não reconhecido no balanço 0 0 Quantia não reconhecida como um activo (devido a limite IAS 19) 0 0 Outras quantias reconhecidas no balanço (*) 389.670 396.815 (*) Perda actuarial acumulada em 31/12/2009 - SORIE (incluída na rúbrica de outras reservas, na situação líquida). j) Indicação do gasto total reconhecido na conta de ganhos e perdas do exercício corrente relativos a: Valores em euros 2009 2008 Custo de serviços correntes 157.529 155.594 Custo corrigido de serviços passados 0 0 Custo de juros 187.396 179.079 Retorno esperado dos activos do plano e de eventuais direitos de reembolso (187.396) (179.079) Ganhos e perdas actuariais 0 0 Ganhos ou perdas decorrentes de cortes ou liquidações do plano 0 0 Efeito do limite estabelecido na IAS 19 Total de impactos no ganhos e perdas 0 0 157.529 155.594 Anexos • www.zurichportugal.com 112 k) As quantias reconhecidas no exercício corrente, na conta de ganhos e perdas ou em rubrica específica de capital próprio, relativamente aos ganhos ou perdas actuariais e do limite estabelecido na IAS 19; Relativamente aos ganhos e perdas actuariais do ano, reconheceu-se em 2009, em rubrica específica do capital próprio, um ganho actuarial de 7.145 euros. l) A quantia cumulativa de ganhos e perdas actuariais reconhecidos em rubrica específica de capital próprio no caso de adoptada esta opção; Em 31 de Dezembro de 2009 a Zurich tinha reconhecido, em rubrica específica de capital próprio, uma perda actuarial acumulada de 389.670 euros. m) A percentagem e quantia de cada categoria principal dos investimentos do plano e outros activos, que constituem o justo valor do total dos activos do plano; A carteira de activos, no fim do exercício, da totalidade do complemento de reforma Investe, é composta da seguinte forma (por classe de activos): 31.12.2009 Valor (euros) 31.12.2008 Valor (euros) % % Títulos rendimento variável 1.310.589 4,7% 1.510.658 5,1% Títulos rendimento fixo 25.654.395 92,1% 28.294.712 94,8% Terrenos e edifícios 0 0,0% 0 0,0% Depósitos à ordem 884.949 3,2% 45.910 0,2% 27.849.934 100,0% 29.851.280 100,0% Total dos activos da apólice Note-se que o Investe é um complemento de reforma da Zurich Vida que engloba não só a apólice da Zurich como também apólices de outras empresas, pelo que não é possível efectuar a decomposição dos activos só para a apólice da Zurich. n) As quantias incluídas no justo valor dos activos do plano relativas a instrumentos financeiros da entidade e qualquer terreno e edifício ocupado, ou outros activos utilizados, pela empresa de seguros; A Zurich não utiliza activos do plano. O plano não detém títulos emitidos por entidades do grupo. o) Descrição da base usada para determinar a taxa esperada global de retorno dos activos, incluindo o efeito das principais categorias de activos do plano; O plano de pensões da Zurich encontra-se integralmente financiado por uma apólice de seguro contratada junto da Zurich Vida (produto Zurich Investe/Colectivo). Neste contexto, a taxa esperada de retorno dos activos corresponde à taxa garantida de 4% da carteira Investe. [email protected] 113 p) Indicação do retorno real dos activos do plano, bem como o retorno real sobre qualquer direito de reembolso reconhecido como um activo; O retorno real dos activos do plano foi positivo em 183.642 euros. q) Descrição dos principais pressupostos actuariais (em termos absolutos) usados; Pressupostos actuariais 2009 2008 Tábua de mortalidade GRF80 GRF80 Taxa prevista de rendimento da apólice 4,00% 4,00% Taxa prevista de evolução salarial 3,00% 3,00% Taxa de crescimento das pensões 1,50% 1,50% Taxa de crescimento das pensões pré-reforma 3,00% 3,00% t) Indicação das quantias do período anual corrente e dos quatro períodos anuais anteriores quando aplicável de: Valores em euros 2009 2008 2007 2006 Valor presente da obrigação de benefícios definidos 4.873.887 4.684.894 4.476.971 4.251.561 Justo valor dos activos do plano 4.873.887 4.684.894 4.476.971 4.251.561 0 0 0 0 Ajustamentos de experiência resultantes dos passivos do plano - Ganho/(Perda) 10.899 62.470 (155.823) (177.588) Ajustamentos de experiência resultantes dos activos do plano - Ganho/(Perda) (3.754) (157.625) 15.615 16.136 Défice / (excedente) do plano v) Descrição da melhor estimativa da empresa de seguros, assim que possa ser razoavelmente determinada, das contribuições que se espera que sejam efectuadas durante o período anual que começa após a data de balanço. A contribuição prevista para 2010 é de 163.587 euros. 24. Imposto sobre o rendimento 24.1 Os principais componentes de gasto (rendimento) de impostos devem ser divulgados separadamente, devendo incluir nomeadamente: a) Gasto (rendimento) por impostos correntes; Em 31 de Dezembro de 2009 estima-se um imposto sobre o rendimento do exercício no montante de 9.268.819 euros. Anexos • www.zurichportugal.com 114 b) Quaisquer ajustamentos reconhecidos no período de impostos correntes de períodos anteriores; Durante o exercício de 2009 procedeu-se a uma ligeira correcção da estimativa de imposto do exercício de 2006 da qual resultou um acréscimo no valor de 34.445 euros. Igualmente, durante o exercício de 2009 foi corrigido, referente ao exercício de 2008, o montante de 17.823 euros (excesso de estimativa de 2008 - correcção ao modelo 22 de 2008). c) Quantia de gasto (rendimento) por impostos diferidos relacionada com a origem e reversão de ajustamentos fiscais; Durante o exercício de 2009 foi reconhecido como perda o valor de 705.292 euros de impostos diferidos sobre ajustamentos fiscais. O valor referido deve-se, fundamentalmente, à reversão de perdas de imparidade, em consequência da alienação de títulos financeiros, atenuado pela aumento do activo por impostos diferidos relativo a provisões para outros riscos e encargos. e) Quantia de benefícios provenientes de uma perda fiscal não reconhecida anteriormente, de crédito por impostos ou de diferença temporária de um período anterior que seja usada para reduzir gasto de impostos correntes; Não foram reconhecidos valores relevantes. g) Gasto por impostos diferidos provenientes de uma redução ou reversão de uma diminuição de um activo por impostos diferidos; Não foram reconhecidos valores relevantes. 24.2 Indicação separada do imposto diferido e corrente agregado relacionado com itens que sejam debitados ou creditados ao capital próprio. Não existem impostos correntes relacionados com itens registados no capital próprio. Estão reconhecidos activos e passivos por impostos diferidos, pelos montantes de 2.249.545 euros e 4.633.839 euros, respectivamente, relativos a ajustamentos no justo valor em activos financeiros disponíveis para venda. Adicionalmente, está também contabilizado um passivo no valor de 147.232 euros relativo à revalorização de terrenos e edifícios de uso próprio e um activo pela importância de 103.263 euros referente a ganhos e perdas actuariais de planos de benefícios definido. 24.3 Explicitação do relacionamento entre gasto (rendimento) de impostos e lucro contabilístico. A estimativa congregada de impostos sobre o rendimento do exercício (corrente e diferido) tem o valor de 9.974.111 euros, o que se traduz numa taxa efectiva de 25,39%. A discrepância entre a taxa efectiva e a taxa nominal é devida à relevância dos ajustamentos fiscais relativamente ao resultado contabilístico apurado, das quais assume especial destaque o ajustamento relativo à eliminação da dupla tributação económica dos lucros recebidos. [email protected] 115 Valores em euros Reconciliação entre taxa de imposto nominal e efectiva Resultado antes de impostos 39.284.471 23.736.928 26,50% 10.410.385 6.290.286 25,39% 9.974.111 7.175.912 Diferença (436.273) 885.626 (247.123) (269.792) Gasto de imposto efectivo 2008 Gasto de imposto nominal 2009 Dupla tributação económica dos lucros recebidos Reintegrações e amortizações não dedutíveis 18.088 15.634 Ajustamento em investimentos financeiros (27.304) 1.262.566 Ajustamento em edifícios (342.775) (214.275) Tributação autónoma 139.469 102.817 Outros custos não dedutíveis 23.373 (11.323) (436.273) 885.626 Diferença 24.7 Indicação para cada tipo de diferença temporária e com respeito a cada tipo de perdas por impostos não usadas e créditos por impostos não usados da: a) Quantia de activos e passivos por impostos diferidos reconhecidos no balanço para cada período apresentado; Valores em euros Impostos diferidos reconhecidos no balanço Activos 2009 2008 Investimentos 2.249.545 2.632.299 Diferimento de custos 551.397 645.251 Amortização dos edifícios de uso próprio 368.586 614.310 Provisões para outros riscos e encargos 615.906 213.037 Perdas de imparidade em investimentos 997.723 2.166.801 Ajuste de terrenos e edifícios 3.513.292 3.293.593 Fundo complemento reforma 41.945 Ganhos e perdas actuariais 103.263 105.156 8.441.657 9.670.446 Investimentos (4.633.839) (1.688.111) Terrenos e edifícios (147.232) (147.232) Fundo complemento reforma (47.964) (79.940) (4.829.035) (1.915.283) Total Passivos Total Anexos • www.zurichportugal.com 116 b) Quantia de rendimentos ou gastos por impostos diferidos reconhecidos na conta de ganhos e perdas. Valores em euros Impostos diferidos reconhecidos no ganhos e perdas 2009 2008 Ajustamento no diferimento de custos 93.853 14.339 Provisões para outros riscos e encargos (402.869) (213.037) Perdas de imparidade em investimentos 1.169.077 (2.070.496) Ajuste de terrenos e edifícios (219.698) (22.534) Fundo complemento reforma (41.945) Amortização de ajuste de transicção PCES (*) 106.874 Total 705.292 (2.291.729) 25. Capital 25.1 Indicação dos objectivos, políticas da gestão do capital da empresa de seguros, descrevendo os respectivos processos implementados. O valor total dos capitais próprios é de 131.729.414 euros e a margem disponível é de 138.002.918 euros. Valores em euros Margem de Solvência 2007 2008 08/07 2009 09/08 Margem de solvência disponivel 96.012.811 98.939.631 3,0% 138.002.918 39,5% Margem de solvência requirida 48.060.825 49.462.818 2,9% 49.437.600 -0,1% 200% 200% 0,3pp 279% 79,1pp Cobertura A adequação do capital é definida de forma a incorporar uma margem relativa ao mínimo requerido legalmente para absorver, até determinado limite, perdas resultantes das alterações nas taxas de juro e da desvalorização de instrumentos de capital e unidades de participação. No quadro que se segue pode-se observar os impactos, dos riscos referidos, na taxa de cobertura da margem de solvência e a taxa de cobertura resultante desses efeitos. Valores em euros Margem de Solvência Margem de solvência disponível 2007 2008 08/07 2009 09/08 96.012.811 98.939.631 3,0% 138.002.918 39,5% Taxa de cobertura 200% 200% 0pp 279% 79pp (11.541.590) (9.600.174) -16,8% (9.159.960) -4,6% Aumento de 0,5 p.p. na Yield Curve Impacto na margem disponível Impacto na taxa de cobertura -24pp -19pp 5pp -19pp 1pp Taxa de cobertura após impacto 176% 181% 5pp 261% 80pp 10% quebra no valor dos int. capital Impacto na margem disponível (4.330.098) (3.175.137) -26,7% (2.358.220) -25,7% Impacto na taxa de cobertura Taxa de cobertura após impacto [email protected] -9pp -6pp 3pp -5pp 2pp 191% 194% 2,8pp 274% 80,8pp 117 25.2 Indicação para cada classe de capital em acções: a) Quantidade de acções autorizadas; Em 31 de Dezembro de 2009 a totalidade do capital da Zurich está representado por 50.000 acções nominativas de valor nominal de 200 euros. b) Quantidade de acções emitidas e inteiramente pagas e emitidas mas não inteiramente pagas; Como descrito em a) acima, o capital social da Zurich era, em 31 de Dezembro de 2009, 10.000.000 euros, integralmente realizado e representado por 50.000 acções nominativas com o valor nominal de 200 euros cada. c) Valor ao par por acção, ou que as acções não têm valor ao par; Em 31 de Dezembro de 2009, o valor nominal de cada acção é de 200 euros. d) Reconciliação da quantidade de acções em circulação no início e no fim do período; Moeda 2009 N.º acções em 1 de Janeiro 50.000 Aumento de capital efectuado em 2009 0 N.º acções em 31 de Dezembro 50.000 25.3 Identificação das quantias transaccionadas com os detentores de capital próprio, com divulgação separada das distribuições a esses detentores de capital próprio. Valores em euros Distribuição de dividendos 2009 Resultado do exercício anterior Distribuição de reservas Total 2008 16.561.015 28.661.443 0 5.340.235 16.561.015 34.001.678 Anexos • www.zurichportugal.com 118 26. Reservas 26.1 Descrição da natureza e da finalidade de cada reserva dentro do capital próprio. Reservas de reavaliação As reservas de reavaliação por ajustamentos no justo valor de activos financeiros representam as mais e menos valias potenciais relativas à carteira de investimentos disponíveis para venda, líquidas da imparidade reconhecida em resultados no exercício e/ou em exercícios anteriores. As reservas de reavaliação por revalorização de terrenos e edifícios de uso próprio resultaram da transferência de imóveis de serviço próprio para rendimento. Em conformidade com a IAS 40, quando há uma transferência deste género e o critério de valorimetria escolhido para os imóveis de rendimento é o justo valor, a entidade deve aplicar a IAS 16 até à data da transferência. Desta forma, a diferença positiva entre o justo valor e o valor contabilístico do imóvel na data da transferência, encontra-se reflectida nesta conta de reservas. Reservas por impostos diferidos Os impostos diferidos, calculados sobre os ajustamentos fiscais entre os valores contabilísticos dos activos e passivos e a sua base fiscal, são reconhecidos em resultados, excepto quando estão relacionados com itens que são reconhecidos directamente nos capitais próprios, caso em que são também registados por contrapartida dos capitais próprios, nesta rubrica. Os impostos diferidos reconhecidos nos capitais próprios decorrentes da reavaliação de investimentos disponíveis para venda são posteriormente reconhecidos em resultados no momento em que forem reconhecidos em resultados os ganhos e perdas que lhes deram origem. Outras reservas Nesta rubrica a Zurich tem registado as reservas livres, as quais resultam de resultados positivos, não necessários para dotar a reserva legal nem para cobrir prejuízos transitados e não distribuídos aos accionistas. Também incluído em outras reservas temos a reserva legal que só pode ser utilizada para cobrir prejuízos acumulados ou para aumentar o capital. De acordo com a legislação portuguesa, a reserva legal deve ser anualmente creditada com pelo menos 10% do lucro líquido anual, até à concorrência do capital emitido. Finalmente temos a reserva SORIE onde estão contabilizados os ganhos e perdas actuariais relativos ao plano de pensões da Zurich, em conformidade com a IAS 19. 26.2 Descrição dos movimentos de cada reserva dentro do capital próprio de acordo com o modelo de demonstração de variações no capital próprio. Ver mapa de demonstração de variações no capital próprio. [email protected] 119 27. Resultados por acção 27.1 Indicação das quantias usadas como numeradores no cálculo dos resultados por acção básicos e diluídos e uma reconciliação dessas quantias com o lucro ou perda atribuível à entidade-mãe para o período em questão. Básicos Os resultados por acção básicos são calculados dividindo o lucro atribuível aos detentores de capital próprio ordinário (resultado líquido do exercício, após dedução dos dividendos preferenciais) pelo número médio ponderado de acções ordinárias em circulação, excluindo o número médio de acções próprias detidas pela Zurich. Valores em euros 2009 2008 Lucro atribuível aos detentores de capital próprio ordinário (numerador) 29.310.359 16.561.015 Número médio ponderado de acções ordinárias em circulação (denominador) 50.000 50.000 Resultado por acção básico 586 331 27.2 Indicação do número médio ponderado de acções ordinárias usado como denominador no cálculo dos resultados por acção básicos e diluídos e uma reconciliação destes denominadores. Ver 27.1 28. Dividendos por acção 28.1 Indicação da quantia de dividendos reconhecida como distribuições aos detentores de capital próprio durante período, e a quantia relacionada por acção. Os dividendos distribuídos em 2009 relativamente ao exercício de 2008 totalizaram 16.561.015 euros, resultantes na totalidade da aplicação do resultado líquido do exercício de 2008. Considerando que o capital da Zurich estava, até à data da distribuição dos resultados, representado por 50.000 acções, isto dá um total de dividendos por acção de 331 euros. Anexos • www.zurichportugal.com 120 28.2 Indicação da quantia de dividendos proposta ou declarada antes de as demonstrações financeiras serem aprovadas mas não reconhecida como distribuição aos detentores de capital próprio durante o período, a quantia relacionada por acção, e a quantia de qualquer dividendo preferencial cumulativo não reconhecido. Valores em euros 2009 2008 Distribuição de dividendos aos detentores de capital 0 15.600.000 Número médio ponderado de acções ordinárias em circulação (denominador) 50.000 50.000 Resultado por acção básico 0 312 29. Transacções entre partes relacionadas 29.1 Indicação do nome da empresa-mãe e da empresa-mãe do topo da Zurich A empresa mãe do topo da Zurich é a Zurich Insurance Company. 29.2 Descrição dos relacionamentos entre empresas-mãe e filiais. A Zurich efectua várias operações com entidade pertencentes ao seu Grupo económico, as quais poderão ser classificadas de acordo com as seguintes categorias: • Royalties • Prestações de serviços - Serviços de informática e comunicação - Seguro de responsabilidades de Administradores e Directores - Serviços de Management • Gestão de investimentos • Resseguro Royalties A Zurich, no exercício da sua actividade, utiliza uma imagem de marca, a qual é propriedade do Grupo. A remuneração pela utilização da marca materializa-se em 0,75% dos prémios processados líquidos globais anuais (líquidos de resseguro) mensurados de acordo com as normas do International Accounting Standards Board (IASB). O valor pago destina-se a recompensar o usufruto do bom-nome da marca, assim como o apoio a nível de ferramentas publicitárias e outros esforços comerciais da marca. [email protected] 121 Prestações de Serviços Serviços de informática e comunicação Os serviços relacionados com as tecnologias de informação são na sua maioria liquidados ao Grupo, na sequência da sua política de centralização e consolidação destes serviços. Seguro de responsabilidades de Administradores e Directores A Zurich liquida ao Grupo um seguro de responsabilidade, destinado a garantir a cobertura de prejuízos dos Administradores e Directores, no decurso do exercício das respectivas funções. Serviços de Management O Grupo Zurich coordena determinadas operações que, no seu entender, se revelam essenciais para a prossecução do seu negócio. Estas operações são fundamentais na análise de oportunidades de negócio e gestão dos riscos inerentes à actividade seguradora. Algumas destas actividades, que são exercidas centralmente, estão directamente relacionadas com as sucursais, sendo-lhes concedidos, através das mesmas, vários benefícios. Gestão de investimentos Com o objectivo de maximizar o desempenho das suas Carteiras de Investimentos, a Zurich aufere determinados serviços relacionados com a análise e avaliação das rentabilidades e riscos a estas associadas, assim como o aconselhamento táctico e estratégico relativamente às estruturas que as mesmas deverão apresentar. Resseguro No decurso da sua actividade, com o objectivo de transferir parte dos riscos assumidos através da venda de seguros, a Zurich recorreu ao Grupo, com o propósito de realizar operações de resseguro. Anexos • www.zurichportugal.com 122 29.3 Indicação da remuneração das pessoas que têm autoridade e responsabilidade pelo planeamento, direcção e controlo, de forma directa ou indirecta, incluindo qualquer Administrador (executivo ou outro), no total e para cada uma das categorias de benefícios de empregados de curto prazo, benefícios pós-emprego, outros benefícios de longo-prazo, benefícios de cessação de emprego e pagamento com base em acções. Valores em euros 2009 2008 Benefícios aos empregados de curto-prazo 1.005.781 768.033 Benefícios pós-emprego 605.325 498.722 Outros benefícios de longo-prazo 0 0 Benefícios de cessação de emprego 0 229.845 Pagamentos baseados em acções (*) 21.715 29.921 (*) Estes pagamentos são montantes imateriais definidos pela casa-mãe Valores em euros 2009 2008 Administrador Delegado 150.000 150.000 Presidente do Conselho de Administração 12.360 12.360 Administrador 2.842 2.842 Presidente da Mesa da Assembleia Geral 5.150 5.150 Presidente do Conselho Fiscal 12.978 17.348 Orgão Fiscais - 1.º Vogal 8.742 13.237 Orgão Fiscais - 2.º Vogal 3.708 4.521 29.4 Indicação, no caso de ter havido transacções entre partes relacionadas, da natureza do relacionamento existente, assim como relativamente às transacções e saldos pendentes, a informação necessária para a compreensão do respectivo efeito potencial nas demonstrações financeiras, incluindo no mínimo: Ver anexo transacções entre partes relacionadas. [email protected] 123 30. Demonstração de fluxos de caixa Valores em euros 2009 2008 Fluxos de actividade operacional Prémios de seguro directo recebidos 308.479.017 299.419.207 Prémios de resseguro cedido pagos (36.260.796) (34.467.567) Sinistros de seguro directo pagos (199.334.821) (173.791.217) Sinistros de resseguro cedido recebidos 12.646.194 6.143.098 Comissões por intermediação de seguros (39.158.410) (37.968.301) Pagamentos ao pessoal (16.598.035) (17.056.854) Pagamentos a fornecedores (16.682.532) (14.616.693) Outros fluxos de caixa operacionais 1.018.150 2.566.303 Dividendos recebidos 1.217.410 1.793.087 Juros recebidos 20.324.199 20.833.391 Rendas de imóveis 2.067.244 2.048.232 Alienações (ganhos/perdas) realizadas de investimentos 106.500.027 92.370.117 Aquisição de investimentos: Vencimento e reforço de depósitos a prazo (1.800.000) 5.000.000 Títulos de rendimento variável (337.319) (27.515.683) Títulos de rendimento fixo (117.360.965) (73.452.544) Juros pagos (11.058) (10.474) Impostos sobre os rendimentos pagos (8.155.801) (10.825.222) Outros impostos (737.124) (4.920.780) Fluxos de actividade operacional (1) 15.815.380 35.548.101 Aquisição de imobilizado (770.265) (993.488) Fluxos de actividade de investimento Alienação de imobilizado 49.658 370.882 Empréstimos concedidos líquidos de recebimentos (345.700) (464.403) Fluxos de actividade de investimento (2) (1.066.307) (1.087.009) Pagamentos de contratos de locação financeira (68.917) (68.917) Fluxos de actividade de financiamento Dividendos pagos a accionistas (15.600.000) (34.001.678) (15.668.917) (34.070.595) Fluxos de actividade de financiamento (3) Variações de caixa e seus equivalentes e depósitos à ordem (4) = (1) + (2) + (3) (919.844) 390.496 Caixa e seus equivalentes e depósitos no início do período 1.709.381 1.318.885 789.537 1.709.381 (919.844) 390.497 Caixa e seus equivalentes e depósitos no fim do período Variação no período Anexos • www.zurichportugal.com 124 31. Compromissos 31.2 Descrição geral dos acordos de locação significativos do locatário incluindo: A classificação das operações de locação como locações financeiras ou locações operacionais, são efectuadas em função da sua substância e não da sua forma legal, cumprindo os critérios definidos na IAS 17 - locações. São classificadas como locações financeiras as operações em que os riscos e benefícios inerentes à propriedade de um activo são transferidas para o locatário. Todas as restantes operações de locação são classificadas como locações operacionais. Em 31 de Dezembro de 2009 a Zurich possui um contrato de locação financeira para a aquisição de equipamento informático – servidor. O equipamento encontra-se registado no activo fixo tangível da Zurich. As amortizações acumuladas correspondentes e as dívidas pendentes de liquidação são registadas de acordo com o plano financeiro contratual. Adicionalmente, os encargos financeiros são reconhecidos como um custo ao longo do período da locação. A Zurich possui ainda locações operacionais relativas a aluguer de viaturas, impressoras, fotocopiadoras e computadores. Tratam-se de contratos celebrados por prazos de 3 a 4 anos, sendo que não se prevê a transferência de propriedade no final da locação. As rendas pagas são reconhecidas como custo durante o período de aluguer a que respeitam. 32. Passivos contingentes Descrição da natureza dos passivos contingentes e, quando praticável, uma estimativa do seu efeito financeiro, uma indicação das incertezas que se relacionam com a quantia ou momento de ocorrência de qualquer exfluxo, e possibilidade de qualquer reembolso. Ver nota 13.2 – outras provisões 34. Elementos extrapatrimoniais 34.2 Valor global dos compromissos financeiros que não figurem no balanço, na medida em que a sua indicação seja útil para a apreciação da situação financeira da empresa. No exercício da actividade corrente da Zurich foi prestada uma garantia bancária no âmbito de acção judicial, decorrente de processo de recursos humanos. No final do exercício de 2009 existe uma única garantia no montante de 65.965,20 euros. [email protected] 125 36. Acontecimentos após a data do balanço não descritos em pontos anteriores a) Natureza do acontecimento. No decurso do exercício de 2009, o Grupo Zurich levou a cabo um importante projecto, visando a integração progressiva de várias entidades legais da Europa (Reino Unido, Portugal, Espanha, Itália, Alemanha), numa única entidade legal sedeada na Irlanda, denominada Zurich Insurance plc (ZIP), com a formação de sucursais em cada um destes países. Os objectivos deste projecto foram os de: • Potenciar a eficiência de capital, através da concentração das entidades legais que exploram os ramos não vida na Europa; • Obter ganhos de eficiência operacional; • Reduzir a complexidade e melhorar os princípios de governação/ gestão do risco, através da introdução de uma maior estandardização; • Estabelecer demonstrações financeiras baseadas numa única moeda, o Euro; • Potenciar a robustez financeira do Grupo Zurich Financial Services. Em Portugal esta integração processou-se através de uma fusão transfronteiriça segundo a Lei Portuguesa, tendo sido efectuados todos os registos e avisos, e obtidos todos os pareceres e autorizações legalmente exigíveis, nomeadamente da entidade reguladora (Instituto de Seguros de Portugal), para a incorporação do segurador nacional (Zurich – Companhia de Seguros, S.A.) no segurador irlandês (ZIP), a consequente extinção da sociedade incorporada, e a respectiva transferência de carteira de seguros dos ramos não vida. Assim, com efeito a 1 de Janeiro de 2010, a Zurich passa a operar em Portugal em regime de livre estabelecimento, através da Zurich Insurance plc – Sucursal em Portugal. Como resultado desta mudança legal, não irão produzir-se quaisquer alterações no relacionamento da Zurich em Portugal com os seus Colaboradores, Clientes e Parceiros de negócio, pilares considerados fundamentais e centrais pela Administração e Direcção da Zurich. 37. Outras informações 37.1 Outras informações. No exercício de 2009 foram excluídos do cálculo da provisão para riscos em curso os custos de carácter extraordinário decorrentes de processo de reestruturação, englobando custos relativos a pré-reformas e a indemnizações no montante de 2.890.062 euros. Anexos • www.zurichportugal.com 126 O processo de reestruturação teve como fundamento a direcção estratégica da Zurich, orientada para: • Aumentar a qualidade de serviço ao Cliente, especialmente no serviço de atendimento telefónico; • Facilitar a implementação de um novo modelo de escritório (Delegação) focado no suporte ao serviço de vendas e não em tarefas administrativas; • Aumentar a eficiência operacional através da criação de centros, nomeadamente: - Centro de gestão de apólices; - Centro de gestão de sinistros; - Centro de apoio ao cliente. Para atingir esse objectivo estratégico, no decurso do exercício de 2009, foram: • Encerrados dois escritórios (Delegações); • Consolidado o centro de gestão de sinistros complexos; • Criado um centro de emissão e gestão administrativa de apólices. Este processo conduziu à necessidade de redução do número de Colaboradores, deixando os mesmos de prestar qualquer tipo de trabalho na Zurich. Número de pessoas abrangidas 22 Custos com pré-reformas (*) (valores em euros) 980.971 Montante das indemnizações (valores em euros) 1.909.092 Total dos custos 2.890.062 (*) Valor actual Para o cálculo do valor actual das pré-reformas utilizou-se a tábua de mortalidade GRF95, à taxa técnica de 2,5%. [email protected] Conhecimento e compreensão Estamos constantemente a aprofundar o nosso conhecimento sobre risco e a partilhá-lo com os nossos Clientes, de forma a ajudá-los a gerirem melhor os seus negócios. Capacidades globais Com base na nossa estrutura global e especialização local possuimos serviços diferenciados que vão ao encontro do que os nossos Clientes mais necessitam. Foco no cliente Estamos focalizados no Cliente em tudo o que fazemos e temos como objectivo simplificar todos os processos, garantindo um serviço de excelência. Solidez e estabilidade A nossa disciplina operacional e financeira conjugada com o profissionalismo dos nossos Colaboradores e uma base de capital sólida, ajuda-nos a gerir o nosso negócio com vista a um crescimento rentável. 128 Critérios de imputação de custos pelas várias áreas funcionais e pelos diversos ramos A distribuição dos custos por funções corresponde a uma distinção entre Custos Directos (custos identificados directamente com a respectiva função) e Custos Indirectos que são repartidos por funções, tendo como base os centros de custos contabilísticos. Esta repartição tem por base um estudo realizado que permitiu a alocação dos custos em função do nível de actividade de cada centro de custo a cada uma das funções. As percentagens poderão ou não variar em função das variações dos níveis de actividade de cada centro de custo. A aplicação dos critérios referidos iniciou-se no ano 2001 e são efectuadas análises bianuais para garantir a coerência da informação. As presentes percentagens estão em vigor desde o início do ano de 2008. A distribuição por ramo efectua-se da seguinte forma: • Custos de Aquisição – em função dos custos relacionados com a emissão de apólices (Gestão, Tratamento, Cobrança e Marketing); • Gastos Administrativos – em função dos gastos administrativos relacionados com a gestão das apólices (Gestão, Tratamento, Cobrança e Marketing); • Custos com Sinistros – pelo saldo inicial de processos abertos acrescido do número de processos abertos no período. A distribuição dos custos com investimentos entre afectos e não afectos corresponde à percentagem da carteira de investimentos, que representa as provisões técnicas do ramo não vida e o remanescente à carteira de livres. Os custos imputados a sinistros são distribuídos por ano de ocorrência, por aplicação do critério de montantes pagos de sinistros no exercício e respectiva correspondência ao seu ano de ocorrência. [email protected] 129 Centros de Custos Contabilísticos Repartição Funções Administração 33,33% 33,33% Custos de Aquisição 33,34% Custos com Sinistros Jurídico e Contencioso 100% Custos com Sinistros Sinistros 100% Custos com Sinistros Risk Management 33,33% Gastos Administrativos 33,33% Custos de Aquisição 33,34% Custos com Sinistros 100% Gastos Administrativos Recursos Humanos Underwriting, Suporte Técnico e Pricing Gastos Administrativos 100% Custos de Aquisição Marketing 33,33% Gastos Administrativos 33,33% Custos de Aquisição 33,34% Custos com Sinistros Soluções de Protecção Empresarial 100% Custos de Aquisição Riscos Individuais e Familiares 100% Custos de Aquisição E-Business 100% Custos de Aquisição Zuritel 100% Custos de Aquisição Zurich Corporate Business 100% Custos de Aquisição 75% Gastos Administrativos Direcção Financeira 25% Gastos de Investimentos Direcção Financeira – Outros 100% Gastos Administrativos Investimentos 100% Gastos de Investimentos Contabilidade 62% Gastos Administrativos 25% Custos de Aquisição 13% Custos com Sinistros Reporting 62% Gastos Administrativos 25% Custos de Aquisição 13% Custos com Sinistros Actuariado e Serviços Técnicos 62% Gastos Administrativos 25% Custos de Aquisição 13% Custos com Sinistros Património, Compras e Serviços 62% Gastos Administrativos 25% Custos de Aquisição 13% Custos com Sinistros Informação e Tecnologias 62% Gastos Administrativos 25% Custos de Aquisição 13% Custos com Sinistros Controlo Operacional e Administrativo 33,33% Gastos Administrativos 33,33% Custos de Aquisição 33,34% Custos com Sinistros Desenvolvimento Comercial 30,00% Gastos Administrativos 70,00% Custos de Aquisição Delegações 13,00% Gastos Administrativos 48,00% Custos de Aquisição 39,00% Custos com Sinistros Anexos • www.zurichportugal.com 130 Relatório e parecer do conselho fiscal Exmos. Senhores, No exercício das competências que lhe são atribuídas vem o Conselho Fiscal da ZURICH – COMPANHIA DE SEGUROS, S.A. apresentar e submeter à vossa apreciação o Relatório e Parecer sobre os documentos de prestação de contas da Sociedade referentes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2009. Em diversas visitas efectuadas ao longo do ano, corporizadas em reuniões deste Órgão, registadas em actas, fomos acompanhando a evolução dos negócios da Sociedade sendo os respectivos reflexos contabilísticos discutidos, quando necessário, com a Administração e os Serviços, com base na informação periódica de gestão por nós solicitada e atempadamente recebida. Foi apreciado o cumprimento pela Sociedade da regularidade das obrigações de carácter formal, contabilidade e fiscal, impostas por lei ou pelos estatutos, tendo-se procedido à leitura e análise do conteúdo das actas da Assembleia Geral e do Conselho de Administração. Ao Conselho Fiscal foi solicitado parecer, nos termos do n.º1 do artigo 99º do Código das Sociedades Comerciais, sobre o Projecto de Fusão, elaborado pelas administrações das duas sociedades, datado de 8 de Maio de 2009, pelo qual a Zurich – Companhia de Seguros, S.A. é incorporada na sociedade de direito irlandês Zurich Insurance Plc, tendo o Conselho, obtidos os elementos e as informações solicitados, emitido parecer favorável, transcrito em acta. Por força desta fusão, concretizada por escritura pública de 22 de Dezembro de 2009, a Sociedade Zurich – Companhia de Seguros, S.A., extinguiu-se em 31 de Dezembro de 2009 com a transferência global do seu património para a Zurich Insurance Plc. No encerramento do exercício obtivemos o Relatório de Gestão e demais documentos de prestação de contas os quais foram por nós apreciadas quanto à divulgação da informação financeira, verificação das políticas contabilísticas e critérios valorimétricos adoptados. Foram ainda obtidos os documentos emitidos pelo Revisor Oficial de Contas, nomeadamente a certificação legal das contas, que exprime opinião sem reservas e sem ênfases. Ao Conselho Fiscal não foram apresentadas quaisquer comunicações de irregularidades apresentadas por accionistas, colaboradores da Sociedade ou outros, nem foram notados quaisquer factos ou situações que possam indicar quebra da independência por parte do Revisor Oficial de Contas. Nestes termos, somos de parecer que os documentos de prestação de contas, designadamente o Relatório do Conselho de Administração, o Balanço, a Conta de Ganhos e Perdas, a Demonstração de Rendimento Integral, o Mapa de Variações de Capitais Próprios e os Anexos respectivos merecem a nossa aprovação. Lisboa, 25 de Março de 2010 O Conselho Fiscal Manuel Gerardo Ascenção – Presidente Marta Isabel Guardalino da Silva Penetra – Vogal Bruno Walter Lehmann – Vogal [email protected] 131 Certificação Legal das Contas 2009 Introdução 1. Examinámos as Demonstrações Financeiras da Zurich – Companhia de Seguros, S.A., as quais compreendem o Balanço em 31 de Dezembro de 2009 (que evidencia um total de €676.241.601 e um total de capital próprio de €131.729.414, incluindo um resultado líquido de €29.310.359), a Conta de Ganhos e Perdas, a Demonstração de Rendimento Integral e a Demonstração de Variações do Capital Próprio do exercício findo naquela data e os correspondentes Anexos. Responsabilidades 2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de Demonstrações Financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Companhia, as alterações no seu capital próprio, o resultado das suas operações, o seu rendimento integral e os fluxos de caixa, bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado. 3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas Demonstrações Financeiras. Âmbito 4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as Demonstrações Financeiras não contêm distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu: (i) a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes das Demonstrações Financeiras e a avaliação das estimativas baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração utilizadas na sua preparação; (ii) a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias; (iii) a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e (iv) a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das Demonstrações Financeiras. 5. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da informação financeira constante do relatório de gestão com as Demonstrações Financeiras. 6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião. Opinião 7. Em nossa opinião, as referidas Demonstrações Financeiras apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira da Zurich – Companhia de Seguros, S.A. em 31 de Dezembro de 2009, as alterações no seu capital próprio, o resultado das suas operações, o seu rendimento integral e os fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal para o sector Segurador. Lisboa, 25 de Março de 2009 PricewaterhouseCoopers & Associados Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda Representada por: Abdul Nasser Abdul Sattar, R.O.C. Anexos • www.zurichportugal.com