Linha Aberta - N° 501 - Embrapa Clima Temperado

Transcrição

Linha Aberta - N° 501 - Embrapa Clima Temperado
Ano 11 nº 501
Embrapa Clima Temperado
27 a 29/12/2005
México homenageia pesquisadora da Embrapa
A pesquisadora Maria do Carmo
Bassols Raseira acaba de receber uma
grande homenagem de reconhecimento
pelo seu trabalho, de produtores mexicanos reunidos no primeiro congresso nacional de sistemas produtivos de pêssego. Os mexicanos são admiradores do trabalho de pesquisa da Unidade da
Embrapa, principalmente porque as principais cultivares de pêssego (Diamante)
e de amora-preta (Tupy) daquele País,
foram desenvolvidas pela equipe de melhoramento em fruticultura, em Pelotas.
No congresso que aconteceu entre 8 e 10 de dezembro,
Maria do Carmo fez, junto com um pesquisador norte-americano e uma pesquisadora espanhola, a principal conferência do congresso. Falou sobre o cultivo do pessegueiro no
Sul do Brasil, mostrando os avanços em relação aos tratos
culturais e os ganhos obtidos na expressão genética dos materiais desenvolvidos pela Embrapa.
No congresso que aconteceu em Uruapan, estado de
Michoacan, participaram mais de 500 pessoas, entre pro-
dutores e técnicos envolvidos com a
produção de pêssego.
- Os mexicanos são muito reconhecidos ao Brasil e à Embrapa. No
final da década de 80 a produção de
pêssego estava em declínio no México e foi justamente quando eles levaram daqui a cultivar Diamante, que
tínhamos lançado no início dos anos
70. A cultivar foi um sucesso por lá,
tanto que hoje já existe variações
suas como a Diamante melhorada,
suprema e especial - explica a pesquisadora Maria Bassols Raseira.
Além de acompanhar o Congresso, a melhorista visitou
plantações de amora e framboesa e ficou sabendo que a
variedade Tupy, também desenvolvida pela Embrapa Clima
Temperado, ocupa hoje a liderança, sendo cultivada em 4.000
ha no México. A produção é quase toda exportada para os
Estados Unidos. “Na verdade tudo isto mostra a qualidade
do que fizemos aqui, o que nos desafia a continuar trabalhando forte e em equipe”, diz Maria do Carmo.
FALANDO FRANCAMENTE
2006 nos espera!
Já escrevemos e falamos sobre o “fechamento” de 2005. Orçamento 100%
executado, zero contas a pagar, programação realizada, Plano Anual de Trabalho praticamente concluído, é hora de consolidar
o planejamento de 2006. Pretendemos
desenvolver grande esforço no tratamento das questões relativas ao ambiente interno. Melhoria da infra-estrutura de banheiros, vestiários e refeitórios, criação de
“áreas de convivência” e melhoria na comunicação interna são alguns itens a ser
priorizados. A recente avaliação de clima
organizacional será usada como ferramenta para qualificação do ambiente interno.
Temos que começar a discussão de meio
termo do nosso Plano Diretor. Vale lembrar o início de construção do PDU, quando reunimos quase todos os empregados e
colaboradores na garagem da Sede. “Não
podemos deixar a peteca cair”, como incentiva o Dr. Paluma, que contribuiu conosco naquele momento. A coerência entre os instrumentos estratégicos (PDE, PDU)
e os táticos (projetos, programas, planos
de ação etc) dependem do compromisso
de cada um de nós mas, principalmente,
do trabalho em equipe. Lembremos a máxima que diz que o todo é sempre maior
que a soma das partes. E por falar em partes, algumas delas não estarão conosco em
2006. Alguns de nossos colegas optaram
pelo PDI e realizarão novas atividades no
ano que entra. A todos eles o reconhecimento por suas contribuições para a grandeza da Embrapa. Desejamos sucesso nos
novos desafios e lembramos que a “casa”
Embrapa Clima Temperado estará sempre
aberta. (Chefe-geral João Carlos C. Gomes)
ANIVERSARIANTES
01 - Walkyria Bueno
Scivittaro (pesquisa/
ETB)
01 - Orobaldo Barros
Kerchner (campo exp./
ETB)
01 - Alcides Cristiano
M. Severo (campo exp./
ETB)
02 - Ana Maria Gomes
Behrensdorf
(comunicação/Sede)
04 - Adilson Lopes de
Lima (transporte/ETB)
06 - Jorge Luiz Xavier
da Silva (campo exp./
ETB)
Linha Aberta nº 501, 27 a 29/12/2005
DGP faz balanço do ano
O todos.com tem recebido bastantes
comentários de empregados que querem
saber as "tramitações" das principais atividades do ano. A entrevista abaixo com
o chefe do Departamento de Gestão de Pessoas, José Prado da Fonseca, dá um panorama das principais ações de recursos
humanos da Embrapa. Confira:
todos.com: Como você avalia as ações na
área de gestão de pessoas em 2005?
Prado: Este ano foi bastante expressivo
no conjunto das ações em recursos humanos. A Diretoria Executiva, logo que
assumiu no início do ano, nos deu orientação para buscar trabalho de revitalização
da política de recursos humanos. Isso levou ao DGP elaborar e implementar ações;
algumas já concluídas, outras em fase final e outras iniciadas neste final de ano
para serem terminadas no ao que vem.
todos.com: Quais são as principais ações?
Prado: Uma delas é o Plano de Carreiras
da Embrapa (PCE), cujo processo de elaboração foi concluído e aprovado nas esferas internas da Empresa e no MAPA. No
momento, o PCE está em negociação com
o Ministério do Planejamento, Orçamento
e Gestão e o Ministério da Fazenda. O
objetivo é buscar recursos para
implementação em 2006.
todos.com: Quais são as reais expectativas de aprovação do PCE?
Prado: Existem boas expectativas de aprovação. Poderá também ocorrer a necessidade de negociar a implantação do plano
em duas ou mais etapas, de forma que o
impacto de 86 milhões na folha de pagamento possa ser diluído ao longo de 2006
e parte de 2007.
todos.com: Como está o processo de desligamento dos empregados que aderiram
ao PDI e quantos se inscreveram?
Prado: Com a término da fase de elaboração, iniciamos a implantação PDI neste final de ano. Estão sendo desligados este
mês aproximadamente 150 empregados
dos 190 que se inscreveram para 2005.
A Empresa ainda trabalha na busca de recursos financeiros para atender a totalidade dos inscritos para este ano. O programa atende rigorosamente a ordem de inscrição. As inscrições para 2006 a 2009
já estão encerradas e os números preliminares indicam a adesão de cerca de 1500
empregados.
todos.com: Como se dará a reposição do
quadro de empregados?
Prado: No mês de fevereiro, deverá ser
publicado edital para inscrição com o ob-
jetivo de iniciar reposição de pessoal. Esse
concurso contemplará novos perfis para
as áreas estratégicas como agroenergia,
gestão ambiental, nanotecnologia etc. Nas
áreas de suporte, deverão ser contempladas áreas como gestão estratégica, do conhecimento, propriedade intelectual etc.
todos.com: O que foi feito para melhoria
do ambiente e das condições de trabalho?
Prado: Nessa área, a Embrapa devolveu
este ano várias ações, como o Programa
de Melhoria de Clima Organizacional, cuja
pesquisa foi concluída em outubro. As
ações específicas de melhoria serão iniciadas em nível corporativo e, nas Unidades,
em fevereiro próximo. Entre elas, iniciativas como reformulação dos sistemas de
promoção e avaliação de desempenho,
premiação, de comunicação interna - esta
já iniciada em trabalho integrado com a
Assessoria de Comunicação Social, de
internalização do código de ética etc. Essas ações serão implementadas no ano que
vem, sem que sejam alterados processos
já concluídos.
todos.com: E as mudanças no PAM?
Prado: Estamos em processo de regularização da atual situação do PAM, que foi
constituído em 1994 como um modelo
que deveria ser revisto no prazo de um
ano, o que, por diversas razões, não foi
feito. Hoje o plano tem um registro provisório junto à Agência Nacional de Saúde
e a sua forma de gestão não pode ser
mantida sob pena de ser inviabilizado o
repasse dos recursos financeiros de seu
custeio. A solução encontrada para essa
situação, após dois anos de estudos realizados inclusive por meio de constituição
de Grupo de Trabalho com participação da
Embrapa, Sinpaf e da FAEE, foi a criação
de uma caixa de assistência dos empregados da Embrapa – a Casembrapa - a exemplo do que já ocorre com outras instituições como por exemplo o Banco do Brasil
e o Ministério da Fazenda.
todos.com: Como será a Casembrapa?
Prado: Ela terá a participação dos empregados na sua gestão. A criação dessa caixa de assistência foi aprovada pelos empregados e, a partir daí, seu registro será
firmado, bom como convênio com a
Embrapa mediante o qual a caixa passará
a ser a gestora do PAM. Com isso, assegura-se a sua continuidade e também a possibilidade de se ampliar coberturas atuais
a partir de estudos de custos e viabilidade
financeira, mediante a contribuição financeira dos empregados e da Embrapa.
todos.com: O que essas mudanças vão
trazer de benefícios?
Prado: A Embrapa está concluindo o processo de licitação para aquisição de um
sistema informatizado que permitirá, via
web, a consulta aos credenciados, aos extratos individuais e aos limites de gastos,
tornando a gestão mais segura tanto para
a Empresa quanto para o empregado. Com
o novo sistema, todos os participantes serão recadastrados e emitidas novas carteiras de utilização, a serem renovadas periodicamente. Além disso, será possível tornar o PAM de âmbito nacional, ou seja, o
empregado poderá se utilizar do plano em
qualquer localidade em que exista rede
credenciada independente de existir Unidade da Embrapa.
todos.com: Há ainda outras atividades em
andamento que vão beneficiar diretamente os empregados?
Prado: Ainda na área social está se iniciando o Programa de Combate à Dependência Química, que é um problema em
diversas Unidades. Esse programa pretende
apoiar os empregados na superação do problema, envolvendo colegas e as próprias
famílias, apoio psicológico e médico. A
interação familiar e no ambiente de trabalho faz com que todos sejam elemento importante para que o empregado não volte
a utilizar a bebida.
todos.com: Quais foram as pricipais ações
na área educativa?
Prado: A Embrapa já trabalha para preparar os empregados para o novo PCE, no
qual as carreiras estão vinculadas ao processo de capacitação. Foram oferecidos
sete cursos a distância, nos quais aproximadamente 1.285 empregados se inscreveram. Além disso, a Embrapa aprovou 40
empregados para receberem bolsas para
custeio de curso de pós-graduação lato
sensu e manteve os programas de
Mestrado e Doutorado. Além disso, os programas de elevação de escolaridade foram
fortemente estimulados em 2005, existindo atualmente 206 empregados e 67
terceirizados que estão cursando o Ensino Fundamental e Médio. Ainda dentro da
área de educação foram aprovados 46 projetos de treinamentos coletivos nas Unidades, em laboratórios, campos administração etc, nos quais a Empresa investiu
600 mil reais este ano. Também foi realizado o primeiro Ciclo de Palestras
Gerenciais. Ao total, foram 5 palestras que
registraram 2.300 participações. O objetivo é a formação e o aperfeiçoamento
gerencial, capacitação exigida, inclusive,
no PCE. (Fonte: todos.com)
Linha Aberta nº 501, 27 a 29/12/2005
Seis décadas desenhando a vida
Difícil é falar do colega Arthur Foerstnow sem lembrar de suas façanhas
e do seu jeito simples e calmo de cativar as pessoas. Há cerca de sete anos,
a Embrapa Clima Temperado, de Pelotas, recebeu um grupo de técnicos da
agência japonesa Jica, que visitou todas as instalações. Explicávamos os
mais avançados projetos e equipados laboratórios, mas foi um desenho sobre a
mesa do seu Arthur que mais chamou a
atenção dos japoneses, a ponto de quebrarem a rígida rotina e se demorarem
a compreender como o fino bico de pena
dá vida a um delicioso pêssego. A singularidade deixou os visitantes impressionados, vibrantes, entusiasmados.
Se alguém ainda não sabe, foi o seu
Arthur quem desenhou o brasão e a
bandeira de Pelotas. Ele começou no
tempo em que a arte gráfica tinha que
ser produzida ao contrário, na pedra (litogravura) para depois se transformar
em positivo. Era imaginação em cima
da imaginação e foi com esta arte que
o esguio estudante do Colégio Gonzaga, com seus 17 anos, foi lembrado para
uma posição muito difícil e especializada: a litografia da famosa Livraria do
Globo. A contratação é do dia 2 de janeiro de 1946, quando foi assinada sua
primeira carteira de trabalho, para substituir um profissional da litografia, que
havia morrido.
Arthur Foerstnow foi contratado
como aprendiz de desenhista litógrafo
por 6 cruzeiros por dia, depois que a
sua fama de bom desenhista chegou à
livraria que dominava as artes gráficas
de então. O desempenho do jovem Arthur surpreendeu e no final de 46 já tinha o salário diário de 13 cruzeiros, que
passou para 25 cruzeiros por dia no final do ano seguinte. Um avanço e tanto
para quem tinha apenas 18 anos.
A sua ligação com o desenho na área
agrícola começa em 1966, quando é
contratado pela Universidade Federal
Rural do RS (hoje UFPel) e depois pela
Emater do Pará. Em 1979 ele passou a
integrar os quadros da Embrapa em Brasília, registrando uma história invejável
no desenho agrícola brasileiro. São milhares de capas de livros, periódicos,
cartazes, ilustrações de todos os tipos
e formatos. Sua história está marcada
pelas publicações que ilustra e a Embrapa está marcada pelo traço dos desenhos do seu Arthur que, aposentado
em 1981, foi recontratado e já está quase com o tempo para vencer mais uma
aposentadoria por tempo de serviço.
Com
seus 60
anos de
trabalho
contínuo,
ele
dá
mostras
que vai
fazer uma
opção difícil, que
está marcada para
o final de
2006,
aproveitando o Programa de Demissão
Incentivada da Embrapa. Para nós que
conhecemos esse homem de rotina impecável, só esperando para ver.
O certo é que ele está se preparando para uma fase diferente, mas nem
de perto se pode falar que o seu Arthur
vai parar. Para um jovem que assinou a
carteira com 17 anos, viu passar o dirigível Graff Zeppelin no alto da praça
Cel. Pedro Osório e continua com a
mesma disposição, desenhando a vida,
a palavra de ordem é sempre: “e daí, o
que vai ser pra hoje...”.
Feliz 60 anos de trabalho neste dois
de janeiro de 2006, seu Arthur!
Atendendo pedido de colegas divulgamos mais algumas fotos
das comemorações de final de ano.
Campeão do torneio disputado no dia do
churrasco.Time Laranja: em pé estão Gustavo,
Enilton, Rogério e Daniel; agachados: Caetano,
Luis Eduardo, Alberto e Marcio. Tiago Camelatto
e Fabrício também fizeram parte do time.
Equipe Morango - Vice-campeão: em pé, Telmo,
Ricardo, Leandro, José Cunha; agachados, Gilnei,
Fabio e Guto. Peronha, Denilson, Valtair Verissímo
e Rodrigo Castro que não estão na foto também
eram integrantes do time.
As equipes dos laboratórios de nutrição vegetal e
de microbiologia do solo reuniram-se para confraternização de final de ano e para comemorar
aniversário. De pé: Ieda, Paulo, Bárbara, Patrícia,
Adão, Edith (a aniversariante), Freire, Juliana,
Maria Laura. Agachados: Denoir, Daiane,
Claudinéia, Eva e Janaína.
Expediente: o informativo interno Linha Aberta é editado semanalmente pela Área de Comunicação Empresarial (ACE) da Embrapa Clima
Temperado, nas versões on-line e impresso. Chefe-Geral: João Carlos Costa Gomes, Chefe Administração: José Vianna Fº, Chefe C&N:
Apes Perera. Chefe P&D: Waldyr Stumpf Jr. Supervisora da ACE: Diná Bandeira. Edição, redação e diagramação: Ana Luiza B. Viegas
(MTb/RS 8399). Colaboração: Antônio Heberlê (MTB/RS 6160). Fone 3275-8113, e-mail [email protected]

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