Mídia Interativa de Educação em Saúde em Hipertensão Arterial

Transcrição

Mídia Interativa de Educação em Saúde em Hipertensão Arterial
Mídia Interativa de Educação em Saúde em Hipertensão Arterial
Grace T. M. Dal Sasso1, Elaine Joice dos Santos2, Leila Raimundi3
1
Prof. UNISUL, Coord. Núcleo de Pesquisa em Educação e Assistência de Enfermagem (NUPEN)
Área Informações e Informática em Saúde e Enfermagem, Assistente de Pesquisa em
Enfermagem UNISUL; Dra. em Filosofia, Saúde e Sociedade pela UFSC Área de Informática em
Enfermagem.
2, 3.
Acadêmicas do 9º semestre do Curso de Enfermagem da UNISUL
Introdução
Trata-se de um estudo metodológico[1]
que objetivou desenvolver mídia interativa
de educação em saúde na área de
hipertensão arterial em uma Escola Pública
do Município da Grande Florianópolis.
O desenvolvimento técnico/científico e o
avanço dos recursos da tecnologia de
Informática vêm provocando modificações
nas mais variadas atividades desempenhadas
pelo ser humano. Ignorar tais tecnologias é
não dar importância a algo necessário ao
desenvolvimento das mais diversas áreas das
atividades humanas.
Este momento, nada mais é do que a
conseqüência de um mundo globalizado que
busca novos métodos de construção do
saber, criando modos e processos de trabalho
em saúde.
Metodologia
Estudo metodológico[1] que teve como
referencial teórico o Método de Paulo Freire
[2] por entendermos que a educação é o
processo que visa revelar e desenvolver as
potencialidades dos sujeitos em contato com
a realidade, a fim de levá-los a intervir nela de
maneira consciente (com conhecimento),
eficiente (com tecnologia) e responsável
(eticamente) para o alcance das expectativas
e necessidades dos sujeitos. Dessa forma,
associamos as etapas do método Paulo
Freire com as etapas propostas para o
desenvolvimento da mídia, que incluíram: desenho da mídia interativa e investigação
temática; storyboard e tematização; programa
de mídia e problematização; e validação da
mídia. Para a construção da mídia utilizamos
o Programa Flash acrescido de som e
imagens animadas de cartoon.O programa
ainda incluiu o teste de risco coronariano e
uma avaliação interativa de aprendizagem a
partir do conteúdo desenvolvido. O estudo
está fundamentado na Resolução 196/96 do
Conselho Nacional de Saúde [3] que trata das
Normas da Pesquisa envolvendo os Seres
Humanos.
Resultados
Os resultados demonstraram que desde
a primeira etapa de construção da mídia foi
necessário estabelecer uma relação dialógica
com os alunos e professores da escola
visando a percepção da realidade concreta do
aluno e, ao mesmo tempo estimular a
aprendizagem a partir do conhecimento da
realidade vivida. A escolha de se trabalhar
com as crianças e com o conteúdo de
hipertensão arterial, dentre vários aspectos,
relacionou-se: a uma maior facilidade de
compreensão; à vontade de aprender coisas
novas; à curiosidade e a criticidade das
crianças; também à preocupação de iniciar a
prevenção o mais cedo possível, uma vez
que, ao contrário do que as pessoas pensam,
existe um número considerável de crianças
obesas e sedentárias o que nos leva a pensar
que serão sérios candidatos à hipertensão
arterial. Ainda decidimos o meio tecnológico
que mais se adequaria aos objetivos que
buscávamos
atingir;
Identificamos
as
características
da
população-alvo
que
participaria do estudo; Estabelecemos o
conteúdo que faria parte do programa e a
organização do Storyboard e Definimos os
Recursos
humanos,
tecnológicos
e
financeiros necessários. O programa foi
avaliado visando a validação interna através
de formulário específico por 02 alunos da
escola e 01 professor. Para o primeiro
avaliador estavam Excelente: as expectativas
do programa e imagens benefícios adquiridos;
o conteúdo e a informação estão logicamente
organizados, o objetivo do programa está
claramente definido e o programa possui
acesso facilitado. Bom: A forma de
apresentação, cores, clareza e coesão das
informações. Regular: animações por não
estarem totalmente prontas. Para o segundo
avaliador estava m Excelente: A forma de
apresentação, cores, benefícios adquiridos,
informação
organizada
adequadamente,
objetivos claramente definidos, acesso
facilitado. Bom: expectativas com o
programa, imagens, animações, informações
claras e concisas e conteúdo organizado. E,
para o terceiro avaliador: Excelente:
Objetivos que persegue, conteúdo que inclui,
forma de apresentações, cores, imagens,
informações claras e concisas, o conteúdo e a
informação estão logicamente organizados,
há transição gradual entre as partes do
conteúdo, o objetivo está claramente definido,
o conteúdo é relevante para o que se deseja
que o aluno aprenda. Bom: animações e
direção no conteúdo. Os avaliadores
sugeriram melhorar algumas imagens sem
animação e que o programa fosse
disseminado para toda a comunidade.
Discussão e Conclusões
Trabalhos empreendedores requerem
argumentos
bem
fundamentados
e
embasados para a tomada de decisão quanto
aos recursos necessários à instalação e
subseqüente acesso pelos alunos e
professores da Escola [4] O programa
produzido
possui
características
bem
definidas,
uma
vez
que
segue
adequadamente a concepção educacional
estabelecida pelo referencial teórico de Paulo
Freire. Apresenta interação com o educando,
permitindo-lhe participar de seu processo
ensino/aprendizagem ao proporcionar opções
de escolha do conteúdo e avaliações.
A construção do saber em saúde,
através dos meios tecnológicos, deve visar
sempre a qualidade de vida das pessoas para
as quais eles foram criados. Em momento
algum, devem ser somente instrumentos ou
puras máquinas. A mídia interativa contribui
para a emancipação dos seres humanos, se
constitui em direito de conquista de um
espaço de liberdade e autonomia para o
sujeito vivenciar a sua cidadania [5]
O processo contínuo e gradual de
educação em saúde foi fundamental para
obtermos resultados na aprendizagem das
crianças. Facilitou a compreensão do
conteúdo de Hipertensão arterial através da
mídia interativa pela comunidade escolar.
Embora saibamos que os alunos se
encontram inseridos em diferentes classes
sociais, econômicas e culturais, constatamos
que o computador desperta interesse nas
mais variadas idades e classes sociais.
Assim sendo, o computador, na
educação, deve ser utilizado como um
catalisador de uma mudança do paradigma
educacional e a utilização do computador na
educação em saúde não deve ser vista
apenas como modismo, mas, essencialmente,
como
uma
ferramenta
para
o
desenvolvimento de um processo de
aprendizagem construtivo, crítico e criativo [4]
Referências
Abdellah, Faye G. Levyne, Eugene
(1965), “Better patient care through nursing
research”. New York. MacMillan.
Freire, Paulo (1995). Política e
Educação. 2 ed. São Paulo: Cortez.
Conselho Nacional de Saúde (1996).
Diretrizes e normas regulamentadoras de
pesquisa
envolvendo
seres
humanos.
<Disponível
em:
http://www.ufrgs.br/HCPA/gppg/res19696.htm
>.
Sasso, Grace T. M (2001). A concepção
do Enfermeiro na produção tecnológica
informatizada para o ensino aprendizagem
em reanimação cárdio-respiratória. Tese de
Doutorado em Informática em Enfermagem,
UFSC. Florianópolis, 203p, fev.
Saupe, Rosita (1998). Educação em
Enfermagem: da realidade construída à
possibilidade em construção. Florianópolis:
UFSC.
Contato
Prof. Enfª Dra. Grace T. M. Dal Sasso,
Assistente de Pesquisa, Prof. da UNISUL,
Coord. do NUPEN grupo Informações e
Informática em Saúde.
Av. Gov. Ivo Silveira 177/ap502. Estreito –
Florianópolis/SC. CEP:88085-001
e-mail:[email protected] ou
[email protected]
Fone: (0XX) 48-2791916 ou 48- 99718697

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