1306790640_Jornal Senar MAIO 2011

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1306790640_Jornal Senar MAIO 2011
Informativo da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - Ano XV - nº 230 - MAIO/2011
Aumenta o número de criadores de ovinos
no Espírito Santo
Marcelo de Freitas
A raça que mais se destaca no Estado é a de corte, que pode ser criada em pequenas propriedades,
até mesmo junto à lavoura
Páginas 6 e 7
Ações realizadas em 2011
pela Faes e Senar/ES
superam expectativas
Câmara aprova texto
do novo Código
Florestal
Iá!Comunicação
Rodolfo Stuckert/Sefot/CD
Divulgação
Páginas 4 e 5
Projeto piloto da GTA
eletrônica começa a ser
implantado em julho
Página 3
Página 3
Sindicato Rural: trabalhando dia a dia pelo desenvolvimento do campo
Campo legal
EDITORIAL
- Produtor Rural Brasileiro –
Grande exemplo de trabalho e
competência ainda não reconhecido
Há pouco mais de 30 anos importávamos quase todo o
alimento que consumíamos, cultivando 37 milhões de hectares, que produziam 47 milhões de toneladas de grãos.
Em 2010, produzimos 154 milhões de toneladas,
usando uma área de apenas 49 milhões de hectares,
que seriam acrescidos de 73 milhões de hectares, se a
produtividade continuasse inalterada.
Com crescimento de 25,64% em área, crescemos
151% em produção, graças ao trabalho perseverante dos
produtores, aliado à inteligência e competência da nossa
extraordinária pesquisa.
Aprovado o novo Código Florestal, evita-se decréscimo
de R$ 71 bilhões na renda da agricultura, e a perda de
5,7 milhões de empregos, daí a vital importância de sua
aprovação no Senado e acolhimento pela Presidente da
República.
Dignos de maior aplauso e reconhecimento por toda
a sociedade, estes dados sequer são lembrados pelos
que combatem a evolução proposta no Novo Código
Florestal.
Além das áreas de Preservação Permanente comporem a Reserva Legal, benefícios para a regularização nas
propriedades de até 4 módulos fiscais, é preciso respeitar
o Art. 24 da Constituição, em que a União, os Estados e
os Municípios são concorrentes em relação ao Programa
de Regularização Ambiental (PRA), que por representar
poder político, a União quer exercer monopólio sobre o
mesmo.
Percebendo a inexorável tendência da votação favorável ao Novo Código Florestal, o Governo está lavando
suas mãos; a responsabilidade fica, pois com o relator Aldo
Rebelo (PCdoB – SP), que realizou excelente trabalho e
o Congresso.
Nossos agricultores, por natureza e excelência, são os
grandes mantenedores e defensores da natureza, até por
questão de sobrevivência, não merecem ser empurrados
para a ilegalidade, tampouco serem coagidos por leis
ultrapassadas, ou ameaçados por autoridades.
Importa o que for melhor para os brasileiros, para o
Brasil, e para a preservação de sua soberania.
EXPEDIENTE
Júlio da Silva Rocha Júnior
Presidente da FAES
2
Contrato Individual de Safra
Neste mês, inicia-se a colheita de mais uma safra de café. Primeiro no Norte e mais
tarde no Sul do Estado, quando os produtores rurais utilizam-se de mão-de-obra avulsa,
normalmente formada por pessoas vindas dos Estados vizinhos em busca de trabalho,
que se alojam nas cidades próximas das regiões produtoras de café.
Ressaltamos que a Delegacia Regional do Trabalho continuará fiscalizando os produtores rurais. Diante disso, recomendamos aos empregadores rurais, principalmente os
produtores de café, que procurem cumprir as leis trabalhistas e previdenciárias, assinando
a carteira do empregado e pagando tudo que o mesmo tem direito, inclusive FGTS e
INSS, além de outras obrigações estabelecidas em Lei, a fim de evitar a aplicação de
multas por parte dos Agentes Fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego, bem como
o ajuizamento de ações trabalhistas por ex-empregados para receber parcelas devidas
e não pagas.
O contrato de safra é uma modalidade de contrato de trabalho por prazo determinado
e, se o mesmo foi firmado para a colheita do café, o seu prazo final será o término da
colheita. Isto significa que, findando a colheita, o contrato está terminado e o proprietário
rural não está obrigado a pagar aviso prévio, nem a multa de 50% (cinquenta por cento)
sobre o saldo do FGTS. Pagará somente as férias, acrescidas de 1/3 (um terço) e 13º salário proporcionais aos meses trabalhados, assim como o saldo de salário, se houver.
Por isso, recomendamos aos produtores rurais que façam o Contrato Individual de
Safra, com as anotações no Livro de Registro de Empregados, e o recolhimento das
contribuições do INSS e do FGTS, não esquecendo de, na saída do empregado, fazer
o Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho e o pagamento das férias (acrescido de
1/3 do valor) e do 13º salário proporcionais.
Orientamos que não deve ser contratado empregado que não possua a Carteira
de Trabalho e Previdência Social ou que não permita que a mesma seja assinada. Isto
porque, além de ser obrigatório, por Lei, a assinatura da carteira, seus dados são necessários para elaboração do Contrato Individual de Safra, anotação no Livro de Registro
de Empregados, recolhimento do FGTS, preenchimento da RAIS, etc.
Chamamos a atenção para a questão do transporte de trabalhadores rurais, que
deve ser feito em veículos adequados, pois será exigido pelos Agentes da Fiscalização.
Além disso, no transporte pode ocorrer algum acidente de percurso, o que a Legislação
Previdenciária considera como acidente de trabalho. Entretanto, se não houver um
contrato de trabalho com o empregado e a sua anotação no Livro de Registro de Empregados, o INSS não dará cobertura ao acidente e o proprietário arcará com todas as
despesas decorrentes do mesmo. Caso haja mortes, haverá uma pensão indenizatória,
determinada pela Justiça, a ser paga pelo proprietário, durante o tempo que faltava para
o trabalhador vitimado completar sua vida ativa, que é de 65 anos. Por exemplo, se o
trabalhador tinha 30 anos de idade, a pensão terá que ser paga durante 35 anos, cujo
valor será arbitrado pelo Juiz.
Maria Christina Alvarenga de Araújo
Coordenadora Jurídica e Sindical da FAES e UGA-ES
O Jornal Esta Terra é uma publicação mensal da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo (FAES) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Administração Regional do Estado do Espírito Santo (SENAR-AR/ES).
FAES: DIRETORES: Júlio da Silva Rocha Júnior (Presidente), João Calmon Soeiro (1º Vice-presidente), Rodrigo José Gonçalves Monteiro (2º Vice-presidente), Abdo
Gomes (3º Vice-presidente), José Garcia (4º Vice-presidente), Wilson Tótola (5º Vice-presidente), Acácio Franco (6º Vice-presidente), Luiz Carlos da Silva (1º Secretário),
Altanôr Lôbo Diniz (2º Secretário), Neuzedino Alves Victor de Assis (1º Tesoureiro), Carlos Roberto Aboumrad (2º Tesoureiro). SUPLENTES DA DIRETORIA: Armando
Luiz Fernandes, Antônio Roberte Bourguignon, Nilton Falcão, Fábio Gomes e Gama, Luiz Malavasi, Valdeir Borges da Hora, Antônio José Baratela, José Pedro da Silva,
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com.br) - Edição: Márcia Almeida - Textos: Márcia Almeida, Lorena Zanon e Polânia Sôares - Colaboradores: Ivanete Freitas, Tereza Zaggo, Fabrício
Gobbo, Érica Cunha Assis, Marcelo de Freitas, Contatus Comunicação e Gabriella Pontes. Fotos: Comunicação Faes e Senar - Editoração: Interativa
Marketing e Comunicação (27) 3222-2908.
Câmara dos Deputados aprova texto-base do
Código Florestal Brasileiro
Votação aconteceu no dia 24 de maio, em Brasília
da no Senado, que poderá alterar
os itens polêmicos. Se houver
alterações em relação ao texto
aprovado na Câmara, os deputados voltam a analisar o texto do
novo Código Florestal. Depois, o
código vai à sanção da presidente
Dilma Rousseff, que tem a prerrogativa de vetar o texto parcial ou
integralmente.
“Os produtores rurais brasileiros vão dormir confiantes que a lei
os protege, não os persegue; que
os valores ambientais serão respeitados e, principalmente, que
há regras para o uso e manejo
da terra, na qual geram riquezas
e contribuem para o desenvolvimento nacional”, afirmou a CNA,
em nota assinada pela presidente
Kátia Abreu.
Ao defender a emenda, o relator Aldo Rebelo disse que a
Diógenis Santos
A
pós mais de dois anos de
debate, a Câmara dos Deputados aprovou, no dia 24
de maio, o texto-base do projeto
do novo Código Florestal Brasileiro, legislação que estipula regras
para a preservação ambiental em
propriedades rurais e prevê os
usos que poderão estar nas áreas de preservação permanente
(APPs). Foram 410 votos a favor,
63 contra e uma abstenção.
Entre as emendas do texto
principal do relator Aldo Rebelo,
o maior ponto de divergência é
a 164, que estende aos Estados
a competência de legislar sobre
o uso consolidado nas Áreas de
Preservação Permanente (APPs),
previsão resguarda no artigo 24,
inciso IV da Constituição Federal.
Agora, a discussão será inicia-
Texto teve 410 votos a favor, 63 contra e 1 abstenção
mudança é a “solução para que
dois milhões de agricultores, 90%
deles pequenos, que não são criminosos ambientais, não fiquem
na mais completa insegurança jurídica diante do cipoal legislativo
nas mãos dos órgãos ambientais
e do Ministério Público”.
Júlio Rocha, presidente da
Faes, também considera positiva
a aprovação do novo Código Florestal na Câmara dos Deputados.
“A legislação estava ultrapassada
e não refletia a realidade do setor
agropecuário brasileiro”, enfatizou.
Projeto piloto da GTA eletrônica
deverá ser implantado até julho
Sistema vai facilitar a emissão de documentos
ciar muito o homem do campo, já
que ele poderá emitir toda a documentação em um único local,
inclusive em feriado ou final de semana, em caso emergencial”, enfatiza Neuzedino de Assis, diretor
da Faes.
A guia eletrônica traz o número
de bovinos, machos e fêmeas, ao
qual o documento faz referência,
a marca do rebanho, procedência,
localidade de destino, finalidade,
meio de transporte, além das datas
das vacinações contra brucelose e
aftosa.
Para alcançar esse objetivo, a
CNA, juntamente com a FAES, vai
lançar o Cartão do produtor, com
múltipla finalidade, inclusive de
emissão da GTA eletrônica, utilizando um terminal semelhante ao
que se usa para passar o cartão de
crédito, interligando ao banco de
dados do IDAF, que contém todas
as informações do homem
do campo. O cartão terá a
mesma segurança que do
que é utilizado pelo sistema financeiro.
O documento também
especifica a localização
da emissão do GTA e a
identificação do terminal
Sistema vai atender os produtores com mais agilidade
utilizado. A guia possui
ainda um código de barras para bem como a finalidade do transleitura nos postos de fiscalização porte animal. Cada espécie animal
da Secretaria da Fazenda. O papel possui uma norma específica para
para emissão será numerado e tim- a emissão da guia de trânsito, que
brado pelo Ministério da Agricultura é feita mediante o cumprimento de
condições sanitárias.
e não terá custo adicional.
A GTA é um importante instrumento de defesa agropecuária,
O que é GTA?
pois auxilia o Serviço Veterinário
A GTA é o documento oficial Oficial na tarefa de evitar a introdue obrigatório para o transporte de ção e a disseminação de doenças
animais no Brasil, exceto de cães que possam pôr em risco a popue gatos. Nela, estão contidas infor- lação ou causar prejuízos aos promações sobre a origem e o destino, dutores.
3
Iá!Comunicação
Com a finalidade de preservar
a sanidade na movimentação de
bovinos, deverá ser implantado até
julho, um projeto piloto para emissão da GTA Eletrônica (Guia de
Trânsito Animal), em 15 sindicatos
rurais capixabas, para atender os
produtores com mais agilidade.
O IDAF (Instituto de Defesa
Agropecuária e Florestal) já possui
um sistema informatizado onde estão cadastrados aproximadamente
de 2,2 milhões de animais, em cerca de 30 mil propriedades. Atualmente, para emitir a Guia, o produtor tem que procurar o IDAF, depois
ir ao banco e efetuar o pagamento
da taxa, para voltar ao IDAF e pegar a GTA. Com a implantação da
GTA eletrônica pelos sindicatos rurais de cada município, o produtor
poderá pagar a taxa, emitir a GTA e
a Nota Fiscal em apenas um local.
“Essa possibilidade irá benefi-
Divulgação
Mais de seis mil pesso
pelo Senar/E
Avaliação do quadrimestre aponta r
M
ais de seis mil pessoas
foram treinadas pelo
Senar/ES nos primeiros quatro meses de 2011. O
número, recorde, foi apontado
no relatório quadrimestral feito pela entidade. Outro recorde registrado foi a quantidade
de municípios atendidos no
quadrimestre: 72 dos 78 municípios capixabas.
Os resultados apontados
na avaliação do quadrimestre
mostram que o Senar/ES já
alcançou 80,5% em Forma ção Profissional Rural (FPR),
95,7% em Promoção Social
(PS) e 35,9% em Programas
Especiais (PE), previstos para
o período de janeiro a abril
de 2011. Entre os destaques,
estão os 13 treinamentos de
Inclusão Digital que já foram
realizados no quadrimestre,
com o objetivo de qualificar
o homem do campo e seus
familiares.
Para Neuzedino de Assis,
superintendente do Senar/
ES, os resultados são frutos
do trabalho de uma grande
equipe. “São muitas pessoas
envolvidas e comprometidas
com a qualificação dos produtores rurais capixabas. Os
números positivos mostram
que estamos seguindo o caminho certo”, diz.
Programas
A meta do Senar é atingir, até o fim do ano, todos os municípios capixabas
4
Para o primeiro quadrimestre de 2011 foram programados para 2011 a realização de
323 treinamentos de Formação
Profissional Rural. Desses,
260 foram realizados, entre
eles destaca-se o de vaqueiro,
que orienta produtores sobre
o manejo de pastagem, capineira, castração e contenção
de rebanhos, noções sobre
dosagens de medicamentos,
interpretação de bulas, entre
outras ações.
J á d o s 11 6 t r e i n a m e n t o s
programados para a área de
Promoção Social, 111 foram
realizados. Destaque para o
de Primeiros Socorros, onde
os participantes aprendem
como agir em casos de convulsão, afogamento, intoxicação
e envenenamento, choque
elétrico, acidente vascular
encefálico, entre outros.
Programas Especiais também ganharam espaço na
agenda de treinamentos do
Senar/ES. Dos 39 previstos,
14 foram realizados, como o
Propriedade Ativa, que tem
como meta levar informação
e orientação para o aprimoramento do trabalho dos
produtores rurais em suas
propriedades e o Útero é Vida.
O Programa de Prevenção
do Câncer do Colo do Útero,
voltado especificamente para
mulheres, tem como objetivo
gerar oportunidades de educação, prevenção e diagnóstico do câncer do colo do útero
em comunidades carentes,
levando informações importantes que conscientizem
as mulheres do meio rural e
possibilitem seu acesso ao
exame preventivo.
“Os produtores, quando
qualificados, agregam mais
valor em sua produção. Eles
aplicam as técnicas ensinadas
suas propriedades, tornando o
processo mais profissional”,
afirma a mobilizadora Luciane
Barros Amaral.
O mobilizador Tadeu Nascimento também enfatiza os benefícios proporcionados pelas
capacitações. “Em cada treinamento tentamos qualificar
o produtor para que ele possa
agregar mais valor a sua renda, e o mais importante, para
que ele possa trabalhar de
forma correta”, diz.
oas já foram treinadas
ES em 2011
recorde no número de treinamentos
Metas
Entre as metas do Senar/
ES, está a formação de novas
parcerias para levar cada
vez mais projetos de desenvolvimento para o campo. A
entidade também quer atingir
todos os municípios capixabas. E para isso, conta com
o apoio de parceiras como a
Faes, Sindicatos Rurais, prefeituras, Incaper, Idaf e Seag,
entre outras, fundamentais
para a promoção do aprendizado rural. “O Senar/ES está
crescendo e atingindo cada
vez mais regiões capixabas.
E sem dúvida, o comprometimento dos nossos parceiros,
é peça fundamental para o
bom desempenho do trabalho
que realizamos”, enfatiza
Neuzedino de Assis.
“Antes o sindicato era so-
mente uma representação.
Hoje ele tem uma posição de
promotor do conhecimento
rural, buscando o fortalecimento do homem do campo. A
nossa parceria com o Senar/
ES é fazer com que o homem
permaneça no campo com
acesso às novas tecnologias
para transformar o campo
mais produtivo, com obtenção
de renda digna e sustentabilidade”, declara Wesley
Mendes, presidente do Sindicato Rural de Cachoeiro de
Itapemirim.
Para Carlos Giovanni Sossai, presidente do Sindicato
Rural de Jaguaré, “a parceria
é muito importante porque
beneficia primeiramente o
produtor. O sindicato é uma
ponte entre o homem do
campo e o Senar/ES, na promoção de treinamentos”.
RESULTADOS
Formação Profissional Rural
Programado
Realizado
% Executado
Agricultura
91
53
58,2
Agroindústria
31
32
103,2
Aquicultura
11
4
36,4
74
88
118,9
36
76
211,1
73
67
91,8
323
260
80,5
FPR
Ativ. Apoio
Agrossilvopastoril
Ativ. Relativa
Prestação de Serviços
Pecuária
Total
Promoção Social
PS
Programado
Realizado
% Executado
Alimentação/Nutrição
49
43
87,7
Artesanato
41
44
107,3
Educação
13
8
61,5
13
16
123,1
116
111
95,7
Saúde
Total
A missão do Senar/ES é levar profissionalização para o campo
e melhorar a qualidade de vida ao produtor rural e seus familiares
5
Cresce consumo de ov
A raça que mais se destaca é a de corte (cordeiro para abate), que po
Divulgação
R$ 15 mil na compra de animais.
Hoje ele tem um lucro de R$ 5
mil ao ano, e uma economia de
25% do custo de mão-de-obra
na capina e adubação. Segundo
o agrônomo Paulo Shalders, o
espaço em um aprisco simples
por animal é de dois metros quadrados, e para cada reprodutor é
de 5 metros quadrados.
Criação de Elite
A
O Brasil registra um rebanho de 17 milhões de ovinos
criação de ovinos tem
crescido exponencialmente
no Brasil, devido ao fácil
manejo e baixos investimentos.
Sitiantes e médios produtores podem começar a criação em áreas
reduzidas. Por ser um animal de
pequeno porte, o cordeiro pode
dividir o pasto com outras criações, principalmente a bovina.
Atualmente, o país registra um
rebanho de 17 milhões de ovinos,
e que,segundo o IBGE (Instituto
de Geografia e Estatística), é
insuficiente para atender a procura interna, tendo que importar
do Uruguai, fato que incentivou a
criação no Brasil.
No Espírito Santo, a criação
é intensiva. O produtor aplica
mais tecnologia e os animais
são confinados para diminuir a
incidência de verminose. Para
Paulo Shalders, engenheiro agrônomo do Incaper, o grande fator
para o crescimento da criação de
ovinos é a área pequena que esses animais ocupam em relação
aos bovinos. “A área do Espírito
Santo é inferior aos outros Estados para criar ovinos, mas em
6
pequenas regiões, no lugar de
criar uma cabeça de boi, é melhor
abrigar caprinos e ovinos, que
vão para o abate a partir de 120
dias. O gasto é menor e a renda
é maior”, declara.
Segundo a Associação de
Criadores de Caprinos e Ovinos
do Espírito Santo, o quilo vivo
de cordeiro varia em torno de R$
5, e o corte mais valorizado é o
pernil, que está cotado a R$ 19
o quilo. Os preços estimulam a
produção, mas a intenção é que
o valor seja mais baixo do que o
da carne bovina. No Estado, são
consumidos dois quilos de carne
de ovino e caprino por habitante/
ano.
Com o mercado se acentuando, exige um produto de
maior qualidade, o que significa
animais abatidos com período
certo e peso ideal. Para ser considerado cordeiro, o animal deve
ser abatido com 120 a 150 dias
de idade e peso médio entre 35
a 40 quilos.
Atualmente, o Espírito Santo
tem apresentado um crescimento
de criadores de ovinos, visto que
é mais rentável e o retorno é imediato. A raça que mais se destaca
é a de corte, que pode ser criada
em pequenas propriedades, até
mesmo junto à lavoura. Um bom
exemplo é usar animais na capina, tática adotada há três anos na
criação de Aroldo José da Costa,
proprietário rural do interior de
Cachoeiro de Itapemirim. Ele tem
uma lavoura de café, onde cria os
ovinos. Começou com três carneiras e um reprodutor, e hoje já
soma quase 40 animais e vende
cerca de 20 cordeiros ao ano.
Além da economia de espaço,
os carneiros pastam a lavoura,
adubam e ajudam a preservar o
meio ambiente.
“Eu tenho uma grande economia, pois com os animais eu
economizo na capina da lavoura.
A procura pelos carneiros tem
crescido, pois as pessoas estão
se preocupando mais com a
alimentação e a carne do animal
é saudável”, revela Aroldo José
da Costa.
Com uma área de três hectares, Aroldo gastou na instalação
do aprisco cerca de R$ 3 mil, e
Com uma propriedade de
mais de duzentos anos, a família
de Wilson de Freitas Filho, começou com uma pequena plantação
de cana e criação de carneiro e
cabra. Hoje, o engenheiro agrônomo cria mais de 400 animais
na fazenda em Cariacica. Na
propriedade ele produz mais de
350 quilos de carne por mês e
a expectativa é de aumentar as
vendas em 50% ainda este ano.
“A criação de ovinos e caprinos está crescendo no Espírito
Santo, porque as pessoas estão
procurando mais esse tipo de
carne, pois é nobre e light”, afirma Wilson.
O agrônomo investe atualmente nas raças mais rústicas:
a Santa Inês, que são animais
maiores e com pelos curtos e
podem pesar mais de 100 quilos, a Doper, que é originária da
África e tem como característica
a resistência e os cabritos da
raça Bôer, que são magros e com
pernas longas.
Marcelo de Freitas, filho de
Wilson, herdou do pai e do avô
o amor pelos animais, e hoje,
formado em veterinária, cuida da
reprodução dos animais dentro
da propriedade da família.
“Eu faço aqui a multiplicação
das raças, que é o Santa Inês e
o Doper e o cabrito da raça Bôer.
Na propriedade temos matrizes
reprodutoras e doadoras. Nas
matrizes fazemos inseminação
artificial e nas doadoras fazemos
a transferência de embriões, que
vinos no Espírito Santo
ode ser criada em pequenas propriedades, até mesmo junto à lavoura
varia de 6 a 10, e fazemos barriga
de aluguel para ter um aproveitamento melhor da ovelha’, explica
Marcelo Freitas.
Raças como Santa Inês têm
em média três partos no período de dois anos. Normalmente
quando o filhote completa oito
meses, ele já está pronto para
comercialização. O preço varia
de R$ 2 mil a R$ 20 mil. Em reprodutores Doper, o valor chega
a R$ 2.500 e em reprodutores
Bôer, cerca de R$ 1.800.
Gargalos da produção
Projeto
Cordeiro Capixaba
Incentivar os produtores a
investirem no abate e comercialização de ovinos para expandir
a produção e tornar a atividade
uma alternativa de renda aos
pequenos produtores é o objetivo
do Projeto Cordeiro Capixaba,
criado, em 2010, pela Associação de Criadores de Caprinos e
Ovinos do Espírito Santo.
O projeto envolve cerca de
200 produtores, divididos entre
os municípios de Vitória, Cachoeiro de Itapemirim e Colatina
e visa a sustentabilidade na
comercialização e a criação de
cooperativas regionais.
Com as cooperativas, os
produtores terão um auxílio maior
de profissionais em cada região.
Eles serão incentivados a promover o melhoramento no rebanho
e aumentar a participação de
ovinos e caprinos em feiras de
agronegócio, gerando renda.
Em parceria com a Seag,
Sebrae-ES e Incaper, o projeto
tem previsão de começar a funcionar ainda esse ano, na Grande
Vitória.
Gabriella Pontes
Apesar do aumento da produção ovina no país, os criadores
ainda enfrentam grandes dificuldades, como a falta de mão-deobra qualificada e de frigoríficos
especializados para o abate.
Os gastos com alimentação
concentrada e precocidade ao
abate são baixos e compensados pelo giro rápido. Mas é
necessário um profissional de
conhecimento técnico nesta área,
para auxiliar os criadores, que
consequentemente terão uma
formação de rebanho de alta
qualidade.
Os ovinos precisam de uma
atenção especial, por isso é
necessário investir no aperfeiçoamento do setor para que não tenha prejuízos no futuro. Além dos
cuidados, o produtor deve ficar
atento aos predadores, uma vez
que a ovelha é uma presa fácil.
É necessário que os animais tenham um cercado bem protegido
para passarem as noites.
Está acabando o prazo para o
pagamento da taxa anual do Fepsa
Arrecadação vai até o dia 10 de junho e deve ser
feita nos Sindicatos Rurais ou no Idaf
E
stá acabando o prazo
para o pagamento da taxa
anual do Fepsa - Fundo
Emergencial de Promoção da
Saúde Animal do Estado do
Espírito Santo. A taxa deve ser
quitada até o dia 10 de junho.
O Fepsa é uma associação sem fins lucrativos, que
assegura aos criadores uma
indenização financeira em caso
de febre aftosa, newcastle e
influenza aviária.
A taxa é paga por todos os
pecuaristas após a vacinação
dos animais contra febre aftosa.
O pagamento, de R$0,10 por
cabeça de gado vacinada, deve
ser feito no Sindicato Rural ou
no Idaf.
O Espírito Santo tem 2,2
milhões de cabeças de gado
bovino e bubalino, distribuídos
em 30 mil propriedades. Destas,
27,7 mil possuem animais com
idade de vacinação.
O Fundo é formado pela
Faes, Sindifrio (Sindicato da
Indústria do Frio do Estado do
Espírito Santo), Idaf, SFA/ES
(Superintendência Federal de
Agricultura no Estado), ASES
(Associação de Suinocultores do Espírito Santo), AVES
(Associação dos Avicultores
do Espírito Santo) e OCB/ES
(Organização das Cooperativas
Brasileiras do Espírito Santo).
mitida por meio de secreções
e excreções, dentre as quais,
saliva, sêmen, urina e fezes.
A erradicação da doença
possibilita um certificado que
credencia o Espírito Santo como
exportador para o mercado
externo. A ausência da febre
aftosa assegura maior qualidade dos produtos ofertados ao
consumidor, proporcionando
competitividade e aumento nos
lucros.
Fepsa tem
novo presidente
Neuzedino de Assis foi eleito,
no dia 11 de abril, presidente
do Fepsa e ficará a frente da
entidade no triênio 2011/2014.
Em sua gestão, ele vai dar
continuidade ao programa de
vacinação contra febre aftosa.
“Pretendemos formar parcerias
para que no próximo ano possamos eliminar a vacinação
dos animais com mais de dois
anos, mantendo a vacinação
abaixo dessa idade, garantindo
a proteção contra a doença e
proporcionando uma economia
de mais de 4 milhões de Reais
para os pecuaristas capixabas”,
diz.
Assessoria de Comunicação/ Idaf
Febre aftosa
A febre aftosa é uma enfermidade muito contagiosa, provocada por vírus, que acomete
animais biangulados (de duas
unhas), como bovinos, búfalos,
caprinos e suínos. Ela é trans-
A ausência da febre aftosa assegura
maior qualidade dos produtos
ofertados ao consumidor
Carneiros pastam a lavoura, adubam e ajudam a preservar o meio ambiente.
7
Barra de São Francisco quer
melhorias para o homem do campo
Entidade busca parcerias para oferecer mais benefícios ao homem do campo
tar esse número. “Eu assumi
a presidência em março deste
ano. Apesar do pouco tempo, já
trabalhamos bastante e como
recompensa, conseguimos ampliar a nossa base de associados”, diz Francisco Ribeiro Vital, presidente do sindicato.
Segundo ele, o sindicato
também busca formar novas
parcerias, para obter mais benefícios para os associados e
levar mais profissionalização
ao campo. “Nossa meta é disponibilizar um médico para
atendimentos exclusivos aos
associados, e para alcançar
esse objetivo, precisamos de
parceiros, como a prefeitura”,
afirma.
As parcerias firmadas com o
sindicato beneficiam os agricultores e seus familiares. Como
exemplos, acordos
feitos com as farmácias de Barra de São
Francisco, que dão
desconto de até 15%
na compra de medicamentos e com laboratórios médicos e
de análises clínicas,
onde os associados
e familiares têm desconto de 20 a 30%.
Divulgação
S
ituado no noroeste do
Espírito Santo, Barra de
São Francisco tem na
produção agropecuária a base
de sua economia, destacandose o cultivo de arroz, café e
frutas e a pecuária de leite. A
extração de granito também é
uma grande fonte de renda do
município.
Em funcionamento desde
1967, o Sindicato Rural de
Barra de São Francisco sabe a
importância da união entre os
produtores rurais para dar continuidade aos trabalhos e garantir melhorias para a classe.
Mesmo nas crises e mudanças,
o sindicato nunca parou suas
atividades.
Atualmente o sindicato tem
200 associados e está fortalecendo suas ações para aumen-
Aproximação
Na sede do sindicato funcionam três
consultórios
odontológicos, onde 90%
Francisco Ribeiro Vital assumiu recentemente
a presidência do sindicato
dos atendidos são
associados. Metade
do valor pago pelas consultas presidente. “A sede do sindicaé recolhido pelo sindicato e in- to é a casa do homem do campo. Lá ele pode firmar contratos
vestido em melhorias.
Devido ao crescimento no de parceria agrícola, empastanúmero de atendimentos odon- mento, pensão, aposentadoria,
tológicos, o sindicato pretende carta de aptidão para financiacontratar um dentista especia- mento, admissão e rescisão de
lizado na área de ortodontia e imposto de renda”, diz Francisco Ribeiro Vital.
implantes
“Queremos ampliar os serviços do sindicato, para melhor Sindicato Rural de
atender nossos associados, e Barra de São Francisco
mostrar que juntos formamos Avenida Prefeito Antônio Valle, 98 –
uma família, em que um pode Centro - Barra de São Francisco/ES
sempre contar com o outro. E E-mails: [email protected]
[email protected]
o mais importante, oferecer
serviços de qualidade”, frisa o Tel: (27) 3756-4747
Faes quer gratuidade dos registros de reservas legais
Abdo Gomes, vice-presidente da Faes e presidente do Sindicato Rural
de Viana, se reuniu, em
maio, com o deputado federal Paulo Foletto para
discutir a viabilização e
8
elaboração de um Projeto de Lei que conceda aos
proprietários rurais a gratuidade nos serviços e taxas
cartorais quando os mesmos forem registrar suas
reservas legais. “Muitos
produtores rurais não têm
condições financeiras para
cumprir a legislação. Com
a isenção que estamos solicitando, eles não cairão na
ilegalidade”, diz o presidente do sindicato.
Paulo Folleto afirmou
que a sugestão foi encaminhada à Consultoria Legislativa da Câmara dos
Deputados, para análise
da viabilidade de elaboração.
Com licença, vou à luta e Sindicato Forte
chegam ao Espírito Santo
Programas vão capacitar os capixabas
C
om o objetivo de estimular as mulheres
que estão envolvidas
no processo produtivo e na
gestão de empreendimentos rurais, o Senar criou,
em parceria com o Instituto
CNA, o ‘Com licença vou a
luta’. E o programa, que está
chegando ao Espírito Santo,
já desperta o interesse das
capixabas.
O ‘Com licença vou à luta’
é voltado para a gestão rural
e tem como foco exclusivo
as mulheres que desenvolvem atividades rurais. Seu
objetivo é desenvolver nas
alunas as características do
comportamento
empreen-
dedor, discutir os aspectos
do trabalho em equipe e liderança, as questões legais
(ambientais e trabalhistas)
da propriedade rural, os aspectos financeiros da propriedade (custo de produção
e fluxo de caixa, por exemplo), além do planejamento
com a elaboração de plano
de negócios da atividade rural.
“O nosso objetivo é desenvolver nestas mulheres
as habilidades necessárias
para que obtenham sucesso na empresa rural, incrementem a renda familiar ou
até mesmo conquistem a
independência
financeira,
construindo a sua autoconfiança”, afirma Kátia Abreu,
presidente da CNA.
O programa se desenvolverá em cinco encontros
semanais, de 8 horas cada,
onde as mulheres aprenderão temas voltados para o
empreendedorismo, planejamento do negócio, legislação e liderança.
No Estado
O ‘Com licença vou à luta’
será implantado no Estado
a partir de junho e vários
municípios já manifestaram
interesse na capacitação.
As instrutoras que vão desenvolver o programa foram
capacitadas recentemente,
em Brasília.
Sindicato Forte
Outro programa criado
pela CNA e que está aportando no Espírito Santo é o
Sindicato Forte, criado para
melhorar e ampliar os serviços prestados pelos sindicatos aos produtores rurais.
“O projeto tem o objetivo
de treinar todos os sindicatos rurais capixabas para
que eles sejam autossuficientes. Os dirigentes e colaboradores serão qualificados para atender o produtor
rural de forma mais profissional e oferecer serviços
de qualidade, conquistando
cada vez mais a confiança
dos produtores”, diz Fabrício
Gobbo, técnico na atividade
de formação profissional do
Senar/ES.
O Sindicato Forte tem
como objetivos promover a
integração dos sindicatos rurais às estratégias nacionais
de desenvolvimento, aumentando sua representatividade junto aos associados e
legitimidade social, qualificar as lideranças sindicais
rurais para o exercício de
atividades econômica e socialmente sustentáveis, capacitar os funcionários dos
sindicatos rurais ajustandoos às exigências burocráticas e administrativas de um
sindicato atuante e implantar ferramentas de planejamento e controle na busca
de resultados superiores.
Confira alguns treinamentos que acontecem no mês de junho*:
Treinamento
Produção de Conservas Vegetais
Produção Caseira de
Pães e Biscoitos
Educação Ambiental
Tratorista Agrícola
Olericultura
Cultivo de Plantas Ornamentais
Operação e Manutenção
de Motosserra
Aplicação de Agrotóxicos
Data
01/06
04/06
Localidade
São Domingos do Norte
Iúna
06/06
06/06
08/06
13/06
21/06
Linhares
Pinheiros
Viana
Alegre
Boa Esperança
28/07
Afonso Cláudio
* A agenda completa de treinamentos você acessa em:
www.faes.org.br
9
Instrutores e mobilizadores alinham o caminho que
devem seguir na profissionalização dos produtores rurais
Encontro reuniu 99 profissionais, em Nova Almeida, na Serra
mobilizadora do Sindicato Rural
de Fundão.
Ivanete Aparecida Ardson,
mobilizadora do Sindicato Rural
de São Gabriel da Palha, também
achou positiva a iniciativa de realizar a reunião. “Eu gostei muito
e achei importante esse encontro,
principalmente porque incentiva nosso desempenho com os
produtores Espero que aconteça
mais vezes”, comenta.
Para Márcia Capucho, mobilizadora do Sindicato Rural de
São Mateus, o encontro foi um
momento importante para os mobilizadores trocarem ideias, partilharem conhecimentos e aprenderem novas formas de levar um
bom atendimento ao homem do
campo.
A busca de qualificação do
produtor e do trabalhador rural é
crescente. E é nesse parâmetro
que o Senar/ES prepara instrutores e mobilizadores, para que
suas ações sejam feitas com
eficiência, buscando melhorar a
qualidade de vida e melhoria do
produtor rural.
Iá!Comuncação
I
nstrutores e mobilizadores do
Espírito Santo se reuniram,
entre os dias 25 e 27, em Nova
Almeida, Serra, para se atualizarem sobre os procedimentos operacionais das ações de formação
profissional rural, atividades de
promoção social e normas para
programação de treinamentos.
O encontro, que serviu para
esclarecer as dúvidas dos participantes e nortear novas ações
a serem realizadas pela Faes e
Senar/ES, reuniu 40 mobilizadores e 59 instrutores. ‘Na reunião
enfatizamos a responsabilidade
e o papel de cada um, para que
assim possam trabalhar em equipe e contribuir no processo de
organização de treinamentos’,
enfatiza Welingtonglei Alexandre
de Carvalho, do Senar/ES.
“O encontro com a participação de todos os envolvidos nas
atividades do Senar/ES propiciou
uma grande interação. Eu mesma
não conhecia alguns instrutores.
Agora nossos procedimentos nos
treinamentos vão ser aperfeiçoados”, diz Denilda Vescovi Broetto,
O grupo aprendeu ainda mais sobre o seu papel de encarregados
de levar conhecimento ao campo
Grupo de trabalho vai cobrar instalação
do silo da CONAB em Viana
Faes e Sindicato Rural Patronal de Viana vão integrar o grupo
Em audiência pública realizada no dia 26 de abril, na
Assembleia Legislativa do
Estado, foi anunciada a formação de um grupo de trabalho responsável por cobrar
agilidade, junto à Secretaria
Estadual de Agricultura e ao
Governo do Estado, nos rumos na instalação dos silos da
CONAB (Companhia Nacional
de Abastecimento), em Viana.
Com os silos, será garantido o
abastecimento de 60 mil toneladas de milho aos produtores
capixabas que são altamente
10
dependentes deste cereal.
O grupo será formado por
representantes da Faes, Sindicato Rural Patronal de Viana,
prefeituras de Viana e Vitória,
CONAB, OCB, Superintendência Federal de Agricultura/ES,
Associação de Suinocultores
do Espírito Santo, Associação
dos Avicultores do Espírito
Santo e Associação de Moradores de Jardim da Penha,
bairro onde atualmente estão
as instalações utilizadas pela
CONAB.
“A instalação dos silos vai
facilitar a expansão dos segmentos de aves, suínos e pecuária de leite, possibilitando
a comercialização em grande
escala e de milho ensacado
para atender aos pequenos
produtores”, afirmou Abdo Gomes, presidente do Sindicato
Rural Patronal de Viana.
Brício Alves Santos Junior,
superintendente da CONAB,
destacou a necessidade de
uma ação política conjunta
para que o processo de liberação da verba e início das
obras de instalação dos silos
se concretize. O deputado
Atayde Armani, Presidente da
Comissão de Agricultura da
Assembleia Legislativa, garantiu que o grupo vai se reunir e
solicitar aoSecretário de Estado da Agricultura, Ênio Bergoli,
a busca de solução imediata.
O investimento anunciado
para a instalação do silo em
Viana é de aproximadamente
R$ 35 milhões; valor este já
aprovado no PAC 2, sendo inicialmente previsto R$ 11,650
milhões para os anos de 2011
e 2012.
Propriedade-modelo em destaque na GranExpoES
Divulgação
Durante a feira haverá a discussão sobre o desenvolvimento da produção
agrícola capixaba com sustentabilidade
U
O evento deve receber mais de 100 mil visitantes
ma das novidades da
próximUma das novidades da próxima edição da
GranExpoES, que vai acontecer
no período de 10 a 14 de agosto, no Pavilhão de Carapina, na
Serra, é a exposição de uma propriedade-modelo. Criada especialmente para a feira, no lugar
os visitantes poderão visualizar
a estruturação desse tipo de empreendimento rural e aprenderão
sobre técnicas de captação de
água da chuva, reaproveitamento
de material orgânico e obtenção
de energia solar, entre outros.
‘Serão apresentadas medidas
simples e aplicadas à proprieda-
de de pequeno porte. A GranExpoES tem a missão de difundir
o conhecimento e promover a
modernização do campo. Queremos levar para agricultores
e criadores de todo o Estado
novidades que efetivamente façam a diferença para o seu dia a
dia, contribuindo também com o
meio ambiente’, destaca Zezinho
Boechat, coordenador geral do
evento.
A GranExpoES é a maior
feira rural do Espírito Santo e
uma das maiores do país. Reúne produtores rurais de várias
partes do Brasil, agroindústrias
e fornecedores de aquicultura, floricultura, cafeicultura e
apicultura. É promovida pelo
Governo do Espírito Santo, por
meio do Sistema Seag/Incaper/
Idaf/Ceasa, com realização da
Extrema Eventos em parceria
com o Projeto Águas do Rio
Doce e apoio da Faes, Senar/
ES e o Sebrae/ES.
Este ano, a feira deverá movimentar R$ 45 milhões em negócios e receber um público superior a 100 mil pessoas e mais de
350 empresas expositoras. Ao
todo, 3.000 animais devem ser
inscritos para o evento, não apenas para a exposição, mas para
participar do Concurso Leiteiro e
dos tradicionais leilões.
Programa Agroecológico
Integrado e Sustentável
Com o intuito de disseminar
técnicas de cultivo sustentável
livre de agrotóxicos e com sistema de máximo aproveitamento
de recursos, a GranExpoES vai
destacar o Programa Agroecológico Integrado e Sustentável
(Pais), desenvolvido pela Fundação Banco do Brasil em parceria
com o Sebrae e o Ministério da
Integração Nacional.
Exportação do agronegócio rendeu
US$ 25,8 bilhões de janeiro a abril de 2011
Chuvas bem distribuídas e o uso de recursos tecnológicos têm contribuído para o crescimento das lavouras
uso de recursos tecnológicos
têm sido grandes aliados para
o rendimento das lavouras, que
no Brasil cresceram cerca de
80%. Os ganhos de produtividade permitiram uma enorme
expansão da oferta, com um
avanço relativamente pequeno
sobre novas áreas.
Para atenuar a tendência de
elevação dos preços, o Governo
Federal projeta um aumento dos
estoques de algodão, feijão, arroz e milho até o fim da temporada. É uma boa alternativa, visto
que os estoques são fatores de
segurança para o abastecimento
interno.
Boas colheitas combinadas
com bons preços resultam em
maior procura de bens de to-
Assessoria de Comunicação/Incaper
A exportação do agronegócio
brasileiro bateu novo recorde:
rendeu US$ 25,8 bilhões de janeiro a abril deste ano. O superávit comercial do setor chegou
a US$ 20,3 bilhões, valor 21,1%
superior ao do ano anterior.
Segundo o Ministério da
Agricultura, as principais produções como laranja, café, soja,
algodão e milho, marcaram um
valor superior do que em 2010,
registrado em R$ 196 bilhões.
A elevação dos preços e a expansão do volume colhido tem
resultado no aumento do valor
da produção.
O aumento da safra de grãos,
leguminosas e oleaginosas tem
superado a área plantada. As
chuvas bem distribuídas e o
Aumento do valor bruto da produção agrícola é importante
para a expansão de outros setores da economia
dos os tipos nos mercados do
interior. O aumento do valor
bruto da produção agrícola
é um importante fator para a
expansão de outros setores da
economia.
11
MAIS
Suinocultura e
avicultura em pauta
Entre os dias 09 e 11 de junho,
Marechal Floriano vai sediar, pela
1ª vez, a Favesu (Feira de Avicultura e Suinocultura Capixaba). O
evento, que deve receber cerca de
2.500 visitantes, contará com 36
estandes, onde serão apresentadas novidades em equipamentos,
nutrição, vacinas e medicamentos,
genética, entre outros. Já estão
confirmadas as presenças do governador Renato Casagrande e
de representantes das principais
instituições ligadas ao setor pecuarista.
Homenagem
A senadora Kátia Abreu,
presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária
do Brasil) foi uma das homenageadas com o Prêmio Mérito
ABCZ. A condecoração aconteceu no dia 03 de maio, em
Uberaba, Minas Gerais, durante a abertura da 77ª ExpoZebu
2011.
O Prêmio Mérito ABCZ foi
criado em 1977, e anualmente
homenageia personalidades
que desenvolvem trabalhos em
prol do crescimento da pecuária zebuína. Além da Senado-
Atração
ra, outras autoridades também
compareceram no local para receber a premiação, como o ministro da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, Wagner Rossi.
Dança
Dançar faz bem ao corpo e à
mente. Seguindo esse propósito, a
professora Patrícia Galimberti ensinou passos básicos de dança espanhola na última reunião das mulheres. As participantes aprenderam
sobre expressão corporal e facial e
como movimentar corretamente a
saia, peça indispensável neste tipo
de dança.
A reunião das mulheres acontece mensalmente e reúne produto-
ras e esposas dos presidentes dos
sindicatos rurais e dos diretores da
Faes, que aprendem e debatem temas de interesse do seu dia a dia.
ANIVERSARIANTES DE JUNHO
06/06
08/06
10/06
10/06
12/06
14/06
19/06
21/06
21/06
23/06
23/06
28/06
Adriana Fonseca Bernardo
02/06
Leyla Correia Aboumrad
03/06
Waldemar Borges da Silva
03/06
Rosângela Longue Scheidegger
06/06
Ademir da Cruz Lopes
Haroldo Brunow Fontenelle da Silveira
Benvindo Nilo de Castro
Wesley Mendes
Ivanete Ferreira de Freitas
Simone Rosa Cardoso
Mario Nobor Kuboyama
Ângela Maria Induzzi Cometti
Fabrício Gobbo Ferreira
Rita de Cássia Modenesi Falcão
Henrique Luiz Ribeiro Pereira
Miriam do Carmo Silva e Souza
Esposa do Pres. SR Jerônimo Monteiro
Esposa Dir. FAES (Carlos Roberto Aboumrad)
Diretor Nato da FAES
Esposa do Presidente SR Rio Novo do Sul
Presidente SR de Conceição da Barra
Diretor Nato da FAES
Funcionário do SENAR
Presidente SR Cachoeiro de Itapemirim
Funcionária da FAES
Funcionária do SENAR
Presidente SR Sooretama
Esposa do Presidente SR de Ibiraçu
Funcionário do SENAR
Esposa do Pres. SR Domingos Martins
Estagiário do SENAR
Esposa Presidente SR Mantenópolis
Av. Nossa Senhora da Penha, nº 1495 - torre A - 10º e 11º
andares - Bairro Santa Lúcia - Vitória/ES - CEP: 29056-243
12
Divulgação
O ônibus da Inclusão Digital
foi uma das atrações do estande do Sindicato Rural de Mimoso do Sul, durante a Exposição
Agropecuária que aconteceu
no município, entre os dias
05 e 08 de maio. O veículo,
equipado com computadores,
é usado como espaço para
capacitar produtores rurais e
familiares que nunca tiveram
contato com o mundo
virtual.
Na Agrishow
Divulgação
A Faes e o Senar/ES
patrocinaram a ida de 43
produtores rurais para a
Agrishow - Feira Internacional de Tecnologia Avançada, maior feira agrícola do
país, que aconteceu no período de 3 a 6 de maio, em
Ribeirão Preto, São Paulo.
Esta edição do evento movimentou R$ 1,755 bilhão
em negócios.
O grupo capixaba foi em
busca das novidades da
área agrícola. Muitos aproveitaram a oportunidade
para comprar equipamentos, que na feira foram vendidos a preços abaixo dos
praticados no Espírito Santo. “A área de mecanização
apresentada no evento foi
além das minhas expectativa. Eu estou fechando dois
negócios: a compra de um
tanque de pulverização e um
cultivador de canas”, afirma
Kleilson Martins Rezende,
Secretário do Sindicato
Rural de Pedro Canário e
produtor rural nas áreas de
cana, café e mamão.
As novidades apresentadas na feira surpreenderam.
“Durante o Agrishow conheci máquinas novas que ainda não foram utilizadas na
cidade onde atuo. E, por ser
a primeira vez que visito a
feira, não sabia das vendas dos maquinários, mas
ano que vem pretendo ‘ir às
compras’, porque os preços
e os financiamentos estavam muito bons”, diz Renilton Scardua Junior, Presidente do Sindicato Rural
de Itarana.

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