motorsports boni

Transcrição

motorsports boni
SJSP apoia
Marcha Mundial
das Mulheres
Vitória!
Pág 9
JORNAL DOS JORNALISTAS AGOSTO 2013 número 361
Sindicato entra na
Justiça e obtém
melhores indenizações
a demitidos da Abril
Pág 5
Aprovada proposta de Assessoria de Imprensa; Jornais e Revistas mantém negociação
Pág. 3
Projeto de Democratização da Comunicação em debate
Págs. 6 a 8
Jornalistas combatem a pejotização e o PL 4330
Pág. 9
Não à pejotização
e à terceirização
UNIDADE AGOSTO 2013
A
2
s mudanças no mundo do trabalho somadas aos ataques da
flexibilização de direitos trabalhistas têm impactado diretamente as relações de emprego,
inclusive dos jornalistas. A prática neoliberal de desregulamentação das profissões, de ampliação
dos contratos temporários e das
terceirizações e da ausência dos
contratos coletivos fragilizaram
os trabalhadores, facilitaram as
demissões em massa e reduziram
direitos trabalhistas. O ataque
aos trabalhadores agora vem com
a ameaça do Projeto de Lei 4330,
de autoria do deputado federal
Sandro Mabel (PR/GO), que criaria condições para aprofundar a
terceirização e a precarização dos
contratos de trabalho.
A ameça do PL da Terceirização
é mais grave para a classe trabalhadora que a criação da demissão sem justa causa dos anos 60
e que os ataques trabalhistas de
várias modalidades durante o
governo FHC. Não é a toa que o
SJSP, juntamente com a CUT e
centrais sindicais, participam da
campanha contra o PL que quer
tirar direitos e institucionalizar o
contrato precarizado.
Todos sabemos que o jornalista exerce uma das profissões
que mais sofre com o processo
de terceirização - que na nossa categoria atende pelo nome
de pejotização, já que os trabalhadores são contratados como
Pessoas Jurídicas. É uma velha
prática dos patrões para surrupiar direitos trabalhistas e muitos profissionais, acreditando
ser um bom negócio, são enganados e sofrem consequências
Órgão Oficial do Sindicato dos Jornalistas
Profissionais no Estado de São Paulo
Rua Rêgo Freitas, 530 - sobreloja CEP
01220-010 - São Paulo - SP * Tel: (11)
3217-6299 - Fax: (11) 3256-7191
nefastas como a dificuldade para
obter aposentadoria ou para garantir direitos mínimos como
pagamento de férias, 13º salário, FGTS, entre outros.
Infelizmente, alguns PJs mais
desavisados fazem o jogo dos “patrões” e se desligam do Sindicato.
Só voltam à dura realidade quando perdem seus empregos. Pensam que, já que são terceirizados,
não precisam de entidade de classe. E aí é que mora o perigo.
O SJSP tem agido na defesa intransigente dos empregos e dos
salários dos jornalistas, independentemente se são PJs ou não. Foi
o que aconteceu recentemente na
editora Abril que decidiu, de uma
hora para outra, demitir 71 repórteres, redatores, fotógrafos e editores. A entidade teve que entrar
na Justiça, conquistar liminar
para obrigar a empresa a negociar
e garantiu melhores indenizações
para os demitidos. Muitos deles,
que só receberiam 0,5 salário a
mais nas verbas rescisórias, tiveram direito a 2,5 salários.
Os esforços do SJSP têm sido
intensos para garantir o emprego e os direitos trabalhistas
também nas pequenas redações.
No entanto, é necessário que os
jornalistas se sindicalizem, fortaleçam nossa entidade de classe, pois só assim a categoria terá
força para lutar não só por direitos profissionais específicos, mas
principalmente contra projetos
oportunistas e patronais que prejudicam todos os trabalhadores
brasileiros. É o caso do PL 4330,
que lutamos para ser arquivado.
A Direção
E-mail: [email protected]
site: www.jornalistasp.org.br
Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal ou do Sindicato.
Diretoria Executiva
Presidente
José Augusto de Oliveira Camargo
Secretário Geral
André Luiz Cardoso Freire
Secretária de Finanças
Cândida Maria Rodrigues Vieira
Secretário do Interior e Litoral
Edvaldo Antonio de Almeida
Secretária de Cultura e Comunicação
Lílian Mary Parise
Secretária de Relações Sindicais
e Sociais
Evany Conceição Francheschi Sessa
Secretária de Sindicalização
Márcia Regina Quintanilha
Secretário Jurídico e de Assistência
Paulo Leite Moraes Zocchi
Secretária de Ação e
Formação Sindical
Clélia Cardim
Conselho de Diretores
Kepler Fidalgo Polamarçuk, Alan Felisberto Rodrigues (secretário adjunto
de Cultura e Comunicação), Luis Lucindo de Azevedo, Wladimir Francisco
de Miranda Filho, Alessandro Giannini,
Claudio Luis Oliveira Soares, Rosemary
Nogueira, Fabiana Caramez (secretária
adjunta de Interior e Litoral) e José Eduardo de Souza (secretário adjunto de Interior e Litoral)
Diretores Regionais
ABCD
Peter Suzano Silva
Bauru
Ângelo Sottovia
Campinas
Agildo Nogueira Júnior
Piracicaba
Martim Vieira Ferreira
Ribeirão Preto
Aureni Faustino de Menezes
(secretária adjunta do Interior e Litoral)
Santos
Carlos Alberto Ratton Ferreira
São José do Rio Preto
Andréia Fuzinelli
Sorocaba
José Antonio Silveira Rosa
Vale do Paraíba, Litoral Norte
e Mantiqueira
Fernanda Soares
Oeste Paulista
Tânia Brandão
Conselho Fiscal
Titulares
Sylvio Miceli Jr., James Membribes Rubio, Raul Varassin
Suplentes, Manuel Alves dos Santos e
Karina Fernandes Praça
Comissão de Registro e Fiscalização-,
Titulares
Douglas Amparo Mansur, José Fernandes da Silva, Vitor Celso Ribeiro da Silva
Suplentes José Aparecido dos Santos
e Luigi Bongiovani
Diretores de Base
ABCD
Carlos Eduardo Bazilevski Aragão, Vilma Amaro e Sandra Regina Pereira de
Moraes.
Bauru,
Luis Victorelli, Ieda Cristina Borges, Luiz
Augusto Teixeira Ribeiro e Rita Cornélio
Campinas
Kátia Maria Fonseca Dias Pinto, Hugo
Arnaldo Gallo Mantellato, Edna Madolozzo, Marcos Rodrigues Alves, Djalma
dos Santos e Fernanda de Freitas
Oeste Paulista
Priscila Guidio Bachiega, Geraldo Fernandes Gomes e Altino Oliveira Correa
Piracicaba
Luciana Montenegro Carnevale, Fabrice Desmonts da Silva, Paulo Roberto
Botão, Poliana Salla Ribeiro, Ubirajara
de Toledo, Vanderlei Antonio Zampaulo
e Carlos Castro
Ribeirão Preto
Antonio Claret Gouvea, David Batista
Radesca, José Francisco Pimenta, Ronaldo Augusto Maguetas, Fabio Lopes,
Marco Rogério Duarte e Maria Odila
Theodoro Netto
Santos
Edson Domingos Costa Baraçal, Eraldo
José dos Santos, Glauco Ramos Braga,
Emerson Pereira Chaves, Dirceu Fernandes Lopez, Ademir Henrique e Reynaldo Salgado
São José do Rio Preto
Harley Pacola, José Luis Lançoni, Sérgio
Ricardo do Amaral Sampaio, Cecília Dionísio e Marcelo Dias dos Santos
Sorocaba
Adriane Mendes, Fernando Carlos Silva
Guimarães, Aldo Valério da Silva, Emídio
Marques e Marcelo Antunes Cau,
Vale do Paraíba
Jorge Silva, Fernanda Soares Andrade
e Vanessa Gomes de Paula.
Comissão de Ética
Denise Fon, Roland Marinho Sierra,
Alcides Rocha, Flávio Tiné, Fernando
Jorge, Dr. Lúcio França, Sandra Rehder,
Antonio Funari Filho e Padre Antonio
Aparecido Pereira
EXPEDIENTE
Diretora responsável: Lílian Parise (MTb
13.522/SP) Editor: Simão Zygband (MTb
12.474/SP) Diagramação: Rubens M. Ferrari (MTb 27.183/SP) Redação: Bárbara
Barbosa (MTb 60.296/SP) Foto da capa:
Douglas Mansur
Impressão: Forma Certa Fone (11) 36722727 Tiragem: 8.000 exemplares
Conselho Editorial: Jaqueline Lemos,
Luiz Carlos Ramos, Laurindo Leal Filho
(Lalo), Assis Ângelo, Renato Yakabe e
Adunias Bispo da Luz.
Jornalistas votam pela aprovação da proposta de Assessoria de Imprensa
Assembleia aprova proposta de
Assessoria de Imprensa; Jornais
e Revistas ainda negociam
J
ciativas sobre PLR que deram certo
ornalistas de AssessoPROPOSTA PARA CAPITAL
em algumas empresas e assim, iniria de Imprensa (AI) se
ciar a implantação do benefício em
reuniram no auditório
Para piso salarial
todas elas.
do Sindicato dos JorReajuste de 6,5%
Para Márcia Quintanilha, secrenalistas Profissionais no Estado
tária de Sindicalização do SJSP e
de São Paulo (SJSP), no dia 13 de
Para salários até R$ 5.500,00
membro da Comissão de Assessoria
agosto, em assembleia, para avaReajuste de 5,5%
de Imprensa, o encerramento da
liar a proposta feita pelo sindicato
patronal na última reunião de ne- Para salários acima de R$ 5.500,00 campanha faz com que os novos vaValor fixo de R$ 302,50
lores já constem dos salários de segociação da Campanha Salarial da
tembro. “Foi uma conquista imporcategoria.
INFLAÇÃO PELO INPC - 6,95%
tante. É só olharmos para as outras
A proposta, aprovada por unaCampanhas Salariais e vermos que
nimidade, prevê reposição dos
as negociações estão difíceis. Consalários pelo INPC de 6,95%, váPROPOSTA PARA INTERIOR quistar o INPC, ao menos, repõe as
lidos também para todos os itens
perdas salariais e a discussão sobre
econômicos como vale refeição,
Para piso salarial
a PLR só tem a acrescentar”, diz.
convênio médico etc. Além disso,
Reajuste de 5,5 %.
garante também a manutenção de
Para salários até R$ 5.000,00
Interior e Litoral
todas as conquistas que já constaPosição diferente dos de Assessovam na Convenção Coletiva do ano
Reajuste de 5,5 %.
ria de Imprensa tiveram os patrões
passado. Os valores são retroativos
ao dia 1º de junho, data base da ca- Para salários acima de R$ 5.000,00 de Jornais e Revistas do Interior e
Valor fixo de R$ 275,00.
Litoral na rodada de negociação da
tegoria.
Campanha Salarial também realizaO acordo também prevê que o
INFLAÇÃO PELO INPC - 6,95%
da no início de agosto.
SJSP e sindicato patronal proNovamente os empresários manmovam encontros com workshop
tiveram uma posição intransigente e
voltados às assessorias de imprenpresentantes dos patrões, as empresas
sa para estabelecer parâmetros para têm dificuldade em aplicar o benefício. melhoraram em apenas 0,5% a proposta
adoção de PLR. De acordo com os re- A ideia é levar até os participantes ini- que fizeram na reunião anterior, man-
tendo ainda o índice abaixo da inflação.
A proposta era de 5% e passou a 5,5%
para o piso salarial e salários até R$ 5
mil. Para vencimentos maiores que estes, os empresários aumentaram em
R$ 25,00 o valor fixo que haviam oferecido na reunião anterior, que passou
de R$ 250,00 para R$ 275,00. Também
seriam aumentado em 5,5% todos os
itens econômicos, exceto a PLR, que os
empresários querem manter no mesmo valor do ano passado.
O presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de
São Paulo (SJSP), José Augusto Camargo (Guto), se manteve irredutível
e já afirmou na mesa de negociação
que índices abaixo da inflação são inegociáveis e que o INPC é o ponto de
partida para o debate.
“Novamente os empresários desafiam os trabalhadores e apresentam
proposta inaceitável. Aparentemente,
eles jogam no desgaste, mas os jornalistas lutarão por melhores índices, já
que em todas as Campanhas Salariais
eles foram acima da inflação”.
Capital
Na Campanha Salarial de Jornais e
Revistas da Capital os patrões se mantiveram gelados, intransigentes, negando
boa parte das reivindicações da categoria, usando os argumentos de sempre:
queda nas vendas.
Eles insistem em conceder reajustes
abaixo da inflação. Para eles, a inflação é abaixo de zero. Utilizam dados
internacionais de queda na circulação
de jornais e revistas impressas (curiosamente os mesmos dados dos patrões
do Interior e Litoral) para justificar
suas propostas. Por sua vez, a direção
do SJSP insistiu que não há negociação
com índices abaixo da inflação medida
pelo INPC, que é de 6,95%.
Os patrões propuseram dividir os
valores do reajuste em duas faixas salariais. Os representantes do Sindicato
deixaram claro que só é aceitável a divisão se forem feitas nas mesmas condições da Campanha do ano passado: aumento real de 0,5% para o piso e para
os salários até R$ 11.807,00 e o INPC
para valores acima desta faixa.
Já está assegurada a data base em
1º de junho, o que faz com que os reajustes conquistados na Campanha Salarial sejam retroativos. Além disso, o
SJSP ressalta que não abre mão de benefícios já assegurados na Justiça por
outras categorias como o vale refeição, que nem sempre são fornecidos
aos trabalhadores.
UNIDADE AGOSTO 2013
Campanha Salarial
Douglas Mansur
Editorial
3
Interior e Litoral
direção do SJSP esteve reunida este mês com a diretoria do Jornal de Limeira
para obter a resposta sobre
pagamento da PLR atrasada, que havia
sido solicitada em encontros realizados
nos meses de maio e julho.
A empresa se comprometeu a pagar,
o que é uma vitória da unidade dos trabalhadores.
As negociações foram realizadas pelo
secretário adjunto de Interior e Litoral
do SJSP, José Eduardo de Souza, que
também sugeriu o pagamento de juros
sobre os atrasados.
Ele obteve como resposta que “a empresa passa por muitas dificuldades e
não teria condições de reajustar o pagamento”.
José Eduardo propôs, então, que
fosse garantido a todos os jornalistas
estabilidade no
emprego até ela
que fosse quitada.
Jornal da Cidade de
Jundiaí decreta
estado de greve
Sindicato avança nas negociações
com os jornais de Marília
Os jornalistas do Jornal da Cidade, em
Jundiaí, decidiram em assembleia realizada
no dia 13 de agosto decretar estado de greve
pela regularização do pagamento das cestas
básicas que estão em atraso desde o dia 2 de
abril e das pendências de Participação nos
Lucros e Resultados (PLR), diferenças salariais, pagamento de férias e banco de horas.
Para José Aparecido dos Santos (Zezinho), da direção do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São
Paulo (SJSP), o motivo da decretação do
estado de greve é por que há um enorme
desrespeito aos trabalhadores.
“Trabalho neste jornal há 17 anos e
nunca vivi uma situação como essa. O
Jornal da Cidade, que anteriormente era
forte, hoje é motivo de chacotas nas ruas.
Passamos por uma fase difícil”, diz ele.
Caso a empresa não pague as cestas
básicas e as outras reivindicações, a greve estava prevista para acontecer no dia
15 último. Mas já havia promessa de pagamentos para o dia 16.
Os jornalistas do Jornal da Cidade realizaram greve no ano passado por falta
de pagamento de salários, cestas básicas
e não pagamento de férias, além de falta
de depósitos do FGTS.
Após várias visitas às redações e mui- Saúde ou pagamento de auxilio saúde e a
tas reuniões de cobranças com represen- reforma no espaço da redação para garantir
tantes das empresas jornalísticas de ci- melhorias no ambiente de trabalho.
A diretora de base da região, Ieda Bordade, diretores do Sindicato juntos com
os jornalistas obtiveram importantes ges ressalta: “essas e outras conquistas
se devem à unidade dos colegas do Jorvitórias para a categoria
No Jornal da Manhã, uma grande e im- nal da Manhã com sua entidade de clasportante vitória foi conquistada: ao invés se, estou feliz com a união”.
de cesta básica, após
muitas reuniões de
Correio Mariliense vai pagar os atrasados
negociação com a direção a empresa pasA diretoria do jornal apresentou uma proposta para pagasou a pagar no mês mento das PLRs atrasadas. Ela será apresentada na redação
de julho o benefício e submetida à apreciação no final de agosto. Se aprovado, o
vale refeição em car- pagamento das parcelas terá início no salário de setembro.
tão magnético.
Na mesma assembleia, a direção do jornal apresentará um
O SJSP encaminhou relatório de como é feito o controle de jornada e como são
proposta do Acordo de organizados os plantões.
Compensação de HoO jornal se comprometeu contratar, ainda em agosto, um
ras para os jornalistas plano de saúde para os jornalistas. Já sobre a cesta básica, a
avaliarem em assem- empresa ainda não tem uma solução, mas afirmou que nos
bleia a se realizar no próximos dois meses iniciará o pagamento do benefício.
fim de agosto. Além
Para José Eduardo, secretário adjunto do Interior e Litodisso, o departamento ral, as negociações avançaram no Correio Mariliense “devido
Jurídico da empresa à insistência e resistência do Sindicato, em especial da Ieda
e o RH assumiram Borges, diretora de base da regional Bauru, em fazer valer os
o compromisso de direitos dos jornalistas. Essa é uma importante conquista que
acertar com a direção certamente vai refletir na categoria em Marília e região”, afirdo jornal o Plano de mou o dirigente.
Após uma série de denúncias anônimas que chegaram à Regional Piracicaba
do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), o
secretário adjunto do Interior e Litoral,
José Eduardo de Souza, esteve na redação do Jornal da Cidade de Rio Claro,
para conversar com o RH da empresa.
As denúncias apontavam uma série de
irregularidades na empresa, tais como o
não cumprimento da Convenção Coletiva de Trabalho, não pagamento da PLR,
cesta básica, entre outras.
A direção da empresa desmentiu as
denúncias, alegando, categoricamente, que todos os benefícios, como PLR,
Convênio Médico, cesta básica e horas
extras (quando realizadas), são pagos
sem atraso.
Os jornalistas confirmaram as informações passadas pelo RH. Afirmaram
que recebem em dia os salários e os benefícios garantidos pela Convenção Coletiva. Os trabalhadores elogiaram a presença do Sindicato e disseram esperar
que o diálogo não seja interrompido. O
SJSP, por sua vez, assumiu o compromisso de estar presente com maior freqüência nas redações em Rio Claro.
UNIDADE AGOSTO 2013
Gazeta
O SJSP retornou
à redação da Gazeta de Limeira como
havia agendado na
primeira visita em
maio.
A direção do jornal deveria apresentar ao SJSP um relatório sobre a situação dos jornalistas contratados e uma
proposta de regularização, uma vez que
foram identificadas uma série de irregularidades, dentre elas, a forma de contratação de profissionais como auxiliares de
redação e com salário abaixo do piso.
A direção do SJSP analisa a possibilidade de solicitar uma fiscalização na
empresa pelo Ministério do Trabalho.
Na visita ao jornal Gazeta de Limeira, o dirigente
se reuniu com a
redação. Além de
expor o resultado
da reunião com o
jornal, também
debateu temas relacionados à Campanha Salarial, que tem sido muito difícil
este ano.
“Os jornalistas fizeram vários questionamentos a respeito dos seus direitos
e sobre a Campanha Salarial. Assumi o
compromisso de lhes enviar a Convenção Coletiva de Trabalho para possam
conhecer melhor seus direitos”, afirmou
José Eduardo.
Regional Rio Preto
repudia atitude
de vereador do PSL
O SJSP, por meio da Regional Rio Preto, repudia o comportamento hostil e
descontrolado do suplente de vereador
Daniel Caldeira (PSL) aos jornalistas do
Diário da Região. O simples fato de não
concordar com o teor das informações
publicadas no jornal, não significa tomar
atitude desesperada de atear fogo no periódico em plenário.
A entidade de classe repudia também
a tentativa do parlamentar de criar uma
“Corregedoria” para a imprensa de Rio
Preto.
“Não podemos aceitar atos de intimidação que ferem os princípios de liberdade
de expressão e de imprensa, que constam
na Constituição Federal de 1988. Esperamos que o vereador venha a público e
faça uma retratação do fatídico episódio
que ocorreu durante a sessão na Câmara
Municipal”, diz nota do SJSP.
Sindicato conquista indenização
para demitidos da editora Abril
A
cordo fechado no Tribunal
Regional do Trabalho (TRT)
no dia 12 de agosto garantiu
2,5 salários de indenização
e seis meses de manutenção do convênio médico aos 71 demitidos da editora
Abril em 1º de agosto. Além dessas reparações, o acordo prevê que qualquer jornalista que for demitido até o dia 31 de
dezembro deste ano terá direito aos mesmos benefícios. Os jornalistas presentes
no Tribunal, cerca de 1/3 dos demitidos,
aceitaram a proposta ao final de três horas de tensa negociação.
Na discussão sobre o valor da indenização aos demitidos, o Sindicato e os
jornalistas partiram da proposta veiculada pela própria Abril, que foi considerada discriminatória, pois privilegiava os
maiores salários em detrimento da maioria. A empresa ofereceu até sete salários
para quem possuía cargo executivo, mas
não propunha nenhum centavo a mais
para 31 jornalistas (43,7% do grupo).
Além disso, apenas oito teriam possibilidade de ganhar mais de 4 salários (os
números precisos não foram divulgados
pela empresa).
A proposta do Sindicato foi, simplesmente, a de que todos deveriam ganhar,
no mínimo, quatro salários. A empresa
foi levada então a propor dois salários a
todos, e, depois de muita pressão, chegou-se a 2,5. Uma última tentativa de
Dirigentes defendem demitidos na audiência de Conciliação no TRT
negociar três salários para 11 trabalhadores que estavam na Abril por mais de
dez anos não foi aceita pela empresa.
No final, os jornalistas presentes aprovaram o acordo, resultado de uma mobilização vitoriosa. Não se conseguiu
barrar as demissões, mas a luta sindical
avançou. Pelos números apresentados,
o acordo beneficiou diretamente 85%
dos jornalistas envolvidos, não alterou
as condições para 10% e ficou abaixo do
que a empresa havia oferecido apenas
para 5% dos demitidos. O acordo previatambém que todas as demissões fossem
homologadas no Sindicato, inclusive
para os com menos de um ano de editora Abril..
O acordo foi o resultado de duas semanas
de mobilização, iniciada pelo SJSP, logo que
soube das demissões. Já em junho, o Sindicato havia se reunido com a empresa e proposto um acordo prévio, pelo qual qualquer
fechamento de publicação seria comunicado à entidade com um mês de antecedência,
para que os jornalistas pudessem debater e
se posicionar a respeito. Para o Sindicato,
tratava-se de garantir as melhores condições de defesa dos empregos.
Com o anúncio da demissão em massa, a orientação do Sindicato foi o cancelamento das demissões, com abertura
de negociação. Foi realizada uma assembleia na empresa que ratificou essa
orientação, reforçada por outra com
São Paulo participa do Encontro Nacional
de Assessoria de Imprensa no RJ
A cidade do Rio de Janeiro sedia entre
os dias 22 e 25 de agosto o XIX Encontro
Nacional de Jornalistas em Assessorias
de Imprensa (Enjai), cujo tema é "A Assessoria de Imprensa nos Grandes Eventos e o Interesse Público do Jornalismo".
Além de ser um foro de debates sobre o
exercício da profissão do jornalista em assessoria de imprensa, o mercado de trabalho e de comunicação no Brasil, o evento
pretende aproximar a categoria e criar um
canal de aperfeiçoamento das técnicas e
instrumentos do exercício da profissão de
jornalista em assessoria de comunicação e
de imprensa.
A delegação de
São Paulo, composta por sete titulares
e três suplentes,
levará ao Enjai as
teses aprovadas no Encontro Estadual realizado entre os dias 7 e 9 de junho, na cidade de São Pedro, interior de São Paulo.
Ela é composta por Márcia Quintanilha, secretária de Sindicalização do SJSP,
Sylvio Miceli, coordenador da Comissão
Permanente e Aberta de Jornalistas em
Assessoria de Imprensa (CPAJAI), Lílian
Parise, secretária
de Cultura e Comunicação do SJSP,
Carlos
Eduardo
Bazilevski Aragão
(Cadu), diretor de
base da Regional ABCD, Marco Rogério
Duarte, diretor de base da Regional de Ribeirão Preto, João Luiz Marques, Sintaxe
Comunicação, Inês Correia, membro da
CPAJAI e como suplentes: Douglas Mansur, coordenador da Comissão de Registro
e Fiscalização do Exercício Profissional
(Corfep), Camila de Oliveira, da Afubesp e
os demitidos realizada no Sindicato. A
pauta levada para o TRT foi a de que as
demissões fossem anuladas, com a abertura de um pacote de benefícios na empresa para os jornalistas que desejassem
sair. Nesse pacote, o Sindicato propunha
que fossem oferecidos de 5 a 7 salários,
dependendo do tempo de casa, e um ano
de plano de saúde para todos.
A negociação esbarrou, de cara, na intransigência da empresa em cancelar as
demissões, apresentada como resultado
do fechamento de quatro revistas – Bravo!, Gloss, Alfa e Lola. O Sindicato contestou a argumentação, mostrando que, dos
41 jornalistas das quatro revistas, apenas
21 foram demitidos, sendo as demais 50
demissões espalhadas pela empresa. Afirmou também que editora Abril é lucrativa, e as demissões respondiam apenas a
uma redução do lucro, numa lógica perversa, que amplia a já excessiva carga de
trabalho sobre os jornalistas da empresa.
A negociação ocorria sob a vigência de
uma liminar, concedida pelo TRT no dia
9 de agosto, suspendendo as demissões.
Caso não houvesse acordo, a legitimidade das demissões iria a julgamento no
pleno do TRT nos próximos dias.
“Desde já, o Sindicato se coloca à disposição de todos os demitidos para prosseguir na ação em defesa de seus direitos, inclusive judicialmente”, afirma o
presidente da entidade, Guto Camargo.
Luis Ribeiro da USP de Ribeirão Preto.
O presidente do SJSP, José Augusto
Camargo (Guto) será mediador do painel que acontece no dia 23 de agosto sob
o tema: “O Acesso Democrático às Grandes Coberturas de Eventos: da Imprensa
Estrangeira ao Jornalismo Alternativo”,
com a participação de Murillo Garavello,
gerente de esportes do UOL, Verônica
Goyzueta, correspondente do jornal espanhol ABC e comentarista do programa Legião Estrangeira, na TV Cultura e
Jens Glusing, da revista Der Spiegel.
O encontro é uma realização da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ)
e do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro,
com apoio do Sindicato dos Jornalistas
Profissionais do Estado do Rio.
UNIDADE AGOSTO 2013
SJSP vai ao
Jornal Cidade
de Rio Claro e
apura denúncias
Douglas Mansur
Vitória nas negociações da
PLR no Jornal de Limeira
A
4
Ação Sindical
5
Democratização da mídia
6
Unidade – A CUT e o FNDC desenvolvem juntamente com outras entidades uma
campanha pela democratização da comunicação. Em que pé ela está?
Rosane Bertotti - Trata-se de um
projeto de iniciativa popular, que precisa ter 1% do eleitorado brasileiro, ou um
milhão e trezentas mil assinaturas, para
ser votado no Congresso Nacional.
Unidade – Em 2014, a CUT/SP pretende realizar um 1° de Maio com o tema Comunicação. Este tema se tornou pauta das
CUTs Estadual e Nacional?
RB - Eu acho que ele passou a ocupar a
pauta dos movimentos sociais e também
passou a ocupar precisamente a pauta
da CUT e tomou muita força a partir da
primeira Conferência de Comunicação,
onde o FNDC teve um papel preponderante. A CUT foi também um dos atores
importantes neste processo e a gente
ficou esperando que as propostas apontadas se transformassem em políticas
públicas. E como a Comunicação é um
direito e a democracia brasileira precisa
ser consolidada, então você precisa consolidar esse direito. É preciso consolidar
a democratização da comunicação para
consolidar a democracia.
A questão é que o movimento social
e o sindical sempre foi preterido dos
grandes meios de comunicação. Ele é
criminalizado de duas formas. E a forma
de criminalizar o movimento é fazer de
conta que ele não existe.
Unidade – De que forma se manifesta
esta criminalização?
RB - Você tem uma marcha das Centrais, que defende uma política estruturante, como é a do salário mínimo e a
maioria dos brasileiros não sabe que essa
proposta foi construída a partir de quatro, cinco marchas anuais realizadas pela
CUT e outras centrais. Ou seja, os grandes meios de comunicação criminalizam o
movimento sem mostrar para a sociedade
qual é a luta principal do movimento.
Unidade – Em que temas o movimento
sindical foi excluído da grande mídia?
RB – Recentemente, o Congresso Brasileiro derrubou a multa dos 10% do
FGTS, que era 40% e passou a 50%. Isso
já era praxe no Brasil e o Congresso brasileiro derrubou. Por uma ação da CUT,
teve toda uma discussão via governo e
uma mesa de negociação, na qual a Dilma vetou, mantendo este direito aos trabalhadores e trabalhadoras.
Primeiro, a maioria dos trabalhadores não sabia nem que esse direito estava sendo negado no Congresso, porque
não interessava mostrar e, mais ainda,
porque não interessava mostrar que foi
a CUT que fez um processo de negociação e garantiu o veto presidencial para
garantir esse direito dos trabalhadores
e trabalhadores que, quando são demitidos, necessitam de um amparo maior
que é a garantia de pagar os 10% do fundo de garantia. Da mesma forma, como
foi luta de aumentar o número de dias no
processo de demissão, também que foi
uma luta. Mas é um direito importante.
Dois direitos ligados ao fundo de garantia, direitos recentes e que os grandes
meios de comunicação ignoraram como
uma conquista.
Unidade – Por que entrou na pauta da
CUT a luta pela democratização da Comunicação?
RB - Para a CUT, para o movimento
pela luta da democratização da comuni-
André Freire
O Unidade entrevistou Rosane Bertotti, secretária de Comunicação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e coordenadora do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação
(FNDC). Ela está envolvida com a luta para fazer o movimento
social e sindical ter vez e voz nos meios de comunicação, hoje
manipulados pelos empresários da mídia. Juntamente com
outras entidades, a CUT e o FNDC pretendem fazer chegar ao
Congresso Nacional um Projeto de Iniciativa Popular para democratizar a Comunicação, através da coleta de 1 milhão e 300
mil assinaturas.
Bertotti: “temos programas de TV que incitam a violência contra as mulheres”
cação, é importante colocarmos isso na
pauta. Tanto pelo avanço da democracia,
tanto pela pauta específica do mundo
do trabalho e também pela questão do
desenvolvimento e economia do país.
Então, para nós da CUT, o tema da democratização da comunicação é um tema
central. E achamos que o governo brasileiro tem uma dívida com a sociedade
brasileira. O governo Lula fez a primeira
Conferência de Comunicação, mudou alguns critérios, fortaleceu a comunicação
pública. Porém, no último período, infelizmente, as pautas da Conferência de
Comunicação se tornaram letra morta. A
pauta da Comunicação está trancada no
Congresso brasileiro.
Unidade – Como é a campanha "Para
expressar a liberdade. Uma nova lei para um
novo tempo", que a CUT, FNDC, Instituto
Barão de Itararé, entre outros, desenvolve?
RB - Nós avançamos muito no processo de democracia brasileira. Porém,
o código brasileiro de comunicação é
ainda da década de 60. E nós vivemos
no mundo da convergência tecnológica.
É preciso pensar uma comunicação para
esse novo Brasil. Por isso, o lema da nossa campanha é "Para expressar a liberdade. Uma nova lei para um novo tempo".
Nós estamos falando de um novo tempo
onde não podemos ter um sistema de
mídia brasileiro onde você analisa o índice de violência contra mulher e vê que,
ainda, a cada 10 mulheres, 4 são violentadas. E você tem programas de grande
mídia que ensinam e incitam a violência
contra as mulheres.
Um novo tempo onde nós não podemos tratar de forma discriminatória as
minorias, não podemos incitar a homofobia, abordar a questão de raça e ainda
temos um programa de televisão desrespeitando todo esse processo. Você
vai, por exemplo, assistir televisão num
estado onde a população é predominantemente negra, como é o caso da Bahia
e você liga a TV e não vê quase nenhum
negro e negra em programas de destaque. Você vai para o Nordeste, liga a televisão onde se tem uma cultura típica,
um sotaque típico, uma realidade típica.
É como se no Brasil só houvesse São Paulo e o Rio de Janeiro.
Unidade – O que a campanha tem a dizer sobre as concessões públicas de TV?
RB - Nós temos a forma de concessão
de rádio e televisão arraigada ainda a
uma lei que não tem transparência, que
não respeita o processo da Constituição
Brasileira e nós nos deparamos agora,
por exemplo, com uma concessão pública, que é o caso da Rede Globo, desrespeitando muito mais do que a própria
concessão pública, desrespeitando a legislação brasileira, a Receita Federal. Ou
seja, continua com a concessão, sem problema nenhum, desrespeitando todos os
processos e princípios da democracia e
da Constituição brasileira.
Você tem uma concessão que é pública
que desrespeita um direito que ela mes-
ma alega que é um direito fundamental,
que é o direito à liberdade de expressão, mas é apenas o direito de liberdade de expressão dela. Não dá o direito
aos brasileiros e as brasileiras. Mantém
uma concessão que é pública, não presta
contas à ninguém, não tem transparência e que recebe a maior quantidade de
recursos públicos e privados. Há dados
que mostram que a cada real investido
em propaganda no Brasil R$ 0,45 fica
para a Rede Globo. O resto é que vai para
jornais, revistas e outras emissoras. Isso
significa que tem um monopólio da concessão pública, um monopólio da sustentação financeira e não tem transparência
e nem compromisso com a democracia
brasileira. Essa foi uma demonstração
também vista durante as mobilizações
de junho, que foram importantes, será
um marco histórico da democracia brasileira, mas, por exemplo, eu participei de
várias caminhadas e em vários momentos o grito principal era: “Fora Rede Globo”. Eu não vi nenhuma reportagem a
respeito disso. Eu vi sim reportagens que
falavam da saúde, educação, transporte,
mobilidade. Isso estava na rua, é verdade, mas é verdade também que estava a
questão da Comunicação e eu não vi uma
linha sequer sobre isso.
Unidade – Na sua opinião, a Comunicação no Brasil não atende aos interesses dos
trabalhadores?
RB - Agora está em votação no Congresso brasileiro o PL 4330 da Terceirização. Se passar da forma que está, o
processo vai alijar o direito de muitos trabalhadores e trabalhadoras sem mesmo
ter o direito de negociação. Qual meio de
comunicação, senão no meio alternativo,
mostrou o que é o PL 4330? No mínimo,
os meios de comunicação têm que contar
para a sociedade o que é isso. Mas não
tem uma linha e por quê? Porque não interessa fazer com que os trabalhadores
tenham compreensão do que está acontecendo, do que está sendo negociado,
porque aí, com certeza, terá um grande
movimento contra o capital, contra o empresariado, que automaticamente é o que
sustenta esse sistema.
Unidade – Existe uma crítica ao atual Ministro da Comunicação, Paulo Bernardo. Dizem que ele está comprometido com as teles?
RB - Na opinião da CUT, o Ministério
da Comunicação, que hoje tem a fren- brasileiras apresentarem um projeto de
te o ministro Paulo Bernardo, não tem emenda popular que pudesse ser votado
cumprido o papel que o Brasil precisa. no Congresso e virar lei. Então nós lanEngavetou o processo da Conferência de çamos esse projeto, ele está disponível
Comunicação, disse que estava disposto na página paraexpressaraliberdade.org.br e
a fazer uma consulta pública através do onde o projeto versa sobre essas questões
projeto. Nós entendíamos que a consul- principais. Primeiro: de qual comunicação
ta pública havia sido feita na Conferên- estamos falando, que é a comunicação socia. Mesmo assim nós concordávamos, cial, estamos falando aqui de rádio e teleporque a gente achava que se era uma visão. Segundo que fala sobre um procesestratégia possível de avançar nós faría- so de fim do monopólio. A outra questão
mos o processo de consulta pública. Essa é a importância do respeito à diversidade,
consulta pública foi novamente engave- gênero, raça, religião etc.
tada. É um Ministério que não negocia
Unidade – Os trabalhadores não sse
com o movimento social. Precisou uma sentem representados na mídia privada?
intervenção da Secretaria Geral da RepúRB - Como é que nós podemos num
blica para poder abrir um canal de nego- estado laico, numa concessão pública,
ciação, enquanto ao mesmo tempo, é um termos concessões a um único credo reliMinistério que dialoga a par e passo com gioso e mais, que incita princípios e vioempresários, principalmente
com
Qual meio de
o setor de Telecomunicações. Haja
comunicação
visto a posição do
mostrou o que é
Ministério com o
o PL 4330 da Terque diz respeito ao
Programa Nacional
ceirização? Ele
de Banda Larga e
é prejudicial aos
agora a votação do
Código Civil.
trabalhadores
Não é por acaso
que as Teles fizeram
uma assembleia, fizeram um grande en- lência contra as pessoas, como é o caso
contro e nessa plenária indicaram Paulo da "Cura Gay", como é o caso do projeto
Bernardo como o Homem do Ano e que do nascituro? Nós não podemos concortambém foi entrevistado nas páginas dar com isso. Outro debate importante
amarelas da Veja. Governo é para gover- para nós no projeto é a questão de você
nar para todos. Para empresários e traba- ter um espaço e um processo de gestão.
lhadores. Agora, infelizmente, no caso do E isso é preciso ter a participação social.
Ministério da Comunicação é um governo Então, porque não pode ter um conselho
que está sujeito a influências das Teles. de comunicação nacional que discuta a
Este Ministério foi historicamente liga- política de comunicação? Um conselho
do ao sistema Rede Globo, em governos onde tenha empresários, sociedade cianteriores. Pela primeira vez temos um vil, governo. Um Conselho de debate,
ministro que não é ligado ao setor mas, de diálogo. Então porque não pode ter
infelizmente, faz uma parceria estratégica um debate, porque é proibido o debate
com o sistema de teles, deixando aquém a da comunicação ser um debate público?
estrutura política brasileira.
Porque o debate é sempre feito pelos loUnidade - Por este motivo se decidiu pela bys no Congresso. E há muito medo de
realização da Campanha “Para expressar a li- enfrentar o poderio da estrutura da coberdade. Uma nova lei para um novo tempo”? municação. Porque essa estrutura de coRB - Nós, o movimento social, traça- municação tem uma grande capacidade
mos como estratégia de via à Campanha de eleger e “deseleger” deputados e seNacional, construir um Projeto de Emen- nadores. Então, tem essa grande dificulda Popular. Este projeto baseado na Cons- dade de enfrentamento. É claro que nós
tituição, que dá direito aos brasileiros e somos a favor de um sistema de televisão
investigativo que mostre para sociedade
brasileira a realidade, que mostre o que
está acontecendo. Mas nós não podemos
ter um sistema de mídia brasileira que
mostre apenas um lado, ou de um determinado partido, ou de um determinado
governo. O sistema tem que ser transparente. Nós não queremos um sistema
de comunicação brasileira chapa branca,
como algumas pessoas dizem. Mas também não queremos um sistema de comunicação que seja um partido de oposição.
Unidade – O presidente da CUT, Vagner
Freitas, se mostra muito entusiasmado em
incentivar a comunicação da CUT, em fazer
uma televisão e ampliar a comunicação com
os trabalhadores. O que a CUT está construindo em termos de Comunicação?.
RB - Nós, da Secretaria da Comunicação, trabalhamos em dois eixos centrais.
Um é a luta da democratização da comunicação e o outro é que nós precisamos
investir. É preciso que a gente tenha os
nossos canais. É preciso que os trabalhadores tenham seus canais de diálogo e tenha sua própria forma de comunicação.
No nosso caso, a principal estratégia é
a construção de rede. Essa construção de
rede que passa, tanto por uma produção
nossa de comunicação. Por isso investimos muito no nosso portal do mundo do
trabalho, temos programa de TV e rádio
web e estamos trabalhando a construção
de um programa nacional de televisão
aberta. Estamos investindo numa estratégia que para nós é fundamental, que é
a TVT. É uma experiência que é recente,
mas que precisa se transformar num canal nacional de televisão aberta. Então
para nós ela é uma estratégia importante, mas também estamos investindo
numa articulação de redes de internet,
por isso, uma parceria estratégica, que
nós chamamos de blogosfera. Ela é fundamental, porque nesse tempo de tecnologia e avanço de internet e avanços
de redes sociais é fundamental a gente
construir essa parceria, essa estratégia. Porque parafraseando uma frase do
Eduardo Galeano, ele diz que se os leões
não contarem a sua história, sempre as
caçadas dos leões serão contadas pelos
caçadores. Então, nós os trabalhadores,
precisamos contar a nossa própria história. Nós não podemos deixar que apenas
o sistema privado conte a nossa história.
UNIDADE AGOSTO 2013
UNIDADE AGOSTO 2013
“Democratizar a comunicação é consolidar a democracia”
7
8
“Projeto quebra monopólio e fortalece
a verdadeira liberdade de expressão”
Jornalistas combatem a pejotização
na luta contra o PL da Terceirização
Altamiro Borges, presidente do Centro de Estudos de Mídia
Alternativa Barão de Itararé, é uma das lideranças que assina o
Projeto de Lei de Iniciativa Popular para democratizar os meios
de comunicação no Brasil. É editor do Blog do Miro
o dia 6 de agosto, o SJSP
participou de ato contra
o Projeto de Lei 4330/04,
convocado pela Central
Única dos Trabalhadores (CUT), que
libera a terceirização, inclusive na atividade fim das empresas. A atividade,
que reuniu três mil pessoas em frente ao
prédio da Federação das Indústrias do
Estado de São Paulo (FIESP), na avenida Paulista, em São Paulo, foi unificado,
contando com a participação de todas as
centrais sindicais e diversos sindicatos
ligados a elas.
Para o SJSP, os atos de combate à terceirização são de extrema importância. A
categoria dos jornalistas é uma das mais
afetadas pela pejotização. De acordo com
a pesquisa da Federação Nacional dos
Jornalistas (Fenaj), “Quem é o jornalista brasileiro”, apenas 39% dos jornalistas trabalham com carteira assinada, ou
seja, a maior parte dos trabalhadores da
comunicação são terceirizados e chamados no jargão jornalístico como “PJs” ou
Pessoas Jurídicas.
Após anos de pressão do SJSP e de
ações judiciais, o Ministério Público do
Trabalho (MPT) passou a agir de forma
rigorosa e, por sua vez, solicitou maior
rigor ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) na fiscalização e autuação
das empresas de comunicação que mais
de que se trata de censura, um governo
bolivariano. O governo da Inglaterra, do
Reino Unido, o David Cameron, é filhote
da Margaret Thatcher, não é um chavista. Não é um comunista. É um conservador que está debatendo a mídia no Reino
Unido. A União Europeia agora soltou
um documento mostrando que é preciso
discutir regramento das comunicações
na Europa porque a coisa está vexaminoza, gerando escândalos tipo Berlusconi,
na Itália, dono de impérios midiáticos.
Então o mundo inteiro está debatendo
comunicação.
O que se tenta fazer aqui no Brasil foi
fazer com que o governo tomasse essa
iniciativa a exemO monopólio cria
plo de outros goum movimento
vernos, o que não
emburrecedor
prosperou. O governo talvez, com
em que só sete
uma postura defenfamílias falam
siva, acha que não
deva mexer com
em várias
esse vespeiro em
ferramentas
função do poder
que a mídia ainda
to emburrecedor, porque é uma mesma
exerce.
O FNDC então toma a seguinte deci- família falando nas várias ferramentas.
E o segundo grande eixo é o estímulo a
são: já que o governo não se mexe, a sociedade brasileira é que vai se mexer. E diversidade e a pluralidade, que a mídia
foi com base em um processo de debate seja mais plural, tem que estimular mais
bastante rico, democrático, plural, que a diversidade.
Unidade - Nesse contexto qual a imporse elaborou então um Projeto de Lei de
tância da mídia alternativa?
Iniciativa Popular.
AB - A mídia ela vai ter um tratamenO projeto tem caráter pedagógico, de
envolver a sociedade no debate desse to curioso. Os barões da mídia adoram
tema, que é muito sério, um trabalho de criticar tudo. E é um direito deles. Eles
consciência, de despertar do senso crí- criticam o governo, o Legislativo, o Exetico, de envolver. Ao mesmo tempo em cutivo, os sindicatos, por que é do inteque a sociedade se envolve com os deba- resses deles. Eles só não aceitam discutes sobre saúde pública, ela precisa se en- tir o papel da mídia. Quando entra este
volver com o debate sobre mídia, porque debate, aí eles levantam que é pressão
do sindicalismo, é censura, é combate à
mexe com a saúde mental (risos).
O segundo é força de pressão sobre o liberdade de expressão. Então, a mídia
Congresso Nacional que tem medo de me- tradicional interdita o debate sobre dexer nessa área. Até hoje não regulamen- mocracia na mídia.
Unidade: Como furar este bloqueio?
tou o que está escrito na Constituição de
N
Roberto Parizotti
AB - Eu acho que o fato novo, o fenômeno novo, é o papel das mídias digitais.
A internet abriu uma brecha tecnológica, que eles (barões da mídia) já estão
querendo fechar. As mídias tradicionais
interditam e as digitais escancaram. Elas
tentam esconder, por exemplo, o propinoduto tucano, que há muito tempo ela
esconde, de vez em quando sai uma notinha, uma materiazinha, mas abrandava.
Diferente do tratamento do tal mensalão
do PT. A mídia digital, esse midialivrismo, ele é pentelho, ele fica cutucando,
cutucando e força, até a própria mídia
tradicional a se pautar por ela. Porque
ela fica com dificuldade de se esconder,
ela não tem mais o total monopólio da
palavra, porque essa mídia digital, a internet, possibilita outras vozes. Então,
eu acho que cumpre um papel importantíssimo. Agora, também quem participa
dessa mídia digital já percebeu o seguinte: faz guerrilha. A mídia tradicional é
muito poderosa, ela controla os principais meios de comunicação de massa,
quem controla TV controla tudo. Então,
blogosfera, redes sociais, cumprem um
papel importante, mas são guerrilhas.
É uma guerrilha contra um exército regular. Aquilo é um poder muito grande,
que se mostrou agora nos protestos de
junho.
Quando essa mídia tradicional tentou
canalizar os protestos, pegar carona nos
protestos, de tentar pautar os protestos.
Então, esse midialivrismo, essas redes
sociais sabem que incomodam, mas elas
não quebram esse poder. Por isso, essa
turma já percebeu o seguinte: Ok! Precisamos fortalecer os nossos instrumentos, o nosso ativismo em rede, ativismo
na rede, mas precisamos lutar para quebrar o monopólio do lado de lá. Então,
são duas batalhas que se travam. É uma
batalha para fortalecer esses instrumentos alternativos e outra batalha para
quebrar os instrumentos tradicionais,
quebrar o monopólio deles.
Uma grande batalha. Acho que o Projeto de Lei de Iniciativa Popular, neste
caso, se encaixa como uma luva. Se ele
vinga, o que vai depender de muita pressão, ele quebra de um lado o poder monopolístico e por outro lado fortalece a
verdadeira liberdade de expressão, fortalece esse novo midiativismo.
SJSP participa de ato da CUT contra o PL da Terceirização
contratam irregularmente profissionais
como PJs, o que na interpretação da Justiça do Trabalho caracteriza fraude à legislação trabalhista.
Combate à pejotização
Em maio deste ano, a editora Abril
regularizou a contratação de 120 jornalistas, após solicitação do SJSP junto ao
Ministério do Trabalho. As denúncias
deram origem a duas investidas da fiscalização do Ministério do Trabalho à
sede da empresa, na Marginal Pinheiros, em janeiro e fevereiro deste ano. A
segunda delas, inclusive, causou grande
alvoroço no prédio, com a orientação da
empresa para que todos os jornalistas
sem contrato abandonassem imediatamente as redações: enquanto a fiscalização do Ministério conversava com
dirigentes da empresa, mais de cem jornalistas desciam às pressas pelos elevadores e escadarias.
A Abril não foi a única. Diário do Co-
mércio, Editora Três, TV Record, TV
Cultura, entre outras, foram obrigadas
a registrar em carteira seus jornalistas,
visando eliminar a figura dos PJs nas redações.
A questão da pejotização é tão evidente
no jornalismo que na atividade na avenida Paulista, o presidente da CUT Nacional, Vagner Freitas, abordou o desrespeito à legislação que acontece nas empresas
de comunicação. “Este ato não acontece
por acaso em frente à Fiesp. Estamos aqui
para também manifestar nosso repúdio
ao tratamento recebido pelos trabalhadores da comunicação que trabalham, em
sua maioria, como PJs”, disse o dirigente
cutista.
Em manifestação realizada no Congresso Nacional, no dia 13 de agosto, em Brasília, a pressão da CUT conseguiu adiar a
votação do PL 4330 para setembro.
Sonegação do vínculo
Para José Augusto Camargo (Guto),
presidente do SJSP, “a sonegação do
vínculo trabalhista não pode ser aceita
como a nova realidade do mercado ou
uma tendência irreversível, pois, com
base na legislação, pode-se buscar o respeito a todos os direitos trabalhistas. Os
jornalistas têm direito a um emprego e a
um salário dignos. Esta é a nossa luta!”,
afirmou o dirigente.
SJSP apoia a Marcha das Mulheres Propinoduto do Metrô: CPI Já!
Entre os dias 25 e 31 de agosto, o Brasil
sediará pela primeira vez o Encontro Internacional da Marcha Mundial das Mulheres (MMM). Ele vai reunir ativistas
feministas dos cinco continentes e de 18
estados brasileiros. São esperadas 1.600
mulheres para participar do Encontro,
que acontece no Memorial da América
Latina, em São Paulo.
A organização regional do evento aconteceu no dia 27 de julho, no auditório do
SJSP e conta com apoio da entidade.
A programação terá uma série de debates, oficinas e palestras que têm como
objetivo discutir quais os desafios e as
propostas das mulheres frente às atuais ofensivas conservadoras. No final do
encontro, no dia 31 de agosto, a MMM
realizará uma grande mobilização de rua,
convocando todas as mulheres.
Mulheres são maioria na categoria
O SJSP, que tradicionalmente está
engajado nas principais lutas do povo
brasileiro, apoia a marcha e todas as manifestações que envolvam a luta das mulheres por melhores condições de vida,
de trabalho e salários, além da igualdade
entre gêneros.
Segundo a pesquisa realizada pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj),
a maioria dos jornalistas brasileiros é
formada por mulheres brancas, solteiras, com até 30 anos de idade. No total
da categoria, elas representam 64%. dos
trabalhadoras.
Dino Santos
Unidade - Como está a campanha pela
Democratização da Comunicação que o Instituto Barão de Itataré, é signatário?
Altamiro Borges - Acho que a vida
está demonstrando cada vez mais a urgência de um debate sério sobre mídia
no Brasil. Você está tendo uma mudança muito grande nesse setor, seja com a
introdução de novas tecnologias, da internet, seja a própria crise no modelo de
negócio das empresas de comunicação.
A bola está quicando. Ou a gente debate
esse assunto, entende melhor, vê quais
são os caminhos ou a coisa vai degringolar. Eu cito o caso da Rede TV que é
de dois empresários inescrupulosos que
adquiriram uma concessão pública e que
usam e abusam dela, desrespeitam o trabalhador, não pagam salários, atrasam
salários, desrespeitam direitos trabalhistas.
Você pega a Rede Globo que é uma
empresa sonegadora. Milhões de reais
sonegados e com esquema nos Estados
Unidos, de desvio de grana, de paraísos
fiscais. Todo esse setor de mídia está
vivendo uma situação de crise muito
grande. Nesta situação, o que a mídia
faz e principalmente essa mídia que detém concessões públicas, que não é dela,
mas ela detém, ela se torna mais fechada
ainda, se torna mais intransigente, seja
do ponto de vista trabalhista, sindical,
de passar por cima, seja intransigente
na relação que ela tem com a sociedade,
transformando os veículos em partidos
políticos. Então, não é a informação. É a
manipulação da informação. Daí a urgência de um debate sobre democratização
da comunicação no Brasil.
Unidade – O que é o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação
(FNDC), na sua opinião?
AB - O Fórum reúne várias entidades
do movimento social brasileiro, que é já
um patrimônio da luta pela democratização da comunicação e tenta pressionar o
Governo para que ele faça o que os outros não fizeram. Aí vem aquela acusação
88. E fora de pressão sobre o Governo Federal, sobre a presidenta Dilma, para que
ela também tome, a exemplo do "Chavista" do Reino Unido, de David Cameron,
alguma atitude, que ela se mexa.
Esse projeto tem dois grandes eixos: o
primeiro é que esse setor não pode ser
monopolizado, não pode ter sete famílias que falem sozinhas pelo país inteiro.
A opinião publicada delas não pode ser
equivalente a toda opinião pública. Então, é quebrar o monopólio. Ninguém
está querendo acabar com a Globo. O que
não se quer é que ela tenha o poder de
monopólio que ela tem hoje.
A mídia brasileira é tão colonizada que
baba pelos Estados Unidos, onde é proibida a propriedade cruzada, que a mesma empresa tenha rádio, TV aberta, TV
fechada, revista, jornal. Isso é proibido
nos Estado Unidos. (Risos) E isso é permitido no Brasil. Isso cria um pensamen-
UNIDADE AGOSTO 2013
Movimento Social e Sindical
André Freire
UNIDADE AGOSTO 2013
Democratização da mídia
A CUT e entidades do movimento sindical e social exigem a instalação de uma
CPI na Assembleia Legislativa para apurar as denúncias de desvios de mais
de R$ 500 milhões do Metrô e da CPTM realizados pelos sucessivos governos
tucanos em São Paulo. As denúncias foram divulgadas pela revista Istoé.
9
s cortes em várias redações continuaram ao longo da últimas semanas, atingindo
veículos como Rede TV, Diário de S.Paulo e Caras. Pouco depois do fechamento
desta edição, também chegaram de forma brutal à Editora Abril. Também o vaivém
mostrou-se intenso no período com mudanças nas direções de Globo, Cultura e
portal R7. Boa leitura!
UNIDADE AGOSTO 2013
Jornal
DEIXARAM O DIÁRIO DE
S.PAULO, no processo de integração com os jornais da Rede
Bom Dia, Carlos Alciati Neto,
Fábio Pagotto, Fátima Cardeal,
Gilvan Ribeiro e Rubia Evangelinellis. O novo editor de Esportes do jornal, no lugar de Gilvan,
é Fernão Ketelhuth.
NA FOLHA DE S.PAULO,
Uirá Machado foi promovido a
editor de Opinião, no lugar de
Marcelo Leite, que voltou a ser
repórter especial; já o repórter
especial Leandro Colon foi nomeado correspondente em Londres, a partir de setembro; Diógenes Muniz, editor-adjunto da
TV Folha, saiu para ser editor de
Vídeos na Veja SP; e Tereza Novaes, editora-adjunta digital da
Ilustrada e editora do F5, saiu
após 13 anos de casa. Ainda por
lá, registro para o fim do Folhateen, criado em 1991 e que já
virara uma página da Ilustrada
em novembro de 2011. Ronaldo
Lemos, que escrevia a coluna Internets, foi para o caderno Tecs.
GILBERTO NASCIMENTO
começou no Brasil Econômico,
ali assumindo a coluna Mosaico,
sobre Política.
Revista
10
Eduardo Ribeiro
JÚLIO CÉSAR DE BARROS
aposentou-se e despediu-se de
Veja, após 33 anos de Abril. Vai
dedicar-se a projetos pessoais,
entre eles o blog musicaboadobrasil.blogspot.com.br.
CLAYTON MELO saiu da
IstoÉ Dinheiro, em que atuava
cumulativamente como editor de
Tecnologia da edição impressa e
diretor da edição online, para assumir um novo e ainda confidencial projeto na área digital.
MUDANÇAS EM CARAS.
Marcelo Bartolomei, antes editando Mídia Digital, passou a
acumular as funções de editor
Nacional e Regional, substituindo, neste último, Gisèle de
Oliveira, que saiu. No lugar de
Marcelo entrou Guilherme Ravache, ex-editor de especiais.
ANA WEISS começou como
editora-assistente de Cultura da
IstoÉ.
MARION STRECKER aceitou ser editora contribuinte da
Select, publicação da Editora
Três focada na área cultural.
CHEGOU AO MERCADO a
Abordo Magazine, publicação
mensal de luxo da R4, que tem
entre seus fundadores Ana Flavia Furlan. O projeto gráfico é
de Joca Freire. A redação conta com Fernanda Freire, Carol
Gandara e Cláudio Laranjeira.
O e-mail de contato é redacao@
abordomagazine.com.br.
Televisão
CELSO KINJÔ deixou a Direção de Jornalismo da TV Cultura, em que esteve por três anos.
Seu sucessor é Willian Correa,
vindo de Brasília. A saída se deu
no bojo da transição da Presidência da Fundação Padre Anchienta, com Marcos Mendonça
sucedendo a João Sayad.
DANÇA DAS CADEIRAS na
TV Globo. A emissora anunciou
a unificação das duas diretoriasexecutivas de Jornalismo, indicando como titular Mariano
Boni, que, desse modo, está trocando Brasília pelo Rio de Janeiro. No lugar dele, na sucursal
Brasília, vai Ricardo Villela, da
equipe do Jornal Nacional, em
São Paulo, por sua vez sucedido
por Denise Cunha Sobrinho, que
chefiava a Redação da Regional
São Paulo. No lugar dela entra
Ana Escalada, que era editora-
Rádio
COM A PARCERIA firmada com a ESPN, que passou a tomar conta do Esporte da Rádio Capital, a emissora reduziu a
equipe própria que mantinha. Saíram Anderson Cheni, Dalmo
Pessoa, Fausto César, Gomão Ribeiro e Tony José.
JOSÉ SILVÉRIO completou em 20 de julho 50 anos de narrações esportivas, os últimos 13 pela Rádio Bandeirantes. No
total, foram nove Copas do Mundo e 20 prêmios Aceesp, o que
lhe valeu a condição de concorrente hors concours e a presença
no Hall dos Notáveis.
LUCIANA FREITAS, chefe de Redação e que contabilizava
18 anos de Rádio Estadão, saiu e montou a Luciana Freitas
Consultoria ([email protected]).
MARÍLIA JUSTE deixou a Chefia de Criação e Programação da
BandNews FM e foi para o Fantástico, como editora. Na vaga dela,
porém no cargo de chefe de Redação, foi promovido Felipe Félix.
chefe do Profissão Repórter. Os
titulares dessas duas diretorias
eram Luiz Claudio Latgé, que
passou a diretor-adjunto da
Central Globo de Comunicação,
e Erick Bretas, agora diretor de
Mídias Digitais.
AINDA POR LÁ, Marcelo
Bonfá integrou-se ao grupo de
Criação do Mais Você; e Renata
Viana de Carvalho, vinda da revista Autoesporte, começou no
programa homônimo, mas contratada pela TV7, empresa do
Grupo Traffic que cuida daquela
produção.
A REDETV demitiu 30 profissionais de sua equipe de
Jornalismo, em todo o Brasil,
e fechou outros dez vagas, totalizando uma redução de 40
postos de trabalho. Entre os que
saíram estão o comentarista de
Futebol Marcelo Bianconi e os
repórteres Anapaula Ziglio, Renata Afonso e Luís Gatione.
JOSÉ DONIZETE foi efetivado como repórter da TV Gazeta,
onde estava como colaborador
desde abril.
ROBERTO CABRINI renovou contrato com o SBT. Na
emissora desde 2009, é editorchefe e apresentador do Conexão Repórter.
NA BAND, Adelaide Reis foi
promovida a editora-chefe do
Jornal da Noite, da Band, no
lugar de Éven Sacchi, que saiu.
Outro que deixou a emissora
foi Terence Paiva, chefe de Redação de Esportes. Ainda por
lá, registro para o fim do programa Deu Olé, apresentado
por Felipe Andreoli.
Midias Digitais
NO TERRA, registro para a
saída de Antonio Prada, diretor
Global de Produtos e Conteúdo, e para as chegadas de Rita
Lisauskas, ex-Band, para ser
âncora do Jornal do Terra, e de
Fernanda Colavitti, ex-Nova,
para a Gerência de Conteúdo de
Diversão e Vida e Estilo.
ALINE SORDILI assumiu a
recém-criada Diretoria de Operações do R7, e foi sucedida na Diretoria de Conteúdo por Luiz Cesar
Pimentel, que a acumula com o
posto de diretor de Redação.
LUIZ GUSTAVO PACETE DE
LIMA deixou a revista Imprensa,
passando a dar dedicação integral
a IstoÉ Dinheiro Online, da qual é
repórter, e ao trabalho voluntário
como representante no Brasil da
ONG Repórteres sem Fronteiras.
LUKAS KENJI saiu do Carsale e retornou ao caderno de Automóveis do Diário do Grande
ABC. Foi substituído no site por
Giovanna Consentini.
A REPÓRTER Bárbara Ladeia e a estagiária Marcela Leite
começaram na Economia do iG.
HAIRTON PONCIANO VOZ
passou a cuidar dos testes automotivos do site Notícias Automotivas.
O SITE de Carta Capital, dirigido por Lino Bocchini, estreou
várias atrações, entre elas o site
Farofafá, de música brasileira,
editado por Eduardo Nunomura
e Pedro Alexandre Sanches; e os
blogs SPeriferia, de Joseh Silva;
Território de Maíra, de Maíra
Kubík Mano; o do coletivo de
comunicação Intervozes, com
textos de profissionais como Bia
Barbosa, João Brant e Pedro Ekman; e o do Edgard Catoira, com
crônicas sobre o Rio de Janeiro
Assessoria
SUZANE VELOSO assumiu
a Diretoria de Comunicação
Interior
MICHELLE MONTE MOR deixou o suplemento automotivo
do Diário da Região, de São José do Rio Preto, e começou como
correspondente da Revista Jornauto na região.
O Vaivém de mercado
Corporativa do Walmart Ecommerce (Walmart.com) para toda
a América Latina. Com ela, chegou Mariana Garbin, como coordenadora de Comunicação.
DANILO GONÇALVES começou no atendimento de imprensa do Terra, na equipe coordenada por Mariana Astolfi.
ROBERTA LIPPI aceitou
convite para ser diretora de Mídia da Brunswick.
FORAM PARA a Comunicação da Anfavea Vinícius Romer,
como gerente de Imprensa, e
Raquel Mozardo, como assessoria de imprensa. Pablo Teruel,
que estava por lá havia quase 25
anos, saiu.
MARCOS FREIRE MODUGNO deixou a Diretoria de Comunicação da Pepsico.
ROBERT GALBRAITH deixou Meio&Mensagem e começou como gerente de atendimento da Neogama/BBH, conta
atendida pela Conteúdo.
ANDRÉ VIEIRA foi para a
Braskem, como gerente de Comunicação Externa.
JULIANA BORBA assumiu a
Comunicação da agência publicitária AGE Isobar.
ADRIANO ZANNI é o novo
diretor do Núcleo de Conteúdo
e Comunicação Interna da Trama, tornando-se sócio de Leila Gasparindo, Helen Garcia e
Sandra Bonani Canovas.
GABRIEL MACIEL CORREA
deixou a Comunicação Corporativa da BMW.
ANDRÉ PASCOWITCH e Renato Medici criaram a FightCom
(11-3037-7299), agência de comunicação e marketing esportivo
com foco no universo das lutas.
VÍVIAN SOARES, de regresso da Europa, começou como
coordenadora de Relações Públicas da Robert Half, multinacional de recrutamento especializada em executivos.
PEDRO ANTÔNIO CÁSSIO
SILVA começou no Departamento de Pesquisa da Assessoria de Imprensa da Amcham,
liderada por Ricardo Lessa.
NIRA WORCMAN deixou a
Gerência de Comunicação Corporativa da Bristol-Myers Squibb. A vaga foi extinta.
MARCOS CAMARGO JR.
despediu-se da Casa da Notícia e
passou a se dedicar a projetos pessoais.
ANDRESSA BESSELER, Danielle Vieira e Juliana Menezes
começaram na ADS.
TATIANA FERREIRA foi
para a Assessoria de Comunicação da Coordenadoria Regional
de Saúde Sul (CRS Sul) da Secretaria Municipal de Saúde de São
Paulo, em substituição a Ieda
Porfírio, que seguiu para a Assessoria de Comunicação da Presidência da Câmara Municipal.
Livros
ALBERTO VILLAS com The
book is on the tablete (e-galáxia), livro digital que reúne 50
crônicas que ele publicou no site
da CartaCapital desde 2011.
ANÉLIO BARRETO com
Histórias que os jornais não
contam mais (Belaletra), coletânea de reportagens que publicou principalmente em O Estado de S.Paulo e Jornal da Tarde.
CLÁUDIA NONATO, Rafael
Grohmann e Roseli Figaro com
As mudanças no mundo do trabalho do jornalista, livro digital
feito com o apoio do Centro de
Pesquisa em Comunicação e
Trabalho da ECA/USP.
GERSON CAMAROTTI com
Segredos do Conclave (Geração
Editorial), em que conta os bastidores da eleição do papa Francisco e a operação do Vaticano
para estancar a hemorragia de
fiéis na América Latina.
JORGE BASTOS MORENO
com A história de Mora – A saga
de Ulysses Guimarães (Rocco), em
que revela a visão feminina e discreta da viúva de Ulysses Guimarães, abordando fatos decisivos e
trágicos da trajetória do político.
LAURENTINO GOMES com
1889 (Globo Livros), obra sobre a Proclamação da República
que sai com tiragem inicial de
200 mil exemplares e que é o
terceiro volume da trilogia que
já conta com 1808 (vinda da família real para o Brasil) e 1822
(Independência do Brasil).
OSCAR PILLAGALO com
Corrupção – Entrave ao desenvolvimento do Brasil, obra produzida com o apoio do Instituto
Brasileiro de Ética Concorrencial.
PIERO LOCATELLI com
VemPraRua (Cia das Letras), livro
digital em que relata sua experiência ao cobrir os protestos de junho
para a revista Carta Capital.
RIVALDO CHINEM com
Como falar bem em público
– Um guia rápido, prático e indispensável (Discovery), que se
divide em 25 lições.
ROBERTO ARAÚJO com Os
estagiários do crime (Europa),
romance policial que mergulha
no universo de jovens estudantes de Direito.
Telegráficas
ESTÁ MARCADO de 12 a
15/10, na PUC-RJ, o 8º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, que terá a
companhia da 8ª Conferência
Global de Jornalismo Investigativo, realizada pela Global Investigative Journalism Network, e
da 5ª Conferencia Latinoamericana de Periodismo de Investigación, do Instituto Prensa y
Sociedad. Inscrições pelo www.
abraji.org.br com preço promocional até 9 de setembro.
VEJA PREPARA para setembro edição especial para comemorar seus 45 anos de existência. O especial, coordenado
por Fabio Altman, terá edição
de Rinaldo Gama e pesquisa de
Susana Camargo e Suely Bordin.
NELSON COLETTI tem
novo site com suas obras de
óleo sobre tela e aquarelas. Podem ser vistas no www.nelsoncoletti.com.br
ADRIANA CARRANCA, do
Estadão, passou a colaborar
com a revista norte-americana
Foreign Policy. Escreve sobre
conflito, religião e direitos humanos, com foco principal na
situação das mulheres em todo
o mundo.
UNIDADE AGOSTO 2013
O
O Vaivém do mercado
Registros
Faleceram:
ALICE BRILL, em 29/6, aos 92 anos, em Itu,
de causas naturais decorrentes da idade. Formada em Filosofia pela PUC-SP e com mestrado e
doutorado em Estética e Artes Visuais na USP, foi
fotógrafa de arquitetura e obras de arte na revista
Habitat e publicou livros sobre artistas como Mario Zanini. Também colaborou em sua juventude
com veículos da grande imprensa, em São Paulo,
entre eles o Estadão.
MARCUS ZAMPONI, em 15/7, aos 63 anos, em
São José do Rio Preto, vítima de câncer. Apaixonado por automobilismo, começou na Inglaterra
como “faz tudo” na equipe March, na Fórmula 1,
nos anos 1970. Em seu retorno ao Brasil, foi contratado pela revista Autoesporte, onde ficou por
quase duas décadas, além de ter sido colunista da
revista Racing e de ter atuado como assessor de imprensa e repórter especial da Motorsport Brasil. Vivia no interior paulista com a família e lutava havia
alguns anos contra a doença.
RODRIGO MANZANO, em 20/7, aos 35
anos, em São Paulo, em decorrência de complicações pós-operatórias. Editor de Mídia do jornal
Meio&Mensagem desde o começo de 2012, era formado pela Universidade Estadual de Londrina. Em
2001, já em São Paulo, começou como redator-assistente da revista Imprensa, onde chegou a diretor
de Redação e em que permaneceu por oito anos, até
2011. Foi professor universitário em FIAM, PUCCampinas e ESPM, e passou pela revista Cult.
11
Douglas Mansur/ Celeiro de Memórias
Imagem
Roberto Fautisno
Vagner Magalhães
MPL
UNIDADE AGOSTO 2013
Enio
Bra
lobal
em G
mag
uns I
Jeniffer Glass
Violência
Policial
O
s jornalistas de
todo país têm sido
vítimas da violência
policial. Em São Paulo,
durante as manifestações de junho, vários
deles foram agredidos
e detidos.
A polícia do governador Geraldo Alckmin
(PSDB) não poupou
ninguém.
O Unidade traz uma
série de imagens coletadas por repórteres
profissionais mostrando que o Brasil ainda
tem muito a avançar
em sua Democracia.
12
MPL
Rodrigo Paiva
Rodrigo Paiva
Enio Brauns Imagem Global
Roberto Fautisno