O BB no Governo Lula O BB no Governo Lula

Transcrição

O BB no Governo Lula O BB no Governo Lula
O BB no
Governo
Lula
ANABB negocia com o Banco do Brasil reajuste e reposição dos benefícios
defasados pela Parcela Previ
Viaje pelo Brasil com conforto e pouco dinheiro Ação
dez/2004
1
COLEGAS-BB.COM.BR
Temos um site e um grupo no Yahoo onde
trocamos mensagens sobre assuntos do BB:
Previ, Cassi, reajustes, aposentadorias, etc. Há
espaço também para crônicas, memórias,
poesias, artigos e abobrinhas. No site criamos
a janela Credenciamentos, para ajudar
colegas que necessitem de atendimento
médico a obter opiniões sobre os profissionais e hospitais credenciados pela Cassi.
O site é www.colegas-bb.com.br. Se tiver dúvidas ou desejar outras informações, mande
um e-mail para [email protected]
ou ligue para (11) 3141.0383. E desde já lhe
apresento nossas boas-vindas.
Luiz Antônio D’Elboux Couto
São Paulo - SP
VALOR DA MENSALIDADE
Gostaria de saber o motivo pelo qual a mensalidade da ANABB foi reajustada em
27,27%, passando de R$ 11,00 para R$
14,00. Para registro, o nosso reajuste salarial
foi de apenas 8,5%, não justificando esse aumento abusivo imposto por essa Associação.
Israel Aureliano S. Júnior
João Pessoa - PB
Em novembro, foi efetuado um débito em minha conta no valor de R$ 14,00. Não recebi
nenhum aviso de que haveria uma majoração
de 27,27% na mensalidade. Aguardo o estorno dessa quantia e o débito dos R$ 11,00 anteriores pois, como manda a filosofia da entidade, não se faz um abuso desses sem consultar os interessados, que somos nós e que
justificamos a existência da ANABB.
Ângelo Alberto B. Júnior
Americana - SP
NR.: O valor da mensalidade foi alterado
para R$ 12,00 em setembro. O débito no
valor de R$ 14,00 em novembro, refere-se à
mensalidade do mês mais as diferenças de
R$ 1,00 dos meses de setembro e outubro. Em
dezembro, o valor cobrado foi de R$ 12,00. A
ANABB continua praticando a menor mensalidade entre as entidades do funcionalismo do
BB. A alteração está relacionada, exclusivamente, ao reajuste dos salários e dos benefícios dos aposentados.
CIDADANIA
Apresento-lhes meus cumprimentos pelo importante trabalho desenvolvido em defesa dos
funcionários do Banco do Brasil e do exercício
da cidadania e informo que atendi ao pedido
de contribuir para a campanha Brasil Sem
Fome, conforme foi publicado no jornal Ação
172. Envio-lhes votos de saúde e felicidades,
extensivos a todos os membros de suas famílias, e que esse importantíssimo trabalho da
ANABB seja sempre exercido com paciência e
persistência.
Paulo Rubens Mandarino
Brasília - DF
FGTS NO BOLSO
Quero parabenizar a ANABB por mais uma
conquista. Graças ao seu empenho, recebi em
novembro o dinheiro referente à correção
monetária do FGTS.
Celso Fernando Sarti
Blumenau - SC
Agradeço a assistência dada pela ANABB no
processo com a Caixa, concluído com êxito.
Ronaldo Marins Tinoco Serpa
Campos dos Goytacazes - RJ
dez/2004
VALMIR CAMILO
Presidente
GRAÇA MACHADO
Diretora Administrativa e Financeira
ÉLCIO BUENO
Diretor de Comunicação e Desenvolvimento
DOUGLAS SCORTEGAGNA
Diretor de Relações Funcionais, Aposentadoria
e Previdência
EMÍLIO S. RIBAS RODRIGUES
Diretor de Relações Externas e Parlamentares
CONSELHO DELIBERATIVO
ANTONIO GONÇALVES (Presidente)
Ana Maria Dantas Leite
Augusto Silveira de Carvalho
Camillo Calazans de Magalhães
Cecília Mendes Garcez Siqueira
Denise Lopes Vianna
Éder Marcelo de Melo
Fernando Amaral Baptista Filho
Henrique Pizzolato
Inácio da Silva Mafra
José Antônio Diniz de Oliveira
José Branisso
José Sampaio de Lacerda Júnior
Luiz Antonio Careli
Mário Juarez de Oliveira
Mércia Maria Nascimento Pimentel
Paulo Assunção de Sousa
Romildo Gouveia Pinto
Tereza Cristina Godoy Moreira Santos
Vitor Paulo Camargo Gonçalves
Willian José Alves Bento
CONSELHO FISCAL
CLÁUDIO JOSÉ ZUCCO (Presidente)
Antonio Carlos Lima Rios
Antonia Lopes dos Santos
Humberto Eudes Vieira Diniz
Naide Ribeiro Junior
Osvaldo Petersen Filho
DIRETORES ESTADUAIS
CERTIFICADO DE SEGURO
Recebi o Certificado Individual de Seguro em
minha residência com grande surpresa, pois
não lembro de ter assinado proposta para
adesão ao seguro estipulado pela ANABB.
Peço esclarecimentos quanto à origem da adesão.
Ivone Yoshie Ozaki
Itatiba – SP
NR.: O Seguro de Vida em Grupo, conhecido
como Seguro Decesso Automático, é gratuito, e
todo associado da ANABB recebe-o por direito
assim que se filia à entidade, sem qualquer
ônus. É por meio dele, por exemplo, que os associados têm direito ao Prêmio Pontualidade,
no valor de R$ 3 mil, sorteado nos últimos quatro sábados do mês pela Loteria Federal.
Mais informações pelo site da ANABB:
www.anabb.org.br, ícone Seguros, ou pelo fone
(61) 442.9615.
Este espaço destina-se à opinião dos leitores. Por questão de espaço e estilo, as cartas podem ser resumidas e editadas.
Serão publicadas apenas correspondências assinadas e que sejam selecionadas pelo Conselho Editorial da ANABB
ANABB..
As cartas que referem-se a outras entidades
entidades,, como Cassi e Previ, serão encaminhadas às entidades competentes.
2 Ação
DIRETORIA-EXECUTIVA
Marcos de Freitas Matos (AC)
Ivan Pita de Araújo (AL)
Marlene Carvalho (AM)
Aliete Maria Cunha Sarmanho (AP)
Pedro Paulo Portela Paim (BA)
Francisco Henrique Ellery (CE)
Elias Kury (DF)
Sebastião Ceschim (ES)
Saulo Sartre Ubaldino (GO)
Miguel Ângelo R. e Arruda (MA)
Francisco Alves E. Silva (MG)
Edson Trombine Leite (MS)
Armindo Vitor da Silva Filho (MT)
José Marcos de Lima Araújo (PA)
André Luiz de Souza (PB)
Luiz Gonzaga Ferreira (PE)
José Ulisses de Oliveira (PI)
Aníbal Rumiato(PR)
Antonio Paulo Ruzzi Pedroso (RJ)
Herminio Sobrinho (RN)
Francisco Assumpção (RO)
Maria de Jesus M. Mourão (RR)
Edmundo Velho Brandão (RS)
Carlos Francisco Pamplona (SC)
Emanuel Messias B. Moura Júnior (SE)
Armando Cesar F. dos Santos (SP)
Crispim Batista Filho (TO)
ANABB - SCRS 507, bl. A, lj. 15 CEP: 70351-510 Brasília/DF
Atendimento ao associado: (61) 442.9696 Geral: (61) 442.9600
Site: www.anabb.org.br E-mail: [email protected]
Redação: Ana Cristina Padilha e Fernando Ladeira
E-mail: [email protected]
Edição e Editoração: Optare Comunicação
Editora e jornalista resp.: Renata Feldmann Revisão: Maria Júlia Luz
Periodicidade: mensal Tiragem:100 mil Capa: Clausem Bonifácio
Impressão: Gráfica e Editora Positiva Fotolito: Colorpress
PP: mudar com justiça
Toda vez que trato deste assunto, procuro sempre lembrar um pouco da história do Plano de Benefícios 1 da Previ e da Parcela Previ, que só diz respeito àquele plano. É preciso lembrar as pessoas
que o plano que fechou a porta de entrada no final de 1997 tem lá suas particularidades. Um pouco
de direitos consolidados, outro tanto de legislações confusas, muito de solidariedade, uma boa parcela de autoritarismo do sócio patronal e uma infinidade de injustiças.
Os participantes do plano guardam muita similaridade, ou seja, trabalham para a mesma empresa, foram admitidos por concurso público, contribuem na mesma proporção e têm os mesmos direitos previdenciários em relação ao Fundo de Pensão e à Patrocinadora. No entanto, é aí que a grande diferença aparece. O nosso plano deveria ser de Benefício Definido, o tal do BD, mas deixou de ser.
Diferente do plano criado para os funcionários admitidos a partir de 1998, que é de Contribuição Definida, ou o chamado CD.
No plano CD você sabe com quanto contribui e só vai saber o valor do benefício no momento da aposentadoria. As
contribuições para o plano, durante todo o período de trabalho, somam para a formação da reserva, junto com a contrapartida da contribuição patronal. A contribuição de cada mês soma na reserva, que vai ser maior ou menor em função do salário
de toda a vida funcional e não apenas em função das contribuições dos últimos 36 meses de trabalho.
No plano BD você sabe que seu benefício vai ser o resultado das suas contribuições nos últimos 36 meses de carreira.
Ao se aposentar com 30 anos de trabalho, pouco importa a contribuição dos primeiros 27 anos. Desta forma, 27 anos como
administrador e os últimos 3 anos como posto efetivo é igual à aposentadoria de posto efetivo. Assim como, 27 anos trabalhando como posto efetivo e os últimos 3 anos como administrador é igual à aposentadoria de administrador.
Onde entra a PP? Poucos colegas conhecem as regras de contribuições usadas pelo Fundo. Na condição de funcionário
não aposentado, era assim, até dezembro de 1997: 3% sobre 50% do teto da Previdência Oficial, 5% sobre a outra metade e
13% sobre a parcela do salário que excedia o teto da Previdência. A partir de janeiro de 1998, passou a ser: 3% sobre 50%
da Parcela Previ, 50% sobre a outra metade e 13% sobre o que exceder a Parcela Previ. Portanto, mudar a Parcela Previ, significa mudar o valor da contribuição para a Previ. Quanto menor a parcela, maior a contribuição. A contrapartida favorável é:
quanto menor a Parcela Previ, maior o benefício de aposentadoria pago pela Previ.
Por que mudou a regra? Para promover o descasamento do benefício a ser pago pela Previ das regras da Previdência
Oficial. Como os governos vivem mudando as regras da previdência era preciso criar uma regra que desse estabilidade para
o Fundo. Qual o grande problema criado pela mudança? A Parcela Previ cresceu na proporção dos reajustes dos aposentados, os salários dos funcionários da ativa ficaram congelados por quase oito anos e a Previdência Oficial criou regras que
reduziram, em muito, o benefício da Previdência Oficial. As mudanças vieram com a reforma da previdência e com a criação
do Fator Previdenciário.
Antes da reforma, era simples calcular o benefício da Previdência Oficial para os funcionários que contribuíam com o
teto: proporcional para quem tinha 30 anos de contribuição à Previdência Oficial ou integral para quem tinha 35 anos de
contribuição. No caso da Previ, integral para quem tinha 30 anos de contribuição para a Previ ou a proporcionalidade contada em avos. Para cada ano de trabalho, 1/30 avos. Como o primeiro cálculo era sempre o da Previ e o regime era de complemento, pouco importava o valor do benefício da Previdência Oficial, pois o Fundo de Pensão bancava o resto.
Hoje, em função da PP estar muito alta, o benefício a ser pago pela Previ é cada vez menor. Junte-se a isto o descasamento com o benefício da Previdência Oficial que, em razão de todas as novas regras, é cada vez menor e está faltando: cerca de R$ 1.000,00 no salário do funcionário da ativa, que não é pago nem pela Previ nem pela Previdência Oficial.
Corrigir esta injustiça é o nosso desafio. A atual direção do Banco não tem responsabilidade pela mudança que gerou
distorções e trouxe prejuízos, mas deve ajudar na correção do rumo. O debate deve continuar e as mudanças devem garantir
uma Previ igual para todos. Ganha o governo, ganha o Banco e ganha o funcionalismo.
Valmir Camilo
Presidente da ANABB
Ação
dez/2004
3
Ofenômeno
fenômeno
O
Bancodo
do
Banco
Brasil
Brasil
Keystone
por Paulino Motter
Descontada a repercussão mundial do cataclisma sísmico na Ásia e o impacto regional da tragédia
de Buenos Aires, nenhum outro assunto mereceu
maior destaque na mídia nacional na virada do ano
do que o expressivo saldo da balança comercial brasileira em 2004. “Recorde” foi a palavra mais repetida pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, ao apresentar
os números superlativos das exportações brasileiras,
que totalizaram US$ 96,5 bilhões no período, um salto de 32% em relação a 2003. Mesmo com um crescimento de 30% nas importações, que somaram US$
62,8 bilhões, o Brasil obteve o maior superávit comercial da sua história: US$ 33,7 bilhões – valor 35%
maior do que o registrado no ano anterior.
“Superamos todas as previsões. Esses números
mostram que o setor produtivo brasileiro teve um desempenho extraordinário”, comemorou o ministro
Furlan. Em artigo para a Folha de S. Paulo, no qual
apontou perspectivas otimistas para o comércio exterior em 2005, ele afirmou que “esse bom desempenho foi possível graças não só ao cenário econômico
nacional de estabilidade e crescimento industrial
4 Ação
dez/2004
como também às ações do governo federal voltadas
para o incremento do comércio exterior, diversificação de produtos, busca de novos mercados e aumento da base exportadora, principalmente pequenas e médias empresas.”
O que faltou ser dito explicitamente pelo ministro e reconhecido pelas demais autoridades governamentais que vieram a público festejar os resultados
da balança comercial é que, por trás desse desempenho excepcional do setor exportador brasileiro,
está uma instituição financeira sólida, quase bicentenária, sem a qual tais resultados não teriam sido alcançados: o Banco do Brasil.
Líder absoluto no financiamento às exportações
e principal instituição financeira de apoio ao comércio exterior, o BB realizou, em 2004, operações de
crédito aos exportadores brasileiros no valor total de
US$ 25,5 bilhões. Ou seja, o BB financiou mais de
um quarto das exportações, contribuindo decisivamente para que o País quebrasse todos os recordes
da sua balança comercial e se aproximasse antecipadamente da meta de US$ 100 bilhões, fixada pelo
governo para 2006.
Principal agente das ações do governo federal
voltadas para o incremento do comércio exterior, no
por ocasião do 24º Encontro Nacional de
Comércio Exterior, realizado em São Paulo.
PARCEIRO DO DESENVOLVIMENTO
segundo semestre de
2004 o BB lançou o PROGER
Exportação, uma linha de crédito
exclusiva para apoiar as vendas externas das
micros e pequenas empresas. Outra iniciativa
voltada especialmente para o segmento das
pequenas empresas foi a solução eletrônica para
atender o exportador no fechamento de seus negócios no mercado internacional. Desde o ano passado, a contratação de câmbio de exportação pode
ser realizada via internet.
O efeito desta medida foi tão positivo que o BB
obteve a marca recorde de 75 mil contratações de
câmbio efetivadas em 2004, número 54% maior do
que o registrado no ano anterior. Além da posição
de liderança no financiamento ao comércio exterior,
o BB é o agente financeiro da União para a implementação do Programa de Financiamento às Exportações – PROEX. No ano passado, foram aprovadas
1.238 operações para 391 exportadores, com desembolso de US$ 262,4 milhões. A participação do
BB também é expressiva no mercado de câmbio comercial de importação, tendo atingido US$ 13,29 bilhões em 2004, o equivalente a 24% do volume total
de importações no período.
Como reconhecimento pela sua contribuição
para o desempenho da balança comercial, o BB recebeu, em novembro, o prêmio Destaque de Comércio Exterior 2004, na categoria “Apoio à Exportação,”
Kiko Catelli
LUIZ OSWALDO:
carta de princípios
que reafirma
compromisso do BB
com o desenvolvimento sustentável
do País é símbolo
da recuperação do
papel social do
Banco,visto
novamente como
agente de mudança
Especialistas e dirigentes políticos ouvidos pelo
jornal Ação reconhecem que o fortalecimento do BB
é fundamental para que o Brasil se afirme como um
“global player” no comércio internacional. “A expansão da presença brasileira nos mercados internacionais exige uma instituição financeira forte, com presença internacional e imagem consolidada junto à
comunidade financeira global. Nos principais países
do mundo conta-se com uma instituição estatal de
fomento ao comércio internacional. O BB, no passado, já bancou sozinho a expansão do comércio internacional brasileiro e está pronto para fazer de novo, aliás, já está fazendo,” afirmou o consultor
Alberto Borges Matias, doutor em economia e professor da Universidade de São Paulo/ Campus Ribeirão
Preto.
Esta opinião é compartilhada pelo seu colega
na USP, o sociólogo Emir Sader, para quem “no atual
contexto de uma economia crescentemente
globalizada sob a hegemonia do capital financeiro, é
central a existência de bancos estatais, pela função
estratégica que os bancos têm.” Ele credita ao
governo Lula o resgate do papel central que o BB já
desempenhou no passado em prol do desenvolvimento do País: “o Banco do Brasil voltou a assumir
suas funções essenciais em uma etapa histórica
como a atual – crédito para o consumo, apoio ao
investimento de pequenas e médias empresas, apoio
à pesquisa científica e apoio ao capital nacional.”
O deputado federal Paulo Bernardo (PT-PR),
presidente da poderosa Comissão Mista de Orçamento, aponta duas grandes missões estratégicas
para o BB: democratizar o acesso ao crédito e aos
serviços bancários e atuar como agente de apoio ao
desenvolvimento sustentável, ajudando no financiamento de projetos prioritários de geração de renda e
infra-estrutura. Funcionário do BB desde 1975 e
licenciado desde 1991, quando foi eleito para seu
primeiro mandato na Câmara Federal, Bernardo
acredita que o governo Lula tem demonstrado uma
visão correta sobre o papel da instituição. “Como
empresa estatal, o BB tem que se preocupar em ajudar a cumprir o programa de governo, mas não pode ser um instrumento político ou partidário. O
Ação
dez/2004
5
BB financiou mais de um quarto das exportações
brasileiras em 2004. E ao aumentar o crédito
governo traça metas e o Banco deve
para os pequenos negócios, impulsionado por
ajudar a cumpri-las”, afirmou.
Entre as novas diretrizes do
novas oportunidades de mercado, sem querer, o
governo federal que vêm tendo imBB está retomando seu papel social.
pacto direto no foco e na forma de
Popular, foi criada outra subsidiária: a BB Administraatuação do BB destacam-se o apoio à agricultura
dora de Consórcios. Com esta iniciativa, o Banco
familiar e a ampliação do crédito popular. Para propassa a competir num mercado em franca expansão,
mover a democratização do crédito e a “inclusão
que cresceu acima de 20% em 2004 nos segmentos
bancária”, o BB criou o Banco Popular do Brasil.
de veículos e imóveis. “O BB é, dos bancos públicos,
“Este esforço para ‘bancarizar’ os segmentos de baio que tem o perfil mais próximo dos bancos privados,
xa renda que foram expulsos das agências bancárias
pelo que é considerado concorrente forte por esses
nos últimos 20 anos, oferecendo-lhes crédito mais
bancos. Em uma instituição financeira como o BB,
barato, terá um enorme alcance social”, aposta
com características de presença de capital privado,
Paulo Bernardo.
social é o lucro: deve buscar o resultado como meta,
Engana-se, porém, quem acredita que a atuamas tal resultado deve ser revertido em prol da socieção do BB na área do microcrédito seja motivada
dade por programas diretos administrados pelo Banapenas pela sua função social, como instituição púco ou por suas instituições associadas”, analisou
blica. De acordo com o vice-presidente de Gestão de
Borges Matias.
Pessoas e Responsabilidade Socioambiental, Luiz
Oswaldo Sant’lago Moreira de Souza, além de atender ao “anseio do governo federal de incentivo à
APOIO À AGRICULTURA FAMILIAR
Embora reconheça que o BB não pode ficar foArquivo
ra da crescente competição do mercado financeiro,
Lição de sobrevivêno deputado Paulo Bernardo vê com certa cautela a
cia: para fazer frente
atual tendência de diversificação de produtos e seràs pressões privaviços que confunde o Banco com as demais instituitizantes do capital
financeiro internações comerciais. Ele acredita que uma ênfase excescional, o BB tem que
siva na venda de produtos, como apólices de seguro
ampliar presença no
e títulos de capitalização, e a avaliação do desempeexterior, ensina
ALBERTO MATIAS,
nho das agências e dos funcionários para atingir
que acredita na premetas relacionadas a tais produtos acaba desviando
paração do Banco do
o BB da sua missão principal, que é o que o diferenBrasil para o novo
ciclo de desenvolcia em relação aos bancos privados.
vimento
“Não sou contra o BB competir nesses segmentos. Mas acho que o banco deveria fortalecer, por
inclusão bancária da população brasileira informal e
exemplo, o financiamento à agricultura familiar, que
de menor renda”, o BB decidiu atuar de forma inovaganhou nova dimensão no Governo Lula”, sugeriu.
dora no campo das microfinanças “impulsionado
Ele se apressou em reconhecer que o BB superou,
por novas oportunidades de mercado” que estão
em 2004, as metas estipuladas em relação ao crédito
sendo propiciadas pela retomada do crescimento
para os pequenos agricultores, embora tenha tido
econômico.
dificuldades no Nordeste.
Prova disso é que juntamente com o Banco
O Governo Lula definiu como objetivo essencial
6 Ação
dez/2004
aumentar o volume de recursos para a agricultura
familiar, ampliando a dotação do Programa Nacional
de Fortalecimento da Agricultura Familiar – Pronaf. O
Plano Safra para a Agricultura Familiar 2004-2005
destinou o maior volume de recursos da história para
este segmento: R$ 7 bilhões, o que representa um aumento de cerca de 30% em relação ao montante do
plano de safra passado. O crescimento do volume
disponibilizado para os financiamentos de custeio
será de 48%, passando de R$ 2,85 bilhões para R$
4,21 bilhões, e, para investimento, de 9%, passando
de R$ 2,55 bilhões para R$ 2,78 bilhões. O aumento
de recursos veio acompanhado de medidas para simplificar a contratação dos financiamentos.
Como principal agente financeiro na área do
crédito rural, especialmente para a agricultura familiar, o BB tem dado uma contribuição decisiva para o
bom desempenho da agricultura brasileira, cuja produção vem batendo sucessivos recordes e ajudando
a aumentar as exportações. O mais importante, porém, é o impacto positivo da democratização do crédito na geração de renda e emprego no campo.
Uma pesquisa recente realizada pela Fundação
Instituto de Pesquisas Econômicas – Fipe –, encomendada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário,
apontou um aumento significativo da participação
dos agricultores familiares brasileiros no Produto Interno Bruto (PIB). Em 2003, o setor foi responsável
por 10,1% do PIB, contra uma participação de 9,3%
no ano anterior. Este aumento, que elevou para R$
156,6 bilhões a produção da agricultura familiar,
contribuiu com 0,9% no crescimento da economia
brasileira.
Para o ministro do Desenvolvimento Agrário,
Miguel Rossetto, os resultados da pesquisa servem
para mostrar a importância da agricultura familiar
para a economia brasileira. Em 2003, a atividade
chegou a representar um terço do PIB do agronegócio brasileiro. Rossetto afirmou ainda que a agricultura familiar assegurou ocupação para 13 milhões de
trabalhadores. “Muitas vezes apresentam a agricultura familiar como um retrato de pobreza, de
desqualificação e de incapacidade de responder ao
dinamismo econômico. O que este estudo mostra
definitivamente é a sua vitalidade e importância econômica real para o País”, afirmou.
CREDIBILIDADE E POLÍTICA DE PESSOAL
Todas as lideranças ouvidas pelo jornal Ação
apontaram a credibilidade como o principal patrimônio do BB. “O mercado bancário é extremamente
competitivo no Brasil. O diferencial do BB é o selinho
no cheque: Banco do Brasil. Os clientes sabem que
Agência Brasil - José Cruz
O ministro do
Desenvolvimento
Agrário, MIGUEL
ROSSETTO: o BB
acertou ao
reforçar apoio à
agricultura familiar, uma das
grandes responsáveis pelo
superávit na balança comercial
do agronegócio
estão mais garantidos”, afirmou o deputado Paulo
Bernardo. Para preservar a credibilidade e fortalecer
a instituição, ele defendeu a autonomia da diretoria,
que deve ser constituída com critérios profissionais,
algo que, na sua opinião, estaria sendo respeitado
pelo atual governo. Com base no argumento da
profissionalização, Bernardo defendeu a efetivação
no cargo do atual presidente interino do BB,
Rossano Maranhão.
Embora seja um dos parlamentares mais afinados com a política econômica do ministro Antonio
Palocci e um nome sempre lembrado para ocupar o
Ministério do Planejamento, Bernardo fez críticas à
forma como a direção do BB lidou com a última
greve. Para ele, faltou sensibilidade para perceber as
insatisfações dos funcionários, que não estariam
relacionadas apenas à questão salarial. “Depois de
Ação
dez/2004
7
Governo Lula aumentou em 30% os recursos destinados
a financiamentos e investimentos na safra da
ao invés da tradicional
referência a Recursos
Banco.
Humanos.
Por trás do nome escolhido está a afirmação de um novo conceito de responsabilidade social que vem ganhando força tanto
no setor público quanto no privado. Porém, o BB
inovou ao adotar uma Carta de Princípios de Responsabilidade Socioambiental, aprovada pelo Conselho
de Administração. Este documento estabelece um
elenco de compromissos com a ética, o respeito e a
busca de equilíbrio entre os interesses de todos os
públicos com os quais o BB se relaciona: funcionários, trabalhadores terceirizados, fornecedores, parceiros, clientes, credores, acionistas, concorrentes,
comunidades e governo.
Por meio desta carta de princípios, o Banco reafirma o seu compromisso com a promoção do desenvolvimento sustentável do País, que deve atender a
três requisitos básicos: economicamente viável, ambientalmente correto e socialmente justo. “Ao recuperar o papel social que lhe é inerente, o Banco alcançou em 2003 e 2004 resultados em tudo melhores
que os de anos anteriores, o que comprova que o lucro não é nem de longe o único objetivo a ser buscado. O maior lucro é resultado de ações éticas e responsáveis tanto internamente quanto no ambiente no
qual o BB está inserido”, afirmou Sant’lago. Segundo
ele, ao se comprometer com a agenda social do País,
agricultura familiar em 2004. Popularização do crédito
é outro sinal de mudança do papel do
11 anos, é a primeira vez que o BB começa a dar
reajustes e repor perdas. O funcionalismo do BB
pode ter a expectativa salarial que tiver, mas está
preparado para não imaginar solução em dois anos.
A insatisfação tem outras causas, como relações
internas desgastadas e a imposição de critérios de
avaliação inadequados”, ponderou. Para ele, a greve
causou desgaste da direção e colapso na relação
com a base, cabendo agora à nova presidência
reconstruir as relações. “Isso passa por rever metas
de produtividade para avaliação de desempenho dos
funcionários”.
Responsável direto pelo desenvolvimento e
implementação da nova gestão de desempenho
profissional, o vice-presidente Luiz Oswaldo Sant’lago
listou uma série de providências que estão sendo
tomadas com o objetivo de valorizar o quadro de
funcionários do Banco e melhorar a qualidade de
vida no trabalho. O mapeamento contínuo da
realidade dos funcionários e a criação de canais
institucionais para a “escuta permanente” de suas
sugestões, críticas e denúncias estão entre as
medidas prioritárias. Cooperam para este objetivo o
Fórum, a Ouvidoria Interna, a negociação
permanente e visitas que ele tem feito a diversas
dependências do Banco em vários Estados.
Luiz Oswaldo destacou ainda a criação da Diretoria de Relações com Funcionários e Responsabilidade Socioambiental como prova da disposição da direção para o diálogo. Ele apontou outra importante
mudança interna: a constituição de grupos de trabalho e comissões paritárias para tratar de reivindicações apresentadas pelo movimento sindical e por outras entidades representativas dos funcionários. Finalmente, a mudança de filosofia no tratamento das
questões relacionados ao funcionalismo já estaria sinalizada na nova nomenclatura da vice-presidência:
Gestão de Pessoas e Reponsabilidade Socioambiental,
8 Ação
dez/2004
Agência Brasil - Lindomar Cruz
O deputado federal
PAULO BERNARDO
acredita que o BB
deve ajudar a
cumprir o programa
de governo, mas
precisa ter cautela
ao lançar número
excessivo de
produtos e o
cuidado para não
ser usado como
instrumento
político-partidário
Respeito aos funcionários, e não apenas
estratégia de mercado, é garantia para que o
o BB resgata o seu papel como
Banco do Brasil se firme como um banco público e
agente de mudanças. “Em muitos
momentos, o Banco do Brasil foi
estratégico para o Brasil nos próximos anos.
visto apenas como mais um banco
público. Depois da febre privatista que varreu a Amédisputando o mercado, em nada melhor e mais
rica Latina nos anos 90, dizimando grande parte das
comprometido com o País do que os demais”, comempresas estatais, hoje parece haver reconhecimento
pletou.
da importância dos empreendimentos estatais para
países em desenvolvimento. O Brasil conseguiu atraUMA NOVA VISÃO ESTRATÉGICA
vessar o cataclisma neoliberal sem perder algumas
Na opinião do economista Alberto Borges
das jóias mais preciosas da coroa, como o próprio BB
Matias, a visão estratégia do governo sobre o papel
e a Petrobras.
do BB sofreu uma profunda inflexão nos últimos dois
Mas as pressões do capital financeiro internacioanos. “Na gestão FHC, o Banco do Brasil foi condunal continuam intensas. Como mercado emergente, o
zido por uma visão de mercado financeiro, tendo o
Brasil é um alvo preferencial. Para sobreviver e consoresultado, na forma que fosse, como objetivo, possilidar sua posição neste cenário de globalização ecovelmente preparando o Banco para um processo de
nômica, o BB também precisa ampliar sua presença
privatização. Sem dúvida, muitas ações positivas fointernacional. Esta é a posição defendida por Borges
ram realizadas e que geraram a sustentação para os
Matias: “É preciso dar maior atenção à adequação
anos subseqüentes. Na gestão Lula, vemos a predodas operações do Banco a padrões internacionais de
minância da visão social: o BB cria uma subsidiária
escala, preparando a instituição para um ambiente
para atendimento ao microcrédito e busca expandir
econômico de taxas de juros bem menores que as
sua atuação creditícia como fomento à atividade ecoatuais, com decorrente forte expansão de sua
nômica. O BB está preparado para suportar um ciclo
atividade nos mercados globais. O BB precisa
de desenvolvimento do País, como já o fez no pasassumir sua posição no mundo para que o Brasil
sado.”
também possa assumir a sua: não existirá maior
O sociólogo Emir Sader vai na mesma direção
presença brasileira no mundo sem suporte do Banco
ao destacar que o BB “voltou a ser uma alavanca
do Brasil”.
para o desenvolvimento e para a democratização
Mas nenhuma estratégia de mercado vai garaneconômica a partir do governo atual”. E conclui: “A
tir que o BB possa celebrar o seu bicentenário, em
ênfase que vem sendo atribuída à democratização do
2008, com perspectivas de continuar sendo pelas
acesso ao crédito e aos serviços bancários e o aupróximas décadas, uma instituição essencial para o
mento dos recursos para apoiar a agricultura familiar
País, se, desde já, não for dado o devido respeito aos
são elementos diferenciados da ação do BB nessa
seus funcionários. “A maior garantia de preservação
gestão, o que reforça o seu papel estratégico no dedo patrimônio público no qual se constitui o BB é o
senvolvimento econômico, no fortalecimento do merseu corpo técnico altamente capacitado relativamente
cado interno e na democratização do acesso ao créao sistema bancário, que tem mantido os valores, a
dito, entre tantas outras funções.”
cultura e a solidez da organização. A governança
Mas para que o BB possa continuar sendo um
corporativa do BB tem sido premiada e garante transdos sustentáculos da retomada do crescimento ecoparência adequada à sua atividade, sendo modelo,
nômico e para que a sua atuação contribua para a
superação das desigualdades sociais, ambos afirmam principalmente se compararmos a instituições financeiras internacionais,” concluiu Borges Matias.
que é indispensável preservar seu caráter de banco
Ação
dez/2004
9
Correção para a
aposentadoria
por Rosana Brant
Resolver o problema das aposentadorias
dos funcionários que deixaram o Banco
após 1997, e dos que ainda vão se aposentar, tornou-se questão de honra para a
ANABB. O presidente da Associação, Valmir
Camilo, disse que as discussões seguem um
calendário estabelecido com o Banco e
garantiu que o próprio BB tem dado demonstrações claras de que tem disposição
e interesse em resolver o assunto.
De acordo com o dirigente, os representantes
do BB reconhecem que o imbróglio das aposentadorias consumadas depois de 1997 causa prejuízo
aos aposentados. A determinação de que o problema precisa ser contornado é geral. “Essa situação traz desconfiança para o próprio sistema. É
muito ruim e está longe dos interesses do funcionalismo do Banco. Nossa intenção é resolver esse
impasse o mais rápido possível e, para que isso
aconteça, os conselheiros deliberativos eleitos para
a Previ estão constantemente em reunião com a
diretoria do Banco”, garante Camilo.
Cerca de 15 mil aposentados do BB sofrem
os prejuízos da medida adotada em 97. São funcionários que se aposentaram e têm uma parcela
de seus benefícios que não é paga nem pela Previ
– que passou a seguir normas adotadas naquele
ano –, nem pelo INSS – que obedece às regras
aprovadas no Congresso Nacional. Em alguns
casos, o prejuízo chega a R$ 900,00 por mês.
“Não é culpa da Previ nem do INSS. Não existe
fraude. O que temos que fazer é compensar ou
corrigir a distorção nesses benefícios e evitar que
os novos aposentados sejam prejudicados”,
defende o presidente da ANABB.
10 Ação
dez/2004
Keystone
CUSTO ALTO
Qual é o custo dessa adequação e como fazer para pagar os aposentados são os questionamentos feitos pela entidade. Valmir Camilo lembra
que os gastos serão sempre proporcionais ao valor da Parcela Previ – PP –, e quanto menor ela for,
maior será o seu custo. Pela proposta apresentada
pelo Banco, a PP cairia para R$ 1.490,00 e as
aposentadorias a partir dessa data seriam corrigidas, assim como os benefícios de quem já se aposentou. No entanto, a diferença dos atrasados
não seria paga.
A ANABB não aceitou a proposta, pois, além
de o valor não se basear em nenhuma referência,
FBPhoto
os atrasados a quem se aponão cria uma lógica capaz de
sentou após 97. “Não queredar segurança ao sistema. A Asmos criar na Previ um gueto
sociação aceita trabalhar com o
de prejudicados”, enfatiza ele.
valor da Parcela Previ aprovado
Os recursos para resolpelo corpo social em 97 – que
ver essa equação são consiseria algo em torno de R$
deráveis e a Previ já estuda
1.031,00 – e com a concessão
como irá fazer. Uma das alterda correção aos funcionários da
nativas que vem sendo cogiativa. Neste caso, a PP serviria de
tada pela caixa de previdênreferência apenas para a contricia é a utilização do Fundo
buição e não mais como um paParidade, calculado hoje em
râmetro para os benefícios.
R$ 5,3 bilhões. O problema é
O seu reajuste passaria,
que esse recurso está sub jutambém, a ser corrigido de acordice, pois o BB entende que
do com os salários da ativa. De
parte desse valor lhe pertenacordo com essa proposta, hoVALMIR
CAMILO:
pagamento
de
todos
os
atrace. Para o presidente da
je, a PP valeria pouco mais de
sados para não criar um gueto de prejudicados
ANABB, a solução é que se
R$ 1.300,00 e não R$ 1.490,00,
faça um “ajuste de pretensões”, sem que isso sigcomo foi sugerido pelo Banco. Os benefícios volnifique colocar à disposição dos funcionários da
tariam a ser fixados segundo as regras anteriores
ativa e dos aposentados o que “sobrar” dessa
a 97, ou seja, complementando a aposentadoria
conta. A estratégia do BB em requerer parte do
paga pelo INSS.
Fundo sob o pretexto de pagar os aposentados e
A ANABB fez os cálculos. Para pagar os atranão resolver o problema é totalmente rechaçada
sados e implantar a nova regra, a Previ teria um cuspor ele. “Não queremos isso e não vamos aceitar
to de R$ 4 bilhões. “A proposta está em discussão e
as sobras. A ANABB não vai cair nessa armadio BB ainda não se manifestou”, lembra Camilo,
lha”, garante Valmir.
enfatizando que defende o pagamento de todos
ENTENDA O
O PROBLEMA
PROBLEMA
ENTENDA
Antes de 1997, a relação entre o sistema de previdência oficial e os
fundos de pensão estava mais ou menos adequada. Quando se aposentava, o trabalhador mantinha o salário da ativa, da seguinte forma: o que
o INSS não pagasse, a Previ complementava.
Com a reforma da Previdência, foram criadas novas regras que
geraram um desequilíbrio nessa relação, o que levou a Previ a criar a
Parcela Previ para servir de parâmetro. A PP precisava ser corrigida e o
indexador escolhido foi o mesmo fixado para as pensões e os benefícios dos
aposentados do Fundo de Pensão.
Esse dispositivo acabou apresentando outro desvio: no momento em que os aposentados passaram a
ter a correção de seus benefícios pelo índice IGP-DI (maior índice de correção da época), os funcionários da
ativa tiveram seus salários congelados. Eles assistiram, então, a uma diminuição gradativa da PP e, para
piorar a situação, tiveram que lidar com o fator previdenciário, que funciona como um redutor da aposentadoria oficial e considera, entre outras coisas, expectativas de vida cada vez maiores.
O resultado é que, hoje, quem se aposenta pelo BB recebe benefícios inferiores ao salário da ativa.
Ação
dez/2004
11
Saúde de terceira
geração
Arquivo: Unidas Nacional
por Patricia Roedel
A introdução das novas
tecnologias no mercado de saúde foi um dos temas mais discutidos no congresso realizado
pela Unidas – União Nacional
das Instituições de Autogestão
em Saúde –, em novembro, e
que reuniu 550 gestores e profissionais da área em São Paulo.
As novas tecnologias são o fator
que mais pressiona os custos da
assistência em saúde.
Fausto Pereira dos Santos,
diretor-presidente da Agência
Nacional de Saúde Suplementar
– ANS – avisou que a agência
não vai normatizar a questão
sozinha. “Tem de ser uma política de governo, envolvendo os
ministérios da Saúde e da Ciência e Tecnologia”, declarou.
Santos acredita que a indústria
só irá participar do debate de
forma franca se o governo estabelecer alguma regulação para
definir como as novas tecnologias serão incorporadas,
12 Ação
dez/2004
Lemgruber, lamentou que o Brasil não possua uma estrutura
governamental que avalie as novas tecnologias em saúde com a
abrangência necessária antes
de sua entrada no mercado, a
exemplo do que ocorre em países como Canadá, Inglaterra e
França. “É preciso avaliar se as
novas tecnologias trazem ganhos para os tratamentos e qual
o ônus para a economia do país
que adota essas tecnologias”,
alertou Lemgruber. O gerente
da Anvisa comentou que um
estudo feito entre 1981 e 2003
na França concluiu que apenas
11% dos equipamentos e remédios apresentados
como novidades reNovas tecnologias necessitam de
presentaram avancontrole. Na França, 11% dos
ços tecnológicos.
Ele lembrou que, em
equipamentos e remédios
90, França, Espalançados como novidades não
nha e Portugal criaram uma legislação
representam avanço tecnológico.
para frear os preços
levando-se em conta o custo e a
efetividade.
Para o presidente do Colégio Brasileiro de Radiologia,
Aldemir Humberto Soares, é preciso definir critérios para a incorporação das novas tecnologias como análise pelo conselho, registro nos órgãos competentes, avaliação do meio acadêmico e a inclusão das novas
técnicas na Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos – CBHPM – pela
Associação Médica Brasileira.
O gerente de produtos da
Agência Nacional de Vigilância
Sanitária – Anvisa –, Alexandre
FBPhoto
dos novos medicamentos.
A gerente técnico-assistencial de Produtos da ANS, Alzira
de Oliveira Jorge, concorda com
a necessidade de um órgão específico para analisar as novas
tecnologias. “No Brasil, esse estudo é precário. São Paulo tem
mais tomógrafos que o Canadá”,
disse. Ela comentou ainda que
no Reino Unido, no Canadá e na
Espanha as novas tecnologias só
são aceitas com um estudo prévio.
“Em vários países existe uma
Agência Nacional de Tecnologia
em Saúde”.
Luiz Roberto Londres, diretor-presidente da Clínica São Vicente, que fica no Rio de Janeiro,
é reticente quanto as novas tecnologias. Ele ressaltou que um
histórico clínico bem feito fornece
o diagnóstico correto em 90%
dos casos e defende a humanização da medicina para se chegar à
causa das doenças. “Medicina é
diálogo, o médico não pode se robotizar”, diz, categórico. “Não
atendo filas, atendo pessoas.”
A robotização dos tratamentos é a preocupação do então secretário municipal de Saúde de
São Paulo, Gonzalo Vecina Netto.
Segundo ele, a mecanização do
trabalho é uma estratégia para
reduzir os investimentos do País
em saúde. “O investimento com
saúde no Brasil é baixo se comparado ao de outros países.
Nosso modelo de atenção é centrado na oferta de serviços, extremamente medicalizado. Temos
de desmedicalizá-lo e de atacar
a pré-doença”, defendeu.
A Unidas reúne 150 entidades de assistência médica que atendem mais de 5,8 milhões de
brasileiros.
VEJA MAIS
DESOSPITALIZAÇÃO
DESOSPITALIZAÇÃO
No congresso, os profissionais discutiram também sobre a desospitalização do paciente. A diretora do Centro de Estudos de
Gestão em Saúde da Escola de Administração de Empresas da
Fundação Getúlio Vargas – FGV –, em São Paulo, Ana Maria
Malik, defendeu o processo de desospitalização que passa por
assistência domiciliar, prevenção de doenças e pelos programas
de saúde da família. Malik aposta em um sistema integrado, no
qual os gestores de saúde precisariam entender também de
finanças. “Os técnicos teriam de entender de gestão, os serviços
teriam menor abrangência, concentrando-se por áreas de
especialidade, e os clientes poderiam avaliar os serviços
comparando-os por meio de indicadores selecionados como
tempo de atendimento, risco para o paciente e resultados.
CONTRATOS
CONTRATOS
Durante exposição no congresso, o presidente da Confederação Nacional de Saúde, José Carlos Abraão, defendeu a padronização dos contratos dos planos de saúde. “Temos de conversar
desarmados sobre a contratualização. Não dá para trabalhar
com 40 operadoras com 40 formulários diferentes”, alertou.
PROCEDIMENTOS MÉDICOS
No debate sobre a Classificação Brasileira Hierarquizada de
Procedimentos Médicos – CBHPM –, o diretor técnico da Unidas,
Aníbal de Oliveira Valença, criticou a ausência dos
representantes das quatro modalidades de saúde suplementar na
elaboração da CBHPM. A classificação, que foi lançada em julho
do ano passado, é o resultado de um trabalho desenvolvido ao
longo de três anos pela Associação Médica Brasileira – AMB –,
pelo Conselho Federal de Medicina e por entidades
representativas das especialidades médicas, com assessoria da
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de
São Paulo – Fipe. Mas a retaliação aos profissionais que se
recusam a atender os pacientes até que seja adotada a nova
classificação ainda não pode ser adotada. O presidente da AMB,
Eleuses Vieira de Paiva, afirmou que a associação não pode impor
esse atendimento e que a negociação ainda é o melhor caminho.
Ação
dez/2004
13
Viagem boa e barata
por Evane Bertoldi
Fotos: divulgação
As férias estão chegando e, com elas, a
é mais barato. A adesão para o funcionário do BB
vontade de viajar e relaxar com a família desai por R$ 132,00, divididos em até quatro vezes, e a
pois de um ano inteiro de trabalho. Os funciomensalidade é de R$ 64,50. “Assim que a taxa de
nários do Banco do Brasil têm à disposição diadesão é paga, o funcionário já pode fazer a reserversas opções de turismo, com preços acessíva”, avisa o superintendente de marketing da
veis, oferecidas por empresas conveniadas que
Bancorbrás, Jorge Alexandre Machado, que recodispõem de pacotes turísticos especiais e uma
menda fazer reservas com seis meses de antecedênvasta rede de hotéis no Brasil e no exterior, ou
cia.
pelas próprias AABBs, espalhadas por todo o
Outra opção é trocar as diárias a que o assoPaís.
ciado tem direito por pacotes turísticos. O valor corO Clube de Turismo da Bancorbrás é uma desrespondente à hospedagem em hotéis é abatido no
sas alternativas. A empresa possui uma rede com
preço do pacote, que inclui as passagens aéreas.
1.500 hotéis conveniados no Brasil e em todos os
continentes. Para fazer parte do clube, o funcionário
CONFORTO NA SERRA
paga uma taxa de adesão e mensalidades que lhe
Sentir-se bem longe de casa não significa necesdão direito a sete diárias por ano, em qualquer um
sariamente hospedar-se nos hotéis tradicionais. Os
dos hotéis conveniados no Brasil. E, diferentemente,
funcionários do BB tem alternativas como as AABBs
do que ocorre na alta
Hotel do Satélite Esporte Clube em Campos do Jordão: o melhor e mais procurado
temporada, quando passagens
da charmosa cidade paulista
e hotéis triplicam de preço, os
funcionários do Banco têm
desconto de 70% se aderirem à
Bancorbrás até o fim de
fevereiro.
Normalmente, para ter
direito às diárias em quartos
triplos, com café da manhã, a
adesão custa R$ 600,00.
Graças ao convênio com o BB,
o preço foi reduzido para R$
180,00, e pode ser dividido em
até quatro vezes. O valor da
mensalidade é de R$ 71,30. Já o
plano para apartamento duplo
14 Ação
dez/2004
ou os clubes das associações
de funcionários. A sede
campestre da Associação dos
Antigos Funcionários do
Banco do Brasil – AAFBB – em
Xerém, é uma agradável
pousada situada no pé da
serra de Petrópolis, a 40 km
do Rio de Janeiro, em uma
região privilegiada pela mata
atlântica, rodeada de montanhas, rios, lagos e pequenas
cachoeiras.
Ideal para hospedar famílias, os 42 chalés têm
frigobar, ar condicionado, tv a
cabo, uma cama de casal e
três de solteiro. A sede possui
duas piscinas, quadra
poliesportiva, campo de futebol society, quadra de bocha
e salão de jogos para crianças e adultos. “Nossos hóspedes adoram a natureza
exuberante do local. A idéia é que as pessoas aproveitem a nossa estrutura, curtam a natureza e façam
amigos”, diz Sidney Brandão, gerente administrativo
da Sede Campestre de Xerém.
Os preços são bem atraentes. A diária por
adulto sai por R$ 25,20, com café da manhã. Dois
adultos pagam R$ 39,90. Para crianças de sete a dez
anos a diária sai por R$ 8,61, e crianças de até seis
anos não pagam.
SOSSEGO NAS AABBS
Em São Luís (MA), a AABB fica a 200 metros da
bela praia de São Marcos e oferece, além de toda a
estrutura de lazer, com parque aquático, piscinas,
sauna e restaurante, 20 chalés equipados com ar
condicionado, tv, geladeira, fogão e utensílios de cozinha. As diárias para até quatro pessoas saem por
R$ 50,00. O clube também oferece pacotes especiais
de fins de semana.
No interior paulista, a AABB Jurumirim, que fica
no município de Itaí, próximo às cidades de Avaré e
Holambra, tem como principal atração 150 metros
de praia na represa Jurumirim. A represa é quatro
vezes maior que a Baía da Guanabara, no Rio de Janeiro, e portanto, ideal para a prática de esportes
AABB Aracaju: 16 chalés equipados em área verde de frente
para o mar
Ação
dez/2004
15
aquáticos. Mas é o pomar,
plantado em meio aos 54
mil m2 de área de lazer,
que mais atrai as pessoas
afirma o coordenador do
clube, Carlos dos Santos
Silva. “As pessoas vêm
aqui e pegam frutos
diretamente das árvores”,
conta.
A AABB Jurumirim
oferece pacotes de fim de
semana ou para temporadas maiores. São 16
apartamentos com
acomodação para até seis
pessoas, equipados com
frigobar, ventilador de teto
e tv a cabo. A diária para
funcionários do Banco do
Brasil sai por R$ 25,00 por
pessoa, com café da manhã. Crianças até três anos não pagam nada e de
até dez anos têm desconto de 50%. O clube tem
ainda quadras esportivas, piscinas para crianças e
adultos, campo de futebol society e área de camping.
Em Aracaju (SE), a AABB fica a apenas 8 km da
praia do Robalo e ocupa uma faixa de 40 mil m2 em
frente ao mar. O clube possui 16 chalés – 14 para
até quatro pessoas e dois com capacidade para cinco hóspedes. Eles são equipados com tv a cabo, ar
condicionado, telefone, roupas de cama e banho.
Os preços variam entre R$ 50,00 e R$ 60,00 por
HISTÓRIAS DE VIAGEM
Todo ano, o funcionário aposentado do Banco
do Brasil, Edison Trombine Leite, de Campo
Grande (MS), viaja com a família, que inclui os
filhos e netos. Sócio do Satélite Esporte Clube há
mais de 20 anos, Edison foi várias vezes à unidade de Itanhaém e uma vez para o Campos do
Jordão Satélite Hotel. “As opções que o Banco do
Brasil nos oferece são espetaculares. Nas viagens
que faço, revejo os amigos do Banco, além de o
preço ser bastante acessível”, diz Edison.
16 Ação
dez/2004
Piscinas, toboágua e brinquedoteca no Satélite Esporte Clube de
Itanhaém: hotel tem até serviço de praia para os hóspedes
Ademar Nascimento Costa, de Piracicaba (SP), é
aposentado do BB e sócio do Satélite Esporte
Clube há 32 anos. “Nós, funcionários do BB, somos privilegiados por termos tantas opções baratas para viajar. Eu mesmo já fui com minha família várias vezes a Itanhaém e a Campos do
Jordão. Ano que vem pretendo ir a Porto Seguro
conhecer o novo hotel do Satélite”, diz o aposentado, que é casado, pai de três filhos e tem quatro netos. “Antigamente, ia a família toda. Mas
agora que meus filhos estão casados, vamos eu,
a minha esposa e os netos”, conta Ademar.
chalé. A AABB tem área de lazer com quadras esportivas, churrasqueiras, piscinas, bares e restaurantes.
EM CLIMA DE FÉRIAS
futebol society, sauna, salão de jogos,
brinquedoteca, restaurantes e lanchonetes. Os hóspedes ainda podem praticar arvorismo – o hotel tem
Passar o verão em Porto Seguro (BA)
agora ficou mais acessível. O Satélite
Esporte Clube adquiriu vinte apartamentos
no condomínimo Golden Dolphi Resort,
situado a 300 metros da praia de
Itaperapuã, onde ficam as barracas mais
badaladas do verão baiano. Os apartamentos acomodam até três pessoas, podendo ser colocada uma cama extra, e as
diárias custam R$ 20 por apartamento
(mais R$ 15 para a cama extra). O condomínio possui parque aquático, salas de jogos, campo de futebol, restaurantes, sauna e lanchonete à beira da piscina.
E não existem fronteiras para quem
quer viajar. As unidades do Satélite Esporte
Clube em Itanhaém (SP) e Campos do Jordão (SP), entre outras, são alternativas baAABB Jurumirim: quadras esportivas, piscinas para crianças e adultos, campo de
ratas que tornam as férias ainda mais tran- futebol society e área de camping
qüilas e divertidas. Em Itanhaém, sul do litouma área verde com araucárias centenárias –, e
ral paulista, o clube fica numa área de 30 mil m2 de
participar de um delicioso festival de fondue.
frente para o mar e tem 108 apartamentos com capaEm breve, o pantanal matogrossense também vai
cidade para até seis pessoas. Além da estrutura, com
ganhar uma unidade do Satélite Clube. A Pousada
piscinas, toboágua, quadras esportivas, restauranSatélite vai ser inaugurada na cidade de Albuquerque
tes, bares e lanchonetes, a unidade também oferece
(MS). Serão 16 apartamentos bem equipados, com
serviço de praia para os hóspedes. O valor da diária
capacidade para acomodar até seis pessoas. “Nosé de R$ 22,00 por pessoa, com café da manhã.
so público vão ser famílias, ecoturistas e amantes da
No inverno, o hit é Campos do Jordão. A cidapesca”, adianta o presidente do Satélite Esporte Clude fica cheia de turistas que vão para lá em busca
be, Carlos Alberto Guimarães de Souza.
de frio, chocolate quente, vinho e um clima romântiAgora, só falta viajar!
co. O hotel do Satélite Esporte Clube é um dos
melhores e mais procurados da
cidade. Durante a alta temporaACESSE AGORA
da, as diárias em outros hotéis
da mesma categoria chegam a
Conheça pela Internet as instalações das AABBs e do Satélite Clube.
custar R$ 600,00, o casal. No
Os sites trazem fotos e informações.
Campos do Jordão Hotel SatéliSede Campestre de Xerém: (21) 2679.1921 - www.aafbb.org.br
te, o valor da diária sai a R$
AABB de São Luís (MA): (98) 235.6924 - www.aabbsaoluis.com.br
27,00 por casal, com café da
AABB de Aracaju (SE): (79) 227.1404 - www.aabbaju.org.br
manhã. Mesmo sendo barato, o
AABB Jurumirim em Itaí (SP): (14) 3768.6229 - www.aabbavare.com
hotel não deixa a desejar. A esSatélite Esporte Clube: (11) 3388.3600 - www.satelite.com.br
trutura conta com quadras de
tênis, quadras poliesportivas,
Para consultar os planos que a Bancorbrás oferece, acesse o site
www.bancorbras.com.br ou ligue para 0800 61.2255.
quadra de bocha, campo de
Ação
dez/2004
17
QUATRO PRÉDIOS EM
CONSTRUÇÃO
que a meta é adquirir terrenos em todos os Estados e que a diferença entre os preços cobrados
pela Cooperativa e os praticados
pelo mercado pode chegar a
30%.
Quatro prédios já estão em
fase de construção: três em
Brasília (DF) e um em Salvador
(BA). O primeiro fica pronto em
maio do próximo ano. Hoje, 195
associados já adquiriram imóveis,
com pagamento parcelado ou
pelo sistema de autofinanciamento. “Esse é o diferencial, pois
não há intermediação de outros
bancos e o pagamento pode ser
feito em até 70 meses”, conta
Antilhon. O presidente também esPara a diretora DENISE VIANNA, falta
tima que o tempo da construção
de credibilidade de outras cooperativas
não afeta a Coop-ANABB
será curto, de 24 a 36 meses.
Criada em abril de 2003
para facilitar a aquisição da
casa própria, a Coop-ANABB
já tem 2.994 associados em
todo o País. Desses, 2.561 são
funcionários do Banco do
Brasil e 443 são pessoas ligadas a funcionários do Banco.
Podem fazer parte da
Cooperativa, pessoas físicas
ou jurídicas, e, em especial, os
associados da ANABB.
A Cooperativa Habitacional
vem facilitando a vida de quem
quer comprar um imóvel residencial. O presidente da CoopANABB, Antilhon Saraiva, explica
18 Ação
dez/2004
Clausem Bonifácio
por Tatiana Drumond
INFORMAÇÕES
Clausem Bonifácio
Vianna, concorda e reforça que
O autofinanciamento tem
a Coop-ANABB está em fase de
sido a forma preferida de pagaexpansão. “Em menos de um
mento. “Muitos associados queano e meio, já são quatro emrem comprar um imóvel, mas espreendimentos, sendo que um
barram nos altos preços, juros e
deles está totalmente vendido”.
más condições de pagamento,
Para ela, a iniciativa da ANABB
por isso eles têm preferido a
em criar uma cooperativa que
Coop-ANABB”, argumenta
atenda às necessidades de moAntilhon.
radia de seus associados foi esA próxima cidade a ganhar
sencial. Outro aspecto destacaum novo prédio da Cooperativa
do pela diretora é a forma de
será Belo Horizonte (MG). “Conpagamento. “O parcelamento
quistamos uma área no Sion,
facilita a compra do imóque é um dos bairros mais
vel”. Ela também cita outros
nobres da capital mineira. O
ANTILHON SARAIVA garante preços
abaixo dos cobrados no mercado e
motivos para os associados esempreendimento terá
pagamento
parcelado.
colherem a Coop-ANABB. “A
capacidade para 151 aparfalta de confiança em outras
tamentos, que vão variar de 100
instituições que vendem apartamentos na planta
a 160 metros quadrados”, explica Antilhon. A Coe não cumprem os prazos de entrega, e ainda
operativa também está estudando a compra de
cobram preços acima do valor de mercado, faz
terrenos e a construção de empreendimentos em
com que a nossa Cooperativa cresça”, avalia
cidades como Rio de Janeiro, Ribeirão Preto (SP),
Denise.
São Paulo (SP), Joinville (SC), Porto Alegre (RS) e
O assessor jurídico do Banco do Brasil, Aleno ABC paulista. Antilhon garante que os associxandre Pocai Pereira, adquiriu um imóvel em
ados estão satisfeitos com os resultados e que a
Águas Claras (DF), por meio da Cooperativa.
principal parceira para o andamento da Coope“Sempre fui muito bem atendido e estou satisfeirativa é a ANABB.
to com o serviço de qualidade e a seriedade do
O presidente da ANABB, Valmir Camilo, diz
trabalho”. O apartamento ainda não ficou
que a Coop-ANABB está crescendo rapidamente
pronto, mas a previsão é que seja entregue ane aposta na evolução da Cooperativa. “No prazo
tes mesmo do prazo combinado, em maio de
de cinco anos, ela deve se tornar a maior coope2005. “Tenho certeza que o apartamento terá
rativa de crédito imobiliário do País. Em breve,
qualidade. Pelo que já observei, a obra está
também poderá oferecer financiamentos não só
sendo feita com muita eficiência e rapidez”,
para apartamentos como também para casas”.
elogia.
A diretora financeira da cooperativa, Denise
A Coop-ANABB recebe, diariamente, e-mails e telefonemas de funcionários
do BB buscando informações a respeito de como se associar à Cooperativa. O
ingresso é feito pelo sistema de cotas. Inicialmente, está prevista a aquisição de
200 cotas no valor de R$ 1,00 cada. Esse valor pode ser dividido em até 10 meses.
A ficha de inscrição está disponível no site da ANABB, www.anabb.org.br, e
deve ser preenchida e encaminhada pelo fax (61) 442-9606/ 442-9633, para o
e-mail [email protected] ou, por carta, para o endereço: SCRS 507,
bloco A, loja 15, em Brasília.
Ação
dez/2004
19
Oásis no sertão
por Fernando Ladeira
Fotos: Diógenes
Oito famílias do interior do
Rio Grande do Norte foram beneficiadas, em dezembro, com a
Campanha Brasil Sem Fome,
da ANABB. Parte dos recursos
arrecadados na campanha feita
pela entidade para ações de
cidadania foi destinado à construção de cisternas – reservatórios de água – em residências da
comunidade de Tubibal, no município de Jandaíra, no semi-árido
nordestino.
A iniciativa contou com R$
10 mil doados pelo programa da
ANABB, além da ajuda da
Arquidiocese de Natal, capital do
Rio Grande do Norte. As oito
famílias beneficiadas foram escolhidas pelo padre da cidade, que
conhece a realidade local.
Todas as famílias participaram da construção dos reservatórios e fizeram um curso para
saber como usar e manter a cisterna, além de receberem noções
de cidadania. “Água é vida. Com
as doações das cisternas, os funcionários do Banco do Brasil vieram trazer melhores condições
de vida para nós”, afirmou um
dos contemplados, José Maria
Batista de Lima.
20 Ação
dez/2004
A entrega das cisternas ocorreu no dia 8 de dezembro pelo
diretor Douglas Scortegagna,
da ANABB e pela engenheira
agrônoma Marilene Moura da
Silva, do Seapac/RN.
A decisão para investir na
construção das cisternas foi tomada em conjunto pelo presidente da Associação dos Funcionários Aposentados do Banco do
Brasil no Rio Grande do Norte,
Carlos Rosalvo Serrano, e pelo
diretor estadual da ANABB,
Hermínio Sobrinho.
Carlos Serrano, defendeu
que as cisternas fossem construídas em vários núcleos de
uma mesma comunidade para
que a ação de combate à seca
traga resultados.
Segundo o coordenador do
Brasil Sem Fome, Douglas
Scortegagna, para aprovar a
proposta, foi considerado o significado da água para famílias
que vivem em uma região onde a
seca dura de agosto a fevereiro.
E isso tem resultado prático, pois
os envolvidos são educados para
o uso e manutenção dos reservatórios, sentindo-se mais responsáveis do que quando utilizam cisternas coletivas públicas”, afirma
Scortegagna.
O engenheiro agrônomo
Garibalde Gentil de Andrade, do
Serviço de Apoio aos Projetos Al-
O engenheiro do Seapac Garibalde Andrade, os diretores da ANABB Douglas Scortegagna
e Graça Machado, o diretor estadual Hermínio Sobrinho e o presidente da AFABB-RN
Carlos Rosalvo Serrano, no lançamento do programa, no mês de julho, em Natal.
ternativos Comunitários - Seapac, da
Arquidiocese de Natal, responsável
pelo acompanhamento das obras,
conta que o segredo do programa está na construção de cisternas familiares ao lado das residências. Elas acabam com a necessidade dos carros-pipa serem usados pelas prefeituras
para abastecer os bairros mais pobres.
José Maria Batista de Lima com a família: água garantida
JANDAÍRA,
CIDADE DO MEL
O distrito de Tubibal fica a 15 km
de Jandaíra, que tem 6.124 habitantes,
segundo dados do IBGE de 2001. A
cidade a 115 km de Natal não tem rede
de esgotos. A economia do município é
baseada na agricultura, na pecuária e,
principalmente, na apicultura. Jandaíra
foi classificada, em 2000, como o quinto município do Rio Grande do Norte
com o pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) referente a
educação, renda e condições de
vida.
Estima-se que as famílias do
semi-árido gastam 30 horas por
mês para buscar água para consumo, e perdem cinco semanas por
ano de trabalho em conseqüência
de diarréias contraídas por
ingestão de água contaminada.
O coordenador da campanha, a família
de Maria do Socorro Nascimento, a
engenheira do Seapac, Marilene
Moura da Silva e Luizinho da igreja
As famílias participaram da construção
dos reservatórios e aprenderam como
usar e manter a cisterna.
VELHA CONHECIDA DO NORDESTE: SÉCULO XVII
o Pa
ulo
As cisternas construídas em boa parte do sertão nordestino têm capacidade
para 16 mil litros de água. O volume é suficiente para abastecer uma família com sete pessoas no período da seca, que ocorre entre agosto e
fevereiro. Esse tipo de armazenamento de água não é novidade. É
uma técnica milenar que começou na região Nordeste no século XVII.
Pedr
COMO É FEITA
Um pedreiro e dois ajudantes podem construir uma cisterna em cinco dias. O reservatório é
construído ao pé da casa e próximo à cozinha, com quatro metros de boca, dois metros de profundidade e outro metro acima da terra. A área abaixo da superfície tem a função de reduzir a temperatura e
evitar a evaporação. Os terrenos mais adequados são os arenosos, sem pedras grandes, e não se deve
fazer a obra perto de árvores com raízes fortes. Por questão de saúde, deve-se manter uma distância de 10
a 15 m de currais, fossas ou latrinas, para evitar a contaminação. A captação da água é feita pela lateral
do telhado, onde é fixada uma calha conectada a um cano de PVC, ligado ao tanque. Ao chover, a água
cai na calha e escorre para o reservatório.
(Fonte: Min. Desenv. Social e Combate à Fome)
Ação
dez/2004
21
22 Ação
dez/2004
Salário justo, menos
impostos
FBPhoto
Com dois processos na Justiça
Federal, a ANABB tenta
diminuir a carga de tributos
imposta aos associados.
Fiel aos princípios, a ANABB entrou com duas
ações na Justiça para defender os direitos e o bolso dos associados. Na primeira, impetrada em outubro, a Associação pede a isenção do Imposto de
Renda sobre o abono da Campanha Salarial 2004/
5. Na segunda, de novembro, reivindica a isenção
do desconto do INSS sobre o 13º salário. Nos dois
casos, a ANABB já conseguiu liminares na Justiça
Federal – falta agora o julgamento do mérito das
ações. Os valores envolvidos – mais de R$ 30 milhões – foram depositados em juízo.
“Uma das funções da Associação é estar
sempre atenta aos assuntos que dizem respeito ao
funcionalismo do BB. Quando os direitos dos associados são ameaçados, tomamos as providências necessárias”, afirma o diretor de Relações
Funcionais, Aposentadoria e Previdência, Douglas
Scortegagna.
No caso da isenção do Imposto de Renda sobre o abono da Campanha Salarial, a ANABB impetrou um mandado de segurança coletivo na Justiça
Federal no dia 29 de outubro. Um despacho favorável permitiu o depósito em juízo do desconto até que
o mérito da matéria seja julgado, como ocorreu nas
ações anteriores. Para a ANABB, o abono não possui caráter salarial, o que não justifica o recolhimento do imposto. O próprio Tribunal Superior do
Trabalho adota essa definição. Para o TST, o
abono tem “natureza indenizatória” e não salarial,
devendo ficar isento do pagamento de IR.
O desconto do Imposto de Renda sobre o abono pago aos funcionários do BB iria recolher aos cofres públicos quase R$ 17 milhões somente em 2004.
As ações judiciais promovidas pela ANABB para evitar a mordida do “leão” nos abonos anteriores já somam R$ 150 milhões depositados em juízo.
A vantagem em manter os valores referentes
ao desconto em uma conta na Justiça é que, com
a sentença favorável, a devolução é bem mais
rápida.
13O LIVRE DO INSS
Duas semanas depois da primeira ação, a
ANABB recorreu novamente à Justiça. Desta vez,
com um mandado de segurança coletivo, com pedido de liminar, para evitar que os associados contribuíssem com parte do salário de dezembro e do
décimo-terceiro salário para o INSS, em separado.
O desconto para a Previdência Social só pode ser
efetuado após a soma dos vencimentos de dezembro e do décimo-terceiro, desde que a contribuição
não ultrapasse o teto de R$ 2.508,72. A liminar foi
concedida no dia 22 de novembro, dez dias depois
da entrada do pedido na Justiça, e irá atender a
todos os associados da ANABB.
Para requerer as contribuições feitas irregularmente à Previdência Social entre 1995 e 2003 (o direito ao resgate prescreve no prazo de 10 anos), os
associados devem entrar com ações individuais nos
juizados especiais federais de seus Estados. No site
da ANABB, é possível calcular o valor a que cada
associado tem direito. Para cada ano, os descontos
sobre o salário de dezembro e sobre o décimo-terceiro salário devem ser somados. Do total, o associado deve, então, subtrair o limite de contribuição
ao INSS (atualizado pela Ufir/Selic, se anterior a janeiro de 1996; pela Selic, para contribuições a
partir de janeiro de 96).
As duas ações coletivas atendem exclusivamente os funcionários do Banco do Brasil que já eram
associados da ANABB na época em que foram impetradas junto à Justiça. Quem ainda não se filiou e
quer se beneficiar das próximas ações coletivas a serem conduzidas pela Associação pode se associar
pelo site www.anabb.org.br ou pelos telefones
(61) 442.9696 e 442.9600.
Ação
Ação
dez/2004
dez/2004
23
CIN SOB NOVA DIREÇÃO
O CIN – Clube de Investimentos dos Funcionários do BB
– elegeu, em 15 de outubro, o Conselho de Representantes, agora com cinco titulares. Maria Izabel Nunes
Scherer, José Branisso, Élcio da Motta Silveira Bueno e
Naide Ribeiro Júnior assumem como conselheiros. O diretor da ANABB Douglas Scortegagna foi eleito presidente do Conselho de Representantes. Scortegagna afirma que vai negociar com o Banco do Brasil o fim da
exigência que só permite ao CIN indicar um representante para o Conselho de Administração do Banco se
obtiver investimentos equivalentes a 3% do capital social
do BB. Com a crescente valorização das ações do BB, o
Clube já tem cerca de R$ 33 milhões em patrimônio. No
entanto, as ações do BB também valorizaram, e 3% representam, aproximadamente, R$ 690 milhões. Confira,
abaixo, a rentabilidade das cotas do CIN.
CICLO DE DEBATES
Terminou em Niterói (RJ) um ano de intensas conversas entre
a diretoria executiva e os associados da ANABB. A última
edição do Ciclo de Debates ocorreu na cidade no dia 25 de
novembro, um dia depois da passagem por Nova Friburgo.
Assuntos como Previ, Cassi, Coop-Anabb e, principalmente,
campanha salarial, foram debatidos com 64 associados
de Nova Friburgo. Já em Niterói, o ciclo reuniu 110 associados na sede da Associação, onde a ANABB fez uma exposição das ações judiciais que estão em andamento.
Levar a ANABB ao interior do Brasil é prioridade nesta gestão. Este ano, a Associação entrou em contato com mais de
mil associados. Em 2005, reduzir as distâncias entre a
Associação e os associados das várias partes do Brasil
continua sendo compromisso da ANABB. O Ciclo de
Debates recomeça em fevereiro.
ELEITOS DO BB
Em janeiro, 56 funcionários do BB irão
assumir cargos em prefeituras e câmaras
municipais. São os novos vereadores,
21 ANOS DE DIAP
O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar –
Diap –, completou, em 19 de dezembro, 21 anos de
atuação junto aos três poderes, especialmente o Congresso
Nacional. Além de acompanhar o trabalho dos parlamentares, a entidade edita o Jornal do Diap, criado em outubro
de 1984 e que leva informação a 900 entidades de representação dos trabalhadores. A ANABB felicita o DIAP pelas
duas décadas de parceria com os bancários.
24 Ação
dez/2004
prefeitos e vice-prefeitos, eleitos em
outubro. A ANABB colaborou com a
campanha dos colegas fornecendo o
Manual do Candidato com orientações
gerais e divulgando o currículo de 173
candidatos no site e em uma edição
especial do Jornal Ação.
FBPhoto
Faça
Faça sem
sem sair
sair de
de casa
casa
por Patricia Roedel
“Do tempo da vovó” é uma expressão cunhada
para designar o obsoleto. Porém, a expressão já
não condiz com os tempos atuais: nossas rotinas
vêm se alterando de forma tão vertiginosa que uma
só geração passa por tecnologias inimaginadas
pela anterior e consideradas ultrapassadas pela
seguinte. Como você vivia há 20 anos, sem telefone
celular, sem CDs, sem microondas, sem computador?
As novas tecnologias deveriam tornar a vida
mais fácil, mas nem sempre sabemos utilizar todas
as suas potencialidades. A Internet é um bom exemplo. Para muita gente, é apenas um meio mais ágil
de trocar correspondências ou uma enciclopédia
fácil de manusear, mas ela nos oferece muito mais
que essas banalidades. Da mesma forma com que
o portal do Banco do Brasil praticamente eliminou a
necessidade de irmos a uma agência bancária e
enfrentarmos filas, diversos sites oferecem serviços
que podem ser feitos de forma ágil e eficiente, sem
precisar tirar o telefone do gancho ou sair de casa.
O cientista da computação Fernando Fabreti,
chefe da Seção de Segurança de Redes do Centro
de Informática da Câmara dos Deputados, afirma
que, após alguns anos de desenvolvimento do comércio eletrônico, hoje a tecnologia provê nível
aceitável de segurança.
Para ele, no caso específico de compras online, o consumidor deve ficar atento a questões re-
lativas ao comércio em si, como: É uma empresa
consolidada? De que forma você poderá contatá-la
em caso de problemas? Há reclamações no Procon
contra a empresa? Qual a política de devolução ou
troca? “Pela Internet, estamos privados do contato
direto com o produto, do tato, visão, audição, paladar e olfato. Se no mundo real essas perguntas parecem excessivas, no virtual elas fazem sentido”,
pondera.
E nos casos em que não estamos querendo
comprar um produto, mas um serviço, e precisamos
preencher extensos formulários? Fabreti é categórico: “Não há almoço grátis. De uma forma ou de
outra, essas informações serão usadas em operações de telemarketing e assemelhados. Pior que
isso, podem ser vendidas ou trocadas entre empresas, e você acabará com uma caixa postal
entupida”. A solução é só preencher o que for obrigatório. Deixe as informações opcionais em branco.
Então, munidos dos cuidados inerentes à modernidade (leia no fim da matéria), é hora de aproveitar o
século XXI. A seguir, relacionamos alguns sites que
vão ajudá-lo em diversas tarefas do dia-a-dia. Mantenha as informações perto do computador e comece
a gastar seu precioso tempo com atividades mais interessantes que ir ao correio postar uma carta, bater
perna para fazer pesquisa de preços, ir ao supermercado... Pela Internet, até fazer o bem é mais rápido!
Como? Confira nas páginas seguintes.
Ação
dez/2004
25
CATÁLOGOS DE SERVIÇOS
PÁGINAS AMARELAS (www.paginasamarelas.com)
Um guia de produtos e serviços listados por categoria, oferecido nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais,
Curitiba, Goiás e Distrito Federal.
LISTAS OESP (www.listasoesp.com.br) Guia que indica
endereço de empresas e prestadores de serviços em todos os
Estados e oferece informações úteis relacionadas a telefonia e
classificados.
SUPERMERCADO
PÃO DE AÇÚCAR (www.paodeacucar.com.br) Todos
os produtos que estão na loja convencional aparecem em
fotos, acompanhados de preço. Sua lista fica guardada para
compras futuras. Entregas em São Paulo, Osasco, Barueri,
Santana do Parnaíba, Cotia, Jandira, litoral e interior paulista, Rio
de Janeiro, Angra dos Reis, Brasília e Curitiba.
TRÂNSITO E VIAGEM
MAPLINK (www.maplink.uol.com.br) Serviço pago (R$
2,49 mensais) ou gratuito para assinantes UOL que localiza
endereços nos mapas e traça rotas ponto a ponto em diversas
cidades. Permite encontrar o caminho mais rápido até um
endereço dentro de uma mesma cidade ou entre cidades distintas.
Calcula o tempo de viagem e gastos com pedágio e com
gasolina.
MAPAS BOL (www.mapas.bol.com.br) Localiza ruas, pontos
de referência e mostra o melhor caminho para ir de um ponto a
outro, com o trajeto explicado rua por rua, em 42 cidades do País.
MULTAS (www.auxilio-a-lista.com.br/multas.htm)
Consulte se seu carro tem multas pendentes no Detran
CADASTRO NACIONAL DE VEÍCULOS ROUBADOS
(www.cnvr.com.br) Oferece serviços que ajudam na localização e recuperação do carro roubado. Faz cadastro gratuito
e possui base de dados para consulta, mediante cadastro.
TRADUTORES
BABYLON (www.uol.com.br/babylon) Traduz mais de 3
milhões de palavras do inglês para outros idiomas, incluindo o
português.
BABEL FISH (www.babelfish.altavista.com) Traduz blocos de textos inteiros em 13 idiomas. Também traduz sites.
ULTRALÍNGUA (www.ultralingua.net) Além de traduzir
palavras, oferece conjugação de verbos em várias línguas e gramáticas.
EMPREGOS
Catho (www.catho.com.br) O
mais completo site de empregos. Oferece milhares de vagas e
também permite a divulgação de currículo, que é consultado
por empresas. Oferece cursos on-line, acesso a pesquisas de
mercado por região, pesquisas salariais, análise de currículo
por especialistas. O serviço é parcialmente gratuito. Para usar
todos os serviços, os assinantes pagam R$ 420 ao ano.
PRECISA-SE (www.precisa-se.com.br) Divulga vagas de
emprego e currículos. É utilizado por grandes empresas, brasileiras e multinacionais, para encontrar talentos. O serviço é
parcialmente gratuito. Associados pagam R$ 29,90 ao ano.
CLICK JOBS (www.clickjobs.com.br) Oferece empregos por
cidade. Envia ofertas de trabalho por e-mail. Totalmente gratuito.
CIDADANIA
Com apenas um clique, nos sites abaixo você faz doações às
custas dos patrocinadores do site.
SITE DA FOME (www.sitedafome.com.br) Clicando em
“Doação”, você doa um quilo de alimento para pessoas carentes.
CLICK ÁRVORE (www.clickarvore.com.br) Cada clique
equivale ao plantio de uma espécie nativa da Mata Atlântica.
CLICK LIVRO (www.neuronioconsultoria.com.br/
univoluntario) Clique em um livro exposto no site que ele
será doado para uma criança carente.
FILANTROPIA (www.filantropia.org) Informações sobre
como ajudar o terceiro setor. Reúne as maiores entidades filantrópicas do Brasil.
DESAPARECIDOS
Sites voltados para ajudar a encontrar pessoas desaparecidas.
É possível divulgar fotos e informações. Permitem busca de
crianças desaparecidas em todo o Brasil e trazem informações
sobre crianças localizadas.
DESAPARECEU (www.desapareceu.com)
MISSING KIDS (www.missingkids.com.br)
DESAPARECIDOSBR (www.desaparecidosbr.com)
PESQUISA DE PREÇOS
Os sites abaixo comparam preços de produtos em diversas lojas
convencionais ou virtuais. Basta digitar o produto desejado.
BUSCAPÉ (www.buscape.com.br)
JACOTEI (www.jacotei.com.br)
BONDFARO (www.bondfaro.com)
CLASSIFICADOS
CLASSINET (www.classinet.com.br) Site com classificados de diversos gêneros. Automóveis, informática, imóveis, tratores e outros.
CLICKFOTOS.NET (www.clickfotos.net) Todos os
anúncios possuem fotos do produto.
ANÚNCIOS GRÁTIS (www.anunciosgratis.com.br) Classificados com diversas categorias. Permite a inclusão de fotos.
SEBOONLINE (www.seboonline.com.br) Classificados
de produtos usados: livros, CDs, DVDs, discos, jornais, revistas,
gibis, moedas.
DEFESA DO CONSUMIDOR
TEM JEITO (www.temjeito.com.br) Sugestões e soluções
práticas para diversos problemas, divididas por categoria.
Vão desde pragas, dicas para a casa até etiqueta.
IRENES (www.irenes.com.br) Dicas e truques para as
donas de casa, divididos em categorias.
CORREIOS (www.correios.com.br) Além da busca pelo
CEP, é possível encontrar um endereço completo apenas com a
indicação do CEP. O mais interessante, porém, são os serviços
on-line: você pode escrever e enviar cartas, telegramas e cartões pela Internet. Os filatelistas podem comprar selos.
EM DEFESA DO CONSUMIDOR
(www.emdefesadoconsumidor.com.br)
Traz o ranking das empresas mais criticadas
pelos consumidores e uma lista de perguntas
mais freqüentes sobre telefonia, cartão de crédito, escolas
e multas de trânsito, entre outras. O site tem uma lista das
últimas decisões do Supremo Tribunal Federal em relação
aos direitos do consumidor, além de um guia prático.
RECLAMAR ADIANTA (www.reclamaradianta.com.br)
Você entra em contato com os Procons e outras entidades de
defesa do consumidor. Traz informações sobre direitos civis,
notícias das últimas decisões judiciais e respostas a dúvidas.
POUPE TEMPO (www.poupetempo.com.br) Reúne orientações diversas para facilitar a lida com a burocracia. Explica,
por exemplo, como proceder para tirar documentos, regulamentar veículos e acionar a Justiça. Também oferece diversos
serviços. Calcula o tempo que falta para a aposentadoria e faz
consulta a multas de trânsito.
SAÚDE
PREVISÃO DO TEMPO
GUIA DE REMÉDIOS (www.uol.com.br/remedios/
indice.htm) Permite consultar informações sobre todos os
medicamentos à venda no País, como substância ativa, posologia, prescrição e contra-indicações.
CONSULTA REMÉDIOS (www.consultaremedios.com.br)
Permite pesquisar, em diversos Estados, o preço de remédios por
laboratório, nome comercial ou por substância ativa.
VACINAÇÃO (www.vacine.med.br) Traz o calendário
oficial de vacinação de crianças e adultos, as vacinas
disponíveis na rede pública e em clínicas particulares.
PRIMEIROS SOCORROS (www.dner.gov.br/
emergencia.htm) Traz a relação dos acidentes mais freqüentes e como proceder em cada situação, como nos casos
de fratura, parada cardiorrespiratória e sangramentos.
CLIMATEMPO (www.climatempo.com.br) Fornece informações sobre o tempo no Brasil e no mundo. O site dispõe de
webcam em algumas capitais do País, fotos de satélite e previsão de ventos. Você pode receber boletins do tempo por e-mail.
WEATHER BRASIL (www.br.weather.com) Oferece a previsão do tempo por cidades do mundo inteiro, além de
imagens de satélite, movimento das massas de ar, gráficos de
temperatura, ventos e umidade relativa do ar.
INMET - INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA
(www.inmet.gov.br) Além dos serviços oferecidos pelos sites
anteriores, o Inmet mostra gráficos de regiões com risco de
queimadas, oferece dados de agrometeorologia e mapas de
prognósticos de chuva e vento, pressão, temperatura e
umidade relativa do ar.
SOLUÇÕES PARA O DIA-A-DIA
NAVEGUE COM SEGURANÇA
- Mantenha software, navegador e antivírus atualizados;
- Não autorize a execução de programas vindos da web;
- Não abra e-mails com assuntos estranhos (“você está sendo
traído” ou “sua conta será fechada”) ou contendo anexos
chamativos (playboy.com, segredo.exe, premio.exe);
- Não obedeça instruções de e-mails pedindo que execute
ações estranhas nem clique em links para atualizar dados,
participar de concursos, ler cartões postais, ver fotos, quitar
débitos;
- Só insira informações privadas em sites protegidos por
criptografia (http:// no início do endereço web e cadeado
fechado na barra inferior do navegador);
- Não visite sites pornográficos, de hackers ou programas
piratas, tradicionais disseminadores de vírus;
- Não use programas de compartilhamento de músicas e filmes,
- Não acesse bancos clicando em links enviados por e-mail;
- Não faça compras ou acesse bancos em cyber-cafés,
quiosques ou qualquer outro computador não administrado
pois podem estar contaminados por cavalos-de-tróia e vírus;
por você.
Ação
dez/2004
27
Clausem Bonifácio
Fazenda que implantou o
Plano Real. Com as falácias
e as ilusões advindas do
dito plano, elegeu-se e reelegeu-se presidente. Acelerou as privatizações, e o resultado financeiro destas virou fumaça soprada para o
pagamento dos juros externos.
Por fim, depois de todas essas marchas e contramarchas, eis que surge
Luiz Inácio, o Lula, trazendo
no alforje uma vida pessoal
de mais de 20 anos de lutas
sindicais, trabalhistas e
políticas. E um forte discurso de esperança
avalizado por quase 53 milhões de votos. Dois anos
após sua eleição, a esperança persiste, apesar de
se estar assistindo à repetição de muitas das práticas dos governos anteriores, impotentes diante dos
poderosos grupos econômicos e financeiros nacionais e internacionais.
O atual presidente é um dos poucos brasileiros
que, efetivamente, conhece o Brasil de ponta a ponta. Não de ouvir dizer, mas de estar lá, no chão da
fábrica, no chão das roças, no chão das ruas. Isso
não se pode negar. O seu compromisso com as
mudanças necessárias também deveria ser coisa a
não se negar. Entre essas mudanças está o desenvolvimento econômico, a reboque do qual surgiria o
desenvolvimento social.
A marca diferencial do Governo Lula poderia
ser a de transformar em realidade a antiga aspiração do povo brasileiro de ter um efetivo agente de
mudanças e de desenvolvimento em todos os mais
distantes rincões deste País bonito por natureza.
Ninguém deseja que este Governo continue sendo
apenas mais um, como foram os outros. E o Banco
do Brasil, pela sua história, pelo seu potencial, pela
capilaridade de suas agências, pela inegável capacidade realizadora de seus funcionários – e por ser
um banco de Governo –, pode e deve ser acionado
para se tornar o eficaz parceiro de alavancagem da
economia brasileira.
O governo federal está perdendo a
histórica oportunidade de transformar o
Banco do Brasil num efetivo parceiro para
o desenvolvimento do País. Da mesma forma que perderam essa oportunidade os
governos Sarney, Collor, Itamar e
Fernando Henrique.
Façamos uma breve retrospectiva. De Sarney
não se podia esperar muita coisa, pois se tratou de
um simpático bigodudo que evoluiu de pobretão a
oligarca e coronelista. Pegou o bonde andando
com a dramática morte de Tancredo Neves. Tão
simpático que cometeu a façanha eleitoral de
candidatar-se e ser eleito posteriormente ao Senado
por um Estado com o qual não tinha praticamente
nenhum vínculo.
Collor foi um menino temperamental que saiu
de prefeito nomeado pela “revolução de 64”, numa
capital de pouca significância econômica do Nordeste – ainda que bela, turisticamente –, e chegou a
presidente da República no curto espaço de 10
anos com o ardiloso discurso de acabar com os
marajás. Nesse ínterim, foi deputado federal e governador de Alagoas. Porém, sua arrogância, somada às trampolinices dos cupinchas, apearam-no do
poder, com direito à cassação e tudo.
Itamar assumiu a cadeira presidencial com a
defenestração de Collor e realizou pouca coisa,
além de algumas folclóricas iniciativas, entre as
quais reanimar o falecido “Fusca” e participar de
festas momescas com moçoilas sem calcinhas. É de
se salientar que nesse assunto o homem do topete
teve bom gosto.
Depois veio o poliglota sociólogo da USP
Fernando Henrique Cardoso, também simpático e
cheio de verve, possuidor de discurso bem amarrado e convincente. Antes havia sido hábil nas relações exteriores de Itamar e também o ministro da
28 Ação
dez/2004
Élcio Bueno é diretor de Comunicação e
Desenvolvimento da ANABB

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