O BB no Governo Lula O BB no Governo Lula
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O BB no Governo Lula O BB no Governo Lula
O BB no Governo Lula ANABB negocia com o Banco do Brasil reajuste e reposição dos benefícios defasados pela Parcela Previ Viaje pelo Brasil com conforto e pouco dinheiro Ação dez/2004 1 COLEGAS-BB.COM.BR Temos um site e um grupo no Yahoo onde trocamos mensagens sobre assuntos do BB: Previ, Cassi, reajustes, aposentadorias, etc. Há espaço também para crônicas, memórias, poesias, artigos e abobrinhas. No site criamos a janela Credenciamentos, para ajudar colegas que necessitem de atendimento médico a obter opiniões sobre os profissionais e hospitais credenciados pela Cassi. O site é www.colegas-bb.com.br. Se tiver dúvidas ou desejar outras informações, mande um e-mail para [email protected] ou ligue para (11) 3141.0383. E desde já lhe apresento nossas boas-vindas. Luiz Antônio D’Elboux Couto São Paulo - SP VALOR DA MENSALIDADE Gostaria de saber o motivo pelo qual a mensalidade da ANABB foi reajustada em 27,27%, passando de R$ 11,00 para R$ 14,00. Para registro, o nosso reajuste salarial foi de apenas 8,5%, não justificando esse aumento abusivo imposto por essa Associação. Israel Aureliano S. Júnior João Pessoa - PB Em novembro, foi efetuado um débito em minha conta no valor de R$ 14,00. Não recebi nenhum aviso de que haveria uma majoração de 27,27% na mensalidade. Aguardo o estorno dessa quantia e o débito dos R$ 11,00 anteriores pois, como manda a filosofia da entidade, não se faz um abuso desses sem consultar os interessados, que somos nós e que justificamos a existência da ANABB. Ângelo Alberto B. Júnior Americana - SP NR.: O valor da mensalidade foi alterado para R$ 12,00 em setembro. O débito no valor de R$ 14,00 em novembro, refere-se à mensalidade do mês mais as diferenças de R$ 1,00 dos meses de setembro e outubro. Em dezembro, o valor cobrado foi de R$ 12,00. A ANABB continua praticando a menor mensalidade entre as entidades do funcionalismo do BB. A alteração está relacionada, exclusivamente, ao reajuste dos salários e dos benefícios dos aposentados. CIDADANIA Apresento-lhes meus cumprimentos pelo importante trabalho desenvolvido em defesa dos funcionários do Banco do Brasil e do exercício da cidadania e informo que atendi ao pedido de contribuir para a campanha Brasil Sem Fome, conforme foi publicado no jornal Ação 172. Envio-lhes votos de saúde e felicidades, extensivos a todos os membros de suas famílias, e que esse importantíssimo trabalho da ANABB seja sempre exercido com paciência e persistência. Paulo Rubens Mandarino Brasília - DF FGTS NO BOLSO Quero parabenizar a ANABB por mais uma conquista. Graças ao seu empenho, recebi em novembro o dinheiro referente à correção monetária do FGTS. Celso Fernando Sarti Blumenau - SC Agradeço a assistência dada pela ANABB no processo com a Caixa, concluído com êxito. Ronaldo Marins Tinoco Serpa Campos dos Goytacazes - RJ dez/2004 VALMIR CAMILO Presidente GRAÇA MACHADO Diretora Administrativa e Financeira ÉLCIO BUENO Diretor de Comunicação e Desenvolvimento DOUGLAS SCORTEGAGNA Diretor de Relações Funcionais, Aposentadoria e Previdência EMÍLIO S. RIBAS RODRIGUES Diretor de Relações Externas e Parlamentares CONSELHO DELIBERATIVO ANTONIO GONÇALVES (Presidente) Ana Maria Dantas Leite Augusto Silveira de Carvalho Camillo Calazans de Magalhães Cecília Mendes Garcez Siqueira Denise Lopes Vianna Éder Marcelo de Melo Fernando Amaral Baptista Filho Henrique Pizzolato Inácio da Silva Mafra José Antônio Diniz de Oliveira José Branisso José Sampaio de Lacerda Júnior Luiz Antonio Careli Mário Juarez de Oliveira Mércia Maria Nascimento Pimentel Paulo Assunção de Sousa Romildo Gouveia Pinto Tereza Cristina Godoy Moreira Santos Vitor Paulo Camargo Gonçalves Willian José Alves Bento CONSELHO FISCAL CLÁUDIO JOSÉ ZUCCO (Presidente) Antonio Carlos Lima Rios Antonia Lopes dos Santos Humberto Eudes Vieira Diniz Naide Ribeiro Junior Osvaldo Petersen Filho DIRETORES ESTADUAIS CERTIFICADO DE SEGURO Recebi o Certificado Individual de Seguro em minha residência com grande surpresa, pois não lembro de ter assinado proposta para adesão ao seguro estipulado pela ANABB. Peço esclarecimentos quanto à origem da adesão. Ivone Yoshie Ozaki Itatiba – SP NR.: O Seguro de Vida em Grupo, conhecido como Seguro Decesso Automático, é gratuito, e todo associado da ANABB recebe-o por direito assim que se filia à entidade, sem qualquer ônus. É por meio dele, por exemplo, que os associados têm direito ao Prêmio Pontualidade, no valor de R$ 3 mil, sorteado nos últimos quatro sábados do mês pela Loteria Federal. Mais informações pelo site da ANABB: www.anabb.org.br, ícone Seguros, ou pelo fone (61) 442.9615. Este espaço destina-se à opinião dos leitores. Por questão de espaço e estilo, as cartas podem ser resumidas e editadas. Serão publicadas apenas correspondências assinadas e que sejam selecionadas pelo Conselho Editorial da ANABB ANABB.. As cartas que referem-se a outras entidades entidades,, como Cassi e Previ, serão encaminhadas às entidades competentes. 2 Ação DIRETORIA-EXECUTIVA Marcos de Freitas Matos (AC) Ivan Pita de Araújo (AL) Marlene Carvalho (AM) Aliete Maria Cunha Sarmanho (AP) Pedro Paulo Portela Paim (BA) Francisco Henrique Ellery (CE) Elias Kury (DF) Sebastião Ceschim (ES) Saulo Sartre Ubaldino (GO) Miguel Ângelo R. e Arruda (MA) Francisco Alves E. Silva (MG) Edson Trombine Leite (MS) Armindo Vitor da Silva Filho (MT) José Marcos de Lima Araújo (PA) André Luiz de Souza (PB) Luiz Gonzaga Ferreira (PE) José Ulisses de Oliveira (PI) Aníbal Rumiato(PR) Antonio Paulo Ruzzi Pedroso (RJ) Herminio Sobrinho (RN) Francisco Assumpção (RO) Maria de Jesus M. Mourão (RR) Edmundo Velho Brandão (RS) Carlos Francisco Pamplona (SC) Emanuel Messias B. Moura Júnior (SE) Armando Cesar F. dos Santos (SP) Crispim Batista Filho (TO) ANABB - SCRS 507, bl. A, lj. 15 CEP: 70351-510 Brasília/DF Atendimento ao associado: (61) 442.9696 Geral: (61) 442.9600 Site: www.anabb.org.br E-mail: [email protected] Redação: Ana Cristina Padilha e Fernando Ladeira E-mail: [email protected] Edição e Editoração: Optare Comunicação Editora e jornalista resp.: Renata Feldmann Revisão: Maria Júlia Luz Periodicidade: mensal Tiragem:100 mil Capa: Clausem Bonifácio Impressão: Gráfica e Editora Positiva Fotolito: Colorpress PP: mudar com justiça Toda vez que trato deste assunto, procuro sempre lembrar um pouco da história do Plano de Benefícios 1 da Previ e da Parcela Previ, que só diz respeito àquele plano. É preciso lembrar as pessoas que o plano que fechou a porta de entrada no final de 1997 tem lá suas particularidades. Um pouco de direitos consolidados, outro tanto de legislações confusas, muito de solidariedade, uma boa parcela de autoritarismo do sócio patronal e uma infinidade de injustiças. Os participantes do plano guardam muita similaridade, ou seja, trabalham para a mesma empresa, foram admitidos por concurso público, contribuem na mesma proporção e têm os mesmos direitos previdenciários em relação ao Fundo de Pensão e à Patrocinadora. No entanto, é aí que a grande diferença aparece. O nosso plano deveria ser de Benefício Definido, o tal do BD, mas deixou de ser. Diferente do plano criado para os funcionários admitidos a partir de 1998, que é de Contribuição Definida, ou o chamado CD. No plano CD você sabe com quanto contribui e só vai saber o valor do benefício no momento da aposentadoria. As contribuições para o plano, durante todo o período de trabalho, somam para a formação da reserva, junto com a contrapartida da contribuição patronal. A contribuição de cada mês soma na reserva, que vai ser maior ou menor em função do salário de toda a vida funcional e não apenas em função das contribuições dos últimos 36 meses de trabalho. No plano BD você sabe que seu benefício vai ser o resultado das suas contribuições nos últimos 36 meses de carreira. Ao se aposentar com 30 anos de trabalho, pouco importa a contribuição dos primeiros 27 anos. Desta forma, 27 anos como administrador e os últimos 3 anos como posto efetivo é igual à aposentadoria de posto efetivo. Assim como, 27 anos trabalhando como posto efetivo e os últimos 3 anos como administrador é igual à aposentadoria de administrador. Onde entra a PP? Poucos colegas conhecem as regras de contribuições usadas pelo Fundo. Na condição de funcionário não aposentado, era assim, até dezembro de 1997: 3% sobre 50% do teto da Previdência Oficial, 5% sobre a outra metade e 13% sobre a parcela do salário que excedia o teto da Previdência. A partir de janeiro de 1998, passou a ser: 3% sobre 50% da Parcela Previ, 50% sobre a outra metade e 13% sobre o que exceder a Parcela Previ. Portanto, mudar a Parcela Previ, significa mudar o valor da contribuição para a Previ. Quanto menor a parcela, maior a contribuição. A contrapartida favorável é: quanto menor a Parcela Previ, maior o benefício de aposentadoria pago pela Previ. Por que mudou a regra? Para promover o descasamento do benefício a ser pago pela Previ das regras da Previdência Oficial. Como os governos vivem mudando as regras da previdência era preciso criar uma regra que desse estabilidade para o Fundo. Qual o grande problema criado pela mudança? A Parcela Previ cresceu na proporção dos reajustes dos aposentados, os salários dos funcionários da ativa ficaram congelados por quase oito anos e a Previdência Oficial criou regras que reduziram, em muito, o benefício da Previdência Oficial. As mudanças vieram com a reforma da previdência e com a criação do Fator Previdenciário. Antes da reforma, era simples calcular o benefício da Previdência Oficial para os funcionários que contribuíam com o teto: proporcional para quem tinha 30 anos de contribuição à Previdência Oficial ou integral para quem tinha 35 anos de contribuição. No caso da Previ, integral para quem tinha 30 anos de contribuição para a Previ ou a proporcionalidade contada em avos. Para cada ano de trabalho, 1/30 avos. Como o primeiro cálculo era sempre o da Previ e o regime era de complemento, pouco importava o valor do benefício da Previdência Oficial, pois o Fundo de Pensão bancava o resto. Hoje, em função da PP estar muito alta, o benefício a ser pago pela Previ é cada vez menor. Junte-se a isto o descasamento com o benefício da Previdência Oficial que, em razão de todas as novas regras, é cada vez menor e está faltando: cerca de R$ 1.000,00 no salário do funcionário da ativa, que não é pago nem pela Previ nem pela Previdência Oficial. Corrigir esta injustiça é o nosso desafio. A atual direção do Banco não tem responsabilidade pela mudança que gerou distorções e trouxe prejuízos, mas deve ajudar na correção do rumo. O debate deve continuar e as mudanças devem garantir uma Previ igual para todos. Ganha o governo, ganha o Banco e ganha o funcionalismo. Valmir Camilo Presidente da ANABB Ação dez/2004 3 Ofenômeno fenômeno O Bancodo do Banco Brasil Brasil Keystone por Paulino Motter Descontada a repercussão mundial do cataclisma sísmico na Ásia e o impacto regional da tragédia de Buenos Aires, nenhum outro assunto mereceu maior destaque na mídia nacional na virada do ano do que o expressivo saldo da balança comercial brasileira em 2004. “Recorde” foi a palavra mais repetida pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, ao apresentar os números superlativos das exportações brasileiras, que totalizaram US$ 96,5 bilhões no período, um salto de 32% em relação a 2003. Mesmo com um crescimento de 30% nas importações, que somaram US$ 62,8 bilhões, o Brasil obteve o maior superávit comercial da sua história: US$ 33,7 bilhões – valor 35% maior do que o registrado no ano anterior. “Superamos todas as previsões. Esses números mostram que o setor produtivo brasileiro teve um desempenho extraordinário”, comemorou o ministro Furlan. Em artigo para a Folha de S. Paulo, no qual apontou perspectivas otimistas para o comércio exterior em 2005, ele afirmou que “esse bom desempenho foi possível graças não só ao cenário econômico nacional de estabilidade e crescimento industrial 4 Ação dez/2004 como também às ações do governo federal voltadas para o incremento do comércio exterior, diversificação de produtos, busca de novos mercados e aumento da base exportadora, principalmente pequenas e médias empresas.” O que faltou ser dito explicitamente pelo ministro e reconhecido pelas demais autoridades governamentais que vieram a público festejar os resultados da balança comercial é que, por trás desse desempenho excepcional do setor exportador brasileiro, está uma instituição financeira sólida, quase bicentenária, sem a qual tais resultados não teriam sido alcançados: o Banco do Brasil. Líder absoluto no financiamento às exportações e principal instituição financeira de apoio ao comércio exterior, o BB realizou, em 2004, operações de crédito aos exportadores brasileiros no valor total de US$ 25,5 bilhões. Ou seja, o BB financiou mais de um quarto das exportações, contribuindo decisivamente para que o País quebrasse todos os recordes da sua balança comercial e se aproximasse antecipadamente da meta de US$ 100 bilhões, fixada pelo governo para 2006. Principal agente das ações do governo federal voltadas para o incremento do comércio exterior, no por ocasião do 24º Encontro Nacional de Comércio Exterior, realizado em São Paulo. PARCEIRO DO DESENVOLVIMENTO segundo semestre de 2004 o BB lançou o PROGER Exportação, uma linha de crédito exclusiva para apoiar as vendas externas das micros e pequenas empresas. Outra iniciativa voltada especialmente para o segmento das pequenas empresas foi a solução eletrônica para atender o exportador no fechamento de seus negócios no mercado internacional. Desde o ano passado, a contratação de câmbio de exportação pode ser realizada via internet. O efeito desta medida foi tão positivo que o BB obteve a marca recorde de 75 mil contratações de câmbio efetivadas em 2004, número 54% maior do que o registrado no ano anterior. Além da posição de liderança no financiamento ao comércio exterior, o BB é o agente financeiro da União para a implementação do Programa de Financiamento às Exportações – PROEX. No ano passado, foram aprovadas 1.238 operações para 391 exportadores, com desembolso de US$ 262,4 milhões. A participação do BB também é expressiva no mercado de câmbio comercial de importação, tendo atingido US$ 13,29 bilhões em 2004, o equivalente a 24% do volume total de importações no período. Como reconhecimento pela sua contribuição para o desempenho da balança comercial, o BB recebeu, em novembro, o prêmio Destaque de Comércio Exterior 2004, na categoria “Apoio à Exportação,” Kiko Catelli LUIZ OSWALDO: carta de princípios que reafirma compromisso do BB com o desenvolvimento sustentável do País é símbolo da recuperação do papel social do Banco,visto novamente como agente de mudança Especialistas e dirigentes políticos ouvidos pelo jornal Ação reconhecem que o fortalecimento do BB é fundamental para que o Brasil se afirme como um “global player” no comércio internacional. “A expansão da presença brasileira nos mercados internacionais exige uma instituição financeira forte, com presença internacional e imagem consolidada junto à comunidade financeira global. Nos principais países do mundo conta-se com uma instituição estatal de fomento ao comércio internacional. O BB, no passado, já bancou sozinho a expansão do comércio internacional brasileiro e está pronto para fazer de novo, aliás, já está fazendo,” afirmou o consultor Alberto Borges Matias, doutor em economia e professor da Universidade de São Paulo/ Campus Ribeirão Preto. Esta opinião é compartilhada pelo seu colega na USP, o sociólogo Emir Sader, para quem “no atual contexto de uma economia crescentemente globalizada sob a hegemonia do capital financeiro, é central a existência de bancos estatais, pela função estratégica que os bancos têm.” Ele credita ao governo Lula o resgate do papel central que o BB já desempenhou no passado em prol do desenvolvimento do País: “o Banco do Brasil voltou a assumir suas funções essenciais em uma etapa histórica como a atual – crédito para o consumo, apoio ao investimento de pequenas e médias empresas, apoio à pesquisa científica e apoio ao capital nacional.” O deputado federal Paulo Bernardo (PT-PR), presidente da poderosa Comissão Mista de Orçamento, aponta duas grandes missões estratégicas para o BB: democratizar o acesso ao crédito e aos serviços bancários e atuar como agente de apoio ao desenvolvimento sustentável, ajudando no financiamento de projetos prioritários de geração de renda e infra-estrutura. Funcionário do BB desde 1975 e licenciado desde 1991, quando foi eleito para seu primeiro mandato na Câmara Federal, Bernardo acredita que o governo Lula tem demonstrado uma visão correta sobre o papel da instituição. “Como empresa estatal, o BB tem que se preocupar em ajudar a cumprir o programa de governo, mas não pode ser um instrumento político ou partidário. O Ação dez/2004 5 BB financiou mais de um quarto das exportações brasileiras em 2004. E ao aumentar o crédito governo traça metas e o Banco deve para os pequenos negócios, impulsionado por ajudar a cumpri-las”, afirmou. Entre as novas diretrizes do novas oportunidades de mercado, sem querer, o governo federal que vêm tendo imBB está retomando seu papel social. pacto direto no foco e na forma de Popular, foi criada outra subsidiária: a BB Administraatuação do BB destacam-se o apoio à agricultura dora de Consórcios. Com esta iniciativa, o Banco familiar e a ampliação do crédito popular. Para propassa a competir num mercado em franca expansão, mover a democratização do crédito e a “inclusão que cresceu acima de 20% em 2004 nos segmentos bancária”, o BB criou o Banco Popular do Brasil. de veículos e imóveis. “O BB é, dos bancos públicos, “Este esforço para ‘bancarizar’ os segmentos de baio que tem o perfil mais próximo dos bancos privados, xa renda que foram expulsos das agências bancárias pelo que é considerado concorrente forte por esses nos últimos 20 anos, oferecendo-lhes crédito mais bancos. Em uma instituição financeira como o BB, barato, terá um enorme alcance social”, aposta com características de presença de capital privado, Paulo Bernardo. social é o lucro: deve buscar o resultado como meta, Engana-se, porém, quem acredita que a atuamas tal resultado deve ser revertido em prol da socieção do BB na área do microcrédito seja motivada dade por programas diretos administrados pelo Banapenas pela sua função social, como instituição púco ou por suas instituições associadas”, analisou blica. De acordo com o vice-presidente de Gestão de Borges Matias. Pessoas e Responsabilidade Socioambiental, Luiz Oswaldo Sant’lago Moreira de Souza, além de atender ao “anseio do governo federal de incentivo à APOIO À AGRICULTURA FAMILIAR Embora reconheça que o BB não pode ficar foArquivo ra da crescente competição do mercado financeiro, Lição de sobrevivêno deputado Paulo Bernardo vê com certa cautela a cia: para fazer frente atual tendência de diversificação de produtos e seràs pressões privaviços que confunde o Banco com as demais instituitizantes do capital financeiro internações comerciais. Ele acredita que uma ênfase excescional, o BB tem que siva na venda de produtos, como apólices de seguro ampliar presença no e títulos de capitalização, e a avaliação do desempeexterior, ensina ALBERTO MATIAS, nho das agências e dos funcionários para atingir que acredita na premetas relacionadas a tais produtos acaba desviando paração do Banco do o BB da sua missão principal, que é o que o diferenBrasil para o novo ciclo de desenvolcia em relação aos bancos privados. vimento “Não sou contra o BB competir nesses segmentos. Mas acho que o banco deveria fortalecer, por inclusão bancária da população brasileira informal e exemplo, o financiamento à agricultura familiar, que de menor renda”, o BB decidiu atuar de forma inovaganhou nova dimensão no Governo Lula”, sugeriu. dora no campo das microfinanças “impulsionado Ele se apressou em reconhecer que o BB superou, por novas oportunidades de mercado” que estão em 2004, as metas estipuladas em relação ao crédito sendo propiciadas pela retomada do crescimento para os pequenos agricultores, embora tenha tido econômico. dificuldades no Nordeste. Prova disso é que juntamente com o Banco O Governo Lula definiu como objetivo essencial 6 Ação dez/2004 aumentar o volume de recursos para a agricultura familiar, ampliando a dotação do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – Pronaf. O Plano Safra para a Agricultura Familiar 2004-2005 destinou o maior volume de recursos da história para este segmento: R$ 7 bilhões, o que representa um aumento de cerca de 30% em relação ao montante do plano de safra passado. O crescimento do volume disponibilizado para os financiamentos de custeio será de 48%, passando de R$ 2,85 bilhões para R$ 4,21 bilhões, e, para investimento, de 9%, passando de R$ 2,55 bilhões para R$ 2,78 bilhões. O aumento de recursos veio acompanhado de medidas para simplificar a contratação dos financiamentos. Como principal agente financeiro na área do crédito rural, especialmente para a agricultura familiar, o BB tem dado uma contribuição decisiva para o bom desempenho da agricultura brasileira, cuja produção vem batendo sucessivos recordes e ajudando a aumentar as exportações. O mais importante, porém, é o impacto positivo da democratização do crédito na geração de renda e emprego no campo. Uma pesquisa recente realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – Fipe –, encomendada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, apontou um aumento significativo da participação dos agricultores familiares brasileiros no Produto Interno Bruto (PIB). Em 2003, o setor foi responsável por 10,1% do PIB, contra uma participação de 9,3% no ano anterior. Este aumento, que elevou para R$ 156,6 bilhões a produção da agricultura familiar, contribuiu com 0,9% no crescimento da economia brasileira. Para o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, os resultados da pesquisa servem para mostrar a importância da agricultura familiar para a economia brasileira. Em 2003, a atividade chegou a representar um terço do PIB do agronegócio brasileiro. Rossetto afirmou ainda que a agricultura familiar assegurou ocupação para 13 milhões de trabalhadores. “Muitas vezes apresentam a agricultura familiar como um retrato de pobreza, de desqualificação e de incapacidade de responder ao dinamismo econômico. O que este estudo mostra definitivamente é a sua vitalidade e importância econômica real para o País”, afirmou. CREDIBILIDADE E POLÍTICA DE PESSOAL Todas as lideranças ouvidas pelo jornal Ação apontaram a credibilidade como o principal patrimônio do BB. “O mercado bancário é extremamente competitivo no Brasil. O diferencial do BB é o selinho no cheque: Banco do Brasil. Os clientes sabem que Agência Brasil - José Cruz O ministro do Desenvolvimento Agrário, MIGUEL ROSSETTO: o BB acertou ao reforçar apoio à agricultura familiar, uma das grandes responsáveis pelo superávit na balança comercial do agronegócio estão mais garantidos”, afirmou o deputado Paulo Bernardo. Para preservar a credibilidade e fortalecer a instituição, ele defendeu a autonomia da diretoria, que deve ser constituída com critérios profissionais, algo que, na sua opinião, estaria sendo respeitado pelo atual governo. Com base no argumento da profissionalização, Bernardo defendeu a efetivação no cargo do atual presidente interino do BB, Rossano Maranhão. Embora seja um dos parlamentares mais afinados com a política econômica do ministro Antonio Palocci e um nome sempre lembrado para ocupar o Ministério do Planejamento, Bernardo fez críticas à forma como a direção do BB lidou com a última greve. Para ele, faltou sensibilidade para perceber as insatisfações dos funcionários, que não estariam relacionadas apenas à questão salarial. “Depois de Ação dez/2004 7 Governo Lula aumentou em 30% os recursos destinados a financiamentos e investimentos na safra da ao invés da tradicional referência a Recursos Banco. Humanos. Por trás do nome escolhido está a afirmação de um novo conceito de responsabilidade social que vem ganhando força tanto no setor público quanto no privado. Porém, o BB inovou ao adotar uma Carta de Princípios de Responsabilidade Socioambiental, aprovada pelo Conselho de Administração. Este documento estabelece um elenco de compromissos com a ética, o respeito e a busca de equilíbrio entre os interesses de todos os públicos com os quais o BB se relaciona: funcionários, trabalhadores terceirizados, fornecedores, parceiros, clientes, credores, acionistas, concorrentes, comunidades e governo. Por meio desta carta de princípios, o Banco reafirma o seu compromisso com a promoção do desenvolvimento sustentável do País, que deve atender a três requisitos básicos: economicamente viável, ambientalmente correto e socialmente justo. “Ao recuperar o papel social que lhe é inerente, o Banco alcançou em 2003 e 2004 resultados em tudo melhores que os de anos anteriores, o que comprova que o lucro não é nem de longe o único objetivo a ser buscado. O maior lucro é resultado de ações éticas e responsáveis tanto internamente quanto no ambiente no qual o BB está inserido”, afirmou Sant’lago. Segundo ele, ao se comprometer com a agenda social do País, agricultura familiar em 2004. Popularização do crédito é outro sinal de mudança do papel do 11 anos, é a primeira vez que o BB começa a dar reajustes e repor perdas. O funcionalismo do BB pode ter a expectativa salarial que tiver, mas está preparado para não imaginar solução em dois anos. A insatisfação tem outras causas, como relações internas desgastadas e a imposição de critérios de avaliação inadequados”, ponderou. Para ele, a greve causou desgaste da direção e colapso na relação com a base, cabendo agora à nova presidência reconstruir as relações. “Isso passa por rever metas de produtividade para avaliação de desempenho dos funcionários”. Responsável direto pelo desenvolvimento e implementação da nova gestão de desempenho profissional, o vice-presidente Luiz Oswaldo Sant’lago listou uma série de providências que estão sendo tomadas com o objetivo de valorizar o quadro de funcionários do Banco e melhorar a qualidade de vida no trabalho. O mapeamento contínuo da realidade dos funcionários e a criação de canais institucionais para a “escuta permanente” de suas sugestões, críticas e denúncias estão entre as medidas prioritárias. Cooperam para este objetivo o Fórum, a Ouvidoria Interna, a negociação permanente e visitas que ele tem feito a diversas dependências do Banco em vários Estados. Luiz Oswaldo destacou ainda a criação da Diretoria de Relações com Funcionários e Responsabilidade Socioambiental como prova da disposição da direção para o diálogo. Ele apontou outra importante mudança interna: a constituição de grupos de trabalho e comissões paritárias para tratar de reivindicações apresentadas pelo movimento sindical e por outras entidades representativas dos funcionários. Finalmente, a mudança de filosofia no tratamento das questões relacionados ao funcionalismo já estaria sinalizada na nova nomenclatura da vice-presidência: Gestão de Pessoas e Reponsabilidade Socioambiental, 8 Ação dez/2004 Agência Brasil - Lindomar Cruz O deputado federal PAULO BERNARDO acredita que o BB deve ajudar a cumprir o programa de governo, mas precisa ter cautela ao lançar número excessivo de produtos e o cuidado para não ser usado como instrumento político-partidário Respeito aos funcionários, e não apenas estratégia de mercado, é garantia para que o o BB resgata o seu papel como Banco do Brasil se firme como um banco público e agente de mudanças. “Em muitos momentos, o Banco do Brasil foi estratégico para o Brasil nos próximos anos. visto apenas como mais um banco público. Depois da febre privatista que varreu a Amédisputando o mercado, em nada melhor e mais rica Latina nos anos 90, dizimando grande parte das comprometido com o País do que os demais”, comempresas estatais, hoje parece haver reconhecimento pletou. da importância dos empreendimentos estatais para países em desenvolvimento. O Brasil conseguiu atraUMA NOVA VISÃO ESTRATÉGICA vessar o cataclisma neoliberal sem perder algumas Na opinião do economista Alberto Borges das jóias mais preciosas da coroa, como o próprio BB Matias, a visão estratégia do governo sobre o papel e a Petrobras. do BB sofreu uma profunda inflexão nos últimos dois Mas as pressões do capital financeiro internacioanos. “Na gestão FHC, o Banco do Brasil foi condunal continuam intensas. Como mercado emergente, o zido por uma visão de mercado financeiro, tendo o Brasil é um alvo preferencial. Para sobreviver e consoresultado, na forma que fosse, como objetivo, possilidar sua posição neste cenário de globalização ecovelmente preparando o Banco para um processo de nômica, o BB também precisa ampliar sua presença privatização. Sem dúvida, muitas ações positivas fointernacional. Esta é a posição defendida por Borges ram realizadas e que geraram a sustentação para os Matias: “É preciso dar maior atenção à adequação anos subseqüentes. Na gestão Lula, vemos a predodas operações do Banco a padrões internacionais de minância da visão social: o BB cria uma subsidiária escala, preparando a instituição para um ambiente para atendimento ao microcrédito e busca expandir econômico de taxas de juros bem menores que as sua atuação creditícia como fomento à atividade ecoatuais, com decorrente forte expansão de sua nômica. O BB está preparado para suportar um ciclo atividade nos mercados globais. O BB precisa de desenvolvimento do País, como já o fez no pasassumir sua posição no mundo para que o Brasil sado.” também possa assumir a sua: não existirá maior O sociólogo Emir Sader vai na mesma direção presença brasileira no mundo sem suporte do Banco ao destacar que o BB “voltou a ser uma alavanca do Brasil”. para o desenvolvimento e para a democratização Mas nenhuma estratégia de mercado vai garaneconômica a partir do governo atual”. E conclui: “A tir que o BB possa celebrar o seu bicentenário, em ênfase que vem sendo atribuída à democratização do 2008, com perspectivas de continuar sendo pelas acesso ao crédito e aos serviços bancários e o aupróximas décadas, uma instituição essencial para o mento dos recursos para apoiar a agricultura familiar País, se, desde já, não for dado o devido respeito aos são elementos diferenciados da ação do BB nessa seus funcionários. “A maior garantia de preservação gestão, o que reforça o seu papel estratégico no dedo patrimônio público no qual se constitui o BB é o senvolvimento econômico, no fortalecimento do merseu corpo técnico altamente capacitado relativamente cado interno e na democratização do acesso ao créao sistema bancário, que tem mantido os valores, a dito, entre tantas outras funções.” cultura e a solidez da organização. A governança Mas para que o BB possa continuar sendo um corporativa do BB tem sido premiada e garante transdos sustentáculos da retomada do crescimento ecoparência adequada à sua atividade, sendo modelo, nômico e para que a sua atuação contribua para a superação das desigualdades sociais, ambos afirmam principalmente se compararmos a instituições financeiras internacionais,” concluiu Borges Matias. que é indispensável preservar seu caráter de banco Ação dez/2004 9 Correção para a aposentadoria por Rosana Brant Resolver o problema das aposentadorias dos funcionários que deixaram o Banco após 1997, e dos que ainda vão se aposentar, tornou-se questão de honra para a ANABB. O presidente da Associação, Valmir Camilo, disse que as discussões seguem um calendário estabelecido com o Banco e garantiu que o próprio BB tem dado demonstrações claras de que tem disposição e interesse em resolver o assunto. De acordo com o dirigente, os representantes do BB reconhecem que o imbróglio das aposentadorias consumadas depois de 1997 causa prejuízo aos aposentados. A determinação de que o problema precisa ser contornado é geral. “Essa situação traz desconfiança para o próprio sistema. É muito ruim e está longe dos interesses do funcionalismo do Banco. Nossa intenção é resolver esse impasse o mais rápido possível e, para que isso aconteça, os conselheiros deliberativos eleitos para a Previ estão constantemente em reunião com a diretoria do Banco”, garante Camilo. Cerca de 15 mil aposentados do BB sofrem os prejuízos da medida adotada em 97. São funcionários que se aposentaram e têm uma parcela de seus benefícios que não é paga nem pela Previ – que passou a seguir normas adotadas naquele ano –, nem pelo INSS – que obedece às regras aprovadas no Congresso Nacional. Em alguns casos, o prejuízo chega a R$ 900,00 por mês. “Não é culpa da Previ nem do INSS. Não existe fraude. O que temos que fazer é compensar ou corrigir a distorção nesses benefícios e evitar que os novos aposentados sejam prejudicados”, defende o presidente da ANABB. 10 Ação dez/2004 Keystone CUSTO ALTO Qual é o custo dessa adequação e como fazer para pagar os aposentados são os questionamentos feitos pela entidade. Valmir Camilo lembra que os gastos serão sempre proporcionais ao valor da Parcela Previ – PP –, e quanto menor ela for, maior será o seu custo. Pela proposta apresentada pelo Banco, a PP cairia para R$ 1.490,00 e as aposentadorias a partir dessa data seriam corrigidas, assim como os benefícios de quem já se aposentou. No entanto, a diferença dos atrasados não seria paga. A ANABB não aceitou a proposta, pois, além de o valor não se basear em nenhuma referência, FBPhoto os atrasados a quem se aponão cria uma lógica capaz de sentou após 97. “Não queredar segurança ao sistema. A Asmos criar na Previ um gueto sociação aceita trabalhar com o de prejudicados”, enfatiza ele. valor da Parcela Previ aprovado Os recursos para resolpelo corpo social em 97 – que ver essa equação são consiseria algo em torno de R$ deráveis e a Previ já estuda 1.031,00 – e com a concessão como irá fazer. Uma das alterda correção aos funcionários da nativas que vem sendo cogiativa. Neste caso, a PP serviria de tada pela caixa de previdênreferência apenas para a contricia é a utilização do Fundo buição e não mais como um paParidade, calculado hoje em râmetro para os benefícios. R$ 5,3 bilhões. O problema é O seu reajuste passaria, que esse recurso está sub jutambém, a ser corrigido de acordice, pois o BB entende que do com os salários da ativa. De parte desse valor lhe pertenacordo com essa proposta, hoVALMIR CAMILO: pagamento de todos os atrace. Para o presidente da je, a PP valeria pouco mais de sados para não criar um gueto de prejudicados ANABB, a solução é que se R$ 1.300,00 e não R$ 1.490,00, faça um “ajuste de pretensões”, sem que isso sigcomo foi sugerido pelo Banco. Os benefícios volnifique colocar à disposição dos funcionários da tariam a ser fixados segundo as regras anteriores ativa e dos aposentados o que “sobrar” dessa a 97, ou seja, complementando a aposentadoria conta. A estratégia do BB em requerer parte do paga pelo INSS. Fundo sob o pretexto de pagar os aposentados e A ANABB fez os cálculos. Para pagar os atranão resolver o problema é totalmente rechaçada sados e implantar a nova regra, a Previ teria um cuspor ele. “Não queremos isso e não vamos aceitar to de R$ 4 bilhões. “A proposta está em discussão e as sobras. A ANABB não vai cair nessa armadio BB ainda não se manifestou”, lembra Camilo, lha”, garante Valmir. enfatizando que defende o pagamento de todos ENTENDA O O PROBLEMA PROBLEMA ENTENDA Antes de 1997, a relação entre o sistema de previdência oficial e os fundos de pensão estava mais ou menos adequada. Quando se aposentava, o trabalhador mantinha o salário da ativa, da seguinte forma: o que o INSS não pagasse, a Previ complementava. Com a reforma da Previdência, foram criadas novas regras que geraram um desequilíbrio nessa relação, o que levou a Previ a criar a Parcela Previ para servir de parâmetro. A PP precisava ser corrigida e o indexador escolhido foi o mesmo fixado para as pensões e os benefícios dos aposentados do Fundo de Pensão. Esse dispositivo acabou apresentando outro desvio: no momento em que os aposentados passaram a ter a correção de seus benefícios pelo índice IGP-DI (maior índice de correção da época), os funcionários da ativa tiveram seus salários congelados. Eles assistiram, então, a uma diminuição gradativa da PP e, para piorar a situação, tiveram que lidar com o fator previdenciário, que funciona como um redutor da aposentadoria oficial e considera, entre outras coisas, expectativas de vida cada vez maiores. O resultado é que, hoje, quem se aposenta pelo BB recebe benefícios inferiores ao salário da ativa. Ação dez/2004 11 Saúde de terceira geração Arquivo: Unidas Nacional por Patricia Roedel A introdução das novas tecnologias no mercado de saúde foi um dos temas mais discutidos no congresso realizado pela Unidas – União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde –, em novembro, e que reuniu 550 gestores e profissionais da área em São Paulo. As novas tecnologias são o fator que mais pressiona os custos da assistência em saúde. Fausto Pereira dos Santos, diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS – avisou que a agência não vai normatizar a questão sozinha. “Tem de ser uma política de governo, envolvendo os ministérios da Saúde e da Ciência e Tecnologia”, declarou. Santos acredita que a indústria só irá participar do debate de forma franca se o governo estabelecer alguma regulação para definir como as novas tecnologias serão incorporadas, 12 Ação dez/2004 Lemgruber, lamentou que o Brasil não possua uma estrutura governamental que avalie as novas tecnologias em saúde com a abrangência necessária antes de sua entrada no mercado, a exemplo do que ocorre em países como Canadá, Inglaterra e França. “É preciso avaliar se as novas tecnologias trazem ganhos para os tratamentos e qual o ônus para a economia do país que adota essas tecnologias”, alertou Lemgruber. O gerente da Anvisa comentou que um estudo feito entre 1981 e 2003 na França concluiu que apenas 11% dos equipamentos e remédios apresentados como novidades reNovas tecnologias necessitam de presentaram avancontrole. Na França, 11% dos ços tecnológicos. Ele lembrou que, em equipamentos e remédios 90, França, Espalançados como novidades não nha e Portugal criaram uma legislação representam avanço tecnológico. para frear os preços levando-se em conta o custo e a efetividade. Para o presidente do Colégio Brasileiro de Radiologia, Aldemir Humberto Soares, é preciso definir critérios para a incorporação das novas tecnologias como análise pelo conselho, registro nos órgãos competentes, avaliação do meio acadêmico e a inclusão das novas técnicas na Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos – CBHPM – pela Associação Médica Brasileira. O gerente de produtos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa –, Alexandre FBPhoto dos novos medicamentos. A gerente técnico-assistencial de Produtos da ANS, Alzira de Oliveira Jorge, concorda com a necessidade de um órgão específico para analisar as novas tecnologias. “No Brasil, esse estudo é precário. São Paulo tem mais tomógrafos que o Canadá”, disse. Ela comentou ainda que no Reino Unido, no Canadá e na Espanha as novas tecnologias só são aceitas com um estudo prévio. “Em vários países existe uma Agência Nacional de Tecnologia em Saúde”. Luiz Roberto Londres, diretor-presidente da Clínica São Vicente, que fica no Rio de Janeiro, é reticente quanto as novas tecnologias. Ele ressaltou que um histórico clínico bem feito fornece o diagnóstico correto em 90% dos casos e defende a humanização da medicina para se chegar à causa das doenças. “Medicina é diálogo, o médico não pode se robotizar”, diz, categórico. “Não atendo filas, atendo pessoas.” A robotização dos tratamentos é a preocupação do então secretário municipal de Saúde de São Paulo, Gonzalo Vecina Netto. Segundo ele, a mecanização do trabalho é uma estratégia para reduzir os investimentos do País em saúde. “O investimento com saúde no Brasil é baixo se comparado ao de outros países. Nosso modelo de atenção é centrado na oferta de serviços, extremamente medicalizado. Temos de desmedicalizá-lo e de atacar a pré-doença”, defendeu. A Unidas reúne 150 entidades de assistência médica que atendem mais de 5,8 milhões de brasileiros. VEJA MAIS DESOSPITALIZAÇÃO DESOSPITALIZAÇÃO No congresso, os profissionais discutiram também sobre a desospitalização do paciente. A diretora do Centro de Estudos de Gestão em Saúde da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas – FGV –, em São Paulo, Ana Maria Malik, defendeu o processo de desospitalização que passa por assistência domiciliar, prevenção de doenças e pelos programas de saúde da família. Malik aposta em um sistema integrado, no qual os gestores de saúde precisariam entender também de finanças. “Os técnicos teriam de entender de gestão, os serviços teriam menor abrangência, concentrando-se por áreas de especialidade, e os clientes poderiam avaliar os serviços comparando-os por meio de indicadores selecionados como tempo de atendimento, risco para o paciente e resultados. CONTRATOS CONTRATOS Durante exposição no congresso, o presidente da Confederação Nacional de Saúde, José Carlos Abraão, defendeu a padronização dos contratos dos planos de saúde. “Temos de conversar desarmados sobre a contratualização. Não dá para trabalhar com 40 operadoras com 40 formulários diferentes”, alertou. PROCEDIMENTOS MÉDICOS No debate sobre a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos – CBHPM –, o diretor técnico da Unidas, Aníbal de Oliveira Valença, criticou a ausência dos representantes das quatro modalidades de saúde suplementar na elaboração da CBHPM. A classificação, que foi lançada em julho do ano passado, é o resultado de um trabalho desenvolvido ao longo de três anos pela Associação Médica Brasileira – AMB –, pelo Conselho Federal de Medicina e por entidades representativas das especialidades médicas, com assessoria da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo – Fipe. Mas a retaliação aos profissionais que se recusam a atender os pacientes até que seja adotada a nova classificação ainda não pode ser adotada. O presidente da AMB, Eleuses Vieira de Paiva, afirmou que a associação não pode impor esse atendimento e que a negociação ainda é o melhor caminho. Ação dez/2004 13 Viagem boa e barata por Evane Bertoldi Fotos: divulgação As férias estão chegando e, com elas, a é mais barato. A adesão para o funcionário do BB vontade de viajar e relaxar com a família desai por R$ 132,00, divididos em até quatro vezes, e a pois de um ano inteiro de trabalho. Os funciomensalidade é de R$ 64,50. “Assim que a taxa de nários do Banco do Brasil têm à disposição diadesão é paga, o funcionário já pode fazer a reserversas opções de turismo, com preços acessíva”, avisa o superintendente de marketing da veis, oferecidas por empresas conveniadas que Bancorbrás, Jorge Alexandre Machado, que recodispõem de pacotes turísticos especiais e uma menda fazer reservas com seis meses de antecedênvasta rede de hotéis no Brasil e no exterior, ou cia. pelas próprias AABBs, espalhadas por todo o Outra opção é trocar as diárias a que o assoPaís. ciado tem direito por pacotes turísticos. O valor corO Clube de Turismo da Bancorbrás é uma desrespondente à hospedagem em hotéis é abatido no sas alternativas. A empresa possui uma rede com preço do pacote, que inclui as passagens aéreas. 1.500 hotéis conveniados no Brasil e em todos os continentes. Para fazer parte do clube, o funcionário CONFORTO NA SERRA paga uma taxa de adesão e mensalidades que lhe Sentir-se bem longe de casa não significa necesdão direito a sete diárias por ano, em qualquer um sariamente hospedar-se nos hotéis tradicionais. Os dos hotéis conveniados no Brasil. E, diferentemente, funcionários do BB tem alternativas como as AABBs do que ocorre na alta Hotel do Satélite Esporte Clube em Campos do Jordão: o melhor e mais procurado temporada, quando passagens da charmosa cidade paulista e hotéis triplicam de preço, os funcionários do Banco têm desconto de 70% se aderirem à Bancorbrás até o fim de fevereiro. Normalmente, para ter direito às diárias em quartos triplos, com café da manhã, a adesão custa R$ 600,00. Graças ao convênio com o BB, o preço foi reduzido para R$ 180,00, e pode ser dividido em até quatro vezes. O valor da mensalidade é de R$ 71,30. Já o plano para apartamento duplo 14 Ação dez/2004 ou os clubes das associações de funcionários. A sede campestre da Associação dos Antigos Funcionários do Banco do Brasil – AAFBB – em Xerém, é uma agradável pousada situada no pé da serra de Petrópolis, a 40 km do Rio de Janeiro, em uma região privilegiada pela mata atlântica, rodeada de montanhas, rios, lagos e pequenas cachoeiras. Ideal para hospedar famílias, os 42 chalés têm frigobar, ar condicionado, tv a cabo, uma cama de casal e três de solteiro. A sede possui duas piscinas, quadra poliesportiva, campo de futebol society, quadra de bocha e salão de jogos para crianças e adultos. “Nossos hóspedes adoram a natureza exuberante do local. A idéia é que as pessoas aproveitem a nossa estrutura, curtam a natureza e façam amigos”, diz Sidney Brandão, gerente administrativo da Sede Campestre de Xerém. Os preços são bem atraentes. A diária por adulto sai por R$ 25,20, com café da manhã. Dois adultos pagam R$ 39,90. Para crianças de sete a dez anos a diária sai por R$ 8,61, e crianças de até seis anos não pagam. SOSSEGO NAS AABBS Em São Luís (MA), a AABB fica a 200 metros da bela praia de São Marcos e oferece, além de toda a estrutura de lazer, com parque aquático, piscinas, sauna e restaurante, 20 chalés equipados com ar condicionado, tv, geladeira, fogão e utensílios de cozinha. As diárias para até quatro pessoas saem por R$ 50,00. O clube também oferece pacotes especiais de fins de semana. No interior paulista, a AABB Jurumirim, que fica no município de Itaí, próximo às cidades de Avaré e Holambra, tem como principal atração 150 metros de praia na represa Jurumirim. A represa é quatro vezes maior que a Baía da Guanabara, no Rio de Janeiro, e portanto, ideal para a prática de esportes AABB Aracaju: 16 chalés equipados em área verde de frente para o mar Ação dez/2004 15 aquáticos. Mas é o pomar, plantado em meio aos 54 mil m2 de área de lazer, que mais atrai as pessoas afirma o coordenador do clube, Carlos dos Santos Silva. “As pessoas vêm aqui e pegam frutos diretamente das árvores”, conta. A AABB Jurumirim oferece pacotes de fim de semana ou para temporadas maiores. São 16 apartamentos com acomodação para até seis pessoas, equipados com frigobar, ventilador de teto e tv a cabo. A diária para funcionários do Banco do Brasil sai por R$ 25,00 por pessoa, com café da manhã. Crianças até três anos não pagam nada e de até dez anos têm desconto de 50%. O clube tem ainda quadras esportivas, piscinas para crianças e adultos, campo de futebol society e área de camping. Em Aracaju (SE), a AABB fica a apenas 8 km da praia do Robalo e ocupa uma faixa de 40 mil m2 em frente ao mar. O clube possui 16 chalés – 14 para até quatro pessoas e dois com capacidade para cinco hóspedes. Eles são equipados com tv a cabo, ar condicionado, telefone, roupas de cama e banho. Os preços variam entre R$ 50,00 e R$ 60,00 por HISTÓRIAS DE VIAGEM Todo ano, o funcionário aposentado do Banco do Brasil, Edison Trombine Leite, de Campo Grande (MS), viaja com a família, que inclui os filhos e netos. Sócio do Satélite Esporte Clube há mais de 20 anos, Edison foi várias vezes à unidade de Itanhaém e uma vez para o Campos do Jordão Satélite Hotel. “As opções que o Banco do Brasil nos oferece são espetaculares. Nas viagens que faço, revejo os amigos do Banco, além de o preço ser bastante acessível”, diz Edison. 16 Ação dez/2004 Piscinas, toboágua e brinquedoteca no Satélite Esporte Clube de Itanhaém: hotel tem até serviço de praia para os hóspedes Ademar Nascimento Costa, de Piracicaba (SP), é aposentado do BB e sócio do Satélite Esporte Clube há 32 anos. “Nós, funcionários do BB, somos privilegiados por termos tantas opções baratas para viajar. Eu mesmo já fui com minha família várias vezes a Itanhaém e a Campos do Jordão. Ano que vem pretendo ir a Porto Seguro conhecer o novo hotel do Satélite”, diz o aposentado, que é casado, pai de três filhos e tem quatro netos. “Antigamente, ia a família toda. Mas agora que meus filhos estão casados, vamos eu, a minha esposa e os netos”, conta Ademar. chalé. A AABB tem área de lazer com quadras esportivas, churrasqueiras, piscinas, bares e restaurantes. EM CLIMA DE FÉRIAS futebol society, sauna, salão de jogos, brinquedoteca, restaurantes e lanchonetes. Os hóspedes ainda podem praticar arvorismo – o hotel tem Passar o verão em Porto Seguro (BA) agora ficou mais acessível. O Satélite Esporte Clube adquiriu vinte apartamentos no condomínimo Golden Dolphi Resort, situado a 300 metros da praia de Itaperapuã, onde ficam as barracas mais badaladas do verão baiano. Os apartamentos acomodam até três pessoas, podendo ser colocada uma cama extra, e as diárias custam R$ 20 por apartamento (mais R$ 15 para a cama extra). O condomínio possui parque aquático, salas de jogos, campo de futebol, restaurantes, sauna e lanchonete à beira da piscina. E não existem fronteiras para quem quer viajar. As unidades do Satélite Esporte Clube em Itanhaém (SP) e Campos do Jordão (SP), entre outras, são alternativas baAABB Jurumirim: quadras esportivas, piscinas para crianças e adultos, campo de ratas que tornam as férias ainda mais tran- futebol society e área de camping qüilas e divertidas. Em Itanhaém, sul do litouma área verde com araucárias centenárias –, e ral paulista, o clube fica numa área de 30 mil m2 de participar de um delicioso festival de fondue. frente para o mar e tem 108 apartamentos com capaEm breve, o pantanal matogrossense também vai cidade para até seis pessoas. Além da estrutura, com ganhar uma unidade do Satélite Clube. A Pousada piscinas, toboágua, quadras esportivas, restauranSatélite vai ser inaugurada na cidade de Albuquerque tes, bares e lanchonetes, a unidade também oferece (MS). Serão 16 apartamentos bem equipados, com serviço de praia para os hóspedes. O valor da diária capacidade para acomodar até seis pessoas. “Nosé de R$ 22,00 por pessoa, com café da manhã. so público vão ser famílias, ecoturistas e amantes da No inverno, o hit é Campos do Jordão. A cidapesca”, adianta o presidente do Satélite Esporte Clude fica cheia de turistas que vão para lá em busca be, Carlos Alberto Guimarães de Souza. de frio, chocolate quente, vinho e um clima romântiAgora, só falta viajar! co. O hotel do Satélite Esporte Clube é um dos melhores e mais procurados da cidade. Durante a alta temporaACESSE AGORA da, as diárias em outros hotéis da mesma categoria chegam a Conheça pela Internet as instalações das AABBs e do Satélite Clube. custar R$ 600,00, o casal. No Os sites trazem fotos e informações. Campos do Jordão Hotel SatéliSede Campestre de Xerém: (21) 2679.1921 - www.aafbb.org.br te, o valor da diária sai a R$ AABB de São Luís (MA): (98) 235.6924 - www.aabbsaoluis.com.br 27,00 por casal, com café da AABB de Aracaju (SE): (79) 227.1404 - www.aabbaju.org.br manhã. Mesmo sendo barato, o AABB Jurumirim em Itaí (SP): (14) 3768.6229 - www.aabbavare.com hotel não deixa a desejar. A esSatélite Esporte Clube: (11) 3388.3600 - www.satelite.com.br trutura conta com quadras de tênis, quadras poliesportivas, Para consultar os planos que a Bancorbrás oferece, acesse o site www.bancorbras.com.br ou ligue para 0800 61.2255. quadra de bocha, campo de Ação dez/2004 17 QUATRO PRÉDIOS EM CONSTRUÇÃO que a meta é adquirir terrenos em todos os Estados e que a diferença entre os preços cobrados pela Cooperativa e os praticados pelo mercado pode chegar a 30%. Quatro prédios já estão em fase de construção: três em Brasília (DF) e um em Salvador (BA). O primeiro fica pronto em maio do próximo ano. Hoje, 195 associados já adquiriram imóveis, com pagamento parcelado ou pelo sistema de autofinanciamento. “Esse é o diferencial, pois não há intermediação de outros bancos e o pagamento pode ser feito em até 70 meses”, conta Antilhon. O presidente também esPara a diretora DENISE VIANNA, falta tima que o tempo da construção de credibilidade de outras cooperativas não afeta a Coop-ANABB será curto, de 24 a 36 meses. Criada em abril de 2003 para facilitar a aquisição da casa própria, a Coop-ANABB já tem 2.994 associados em todo o País. Desses, 2.561 são funcionários do Banco do Brasil e 443 são pessoas ligadas a funcionários do Banco. Podem fazer parte da Cooperativa, pessoas físicas ou jurídicas, e, em especial, os associados da ANABB. A Cooperativa Habitacional vem facilitando a vida de quem quer comprar um imóvel residencial. O presidente da CoopANABB, Antilhon Saraiva, explica 18 Ação dez/2004 Clausem Bonifácio por Tatiana Drumond INFORMAÇÕES Clausem Bonifácio Vianna, concorda e reforça que O autofinanciamento tem a Coop-ANABB está em fase de sido a forma preferida de pagaexpansão. “Em menos de um mento. “Muitos associados queano e meio, já são quatro emrem comprar um imóvel, mas espreendimentos, sendo que um barram nos altos preços, juros e deles está totalmente vendido”. más condições de pagamento, Para ela, a iniciativa da ANABB por isso eles têm preferido a em criar uma cooperativa que Coop-ANABB”, argumenta atenda às necessidades de moAntilhon. radia de seus associados foi esA próxima cidade a ganhar sencial. Outro aspecto destacaum novo prédio da Cooperativa do pela diretora é a forma de será Belo Horizonte (MG). “Conpagamento. “O parcelamento quistamos uma área no Sion, facilita a compra do imóque é um dos bairros mais vel”. Ela também cita outros nobres da capital mineira. O ANTILHON SARAIVA garante preços abaixo dos cobrados no mercado e motivos para os associados esempreendimento terá pagamento parcelado. colherem a Coop-ANABB. “A capacidade para 151 aparfalta de confiança em outras tamentos, que vão variar de 100 instituições que vendem apartamentos na planta a 160 metros quadrados”, explica Antilhon. A Coe não cumprem os prazos de entrega, e ainda operativa também está estudando a compra de cobram preços acima do valor de mercado, faz terrenos e a construção de empreendimentos em com que a nossa Cooperativa cresça”, avalia cidades como Rio de Janeiro, Ribeirão Preto (SP), Denise. São Paulo (SP), Joinville (SC), Porto Alegre (RS) e O assessor jurídico do Banco do Brasil, Aleno ABC paulista. Antilhon garante que os associxandre Pocai Pereira, adquiriu um imóvel em ados estão satisfeitos com os resultados e que a Águas Claras (DF), por meio da Cooperativa. principal parceira para o andamento da Coope“Sempre fui muito bem atendido e estou satisfeirativa é a ANABB. to com o serviço de qualidade e a seriedade do O presidente da ANABB, Valmir Camilo, diz trabalho”. O apartamento ainda não ficou que a Coop-ANABB está crescendo rapidamente pronto, mas a previsão é que seja entregue ane aposta na evolução da Cooperativa. “No prazo tes mesmo do prazo combinado, em maio de de cinco anos, ela deve se tornar a maior coope2005. “Tenho certeza que o apartamento terá rativa de crédito imobiliário do País. Em breve, qualidade. Pelo que já observei, a obra está também poderá oferecer financiamentos não só sendo feita com muita eficiência e rapidez”, para apartamentos como também para casas”. elogia. A diretora financeira da cooperativa, Denise A Coop-ANABB recebe, diariamente, e-mails e telefonemas de funcionários do BB buscando informações a respeito de como se associar à Cooperativa. O ingresso é feito pelo sistema de cotas. Inicialmente, está prevista a aquisição de 200 cotas no valor de R$ 1,00 cada. Esse valor pode ser dividido em até 10 meses. A ficha de inscrição está disponível no site da ANABB, www.anabb.org.br, e deve ser preenchida e encaminhada pelo fax (61) 442-9606/ 442-9633, para o e-mail [email protected] ou, por carta, para o endereço: SCRS 507, bloco A, loja 15, em Brasília. Ação dez/2004 19 Oásis no sertão por Fernando Ladeira Fotos: Diógenes Oito famílias do interior do Rio Grande do Norte foram beneficiadas, em dezembro, com a Campanha Brasil Sem Fome, da ANABB. Parte dos recursos arrecadados na campanha feita pela entidade para ações de cidadania foi destinado à construção de cisternas – reservatórios de água – em residências da comunidade de Tubibal, no município de Jandaíra, no semi-árido nordestino. A iniciativa contou com R$ 10 mil doados pelo programa da ANABB, além da ajuda da Arquidiocese de Natal, capital do Rio Grande do Norte. As oito famílias beneficiadas foram escolhidas pelo padre da cidade, que conhece a realidade local. Todas as famílias participaram da construção dos reservatórios e fizeram um curso para saber como usar e manter a cisterna, além de receberem noções de cidadania. “Água é vida. Com as doações das cisternas, os funcionários do Banco do Brasil vieram trazer melhores condições de vida para nós”, afirmou um dos contemplados, José Maria Batista de Lima. 20 Ação dez/2004 A entrega das cisternas ocorreu no dia 8 de dezembro pelo diretor Douglas Scortegagna, da ANABB e pela engenheira agrônoma Marilene Moura da Silva, do Seapac/RN. A decisão para investir na construção das cisternas foi tomada em conjunto pelo presidente da Associação dos Funcionários Aposentados do Banco do Brasil no Rio Grande do Norte, Carlos Rosalvo Serrano, e pelo diretor estadual da ANABB, Hermínio Sobrinho. Carlos Serrano, defendeu que as cisternas fossem construídas em vários núcleos de uma mesma comunidade para que a ação de combate à seca traga resultados. Segundo o coordenador do Brasil Sem Fome, Douglas Scortegagna, para aprovar a proposta, foi considerado o significado da água para famílias que vivem em uma região onde a seca dura de agosto a fevereiro. E isso tem resultado prático, pois os envolvidos são educados para o uso e manutenção dos reservatórios, sentindo-se mais responsáveis do que quando utilizam cisternas coletivas públicas”, afirma Scortegagna. O engenheiro agrônomo Garibalde Gentil de Andrade, do Serviço de Apoio aos Projetos Al- O engenheiro do Seapac Garibalde Andrade, os diretores da ANABB Douglas Scortegagna e Graça Machado, o diretor estadual Hermínio Sobrinho e o presidente da AFABB-RN Carlos Rosalvo Serrano, no lançamento do programa, no mês de julho, em Natal. ternativos Comunitários - Seapac, da Arquidiocese de Natal, responsável pelo acompanhamento das obras, conta que o segredo do programa está na construção de cisternas familiares ao lado das residências. Elas acabam com a necessidade dos carros-pipa serem usados pelas prefeituras para abastecer os bairros mais pobres. José Maria Batista de Lima com a família: água garantida JANDAÍRA, CIDADE DO MEL O distrito de Tubibal fica a 15 km de Jandaíra, que tem 6.124 habitantes, segundo dados do IBGE de 2001. A cidade a 115 km de Natal não tem rede de esgotos. A economia do município é baseada na agricultura, na pecuária e, principalmente, na apicultura. Jandaíra foi classificada, em 2000, como o quinto município do Rio Grande do Norte com o pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) referente a educação, renda e condições de vida. Estima-se que as famílias do semi-árido gastam 30 horas por mês para buscar água para consumo, e perdem cinco semanas por ano de trabalho em conseqüência de diarréias contraídas por ingestão de água contaminada. O coordenador da campanha, a família de Maria do Socorro Nascimento, a engenheira do Seapac, Marilene Moura da Silva e Luizinho da igreja As famílias participaram da construção dos reservatórios e aprenderam como usar e manter a cisterna. VELHA CONHECIDA DO NORDESTE: SÉCULO XVII o Pa ulo As cisternas construídas em boa parte do sertão nordestino têm capacidade para 16 mil litros de água. O volume é suficiente para abastecer uma família com sete pessoas no período da seca, que ocorre entre agosto e fevereiro. Esse tipo de armazenamento de água não é novidade. É uma técnica milenar que começou na região Nordeste no século XVII. Pedr COMO É FEITA Um pedreiro e dois ajudantes podem construir uma cisterna em cinco dias. O reservatório é construído ao pé da casa e próximo à cozinha, com quatro metros de boca, dois metros de profundidade e outro metro acima da terra. A área abaixo da superfície tem a função de reduzir a temperatura e evitar a evaporação. Os terrenos mais adequados são os arenosos, sem pedras grandes, e não se deve fazer a obra perto de árvores com raízes fortes. Por questão de saúde, deve-se manter uma distância de 10 a 15 m de currais, fossas ou latrinas, para evitar a contaminação. A captação da água é feita pela lateral do telhado, onde é fixada uma calha conectada a um cano de PVC, ligado ao tanque. Ao chover, a água cai na calha e escorre para o reservatório. (Fonte: Min. Desenv. Social e Combate à Fome) Ação dez/2004 21 22 Ação dez/2004 Salário justo, menos impostos FBPhoto Com dois processos na Justiça Federal, a ANABB tenta diminuir a carga de tributos imposta aos associados. Fiel aos princípios, a ANABB entrou com duas ações na Justiça para defender os direitos e o bolso dos associados. Na primeira, impetrada em outubro, a Associação pede a isenção do Imposto de Renda sobre o abono da Campanha Salarial 2004/ 5. Na segunda, de novembro, reivindica a isenção do desconto do INSS sobre o 13º salário. Nos dois casos, a ANABB já conseguiu liminares na Justiça Federal – falta agora o julgamento do mérito das ações. Os valores envolvidos – mais de R$ 30 milhões – foram depositados em juízo. “Uma das funções da Associação é estar sempre atenta aos assuntos que dizem respeito ao funcionalismo do BB. Quando os direitos dos associados são ameaçados, tomamos as providências necessárias”, afirma o diretor de Relações Funcionais, Aposentadoria e Previdência, Douglas Scortegagna. No caso da isenção do Imposto de Renda sobre o abono da Campanha Salarial, a ANABB impetrou um mandado de segurança coletivo na Justiça Federal no dia 29 de outubro. Um despacho favorável permitiu o depósito em juízo do desconto até que o mérito da matéria seja julgado, como ocorreu nas ações anteriores. Para a ANABB, o abono não possui caráter salarial, o que não justifica o recolhimento do imposto. O próprio Tribunal Superior do Trabalho adota essa definição. Para o TST, o abono tem “natureza indenizatória” e não salarial, devendo ficar isento do pagamento de IR. O desconto do Imposto de Renda sobre o abono pago aos funcionários do BB iria recolher aos cofres públicos quase R$ 17 milhões somente em 2004. As ações judiciais promovidas pela ANABB para evitar a mordida do “leão” nos abonos anteriores já somam R$ 150 milhões depositados em juízo. A vantagem em manter os valores referentes ao desconto em uma conta na Justiça é que, com a sentença favorável, a devolução é bem mais rápida. 13O LIVRE DO INSS Duas semanas depois da primeira ação, a ANABB recorreu novamente à Justiça. Desta vez, com um mandado de segurança coletivo, com pedido de liminar, para evitar que os associados contribuíssem com parte do salário de dezembro e do décimo-terceiro salário para o INSS, em separado. O desconto para a Previdência Social só pode ser efetuado após a soma dos vencimentos de dezembro e do décimo-terceiro, desde que a contribuição não ultrapasse o teto de R$ 2.508,72. A liminar foi concedida no dia 22 de novembro, dez dias depois da entrada do pedido na Justiça, e irá atender a todos os associados da ANABB. Para requerer as contribuições feitas irregularmente à Previdência Social entre 1995 e 2003 (o direito ao resgate prescreve no prazo de 10 anos), os associados devem entrar com ações individuais nos juizados especiais federais de seus Estados. No site da ANABB, é possível calcular o valor a que cada associado tem direito. Para cada ano, os descontos sobre o salário de dezembro e sobre o décimo-terceiro salário devem ser somados. Do total, o associado deve, então, subtrair o limite de contribuição ao INSS (atualizado pela Ufir/Selic, se anterior a janeiro de 1996; pela Selic, para contribuições a partir de janeiro de 96). As duas ações coletivas atendem exclusivamente os funcionários do Banco do Brasil que já eram associados da ANABB na época em que foram impetradas junto à Justiça. Quem ainda não se filiou e quer se beneficiar das próximas ações coletivas a serem conduzidas pela Associação pode se associar pelo site www.anabb.org.br ou pelos telefones (61) 442.9696 e 442.9600. Ação Ação dez/2004 dez/2004 23 CIN SOB NOVA DIREÇÃO O CIN – Clube de Investimentos dos Funcionários do BB – elegeu, em 15 de outubro, o Conselho de Representantes, agora com cinco titulares. Maria Izabel Nunes Scherer, José Branisso, Élcio da Motta Silveira Bueno e Naide Ribeiro Júnior assumem como conselheiros. O diretor da ANABB Douglas Scortegagna foi eleito presidente do Conselho de Representantes. Scortegagna afirma que vai negociar com o Banco do Brasil o fim da exigência que só permite ao CIN indicar um representante para o Conselho de Administração do Banco se obtiver investimentos equivalentes a 3% do capital social do BB. Com a crescente valorização das ações do BB, o Clube já tem cerca de R$ 33 milhões em patrimônio. No entanto, as ações do BB também valorizaram, e 3% representam, aproximadamente, R$ 690 milhões. Confira, abaixo, a rentabilidade das cotas do CIN. CICLO DE DEBATES Terminou em Niterói (RJ) um ano de intensas conversas entre a diretoria executiva e os associados da ANABB. A última edição do Ciclo de Debates ocorreu na cidade no dia 25 de novembro, um dia depois da passagem por Nova Friburgo. Assuntos como Previ, Cassi, Coop-Anabb e, principalmente, campanha salarial, foram debatidos com 64 associados de Nova Friburgo. Já em Niterói, o ciclo reuniu 110 associados na sede da Associação, onde a ANABB fez uma exposição das ações judiciais que estão em andamento. Levar a ANABB ao interior do Brasil é prioridade nesta gestão. Este ano, a Associação entrou em contato com mais de mil associados. Em 2005, reduzir as distâncias entre a Associação e os associados das várias partes do Brasil continua sendo compromisso da ANABB. O Ciclo de Debates recomeça em fevereiro. ELEITOS DO BB Em janeiro, 56 funcionários do BB irão assumir cargos em prefeituras e câmaras municipais. São os novos vereadores, 21 ANOS DE DIAP O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar – Diap –, completou, em 19 de dezembro, 21 anos de atuação junto aos três poderes, especialmente o Congresso Nacional. Além de acompanhar o trabalho dos parlamentares, a entidade edita o Jornal do Diap, criado em outubro de 1984 e que leva informação a 900 entidades de representação dos trabalhadores. A ANABB felicita o DIAP pelas duas décadas de parceria com os bancários. 24 Ação dez/2004 prefeitos e vice-prefeitos, eleitos em outubro. A ANABB colaborou com a campanha dos colegas fornecendo o Manual do Candidato com orientações gerais e divulgando o currículo de 173 candidatos no site e em uma edição especial do Jornal Ação. FBPhoto Faça Faça sem sem sair sair de de casa casa por Patricia Roedel “Do tempo da vovó” é uma expressão cunhada para designar o obsoleto. Porém, a expressão já não condiz com os tempos atuais: nossas rotinas vêm se alterando de forma tão vertiginosa que uma só geração passa por tecnologias inimaginadas pela anterior e consideradas ultrapassadas pela seguinte. Como você vivia há 20 anos, sem telefone celular, sem CDs, sem microondas, sem computador? As novas tecnologias deveriam tornar a vida mais fácil, mas nem sempre sabemos utilizar todas as suas potencialidades. A Internet é um bom exemplo. Para muita gente, é apenas um meio mais ágil de trocar correspondências ou uma enciclopédia fácil de manusear, mas ela nos oferece muito mais que essas banalidades. Da mesma forma com que o portal do Banco do Brasil praticamente eliminou a necessidade de irmos a uma agência bancária e enfrentarmos filas, diversos sites oferecem serviços que podem ser feitos de forma ágil e eficiente, sem precisar tirar o telefone do gancho ou sair de casa. O cientista da computação Fernando Fabreti, chefe da Seção de Segurança de Redes do Centro de Informática da Câmara dos Deputados, afirma que, após alguns anos de desenvolvimento do comércio eletrônico, hoje a tecnologia provê nível aceitável de segurança. Para ele, no caso específico de compras online, o consumidor deve ficar atento a questões re- lativas ao comércio em si, como: É uma empresa consolidada? De que forma você poderá contatá-la em caso de problemas? Há reclamações no Procon contra a empresa? Qual a política de devolução ou troca? “Pela Internet, estamos privados do contato direto com o produto, do tato, visão, audição, paladar e olfato. Se no mundo real essas perguntas parecem excessivas, no virtual elas fazem sentido”, pondera. E nos casos em que não estamos querendo comprar um produto, mas um serviço, e precisamos preencher extensos formulários? Fabreti é categórico: “Não há almoço grátis. De uma forma ou de outra, essas informações serão usadas em operações de telemarketing e assemelhados. Pior que isso, podem ser vendidas ou trocadas entre empresas, e você acabará com uma caixa postal entupida”. A solução é só preencher o que for obrigatório. Deixe as informações opcionais em branco. Então, munidos dos cuidados inerentes à modernidade (leia no fim da matéria), é hora de aproveitar o século XXI. A seguir, relacionamos alguns sites que vão ajudá-lo em diversas tarefas do dia-a-dia. Mantenha as informações perto do computador e comece a gastar seu precioso tempo com atividades mais interessantes que ir ao correio postar uma carta, bater perna para fazer pesquisa de preços, ir ao supermercado... Pela Internet, até fazer o bem é mais rápido! Como? Confira nas páginas seguintes. Ação dez/2004 25 CATÁLOGOS DE SERVIÇOS PÁGINAS AMARELAS (www.paginasamarelas.com) Um guia de produtos e serviços listados por categoria, oferecido nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Curitiba, Goiás e Distrito Federal. LISTAS OESP (www.listasoesp.com.br) Guia que indica endereço de empresas e prestadores de serviços em todos os Estados e oferece informações úteis relacionadas a telefonia e classificados. SUPERMERCADO PÃO DE AÇÚCAR (www.paodeacucar.com.br) Todos os produtos que estão na loja convencional aparecem em fotos, acompanhados de preço. Sua lista fica guardada para compras futuras. Entregas em São Paulo, Osasco, Barueri, Santana do Parnaíba, Cotia, Jandira, litoral e interior paulista, Rio de Janeiro, Angra dos Reis, Brasília e Curitiba. TRÂNSITO E VIAGEM MAPLINK (www.maplink.uol.com.br) Serviço pago (R$ 2,49 mensais) ou gratuito para assinantes UOL que localiza endereços nos mapas e traça rotas ponto a ponto em diversas cidades. Permite encontrar o caminho mais rápido até um endereço dentro de uma mesma cidade ou entre cidades distintas. Calcula o tempo de viagem e gastos com pedágio e com gasolina. MAPAS BOL (www.mapas.bol.com.br) Localiza ruas, pontos de referência e mostra o melhor caminho para ir de um ponto a outro, com o trajeto explicado rua por rua, em 42 cidades do País. MULTAS (www.auxilio-a-lista.com.br/multas.htm) Consulte se seu carro tem multas pendentes no Detran CADASTRO NACIONAL DE VEÍCULOS ROUBADOS (www.cnvr.com.br) Oferece serviços que ajudam na localização e recuperação do carro roubado. Faz cadastro gratuito e possui base de dados para consulta, mediante cadastro. TRADUTORES BABYLON (www.uol.com.br/babylon) Traduz mais de 3 milhões de palavras do inglês para outros idiomas, incluindo o português. BABEL FISH (www.babelfish.altavista.com) Traduz blocos de textos inteiros em 13 idiomas. Também traduz sites. ULTRALÍNGUA (www.ultralingua.net) Além de traduzir palavras, oferece conjugação de verbos em várias línguas e gramáticas. EMPREGOS Catho (www.catho.com.br) O mais completo site de empregos. Oferece milhares de vagas e também permite a divulgação de currículo, que é consultado por empresas. Oferece cursos on-line, acesso a pesquisas de mercado por região, pesquisas salariais, análise de currículo por especialistas. O serviço é parcialmente gratuito. Para usar todos os serviços, os assinantes pagam R$ 420 ao ano. PRECISA-SE (www.precisa-se.com.br) Divulga vagas de emprego e currículos. É utilizado por grandes empresas, brasileiras e multinacionais, para encontrar talentos. O serviço é parcialmente gratuito. Associados pagam R$ 29,90 ao ano. CLICK JOBS (www.clickjobs.com.br) Oferece empregos por cidade. Envia ofertas de trabalho por e-mail. Totalmente gratuito. CIDADANIA Com apenas um clique, nos sites abaixo você faz doações às custas dos patrocinadores do site. SITE DA FOME (www.sitedafome.com.br) Clicando em “Doação”, você doa um quilo de alimento para pessoas carentes. CLICK ÁRVORE (www.clickarvore.com.br) Cada clique equivale ao plantio de uma espécie nativa da Mata Atlântica. CLICK LIVRO (www.neuronioconsultoria.com.br/ univoluntario) Clique em um livro exposto no site que ele será doado para uma criança carente. FILANTROPIA (www.filantropia.org) Informações sobre como ajudar o terceiro setor. Reúne as maiores entidades filantrópicas do Brasil. DESAPARECIDOS Sites voltados para ajudar a encontrar pessoas desaparecidas. É possível divulgar fotos e informações. Permitem busca de crianças desaparecidas em todo o Brasil e trazem informações sobre crianças localizadas. DESAPARECEU (www.desapareceu.com) MISSING KIDS (www.missingkids.com.br) DESAPARECIDOSBR (www.desaparecidosbr.com) PESQUISA DE PREÇOS Os sites abaixo comparam preços de produtos em diversas lojas convencionais ou virtuais. Basta digitar o produto desejado. BUSCAPÉ (www.buscape.com.br) JACOTEI (www.jacotei.com.br) BONDFARO (www.bondfaro.com) CLASSIFICADOS CLASSINET (www.classinet.com.br) Site com classificados de diversos gêneros. Automóveis, informática, imóveis, tratores e outros. CLICKFOTOS.NET (www.clickfotos.net) Todos os anúncios possuem fotos do produto. ANÚNCIOS GRÁTIS (www.anunciosgratis.com.br) Classificados com diversas categorias. Permite a inclusão de fotos. SEBOONLINE (www.seboonline.com.br) Classificados de produtos usados: livros, CDs, DVDs, discos, jornais, revistas, gibis, moedas. DEFESA DO CONSUMIDOR TEM JEITO (www.temjeito.com.br) Sugestões e soluções práticas para diversos problemas, divididas por categoria. Vão desde pragas, dicas para a casa até etiqueta. IRENES (www.irenes.com.br) Dicas e truques para as donas de casa, divididos em categorias. CORREIOS (www.correios.com.br) Além da busca pelo CEP, é possível encontrar um endereço completo apenas com a indicação do CEP. O mais interessante, porém, são os serviços on-line: você pode escrever e enviar cartas, telegramas e cartões pela Internet. Os filatelistas podem comprar selos. EM DEFESA DO CONSUMIDOR (www.emdefesadoconsumidor.com.br) Traz o ranking das empresas mais criticadas pelos consumidores e uma lista de perguntas mais freqüentes sobre telefonia, cartão de crédito, escolas e multas de trânsito, entre outras. O site tem uma lista das últimas decisões do Supremo Tribunal Federal em relação aos direitos do consumidor, além de um guia prático. RECLAMAR ADIANTA (www.reclamaradianta.com.br) Você entra em contato com os Procons e outras entidades de defesa do consumidor. Traz informações sobre direitos civis, notícias das últimas decisões judiciais e respostas a dúvidas. POUPE TEMPO (www.poupetempo.com.br) Reúne orientações diversas para facilitar a lida com a burocracia. Explica, por exemplo, como proceder para tirar documentos, regulamentar veículos e acionar a Justiça. Também oferece diversos serviços. Calcula o tempo que falta para a aposentadoria e faz consulta a multas de trânsito. SAÚDE PREVISÃO DO TEMPO GUIA DE REMÉDIOS (www.uol.com.br/remedios/ indice.htm) Permite consultar informações sobre todos os medicamentos à venda no País, como substância ativa, posologia, prescrição e contra-indicações. CONSULTA REMÉDIOS (www.consultaremedios.com.br) Permite pesquisar, em diversos Estados, o preço de remédios por laboratório, nome comercial ou por substância ativa. VACINAÇÃO (www.vacine.med.br) Traz o calendário oficial de vacinação de crianças e adultos, as vacinas disponíveis na rede pública e em clínicas particulares. PRIMEIROS SOCORROS (www.dner.gov.br/ emergencia.htm) Traz a relação dos acidentes mais freqüentes e como proceder em cada situação, como nos casos de fratura, parada cardiorrespiratória e sangramentos. CLIMATEMPO (www.climatempo.com.br) Fornece informações sobre o tempo no Brasil e no mundo. O site dispõe de webcam em algumas capitais do País, fotos de satélite e previsão de ventos. Você pode receber boletins do tempo por e-mail. WEATHER BRASIL (www.br.weather.com) Oferece a previsão do tempo por cidades do mundo inteiro, além de imagens de satélite, movimento das massas de ar, gráficos de temperatura, ventos e umidade relativa do ar. INMET - INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA (www.inmet.gov.br) Além dos serviços oferecidos pelos sites anteriores, o Inmet mostra gráficos de regiões com risco de queimadas, oferece dados de agrometeorologia e mapas de prognósticos de chuva e vento, pressão, temperatura e umidade relativa do ar. SOLUÇÕES PARA O DIA-A-DIA NAVEGUE COM SEGURANÇA - Mantenha software, navegador e antivírus atualizados; - Não autorize a execução de programas vindos da web; - Não abra e-mails com assuntos estranhos (“você está sendo traído” ou “sua conta será fechada”) ou contendo anexos chamativos (playboy.com, segredo.exe, premio.exe); - Não obedeça instruções de e-mails pedindo que execute ações estranhas nem clique em links para atualizar dados, participar de concursos, ler cartões postais, ver fotos, quitar débitos; - Só insira informações privadas em sites protegidos por criptografia (http:// no início do endereço web e cadeado fechado na barra inferior do navegador); - Não visite sites pornográficos, de hackers ou programas piratas, tradicionais disseminadores de vírus; - Não use programas de compartilhamento de músicas e filmes, - Não acesse bancos clicando em links enviados por e-mail; - Não faça compras ou acesse bancos em cyber-cafés, quiosques ou qualquer outro computador não administrado pois podem estar contaminados por cavalos-de-tróia e vírus; por você. Ação dez/2004 27 Clausem Bonifácio Fazenda que implantou o Plano Real. Com as falácias e as ilusões advindas do dito plano, elegeu-se e reelegeu-se presidente. Acelerou as privatizações, e o resultado financeiro destas virou fumaça soprada para o pagamento dos juros externos. Por fim, depois de todas essas marchas e contramarchas, eis que surge Luiz Inácio, o Lula, trazendo no alforje uma vida pessoal de mais de 20 anos de lutas sindicais, trabalhistas e políticas. E um forte discurso de esperança avalizado por quase 53 milhões de votos. Dois anos após sua eleição, a esperança persiste, apesar de se estar assistindo à repetição de muitas das práticas dos governos anteriores, impotentes diante dos poderosos grupos econômicos e financeiros nacionais e internacionais. O atual presidente é um dos poucos brasileiros que, efetivamente, conhece o Brasil de ponta a ponta. Não de ouvir dizer, mas de estar lá, no chão da fábrica, no chão das roças, no chão das ruas. Isso não se pode negar. O seu compromisso com as mudanças necessárias também deveria ser coisa a não se negar. Entre essas mudanças está o desenvolvimento econômico, a reboque do qual surgiria o desenvolvimento social. A marca diferencial do Governo Lula poderia ser a de transformar em realidade a antiga aspiração do povo brasileiro de ter um efetivo agente de mudanças e de desenvolvimento em todos os mais distantes rincões deste País bonito por natureza. Ninguém deseja que este Governo continue sendo apenas mais um, como foram os outros. E o Banco do Brasil, pela sua história, pelo seu potencial, pela capilaridade de suas agências, pela inegável capacidade realizadora de seus funcionários – e por ser um banco de Governo –, pode e deve ser acionado para se tornar o eficaz parceiro de alavancagem da economia brasileira. O governo federal está perdendo a histórica oportunidade de transformar o Banco do Brasil num efetivo parceiro para o desenvolvimento do País. Da mesma forma que perderam essa oportunidade os governos Sarney, Collor, Itamar e Fernando Henrique. Façamos uma breve retrospectiva. De Sarney não se podia esperar muita coisa, pois se tratou de um simpático bigodudo que evoluiu de pobretão a oligarca e coronelista. Pegou o bonde andando com a dramática morte de Tancredo Neves. Tão simpático que cometeu a façanha eleitoral de candidatar-se e ser eleito posteriormente ao Senado por um Estado com o qual não tinha praticamente nenhum vínculo. Collor foi um menino temperamental que saiu de prefeito nomeado pela “revolução de 64”, numa capital de pouca significância econômica do Nordeste – ainda que bela, turisticamente –, e chegou a presidente da República no curto espaço de 10 anos com o ardiloso discurso de acabar com os marajás. Nesse ínterim, foi deputado federal e governador de Alagoas. Porém, sua arrogância, somada às trampolinices dos cupinchas, apearam-no do poder, com direito à cassação e tudo. Itamar assumiu a cadeira presidencial com a defenestração de Collor e realizou pouca coisa, além de algumas folclóricas iniciativas, entre as quais reanimar o falecido “Fusca” e participar de festas momescas com moçoilas sem calcinhas. É de se salientar que nesse assunto o homem do topete teve bom gosto. Depois veio o poliglota sociólogo da USP Fernando Henrique Cardoso, também simpático e cheio de verve, possuidor de discurso bem amarrado e convincente. Antes havia sido hábil nas relações exteriores de Itamar e também o ministro da 28 Ação dez/2004 Élcio Bueno é diretor de Comunicação e Desenvolvimento da ANABB
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