corrida aos metais
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CONSTRUÇÃO E MINAS REVISTA ATLAS COPCO PORTUGAL – Nº 1 / 2012 CORRIDA AOS METAIS Drillcon com a nova Christensen CS10 Página 3 BARRAGENS as nossas energias Página 6 MINAS ALJUSTREL caso de sucesso Página 10 UM ROC INTELIGENTE ROC D9C na Explo Página 15 EDITORIAL CONTEÚDOS 03 03 Caro Leitor, O entendimento atual para a viragem da nossa economia, passa pela dinamização das vendas ao exterior, sejam em bens ou em serviços. Esta dinâmica está também muito presente no sector da Construção e Minas e disso damos aqui alguns exemplos que julgamos interessantes. Para além da expansão dos projetos existentes, temos hoje uma grande procura de novas oportunidades mineiras em Portugal, seja do ferro em Moncorvo, do ouro de Montemor, do lítio no norte de Portugal, etc. O nosso sector mineiro é hoje essencialmente exportador e uma importância maior se poderá esperar caso alguns destes investimentos sejam bem sucedidos. Outro aspeto muito importante nesta demanda pelos mercados externos, passa pela crescente internacionalização das nossas empresas de construção. São cada vez mais as empresas e cada vez mais e maiores os projetos em que as nossas empresas e os nossos trabalhadores estão envolvidos, numa cada vez maior diversidade de mercados. Existem casos de obra muito interessantes de que vos iremos também falar em próximas edições. Seguindo a nossa busca de equipamentos, processos ou serviços que se adequem ao momento que todos vivemos e que possam contribuir para dinamizar a criação de valor, seja pela inovação, eficiência ou outra, decidimos partilhar convosco, nesta edição, os compromissos em que toda a nossa equipa, com especial ênfase na equipa de apoio pós venda, está empenhada. A busca de uma cada vez maior eficiência dos nossos serviços, uma cada vez maior previsibilidade em tempo e em custos, é uma das contribuições que estamos continuamente empenhados em garantir aos nossos clientes. 06 09 10 12 13 CORRIDA AOS METAIS Drillcon com a nova Christensen CS10 BARRAGENS: AS NOSSAS ENERGIAS Epos em Salamonde 06 DIAMEC Ajuda no reforço de potência da barragem de Salamonde MINAS DE ALJUSTREL Sucesso na indústria mineira portuguesa PÁ MINEIRA ST1030 no reforço de potência de Venda Nova III 09 SECILBRITAS Maior fiabilidade e produtividade: o investimento compensa 14 TRIÁGUAS 15 UM ROC INTELIGENTE Tempo é dinheiro! 10 ROC D9C na Explo 16 OS NOSSOS COMPROMISSOS 17 T-WIZ Longevidades mágicas 18 Breves notícias da Atlas Copco 14 FICHA TÉCNICA: Diretor: Bruno Coelho • Conselho Editorial: Bruno Coelho, Hugo Dias, Luis Nicolau, Paulo Dinis, Torres Marques, Nuno Quinteira, Rodolfo Neves • Coordenação e Marketing: Jorge Fidalgo e Ricardo Pires • Fotografia: Arquivo Atlas Copco • Editor: Schlief Lda • Redação e Administração: Avenida do Forte, 3- 2795-504 CARNAXIDE • Design e paginação: Schlief Lda • Pré-impressão: Schlief, Lda • Impressão: Schlief, Lda • Tiragem: 1.300 exemplares • Propriedade: SOC. ATLAS COPCO DE PORTUGAL, LDA. • Sede: Avenida do Forte, 3 - 2795-504 CARNAXIDE • Tel. 214 168 534 • Fax. 214 170 941 • Endereço eletrónico: [email protected] Bruno Coelho Diretor Geral - Divisão de Construção & Minas A Construção e Minas relata as atividades da Divisão de Construção Civil e Minas da Sociedade Atlas Copco de Portugal, Lda. Esta revista é distribuída gratuitamente e periodicamente. Todos os direitos reservados. Autorizada a reprodução do conteúdo citando a sua procedência. CORRIDA AOS METAIS Drillcon com a nova Christensen CS10 O mercado mineiro é um sector muito específico onde são necessários investimentos avultados que, atualmente, escasseiam em Portugal. Assim, não é de estranhar que a maioria do investimento no nosso país e neste sector seja essencialmente estrangeiro. A elevada procura internacional por metais provocou um aumento considerável no seu valor e, transportou o sector mineiro Português para uma época francamente positiva face à atual conjuntura económica do país. São inúmeros os novos projetos de prospeção e pesquisa que, atualmente, estão em curso no território português. 4 A Drillcon Ibéria SA, empresa subsidiária do grupo Drillcon sediado em Nora, Suécia, dedica-se essencialmente a trabalhos de Sondagens Mineiras e Raise Boring. Recentemente esta empresa reforçou a sua frota de equipamentos, com a aquisição de uma nova máquina de sondagens de superfície da gama Christensen da Atlas Copco, mais precisamente a Christensen CS10. A Christensen CS10 é um equipamento extremamente robusto e eficiente que, num atrelado compacto, reúne todos os componentes necessários para executar os furos de sondagem. A sua coluna dividida em três tramos com 9 kN de capacidade de elevação e comprimento, permitindo manobrar amostradores de 6 m, a sua unidade de rotação vazada com elevado binário e rotação que permite Construção e Minas - No 1 / 2012 manobrar varas PQ (117 mm), o seu retentor de varas com cilindro de gás para maior segurança, a sua bomba de água/lamas Trido 140, guincho principal com 53,5 kN de capacidade e guincho wireline, permitem a execução de perfurações até 800 m de profundidade com o diâmetro N. Recentemente foi iniciado um novo trabalho de sondagens no Distrito da Guarda, Nordeste de Portugal, com perfurações entre 300 m e 700 m de profundidade, onde os diâmetros usados são HO e NO2, a rocha é siliciosa, competente e de dureza média a muito dura. Até ao momento, já foram executadas perfurações até aos 700 m de profundidade, tendo os primeiros 500 m sido executados com diâmetro HO (98 mm) e os restantes com diâmetro NO2 (75,9 mm). Segundo o Eng. Adriano Fernando Barros, responsável pela Drillcon Ibéria SA, este equipamento atingiu as suas expetativas e, realçamos o seu comentário: “ Estamos muito satisfeitos com a máquina, a qual tem demonstrado ser um equipamento com grande capacidade de perfuração, fácil mobilidade e fácil manutenção. Além disso os comandos da máquina são muito intuitivos e, assim sendo, a adaptação dos operadores à mesma foi muito rápida. A adaptação ao sistema de guincho demorou um pouco mais, pois nenhum dos equipamentos com que trabalhávamos possuía este sistema, o qual, depois de alguma habituação, acabou por ser uma mais-valia, pois permite fazer manobras retirando 6 metros de tubaria de cada vez.” 5 Construção e Minas - No 1 / 2012 Para efetuar estas sondagens, a Drillcon recorre a coroas de perfuração Excore de matriz média a branda séries 6-8 e 8-9. Segundo o Eng. Adriano Fernando Barros, estas coroas são as mais apropriadas para rochas de elevada dureza e competentes. Os rendimentos médios neste projeto à data são entre 15 a 20 m por turno de 10 horas. Num turno foi atingido o valor de 40 m de perfuração. O valor acrescentado da Drillcon, com a aquisição deste equipamento, obtém-se pela capacidade de trabalho com diâmetro PQ em terrenos muito fraturados nos primeiros metros ou para furos longos, e pela versatilidade da máquina. Relativamente à performance do equipamento, o Eng. Adriano Fernando Barros afirma que: “ o rendimento da máquina é muito bom, não sendo esta explorada ao limite (evitamos trabalhar com rotações acima das 1000 r.p.m.) a fim de serem evitados desvios significativos da sondagem. A facilidade de mobilidade da CS10 é também uma mais-valia, a qual, apesar de toda a potência e capacidades que tem demonstrado, apresenta dimensões relativamente pequenas.” A Drillcon Ibéria tem presentemente 14 máquinas de sondagens a trabalhar em vários projetos de prospeção geológica e/ou geotécnica, de norte a sul de Portugal. A expansão internacional do departamento de sondagens e geotecnia é algo que poderá acontecer a breve trecho e a Drillcon conta com o apoio de vários parceiros, entre eles a Atlas Copco. [email protected] 6 Construção e Minas - No 1 / 2012 BARRAGENS: AS NOSSAS ENERGIAS Epos em Salamonde D esde 2007 que a EDP tem vindo a desenvolver um programa ambicioso e sustentado de diminuição da nossa dependência energética, através da construção de novas barragens e ainda pelo reforço de potência de algumas já existentes. Este programa teve início com o reforço de potência do Picote, em 2007, já concluído, seguido de Bemposta, também já efectuado, o Alqueva, que está em fase de conclusão, e entra ao serviço em 2012, Venda Nova e Salamonde, ambos em construção. Em praticamente todos estes projetos, a Atlas Copco esteve e está ainda presente, em parceria com os principais empreiteiros portugueses, fornecendo os equipamentos e consumíveis necessários à realização dos trabalhos de construção, seja por venda ou em regime de aluguer. Exemplo em curso da participação da Atlas Copco é o reforço de potência de Salamonde. REFORÇO DE POTÊNCIA DE SALAMONDE A barragem de Salamonde foi inaugurada em 1953 com uma potência instalada de 42 MW e está implantada na margem esquerda do rio Cávado, localizando-se nas freguesias de Salamonde e Loredo no concelho de Vieira do Minho, distrito de Braga e na freguesia de Cabril conselho de Montalegre, distrito de Vila Real. As obras para o reforço de potência foram adjudicadas em 2010 à empresa Construsalamonde ACE, consórcio formado pelas empresas Teixeira Duarte, SA/ Epos, SA/ SETH, SA, consistindo nos trabalhos de construção para a instalação de um grupo gerador reversível de potência nominal de 207 MW, reforçando a potência existente em cinco vezes. O investimento será, a valores de 2008, entre os 195 e os 205 M€, e a incorporação nacional neste projeto será de 70%. As obras de escavação tiveram início em Abril de 2011 e estão previstas terminar em Agosto de 2014. Os trabalhos consistem essencialmente num circuito hidráulico, numa central de produção subterrânea, edifício de apoio e numa sub-estação. A central será equipada com um grupo reversível que fará a bombagem a partir da Albufeira da Caniçada a jusante, potenciando a mais valia hidroelétrica da cascata do Rio Cávado. Todos os trabalhos de construção deverão terminar em Abril de 2015 e a entrada ao serviço da barragem está prevista para Agosto desse ano. O volume total das escavações a realizar será de 686.000 m3, seja de superfície, central e túneis. Sob o ponto de vista geológico, a formação ocorrente corresponde ao granito do Gerês, que apresenta fáceis grosseiras na periferia e porfiróides de grão médio a grosseiro para o interior do maciço. Ocorrem também fáceis de cor vermelha, epissienitos, constituídas por feldspatos rosados, clorites e epídotos, verificando-se uma quase ausência de quartzo, excepto em pequenos veios finos recortados. O regime de trabalho é de laboração contínua, 360 dias/ano, sendo de 550 o total de trabalhadores envolvidos nesta obra. Importante para o desenvolvimento dos trabalhos de escavação e com o prazo de regularização de caudal da albufeira, foi a construção em 2011 no tempo recorde de 4 meses de 2 ensacadeiras: a DCC (com 11.955 m3 volume de escavação e 15.015 m3 de betão) e a da tomada água (com 9221 m3 de volume escavação e 10.133 m3 de betão). Os equipamentos seleccionados pelo consórcio para a realização dos trabalhos de escavação subterrânea desta obra foram equipamentos de perfuração Atlas Copco, designadamente, duas unidades Boomer WE3C, na furação principal, e um Boomer L2C, em apoio. Em 2012 juntaram-se nos trabalhos de escavação um Simba M6C, um ROC D3-01R e um ROC T15. 7 Construção e Minas - No 1 / 2012 Os Boomers WE3C fornecidos pela Atlas Copco são equipamentos de última geração com três braços de perfuração equipados com colunas de perfuração de 5,5 metros equipados com os novos martelos COP2238 de 22 KW. Tendo em linha de conta as exigências deste projeto, seja em termos de fiabilidade como de produtividade, ambos os equipamentos foram apetrechados com a maioria dos opcionais disponíveis, designadamente: BOOMER WE3C •Plataforma de serviço SP3, equipada com protecção FOPS • •Braços tipo BUT 45L, mais rápidos, mais robustos e com uma maior área de cobertura •Braço central de perfuração equipado com sistema BSH para furação longa •Braço central equipado com sistema MWD (sondagem frente) •Sistema de controle RCS, CAN-BUS de 3ª geração •Sistema de controle da perfuração, robotização total, ABC TOTAL •Bomba hidráulica Swellex modelo H1 A dureza da rocha, as estruturas já existentes, sejam os edifícios, o corpo da barragem e central adjacentes, assim como os exigentes limites de vibrações, introduziram algumas restrições nos trabalhos de escavação e nos diagramas de perfuração utilizados. Todos os diagramas e planos de fogo são elaborados em função das caraterísticas geotécnicas do maciço a atravessar e da distância às estruturas existentes. Seja a quantificação da carga a utilizar, a definição entre os furos de recorte das galerias, cargas controladas acompanhadas de temporização criteriosa dos tempos de disparo (smooth-blasting), contribuem para que a velocidade de vibração pela utilização dos explosivos não ultrapasse os limites definidos nas normas e regulamentos em vigor. Para além dos trabalhos preparatórios necessários (acessos, consolidação de taludes, emboquilhamentos) o primeiro túnel a ser escavado foi o túnel de acesso à central no comprimento total de 1.586 m e uma secção plena de 61 m2. Foi iniciado em final de Maio de 2011 e concluído em Dezembro de 2011, com rendimentos médios mensais 220 m de galeria com uma única frente de ataque. Foram também já iniciados diversos túneis de acesso e ataque, seja à central, à chaminé, à adução, à câmara da comporta e à restituição, que será finalizado com o túnel principal da restituição, que terá 2044 m e uma secção plena de 105,67 m2. Desde o arranque dos WE3C em operação, de forma à rentabilização máxima dos avanços na escavação e à minimização da sub-escavação e consequente redução de custos, a Construsalamonde tem utilizado e tirado partido de todas as potencialidades e tecnologia do sistema ABC Total que equipa estes jumbos. O sistema de controle da perfuração realiza o posicionamento dos braços de perfuração de forma completamente automática, segundo uma pega de fogo previamente definida e introduzida pelo cliente no computador de bordo, de acordo com a secção a escavar, formação a atravessar e eventuais condicionalismos na pega, como a redução das vibrações. O ABC Total assegura o emboquilhamento automático e a realização de todos os furos do diagrama de perfuração de forma automática, com o posicionamento paralelo dos furos e a consequente otimização do desmonte, com a obtenção de avanços quase plenos e mínima sub-escavação. Este nível de automatização total inclui toda a sequência de furação previamente definida no diagrama e introduzida no sistema, assim como todos os registos de todas as operações realizadas no ciclo. O tempo requerido para a execução do ciclo de perfuração situa-se entre as 2 horas e as 2 horas e 30 minutos. Sendo a tecnologia ABC Total e o martelo COP 2238 “amigos do aço de perfuração, dado que adaptam instantaneamente a energia de impacto às condições do terreno a perfurar,” a sua conjugação com a utilização do aço de perfuração Atlas Copco “SR35 Magnum” neste projeto asseguraram resultados e vidas úteis excecionais. Nos primeiros 800 metros de túnel escavado, foram obtidas vidas úteis médias de 3.600 m para as varas T38-SR35 de 5,5 m, de 3.810 m para os encabadouros e uniões T38 e de 570 m para os bites SR35 de 48 mm. A escavação da futura central é um trabalho de grande complexidade, dadas as grandes dimensões da caverna de 60x60x30 m obrigarem a cuidados redobrados, seja na escavação, como no sustimento, sendo a escavação realizada a partir de uma galeria de ataque na abóboda e o desmonte num sistema de câmaras e pilares. Neste projeto estão previstos vários poços, sejam o poço de tomada de água, de adução e o poço de barramentos, e ainda a chaminé de equilíbrio e a de ventilação e bombagem. Os poços têm secções compreendidas entre os 7,59 m2 e os 346 m2 e alturas que se situam entre 8 os 26 m (a menor) e os 179,5 m (a maior). O processo de construção é por Raise-boring, seguido do alargamento em sistema de perfuração em bancada até ao diâmetro e altura final. A escavação do pescoço de cavalo da tomada de água será também realizada com Raise-boring, seguido do respetivo alargamento para a secção final. O equipamento utilizado no alargamento é o ROC T15 da Atlas Copco. Sendo a qualidade e desempenho dos equipamentos fatores muito importantes, fundamental mesmo é a superação e o esforço diário que os trabalhadores empenhados dos múlti- Construção e Minas - No 1 / 2012 plos sectores envolvidos, contribuem para o sucesso destas obras. O técnico especialista da Atlas Copco em obra assegura, não só a manutenção curativa dos equipamentos, como a preventiva, antecipando a ocorrência de avarias e paragens imprevistas dos equipamentos. A área de manutenção e armazém do consórcio tem sido também um exemplo de cooperação e empenho no sucesso dos equipamentos em obra, proporcionando diariamente ao técnico especialista da Atlas Copco todo o suporte e apoio solicitados, o que tem permitido assegurar uma disponibilidade dos equipamentos de perfuração praticamente a 100%. Eng. João Rala, responsável pelos trabalhos de escavação do reforço de potência de Salamonde em discurso direto sobre as perfomances dos jumbos WE3C “ Os equipamentos de perfuração da Atlas Copco têm-se revelado fiáveis e muito produtivos. As performances e a facilidade de operação têm garantido os rendimentos do projeto. Os martelos de alta frequência utilizados nos jumbos têm permitido altos rendimentos de furação e um reduzido consumo de aço de perfuração” Lilia e Nuno unidos na vida, na operação dos equipamentos e no sucesso da obra Aparentemente os nomes são comuns, nada dizem à generalidade das pessoas, exceto aos colegas e responsáveis que trabalham na obra do reforço de potência de Salamonde. São um casal proveniente do Alentejo, onde residem e que no dia-a-dia dá o seu melhor para o sucesso deste projeto. Ambos são operadores altamente qualificados de equipamentos de perfuração, sejam os jumbos WE3C, seja o Simba M6C. Ambos selaram uma vida em comum, já operando e trabalhando em túneis e minas. Ela quebrando uma tradição de muitos anos, dado que o trabalho mineiro sempre foi um exclusivo de homens, ingressou na Epos para o projeto de reativação das minas de Aljustrel, corria o ano de 2007, juntamente com outras mulheres, para operar com o Simba M6C na furação de bancada. Saiu da Epos com o fim do projeto de reativação de Aljustrel em 2008, ingressando na EPDM onde permaneceu 1 ano, fazendo trabalho similar. Com o início do projeto de Salamonde voltou a ser integrada nos quadros da Epos, operando os equipamentos de perfuração na obra. Neste momento, é a única mulher em atividade que opera este tipo de equipamentos. As suas expe- Lilia e Nuno com o técnico da Atlas Copco Ricardo Fernandes tativas são a obtenção do certificado de formador de equipamentos de perfuração subterrânea e vir a fazer parte do futuro centro de formação da Epos na Somincor. O Nuno, após 5 anos a trabalhar na extração na mina de Aljustrel, ingressou em 2009 na Epos como operador de jumbos de perfuração, cargo que mantém. As suas expetativas em termos profissionais são o aprofundamento dos conhecimentos das tecnologias de perfuração e a consequente especialização, fazendo cada vez mais rápido, melhor e ao menor custo. [email protected] 9 Construção e Minas - No 1 / 2012 DIAMEC Ajuda no reforço de potência da barragem de Salamonde S alamonde é uma barragem em arco abóbada com 75 m de altura, que pertence à bacia hidrográfica do Cávado, tendo entrado em funcionamento em 1953. Com o novo plano hidrográfico foi definido reforçar a potência instalada desta barragem, tendo a obra sido adjudicada ao consórcio CONSTRUSALAMONDE constituído pelas empresas Teixeira Duarte – EPOS – SETH. A obra atualmente em curso tem colocado diversos desafios ao consórcio e, um deles foi a colocação de extensómetros na futura abóbada da central subterrânea. A execução deste trabalho consistia na realização de 6 furos em 2 alinhamentos de 3 furos, com 86 mm de diâmetro e 30 m de comprimento, dos quais 2 verticais ascendentes e os restantes a 45º igualmente ascendentes. Nestes eram executados ensaios de absorção de água tipo Lugeon em troços de 5 m e com três patamares de pressão, exceto nos primeiros 5 m de cada furo. O reduzido prazo de execução e a minimização de impedimentos na empreitada de escavação subterrânea eram os desafios colocados. Para tal, foram instaladas propositadamente, plataformas provisórias que permitiram a preparação para continuação dos trabalhos de escavação subterrânea, assim como do sustimento definitivo da abóbada. A execução dos trabalhos foi feita com recurso a sistema de perfuração convencional 86T2 com varas de alumínio de 50 mm e, os equipamentos escolhidos foram as Diamec nos seus modelos 251 e 252. Estes equipamentos, sobejamente conhecidos pela sua versatilidade, robustez e elevado rendimento provaram, uma vez mais, estar à altura de mais este desafio, tendo atingido 7 m por turno de rendimento médio incluindo os ensaios de Lugeon necessários e, permitindo que o trabalho tenha sido terminado em tempo recorde com impactos mínimos na obra geral. [email protected] 10 Construção e Minas - No 1 / 2012 MINAS DE ALJUSTREL Sucesso na indústria mineira portuguesa BREVE HISTORIAL As minas de Aljustrel situam-se na Faixa Piritosa Ibérica, entre o Sul do Baixo Alentejo (Portugal) e Andaluzia (Espanha), uma das zonas mais ricas em minérios metálicos a nível mundial. A exploração das Minas de Aljustrel nomeadamente os jazigos de São João e Algares remonta à antiguidade. Com carácter de regularidade, a exploração dita moderna é retomada no final do séc. XIX, inicialmente para a produção de cobre e depois como matéria-prima de enxofre. É no final da década de 40 que a importância das Minas de Aljustrel avulta com uma importante posição na exportação e progressiva melhoria de posição no abastecimento do mercado nacional produtor de ácido sulfúrico. No final dos anos 80, o mercado para a pirite colapsou, o que obrigou a Empresa a procurar novos caminhos de modo a manter-se viável. A empresa iniciou estudos de valorização dos seus minérios, no sentido de promover as produções dos metais básicos não ferrosos neles contidos, acrescendo mais valor às suas produções. Por motivos técnico-económicos, em 1993 a laboração foi suspensa. Em 2006, a Eurozinc decide retomar as atividades mineiras, desta vez focando-se na exploração de zinco. A abrupta crise financeira global que começou em 2008, com consequências diretas e dramáticas nos preços internacionais do zinco, forçou a Lundin Mining a suspender novamente a atividade operacional da mina em Novembro de 2008. O PRESENTE Em Fevereiro de 2009 é o Grupo Português I’M Mining SGPS, liderado pelos irmãos Martins, que investe na Mina, adquirindo a Empresa – Pirites Alentejanas, S.A.. Dadas as boas perspetivas do preço do cobre, que se confirmaram com um aumento do preço nos mercados internacionais e o facto de ser muito menos volátil do que o do zinco, a ALMINA – Minas do Alentejo, S.A., atual denominação social da Empresa, fez uma inflexão na estratégia deixando para segundo plano o zinco e focando-se no cobre. Tem-se revelado uma aposta claramente vencedora, contribuindo decisivamente para que a mina esteja atualmente a trabalhar com ritmo de produtividade crescente perspetivando um futuro sustentável. Os trabalhos de desenvolvimento na Mina de Feitais reiniciaram-se em Junho de 2009, quatro meses após a I’M Mining ter concreti- zado a aquisição da Empresa concessionária do complexo mineiro. Os trabalhos consubstanciaram-se na melhoria das infraestruturas da mina, assim como o desenvolvimento de galerias, necessário para aceder às frentes do filão de cobre, de modo a permitir fazer os desmontes para a extração do minério. A extração de minério, a partir da Mina de Feitais, iniciou-se ainda no primeiro semestre de 2010, tendo-se começado o seu tratamento na Lavaria no início do segundo semestre. Em Janeiro de 2011, o Grupo APCL- Financeira, SGPS passa a fazer parte do capital social da I’M Mining, SGPS; acionista única da ALMINA e EPDM. Atualmente, trabalham nas Minas de Aljustrel cerca de 500 pessoas, 270 trabalhadores da ALMINA e os restantes de diversos Empreiteiros e Prestadores de Serviços que colaboram com a empresa, com particular destaque para a EPDM com mais de 160 trabalhadores, empresa igualmente participada do grupo I’M Mining SGPS. 11 Construção e Minas - No 1 / 2012 MINETRUCK MT42 EPDM e os equipamentos em laboração A EPDM – Empresa de Perfuração e Desenvolvimento Mineiro, S.A., empresa do grupo I’M Mining, criada em 2009 é responsável pelos trabalhos de escavação subterrânea na Mina, identificou a Atlas Copco como um parceiro estratégico no que diz respeito a equipamento mineiro e soluções de assistência técnica. Para os trabalhos de escavação na mina, a EPDM opera atualmente uma frota de equipamentos Atlas Copco composta por três jumbos de furação de avanço Boomer 282S, dois jumbos de furação de bancada Simba 157, uma pá carregadora Scooptram ST14 e BOOMER 282S um camião de mina com capacidade de carga de 42 toneladas Minetruck MT42. Para garantir custos operacionais baixos e elevados índices de disponibilidade dos equipamentos, a EPDM contratou os serviços de assistência técnica da Atlas Copco, garantindo uma equipa de cinco técnicos em permanência na mina. Assegurou ainda a assistência total a todos os martelos hidráulicos perfuradores dos seus equipamentos, por muitos considerados o “coração” dos mesmos, por um valor fixo por hora de trabalho, garantindo a ausência de custos inesperados, e rendimentos elevados. Também nos consumíveis de perfuração a EPDM tem apostado na Atlas Copco, mais concretamente na tecnologia Magnum. Desde o início das operações em Aljustrel que os jumbos de perfuração têm utilizado aço cónico Magnum SR35 para realizarem os furos de avanço com diâmetro de 48 mm. Já na SIMBA 157 furação de bancada, os Simba 157 utilizam material standard T38 com tubos guia e bites Retrac para limitar desvios na furação. O FUTURO Para além da consolidação dos níveis de produção na Mina de Feitais, está previsto arrancar com a extração de minério de cobre da Mina do Moínho, durante o primeiro semestre de 2012. Para garantir este objetivo, a EPDM decidiu aumentar a sua frota de equipamentos e mais uma vez confiou na Atlas Copco para os equipamentos de carga e transporte adjudicando mais uma pá carregadora Scooptram ST14 e um camião de mina Minetruck MT42. Para além disso, reforçou ainda a sua frota de jumbos de avanço com a compra de um quarto jumbo Boomer 282S. A ALMINA – Minas do Alentejo, S.A. espera processar um milhão de toneladas de minério já este ano. [email protected] SCOOPTRAM ST14 12 Construção e Minas - No 1 / 2012 Pá mineira ST1030 NO REFORÇO DE POTÊNCIA DE VENDA NOVA III O reforço de potência de Venda Nova III iniciou a sua construção em Abril deste ano, estando previsto o seu término em Setembro de 2014 e a entrada em operação para o 1º semestre de 2015. Neste período, o investimento total estimado para o projeto é de 349 milhões de euros, passando a ser a maior central hidroelétrica em Portugal em termos de potência instalada. Esta unidade será constituída por uma central subterrânea em caverna, um circuito hidráulico em túnel e diversos poços, cavernas e túneis auxiliares e de acesso, perfazendo 9 km de galerias, sendo necessário escavar uns impressionantes 1.000.000 m3 de rocha e colocar 200.000 m3 de betão. A construção deste empreendimento foi adjudicada a um agrupamento de 4 empresas, liderado pela MSF, e constituído pela Somague, Mota-Engil e Spie Batignolles, ficando a conceção e projeto de execução a cargo do Dono de Obra EDP. A Atlas Copco Portugal está presente neste projeto através do fornecimento ao ACE de 2 Pás Scooptram ST1030. A pá carregadora Scooptram é um equipamento com uma capacidade de carga de 10 toneladas, capaz de se movimentar em galerias até um mínimo de 3,3 m de largura. Projetada para uma produtividade máxima, esta máquina inclui um poderoso sistema de propulsão, um balde de desenho agressivo e braço com barra em estilo Z para assegurar um verdadeiro carregamento de uma vez só (“one-pass” loading). Nesta obra, o balde de carga da pá ST1030 tem uma capacidade de 5 m3, permitindo assim uma rápida e eficaz remoção do escombro. Atualmente estas pás estão a trabalhar no túnel de saída de energia (ventilação) e no túnel de ataque à chaminé de equilíbrio inferior com uma secção de 26 m2 de granito alterado, com a remoção do escombro, de uma pega com 4,10 m de avanço, efetuada em cerca de 2 horas e meia. Segundo o director de obra deste túnel, “estas pás são boas máquinas com bastante robustez”. Um dos grandes desafios inerentes a este projeto em fase de execução, para além das quantidades de trabalho associadas, é a manutenção em operação, durante a construção, dos grupos adjacentes de Venda Nova II e a consequente permanência em carga do circuito hidráulico. Estas condições exigirão um controlo muito exigente das vibrações resultantes do desmonte a fogo, durante os trabalhos de escavação subterrânea, e a permanente monitorização de quantidade e tipo de infiltrações de água. [email protected] 13 Construção e Minas - No 1 / 2012 SECILBRITAS Maior fiabilidade e produtividade: o investimento compensa A Secilbritas, empresa de agregados do grupo Secil, tem como atividade principal a exploração, extração e venda de agregados. os centros de produção. Passados cerca de 6 meses após o investimento efetuado, perguntámos ao Eng. Pedro Pereira qual a sua experiência com o ROC D9-11: Desde meados da década passada e na sequência da reestruturação operada no grupo, o departamento de desmonte da Secilbritas é responsável pelas operações de perfuração e desmonte em todos os centros de produção do grupo. Esta reestruturação representou um enorme desafio para o departamento, que se viu confrontado com a tomada de várias decisões cruciais para o sucesso da sua atividade, nomeadamente o investimento em novos equipamentos de forma a aumentar os índices de disponibilidade dos respetivos recursos. O equipamento apresenta elevados níveis de fiabilidade. A sua utilização com aço T51 e diâmetros de perfuração de 89 mm permitiu-nos reduzir substancialmente os desvios, melhorando a qualidade e rigor da perfuração e, com isso, a qualidade dos desmontes quer ao nível da fragmentação, mas principalmente ao nível da segurança (projeções). Assim, no passado ano de 2010, após detetada a necessidade de proceder à aquisição de um novo carro de perfuração para operar nas pedreiras da zona Norte (Penafiel e Joane), e após consultado o mercado, a Secilbritas optou uma vez mais por dar preferência à Atlas Copco, pelo que se colocou na pedreira de Penafiel um carro de perfuração Atlas Copco modelo ROC D9-11. Este equipamento com uma capacidade de produção de aproximadamente 1.500.000 toneladas/ano, equipado com um motor CAT modelo C7 Tier III/63 com 168 Kw de potência, preparado para operar com aço T45 ou T51 e com um martelo COP 2560 de 25 Kw, confere-lhe um desempenho em termos de velocidade de perfuração, único na sua classe. Paralelamente ao acordo de fornecimento do carro de perfuração foi efetuado um acordo de assistência técnica total. Esse acordo, para além de assegurar ao cliente não só a realização das visitas de manutenção planeada e a substituição do martelo nas revisões programadas, fomenta o diálogo permanente entre os elementos de ambas as empresas, contribuindo assim de uma forma decisiva para a manutenção de um elevado índice de disponibilidade do equipamento. O Eng. Pedro Pereira é o responsável pelo departamento de desmonte da Secilbritas, tendo como missão a coordenação das operações de perfuração e desmonte em todos Deste modo foi-nos possível reduzir os custos gerais da pedreira, dado que o aumento da fragmentação e deslocamento de bancada permitiu melhorar a eficiência das operações de carga e transporte e principalmente da produtividade da central de britagem. De referir que o operador se adaptou bem ao equipamento. O maior custo no consumo de combustível do novo equipamento, foi compensado pelo maior rigor da perfuração e aumento da malha da perfuração, o que, em termos de combustível, se traduz num custo similar por tonelada desmontada. [email protected] 14 Construção e Minas - No 1 / 2012 TRIÁGUAS Tempo é dinheiro! O mercado de perfuração de poços para captações de água está amplamente consolidado em Portugal. A maioria dos empresários considera, aliás, estar saturado. A crise nacional chegou a todos os sectores, com maior incidência no mercado da construção civil e seus dependentes. É neste contexto de dificuldade que emergem as empresas de valor e visão superior. Considerar um investimento mais arrojado como aposta na produtividade e sustentabilidade é o lema das empresas que contrariam a tendência do mercado. Tempo é dinheiro. E quando tempo representa consumo de combustível, então tempo é bastante dinheiro. É portanto crucial furar com a máxima eficiência de combustível. Graças ao design inteligente do martelo COP 64 Gold, os nossos clientes irão encontrar um preço ligeiramente superior ao mercado nacional num produto que utiliza o ar comprimido de modo inteligente e eficiente, reduzindo os custos totais de perfuração, incrementando a rapidez e produtividade do serviço prestado. A experiência adquirida através dos nossos clientes que A Triáguas – José Machado & Costas, Lda, tem utilizado no decurso do último ano o martelo COP 64 Gold, apresentando resultados positivos. Da esquerda para a direita: Sr. Manuel Costa e Sr. Albino Carvalho (operadores) COP 64 Gold já utilizam o martelo COP 64 Gold nos seus trabalhos de perfuração permite à Atlas Copco afirmar com segurança que, em média por furo, o nosso martelo pode economizar cerca de 50 litros de combustível (compressor de 21 bar num furo de condições ideais). Segundo o Dr. José Mota (Director técnico da Triáguas), “verifica-se que o cilindro deste martelo tem uma durabilidade superior, mantendo ou superando o rendimento do anteiror martelo COP 64 Std”. O que parece não deixar dúvidas é a evidente diferença de rendimento dos martelos COP Atlas Copco face ao restante mercado, o que permite afirmar que, “só trabalhando com material de qualidade e de máxima rentabilidade se pode fornecer aos nossos clientes o melhor serviço a um preço adequado”. A qualidade do serviço é de facto um aspeto que a Triáguas não deixa ao acaso. Utiliza como ferramenta de perfuração o bite Atlas Copco de 7” botão esférico, sendo das poucas empresas no Norte do país a realizar furos de água com 7’’ de diâmetro, garantindo deste modo maior fiabilidade e longevidade à captação de água. [email protected] Ao fundo: Compressor Atlas Copco XRHS 385 15 Construção e Minas - No 1 / 2012 UM ROC INTELIGENTE ROC D9C na Explo A Explo - Empresa de Demolições, Lda., adquiriu no final de 2010 o primeiro ROC totalmente computadorizado a operar em Portugal, o ROC D9C. Após um ano em serviço numa das mais importantes obras rodoviárias em execução em Portugal, A.E. Transmontana, fomos visitar o Lote 3 desta concessão, e perceber os benefícios retirados deste novo equipamento por parte da Explo Lda., empresa responsável pelo desmonte de rocha nos Lotes 2, 3 e 10 da referida concessão. A Auto-Estradas XXI S.A., liderada pelos grupos Soares da Costa e Globalvia, é a entidade adjudicatária da subconcessão da Auto-Estrada Transmontana. A futura Auto-Estrada Transmontana terá um total de 186 km de extensão, dos quais, 130 km de nova construção, e beneficiará os Concelhos de Amarante, Vila Real, Sabrosa, Murça, Alijó, Mirandela, Macedo de Cavaleiros e Bragança. O lanço em construção ligará Vila Real a Bragança, em perfil de Auto-Estrada, unindo-se à via que liga Amarante a Vila Real, à Variante de Bragança e à Ponte Internacional de Quintanilha. Estas três vias têm uma extensão total de 56 km e fazem parte do atual IP4. O Lote 3, a cargo da empresa Rosas Construtores S.A. tem cerca de 14 Km de extensão, dos quais 50% correspondem ao alargamento da via existente (IP4) e os restantes 50% constituindo um novo traçado, compreendendo escavação em plena via na sua totalidade. O volume de rocha a escavar é de aproximadamente 1.700.000 m3 de maciço rochoso granítico. Dado o elevado volume de trabalho a executar, e por forma a cumprir o prazo contratualmente definido, foi essencial, por parte da Explo Lda. colocar todo o know-how no terreno para avançar com este projeto de elevada responsabilidade. A estrutura técnica da empresa chegou rapidamente à conclusão de que necessitariam de adquirir um equipamento com elevado rendimento para garantir a produtividade exigida pelo empreiteiro responsável pela execução deste Lote. Uma vez que a Explo Lda. conta na sua frota de equipamentos de perfuração (composta por 10 unidades Atlas Copco) com 2 unidades ROC D7-11, 1 unidade ROC D7-01 e 1 unidade ROC 748, a escolha da Atlas Copco era uma decisão óbvia. Desta vez, a opção recaiu numa unidade pioneira em Portugal, o ROC D9C-11. O SmartRig ROC D9C-11 é um carro de perfuração inteligente que permite navegação GPS para definir o ponto a perfurar com um rápido set-up e perfuração de alta precisão. O ROC Manager permite o planeamento atempado do diagrama de fogo, utilizado posteriormente pelo operador na máquina. Este poderá obter e transmitir informação acerca de diagramas de perfuração, registo de dados e análise de desvios MWD (Measure While Drilling). Ao utilizar o Rock Drill Control System, o operador tem ao seu dispor uma ferramenta que ajuda a definir os parâmetros ideais de perfuração. O sistema funciona através do ajuste de potência de perfuração para se adequar às condições geológicas, com os três parâmetros de controlo vitais, sendo a pressão de rotação, a pressão exercida na coluna de varas e a taxa de penetração. Este sistema permite aumentar em cerca de 20% a vida útil do aço de perfuração. Todos estes fatores, que permitem aumentar a produtividade em resultado do aumento da disponibilidade do equipamento, aliado a um martelo perfurador mais potente com 25 Kw, permitiram à Explo Lda. cumprir os prazos propostos para a execução dos trabalhos, com resultados globais bastante satisfatórios. Com um ritmo de execução dos trabalhos elevado na fase de maior produção da obra foi possível aferir a diferença de produtividade face a equipamentos semelhantes de menor potência e não computadorizados. O diâmetro de perfuração utilizado foi em geral 76 mm (89 mm em algumas zonas do traçado) com aço T45. As características técnicas desta obra não permitiram a utilização de diâmetros superiores. À passagem das 2500 horas de operação, o Eng.º Luís Sousa (Diretor de Obra) pode afirmar que “ o ROC D9C-11 deu sem dúvida uma ajuda significativa a nível produtivo. É notória uma maior rapidez de perfuração, sendo tanto mais evidente quanto maior for a bancada a perfurar.” Um dos aspetos que mais impressionou o Eng.º Luis Sousa foi “a capacidade de manter o mesmo nível de rendimento utilizando um diâmetro de perfuração superior. A maior longevidade do aço permitiu-nos reduzir o consumo esperado para esta obra”. E, uma vez que falamos em consumos, “o consumo de gasóleo deste ROC D9C-11 é equivalente a uma máquina de menor potência, como o ROC D7 equipado com um martelo de 18 Kw.” [email protected] 16 Construção e Minas - No 1 / 2012 OS NOSSOS COMPROMISSOS Quando, no Parts & Services da Atlas Copco, começámos a desenvolver o conceito dos nossos “Compromissos”, tomámos como ponto de partida as sugestões e críticas dos nossos clientes. Numa organização global, presente em mais de 170 países, com quase 3.000 colaboradores apenas na assistência técnica, trabalhando à superfície ou em ambiente subterrâneo, necessitamos de adotar processos que garantam ao nosso cliente uma assistência eficaz, com rapidez e qualidade. teve com o cliente. A compreensão deste facto, levou-nos a assumir um conjunto de compromissos com os nossos clientes, ou seja, consigo! Porque a segurança dos nossos clientes, bem como, dos nossos técnicos, está sempre em primeiro lugar, assumimos o compromisso de a colocar sempre em primeiro lugar nas nossas atividades. Sabemos que, frequentemente, vamos além do que nos foi pedido. Mas também temos consciência que, por vezes, não somos bem sucedidos. Para que sinta que pode, sempre, contar connosco, assumimos criar todas as condições para que seja fácil contatar-nos em caso de necessidade, bem como, responder às suas solicitações de forma pronta. Temos uma verdade bem presente na nossa organização – nenhuma equipa consegue ser melhor do que a impressão que deixou no último contato que Sempre apostámos numa relação duradoura e de verdadeira parceria com os nossos clientes e para que tal seja possível, comprometemo-nos a ser dignos da confiança que deposita em nós, demonstrando sempre uma atitude e uma imagem positivas. E porque a confiança se constrói com atos, mais do que com palavras, comprometemo-nos a não deixar um cliente sem que o trabalho esteja concluído, fornecendo sempre produtos e serviços de elevada qualidade. Por último, todos sabemos que tempo é dinheiro e, como tal, assumimos o compromisso de cumprir os prazos combinados. Compreendemos o seu negócio e teremos sempre presente o objectivo de lhe acrescentar valor. A nossa atitude face a estes compromissos constitui a diferença entre as palavras e a ação. [email protected] 17 Construção e Minas - No 1 / 2012 T-WIZ Longevidades mágicas D esde o final do ano passado que a Atlas Copco começou a fornecer os seus clientes com a nova gama de produtos T-WiZ, que substitui com grande vantagem o aço habitualmente utilizado para furação de bancada do tipo T38, T45 e T51. O novo e patenteado sistema de fabrico das roscas do tipo T aumenta dramaticamente, como que por magia, a robustez das varas e encabadouros, originando aumentos nas longevidades do material que podem chegar aos 30%! Isto significa menos tempo dispendido a substituir varas ou encabadouros aumentando a produtividade por turno, para além de um custo por metro furado mais baixo. Quanto mais exigente for a rocha a furar, mais evidentes se tornam os benefícios das T-WiZ. Em maciços rochosos com elevada fraturação, por exemplo, a longevidade obtida com colunas de perfuração T-WiZ pode superar os 30% em relação ao material standard. Inúmeros testes bem sucedidos têm sido realizados com esta nova gama de aço de perfuração em vários locais no mundo. Destacamos os testes realizados na pedreira de Tagene (Suécia) onde um ROC D7C, com martelo COP1838, utilizava aço T45 para a realização de furos com 10 a 25 m de comprimento obtendo uma longevidade média nas varas de cerca 4.500 m. Quando passou para o aço T45-WiZ as varas ultrapassaram os 7.500 m de tempo de vida, havendo algumas unidades a superar os 10.000 m! Também na pedreira de Vikan (Suécia) os resultados foram surpreendentes. Aqui os furos de 10 a 28 m são realizados por um ROC D9C , com o martelo COP 2150UX, e aço T51. Habitualmente a furação nesta pedreira tem desvios acima da média. Neste caso foram os encabadouros T-WiZ a destacarem-se com aumentos de longevidade que chegaram a ultrapassar os 100%! Resultados desta ordem de grandeza são muito difíceis de obter, mas por certo que em muitos trabalhos de desmonte em Portugal já se estão a sentir diferenças significativas na furação com este novo aço de perfuração da Atlas Copco. Contamos dar-vos conta destes resultados na próxima edição da revista. [email protected] A atual gama T-WiZ está disponível em 3 dimensões: T38-WiZ, T45-WiZ e T51-WiZ. Apesar de ser compatível com a gama standard (T38, T45, T51) os benefícios das T-WiZ são praticamente eliminados em caso de mistura. 18 Construção e Minas - No 1 / 2012 O silêncio De mãos dadas com a é de pedra fiabilidade Porto Mós com os renovados martelos BBC34 É na área protegida do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros que se situam grande parte das pedreiras de rocha calcária dos distritos de Leiria e Santarém. Entre outras medidas, ao crescimento inicial desordenado deram lugar o licenciamento, a eletrificação e estudos de recuperação paisagística das pedreiras. Neste momento, a Atlas Copco em parceria com o seu revendor DRCP em Porto Mós, iniciou a introdução dos renovados martelos BBC34 , permitindo assim uma redução de ruído significativa sem percas de produção. Com um número elevado de obras em carteira, sendo que uma das mais relevantes é a execução dos trabalhos de expansão do novo parque de contentores do Porto de Leixões, a empresa de construções Europa Arlindo, com sede em Ferreiros - Braga, adquiriu recentemente à nossa concessionária SEPREM 6 cilindros Dynapac CC1200. Esta obra, que faz parte do Plano Estratégico de Transportes, é de importância vital para o desenvolvimento do trabalho portuário, pelo que a rapidez na execução dos trabalhos era fundamental para o sucesso deste investimento, que permitirá aumentar em cerca de 20% a produtividade no cais. Para garantir que os trabalhos de execução corressem na perfeição, a firma Europa Arlindo optou pelos equipamentos da Dynapac, tendo em consideração a elevada fiabilidade dos mesmos, o seu elevado nível de compactação, o baixo consumo energético, aliados, ao excelente relacionamento com o nosso concessionário. Melhores condições de trabalho e produtividade na EFACEC com o bate-estacas LPD-T A Efacec Energia é a maior exportadora nacional de transformadores de potência. É de crucial importância, quando da sua embalagem, que as respetivas fases sejam totalmente imobilizadas de forma a que não sofram qualquer tipo de dano durante o transporte, pelo que são colocadas diversas cunhas de travamento. Essa operação é efetuada manualmente recorrendo-se ao uso de um pilão, o que provoca um considerável cansaço no operador, obrigando dessa forma à formação de várias equipas que se revezam com alguma frequência. Estava identificada uma oportunidade de melhoria. Importava pois, a busca e a adoção de uma solução eficaz . Para tal fomos contatados para, em parceria com a EFACEC, tentarmos encontrar a melhor solução. Optou-se por se testar o nosso bate estacas LPD-T, acionado pela nossa unidade hidráulica LP 18 TWIN E. Após a conclusão da fase de testes e efetuados os respetivos ajustamentos, foi validada a solução que resulta numa redução significativa do cansaço produzido no operador, bem como numa clara redução do tempo de operação. 19 Construção e Minas - No 1 / 2012 Atlas Copco adquire GIA DAR ENERGIA A TIMOR-LESTE Gerador QAX12 De forma a alargar o seu portfolio de equipamentos subterrâneos e servir mais e melhor os seus clientes, o grupo Atlas Copco concluiu recentemente a aquisição da empresa GIA Industri AB. Em Portugal, a Atlas Copco já trabalhava com a GIA em estreita colaboração e são bem conhecidas no nosso mercado as soluções de ventilação de elevada qualidade desta empresa. Mas a GIA dispõe de muito mais que apenas ventiladores e mangas de ventilação. Desde os equipamentos de carga contínua do tipo Häggloader, locomotivas, shuttlecars, saneadores (scalers), equipamentos de instalação de cabos, equipamentos de carregamento de explosivos, veículos de serviço e o famoso camião mineiro elétrico Kiruna, muitos são os novos equipamentos e soluções que os nossos clientes com trabalhos de escavação subterrânea passarão a dispor com maior facilidade, podendo contar com o apoio comercial e assistência técnica da Atlas Copco. As comunicações têm um papel cada vez mais importante no desenvolvimento e bem-estar das pessoas. Desta forma é essencial a existência de infra-estruturas que dêem resposta às necessidades de comunicação dos cidadãos, tais como sites de telecomunicações. A qualidade dos grupos geradores Atlas Copco, aliada ao profissionalismo e competência da Vodacabo, tem permitido uma preferência por parte de alguns clientes finais. A Vodacabo é uma empresa do grupo Telcabo , criada em Timor a 2 de Março de 2010, em conjunto com acionistas locais e de Macau, para operar diretamente no mercado asiático com especial incidência no mercado das telecomunicações. Energia Portátil Atlas Copco: levamos a nossa energia a qualquer local para levar o seu negócio mais longe. Com vista a melhorar e aumentar o portfolio de produtos a oferecer aos nossos clientes, num espírito de verdadeira parceria em segmentos de mercado cada vez mais competitivos, procedemos à reorganização das áreas de negócio da Atlas Copco. Assim nasceu a área de Construção, constituída pelas Divisões: Ferramentas de Construção, Equipamentos de Construção de Estradas, Energia Portátil e Serviço. Em Portugal, na base desta reestruturação, integrámos a divisão APE (Energia Portátil da Atlas Copco) junto das outras divisões relacionadas com o segmento de construção, maximizando assim o potencial de todos produtos criando simultaneamente sinergias entre as várias divisões envolventes, aumentando a nossa performance junto dos nossos clientes e consequentemente a eficiência do negócio destes. Ar, Electricidade, Água, Luz e Equipamento usado são os cinco pilares da divisão Energia Portátil, que nos permite satisfazer as mais variadas necessidades e acompanhar os nossos clientes onde quer que os projetos os levem. www.atlascopco.com