PDF - Nativa - Revista de Ciências Sociais do Norte de Mato Grosso
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Vantagens Em Formar Uma Cooperativa, Conforme Enfoque Da Cooperaçafão, Cooperativa Dos Produtores De Açafrão De Mara Rosa – GO Autor: Rinaldo Carlos da Silva (FCSGN)1 Co-Autora: Danielle Borsa (FCSGN)2 Co-Autor: Juliano Ciebre dos Santos (FCSGN)3 Resumo: Este artigo tem como objetivo relatar “as vantagens” no cooperativismo, segundo produtores de açafrão da cooperaçafrão, Cooperativa dos produtores de açafrão de Mara Rosa – GO. Podendo ser usado para comparar um caso real com futuras intenções de formação de cooperativa. Apresentando as vantagens no cooperativismo, tais como: industrialização em conjunto; produção em alta escala; venda através da cooperativa obtendo ganho de escala e um preço mais justo; o uso da cooperativa como elo entre produtor, indústria, mercado e consumidor final; melhoria na produção com apoio de novas tecnologias apresentadas pelas assistências técnicas, na maioria das vezes de forma gratuita. Este documento foi adaptado baseando-se na NBR 6022. Palavras-chave: Mara Rosa; Açafrão; Cooperaçafrão. Abstract: This article aims at to reporting the "advantages" of the cooperativism, according to saffron producers of the cooperaçafrão (Saffron Producers Cooperative of Mara Rosa – GOBrasil). It can be used to compare a real case with future intentions in forming cooperative, being also presented the cooperativism advantages, such as: jointly industrialization; largescale production, sale using the cooperative getting scale gains, gain scale and getting a fair price, the use the cooperative as a link between producers, industry, market and end consumer, improvement in the production of new technologies with support provided by technical assistance, mostly for free. This document was adapted from NBR 6022. Keyword: Mara Rosa; Açafrão; Cooperaçafrão. 1 Rinaldo Carlos da Silva, Licenciado em Administração pela Associação Internacional de Educação Continuada (AIEC, Brasília-DF, 2007), Especializando em ARH pela Faculdade de Ciências Sociais de Guarantã do Norte MT. Atualmente gerente geral da agência do Banco do Brasil S.A., Av. Itamar Dias Snº, Centro, Peixoto de Azevedo-MT. 2 Danielle Borsa, Graduada em Administração e Ciências Contábeis pela Faculdade de Ciências Sociais de Guarantã do Norte-MT (FCSGN). Professora do Magistério Superior e Coordenadora do Curso de Administração (FCSGN). Mestranda em Estratégia, inovação e competitividade (FEAD-MG). E-mail: [email protected] 3 Juliano Ciebre dos Santos, Licenciado em Informática pela Fundação Santo André (FSA, Santo André-SP, 2004), Especialista em Informática aplicada à Educação e Mestre em Educação Desenvolvimento e Tecnologias pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS, São Leopoldo-RS, 2008). Professor do Magistério Superior na Faculdade de Ciências Sociais de Guarantã do Norte-MT. E-mail: [email protected] 1 1. INTRODUÇÃO Deixar evidenciado que a produção de renda pode ser gerada com atividades diversificadas, ou seja, sair das grandes culturas, tais como: arroz, milho, soja, algodão, pecuária de corte, pecuária leiteira e outras. Demostrar a evolução no processamento do açafrão em Mara Rosa e Região a partir do momento que estes passaram a trabalhar em conjunto. Apresentar as principais vantagens para os produtores com o cooperativismo, evidenciadas neste caso, sendo: Melhoria na qualidade do produto final, ganho de escala na produção, venda da produção e compra de insumos para a atividade produtiva em conjunto e industrialização de forma agrupada. Não mencionamos neste caso as dificuldades. 2. HISTÓRIA DO AÇAFRÃO EM MARA ROSA E REGIÃO Originária da Índia, usada como condimento na alimentação, corante e pelo setor de cosméticos. Planta herbácea, perene (abundante), altura de até 1,5m, folhas grandes e alongadas, produz raiz amarelo-alaranjadas ou vermelho-alaranjadas, contendo substâncias aromáticas. Prefere temperatura média anual superior a 21 graus, altitude de até 1.500m e é colhida de um a dois anos depois de plantada. O açafrão, trazido pelos bandeirantes era utilizado como marcador de trilhas rumo às minas de ouro, sendo uma planta que no período de estiagem seca e brota logo após as primeiras chuvas, servindo assim de marcação das áreas ricas em ouro, se adaptou ao solo e ao clima do cerrado, fixando na região como uma planta nativa desde a colonização até os dias atuais. Os primeiros moradores da região utilizavam o açafrão com tempero: (macarrão, frango e várias outras); remédio (gargarejo, na infeção de garganta). Sentindo que a planta produzia bem, começaram o cultivo. Comercializando o excedente, porém de forma bem primitiva, plantando em pequenas áreas, mas utilizando muita mão de obra no plantio e na colheita. Historicamente Mara Rosa e demais municípios vizinhos mantinham a agricultara e pecuária em pequenas propriedades, com a utilização de mão de obra familiar, sobrevivendo com uma economia quase que de subsistência. 2 A falta de informações de mercado, a inexistência de procedimentos de administração de custos de produção, aliadas ao manejo rudimentar na condução da lavoura de açafrão e no seu processamento, prejudicam a comercialização e impedem o acesso desses produtores, isoladamente, a mercados mais competitivos e, por sua vez, mais exigentes quanto à constância, ao volume de oferta e à qualidade do produto MARINOZZI, (2002). Segundo VAZ, (2012); “existem duas espécies de açafrão. Um é o açafrão puro, de cor mais avermelhada e produzido principalmente na Espanha e na Itália. É a mais cara especiaria do mundo, pois para se obter um quilo de açafrão seco, são processadas manualmente cerca de 150.000 flores, onde se retiram os pistilos (hastes onde ficam o pólen das flores)”. O açafrão produzido em Mara Rosa é o (Curcuma longa L.) planta originária da Índia. A outra espécie, mais barata, é denominada açafrão-da terra. Mais comum nas casas brasileiras ele é obtido da moagem do rizoma de outra planta, a Curcumazedoaria. O produto, que foi introduzido no cerrado no século XVII pelos bandeirantes como planta usada para demarcar locais de extração do ouro, pode hoje ser considerado o ouro do cerrado. A produtividade do açafrão varia de 30 a 50 toneladas por hectare, sendo que o quilo pode sair entre R$ 4,00 e R$ 5,00 VAZ, (2011). 2.1 Açafrão, o ouro da terra do Centro-Oeste O ouro que já foi uma das riquezas em Mara Rosa volta à tona, mas agora em forma de planta, o açafrão. Na História de Mara Rosa, o ouro sempre esteve presente, foi o fato fundamental na sua origem e teve outro ponto alto com exploração em grande escala, por grandes empresas de mineração, sendo encerrada as atividades a duas década atrás. Teve a pecuária de leite um breve momento, mas foi outra forma de ouro, que passou a ter forte influência na economia local, o açafrão. 2.2 História da Cooperaçafrão A Cooperativa dos Produtores de Açafrão de Mara Rosa – Cooperaçafrão foi criada em 2003, com a finalidade de organizar e propiciar o caráter empresarial da comunidade produtora de açafrão do município de Mara Rosa, predominantemente integrantes do sistema de agricultura familiar, de forma a proporcionar melhoria das condições de vida de seus participantes e famílias. Fundada por 23 produtores, busca constituir infra-estrutura para início de atividades organizadas capazes de alcançar benefícios às demais famílias produtoras. A perspectiva é a mudança da realidade produtiva local, ou seja, romper o círculo vicioso da produção de açafrão contido no 3 domínio de poucos intermediários a persistir explorando, pela centralização da comercialização, as riquezas no município BARTHOLO et. al.,(2009). O açafrão desde o século XVII até 2003 vinha sendo produzido de forma rudimentar, pouca técnica ou quase nenhuma. Mesmo a produção estando enraizada nas origens dos pequenos produtores de Mara Rosa e região os mesmos não conseguiam produzir em grande escala, pois esbarravam em uma comercialização centralizada na mão dos atravessadores, pessoas que ganhavam muito somente por ter o conhecimento de mercado e relacionamento com os potenciais clientes. O valor pago pelos atravessadores no período anterior a 2003 era inferior a R$ 1,00 Kg. Valor este que tornava a atividade inviável. 2.3 DRS (Desenvovmento Regional Sustetável) elaborado pela agência do banco do Brasil de Mara Rosa e seus parceiros, é um dos destaques do estado de Goiás. O DRS em sua maioria das vezes é confundido como uma linha de crédito, sua atuação é baseada na elaboração de um diagnóstico, efetuado em conjunto com os atores sociais (comunidade formadora do APL e parceiros), buscando levantar os pontos fortes e deficiência do APL (arranjo produtivo local, grupo com afinidades em comum) em análise. O APL do Açafrão é o primeiro projeto de Goiás a fazer parte da estratégia de Desenvolvimento Regional Sustentável (DRS) do Banco do Brasil, que tem como objetivo desenvolver localidades, de forma economicamente viável, socialmente justa e ambientalmente correta, critérios que baseiam o conceito de sustentabilidade, sem esquecer do respeito à diversidade cultural. VITORELI (2006) O arranjo produtivo local do açafrão vinha de encontro com as premissas do DRS: socialmente justo, pois atenderia os pequenos produtores; ambientalmente correto, as áreas utilizadas são pequenas (na maioria das vezes inferior a um hectare); economicamente viável, este fato seria o maior desafio, pois como estava sendo produzido e comercializado já não estava sendo atrativo e respeitava as diversidades culturais. Segundo VITORELI, (2006) “para o presidente da Cooperaçafrão, Wanderley Cardoso de Araújo, a participação do Banco do Brasil traz mais entusiasmo para os produtores. O apoio com a liberação de crédito poderá aumentar a área de plantio na região”. Este fato gerou 4 aumento de produção que aliados a outras estratégias, com a industrialização e comercialização em conjunto melhoram a lucratividade, o açafrão voltava a ser um produto atrativo. 2.4 Várias parcerias foram estabelecidas com a formação do DRS. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, governo do estado de Goiás rede Goiana de apoio aos arranjos produtivos locais, plano de desenvolvimento APL do açafrão de Mara Rosa e região 2007, as parcerias estabelecidas para a realização do evento foram: “Banco do Brasil, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Goiás (Faeg), o Governo Federal (por meio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ministério da Integração Nacional e Ministério do Desenvolvimento Agrário), o Governo do Estado de Goiás (por meio da Agência Goiana de Desenvolvimento Regional – AGDR, Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Seagro, Secretaria de Ciência e Tecnologia - Sectec, Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento - Seplan e Secretaria de Indústria e Comércio - SIC), Governo de Mara Rosa, Greg Bicicletas, Rede Goiana de Apoio aos APLs (RG APL), Rádio Mara Rosa, Serviço de Apoio as Micro e Pequenas Empresas (Sebrae em Goiás), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Goiás) e Universidade Federal de Goiás (UFG).” A luta dos vinte e três pequenos produtores ganhava mais força, passou a ser de uma cooperativa e neste momento passa a ter apoio de vários segmentos organizados , trabalhando em prol de um objetivo comum, o desenvolvimento dos produtores de açafrão da cooperaçafrão. 2.5 Saindo do anonimato e ganhando visibilidade com as publicações científicas decorrentes da parceria entre instituições de ensino superior. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior governo do estado de Goiás rede goiana de apoio aos arranjos produtivos locais, plano de desenvolvimento APL do açafrão de Mara Rosa e região (2007), vários foram os artigos publicados dos quais destacamos os seguintes: “- Artigos recentes em jornais e revistas: REVISTA ÉPOCA, 16/04/2007: “Tempero Contra O Câncer”? JORNAL DA UFG, março de 2007 – “A vez do açafrão”. - Comunicações e Resumos Publicados em Anais de Congressos ou Periódicos (completo) RABELO, A. M. S., BRETAS, M. L., GUILLO, L. A. 5 - Comunicações e Resumos Publicados em Anais de Congressos ou Periódicos (resumo expandido) BRETAS, M. L., OTAKE, A., Chammas R., BAO, S.N., GUILLO, L. A. - Alterações morfológicas e estruturais induzidas por curcumina em cultura de células de melanoma humano In: CONGRESSO DE PESQUISA, ENSINO E EXTENSÃODA UFG, 2006, Goiânia. Anais Eletrônicos do III Seminário de Pesquisa e Pós-graduação-[CD ROM].2006.MATUDA, L., GUILLO, L. - A. Citotoxicidade e indução de apoptose por curcumina In: CONGRESSO DE PESQUISA, ENSINO E EXTENSÃO DA UFG-CONPEEX, 3, 2006, Goiânia. Anais Eletrônicos do XIV Seminário de Iniciação Científica- [CDROM]. , 2006.RABELO, A. M. DA S., GUILLO, L. A. - Ensaio in vitro da citotoxicidade do açafrão (Curcuma longa L.) In: XI Seminário Iniciação Científica, 2003, Goiânia. Anais eletrônicos do XI Seminário Iniciação Científica [CD ROM]. Goiânia: PRPP-UFG, 2003. Tese de mestrado: Alterações morfológicas estruturais por um componente do açafrão (Curcuma longa L.) em células de melanoma humano em cultura. Marcella Lemos Bretãs Carneiro. Fevereiro/2007. Programa de Pós-graduação em BiologiaÁrea de concentração: Biologia celular e molecular. Orientador: Lídia Andreu Guillo.” A história do açafrão confunde com a da região, e passou por um longo tempo sendo explorado de forma rudimentar, mas a partir de 2003 com os fatos que levaram a uma produção agrupada, planejada e parcerias dando suporte, as mudanças foram grandes dentro de um espaço de tempo pequeno. Saiu da fase do anonimato, sendo um dos destaques em APL de Goiás, com vários estudos sobre as propriedades do (cúrcuma longa L.), dentre as quais destacamos: suas propriedades anti-inflamatórias e tempero contra o câncer. No momento, o açafrão de Mara Rosa é conhecido a nível internacional. 3. METODOLOGIA Pesquisa histórica, pesquisados via internet e conhecimento da realidade desde 1992, como produtor da região, o objetivo é levantar o surgimento do açafrão e suas utilidades nos primórdios das cidades de: Amaralina, Alto Horizonte, Formoso e Estrela do Norte com destaque principal Mara Rosa, pois é neste município que concentra a maior força da produção e sede da cooperativa. O surgimento da cooperativa “Cooperaçafrão”, que passa a 6 fazer parte do DRS “desenvolvimento regional Sustentável”, orientado pelo Banco do Brasil e seus parceiros que ganhou destaque no cenário estadual e nacional com a divulgação de várias pesquisas com tema principal o açafrão e suas propriedades. Comparação com os números evidenciados a partir do agrupamento dos produtores, seja pela formação da cooperativa ou pela inclusão no DRS, fatos estes que estão extremamente ligados com o desenvolvimento deste APL. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Segundo BARTHOLO, MOURA & ALMEIDA, (2005); “a Cooperaçafrão tinha aproximadamente 200 cooperados em 2005, sendo que a mesma foi fundada dois anteriores com apenas 23 associados”. Segundo PEREIRA, (2011); na matéria publicada em 09/12/2011, agência Sebrae de notícias GO “O prefeito de Mara Rosa, Nilson Preto, conta que a cidade se prepara para receber no próximo ano um investimento de R$ 1,5 milhão, fruto de um convênio entre Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e Banco do Brasil. O recurso deve beneficiar aproximadamente 400 famílias que vivem do extrato do tubérculo no município. Além disso, o cultivo está sendo alvo de pesquisas desenvolvidas pelo Ministério de Ciência e Tecnologia, Universidade Federal de Goiás e Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Goiás), na busca de viabilizar econômica e ambientalmente a utilização de subprodutos do açafrão. Em uma relação aproximada, alguns produtos terão valor agregado de aproximadamente 900% graças ao beneficiamento que teremos no produto.” Partindo da premissa que na fundação havia 23 produtores, e dois anos após em torno de 200 cooperados e recentemente ultrapassa a 400 produtores, podemos fazer a mesma analogia quanto ao aumento da média produzida por produtor, isto representa um ganho de escala. Outro fator muito importante relatar é o fato que hoje o açafrão é industrializado gerando um custo menor e valor agregado. Antes o produto era comercializado por tonelada, hoje tem a comercialização centrada na grande escala, porém existe outras fontes, como comercialização no varejo e extração de subprodutos, fato este que tem melhorado a performance (financeira) da atividade. Estas melhorias transformaram os produtores de açafrão, que em momentos anteriores era uma atividade secundaria e rudimentar, sendo hoje a sua principal atividade, deixando a atividade agropecuária em segundo plano. O principal ganho com o cooperativismo, neste caso especifico, deixou de ser financeiro, até mesmo por que o açafrão traz uma boa rentabilidade, mas nada extraordinário fica como destaque a persistência em uma atividade que faz parte da cultura da região e trouxe dignidade, cidadania 7 e perspectiva de dias melhores. O intuito da pesquisa não é divulgar uma cultura, uma instituição ou parcerias que estão dando certo, mas sim servir como fonte de inspiração para outras atividades. Foram citadas as “vantagens”, como proposto inicialmente, não sendo dada ênfase nas adversidades e dificuldades inerentes do cooperativismo. 5. REFERÊNCIAS TANO, M. Açafrão, o ouro da terra do Centro-Oeste. Revista Globo Rural. 2011. VITORELI,A. APL de Açafrão de Mara Rosa é referência para o Banco do Brasil. Jornal agrosoft. Edição 27/05/2006. PEREIRA,I.A.Açafrão incrementa receita de sucesso em Mara Rosa. Agência Sebrae de notícia. Edição 09/12/2011. BARTHOLO, F.A.F.; MOURA, C.J. &ALMEIDA,R.A.Cooperativa – sua criação. Site cooperaçafrão. Acesso em 20 de Abril de 2012. _______________. Açafrão tempera a economia de Mara Rosa.Revista cidade. Edição 03. 8