revista - Agrária

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revista - Agrária
revista
EDIÇÃO 3
09.2015
Com contornos cada vez mais estratégicos,
incluindo a gestão da qualidade, saúde,
segurança e meio ambiente, evento mira
objetivos fundamentais, como zerar o número
de acidentes com afastamento.
REFERÊNCIA NO
AGRONEGÓCIO
VIAGEM AO CHACO
PARAGUAIO
APLICAÇÃO
PÓS-EMERGÊNCIA
1º CONCURSO
FOTO COOPERATIVA
Modelo de gestão da
Agrária chama atenção
de cooperativas e
evento australiano
Agrária visita região
semiárida, modelo em agropecuária e cooperativismo no
país vizinho
As orientações da FAPA
para controlar pragas e
daninhas nos primeiros
estágios do milho
Fotos enviadas à
Revista Agrária ou que
retratem o WinterShow
concorrem a prêmios
ÍNDICE
Evento reúne colaboradores
e ganha contornos cada vez
mais estratégicos, incluindo a
gestão da qualidade, saúde,
segurança e meio ambiente
ESPECIAL:
REFERÊNCIA NO
AGRONEGÓCIO
Modelo de gestão da
Agrária chama atenção de
cooperativas
em evento australiano
Expediente
CAPA – SER AGRÁRIA
revista
REVISTA AGRÁRIA
ANO I | Edição 3 | Setembro de 2015
VIAGEM AO CHACO
PARAGUAIO
Agrária visita região semiárida,
modelo em agropecuária e
cooperativismo no país vizinho
Saúde Ocupacional:
Colaboradores da Agrária relatam como
conseguiram largar o vício do cigarro, após
duas décadas de dependência
Aplicação Pós-Emergência
do Milho:
Recomendações para garantir boa
qualidade e produtividade do milho
1º Concurso Foto Cooperativa:
Saiba como participar do prêmio de
fotografia para colaboradores e cooperados
Esporte e Integração:
Ireks é campeã da fase municipal dos
Jogos Sesi 2015
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO E
IMPRENSA AGRÁRIA
A Revista Agrária tem por objetivo divulgar
fatos relevantes pertinentes à Cooperativa
Agrária Agroindustrial. É produzido e
publicado mensalmente pela equipe de
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AGROINDUSTRIAL
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EDITORIAL
A busca constante
pela excelência
E
m meio às turbulências da economia, o mercado do agronegócio demanda ações
arrojadas e maleáveis – mas sem perder de vista os parâmetros que balizam sua
razão de ser. Assim, a Cooperativa Agrária tem se tornado cada vez mais um referencial no que diz respeito à gestão cooperativista e produção agroindustrial. Dentro e
também fora do Brasil.
Em julho, a Agrária, entre todas as cooperativas agrícolas do país, foi convidada
a falar sobre o mercado brasileiro de grãos e oleaginosas na AGIC (Australian Grains
Industry Conference), principal evento relativo à indústria de grãos daquela nação.
O presidente Jorge Karl representou a Cooperativa, palestrando em dois dias para
representantes do mercado agrícola internacional.
No início de setembro, outra mostra de reconhecimento. Duas cooperativas paranaenses – Castrolanda e Integrada – realizaram benchmarking na Agrária, ou seja, aprenderam
o seu modelo cooperativista. Isso significa que elas atestam os resultados do modelo de integração entre as ferramentas de qualidade e o planejamento estratégico da Cooperativa.
No território sempre mais dinâmico e incerto do mercado global, o símbolo tradicional do
farol como ponto de referência perde a finalidade. Em vez de um modelo rígido e imutável, sempre no mesmo lugar, o mundo de hoje requer modelos mais quânticos, que se moldem às necessidades e intempéries do âmbito dos negócios, e que saibam sentir e se adaptar aos diversos
contextos em que atuam.
Se a Agrária é hoje um Norte em seu meio, é por ter permanecido aberta à mudança, ao
aperfeiçoamento, buscando constantemente os modelos mais bem-sucedidos.
Não à toa, cooperados e colaboradores foram conhecer o modelo produtivo e cooperativista dos menonitas de Chaco, no Paraguai – região que, apesar da semiaridez, produz a maior
parte do leite produzido no país. O modelo de cooperativismo daquela comunidade também
tem peculiaridades que promovem o bem-estar e a boa convivência do grupo. Modelos que
servem de inspiração.
Afinal, ser referência na atual conjuntura é ter disposição para se reinventar constantemente.
Assessoria de Comunicação e Imprensa
Departamento de Marketing
Cooperativa Agrária Agroindustrial
GESTÃO AGRÁRIA
“SER
REFERÊNCIA
NACIONAL...”
Quando a percepção externa sobre a Agrária demonstra
o acerto na gestão da própria cooperativa: exemplos
apontam que o atingimento da visão está próximo
Jorge Karl palestra a
convite da organização
da Conferência
Australiana e apresenta
“case” Agrária
KLAUS PETTINGER
C
onsiderado uma das mais
sólidas bases de sustentação da economia brasileira, o agronegócio tem investido cada vez mais na
gestão profissional. Neste
sentido, a Agrária apareceu novamente, nas
últimas semanas, como
referência para cooperativas, empresas e organizações de destaque nacional e até internacional.
Em final de julho passado, a Agrária foi a
única cooperativa e único representante da
América Latina a ser convidado para partici-
4
Revista Agrária
par da principal conferência relativa à indústria
de grãos do calendário australiano e uma das
maiores do mundo: a AGIC (Australian Grains
Industry Conference).
O desejo dos organizadores, dentre eles
a Federação Australiana de Oleaginosas, era
apresentar o “case” Agrária ao público presente, composto por lideranças industriais, órgãos
governamentais, prestadores de serviços e consumidores finais de diversos países.
No dia 29 de julho, o diretor presidente,
Jorge Karl, apresentou o tema “Cooperativa
Agrária – estudo de caso e o papel das cooperativas no mercado brasileiro de grãos e
GESTÃO AGRÁRIA
oleaginosas”, incluindo abordagens sobre a
Agrária, o panorama do mercado nacional e
externo de grãos, os desafios impostos pela
infraestrutura brasileira e comparativos com a
realidade australiana.
“Trata-se de um evento de enormes proporções e grande importância para todo o mercado,
inclusive ao do nosso cooperado”, observou Karl,
segundo o qual o fato de a Agrária ter sido escolhida para representar e falar sobre o panorama atual do Brasil, considerado um dos maiores
players do agronegócio mundial, é bastante relevante. “É a Agrária sendo referência no agronegócio e no cooperativismo”.
A conferência foi realizada em Melbourne,
entre os dias 27 e 29 de julho. Naquela semana, Karl também palestrou para produtores locais acerca da perspectiva atual da agricultura
no Brasil. Além disso, ainda no dia 27, a convite da Federação Australiana de Oleaginosas, o
presidente proferiu duas apresentações sobre a
Agrária: primeiramente, durante encontro com
aproximadamente 30 membros da própria Federação; logo em seguida, para o conselho da
Soy Australia, organização voltada à difusão ao
mercado de novas variedades de soja.
“Tivemos a possibilidade de apresentar informações importantes aos australianos sobre
as cooperativas brasileiras e o próprio Brasil. Da
mesma forma que recebemos feedbacks únicos
sobre a atual conjuntura daquele e de outros
países”, analisou Karl.
BENCHMARKING
COOPERATIVO
Se no exterior a Agrária chama a atenção
pela sua atenção como “grande cooperativa
Brasileira”, conforme citado pelo jornal australiano “The Land”, no Brasil o modelo de gestão
foi motivo de visitas recentes de duas cooperativas paranaenses a Entre Rios: a Integrada e
a Castrolanda. Ambas enviaram suas equipes
para realizar benchmarking (processo de busca
das melhores práticas em determinada empresa, que conduzam ao desempenho superior),
com a gerência de gente e gestão e o departamento de marketing.
“Visitamos a Agrária para realizar networking
e conhecer a sua gestão de qualidade, bem
como as ferramentas e as metodologias de conexão com o Planejamento Estratégico”, explicou Ana Almeida, coordenadora socioambiental
e colaboradora da divisão regional industrial,
área responsável pelos projetos e o Planejamento Estratégico da Cooperativa Integrada.
A cooperativa esteve na Agrária no dia 27
de agosto, e contou também com a presença do gerente da Divisão Regional Industrial,
Haroldo Polizel. “Poder conhecer a aplicação
das ferramentas de qualidade totalmente
Equipe da Castrolanda realizou benchmarking com a gerência de gente e
gestão e o departamento de marketing
integradas com o Planejamento Estratégico
nos permite uma grande clareza de ideias”,
observou o gerente. “Das ferramentas, o 6
Sigma nos chamou muito a atenção pela clareza de foco em resultado. Pretendemos nos
aprofundar no assunto e realizar as adequações necessárias para aplicação dessas ferramentas”, destacou Ana.
A Castrolanda, por sua vez, realizou
benchmarking com a gerência de gente
e gestão, bem como o departamento de
marketing, no último dia 4 de setembro.
“O que mais me impressionou foi a
estruturação do Planejamento Estratégico
e programas vinculados, que auxiliam
desde o desdobramento até a operação”,
observou Jonathan Roque Mendes de Souza,
coordenador de sistemas de gestão integrada
da Castrolanda.
A definição no papel de cada participante no processo é um fator cultural positivo da
Agrária, observou. “Da mesma forma, aprendemos bastante com o sistema de comunicação interna, o endomarketing, que é extremamente importante. De nada adianta desenhar
uma estratégia com a alta direção se você não
consegue comunicar - e, principalmente, dar
subsídios para os colaboradores executarem a
ação”, analisou o gerente, cuja equipe também
visitou as Cooperativas Copacol e Frísia. “As visitas fazem parte de um planejamento interno
de benchmarking para conhecer boas práticas,
e a estrutura da Agrária nos chamou muito a
atenção”, reforçou Jonathan.
Haroldo Polizel, da
Integrada, destacou a
importância de conhecer a
aplicação das ferramentas
de qualidade integradas
com o PE
Revista Agrária
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GESTÃO AGRÁRIA
ATINGINDO A VISÃO
Segundo sua Visão, a Cooperativa Agrária
tem por norte “ser referência nacional em tecnologia de produção agroindustrial e gestão cooperativista”. Para o superintendente da Agrária,
Adam Stemmer, todo o sistema de gestão implementado nos últimos anos tem despertado
a atenção do mercado. “Não só nacionalmente,
mas até de outras partes do mundo. Um dos
exemplos foi o convite recebido pelo nosso presidente, Jorge Karl, para explanar acerca do modelo profissional e cooperativista na Austrália”,
analisou.
O gerente de gente e gestão da Agrária,
Mauro Vanz, complementa: “O fato de cooperativas importantes em seus segmentos de atuação
procurarem a Agrária como modelo para a melhoria de seus processos de gestão, com certeza
demonstra que a Agrária já atingiu a sua visão
no que diz respeito a ser referência nacional em
tecnologia de produção agroindustrial e gestão
cooperativista”.
A própria troca de informações traz melhorias importantes para a Agrária, reforçou
Stemmer. “Quando alguém vem nos visitar ou
nós vamos a outras cooperativas, sempre se
aprende e se utiliza a oportunidade para melhorar o próprio sistema. É um aprendizado de
duas vias”.
REPERCUSSÃO
A imprensa australiana repercutiu o evento e citou a participação “de palestrantes internacionais”,
como o presidente da Agrária, Jorge Karl. No Brasil, a Agrária também foi destaque.
O jornal “The Land” trouxe matéria
sobre a AGIC e citou a participação
da Agrária: “Uma série de líderes
palestrantes internacionais,
incluindo Jorge Karl, diretor da
Agrária, grande cooperativa
agrícola brasileira, falarão no dia
dos produtores”.
Veículos como Paraná
Cooperativo (Ocepar), Rede Sul
de Notícias e Portal da Acig
veicularam notícia sobre a
participação da Agrária na AGIC
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Revista Agrária
“DE OLHO”
REDUZ GRAVIDADE E
FREQUÊNCIA DE ACIDENTES
HARALD ESSERT
C
onsciência e reflexão a respeito dos próprios riscos
ocupacionais. Essa é a estratégia do programa De
Olho para melhorar a atitude dos colaboradores em
relação às condutas de segurança no trabalho em
todos os setores da Agrária. A ideia é que, em vez
de advertir e punir, os líderes façam os funcionários
pensar sobre os riscos que determinados comportamentos – desobedecendo às diretrizes de segurança – podem causar. E segundo gerentes de unidades de negócios da cooperativa, esse método tem surtido efeito.
O De Olho foi instituído em 2014, pensando na meta de zerar os
acidentes com afastamento até 2018. Tendo em vista que, até a publicação desta matéria, a Agrária contabilizava apenas dois afastamentos
em 2015 (contra 25 em todo o ano passado), a marca dos zero acidentes já se torna um objetivo mais palpável.
“Essa meta é audaciosa, mas perfeitamente possível de alcançar”,
disse o gerente da Agrária Malte, Frank Nohel. Em sua opinião, é sensível
a mudança na conduta dos colaboradores no dia-a-dia da indústria. “Há
uma maior consciência dos nossos funcionários e terceiros no uso dos
EPIs [equipamentos de proteção individual] e atitudes e procedimentos
seguros no trabalho”.
Essa também é a percepção do gerente da Agrária Farinha e Nutrição Animal, Jeferson Caus. Segundo ele, no ano passado houve um acidente com afastamento em sua gerência – em 2015, em contraposição,
ainda não houve nenhum. “E no ano retrasado [2013] tivemos quatro
ou cinco. Então o número só vem caindo. Porém os acidentes sem afastamento ainda são numerosos. Eles nos preocupam e, assim como em
toda a Agrária, estamos trabalhando para reduzi-los também”.
De acordo com Caus, essa melhoria de postura em relação aos
procedimentos de segurança vem mudando o perfil dos acidentes de
trabalho. “Diminuiu a gravidade dos acidentes e, consequentemente,
o afastamento. Então eles hoje são menos graves e ocorrem com menos frequência”.
Frank Nohel reafirmou ainda a necessidade do exemplo para que
as boas práticas se propaguem. “Sem a atuação, apoio e bom exemplo
das lideranças, os resultados não seriam os que estamos alcançando”,
afirmou. “Todos nós da Agrária devemos incorporar às nossas atitudes
e ações o senso de segurança, tanto no trabalho, quanto fora dele”.
Frank Nohel: sem apoio e bom exemplo das
lideranças, os resultados não seriam os que
estamos alcançando
Jeferson Caus: os acidentes sem
afastamento ainda preocupam, e estamos
trabalhando para reduzi-los também
Revista Agrária
7
SAÚDE OCUPACIONAL
OS BENEFÍCIOS
DA VIDA SEM
A propósito do
Dia Nacional de
Combate ao Fumo,
colaboradores da
Agrária relatam
como conseguiram
largar o vício, após
duas décadas de
dependência
André Regis: “A vida
sem tabaco é bem
melhor”
8
Revista Agrária
KLAUS PETTINGER
“Certo dia, minha filha viu minha carteira
de cigarros e perguntou: ‘O que esse giz de por
na boca está fazendo na porta do seu carro, papai?’ Nunca fumei na frente dela e joguei a carteira no lixo. Então ela disse: ‘muito bem, papai’.
Minha filha tinha três anos! Pensei: meus filhos
não merecem isso. Esse foi o fator decisivo para
eu parar de fumar”.
O relato acima retrata a experiência do colaborador da gerência operacional da Agrária,
André Regis Adams. O dia 8 de
maio de 2014 foi o marco imposto por ele para abandonar o vício
do cigarro, com o qual convivia
havia 20 anos. O que parece fácil, no entanto, é um tormento
para muitos fumantes.
De acordo com dados da
OMS (Organização Mundial de
Saúde), o tabagismo mata cinco
milhões de pessoas por ano, em
todo mundo - 200.000 apenas
no Brasil. Mesmo assim, cerca
de 20% da população mundial, e
15% da brasileira, ainda é fumante.
Campanhas de conscientização, como o
Dia Nacional de Combate ao Fumo, comemorado no último dia 29 de agosto, trazem informações, muitas vezes assustadoras. Como o dado
de que 30 mil crianças brasileiras, entre 5 e 10
anos de idade, fumam habitualmente. Contudo, a decisão e a motivação para parar têm de
partir do fumante.
“Podem vir todos falar que é preciso parar,
que faz muito mal à saúde e que estamos pa-
gando para reduzir a qualidade e expectativa
de vida. Mas o fumante só decide por abandonar o cigarro quando acreditar em si mesmo
que quer parar, que assumirá o compromisso e
que irá conseguir”, observou o coordenador da
Unidade Vitória, Egon Luiz Syperreck, que descartou o vício em junho de 2014, após 24 anos.
PREPARAÇÃO E
CONVENCIMENTO
Portanto, antes de parar, a preparação psicológica é fundamental. Além da vontade e
da decisão, muitos fumantes se agarram em
motivações externas, como a família, o risco de
desenvolver uma doença (como o câncer) e a
própria debilidade física. Correr atrás de informações alarmante também ajuda para quem
precisa de convencimento interno.
Segundo estudos desenvolvidos pela Universidade da Califórnia (EUA), a nicotina pode
gerar consequências impactantes na saúde
inclusive para futuras gerações. É sabido que
mulheres grávidas não devem fumar, contudo,
descobriu-se que o cigarro gera alterações fisiológicas, de modo que até mesmo o filho ou
neto de uma mulher fumante corre o risco de
desenvolver asma. De acordo com os pesquisadores, “a nicotina tem o poder de desligar genes
necessários para a formação correta dos pulmões - e essa mudança é transferida aos descendentes do fumante”.
Foi o bem-estar da família, mais do que a
respiração pesada e o cansaço constante, que
motivou André Regis a parar. “Meu filho era
SAÚDE OCUPACIONAL
RECUPERAR O
FÔLEGO
Egon investiu o dinheiro do cigarro em uma
bicicleta e hoje pratica dois esportes
pequeno, eu chegava em casa e pegava-o no
colo. Depois minha esposa dizia que ele estava cheirando a cigarro”, observou. “Ele não tem
culpa do meu vício. Como explicarei a ele o que
é certo e errado, sendo que eu mesmo não faço
a coisa certa”, acrescentou o colaborador.
No caso de Egon, fortes dores de cabeça,
tosses e a percepção que almejava um futuro
mais saudável do que aquele que o esperava
foram determinantes para sua decisão. “Via
aqueles típicos velhinhos fumando, magrinhos,
cor pálida, com aspecto mais velho do que realmente eram. Pensava: não quero essa vida”.
DRIBLANDO A MENTE
Após estar preparado e decidido, é hora
de se preparar para “driblar” as armadilhas da
própria mente. Em muitos casos, o vício prega
peças, como a autossabotagem. “A jogada da
mente é simples. Você para por alguns dias e de
repente pensa: bom, vou fumar só um hoje, porque consigo parar tranquilamente amanhã, até
porque já fiquei dois dias sem e foi fácil. Mas
não é bem assim”, observou Egon.
Por sinal, os primeiros dias são os mais complicados e exigem elevado autocontrole. Lançar
mão de tratamentos existentes gratuitamente,
incluindo os adesivos de nicotina, têm gerado
grande adesão e bons resultados. Mudanças de
hábitos, como reduzir o consumo de café e álcool podem ser benéficos.
Nesta fase, a habilidade para lidar com os
impulsos também é fundamental. “Uma tática
que usei foi pensar: já são 8h da noite e não fumei até agora, daqui a pouco vou dormir e passará mais um dia. Depois pensava: já estou há
15 dias sem fumar, vou ficar mais hoje. E assim
fui driblando a mente”, explicou André Regis.
Ocupar o tempo ocioso é fundamental,
pois este momento é usado como desculpa.
“De repente a gente se pega pensando: o que
vou fazer no intervalo do almoço, após a janta
e nos finais de semana se não puder ir fumar”.
Uma das dicas é iniciar a prática de alguma
atividade física, fazer uma leitura, sair com a
família para uma caminhada, visitar os familiares e amigos, entre outros programas. “É
preciso compensar esses momentos de alguma forma e transformá-los em uma atividade
saudável, que realmente dê prazer e que traga
benefício para si e para outros que estão a sua
volta”, observou o técnico de enfermagem da
área de SSMA (Saúde, Segurança e Meio Ambiente), Erineu Litenski.
Portanto, não há a necessidade de se tornar um atleta. Uma simples caminhada já auxilia a ocupar a mente e o corpo, além evitar outra
tentação comum: o de se alimentar em demasia. Egon resolveu
unir o útil ao agradável: calculou
quanto gastava em cigarros por
mês e destinou este valor para a
aquisição de uma bicicleta.
Hoje pedala diariamente e
ainda faz natação. “Parei de fumar, comecei a fazer exercício e
emagreci 10 quilos”. Os benefícios observados
pelo ex-fumante são variados: a ausência do tabaco melhorou o paladar, a força e resistência
física e a disposição para efetuar tarefas profissionais e pessoais.
SEM VOLTA
Após abandonar o vício, os dois colaboradores observam que conseguem enxergar muito mais malefícios do cigarro, do que quando
eram fumantes. Além disso, a vontade deixa
de existir. “Quando fumava, eu sonhava com
cigarro. Hoje chego a esquecer que já fumei
um dia”, relata Egon.
Os dois garantem que o esforço de alguns
meses para libertar o corpo do vício vale muito
a pena. “É importante colocar na cabeça que
quer parar, porque a vida sem tabaco é bem
melhor”, finalizou André Regis.
Erineu: “É preciso
compensar a ausência
do cigarro com
atividades saudáveis,
que tragam prazer e
benefícios”
REFLEXÕES
ALGUMAS REFLEXÕES PARA DRIBLAR A MENTE E PARAR DE FUMAR:
1– Sou fumante, mas passo horas no trabalho, em casa ou eventos, sem fumar. Será que
realmente não consigo me convencer por mais tempo?
2– Do que mais sentirei falta quando parar? Do vício, da muleta social (autoafirmação),
do status?
3– O que farei nos intervalos de almoço, à noite ou enquanto bebo uma cerveja?
“Dados da OMS” dão conta que os outros 80% da população mundial sobreviveram
a esse “tédio”.
4– De cada 1.000 pessoas, 25 morrem em decorrência de doenças provocadas pelo “fumo
passivo”. Você colocaria, voluntariamente, seus filhos, ou demais entes queridos, a
qualquer outra situação com 2,5% de risco de morte?
5– A Revista Agrária respeita o direito legítimo de cada indivíduo cultivar hábitos a seu belprazer. Apenas acrescenta que, no espaço de tempo dedicado à leitura desta matéria
(cerca de cinco minutos), aproximadamente 50 pessoas morreram vítimas do cigarro,
em todo o mundo. Ao menos uma delas, sem nunca ter acendido um cigarro sequer.
Revista Agrária
9
ESPECIAL
EVENTO
SER AGRÁRIA
Estratégias para atingir metas: semana aborda
gestão da qualidade, saúde, segurança e meio
ambiente, em busca de objetivos, como zerar o
número de acidentes com afastamento
Inclusão da gestão da
qualidade foi a principal
novidade na programação
do Evento SER Agrária 2015
KLAUS PETTINGER
H
á diversas formas de se memorizar e assimilar informações
importantes. Em geral, o ser
humano absorve melhor os
ensinamentos quando há ilustrações, como os desenhos em
livros infantis, ou metáforas,
analogias e exemplos, como
em palestras e best sellers para todas as idades.
Ao longo dos quatro dias, entre 25 e 28 de
agosto, o Evento SER Agrária trouxe exatamente isso: conteúdo relevante em forma de muitos
exemplos para ensinar, reforçar e conscientizar
a respeito de metas estratégicas e da Política de
Gestão Integrada, que engloba a preocupação
da Agrária com o colaborador, o cooperado, a
comunidade e o meio ambiente.
“Todos os anos temos inovado, e neste incorporamos mais alguns itens à nossa semana,
relacionados aos programas de qualidade. Isso
expõe para todos a nossa Política de Gestão Integrada, na qual todos os indicadores e metas es-
10
Revista Agrária
tão estritamente relacionados entre si, incluindo to bem aceita e agregou bastante, pois o Cenqualidade, saúde, segurança e meio ambiente”, tro Cultural esteve lotado desde o primeiro dia.
descreveu o diretor presidente da Agrária, Jorge Além disso, houve equipes de CCQ abordando
Karl, no discurso de enceraspectos sobre segurança do trabalho”,
ramento.
observou Michel Lucas de Lima, colaO evento abordou
Com o tema “Juntos
borador da área de Saúde, Segurança e
diferentes assuntos do
fazemos a diferença”,
Meio Ambiente, bem como integrante
propósito estratégico SER
a semana teve grande
da equipe de organização do evento.
(Sustentabilidade, Ebitda
e Rentabilidade), com
presença de colaboraNeste ano, além da diretoria e
ênfase no objetivo de zerar
dores no Centro Cultural
superintendência da Agrária, sempre
o número de acidentes
Mathias Leh. A principal
presentes, o Evento SER Agrária tamcom afastamento até 2018,
novidade deste ano, cibém contou com a participação de
relacionado ao pilar “S”.
tada pelo presidente,
cooperados membros do Conselho de
ficou por conta da incorAdministração, que assistiram e tamporação à programação de assuntos referen- bém integraram as comissões julgadoras dos
tes à gestão da qualidade. As apresentações concursos de teatros e paródias. “É um formato
de trabalhos de CCQ (Círculos de Controle de que demonstra o comprometimento da Agrária
Qualidade) e Seis Sigma apontaram melho- com os colaboradores, com foco no atingimenrias impactantes no cotidiano da Cooperativa, to das metas do SER, especialmente em relação
logo no primeiro dia.
ao zero acidente”, explicou o conselheiro de ad“Foi uma demanda que surgiu neste ano e ministração, Osmar Karly.
conseguimos englobá-la. Acredito que foi muiA presença de cooperados em programa-
ESPECIAL
ções como o Evento SER Agrária é vista com bons olhos
por Karly. “É uma forma de o cooperado ver o que acontece no cotidiano da Agrária. Muitas vezes ele observa algo
do administrativo ou do industrial, mas não vê tudo o que
acontece por trás dos processos”, observou o conselheiro.
REDUÇÃO DE ACIDENTES
Até agosto, a cooperativa alcançou o índice de apenas dois acidentes de trabalho com afastamento – um
dos melhores resultados já obtidos. Os diversos esforços
realizados neste sentido, como a implementação da ferramenta “De Olho” e o conceito de “dono da área”, têm
contribuído para que, em três anos, acidentes graves
possam deixar de ocorrer na Cooperativa.
“Está muito claro para todos onde queremos chegar
até 2018: para a Agrária, o acidente não passa mais a
ser tolerado”, ressaltou Jorge Karl. “Assim sendo, conseguimos algumas evoluções: até agosto, estávamos com
apenas dois acidentes com afastamento e temos que
continuar assim até dezembro. A meta de acidente zero
é realmente possível”, acrescentou.
O presidente também agradeceu a todos os envolvidos na realização do evento, o que demonstra, segundo
ele, “o quanto os colaboradores estão comprometidos
e o quanto o SER Agrária está se enraizando cada vez
mais”. Por fim, deixou uma mensagem, diante do cenário econômico atual.
“Não podemos ignorar as notícias pessimistas, mas
temos que procurar as nossas oportunidades. Dentro do
nosso trabalho observamos os pontos fortes e fracos, as
ameaças e oportunidades. Precisamos olhar as oportu-
PREMIAÇÃO GRUPOS DE CCQ
Realizada ao final do primeiro dia do Evento SER Agrária, a premiação
dos Grupos de CCQ contou com a seguinte classificação:
CATEGORIA GRUPO
1º Lugar: Grupo “Andorinha”
2º Lugar: Grupo “Nutrição de Ideias”
3º Lugar: Grupo “Kaizen”
4º Lugar: Grupo “Superação”
5º Lugar: Grupo “João de Barro”
1º Lugar:
2º Lugar:
3º Lugar:
4º Lugar:
5º Lugar:
CATEGORIA PROJETOS
1º Lugar: Grupo “Nutrição de Ideias”
2º Lugar: Grupo “Trabalhando
para Melhorias”
3º Lugar: Grupo “Causa & Efeito”
1º Lugar:
Presidente Jorge Karl elogia redução do número de
acidentes, porém enfatiza importância do trabalho conjunto
de todas as áreas para zerar os índices até 2018
nidades e fazer delas possibilidades de crescimento e
geração de resultados. Como o tema diz, ‘Juntos fazemos a diferença’. Quem faz a diferença são as pessoas
que integram o time Agrária, de modo que chegaremos
em 2018 alcançando nossas metas”, concluiu.
2º Lugar:
3º Lugar:
Revista Agrária
11
ESPECIAL
LARS
GRAEL:
“SEGURANÇA,
MAIS DO QUE
CUMPRIR UMA
FORMALIDADE,
É CRIAR UMA
CULTURA DE
ATITUDES,
VALORES E
PREVENÇÃO”
12
Revista Agrária
KLAUS PETTINGER
M
edalhista olímpico, carreira esportiva marcada por dezenas de títulos e uma peça
pregada pelo destino, que mudou tudo.
A vida do velejador Lars Grael é recheada
de altos e baixos, assim como as ondas do
mar que ele sempre amou desbravar. Para
um Centro Cultural Mathias Leh lotado
por colaboradores, no último dia do Evento SER Agrária, 28, Lars
contou sobre suas glórias profissionais e esportivas, e suas lutas
pessoais para superar um grave acidente marítimo que redundou
na perda da sua perna direita.
O currículo esportivo vencedor do velejador inclui: duas medalhas olímpicas da Classe Tornado (bronze em Seul, 1988, e em
Atlanta, 1996), título mundial da classe Snipe, 21 vezes campeão
nacional e octacampeão sul-americano de vela. Antes da explanação para o Evento SER Agrária, pela qual foi aplaudido em pé, o
esportista falou a Revista Agrária.
ESPECIAL
RA: Muitas vezes tomamos consciência
do perigo depois que algo nos acontece. Você já deve ter respondido várias
vezes sobre seu acidente, mas o que
mudou em sua vida depois daquele dia?
Em palestra, Lars Grael descreve
os dois lados da vida: as
dificuldades e as glórias.
Revista Agrária: Qual é o principal ponto da sua palestra?
Lars Grael: É trazer inspiração e reflexão sobre
valores às pessoas, sempre tentando fazer uma
analogia entre minha trajetória de vida, como
cidadão brasileiro, atleta e homem do mar, com
aquilo que queremos passar ao público. Falamos de atitudes, dificuldades, planejamentos,
metas, resultados, espírito de equipe. O objetivo
é trazer essa motivação que o esporte tem em
comum com a vida empresarial.
RA: De que forma é possível mobilizar
um grande número de pessoas, como é
o caso da Agrária, em prol de uma meta
comum: o de zerar o número de acidentes de trabalho com afastamento?
LG: Para uma cooperativa que tem a tradição,
o crescimento tecnológico qualitativo e quantitativo, como é o caso da Agrária, a agenda
da sustentabilidade é fundamental, em relação às questões social, econômica e ambiental. Nesses três aspectos, a segurança do trabalho é fundamental. É todo um trabalho de
conscientização. Trata-se muito mais do que
apenas cumprir uma formalidade legal, de ter
uma semana anual de SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho),
uma CIPA (Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes) constituída; é criar uma cultura de
atitudes, de valores, de prevenção. Não só de
quem está no campo ou na indústria, mas até
como se age em casa.
LG: Mudou muita coisa. O nosso esporte (vela)
tem regras básicas de segurança que eu aprendi desde criança. Foi graças ao uso do meu EPI
(Equipamento de Proteção Individual) que saí
vivo daquele acidente, causado por terceiros.
Mudou muito minha vida em termos de reflexão, valores, de não identificar a felicidade como
uma meta a ser perseguida, mas perceber que
a felicidade é um estado de espírito, que pode
estar aqui, agora mesmo. E o fato de ter como
referência pessoas que passaram por situações
semelhantes, foi fundamental.
RA: Quais foram esses casos que trouxeram inspiração?
LG: Na palestra cito alguns, mas quando estava
hospitalizado, na incerteza se sairia vivo daquele episódio, pessoas que passaram por situações
semelhantes vieram ao meu encontro e fizeram
a diferença. O próprio médico ortopedista que
fez nove das minhas dez cirurgias era um amputado, e quando ele passou a experiência dele,
foi impactante para mim. Conheci uma enfermeira, chamada Cláudia, também amputada,
que me encheu de referências positivas. Assim
como outros atletas, profissionais que foram
voluntariamente ao hospital, cada um trazendo
uma ideia, uma imagem, um exemplo, uma volta por cima.
RA: Em relação a valores: hoje em dia
tudo é muito efêmero. Qual mensagem
pode ser dada aos jovens?
LG: A nossa sociedade hoje é muito carente de
valores. Na falta de identificar esses valores referenciais, encontra-se qualquer coisa, porque os
meios de comunicação estão disponíveis, para o
bem e para o mal. Se hoje o país vive uma crise
ética, cívica e moral sem precedentes, é porque a
nossa sociedade como um todo se desenvolveu
na ausência de certos valores. A inversão de moral no país é clara. Basta ver os bem-sucedidos:
que tipo de práticas executaram para chegar ao
poder. É nessa fase de busca de valores referenciais que o jovem precisa de exemplos.
Os suábios que vieram para cá e fundaram a Cooperativa Agrária são um exemplo muito bom.
Há um esforço muito grande para preservar
essa cultura e passar os valores que nortearam
as pessoas em situações de dificuldades, para
constituir uma colônia e uma Cooperativa mui-
to bem sucedidas. Valores que se vai encontrar
na cultura, nas artes e no esporte. Se temos um
objetivo pela frente, que é o de fazer uma Olimpíada, muito mais do que fazer uma festa para
gringo vir ao Brasil, ou dotar o Rio de Janeiro
com melhoramentos urbanos pagos por todos
nós brasileiros, seria ter a certeza que os valores
que trazem os atletas e equipes para cá possam
ser exercitados e, com isso, impregnar a juventude de boas referências.
RA: Tocando no assunto da política esportiva no Brasil: na verdade, ela praticamente não existe. Como resgatar
essa preocupação e transformar a política esportiva em um gerador de educação e inclusão social?
LG: Temos hoje uma distorção em relação ao
papel do Estado quanto à Política Esportiva,
porque na nossa Constituição Federal, o único
artigo que rege sobre esporte é o Art. 217, e ele
diz claramente: é dever do Estado o fomento ao
desporto educacional. Esse é o papel do Estado:
universalizar o esporte, associá-lo às políticas de
educação e, consequentemente, de saúde preventiva e de cultura de paz. Hoje o Estado nada
mais é do que um grande organizador de eventos. Entramos em uma sequência de eventos,
que por um lado são bons, mas estamos falando
do chantilly e da cereja, mas não estamos fazendo o bolo para o jovem comer. A gente promove
jogos sul-americanos, pan-americanos, mundiais
escolares, Copa do Mundo e, muito em breve,
Olimpíada e Paraolimpíada. É bom para a imagem do país? Talvez. Desde que tivéssemos feito o dever fundamental, que é colocar o esporte
na escola. E no Brasil as políticas de educação
estão dissociadas das políticas esportivas.
RA: Qual é o sentimento de ser um medalhista olímpico?
LG: (Com os olhos brilhando) É muito especial!
Quando você é um atleta de alto rendimento,
ser campeão continental ou mundial é um feito. Mas em modalidades de baixa popularidade, como é o meu caso, há um reconhecimento para dentro da modalidade esportiva. Já a
Olimpíada, não: são os maiores jogos da humanidade e quando se chega a um pódio olímpico,
independentemente se a medalha veio da vela,
do judô, ginástica, vôlei, você percebe que seu
esforço de vida vai impactar milhões de brasileiros. Na conquista, você vai compartilhar com
todo o povo do seu país a vitória, elevando a
autoestima das pessoas. Esse sentimento de
que você mexeu com o orgulho nacional, provavelmente é o que há de mais gratificante.
Revista Agrária
13
ESPECIAL
TEATRO, MÚSICA e DESENHO
Os tradicionais
concursos
retrataram de
forma criativa os
principais objetivos
da Semana de
Saúde, Segurança e
Meio Ambiente
14
Revista Agrária
A
Semana de Saúde, Segurança e Meio Ambiente (SSMA)
foi introduzida em 2014 e
substituiu a SIPAT (Semana Interna de Prevenção de
Acidentes do Trabalho). Nesta última edição, realizada
entre 25 e 28 de agosto, os
temas ganharam ainda mais em importância
estratégica, mas mantiveram o papel de conscientizar e reforçar o comportamento preventivo.
Os concursos de teatro, paródias musicais e
cartazes das equipes do PAIS (Programa Agrária
de Integração Solidária) integraram o Evento
SER Agrária e novamente trouxeram aos colaboradores informações relevantes. “A forma divertida como esses assuntos são transmitidos é
fundamental, pois de outra maneira seria muito trágico ou muito pesado, sem que fosse tão
bem absorvido”, observou o conselheiro administrativo, Osmar Karly.
Pelo segundo ano, o evento contou com a inclusão do tema “meio ambiente”, bastante enfatizado pelos grupos. “É um processo de evolução,
com um envolvimento cada vez maior. Houve casos de cartazes e paródias que conseguiram reunir
os dois assuntos: meio ambiente com saúde e segurança”, relatou a analista de gestão ambiental,
Nayara Kaminski de Oliveira.
Com as discussões sobre sustentabilidade,
que engloba tanto o meio ambiente quanto
questões econômicas e sociais, cada vez mais
presentes no cotidiano dos brasileiros, a conscientização ultrapassa a esfera profissional e
atinge o cotidiano pessoal dos colaboradores.
“O desafio é tirar do discurso e fazer as pessoas perceberem que tudo isso tem aplicação em
suas vidas. Que não se trata apenas de respeitar a legislação, mas que o grande benefício é a
própria qualidade de vida”, ressaltou.
No Evento SER Agrária 2015, dezenas de
colaboradores integraram as equipes de organização, de apoio e das próprias peças, paródias e elaboração de cartazes. “Nada acontece
se as equipes do PAIS não estiverem envolvidas, ajudando e com a liberação dos coordenadores”, frisou Michel Lucas de Lima, da área
de Saúde, Segurança e Meio Ambiente.
Confira ao lado o resultado da união entre
empenho, criatividade e conscientização, com
os primeiros colocados de cada concurso e a opinião de colaboradores diretamente envolvidos:
ESPECIAL
CONCURSO DE CARTAZES
Ao todo, inscreveram-se 37 cartazes, que ilustraram tanto aspectos sobre a saúde e
segurança ocupacional quanto sobre o meio ambiente.
1º Lugar: Everton de Paula
(Equipe: Ação e Cidadania)
2º Lugar: Edon Caldas
(Equipe: Amigos Voluntários)
3º Lugar: Elcio Jean Wolf
(Equipe: Mão Amiga)
4º Lugar: Irineu Carraro
(Equipe: Amigos Voluntários)
A IMPORTÂNCIA DA
SOLIDARIEDADE
O Programa Agrária de Integração Solidária
realiza diversas ações e gincanas entre colaboradores, divididos em quatro grandes equipes. A
Campanha do Agasalho, com 3.900 kg arrecadados, a Campanha de Alimentos, que finaliza
neste dia 18, e as doações de sangue, realizadas
periodicamente até o final do ano, são alguns
exemplos desenvolvidos em 2015.
Da mesma forma, os concursos realizados durante o Evento SER Agrária contaram pontos
para as equipes do PAIS, e tiveram a adesão
voluntária de dezenas de colaboradores.
“O conceito de voluntariado ocorre quando
eu me coloco em uma situação para dar meu
esforço e dedicação em troca de nada. É o
conceito da caridade, de ajuda ao próximo”,
observou o coordenador do departamento financeiro, Rodrigo Lass.
Máximas como “fazer o bem, sem saber a
quem” e “fazer algo pelo próximo sem esperar
nada em troca” resumem perfeitamente o sentido de uma atitude voluntária: o de não tirar
qualquer proveito concreto, imediato ou futuro,
da situação. “Apenas o carinho de uma criança,
o sorriso de um idoso faz tudo valer a pena”,
ressaltou Lass.
CONCURSO DE TEATRO
Cada uma das quatro equipes
do PAIS foi representada por
uma peça teatral, abordando
temas distintos.
1º Lugar:
AÇÃO E CIDADANIA
Tema: Uso de Epi’s
2º Lugar: Grupo
INTERAÇÃO
Tema: Desperdício de Alimentos
2º Lugar: Interação
Tema: Desperdício de Alimentos
1º Lugar:
2º Lugar:
3º Lugar:
MÃO AMIGA
Tema: Risco de queda
4º Lugar:
AMIGOS VOLUNTÁRIOS
Tema: Desperdício de água
4º Lugar: Amigos Voluntários
Tema: Desperdício de água
3º Lugar:
4º Lugar:
Revista Agrária
15
ESPECIAL
CONCURSO DE PARÓDIAS
As paródias musicais, tal como
os cartazes, deveriam abordar
nas letras a saúde, segurança
e meio ambiente. Foram oito
apresentações no total, cujos
primeiros colocados foram:
1º Lugar:
Josianne Rosa Moura
Paródia: Vencedores Da Nossa
Missão
Equipe: Amigos Voluntários
1º Lugar:
2º Lugar:
3º Lugar:
4º Lugar:
2º Lugar:
Tania Keller e Roberto Essert
Paródia: Zero Acidente
Equipe: Interação
3º Lugar:
José Denílson das Chagas
Paródia: Sempre Alerta Deve
Estar
Equipe: Interação
4º Lugar:
Alcione Lesewenka
Paródia: “Deus Escolheu Você”
Equipe: Amigos Voluntários
FALA COLABORADOR
A participação de lideranças nas atividades do PAIS é uma demanda antiga. Neste ano, os dois exemplos a seguir retratam a importância do
envolvimento de toda a Agrária em prol dos objetivos propostos.
JOSIANNE ROSA MOURA
SUPERVISORA DO LABORATÓRIO
CENTRAL DA AGRÁRIA
Primeira colocada do concurso de paródias, em
2015, Josianne repetiu a mesma colocação obtida em 2012 e 2013.
Além de gostar muito de cantar, participo para auxiliar a minha equipe
do PAIS. A doação do esforço, do tempo ou do
bem material faz o ser humano se sentir bem.
Considero o programa PAIS muito importante
para toda a cooperativa, pois, através dele é
que transmitimos a importância da solidariedade ao próximo. Pretendo participar mais vezes
na paródia”, atestou a tricampeã.
16
Revista Agrária
RODRIGO PIZZATTO LASS
COORDENADOR DO DEPARTAMENTO
FINANCEIRO
Adepto da participação em trabalhos voluntários (já atuou em Organizações Não-Governamentais
e como palhaço de hospital), Rodrigo Lass integrou a equipe vencedora do concurso de peças teatrais, Ação e Cidadania, que concorreu com o tema “Uso de EPI’s”.
Quando se encara o desafio de se expor, há certa resistência. Mas quando termina,
você sente falta. Acabei caindo no papel do teatro e entrei tanto para ajudar uma
entidade assistida pelo PAIS quanto por uma realização pessoal. A parte lúdica é importante
para despertar um interesse, mostrar que com humor pode-se passar uma mensagem importante. Mas na nossa peça tivemos a parte engraçada, e, no final, o depoimento do Reinaldo,
que sofreu um acidente.
É uma pena que nem todos podem participar do teatro e acredito que precisamos de uma maior
participação de líderes. As equipes participam, mas sentem que só elas estão preocupadas, o
chefe não. Romper a questão hierárquica durante uma peça é importante porque cria uma união,
e isso se torna mais efetivo ainda na hora de cobrar no ambiente profissional. Acredito que o trabalho feito é muito significativo, e pode crescer ainda mais, especialmente se envolver lideranças”.
CALENDÁRIO DE EVENTOS
FESTA DA CEVADA
A Festa da Cevada 2015 acontece entre os dias 8 e 11 de outubro,
com a Noite Cultural da Fundação Cultural Suábio-Brasileira na primeira
noite, em Entre Rios, a tradicional Peixada com baile suábio nos dias 9
e 10, no Pahy Centro de Eventos, em Guarapuava, e encerramento no
domingo, dia 11, com almoço típico preparado pela comunidade luterana de Entre Rios, com gulasch e estrogonofe, no Colégio Imperatriz,
em Entre Rios.
A noite cultural, sob o tema “As quatro estações”, terá entrada
franca, e contará com apresentações dos grupos folclóricos. O almoço
típico, a ser realizado no Colégio Imperatriz, terá venda antecipada e
também na hora.
Orientações para a peixada
A venda de ingressos para a Peixada e o baile suábio começa no dia 23
de setembro, sem vendas aos finais de semana. Entre 23 de setembro e 5 de
outubro a comercialização ocorrerá exclusivamente em Entre Rios, das 8h15
às 17h, e a partir de 6 de outubro, somente no Centro de Eventos Pahy, em
Guarapuava. A ordem para compra ou retirada de ingressos será definida por
senha, sendo que o limite é de oito ingressos por senha.
O dia 23 será de venda exclusiva para cooperados e filhos dependentes
(solteiros, até 23 anos). Ingressos para convidados poderão ser adquiridos a
partir do dia 24, e a venda para funcionários começa no dia 25. Os ingressos
para o público em geral serão disponibilizados a partir do dia 29.
Cada cooperado tem direito a um ingresso cortesia para si e seu cônjuge
(no caso dos casados) ou um convidado (solteiros). Ingressos para filhos dependentes (solteiros até 23 anos) ou para participação em mais de uma noite
custam R$ 40 por pessoa. O valor da entrada para funcionários é de R$ 40. Para
convidados e o público em geral, o custo é de R$ 80. O traje é típico suábio ou
passeio completo, e a idade mínima para entrar é 13 anos.
A animação será das bandas C-Dur-Trio, Original Donauschwaben Musikanten
e Os Montanari.
PROGRAMAÇÃO
8/out
Quinta-feira
Noite cultural da
Fundação Cultural
Suábio-Brasileira
20h
Centro Cultural
Mathias Leh,
Colônia Vitória
9 e 10/out
Sexta e sábado
Peixada e
baile suábio
19h
Pahy Centro de
Eventos
11/out
Domingo
Almoço típico
com gulasch e
estrogonofe da
comunidade luterana
12h
Colégio Imperatriz,
Colônia Vitória
WINTERSHOW
A 12ª edição da feira técnica da Agrária sobre cereais de inverno, o WinterShow, está programada para ocorrer de 20 a 22 de outubro, na sede da Fapa
(Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária), em Entre Rios. Diariamente a programação seguirá das 8h às 18h, com visita aos expositores, dinâmicas e palestras técnicas. O evento é voltado a produtores rurais, pesquisadores e estudantes
da área, além de empresas, indústrias e cooperativas do ramo agrícola.
Este ano, as palestras de convidados ficam por conta do agrometeorologista
da Embrapa Trigo Gilberto Rocca da Cunha (dia 20), do economista e comentarista da Globo News Ricardo Amorim (21) e do mestre e doutor em comunicação
Dado Schneider (22). Cunha falará sobre “Gestão de riscos em agricultura: uso
inteligente das previsões de tempo e clima – Safra 2015”. O tema da aula de
Ricardo Amorim será “Brasil: antes, durante e depois das eleições”, e a palestra
de Schneider é intitulada “O mundo mudou bem na minha vez”.
PRÊMIO
FRANZ JASTER
Matérias que destaquem o WinterShow poderão concorrer ao Prêmio Franz Jaster de
Comunicação, que chega à sua terceira edição em 2015. O lançamento do prêmio junto à
imprensa aconteceu no dia 21 de setembro, e a premiação deve ocorrer em 9 de novembro.
Reportagens veiculadas em rádio, televisão, internet e meios impressos entre 1º e 31 de outubro poderão concorrer. O regulamento do concurso está disponível no site www.unicentro.br/
premiofranzjaster . O prêmio visa aproximar imprensa e agronegócio, e resulta de uma parceria entre a Cooperativa e a Unicentro (Universidade Estadual do Centro-Oeste).
Revista Agrária
17
COOOPERATIVISMO
Grupo visita a Asociación
Neuland: há divisão
estabelecida de atribuições
para cooperativas e
associações
O EXEMPLO
COOPERATIVO E
COMUNITÁRIO
KLAUS PETTINGER
Q
ue atividade agropecuária é possível desenvolver
em uma região semiárida, com precipitação
média anual de 500 mm?
Para as colônias Menonitas do Chaco Paraguaio,
uma das respostas à pergunta se traduz pela
produção de 75% do leite daquele país. Este
foi apenas um dos exemplos referenciais com
os quais cooperados, familiares e colaboradores
da Agrária se depararam durante a viagem realizada àquela região, entre os últimos dias 22
e 29 de agosto.
Além da enorme capacidade de superação,
adaptação e gestão comunitária e cooperativista, embasadas por uma fé profunda, os menonitas serviram de inspiração também nas esferas socioeducativas aos 14 cooperados, quatro
18
Revista Agrária
esposas de cooperados, quatro colaboradores
e o diretor vice-presidente, Manfred Majowski.
“Outros grupos de Entre Rios já haviam visitado a região do Chaco e sempre se falou sobre
o grande trabalho realizado na área social,
educacional e a atenção à terceira idade. Neste
sentido, decidimos promover uma viagem para
observar ideias e boas práticas que pudessem
ser aproveitadas”, explicou Majowski.
Para tanto, foram visitadas três colônias: Menno (a mais antiga), Neuland e Fernheim. A educação em idioma alemão, o sistema de saúde
e as diversas ações destinadas ao bem-estar
da terceira idade foram alguns dos fatores que
chamaram a atenção. “Em Fernheim observamos
que pessoas a partir de 70 anos de idade têm a
oportunidade de adquirir uma casa, situada em
um terreno disponibilizado pela Asociación. A
moradia fica em nome do cooperado e quando
este falece, sua família deve vender a casa novamente”, detalhou a gerente sociocultural da
Agrária, Viviane Schüssler.
Estas casas, situadas todas próximas umas às
outras, assim como do hospital, integram o sistema do Lar de Idosos preconizado pelos menonitas. Desta forma, os idosos podem adquirir
um imóvel ou construí-lo, em um destes terrenos da Asociación. Pessoas que demandam de
cuidados específicos podem alugar apenas um
quarto em um lar específico para tal fim, onde
receberão atenção de acordo com suas condições de saúde.
O sistema de saúde, desenvolvido desde os primeiros anos de fundação, inclui a participação
de todos os cooperados de cada colônia em
uma espécie de plano de saúde próprio. Desta
forma, os associados pagam apenas um percentual dos custos do tratamento e têm à sua
COOOPERATIVISMO
COLÔNIAS
VISITADAS:
MENNO – Fundação: 1927
Cooperativa Chortitzer
Asociación Civil Chortitzer Komitee
FERNHEIM – Fundação: 1930
Cooperativa Colonizadora Multiactiva
Fernheim Ltda
Asociación Fernheim
NEULAND – Fundação: 1947
Cooperativa Multiactiva Neuland Ltda
Asociación Neuland (Kolonie)
Exemplo de lar de idoso em Fernheim
disposição um hospital bem equipado, médicos
em sistema de sobreaviso e clínicas para exames. “Nem toda colônia tem um hospital com
atendimento completo, para tanto, é necessário se deslocar para Filadélfia e Loma Plata”,
explicou Viviane, referindo-se aos centros administrativos das colônias Fernheim e Menno,
respectivamente.
Em relação ao sistema educacional, o ensino do
idioma alemão é outro diferencial do local. “As
aulas são ministradas em alemão até a 7ª série.
Com isso, todos falam um alemão perfeito”, elogiou a analista de marketing, Vanessa Nuspl. É
comum o uso do dialeto Plattdeutsch, originário
do norte da Alemanha, em casa. “Mas muitos já
dominam o espanhol”, acrescentou.
AGRONEGÓCIO E
SUPERAÇÃO
A economia local atual gira em torno da pecuária, especialmente de gado de corte e leiteiro.
Após décadas de baixas produtividades, em
função do austero regime de chuvas, a agricultura deixou de ser o carro-chefe econômico da
região na década de 1990. “A cooperativa de
cada colônia visitada conta com um frigorífico,
enquanto que a produção leiteira é realizada
em cooperação”, frisou Majowski.
Com a adoção da pecuária extensiva, cada cooperativa conta com grandes extensões de terra e
média inferior a uma cabeça de gado por hectare.
“O interessante é que o título da terra permanece
em nome da Cooperativa e não do cooperado,
mesmo que este o tenha pagado”, observou o vice-presidente. O couro é igualmente um produto
forte, sendo grande parte exportada.
Sistema educacional inclui aula de alemão em todos
os colégios, desde os primeiros anos
TRABALHO SOCIAL
As colônias menonitas do Chaco paraguaio são estruturadas em dois níveis de organização: as cooperativas e as associações. As primeiras têm por objetivo comprar, desenvolver
e comercializar a produção dos cooperados. Já a Asociación oferece infraestrutura através
do pagamento de 10% sobre a renda bruta de cada sócio, o que dá direito a um plano de
saúde, aposentadoria, descontos na mensalidade do Colégio e em atendimento hospital,
bem como facilidade em usufruir de um sanatório, uma casa de repouso e um lar de idosos.
A necessidade de criação da Asociación reside na defasagem de investimento na região,
por parte do governo local na região de Chaco, gerando falta de infraestrutura básica.
Desta forma, uma das máximas dos menonitas, que é seguido à risca, estabelece que os
direitos individuais devem submeter-se aos interesses da comunidade.
Revista Agrária
19
COOOPERATIVISMO
Todo o esforço produtivo dos menonitas está calcado na capacidade de encontrar soluções inovadoras para suplantar as dificuldades
climáticas e geográficas. Se por um lado chove cerca de um quarto
da média anual registrada em Entre Rios, por outro os poços artesianos apresentam água salobra, imprópria para consumo. A partir
de uma técnica observada em Israel, os colonos implementaram
canais ao longo de enormes extensões de terras planas para o acúmulo de água em uma enorme bacia hidrográfica.
“Com isso, eles abastecem uma produção que demanda milhares
de litros de água por dia”, observou o cooperado Gerhard Temari. “É
admirável constatar que eles encararam seus problemas com seriedade, assumiram a responsabilidade e os solucionaram da melhor
maneira possível”, analisou.
Segundo o vice-presidente da Agrária, o principal objetivo da viagem foi atingido. “O importante era que cada cooperado participante da viagem pudesse aprender algo novo e que poderá ser implementado ou adaptado para a nossa realidade”, frisou Majowski.
Alunos da Colônia Menno em uma aula prática de mecânica automotiva
FALA
COOPERADO
A Revista Agrária, graças à colaboração das
analistas de marketing Vanessa Nuspl e Fabíula
Portolan Kuczer, traz as opiniões de alguns cooperados, expostas durante a viagem de regresso
a Entre Rios.
EDEMAR BALKAU
Grupo visita Cooperativa Multiactiva Loma Plata, em Menno.
“O que me tocou foi a fé dos menonitas, que são
muito transparentes e construíram entre si uma
confiança mútua. A historia deles, as dificuldades
que tiveram e ainda têm, e os lemas que cada
colônia possui também me impressionaram”.
ANELIZE BUHALI
“Agradeço à Agrária pela oportunidade de as esposas dos cooperados também terem ido junto,
para termos conhecimento sobre um povo com
cultura diferente e, ao mesmo tempo, parecida
com a nossa. Meu intuito foi tentar ver como funcionam os asilos, já pensando no futuro. Acredito
que a gente também tem capacidade de conseguir algo neste sentido”.
GABRIEL GERSTER
“Certa vez um professor de faculdade me disse:
para atingir o sucesso é preciso persistência, otimismo e perícia. Tudo isso eu vi lá e percebi que
o pessoal leva a sério. Acho que eles são mais
esforçados que nós. A Agrária é forte, mas pode
ser mais ainda”.
Pecuária extensiva e produção de leite são as principais atividades econômicas atuais
20
Revista Agrária
PESQUISA E TECNOLOGIAS
CUIDADOS PARA OBTER
MÁXIMA EFICIÊNCIA NA
APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS
Erros comuns podem comprometer seriamente a eficácia dos produtos aplicados
sobre a lavoura: maquinário em más condições, escolha incorreta de pontas e uso
inadequado dos defensivos. Saiba como evitá-los.
HARALD ESSERT
C
omeça a época de maiores
cuidados com a cultura de milho – quando as aplicações de
herbicida e inseticida são mais
necessárias para garantir bons
rendimentos e qualidade de
grãos. Época também de fazer
os ajustes necessários para garantir a maior
eficácia das aplicações: manutenção apropriada do maquinário, seleção das melhores pontas para cada situação e escolha dos defensivos mais efetivos.
Essas orientações podem parecer óbvias,
mas segundo o pesquisador de mecanização
agrícola da Fapa (Fundação Agrária de Pesqui-
sa Agropecuária) Étore Reynaldo, esse “tripé”
da tecnologia de aplicação ainda é frequentemente desrespeitado. Com isso, cai a eficiência e se perde grande parte do produto aplicado, e muitas vezes os próprios equipamentos
sofrem um desgaste excessivo. Confira quais
medidas implementar para ter o melhor aproveitamento na aplicação.
SITUAÇÃO DO
MAQUINÁRIO
Antes de iniciar os preparativos para a aplicação de defensivo, é preciso responder a algumas perguntas básicas. O pulverizador está
apto para a aplicação? Qual o tamanho ideal
das gotas? Qual o volume ideal? Qual a melhor
ponta para as condições da lavoura? Que pressão deve ser utilizada? Aplicação aérea ou terrestre? Posso combinar outros produtos?
Por mais estranho que pareça, a situação
do maquinário é um fator recorrentemente
ignorado por cooperados. Em uma pesquisa
in loco nas propriedades de alguns produtores, uma equipe da Fapa constatou que 81%
das máquinas não possuíam proteção de TDP
(tomada de potência, ou cardã), 63% não possuíam ou estavam com o manômetro (medidor de pressão) do pulverizador danificado,
63% não possuíam sistema anti-gotejamento
Revista Agrária
21
PESQUISA E TECNOLOGIAS
eficaz, 56% estavam com o comando de válvulas em más condições, e 50% estavam com
a barra do pulverizador danificada ou torcida.
Várias outras não-conformidades menos frequentes também foram encontradas.
A falta da proteção de TDP pode causar
acidentes graves. Já um manômetro danificado
impede o cálculo se o volume de calda (defensivo diluído) por hectare está correto, uma vez
que essa estimativa é feita através da razão
entre a pressão do jato e a velocidade da máquina. Da mesma forma, um comando de válvulas sem manutenção correta pode prejudicar
a distribuição correta de defensivo sobre a área.
E a barra do pulverizador, se estiver deformada,
não permite manter a altura da ponta durante
a aplicação, o que faz com que muito produto
seja perdido por dispersão.
CONDIÇÕES
Pode pulverizar sob qualquer tempo? Não.
Étore adverte que, além de não poder aplicar
sob chuva, é preciso observar algumas condições ambientais para fazer a pulverização. A
recomendação da tecnologia de aplicação é de
que a umidade relativa do ar seja de no mínimo
de 50%, e a velocidade do vento tem que estar
entre 3 km/h a 12 km/h.
“Não pode ser menos que 3 km/h, porque
senão ocorre a inversão térmica, e as gotas
finas ficam em suspensão e não conseguem
cair”, explicou o pesquisador. “E se a umidade
estiver abaixo de 50%, tem que ser selecionado
um outro tipo de ponta para poder trabalhar”.
SELEÇÃO DAS
PONTAS
Qual ponta é melhor usar? Cone ou jato plano? Qual espessura? Posso usar as mesmas pontas para todas as aplicações? Segundo Étore, a
avaliação de qual ponta será usada no bico de
pulverização depende principalmente das condições ambientais da lavoura. O ideal é que o
cooperado compre pelo menos três jogos: um
com gota grossa, um com gota de média espessura, e outra de gota fina. “Nós tentamos hoje
fazer o cooperado usar a ponta de cone, porque
se a condição ambiental for favorável, ela dá
uma eficiência muito maior na cobertura do
alvo”, explicou. Caso as condições sejam ideais,
é possível usar uma gota fina. E conforme, os
fatores sejam menos favoráveis, é melhor usar
gotas maiores. “Se for uma condição bem ruim,
mas o produtor tem que aplicar de qualquer
jeito sob o risco de perder a janela de tempo,
usa-se gota grossa”.
ALTURA DA BARRA
Um fator diretamente relacionado à conservação do pulverizador é a altura da barra.
Étore afirma que, quando a barra está deformada, o operador não consegue manter a altura
da barra estável, o que prejudica a qualidade da
PESQUISA DA FAPA SOBRE CONDIÇÕES DO MAQUINÁRIO DE COOPERADOS
22
Revista Agrária
aplicação. O ideal, segundo as pesquisas, é que
a altura dos bicos seja mantida a cerca de 50
centímetros acima do alvo. Com isso, a perda
de calda se mantém em um nível considerado
normal, de 6,8%. Ou seja, em 150 litros de calda, 139 litros de produto vão atingir as plantas.
Se a barra ficar a um metro de altura, essa
margem de perda sobe para 13%. A dois metros, o prejuízo aumenta para 34%, ou 51 litros perdidos. A quatro metros – situação que
ocorre mais frequentemente em pulverizadores autopropelidos –, 54% da calda se perde
para o ambiente.
MISTURA DE
PRODUTOS
O produtor também deve atentar a quais
produtos podem ser misturados. Isso porque
algumas substâncias são antagônicas entre
si, e além de perder parte da eficácia ao serem misturadas, elas alteram sua forma física, o que afeta a pulverização. “Dependendo
dos produtos que eu estou misturando, eles
são antagônicos e começam a reagir. E essa
reação muitas vezes não é boa para o equipamento, porque pode entupir tudo. Então, tem
que tomar cuidado”.
Sobre o uso de adjuvantes, o mais recomendado é que eles sejam cuidadosamente selecionados e utilizados. O uso dessas substâncias de
forma errada pode ser problemático, comprometendo inclusive o rendimento das culturas.
PESQUISA E TECNOLOGIAS
CONTROLE DE PRAGAS
E DANINHAS EM PÓSEMERGÊNCIA DO MILHO
Pesquisadores da Fapa atentam para os cuidados e a melhor época para fazer o
controle químico de pragas e plantas daninhas no período de pós-emergência do
milho, a fim de não perder qualidade e rendimento. Este ano, com o inverno mais
ameno, o percevejo é uma potencial ameaça
HARALD ESSERT
Monitorar e, se for preciso, controlar com
defensivos químicos o aparecimento de pragas e plantas daninhas é de vital importância
nos primeiros estágios de desenvolvimento do
milho. Segundo os pesquisadores da Fapa (Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária) Alfred
Stoetzer e Vitor Spader, descuidar desses aspectos durante as primeiras semanas após a emergência do milho pode prejudicar seriamente a
qualidade e a produtividade do cereal de verão.
Esse cuidado é essencial neste período
entre setembro e outubro, que é quando
ocorrem o plantio e os primeiros estágios de
desenvolvimento do milho. De acordo com os
pesquisadores, para garantir o bom desenvolvimento das plantas, é importante que a semeadura já tenha ocorrido com o campo limpo, completamente dessecado. Mas também
ao longo do surgimento das primeiras folhas
é preciso cuidar para que não se estabeleçam
plantas daninhas e nem insetos prejudiciais.
Negligenciar essa precaução pode penalizar
severamente a cultura.
PRAGAS
Entre as pragas do milho, a mais preocupante é uma velha conhecida dos produtores, a Spodoptera frugiperda (lagarta-do-cartucho). Stoetzer explica que ela ocorre
em todo o ciclo do milho: surge já no início
da cultura, atacando a plântula, reduzindo o
estande e, se persistir até as fases reprodutivas do milho, afeta inclusive a espiga, causando grãos ardidos.
Por isso, é preciso monitorar bem de perto
os primeiros estágios de desenvolvimento das
plantas. Se a lagarta surgir, ela deve ser con-
trolada desde o começo. “E qual é o momento
correto para aplicar inseticida? Seria quando
de 10% a 20% das plantas de milho do talhão
apresentam lesões, raspagem, causada pelas
lagartas. Aí deve ser feito o controle”, afirmou
o engenheiro agrônomo. Stoetzer lembra que
essas providências são de conhecimento dos
produtores, e as informações – assim como a
lista dos defensivos mais eficazes – estão disponíveis no Portal do Cooperado, assim como
junto aos agrônomos da cooperativa. O departamento de assistência técnica também deve
ficar atento, auxiliando o cooperado no monitoramento das pragas.
Aliás, a lagarta-do-cartucho não é a única
que pode ser danosa já nas fases iniciais do
milho. Segundo Stoetzer, como este ano o
inverno foi pouco rigoroso – e, portanto, não
houve redução natural dos insetos sugadores
–, existe o risco de a população de percevejos
disparar. Essa praga, ao sugar a seiva, injeta
uma toxina que causa um distúrbio fisiológico,
debilitando as plantas de milho, e consequentemente afetando o rendimento de grãos.
“Toda semente que o cooperado recebe
hoje já vem com tratamento visando o controle do percevejo e lagartas. Então na fase inicial
ele tem garantia de controle”, acrescentou o
pesquisador. “Mas após uns dez dias de emergência, ele tem que monitorar a lavoura. E se
ele encontrar uma população mais significativa de percevejos, pode complementar normalmente com aplicação de inseticida”.
PLANTAS DANINHAS
A presença de plantas competidoras na lavoura durante os estágios de pós-emergência
do milho é, de acordo com Vitor Spader, determinante nos resultados da cultura. Segundo
ele, a convivência com plantas daninhas, principalmente no período entre o desenvolvimento da segunda e da nona folhas do milho, pode
provocar danos irreversíveis à cultura. “Todas
as plantas que estão em determinada área
competem entre si por água, nutrientes, luz
solar, entre outros. Além disso, elas percebem
quando existem outros indivíduos próximos,
através de sinais bioquímicos”, explanou. “Então, se a cultura está convivendo com muitas
plantas daninhas, principalmente entre e a
quarta e a nona folha – período em que ela
está definindo os componentes para o rendimento, como número de espigas por planta e
número de grãos por espiga – ela vai diminuir
a quantidade de óvulos formados, reduzindo o
tamanho da espiga”.
Por essa razão, é essencial que o plantio
ocorra em terreno totalmente dessecado. Mas
é preciso manter a área livre de infestação de
daninhas, principalmente até a formação da
nona folha do milho. Se houver o aparecimento, é preciso intervir.
“Normalmente o produtor vai entrar com
uma aplicação próxima ao estágio da segunda
folha. O ideal é que ele entre com produtos que
controlem plantas daninhas que já emergiram,
associados a produtos que tenham residual
em solo. Assim ele vai controlar as plantas daninhas que estão presentes na área e também
aquelas que vão emergir durante um período
após essa aplicação”, destacou.
Contudo, se mesmo assim ocorrer uma
nova infestação antes da formação da nona
folha, é fundamental fazer uma nova aplicação,
evitando danos ao rendimento de grãos.
Revista Agrária
23
PROJETO EXCELÊNCIA
CHEGA À FASE 3 DA
SEGUNDA ONDA
O
Projeto Excelência iniciou a fase 3 de
sua Segunda Onda de implementação. O kick off oficial foi realizado no
último dia 02 de setembro. A partir de
agora, todos os processos desenhados
passam a ser configurados no sistema
SAP, os desenvolvimentos necessários
codificados e as integrações com outros sistemas construídas. Ainda na fase 3, todas as configurações, desenvolvimentos e integrações serão amplamente testadas.
“Temos a recomendação que a implementação
seja realizada em seis fases. No caso da terceira, trata-se de buscar tudo o que foi determinado na fase 2 e
implementar na ferramenta”, explica Marcelo Almeida,
gestor do escritório do Projeto (PMO) . “Neste momento envolveremos bastante os usuários-chave da Agrária, que serão responsáveis por buscar dados mestre,
fazer o saneamento, verificar perfis de acesso e trabalhar nos desenhos do processo em nível mais detalhado”, explicou Edemar Mirapalheta, gestor de projeto
pela consultoria ITS
Após a configuração, os usuários-chave partem
para a validação da solução. “Após testado, homologado e os ajustes realizados, fazemos uma série de testes,
divididos em ciclos, e ao final temos a decisão se estamos prontos para entrar em produção”, detalhou Mirapalheta. Segundo o cronograma atualizado do projeto,
a fase três deverá ser concluída até meados de março.
DEPOIMENTOS
ROSANE MÜLLER
Consultora ITS para Frente de PP (Produção)
Na etapa anterior tivemos uma
preocupação de fazer o levantamento
das características do negócio. Com
base nelas, apresentamos um modelo aderente.
A partir deste levantamento, versus o modelo
que apresentamos, surgiu a proposta Agrária a
ser implementada. Esse modelo é a cartilha para esta fase 3. O consultor
desenvolve as configurações e as personalizações, para que pedaços que
não ficaram totalmente adequados sejam moldados no desenvolvimento
de programas específicos para a Agrária. Em paralelo a isso, estamos
fazendo a passagem de conhecimento e o tratamento de dados. Vamos ter
também a adaptação dos dados atuais para os novos. Finaliza-se com testes
exaustivos, até fazer o teste integrado”.
LUCIANA CHANCHINSKI
Consultora ITS para Frente de SD (Vendas)
O principal desafio da fase
3 é conseguir realizar todo o
levantamento da fase anterior dentro
do prazo estimado, com qualidade e eficiência.
Acredito que na fase anterior, de business
blueprint, todo o levantamento foi fundamental
para que agora o trabalho seja mais eficiente e
tenha a qualidade que esperamos”.
EVANDRO ENNES
Gestor de Integração pela ITS
Marcelo Almeida,
gestor de escritório
do Projeto
24
Revista Agrária
Edemar Mirapalheta,
gestor de projeto pela
consultoria ITS
Temos processos muito críticos no dia
a dia. Com a troca de sistemas, é necessário garantir a funcionalidade, que
seja inclusive melhor que a existente atualmente.
Além dos processos críticos, realizamos o meio de
campo de interfaces, integrando as configurações
e os processos de negócios, para que tudo funcione perfeitamente”.
CERTIFICAÇÕES
COM DEPARTAMENTO DE MARKETING, AGRÁRIA
JÁ SOMA 20 ÁREAS CERTIFICADAS NA ISO 9001
KLAUS PETTINGER
Cooperativa Agrária deu mais
um passo em direção à meta de
certificar todas as áreas administrativas de prestação de serviço interno, até 2016. No dia 28
de agosto, o Departamento de
Marketing teve seu sistema de
gestão da qualidade recomendado, sem nenhuma não-conformidade, para certificação
na ISO 9001:2008, pela SGS.
Trata-se da 20ª seção a conquistar o selo da ISO,
sendo a primeira a fazê-lo em 2015. A auditoria externa foi realizada entre os dias 27 e 28 de agosto. De
acordo com o coordenador de marketing da Agrária,
Arival Cramer, o resultado representa o intenso empenho de diferentes áreas da Cooperativa.
“A obtenção da certificação só foi possível graças
ao comprometimento de cada colaborador da equipe de Marketing, em conjunto com a coordenação
da gestão da qualidade, bem como as demais áreas
envolvidas”, enalteceu Arival. “Parabenizo a todos pelo
empenho e profissionalismo demonstrado ao longo do
processo”, acrescentou.
Em termos práticos, a ISO 9001 visa elevar a satisfação dos clientes internos e externos das áreas, através da implantação de um sistema de gestão da qualidade baseado no busca pela melhoria contínua nos
processos. “Portanto, espera-se redução de retrabalho,
maior eficiência e compreensão dos processos”, observou o analista da qualidade da Agrária, Tiago Lada.
Até 2016, todas as áreas administrativas da Cooperativa deverão estar cerificadas, sendo que grande
parte poderá ser conquistada até o final deste ano. O
processo teve início no final de 2013, com a Gerência
de Gente e Gestão, e continuou em 2014, com outras
13 áreas certificadas.
Arival Cramer: “Parabenizo
a todos pelo empenho e
profissionalismo demonstrado
ao longo do processo”
Tiago Lada: “Com a ISO,
espera-se redução de
retrabalho, maior eficiência e
compreensão dos processos”
ÁREAS DA AGRÁRIA CERTIFICADAS NA ISO 9001
2013
• Gerência de Gente e Gestão (Administração
de Pessoal, SESMT, Gestão Ambiental,
Gestão da Qualidade, ARCA e
Desenvolvimento Humano)
2014
• Gerência Administrativa e Financeira
(Tecnologia da Informação, Controladoria,
Planejamento Orçamentário, Jurídico,
Financeiro e Serviços Corporativos).
• FAPA (Fundação Agrária de Pesquisa
Agropecuária)
• Gerência Agrícola (Assistência Técnica,
Atendimento ao Cooperado, Comercial de
Grãos e Insumos)
• Gerência Sociocultural (Fundação Cultural
Suábio-Brasileira e Colégio Imperatriz Dona
Leopoldina)
2015
• Departamento de Marketing
Próximas áreas a serem
certificadas:
• Agrária Sementes
•Florestal
• Auditoria Interna
• Gerência de Suporte de Operações (Logística,
Manutenção, Projetos e Suprimentos)
• Hospital Semmelweis
Revista Agrária
25
FOTO COOPERATIVA
AGRÁRIA LANÇA
1º CONCURSO FOTO
COOPERATIVA
HARALD ESSERT
T
endo em vista o grande número de
contribuições com a seção “Foto
Cooperativa”, e também de pedidos por parte de eleitores, a Agrária lança, a partir de 5 de outubro,
um novo concurso de fotografias
para colaboradores e cooperados.
Os participantes poderão concorrer em duas categorias. A primeira é exclusiva às imagens publicadas na seção de fotos do Informativo (até junho de
2015) e da Revista Agrária (a partir de julho). Ou
seja, não é preciso inscrever as fotos publicadas na
editoria “Foto cooperativa”, porque essas já concorrem automaticamente.
A segunda categoria, denominada “WinterShow 2015
& Cereais de Inverno”, é voltada a fotos que retratem
a feira técnica de inverno da Agrária, ou situações e
atividades relacionadas à safra de inverno. Quem quiser participar dessa categoria deverá preencher um
formulário que será publicado no site da Agrária. O link
será divulgado assim que a página estiver no ar.
Todas as fotos devem ter sido tiradas entre 1º de janeiro e 20 de novembro de 2015 – último dia para
inscrições. Na categoria “Foto Cooperativa” concorrerão as fotos publicadas até a edição de novembro
da Revista Agrária. Podem disputar tanto fotografias
tiradas pelos próprios cooperados e colaboradores,
quanto por seus filhos ou cônjuges. O autor da foto
deve ser identificado no ato da inscrição.
COLABORADORES
E COOPERADOS
CONCORREM
EM CATEGORIAS
SEPARADAS.
COOPERADO
COLABORADOR
As fotos que saem
na seção ‘Foto
Cooperativa’ estão
automaticamente
inscritas nessa
categoria. Participam
as fotos publicadas
até a edição de
novembro de 2015.
www.agraria.com.br
Quem quiser participar na
categoria WinterShow 2015
& Cereais de Inverno, deve
inscrever suas fotos (no máximo
três) por um formulário que será
publicado no site da Agrária. O
link será divulgado quando o
formulário estiver no ar.
PREMIAÇÃO
O campeão de cada categoria ganhará uma câmera
fotográfica semiprofissional, e o segundo lugar levará
uma câmera compacta. Os terceiros lugares da categoria ‘Foto Cooperativa’ ganharão uma impressão
emoldurada em tamanho 50 cm x 75 cm da foto premiada, e os da categoria “WinterShow 2015 & Cereais
de Inverno” levarão kits institucionais da feira técnica.
Como colaboradores e cooperados participam em
categorias distintas, são no total quatro no concurso: “Foto Cooperativa – Colaboradores’, ‘Foto
Cooperativa – Cooperados”, “WinterShow 2015 &
Cereais de Inverno – Colaboradores” e “WinterShow
2015 & Cereais de Inverno – Cooperados”.
26
Revista Agrária
PREMIAÇÃO
Os primeiros lugares de cada
uma das quatro categorias (duas
para colaboradores e duas para
cooperados) receberão uma
câmera semiprofissional. A data
e o local da premiação serão
divulgados em breve.
FOTO COOPERATIVA
COLABORADORES E
COOPERADOS RETRATAM
AMBIENTE DE TRABALHO
HARALD ESSERT
Mesmo o local de trabalho pode ser inspirador – só depende do olhar de cada
um. E no que depender da visão dos cooperados e colaboradores que nos enviaram
fotos este mês, não falta beleza no campo e nem na cooperativa.
Nesta edição chegamos a 51 fotografias publicadas, e a cada vez aumenta
a dificuldade de selecionar as fotos, uma vez que a qualidade das produções só
aumenta, enquanto o espaço para publicação fica pequeno diante de tanta opção.
Lembrando ainda que as imagens publicadas nesta seção estão automaticamente inscritas no 1º Concurso Foto Cooperativa. Confira mais detalhes do evento
na página 26.
Envie as suas fotos para o e-mail da assessoria de imprensa da Agrária,
[email protected], informando seu nome completo e uma breve descrição
da foto.
O cooperado Harald Duhatschek capturou esse contraste entre o
bucolismo da bovinocultura leiteira e o setor industrial da Cooperativa
Agrária, ao fundo. Cena do Salasch Duhatschek, na Colônia Vitória.
Pode parecer um clube de lazer, mas esse lugar fica dentro
da Agrária. Foi a colaboradora Carla Correia (Florestal) que
retratou o jardim que existe no setor florestal. Segundo ela,
essa é “apenas uma das belezas que esse setor oferece”.
Viu a maltaria bem no fundo da foto do Harald? A
colaboradora Diana Barbosa da Silva (Gente e Gestão) tirou
essa foto de lá, do décimo pavimento da maltaria II. “Dessa
chaminé não sai mais fumaça”, ela comentou. E o arco-íris
deu um belo toque.
Água mansa e
pôr do sol na
propriedade da
cooperada Martina
Weicher Rovani, em
Tocantins.
O encontro entre o campo e
a indústria também cativou
o olhar da colaboradora
Bethina Stemmer (FAPA)
O gerente agrícola da Agrária, André
Spitzner, nos enviou essa foto para
mostrar que sua mãe, Arilda, fez
a receita de alfajor publicada na
edição de julho desta revista.
Revista Agrária
27
DESENVOLVIMENTO
DO AGRONEGÓCIO
À AGROECOLOGIA
HARALD ESSERT
O
terceiro ano do curso técnico em agropecuária do
Colégio Imperatriz realizou
uma viagem de estudos
no início do mês, entre os
dias 3 e 5 de setembro. O
grupo de alunos conheceu
os campos experimentais
da Bayer, em Ponta Grossa, o CPRA (Centro Paranaense de Referência
em Agroecologia), em Pinhais, e todo o sistema
logístico do porto de Paranaguá.
O objetivo, segundo a professora Deise Maria Feltrin, era mostrar aos estudantes etapas da
cadeia da produção agrícola que não é possível
abordar em sala de aula. A viagem foi custeada
pela Bayer, e a visita ao porto ocorreu em parceria com a empresa Rocha Terminais Portuários e
Logística. A excursão foi acompanhada também
pelo professor Patrikk John Martins.
CAMPOS
EXPERIMENTAIS
A primeira etapa da viagem, no dia 3, foi à
UEPG (Universidade Estadual de Ponta Grossa),
onde ficam os campos experimentais da Bayer.
“Os alunos puderam acompanhar todo o desenvolvimento dos produtos até eles serem autorizados, sejam fungicida, herbicida ou inseticida.
Todo o trabalho que é feito, e a demora que tem
no processo, até que o produto seja lançado no
mercado e seja autorizado para utilização em
determinadas culturas”, explicou a professora
Deise. Segundo ela, todo esse processo foi explanado pela equipe da Bayer.
O grupo conheceu os
campos experimentais da
Bayer em Ponta Grossa
28
Revista Agrária
O que impressionou a aluna Juliane Pertschy
foram os cuidados da empresa em relação às
questões ambientais, aliados ao esforço em
atender às crescentes necessidades dos agricultores. “Os procedimentos de pesquisa e desenvolvimento na geração de moléculas, a complexidade e a burocracia que é necessária até que o
produto final possa ser comercializado”, lembrou.
AGROECOLOGIA
O segundo dia foi dedicado a conhecer o
CPRA, na região de Curitiba. Lá, além de produzir
alimentos em sistema agroecológico, os produtores buscam a completa sustentabilidade das
propriedades. “Eles têm a bovinocultura leiteira,
por exemplo. O resíduo, o esterco, vai para o minhocário, de onde ele retorna para a olericultura,
em forma de adubo. Aquelas hortaliças vão para
consumo, venda, ou vão retornar para a compostagem. Então eles mostram que é possível ser
sustentável dentro de uma ilha agrícola usando
somente o que se tem de resíduo do próprio
meio”, contou Deise.
Com isso, os alunos puderam conhecer várias
atividades e processos aos quais não estavam
habituados, como o rotacionamento de pastagens, o sistema agrossilvipastoril [que integra
agricultura, floresta e pecuária] e o cuidado com
o bem-estar animal. “Tudo é produzido e mantido ali dentro. É uma ideia diferenciada para o
aluno, que normalmente fica num ciclo de grandes culturas”, afirmou a professora. “Os alunos
perceberam que mesmo estando numa grande
propriedade, pode-se reaproveitar tudo, e pode
viver da pequena propriedade sem maltratar o
animal, sem depreciar a natureza”.
PORTO
O porto de Paranaguá encerrou o passeio
no dia 5. Segundo a professora Deise, o objetivo era mostrar a ponta da cadeia produtiva, por
onde é exportada parte da produção nacional, e
importada grande parte dos insumos, como os
fertilizantes.
“Os nossos alunos, mesmo os grandes produtores e filhos de grandes produtores, ou alunos que têm uma propriedade pequena, vivem
em função dos cereais, dos grãos. Só que eles
conhecem apenas aquela etapa do plantio e
da colheita. Durante essa visita eles puderam
acompanhar o que acontece no final da cadeia produtiva, para onde vai esse produto”,
avaliou a professora.
“Brincando com o que disse o professor Patrikk,
50% do curso foi durante esses três dias de viagem”, acrescentou. “Então é muito mais fácil
para o aluno, se ele tiver um subsídio teórico para
entender o que ele vai encontrar, efetivar seu conhecimento com a visita prática. Um não é separado do outro; a teoria não vive sem a prática”.
A aluna Juliane concorda. “As viagens técnicas possibilitam vivenciar situações ainda desconhecidas e assim adquirir experiências interessantes, além de proporcionar um momento de
interação e lazer com os colegas. Futuramente,
nos tornaremos profissionais preparados para
atuar no mercado”.
IREKS É CAMPEÃ
DA FASE MUNICIPAL
DOS JOGOS SESI 2015
HARALD ESSERT
A
Ireks do Brasil, joint-venture entre a Cooperativa
Agrária e a matriz alemã
Ireks GmbH, foi a campeã
geral da fase municipal
dos Jogos Sesi 2015 –
competição que reúne
industriários em dezenas de modalidades esportivas. Isso significa que, além de ter quatro
de suas equipes classificadas para a fase estadual, a empresa obteve a maior pontuação geral entre as demais indústrias participantes no
município.
Ao todo, cerca de 500 atletas, representando
25 indústrias, competiram na fase municipal,
que se estendeu ao longo dos meses de maio
e agosto. A premiação ocorreu no dia 28 de
agosto, em uma cerimônia na sede do Sesi em
Guarapuava.
Este ano, o Sesi-PR mudou o regulamento, de
maneira que não existe mais fase regional, e a
competição segue agora direto para a fase estadual. Da Ireks, se classificaram quatro equipes
para a última fase: a dupla Daniel Rodrigues e
Valdenei Rodrigues, campeã no bola 8; a dupla
João Everaldo Melo e Gilson Fagundes, 3º lugar
no dominó; Daniele Dorigue, 2º lugar no tênis
de mesa feminino; e a dupla Daniel Rodrigues e
Denílson Medina, 1º lugar no truco.
A equipe de futebol da Ireks, composta por 15
atletas, ficou em 3º lugar, mas não passou para
a próxima fase – uma vez que, nas modalidades
coletivas, apenas os campeões das fases municipais se classificam. A Ireks competiu ainda com
equipe de futebol sete livre e futsal masculino.
A fase estadual, que reúne os melhores de todo
o Paraná, está marcada para acontecer entre os
dias 30 de outubro e 2 de novembro, em Toledo,
Oeste do Estado.
COMPETIDORES
Dominó, truco e bola 8 podem parecer modalidades que não exigem (ou não propiciam)
muito treino. Mas as duplas que se classifi-
As equipes que se classificaram para as próximas fases, e parte do time de futebol, que ficou em 3º lugar
caram garantem que foi preciso esforço para
conseguir vencer.
“Foi bastante disputado. Tinha mais de 40
duplas. Tanto que foram precisos dois dias de
competição, um fim de semana inteiro, para a
competição”, afirmou Daniel Rodrigues sobre
o 1º lugar que tirou no truco, ao lado de Denílson Medina. “Treinamos um pouco na Arca
[Associação Recreativa e Cultural Agrária],
mas principalmente na hora do almoço, na
empresa”, contou. Segundo ele, é a segunda
vez que eles levam o primeiro lugar na competição. “É um jogo barulhento. Tem que gritar
para intimidar o adversário”.
E como se treina para um campeonato de
dominó? Segundo João Everaldo e Gilson Fagundes, de fato, eles não treinaram. “A gente
só joga junto mesmo no dia do jogo”, revelaram. “Só combinamos as táticas de jogo, ali na
hora, e tem que conhecer bem o jogo. Mas jo-
gar fora do torneio, só em casa com a família”.
Essa é a segunda vez que eles conseguem se
classificar para a fase seguinte.
Treinar bola 8, por sua vez, foi bem mais simples. “Treinamos sempre na Arca”, afirmou Daniel Rodrigues. “Já participei em outros anos,
na mesma modalidade, mas jogava com outra
dupla. É a primeira vez que passamos para a
fase estadual”, acrescentou.
Para os competidores, é importante o incentivo que a Ireks dá para participar nos jogos.
A empresa, além de uniforme esportivo, provê
transporte e também estadia, quando necessário. “A nossa empresa incentiva muito o esporte”, disse Gilson Fagundes. “Isso influencia
bastante, deixa a gente mais envolvido com
a empresa. E também na parte da amizade,
porque vira uma confraternização entre empresas. A gente conhece muita gente lá, e faz
novas amizades”, concluiu.
Revista Agrária
29
AGRONEGÓCIO
PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA
DE 2015 É DE R$ 473 BI
O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) brasileira em 2015 é de R$
473,2 bilhões, segundo as atualizações feitas pelo Mapa (Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento), e divulgadas em 15 de setembro.
O valor é 1% maior do que o obtido em 2014, de R$ 468,6 bilhões. As lavouras, das 21 culturas analisadas, tiveram aumento de 0,3% (R$ 303,34
bilhões), e a pecuária, 2,2% (R$ 169,88 bilhões).
Os produtos com maior acréscimo no valor da produção foram cebola
(147,5%), mamona (99,4%), pimenta do reino (58,6%), trigo (7,5%), soja
(3,7%), milho (3,4%) e café (1,6%). A pecuária está com desempenho superior às lavouras, principalmente pelos resultados da carne bovina, com incremento de 10,2%. As estimativas regionais mostram que a liderança do valor
bruto da produção continua sendo do Sul (R$ 136,96 bilhões), seguido pelo
Centro-Oeste (R$ 127,34 bilhões), Sudeste (R$ 120,11 bilhões), Nordeste,
(R$ 47 bilhões) e Norte (R$ 27,97 bilhões). Fonte: Ministério da Agricultura
ABATE DE
SUÍNOS ATINGE
RECORDE NO
BRASIL
O Sindicato Rural de Guarapuava, em parceria com
a Uniflora Engenharia, realiza no dia 30 de setembro mais um “Dia do CAR”. O objetivo é ajudar proprietários rurais a realizar o cadastro correto no sistema do Cadastro Ambiental Rural (CAR). O preço
do serviço varia de acordo com o tamanho e situação de cada propriedade. Associados têm desconto.
Os interessados podem agendar horário de atendimento por telefone (42 3623 1115) ou no próprio
sindicato. Fonte: Sindicato Rural de Guarapuava
Revista Agrária
O Sindicato Rural de Guarapuava realiza entre
os dias 7 e 9 de outubro o 1º Simpósio Regional de Bovinocultura de Leite. O evento contará com palestras técnicas que abordarão a
qualidade do leite, planejamento da propriedade rural, pagamento por qualidade, produção de leite em sistemas pastoris, suplementação a pasto e controle leiteiro. Haverá ainda
mesas redondas e visitas em propriedades rurais. As inscrições custam R$ 30,00 para sócios
e R$ 40,00 para não sócios. Fonte: Sindicato Rural
de Guarapuava
O abate de suínos no segundo trimestre deste ano atingiu o maior volume
desde 1997, quando o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) iniciou as pesquisas de abate de animais. Foram abatidos 9,7 milhões
de animais no país, 5,7% a mais do que no segundo trimestre do ano
passado e 5,8% a mais do que no primeiro trimestre deste ano. O peso
total das carcaças abatidas chegou a 860,2 mil toneladas. A região Sul
respondeu por 66,3% do total de abates. Fonte: Agência Brasil
SINDICATO RURAL
REALIZA DIA DO CAR
30
1º SIMPÓSIO
REGIONAL DE
BOVINOCULTURA
DE LEITE
PROJETO ESTUDA
CONTROLE DA
LAGARTA-DOCARTUCHO
Identificar os genes do milho responsáveis pela defesa
da planta, com o objetivo de aumentar sua resistência
à lagarta-do-cartucho. Essa é a meta da nova fase da
pesquisa desenvolvida pela Embrapa Recursos Genéticos
e Biotecnologia em parceria com o Instituto de Pesquisa Rothamsted, do Reino Unido. A cooperação entre as
duas já existe há mais de dez anos, mas a pesquisa atingiu uma nova etapa, na qual o interesse específico é a
compreensão dos sinais químicos que os insetos e plantas
utilizam na sua defesa. Fonte: Agrolink
PREPARO:
Massa:
2 xícaras de farinha de trigo Especialíssima
2 colheres (sopa) de margarina
1 ovo
1 pitada de sal
Leite em temperatura ambiente, até dar ponto
Em um recipiente, misture a farinha de trigo Especialíssima, a margarina, o ovo e o sal. Acrescente o
leite ao ponto e misture a massa até ficar enxuta. Em
seguida, coloque-a na geladeira por 30 minutos. Abra
a massa com o auxílio de um rolo, deixando-a numa
espessura fina, e coloque-a em uma forma já untada
com fundo falso. Acrescente sobre a massa o recheio
e a cobertura, e leve para assar em forno quente, a
180°C por 30 minutos. Sirva quente.
Recheio:
Recheio:
2 colheres (chá) de óleo de soja
2 xícaras de brócolis cozido e picado
1 xícara de bacon
1 cebola média picada
Orégano e temperos a gosto
Em uma panela, frite o bacon junto com a cebola.
Adicione os temperos e reserve.
INGREDIENTES:
Massa:
Cobertura:
Em um recipiente, misture tudo e reserve.
Cobertura:
Dica:
100 g de queijo mussarela
50 g de queijo parmesão ralado
1 caixa de creme de leite
1/2 xícara de leite
2 ovos
Se preferir, acrescente tomates secos para decorar.
Rendimento:
Em média, 4 porções
Tempo de preparo:
1 hora e 30 minutos
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Revista Agrária
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Revista Agrária