XX Encontro Anual de Iniciação Científica – EAIC X Encontro de
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XX Encontro Anual de Iniciação Científica – EAIC X Encontro de
XX Encontro Anual de Iniciação Científica – EAIC X Encontro de Pesquisa - EPUEPG ANÁLISE DE FITOMASSA E AJUSTE DE EQUAÇÕES HIPSOMÉTRICAS PARA FLORESTA OMBRÓFILA MISTA NO FAXINAL MARMELEIRO DE CIMA, REBOUÇAS-PR Casimiro William Urban (IC-VOLUNTÁRIO), Luciano Farinha Watizlawick, Sonia Maria Kurchaidt (Orientador), e-mail: [email protected] Universidade Estadual do Centro Oeste/Departamento de Agronomia, PR. Ciências Agrárias - Manejo Florrestal Palavras-chave: Araucária, carbono fixado, espécies nativas. Resumo: Neste trabalho foram testadas e ajustadas modelos Trorey e Henricksen de equações hipsométricas, para estimar as alturas totais das espécies nativas, sendo medidas a altura total e diâmetro à altura do peito. As estatísticas obtidas apontaram um resíduo (R²) muito baixo, de 9,4791%, para Trorey, e 8,9028% para Henricksen, com erro padrão Syx% de 0,004298 e 0,096321 respectivamente. Pela mínima diferença ambos modelos podem ser utilizados. Introdução No Estado do Paraná, dentre as diferentes regiões fitogeográficas, destaca-se a região da Floresta Ombrófila Mista ou Floresta com Araucária, a qual cobria originalmente cerca de 200.000 km² do Sul e Sudeste do Brasil com 95% devastados (CARVALHO, 1994). Presentes no Bioma da Mata com Araucária estão os povos e as terras de faxinais, que mesmo sendo influenciados pelo processo de desmatamento, mantiveram grande parte de sua vegetação natural. A palavra “faxinal’ popularmente significa mata densa, porém etimologicamente, significa mata rala com vegetação variada e faixas de campo penetrando nas matas (CHANG, 1988). Com o desequilíbrio do CO2 em nível global, as florestas desempenham fundamental importância, pois armazenam carbono na biomassa das árvores (SANQUETA, 2004). Diferentes tipos de florestas armazenam diferentes quantidades de carbono na biomassa, em função dos diferentes estágios de sucessão, idade, regime de manejo, composição e teor de carbono de cada espécie. Sendo assim, os ecossistemas florestais apresentam-se como a melhor fonte de “sumidouro” de carbono para o Anais do XX EAIC – 20 a 22 de outubro de 2011, UEPG, Ponta Grossa –PR. ISSN:1676-0018 http://eventos.uepg.br/eaic/portal/ XX Encontro Anual de Iniciação Científica – EAIC X Encontro de Pesquisa - EPUEPG controle das mudanças climáticas, pois além de estocar parte do carbono seqüestrado da atmosfera em seus tecidos, devolvem parte ao solo por meio da queda das folhas, galhos, frutos e estruturas reprodutivas. O estudo da vegetação é importante não só para a Taxonomia Vegetal e Fitogeografia, mas também no âmbito de pesquisa aplicada e de gestão, principalmente, como subsídios à silvicultura, manejo de bacias hidrográficas, manejo de fauna, preservação de táxons, conservação do ambiente, recuperação da formação florestal e interpretação do potencial da terra para uso agropecuário (LONGHI, 1997). O objetivo geral do trabalho foi analisar a fitomassa armazenada nas espécies encontradas e testar e ajustar equações hipsométricas para estimar as alturas totais das espécies arbóreas da região. Materiais e Métodos O foco central deste trabalho é a vegetação do Sistema de Faxinal no município de Rebouças PR. Tal localidade apresenta Sistema de Faxinal com criadouro comunitário ativo, das quais, cita-se: Faxinal do Marmeleiro de Baixo, Faxinal do Barro Branco, Faxinal do Salto e Faxinal do Marmeleiro de Cima onde o presente estudo foi realizado. Foi utilizado os dados de 164 árvores de diferentes espécies nativas, das quais foram medidas altura total (HT) e diâmetro à altura do peito (DAP). Para esses dados foram realizados ajustes das equações para dois modelos hipsométricos: Trorey e Henricksen. Inicialmente trabalhou-se com o modelo definido por Trorey, que relaciona a altura em função do diâmetro e é descrito por: h = b0 + b1 d + b2 d2 O segundo modelo, definido por Henricksen (1950), que possui como variável independente, o diâmetro, é escrito: h= b0 + b1 lnd O valor da fitomassa foi obtida pela equação ajustada por Koehler: Y= exp[-3,255172+0,93907(LN(D²H))]. As espécies encontradas foram Flacourtiaceae (81 plantas), Myrtaceae (34pl), Monimiaceae (12pl), Fabáceae (9pl), entre outras, somando 164 árvores. Resultados e Discussão As estatísticas obtidas por Trorey encontram-se descritas abaixo: R-múltiplo 0,30788 Média 10,19 2 0,09479 SQ Resíduo 9209,062 R 0,08354 SQTo 10173,4 2 R ajustado Anais do XX EAIC – 20 a 22 de outubro de 2011, UEPG, Ponta Grossa –PR. ISSN:1676-0018 http://eventos.uepg.br/eaic/portal/ XX Encontro Anual de Iniciação Científica – EAIC X Encontro de Pesquisa - EPUEPG Erro padrão Observação 7,56301 164 Syx Syx% R2 0,000438 0,004298 0,094791% Logo o modelo obtido foi: = 4,71816 + 0,33782 d – 0,00235 d2 FIGURA 1: Distribuição dos resíduos da estimativa da altura – Modelo de TROREY. As estatísticas obtidas por Henricksen encontram-se descritas abaixo: Média 10,19 R-múltiplo 0,298375 SQ Resíduo 9267,687 R2 0,089027 SQTo 10173,40 2 0,083404 R ajustado Syx 0,009815 7,563593 Erro padrão Syx% 0,096321 164 Observação 2 0,089028% R Logo o modelo obtido foi: = -2,74147 + 4,52214 lnd FIGURA 2: Distribuição dos resíduos da estimativa da altura – Modelo de HENRICKSEN. Anais do XX EAIC – 20 a 22 de outubro de 2011, UEPG, Ponta Grossa –PR. ISSN:1676-0018 http://eventos.uepg.br/eaic/portal/ XX Encontro Anual de Iniciação Científica – EAIC X Encontro de Pesquisa - EPUEPG A partir dos resultados obtidos pelos dois modelos testados Trorey e Henricksen, foram observados como critérios para avaliação o R² e Syx%. O modelo Trorey obteve uma leve vantagem nos resultados do resíduo, igual a 9,4791%, superior ao modelo Henricksen com R² de 8,9028%. O modelo Trorey apresentou erro menor com Syx% de 0,004298, quando comparado com Henricksen que obteve Syx% de 0,096321. Podemos observar que para os dois modelos ajustados o R2 foi bastante baixo, mas o erro padrão muito bom. Os resultados finais foram muito próximos como pode ser observado nas figuras 1 e 2. As espécies citadas foram as que obtiveram maiores médias de fitomassa, com destaque a Peltophorum dubium (Fabaceaea) e Casearia spp. (Flacourtiaceae) com média de 251,19 e 165,98 Kg de carbono respectivamente. Conclusões Pelos resultados obtidos o modelo a ser escolhido seria o Trorey por manter um erro menor com um valor de resíduo maior que o Henricksen, mas a diferença entre os dois modelos são muito pequenas, e ao mesmo tempo esses atingiram erros muito baixos, então ambos os modelos testados apresentam performance satisfatória no que se refere ao R² e Syx%, bem como distribuição gráfica dos resíduos. Referências CARVALHO, P. E. R. Espécies florestais brasileira: recomendações silviculturais, potencialidades e uso da madeira. Brasília: EMBRAPA-CNPF; EMBRAPA-SP,1994. 640p. Anais do XX EAIC – 20 a 22 de outubro de 2011, UEPG, Ponta Grossa –PR. ISSN:1676-0018 http://eventos.uepg.br/eaic/portal/ XX Encontro Anual de Iniciação Científica – EAIC X Encontro de Pesquisa - EPUEPG CHANG, M.Y. Sistema faxinal: Uma forma de organização camponesa em desagregação no Centro Sul do Paraná. Boletim Técnico, n° 22. Londrina: IAPAR, 1988. 123p. LONGHI, S. J. Agrupamento e análise fitossociológica de comunidades florestais na sub-bacia hidrográfica do Rio Passo Fundo-RS. 1997. Curitiba, Universidade Federal do Paraná. (Tese de Doutorado em Ciências Florestais), 193p. 1997. SANQUETA, C. R., BALBINOT, R., ZILIOTTO, M. A. Fixação de carbono: atualidades, projetos e pesquisas. Curitiba: Laboratório de Inventário Florestal- UFPR/Instituto Ecoplan, 2004. Anais do XX EAIC – 20 a 22 de outubro de 2011, UEPG, Ponta Grossa –PR. ISSN:1676-0018 http://eventos.uepg.br/eaic/portal/
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