Xangai, cidade de mil e um fascínios

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Xangai, cidade de mil e um fascínios
Este suplemento de viagens
faz parte integrante do jornal OJE
Conteúdos editados por
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31 de Maio de 2013 N.º 178
T
Manuela Silva Dias
Nice
Travel & Safaris
. .
na região de Côte
d´Azur, entre
a montanha e o mar
.
Saiba mais em www.oje.pt ipad iphone android
Fernando Borges
DR
Scandinavian Airlines
liga Lisboa a Oslo
A companhia aérea Scandinavian Airlines System — www.flysas.es, um
consórcio das companhias aéreas
nacionais da Dinamarca, Noruega e
Suécia e membro da Star Alliance, representada em Portugal pela Discover
the Word Marketing, irá ligar Lisboa
a Oslo e Oslo a Lisboa duas vezes por
semana, às segundas e quintas, e desde 24 de Junho a 15 de Agosto.
A companhia aérea escandinava, para
além das ligações directas entre as capitais norueguesa e portuguesa, oferece igualmente voos directos entre
Faro e Oslo, três vezes por semana,
aos domingos, terças e quintas, uma
ligação que se iniciou em Março e que
terminará a 20 de Outubro. FB
Balões artísticos
no Porto
Xangai, cidade de mil e um fascínios
Colossal, inebriante, frenética, apaixonante. Assim é, em meras quatro
palavras, Xangai. Essa cidade que
não é apenas a mais populosa e moderna desse interminável país que é
a China, mas também a mais próspera, exultando nos seus arranha-céus,
nos imponentes edifícios que percorrem vários estilos de uma velha Europa colonial, e nos belos exemplos
da arquitectura tradicional chinesa.
Cidade que se divide pelas águas do rio
Huangpu, oferecendo uma das margens
ao Bund, à elegância dos edifícios que
testemunham décadas de presença europeia, expoente máximo da arquitectura
histórica da cidade, e hoje lugar preferido
por residentes e turistas para passear.
Bund que também se abre como que
uma esplanada e miradouro para o
Fazer um passeio
de barco no Huangpu
é a melhor forma de
entender o que Xangai
já foi e o que é hoje
outro lado do rio, para Pudong, lugar onde a magia dos neons realça as
linhas futuristas dos seus edifícios,
a Pudong bairro comercial transformado num império económico
e financeiro abrigado pela maior
concentração de alguns dos edifícios mais altos do mundo, como o
Shanghai World Financial Center e a
Shanghai Tower.
Ainda no âmbito do Ano do Brasil
em Portugal, inaugura a 6 de Junho,
no espaço portuense Maus Hábitos
(www.maushabitos.com), a exposição
Pneumática, do artista plástico Paulo
Paes. Mostra de esculturas insufláveis,
pode ser visitada gratuitamente até 5
de Agosto. Em parceria com o baloeiro
carioca Luciano Britto, Paulo Paes realizará ainda intervenções urbanas no
Porto e arredores, culminando com as
festividades do dia de São João. TF
PUB
II |
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sexta-feira
de 2013 | Travel & Safaris
sexta-feira14
31de
dedezembro
Maio de 2013
CULTURA
TS
travel & Safaris
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Inauguração das novas instalações
do Castelo dos Mouros
As novas instalações do Castelo dos Mouros, na vila de Sintra
(www.parquesdesintra.pt), serão inauguradas no dia 5 de Junho.
Os visitantes poderão usufruir de novo espaço composto por cafetaria com esplanada, loja e bilheteira, bar e instalações sanitárias.
Foram também restauradas as duas cinturas de muralhas e
a Cisterna que agora pode ser visitada. Será ainda aberta
ao público a Casa do Guarda do Castelo, situada na segunda
cintura de muralhas, após recuperação e adaptação como
cafetaria, esplanada com vista panorâmica para a Serra. TB
DR
Dia da Criança
A comemoração do Dia da Criança vai ser bem animada no
Aeroporto de Lisboa: das 07h00 às 19h00, na área de check-in,
as mascotes da TAP Flip e Flap convidam os mais pequenos a
participar no passatempo Decora & Descola, que consiste em
decorar um avião com materiais disponibilizados no local. Ao
longo do dia, os aviões ficarão em exposição e cada “obra” será
publicada no site flipflap.flytap.com. Os autores dos dois aviões
mais criativos (feitos por crianças até aos cinco anos e dos seis
aos 12) ganham uma viagem em família a Sevilha e entradas no
Parque Isla Mágica, numa parceria TAP/Turismo de Espanha. TF
celebração
|
DR
DR
“Feira das Viagens” no Campo Pequeno
impulsiona Turismo nacional
Tem início esta 6ª feira, 31 de Maio a
primeira edição da Feira das Viagens no
Campo Pequeno, em Lisboa. A feira estará
patente até dia 2 de Junho, entre as 10h e
as 22h, com entrada gratuita.
Este foi o resultado de uma iniciativa pioneira entre a Sociedade do Campo Pequeno e
a Jervis Pereira, que pretendem com esta
iniciativa criar uma maior proximidade com
o público final de forma a ajudar as famílias
portuguesas a encontrarem soluções interessantes e variadas para as suas férias de
Verão e também contribuir para um impulso
do mercado do Turismo Nacional.
A Feira das Viagens conta com 70 expositores inscritos, entre operadores turísticos
e agentes de viagens, como Across, Halcon
Viagens, Soltropico e algumas empresas
de cruzeiros, como a MSC, Pullmantur e a
Royal Caribbean.
Poderá encontrar alguns destinos turísticos representados pelo Turismo da África
do Sul, Turismo da República Dominicana,
Turismo de Macau e o Turismo de Marrocos e assim obter mais informações sobre
os locais onde poderá passar as suas próximas férias.
Ainda estarão representadas várias cadeias
de hotéis, empresas de animação turística, e
mostras gastronómicas de referência.
Pode também aproveitar para participar
em passatempos, degustações, massagens,
assistir a animações teatrais e ver a feira
de artesanato.
Para além de toda a animação presente na
feira, os visitantes podem participar num
passatempo em que podem ganhar dois
prémios: uma viagem para duas pessoas,
à Madeira e aos Açores, com alojamento
e pequeno-almoço. Para participar tem
apenas que preencher o flyer, que será
distribuído à entrada da Feira, com uma
frase original com as palavras “Feira das
Viagens”, “Campo Pequeno” e “Sonho”. TB
Mais informações em:
http://feiradasviagens.campopequeno.com
Sede
Campo Grande, 220 - B
1700-094 Lisboa, Portugal,
Tel: (+351) 217 817 477
Fax: (+351) 217 817 479
Esta é uma cidade que combina as tradições com as mais futuristas imagens que possamos imaginar. Mas seja qual for o lugar onde estejamos, Xangai está coberta por uma atmosfera
constantemente agitada e única. Mas também de jardins onde impera o silêncio, o cheiro das flores e o chilrear dos pássaros.
China
Xangai, magia entre tradições, passado, presente e futuro
No Bund, numa das margens do rio Huangpu, há exemplos de todos os estilos arquitectónicos. Do gótico ao clássico, do barroco ao
renascentista. Mas basta olhar para o outro lado do rio para encontrarmos um cenário completamente diferente, numa mistura entre
o contemporâneo e o futurista. É Pudong, um skyline de edifícios extravagantes que continua a aproximar-se cada vez mais do céu.
destinos
texto e fotos Fernando Borges
Já dissemos que Xangai é colossal,
inebriante, frenética, apaixonante.
Também já dissemos que é a mais populosa, moderna e próspera cidade da
China. Assim como já dissemos que
tem o rio Huangpu a dividi-la, oferecendo uma margem ao Bund, à parte
mais tradicional e aos imponentes
edifícios que ajudam a contar a sua
história, e a outra à modernidade que
reflecte o império financeiro que cada
vez mais se torna numa das imagens
da China, Pudong.
Mas Xangai é também a cidade dos
milhões de senhores Wei Long, o
mais familiar dos nomes masculinos
na China, que se passeiam pelas ruas,
a pé, de bicicleta ou de triciclo, num
simples roupão, ou dentro de túnicas
e calças largas, ou que executam os
seus exercícios de ginástica ou de artes marciais numa qualquer praça ou
jardim, envergando brancos ou coloridos quimonos.
Também é a cidade das senhoras Mei,
o mais comum apelido na China - dizem que são mais de 100 milhões de
senhoras Mei em todo o país, e que
logo ao nascer do dia, ao final da tarde ou a meio da noite, vestindo os
tradicionais casacos Efu e calças Tai
Chi Chuan, quimonos, tangs ou shen
-i, evoluem de uma forma suave nos
seus exercícios com leques ou espadas, em graciosos ritmos, enchendo
de suaves ritmos parques, praças ou
jardins, assim como qualquer espaço
fechado ao trânsito.
Xangai que tem no apego das suas
gentes à rua uma das suas imagens,
como é bem visível na Praça do Povo,
onde, entre correrias das crianças,
se movem dezenas de idosos que ali,
como em muitos outros lugares, praticam Tai-Chi, jogam cartas, xadrez
e, claro, o inevitável mahjong, mas
também onde se realizam verdadeiras
maratonas de dança. Basta alguém
chegar, ligar um amplificador, e os espectáculos de dança e de canto estão
montados.
Lugares e espaços por onde também
desfilam jovens de salto alto envergando as mais vistosas roupas assinadas pelos mais conceituados costureiros europeus e orientais, ou em
simples calções ou mini-saias e longas
botas ou ténis.
Uma encantadora mistura entre as
tradições e a modernidade dos tempos, acompanhado pelo cenário de
um fundo preenchido pela fachada
de históricos edifícios coloniais e tradicionais, enquadrados pelo novos
gigantes de aço, betão e vidro, num
jogo de equilíbrios entre o antigo e
o... futuro.
Uma Xangai que nos transporta
numa verdadeira viagem no tempo,
De um lado, a região
histórica do Bund.
Do outro, a paisagem
moderna nascida da
“loucura” criativa
do Homem, Pudong.
Assim é na essência
Xangai, a mega
e agitada metrópole
chinesa, onde tempos
diferentes convivem
sem traumas.
E ninguém
se incomoda!
Publicado Semanalmente à Sexta-Feira Propriedade Luxuspress Publicações Lda conselho de administração Jean
Baptiste Pages Director / Editor Reno Maurício Redacção Alexandra Costa, Fernando Borges, Manuela Silva Dias, Samara Conze Figueiredo, Telma Bagulho, Teresa Frederico Arte Francisco Brigham, Rita Vaz Colaboradores Augusto Pereira,
Anya Ana, Carla Sabino Nunes, Carlos Ribeiro, Catarina Pereira, Juliana Calheiros, Marta Galvão Mello, Rita Gordo, Sónia Roma
Fotografia Carmo Correia, John Copland, John Hatzimarkos, Natacha Brigham
Marketing Carina Dias
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[email protected]
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Tel: (+351) 217 817 477
que pode começar na zona residencial de Jing’an, a alguns passos do
lugar onde viveu Mao Tse Tung com
a sua mulher, filhos e sogra, uma das
mais florescentes áreas do coração da
cidade e onde se encontra o famoso
templo de Jin’an, localizado na West
Nanjing Road.
Uma das faces visíveis e curiosas da
China, e em particular de Xangai,
uma imagem de uma cidade cada
vez mais futurista, com os seus arranha-céus, comboios movidos por
levitação magnética, centro mundial
Co-propriedade Megafin Sociedade Editora S.A. Registo na
ERCS N.º 223731 Nº de Depósito Legal: 245365/06 Sede Avenida
Casal Ribeiro, nº15 – 3º, 1000-090 Lisboa, Tel: 217 922 070 Fax:
217 922 099.
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Travel & Safaris | sexta-feira
11 31
de de
janeiro
sexta-feira
Maiode
de2013
2013
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da moda, restaurantes “fashion”,
executivos engravatados a caminho
dos escritórios em Padong, centros
comerciais repletos de lojas que
anunciam marcas de luxo, bancos,
hotéis de vanguarda e até um circuito de Formula 1.
Uma cidade de contrastes que surpreende qualquer visitante, nacional
ou estrangeiro, muito também por
culpa das implacáveis luzes de neon
que desfilam ao longo da Nanjing
Road, a principal artéria comercial
da cidade. Artéria dividida em dois,
Nanjing Donglu e Xiu, com a Praça
do Povo a ser o seu centro nevrálgico,
aproximando-se de alguns dos muitos parques da cidade, de museus, do
edifício do Governo Municipal, ou do
Grande Teatro de Xangai.
Mas também onde não faltam, lado a
lado com lojas Prada ou Rolex, vendedores ambulantes com “menus” que
exibem fotos de todo o tipo de produtos de marca, numa tranquila lógica
de falsificações, e que nos levam até
às suas lojas “normais”.
Uma cidade onde quase nada resta
da aldeia de pescadores nas margens
do Huangpu, que marcou a imagem
de Xangai até meados do século XIX,
até à chegada da Guerra do Ópio e à
af_oje_160x260mm.pdf
1
derrota frente à Inglaterra, permitindo a abertura dos seus portos às mãos
estrangeiras, altura em que a cidade
se viu dividida em quatro, as chamadas Concessões — inglesa, francesa,
americana e chinesa — marcando a
vida que se faz em cada uma desta
“concessões”, numa verdadeira “mixagem” de estilos.
Ingleses que se fixaram na Praça do
Povo e no Bund, onde se sucedem
edifícios de ar europeu e estilo neoclássico, barroco e modernista, mais
tarde e pelas mãos dos chineses transformados em centros comerciais de
luxo, como o Three on the Bund, bancos e escritórios, como o Hong Kong e
Xangai Bank, restaurantes chiques e
pubs da moda, como o Attica, o New
Heights, ou o M The Glamour Bar...
Para além de oferecer a melhor panorâmica sobre Pudong, o grande postal
de Xangai.
Por sua vez, os franceses fixaramse na actual Huaihai, uma elegante
avenida arborizada salpicada de lojas
vanguardistas, restaurantes de charme, teatros, mercados de antiguidades, luxuosos centros comerciais que
também acolhem as discotecas mais
na moda. Uma verdadeira Paris exportada para Xangai.
5/20/13
Zona onde se encontra o bairro de
Xiantiandi, o bairro “in” para passear
e sair para “tomar um copo” ou jantar, embalado por avenidas cheias de
glamour, lojas e restaurantes de charme, e curiosas casas de estética europeia, de dois andares, com pequenos
jardins e varandas.
Não muito longe, ergue-se a Cidade
Velha, mais afastada do actual coração de Xangai. Embora invadida
por legiões de turistas, que ocupam
as suas estreitas ruas alinhadas em
lojas de souvenirs, lojas especializadas em tesouras, com mais de
1000 tipos, lojas onde se vendem os
pauzinhos para utilizar durante as
refeições, leques, chás e bonecos de
porcelana, ainda se consegue respirar a atmosfera de épocas há muito
passadas.
Aqui, obrigatório, é passear-se pelo
jardim de Yu, pelo Templo de Confúcio, percorrer a ponte das Nove Voltas, construída em ziguezague para
espantar os maus espíritos, ou fazer
uma pausa na casa de chá Huxinting.
E é assim Xangai, onde o passado e o
presente se encontram a cada passo,
onde os estilos arquitectónicos seguem quase ombro a ombro contando
histórias da História.
Xangai que também é tradição e modernidade, paraíso para fanáticos das
compras, uma cidade fascinante e estonteante de surpresas.
A Xangai do Bund e de Pudong, de
Nanjing Road, a grande rua para viver loucas experiências de consumo,
da Huaihai Road, a Times Square ou a
refinada Champs Élysée de Xangai, da
North Sichuan Road, a grande rua das
“falsificações”, mas também a “Feira
da Ladra” da cidade, de Jaili, conhecida pela “Cidade que Nunca Dorme” e
onde se encontram os melhores “souvenirs” para oferecer, ou de Yuyuan, o
reino da arte e do artesanato de uma
cidade inesquecível.
Como ir
A Air France, com vários voos diários
entre Lisboa e Paris, propôe 27 voos semanais para Xangai a partir do aeroporto Paris Charles de Gaulle, com tarifas
de 1999,00 euros em classe Business e
589,00 euros em classe Economy, ida e
volta e com todas as taxas incluídas.
A partir de 2 de Setembro, a Air
France oferecerá três voos em Airbus
|
III
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A380 para Xangai-Pudong, sendo a
primeira companhia aérea europeia
a servir a capital económica chinesa
em A380.
www.airfrance.pt
3:42 PM
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Maio de 2013
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de 2013 | Travel & Safaris
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Do lado esquerdo, de cima para baixo, o Windsor Hotel, o Museu de Arte Moderna e Contemporânea (MAMAC) e Vieux Nice; do lado direito o mercado.
frança
Nice, a arte de viver
Podemos considerar a Riviera Francesa ou Côte d’Azur, um dos lugares mais belos de França. Banhado pelo mar mediterrâneo, insere-se na região
administrativa da Provence-Alpes-Côte d’Azur. A cidade maior e mais importante é Nice, que com temperaturas amenas na Primavera e calor no Verão
atrai muitos turistas, não só pelas praias, mas também pela sua beleza natural e todo o glamour envolvente.
destinos
Texto e Fotos Manuela Silva Dias
Por volta das 13h, aterrávamos no aeroporto de Nice. Já do alto podíamos
avistar a linda baía de Anglais e os
9 km de passeio marítimo, uma das
avenidas mais conhecidas no mundo, “La Promenade des Anglais”, que
permanece quase igual desde 1931,
ladeada por inúmeras palmeiras e o
seu mar de cor azul-turquesa.
Estamos em Nice, na região de Côte
d´Azur, o segundo destino turístico
de França, entre a montanha e o mar,
protegidos do vento por um anfiteatro de colinas onde o sol aparece 300
dias por ano. Atravessamos a avenida
de Anglais, onde se destaca o famoso
e luxuoso hotel “Negresco” que retrata o esplendor da “Belle Epoque”.
Dirigimo-nos para a zona velha da cidade em estilo barroco - Vieux Nice,
com ruelas estreitas, esplanadas, lojinhas old fashioned, galerias de arte, é
uma zona para ser percorrida demoradamente. Fomos almoçar na Rua
Direita ao Restaurante Acchiardo.
Com um ambiente muito acolhedor,
existe há três gerações na mesma família. Não é de todo um restaurante
turístico é essencialmente para os
locais. Os pratos são deliciosos a típica salada Nicoise custa 8,60€, existe
neste restaurante uma grande ligação
entre França e Itália. Aliás, em toda
a parte velha existe esta dualidade e
algumas placas indicam, além da forma francesa Nice, a forma provençal
Nissa e o nome das ruas estão escritas
nas duas línguas, pois Nice já pertenceu a Itália, foi definitivamente anexada à França em 1860, pelo Tratado
de Villafranca.
Após almoço fomos visitar o Museu
de Arte Moderna e Contemporânea
(MAMAC), um edifício da autoria dos
arquitectos Henri Vidal e Yves Bayard,
onde as quatro torres existentes estão
ligadas entre si por corredores de
vidro. A partir do terraço, chamado
de Jardin d´Eden, no último piso do
museu, temos uma vista panorâmica
muito bonita da cidade. Nas exposições permanentes, inclui trabalhos
de vários artistas desde 1950, tais
como Andy Warhol, Roy Lichtenstein
e Niki de Saint Phalle entre outros.
Existem também exposições temporárias e realizam-se várias palestras
da École du Louvre.
No centro de Nice, no WindsoR Hotel, edifício do século XIX,envolto em
arte foi o local para retemperarmos
energias.Construído em 1895 e transformado em hotel em 1942. Desde
1987 que nasceu o projecto “Quarto
dos Artistas” e actualmente existem
28 quartos onde a imaginação de
cada artista faz a decoração de cada
um deles. Como é de esperar, todos os
quartos são diferentes e únicos e o resultado é surpreendente.Pode dormir
num quarto onde os sonhos do artista
Ben estão escritos nas paredes e tecto
do quarto; noutro com as paredes revestidas a ouro onde a cama se encontra ao centro, autoria do artista Ckaudio Parmiggiani. As hipóteses são 28
e todas muito diferentes umas das
outros, umas vai amar e outras detestar... mas indiferente nunca ficará.
Para terminar o dia, nada como uma
refeição cheia de surpresas, preparada pelo simpático e divertido Chefe
David Faure, detentor de uma estrela
Michelin. No restaurante Aphrodite
espantamo-nos com tudo o que nos
era apresentado. Uma cozinha molecular muito curiosa, desde uma das
entradas, que tinha de ser engolida
rapidamente, conter a respiração
e deitar o fumo de uma só vez pelo
nariz… Está visto que as gargalhadas
foram contagiantes. Depois de três
horas e já bastantes satisfeitos ainda
terminou a refeição com um ovo estrelado, o que causou troca de olhares
com pontos de interrogação…como
poderíamos depois de tudo que já tínhamos saboreado, ainda ter espaço
para um ovo estrelado…bem na realidade os ovos foram feitos na mesa à
nossa frente, mas como que por um
toque de magia transformaram-se
Começamos por
descobrir o mercado
das flores e vegetais,
uma explosão de cores
e cheiros, um local
de visita obrigatória
para quem gosta de
mercados. Desde os
toldos coloridos, às
inúmeras flores, vegetais,
morangos, frutos
silvestres, compotas
e mel provenientes de
agricultura biológica,
sabonetes de várias
cores, bonecas de
alfazema, tudo se
conjugava de uma forma
muito agradável
em doce de manga a parte da gema
e leite-creme a parte da clara, não
sei mesmo explicar como surtiu tal
transformação, mas que estava uma
sobremesa deliciosa, estava!
Depois de uma noite descansada no
meu quarto do hotel WindsoR, decorado pela artista Noël Dolla com motivos bem veranis, cheio de gelados
pintados na parede, acordei revigorada para novas descobertas neste local
plantado junto ao mar.
Começamos por descobrir o mercado
das flores e vegetais, uma explosão
de cores e cheiros, um local de visita
obrigatória para quem gosta de mercados. Desde os toldos coloridos, às
inúmeras flores, vegetais, morangos,
frutos silvestres, compotas e mel provenientes de agricultura biológica,
sabonetes de várias cores, bonecas de
alfazema, tudo se conjugava de uma
forma muito agradável.
Segue-se uma visita ao castelo que
fica a 90 metros a partir de Vieux
Nice e separa a cidade velha do porto.
Fomos de elevador que funciona todo
o dia, pode também ir a pé em apenas dez minutos. Já lá em cima, existe
um parque botânico muito agradável,
e somos presenteados com uma vista
magnífica sobre Nice e seus arredores. Quanto ao castelo de facto já não
existe, existe uma pequena ruína da
velha catedral com uma bonita queda
de água.
Descemos a pé depois de explorar
também o jardim botânico e dirigimo-nos novamente a Vieux Nice,
zona velha da cidade, onde é sempre
apetecível deixar-nos perder entre o
emaranhado de ruas estreitas, todas
as lojinhas existentes, e misturarmonos com os seus habitantes. Na Rue
du Collet, uma agradável surpresa
esperava por nós, Nadim Oliviera o
proprietário do Restaurante Oliviera,
uma personagem digna de banda desenhada com um sorriso contagiante, preparou-nos uma cozinha fresca
provençal do mediterrâneo e algumas
especialidades de Nice. O restaurante
tem um ambiente intimista e acon-
chegante, onde se pode comprar azeite de Oliva de exelente qualidade.
Dizemos adeus ao simpático Nadim e
afastamo-nos um pouco mais do centro para visitarmos um novo grande
investimento público e privado de
um antigo matadouro Des Abbatoirs,
com o objectivo de trazer sangue
novo a Nice, transformando um local
industrial num local para a práticas
sociais e culturais com um conceito
de sentir a arte de forma diferente e
juntando vários artistas residentes,
dando asas à imaginação e troca de
experiências. Tornou-se num território de experimentação, uma ponte
entre o centro da cidade e a periferia,
ampliando as zonas verdes e alterando a topografia da cidade. Desde
2011, que várias exposições e troca de
experiências entre artistas de locais
e áreas diferentes tem dinamizado,
dado vida e alma ao novo Abattoirs.
Continuando com arte, fomos viver
um Museu de Arte Contemporânea a
“céu aberto” que se estende por 8,7 km
em 21 paragens do metropolitano.
Um projecto que existe há cinco anos
e que tem sido muito apreciado tanto
pelos turistas como pelos locais, criando uma grande oportunidade para 14
artistas de todo o mundo. Conceberam
224 obras e deixarem a sua marca de
contemporaneidade numa profunda
transformação urbana. Em cada uma
das 21 paragens podemos apreciar a
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Travel & Safaris | sexta-feira
14 31
dede
dezembro
2012
sexta-feira
Maio dede
2013
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VII
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criatividade dos artistas. Terminamos
a viagem de metropolitano na paragem da praça Massena, o coração da
cidade, com acesso às zonas comerciais
ou jardins circundantes. Aqui também
a arte está bem visível: Jaume Plensa,
artista Espanhol, criou sete grandes
figuras humanas em cima de mastros
com dez metros de altura, iluminação
no interior, que representam os sete
continentes. Chama-se “Conversa em
Nice” e é uma metáfora para a relação
entre as diferentes comunidades que
fazem parte da nossa actual sociedade.
A quatro minutos a pé da praça de Massena, fomos jantar ao Attimi Restaurant, que é considerado o restaurante
mais autêntico de comida italiana em
Nice.Faz parte do movimento “Slow
food” e na confeção dos seus pratos só
são utilizados igredientes de primeira
qualidade e de origem biológica, o resultado é simplesmente delicioso!
Para fazer a digestão fomos a pé até
ao hotel, cerca de 20m, onde podemos sentir a animação nocturna da
cidade.
Nada como começar o dia com um
passeio na Promenade de Anglais,
que é muito concorrida para andar
de bicicleta, patins, fazer jogging, ou
simplemente sentar num dos seus
bancos e ficar a apreciar o mar. Ao
contrário do que é habitual em Nice
as nuvens tornara-se progressivamente cinzentas e começou a chuviscar.
Apanhamos o autocarro e fomos até
ao Museu Marc Chagall, de indespensável visita para os amantes de arte.
Museu que homenageia um dos maiores pintores da história. Podemos
apreciar um dos projectos do artista
russo, chamado Mensagem Bíblica,
inaugurado em 1973, que em 17 telas
ilustra os dois primeiros livros da Bíblia, desde a criação do mundo até à
Lei de Deus dada por Moisés ao povo
de Israel.
Quando saímos do Museu, a chuva
tornou-se cada vez mais forte, antecipamos a hora de almoço, e nem de
propósito iamos almoçar a restaurante mesmo na praia. Chegamos ao Restaurante Beau Rivage, um pouco salpicados de água.Os secadores de mãos
da casa de banho serviram de secadores de roupa e sapatos e depois de secos, sentamo-nos numa mesa mesmo
em frente ao mar, claro está na parte
de dentro do restaurante. Com materias todos em madeira branca e com
uma decoração alusiva a verão, foi
mesmo agradável estar naquele local
a ouvir a chuva a cair na madeira, a
ver o mar e a saborear uns deliciosos
pratos gourmet.
Deixamos Nice com chuva, costuma
dizer-se quando saímos de uma terra
e está a chover, é porque esta não quer
que nos vamos embora... por isso a
Nice dizemos: ”Até breve, com muito
sol, para novas descobertas!”
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sexta-feira 31 de Maio de 2013
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ENTEBBE · JINJA · CATARATAS DE MURCHINSON · FLORESTA DE BUNDONGO · MONTES RWENZORI
P.N. QUEEN ELIZABETH · LAGO BUNYONYI · RUHENGERI · P.N. DES VOLCANS · LAGO KIVU · KIGALI
* Inclui taxas de aeroporto (335€, sujeitas a alteração); Partidas de Junho a Dezembro.
Todas as partidas sujeitas a mínimo de participantes;
Suplemento de partidas e pagamentos locais não incluídos.
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