14h30 - leonardo falkenberg
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14h30 - leonardo falkenberg
Fundamentos Técnicos para a Construção de Estomas Intestinais, Complicações e Reconstrução Leonardo Torre Falkenberg Estomas Intestinais - Introdução Isolamento / depressão Distúrbios sexuais Problemas locais de pele Complicações cirúrgicas dos estomas: importante morbidade e limitação ! Estomas Intestinais Classificação Segmento intestinal - cólon - intestino delgado Técnica cirúrgica - terminal - em alça MOBILIDADE ! Estomas Intestinais Classificação Temporários ou Permanentes < progressiva: avanços tecnológicos e pesquisa: - bolsas intestinais - amputação interesfincteriana - grampeadores cirúrgicos - radioterapia e quimioterapia - cir. de urgência – novos conceitos J Support Oncol 2005 Rullier; Dis C Rectum 1999 Chan; J Trauma 2001 Estomas Intestinais - Indicações Anormalidades congênitas Câncer colorretal Tumores obstrutivos Situações de trauma / sépsis Fístulas complexas Incontinência anal severa Polipose familiar e DII ( Crohn e RCUI ) Anastomoses de risco ( proteção ) Doughty D; J Support Oncol 2005 Risco para Anastomoses / Reconstrução de Estomas Cirurgia de urgência Fumantes Doença coronariana Corticóides Obesidade Doença inflamatória intestinal Risco para Anastomoses / Reconstrução de Estomas Radioterapia e quimioterapia préoperatórias Anastomoses difíceis Cirurgias prolongadas Alcoolismo Vasilevsky; Gastrointestinal cancers 2004 Bax; Am J Surg 2007 Exemplo de derivação temporária ( se necessário ) Derivação definitiva Colostomias Em alça Parede Abdominal > cólon transverso proximal Pequena incisão HD Geralmente temporárias Muller-Stich; Dig Surg 2006 Colostomias Terminais ( Hartmann’s procedure ) Parede abdominal Coto retal fechado dentro do abdome > patologias do cólon esquerdo e reto Podem ser de grande dificuldade técnica para reconstrução do trânsito intestinal Colostomias Fístulas Mucosas Conteúdo fecal Parede Abdominal Fístula mucosa Segmento proximal Fístula Mucosa Colostomias Perineais Descrição antiga Resultados desestimuladores Desconhecimento geral Nos últimos anos há um interesse especial pela técnica H Barretos - Melani; 2009 Amputação Retal Aspecto Final Imediato Aspecto Tardio Ileostomias - Particularidades Baum 1879 Muito usadas no tratamento cirúrgico do CA colorretal, DII e polipose adenomatosa familiar Em alça são mais difíceis de manejar Pós-operatório crítico entre 3 e 8 dia ! Ileostomias - Marco Histórico Ileostomia Brooke - 1950 redução complicações: desidratação serosite purulenta edema obstrução funcional / estenose diarréia profusa (Brooke B N; Lancet 1952) Ileostomias - Particularidades > complicações quando realizado Pouch ileoanal ( > débito e > conteúdo enzimático ) Ileostomia continente Kock 1970 - raras indicações: pouch continente alto índice de complicações Fazio; I B Diseases 2004 Pouch Ileal Visão Endoscópica da Bolsa Ileoanal Ileostomia Continente Fazio V; 2004 J Wound Ostomy Continence Nurs 2001 Tendências Atuais para Derivação Temporária Colostomias > sépsis , > hérnias , > prolapsos Ileostomias < odor > obstrução após fechamento > alterações hidroeletrolíticas Tendência a favor das ileostomias em alça ! ( nível de evidência 2 ) Guenaga; Cochrane 2007-2009 Reto inferior Polipose Adenomatosa Familiar Complicações Cirúrgicas dos Estomas Complicações gerais dos estomas variam de 0,8% à 60% muitas variáveis envolvidas relação direta com doença de base 11,6% dos pacientes são reoperados Bergan A;World J Surg 1995 Carlsson; Colorectal Dis 2010 Complicações Cirúrgicas dos Estomas tardias ou precoces / muito precoces influenciadas pelo tipo de cirurgia: urgência ou eletiva > complicações em obesos e portadores de Crohn Leenen;D C Rectum1999 Complicações Cirúrgicas dos Estomas Ileostomias em alça < odor < complicações sépticas < isquemias > desidratação > dermatite > obstrução Wexner; D C Rectum 1993 Carlsson E / Britton D C; 2010 Obstrução aderências hérnias internas Crohn recorrente dor e distensão abdominal náuseas vômitos Obstrução definir etiologia precocemente (irrigação!) ocorre > em DII ( 9,1% X 2,3 %) > em ileostomias terminais 2/3 são por aderências Tratamento : lise de aderências ( VDL ) (Mayo Clinic; Ann Surg 1999) Isquemia geralmente nas primeiras 24 horas aspecto violáceo ou enegrecido > estomas terminais ( vascularização ) > cirurgias oncológicas > em cirurgias de urgência Artéria Marginal Segmento para confecção do Estoma Tumor Isquemia analisar extensão: sub-aponeurótica ? restrito à mucosa ? exame endoscópico ! teste de fluorescência Pele Tecido Celular Subcutâneo Aponeurose Isquemia Tratamento conservador : limitação até aponeurose complicações tardias estenose e retração Tratamento cirúrgico : abaixo da aponeurose Isquemia Restrita ao Segmento Distal de Colostomia Mucosa Viável Segmento distal isquêmico Nível de Ressecção Isquemia Deiscência Mucocutânea etiologia infecciosa ou por tensão ESTENOSE Parcial ou Total Tratamento conservador: curativos intensificados Tratamento cirúrgico: em vigência de sépsis ou retração sub-aponeurótica Deiscência Mucocutânea com estabilidade do Estoma Estenose 2 – 15 % > colostomia terminal geralmente tardias Isquemia ou infecção dificuldade de irrigação quadros de suboclusão intestinal aponeurótica ou epidérmica ? Cataldo D E; Clin Colon Rectal Surg 2008 Estenose Tratamento conservador: Moderadas dilatações ( Hegar ), alteração dieta Tratamento cirúrgico: Severas c/ sintomas ressecção parcial mucocutânea fasciotomia (abertura da aponeurose) reposicionamento do estoma Estenose Retração – 0,5 cm abaixo da pele Tensão , isquemia ou infecção precoce ou tardia Vazamento, dermatite e desconforto fixas: principalmente relacionadas à tensão e ganho de peso retração no PO precoce é potencialmente grave ! Britton D C; Colorectal Dis 2010 Retração Riscos: obesidade mesentério curto proeminência < 10 mm ganho de peso Blackman A; Colorectal Dis 2007 Retração Tratamento conservador : placas convexas Tratamento cirúrgico: abordagem local c/ nova fixação laparotomia ( VDL) Retração Precoce Colostomia terminal Prolapso >colostomias em alça (transversostomias) em ileostomias : protrusão > 3-4 cm é desnecessária e > 5 cm indesejável fixar alça e mesentério não diminui a complicação ! Phillips R R ; Br J Surg 1994 Prolapso 7 – 26% Redundância Grandes aberturas na parede abdominal Aumento da pressão intra-abdominal Sangramento ou isquemia Britton; D C Colorectal Dis 2010 Prolapso Tratamento : ressecção e reposicionamento Acesso local ou laparotomia próteses sintéticas p/ corrigir grandes defeitos aponeuróticos Ileostomia Segmento Isquêmico Transversostomia Prolapsada Linha de Ressecção Prolapso de Colostomia: Abordagem Periestomal e Maturação Hérnia Paraestomal Incidência até 28% melhor avaliadas por TC recorrência alta ( > 33% ) decorrentes de infecções , técnica inadequada e incorreta localização do estoma no abdome Hérnia Paraestomal Predisposição: pressão intraabdominal considerar tratamento conservador c/ cintos específicos em pacientes de alto risco cirúrgico Tratamento Cirúrgico : fechamento aponeurótico local , reposicionamento ou próteses (Williams;Br J Surg 1999) Grande Hérnia Paraestomal Utilização de Próteses Tela profilática diminui incidência de hérnias paraostomais ( 12,5 x 53 % ) Nível 2 de evidência Dawson R; Colorectal Dis 2012 Wu C H; Wond J Surg 2010 J Am Coll Surg 2010 Utilização de Próteses Fístulas > em ileostomias por DII Tratamento: ressecção e reposicionamento Alternativa: cola de fibrina,fenol 5% terapia biológica ! Fístulas Orifício Fistuloso DOENÇA DE CROHN COM MÚTIPLAS CIRURGIAS E FÍSTULAS Varizes > colangite esclerosante por RCUI sangramento recorrente 43% à 100% Varizes Tratamento: compressão direta / epinefrina ligadura cirúrgica desconexão mucocutânea escleroterapia ( etanol e fenol ) shunts (Strong AS; S C Surg 1994 ) Abscessos Atenção ! Recidivas nos Estomas Adenocarcinoma Recidivas nos Estomas Adenocarcinoma Recidivas nos Estomas VISÃO ENDOSCÓPICA DE DII RECORRENTE Recidivas nos Estomas Reposicionamento Reposicionamento Pioderma Gangrenoso Em doença inflamatória intestinal Prevenção : segmento livre de doença Cecostomias em casos de obesidade extrema métodos percutâneos guiados por TC (Zollinger:Gastroint Radiol 1987) infecção local 32% oclusão 7% extravasamento peri-cateter 25% função inadequada em até 60% sempre a última opção ! Fechamento dos Estomas Complicações gerais 7% à 17% > em pacientes com Crohn avaliar sempre os segmentos distais Principais complicações : obstrução intestinal infecção FO sépsis abdominal (Cohen; An J Surg 1994) Análise dos Segmentos Intestinais Distais antes do Fechamento do Estoma Estoma Estenose ? Stapler não aumenta risco de obstrução Intestinal ( nível evidência 1) Ann Surg 2012 Aspectos Nutricionais 25-50% dos pacientes cirúrgicos apresentam algum grau de desnutrição é fundamental o trabalho MULTIDISCIPLINAR na avaliação e abordagem dos pacientes cirúrgicos Cirurgia dos Estomas X Medicina Baseada em Evidências literatura : baixos níveis de evidência recomendações baseadas geralmente em experiência clínica Profilaxia das Complicações Profilaxia das Complicações Preservar máximo de íleo possível Remoção mínima de TCSC – Suporte ! Respeitar planos anatômicos Suturar alça intestinal na aponeurose não previne complicações ! Carlsen;World J Surg 1995 Profilaxia das Complicações técnica cirúrgica adequada mobilização intestinal adequada revisão da vascularização intestinal transposição parietal e sutura mucocutânea sem tensão perfil nutricional adequado (se possível) Ostomies and Stomal Therapy / American Society of Colon e Rectal Surgeons 2011 Lesões em cólon descendente , sigmóide e reto Técnica para confecção do Estoma Parede abdominal Profilaxia das Complicações / Marcação Pré-Operatória Contornos abdominais Saliências ósseas Incisões prévias Limitações físicas Vestuário Complicações Cirúrgicas Gerais > qualificação < morbidade e mortalidade Wibe A; Br J Surg 2005 Read T E; D C Rectum 2002 Staib L;World J Surg 2002 Profilaxia das Complicações Fator preditivo mais importante de complicação é o cirurgião! Presença constante de profissional especializado – estomaterapeuta ! J Wound Ostomy Continence Nurs 2006 Profilaxia das Complicações Seleção do sítio anatômico Suporte emocional Educação do paciente Equipe profissional Qualificada ! Redução significativa de complicações e impacto direto nos resultados ! Baykara Z G; Ostomy Wound Manage 2014 Britton D C; Colorectal 2010 McKenna L; J Wound Ostomy Continence Nurs 2015 Diverticulite Exposição Vascular Ligadura AMI Liberação Intestinal Adequada Colonoscopia Objetivos diagnósticos e terapêuticos Tratamento das lesões colorretais com máxima eficácia com minimização dos riscos Salientar sempre riscos inerentes Toque Retal e sua Importância Tumor