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FATORES ASSOCIADOS AOS ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO EM COORTE
DE ESTUDANTES E PROFISSIONAIS DA SAÚDE NO BRASIL E NA COLÔMBIA
Ehideé Isabel Gómez La-Rotta1,2; Elizabeth da Costa Dias3; Carlos Alberto Morales Pertuz4; Danilo Donizetti Trevisan5; Márcio Cristiano de
Melo1; Francisco Hideo Aoki1; Heleno R. Correa Filho1. 1Faculdade de Ciências Medicina – Unicamp; 2Universidad El Bosque – Colômbia;
3Faculdade de Medicina – UFMG; 4Hospital Militar Central - Colômbia; 5Faculdade de Enfermagem - Unicamp.
CONTENIDO
INTRODUÇÃO: Os acidentes de trabalho com
exposição a material biológico entre trabalhadores
e estudantes da área da saúde ocorridos no
desenvolvimento de suas atividades de trabalho e
ou formação constituem grave problema de
saúde pública, pela frequência e gravidade
potencial de suas consequências. Entre as medidas
adotadas para enfrentar o problema foi elaborada
a Norma Regulamentadora (NR) 32 da
Portaria 485/2005, que estabeleceu requisitos
mínimos e as diretrizes básicas para a
implementação de medidas de proteção para os
trabalhadores em hospitais, clínicas, laboratórios e
serviços médicos existentes dentro das empresas,
2
com ênfase nos riscos biológicos e sua prevenção .
Ressalte-se que o Brasil é o primeiro país na
América Latina e Caribe a regulamentar as
questões de saúde e segurança dos trabalhadores
no setor Saúde
OBJETIVO: Analisar se a implementação da
Norma Regulamentadora 32, sobre as condições de
trabalho nos serviços de saúde, iniciativa pioneira
do Brasil entre os países latino-americanos,
modificou a prevalência desses acidentes.
METODO: Realizamos estudo longitudinal retroprospetivo entre alunos de cursos de medicina,
enfermagem e odontologia e de profissionais
médicos e enfermeiros de Hospitais Universitários
no Brasil e na Colômbia. A amostra brasileira foi
constituida entre janeiro e agosto de 2014 e a
colombiana entre outubro de 2014 e janeiro de
2015. Os grupos foram acompanhados durante um
ano buscando determinar a incidência de acidentes
com material biológico.
RESULTADOS: Avaliamos 965 indivíduos, com média
(DP) de idade de 33,04 (± 10,81); 73,3% dos
participantes eram do sexo feminino; com renda familiar
entre 6 e 20 salários mínimos mensais (SMM) para o ano
de 2014
Variáveis
Sexo
Feminino
Masculino
Idade
Mediana (percentis 25,75)
media ± DP
Mínimo
Máximo
Cor da Pele
Branca
Preto-Pardo
Amarela
Indígena - Mestiço
Não Sabe
Estado Civil
Solteiro
Casado/União Estável
Separado/Divorciado
Viúvo
Número de Filhos
Sem Filhos
Com Filhos
Renda Familiar
(SMM Salário Mínimo Mensal)
< 1 SMM
5 SMM
6 a 10 SMM
10 o mais SMM
Não Sabe
Comportamento de Risco
Sexual
Sim
Não
Conhecimento meios
transmissão
Bom
Mal
Adesão à PP
Boa
Má
Percepção Risco
Alta
Baixa
Treinamento
Sim
Não
n
Brasil n=524 (%)
Colômbia n=441
(%)
p
707
258
381 (53,9)
143 (55,4)
326 (46,1)
115 (44,6)
0,671
965
30 (23 ,39)
32,75 ± 10,81
20
64
30 (25 ,41)
33,39 ± 10,81
19
72
0,354*
0,994**
688
118
25
92
42
417 (60,6)
76 (64,4)
23 (92,0)
1 (1,1)
7 (16,7)
271 (39,4)
42 (35,6
2 (8,0)
91 (98,9)
35 (83,3)
0,000
563
315
56
31
302 (53,6)
196 (62,2)
22 (39,3)
4 (12,9)
261 (46,4)
119 (37,8)
34 (60,7)
27 (87,1)
0,000
631
333
364 (57,7)
160 (48,0)
267 (42,3)
173 (52,0)
0,004
24
399
403
90
49
2 (8,3)
135 (33,8)
295 (73,2)
65 (72,2)
27 (55,1)
22 (91,7)
264 (66,2)
108 (26,8)
25 (27,8)
22 (44,9)
0,000
515
445
285 (55,3)
237 (53,3)
230 (44,7)
208 (46,7)
0,561
918
47
513 (55,9)
11 (23,4)
405 (44,1)
36 (76,6)
0,000
745
197
439 (58,9)
73 (37,1)
306 (41,1)
124 (62,9)
0,000
249
689
135 (54,2)
374 (54,3)
114 (45,8)
315 (45,7)
0,986
133
809
76 (57,1)
436 (53,9)
57 (42,9)
373 (46,1)
0,486
Sobre a ocorrência de acidentes de trabalho, observou-se
que 103 (10,7%) dos participantes referiram ter sofrido
acidente de trabalho com exposição a material biológico
no último ano. Entre os acidentados a media (DP) de
acidentes na sua vida profissional ou no tempo de estudo
foi de 1,49 (±0,74) variando de 1 a 6 acidentes;
evidenciando-se que 66,9% sofreram só um acidente
33,1% tiveram mais de dois e entre eles 19,4% sofreram
mais de três acidentes.
No declaramos conflicto de intereses . Financiados por CAPES, FAEPEX e Universidad El Bosque.
Os acidentes encontraram-se associados ao comportamento sexual de risco, nível adesão, percepção de risco e realização de teste de AntiHBs. Entre os profissionais os que trabalham
de 42dehoras
por semana
e são
da área pelo
cirúrgica
temdemaiores
risco
sofrerde
acidentes
com material
biológico.
TABELAmais
2. Razão
Prevalência
simples
e Ajustada
Modelo
Regressão
dede
Poisson
fatores associados
a acidentes
com material biológico entre os estudantes e
profissionais da saúde Brasil – Colômbia, 2015
Concluímos que a implantação da NR-32 não tem contribuído diretamente com a diminuição dos acidentes, mas pode estar associada à melhora do conhecimento e da adesão as PP entre os profissionais e estudantes da saúde.
FATORES ASSOCIADOS AOS ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO EM COORTE
DE ESTUDANTES E PROFISSIONAIS DA SAÚDE NO BRASIL E NA COLÔMBIA
Ehideé Isabel Gómez La-Rotta1,2; Elizabeth da Costa Dias3; Carlos Alberto Morales Pertuz4; Danilo Donizetti Trevisan5; Márcio Cristiano de
Melo1; Francisco Hideo Aoki1; Gustavo Ortega; Heleno R. Correa Filho1. 1Faculdade de Ciências Medicina – Unicamp; 2Universidad El Bosque –
Colômbia; 3Faculdade de Medicina – UFMG; 4Hospital Militar Central - Colômbia; 5Faculdade de Enfermagem - Unicamp.
CONTENIDO
TABELA 2. Razão de Prevalência simples e Ajustada pelo Modelo de Regressão
de Poisson de fatores associados a acidentes com material biológico entre os
estudantes e profissionais da saúde Brasil – Colômbia, 2015
Variáveis
Idade em anos
Sexo
Feminino
Masculino
País
Brasil
Colômbia
Grupo
Profissional
Estudante
Comportamento
de
Risco
Sim
Não
Vacina de Hepatites B
Sim
Não
Realização Anti-HBs
Sim
Não
Conhecimento
Sim
Não
Percepção de Risco
Sim
Não
Adesão as PPs
Sim
Não
Análise Bruta
Análise Ajustada
RP
IC95% p-valor RPajus*
IC95%
p-valor**
1,00
0,99-1,02 0,399
1,01
0,65-1,58
0,930
0,89
0,68-1,64
0,584
0
0,43
0,26-0,70
0,001
1,63
0
1,03-2.55
0,034
3,03
0
1,04-6,501
0,005
2,38
0
1,39-4,13
0,001
2,54
0
0,62-10,54
0,191
0,51
0
0,30-0,87
0,93
0
0,90-0,96
1,54
1,05-2.43
0,050
2,38
1,39-4,13
0,002
0,015
0,53
0,31-0,90
0,023
0,002
0,53
0,35-0,80
0,003
Ao caracterizar o acidente encontramos
que a via de exposição mais comum foi
a percutânea (86,5%), sendo o principal
objeto perfuro cortante que causou o
acidente a agulha, presente em 64,1%
dos casos (49,5% agulha e 14,6% por
agulha de sutura); as partes do corpo
mais atingidas no caso de acidente
encontram-se os membros superiores
acometendo principalmente dedos da
mão com 68,0% (70), outras partes da
mão com 22,3% (23) e braços 2,9%
(3), seguida pelo rosto, incluído os
olhos, em 6,8% (7).
Os acidentes encontram-se associados
com o comportamento de risco sexual,
nível
adesão,
percepção
de
susceptibilidade e realização de teste de
AntiHBs. Entre os profissionais os que
trabalham mais de 60 horas por semana
e são da área cirúrgica tem maiores
risco de sofrer acidentes com material
biológico.
CONCLUSÃO:
•
Com base nos resultados do estudo pode-se afirmar que a prevalência de acidentes com exposição a
material biológico nos últimos 12 meses não foi diferente entre ambos os países.
•
No Brasil os médicos sofrem mais acidentes quando comparados com os enfermeiros. Pertencendo
estes médicos em maior proporção a especializações cirúrgicas (22,7 vs 11,8).
•
A implementação da norma não contribuiu diretamente com a diminuição dos acidentes, mas melhora
o conhecimento e à adesão as PP entre os profissionais e estudantes da saúde.
REFERENCIAS
1.
SINAN. Acidentes de Trabalho com Exposição a Material Biológico Brasilia: Ministerio de Saúde; 2007 [cited 2015).
2.
Brasil. Portaria N° 485, de 11 de Novembro de 2005. NR-32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde. In:
Segurança-e-Saúde-no-Trabalho, editor. Brasilia: Ministerio de Trabalho e Emprego; 2005. p. 1-29. Brasil. Portaria N°
485, de 11 de Novembro de 2005. p. 1-29.
No declaramos conflicto de intereses . Financiados por CAPES, FAEPEX e Universidad El Bosque.

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