Itália - Doria
Transcrição
Itália - Doria
Se Arduino “di Narbonne,” ancestral dos Dorias genoveses, puder ser identificado a Arduino, conde di Canavese, sua ascendência é a seguinte: [i] Amadeus viveu no condado de Langres, e † após 827. Foi o pai de [ii] Anscario, conde de Oscheret, atestado na Itália em 888 quando se tornou margrave de Ivrea; † 898-900. Da segunda mulher, Ermengarda di Lucca, n.c. 900, † após 932, filha do margrave Adalberto II de Ivrea, teve, entre outros, a [iii] Adalberto, conde de Pombia em 932, de quem dá-se em geral como filho a [iv] Dado, conde de Pombia e de Milão, casado na família dos Arduinici com uma filha de Arduino “Glabrione.” Foram pais de [v] Arduino, margrave de Ivrea e rei da Itália de 1002 a 1013, † como um monge no mosteiro de Fruttuaria em 1015. Casou antes de 1000 com Berta, filha do conde Otbert [Oberto] di Luni, margrave da Ligúria Ocidental, da família dos Obertenghi. Pais de, entre outros, [vi] Arduino “Ardicino,” margrave de Ivrea, atestado em 1029. Teve, enfim, a [vii] Arduino, conde de Ivrea, conde di Canavese, † c. 1089. Lutou na Apulia e na Sicília, por volta de 1040, e é aqui identificado ao Arduino “di Narbonne,” ancestral dos Dorias, com filhos de Oria della Volta. ARDUINO “DI NARBONNE.” Personagem do qual só conhecemos notícias através de tradições que nos vêm pelo menos do século XIII. Eis uma delas: Traggono la loro origine da Arduino,Visconte di Narbona, verso il 1050. Questo visconte passando da Genova per andare crociato a Gerusalemme si ammalò gravemente e fu ospitato in casa di una vedova della famiglia De Volta, dove curato si innamorò di una delle sue due figlie a nome Oria [Orietta] e la tolse per sua. Ebbe da lei un figlio: Ansaldo, che dal nome della madre fu detto “figlio d’Oria.” Outras variantes da narrativa tradicional dão o nome do pai desta Oria (Auria) della Volta; seria certo Corrado della Volta, ou de Volta. Há um fato que sugere a verdade ao menos parcial dessa narrativa: em 1161, as casas dos della Volta e dos Dorias eram lado a lado em Gênova, segundo Giovanni Scriba, vivendo juntos Ingo della Volta e seu filho Marchese, e, ao lado destes, Simon Doria. Além do mais, sempre houve uma associação política e comercial entre os dois grupos familiares, o que sugere um parentesco entre as famílias. E, enfim, uma ancestral de nome Oria ou Auria para esta família é um fato documentado. Por outro lado, é certo que Arduino di Canavese, neto de Arduino, rei da Itália, e bisneto de Oberto, marquês da Ligúria Ocidental, da família dos Obertenghi, esteve na Ligúria c. 1040-1050, o que nos permite identificá-lo ao ancestral dos Dorias. Como os três filhos citados de Arduino e Oria della Volta adotam o matronímico, seriam naturais. ...e fino dall’anno 1110 Martino e Genualdo de filiis Auriæ assistettero come testimonj alla sentenza resa dai consoli di Genova Guidone Spinola e Idone di Carmandino…(N. Battilana, “Famiglia Doria.”) Doria em Gênova: De Oneglia a Portugal e Brasil. SIMON D’ORIA. Personagem de grande projeção no seu tempo em Gênova. Lá nasceu entre 1130 e 1140; foi cônsul de Gênova seis vezes, entre 1165 e 1188, quando combateu pelos interesses da pátria e de sua própria família na Sardenha. Participou também das negociações subsequentes entre Gênova e Pisa, intermediadas por Frederico Barbarroxa, pelas terras sardas. Combateu no assédio a S. João d’Acra ao lado de Filipe Augusto e de Ricardo Coração de Leão em 1191, tendo sido nomeado almirante em Gênova no ano de 1189 para o fim de comandar a frota genovesa que ia auxiliar os cruzados. Morre depois de 1195. Ramo da Sardenha. NICCOLÒ D’ORIA Teria nascido em Gênova por volta de 1150. Em 1188 testemunha um dos muitos acordos de paz com Pisa, este patrocinado pelo papa Clemente III. Em 1197, desafiando o podestà genovês Drudo Marcellino, lançase ao mar numa expedição vitoriosa contra a Sicília; voltando a Gênova, viu que o podestà havia derrubado a casa-torre dos Dorias no borghetto da família, junto à igreja de San Matteo. Sua revolta só é contida pela ação do podestà em resposta. Foi cônsul da comuna em 1201. Em 1202 representa Comita II, sr. do julgado de Torres na Sardenha, nas negociações para o casamento de Maria di Lacon, filha do próprio Comita II, com o marquês Bonifazio di Saluzzo. Em 1207 comanda expedição militar à Sardenha contra os pisanos. Em maio de 1212 hospeda em sua própria casa, em Gênova, o jovem imperador Frederico II. Citado nos documentos genoveses pela última vez em 1224. NICCOLÒ D’ORIA N. pouco após 1210, é atestado em Gênova entre 1250 e 1263. Senhor vários dos feudos familiares na Sardenha, c. (por volta de 1230) c. Preziosa, filha natural (legitimada pelo pai e depois pelo papa) de Mariano III de Lacon, senhor do julgado de Torres na Sardenha, e sobrinha de Giorgia di Lacon, mãe deste Niccolò. É um dos plenipotenciários que assinam, em 13.3.1261, o tratado de Ninfeu com os Paleólogos imperadores de Bizâncio. Morreu em janeiro de 1276 e está enterrado em San Fruttuoso. Pais de: Outros f.os: (1) Brancaleone d’Oria, c.c. (1) Isotta Malaspina, e (2) c. Costanza de Claramonte, c.g. — os últimos senhores do julgado de Arboria na Sardenha; (2) Gotifredo. (3) Margherita, † 1350, c.c. Barisone d’Alamanno de’ Mari. (4) Valentina ou Valensa) d’Oria, c.c. Stefano Visconti, senhor de Milão; bisavós de Valentina Visconti, c.c. Louis d’Orléans, c.g. nos Valois da França. (5) Isabella, c.c. Manfredo IV, marquês de Saluzzo e Montferrat. Era poetisa provençal, do dolce stil nuovo. CASSANO D’ORIA (1312,26,42,†a.1367.) Almirante em 1312 contra os aragoneses. C.c. Gironima del Carretto. GIACOMO D’ORIA C.c. Argenta, filha de Rubaldo Lercari, já viúva em 1203. C.g. até hoje. GUGLIELMO D’ORIA Cônsul em Gênova em 1174; ainda vivo em 1190. Dele descendem os Príncipes de Oneglia, depois Marqueses de Ciriè e del Maro, além da linha provençal da família. ANDREA D’ORIA C. em 1180 c. Susana di Lacon, filha de Barisone II di Lacon, sr. do julgado de Arboria na Sardenha. PIETRO D’ORIA Atestado no cerco de Damietta, 1219. OBERTO D’ORIA C.c. Mabilia... (pode ser confusão com o filho Pietro.) NICCOLÒ D’ORIA Atestado em 1211 e 1265, c.g. PIETRO D’ORIA [1227-1271], † antes de 1274. C.c. Mabilia, filha de Diotesalvi Casiccia. OBERTO D’ORIA N.c. 1230 em Gênova e † após 1295. Adquiriu o senhor io de Dolceacqua, onde se fixaram seus descendentes. Foi capitão de Gênova com Oberto Spinola, e venceu Pisa na batalha naval de La Meloria, em 6.8.1284. Em setembro de 1285 deixou voluntariamente o cargo de capitão do povo de Gênova, nomeando em seu lugar o filho Corrado d’Oria. Em 1295 procura atacar Veneza, sem sucesso, devido às condições do mar. Outros filhos: (1) Mar iano d’Oria, † antes de 1275. (2) Ricciardo d’Oria [12781287], c.c. Pietra di Fulcone de’ Castro, c.g. (3) Bonifacio d’Oria (1271, † antes de 1331), c.c. Benedetta..., c.g. (4) Lotterengo d’Oria, s.m.n. Outros filhos: (1) Lanfranco d’Oria (1251), c.c. Adelasia, filha de Ansaldo de’ Mari. (2) Ansaldo d’Or ia [1247-1271, † antes de 1293]. C.c. Caracosa... C.g. (3) Inghetto d’Oria, † antes de 1250, pai de Ughetto d’Oria, † 1294. (5) Niccolò d’Oria [1227-1250]. C.c.Taddea di Federico Grillo. (6) Mabilia d’Oria (1253), c.c. Lanfranco de Rodolfo. JACOPO D’ORIA N. 1234, † 1294. Foi o analista, autor da crônica genovesa de seu tempo. Educado pelos franciscanos e dominicanos, aparece como comerciante desde 1253. Em 1256 investe fundos na Tunísia com a marquesa Contessina di Gavi, nora do poeta Percivalle d’Oria. Em 1254 associa-se a Ogerio Scotto em empresa comercial naval; em 1276 está investindo na Armênia, junto de Jacopo Boccanegra, irmão de Guglielmo Boccanegra. Co-senhor de Calvi, na Córsega, e senhor de Mornese. Podestà de Voltri em 1273, embaixador a Constantinopla em 1285; escreve seus anais de 1280 a 1293. A linha dos senhores de Dolceacqua é: [i] Andreolo d’Oria, filho de Oberto d’Oria e talvez de sua primeira mulher Niccolosia di Barbaba Cybò, foi o pai de: [ii] Domenico d’Oria (1316), c.c. Isabella di Guglielmo Camilla. P.d.: [iii] Aimerio d’Oria, p.d.: [iv] Imperiale d’Oria, † 1387. C.c. Leona... P.d.: [v] Ginevra d’Oria, e.o., atestada ainda em 1403. C.c. Marco di Ceva d’Oria, dos co-senhores de Oneglia. Eis a linha dos Dorias da Provença: [i] Montanaro d'Oria, filho de Guglielmo, supra; atestado em Gênova em 1185 e 1191. P.d.: [ii] Percivale d'Oria, atestado em 1235, † 1275. Chefe gibelino, apoiou Frederico II e Manfredi; era poeta provençal; governava a marca de Ancona e † na batalha cntra os guelfos no rio Nera. C.c. Adelasia... . P.d.: [iii] Simon d'Oria, † 1275. sem mais notícia. P.d.: [iv] Paolo d'Oria, tronco do ramo provençal. Atestado entre 1275 e 1301. C.(1) c. Argenta, filha de Emmanuele Zaccaria. C. (2) c. Giovanetta di Francesco Visconti. Do primeiro leito: [v] Leonardo d'Oria, atestado em 1321, † antes de 1332. C.c. Isotta… P.d.: [vi] Lodisio d'Oria, citado em 1332 e em 1353. P.d.: [vii] Leonardo d'Oria (1379), c.c. Argenta di Galeotto di Bernabò d’Oria. P.d.: [viii] Lodisio d'Oria (1404 e 1410). C.c. Francesca Usodimare. P.d.: [ix] Leonardo d'Oria (1433), c.c. Caterina Vivaldi. P.d.: [x] Lazzaro d'Oria. Fixado em Marseille no século XV. C.g. na França e (talvez) na Espanha, extinta na varonia a linha francesa. C.c. Francesca di Cesare di Francesco d’Opicino d’Oria. Ainda atestado em 1510. Ramo provençal. NICCOLÒ D’ORIA LAMBA D’ORIA O mais obscuro dos quatro irmãos, N.c. 1240, † 1323, enterrado em San Fruttuoso al almirante na batalha de La Meloria. Monte. Almirante de uma frota de 76 galeras que C.c.Taddea Griffo. partem de Portovenera em 29.8.1298, enfrenta os venezianos comandados pelo almirante Andrea ODOARDO D’ORIA Outros f.os: (1) Castellano Dandolo em frente à ilha de Curzola em 7.9.1298, à tardinha, e na manhã de 8.9.1298. Vence os (1274, 1301.) C.c. [1], …; (1274, 1301), c.c. Marietta…, venezianos, nesta batalha que matou de sete a dez c.c. [2] Isabella d’Oberto c.g. (2) Ugolino (1290). (3) Piccamiglio. Filippo. mil combatentes adversár ios, e na qual foi aprisionado Marco Polo. Foi declarado “salvador Outros fiilhos: (1) Antonio, da pátria,” e ganhou da comuna de Gênova um UGOLINO D’ORIA †1344, c.g. (2) Elisia (1324, († a. 1338.) C.c. Orietta… palácio em memória do feito. 1362), c.c. Gregorio Ramo Doria-Lamba, d’Emmanuele Cicala. (3) LUCIANO D’ORIA Filippo d’Oria. Em 1350 Príncipes de Angri. (1338, 1369). C.c. Violante di Leonardo derrotou em Chios a frota Gentile. Comandando 28 galeras veneziana enviada pelo doge genovesas, derrotou em Zara os venezianos Andrea Dandolo. Sua filha comandados por Vettor Pisani, mas morreu Eubilla teria c.c. Neri Acciaioli, na refrega (29.5.1379). duque de Atenas. (4) Andrea (1344). (5) Francesco (1344, Filhos: (1) Ugolino (1415), c.c. Cattarina †1393). …, c.g. C. [2] c. Eliana d’Oria. (2) Andreola d’Oria (1422), c.c. Niccolò Outros fiilhos: (1) Salagro d’Oria (1338) d’Oria, filho de Acciò d’Oria . (3) c.c. Bianca di Aleramo Cibò, c.g. (2) Galeazzo d’Oria (1415, † a. 1418), c.c. Ugolino d’Oria (1338, 1344), olim Isabella d’Oria (filha de Marco di Ceva), Leonardo. (3) Giovanni d’Oria c.g. (4) Goffredo (1392, 1398). (5) (1379), c.c. … Gattilusio, c.g. Luciano d’Oria c.c. [1] Bargaglina di Senhores de Mornese. Senhores de Dolceacqua. Num texto do século XVI, a narrativa semilendária sobre a origem dos Dorias, na união de um Arduino com Oria della Volta. Ramo dos co-senhores de Oneglia. Outros filhos; (1) Babilano d’Oria (1315). (2) Lazzaro d’Oria. (3) … c.c. o conde Griffo de Sassari. (4) Percivale d’Oria (1313). FEDERICO D’ORIA Atestado em Gênova em 1297. Obscuro, comprou em 1298, com seu irmão Niccolò, o feudo de Oneglia ao bispo Lanfranco, titular da diocese de Albenga, na Riviera del Ponente. Seus descendentes foram, todos, co-senhores de Oneglia; numerosíssimos no século XV, já não podiam mais viver dos rendimentos das terras e voltaram-se para o comércio, para subsistirem. Foram ambos, Federico e Niccolò, srs. de Borgo S. Agata. Federico teve seis filhos homens conhecidos. NICCOLÒ D’ORIA Compra, com o irmão Federico, o senhorio de Oneglia, onde seus descendentes se fixam até vendê-lo a Domenicaccio d’Oria, em fins do século XV. Niccolò d’Oria ainda vivia em 1312. EMMANUELE D’ORIA Battilana chama-o Cattaneo d’Oria; † a. 1314, c.c. Margherita ... . Outros f.os: (1) Cattaneo, c.g. (2) Cristofaro. ANTONIO D’ORIA Também conhecido como Aitone d’Oria. Almirante genovês, citado em 1314. Serve a Filipe VI de Valois contra os ingleses no começo da Guerra dos Cem Anos, e comanda os besteiros lígures em Crécy (1346). Outros f.os: (1) Manfredo (1306), c.g. (2) Beatrice, c.c. Odoardo di Guglielmo Cibò. (3) Federico (1309). c.g. (4) Giovanni, † a. 1324, viúva, Cattarina. Bastardos: (5) Giacomo, Giorgio, Andrea, Antonio. CEVA D’ORIA C.c. Maria di Gaspare Grimaldi. Morre em 1398, num confronto com os guelfos de Gênova. (1) Argenta d’Oria (1392), c.c. Leonardo di Lodisio d’Oria. (2) Clemenza d’Oria (1392), c.c. Alaone d’Argone d’Oria, c.g. (3) Ginevra (1392), c.c. Giacomo di Luchino d’Oria. (4) Fresca(1392), c.c. [1] Lorenzo d’Oria, filho de Gaspare, e [2] c.c. Clemente Vento. (Pode ter um erro aqui, as datas são inconsistentes.) (5) Niccolò Antonio, ob. inf. (1346). 1. Outros filhos: (1) Ingo d’Oria [1227-1239], c.g. (2) Antonio d’Oria, em Gênova em 1227. (3) Lanfranco d’Oria, cônsul de Gênova junto com Manuele, em 1215; depois atestado em 1225 e 1235. Cortesina d’Oria C.c. Ingo di Guglielmo della Volta, neto de Corrado, cônsul da comuna, c.g.: Cattaneo della Volta. Vinciguerra Imperiale, c.g., e [2] c.c. Ginevra di Galeotto Centurione Becchignone. C.g. (1) Antonio (1360), c.c. Eliana d’Isnardo d’Oria, c.g. (2) Odoardo (1390), c.g. (3) Eliana d’Oria, c.c. Ceva di Percivale d’Oria, ao lado, e depois com Odoardo Cattaneo. (4-7) Tebaldo (1390), Niccolò (assediou os aragoneses em Sassari, 1347), Giorgio (1388), Giuliano († a. 1388), c.c. Beatrice…, c.g. (8) Enrichetto, c.c. Andreola…, c.g. Outros filhos: (1) Violante d’Oria, c.c. Lazzaro d’Imperiale d’Oria, neto de Marco di Ceva d’Oria. (2) Davide, † 1520 e (3) Anton Raffaele, † 1518, ambos mercadores. BARCA D’ORIA † 1210. Corsário, ao que parece. O nome é uma alcunha,“o Gordo.” C.g. até hoje. Outros filhos: (1) Guglielmo d’Oria, atestado em 1235, † 1248. C.c. Guglielma di Tommaso Stancone, c.g. (2) Babilano d’Oria. (3) Percivale d’Oria, associado ao pai na mediação sarda, 1234. BABILANO D’ORIA N.c. 1240 (data estimada, por ser primogênito Branca, n.c. 1230), † antes de 1316. É enviado por volta de 1270 por seu primo Oberto Doria, capitão de Gênova, à Riviera del Ponente, como vigário do governo genovês para pacificála e expulsar grupos de malfeitores lá estabelecidos. C.c. Leona, filha de Oberto Savignone. GALEOTTO D’ORIA Atestado em 1325; c.c. Giovanna di Giovanni Lomellini. Valentina d’Oria ou Valensa d’Oria foi mulher de Stefano Visconti, senhor de Milão; foram bisavós de Valentina Visconti, duquesa de Orléans, ancestral da segunda linha dos Valois. Valentina Doria casou-se primeiro com o marquês Franceschino del Carretto, de quem teve uma filha, Tiburzina. Casa-se em seguida com Stefano di Matteo Visconti, de quem deixa três filhos, Matteo, Bernabò e Galeazzo, Bernabò nascido em 1323. Morre-lhe o marido Stefano, envenenado, em 1327, mas Valentina tem um fim tranquilo em 1359, estando enterrada ao lado de Stefano Visconti na igreja de S. Eustorgio em Milão. Sua irmã Isabella d’Oria, poetisa provençal, de vida mais tranquila, casa-se com Manfredo IV, marquês de Saluzzo e de Montferrat. Filho... † antes de 1125. ENRICO D’ORIA S.m.n. MANUELE ou EMMANUELE D’ORIA Sr. de Valle Stellanello e de Andora. N.c. 1180 ou pouco antes, em Gênova; atestado em 1202, quando comprou, de um filho de Obizzo Malaspina, em sociedade com Guglielmo Embriaco, certos direitos de pedágio no Val di Trebbia. Em 1210, com trinta anos ou mais, casa-se com Giorgia (na forma dialetal sarda, Iurgia) di Lacon, filha de Comita II di Lacon, sr. do julgado de Torres, e neta de Barisone II de Lacon, por um breve período rei da Sardenha. Foi cônsul da comuna em 1215; representou então Gênova no quarto Concílio de Latrão. Podestà de Savona como o pai, em 1223; depois, em 1225, podestà de Albenga. Atestado desde 1223 nos feudos da família na Sardenha, em setembro de 1224 induziu o cunhado Mariano III di Lacon, irmão de Giorgia, a renovar a aliança com os genoveses. Dois incidentes marcam, ainda, a vida de Manuele Doria. Em 1233 conspiram vários sardos contra o herdeiro de Torres, Barisone, uma criança, filho de Mariano di Lacon. Entre eles, mais notório, Michele Zanche, futuro sogro de Branca Doria. Mal sucedida a conspiração, os conjurados fogem para Gênova, onde pedem, já em 1234, a Manuele Doria e a seu filho Percivale, que sirvam de intermediários entre os conjurados e os Lacon.A paz é feita. Então, traiçoeiramente, já retornados à Sardenha os conjurados, entre os quais Zanche, provocam em 1235 uma insurreição na qual morre o pequeno Barisone. Ainda em 1241, junto com o irmão Ingo, e mais o primo, o poeta Percivale Doria, Manuele Doria tentou derrubar o governo guelfo em Gênova. Fracassando, submetem-se todos e são os Dorias conspiradores banidos da pátria durante dez anos. Em 1246 esteve Manuele Doria em Florença, como vigário do podestà Frederico de Antióquia, um dos bastardos de Frederico II. Em 1248 Manuele é feito podestà em Como, na qualidade de um dos mais notórios gibelinos da Itália. Terminado o banimento, em 1251 volta a Gênova, quando, por influência do papa Inocêncio IV, um Fieschi, recebe uma quantia compensatória como espécie de anistia pelo seu exílio já cumprido. Torna-se, no mesmo ano, um dos conselheiros da comuna, quando negocia, junto ao filho Niccolò, um pacto com Florença para atacar Pisa. BERNABÒ D’ORIA Foi capitão do povo de Gênova, † 1337. C.c. Eliana di Federigo Fieschi, † este antes de 1314, e de s.m. Chiara…. Federigo Fieschi era irmão de Ottobono Fieschi, o papa Adriano V (†1276), e sobrinho de Sinibaldo Fieschi, o papa Inocêncio IV (reinou de 1243 a 1254). Oberto d’Oria S.m.n. ANSALDO D’ORIA Personagem historicamente documentado, nele começam as genealogias contínuas desta família. Foi cônsul de Gênova em 1134 e depois em 1147, e como cônsul esteve na tomada que os de Castela fizeram a Almería e Tortosa — pois há muito tinham os genoveses vínculos com a Espanha. Giovanni Scriba refere-se a este, em 1156, seja como Ansaldo Doria, seja apenas como Doria. Casou com Anna..., filha de Niccolò... Talvez tenha se casado com uma prima Doria em segundas núpcias. Do primeiro casamento, pai de três filhos. Versão 3.0, Janeiro de 2003. Francisco Antonio Doria BRANCA D’ORIA Branca significa “garra.” N.c. 1230 e † 1325, talvez decapitado por ordem dos aragoneses. Sr. de Logudoro na Sardenha, c. em começos cde 1253 c. Caterina, filha de Michele Zanche, amante ou marido de Adelasia, herdeira dos Lacon no julgado de Tores na Sardenha. Aparece em vários documentos entre 1259 e 1271 — quando (p.e.) “vende por nove liras um escravo de pele negra.” Teria feito assassinar, no verão de 1275, à traição, o sogro, no meio de um jantar que lhe era oferecido; é o episódio imortalizado por Dante. Casa logo em seguida o filho Bernabò com uma das herdeiras dos Fieschis, sobrinha e sobrinha-neta de papas, e através desta aliança com os guelfos passa a ter um comportamento filoguelfo. Teria assassinado, também em 1275, o irmão Mariano. E’ generoso com os subalternos; doa terras e liberta escravos. Muito idoso, é banido de Gênova pelos guelfos (retornara à parte gibelina) em 17.3.1325; capturado pelos aragoneses, testemunhos dizem que foi condenado à morte e executado. Foi, nos começos do século XIV, na prática o senhor de Gênova, e é quem recebe em casa, no borghetto dos Dorias, o imperador Henrique VII de Luxemburgo em 1314. Outros filhos: (1) Pietro d’Oria, e (2) Rubaldo d’Oria. MARTINO D’ORIA Atestado em 1110 em Gênova. Fundou em 1125 a paróquia gentilícia da família, onde está a igreja de San Matteo, padroeiro destes Dorias. Ainda vivo em 1130, quando assina documento no qual se determina que a cidade seja governada por dois cônsules eleitos. C.c. Giulia di Gandolfo Visconte. ANSALDO D’ORIA GENUALDO D’ORIA (Também chamado Zenoardo; o nome deriva-se de Genua, baixo latim para Ianua, Gênova.) Um documento de 1110 cita-o, e ao irmão, Martino. Outros f.os: (1) Andreolo (1417,27), c.c. Maria Calvi, s.g. (2) Achille (1417). (3) Despina, †a. 1434. (4) Teodora (1417), c.c. Teodoro Grillo. (5) Raffaele, c.c. Chiara Cattaneo. (6) Carlo d’Oria (1417), avô de Filippo di Bartolommeo, †1563, almirante, conde de Canosa e de Sassocorvaro. CEVA D’ORIA N.c. 1430, † 1476. Cosenhor de Oneglia, c.c. Caracosa di Enrichetto d’Oria, dos senhores de Dolceacqua. PERCIVALE D’ORIA (1297). S.m.n. GIANO D’ORIA S.m.n. ALERAMO D’ORIA C.c. Andreola… Outros f.os: (1) Raffaele. (2) Lodisio d’Oria (1355), c.c. Alterisia… P.d., entre outros, a Luigia ou Aloisia d’Oria, que c.c. Battista di Napoleone Lomellini. C.g.: e.o., Isabella Lomellini, que c.c. Lodisio Centurione, †1499, grande banqueiro, e p.d. Geronima Centurione, c.c. Francesco di Aleramo d’Oria. ANDREA D’ORIA Patriæ Liberator. N. em 30.11.1466 em Oneglia, † em Gênova em 25.11.1560. Em 1485 passou a Roma, a serviço do papa Inocêncio VIII Cibò; serviu a diversos príncipes italianos desde então, como os duques de Urbino, os reis aragoneses de Nápoles, e Cesare Borgia. Entre 1503 e 1506 esteve na Sardenha, junto a Niccolò d’Oria. Lutou ao lado de Francisco I de França, seu distante parente, na batalha de Pavia. Em 1528 passou ao serviço de Carlos V, e em 9.9.1528 foi aclamado em Gênova como seu virtual senhor; recusou, no entanto, a coroa principesca. Em 1547 a conjura dos Fieschi assassina em Gênova seu herdeiro nos bens e no título principesco, o primosobrinho Gianettino d’Oria; a repressão aos conjurados é brutal, e Andrea d’Oria faz inclusive assassinar Pier Luigi Farnese, ligado a Gian Luigi Fieschi di Lavagna e a Giulio Cibò, senhor de Massa, adversários acérrimos de Andrea. Sem limites morais, mas brilhante nas ações, foi um dos melhores exemplos de grande senhor renascentista na Itália. Príncipe de Melfi (Amalfi), deixou como herdeiros os descendentes de Gianettino. C.c. Peretta Usodimare, marquesa viúva del Carretto, neta materna de Inocêncio VIII, s.g. CEVA D’ORIA Atestado em 1345. C.c. Eliana ou Andreola, filha de Cassano di Bernabò di Branca d’Oria. Filhas: (i) Argenta (1395) c.c. Luchino d’Oria. (ii) Linò, c.c. Bonifacio Rotario, ACCIÒ D’ORIA de Asti. (1382, †a.1404), c.c. Maria d’Ottobono Grillo NICCOLÒ D’ORIA (1409), c.c. Andreola di Luciano d’Oria. Pais de: (1) Accio (1435). (2) Niccolò olim Battista (1427,35), c.c. Violante di Pagano de’ Marini., c.g. (3) Eliana, c.c. Leonello d’Oria, filho de Aleramo, ao lado. (4) Teodora (1437), c.c. Pietro Fallamonica. (5) Ceva, c.g. (6) Luciano. (7) Isotta (1409,1429). (8) Despina (1409). FRANCESCO D’ORIA Atestado em 1417. Co-senhor de Oneglia. C.(1)c. Cattarina Grimaldi, filha de Giorgio Grimaldi, sr. de Antibes. C.(2)c. Catetta di Cattaneo d’Oria. Outros f.os: Primeiro leito, (1) Catteta, c.c. Simone Calvi. Mãe não especificada: (2) Andreolo (1460). (3) Benedetta, c.c. Paolo d’Oria. (4) Branca d’Oria (1460), c.c. Niccolosia di Tedisio d’Oria, c.g. (5) Ginevra (1460). LEONELLO D’ORIA (1427). C.c. Eliana di Niccolò d’Accio d’Oria. GIOVANNI D’ORIA Primeiro leito. Citado em 1460, c.c. Luigia di Tedisio d’Oria. Outros f.os: (1) Pellegra (1556), c.c. Lodisio di Alaone d’Oria. (2) Francesco d’Oria (1557), c.c. Maddalena di Secondo Spinola. Outros f.os: (1) Geronima (1560), c.c. Tommaso di Paolo di Giovanni d’Oria. (2) Peretta, c.c. Giulio Cibò. (3) Vittoria Luigia (1560) c.c. Giuseppe Malaspina. Outros f.os; (1) Martino, c.g. (2-4) Giorgio, Niccolò, Benedetto (ileg.) (5) Castellano (1297,1338). De seu neto Lazzaro di Castruccio era filha Clemenza d’Oria, mulher de Giacchetto Italiano. Outros filhos: (1-7) Bonifacio, Paride, Michele, Urbano, Percivale, Brasco, Carlo. (8) Emmanuele, c.c. Violante… e (9) Giano (1405) c.c. Selvaggia di Niccolò Guasco. Outros f.os: (1-3) Bianca, Antonio (1461), Pancrazio. (4) Stefano (1461, 1495) c.c. Ginevra d’Ignazio d’Oria, s.g. (5) Bernardo (1461) c.c. Maria di Daniele Centurione Becchignone, c.g. (6) Cattarina, c.c. Stefano TOMMASO D’ORIA di Visconte Torre, e depois com Pietro Ferro. (7) Atestado em 1498, c.c. Maria di Battista, c.c. Catteta di Cipriano Lomellini. (8) Luciano Lorenzo Grillo. (1461, †91), c.[1]c. Orietta di Luciano d’Oria, c.g. e [2]c. Argenta di Cesare d’Oria. GIANETTINO D’ORIA † 1547. Foi assassinado pelos sicários de Gian Luigi Fieschi, conde de Lavagna; c.c. Ginetta di Carlo d’Adamo Centurione, mercador enriquecido que servira ao grande Andrea [5]. Segue-se a linha dos Doria-Pamphilj-Landi: [i] Gian Andrea (I) d’Oria. Lutou em Lepanto; vivo em 1604. C.c. Zenobia, filha de Marc’Antonio del Carretto e neta paterna do primeiro casamento de Madama Peretta Usodimare, in Carretto. P.d.: [ii] Andrea (II) d’Oria. C.c. Giovanna, filha de Fabrizio Colonna. P.d.: [iii] Gian Andrea (II) d’Oria. C.c. Polissena Landi, filha herdeira de Ludovico Landi. Príncipe de Torriglia e de Valditaro. P.d.: [iv] Andrea (III) d’Oria-Landi. Príncipe de Torriglia e de Valditaro. C.c. Violante di Niccolò Lomellini. P.d.: [v] Gian Andrea (III) d’Oria-Landi. Príncipe de Torriglia, c.c. Anna Pamphili, filha herdeira de don Camillo Pamphilj, príncipe de Valditaro. C.g.: Doria-Pamphilj-Landi. Doria-Pamphilj-Landi. Outros filhos: (1) Baldassare (1409), c.c. Selvaggia Grillo, s.g. (2) Ginevra, c.c. Adamo Centurione. Avós de Giovanetta di Carlo Centurione, c.c. Gianettino d’Oria, herdeiro do grande Andrea, abaixo. (3) Ceva. (4) Isolta, c.c. Illario de Marini (1425). ALERAMO D’ORIA † antes de 1461. C.c. Giacoba di Marchio (Melchiorre) Vivaldi. MARCO D’ORIA † antes de 1403. C.c. Ginevra di Imperiale d’Oria. Outros f.os: (1) Isotta, c.c. Marco de’ Marini. (2) Maria, c.c. Brancaleone d’Oria. (4-6) Teodora, Sescarina, Geronimo. IMPERIALE D’ORIA [1413, 23, 39]. C. [1] c. Maria, filha de Ottobuono Scotto Salvago. C. [2] c. Bianca di Lodisio di Castruccio d’Oria. Outros filhos: (1) Isabella, c.c. Galeazzo di Luciano d’Oria. (2) Lazzaro (1413). (3) Andrea d’Oria, c.c. Argenta di Sorleone Salvago. Filhos do primeiro leito: (1) Pellegro (1464), c.c. Aranetta di Antonio di Matteo d’Oria. S.g. (2) Lazzaro d’Oria, c.c. a prima, irmã do grande Andrea d’Oria, Violante d’Oria. (3) Benedetto. (4) Francesco d’Oria (1464), c.c. Pellegra di Antonio Sopranis. Outro filho do segundo leito: (1) Stefano (1439). Dorias na Madeira (Portugal). ANTONIO D’ORIA GIOVANNI D’ORIA LODISIO D’ORIA 2o. leito. Identificados aos homônimos que D. Gioffrè reconhece na Madeira em 1480. Assim, este Lodisio d’Oria é o pai de Leonor Doria, c.c. Ruy Gonçalves de Velosa, ancestrais dos Dorias da Madeira. FRANCESCO D’ORIA Casou com Gironima Centurione, filha do banqueiro Luigi Centurione Scotto e de Isabella Lomellini. Centurione, com o cunhado Eliano Spinola — Eliano era casado com Argenta, irmã de Isabella; filhas de Battista Lomellini e de Luigia Doria, prima esta, no 2o. grau misto com 4o., de Andrea Doria — e a Baldassare Giustiniani, ganham em 1471 o direito de explorar o alume de Tolfa, que pertencia ao papado. Aplicando seus ganhos, Centurione envia à Madeira, em 1478, Cristoforo Colombo como seu agente, para comprar caixas de açúcar, e apesar do insucesso deste negócio específico, permanece até o fim da vida ligado ao almirante (Luigi Centurione † 1499). Francesco Doria é o banqueiro de Sevilha que financia a parte de Colombo na viagem de Nicolau Ovando à América em 1502, e igualmente identifica-se ao pai de Cristóvão Doria, navegador natural de Faro, no Algarve. Dorias na Bahia (Brasil). Outros fos. legítimos: Niccolò, Scipione, Brasco, Federico. Ilegítimos: Vespa, Milone, Alaone. ALERAMO D’ORIA Filho de Gironima Centurione, terceiro do nome Aleramo, nascido antes de 1508 em Gênova, é atestado num padrão de juros de 1.1.1557, passado em nome de D. João III em Lisboa, dando-lhe 80$000 rs perpétuos anuais sobre a alfândega de Lisboa. Neste padrão é dado como “genovês, vizinho da cidade de Gênova e lá morador,” e tem como agente em Lisboa a Benedetto Centurione. D. João III diz ainda que Aleramo Doria financiou-lhe, “a câmbio,” em parte, as expedições portuguesas à África e à Ásia. Este Aleramo Doria (“Alaramo,”“Laramo,”“Loramo”) é identificado ao “Lourenco” de Oria que é o pai da “criada da rainha D. Catarina” Clemenza Doria. Eis passagens do padrão de 1557: Dom Joam & c aquamtos esta minha quarta virem façosaber que considerando ...o lugar o quetenho em africa que pollos Reys destes Reynos foram ganhados ao muyto trabalho edespesa ...y nas partes da Jndia y alem della foy necesairo fazer gramdes guastos edespesas ...se tomou gramde somae camtidade dnr.o [de dinheiro] acaimbo ...ep.r quamto alarame doria genoves Vizinho da cidade degenova eLaamorador p.r meservir eajudar ...alarame doria porseu Respondemte benedito centurjão estamdo nestacidade ...pmr.o diadeJan.ro do dito anno de bLvij ...Afolhas Vay asynada p.lo barão daluyto... Aleramo Doria casou com Benedetta, filha de Alessandro Cattaneo. Identificado ao tronco dos Dorias da Bahia. Outras filhas: (1) Gironima, c.c. Bartolommeo d’Andrea d’Oria. (2) Ginevra, c.c. Stefano Rocca, de Savona. Outros filhos: (1) Margarita, c.c. Pietro di Ludovico Spinola. (2) Niccolò. (3) Catteta. (4) Cristóvão Doria, bastardo talvez, n. Faro (Algarve) no começo so século XVI, esteve no Brasil c. 1525 e depois governou São Tomé e Príncipe antes de 1562. (5-6) ? Baldassare (“Baltazar Doria,” 1522) e Lodisio (“Luis Douria,” 1529), atestado o primeiro como procurador do número de Loulé, e o segundo num perdão, em Albufeira.