Verão 2012

Transcrição

Verão 2012
Informativo
Agrária
Março 2012
“É um apoio institucional
ao time que está
destacando o nome de
Guarapuava no Paraná”
Paul Illich, vice presidente
da Agrária, comentando
o patrocínio da Agrária
ao futsal de Guarapuava,
pelo segundo ano
consecutivo
Dia de Campo de
Verão 2012
ESPORTE:
Pelo segundo ano,
Agrária apoia time de
futsal de Guarapuava
MEIO AMBIENTE:
Unidades terão pontos
para coleta de óleo
de cozinha já utilizado
ENTRE RIOS:
Durante giro no Brasil,
autoridades e empresários
alemães visitam a Agrária
Mensagem
Conheça a Agrária!
O início do ano, em Entre Rios, foi
marcado por uma festa da comunidade, com o apoio da Agrária e da Fundação Cultural Suábio-Brasileira. De
4 a 8 de janeiro, a Praça Nova Pátria
foi palco de diversas apresentações
Museu Histórico
de Entre Rios
culturais, que levaram alegria a todos
os participantes. Tivemos a presença
de autoridades, do Brasil e do exterior, desfiles de máquinas agrícolas
antigas e a inauguração de um novo
prédio para o Museu Histórico. Justo
reconhecimento a todos aqueles que,
desde 1951, vêm colaborando para o
desenvolvimento de Entre Rios. É natural que os festejos de jubileus como
este chamem a atenção de todos. É
natural pensarmos na festa, antes, durante e depois.
Mas nossa história continua. Isto significa que, para construirmos muitos outros anos de uma história bem
sucedida, temos de pensar o agora
e o futuro. E agir. Decidir. Ter a coragem de inovar, de conhecer mais o
que já pensamos conhecer, de rever
conceitos, ousar implementar novos
projetos, espelharmo-nos nas organizações de atuação global, principalmente em termos de qualidade. O
sucesso não é um fenômeno natural.
É construído. E ao mesmo tempo está
sempre por construir.
Muita gente nem imagina que a Cooperativa estabeleceu um Museu Histórico,
nos anos 90, para preservar a memória da imigração suábia no distrito de Entre Rios. Até novembro de 2011, o museu funcionou naquele que foi o segundo
prédio da Agrária. No dia 5 de janeiro deste ano, durante a Festa dos 60 Anos
da Imigração Suábia, a Cooperativa inaugurou o novo prédio que construiu
para o museu. Pertencente à Fundação Cultural Suábio-Brasileira, uma organização coligada à Agrária, o museu tem por objetivo coletar, organizar e
expor fotos e objetos de época. Uma das atividades mais interessantes e importantes, realizada há vários anos, são as entrevistas com pioneiros suábios,
para registrar, em imagem e som, depoimentos vivos de uma história até hoje
presente no dia a dia de suábios e brasileiros de Entre Rios. O museu fica na
Colônia Vitoria e funciona de segunda a sexta e também no primeiro sábado
de cada mês. Informações: (42) 3625 8316.
Adam Stemmer
Superintendente
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Informativo
Agrária
DIA DE CAMPO
Evento
Milho e soja,
sob diversos aspectos
O Dia de Campo de Verão 2012, da
contro até os temas abordados, tanto
norama de culturas como soja e milho,
Agrária, realizado dias 7 e 8 de março,
nas palestras da Fundação Agrária de
desde o lado técnico até as tendências
confirmou-se como uma das melhores
Pesquisa Agropecuária (FAPA), quan-
de mercado. Feijão e tomate foram ino-
edições do evento em seus cerca de
to nas apresentações de especialistas
vações no dia de campo. O Informativo
30 anos de história. Os participantes
convidados. Quem participou de toda
Agrária traz nas próximas páginas um
elogiaram desde a organização do en-
a programação pode conferir um pa-
pouco do que foi o evento.
Informativo
Agrária
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DIA DE CAMPO
Mesa redonda
Milho: quais os fatores
para uma alta produtividade?
Todos os cooperados da Agrária
de Campo de Verão 2012 promoveu
de produtividade e desvio padrão
utilizam tecnologia e informações
uma mesa redonda, para que eles
entre os produtores rurais associa-
de pesquisa na produção de grãos.
pudessem contar sua experiência.
dos à Agrária. A pesquisadora abriu
No milho, são elevadas as produ-
Foram
cooperados
o debate, explicando seu estudo. Da
tividades médias: 11.345 kg/ha em
que, num período de dez anos, su-
área de milho da FAPA, Celso Wo-
2010/2011,
Relatório
peraram, por quatro vezes, a média
beto lembrou aos participantes de-
Anual da Agrária (2011). Alguns, no
de produtividade da Agrária. Seus
talhes a se observar no uso da bio-
entanto, conseguem produzir ainda
nomes surgiram num estudo de Gre-
tecnologia naquela cultura de verão.
mais. Para difundir estas boas práti-
en Belt da pesquisadora Sandra Fon-
Confira alguns dos pontos de vista
cas de condução da lavoura, o Dia
toura (FAPA), que analisou médias
mencionados na mesa redonda:
4
segundo
Informativo
Agrária
o
selecionados
DIA DE CAMPO
Nutrição, manejo e genética das
cionadas foram aveia branca ou preta,
plantas
além de nabo e ervilhaca.
Para alguns cooperados, este tripé se
vêm dando mais resultado.
Qualidade de plantio
mostra muito importante para se alcan-
Época de plantio
A qualidade do plantio surgiu também
çar elevadas produtividades no milho.
Entre as épocas citadas nesta etapa
na mesa redonda sobre a produtivida-
do dia de campo, a segunda quinzena
de do milho como um fator importan-
O híbrido certo
de setembro surgiu como uma opção
te. Mas para isso, deve-se pensar em
A escolha, para quem dá ênfase a
adotada por vários produtores.
equipamentos bem regulados.
tal para que se obtenha no milho um
Solo
Locais privilegiados?
alto desempenho. Mas além de saber
Para alguns, foi necessário elevar o
Ao abrir a mesa redonda, explicando o
escolher, pensando por exemplo na
teor de fósforo no solo. Outros apon-
trabalho de Green Belts sobre produti-
época de plantio, é necessário que
tam uma calagem periódica como
vidade do milho, que levou à escolha
o produtor rural acompanhe dia a
fator que vem contribuindo para a
dos participantes da mesa redonda, a
dia a lavoura. Há produtores que já
elevada produtividade – mas sempre
pesquisadora Sandra Mara Vieira Fon-
perceberam o que os pesquisadores
com o acompanhamento de uma aná-
toura (FAPA), abordou uma questão
vêm lembrando: se a biotecnologia
lise de solos. Entre as várias opiniões,
que, à primeira vista, poderia explicar
ajuda, é preciso considerar que ela
houve ainda quem ressaltasse que o
porque alguns cooperados conse-
não elimina a necessidade do famo-
solo tem de estar corrigido em três
guem produtividades acima da média
so capricho para com a lavoura. Mas
aspectos: fisicamente, quimicamente
da Cooperativa: a localização, na cha-
para outros, diluir riscos é uma ne-
e biologicamente.
mada “região das colônias”, em Entre
este importante detalhe, é fundamen-
cessidade há muitos anos e aí o mais
Rios. A pesquisadora revelou que a
importante é cultivar vários híbridos
A “memória” da produção
realidade é diferente da impressão.
numa mesma safra. Sem medo de
“Cabeça não é computador”, afirma
Segundo ela, se as condições de Entre
fazer experiências.
o dito popular. Por isso, anotar o que
Rios são favoráveis, por outro lado há
aconteceu em safras anteriores, na
produtores que não alcançam produti-
Pré-culturas
opinião de alguns cooperados, seria
vidades tão elevadas, e outros que, tra-
Os participantes da mesa redonda
outro ponto a se levar em conside-
balhando em propriedades em lugares
contaram que realizam a rotação de
ração. Para quem afirma este ponto
menos favoráveis, registram excelente
culturas conforme a maioria de seus
de vista, é preciso registrar o que
desempenho. Para ela, os números
colegas, ou seja, segundo as reco-
aconteceu. Ter uma “memória” da
demonstram que, em última análise, o
mendações da FAPA: um terço de
produção ao longo dos anos para
que conta mesmo é a forma de utilizar
milho e dois de soja a cada safra de
que se possa verificar as formas de
a tecnologia e de realizar a condução
verão. Algumas das pré-culturas men-
condução e as técnicas que de fato
das lavouras.
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Agrária
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DIA DE CAMPO
Futuro
Do GPS à robótica
na agricultura
As mais modernas tecnologias que
durante as oito horas de seu turno de
mudaram a mecanização da agricul-
trabalho. Se no início se tinha a im-
tura, em anos recentes, foram deter-
pressão de que o uso do dispositivo
minadas a partir do surgimento do
não ia “pegar”, atualmente “o Brasil se
GPS, nos anos 90 – de lá para cá,
tornou um dos grandes compradores
aquele sistema contribuiria para des-
de pilotos automáticos (para máqui-
dobramentos até então impensados,
nas agrícolas) do mundo”.
passando-se da máquina para o robô
O GPS – acrescentou ele – também
no campo. Neste panorama, que em
passou a ser instalado em aviões
alguns países europeus já é realidade,
agrícolas para orientar as aplicações
caberá ao agricultor conhecer as no-
em linhas paralelas, o que dispensou
vidades e avaliar a viabilidade de sua
o “bandeirinha” (auxiliar em solo, que
utilização, já que plantar e colher apre-
marcava a direção na qual a aeronave
senta condições tão diferentes quanto
deveria seguir). Aqui também, segun-
a diversidade de paisagens do plane-
do Molin, o avanço foi mais rápido do
ta. E mais: a própria relação operador-
que se pensa: “Entre 1997 e 2001, a
-máquina deverá se modificar. Esta é
frota inteira de aviões (agrícolas) do
em resumo a perspectiva apresenta-
Brasil foi equipada com GPS”.
da no Dia de Campo de Verão 2012,
Ainda de acordo com Molin, a automa-
de se trabalhar sem o operador. Em
da Agrária, por José Carlos Molin, da
ção plena das máquinas, com a cria-
sua opinião, a tecnologia “pode não
USP/ESALQ, que no dia 7/3 proferiu
ção de robôs, também ganha espaço
bater tão rápido em nosso quintal”
a palestra “Rumos e tendências da
em países como Holanda e Alemanha.
como está acontecendo em outros lu-
agricultura moderna”. Exemplificando,
A razão é o interesse na agricultura or-
gares, mas poderá vir a ser adotada no
Molin disse que já hoje, no Brasil, de-
gânica em alta escala. “O jeito de fazer
Brasil. Ao mesmo tempo, surgem e se
pois que inventaram o piloto automá-
isso é usar um capinador automático,
popularizam equipamentos para análi-
tico na colhedora de cana-de-açúcar,
já que não se pode usar agroquímico”,
se de características de plantas como
há usinas em São Paulo que utilizam
explicou. “Tem muita robótica já sendo
soja e trigo: “Em vez de levar as amos-
aquela alternativa tecnológica, consi-
posicionada no mercado”, comple-
tras para o laboratório, levamos o labo-
derando que o operador não precisa
mentou, observando que, para o setor,
ratório para o campo”. Os dispositivos,
entender do equipamento, mas ape-
a necessidade de reduzir custos tam-
acoplados a um trator, “escaneiam” a
nas manter a máquina em movimento
bém está contribuindo para a opção
lavoura, avaliando, por exemplo, o PH.
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Informativo
Agrária
José Carlos Molin, da USP/ESALQ:
robótica no campo já é realidade em
alguns países europeus
DIA DE CAMPO
Palestra
Novas pragas no milho
Na principal palestra do segundo e
grau de relação entre a ausência de
último dia do Dia de Campo de Ve-
lagarta e a chegada de insetos. Atu-
rão 2012, um tema chamou a aten-
almente, “a safrinha tem um proble-
ção dos participantes: “A biotecnolo-
ma sério com o manejo de pragas”,
gia e o surgimento de novas pragas
exemplificou.
na cultura do milho”. O assunto foi
O especialista acrescentou que tam-
abordado em palestra, por Ivan Cruz,
bém as mudanças climáticas, como
da Embrapa Milho, que deixou uma
o aquecimento global, estão contri-
mensagem de alerta: apesar das
buindo para uma maior incidência
vantagens da biotecnologia no milho,
de pragas na cultura do milho. “Todo
é necessário o produtor rural prestar
mundo sabe que quanto maior a
atenção aos insetos que, com o fim
temperatura, mais rápido os insetos
das pragas eliminadas pela tecnolo-
crescem”, declarou, apontando que
gia Bt, passaram a infestar as lavou-
o fenômeno resulta em mais gera-
ras. “Alguns percevejos da soja, hoje,
ções de pragas num mesmo ano – “A
são muito mais importantes no milho
capacidade de multiplicação de pul-
do que na soja”, afirmou, enfatizan-
gões é intensa, o inseto chega a al-
do que a pesquisa vem analisando o
guns milhões em poucos dias”.
Ivan Cruz e Leandro Bren, coordenador
do evento
Ivan Cruz observou que, simultaneamente, as empresas de híbridos de
milho vêm colocando e retirando do
mercado várias alternativas de sementes e que, neste cenário, não bastaria
o produtor rural investir no híbrido mais
caro, imaginando que a opção, por si,
resolveria todos os problemas da lavoura. “Basta investir numa cultivar cara?
Não, ele (o agricultor) tem de colocar o
fertilizante, manejar o cultivo”, indicou.
Referindo-se à falta de atenção a outras
pragas, o especialista sublinhou que há
produtores rurais que “confiam tanto na
tecnologia que passam a não verificar o
que está acontecendo ali ao redor”.
Entre outros pontos ele ressaltou também a necessidade de o produtor rural respeitar o percentual de 10% de
refúgio, para prolongar a vida da tecnologia que, no milho, vem evitando
Milho: tecnologia Bt não dispensa o capricho para com a lavoura
as perdas por presença de lagarta.
Alguns percevejos da soja, hoje, são muito
mais importantes no milho do que na soja
Informativo
Agrária
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Cooperados
DIA
DE CAMPO
Milho e Soja
Visão de mercado:
cenário positivo
Ricardo Fernando Thomas Fernandes,
da RF, Assessoria e Consultoria em
Commodities Agrícolas
Complexo soja: estimativa de mercado firme
O agricultor sempre se pergunta so-
força, em função da safra americana
também para a indústria, Fernandes
bre a tendência de preço dos produ-
e da super safra que vai ter aqui no
afirmou que, “com certeza”, esta seria
tos que cultiva. Mas em sua palestra,
Brasil”, estimou. Fernandes opinou
uma alternativa. O consultor relem-
proferida dia 7/3 no Dia de Campo de
que o produtor de milho “pode vender
brou que no Brasil a oleaginosa tem
Verão 2012, Ricardo Fernando Tho-
em pequenos lotes, fazendo uma mé-
dois caminhos: a exportação e o es-
mas Fernandes, da RF, Assessoria e
dia, e realizar agora, que tem preços
magamento. “A formação dos preços
Consultoria em Commodities Agríco-
muito bons”.
se equivale”, detalhou. Para a indús-
las, relembrou uma questão que vem
Para a soja em 2012, ele considerou
tria, o cenário também se mostra po-
sendo destacada por especialistas no
que as perspectivas do produtor alcan-
sitivo em sua avaliação: “A tendência
assunto: a “relação forte” entre mer-
çar bons preços são muito positivas: “A
do complexo (soja) é uma tendência
cado de commodities e mercados fi-
quebra que ocorreu aqui na América
positiva, porém, como se tem uma
nanceiros. “Hoje, não podemos mais
do Sul foi relevante”. De acordo com o
soja com custo muito elevado, as
falar de cenários de grãos, de mer-
consultor, “a demanda parece que está
margens das indústrias são um pou-
cado de commodities agrícolas, sem
voltando e os fundos de investimento
co menores, mais apertadas. Aí nosso
falar de macroeconomia”, destacou.
estão comprando soja e então me pa-
pensamento se volta para a economia
O palestrante analisou que o milho
rece um mercado extremamente firme
mundial: o que vai acontecer com a
apresentará bons preços (ao produ-
para os próximos meses”.
Europa, com os Estados Unidos?” –
tor) no primeiro semestre deste ano.
Comentando se acha que será bom
Mas a princípio, finalizou, “devemos
“No segundo, achamos que perde
negócio o agricultor vender sua soja
ter um mercado bom”.
Hoje, não podemos mais falar de mercado de
commodities agrícolas, sem falar de macroeconomia
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Informativo
Agrária
DIA
Meio
DE
ambiente
CAMPO
FAPA
Informação para safras
de elevado desempenho
As estações dos pesquisadores da FAPA são, todos os anos, a principal atração do Dia de Campo de Verão
2012. Cooperados e produtores rurais em geral puderam mais uma vez conferir palestras com importantes informações sobre as melhores formas de lidar com questões como doenças da lavoura, adubação e biotecnologia.
Estação Adubação em cultivares
de soja
Sandra M. V. Fontoura – FAPA
Estação Estabilidade e
adaptabilidade dos híbridos de
milho na região de atuação da
Cooperativa Agrária
Celso Wobeto – FAPA
Estação Principais erros na
aplicação de agroquímicos
zadas na Agrária, classificando, entre
Em sua estação, o pesquisador Cel-
Étore Francisco Reynaldo – FAPA
vários aspectos, o grau de respon-
so Wobeto enumerou os principais
sividade à adubação. Ela chamou a
híbridos de milho utilizados na região
“A Agrária tem um programa de inspe-
atenção para a diferença entre os ma-
de atuação da Agrária. Wobeto res-
ção de pulverizadores. Já temos uma
teriais neste quesito, mostrando que o
saltou a necessidade de se cumprir
lista de 45 pulverizadores, nos quais
produtor deve considerar as informa-
rigorosamente as recomendações
pretendemos fazer a inspeção até o
ções de pesquisa, capazes de apon-
técnicas, mesmo quando se utiliza hí-
início do plantio (da safra de inverno).
tar a necessidade específica de cada
bridos Bt (com os quais se elimina o
Às vezes, a gente pensa que o nosso
material. Mas destacou que atualmen-
risco de algumas pragas), com o pro-
equipamento está bom, mas vemos a
te as sojas são mais responsivas: “O
dutor monitorando constantemente
necessidade de regulagens, principal-
percentual de cultivares com acrés-
as plantações. Wobeto resumiu sua
mente no que tange a manômetro e
cimo de rendimento pela adubação,
mensagem aos participantes do dia
bicos. O cooperado que tiver interes-
de todos os que foram avaliados em
de campo: “A gente não pode dormir
se pode entrar em contato com seu
2007, era só de 35%. Hoje, isto está se
no ponto. A palavra monitoramento é
agrônomo, que a gente agenda uma
invertendo, passando para 65%”.
importante”.
visita (à propriedade)”.
A pesquisadora Sandra M. V. Fontoura
listou as cultivares de soja hoje utili-
Informativo
Agrária
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DIA DE CAMPO
Estação Manejo de cultivares
de feijão
Estação Evolução do manejo do
complexo de doenças
na cultura da soja
Estação Controle de plantas
voluntárias de milho RR
e de soja RR
Heraldo R. Feksa – FAPA
Vitor Spader – FAPA
dutividade e alta qualidade de grãos
Ao conversar com os participantes do
“A gente bate de novo na mesma te-
– Estes fatores são fundamentais para
Dia de Campo de Verão 2012, o pes-
cla: não é porque estou plantando um
o sucesso de uma lavoura de feijão.
quisador Heraldo R. Feksa, enfocou,
milho transgênico, ou uma soja trans-
Uma lavoura de feijão com sucesso é
entre outros tópicos, fatores que alte-
gênica, que toleram glifosato, que vou
uma lavoura que traz alta rentabilida-
ram a susceptibilidade da soja a do-
poder deixar o mato crescer, porque
de. E a escolha de uma variedade é
enças como a ferrugem, apontando
o glifosato mata a erva daninha em
um dos principais fatores que deter-
diferenças entre locais de acordo com
qualquer tamanho. Tenho que respei-
minam o sucesso de uma lavoura. Va-
o estádio da planta e o índice de chu-
tar princípio de manejo de planta dani-
mos fazer uso de semente de qualida-
vas registrado. Feksa explicou que a
nha como se fosse cultura convencio-
de: não vamos usar grão, que a gente
Agrária monitora, no verão, a incidên-
nal. Essas cultivares mais modernas
compra no mercado, para estabelecer
cia da ferrugem, por meio do Projeto
de soja, e híbridos de milho, eles são
a lavoura”.
Radar (parceria com a Syngenta). Um
muito mais produtivos, mas são muito
técnico percorre áreas sentinelas, es-
mais sensíveis. Doze, quinze dias (de
palhadas em toda a região, e repassa
presença de ervas daninhas), é o limi-
os dados à Agrária. Agrônomos e co-
te (para o início da perda de produti-
operados podem, então, decidir a me-
vidade). E vale a mesma coisa se eu
lhor forma de manejo da doença. Mas
tiver uma cultura crescendo no meio
o pesquisador ressaltou: “Este não é
da outra, por exemplo, um trigo infes-
um trabalho de uma pessoa só, é de
tando uma soja”.
Vânia M. Cirino – IAPAR (feijão)
“Baixo custo de produção, alta pro-
toda uma equipe”.
10
Informativo
Agrária
MEIO AMBIENTE
Óleo de cozinha:
o correto é reciclar
Colaboradores e cooperados da
Agrária encontrarão em breve, na Cooperativa, locais para a correta destinação do óleo de cozinha já utilizado.
O material, que será coletado em sete
“Ecopontos” (tambores apropriados
para este serviço), abrangendo todas
as unidades, será encaminhado pela
Agrária à SOS Óleo Vegetal – uma
empresa de Guarapuava que recolhe
e encaminha o óleo para reciclagem.
Ao comentar a novidade, Edson Weissbock, do setor de Gestão Ambiental
da Agrária, opinou que a iniciativa se
torna também uma forma de a Cooperativa contribuir para a conscientização de toda a comunidade de Entre
Rios sobre a importância da correta
destinação do óleo de cozinha utilizado. Ressaltando que a iniciativa começa a ganhar forma neste momento,
ele disse ser possível no entanto prever que os tambores para recolhimento do óleo deverão estar disponíveis
na Cooperativa já a partir de abril,
nas unidades Vitória, Guarapuava e
Pinhão, assim como no Colégio Imperatriz. Weissbock lembrou que a Associação de Catadores de Entre Rios
também contará um Ecoponto e que,
por isso, os moradores de Entre Rios
poderão entregar o óleo usado aos
catadores locais (todos os integrantes
da associação trabalham com uniformes e carinhos identificados).
Técnico ambiental da SOS Óleo Vegetal, Luiz Cláudio Cunha sublinhou
que grande parte da população não
vê o óleo usado como um resíduo
potencialmente poluidor, o que torna
o descarte incorreto do material um
problema grave: “As pessoas acabam
jogando esse óleo na pia da cozinha
ou até enterrando”. Ele alertou que, se
for destinado a um rio, dependendo
de fatores como a profundidade, “um
único litro de óleo usado pode poluir
até 20 mil litros de água” – Dimensionando o potencial do dano em nível
nacional, Luiz Cláudio Cunha comentou que atualmente “o Brasil consome
cerca de 9 milhões de litros de óleo de
Edson Weissbock, do setor de Gestão
Ambiental da Agrária
cozinha por ano, mas só 2,5% são reciclados”. Além das águas, o ar também é afetado: “A decomposição do
óleo gera gás metano, um dos principais causadores do efeito estufa”. O
material, ainda segundo detalhou, não
pode nem mesmo ser descartado em
aterros sanitários.
O momento de enviar o óleo de cozinha à reciclagem, observou, “é quando faz muita fumaça na fritura, muita
espuma ou ainda quando começa a
se tornar pastoso”. Ressaltando que a
SOS Óleo Vegetal não faz reciclagem,
Luiz Cláudio Cunha informou que a
empresa, entretanto, dá a correta
destinação ao material. Desta forma,
aquilo que para a natureza seria um
risco pode ser utilizado, de acordo
com ele, para produtos de limpeza,
biodiesel, rações animais, tintas, massas de vidro e cosméticos.
Informativo
Agrária
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COOPERATIVA
Diálogo Agrária-Baviera
Uma delegação liderada pelo secretário da Alimentação, Agropecuária e
Silvicultura do estado alemão da Baviera, Helmut Brunner, visitou Guarapuava no último dia 9 de março. De
acordo com o site da representação
daquele estado alemão no Brasil, o
Paraná foi uma das escalas de um giro
que o grupo realizou entre os dias 5 e
10, abrangendo também São Paulo e
Rio Grande do Sul. Ainda segundo o
Presidente da Agrária, Jorge Karl, e
ministro Brunner: visita e protocolo
12
Informativo
Agrária
site, o objetivo da comitiva foi promover no Brasil produtos daquela região
da Alemanha e discutir o fornecimento
de soja não-transgênica.
Em Guarapuava, a delegação visitou
a propriedade rural de um dos cooperados da Agrária e, em seguida,
conheceu a Unidade Guarapuava, à
margem da BR 277. No final da tarde, os alemães seguiram para o distrito de Entre Rios, onde conheceram
Comitiva da Baviera foi recepcionada em jantar,
no Parque Recreativo Jordãzinho
o prédio administrativo da Agrária, a
fábrica de malte da Cooperativa e visitaram o Museu Histórico. À noite, a
comitiva foi recepcionada num jantar
no Parque Recreativo Jordãozinho.
Na ocasião, o presidente da Agrária,
Jorge Karl, e o secretário Brunner assinaram protocolo. Há vários anos, a
Agrária mantém relacionamento com
organizações da Bavária, em especial
no âmbito da pesquisa de cevada.
Cooperativa mostrou um pouco da cultura
gaúcha: danças típicas, apresentadas por
grupos da Fundação Cultural Suábio-Brasileira
COMUNIDADE
CAD (com uniforme preto) iniciou o Campeonato
Paranaense com vitória de 5 a 0 sobre o Campo Mourão
Esporte
Apoio renovado para o futsal!
A Agrária vai apoiar novamente o time
de futsal de Guarapuava, o Clube
Atlético Deportivo (CAD), no Campeonato Paranaense. Numa entrevista no
final de fevereiro, o vice-presidente da
Cooperativa, Paul Illich, disse esperar
que o patrocínio contribua para o CAD
realizar uma boa campanha, a exemplo do ano passado (em 2011, com a
denominação de Agrária Guarainvest
Guarapuava, o CAD obteve a 4ª colocação na classificação final, situando-se entre os melhores do Paraná).
Sobre a decisão de patrocinar pela
primeira vez o futsal de Guarapuava,
tomada pela Agrária no ano passado,
Paul Illich recordou que a ideia surgiu
no contexto das comemorações de
mais um jubileu de fundação da Cooperativa: “Ano passado, a Agrária
Paul Illich: “O CAD leva o nome de Guarapuava
para o Paraná e para o Brasil”
Torcida: alegria no ritmo da batucada
completou 60 anos, achamos que deveríamos participar de alguma forma
do futsal local, que é o esporte que
mais está em evidência, trazendo bastante alegria para a torcida, levando o
nome de Guarapuava para o Estado
e o Brasil”. Assim como em 2011, a
Cooperativa promoverá sorteio de ingressos para os jogos do CAD entre
seus cooperados e colaboradores.
Informativo
Agrária
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TRADIÇÃO
Festa dos 60 anos
da imigração suábia
Durante quatro dias, Entre Rios viveu clima de festa, no
recinto de eventos, montado na Praça Nova Pátria
Dia 4, à noite: Culto Ecumênico abriu a programação:
agradecimento ao Brasil, país que acolheu os suábios
na década de 50
Sangria do barril abriu a festa: pres. da Agrária, Jorge
Karl (1º da esq. p/ dir.) e prefeito de Guarapuava,
Ribas Carli (3º da dir. p/ a esq.) participaram
Dia 5: autoridades municipais, estaduais, federais e diplomatas da
Croácia, Alemanha, Áustria e Suíça, ao lado do governador Beto Richa:
pronunciamentos lembrando a imigração
Dia 7: um momento
marcante na
homenagem aos
pioneiros suábios
Dia 5: após ato solene com autoridades, Agrária inaugurou
novo prédio do Museu Histórico de Entre Rios
TRADIÇÃO
Ao lado do recinto da festa, Exposição Histórica
apresentou várias fases da trajetória dos suábios, desde
o séc. 18, na Alemanha
Grupo de danças folclóricas veio do Paraguai para a festa: delicadeza
e simplicidade nas coreografias e figurinos
De São Paulo, veio o grupo de danças do Colégio Benjamin
Constant: tradição alemã apresentada de modo descontraído
Dança e música: um programa cultural variado
brindou os participantes do evento
Dia 7: a banda austríaca Schürzenjäger empolgou o público
Resgate da história: cooperados e produtores rurais
promoveram exposição e desfile de máquinas agrícolas
antigas, agora restauradas para lembrar do começo da
colonização suábia em Entre Rios
Expediente
Tratores radicais: do outro lado da Colônia Vitória, teve lugar durante a festa a competição
Trekker Trek, na qual tratores arrastam pesos - vence o mais forte
Informativo Agrária é uma publicação mensal e tem como objetivo divulgar fatos relevantes da Cooperativa Agrária Agroindustrial.
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