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escritório vencedor
Curta
metragem
Manta do empório Beraldin
2012
Andando de bicicleta rumo
ao trabalho, Alexandre viu
a casa de vila, hoje com 120 m2,
onde moraria com a mulher.
No meio do projeto, a surpresa:
Thomaz estava a caminho.
Acompanhe a história
desta reforma com final feliz
Por deborah apsan (visual) e lara muniz (texto)
Projeto superlimão studio Fotos maíra acayaba
Personagem principal da obra, o revestimento de chapas metálicas (Ingecold)
também leva a assinatura do Superlimão
Studio. As placas cobrem todo o anexo
de vidro erguido nos fundos da casa (vire
a página e veja-o inteiro). Em dias claros,
as sombras dos recortes se espalham
por pisos e paredes, como neste detalhe.
64 Arquitetura & Construção julho 2013
julho 2013 Arquitetura & Construção
65
“o antigo
e o novo
convivem
nesta casa.
a parte
restaurada
ficou bem
integrada aos
elementos
modernos”
lula gouveia
arquiteto
truque esperto
Esta grade metálica
guarda uma passagem
direta para a lavanderia.
As roupas usadas chegam
ao destino por aqui.
P
arece filme: indo para o trabalho de bicicleta, um
caminho diferente levou o diretor de arte a parar
diante de uma vila na zona sul de São Paulo. “Fora
do carro, a uma velocidade menor, você enxerga
as coisas com outros olhos”, conta Alexandre Manisck. Por
trás da placa de “vende-se”, havia uma casinha centenária
que nunca tinha visto uma reforma. A oferta valia a pena,
mas seria preciso uma intervenção radical. Convocada, a
trupe do Superlimão Studio, também de São Paulo, ficou a
cargo do trabalho. “Tivemos que pensar uma forma de reforçar a estrutura do imóvel, que sofreu com o crescimento
66 Arquitetura & Construção julho 2013
aparência industrial
Com a estrutura aparente, o
anexo de vidro abriga o banheiro da suíte. Entre os acabamentos, cimento queimado, granilite
colorido e torneiras artesanais.
do bairro. Ao mesmo tempo, não queríamos perder as características originais da casa, tão marcantes”, revela Lula Gouveia. O plano incluía o trabalho de um restaurador,
que trouxe vida nova à escada e às esquadrias. Enquanto
isso, do lado de fora, subia uma extensão de metal e vidro,
espaço que receberia as áreas molhadas. Ao final do primeiro ato, a reviravolta: Vanessa ficou grávida. Uma segunda versão do projeto entrou em cena, com um dos quartos
transformado em suíte. O casal se mudou quando faltava pouco mais de um mês para a chegada de Thomaz. “O
cliente mais jovem da história do Superlimão”, brinca Lula.
Exígua, a largura de apenas
4 m não é sinônimo de discrição: o sobrado agora se
destaca com sua fachada
roxa e seus detalhes em
amarelo. A porta, antes
central, foi realocada para
a esquerda e agora abre
de frente para o eixo de circulação. “Ao entrar, a vista
alcança até os fundos da
casa. Assim, o espaço parece ser maior”, afirma Lula.
anexo inteligente
Erguido na parte de trás do sobrado,
o bloco de vidro com estrutura metálica gerou 20 m² extras à planta. Ele
abriga lavanderia e lavabo no térreo e
banheiro e closet no andar de cima.
cartela de cores
Tons fortes e contrastantes fazem parte deste roteiro
Vermelho: calor e proteção
O visual quente do zarcão envolve
a estrutura metálica dentro
e fora de casa, oferecendo ainda
propriedades anticorrosivas.
amarelo para iluminar
Portas internas, alguns trechos
do teto, calhas e até a caixa
de correio ganharam pinceladas
da mais solar das cores.
a ousadia do roxo
A boa entrada de luz permitiu o uso
do matiz escuro sem tornar o ambiente
pesado. E a fachada virou referência entre
os imóveis da vila como a única colorida.
julho 2013 Arquitetura & Construção
67
A escada que dá acesso ao pavimento superior passou por um processo de restauração, que devolveu sua cor original. No quarto, as paredes foram descascadas. Revelados, os tijolos maciços, em ótimo estado, permaneceram aparentes e formam um belo conjunto com a
esquadria de madeira, também original do imóvel. As nuances marcantes da fachada se repetem do lado de dentro, criando uma identidade visual. Sofá de Fernando Jaeger e tapete By Kamy. A estante sob a escada e a mesa lateral do quarto são do Superlimão Studio.
planta enxuta e bem resolvida
Com a construção do bloco de vidro em dois patamares, foi possível conceder
mais 20 m2 de área útil à morada sem comprometer o espaço do jardim
N
QUARTO
2,50 x 3,45 m
QUARTO
3,60 x 3,70 m
CLOSET
1,80 x 2,70 m
BANHEIRO
1,80 x 2,65 m
superior: 40 m2
COZINHA
3,70 x 3,70 m
SALA
3,70 x 4,50 m
SERVIÇO
LAVABO
1,70 x 2,30 m 1,70 x 1,95 m
edícula
3,70 x 2,70 m
placas metálicas
A trama criada pelos
profissionais do
Superlimão Studio
se espalha pela
área externa à noite,
quando as luzes
internas se acendem.
térreo: 40 m2 + 40 m2 de área externa
Ilustrações: Fabio Flaks
ÁREA: 120 M2; construção: foco engenharia; restauro de escada,
caixilhos e portas: Guri restauração; placas metálicas: ingecold
reforço funcional
O anexo abriga as novas áreas
molhadas e o closet da suíte.
A solução comporta o peso
da estrutura hidráulica,
que poderia sobrecarregar
a parte antiga de alvenaria.
Acesse este
QR Code com seu
smartphone e confira o
vídeo da reportagem.
Centenária, a casa foi cercada de prédios
com o passar dos anos e sofreu: para tornar a reforma viável, era preciso reforçar
as bases. A estrutura metálica do bloco
de vidro avançou até a cozinha e deu firmeza ao conjunto. Os trilhos de iluminação (LD Arti) foram mantidos aparentes.
Vida nova
na vila
Reformar o imóvel da década de 40 foi o gesto inaugural de outra fase para os
arquitetos Luis e Thais: agora sob o mesmo teto, o casal saboreia uma rotina singela
e amistosa em acomodações práticas, escondidas atrás da fachada antiguinha
Por Deborah apsan (visual) e joana L. Baracuhy (texto) Projeto dt estudio Fotos marco antonio
Cenas como estas acontecem espontaneamente na
rua que une as sete casas
da vila: crianças brincam de
carrinho (acima) e adultos se
aventuram na bicicleta (abaixo); a vizinha de muro ganha
uma xícara de café (à dir.) e
Thais colhe flores da buganvília (no canto inferior da página) para enfeitar a sala. Feito
pelo casal, o paisagismo do
corredor lateral do sobrado
preseva o clima de interior,
reforçado pelo portão baixinho (pág. ao lado), autêntico.
A sutil transição entre sala e cozinha e
seria imperceptível não fossem a viga
metálica (necessária devido à demolição de uma parede) e a superfície de
tijolos descascados. Baixa, a janela deixa a vista do jardim e a luz natural entrarem, sem expor o interior da casa.
Misto de novo e antigo, o sobrado preserva seu charme e revela as intervenções: na área social integrada, o piso é de pequiá (madeira clara e resistente, da Zanchet), com trechos de Tecnocimento (da NS Brazil, instalado pela Pac Revest). Original, o guarda-corpo da escada foi repintado.
N
a hora certa, a mesma recomendação feita aos ser planejado para atualizá-la. Definidos os objetivos, os inclientes valeu para os próprios arquitetos: ele- teressados não deram bobeira – avaliaram os itens básicos
ger um imóvel antigo para reformar, que, em (telhado, fundação, elétrica e hidráulica) com a ajuda de um
geral, apresenta melhor distribuição, ambientes engenheiro e lançaram numa planilha o orçamento dos seramplos e poucos corredores. Fazia pouco tempo que Thais viços e revestimentos necessários ao sonho de incrementar
Aquino e Luis Bernardini haviam voltado de uma tempo- o sobrado. “Calculamos tudo na ponta do lápis. Para comerada no exterior e iniciado uma sociedade com um amigo. çar, a casa já tinha dois banheiros, o que traria economia. E,
Também andavam com vontade de juntar as trouxas. Nes- como mexeríamos no piso do térreo, valia aproveitar o quebra-quebra e trocar a rede
sa fase da vida, a casihidráulica”, explica Luis.
nha de vila encontrada
O tér m ino da nepor Luis num passeio de
gociação de compra foi
verdadeira investigação
celebrado como uma viimobiliária pela zona sul
tória (esse tipo de morade São Paulo parecia preda é muito concorrido) e
destinada. “Erguidas 60
marcou o início dos quaanos atrás, as sete unitro meses em que a dupla
dades foram preservadas
acompanhou diariamente
por uma nova geração
a obra. Deu certo, novade jovens casais de promente, graças a outra máprietários”, conta Thais.
xima compartilhada pelo
Com enxutos 100 m2,
casal: é preferível adotar
a construção original damateriais menos luxuova pistas claras de onde
estavam estruturas, ins- Nos fundos, a porta de enrolar (típica de comércio) motorizada, feita de sos a abrir mão dos fortalações e do que poderia chapa perfurada, proporciona segurança e boa ventilação ao interior. necedores de confiança.
76 Arquitetura & Construção novembro 2013
Frequentes no repertório dos arquitetos, as
cores ganharam lugar especial no projeto. Na
sala, vale o tom sobre tom dos azuis da porta
de entrada (ref. X138, da Sayerlack) e da parede ao fundo (cipreste, da Suvinil). Os matizes fortes ficaram na marcenaria: as peças
suspensas receberam laca fosca, e as mais
sujeitas a riscos, acabamento do tipo gofrato.
Depois de muito pensar, Thais e Luis decidiram manter aberto o vão sob os degraus
em prol de um visual mais leve. Ele é ocupado apenas pela bancada (com tampo de
superfície de quartzo sintético Caesarstone,
da Di Mármore). O dente de alvenaria junto à
viga de aço é o apoio do patamar da escada,
evidenciado depois da remoção da divisória.
No andar superior, o clima é mais nostálgico, a começar pelo granilite da escada, que passou por um restauro. Novos, os ladrilhos hidráulicos
hexagonais (Dalle Piagge) mantêm o espírito do tempo e se somam aos tacos autênticos. Antigas, as portas almofadadas foram tingidas de azul.
aberturas pontuais atualizam a planta
Uma única parede veio abaixo para unir os espaços. De resto, houve pequenas mudanças visando
melhorar iluminação e ventilação – bastante favorecidas pelo corredor lateral
quarto
3,80 x 4 m
sala
3,80 x 3 m
banheiro
1,80 x 2,80 m
N
demolido
construído
superior: 38 m2
banheiro
3,20 x 3 m
cozinha
3,75 x 6,15 m
sala
Esquadrias de alumínio preto
(Max Maia) marcam as áreas
modificadas. Na nova edícula, os caixilhos alternam tela
metálica perfurada e vidro para ventilar e dar privacidade.
3,80 x 3,20 m
Quintal
6,50 x 3 m
escritório
corredor lateral
1,60 x 10 m
Térreo: 62 m2
80 Arquitetura & Construção novembro 2013
Fabio Flaks
3,30 x 3 m
ÁREA: 100 M2; construção: tm construtora; marcenaria: real móveis
A cozinha se abre para o quintal e para a
edícula (repare na caixa metálica que esconde a porta de enrolar, da Portas Carneiro). Ladrilhos hidráulicos nos mesmos tons
daqueles usados no corredor do andar de
cima cobrem a área externa – em versão
quadrada, porém, são mais econômicos.
viver
Viver
Por silvia Gomez [email protected]
O avermelhado
da fachada (Lukscolor,
ref. LKS 468) realça
as esquadrias azuis,
desenhadas por
Neza e encomendadas
a uma serralheria.
Trabalhar com mais alegria
Uma designer e um fotógrafo transformaram parte
de sua casa num delicioso estúdio
Reportagem Visual deborah apsan Fotos Marco antonio
Os filhos cresceram e a morada, de repente, ficou grande demais.
Também já era hora de simplificar a vida e se ver livre do trânsito
paulistano para chegar ao escritório. Foi assim que a designer de
interiores Neza Cesar e o fotógrafo Sergio De Divitiis resolveram
converter em estúdio metade do andar de cima do sobrado onde residem há 25 anos. Entra-se na área de 150 m2 por uma escada na garagem, o que resguarda a privacidade do resto. As duas antigas suítes agora são salas, e um dos closets virou biblioteca de referências.
Com janelas generosas, os cômodos olham para o jardim. Também
compartilham a virtude da cor, que deixa tudo mais feliz. “É um
jeito bem atual de trabalhar e morar – adoro essa possibilidade.
Só requer disciplina para não misturar as coisas”, observa Neza.
Nas prateleiras e gavetas do antigo
closet, as roupas cederam espaço
a revistas e livros de arquitetura.
Tinta esmalte amarela da
Lukscolor (ref. LKS 2065).
Nesta sala, a designer projeta
e recebe fornecedores.
Ao fundo, sob a foto de Sergio
De Divitiis, lambri pintado
de esmalte à base de água
(Lukscolor, ref. LKS 2167).
38 Arquitetura & Construção novembro 2013
A sala de reuniões é envolta por
janelas metálicas pintadas de azul
(Lukscolor, ref. LKS 2166). O antigo
carpete deu lugar a um laminado
que imita madeira (Tarkett).
novembro 2013 Arquitetura & Construção
39
viver
Da esquerda para
a direita: Thais Mauad,
Cecilia Lotufo e Carolina
Tarrio, representantes
dos muitos voluntários
do Movimento Boa Praça.
Onde se partilha a cidade
Grupo em São Paulo conserva as praças como pontos
de encontro e celebração da vida urbana
A programação
oferece atividades para
as crianças, com oficinas,
brincadeiras e teatro.
Reportagem Visual carolina diniz Fotos Evelyn müller
Há algumas funções ambientais objetivas para a existência de uma
praça, como a drenagem do solo e o combate à poluição. Mas ela é também um espaço de diálogo e diversão. “Um lugar no qual você lida com
o diferente e se mistura com o mundo”, define Cecilia Lotufo, uma das
voluntárias do Movimento Boa Praça, que surgiu há cinco anos para revitalizar três áreas na zona oeste da capital paulista e está exposto como
caso de estudo na 10a Bienal de Arquitetura de São Paulo, no Sesc Pompeia. “A ideia nasceu quando minha filha quis comemorar o aniversário numa delas, a François Belanger. Comentei que estava suja e ouvi:
a gente conserta.” A festa trocou os presentes por doações, os vizinhos
apareceram, a subprefeitura ajudou. “Logo entendemos que era preciso
criar algo que alimentasse o interesse em mantê-la.” Desde então, além
de reuniões semanais, o grupo promove piqueniques abertos no último domingo de cada mês e até comanda um projeto de lei sobre gestão
participativa. “A convivência gera segurança. É vantagem para todos.”
“basta pensar nos condomínios
fechados: Uma cidade como
são paulo não sabe mais dialogar”
cecilia lotufo, administradora
A Praça das Corujas ganhou
uma horta cuidada em revezamento
por um mutirão de vizinhos.
São empregadas soluções
simples e sustentáveis, como
transformar pneus em vasos.
A ação chegou a outras praças,
como a das Corujas, no bairro
Vila Beatriz, mais um exemplo
de revitalização. Nestas fotos, cenas
do piquenique ocorrido em setembro.
40 Arquitetura & Construção novembro 2013
novembro 2013 Arquitetura & Construção
41
viver
viver
Quando espaço é luxo
Apartamento de apenas 25 m2 na Itália pôde
acolher uma família de quatro pessoas graças
ao uso criativo e contemporâneo da planta
texto Liège Copstein Fotos Maria Teresa Furnari/divulgação
A tarefa parecia impossível, mas o desafio seduziu o arquiteto italiano Renato Arrigo: reformar o imóvel de medidas
enxutíssimas para abrigar um casal de engenheiros apaixonados por design. Ah, e também suas duas filhas adolescentes. Tudo bem – eles não moram lá. Trata-se de uma
casa de fim de semana, localizada em Taormina, cidade
medieval a 260 km de Palermo, onde vivem e trabalham. A
limitação de área é compensada pelos predicados do local,
à beira do mar Jônico, e pelos recursos bem bolados do projeto de feições minimalistas e soluções multiúso, batizado
pelo arquiteto de Espaço é Luxo. “Imaginei duas configurações, uma diurna e outra noturna”, diz Renato. Exemplo? As
duas poltronas viram camas para as meninas à noite. Quase todos os móveis foram executados sob medida. Ao todo,
a obra saiu em conta para os padrões europeus: € 28 mil.
sobe e desce
Durante o dia, a cama do casal
– um tatame de bétula de 2,20 x
2 m e com espaço de apoio nas
laterais – permanece suspensa
a 20 cm do teto. À noite, basta
acionar um interruptor para
fazê-la descer. O mecanismo
elétrico fica oculto sob o forro e
é composto de quatro polias,
nas quais se enrolam os cabos
de aço que sustentam o leito.
O toque de humor fica por conta da frase “Space is luxury” (espaço é luxo), grafitada na base da cama suspensa na sala de estar.
Muitos à mesa
lá fora
Quando está completamente
aberta, a bancada de resina e fibra de vidro atinge 4,50 m de extensão, acomodando convidados
até o final do terraço, de 7 m2.
A porta de vidro se encaixa
na divisória formada com
a ajuda da prancha móvel
da bancada e permite isolar a
área ao ar livre do apartamento.
tampo móvel
Um suporte de traves metálicas apoia essa parte. Levantada, ela se prende a um sistema de ganchos internos para
compor um trecho da divisória entre sala e varanda.
42 Arquitetura & Construção novembro 2013
online
@revistaaec
@revistaaec
Arquitetura & Construção
presença no instagram
Nosso perfil traz cenas da vida
urbana e projetos incríveis
Todo mundo gosta de mostrar aquele prédio bacana, revelar uma ideia diferente. Nós também!
Quer ver? Um exemplo é a praça abaixo, reformada pelo escritório Estudio Arquitetura, um dos
projetos vencedores do prêmio O Melhor da Arquitetura 2013. Deu o que falar. Siga @revistaaec
Ficamos muito honrados
com a premiação!
@estudioarquitetura
Lindo. Já tenho a nova
edição da revista e adorei
as matérias. Parabéns!
@steer_ego
o galpão do camp and
furnace contém os
módulos do bar e da
cozinha, além de trailers.
as especialidades:
café da manhã, assados
e piqueniques.
Merecidamente!
@renatocanhina
1
comida e boa arquitetura
Convidamos o trio do escritório paulistano FGMF Arquitetos
a escolher os dez restaurantes mais interessantes do mundo
rústicos a espaços com um quê barroco
– todos condizentes com o estilo culinário,
claro. Um exemplo original é o Camp and
Furnace (acima), em Liverpool, assinado
pelo escritório britânico Smiling Wolf Studio. A lista completa e comentada aparece
em http://abr.ai/restaurantes-incriveis
Depois de muito pesquisar sobre o tema (o
restaurante Deliqatê, concebido por eles,
acaba de ser inaugurado em São Paulo),
Fernando Forte, Lourenço Gimenes e
Rodrigo Marcondes Ferraz selecionaram os
endereços mais surpreendentes que encontraram. Entre os eleitos, há de lugares
espelhos
multiplicam
visualmente
os 19 m2
do imóvel.
Design na era digital
Este é o tema da entrevista exclusiva
com o egípcio Karim Hashid
Autor de objetos e móveis premiados, ele
conta como é trabalhar alinhado à estética da informação e detalha sua recente
linha de papéis de parede com efeito 3D,
a Multiverse. http://abr.ai/karim-rashid
2
a arte de viver em pouco espaço
O repórter Nilbberth Silva investigou como morar em apenas 19 m2 e aponta
os erros e acertos mais comuns de quem habita lugares compactos
Especialista no assunto, o americano
Graham Hill participou do desenvolvimento de um recente lançamento imobiliário:
apartamentos alardeados como os menores de alto padrão do Brasil. Ele explica os
truques de circulação e mobiliário que via14 Arquitetura & Construção dezembro 2013
bilizam o dia a dia em exíguos 19 m2 no link
http://abr.ai/premio-aec-video. Também
revela os pontos positivos e negativos de ambientes pequenos, exemplificados em propostas do CasaPro, nossa rede social de arquitetos e designers: http://abr.ai/erros-apes-peq
1
FOTOS: 1. divulgação 2. nilbberth silva
1
outro exemplo de
boa distribuição é
a cozinha, assinada
pela arquiteta karla
madrilis, de brasília.
1
comente
a&[email protected]
facebook.com/arquiteturaeconstrucao
Casa no campo
Achei a matéria Traçado perfeito
(pág. 64) fantástica.
casa.com.br
Marcia Nassrallah, Campinas, SP
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Bell De-Bernardes
Adorei o projeto e adoro
também a Gloria Kalil.
Viver no Rio
Daniele Muniz
A reportagem “Oásis Carioca”
(pág. 74) foi nossa preferida:
o apartamento ficou cheio de estilo.
Projeto sensacional
do Angelo Bucci. Um verdadeiro
oásis em São Paulo.
Equipe da Fractau Arquitetura, São Paulo
Gustavo Viana
Edições anteriores
Devem ser solicitadas a seu jornaleiro. O preço será o da última edição em banca. Atendimento sujeito à disponibilidade no estoque.
Essa casa é muito linda.
Dá vontade de morar.
Caio Roberto
Ameeeiii!
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Maria Salete Silva
Muito bem idealizada... Show!
2
“O artigo ‘Encontro
entre o céu e o mar’
está fantástico.
Obrigado.”
Vasco Matias Correia,
arquiteto português
autor da casa da pág. 56
10 Arquitetura & Construção JANEIRO 2014
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fotos: 1. DéBORA oliveira 2. feliz da silva
Luiz Sampaio
Correção
Dezembro de 2013
Chicago, tema do Diário de Viagem
(pág. 36), é a principal cidade do estado norte-americano de Illinois, e não
sua capital, como informa a legenda.
viver
Viver
Por silvia Gomez [email protected]
Cinema ao entardecer
A área verde com infraestrutura para projeções
de primeira é a atração desta casa em São Paulo
Reportagem Visual deborah apsan Foto evelyn Müller
Como forma de escape à turbulência das grandes cidades, muitos espaços
externos não se limitam a plantas e um gramado. “Hoje, as pessoas querem
curtir o jardim, não só contemplá-lo. Meus projetos têm cada vez mais elementos com características de ambientes de estar, como lareira e sofá”, afirma Caterina Poli, autora do paisagismo desta morada, assinada pela arquiteta
Fernanda Marques. Aqui, o destaque é o cinema – basicamente, um projetor
embutido no forro da varanda. Integrado ao sistema de automação da residência, o aparelho desce quando acionado e projeta os filmes no paredão oposto,
num trecho do muro pintado de branco, ao longo do deck de cumaru. “Temos
caixas de som até perto da piscina, pois são modelos que podem ficar expostos
ao tempo. Usamos o local todos os dias, mesmo quando está frio: já fizemos
sessões com cobertores e vinho”, conta a proprietária. Ao redor, foram mantidas as árvores originais do terreno, como camélia e limeira-da-pérsia, combinadas aos novos filodendro-roxo, guaimbê, grama-são-carlos e grama-preta.
Graças à boa
qualidade do projetor,
o trecho branco
de 1,50 x 2,80 m
não precisou
de pintura especial.
De alta resolução e 3D,
o projetor garante ótima imagem
no muro à frente. Escondido
no forro da varanda,
fica protegido da chuva.
Encaixada nesta
moldura, a lareira a gás
aquece as noites mais
frias. Abaixo dela,
a iluminação se dá com
uma mangueira de led.
A poltrona em que está a moradora é da
Firma Casa. Próximo à piscina, vaso
(L’oeil) com a suculenta orelha-de-elefante.
viver
viver
A luz vinda de grandes aberturas destaca
a textura das paredes, que têm de 0,70 a 1 m
de espessura. Elementos como divisórias
metálicas (acima) e armários de desenho reto
deixam claro onde ficam as intervenções.
Entre paredes de pedra
A fachada manteve suas
feições, ressaltadas pela
varanda e pela moldura
das janelas, todas de metal.
No coração de uma das cidades mais antigas do mundo – Jaffa, cujos
primeiros registros datam do século 18 a.C. –, a construção de 180 m2
nunca revelou sua idade aos profissionais do escritório Pitsou Kedem
Architects. “Não conseguimos determinar com precisão, mas ficou
evidente durante a obra que ela tem mais de 300 anos”, afirma Omer
Dagan, integrante do estúdio. O charme de morar sob domos sustentados em paredes de pedra foi o que atraiu os proprietários. Também
havia aquela paisagem típica do porto: o Mar Mediterrâneo é visto pelas
janelas da sala, da cozinha e do quarto principal. Esses ambientes foram
recriados para atender ao uso atual, com intervenções de visual minimalista e ultracontemporâneo. “Surpreendentemente, o estilo limpo
dialogou muito bem com os traços autênticos. A tensão de tal contraste valorizou a atmosfera única do imóvel, que ganhou espaços abertos
e fluidos, além de acabamentos de aço inox e ferro”, diz a arquiteta.
Fotos: amit geron
Nada de disfarçar: a reforma desta casa em Israel
realçou e deu vida a seus materiais originais
Ao longo dos anos, a casa passou
por modificações. O restauro
removeu essas camadas para chegar
à estrutura original, cuja atmosfera
lembra um templo antigo.
viver
O lixo não existe
Por meio de ações e instalações divertidas, um coletivo de arquitetos espanhóis, com escritório também
no Brasil, procura debater a questão dos resíduos e dos pontos urbanos abandonados
Em 2001, estudantes de arquitetura da
Universidade Politécnica de Madri resolveram dedicar atenção aos descartes
decorrentes do consumo nas grandes
cidades. E se batizaram de Basurama
(basura significa “lixo”, em espanhol).
“Com o tempo, passamos também a considerar como resíduo edifícios e paisagens
modificados pelo homem, mas sem uso. Qualquer coisa
relegada – do pneu velho ao cemitério de aviões – é matéria-prima para nós”, define Miguel Rodríguez (acima),
um dos integrantes. O que eles fazem? Projetos de design
e arte, publicações e intervenções urbanas lúdicas, todos
focados na transformação social e das ruas
(veja exemplos nas fotos abaixo). A história
com o Brasil começou em 2007, época em que
o grupo foi convidado a colaborar na recuperação de uma praça no bairro paulistano
da Mooca. Algum tempo depois, em 2011,
com a crise econômica espanhola em seu
auge, Miguel decidiu morar em São Paulo.
“Achamos uma boa oportunidade para trabalhar em rede.
Agora somos oito pessoas pelo mundo. Por aqui, há muitos
espaços públicos inutilizados que poderiam ser alterados
com ideias simples e a participação coletiva. Quanto mais
usamos as ruas, mais segurança criamos”, complementa.
“Um espaço público de qualidade muda a emoção e a
responsabilidade das pessoas em relação À cidade”
Miguel Rodríguez
arquiteto
fotos: Divulgação
1
2
3
36 Arquitetura & Construção fevereiro 2014
a cidade É para brincar
Essa proposta permeia as criações
do grupo, como sugerem as ações
realizadas na capital paulista:
1. Em estudo para virar um parque
municipal, a área de 25 mil m2 conhecida
como Parque Augusta ganhou a instalação
Rede de Colaboração e Sonecas, feita
coletivamente em oficinas no ano passado.
2. Primeiro projeto do Basurama no país,
o Brás Madri, em 2007, atuou
na praça do Parque Benemérito Brás,
na Mooca, para melhorar a vegetação
e o mobiliário e criar brinquedos com
retalhos de EVA doados.
3. Intervenção no Vale do Anhangabaú
durante a Virada Cultural 2013,
em maio. Sob o Viaduto do Chá,
15 balanços de pneu reciclado
convidavam quem passava a interagir.
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“Apesar da idade,
ela é atual e
versátil: permite
abusar de outros
materiais,
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com tudo”
FOTOS: divulgação
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70 Arquitetura & Construção março 2014
E quanto à autenticidade? “Um jeito de checáá sabemos: madeira legal é aquela que tem,
no mínimo, o Documento de Origem Flo- la: pedir à fábrica para visitar o estoque e observar o
restal (DOF), emitido pelo Instituto Bra- estado original das tábuas. Elas chegam com pregos,
sileiro do Meio Ambiente e dos Recursos vestígios de tinta e marcas”, sugere Sérgio Fuzaro,
Naturais Renováveis (Ibama). O atestado dá ao con- proprietário da Ouro Velho, uma das pioneiras na
sumidor a garantia de que o produto não resulta do comercialização. Questionar a procedência e pedir
corte descontrolado de árvores. Nos últimos anos, documentos (fotos e atestados da demolidora, entre
com o crescimento da procura por materiais de outros) também ajudam. “Vale ainda confirmar se
baixo impacto ambiental, surgiram selos que ofe- a marca permite ao cliente acompanhar algumas
etapas de transformação do
recem mais pistas sobre o
material”, completa Sérgio.
caminho dessa matériaIsso evitaria o engano de
prima até nossa casa. Mas
adquirir exemplares trabalhae no caso das peças de dedos para parecerem antigos.
molição? Como saber de
Empresas interessaonde vieram? “A procedas em aumentar a credidência é duvidosa, pois não
bilidade e conquistar um
existe um sistema de certidiferencial nesse mercado
ficação para elas. O Ibama
podem recorrer à certificanão exige qualquer tipo
ção voluntária do Conselho
de cadastro”, afirma Marde Manejo Florestal (FSC).
cio Nahuz, do Instituto de
José Ricardo Basiches
“Quem já tem o selo ou trabaPesquisas Tecnológicas do
Arquiteto
lha exclusivamente com maEstado de São Paulo (IPT).
Por isso, como ele indica, deve-se escolher um forne- deira de demolição passa por uma auditoria e incedor sério, com boa reputação. Nesse sentido, algu- clui uma certificação específica para materiais
mas informações prévias importam: o IPT considera recuperados, mais comum entre as indústrias de
madeira de demolição aquela que compôs a estrutura papel e papelão”, afirma Guilherme Stucchi, do
de algum edifício (servindo de viga, caibro, ripa ou Imaflora, uma das principais certificadoras do país.
Com o aumento da demanda e a redução dos esassoalho) que tenha sido simplesmente desmontada.
Grande parte dessas situações ocorre hoje no Sul do toques, o consumidor já sente a alta nos preços. “Essa
Brasil. “Muitas casas e galpões de antigas fazendas matéria-prima dá trabalho, pois precisa ser beneficiada
de café no Paraná e em Santa Catarina estão sendo até virar tábuas com largura e espessura padronizadas,
além de ser de ótima qualidaderrubadas para dar lugar
de e naturalmente resistente
ao plantio de álcool e soja”,
a cupins e brocas”, justifica
conta Marcílio Marques, difique de olho
Jessé Lopes, gerente da Aroeiretor comercial da Vitrine,
Cruzetas, dormentes
ra. Para reduzir o desperdício,
loja que incluiu a peroba e a
e postes de iluminação:
muitas empresas vendem as
canela (as mais comuns) em
use só em áreas externas
réguas em larguras variadas.
seu catálogo. “Até a década
“Por terem ficado expostos ao
“Dá um efeito ainda mais rúsde 60, usavam-se menos estempo, é grande a chance de estarem impregnados com creotico e interessante”, afirma
pécies na construção civil,
soto, produto tóxico derivado do
a arquiteta Marta Sá Oliveio que explica a pouca variealcatrão, injetado sob pressão na
ra. Vire a página e leia mais
dade hoje”, complementa
madeira para aumentar sua duopiniões e recomendações
Marcio Nahuz, somando ao
rabilidade”, alerta Marcio Nahuz.
de quem entende do assunto.
seleto grupo o ipê e a aroeira.
[ ]
Março 2014 Arquitetura & Construção
71
“
Marcílio Marques
diretor comercial da Vitrine
Como é muito resistente,
apostei em aplicá-la
até no banheiro para
deixá-la envelhecer
naturalmente
Naoki Otake
arquiteto
cada placa
cerâmica no padrão
demolição imbuia
mede 45 x 90 cm. da
viarosa, R$ 73 o m².
“
à prova d’água
limpeza segura
“Para a madeira não apodrecer,
é essencial protegê-la da umidade”, sentencia Marcio Nahuz.
Há diversos tipos de ceras e
vernizes. A escolha depende do
local da instalação e do resultado estético pretendido (natural,
fosco ou brilhante). “No piso do
estar, pode-se passar só cera
de carnaúba. Mas áreas externas pedem resina com filtro solar”, recomenda Sérgio Fuzaro.
Nem pense naquele pano molhado! Evite qualquer contato com a
água. “Depois de varrer ou aspirar
o pó, use pano levemente úmido,
quase seco. A sujeira ou alguma
mancha pontual saem com palha de aço, recurso que funciona
muito bem nessas situações”, ensina Sérgio Fuzaro. De tempos em
tempos, sempre na superfície já
limpa, aplique cera ou verniz seguindo a indicação do fornecedor.
[]
a coleção
síntese oferece
porcelanato
com tamanho
de assoalho:
0,20 x 1,20 m.
da eliane,
R$ 136 o m².
“Sabemos que não existem fornecedores suficientes para lidar com a demanda desse material precioso, cada vez mais raro”, afirma Bira
Castellano, responsável pelo marketing da empresa ParquetSP, explicando a motivação para
lançar uma linha que atendesse ao desejo do
mercado. “De 20 pedidos, 15 querem o efeito da madeira de demolição”, ressalta. Outros
fabricantes, também de olho no gosto do consumidor, saíram em busca de alternativas. A
IndusParquet, por exemplo, usa toras maciças
com lixamento, escovamento e tingimento especiais. Há ainda as opções de porcelanato, cerâmica e os pisos vinílicos, de PVC e até bambu.
inspirada nas
casas de colônias
italianas, a linha
painted hd, da
portinari, sai
por R$ 189,90 o m².
as peças medem
0,20 x 1,20 m.
novidade, a linha
de vinílicos decore
(eucatex) tem placas
de 23 x 91,5 cm
e camada de verniz
com proteção uv.
preço sob consulta.
a linha wood planks
ii, da episo, reúne
22 versões de pisos
vinílicos com cara de
madeira. o modelo
brasília, de 0,20 x 1,22 m,
custa R$ 35,50 o m².
vida útil
Quanto, em média, dura
a madeira de demolição?
“É difícil dizer porque são peças
de excelente qualidade e naturalmente longevas – desde que não
sofram condições extremas, como
a exposição ao fogo ou a um regime de molha e seca”, avalia Marcio Nahuz. A idade avançada traz
ainda outra vantagem, além da
beleza de veios e ranhuras. “Elas
trabalham menos do que os exemplares novos depois de instalados,
reduzindo problemas como rachaduras”, garante Marcílio Marques.
FOTOS: divulgação
“
manutenção nota 10
No dia a dia, precauções simples garantem a beleza
e aumentam a durabilidade do revestimento
é de bambu o modelo de
alta densidade com encaixe
macho e fêmea. cada peça
mede 9,6 x 91,5 cm. o m²
vale R$ 258. da neobambu.
Com novas tecnologias,
a indústria de revestimentos já
fabrica opções bem semelhantes
à madeira de demolição
“
Marta Sá oliveira
arquiteta
de pvc, a coleção
ambienta inclui o modelo
amaranto, com réguas
de 18 x 95 cm. por
R$ 90 o m², na tarkett.
não é mera
coincidência
Escolher um fornecedor que realmente
saiba trabalhar a madeira rústica
é essencial para ter um piso elegante
e garantir um acabamento impecável
Jessé Lopes
gerente da aroeira
72 Arquitetura & Construção março 2014
Gui Mattos
arquiteto
“
“
“
Apesar de
sabermos a
origem de
nossa
matériaprima, os
clientes,
na verdade,
ainda não
perguntam
muito
sobre ela
“
uso esse
material
há anos.
é bem aceito
pela maioria
dos clientes
“
“
O processo de demolição
é muito cuidadoso.
Chamamos esta etapa de
desmontagem de antigos galpões
e fazendas desativados
de madeira maciça,
o black gold faz parte da
linha antiquity, com chapas
de 19,5 cm de largura
e comprimento entre 40 cm
e 2,20 m. por R$ 351 o m²
instalado, na indusparquet.
O antigo
em nova
versão
A rusticidade, o efeito acolhedor
e a sugestão de um passado
cheio de histórias emplacam
a madeira de demolição em
projetos contemporâneos. Vinda
de casarões da região Sul,
ela encontra segunda chance
nos mais diversos ambientes
Por deborah apsan (visual)
e giuliana Capello (texto)
Fotos eduardo pozella
no hall
O revestimento cria unidade visual
ao cobrir a superfície de 3,90 m
na chegada do apartamento
A ideia era simples: camuflar as duas portas
(a social, com 1,40 m de largura, e a do lavabo)
que dividiam a parede de entrada deste imóvel, em São Paulo. Como solução, a arquiteta
Claudia Pecego forrou tudo de peroba. As réguas de 15 cm vestem não só os painéis pivotantes como também suas laterais. Dentro do
banheiro, o mesmo material – desta vez, instalado na horizontal – ressalta a faixa espelhada. “Além de trazer harmonia e uniformidade, conseguimos aquecer o clima moderno e
limpo da decoração, oferecendo contraste em
relação ao piso de limestone”, diz a arquiteta.
Como tratamento, a madeira fornecida pela
Aroeira recebeu cera de carnaúba. Natural e
incolor, ela realça os veios da matéria-prima.
na cozinha
Réguas de tamanho irregular
no chão e tom acinzentado
reforçam o apelo rústico
Trazida do Sul do Brasil, a canela reveste todo o
piso deste apartamento paulistano – inclusive a
cozinha – de tábuas de larguras variadas. “Essa
irregularidade atualiza o material”, diz a arquiteta Marta Sá Oliveira, que assina o projeto. Já na
parede, a espécie surge em painéis com ripas de
10 cm. Eles foram aproveitados para embutir parte da elétrica do ambiente, além de abrigar as prateleiras, fixadas com ferragem invisível. A matériaprima (R$ 320 o m² com instalação) passou por um tingimento de efeito acinzentado,
serviço feito pelo fornecedor, o Studio N Mobili Design. Como proteção, aplicou-se verniz fosco à base de água (Bona). “Para limpar, basta um pano úmido”, garante Marta.
Cuidado essencial: na área da pia, uma faixa de
porcelanato evita o contato direto com a água.
no banheiro
Sem medo de ousar,
projeto emprega tábuas brutas
até ao redor da banheira
Nesta sala de banho, no interior de São
Paulo, o jovem casal não teve receio – aceitou plenamente a proposta do arquiteto
Naoki Otake e combinou cimento queimado a madeira de demolição como acabamentos. “Gosto muito dessa mistura, pois
remete a uma atmosfera simples, mas calorosa”, afirma Naoki. A peroba antiga do
piso, em vários tamanhos, veio da Vitrine
(R$ 429 o m²). A instalação e a marcenaria
são da Armário e Cia, que, com o mesmo
produto, montou as pranchas em balanço,
cuja sustentação de ferro vai embutida na
parede. Resina incolor e sem brilho, à base
de poliuretano (Milesi), garantiu o efeito natural e a proteção necessária contra a umidade. Toalhas da Trousseau e da Collectania.
na escada
no teto
O tom palha do forro de peroba
confere clima acolhedor à casa
de estrutura metálica
Deu trabalho. Primeiro, veio o esqueleto
de cimento, sustentado por tirantes verticais de aço presos na viga por uma barra
rosqueável. “A madeira surge, então, como
uma caixa para empacotar cada degrau”,
explica o arquiteto Arthur Casas, autor do
projeto de visual cinematográfico, pensado para a residência paulistana de um jovem casal com filhos. As réguas de canela da ParquetSP (a partir de R$ 490 o m²
instalado) apresentam larguras entre 10 e
30 cm e têm juntas desencontradas. “Elas
estão presentes em todo o piso do imóvel,
o que dá continuidade ao conceito”, complementa Arthur. Para finalizar, aplicou-se
verniz fosco (Loba Brasil), produto de fabricação alemã que aumenta a proteção.
No chão, em itens do mobiliário, nas portas e
em todo o forro (na foto, vê-se o mezanino): a
madeira é o destaque neste projeto do arquiteto Gui Mattos no interior paulista. “Ela dá um
ar quase relaxado ao ambiente, traz história. É
diferente de um imóvel em que tudo parece novo”, comenta. Só no teto, foram quase 500 m²
revestidos de tábuas de peroba de 10 cm
de largura com encaixe macho e fêmea
(a partir de R$ 320 o m²), fixadas em barrotes
presos na estrutura de metal. “Para um resultado mais atual e menos pesado, as peças de
demolição originais, bem escuras, foram clareadas com cloro”, explica Sérgio Fuzaro, proprietário da fornecedora Ouro Velho, que há
anos garimpa essas relíquias no Sul do país.
Por último, veio a cera de carnaúba incolor.
Fernando guerra/fG+SG
Em sintonia, arquitetura
e marcenaria formam degraus
de concreto forrados de canela
viver
Viver
Por silvia Gomez [email protected]
Brincar, receber,
contemplar
Sombra sinuosa
Das crianças às visitas,
todos têm direito a este quintal
de 180 m2, em São Paulo
O aço-carbono do pergolado
ganhou banho de vinagre
para adquirir o tom
avermelhado. A trepadeira
jasmim-de-madagascar
acompanha seu desenho.
Reportagem Visual deborah apsan
texto laís semis Fotos Evelyn müller
Ana e James desejavam apenas um
quarto de hóspedes com mais privacidade, nos fundos do jardim.
Mas Rodrigo Ohtake, arquiteto responsável pela obra, não pôde desperdiçar o potencial da generosa
área que encontrou. “Faz parte da
profissão oferecer além do esperado
pelo cliente. Queria criar também
um espaço lúdico para os pequenos”, afirma. A inspiração veio de
Sasha, um dos filhos do casal. “É
você que vai desenhar nossa casa
na árvore?”, perguntou o menino de
4 anos. Dito e feito: o ipê e o coqueiro na lateral do terreno viraram a
estrutura principal do brinquedão,
erguido pela OTK Construtora com
eucalipto de reflorestamento e cedro (madeira reutilizada das fôrmas
empregadas para moldar o concreto do bloco das visitas, executado
pela Série 7 Engenharia). O pergolado metálico arremata o conjunto, ligando a residência ao cômodo.
Anexo multiúso
Fechado com vidro, o
ambiente para hóspedes
tem, ainda, bancada de
escritório e um projetor.
segurança
nas alturas
Construída em torno dos troncos, a casinha não é sustentada
somente pelas árvores. O arquiteto Rodrigo Ohtake utilizou a
escada de marinheiro e o poste
de descida também como elementos estruturais. Além disso,
dois tirantes metálicos, pintados
de verde, conectam o teto ao piso suspenso, ancorando a base.
42 Arquitetura & Construção março 2014
viver
Como montar um microestúdio
Conheça os recursos técnicos empregados neste projeto
Som na caixa!
O morador trocou o lavabo
por uma cabine de gravação
reportagem Visual carolina diniz
texto marjorie okuyama fotos evelyn müller
Quando deixou o emprego de engenheiro no barulhento metrô paulistano para seguir a carreira de locutor e dublador, Roberto Rocha percebeu que um
estúdio particular lhe traria qualidade
de vida. E acertou em cheio. “Além de
evitar o trânsito, dobrei minha produtividade, já que, agora, consigo entregar as
encomendas em prazos curtos”, conta.
Como mora num apartamento de apenas
70 m2, a saída foi transformar o lavabo,
pouco utilizado. Comandada pelo arquiteto
Diego Revollo, a reforma do ambiente de
2,10 m2 se concentrou em aperfeiçoar a
acústica. “Pensamos em construir uma
caixa de madeira maciça. Esse visual é reforçado pelo rebaixo do forro, que esconde
a tubulação do antigo banheiro”, explica
Diego. Engana-se quem acha que Roberto
não sai mais de casa. “Sempre levo meu
cachorro, o Benedito, para passear.”
truque de Cinema
Tudo escondido
Os fios dos equipamentos
estão guardados num fundo falso, solução que deixa
o visual mais clean. Duas
portinhas ocultam o vão
de 10 cm de profundidade.
madeira até no teto
Para conquistar ainda
melhor desempenho acústico no ambiente, saiu o
forro de gesso, e entrou o de
pínus maciço, aproveitado
para embutir o trilho da
porta-camarão. Spots direcionáveis clareiam a mesa.
Encomendada à Marcenaria Freire’s,
a execução da caixa saiu por R$ 9 mil.
A obra durou 30 dias. Piso e paredes
de Tecnocimento (NS Brazil).
Em vez de usar a madeira
laminada chapada, o arquiteto optou por painéis maciços ripados. “É a mesma
ideia das salas de cinema,
que possuem paredes irregulares: o som rebate nos diferentes ângulos e produz um
áudio mais limpo”, esclarece.
revestimento
acústico
A espuma de poliuretano
absorve as altas frequências, evitando a reflexão da
voz na parede. Instaladas
atrás da porta e na lateral
esquerda do estúdio, as placas não são vistas de fora.
março 2014 Arquitetura & Construção
45
viver
Cidades mais verdes – e vivas
nessas áreas pistas de cooper,
brinquedos, equipamentos de
ginástica e bancos? Assim,
estabelecem-se usos, a calçada fica sempre cheia de gente
e, o mais importante, segura.
Jardim na cobertura
Da vontade de viabilizar
telhados verdes mais leves, surgiu
a inspiração para o Tec Garden
De que é feito o piso permeável? Ele leva pedriscos com
cimento ou resina. Atualmente, diversas empresas já
o produzem – até com descar tes moídos de cerâmica. Era justamente o que eu
queria: mostrar ao mercado que era possível. Dá para
formatar essa massa do jeito que quiser, como blocos ou
placas. O piso vai assentado sobre areia, e a água consegue
chegar à terra. Por não haver rejunte, precisa ser travado
com limites nas laterais, a exemplo de muretas e guias.
Em que consiste essa proposta? Uma das primeiras facetas é o piso permeável, produto que elaborei depois de muitos
testes, em parceria com a Associação Brasileira de Cimento Para além das calçadas, como pensar os núcleos urbanos
Portland (ABCP). Aliás, ele pesou bastante na escolha do hoje? O que chamo de Cidade Verde é uma continuação da
escritório para o Prêmio Greening, já que concebemos tam- Calçada Viva. Falamos, agora, de muros, coberturas e viadutos.
bém materiais e paisagens. Esse pavimento permite que Vestidas de trepadeiras, essas superfícies seguram o calor das
a chuva penetre o solo, diminuindo as enchentes. Se pelo ruas e minimizam a radiação. Por isso, desenvolvi até propostas para habitações sociais com fachadas verdes. A espémenos parte dos 60 mil km de calçadas da capital paulista
cie deve ser adequada a cada região.
fosse assim, os alagamentos seriam
resolvidos. Outra característica es“Se parte dos 60 mil km Aqui, plantas como a falsa-vinha se
mostram ideais: perdem as folhas
tá na presença de vegetação. Parece
de calçadas
no inverno, deixando o Sol aquecer o
simples, mas ela ajuda a retardar
de são paulo fosse
prédio, e ficam cheias no verão, o que
a chegada da água ao solo, além
permeável, os
proporciona frescor. Melhoraríamos
de originar um ambiente agradáalagamentos seriam não só o clima como também a estétivel, fresco, sombreado e menos
ca do entorno. Beleza traz dignidade.
poluído. E por que não construir
resolvidos”
benedito abbud
arquiteto paisagista
46 Arquitetura & Construção março 2014
propostas bem boladas
Piso drenante
As calçadas permeáveis e arborizadas
são vitais para prevenir as enchentes,
cada vez mais comuns nos centros urbanos
divulgação
Como seu escritório abraçou
a sustentabilidade? Há muito tempo trabalhamos com
essa questão e entendemos
que a arquitetura paisagística
melhora a cidade em vários
aspectos, desde a poluição e
a temperatura do ar até a segurança das ruas. São Paulo,
por exemplo, deixou de ser a
Terra da Garoa para se tornar
um lugar seco, com o Sol sendo
refletido somente por prédios.
Cresceu, então, a vontade de
discutir a importância da arborização, e isso ficou mais
evidente a partir de 2006, ano em que apresentei na edição
paulistana da mostra Casa Cor meu projeto Calçada Viva.
um piso de plástico reciclado para coFora isso, assino cada vez mais projetos
berturas, que reserva a água de chuva,
de cidades estruturadas com parques
dispensando bombas de irrigação. O
lineares. Eles priorizam os percursos
excesso é guardado num depósito vazapara quem vai a pé ou de bicicleta e tido embaixo das placas e volta por capiram o foco do carro. São estreitos e lonlaridade para molhar o jardim suspenso
gos, envolvidos na vegetação. Acho babenedito abbud
(veja na ilustração abaixo, à esq.). Esse
cana não trabalhar só para ambientes
privados. Afinal, mais da metade da população mundial já sistema suporta até árvores maiores, como palmeiras e frutíferas,
mora em cidades, carentes de verde para a qualidade de vida. sobre a laje de casas e garagens, em vez de só grama. Eu o inventei
há cinco anos e ofereci à Remaster, que o comercializa. Minhas
E os telhados verdes, vistos como alternativa para a falta soluções ocorrem sempre com base nas necessidades reais da
de natureza nas metrópoles? São essenciais. Criei, inclusive, prática diária do paisagismo. E acho que os sonhos não devem
um produto batizado de Tec Garden. Basicamente, trata-se de ficar no papel – batalho muito para que se materializem.
1
1
2
1. vegetação rica
O sistema recebe,
inclusive, árvores sem
sobrecarregar a estrutura.
Isso graças ao substrato
especial que substitui
a terra, uma mistura de
cascas de arroz e café,
raspas de madeira e folhas.
2. estrutura suspensa
Erguidas com pedestais, as
chapas de plástico reciclado
formam um espaço vazio
para o acúmulo da água.
2
3
3. reserva temporária
O volume da chuva
fica armazenado aqui.
Pavios o conduzem por
capilaridade para irrigar
a vegetação acima,
o que elimina o gasto
com energia e bombas.
Quem fabrica: Remaster
1
2
3
1. Placas permeáveis
Aceitam qualquer
formato. O importante
é a composição –
pedriscos com grânulos
de cerca de 1 cm
de diâmetro, agregados
a cimento ou resina.
2. leito de areia
Nada de rejunte.
Os blocos são apenas
intertravados sobre a
primeira camada, de areia.
3. Mix de Pedriscos
Sob a areia,
acomodam-se outras
duas camadas:
uma de pedriscos finos
e outra de grossos.
Elas fazem uma espécie
de filtro que deixa a água
chegar ao solo.
Quem fabrica: Acquadreno, Brasil Revest
(linha Renger) e Braston
março 2014 Arquitetura & Construção
47
Ilustrações: 1.Campoy Estúdio 2. divulgação
O arquiteto paisagista Benedito Abbud é um sonhador. Quando começa a contar sobre
sua carreira de 33 anos, não menciona apenas jardins de casas privilegiadas. Suas ideias
vislumbram uma vida urbana diferente, construída com calçadas, muros e fachadas verdes
e saudáveis. Nesta entrevista, ele partilha esses conceitos, que lhe renderam honrarias
como o troféu do Prêmio Greening 2013, do Green Building Council Brasil (GBC Brasil)
“mais da metade
da população
mundial já mora em
cidades, carentes
de verde para a
qualidade de vida”
comente
a&[email protected]
facebook.com/arquiteturaeconstrucao
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A capa de março fez sucesso na rede
Esta edição está linda.
Adorei tudo!
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Julia Damasio
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05425-902, São Paulo. E-mail: abril.sac@
abril.com.br Site: www.abrilsac.com.br
Perfeito.
Hyara Rodrigues
Amo madeira de demolição.
Milena Aparecida Orlandi
Adorei!
Regiane Golla
Madeira, pedras e tijolinhos
são de uma beleza sem igual.
Simone Siles
ATENDIMENTO AO LEITOR
Se você quer fazer comentários, sugestões,
críticas ou tirar dúvidas, ligue para o telefone (11) 3037-4597, de segunda a sextafeira, das 10 às 12 h e das 14 às 17 h.
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com.br Site: www.casa.com.br/arquitetura
Gostei de tudo.
Telma Lúcia
Cenário carioca
A casa da artista Bia Lessa (À Sombra
do Flamboyant, pág. 90) ficou linda.
Morro de saudades do Rio de Janeiro,
onde morei por sete anos. A sensação
de estar naquela paisagem é única.
Ana Paula Brito de Oliveira, Botucatu, SP
2
Foco na energia
Paisagismo urbano
Fantástica a reportagem Cidades Mais
Verdes – e Vivas (pág. 46). Calçadas são
um assunto de muita importância, não somente pela absorção das águas mas também pelo acesso de cadeirantes e idosos.
André Ribeiro, Rio Claro, SP
Gostaria de deixar registrado: a reportagem A Quantas Anda Sua Rede
Elétrica? (pág. 102), bastante elucidativa, chamou a atenção para
a manutenção e mostrou as consequências de detalhes que passam despercebidos, já que a fiação
2
se encontra oculta nas paredes.
Meire Marques Gonçalves, Apucarana, PR
Tudo o que é relacionado ao mundo
da iluminação me interessa muito.
Alessandra Rabelo, Taguatinga, DF
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Parabéns pela homenagem ao mestre
Athos Bulcão (pág. 96). Convivi com ele
quando o auxiliava durante sua internação
no Hospital Sarah, em Brasília. Eu lembro que pediu para comprar um creme
dental porque queria cortar um cantinho
da embalagem e usá-la num trabalho.
1
12 Arquitetura & Construção abril 2014
Antônio Carlos Bastos, Rio de Janeiro
fotos: 1. Divulgação 2.luciana soga
Memória de Athos
custou
R$ 107 mil
Em Brasília, um jovem de 24 anos levou apenas três meses para
erguer esta morada de 64 m2. Fundações simples e estrutura
metálica colaboraram para a obra rápida e econômica
Por deborah apsan (visual) e nilbberth silva (texto)
Projeto 1:1 arquitetura:design Fotos edgard cesar
Sete portas deslizantes
formam uma cortina de
8,85 m de vidro temperado nas fachadas
sudeste e sudoeste,
dissolvendo a fronteira
entre o interior e o gramado. Quando abertas,
permitem que as festas
do morador se estendam da casa ao jardim.
74 Arquitetura & Construção abril 2014
abril 2014 Arquitetura & Construção
75
S
e alguém visitar esta pequeao gramado, palco de animadas festas.
na casa em Brasília durante
Privilegiar a vida social foi justameno dia, é bem provável que oute o ponto de partida para a criação
virá a música do compositor
da planta. A cozinha é americana, e a
francês Claude Debussy fluindo das
sala acomoda confortavelmente seis
caixas acústicas enquanto o morador,
pessoas. As portas de vidro se abrem
o advogado Antonio Barra, estuda na
em duas laterais, assim as reuniões
mesa da cozinha. Caso o visitante chemaiores se estendem sem obstáculos
gue à noite, encontrará o rapaz entreaté o exterior. Para utilizar o espaço
tendo convidados com jazz e MPB no
ao máximo, o projeto de interiores
Zeca Bento, o gato, reina sozinho quando
home theater. E quem passar ao longo Antonio está fora. Durante as horas de estu- e mobiliário ditou a organização fido fim de semana topará com uma do do dono, o bicho de estimação pede colo. nal. Com a mãe do cliente, Eduardo
dezena de companheiros papeando
escolheu peças de design brasileiro,
ao som de rock. Hoje, o sistema de som ambiente é uma das como a poltrona Xibô (vista na pág. 74), de Sergio Rodrigues.
características do lar que mais alegra o jovem, de 24 anos. Sim, a economia na obra foi tanta que sobraram recursos paAntonio se mudou de Portugal há pouco para ten- ra adquirir móveis de design. O arquiteto cortou custos ao
tar o ingresso no Instituto Rio Branco, escola que forma simplificar o desenho das esquadrias e usar revestimentos
diplomatas. Deixou os pais e a confortável casa do outro baratos, a exemplo do porcelanato com aparência de ladrilado do Atlântico. A saudade? Ele amainou fazendo ami- lho hidráulico. A estratégia viabilizou outro mimo: duas fagos. Para morar, em vez de continuar num flat e pagando chadas ganharam uma fita de aço, que rompe a aparência
aluguel, o moço resolveu usar o pé-de-meia, obtido com monolítica da morada e funciona como degrau de entrada.
a compra e venda de ações – e esperava ver acontecer em
Quem passa e vê a construção não percebe, mas ela é provisua obra o mesmo retorno rápido do mercado financeiro. sória. Quando casar, o rapaz planeja erguer uma residência maior
Com arquiteto Eduardo Sáinz, do escritório 1:1 ao lado e transformar esta num anexo da piscina. Divisórias daarquitetura: design,
rão lugar a armários
decidiu constr uir
para adega e biblioteca.
utilizando estrutuEnquanto esse sonho
ra metá lica, lajes
não se realiza, Antonio
pré-fabricadas, funestuda, ouve música e
dações simples e diacompanha o crescivisórias de drywall.
mento da única árvore
A residência custou
do terreno. A planta
R$ 107 mil e ficou
tinha 1,50 m quando a
pronta em três meses.
obra começou. Agora,
Seus 64 m2 se voltam
quase alcança a laje.
O rasgo de 30 cm acima da bancada ilumina naturalmente o granito preto são gabriel,
sem diminuir a privacidade no cômodo. O amarelo do gabinete foi sugestão do arquiteto: a cor dialoga com os tons terrosos do porcelanato e do pendente Bossa (Lumini).
76 Arquitetura & Construção abril 2014
O tampo de vidro temperado (0,80 x 1,50 m) da
mesa de refeições divide
cozinha e sala. Uma das
extremidades se apoia
num tronco encontrado
pelo morador, e a outra
foi engastada na marcenaria, reforçada por
perfis metálicos. Em
primeiro plano, a mesa
centroarq, do Estudiobola.
abril 2014 Arquitetura & Construção
77
Uma fita metálica, coberta de massa corrida
no mesmo tom do aço
corten, diminui a insolação sobre os vidros. A
peça também atua como
degrau para quem entra
na casa, além de trazer
movimento à fachada.
Acima: Antonio e Zeca Bento aproveitam
a companhia um do outro na porta que
se abre para a rua. O próprio rapaz pintou a fachada de tinta que imita cimento queimado. Abaixo: através da cortina
de vidro, o quarto recebe o sol da manhã.
abril 2014 Arquitetura & Construção
79
uma casa em quatro etapas
As fases abaixo sintetizam o passo a passo da construção, finalizada
em julho do ano passado, e representam a maioria dos gastos da empreitada,
que saiu por R$ 1 680 0 m2 (sem o custo da marcenaria)
estrutura
fachada
As sete folhas de vidro temperado (2,40 x 8,85 m) estão presas a
trilhos de alumínio – simplificar os
caixilhos diminuiu os custos do projeto. As paredes externas receberam tinta com efeito de concreto
(Suvinil, ref. tubarão cinza, D 380) e
uma camada de selante com proteção contra raios ultravioleta.
Fabio Flaks
A armação metálica é composta
de oito colunas (0,15 x 0,15 x 3 m)
e quatro vigas. “A obra é muito pequena para sofrer esforços de dilatação consideráveis. Por isso, não
previmos nenhuma junta adicional”,
afirma o arquiteto. Como cobertura, laje pré-moldada impermeabilizada e telhas de fibrocimento.
N
0m
9,8
6,5
0m
Fundação
acabamentos
O terreno plano e resistente do Planalto Central aceita fundações simples. As oito
estacas de concreto armado
(0,30 x 0,30 x 3 m) apoiam a laje
pré-moldada, com contrapiso
de 5 cm. O conjunto foi feito em
uma semana, economizando
no pagamento da mão de obra.
O porcelanato Broadway (0,60 x 1,20 m),
que imita cimento queimado, reveste o
piso de todos os cômodos, com exceção
do banheiro. As paredes da cozinha receberam o modelo Rio Retrô, escolhido por
se inspirar no bairro carioca do Leblon
(60 x 60 cm, também da Portobello). A
mesma tinta usada na fachada cobre
a face interna das paredes e o drywall.
total: R$ 107 mil
ÁREA: 64 M2; projetos complementares: MD construções; Projeto de interiores e iluminação: 1:1 arquitetura: design
80 Arquitetura & Construção abril 2014
O patamar onde Zeca
Bento aproveita o sol
está elevado 25 cm do
chão. A ideia é que a
futura piscina avance
por baixo dele até o limite da sala, quando
a atual construção for
transformada em anexo.
abril 2014 Arquitetura & Construção
81
verve rural
As linhas retas, o toque rústico, certo ar europeu... O conjunto
harmonioso desta vivenda no interior paulista resulta de uma
equilibrada mistura de influências, balanceada pelo arquiteto Gui Mattos
Por deborah apsan (visual) e joana l. baracuhy (texto) Projeto gui mattos arquitetura Fotos eduardo Pozella
Ingrediente que distingue
a construção, o revestimento externo coube à
Pedras Capricórnio. Os paralelepípedos de granito,
identificados na empresa
como tozetos de moledo
lavrados à mão, foram assentados com junta seca
(sem massa aparente).
46 Arquitetura & Construção abril 2014
Dedicada ao lazer, a casa
conta com uma piscina à
frente, encaixada no desnível natural. Assim, resta
uma área ampla e segura
para as crianças brincarem. Com raia e prainha,
o tanque ganhou forração de pedras greenstone
(10 x 10 cm, da Palimanan).
abril 2014 Arquitetura & Construção
47
Amparado em tesouras metálicas, acima de trechos envidraçados no alto das paredes, o telhado parece flutuar sobre a sala de
estar. O núcleo revestido de pedra contém a cozinha e reforça o efeito: não encosta no teto e ainda sustenta um mezanino aberto.
B
em postado entre os nomes que edificam a ar- Oportuna, a ideia convenceu os clientes, que levaram
quitetura contemporânea brasileira, marcada outra sugestão à mesa de reuniões: que tal incorporar
por volumes puros e concretos, o arquiteto alguma referência ao visual típico da Apúlia? A menção
paulista Gui Mattos ficou anos sem projetar às moradias rurais centenárias dessa região da Itália,
uma casa com telhado aparente – até receber no es- famosas pela cobertura cônica de pedras acinzentadas
critório, em 2010, uma família interessada em erguer e esmaecidas, deu contornos definitivos à construção.
O que se viu a seguir foi o amadurecimento de
um lugar para passar os fins de semana longe da cidade grande. Estava dada a rara condição: o terreno de um conjunto que mesclava, de modo original, as res2 443 m2, a cerca de 120 km de São Paulo, localiza-se trições do condomínio e os desejos e pedidos do casal,
num loteamento dentro de uma antiga fazenda con- sempre com a participação dos dois, que opinaram
vertida em empreendimento de lazer. Justamente para decisivamente sobre o que deveria constar do papel e
proteger essa atmosfera, o condomínio impõe diversas ganhar materialidade. Um bom exemplo está na estruexigências aos interessados em se instalar por ali. Ve- tura metálica. Eleita quando o proprietário encontrou
um fornecedor de confiança, ela
tados as lajes planas e os terraços,
comparece em todo o refúgio e dá
tudo deve ostentar coberturas de
alguma leveza a seu visual. Tamduas águas e material orgânico.
bém a pedra bruta, essencial para
Se, no princípio, tal limitação
o toque contadino, entrou na paufez a cabeça do arquiteto pender
ta. Das cinco amostras testadas
para uma linguagem obviamente
no canteiro, em cores e formas
brasileira, um fato novo inseriu
variadas, elegeu-se a mais retilícoordenadas diferentes no seu
nea. Com ela, Gui pôde forrar plaGPS estilístico. “No meio do projenos e quinas sem deixar arestas à
to, pensei em organizar a casa em
mostra – um desenho geométrico
dois blocos. Um seria dedicado à
e simples, no qual as telhas cerâconvivência, mais aberto e expanmicas pouco aparecem. Estava
sivo, e o outro, íntimo, reservado,
gui mattos
vencido o desafio contemporâneo.
ideal para descansar”, diz ele.
arquiteto
“Da sala,
veem-se a mata
e o lago.
já os quartos se
voltam para o
outro lado, são
mais contidos”
48 Arquitetura & Construção abril 2014
Quatro folhas de correr
unem integralmente a
sala à varanda. Para instalar uma esquadria tão
larga e pesada, foi preciso
fixar uma aba de aço na
viga metálica, que sustenta os robustos batentes
e acomoda as numerosas guias dos caixilhos.
OIrit alit euip it praesse it praesse exer sed mod molorpe
rciliqui blaore ting elit, si. Idunt
vullaore velesti smolor sed
magna faccumsandit praesse
tionsed mod tem at nibh erci
elesto duipisismod ercil delesse
dolor sed euis el ex ea consequis ad tetum verat. Duiscing
ex esequip summolorero cons
abril 2014 Arquitetura & Construção
49
1
3
1. Os corredores possuem
o mesmo assoalho de peroba de demolição clareado
que desponta em quartos
e salas. 2. Aqui e ali, vidros
fixos ajudam na entrada
de luz. Este fica na subida que leva aos quartos.
3. As varandas são todas
recuadas, como a do casal,
dotada de guarda-corpo
transparente. 4. Para resistir ao tempo e delinear os
vãos, as portas de correr
(Mado) levam pínus tratado
quimicamente e ebanizado.
2
4
Aparentes na ala social,
vigas e pilares empregam
dois perfis em forma de C
unidos – assim, as peças da
armação metálica exibem
as quatro faces planas. Nas
paredes de alvenaria, tinta à base de terra (Solum).
50 Arquitetura & Construção abril 2014
abril 2014 Arquitetura & Construção
51
O clima de aconchego deve
muito ao forro de peroba
de demolição (Ouro Velho),
clareada para não pesar
no visual. O armário a meia
altura atrás da cama separa o quarto do banheiro.
52 Arquitetura & Construção abril 2014
Impermeabilizadas, chapas
(1 x 1 m) de arenito sandstone mate revestem, de cima
a baixo, a sala de banho do
casal. Discretos muxarabiês de cumaru (Kits Aero)
resguardam o ambiente.
abril 2014 Arquitetura & Construção
53
A vista da fachada lateral revela um discretíssimo telhado cerâmico e aberturas que parecem escavadas no enorme monolito. É nesta face, voltada para leste, que se concentram os dormitórios, beneficiados com o saudável sol da manhã.
paisagem e claridade a favor
A implantação, mirando a mata à frente (mais adiante, existe ainda um lago),
casou com a melhor incidência de sol nos quartos, no pátio e na piscina
SALA DAS
CRIANÇAS
N
6 x 6,95 m
SUÍTE
10 x 6,95 m
SUÍTE
varandA
5,55 x
5,50 m
5,55 x 13,60 m
SALA de
estar
7,80 x 9,20 m
SUÍTE
5,55 x
5,50 m
SUÍTE
5,55 x
5,50 m
cozinha
5,55 x
5,50 m
mezanino
5,65 x 5,70 m
lav.
3,30 x
3,75 m
acesso disfarçado
Ele acontece pelos fundos, onde fica
a garagem coberta – um pergolado
cercado de paredes. Esse foi o modo
que o arquiteto encontrou de guardar
os carros sem que fossem vistos do
corredor entre os dois corpos da casa.
6,15 x 7,65 m
Ilustrações: campoy estúdio
SUÍTE
SUÍTE
5,55 x
5,50 m
garagem
6 x 6,95 m
primeiro pavimento: 229 m
2
Térreo: 432 m2
ÁREA: 661 M2; sondagem: MecSolo engenharia; projeto de fundações: Appogeo; Projeto de estrutura: Inner engenharia; projeto de instalações: P. D’Aprile Consultoria; Projeto de automação: Luis Arigucci; projeto de ar-condicionado: Thermax; construção: Plano engenharia e construções; estrutura: Systemac sistemas construtivos; Paisagismo: Rodrigo Oliveira; interiores: camila e mariana lellis
54 Arquitetura & Construção abril 2014
Quem entra na morada
ou passa de um bloco ao
outro atravessa este corredor, com teto de vidro
e palha de dendê (Fibra
Nativa), solução que barra a chuva e deixa passar
uma suave luz filtrada.
No piso, pré-moldados de
concreto no tom cinza-escuro (ref. 2932), da Stone.
abril 2014 Arquitetura & Construção
55
online
@revistaaec
@revistaaec
Arquitetura & Construção
O prático drywall
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A possibilidade de ter uma obra limpa e a
economia de tempo e espaço estão entre
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fluminense, pensado como
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de São Paulo
2
1
talentos dos quatro cantos
A cada dia, um nome diferente. A partir deste mês,
acompanhe o perfil de arquitetos de todas as regiões do país
O material aparece nesta cabeceira.
Autoria de Karla Amaral Madrilis.
2
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craques inclui fotos de seus variados projetos. Não perca: abr.ai/arquitetosdobrasil
Piso do banheiro sem caimento correto,
água infiltrada pela janela, peso excessivo
sobre estruturas... A falta de orientação
técnica dá nisso e pode significar dor
de cabeça e gastos extras. Conversamos
com o engenheiro civil Sérgio Lima para
descobrir os enganos recorrentes.
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na era digital, não abrimos
mão de uma boa revista”
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14 Arquitetura & Construção abril 2014
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fotos: 1. reprodução 2. arquivo pessoal
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abril 2014 Arquitetura & Construção
15
cubra o azulejo DE adesivo
OBra
obra
sem
drama
Continuam em evolução os desenhos e materiais para esse fim. Nas
coleções recentes, sobram estampas com apelo retrô e imitações
de ladrilho hidráulico, como o modelo da Gecko (abaixo). Além de impermeável, tem uma lâmina fosca na superfície para maior durabilidade. O kit com 20 unidades de 13 x 13 cm sair por R$ 75. Outros fabricantes: Casa do Adesivo, Flok Tecido Adesivo, I-Stick e Papel na Parede.
2
Vidro: bom
para revestir
Versátil, o DecoCristal vem em chapas grandes (2,20 x 3,20 m) e pode
ser aplicado diretamente na parede,
desde que ela esteja nivelada e livre
de umidade. Com 4 ou 6 mm de espessura, requer apenas silicone – do
tipo neutro – para sua fixação (detalhe importante para que, depois
de pronto, não apareçam manchas
no painel). Brilhante, o produto tem
quatro opções de cor: preto, branco, moca (foto) e chocolate. Pode,
ainda, ser cortado, lapidado, bisotado e até mesmo perfurado. Da
Guardian, sai por R$ 585 o m2 instalado (versão de 4 mm) na Amaral Vidros.
Trabalho sim, tragédia não! Com essa meta na cabeça, elegemos
32 produtos e soluções engenhosos, na medida para quem planeja
fazer mudanças rápidas e descomplicadas nos acabamentos
Por Tatiane Domiciano
seis vezes
mais prática
S
80 Arquitetura & Construção junho 2014
ces de o morador permanecer em casa durante o
processo”, explica a arquiteta Thais Aquino, do
DT Estúdio, de São Paulo. “Componentes secos, como drywall, manta vinílica e piso pronto, somam
pontos nessa hora”, resume a arquiteta Fabiana
Stuchi, do escritório paulistano Stuchi & Leite Projetos. Assim como produtos fáceis de aplicar, colar,
grudar... Nos últimos anos, a indústria desenvolveu uma série de revestimentos de sobreposição,
valiosos nas empreitadas expressas. Um pouco
disso tudo você encontra nas próximas páginas.
fotos: 1. eduardo pozella 2. Divulgação
1
e construção e reforma fossem ciências exatas, esta reportagem seria desnecessária.
Porém, uma série de fatores inesperados
costuma surgir – e tumultuar o andamento dos serviços – até mesmo nos mais organizados
cronogramas de trabalho. Algumas noções básicas
ajudam a minimizar o aparecimento e o impacto de surpresas indesejáveis. “O segredo de uma
reforma de sucesso é ajustar três variáveis: tempo, orçamento e projeto. E, numa obra pontual ou
rápida, existe um fator extra: há grandes chan-
2
2
A solução é inteligente e super-simples: cada conjunto de seis
pastilhas cerâmicas (5 x 23 cm)
vem unido em zigue-zague por
pontos de cola de PVC, substituindo a tradicional tela aplicada no
verso das peças. Intitulado Drop
System, também dispensa a utilização de papel sobre a face esmaltada, o que torna o serviço mais
limpo e ágil (o fabricante estima
ganho de 30% na produtividade).
As peças da linha Ônix têm cinco diferentes tons de cinza para
uso interno ou externo. Da Atlas,
custam, em média, R$ 70 o m2.
junho 2014 Arquitetura & Construção
81
carpete
modular e
livre de cola
renove com
rolo e pincel
Entre as tintas imobiliárias, desponta
a versão epóxi para azulejo – grande
aliada das reformas. O processo é simples (desde que o produto seja monocomponente), mas exige a limpeza total da parede: elimine toda a gordura,
inclusive a acumulada nos rejuntes,
e aguarde a secagem completa antes da pintura. Veja três opções à
base de água, antimofo e com baixo odor: 1. Cozinhas & Banheiros, da
Suvinil. A embalagem com 3,2 litros,
na cor drinque refrescante (ref. B313),
custa R$ 160, na Tintas MC. Rende
até 70 m2. 2. Wandepoxy, da Coral.
O galão (3,6 litros) de branco sai por
R$ 172 e pinta até 60 m2. 3. Epóxi
Base Água, da Eucatex. O galão
(3,6 litros) no tom rosa (ref. 2269E) vale
R$ 137,83, na Vaz Tintas, e cobre 70 m2.
Em tempos de metragens enxutas,
até o carpete pode ser modular.
A linha Sand Herring, da Interface,
vem em placas e não emprega cola para fixação: a junção dos quadrados ou retângulos têxteis leva
pequenos adesivos, chamados
Tac Tiles. Feitos de plástico, são suficientemente fortes para manter
o carpete rente ao piso, mas, ao
mesmo tempo, permitem a retirada e substituição de apenas um
requadro dele se necessário (no
caso de uma mancha, por exemplo). Como o carpete não adere
definitivamente ao chão, pode ser
aplicado em qualquer tipo de revestimento e preserva a base intacta. Além de a fixação ser fácil
e não liberar compostos orgânicos
voláteis (COVs), as placas de 100%
náilon são laváveis – e, por isso mesmo, indicadas para quartos infantis.
Com 0,50 x 0,50 m, 1 x 1 m, 0,25 x 1 m
e 0,50 x 1 m, custam R$ 200 o m2. Para os que almejam uma pegada sustentável, outra coleção do mesmo fabricante, a Net Effect, usa o náilon de
redes descartadas por pescadores.
1
82 Arquitetura & Construção junho 2014
3
2
a nova (e mais bela)
face do Laminado
Com acabamento alto brilho na frente e fosco no verso – sempre na mesma tonalidade –, as chapas coloridas da linha Cristallo pretendem assegurar a combinação perfeita entre a parte externa e a interna de
móveis, gabinetes e painéis. Com visual espelhado e
cores vibrantes (são 11 padrões, este é o Acqua), as placas de Madefibra BP (MDF produzido em baixa pressão), lançamento da Duratex, chamam a atenção. Proteção antirrisco e tratamento contra a proliferação de
bactérias, mofo e bolor (Microban) figuram como atrativos do material (1,84 x 2,80 m, com 6, 15 ou 18 mm de
espessura). Preço médio da opção mais espessa: R$ 230.
1
Quem sonha com um belo assoalho,
mas não pode aguardar os 30 dias
da colocação pelo método tradicional, tem, agora, uma alternativa: o
piso Multiestruturado Nobile. As réguas (de 14 ou 19 mm de espessura,
14,8 cm de largura e comprimento
entre 0,30 e 2,14 m) são compostas
de lâminas de madeira cruzadas, com
4 mm de alguma espécie nobre por
cima (na foto, uma das opções, o ipê),
além de oito camadas de verniz e uma
de óxido de alumínio para finalizar –
garantia de alta resistência à abrasão.
Graças aos encaixes do tipo macho e
fêmea, a instalação é rápida. Após
24 horas da montagem, o ambiente
está liberado para tráfego e disposição dos móveis. Da IndusParquet,
varia entre R$ 252 e R$ 267 o m2.
fotos: 1. Divulgação 2. eduardo pozella 3. Carol Ribeiro
piso pronto,
sem delonga
1
2
3
tacos lindos com
duas demãos de tinta
Solução rápida e econômica para um combalido piso de
madeira: pintura. Antes, porém, a raspagem é obrigatória. A arquiteta Thais Aquino, do paulistano DT Estúdio, que assina o projeto acima, indica o Novacor Epóxi,
da Sherwin-Williams, na cor preta (ref. 71). O galão de
3,6 litros, que rende entre 40 e 50 m2, custa R$ 138,79.
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junho 2014 Arquitetura & Construção
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tijolinho fácil
é só
grudar
Que tal um faça você mesmo?
Painéis autocolantes dispensam mão de obra especializada e argamassa de
assentamento. 1. Mais de
60 modelos da Mosarte, indicados para paredes internas de alvenaria, drywall ou
MDF, sem umidade, são dotados do Semplice: adesivo
super-resistente para fixação
de mosaicos de mármore e madeira. A versão Pétlas Bege (foto) mede 13,4 x
26,7 cm e custa R$ 70,42.
2. Da Terzian, as placas adesivas
Aludesign, com pastilhas de alumínio, podem forrar áreas secas
e úmidas, internas ou externas.
O modelo C2468 tem 29,5 x
29,5 cm e sai por R$ 275 o m2.
os pisos
Fininhos estão
com tudo
Com apenas 1 cm de espessura (contra 5 cm
da versão tradicional), o Provence confere a
fachadas e interiores o aspecto dos desejados tijolinhos – mas apenas reveste as paredes, não as constitui. Fixado com argamassa
comum, poupa espaço e tempo de obra. Mede
6,7 x 21,5 cm e pode ser encontrado nas cores
avignon, cassis, marseille, luberon e nice, além
da toulouse (abaixo). Da Palimanan, R$ 249 o m2.
Ideal para quem não tem tempo a perder, o porcelanato com
espessura reduzida se sobrepõe
ao piso existente. Para isso, porém, é necessário utilizar a argamassa apropriada (existem várias marcas – algumas oferecem
secagem rápida e vão bem até
mesmo sobre ardósia e metal).
1. Item da série Colors, coleção
Pietra Naturale, que imita o mármore de mesmo nome: crema marfil.
Com 54 x 54 cm e 8,2 mm de espessura, tem acabamento acetinado e vale R$ 34,80 o m2. Da ViaRosa.
2. Produzido com tecnologia
italiana, o modelo Laminum,
da Eliane, possui dois formatos:
1 x 3 m e espessura de 3,5 mm
(R$ 433 o m2) e 1 x 1 m com 5,6 mm
(R$ 546 o m2). 3. A linha Econative
(padrão wengue) integra a coleção Extra Fino, da Portobello. Com
0,20 x 1,20 m e 4,8 mm, permite colocação com rejunte estreito, de 2 mm. Sai por R$ 160 o m2.
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instalação
num clique
calha vapt-vupt
Que o led conquistou seu espaço, não há dúvida.
Durável, o dispositivo que poupa energia vem surgindo em luminárias e equipamentos versáteis e
fáceis de instalar. É o caso do Perfiled: um perfil
de alumínio para fita de led, que pode ser colocado sob prateleiras e armários existentes. Da Labluz,
é fornecido com 1 m (R$ 13), 2 m (R$ 24,68) ou 3 m
(R$ 37,80), nas cores natural, preto e corten. Acima,
projeto de Dado Castello Branco e armários da Ornare.
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Uma vez ajustado à furação
no forro, o embutido Poli solta
molas laterais para garantir
sua perfeita fixação. O tamanho destinado ao encaixe é
padrão (6 cm de diâmetro).
Como não utiliza parafusos,
a luminária está instalada
em apenas alguns segundos.
Além disso, a estrutura de
policarbonato resiste à umidade – perfeita para áreas
molhadas e projetos no litoral. Precisa trocar? Basta puxar a moldura para acessar
as molas, pressioná-las, e
pronto! Da La Lampe, a R$ 92.
fotos: divulgação
luz de
encaixar
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De diferentes materiais, eles dispensam cola, podem ser usados sobre
outro piso – nivelado e sem umidade
– e retirados com facilidade. Os modelos com encaixe macho e fêmea
prometem colocação rápida e menos
de 24 horas para livre pisoteio. 1. As
réguas vinílicas da linha Essence, da
Tarkett, medem 0,20 x 1,22 m e saem por R$ 100 o m2. Na foto, o padrão cajá. 2. Flutuante e retificado, o
Porcelanato AS, da Ceusa, imita madeira. As réguas, de 20,2 x 86,5 cm,
com 13 mm de espessura (e 3 mm
da manta usada sobre pisos existentes), custam a partir de R$ 125 o m2.
3. O laminado Aquaclic, da Formica,
tem 0,18 x 1,22 m, 5 mm de espessura e dez padrões amadeirados.
Sai por R$ 130 o m2. 4. Laminado
Atrative, da Eucafloor (Eucatex), com
0,22 x 1,35 m e 8 mm de espessura,
a R$ 89,90 o m2 instalado, em média.
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elétrica
aparente
Obra mais
rápida
e menos
sujeira
Deixar a rede que conduz fios
e cabos correr à mostra tem
suas vantagens: modificação
fácil do layout, inclusão de novos pontos sem alterar a parede e manutenção simplificada.
Além disso, o material necessário pode ser facilmente encontrado em lojas do ramo
e home centers por preços
módicos. Na Power Material
Elétrico, fornecedora do projeto ao lado, que leva a assinatura do paulista Paulo
Mencarini, o eletroduto de
aço galvanizado de 3/4 de polegada e 3 m de comprimento
sai por R$ 15,90. Já o dailet (a
caixinha que recebe as tampas
de tomada e interruptor) custa
R$ 4. Dica do arquiteto: “Como a tubulação fica aparente,
é preciso capricho na execução. Por isso, recomendo
contratar um profissional especializado para a instalação.”
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Soluções simples para facilitar a reforma:
1. O Qualigesso Jet é
um gesso projetado que
funciona como acabamento e revestimento.
A mistura elimina as fases de chapisco, emboço e reboco e pode ser
aplicada diretamente na
alvenaria de blocos cerâmicos ou de concreto. Da Gypsum Drywall,
custa R$ 22 o saco de
40 kg. 2. Como o nome
indica, o Salva Piso protege o chão contra danos, manchas e riscos.
Impermeável, o produto associa plástico bolha resistente a
papel Kraft. Sai por
R$ 120 o rolo de 30 m2.
marca pessoal
A parede texturizada em menos de um
dia – é o que promete a linha Selfdecor.
Após fazer a mistura como manda a
embalagem, aplique-a com trincha
na superfície nivelada e sem trincas.
Abaixo, o efeito metalizado, cor ouro.
Da Bricolagem Brasil, vale R$ 10 o m2.
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você monta
placas super-resistentes
Ele vem num kit com perfis de alumínio
e duas chapas de vidro, com 1,10 m de
largura cada uma (as portas abrem até
180 graus). O Box Certo inova pela instalação fácil, realizada sem ajuda profissional: basta seguir o manual. De canto
ou frontal, com altura até 2,20 m, o item
da Ideia Glass tem preço sob consulta.
De drywall ou cimento, elas permitem erguer paredes rapidinho. 1. A Placo Impact
soma gesso laminado e fibras sintéticas a um cartão especial. Assim, aguenta até
50 kg por ponto (de prateleiras, por exemplo). Da Placo, a R$ 20 o m2. 2. Feita de cimento reforçado com fio sintético ultrarresistente a impactos, a Eterplac, da Eternit,
tem preço sob consulta. Ambas são fornecidas em várias dimensões e espessuras.
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A instalação da coluna Fresh
(20,3 x 48,5 x 144,5 cm e 48,5 cm
de profundidade) não implica
quebra-quebra, pois a peça usa o
ponto de saída de água existente
no banheiro. Os jatos de hidromassagem, que alcançam costas,
lombar e pescoço, são abastecidos graças a um mecanismo
interno. Da Roca, por R$ 9 190.
Nada de mexer na rede hidráulica para economizar
água. A Salvágua, da Docol,
é compatível com diferentes tipos e marcas de registro e reduz o consumo em
até 30% apenas pelo acionamento das duas teclas. O
modelo Square Black, com
pintura preta, custa R$ 88,02.
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subindo!
fotos: 1. Adriano Escanhuela 2. Divulgação
banho a jato
toque
sustentável
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Em apenas uma hora, a Do-Up,
de 2,20 m, está de pé. Isso é viável porque o conjunto já vem pré-montado: basta fixar os suportes
e os degraus, de vidro laminado
ou de madeira, na coluna. Vale
lembrar que a escada (também na
opção de 4,20 m) dispensa alvenaria. Da Glass Vetro, custa R$ 5 mil.
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