- Câmara de Comércio Americana

Transcrição

- Câmara de Comércio Americana
Especial Copa Fifa vai compensar 100% das emissões operacionais associadas ao torneio
REVISTA DA
CÂMARA DE
COMÉRCIO
AMERICANA DO
RIO DE JANEIRO
Desde 1921 nº286
mai/jun 2014
Vitória capixaba
A melhor cidade para
a abertura de negócios
Nova diretoria
Conteúdo local entre as
prioridades da AmCham Rio
Relações bilaterais
Brasil/EUA
Diálogos comerciais, propriedade intelectual e energia
merecem atenção minuciosa, de acordo com Liliana Ayalde,
embaixadora americana no País, em entrevista exclusiva
editorial
A embaixadora ressaltou o fortalecimento das relações bilaterais
entre os dois países em discurso na cerimônia de posse da nova diretoria
da AmCham Rio, outro destaque desta edição, evento que também teve
a presença do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, e do
vice-presidente do BNDES, Wagner Bittencourt.
A Copa do Mundo, que começa em junho e atrairá milhares de
turistas de todo o mundo – inclusive, o vice-presidente dos Estados
Unidos, Joe Biden –, ganha análise qualificada, em artigos de opinião
do cônsul-geral dos Estados Unidos no Rio de Janeiro, John Creamer,
do presidente da BP no Brasil, Guillermo Quintero, e do diretor
executivo de Mercados Estratégicos da EY, Marcos Nicolas.
A coluna Rio também tem foco no esporte, muito além do que é
disputado no Maracanã. Atletas amadores e profissionais se inspiram
nas paisagens da Cidade Maravilhosa, praticando modalidades que
vão desde o alpinismo nos nossos cartões-postais até as partidas de
futebol que se espalham por pracinhas, quadras, campos e várzeas.
Boa leitura!
Gerente de Comunicação
Eduardo Nunes
[email protected]
Editor-chefe e jornalista responsável
Cláudio Motta (MTB 01001400/RJ)
[email protected]
Colaboraram nesta edição:
Fábio Matxado (edição de arte),
Pedro Kirilos (foto), Luciana Maria Sanches
(revisão) e Bernardo Guimarães (texto e foto)
Canal do leitor
[email protected]
Os artigos assinados são de total
responsabilidade dos autores, não representando,
necessariamente, a opinião dos editores e a da
Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro
Publicidade
Felipe Tavares
[email protected]
A tiragem desta edição, de 3.000 mil exemplares,
é comprovada por EY
Yuri Barichivich
Parceira estratégica da AmCham Rio nesta agenda, a embaixada
dos Estados Unidos no Brasil é destaque nesta edição da Brazilian
Business. Em entrevista exclusiva, concedida antes da cerimônia
de posse da nova diretoria da AmCham Rio, no dia 5 de maio, em
Copacabana, a embaixadora Liliana Ayalde diz que as empresas
americanas continuam apostando no mercado brasileiro, com
investimento em treinamento profissional e desenvolvimento de
novas tecnologias. Somente em 2012, os americanos aportaram US$
79 bilhões no Brasil.
Conselho editorial
Henrique Rzezinski
João César Lima
Rafael Lourenço
Rafael Sampaio da Motta
Roberto Prisco Paraíso Ramos
Robson Goulart Barreto
divulgação
A
atuação da Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (AmCham Rio) está voltada à geração de oportunidades
de negócios e ao desenvolvimento das relações comerciais do
Brasil com os Estados Unidos, além do networking de alto nível e das
ações de advocacy da agenda do setor privado. Iniciativas como o
Global Entry e o Visa Waiver Program (que, respectivamente, facilita
a entrada nos EUA e elimina a exigência de visto), o Diálogo Estratégico de Energia e o acordo para evitar a bitributação estão entre as
nossas prioridades.
Impressão: Walprint
Uma publicação da Câmara de Comércio
Americana do Rio de Janeiro
Praça Pio X, 15, 5º andar
20040-020 Rio de Janeiro RJ
Tel.: (21) 3213-9200 Fax: (21) 3213-9201
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roberto ramos,
presidente da Câmara
de Comércio Americana
do Rio de Janeiro
Caso não esteja recebendo o seu exemplar
ou queira atualizar seus dados,
entre em contato com Giuliana Sirena: (21) 3213-9227
ou [email protected]
pedro kirilos
Leia a revista também pelo site amchamrio.com
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Coluna Rio
Profissionais e amadores aproveitam praias e
montanhas da cidade para praticar esportes ao ar livre
Perfil
Ibeu leva sua experiência para a internet e lança
um curso on-line de português para estrangeiros
Capa
Liliana Ayalde, embaixadora dos EUA no Brasil,
analisa as relações bilaterais em entrevista exclusiva
à Brazilian Business
Desafios Brasil x EUA
O cônsul-geral dos EUA no Rio, John S. Creamer,
comenta a euforia americana com a Copa do Mundo
Especial
Especialistas da EY e da BP no Brasil analisam os
legados estruturais e ambientais da Copa no País
Entrevista
Kasim Reed, prefeito de Atlanta, fala à Brazilian
Business sobre as oportunidades de negócios na cidade
Vitória
Os atrativos que fizeram a capital capixaba ser escolhida
a melhor cidade do Brasil para novos negócios
Ponto de Vista
A ferramenta de Comunicação Não Violenta (CNV)
pode ser um diferencial nas relações corporativas
Entrevista
Robson Campos, presidente da Wärtsilä Brasil,
comemora os 180 anos da matriz finlandesa
Startup Rio
Programa investe em 50 projetos para desenvolvimento
de novas plataformas digitais e tecnológicas
Ponto de Vista
Augusto Sales, sócio da KPMG, analisa o cenário político
e as perspectivas de novos investimentos estrangeiros
Saber Financeiro
Especialista esclarece as dúvidas mais comuns
sobre os investimentos em títulos públicos
Brasil Urgente
Elbia Melo, presidente executiva da ABEEólica,
faz projeções sobre o futuro energético do mundo
Amcham News
A nova diretoria da AmCham Rio tomou posse em
evento com a presença de autoridades e mantenedores
A gente ama
cuidar de você.
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Esportes
urbanos
exploram
a beleza
natural
da cidade
Atletas profissionais e amadores
aproveitam praias, montanhas
e espaços livres do Rio para
juntar atividades físicas e
paisagens deslumbrantes
Bernardo Guimarães
[email protected]
Divulgação/RocksInRio
6_Edição 286_mai/jun 2014
D
ia 13 de julho, 16h: o Maracanã
servirá de palco para a finalíssima da Copa do Mundo. Hoje,
provavelmente agora mesmo: craques de
bairro e pernas de pau esforçados disputam peladas em várzeas, praças e áreas de
lazer. Não é só no Estádio Mário Filho nem
apenas em campos de futebol que os cariocas praticam esportes. A cidade é palco de
atividades físicas ao ar livre que exploram
a beleza de seus cartões-postais, sejam elas
nos paredões do Pão de Açúcar, nas areias e
nas águas das praias ou até pelo asfalto das
ruas. O melhor? A maioria é de graça.
O contato direto com a natureza costuma ser uma excelente oportunidade para
combater o estresse e aliviar as tensões do
dia. Para Eduardo da Silveira Netto, do
Conselho Regional de Educação Física da
1ª Região – Rio (Cref 1) e diretor técnico
da academia A!Body Tech, a realização de
exercícios físicos ao ar livre é uma ótima
motivação para os que almejam alcançar o
bem-estar agregando dinamismo e novas
aventuras às atividades.
Levando em conta o bom desempenho
na prática de esportes, Netto ressalta a importância de um acompanhamento profissional, mesmo que seja ao ar livre. “É muito
importante e se faz necessária a adoção de
algumas medidas de segurança, tais como
cuidados com a temperatura ambiente, ou
seja, com as condições climáticas. Além das
precauções necessitadas em outras atividades físicas, consentimento médico, orientação de um profissional habilitado (portanto,
registrado no Conselho Regional de Educação Física), cuidado com alimentação,
vestimentas e hidratação”, afirma Netto.
Seja dia, seja noite, o futebol é praticamente onipresente na cidade. O Aterro do Flamengo é uma dessas áreas. Os seus quase
1.200.000 metros quadrados hospedam quadras que são dominadas por crianças em escolinhas de futebol ou pela já tradicional
“pelada dos garçons”. Em 2011, a prefeitura do Rio deu início a um
investimento de aproximadamente R$ 2,2 milhões para o processo
de recuperação das quadras esportivas no Aterro. A projeção é de
que o fluxo de pessoas e a diversidade dos esportes aumentem com
mais espaços de lazer. E os investimentos não param. Em 2013, a
Nike inaugurou na área um campo de futebol society para peladas
no Rio de Janeiro. Contando com o pontapé inicial do ex-jogador
Ronaldo “Fenômeno”, a empresa se comprometeu em reformar e
manter os demais oito campos de futebol da área, desde os alambrados até as redes de gol.
A corrida também tem sua vez na área. Competições internacionais do esporte são sediadas anualmente na região. Na Meia
Maratona Internacional do Rio, a mais famosa corrida da cidade,
o Aterro serve como ponto final dos 25 quilômetros de extensão
da prova. Em 2013, o local também abrigou a Color Run. Iniciada,
em 2012, na cidade de Phoenix, no Arizona (Estados Unidos), e
realizada em várias cidades do mundo, a corrida consiste em um
percurso de 5 quilômetros em que os “atletas” se vestem de branco
e se divertem com bolas de tinta atiradas em sua direção a cada
quilômetro percorrido.
Bem perto do Aterro, um dos cartões-postais mais famosos
da cidade é um alvo adorado por aventureiros em busca de uma
atividade um pouco mais ousada: escalar os quase 360 metros de
altura do complexo rochoso do Pão de Açúcar, na Urca. Levando
diariamente inúmeros grupos de escaladores profissionais e amadores ao local, os trajetos são separados de acordo com o nível de
experiência do aventureiro. Para os iniciantes, as vias da Babilônia
são sempre uma boa opção, já que a facilidade ao acesso e a inclinação do morro facilitam a escalada. Para os mais experientes, a
via Italianos é o foco. A subida tem como ponto final o cume do
Pão de Açúcar. Percorrendo 100 metros da aresta oeste do morro
em pequenas agarras, os desbravadores que conseguirem chegar
ao fim da via terão como recompensa, além da vista panorâmica e
invejável do Rio de Janeiro, a descida pelo bondinho até o Morro
da Urca, que é isenta de cobrança.
“Treinar na praia é uma
delícia! Poder dar um
mergulho no mar depois
de uma partida disputada
não tem preço!”,
Fernanda Berti, jogadora de vôlei
Vôlei de praia faz parte
da paisagem carioca
Divulgação/ RioTur/Pedro Kirilos
8_Edição 286_mai/jun 2014
Igor Zambelli, primeiro brasileiro ganhador mundial de slackline, durante treino na praia
“Antes de começar a atividade, o instrutor
faz um briefing, relembra e/ou ensina procedimentos de segurança e, durante a escalada, vai
na frente, faz a segurança e dá dicas para que
todos tenham uma ótima experiência e se divirtam curtindo o visual”, diz Gabriella Araújo,
gerente de operações da agência RocksInRio.
Já no bairro da garota de Ipanema, entre
os coqueiros enraizados nas areias da praia,
cordas de nylon são presas e suspensas a uma
altura de 30 cm do chão. Da calçada, pessoas observam com atenção os praticantes do
slackline demostrando técnicas e habilidade.
Equilíbrio e muita concentração são os requisitos básicos para o atleta do esporte que vem
conquistando adeptos a cada temporada.
divulgação/guido santos
Acostumado a caminhar na “corda bamba” desde 2010, Igor Zambelli foi o primeiro brasileiro a conquistar o título mundial do esporte,
no Campeonato Mundial de Slackline de 2012, na Áustria. Carioca de
nascença, Zambelli era um praticante assíduo de skate antes de se apaixonar pela modalidade. Para ele, ter a praia como local de treino é muito motivador. “A praia é um ótimo lugar para treinar. Não só pelo fato
de a areia amortecer as quedas ou ter o cenário paradisíaco de Ipanema,
mas também porque as pessoas que param para assistir aos treinos nos
transmitem uma energia positiva! Isso me motiva muito!”, conclui.
Já nas areias da praia de Copacabana, inúmeras bolas de vôlei voam
pelos ares. O treinamento na área é intenso, e as redes estão presentes
em praticamente todos os postos da orla. Tendo a visibilidade aumentada desde as vitórias conquistadas por brasileiros em torneios mundiais,
como a medalha de prata da dupla Adriana Behar e Shelda na Olimpíada de Sydney, em 2000, o esporte é uma oportunidade de juntar o útil
ao agradável: praticar exercícios à beira-mar. >
Edição 286 Brazilian Business_9
Foi seguindo essa linha que a jogadora Fernanda Berti decidiu mudar o rumo
da carreira. Tida como um dos destaques
da nova geração do vôlei de praia do Brasil, Fernanda teve passagens por grandes
clubes de quadra como Pinheiros, Praia
Clube, Cesena, da Itália, KT&G, da Coreia, além das seleções brasileiras adultas
e de base. O início da transição da jogadora entre a quadra e a areia não foi
fácil, mas ela garante que o sacrifício foi
válido. “Neste momento da minha vida,
a praia está me dando mais prazer de
jogar, sentimento que acho fundamental para um atleta desenvolver suas atividades com perfeição. Treinar na praia
é uma delícia! Poder dar um mergulho
no mar depois de uma partida disputada
não tem preço!”
Falando em mar, nas águas salgadas
da Barra da Tijuca a onda é outra. Literalmente. Os aficionados pelo surfe disputam os preciosos metros cúbicos da praia
em busca das melhores ondas do Rio.
Como mar é o que não falta na cidade,
o esporte é praticado do Leme ao Pontal.
Tido como um estilo de vida para muitos,
o esporte influencia desde o vestuário até
o jeito praieiro do carioca.
De pranchinhas a longboard, a Escola
Carioca de Surf afirma que a procura pelas aulas só vem aumentando com os anos,
independentemente da época, verão ou
inverno. Localizada no posto 8 da praia da
Barra, a escola fornece aos alunos a Kombi "Carioca Móvel", veículo utilizado pela
escola para locomoção coletiva em busca
das melhores ondas da cidade, oferecendo
diversão aliada à segurança a seus clientes.
“O Rio de Janeiro tem espaço para quase
todas as modalidades esportivas ao ar livre e tem, inegavelmente, uma paisagem
sensacional. Praticar esportes ao ar livre se
tornou a opção de milhares de cariocas. O
cenário é um espetáculo à parte, tornando
qualquer atividade mais agradável”, afirma
Fernanda Cunha, responsável administrativa da Escola Carioca de Surf.
Pode ser em peladas valendo troféus
baratos ou em campeonatos profissionais
valendo a Taça do Mundo da Fifa: o esporte faz parte da cultura no Rio de Janeiro.
Na areia, no asfalto, na praia ou na montanha, a atividade física é também peça de
quebra-cabeça fundamental para completar a paisagem da Cidade Maravilhosa.
10_Edição 286_mai/jun 2014
“O Rio de Janeiro tem espaço para quase
todas as modalidades esportivas ao ar
livre e tem, inegavelmente, uma paisagem
sensacional. Praticar esportes ao ar livre
se tornou a opção de milhares de cariocas”,
Fernanda Cunha, responsável administrativa
da Escola Carioca de Surf
Bodyboarders
disputam
campeonato
na Praia de
Copacabana
Divulgação/RioTur/
Alexandre Macieira
Edição 286 Brazilian Business_11
30 anos de T RaBaLHo,
30 anos de e xceLê nc i a ,
30 anos de mui To oRg u L Ho !
Em 1984, com apenas 9 colaboradores e os tradicionais serviços
de Contabilidade, Departamento de Pessoal e Impostos, foi
criada a Domingues e Pinho Contadores.
Hoje, 30 anos depois, a DPC conta com um time com mais de
600 profissionais, 10 departamentos distintos e uma carteira
composta por mais de 500 clientes nacionais e internacionais,
resultado de uma trajetória pautada pela ética, transparência
e qualidade no atendimento.
Por isso, temos motivos de sobra para celebrar e acreditar que
outros 30 anos virão, repletos de desafios, conquistas e realizações!
1984
2014
2014
Rio de Janeiro av. Rio Branco 311/4º e 10º andares centro ceP 20040-903 Tel: 55 (21) 3231-3700
são Paulo Rua do Paraíso 45/4º andar Paraíso ceP 04103-000 Tel: 55 (11) 3330-3330
macaé Rua Teixeira de gouveia 989/sala 302 centro ceP 27910-110 Tel: 55 (22) 2773-3318
www.dpc.com.br
perfil
A língua do carioca para o mundo
C
Com 77 anos de experiência no ensino de inglês
e mais de 40 de português, o Ibeu lança o curso
Portuguese for Foreigners pela internet
Cláudio Motta [email protected]
Cristina Daibert,
superintendentegeral do Ibeu:
alunos podem
escolher um
modelo híbrido,
com uma parte
presencial e outra
on-line
14_Edição 286_mai/jun 2014
divulgação
aipirinha, futebol, gol, campeão, turista, hotel,
jogador, obrigado, samba. Faltando poucos
dias para a Copa do Mundo, estas e outras
palavras provavelmente vão correr o planeta. Para as
pessoas que quiserem ir bem mais além, o Ibeu lançou, em maio, um curso de português pela internet.
Com a ferramenta, a escola de idiomas pretende aliar a
experiência de quem ensina inglês há 77 anos, sendo o
único curso do Rio com a qualidade reconhecida pela
embaixada americana, e português para estrangeiros
há mais de 40 anos com as facilidades tecnológicas de
um mundo conectado.
Chamado Portuguese for Foreigners, o curso poderá ter alunos espalhados por todo o mundo, diz a superintendente-geral do Ibeu, Cristina Daibert. “A internet
quebra barreiras e o insere num contexto nacional e
internacional. Há muitos cursos on-line, a maioria de
inglês, mas os cursos de português oferecidos são, na
verdade, aulas particulares por Skype. Nós estamos alicerçados numa abordagem pedagógica sólida e numa
experiência de décadas.”
O aluno novo ingressa num dos três níveis possíveis:
básico, intermediário e avançado. No primeiro momento, o curso enfoca as situações e palavras mais comuns
do dia a dia, como as conversas necessárias para fazer
reserva em hotéis, almoçar em restaurantes etc.
Em seguida, o processo de aprendizagem passa às
situações que envolvem encontro entre pessoas, apresentações de trabalho e descrições de ambientes. Por
fim, no terceiro nível, o aluno já é capaz de falar em
português sobre planos futuros, expressar desejos, gostos e discutir problemas, entre outras coisas. “O aluno
tem um tutor o tempo todo e ainda pode contratar aulas
particulares”, explica Cristina.
Ao lançar o Portuguese for Foreigners on-line, o
Ibeu se insere num mercado novo. A expectativa dos
gestores do curso é de que essa modalidade de aula seja
uma tendência. A projeção inicial é de que haja cerca de
mil alunos no fim do primeiro ano de atividades.
“Cursos de português
oferecidos são, na verdade,
aulas particulares por Skype.
Nós estamos alicerçados numa
abordagem pedagógica sólida
e numa experiência de décadas”
A flexibilidade é característica fundamental. A proposta inicial é dar liberdade
para cada um avançar no seu próprio ritmo,
ou seja, os que têm mais tempo poderão finalizar as aulas em um ano. O mais provável
é que a maior parte dos alunos conclua cada
módulo em até seis meses. Nesse ritmo, os
três módulos se encerrariam, no máximo,
em um ano e meio. “Os alunos também podem escolher um modelo híbrido, com uma
parte presencial e outra on-line, já que aulas
presenciais são oferecidas regular e continuamente na bem localizada filial Ipanema
do Ibeu. Isso vale tanto para quem estiver
no Brasil ou fora, mas pretende passar uma
temporada aqui”, diz Cristina.
A Copa do Mundo e a Olímpiada em
2016 devem impulsionar a procura pelo
português. Mas os investimentos do Ibeu
nesse novo mercado estão mais apoiados
nas perspectivas de crescimento econômico
do País e na chegada de novas empresas ao
Brasil, sendo esta uma das principais fontes
de alunos. “Os grandes eventos nos colocam
em evidência, mas são temporários. O crescimento sustentado está associado ao nosso
desempenho na economia, como a chegada
de funcionários estrangeiros de empresas
que se instalam no Rio de Janeiro para atuar
na área de petróleo e gás, por exemplo”, afirma a superintendente-geral do Ibeu.
Para os alunos que decidem se aventurar na língua de Machado de Assis, o maior
desafio costuma ser a conjugação dos tempos verbais. Tarefa que, no inglês, costuma
ser muito mais simples.
Para dar um molho bem brasileiro às
aulas, o curso também oferece noções de
cultura. Há páginas com dicas de comportamento, como o hábito de cariocas darem
dois beijinhos quando se encontram, enquanto os paulistanos dão apenas um. “O
Ibeu é muito carioca, só opera no Rio, onde
funcionam 17 unidades, além de outras
duas em Niterói. Fazemos parte de centros
binacionais, mas Ibeu mesmo, só no Rio.
E agora nosso produto vai para o mundo”,
conclui Cristina.
Edição 286_Brazilian Business_15
entrevista
Liliana Ayalde
Embaixadora dos
EUA no Brasil
Não haverá
crescimento
sem desafios
Embaixadora dos EUA no Brasil, Liliana Ayalde analisa as relações
bilaterais entre os países e, em entrevista exclusiva para a Brazilian
Business, aposta no surgimento de novas oportunidades de negócios
16_Edição 286_mai/jun 2014
Cláudio Motta e Bernardo Guimarães
[email protected]
[email protected]
A
pedro kirilos
s empresas americanas continuam
apostando no mercado brasileiro,
disse a embaixadora dos Estados
Unidos no Brasil, Liliana Ayalde, em entrevista exclusiva para a revista Brazilian Business. Elas investem em treinamento de mão
de obra e em desenvolvimento conjunto de
novas tecnologias, além de cooperar com
os governos federal, estaduais e municipais.
Somente em 2012, os investimentos bilaterais atingiram cerca de US$ 100 bilhões,
sendo que os americanos aportaram US$
79 bilhões no Brasil.
Além da cooperação firmada para os
grandes eventos esportivos, como a Copa
do Mundo, temas como segurança, energia,
educação, igualdade de gênero e raça estão
entre as prioridades. “O interesse do governo
americano no Brasil e o consequente comprometimento entre os dois países é, realmente, um desdobramento positivo e um indicador do futuro da relação Brasil-Estados
Unidos. Esperamos que após as eleições, em
outubro, nossa agenda se intensifique para
que trabalhemos em prol de uma relação
que já é profunda e mutuamente benéfica”,
afirmou a embaixadora, durante discurso no
evento de posse da nova diretoria da Câmara
de Comércio Americana do Rio de Janeiro
(AmCham Rio), realizado no dia 5 de maio.
No Rio de Janeiro, segurança, infraestrutura e petróleo e gás estão entre os principais fatores de atração de novas empresas
americanas. No de petróleo e gás, existem
hoje, aproximadamente, 90 companhias
ativas, e Liliana ressaltou: “O setor tem sido
e continuará sendo um importante componente de uma relação ampla e profunda
entre Brasil e Estados Unidos”.
Mesmo os assuntos mais sensíveis,
como os problemas envolvendo a Agência
Nacional de Segurança (NSA, na sigla em
inglês) – razão pela qual a presidente Dilma
Rousseff resolveu cancelar uma visita aos
EUA no fim do ano passado – não ficam
sem resposta nesta entrevista. De acordo
com Liliana, aquele momento teve um impacto nas relações bilaterais, mas o futuro
é promissor, com oportunidades do tamanho do Brasil. E dos Estados Unidos.>
Edição 286 Brazilian Business_17
entrevista liliana ayalde
Brazilian Business: Em outubro de 2013,
a presidente Dilma cancelou uma visita
aos Estados Unidos em decorrência da
repercussão do caso envolvendo a NSA. Como
reaquecer as relações entre o Brasil e o país?
Liliana Ayalde: Definitivamente, aquele mo-
BB: O Chile já chegou a esse estágio e
está dentro do Visa Waiver Program.
O que podemos aprender com eles
para o processo?
LA: Esse é um bom ponto. Acho que seria
válido conversar com os chilenos sobre o
assunto. Para o Chile, foi um processo que
levou três anos. Não foi algo rápido, mas
um compromisso de longo prazo.
mento não foi bom. Eu não quero minimizar
o fato de que isso teve um impacto em nossas
relações. Mesmo assim, elas continuaram robustas. Mantemos encontros e compromissos
de agenda em diversos setores, não só no comercial, mas em educação e outros assuntos
de interesse em comum. Nossas relações estão
avançando. Seja no aumento de turistas brasileiros nos EUA, na demanda de alunos brasileiros indo a instituições de ensino americanas
ou nas relações comerciais entre os dois países. Politicamente, estamos avançando bem e
temos um número de compromissos importantes agendados. O vice-presidente dos EUA,
Joe Biden, virá ao Brasil para a Copa, entre
outros visitantes de alto nível.
BB: Como a senhora avalia as relações
bilaterais entre o Brasil e os EUA?
LA: Temos uma ótima plataforma de in-
teresses em comum, seja no comércio ou
em políticas globais. Nossas relações são
bem robustas. Temos um número grande
de companhias americanas aqui no Brasil,
como na área de petróleo e gás. Há muitas oportunidades, podemos compartilhar
nossas tecnologias e expandir nossas relações nesse setor de energia.
BB: O que falta para eliminar as exigências
de visto para entrar nos EUA?
LA: O Visa Waiver Program (que acabaria com
Estamos em contato com
o Itamaraty, trabalhando
em encontros para avançar
e implementar o Global
Entry Program
a necessidade de visto) foi posto à mesa pelo
setor privado e tem sido incluído constantemente nos discursos diplomáticos dos dois
países. Depois da exposição de mídia derivada da NSA, esse diálogo foi temporariamente
adiado. Agora estamos voltando com esse assunto. Como você sabe, existem exigências legais para os países que desejam entrar no programa. Precisamos nos encontrar, conversar
e trocar informações acerca desse arcabouço
legal necessário. É um processo. Atualmente,
estamos em contato com o Itamaraty, trabalhando em encontros para avançar e implementar o Global Entry Program (que mantém
a exigência do visto, mas agilizaria o processo
de entrada nos EUA).
18_Edição 286_mai/jun 2014
Sem Fronteiras. Atualmente, temos 22 mil alunos distribuídos em mais
de 300 instituições americanas. Gostaríamos de fazer mais e há espaço
para isso. No mais, há áreas que pedem uma atenção minuciosa, certamente no lado comercial e dos diálogos comerciais, na questão da
propriedade intelectual e no setor de energia. A pergunta agora é: o que
podemos fazer antes da Copa do Mundo, já que o calendário demanda uma presença grande do governo no evento, e, claro, ainda tem as
eleições? Mutuamente, estamos fazendo o possível, agendando diálogos econômicos de parceria. Inovação e tecnologia estão na agenda dos
próximos encontros entre nossos secretários e o Itamaraty.
BB: O inglês ainda é uma dificuldade para os brasileiros
ingressarem no Ciência Sem Fronteiras?
LA: Alunos tiveram que voltar ao Brasil por não falar o idioma, mas
esse problema não envolveu significativamente universidades americanas. Para tentar contornar um pouco essa situação, foi criado o
Inglês Sem Fronteiras. E acho que fizemos um bom trabalho com as
autoridades locais selecionando e preparando bem os estudantes para
que eles tivessem o nível adequado de inglês. Isso não significa que
esse ainda não seja um desafio. Até porque queremos que o projeto
seja inclusivo e não apenas destinado a pessoas de Brasília, do Rio de
Janeiro e de São Paulo. É importante ter todos os Estados juntos, com
mais diversidade racial e econômica. Entretanto, o desafio aumenta
quando saímos da região em que está concentrada a maior quantidade de pessoas que falam inglês.
BB: Voltando à agenda econômica, como
podemos evitar a dupla tributação?
LA: Não há dúvidas de que evitar a bitribu-
tação seria um grande avanço. Temos que
esperar os pedidos para poder avançar na
agenda. Mas entendemos que seria um passo importante para a relação comercial dos
dois países.
BB: A senhora é especialista em saúde
pública. O que muda nos EUA com o
Affordable Care Act, conhecido como
ObamaCare, assinado pelo presidente
americano no ano passado? E como a
senhora analisa o Brasil nesse setor?
LA: A assistência médica é um assunto de
primeira importância. É o que as pessoas
estão pedindo. O ObamaCare permite que
a população receba suporte nas necessidades básicas de saúde por um preço mais
baixo, já que o custo por assistência médica
nos EUA está aumentando muito, tornando difícil a adesão de cidadãos americanos
aos planos de saúde. A promessa é que esse
modelo seja capaz de englobar todas essas
pessoas sem assistência. Já o Brasil tem outros modelos, como o Mais Médicos, que
eu entendo que seja temporário. Temos diferentes realidades, mas acho que podemos
aprender um com o outro. Com mais de 8
milhões de inscrições, estamos apostando
que o ObamaCare funcione bem.
BB: Vamos falar de esportes. Qual é a
sua expectativa para a Copa do Mundo?
LA: Estamos muito animados! Somos uma
das 32 delegações participantes. Temos trabalhado com diferentes autoridades para
dividir algumas de nossas experiências sobre como os grandes eventos foram realizados nos EUA, não apenas na segurança,
mas em outros aspectos. Esperamos que as
coisas aconteçam bem e que os fãs levem
com eles os bons momentos da competição. É muito trabalho, ainda mais que a
competição acontece em 12 cidades. >
divulgação
BB: E o que está faltando?
LA: Existem exigências na legislação. Uma de-
las é a taxa de aprovação de vistos. Atualmente,
a do Brasil é de 96%, e o exigido é 97%. É um
número positivo, mas há ainda sistemas que
precisam ser implementados, como a troca de
informações de passageiros, por exemplo. Primeiro é a decisão de fazer e, depois, a capacidade técnica de implementar esse novo processo.
Ou seja, há assuntos técnicos, mas os políticos
também precisam estar alinhados. Para isso, é
necessário ter um alto nível de comprometimento com as normas do programa.
BB: Quais são os principais pontos que podem ser melhorados
entre ambos os países?
LA: Na educação, os EUA recebem a maioria dos alunos do Ciência
Liliana Ayalde
participa de atividade
educacional com
jovens pintando
muros ao redor do
consulado americano
de São Paulo
Edição 286 Brazilian Business_19
entrevista liliana ayalde
gressos para americanos e, da última vez
que chequei, o número já havia aumentado.
Esperamos receber mais de 180 mil americanos, o que é ótimo, porque eles terão a
possibilidade de ver o País, aprender mais
sobre a cultura do Brasil e conectar ainda
mais as duas nações. Estamos organizando
equipes consulares em cada cidade participante, providenciando ao cidadão americano informações e ajuda para lidar com
problemas como perda de passaporte. Esperamos ter americanos por todas as partes
do Brasil. O vice-presidente (Biden) virá
acompanhar os jogos em Natal.
BB: E a senhora tem algum palpite sobre
quem irá ganhar o evento?
LA: Essa é uma pergunta muito importan-
te e um território muito perigoso para eu
entrar (risos)! O que eu posso dizer é que
eu espero que a delegação americana faça
o melhor.
Americans have topped all non-Brazilian ticket purchases for the 2014 Fifa World Cup
deste, organizando oficinas de futebol com fundações que trabalham com meninas e outras com crianças carentes. Em São Paulo,
fizemos um trabalho com membros das nossas seleções de futebol
envolvendo as crianças com artes, mantendo-as ocupadas e propícias a exercer a criatividade, pintando grafites nos muros ao redor
do consulado americano da cidade. No lado da segurança, mais
parcerias serão estabelecidas com os governos locais que também
serão benéficas para a Olimpíada. O Rio já hospedou vários eventos
importantes, como a Copa das Confederações e a Jornada Mundial
da Juventude, vocês têm muita experiência. Claro que a Olimpíada
está inserida num cenário diferente: muitos países, muitas pessoas,
muitas logísticas. Há tempo para planejar e aumentar os investimentos. As alianças com os governos americanos e brasileiros também
estão em andamento. O governador de Maryland veio ao Brasil e
compartilhou sua experiência, que pode ser útil para a limpeza da
Baía de Guanabara, por exemplo. São muitas as oportunidades e o
interesse é grande. Tem espaço para tudo.
T
John S. Creamer_
U.S. Consul General
Rio de Janeiro
BB: Como a senhora vê a AmCham Rio, que completará 100
anos, em 2016?
LA: O que me traz ao Rio é a importância dessa parceria. Ela vem
de muitos anos e está mais importante agora. Tem uma nova onda
de crescimento no Rio. Celebramos com prazer a liderança que
a AmCham Rio exerceu durante todos esses anos e sabemos que
iremos continuar garantindo de perto toda a assistência à instituição para continuar gerando novos negócios. É uma relação com
vários fatores positivos, capaz de focar nos desafios e identificar os
obstáculos para o crescimento. Não haverá crescimento sem desafios. Por intermédio da AmCham Rio, com todo o entendimento
desses problemas, a trajetória e o quadro robusto de associados,
acredito que continuaremos trabalhando juntos no futuro. Eu realmente espero estar aqui para o centenário. 
pedro kirilos
Esperamos receber
durante a Copa mais de 180
mil americanos, o que é
ótimo, porque eles terão a
possibilidade de ver o País,
aprender sobre a cultura
do Brasil e conectar ainda
mais as duas nações
Fifa World Cup 2014: Time to celebrate
BB: Sobre a Olimpíada, a senhora vislumbra oportunidades e
parcerias do Brasil com os EUA?
LA: Certamente. Temos dois projetos agora em execução no Nor-
20_Edição 286_mai/jun 2014
divulgação
BB: Milhares de torcedores americanos
virão ao Brasil...
LA: Estamos surpresos com a venda de in-
desafios brasil//eua 2014
he Fifa World Cup is coming to Brazil for the first time
since 1950, and there is a feeling among soccer fans all over
the world that a tournament in the “país do futebol” will
be special. It is an honor to be the U.S. Consul General in the city
hosting the final match.
Since Brazil’s selection as the host country for the 2014 Fifa
World Cup, officials have been working to host an unforgettable
event, while using the improvement of the 12 host cities as a platform to improve peoples’ lives. Rio has set the bar even higher,
with the challenge of preparing for one world class sporting event
this year, and at the same time planning and building for the 2016
Summer Olympics.
The United States believes in the positive influence soccer and
other sports can play in building mutual understanding among nations and among diverse communities. The Department of State
sends former university and professional athletes abroad through
an initiative called SportsUnited, and these envoys deliver workshops and motivational speeches primarily aimed at youth. They
help increase dialogue and cultural understanding between people
around the world. SportsUnited has touched thousands of people
from over 100 countries, including Brazil.
And the idea that soccer is not popular among Americans is
simply not accurate today. The U.S. Women’s National Team has
won the World Cup twice. The U.S. Men’s National Team qualified
for every World Cup since 1990. Americans have also topped all
non-Brazilian ticket purchases for the 2014 Fifa World Cup, buying an impressive 125,465 total tickets.
Perhaps the most recognizable American who will be visiting
Brazil is Vice-President Joe Biden. On April 14, Vice-President
Biden and Secretary Kerry hosted the actual Fifa World Cup Trophy at the Department of State in Washington, DC. Both VicePresident Biden and Secretary Kerry noted the value of sports as
a means of transcending national differences, encouraging respect
for diversity, and uniting people from disparate backgrounds. And
the Vice-President, who in his remarks announced that he will be
coming to Brazil to watch the U.S. team play, paid tribute to Brazil’s
rich soccer history when he said, “It seems appropriate that the
World Cup is going back to Brazil. And it’s a great honor. It shows
the great faith that everyone has in your country.”
The U.S. Mission to Brazil shares that
faith. As we prepare to support the thousands of U.S. citizens, athletes, American
corporate sponsors and businesspeople,
and media, we are excited to share with
all of them what we witness every day:
that Brazil is a rich, diverse, welcoming,
and beautiful place with a wealth of opportunities for travel, education, and
commerce. The Embassy and all of our
Consulates stand ready to assist Americans coming to the country for the World
Cup or at any other time. We will be promoting a campaign entitled Juntos Nesta
Festa on our social media channels to celebrate the event, and we encourage those
coming to Rio to join the celebration on
our Consulate Facebook page, www.facebook.com/consuladoeuarj.br.
As Vice-President Biden added during his remarks unveiling the World Cup
trophy in Washington, “The world should
know: we’re coming ready to play.” And
we want everyone to know that the staff
of U.S. Consulate Rio de Janeiro and of the
entire U.S. Mission is ready to receive all of
the fans, tourists, students, businesspeople, and anyone else. I don’t know about
you, but I can’t wait for the games to begin.
See you at Maracanã!
The US believes in the
positive influence soccer
and other sports can
play in building mutual
understanding among
nations and among diverse
communities
The U.S. Men’s
National Team: Fifa
World Cup is coming
to Brazil for the first
time since 1950
Edição 286 Brazilian Business_21
especial
Brasil, mostra tua Copa!
Não mudamos a história
de um país em um mês
de torneio, mas, com
ele, mostramos nossa
capacidade de acelerar
grandes transformações
A
Marcos Nicolas_
diretor executivo
de Mercados
Estratégicos da EY
(anteriormente,
Ernst & Young)
Copa do Mundo vai começar! É
hora de viver a segunda Copa no
Brasil, que acontecerá em 12 cidades e traz a marca da integração nacional.
Nosso mapa, hoje, confunde-se com o das
arenas modernas e multiúso que representarão todos os Estados e municípios do
País, mostrando nossas belezas naturais,
hospitalidade e alegria. E um povo que
está aprendendo o que quer, e que começa
a entender que não mudamos a história de
um país em um mês de torneio, mas, com
ele, mostramos nossa capacidade de acelerar grandes transformações, que trarão
impactos para as próximas décadas. Esses
impactos podem acarretar um adicional
em nossa economia de R$ 142 bilhões, resultado de investimentos realizados entre
2010 e 2014 para a organização e realização do megaevento Copa do Mundo.
Apaixonado por futebol, eu joguei por
alguns times do Rio. Anos mais tarde, eu
me envolvi profissionalmente na corajosa
e árdua batalha para que o Brasil estivesse
organizado para sediar a Copa em 2014.
Sabíamos dos desafios e das oportunidades que o evento poderia trazer e que começou a tomar forma com a realização do
Pan de 2007.
A Copa pode impactar em
R$ 64,5 bilhões o PIB nesse
período, o que representa
um crescimento de 2,17% do
PIB em relação ao de 2010
22_Edição 286_mai/jun 2014
Começamos, no Pan 2007, a desenhar a década dos grandes
eventos, com a realização dos Jogos Militares (2011), da Rio+20
(2012), da Jornada Mundial da Juventude (JMJ, em 2013) e do
aperitivo da Copa, a Copa das Confederações (2013). Como
evento teste, a competição do ano passado nos mostrou que estávamos no caminho certo. Após a Copa de 2014, ainda teremos a
Olimpíada do Rio, em 2016, e os Jogos Mundiais Universitários,
em 2019, em Brasília. Estima-se que haverá uma movimentação
econômica acima de R$ 250 bilhões, tendo como base a realização da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos.
A Copa, para muitos, parece ter começado agora em 2014,
como se fosse simples organizar um evento que foi almejado por
18 cidades. Pelo caminho ficaram seis capitais, após o processo
de seleção dos projetos que atendessem as exigências da Fifa e
que resultou nas 12 cidades-sede que dão o alcance que todos nós
brasileiros desejamos. Só após a escolha das 12 cidades começaram os ciclos de planejamento e execução dos Projetos de Infraestrutura (2009-2010), Projetos Complementares de Infraestrutura
(2011-2012) e, finalmente, Projetos de Operação (2012-2014).
Muitas coisas não saíram como deveriam, como pode acontecer em projetos de alta complexidade, múltiplos atores e longa duração. O mais importante é que o papel de catalisador de grandes
investimentos, que vão além de 2014, está sendo cumprido, graças
ao envolvimento cada vez maior da iniciativa privada e à formação
de parcerias entre o setor público e o setor privado. Esse é um passo fundamental para que sejam obtidos os impactos socioeconômicos duradouros nas cidades-sede e em todo o País.
Segundo o estudo “Brasil sustentável – impactos socioeconômicos da Copa do Mundo 2014”, realizado pela EY, estima-se que
no período de 2010 a 2014 sejam gerados 3,63 milhões de novos
empregos, proporcionando cerca de R$ 63 bilhões de renda adicional à população. Adicionalmente, a Copa pode impactar em
R$ 64,5 bilhões o PIB nesse período, o que representa um crescimento de 2,17% do PIB em relação ao de 2010.
É hora de celebrar! Esse jogo não se ganha apenas dentro
das quatro linhas. Estamos diante de um cenário completamente
diferente de 2008 e devemos criar uma agenda positiva, que mostre os ganhos já percebidos e os que estão por vir, já que megaeventos como a Copa podem ser um indutor do desenvolvimento
urbano por até dez anos.
Espero que possamos criar uma marca Brasil. A marca da
transformação! Desejo que possamos deixar às gerações futuras
um legado que se materializará nas diversas esferas com a continuidade dos investimentos de forma responsável, sustentável
e profissional, consolidando o que começou há sete anos e potencializando o desenvolvimento socioeconômico das regiões. O
que fizemos foi muito mais do que arenas modernas: estamos
mostrando que não somos mais o país do futuro – finalmente,
somos um país construindo o futuro.
Edição 286 Brazilian Business_23
sustentabilidade
especial
Copa do Mundo
ambientalmente
responsável
Os torcedores que adquiriram ingressos no website da Fifa
podem compensar gratuitamente as pegadas de carbono
resultantes de suas viagens de ida e volta aos jogos
O
Guillermo Quintero_
presidente da BP
no Brasil
24_Edição 286_mai/jun 2014
Brasil, como país anfitrião da Copa do Mundo da Fifa 2014,
O BP Target Neutral tem o objetivo de
está ansioso pelos benefícios econômicos que a competição ajudar as pessoas a combater e compensar
poderá trazer. Porém, ao passo que se buscam alternativas suas próprias emissões de carbono geradas
para maximizar esses benefícios, é importante que, como empresas pelos deslocamentos do dia a dia. Criado
e como cidadãos, não nos esqueçamos dos desafios que temos pela pela BP e gerido por um painel consultivo
frente. Um deles é o impacto ambiental que um evento dessa magni- independente, formado por especialistas
tude – a maior competição esportiva do mundo – é capaz de gerar.
ambientais e da indústria, o programa tem
A BP, que por meio da marca Castrol é patrocinadora oficial uma abordagem que propõe formas para
desta edição da Copa do Mundo, está unindo esforços em uma reduzir, substituir e neutralizar as pegadas
iniciativa que transforma esse desafio em uma oportunidade de carbono. Para a Copa do Mundo da Fifa
para conscientizar os torcedores de todo o mundo sobre a temá- 2014, o programa já está mapeando projetos
tica do efeito estufa e convidá-los a agir de forma responsável. brasileiros de neutralização de carbono por
Por meio do BP Target Neutral, projeto sem fins lucrativos criado meio de um rigoroso processo de concorpela companhia em 2006, a BP fechou parceria com a Fifa, que rência e adesão aos padrões estabelecidos
lançou uma campanha para minimizar as emissões de carbono pela Aliança Internacional de Compensação
durante o evento. Os torcedores que adquiriram ingressos no e Redução de Carbono (Icroa, na sigla em
website da Fifa podem compensar gratuitamente as pegadas de inglês), e a seleção final será feita por um
carbono resultantes de suas viagens de ida e volta aos jogos ao se painel de ONGs ambientais, de forma incadastrar no site do programa, estimulados também pelo sorteio dependente. Ou seja, os resultados indiretos
de dois ingressos para a grande final. Além disso, como parte do esperados são benefícios sociais e econômiprograma, a Fifa e o Comitê Organizador Local irão compensar cos para as comunidades locais brasileiras
100% das emissões operacionais associadas ao torneio.
em que esses projetos são executados.
A preocupação ambiental faz parte do DNA da BP. Por atuar
Há mais de meio século no País, o Gruem uma indústria de alto risco, temos ciência de nossas responsa- po BP está presente, hoje, em 15 Estados
bilidades e estamos acostumados a desenvolver ações e projetos que brasileiros e no Distrito Federal. O Brasil é
visam mitigar os impactos das nossas atividades no meio ambiente. considerado estratégico para a companhia,
E estendemos esse comprometimento a todas as relações e parcerias como demonstram os crescentes investique construímos. Acreditamos muito no potencial desse programa mentos em nossos negócios locais – explocomo uma das formas de reduzir o impacto ambiental da Copa do ração e produção de petróleo e gás natural,
Mundo da Fifa 2014 e, em longo prazo, suscitar uma preocupação e produção de etanol e de lubrificantes, distrimobilização maior das pessoas com a questão das emissões de gases buição de combustível marítimo e de aviado efeito estufa. Para se ter uma noção, a quantidade de carbono ção. O patrocínio da BP e o programa BP
compensada pelos espectadores dos Jogos
Target Neutral são
Olímpicos de 2012, em Londres, por meio
demonstrações do
Para a Copa do Mundo da
do BP Target Neutral, foi de 400 mil tonelacompromisso que
Fifa 2014, o programa já
das, o que equivale a quase 86 mil carros fora
a BP vem estabeleestá mapeando os melhores
das ruas por um ano. Cerca de dois terços
cendo com o País
projetos brasileiros de
do carbono emitido na atmosfera durante a
nos últimos anos e
Olimpíada de Londres estavam diretamente
que deseja manter
neutralização de carbono
ligados às viagens dos torcedores.
em longo prazo.
Edição 286 Brazilian Business_25
entrevista
Kasim Reed
Prefeito da cidade de Atlanta
“A receptividade para novos negócios
é um dos grandes diferenciais de Atlanta”
GRANDES
OPORTUNIDADES NOS
FAZEM CRESCER.
O prefeito de Atlanta, Kasim Reed, fala para a Brazilian Business
sobre as oportunidades comerciais da cidade americana
Bernardo Guimarães [email protected]
Brazilian Business: Como o senhor avalia esse encontro entre
representantes de governos e empresas de Atlanta e do Rio?
Kasim Reed: Muito válido e necessário. Primeiramente, porque
conseguimos discutir honestamente sobre a situação das duas cidades. Segundo, porque, por meio desses encontros, podemos identificar muitas oportunidades de negócios, o que nos dá uma direção clara de como conseguir alcançar nossos objetivos em comum.
Queremos firmar uma parceria de longo prazo com o Rio e também
com São Paulo, tendo como foco os negócios entre os dois países.
BB: Quais são as vantagens de negócios que o investidor brasileiro
encontra em Atlanta?
KR: São muitos os atrativos oferecidos. Se você pegar a lista das
cinco melhores cidades para fazer negócios nos EUA, Atlanta certamente será a melhor do sudeste. Somos a casa de grandes empresas multinacionais, como Coca-Cola, Delta Airlines e UPS, que
podem ajudar os investidores brasileiros a se engajar e se ambientar
com o mercado americano. Temos uma excelente infraestrutura,
uma grande facilidade na concretização de negócios, voos diretos
para as principais cidades do Brasil, baixas taxas e altos índices de
qualidade de vida. Atualmente, já temos 40 empresas brasileiras
registradas no estado da Geórgia e, aproximadamente, 60 mil cidadãos brasileiros que adotaram a cidade como casa. A receptividade
para novos negócios é um dos nossos grandes diferenciais.
26_Edição 286_mai/jun 2014
TORCIDA TORCIDA NEGÓCIOS
BB: Como a cidade do Rio pode contribuir para as relações
DESENVOL
CRESCIMENTO INFRAESTRUTURA DESENVOLVIMENTO ESTÁDIOS CRESCIMENTO INFRAESTRUTURA DESENVOLVIMENTO
comerciais com Atlanta?
TURISMO INFRAESTRUTURA DESENVOLVIMENTO ESPORTES ESPORTES TURISMO INFRAESTRUTURA DESENVOLVIMENTO ESPORTES ESPORTES TURISMO INFRAESTRUTURA DESENVOL
TURISMO MEGAEVENTOS ESPORTES MEGAEVENTOS TURISMO MEGAEVENTOS ESPORTES MEGAEVENTOS TURISMO MEGAEVENTOS ESPO
KR: O Rio e Atlanta são cidades com economias muito dinâmicas,
NEGÓCIOS NEGÓCIOS 2014 2014 2016 2016 TORCIDA TORCIDA NEGÓCIOS NEGÓCIOS 2014 2014 2016 2016 TORCIDA TORCIDA NEGÓCIOS NEGÓCIOS 2014 2014 2016
o que é muito bom. As atenções do mundo estão voltadas para oESTÁDIOS CRESCIMENTO INFRAESTRUTURA DESENVOLVIMENTO ESTÁDIOS CRESCIMENTO INFRAESTRUTURA DESENVOLVIMENTO ESTÁDIOS CRESCIMENTO IN
Rio graças aos eventos internacionais que a cidade irá sediar. LevarESPORTES ESPORTES TURISMO INFRAESTRUTURA DESENVOLVIMENTO ESPORTES ESPORTES TURISMO INFRAESTRUTURA DESENVOLVIMENTO ESPORTES ESPORTES TURISMO IN
COPA DOEVENTOS
MEGAEVENTOS ESPORTES MEGAEVENTOS TURISMO MEGAEVENTOS ESPORTES MEGAEVENTOS TURISMO C
empresas de pequeno e médio portes à cidade é uma grande opor-TORCIDA TORCIDA TURISMO
NEGÓCIOS NEGÓCIOS 2014 2014 2016 2016 TORCIDA TORCIDA NEGÓCIOS NEGÓCIOS 2014 2014 2016 2016 TORCIDA TORCIDA NEGÓCIOS NE
tunidade para saber, na prática, sobre as formas de negociação
no
INFRAESTRUTURA M E G A E V E N T O S ESTÁDIOS CRESCIMENTO INFRAESTRUTURA DESENVOLVIMENTO ESTÁDIOS CRESCIMENTO INFRAESTRUTURA DESENVOLVIME
CRESCIMENTO
INFRAESTRUTURA DESENVOLVIMENTO ESPORTES ESPORTES TURISMO INFRAESTRUTURA DESENVOLVIMENTO ESPORTES ESPORTES TURISMO INFRAESTRUTURA DESENVOLVIME
TURISMO
País, estreitando ainda mais os laços com o Rio. Sabemos que
não
TURISMO MEGAEVENTOS ESPORTES MEGAEVENTOS TURISMO MEGAEVENTOS ESPORTES MEGAEVENTOS TURISMO MEGAEVENTOS ESPORT
é fácil fazer negócios no Brasil, mas temos certeza de que o NEGÓCIOS
esforço
NEGÓCIOS 2014 2014 2016 2016 TORCIDA TORCIDA NEGÓCIOS NEGÓCIOS MEGAEVENTOS
TORCIDA TORCIDA NEGÓCIOS NEGÓCIOS 2014 2014 2016 20
ESTÁDIOS CRESCIMENTO INFRAESTRUTURA DESENVOLVIMENTO ESTÁDIOS CRESCIMENTO INFRAESTRUTURA DESENVOLVIMENTO
valerá a pena.
DESENVOLVIMENTO
ESPORTES ESPORTES TURISMO INFRAESTRUTURA
ESPORTES ESPORTES TURISMO INFRAESTRUTURA DESENVOLVIMENTO
MEGAEVENTOS TURISMO MEGAEVENTOS ESPORTES MEGAEVENTOS TURISMO MEGAEVENTOS ESPORTES
TORCIDA TORCIDA NEGÓCIOS NEGÓCIOS 2014 2014 2016 2016 TORCIDA TORCIDA NEGÓCIOS NEGÓCIOS 2014 2014 2016 2016
BB: O Rio sediará a Olimpíada de 2016. Atlanta foi a casa dos jogos
INFRAESTRUTURA DESENVOLVIMENTO ESTÁDIOS CRESCIMENTO INFRAESTRUTURA DESENVOLVIMENTO ESTÁDIOS CRESCIMENTO INFRAESTRUTURA DESENVOL
em 1996. Qual foi o legado que a competição deixou paraCRESCIMENTO
a cidade?
TURISMO INFRAESTRUTURA O L I M P Í A D A S ESPORTES ESPORTES TURISMO INFRAESTRUTURA DESENVOLVIMENTO ESPORTES ESPORTES TURISMO INFRAESTRUTURA DESENVOL
KR: Assim como o Rio, nós passamos pelas mesmas dificuldades
TURISMO MEGAEVENTOS ESPORTES MEGAEVENTOS TURISMO MEGAEVENTOS ESPORTES MEGAEVENTOS TURISMO MEGAEVENTOS ESPO
NEGÓCIOS NEGÓCIOS 2014 2014 2016 2016 TORCIDA TORCIDA NEGÓCIOS NEGÓCIOS 2014 2014 2016 2016 TORCIDA TORCIDA NEGÓCIOS NEGÓCIOS 2014 2014 2016
que a cidade está enfrentando agora. Foram, aproximadamente, cin-
co anos de muito planejamento e muita crítica vinda de todos os
lados, mas sabíamos que íamos fazer um bom trabalho. Os investimentos em infraestrutura e logística feitos para os jogos foram altos,
mas muito eficazes. Passada a Olimpíada, aproveitamos o legado
estrutural e de serviços para melhorar a qualidade de vida da população. Hoje, podemos atestar o quão positivo foi esse processo de
transformação, firmando Atlanta como uma das melhores cidades
do mundo para se viver e fazer negócios.
A KPMG é referência na prestação de serviços
de Audit, Tax e Advisory em todo o mundo.
Reunimos um time de profissionais especialistas
para oferecer respostas ágeis e claras aos
nossos clientes, apoiando-os frente aos
complexos desafios da gestão de negócios.
Fim de tarde em Atlanta
Steve hardy
D
aqui a dois anos, o Rio de Janeiro sediará os Jogos Olímpicos
de 2016. Exatos 20 anos antes, Atlanta, nos Estados Unidos,
foi a casa da competição que levou milhares de aficionados
por esportes ao país e ajudou a transformar a cidade. Investimentos em serviços e infraestrutura fizeram a capital da Geórgia passar
por mudanças notáveis, como destacou o prefeito de Atlanta, Kasim
Reed, em uma visita de negócios à Câmara de Comércio Americana
do Rio de Janeiro (AmCham Rio), no dia 15 de abril.
Em entrevista exclusiva para a revista Brazilian Business, o prefeito faz uma análise sobre o atual cenário de negócios de Atlanta,
ressaltando os pontos positivos. Ele também apresenta um panorama sobre o legado que a Olimpíada deixou na cidade americana. Durante sua passagem pela AmCham Rio, Reed revelou que
espera firmar parcerias de longo prazo entre empresários cariocas
e americanos.
logística e infraestrutura
reportagem
Uma ilha cercada
de oportunidades
Vitória é eleita a melhor cidade do Brasil para se abrir negócios
Yuri Barichivich
28_Edição 286_mai/jun 2014
Bernardo Guimarães [email protected]
V
itória é uma ilha de oportunidades para os investidores. A capital
capixaba foi considerada pela consultoria Urban Systems o melhor lugar para
se abrir um negócio. O trabalho, publicado
na reportagem de capa da revista Exame de
30 de abril, analisou 293 municípios brasileiros. Os especialistas avaliaram 27 indicadores, como crescimento populacional,
população economicamente ativa e escolaridade. “Características sociais, econômicas
e geográficas de Vitória foram importantes
para o bom desempenho da cidade”, diz o
diretor executivo da Câmara de Comércio
Americana do Espírito Santo (AmCham
ES), afiliada à Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (AmCham Rio),
Luiz Fernando Mello Leitão.
“Vitória é uma ilha com um espaço limitado. Concentradas nesse pequeno espaço, grandes empresas estão operando,
trazendo uma classe média alta capacitada
para a cidade. Além da qualidade de vida,
Vitória também tem uma posição geográfica muito privilegiada para negócios, já que
há uma proximidade grande com os maiores centros empresariais do Brasil, como
São Paulo e Rio de Janeiro”, analisa Leitão.
Logo depois da capital capixaba, que
recebeu 17,36 pontos, surge Parauapebas (PA), com 16 pontos. O município é
seguido por Curitiba (PR), com 15,53. A
primeira cidade fluminense no ranking é
Niterói, na sexta posição, com 15,14 pontos. O Rio de Janeiro ficou em nono lugar
(15 pontos), enquanto São Paulo amargou
um 18º (com 13,77).
Com uma população de 330 mil habitantes e o maior PIB per capita do País
(quase R$ 86 mil por ano), Vitória demonstrou, com altos índices em infraestrutura e
educação, que é possível a construção de
um ambiente favorável à produtividade.
Outro ponto positivo são as normas fiscais:
a cidade acumula os 40% de impostos arrecadados na região metropolitana, embora
abrigue apenas 20% da população, ressalta
a análise publicada na Exame.
O setor de petróleo offshore tem um papel importante para a
economia da cidade. Nos últimos anos, o Espírito Santo chegou
ao patamar de segundo maior Estado produtor de petróleo do
Brasil, perdendo apenas para o Estado do Rio de Janeiro. “Empresas como Vale e Petrobras instalaram postos de operações no
Espírito Santo e, até o ano de 2018, estima-se que R$ 60 bilhões
serão aplicados no Estado, aquecendo não somente o setor petroleiro, mas também o mercado de trabalho, com 15 mil novas
vagas”, afirmou Leitão.
O alto poder de compra da população em Vitória alavanca
oportunidades. De acordo com dados divulgados pela prefeitura
da capital, a cidade está na 44ª posição no Índice de Potencial de
Consumo (IPC), atribuído a cada município com a participação
percentual no potencial total de consumo do País.
Apesar das boas notícias, há desafios para serem superados na
cidade, como a segurança, a mobilidade urbana e a infraestrutura
aeroportuária. Em 2012, o aeroporto Eurico de Aguiar Salles foi
apontado pelo presidente da Infraero, Gustavo do Vale, como “o
pior aeroporto do País”. Desde lá, obras no local foram iniciadas e
deverão estar concluídas em 2016.
Desatar nós, diminuindo a burocracia para auxiliar o empreendedor a se desenvolver, é uma das principais bandeiras da prefeitura
de Vitória para dar continuidade ao sucesso econômico da cidade.
De acordo com Leonardo Krohling, secretário municipal de Turismo, Trabalho e Renda de Vitória, a capacitação de profissionais e a
criação de um centro de serviço ao empreendedor são algumas das
medidas já implantadas. “Para centralizar os serviços de apoio ao
empreendedor em um único lugar, criamos o Centro de Apoio ao
Empreendedor, onde ele tem a oportunidade de captar informações
importantes para seus negócios e utilizar serviços como o acesso ao
microcrédito. Tudo isso com o apoio do Sebrae e com cursos de capacitação disponíveis”, afirma Krohling.
A AmCham ES tem se posicionado de forma efetiva para a
integração dessas novas empresas e empreendedores no cenário
econômico da cidade. “O fortalecimento dos nossos comitês e a
presença dos nossos chaipersons e diretores nas secretarias e sindicatos de Vitória fazem com que a AmCham ES se torne uma
auxiliadora dessas empresas e empreendedores que buscam fazer
sempre um bom negócio na cidade”, conclui Leitão.
“Criamos o Centro de Apoio ao Empreendedor,
onde ele tem a oportunidade de captar
informações para seus negócios e utilizar
serviços como o acesso ao microcrédito”,
Leonardo Krohling, secretário municipal de Turismo,
Trabalho e Renda de Vitória
Edição 286_Brazilian Business_29
ponto de vista
Marie Bendelac e Wanda Quadra
Executive & Wellness coaches da Be Coaching
Ferramentas da Comunicação Não Violenta
Q
ual a importância do uso da Comunicação Não
Violenta (CNV) no mundo corporativo? Segundo
Éric Albert, médico psiquiatra, consultor e referência das
maiores corporações francesas no campo do estresse e
comportamento, a degradação das relações entre colaboradores constitui o primeiro fator de estresse nas empresas.
Quantos conflitos criam um ambiente de trabalho
improdutivo, causam tensão excessiva, provocando doenças e desânimo, prejudicam as tomadas de decisões e acabam resultando em desperdício de tempo e energia para
as equipes?
Encontramos nas organizações um vasto campo para
exercitar a comunicação compassiva. No mundo atual,
pode parecer paradoxal associar compaixão a resultados,
principalmente em ambientes de alta competitividade e
muita pressão, porque o termo é, muitas vezes, confundido
com falta de firmeza ou assertividade.
Entretanto, o uso das ferramentas da CNV permite que
os líderes sejam mais assertivos e deixem de passar por situações extremas e geradoras de tensão nociva para a saúde e
os relacionamentos, como “engolir sapos” e “explodir de
raiva”. Os resultados rapidamente percebidos são mais clareza na comunicação, confiança nas relações, menos conflitos,
menos estresse, mais eficácia, mais satisfação no trabalho e
equilíbrio emocional.
A CNV pode ser praticada nos relacionamentos com
equipes, pares, superiores, clientes, fornecedores e parceiros
em diversas situações, como dar e receber feedback, realizar
avaliações de desempenho, reuniões estratégicas e negociações comerciais.
Na Be Coaching, acreditamos que um líder eficaz sabe
se comunicar de forma a desenvolver relacionamentos de
confiança em que as pessoas decidem agir por vontade
própria e querem genuinamente contribuir para a realização de objetivos comuns.
Segundo Marshall B. Rosenberg, Ph.D em psicologia e
autor do livro Comunicação Não Violenta, é de nossa natureza gostar de dar e receber de forma compassiva.
Paradoxalmente, somos todos violentos e com frequência
não reconhecemos essa característica porque nossa visão
da violência é aquela de matar, espancar e guerrear.
A violência “passiva”, verbal ou não verbal,
usada na nossa forma comum de nos comunicar seria mais insidiosa do que a violência física. Ela gera raiva e respostas violentas, agressivas, mesmo que sejam de defesa. Dizer algo
como “você é completamente maluco, deveria
procurar um bom psiquiatra!” pode magoar
muito mais do que bater fisicamente e gerar
danos irreversíveis na relação.
Na comunicação compassiva, aprendemos
a estabelecer empatia, fazer observações sem
julgar, expressar como nos sentimos, do que
necessitamos e do que gostaríamos que o outro
fizesse de forma extremamente precisa e objetiva. Julgamentos são geralmente recebidos
como críticas, despertam comportamentos
defensivos ou agressivos e afastam as possibilidades de um acordo ou entendimento.
Um consenso pode ser alcançado muito
mais rapidamente se deixamos a nossa mente
livre de preconceitos e focamos nossa atenção
no que o outro está precisando e como está se
sentindo naquela situação. Após expressar
nossa compaixão e compreensão em relação
ao que estamos ouvindo e observando, podemos compartilhar as nossas próprias necessidades e sentimentos, gerando um clima de
confiança mútua.
A fim de facilitar e acelerar a obtenção de
resultados com a prática da CNV, os executivos podem participar de workshops e sessões
individuais de coaching, beneficiando-se,
assim, de uma atenção exclusiva e totalmente
personalizada.
um líder eficaz sabe se comunicar
de forma a desenvolver
relacionamentos de confiança
ÁREAS DE ATUAÇÃO
PRACTICE AREAS
Direito Administrativo, Regulação e Infraestrutura
Administrative Law
Direito Societário
Corporate Law
Mercado Financeiro e de Capitais
Financial and Capital Markets
Direito da Concorrência
Competition Law
Direito da Energia
Energy Law
Direito Tributário
Tax Law
Contencioso Judicial e Administrativo
Judicial and Administrative Litigation
Arbitragem
Arbitration
Contratos
Contracts
Direito Imobiliário
Real-Estate Law
Direito do Trabalho
Labor Law
Direito Previdenciário
Pension Law
Direito Ambiental
Environmental Law
Direito Eleitoral
Election Law
Propriedade Intelectual
Intellectual Property
Direito Internacional
International Law
Rua Dias Ferreira 190, 7º andar
Rua Sete de Setembro 99, 18º andar
Leblon – Rio de Janeiro – RJ
Centro – Rio de Janeiro – RJ
conjunto 132,
22431-050 – Brasil
20050-005 – Brasil
Itaim Bibi – São Paulo – SP
T 55 21 3543.6100 F 55 21 2507.0640
T 55 21 3543.6100 F 55 21 2507.0640
04543-000 – Brasil
T 55 11 4097.2001 F 55 11 4097.2100
clcmra.com.br
30_Edição 286_mai/jun 2014
Av. Juscelino Kubitschek 1600, 13º andar,
entrevista
Robson Campos
Cláudio Motta [email protected]
N
presidente da WBR
Inovação para
se manter
moderna aos
180 anos
divulgação
A Wärtsilä, que chegou
ao Brasil em 1990,
deverá inaugurar, em
setembro, sua fábrica
no Porto do Açu, diz
Robson Campos,
presidente
da companhia
32_Edição 286_mai/jun 2014
o dia 12 de abril, a Wärtsilä completou 180 anos de atividades. Uma longa história, que chegou formalmente ao
Brasil em maio de 1990. Há pouco mais de duas décadas, Robson Campos fez parte da primeira equipe de funcionários,
pioneirismo expresso pelo número de inscrição de seu crachá: 2.
Campos começou a trabalhar como boy e hoje é o presidente da
Wärtsilä no Brasil (WBR), que, desde então, projetou e instalou 25
usinas no País, gerando mais de 2.500 MW em 14 cidades.
Fornecedora líder em soluções para maquinário naval (propulsão e manobrabilidade) e de plantas do mercado de geração
descentralizada de energia, a companhia tem grandes planos para
os próximos anos no Brasil. Em fevereiro de 2013, a Wärtsilä inaugurou sua nova oficina, em Barreto, em Niterói, com 4.600 metros quadrados de área construída. Com investimento de R$ 15
milhões, a unidade tem localização estratégica, está entre os principais eixos de serviços offshore no Brasil. E, em setembro, a empresa deverá inaugurar uma fábrica no Porto do Açu.
O segredo do sucesso é a aposta em inovação e modernização,
explica Robson Campos. Veja, abaixo, a entrevista exclusiva que o
presidente da Wärtsilä no Brasil concedeu à Brazilian Business.
BB: E quanto ao setor naval?
RC: Essa foi a segunda área de negócios da Wärtsilä no Brasil: pro-
Brazilian Business: Quais foram os principais desafios
para a Wärtsilä no Brasil nestes 24 anos de atividade?
Robson Campos: A questão política no Brasil sempre foi mui-
BB: Como fica o jeito brasileiro numa empresa
com o DNA finlandês?
RC: Sou o primeiro presidente brasileiro da Wärtsilä. Comecei na
to complicada. A Wärtsilä chegou ao mercado para substituir os
estaleiros, num cenário em que a construção naval estava declinando. O Brasil já era considerado um mercado importantíssimo,
por isso a companhia decidiu abrir um escritório no País. Veio um
finlandês com mais duas pessoas – uma secretária e um gerente de
vendas. No total, o escritório tinha seis pessoas – eu era o boy, fui
o funcionário número 2 – hoje temos quase 700. Temos operações
em dez Estados e estamos construindo uma fábrica no Açu, que
será finalizada em julho e inaugurada em setembro.
BB: Com o declínio de Eike Batista, os negócios
do Porto do Açu correm risco?
RC: O projeto é “too big to fail”. Há muito dinheiro investido ali,
tanto capital próprio quanto emprestado. E esse é um projeto de
que o Brasil precisa. O canal voltou a ser dragado, deverá ficar
pronto até o fim do ano. Agora é só começar a operar o porto e
encher o local de indústrias.
BB: Como foram os primeiros anos da Wärtsilä no Brasil?
RC: Primeiro foi uma aposta. Nos seis anos iniciais, a Wärtsilä no
Brasil não teve praticamente nenhum negócio. Para qualquer outro investidor que não acreditasse no potencial do negócio, ele poderia ter sido interrompido, mas apostamos no País. Nossas duas
principais áreas de atuação, geração de enérgica elétrica e mercado
naval, cresceram muito no Brasil. Na primeira, temos um produto
que se adequou ao mercado brasileiro: térmicas altamente eficientes a gás e a óleo. Para se ter uma ideia, o crescimento do consumo
de energia costuma ser o dobro do PIB. Mas, com o crescimento
da renda observado a partir do governo Lula, o consumo disparou.
E a gente também.
dutos de propulsão para embarcações. O renascimento da construção naval no Brasil, que deve ter uns dez anos, gerou muitos
negócios, que decolaram com o pré-sal. A fábrica que estamos
construindo (no Porto do Açu) é basicamente para atender as exigências de conteúdo nacional que vieram com o pré-sal.
BB: E qual é a expectativa para os próximos anos?
RC: Os próximos anos serão muito promissores. O que leva a Wärt-
silä a ter esse tempo todo é a preocupação em ser sustentável. O
conceito não está restrito ao meio ambiente, mas reflete a nossa preocupação com a inovação. Estamos olhando o negócio lá na frente,
construindo cenários de dez, 15, 30 anos. Então, vamos nos moldando, com restruturação a cada dois ou três anos: novas formas de
trabalhar, novos caminhos, aquisições para se adequar ao mercado
etc. Nossa empresa é muito preocupada com a sobrevivência, isso
está no DNA do finlandês, que sofreu ao longo de sua história com
invasões e guerras. E foi um país europeu que só começou a se reconstruir da década de 1970 para cá.
empresa em 1990, mas saí em 2009. Quando voltei, em 2010, assumi a presidência. A companhia continua apostando no colaborador. É gratificante e motivador saber que vamos olhar para dentro
– e até assumir um pouco de risco – para preencher posições, em
vez de buscar funcionários novos no mercado. Entretanto, estamos
com um crescimento pujante, sempre com dois dígitos nos últimos
dez anos. Somente no ano passado, contratamos 110 pessoas. É
impossível ter esse crescimento apenas enchendo a base. Temos
que contratar gente nova para a gerência média, por exemplo. Nem
sempre conseguimos fazer a escadinha, mas ela é o foco. Temos
cinco diretores, todos brasileiros. O mais novo tem seis anos de
casa. Os demais, mais de 15. Além disso, ficamos entre as 20 empresas melhores para trabalhar no Rio de Janeiro, no ranking do
ano passado.
BB: A grafia finlandesa Wärtsilä causa
alguma confusão entre brasileiros?
RC: A Wärtsilä é muito conhecida no mercado, sobretudo no setor
de óleo e gás. Mas fizemos um vídeo com os filhos dos funcionários no qual as crianças fingiam que estavam trabalhando. E o
mote foi justamente este: muitas pessoas não conseguem falar o
nome da empresa. É normal ter alguma confusão, tratamos a questão com bom humor.
O projeto (do Porto do Açu) é “too big to fail”.
Há muito dinheiro investido ali, tanto capital
próprio quanto emprestado. E esse é um
projeto de que o Brasil precisa
Edição 286 Brazilian Business_33
reportagem
Escritório compartilhado e
R$ 5 milhões para 50 startups
Novos empreendedores
da área tecnológica
terão a oportunidade de
desenvolver projetos e
protótipos pelo programa
Startup Rio
Bernardo Guimarães
[email protected]
divulgação
U
m antigo casarão estudantil da Uerj,
no Catete, será a base para o desenvolvimento dos 50 projetos aprovados, em abril, pelo programa Startup Rio.
Realizada pela Secretaria de Ciência e Tecnologia do Governo Estadual do Rio e financiada pela Fundação Carlos Chagas Filho de
Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), a iniciativa promete fomentar
o crescimento do empreendedorismo tecnológico das startups com o financiamento de
suas ideias, além de proporcionar um espaço
todo modernizado propício ao desenvolvimento de pesquisas na área.
O escritório compartilhado terá mil
metros quadrados de estrutura montada.
Haverá lounges, Skype rooms e um auditório multimídia, num investimento total de
R$ 1,5 milhão. A ideia é que empreendedores tenham a possibilidade de desenvolver
projetos em um ambiente inovador e mais
propício à elaboração de protótipos em tecnologia digital. Cada projeto receberá R$ 100
mil, totalizando R$ 5 milhões gastos só com
os ganhadores.
Bernardo Kircove será um dos contemplados pelo projeto. Com 24 anos, o morador de Niterói e estudante de comunicação
social da PUC-Rio é um dos idealizadores
do projeto ganhador Edools, uma plataforma web para publicação, gestão e comercialização de cursos on-line. Contando
com a ajuda dos sócios Maurilio Alberone
e Rafael Carvalho, a startup tem como objetivo criar um produto modular e flexível,
ideal para atender de modo seguro tanto
pequenas empresas de treinamento quanto
grandes instituições de ensino.
Empreendedores
selecionados
pelo programa
vão desenvolver
seus projetos em
um escritório
compartilhado
Kircove acredita que o Rio de Janeiro pode se tornar um polo
de tecnologia no Brasil. “O programa permite que o empreendedor se dedique em tempo integral ao projeto, mesmo antes de
ele gerar receita suficiente para se sustentar. O Startup Rio pode
diminuir a lacuna evidente no ecossistema de startups brasileiro.
Como resultado do investimento, nossa expectativa é consolidar
o Edools em 2014 como um dos principais players nacionais do
mercado de ensino a distância”, concluiu Kircove.
Idealizador do Startup Rio, Gustavo Tutuca diz que o programa irá proporcionar aos selecionados uma combinação de conhecimento, inteligência e experiência para o mercado. “A criação de
startups não é um mar de rosas e os riscos existem. Porém, errar
e aprender com os erros faz parte do processo. As gigantes do
mercado começaram como startup. É o caso do Google, só para
ficar na mais famosa. Vamos trabalhar em parceria com grandes
empresas, e os jovens terão a oportunidade de absorver todo o
conhecimento e a experiência de quem já passou por esse processo de se estabelecer no mercado e crescer”, afirmou Tutuca.
Outras informações sobre o programa podem ser encontradas
no site startuprio.org.
O termo startups já era usado nos Estados Unidos, mas se
popularizou entre 1996 e 2001, época da chamada “bolha da
internet”. Não existe apenas uma definição para o termo, mas,
sim, algumas características que estão inseridas na terminologia.
Geralmente, são empresas de custo baixo – quando são empresas formais – mas com potencial de crescer rapidamente e gerar
lucro com a mesma velocidade. Enquanto os investidores, muitos
vindos do mercado financeiro, estão atrás de grandes margens
de lucro em pouco tempo, o Estado financia projetos que podem
trazer retornos sociais ou de melhor gestão.
Nosso futuro depende de inovação
para operarmos de forma mais limpa,
mais segura e mais inteligente.
A cada ano, investimos bilhões
em tecnologias mais inteligentes
para o desenvolvimento de petróleo e gás,
introduzimos novas formas de energia
no mercado, e investimos
em projetos inovadores com
ideias brilhantes para o futuro.
Portanto, não apenas pensamos
como uma empresa de tecnologia —
somos uma empresa de tecnologia.
Saiba mais em chevron.com/weagree
34_Edição 286_mai/jun 2014
CHEVRON, a logomarca CHEVRON e ENERGIA HUMANA são marcas registradas da Chevron Intellectual Property LLC.
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Dr. John Kelly III
John McDonald
Vice-presidente Sênior
IBM Research
IBM
Vice-presidente e Diretor de
Tecnologia
Chevron
ponto de vista
Augusto Sales
Sócio da KPMG
Ambiente político: luz amarela para os investidores estrangeiros
A
o longo do ano passado, o País foi
palco de inúmeras manifestações de
brasileiros que foram às ruas em busca de
seus direitos, pleiteando, principalmente,
mais transparência e melhores serviços
públicos. Na lista de reivindicações estavam questões como aumento da passagem
de ônibus, falta de investimentos nas áreas
da saúde e educação, gasto do governo
com a Copa do Mundo e corrupção. Com
cobertura em larga escala tanto pela mídia
nacional quanto pela internacional, os
atos ganharam grande repercussão, as
imagens correram mundo afora e acenderam a luz amarela para analistas e investidores estrangeiros.
Por essas e outras questões é que o tema
“ambiente político” aparece, pela primeira
vez, na lista das maiores preocupações dos
investidores estrangeiros que procuram o
País para abrir um negócio, de acordo com
uma pesquisa feita pela KPMG com 400
executivos. Antes encarado como fator
periférico nas discussões com os empresários, com a aproximação das eleições e a
maior exposição (e cobertura) do Brasil
para o mundo, esse item se destaca como
um dos potenciais entraves para os executivos que buscam oportunidades de negócios. O País tem mantido indicadores não
tão atraentes como de dois anos atrás: volatilidade da moeda, aumento consistente da
taxa de juros, inflação persistente e PIB em
desaceleração. Ou seja, a percepção geral é
de que a máquina estagnou e não gira no
ritmo desejado.
É de suma importância para os
investidores o desenrolar das eleições do
país em que pretendem injetar seu capital
36_Edição 286_mai/jun 2014
Não há dúvida de que as decisões políticas podem ter grande influência nos planos de investimento das empresas. É de
suma importância para os investidores o desenrolar das eleições do país em que pretendem injetar seu capital, pois o resultado das urnas, muitas vezes, pode implicar em alterações (ou
manutenção!) na política econômica, no ambiente regulatório,
na intervenção maior ou menor do Estado, e consequentemente impactar nos resultados dos negócios. A incerteza quanto a
esse aspecto causa certa insegurança, reduz a confiança empresarial, aumentando a percepção de risco, fatores que podem ser
responsáveis pela queda no volume de investimento no país.
Por outro lado, existe uma lista extensa de fatores positivos
que mantém o Brasil na mira dos investidores. Temos uma
indústria diversificada, o País tem abundância de recursos naturais e há uma esperança de que os investimentos em infraestrutura ganharão mais força com a ajuda do capital privado. Nosso
mercado interno é visto como bem atrativo e o aumento do
poder aquisitivo do brasileiro ainda desperta o interesse de
investidores que estão em busca de uma nova base de clientes.
Outro fator que vai revigorar o apetite de quem pretende aplicar
dinheiro aqui é a convergência das normas de contabilidade brasileira para o padrão internacional de contabilidade (IFRS).
No contexto capitalista, investir é apostar na habilidade de
se obter lucros no futuro. Olhar o desempenho histórico pode
ser importante, mas não garante o sucesso de amanhã. Em
algumas situações, mais vale colocar dinheiro numa empresa
menor com grande perspectiva de crescimento e lucratividade
do que num negócio gigante, mas estagnado e com possibilidades limitadas de melhoria de margens. Numa economia globalizada, esse mesmo racional pode ser aplicado a empresas e
países. Hoje, investidores questionam se seremos capazes de
repetir e sustentar o desempenho que tivemos no passado.
Cabe ao País provar que sim, e dizer como. Tendo em vista as
incertezas e os riscos, mas também possibilidades de retorno
ao se investir no Brasil, cabe aos executivos fazer suas escolhas,
o que nem sempre é fácil.
sustentabilidade
saber financeiro
brasil urgente
Títulos públicos, perguntas particulares
Contribuição da
consultoria financeira
Geração Futuro
N
as últimas semanas tenho recebido
perguntas de leitores da Saber Financeiro, e algumas delas foram as seguintes:
devo investir todo meu capital em títulos
públicos no cenário atual? Quais são as
vantagens? Então, vamos falar de títulos
públicos, aqueles cujo emissor é o Governo Federal.
Antes da resposta, é preciso elucidar
que não existe o “melhor investimento”,
mas aquele em que você buscará “conforto financeiro”. Este é um paradigma brasileiro: identificar de maneira ágil qual a
aplicação mais acessível, porém, perder,
ou melhor, investir 30 minutos a mais na
escolha do seu investimento será decisivo
no planejamento individual. Gosto de falar em reuniões e palestras que “investir da
maneira correta é investir naquilo de que
conhecemos detalhes e riscos envolvidos;
investir errado é não saber em que estamos investindo”. Dito isso, investir no que
você conhece é um elemento fundamental
no processo decisório.
Atualmente, títulos públicos têm mídia bastante difundida, principalmente
por comentaristas de rádio e televisão, e
assim como os títulos privados, são uma
excelente ferramenta de investimento para
curto, médio ou longo prazos. Da mesma
maneira que as instituições financeiras captam recursos para se financiar com títulos
privados, os títulos públicos têm a finalidade primordial de captar recursos para o financiamento da dívida pública, bem como
para financiar atividades do Governo Federal, como educação, saúde e infraestrutura.
Os papéis mais negociados são as Notas do Tesouro Nacional (NTN), as Letras
Financeiras do Tesouro (LFT) e as Letras
do Tesouro Nacional (LTN). São títulos
que têm diferentes características de prazo e remuneração, mas que, na essência,
cumprem a missão básica de rolagem da
dívida interna pelo Tesouro Nacional.
Será praticamente impossível ter acesso
ao investimento que lhe dê liquidez,
segurança e rentabilidade ao mesmo tempo
– é necessário abrir mão de um
a dois desses vetores
38_Edição 286_mai/jun 2014
Energia renovável
e mais competitiva
Daniel Moraes*
Os títulos públicos de maior liquidez, ou seja, maior disponibilidade para compra e venda no open market, são as LTN (prefixadas) e as LFT (pós-fixadas, corrigidas pela Selic). A modalidade
permite investimentos a partir de R$ 30, as taxas de administração
e de custódia são baixas e o Imposto de Renda só é cobrado no
momento da venda ou do vencimento do título (quanto aos títulos que pagam cupom de juros, também é descontado Imposto de
Renda no pagamento do cupom).
A LTN é um título que se assemelha muito a um CDB: tem
rentabilidade definida no momento da compra (prefixado) e resgate do valor do título (R$ 1 mil) na data do vencimento. Cada
título é adquirido com deságio (desconto) e não há pagamento
de juros intermediários.
A LFT é um título com rentabilidade diária vinculada à taxa
Selic. O resgate do principal e dos juros se dá no vencimento do
título ou na negociação diária via corretora em que você detém
títulos. As NTNs são títulos pós-fixados (somente o de tipo NTNF é prefixado) com cinco tipos de emissão, cada uma com o próprio índice de correção: 1) NTN-B (IPCA); 2) NTN-C (IGP-M); 3)
NTN-D (dólar); 4) NTN-F (prefixado); 5) NTN-H (TR).
Os preços dos títulos são divulgados diariamente no site Tesouro Direto (https://www.tesouro.fazenda.gov.br/pt/tesouro-direto). No site também é possível saber mais sobre compra e venda
de títulos públicos.
Respondendo as perguntas dos leitores, o ideal seria entender
quais as necessidades e/ou os objetivos de curto, médio e longo
prazos para encaixar esses investimentos em sua estrutura atual.
A decisão do investidor estará condicionada a três variáveis, como
liquidez, segurança e rentabilidade.
Será praticamente impossível ter acesso ao investimento que lhe
dê liquidez, segurança e rentabilidade ao mesmo tempo – é necessário abrir mão de um a dois desses vetores. Logo, a sugestão é criar
três cestas, ou níveis de investimento, a primeira pensando em caixa
de segurança ou emergência, em que você pode alocar de seis a 12
meses de suas despesas. A segunda em objetivos de médio prazo,
como curso no exterior, viagem ou casamento. E a terceira, pensando em aposentadoria, um montante ajustado a sua qualidade de vida
na maturidade. Claro, todas essas cestas podem acomodar investimentos tanto em títulos privados quanto em títulos públicos.
Segundo o empresário e escritor Eduardo Moreira: “As pessoas
deveriam se preocupar em fazer as perguntas corretas, pois é impossível obter respostas corretas realizando perguntas erradas”. A verdade é que não existem respostas certas. Existem apenas as melhores
respostas, que podemos colher a partir das informações que estão
disponíveis naquele instante. Ao dominar os conceitos corretos, a capacidade de avaliar um investimento, por exemplo, e fazer com que
ele esteja de acordo com as expectativas cresce exponencialmente.
Mande sua dúvida para nós. Será um prazer compartilhá-la em
nossa coluna bimestral. Um forte abraço a todos. 
* Daniel Moraes é planejador financeiro pessoal e tem certificação
Certified Financial Planner (CFP), concedida pelo Instituto Brasileiro
de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF).
Elbia Melo_
economista, doutora
pela Universidade
Federal de Santa
Catarina e presidente
executiva da ABEEólica
(Associação Brasileira
de Energia Eólica)
O
recente relatório divulgado pelo Conselho Global de Energia
Eólica (GWEC), em 9 de abril, em um primeiro momento contrasta com o relatório anual do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), divulgado no dia 13 de abril, em Berlim.
O ponto central colocado pelo IPCC é o apelo para o uso global
de energia solar e eólica, triplicando estas fontes até o ano de 2030.
Esses cientistas afirmam que, caso os investimentos em energias
renováveis não ocorram na proporção do recomendado e outras
medidas mitigatórias de clima não sejam tomadas, a temperatura
média anual no planeta vai subir mais de 2 graus Celsius. Além
disso, fazem duras críticas ao uso de combustíveis fósseis, principalmente pelos países em desenvolvimento.
A despeito da aparente má notícia sobre os investimentos em
fontes renováveis no mundo, podemos afirmar que essa trajetória
também está em desacordo com o que vem ocorrendo nos países em
desenvolvimento, em destaque para Brasil, China, Índia, África do
Sul e México, além de outras economias na América do Sul.
O caso do País é emblemático, uma vez que, segundo o próprio GWEC, o Brasil integrará, muito em breve, o ranking dos
dez maiores países produtores de energia eólica. Com relação às
previsões para 2014 até 2018, o relatório aponta que o País terá
um crescimento exponencial nos próximos dois anos, liderando a
performance da América Latina.
Com o total de 14 GW instalados em 2018, esse montante ultrapassa os R$ 50 bilhões em investimentos. Nesse sentido, não há
dúvida de que a energia eólica tem um futuro promissor no País e
se tornou parte fundamental na composição da matriz elétrica brasileira. Tivemos um ano excepcional em 2013, no que se refere às
contratações da fonte nos leilões, e nossa perspectiva continua muito
positiva para 2014. Além disso, o setor eólico vai colocar em operação, neste ano, cerca de 4 GW.
Um aspecto fundamental que explica o crescimento dessa fonte no País é sua competitividade. O Brasil produz hoje a energia
eólica mais competitiva do mundo. No mercado brasileiro essa
fonte é a segunda mais competitiva, atrás apenas dos grandes empreendimentos hidrelétricos.
O potencial eólico brasileiro, de cerca de
350 GW, a inovação tecnológica e o modelo
competitivo dos leilões são os pilares da competitividade brasileira. E vale a pena destacar
que o Brasil tem um dos melhores ventos do
mundo. Além disso, melhorias tecnológicas
fazem aparecer potenciais eólicos que antes
não faziam parte do nosso mapa, como é o
caso de São Paulo, de Minas Gerais, do Espírito Santo e do Rio de Janeiro.
O modelo de leilão competitivo, sem subsídios, faz com que ocorra uma busca para a
exploração dos melhores potenciais dentro
do território nacional e uma independência
dessa fonte de políticas governamentais de
incentivos. Enquanto países desenvolvidos
utilizam políticas de subsídios para o desenvolvimento das fontes renováveis, as nações
em desenvolvimento vêm explorando e investindo nessa fonte por meio de mercado.
Entretanto, a Comissão Europeia adotou,
também em abril, novas regras que restringem a ajuda pública às energias renováveis
para “introduzir progressivamente mecanismos baseados no mercado” e, com isso,
“limitar as distorções” nas tarifas elétricas.
Além de incluir no mix energético a volta
dos combustíveis fósseis.
Esses fatores demonstram uma forte
mudança do eixo da política energética,
que troca a sustentabilidade ambiental,
como pedra fundamental, pela competitividade. Isso ocorreu por um motivo muito
simples: a pressão dos preços da energia,
em contraste com a competitividade dos
Estados Unidos, onde a descoberta do shale gas obrigou a Europa a reequilibrar sua
orientação energética.
No fim das contas, ao se falar em investimentos em fontes de energia, olhando a
história das economias mundiais, os fatores
motivadores são os mesmos: independência
e segurança energética, competitividade e
crescimento econômico. As demais variáveis
são meras consequências.
o Brasil integrará, em breve, o ranking dos
dez maiores produtores de energia eólica
Edição 286 Brazilian Business_39
news
Posse da nova Diretoria
“O Rio está com a menor taxa de desemprego,
3,5%, crescendo neste momento o dobro
do que o resto do País”,
FOTOS pedro kirilos
Luiz Fernando Pezão, governador do Rio
Nova diretoria A
da AmCham Rio
toma posse
Entre as prioridades para o biênio
2014-2015, a necessidade de ajustes
na regulamentação de conteúdo local
e de criação de um tratado que evite
a bitributação entre o Brasil
e os Estados Unidos
40_Edição 286_mai/jun 2014
mais antiga câmara de comércio da América Latina elegeu e deu posse à nova diretoria no dia 5 de maio, em cerimônia realizada
no hotel Windsor Atlântica, em Copacabana.
O corpo diretivo da Câmara de Comércio
Americana do Rio de Janeiro (AmCham Rio)
para o biênio 2014-2015 tem Roberto Ramos,
diretor-presidente da Odebrecht Oléo e Gás,
na presidência da instituição. O evento de
posse teve a presença de autoridades como o
governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando
Pezão, a embaixadora dos Estados Unidos no
Brasil, Liliana Ayalde, e o vice-presidente do
BNDES, Wagner Bittencourt.
Entre as prioridades para 2014, Ramos –
que está no segundo ano de mandato – destacou
a necessidade de ajustes na regulamentação de
conteúdo local em determinados segmentos da
indústria, como óleo e gás e mineração. O presidente da AmCham Rio também apontou para
a necessidade de avanços nas discussões para a
criação de um tratado que evite a bitributação
entre o Brasil e os EUA.
O governador do Rio de Janeiro, Luiz
Fernando Pezão, apontou os EUA como o
melhor parceiro comercial para o Brasil.
Citando o modelo do governo americano
como referência, ele defendeu mais autonomia para Estados e municípios brasileiros: “A gente tem que discutir as nossas
leis, os Estados precisam ter mais autonomia, principalmente o Rio de Janeiro na
questão de segurança pública”.
O combate à criminalidade, para o governador, é fundamental para o ambiente
de negócios do Estado. Pezão afirmou que
os avanços na segurança, sobretudo com a
pacificação de comunidades, permitiu que
o Rio de Janeiro se tornasse o maior destino de investimentos do Brasil. “O Estado
do Rio está com a menor taxa de desemprego, 3,5%, crescendo neste momento o
dobro do que o resto do País, porque estamos fazendo segurança pública, dando segurança a quem vem para o nosso Estado
fazer negócios.”>
Edição 286_Brazilian Business_41
news
COMITÊ EXECUTIVO PARA 2014
Presidente: Roberto Prisco Paraíso Ramos –
Odebrecht Óleo & Gás
1º Vice: Rafael Sampaio da Motta – Grupo Case
Benefícios e Seguros
2º Vice: Antonio Carlos da Silva Dias – IBM Brasil
3º Vice: Marcelo Mancini – Prudential do Brasil
Diretor financeiro: André Luiz Castello Branco
– PwC
Conselheiro jurídico: Luiz Claudio Salles
Cristofaro – Chediak Advogados
Diretor-secretário: Steven Bipes –
Albright Stonebridge Group
DIRETORES PARA 2013 E 2014
André Luiz Castello Branco – PwC
Antônio Carlos da Silva Dias – IBM Brasil
Carlos Henrique Moreira – Embratel
Cassio Zandoná – Amil
Guillermo Quintero – BP Energy do Brasil
João Geraldo Ferreira – GE Óleo e Gás
Luiz Carlos Costamilan – Firjan
Marco André Coelho de Almeida – KPMG
Maurício Felgueiras – MXM Sistemas
Mauro Moreira – EY
Osmond Coelho Júnior – Petrobras
Patricia Pradal – Chevron Brasil Petróleo
Rafael Sampaio da Motta – Grupo Case
Benefícios e Seguros
Raïssa Lumack – Coca-Cola Brasil
Roberto Prisco Paraíso Ramos – Odebrecht
Óleo e Gás
Pezão também ressaltou a importância das parcerias com o setor
privado: “Hoje, dos 20 centros de pesquisa que estão se instalando no
País, 19 ficam no Estado do Rio. E 11 na Ilha do Fundão, inclusive o da
GE, um investimento de mais de R$ 850 milhões. É a volta dos cérebros,
a inteligência retornando para o Rio de Janeiro”.
A educação foi um dos temas explorados pela embaixadora dos
EUA, Liliana Ayalde. Discursando em português, ela destacou a importância da relação comercial dos EUA com o Brasil nos últimos anos e
citou a AmCham Rio como uma parceira fundamental para alavancar
novos negócios. “Estou feliz em constatar que o relacionamento com a
AmCham Rio se intensificou nos últimos anos, muito em função do
crescimento da economia do Rio de Janeiro”, afirmou.
Outra maneira de avaliar o desempenho econômico do Estado do
Rio é observando os números do BNDES. De acordo com dados apresentados pelo vice-presidente do banco, Wagner Bittencourt, a tendência é de crescimento dos investimentos. Ele citou infraestrutura, energia,
logística, óleo e gás, aeroportos, portos e estradas como prioridades.
“No ano passado, as aprovações de novos projetos para o Estado do
Rio de Janeiro chegaram a R$ 42 bilhões: 25% acima do que aconteceu
no ano anterior. Os desembolsos do BNDES até março deste ano foram
da ordem de R$ 6,3 bilhões, contra R$ 2 bilhões até março de 2013. Isso
mostra que não apenas as aprovações do banco têm crescido, mas também o desempenho efetivo dos desembolsos”, enumerou Bittencourt.
A meta do BNDES é chegar a investimentos sobre o PIB da ordem
de 22% a 25%. Porém, o vice-presidente do banco considera fundamental fazer as concessões previstas para chegar a esse patamar. “A
concessão do aeroporto do Galeão, por exemplo, é fundamental para
fazer do Rio uma entrada adequada para o País, principalmente se consideramos a Olimpíada de 2016.”
A cerimônia de posse da diretoria da AmCham Rio teve como patrocinador máster a Odebrecht Óleo e Gás S.A. e copatrocínio de Wärtsilä Brasil Ltda. e Garcia & Keener Advogados. O evento teve apoio de
Prudential do Brasil Seguros de Vida S.A., PwC e Gaia, Silva, Gaede &
Associados. Mesas corporativas: Bradesco Seguros S.A., Chediak Advogados, KPMG, Veirano Advogados e American Airlines.
Steven Bipes – Albright Stonebridge Group
DIRETORES PARA 2014 E 2015
Álvaro Cysneiros – Totvs
Antônio Cláudio Buchaul – Banco Citibank
Carlos Alexandre Guimarães – SulAmérica
Seguros
Dilson Verçosa – American Airlines
José Firmo – Schlumberger Serviços de Petróleo
Leandro Azevedo – Odebrecht Infraestrutura
Luiz Claudio Salles Cristofaro – Chediak Advogados
Manuel Domingues e Pinho – Domingues
e Pinho Contadores
Marcelo Mancini – Prudential do Brasil
Marco Antônio Gonçalves – Bradesco Seguros
Rafael Benke – Vale
Roberto Braga Mendes – Thermo Fisher Scientific
Robson Campos – Wärtsilä Brasil
42_Edição 286_mai/jun 2014
“No ano passado, as
aprovações de novos
projetos para o Estado
do Rio de Janeiro
chegaram a R$ 42 bilhões,
wagner bittencourt,
vice-presidente do BNDES
news
Roberto Ramos é reeleito para mais um ano de mandato na
presidência da Câmara de Comércio Americana do Rio de
Janeiro e destaca foco de atuação da instituição nos setores
de energia, infraestrutura e logística, seguros e resseguros,
sustentabilidade, entretenimento e turismo
Cláudio Motta e Eduardo Nunes
[email protected]
[email protected]
A
mais antiga câmara de comércio da América Latina tem
uma nova diretoria. No dia 5 de maio, tomou posse a nova
diretoria da Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro
(AmCham Rio), em cerimônia realizada no Windsor Atlântica,
em Copacabana. Roberto Ramos, presidente da AmCham Rio,
em seu segundo ano de gestão, elenca seus principais desafios
para esta, em um ano marcado pela realização da Copa do Mundo
e de eleições. Engenheiro mecânico formado pela UFRJ, com
extensão fora do país, Roberto Prisco Paraíso Ramos é diretorpresidente da Odebrecht Óleo e Gás.
No primeiro ano de mandato, a diretoria construiu e definiu a
agenda da AmCham Rio para a realização de ações diferenciadas
e estratégicas. “Com elas, assumimos o compromisso público de
desenvolver iniciativas que proporcionem saltos de competitividade, sobretudo em setores que já temos uma vantagem comparativa em relação aos demais Estados da federação”, disse Ramos,
fazendo referência às seis bandeiras estratégicas da AmCham
Rio: energia, entretenimento, logística e infraestrutura, seguros e
resseguros, sustentabilidade e turismo, que são vocações da cidade e do Estado do Rio de Janeiro.
Brazilian Business: Quais foram as atividades mais marcantes
da primeira gestão?
Roberto Ramos: Sem dúvida, entre as diversas atividades que
promovemos, o destaque foi a 11.ª edição do Brazil Energy and
Power, realizado com grande sucesso pela primeira vez no Rio de
Janeiro, em agosto do ano passado. Esse evento foi muito bemsucedido, com a participação de importantes especialistas da área
discutindo sobre planejamento e competitividade no setor energético. Outro destaque em 2013 foi a visita do vice-presidente
dos Estados Unidos, Joe Biden, ao Brasil. A AmCham Rio foi
convidada a apresentar Biden a empresários brasileiros, em encontro promovido em maio, no Píer Mauá.
44_Edição 286_mai/jun 2014
BB: E quais as expectativas para este ano?
RR: Os desafios que temos pela frente são mui-
tos, mas também se traduzem em oportunidades de novos negócios, seja no Rio de Janeiro ou
no Espírito Santo, onde estamos fortalecendo as
relações empresariais por meio da nossa afiliada.
Para este ano, marcado pela realização da Copa
do Mundo e pelas eleições para presidente e governador, bem como pela renovação da Câmara
e de parte do Senado, a AmCham Rio está empenhada no fortalecimento de setores vistos hoje
como estratégicos para o empresariado brasileiro e para o Estado do Rio de Janeiro. Portanto, os
segmentos de energia, infraestrutura e logística,
entretenimento, seguros e resseguros, sustentabilidade e turismo permanecem com um foco
especial, pois estão diretamente relacionados ao
desenvolvimento econômico e social.
marcas da AmCham Rio. Promovemos
diversos encontros de aproximação de lideranças empresariais e políticas dos EUA
e do Brasil para estimular as relações comerciais entre os dois países. Desta forma,
estamos cumprindo a missão de fomentar
a criação de um ambiente favorável para
o desenvolvimento de negócios e de aprimorar as relações bilaterais. Em 2013, nós
organizamos, em conjunto com o Sistema
Firjan, um almoço com o embaixador Roberto Azevêdo. Foi em agosto, pouco antes
de ele ser nomeado diretor-geral da Organização Mundial do Comércio, com a missão de preparar o terreno para a retomada
das negociações da rodada de Doha.
BB: E quais são as prioridades para 2014?
RR: Entre as prioridades para 2014, há a necessi-
dade de ajustes na regulamentação de conteúdo
local em determinados segmentos da indústria,
como óleo e gás e mineração, e de avanços nas
discussões para a criação de um tratado que evite
a bitributação entre o Brasil e os EUA. Também
precisamos caminhar para eliminar a obrigatoriedade de visto para o país. Neste caso, estamos
trabalhando em prol do lançamento do U.S. Brazil Global Entry Pilot, programa de livre trânsito de pessoas entre os dois países. Esse será um
primeiro passo importante para chegar ao Visa
Waiver Program. Ainda em 2014, lançaremos a
décima edição do Prêmio Brasil Ambiental, que
reconhece e valoriza as melhores práticas socioambientais. E, no segundo semestre, vamos reunir novamente os principais representantes da
área de petróleo e gás para discutir temas como
os desdobramentos das atividades em Libra.
BB: No papel de porta-voz dos interesses
de seus associados, quais ações da
AmCham Rio o senhor destacaria no
primeiro ano de mandato?
RR: A carta conjunta que assinamos sobre
o Marco Civil da Internet, alertando para
os pontos críticos da proposta, que exigia
o armazenamento, no Brasil, de dados das
empresas que operam no País e dos cidadãos brasileiros foi um posicionamento
estratégico. Essa exigência ficou fora do
texto final do Marco Civil, e, certamente,
foi uma conquista muito importante. Nós
também assinamos uma carta conjunta
com o Encontro Coalização Empresarial
Brasileira, o Brazil-U.S. Business Council,
a Confederação Nacional da Indústria e a
U.S. Chamber of Commerce, direcionada
aos presidentes Obama e Dilma, com os
pleitos prioritários do setor privado, que
preveem medidas para a criação de empregos, crescimento econômico, desenvolvimento e inovação em ambos os países.
Para 2016, ano do
centenário da AmCham
Rio, vamos realizar uma
série de ações e projetos.
O objetivo é promover um
grande encontro entre
Brasil e EUA nos âmbitos da
cultura e dos negócios
BB: E como a AmCham Rio está se preparando para o centenário, em 2016?
RR: Às vésperas de completar 100 anos de
pedro kirilos
“Estamos empenhados
no fortalecimento de
setores estratégicos”
BB: De que forma a AmCham Rio
facilita a troca de informações
entre seus associados?
RR: O networking de alto nível é uma das
história, a mais antiga câmara de comércio da
América Latina se renova mais uma vez como
uma importante porta-voz do setor empresarial, parceira dos governos e da sociedade civil
na construção de um país melhor para todos.
Para 2016, ano do centenário da AmCham Rio,
vamos realizar uma série de ações e projetos,
que serão apresentados ao longo deste ano. O
objetivo é promover um grande encontro entre
Brasil e Estados Unidos nos âmbitos da cultura
e dos negócios. Será o maior evento em 2016 no
País, depois dos Jogos Olímpicos. 
Edição 286_Brazilian Business_45
por dentro da câmara
Novos Sócios
Honeywell UOP Latin America
Marcos Veiga
Parnaíba Gás Natural S.A.
Pedro Zinner
Prolist
Glenn Dillard
Resolv
Leandro Romitelli
Strategic Marketing & Planning
Presidente
Chief Executive Officer
Gestor Comercial
Director for Latin America
Henrique Rzezinski
Av. Rio Branco, 138, salas 701
e 702 – Centro 20040-002
Rio de Janeiro, RJ
Tel.: (21) 2125-9835
[email protected]
www.honeywell.com
Vice-Presidente de Relações
Rua do Rosário, 173,
2˚andar – Centro
20041-005 Rio de Janeiro, RJ
Tel.: (21) 3550-6050
Cel.: (21) 99693-1595
[email protected]
www.prolist.com.br
Rua Conde Bonfim, 120, sala 214 –
Tijuca 2 0520-053 Rio de Janeiro, RJ
Tel.: (21) 3173-7413
[email protected] www.resolv.com.br
Externas e Institucionais
Praia de Botafogo, 228, 13º andar,
Ala A – Botafogo 22250-906
Rio de Janeiro, RJ
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expediente
COMITÊ EXECUTIVO
Marco André Coelho de Almeida_Sócio, KPMG
DIRETORIA AMCHAM ESPÍRITO SANTO
PRESIDENTE
Roberto Prisco Paraíso Ramos_Diretorpresidente, Odebrecht Óleo e Gás
Marco Antônio Gonçalves_Diretor-gerente,
Bradesco Seguros S.A.
PRESIDENTE
Otacílio José Coser Filho_Membro do Conselho
de Administração, Coimex Empreendimentos e
Participações Ltda.
1º. VICE-PRESIDENTE
Rafael Sampaio da Motta_CEO, Grupo Case
Benefícios e Seguros
Maurício Felgueiras_Diretor, MXM Sistemas e
Serviços de Informática S.A.
Mauro Moreira_Sócio, Ernst & Young Terco - EY
2º. VICE-PRESIDENTE
Antonio Carlos da Silva Dias_Executivo, IBM Brasil
Osmond Coelho Junior_Gerente Executivo da Área
Internacional, Petrobras
3º. VICE-PRESIDENTE
Marcelo Mancini Peixoto_CFO e VP, Prudential do
Brasil Seguros de Vida S.A.
Patrícia Pradal_Diretora de Desenvolvimento de
Negócios e Relações Governamentais, Chevron
Brasil Petróleo Ltda.
DIRETOR FINANCEIRO
André Luiz Castello Branco_Sócio, PwC
Rafael Benke
CONSELHEIRO JURÍDICO
Luiz Claudio Salles Cristofaro_Sócio,
Chediak Advogados
DIRETOR-SECRETÁRIO
Steven Bipes_Diretor, Albright Stonebridge Group
EX-PRESIDENTES
Henrique Rzezinski, Robson Goulart Barreto
e João César Lima
PRESIDENTES DE HONRA
Mauro Vieira_Embaixador do Brasil nos EUA
Liliana Ayalde_Embaixadora dos EUA no Brasil
Rafael Sampaio da Motta_CEO, Grupo Case
Benefícios e Seguros
Raïssa Lumack_Vice-presidente de Recursos
Humanos, Coca-Cola Brasil
Roberto Braga Mendes_Vice-presidente e
Gerente-Geral da América Latina, Thermo Fisher
Scientific
Roberto Prisco Paraíso Ramos_Diretorpresidente, Odebrecht Óleo e Gás S.A.
Robson Pinheiro Rodrigues de Campos_
Presidente, Wärtsilä Brasil Ltda.
DIRETORES
Steven Bipes_Senior Advisor, Albright Stonebridge
Group
Álvaro Emídio Macedo Cysneiros_Diretor de
Operações de Mercado Internacional, Totvs
DIRETORES EX-OFÍCIO
André Luiz Castello Branco_Sócio, PwC
Antonio Carlos da Silva Dias_Executivo, IBM Brasil
Antônio Cláudio Buchaul_Segment Head, Banco
Citibank
Carlos Alexandre Guimarães_Diretor Regional Rio
de Janeiro e Espírito Santo, SulAmérica Companhia
Nacional de Seguros
Carlos Henrique Moreira_Presidente do Conselho,
Embratel
Cassio Zandoná_Superintendente Amil Rio de
Janeiro, Amil - Assistência Médica Internacional
Ltda.
Dilson Verçosa Junior_Diretor Regional de Vendas
– Brasil, American Airlines Inc.
Guillermo Quintero_Presidente, BP Energy do
Brasil Ltda.
João Geraldo Ferreira_Presidente, GE Óleo e Gás
para América Latina
José Firmo_Presidente, Schlumberger Serviços de
Petróleo Ltda.
Leandro Andrade Azevedo_Diretor-superintendente,
Construtora Norberto Odebrecht S.A.
Andres Cristian Nacht | Carlos Augusto C. Salles
| Carlos Henrique de Carvalho Fróes | Gabriella
Icaza | Gilberto Duarte Prado | Gilson Freitas de
Souza | Henrique Rzezinski | Ivan Ferreira Garcia
| João César Lima | Joel Korn | José Luiz Silveira
Miranda | Luiz Fernando Teixeira Pinto | Omar
Carneiro da Cunha | Peter Dirk Siemsen | Robson
Goulart Barreto | Ronaldo Camargo Veirano |
Rubens Branco da Silva | Sidney Levy
PRESIDENTES DE COMITÊS
Assuntos Jurídicos - Julian Chediak
Propriedade Intelectual - Andreia
de Andrade Gomes
Tax Friday - Richard Edward Dotoli
Energia – Manuel Fernandes
Entretenimento, Esportes e Cultura - Steve Solot
Logística e Infraestrutura - Álvaro Palma de Jorge
Marketing - Noel De Simone
Meio Ambiente - Kárim Ozon
Recursos Humanos - Claudia Danienne Marchi
Relações Governamentais - João César Lima
Luiz Carlos Costamilan_Firjan
Responsabilidade Social Empresarial - Silvina Ramal
Luiz Claudio Salles Cristofaro_Sócio, Chediak Advogados
Saúde - Gilberto Ururahy
Manuel Domingues e Pinho_Presidente, DPC
Seguros, Resseguros e Previdência - Luiz Wancelotti
Marcelo Mancini Peixoto_CFO e VP, Prudential do
Brasil Seguros de Vida S.A.
Tecnologia da Informação e Comunicação - André
Bertrand
48_Edição 286_mai/jun 2014
VICE-PRESIDENTE
Maurício Max_Diretor do Departamento de
Pelotização, Vale S.A.
DIRETORES
Bruno Moreira Giestas_Diretor, Realcafé Solúvel
do Brasil S.A.
Carlos Fernando Lindenberg Neto_Diretor-geral,
Rede Gazeta
João Carlos Pedroza da Fonseca_Superintendente,
Rede Tribuna
Liberato Milo_Diretor-geral, Chocolates Garoto
Márcio Brotto Barros_Sócio, Bergi Advocacia –
Sociedade de Advogados
Marcos Guerra_Presidente, Findes
Marcelo de Oliveira_Gerente-geral Industrial,
Fibria Celulose
Ricardo Vescovi Aragão_Presidente, Samarco
Mineração
Rodrigo Loureiro Martins_Advogado-sócio
Principal, Advocacia Rodrigo Loureiro Martins
Simone Chieppe Moura_Diretora-geral,
Metropolitana Transportes e Serviços
Victor Affonso Biasutti Pignaton_Diretor, Centro
Educacional Leonardo da Vinci
Negócios Internacionais
Marcilio Rodrigues Machado
Relações Governamentais
Maria Alice Paoliello Lindenberg
LINHA DIRETA COM A AMCHAM RIO
Diretor-superintendente: Rafael Lourenço
(21) 3213-9205 | [email protected]
Administração e Finanças: Ednei Medeiros
(21) 3213-9208 | [email protected]
Produtos e Serviços: Lívia Corti Tavares
(21) 3213-9231 | [email protected]
Jaqueline Paiva | (21) 3213-9232 |
[email protected]
Comunicação: Eduardo Nunes
(21) 3213-9239 | [email protected]
LINHA DIRETA COM A AMCHAM ES
Diretor executivo: Luiz Fernando Mello Leitão
(27) 99972-5933 | leitã[email protected]
Assistente: Keyla Corrêa
(27) 3324-8681 | [email protected]