Revista Março – n° 37

Transcrição

Revista Março – n° 37
Revista trimestral do
Ano 9 | no 37 | Janeiro/Fevereiro/Março de 2012
1ª Prova de Especialidades
Inovação
Laboratório de Biomecânica: espaço
para pesquisa prática cinésio-funcional
Especialidades
Entrevista
Chamada Pública promove discussão
sobre Prova de Especialidades
Conselheira explica a função do
Conselho Municipal de Saúde
Colegiado
Gestão 2010-2014
Diretoria
Presidente
Dr. Alexandre Doval da Costa
Vice-Presidente
Dr. Antonio Alberto Fernandes (Prof. Betinho)
Diretora-Secretária
Dra. Lenise Hetzel
Diretora-Tesoureira
Dra. Luciana Gaelzer Wertheimer
Conselheiros Efetivos
Dr. Alexandre Doval da Costa
Dr. Antonio Alberto Fernandes (Prof. Betinho)
Dra. Lenise Hetzel
Dra. Luciana Gaelzer Wertheimer
Dra. Marisa Petrucci Gigante
Dr. Mauro Antônio Félix
Dr. Sandro da Silva Groisman
Dra. Sonia Aparecida Manacero
Dra. Tania Cristina Malezan Fleig
Conselheiros Suplentes
Dra. Carolina Santos da Silva
Dr. Dáversom Bordin Canterle
Dr. Henrique da Costa Huve
Dr. Jeferson Ubiratã Mattos Vieira
Dr. Marcos Lisboa Neves
Dra. Mirtha da Rosa Zenker
Dra. Priscila Mallmann Bordignon
Dra. Rosemeri Suzin
Dr. Otávio Augusto Duarte
Assessoria de Comunicação
Jornalistas Responsáveis
Candice Habeyche
Thaise de Moraes - MTB 12818
Projeto gráfico: Crefito5/Mundi Propaganda
Impressão: Gráfica Trindade
A revista do Crefito5 é o órgão oficial de divulgação do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – 5a Região.
Endereço: Av. Palmeira, 27 cj. 403, bairro Petrópolis, Porto Alegre/RS | CEP 90470-300
Fone/Fax: (51) 3334 6586 – Porto Alegre, RS
E-mail: [email protected]
Site: www.crefito5.org.br
Periodicidade: Trimestral
Tiragem: 12.000 exemplares
Textos: Candice Habeyche e Thaise Moraes
Fotos: Arquivo Crefito5, arquivo pessoal e bancos de imagens.
Proibida a reprodução parcial ou total sem prévia
autorização.
JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012
Nesta edição
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Entrevista
Entrevista/Política
Política
Profissões
Inovação
Fiscalização
Especialidades
Hora Livre
Comissões
Coffito
Notícias
Agenda
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JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012
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Editorial
Esta é a primeira edição do ano de 2012, acabamos de entrar no 9º ano de revista
do Crefito5, e para iniciar bem, a nossa capa traz a matéria sobre a 1ª Prova de Reconhecimento das Especialidades de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, depois de 40
anos de profissão. Sabendo que as dúvidas sobre essa primeira prova seriam grandes,
trouxemos a matéria, na página 18, da Chamada Pública e as principais dúvidas do
edital da prova de especialidades.
Novo ano, novos trabalhos para os políticos, e para estar a par do que está acontecendo no Senado e na Câmara, confira a página 10, onde consta a atualização dos
PLs que envolvem a fisioterapia e a terapia ocupacional, em especial, a movimentação do PL do Ato Médico que esta com nova redação. Ainda sobre política, nesta
edição é possível conhecer o trabalho desenvolvido pelo deputado estadual Adão
Villaverde na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, veja a entrevista na
página 8.
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Como a saúde é sempre pauta do Conselho, conversamos com uma das conselheiras
municipais de saúde, sobre a importância e trabalho que ela desenvolve, e como isso
reflete nas profissões de terapia ocupacional e fisioterapia, na página 06. E quando
o assunto é saúde, nunca é demais saber do passado e sempre é bom saber das inovações. Conheça a história do trabalho desenvolvido pelas terapeutas ocupacionais do
São Pedro, na página 12, e veja o projeto para desenvolver calçados adequados para
a população, desenvolvido por fisioterapeutas no laboratório do Senai, na página 14.
Aproveitamos esta edição para ajudar o profissional em uma das dúvidas mais recorrentes no Conselho: como fazer a publicidade da sua clínica ou consultório. Fique
por dentro das normas que o Coffito estabelece, na página 16. Por fim, inauguramos
nesta edição a Seção das Comissões, nas próximas edições continuaremos contando
a história e o papel de cada comissão. A nossa estreante é a Comissão de Políticas
Públicas, na página 25. E, como sempre nosso resumo das notícias veiculadas pelo
Crefito5 nos últimos três meses, o Acórdão do Coffito sobre a prova de especialidades, e para encerrar um pouco de descontração com o fisioterapeuta que pratica
equitação campeira, na página 23.
Comissão Editorial
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opinião
Satisfação
A Coluna e as áreas da saúde
Queremos parabenizar o Crefito5 por ter um funcionário competente e atencioso como o Andrewis
Kirinus.
Sou fisioterapeuta e venho comunicar a minha indignação diante da reportagem que o Pioneiro apresenta hoje (29/02). Na página 10, em que são dadas
algumas informações erradas sobre a Quiropaxia
dando a entender que só essa especialidade que funciona no tratamento da coluna e articulações.
Quero esclarecer que não tenho intenção de prejudicar a quiropraxia, só quero que quando se proponham a realizar uma matéria no âmbito da saúde que
não possam ser generalistas e colocar como somente
esta profissão que trata a coluna e articulações com a
frase: “Trata-se da única área da saúde que tem condições para tratar da coluna e outras articulações”.
É conhecimento de todos, que além de nós Fisioterapeutas e Quiropraxistas, tem mais profissionais que
tratam dessa área com grande competência. Cada
um atua de acordo com a sua profissão e conhecimento. Acredito que quem se propõe hoje em dia
ser uma profissional da área da saúde não está brincando em serviço, pois é uma profissão que exige
muito, principalmente buscar sempre novas terapias,
tratamentos e condutas para que o maior beneficiado
seja o paciente.
João Cunha Lopes
Esposo da profissional
Santa Maria - RS
Resposta
Prezado Sr. João:
Agradecemos o envio do seu e-mail, ele é muito importante para o funcionário e para o Conselho. O
Andrewis é um funcionário muito dedicado, competente e atencioso com todos.
Mais uma vez agradeço o senhor ter reconhecido o
atendimento prestado pelo funcionário e enviado o
e-mail parabenizando-o.
Coordenação Geral do Crefito5
Especialidades
Quero manifestar meu desagrado relativo ao fato de
não vermos contempladas as sete especialidades da
Terapia Ocupacional.
Amara Lúcia Holanda Tavares Battistel
Terapeuta Ocupacional - 7.171-TO
Resposta
Após a publicação do Edital da Prova de Especialidades e ciência de que três especialidades da terapia
ocupacional e uma da fisioterapia não haviam sido
contempladas, o Crefito5 encaminhou ofício ao Coffito questionando se não haveria realização de prova
para as especialidades não publicadas no edital, e qual
a razão para esta decisão, pois era necessário obter informações para orientar os profissionais do RS. Logo,
o Coffito publicou o acórdão 275.
O Crefito5, após o acórdão, enviou um novo ofício
ao Coffito, solicitando uma análise das minutas das
especialidades não contempladas, visando a publicação e até mesmo a participação destas especialidades
primeira prova de especialidades.
Crefito5
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Rafaela Sebben
Fisioterapeuta - 140.596-F
Resposta
Após o recebimento deste email e avaliação do material, o Crefito5 entrou em contato com o Jornal
O Pioneiro solicitando errata. Segue a publicação do
jornal no dia 09 de março.
Crefito5
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Entrevista
Conselheira do Crefito5
explica o trabalho do CMS
Mirtha Zenker é terapeuta ocupacional e conselheira do Crefito5 desde
2010. Por indicação do
Crefito5 ocupa cadeira no
Conselho Municipal de
Saúde de Porto Alegre.
Crefito5 – O que é o Conselho
Municipal de Saúde (CMS)?
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MIRTHA – O Conselho Municipal de Saúde é a
instância máxima (no âmbito municipal) de controle
social na área de saúde sendo permanente e deliberativo, tendo por atribuições fiscalizar, acompanhar
e propor todas as ações de saúde, inclusive nos seus
aspectos econômicos e financeiros.
Crefito5 – Como é composto?
MIRTHA – Trabalha como colegiado de representantes do governo, prestadores de serviços, profissionais de saúde e usuários, que constituem o seu
Plenário, para efetivar o controle social nas políticas
de saúde. Em Porto Alegre é eleito bianualmente o
núcleo de coordenação, no qual o Crefito5 está representado neste mandato. Na sua estrutura conta
ainda com: secretaria executiva, secretaria técnica,
assessoria de planejamento e especial, comissões
executivas (fiscalização, comunicação e informação,
educação permanente) comissões temáticas(Saúde
Mental, Saúde do Trabalhador, DST/Aids, Saúde
da População Negra). Em Porto Alegre, a rede de
controle social da saúde se descentraliza através dos
conselhos distritais e conselhos locais de saúde, de
acordo com as regiões, e os serviços de saúde, que
incluem as unidades ambulatoriais e os hospitais.
Crefito5 – Qual a função de um
conselheiro municipal de Saúde?
Quais as principais atividades desenvolvidas?
MIRTHA – Os conselheiros participam na formulação das políticas públicas e acompanham a implantação das ações escolhidas, fiscalizam e controlam
os gastos, prazos, resultados parciais e a implantação definitiva dessas políticas, incluindo o encaminhamento de denúncias quando não é preconizado
os princípios do SUS (universalidade, integralidade,
equidade, descentralização, hierarquização) que garantem as ações e os serviços para promoção, proteção, tratamento e reabilitação da saúde. Importante
o conselheiro ser conhecedor da problemática da sua
região, ou categoria que representa para levar estas
demandas para a plenária do Conselho Municipal de
controle social.
Crefito5 – Quem pode ser conselheiro municipal e quais os trâmites
para assumir uma vaga?
MIRTHA – Existem várias formas de participar dos
conselhos de controle social sem ser conselheiro
como: nas conferências, palestras, rodas de conversas, seminários temáticos ou nas comissões do conselhos municipais. Estes conselhos são grupos constituídos, com responsabilidade técnica e que podem
atuar em temáticas específicas (DST/AIDS, Saúde
Mental, Saúde do Trabalhador, entre outras). E se tiver interesse em ser conselheiro municipal em sua cidade e não tiver assento, deve primeiro pleitear uma
cadeira no seu Conselho Municipal, para ter direito
de voz e voto, e após, solicitar ao Crefito5 indicação
por escrito, mas todos que participam nas reuniões
de Plenária têm direito a voz.
A constituição de cada Conselho Municipal de Saúde deve ser estabelecida em lei, onde fica definida a
forma de composição e participação dos integrantes.
Crefito5 – Qual a importância de
que cada CMS tenha um profissional de fisioterapia e terapia ocupacional?
MIRTHA – É muito importante que os profissionais
fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais assumam
estes espaços de regulação do controle social para
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Entrevista
encaminhar as demandas e necessidades da rede de
saúde para que a população possa se beneficiar dos
atendimentos preventivos e de reabilitação tão importantes e muitas vezes não oferecidos na rede SUS.
São nestes espaços que podemos reenvindicar a implantação das políticas preconizadas na esfera federal, em nossos municípios. Sem mencionar que uma
das responsabilidades do profissional de fisioterapia
e terapia ocupacional, definidas no código de ética,
é participar de espaços de promoção de cidadania
para promover a saúde e prevenir condições que implicam perda da qualidade da vida do ser humano.
Crefito5 – Estando dentro de um
CMS, o conselheiro, através de
projetos e ações, é capaz de promover a sua profissão?
MIRTHA – O Conselho de Saúde é um espaço de
trocas, de divulgação e de informação. Sendo um
colegiado que delibera sobre as políticas de saúde,
também é um espaço para defender os princípios do
SUS, planejar ações que proponham a integralidade
da atenção à saúde. Os profissionais de fisioterapia e
a terapia ocupacional conhecedores de suas competências e atribuições devem buscar junto a estas instâncias, encaminhar demandas de eventos que promovam as categorias, solicitar, conforme a realidade
de cada região, abertura de cargos para realização
de concurso.
Crefito5 – Atualmente o governo
federal tem desenvolvido projetos que incluem as profissões de
fisioterapia e terapia ocupacional.
Como o conselheiro pode trabalhar
para que estes projetos, bem como
os seus recursos, sejam implantados
na sua cidade?
MIRTHA– O conselheiro pode atuar na divulgação
dos mesmos, fomentar a sua implantação, bem como
estimular o conhecimento a respeito do que eles propõem.
Crefito5 – Quais as vantagens de
ser conselheiro de saúde e ao mesmo tempo, conselheiro do Crefito5?
MIRTHA – Possibilita fazer a interface de forma
mais ágil entre o Crefito5 e o CMS, buscando espaços de diálogo entre as instâncias.
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Crefito5 – O que você considera
que seja necessário para que exista o crescimento e reconhecimento
das profissões de fisioterapia e terapia ocupacional pelos órgãos públicos?
MIRTHA – Vejo que é necessário que os profissionais atuem mais no coletivo, buscando espaços de
controle social pois além do conselho de saúde, no
qual o Crefito5 está inserido, são vários os conselhos
afins as nossas áreas como: dos direitos da criança e
adolescentes, assistência social, das pessoas com deficiência, do idoso, de educação, entre outros, que
podemos buscar espaços para divulgação das nossas
profissões. Também, vejo que é importante aproximar a gestão do seu município para estimular a criação e implantação de políticas de saúde/educação/
assistência social, e fomentar com isto a criação de
concurso para as nossas áreas.
Crefito5 – Destaque que políticas
públicas seriam interessantes para
as profissões de fisioterapia e terapia ocupacional, e como os profissionais podem participar para estas
conquistas?
MIRTHA – Uma primeira tarefa é colaborar com as
ações que o Crefito está propondo, como o cadastro
de todos os profissionais, através do mapeamento
on-line, para que a Comissão de Políticas Publicas
possa realizar um diagnóstico e ações mais específicas
para cada região do Estado.
Outra atribuição importante é buscar informações
sobre as políticas federais para reenvindicar nas suas
cidades sua implantação. Atualmente são vários
projetos que o Governo Federal esta preconizando
como: Programa de atenção comunitária integrada a
usuários de álcool e outras drogas, Situação Prisional,
Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Política Nacional
de Práticas Integrativas e Complementares, Atenção
integral à saúde do trabalhador, Plano Viver sem Limites da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, Acessibilidade e educação inclusiva, Sistema
Único de Assistência Social (SUAS), são exemplos
de políticas que nossas categorias tem potencial de
atuação. É fortalecendo as nossas categorias que podemos fazer a diferença.
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Entrevista
Deputado Estadual apoia
luta dos profissionais
Adão Villaverde é engenheiro,
professor e ex-Presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Entre seus projetos de
destaque estão a implantação da
Assembleia Inclusiva e participação no debate que visa o
resgate do Centro de Reabilitação Profissional. 8
Crefito5 – O programa da AL Inclusiva, recém implantado na Assembleia Legislativa do RS, mostra
a preocupação em fornecer acessibilidade em um órgão público.
Gostaria de saber quais políticas
são necessárias para que o modelo
instaurado na Assembleia possa ser
replicado em todos os órgãos públicos de Porto Alegre e até mesmo,
do Estado?
ADÃO VILLAVERDE – Antes de mais nada, é
preciso estimular a mudança comportamental e cultural que deve acompanhar as políticas de inclusão
para tornar os espaços públicos 100% inclusivos. Na
Assembleia Legislativa, quando assumimos a presidência da Casa em 2011, instituímos um grupo de
trabalho e começamos a implementar iniciativas e
ações que ajudaram a mudar a postura de todos. Elas
incluíram uma recepção inclusiva desde a chegada
da pessoa com deficiência no prédio do Palácio Farroupilha; realização de debates, seminários, encontros e reuniões internas de sensibilização; editamos
uma cartilha com dicas de convivência com pessoas
com deficiência e até um Manual de Redação com
o diferencial da Mídia Inclusiva, um programa de
TV chamado “Faça a diferença” abordando o tema
continuadamente e, principalmente, instalamos equipamentos que facilitam a acessibilidade, como pisos
Foto: Marco Couto
táteis, sinalizações especiais, elevadores para cadeira
de rodas e computadores de uso público para deficientes visuais, entre outros. Acho que o modelo do
Parlamento pode ser facilmente copiado, mas só vai
ser exitoso se entender que não se trata de mais uma
campanha passageira mas de uma postura definitiva
de todos com relação à pessoa com deficiência.
Crefito5 – Como a pauta é promover a acessibilidade, são comuns as
matérias que elucidam a precariedade das calçadas de Porto Alegre,
e, na edição da Zero Hora do dia
02 de março, temos retratos da
precariedade do calçamento da Andradas, uma via pública. O que é
necessário para que administração
pública revitalize estas áreas?
ADÃO VILLAVERDE – É necessário, fundamentalmente, uma gestão pública que pense a qualidade
de vida das pessoas como ideia central da administração. Que coloque a mobilidade e a acessibilidade
como prioridade entre os pontos que visem uma melhora da qualidade de vida dos cidadãos e cidadãs da
cidade. O poder público tem a obrigação de manter
os passeios públicos em condições, tanto no aspecto
da mobilidade quanto da acessibilidade. Essa questão
passa também pela gestão, criação de projetos que
viabilize a busca de recursos e, mais ainda, a criação
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Entrevista
e implementação de uma política de Estado que veja
a acessibilidade e mobilidade urbanas como pontos
cruciais do direito de ir vir das pessoas, direito este
garantido na nossa lei maior, que é a Constituição
Federal.
Crefito5 – De que forma poderiam
ser criados projetos para tornar as
cidades do Rio Grande do Sul mais
acessíveis? Lembrando que em Porto Alegre existem poucas rampas,
para calçamento tátil, e poucas sinaleiras para cegos? Como é possível mudar esta realidade?
ADÃO VILLAVERDE – Esta questão é prerrogativa dos municípios, tanto dos executivos quanto
dos legislativos. Por isso também é necessário que a
própria população e as entidades da sociedade civil
organizada se apropriem, tenham conhecimento da
legislação (como o Plano Nacional da Pessoa com
Deficiência, do Governo Federal, cujo objetivo é
atuar em beneficio da pessoa com deficiência, melhorando o acesso destes cidadãos aos benefícios básicos, tais como, mercado de trabalho e a mobilidade
urbana) e cobrem dos seus governantes e legisladores
a criação de políticas públicas que deem, de forma
prática, respostas a essas demandas. Como a manutenção e a conservação das calçadas em frente às
residências e prédios particulares são de responsabilidade dos munícipios, é preciso, além de fiscalizar,
criar a cultura de que a mobilidade e a acessibilidade
universais também são direitos fundamentais de todo
cidadão. E foi justamente por esta nossa posição que,
ao assumirmos a presidência da ALRS entre janeiro
de 2011 e janeiro deste ano, um dos nossos compromissos foi o de justamente tornar a Casa Legislativa totalmente acessível.
Crefito5 – O resgate do Centro de
Reabilitação é um movimento bastante importante para o Estado,
que carece de mais serviços deste
porte, porém, caso seja reaberto,
o Governo ajudaria a manter este
serviço?
ADÃO VILLAVERDE – Sei bem da importância
deste resgate porque, já em 2005, participei ativaJANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012
mente dos movimentos liderados pelo Instituto Popular Porto Alegre (IPPOA) e pelo Fórum Sindical
da Saúde do Trabalhador para que o Rio Grande
do Sul conquistasse um centro de referência em
reabilitação. Na época, o ministro da Previdência
Social, Nelson Machado, em visita a Porto Alegre,
aceitou nossa sugestão para que a prefeitura da Capital considerasse a demanda histórica e incorporasse
os estudos existentes sobre a recuperação do prédio
do Centro de Reabilitação Profissional do INSS localizado na avenida Bento Gonçalves. Sugeri que a
Prefeitura levasse em conta os estudos já feitos pelas
entidades por representarem um acúmulo importante sobre o assunto. A Prefeitura de Porto Alegre
também se comprometeu de elaborar um estudo,
mas, infelizmente, o projeto acabou não evoluindo.
Em novembro do ano passado, estive reunido, juntamente com lideranças de entidades da área da inclusão e acessibilidade, com o presidente nacional
do INSS, Mauro Luciano Hauschild, para novamente tratar da destinação do prédio do INSS, pois a
ideia é utilizar a estrutura já disponível da edificação.
Na ocasião, Hauschild explicou que, para viabilizar
o centro de reabilitação, o INSS estuda fazer uma
troca de imóveis com a Secretaria de Patrimônio da
União, pois a legislação não permite que o Instituto
faça a doação da área ao Estado.
Um grupo de trabalho organizado pela Faders que
inclui os conselhos e os usuários, foi formado para
encaminhar uma proposta de projeto para o ministro. Nesse sentido diversas reuniões já aconteceram,
inclusive com a minha participação.
Sem dúvida alguma, resgatar o Centro de Reabilitação e todo seu espaço físico e capacidade operacional
para torná-lo uma referência estadual em reabilitação
e habilitação profissional, é um movimento dos mais
importantes e necessários tanto para a sociedade da
nossa capital quanto do RS. O Centro será uma alternativa fundamental para reintegrar ao mercado de
trabalho e à sociedade milhares de pessoas – e os dados do INSS mostram que a maioria dos aposentados
por invalidez tem menos de 50 anos – que desejam
e necessitam ser reabilitadas. Fico feliz de estarmos
novamente abrindo este importante debate sobre
reabilitação do trabalhador acidentado e continuo à
disposição para incidir, política e institucionalmente,
junto aos órgãos competentes, para que esta demanda seja atendida de forma plena.
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política
De olho
no Congresso Nacional
Acompanhe a tramitação de projetos de lei e medidas provisórias relacionadas à fisioterapia e à
terapia ocupacional. Abaixo seguem os resumos dos principais projetos que podem ser acessados
no site da Câmara de Deputados e no site do Senado Federal que oferecem ferramentas de pesquisa e de acompanhamento dos projetos. Navegue em www.camara.gov.br/sileg e www.senado.
gov.br/atividade
PL 5404/2005 apensado ao PL 4732/2001
(Serafim Venzon – PDT-SC) – Devolução
à Comissão de Seguridade Social e Família
(CSSF).
Institui e estabelece critérios para a edição do
“Rol de Procedimentos e Serviços em Fisioterapia”, e dá outras providências.
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PLS 701/2011 (Senador Cícero Lucena –
PSDB/PB) – Na Comissão de Assuntos Sociais. Matéria com a relatoria, Senador Davim,
relator do projeto. Matéria encaminhada ao
Gabinete.
Altera os dispositivos da Lei nº 6.316/1975, que
“cria o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional”, para
adequá-la à Constituição de 1988 e dá outras
providências.
PL 5979/2009 (Mauro Nazif – PSB/RO) –
Na Comissão de Trabalho, de Administração
e Serviço Público (CTASP). Adiada votação
por falta de “quórum”, em 14/12/11.
Acrescenta dispositivo à lei n° 8.856, de 1° de
março de 1994, afim de dispor sobre o piso salarial dos profissionais fisioterapeutas e terapeutas
ocupacionais fixados em R$ 4.650,00.
PL 6083/2009 (Luiz Couto – PT/PB) – desarquivado em 15/02/2011 a pedido do
autor. Na Comissão de Seguridade Social e
Família (CSSF). Parecer do relator pela aprovação com susbtitutivo. Devolvido sem manifestação em 09/03/2012.
Institui a obrigatoriedade de realização de ginástica laboral no âmbito dos órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta.
PLS 268/2002 (Benício Sampaio – PPB /
PI) – substitutivo da Câmara dos Deputados
7783/2006. Aprovado o substitutivo apresentado à Câmara de Deputados.
Dispõe sobre o exercício da Medicina (Ato médico).
O projeto do Ato Médico, que trata do exercício
da medicina e envolve demais profissões da área da
saúde, foi aprovado pela Comissão de Constituição,
Justiça e Cidadania (CCJ), no dia 8/2. Porém, o
projeto aprovado refere-se ao relatório apresentado
pelo senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE),
que modificou o substitutivo aprovado pela Câmara. Também, cabe salientar, que o texto ainda precisa passar pelas comissões de Educação (CE) e de
Assuntos Sociais (CAS), antes de ir a Plenário. Se
aprovado, deverá ser encaminhado ao Presidente da
República para sanção do Projeto de Lei.
O presidente do Coffito, Roberto Mattar Cepeda, o
presidente da Comissão de Assuntos Parlamentares
(CAP), José Roberto Borges do Santos, e o presidente do Crefito5, Alexandre Doval, estiverem presentes durante a votação do projeto do Ato Médico,
por meio da CAP. De acordo com o presidente do
Crefito5, a categoria não é contra o projeto de lei do
Ato Médico, desde que seja resguardada a autonomia de outras profissões. Doval ainda comentou que
a forma como está escrito agora é melhor do que anterior, porém ainda traz prejuízos aos fisioterapeutas
e terapeutas ocupacionais
Um dos principais prejuízos é o diagnóstico, com a
nova redação fica estabelecido que o diagnóstico nosológico é exclusivo do médico. Já, os diagnósticos
cinésio-funcional, psicológico e nutricional, além de
avaliação comportamental, sensorial, de capacidade
mental e cognitiva continuam sendo realizados por
outras profissões. “Seria simples se trocasse a termiJANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012
política
nologia de “diagnóstico nosológico”, que é o diagnóstico da doença, para “diagnóstico médico”. Cada
profissão também tem a sua atuação no diagnóstico e
entendemos que, colocado dessa forma, há um cerceamento da nossa atividade”, ressalta Doval.
O Crefito5 continuará realizando uma mobilização,
na esfera legislativa, expondo a opinião da categoria
aos senadores e líderes políticos regionais.
Veja as principais mudanças no
texto do Ato Médico:
Diagnóstico
Diagnósticos de doenças: no relatório em exame na
CCJ, Valadares mantém como privativa dos médicos
a formulação de diagnóstico nosológico (para determinar a doença que acomete o paciente), mas retira essa exclusividade para “diagnósticos funcional e
cinésio-funcional [que avalia funções de órgãos e sistemas do corpo humano], psicológico, nutricional e
ambiental, e as avaliações comportamental e das capacidades mentais, sensorial e perceptocognitivas”.
Foto: JusBrasil
Assistência ventilatória mecânica ao paciente
O texto aprovado em 2006 no Senado previa como
exclusiva dos médicos a “definição da estratégia
ventilatória inicial” e a “supervisão do programa de
interrupção da ventilação” – procedimento de intubação do paciente acoplada a equipamento que bombeia ar aos pulmões. A norma foi questionada pelos
fisioterapeutas, profissionais também envolvidos no
atendimento a pacientes com dificuldade respiratória, especialmente nas unidades de terapia intensiva
JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012
(UTI). Conforme emenda da Câmara acolhida por
Valadares, caberá exclusivamente aos médicos a
“coordenação da estratégia ventilatória inicial e do
programa de interrupção da ventilação mecânica”.
Com a mudança, fica assegurada a participação de
fisioterapeutas na estratégia de ventilação mecânica.
Procedimentos invasivos
O projeto em análise prevê como atribuição exclusiva de médicos a indicação e a execução de “procedimentos invasivos, sejam diagnósticos, terapêuticos
ou estéticos, incluindo acessos vasculares profundos,
biópsias e endoscopia”. Pelo texto, tais procedimentos incluem, entre outros, “invasão da epiderme e
derme com o uso de produtos químicos ou abrasivos” e a “invasão da pele atingindo o tecido subcutâneo da pele para injeção”. A norma motivou reação
de acupunturistas e até mesmo de tatuadores, que
temem enfrentar restrição em seu campo de atuação
por conta da interpretação de conceito de procedimento invasivo.
Valadares manteve a norma
em seu relatório, mas retirou
da lista de atribuições exclusivas dos médicos a “aplicação de injeções subcutâneas,
intradérmica, intramusculares
e intravenosas”, apesar da recomendação de medicamentos
a serem aplicados por injeção
continuar sendo uma prerrogativa médica.
Direção e chefia
Pelo texto em análise, apenas
médicos podem ocupar cargos
de direção e chefia de serviços
médicos. As demais categorias
que atuam no setor consideram a norma um desrespeito aos outros profissionais
que atuam em ambulatórios, centros de saúde, centros de atenção psicossocial e nos núcleos de apoio
à saúde da família. Eles argumentam que o atendimento é feito por uma equipe multidisciplinar, não
havendo justificativa para que apenas uma categoria
tenha a prerrogativa de direção e chefia na unidade
de saúde.
Fonte: Agência Senado
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PROFISSÕES
O tempo e a força da
Terapia Ocupacional
Profissionais do Hospital Psiquiátrico São Pedro apresentam o seu
espaço de trabalho e as atividades que se tornaram referência no RS.
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A terapia ocupacional começou no Hospital Psiquiátrico São Pedro (HPSP) no início da década de 80,
quando a Secretaria Estadual de Saúde nomeou Nadia Farina Haesbaert - que faleceu em 2004 - para
atuar no HPSP. No ano de 1983, Nádia, que era
artista plástica já trabalhava com praxiterapia, o que
a levou a contratar a primeira turma de alunos de
terapia ocupacional para estagiar no HPSP. Nádia
também fez o curso de Terapia Ocupacional, após
conhecer o trabalho devenvolvido pelos colegas.
O primeiro concurso foi realizado em 1988, mas as
primeiras terapeutas ocupacionais só foram chamadas em 1994. A contratação se deu após a Reforma Psiquiátrica de 1992,
quando os pacientes não
poderiam mais ser internos e ficariam no máximo até 30 dias sob observação e tratamento,
sendo
posteriormente
encaminhados para suas
cidades de origem onde
deveriam manter o tratamento durante 21 dias
junto a rede de sua cidade, seja pelo CAPS ou
outro centro de atendimento específico.
Atualmente a internação se dá após a triagem realizada pelo SAT (serviço de atendimento e triagem),
o qual funciona como uma central de leitos de todo
o Estado. O HPSP possui 10 leitos infantis; 10 leitos
para adolescentes usuários de drogas; duas unidades
masculinas, cada uma com 30 leitos, que atendem
dependentes químicos; 30 leitos para mulheres com
dependência química; 30 leitos para homens com
doença mental. Estes
leitos atendem todos
os casos do Estado.
Como o tempo é
insuficiente para o
tratamento,
muitas
vezes o paciente tem
alta psiquiátrica mas
ainda está no aguardo
da medicação. Estes pacientes muitas vezes sofrem com
o abandono de seus
familiares, e são encaminhados para o
serviço social e pensões protegidas.
Além do atendimento prestado, as terapeutas ocupacionais também trabalham com mais de 300 pacientes remanescentes, anteriores a reforma de 1992,
alguns se quer possuem documentos e lugar para
JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012
PROFISSÕES
onde ir e por isso continuam vinculados ao hospital.
Para isso, desde 1992 existem as unidades de moradias, criadas para abrigar pacientes, como o Morada
São Pedro, que fica ao lado do hospital, e tem cerca de 40 casas. Estes pacientes também participam
de oficinas e projetos desenvolvidos pelas terapeutas
ocupacionais. O processo de desinstitucionalização,
depende primeiro do desejo do paciente, e a partir
desta vontade este recebe o auxílio das terapeutas
ocupacionais que desenvolvem o trabalho de adaptação, que conta com atividades de vida diária desenvolvido pelas profissionais, permitindo aos pacientes
o autogerenciamento.
Algumas oficinas foram extintas como a sapataria,
a marcenaria, o restauro de móveis e a pintura, enquanto outras continuam auxiliando no desenvolvimento e reabilitação dos pacientes, entre elas: bordado, costura, colchoaria, crochê, lavagem de carros,
oficina de criatividade (sendo esta coordenada pela
psicologia), salão de beleza e horta. Em 2000 surgiu
a ATUT (Associação dos Trabalhadores da Unidade de Triagem), apresentada na edição anterior da
revista do Crefito5, que viabiliza aos pacientes trabalharem cumprindo horário e recebendo uma renda
mensal.
As oficinas buscam a autonomia e o autogerenciamento destes pacientes. Outra atividade que é realizada pelo grupo de apoio é o clube da amizade
que desenvolve passeios guiados, atividades fixas a
tarde como brechós, feirinhas e promove o desenvolvimento e o convívio social.
As terapeutas ocupacionais
que estão atuando no HPSP:
- Roséli Amaral responsável pela reabilitação na
ATUT e no salão de beleza.
- Ana Helena Dias Amaral que desenvolve seu
trabalho no Centro Integrado Atendimento Psicosocial Infantil (CIAPS).
- Olga Lisboa que atende as internações de adolescente.
- Regina Martins que atua na Unidade Feminina.
- Maria Nalu Gonçalves que trabalha em uma das
Unidades Masculina.
- Rosane Schmiedt atende na Unidade de Internação José Barros Falcão.
- Lisiane Cardona de Melo é responsável pelas
Unidades de moradia Moises Roithmann e Luciulla.
- Joana Helena Moreira que foi responsável pela
Implantação do Serviço de Geração de Renda, a
ATUT.
- Denia Cunha Basquez Fernandez responsável
pelo Ambulatório Melani Klein que desenvolve tratamento de adultos.
- Simone Meyre Rosa e Lavínia Oliveira que
atendem no Serviço Residencial Terapêutico, onde
vivem os internos.
- Edi Auller que é responsável pelo desenvolvimento do paciente através da horta.
Da esq. para dir. Lisiane de Melo, Simone Rosa,
Roséli Amaral, Joana Moreira e Denia Fernandez
Durante a entrevista a terapeuta ocupacional Rosane Schmiedt compartilhou conosco uma reflexão rápida sobre a
unidade onde trabalha: “Na unidade José Barros Falcão, que
atende portadores de sofrimento psíquico em estado agudo
inovamos com a criação de um espaço de cozinha dentro da
sala de TO da unidade. A oficina “momento chef”, foi uma
proposta audaciosa, uma vez que teve que romper com os
preconceitos da própria unidade, pois na sala de terapia ocupacional foi organizado um espaço de cozinha com utensílios
tidos como perigosos para esta clientela. Há quase dois anos
esta proposta tem mostrado, cada vez mais, agregar homens
em atividade de culinária que visa estimular independência
na AVD alimentação, pensando no retorno a comunidade,
entre outros objetivos como socialização, organização de
tempo e espaço, limites, tolerância a frustração.”
JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012
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INOVAÇÃO
Laboratório de Biomecânica
espaço para pesquisa prática cinésio-funcional
O Centro Tecnológico do Calçado do Senai, em
Novo Hamburgo, conta com os laboratórios de biomecânica e de controle da qualidade, assessoria tecnológica, núcleo de informação tecnológica, logística
e cursos de desenvolvimento pessoal. O diferencial
deste espaço é o laboratório de biomecânica, que
esta habilitado a realizar análise baropodométrica
dinâmica, estática e estabilométrica através de plataforma de pressão; análise postural e de pressão
plantar através de palmilhas; análise anatômica e de
medidas do pé em 3D e a confecção de palmilhas,
além de picos de força, de pressão dos sapatos e da
dermobiografia.
14
constatou que há a necessidade de aplicação
da biomecânica, testando os calçados através
de equipamentos. Com
isso busca-se a avaliação mais complexa e
que minimize a interferência do calçado nos
problemas cotidianos
do usuário, com o objetivo de priorizar o conforto.
A preocupação da equipe é
tanto tratar lesões antes que elas
apareçam, como disponibilizar
neste centro de análise um parecer sobre os laudos emitidos,
avaliando e possibilitando o diagnóstico cinésio-funcional.
Este laboratório de análises conta com duas técnicas
químicas e duas fisioterapeutas: Taís Kuhn, bolsista
do projeto e Janaína Bortoli, consultora no laboratório. Segundo as profissionais, existem normas de conforto da ABNT que regulamentam e indicam como
deve ser o molde de um calçado, porém o Centro
Mesmo integrando a equipe há pouco mais de 6
meses, as fisioterapeutas puderam participar do projeto Mais Calce, que desenvolveu moldes de calçados para a terceira idade, fazendo um estudo com
grupos de idosas com mais de 50 anos, em 2010 e
2011. A intenção agora é expandir e disponibilizar
para a sociedade e colegas da área da saúde, o
laboratório para análise
preventiva de possíveis
problemas ligados à saúde dos pacientes.
Outra pesquisa que estásendo desenvolvida é da
utilização de nano cápsulas para forros e palmilhas de sapatos, que
busca identificar como a
essência de óleos podem
contribuir no conforto
dos calçados.
JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012
INOVAÇÃO
Para auxiliar no laboratório estão
sendo adquiridos mais equipahabilitado a realizar análise baropodomémentos como a termografia. A
preocupação da equipe é tanto
trica dinâmica, estática e estabilométrica
prevenir lesões, como disponibiatravés de plataforma de pressão; análise
lizar neste centro de análise um
parecer sobre os laudos emitidos,
postural e de pressão plantar através de palavaliando e possibilitando o diagmilhas; análise anatômica e de medidas do
nóstico cinésio funcional. Com o
foco na promoção da pesquisa,
pé em 3D e a confecção de palmilhas [...]
as profissionais destacam que estes exames são bastante utilizados
por desportistas, até mesmo para
examinar lesões recorrentes.
Para Janaína a possibilidade de estudar a planta do pé
e compreender o foco da dor a partir de análises em
laboratórios de biomecânica são fundamentais para a
formação de profissionais de fisioterapia, pois mesmo
havendo a discussão na academia, espaços como este
promovem a prática.
O laboratório é autossustentável, e se baseia no
Referencial Nacional de Honorários de Fisioterapia
(RNHF). Além disso, os recursos para os projetos
podem ser de ordem privada, através de solicitações
de empresas da região, mas também podem receber
recursos do Departamento Nacional do Senai, através dos editais disponibilizados. Os projetos poderão ser vendidos para a iniciativa privada no futuro,
como esclareceu Arlete Accurso, diretora do Centro
Tecnológico do Calçado.
Outra forma de adquirir incentivo do governo é
através da capacitação técnica. Segundo a supervisora de Educação e Tecnologia do Senai, Adriana
Guiel, será oferecido o curso de biomecânica aplicada ao setor calçadista que terá a primeira turma em
abril, o que habilitará profissionais especializados na
área. A equipe do Centro Tecnológico do Calçado
é multidisciplinar, e por isso é possível compartilhar
e desenvolver demandas com profissionais não só da
área da saúde, como da área mecânica, industrial, de
design e tecnologia, entre outros.
JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012
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FISCALIZAÇÃO
Embora o ditado popular alerte que “a propaganda é alma do negócio”, ela também é considerada a
primeira impressão, por isso, antes de realizar a sua
primeira publicidade fique atento ao código de ética
da profissão para não cometer equívocos sobre a sua
área de atuação.
16
De acordo com Departamento de Fiscalização, a
principal infração é a de Publicidade Irregular, conforme trouxemos na edição anterior, e a fim de reverter este quadro trazemos nesta revista um manual
explicativo sobre como devem ser feitos os cartões
de visita, fachadas e demais publicidades.
Primeiro identifique se você pretende abrir um consultório (pessoa física) ou uma empresa (pessoa jurídica) já que na hora de realizar suas primeiras publicidades isso será determinante, afinal apenas empresas
podem utilizar nome fantasia.
São itens obrigatórios nos cartões de visita: Nome,
profissão e número de inscrição. Informações como
área de atuação são permitidas, porém é importante
destacar as diferenças: Anúncio de especialista só é
permitido aos que já receberam o título pelo Coffito,
antes das resoluções 377 e 378, os demais, apenas
após a aprovação na prova de especialidades e recebimento do título pelas associações de especialidades.
EX: Especialista em dermatofuncional (os profissionais que já possuem o título reconhecido pelo Coffito), ou especialização em dermatofuncional (os profissionais que concluíram o curso, porém ainda não
possuem o título reconhecido pelo Coffito).
Outro detalhe que não deve ser esquecido é a resolução Coffito 158, que proíbe a utilização de titulações
genéricas, ou seja, ao invés do anúncio apresentar
fisioterapia esta instrutor de pilates.
JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012
FISCALIZAÇÃO
A fachada do consultório ou da empresa seguirá as mesmas normas do cartão de visita, portanto deve conter obrigatoriamente o
nome do profissional, profissão e número de inscrição. E, claro,
o nome fantasia só poderá ser utilizado em caso de registro de
empresa no Conselho.
Lembre-se: mesmo
que o consultório
possua outros profissionais, isto não
o torna empresa.
Dessa maneira, fica
proibida a utilização
de nome fantasia.
DEFIS ALERTA
cumprir os dispositivos legais que regem o exercício da Fisioterapia e
da Terapia Ocupacional fazem bem à ética e à carreira profissional.
Consultório
Consultório não é clínica, ou seja, na hora de anunciar fique atento à
modalidade de inscrição no Conselho.
Descontos
É proibido anunciar valores, descontos, consultas e avaliações gratuitas,
além de técnicas sem comprovação cientifica.
Crefito5
É proibido abreviar o nome do Conselho, ou seja, utilize Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 5ª Região ou apenas
Crefito5.
Números obrigatórios na sua publicidade
Número da inscrição profissional e número do Registro da Empresa.
Penalidades
Caso os seus materiais publicitários não estejam de
acordo com a legislação, durante a fiscalização o profissional receberá uma notificação para
alteração e correção do material. Em caso de descumprimento de prazo serão aplicadas multas.
JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012
Dúvidas?
Entre em contato com o Departamento de Fiscalização através do e-mail [email protected] ou pelo
telefone (51) 3334 6586.
17
especialidades
Chamada Pública promoveu
discussão sobre Prova de Especialidades
18
Faltando apenas dez dias para término das inscrições da primeira prova para reconhecimento
das especialidades de fisioterapia e terapia ocupacional, o Crefito5 promoveu, no dia 10/3,
a Chamada Pública da Prova de Especialidades.
O evento visava esclarecer as principais dúvidas
dos profissionais antes do encerramento das inscrições da prova, e como o objetivo era atingir
o maior número de profissionais, a chamada foi
transmitida por videoconferência para Caxias
do Sul e Santa Maria. “Em 40 anos de profissão
essa é a primeira vez que temos uma prova de
especialidades e, aproveitando que a coordenadora da Comissão de Especialidades do Crefito5, Sonia Manacero, participou da Comissão
Executiva da prova, acreditamos que essa seria
a melhor maneira de auxiliar os profissionais”,
destacou o presidente do Crefito5, Alexandre
Doval.
Após a abertura realizada pelo presidente do
Crefito5, foi a vez do profissional convidado da
Comissão de Especialidades Fernando Prati ressaltar a importância que este Regional teve com
a prova de especialidades, pois a Comissão de
Especialidades
foi instaurada
Em 40 anos de
há dois anos.
“Vemos que
profissão essa é a
bem trabalhaprimeira vez que
da, a questão
temos uma prova
da especialidade é fundade especialidades
mental para
a fisioterapia e a terapia ocupacional, uma vez
que este será o diferencial do profissional no
mercado de trabalho”, completou.
A fim de contextualizar aos presentes sobre as
diferenças entre especialidade e especialização
JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012
especialidades
foi apresentado um panorama histórico das profissões, em que nota-se que pela história a confusão começou com a própria nomenclatura,
quando ao invés de especialização utilizava-se
especialista. Outro fator ressaltado é o de que
a pós-graduação serve para aprofundar o conhecimento teórico e que o reconhecimento de
uma especialidade baseia-se nas aulas práticas,
não concedidas em especializações acadêmicas.
em Osteopatia; Fisioterapia em Quiropraxia;
Fisioterapia em Terapia Intensiva; Fisioterapia
Esportiva; Fisioterapia na Saúde da Mulher;
Fisioterapia Neurofuncional; Fisioterapia Oncológica; Fisioterapia Respiratória; Fisioterapia
Traumato-ortopédica; Terapia Ocupacional em
Acupuntura/MTC; Terapia Ocupacional em
Contextos Sociais; Terapia Ocupacional em
Saúde Mental e Terapia Ocupacional em Saúde
da Família. Sonia lembrou que nem todas as
especialidades foram contempladas, faltaram a
Fisioterapia em Saúde Coletiva, Terapia Ocupacional em Contextos Hospitalares, em Saúde
Coletiva e em Saúde Funcional.
Em relação as especialidades da Terapia Ocupacional, o Crefito5 encaminhou ofícios questionando as especialidades não contempladas, e
também um ofício solicitando que fossem analisadas as minutas buscando a contemplação destas no edital da prova, porém não houve tempo
hábil para inserção.
19
Como exemplo foi citado o caso da especialidade de Acupuntura, quando são exigidos cursos
de no mínimo 2 anos, sendo 80% de atividade
prática e 20% teórico. Ainda, cabe lembrar
que é necessário que o curso seja reconhecido
pelo Coffito, e tenha carga horária mínima de
1.200h.
Antes de dar início as perguntas dos profissionais, Sonia mencionou as especialidades contempladas no edital, sendo elas: Fisioterapia em
Dermatofuncional; Fisioterapia do Trabalho;
Fisioterapia em Acupuntura/MTC; Fisioterapia
JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012
Participaram do encontro, em Porto Alegre,
o presidente do Crefito5, Alexandre Doval, a
diretora-tesoureira, Luciana Wetheimer, a coordenadora da Comissão de Especialidades, Sonia
Manacero, o profissional convidado da Comissão de Especialidades, Fernando Prati e os Conselheiros Henrique Huve e Marcos Lisboa. Em
Caxias do Sul, estiveram presentes a conselheira
Rosemeri Suzin e a profissional convidada da
Comissão de Especialidades Ana Lúcia Soares.
E, em Santa Maria as conselheiras Carolina da
Silva e Tania Fleig.
especialidades
Confira as principais dúvidas da Chamada Pública:
1 – A prova de especialidades será realizada
anualmente?
Para que uma prova tenha validade ela precisa
sair no diário oficial e é necessário uma empresa
contratada para realizar o certame. Pensando
nestas necessidades, acredita-se que a prova deverá ocorrer em no máximo dois anos.
2- Como será a avaliação da prova?
A prova será divida em objetiva, discursiva e de
títulos. Lembrando que é necessário ter pontuação mínima em cada modalidade. Os pesos das
provas e títulos estão disponíveis no edital, nas
páginas 4 e 11.
20
3- No caso da RDC-7, a Anvisa vai se basear
pelo MEC ou pelo Coffito? Quem já realizou
a prova da Sobrafir precisa realizar a prova de
Especialidades?
A banca da Chamada Pública acredita que a
Anvisa vai se basear no Coffito, porém não
pôde afirmar. Em relação a necessidade de fazer a prova, é importante lembrar que os títulos
obtidos antes do dia 13/07/2010, de cursos
cujos projetos pedagógicos estavam aprovados
pelo Coffito, não necessitam realizar a prova.
Porém, é importante realizar consultas junto
a Associação e ler com atenção as resoluções
207 e 208; e 377 e 378.
4- Qual a diferença entre área requerida e área
afim?
Área requerida = Área específica. Ex: Especialidade de Neurofuncional, pós-graduação em
neurofuncional.
Área afim = área próxima. Ex: Especialidade
de Neurofuncional, pós-graduação em pediatria.
Foi contemplado no edital as duas categorias
pois existem poucas especializações específicas
das áreas.
5- Quem irá elaborar as perguntas das provas?
As associações citadas no anexo 3, do edital da
prova de especialidades, indicaram nomes de
profissionais reconhecidos na área. A empresa
contratada seleciona alguns, e é assinado um
termo de sigilo.
6- Como deve ser realizada a comprovação mínima de 2 anos, basta estar inscrito no Conselho?
Não basta estar inscrito no Conselho, é necessário comprovar a atuação. Esta comprovação
se dará por declaração de emprego, carteira de
trabalho, registro da prefeitura, declaração de
imposto de renda, por exemplo.
7- Qual o benefício de realizar a prova de especialidades?
As duas profissões estão em processo de avanço
e o título de especialista, no futuro, é que garantirá o diferencial. É importante lembrar que
na área da saúde a população sempre procura
por especialistas.
8- Como se dará a validação do título?
Após a aprovação na prova de especialidades é
necessário, em no máximo 180 dias, apresentar documentação à associação da especialidade
requerida, mencionada no anexo III do edital,
para receber o título de especialista.
9- Após a obtenção do título, ele será vitalício
ou será necessário realizar algum tipo de atualização?
A banca não pôde responder, lembrando que
esta demanda caberá as associações.
JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012
especialidades
Resumo do Edital sobre a Prova de Título de Especialista
Quem? Fisioterapeuta ou terapeuta ocupacional inscrito com o registro ativo por, no mínimo, 24 meses no Crefito5, contados até a
data de realização das provas (22/4/2012), e
estar em pleno gozo dos seus direitos. A prova
exclui os profissionais que já tenham seus títulos
de especialidade profissional reconhecidos pelo
Coffito e os que se enquadrarem nos termos das
resoluções do Coffito 207 e 208. Mais informações através das resoluções do Coffito 377
e 378.
Quando? As inscrições para prova foram até
o dia 20/3/2012 através do site www.aocp.
com.br
A data provável da prova, segundo o edital,
será no dia 22/4/2012.
Onde? As provas serão realizadas em três cidades do Rio Grande do Sul: Porto Alegre, Caxias
do Sul e Santa Maria. Os locais das provas serão
divulgados no dia 29/03/2012.
Por quê? Para aprimorar a qualidade da assistência profissional oferecida no meio social
através do subsídio técnico das associações de
especialidade, que visam o reconhecimento e
normatização das especialidades profissionais.
O título será outorgado pela associação de especialidade e chancelado pelo Coffito.
Quanto? Os primeiros cinco mil profissionais a
se inscreverem terão 60% (sessenta por cento)
de desconto no valor da taxa de R$ 64,00 (R$
26,00). O desconto engloba as inscrições na
totalidade das áreas de especialidades.
Como? A prova será dividida em 40 questões
objetivas (35 de conhecimentos específicos +
5 de legislação) e 4 questões discursivas, as
quais o candidato poderá optar por responder
2 delas. O processo seletivo contará também
com a prova de títulos.
JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012
Qual? As especialidades contempladas nesta
prova são: fisioterapia: dermatofuncional; do
trabalho; em acupuntura; em osteopatia; em
quiropraxia; em terapia intensiva; esportiva; na
saúde da mulher; neurofuncional; oncológica;
respiratória; traumato-ortopédica.
terapia ocupacional: em acupuntura; em contextos sociais; em saúde mental; em saúde
da família.
As especialidades não contempladas na edição
2012 da prova são: fisioterapia em saúde coletiva; e terapia ocupacional: em saúde funcional;
em contextos hospitalares; em saúde coletiva.
(de acordo com Ácordão 275).
Publicação do edital da abertura: 14/2
Período para solicitação de inscrição:
14/02/2012 até 20/03/2012 às 14h
Período para pagamento da taxa de inscrição:14/02/2012 até 20/03/2012
Divulgação do deferimento da inscrição:
24/3
Período para recurso contra o indeferimento da inscrição: 2 dias apos a publicação
Divulgação do horário e local da prova:
29/03
Aplicação da prova - data provável:
22/04
Divulgação do gabarito preliminar e do
caderno de questões: 1 dia após a realização da prova
Informações extraídas do Edital de
Abertura da Prova de Especialidades.
Mais informações acesse o site: www.
aocp.com.br
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JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012
HORA LIVRE
O ginete fisioterapeuta
A equitação é um esporte dividido em três segmentos: lazer, clássica e campeira e quem nos explica isso
é o fisioterapeuta Luciano José Chaves, que monta
desde 2004, quando adquiriu seu primeiro Mangalarga Marchador. Com este cavalo, Luciano praticava a equitação de lazer.
Como Luciano sempre gostou das coisas do
campo, buscou desenvolver suas habilidades
equestres, com isso passou a se interessar
pela competição e a prática da equitação
campeira, pois para ele era uma forma de se
aproximar do campo.
Para Luciano o ambiente equino lhe transporta para um encontro familiar e de grandes amizades, são momentos de boa prosa,
risadas e música que acontecem durante
acampamentos e viagens em grupo.
Desde 2009 monta no seu Aredu Cobre,
da raça Crioulo. Logo colocou o cavalo em
treinamento para aprender os movimentos
específicos exigidos para participar nas provas da Copa do Proprietário, competição
organizada nos moldes do Freio de Ouro,
mas para amadores. Para se preparar Luciano monta três vezes por semana e o cavalo
é trabalhado diariamente pelos treinadores,
pois a competição tem um nível de exigência
bem alta para o ginete e para o cavalo, por
isso existe essa rotina de treinamento que
Luciano desenvolve num Centro de Treinamento em Viamão.
Na última Copa do Proprietário, competição organizada pelo Núcleo de Criadores
de Cavalos Crioulos da 6ª Região, Luciano
conquistou o segundo lugar.
A competição tem sete etapas durante o ano
que são realizadas nos estados do RS, SC e
PR. O conjunto, ginete e cavalo, é pontuado em cada etapa, o que o classifica para a
grande final que acontece em novembro no
Parque de Exposições Assis Brasil de Esteio.
Em 2011, Luciano concorreu com 28 conjuntos e ficou apenas 0,2 pontos atrás do
vencedor.
Este ano já iniciou as competições, nos dias
17 e 18 de março aconteceu em Uruguaiana e 24 e 25 de março em Esteio. A grande
final esta marcada para 10 e 11 de novembro deste ano.
Para o fisioterapeuta, sua hora livre com o
cavalo e a vida campeira, lhe proporcionam
JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012
equilíbrio. São nestes momentos que Luciano “recarrega suas energias” para seu dia-a-dia de trabalho,
pois atende a domicílio e ainda em instituições geriátricas, o que lhe exige bastante.
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JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012
comissões
Comissão de Políticas Públicas
A Comissão de Políticas Públicas (CPP) iniciou suas
atividades em 2011/2, um ano após assumir a atual
gestão. Os membros da Comissão são o fisioterapeuta Mauro Antônio Félix e a terapeuta ocupacional
Carolina Santos da Silva. As colaboradoras da Comissão são a terapeuta ocupacional Mirtha Zenker e
a fisioterapeuta Tania Cristina Fleig, todos conselheiros do Crefito5. Os membros optaram por ampliar
o trabalho desenvolvido pela Comissão, que antes
tinha o foco apenas nas Políticas Públicas de Saúde, e
atuar também nas Políticas de Educação, Seguridade,
Previdência, Judicial, entre outras.
A Comissão de Políticas Públicas, criada na 203º.
Reunião do Plenário do Crefito5, em 25 de agosto
de 2011, é um órgão de caráter consultivo da Diretoria e da plenária do Crefito5 que tem por finalidade a assessoria, o planejamento e a inserção de profissionais de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional,
promovendo a visibilidade do profissional fisioterapeuta e terapeuta ocupacional perante os Órgãos Públicos e Privados, bem como demais profissões com
apoio do Crefito5, conforme os projetos e propostas
elaborados pelo grupo de trabalho e ratificados pela
diretoria da Autarquia.
Segundo os conselheiros, existe a confusão entre os
profissionais, que compreendem que Políticas Públicas são ligadas ao governo, porém público quer dizer
que é para todos, como exemplos eles destacam que
quando vamos a um restaurante este deve estar inspecionado pela Vigilância Sanitária, desta forma o
serviço público rege o mercado privado, sendo portanto de interesse de todo cidadão.
Para que os profissionais colaborem com o desenvolvimento e crescimento desta Comissão, os conselheiros pedem que participem da pesquisa de
mapeamento dos profissionais disponível no site do
JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012
conselho, isso porque o questionário irá nortear as
próximas ações da CPP.
Outra atitude seria a participação em suas regiões,
atuando no controle social junto ao Conselho Municipal de sua cidade. Primeiramente o profissional
pode ser ouvinte e aguardar a troca anual, para requerer uma cadeira para ter a participação ativa, pois
desta forma os ministérios conhecerão as necessidades para cada pasta de cada cidade. Os conselhos
municipais são compostos por: usuário, Governo,
trabalhador e prestador. Para saber mais sobre os
conselhos municipais lei a entrevista com a conselheira Mirtha Zenker na página 6 desta edição
Com a participação dos profissionais e repasse destas demandas para a CPP é possível o crescimento
das profissões. A CPP se reúne uma vez por mês
dependendo da demanda, mas mantém o contato a
distância, por email.
Para a CPP o Governo vem oportunizando diversas
políticas que estão ao alcance dos profissionais de
fisioterapia e terapia ocupacional, mas para isso é
necessário uma pressão da população junto aos gestores que devem se comprometer com a construção
e desenvolvimento conjunto.
A CPP tem atividades entre comissões previstas para
2012 como reuniões regionalizadas para fomentar
propostas ao governo e a atuação por regiões do Estado averiguando a necessidade de cada uma delas.
25
26
JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012
COFFITO
ACÓRDÃO Nº. 275 DE 19 DE JANEIRO DE 2012.
O PLENÁRIO DO CONSELHO FEDERAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL,
no uso de suas atribuições e disposições regulamentares conferidas pela Lei n°. 6.316, de 17 de
dezembro de 1975, e a Resolução n°. 181, de 25 de novembro de 1997, em que,
ACORDAM os Conselheiros do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, POR UNANIMIDADE, reunidos na sessão da 219… Reunião Plenária Ordinária, em
ACATAR o voto do Relator para decidir sobre a interpretação dos conteúdo normativos
previstos nas Resoluções Coffito 377 e 378, relativamente à obrigatoriedade do Coffito em
promover provas de títulos de especialidades profissionais a cada dois anos. O Plenário do Coffito,
diante da ausência de termo inicial para contagem do prazo previsto nas respectivas resoluções,
estabelece que os dois anos referidos serão contados a partir do primeiro exame realizado.
Esclarece, ainda, atendendo à solicitação formulada por entidades e profissionais interessados, nos
termos das discussões ocorridas em Plenário, que as especialidades da Fisioterapia e da
Terapia Ocupacional que não foram contempladas no processo de licitação para contratação de
instituição promotora do exame nacional de especialidades profissionais, e por essa razão,
não serão objeto de provas, nessa oportunidade, deveram-se ao fato, de, até o momento,
não terem sido discutidas e examinadas, pelo Plenário do COFFITO, com a profundidade
técnica-cientifica necessária, à sua aplicabilidade profissional em relação ao campo de atuação.
Quorum: Dr. Roberto Mattar Cepeda – Presidente; Dra. Elineth da Conceição Silva Braga
– Diretora; Secretária (Relatora) – Dr. Wilen Heil e Silva – Diretor Tesoureiro; Dr. Adamar
Nunes Coelho Júnior – Conselheiro Efetivo; Dr. Glademir Schwingel – Conselheiro Efetivo;
Dra. Perla Teles – Conselheira Efetiva; Dra. Carlene Borges Soares, Dr. Hebert Chimicatti
– Procurador Chefe da Procuradoria jurídica do COFFITO.
Brasília, 19 de janeiro de 2012
Elineth da Conceição da Silva Braga
Diretora-Secretária
Coffito elabora novo
Código de Ética e Deontologia
O Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia
Ocupacional (Coffito) anunciou a proposta de
um novo Código de Ética e Deontologia da Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Atualmente,
a Resolução Coffito nº 10, de 1978, aplica-se
a ambas as profissões. O Conselho Federal propõe a criação de um código para cada profissão, separando o que esta em vigor porém mantendo a regulamentação dos direitos e deveres
dos profissionais no exercício da fisioterapia e
da terapia ocupacional.Veja as minutas dos novos Códigos de Ética propostas pelo Coffito em
nosso site www.crefito5.org.br
JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012
Roberto Mattar Cepeda
Presidente do Conselho
Questionário de Pesquisa sobre o
Perfil do Fisioterapeuta Brasileiro
A Comissão do Mercosul do Coffito está
promovendo uma pesquisa sobre o perfil
profissional do fisioterapeuta brasileiro para
apresentar aos demais países que compõem o
bloco Mercosul, visando o futuro trânsito profissional. Este mesmo instrumento de pesquisa
está sendo utilizado pelas entidades dos fisioterapeutas da Argentina, Paraguai e Uruguai.
Os resultados serão posteriormente publicados. Para participar acesse: http://coffito.org.
br/cadastro
27
Notícias
Profissionais debatem honorários em Erechim
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O Crefito5 promoveu no último sábado (17/3),
em Erechim, uma reunião com os profissionais
da região, buscando assim discutir o mercado
de trabalho na região. Durante o encontro, um
dos temas mais debatidos foi o Referencial Nacional de Honorários de Fisioterapia (RNHF),
em que é estipulada a tabela
de honorários a ser cobrada
pelo profissional. Foi citado o
caso de uma operadora local
de plano de saúde, que estaria
praticando valores abaixo do
RNHF às clínicas credenciadas,
inclusive, sendo estes valores
inferiores também a tabela do
Sistema Único de Saúde. Os
presentes destacaram que valores ínfimos acarretam em má prestação de
serviço ao paciente, ou seja, ao cliente da operadora de saúde.
Visando o fortalecimento da profissão na região
foi sugerida que a Associação lidere um movimento que busque o reconhecimento e remuneração adequada, e que esta também oriente
os profissionais para que os mesmos sejam capa-
zes de reeducar os clientes de planos de saúde
a buscar seus diretos junto à Agência Nacional
de Saúde. Por fim, os profissionais destacaram
a importância da união da categoria, e que esta
não deva existir apenas por ações isoladas ou a
convite do Conselho.
Ainda, o Conselho, dentro de suas atribuições,
encaminhará medidas para a questão. Na ocasião estiveram presentes o presidente do Crefito5, Alexandre Doval, o assessor jurídico Leomar Lavratti, o conselheiro Henrique Huve, o
delegado regional Jaime Forest e os profissionais da região.
Quem melhorar o SUS terá mais verbas
Quem melhorar a nota do Índice de Desempenho do SUS (IDSUS) – divulgado quinta-feira
(1°/3) pelo Ministério da Saúde – terá direito
a mais verbas. Esta é a promessa do ministro
da Saúde, Alexandre Padilha, incentivando que
Estados e municípios se empenhem em qualificar os serviços da rede pública nos próximos
três anos, quando será apresentado um novo
índice. O Rio Grande do Sul obteve a terceira
melhor nota do país, 5,9 (considerada apenas
“razoável”), dentro de um contexto desanimador: somente 1,9% da população tem acesso a
um serviço de saúde que pode ser considerado
de qualidade (acima de 7).
Porto Alegre tem a nota de 6,51, uma das mais
altas entre todos os municípios brasileiros. Das
347 cidades que tiraram nota acima de 7 na
avaliação, 345 estão situados nas regiões Sul e
Sudeste.
Segundo o secretário estadual da Saúde, Ciro
Simoni, o Rio Grande do Sul figura no topo do
ranking por ter um “esforço histórico de mobilização da comunidade para melhorar serviços
básicos como saúde, educação e segurança”.
– Apesar de estarmos em situação mais confortável, temos muito o que evoluir, sobretudo no
que diz respeito à atenção básica. Nossa principal linha de atuação é a descentralização do
atendimento, para que possamos dar acesso à
saúde em todas as localidades e não sobrecarregar cidades como Porto Alegre – afirma.
Simoni ressalta que, “perto do que era o SUS,
estamos muito melhor, e que “houve grandes
avanços na cobertura da população com políticas de saúde, programas, o Saúde da Família,
além de políticas de humanização”.
– Na assistência de alta complexidade, como
em transplantes, somos referência no país. A
de média complexidade que ainda deve receber
uma atenção especial, pois está bem aquém do
necessário – afirma o secretário.
Fonte: Zero Hora
JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012
Notícias
Novas perspectivas para o CRP no RS
A conquista de um centro de reabilitação em
Porto Alegre e o prédio abandonado do antigo
Centro de Reabilitação Profissional (CRP) deram um passo importante na última quinta-feira
(12/1), às 18h, quando o representante dos
usuários Valter Castilhos, o presidente do Crefito5 Alexandre Doval, o diretor presidente da
Faders Cláudio Silva, a presidente do Crefa7,
Marlene Danesi, e representantes do CRN2 e
CRESS-RS, estiveram reunidos com o governador em exercício, Adão Villaverde, no Palácio Piratini, e na oportunidade entregaram o
documento que resumia as intenções debatidas
durante o Seminário de Políticas públicas para
Pessoas com Deficiência em Reabilitação/Habilitação, realizado em julho de 2011.
Durante a audiência, Valter Castilhos ressaltou
o projeto Viver Sem Limites do Governo Fe-
deral, que prevê a criação de centros de reabilitação, enfatizando que o Governo Estadual
poderia ser o mediador para esta conquista que
beneficiaria e asseguraria qualidade de vida às
pessoas com deficiência do Rio Grande do Sul.
Na ocasião, o governador mencionou a possibilidade de um encontro com o presidente do
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS),
Mauro Luciano Hauschild, instituição proprietária do CRP, durante uma de suas visitas à capital. Villaverde destacou esta como a primeira
etapa, que seria sucedida por discussões entre
o Governo do Estado, Governo Federal, e até
mesmo uma articulação com as universidades.
Ao fim da audiência ficou acertado que Villaverde era o responsável pela agenda com o presidente do INSS.
Presidente do INSS visita CRP em Porto Alegre
Dando prosseguimento as tratativas sobre a reabertura do Centro de Reabilitação Profissional
(CRP), ocorreu no dia 23/01 a visita do presidente do INSS, Mauro Hauschild, a convite do
presidente da Assembléia Legislativa o deputado estadual Adão Villaverde, ao prédio onde
funcionava o CRP na Avenida Bento Gonçalves, 827 em Porto Alegre. Estiveram presentes
Valter Castilhos, representante dos usuários,
Alexandre Doval, presidente do Crefito5, Marlene Danesi, presidente do Crfa7, representantes do Faders, Jorge Amaro, vice-presidente
do Conselho Estadual dos Diretos da Pessoa
com Deficiência – Coepede, as professoras do
Bacharelado em Fisioterapia da UFRGS Carla
Skilhan de Almeida e Luciana Laureano Paiva
Nogueira e representante da AAPPAD (Associação dos Amigos, Parentes e Portadores de
Ataxias Dominantes).
Hauschild esclareceu que segundo a Lei de Patrimônio, o INSS só pode alugar ou vender seus
prédios. Como não pode ceder o prédio, o ideal seria fazer uma permuta por um prédio que
seja patrimônio da União. Desta forma o prédio
do CRP que hoje pertence ao INSS, se tornaria
patrimônio da União, podendo ser trocado por
qualquer imóvel no país. O presidente do INSS
solicitou que os representantes dos conselhos,
JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012
das universidades e das instituições apoiadores
da causa, se reunissem em um grupo de trabalho para desenvolver um projeto com a proposta de reabertura do Centro de Reabilitação,
apresentando a necessidade deste serviço e o
planejamento para viabilizar, através dos ministérios, recursos para seu funcionamento.
Ele acredita também na possibilidade de parcerias para auxílio no repasse de recursos, pois
atualmente a Previdência possui 2 milhões de
aposentados por invalidez, e cerca de 700 mil
tem menos de 50 anos, Mauro acredita que
estes desejariam voltar ao mercado de trabalho,
mas para isto, é necessário um serviço de reabilitação público. Também lembrou o projeto
recém lançado pela presidente Dilma: “Viver
sem Limites” que contará com R$ 7,5 bilhões
em investimentos, este Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência abrange ações
de 15 ministérios.
Ficou definido que a Faders desenvolverá este
projeto, em parceria com os demais órgãos envolvidos, entre eles o Crefito5, e através de seu
Comitê Gestor indicará os ministérios. O presidente do INSS também disse que designará um
de seus assessores para acompanhar o projeto e
os trâmites necessários para o planejamento das
próximas ações.
29
Notícias
CMS tem novo núcleo de coordenação
O novo núcleo de coordenação do Conselho
Municipal de Saúde de Porto Alegre (CMSPOA) tomou posse no final da tarde de ontem(5/1). Até janeiro de 2014, a responsável pelo grupo será Sílvia Giugliani, eleita no
dia 15 de dezembro como representante dos
trabalhadores do setor. Ela ficará no lugar de
Maria Letícia de Oliveira Garcia, que seguirá
integrando o CMS-POA no Conselho Distrital
Glória/Cruzeiro/Cristal. Na vice-coordenação,
assume Djanira Correa da Conceição, eleita pelos usuários. Assumiram também Gilmar Campos, Hamilton Pessoa Farias, Liane Terezinha de
Araújo Oliveira (representantes dos usuários);
Mirtha da Rosa Zenker (representante dos trabalhadores/ conselheira do Crefito5) e Roger
dos Santos Rosa (representante dos prestadores
de serviço). O secretário municipal da Saúde,
Carlos Henrique Casartelli, permaneceu como
gestor do órgão, como representante do Exe-
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cutivo. O CMS-POA atua na formulação, na
deliberação e no controle das políticas de saúde
de Porto Alegre, acompanhando o desenvolvimento das ações e dos serviços do setor. Em
2010, foi o Conselho que denunciou o desvio
de R$ 10 milhões dos cofres públicos pela empresa Sollus. No mesmo ano, junto com o Conselho Estadual de Saúde, o órgão pressionou
o Ministério da Saúde para a reabertura dos
dois hospitais da Ulbra, fechados devido à crise financeira da universidade. Instituído pela lei
277/92, o Conselho também estimula e propicia a participação comunitária propondo critérios para a programação e execução financeira
e orçamentária do Fundo Municipal de Saúde
sem, entretanto, perder o caráter fiscalizatório,
conforme define a legislação do Sistema Único
de Saúde (SUS).
Fonte: Correio do Povo
Reunião entre Conselho e Governo do RS
visa melhorias às profissões
O presidente do Crefito5, Alexandre Doval e
o coordenador do Departamento de Fiscalização, Jeferson Vieira, reuniram-se no dia 16 de
janeiro com o diretor do Departamento das Coordenadorias Regionais do Rio Grande do Sul e
fisioterapeuta Márcio Slaviero. A reunião tinha
como pauta as metas que podem ser traçadas
pelo Governo em parceria com o Conselho a
fim de promover ações que contemplem as profissões de fisioterapia e terapia ocupacional.
De acordo com Doval, a reunião tratou temas como inserção do profissional de fisioterapia e terapia ocupacional em mais áreas da saúde, bem
como em mais projetos do Governo
Estadual. Ainda, entre os assuntos
discutidos, estava a inclusão do fisioterapeuta, no CAPS e a possibilidade
de uma discussão mais ampla sobre as
práticas integrativas e complementa-
res. “Nesta reunião começamos a aproximar
a fisioterapia e a terapia ocupacional do Governo do RS, e a nossa meta é que esta parceria
nos possibilite uma relação mais próxima com
o Governo Federal, pois dessa maneira conseguiremos fortalecer e valorizar as profissões
de fisioterapia e terapia ocupacional, finalizou
Doval.
JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012
Notícias
Intercâmbio: Crefito1 e Crefito5 trocaram
experiência sobre o Sistema
A diretoria do Crefito5 teve a oportunidade de
realizar um intercâmbio com o Crefito1, por
meio da visita da coordenadora do Departamento de Fiscalização, Francisca Rêgo Oliveira
de Araújo, que a convite do Conselho, e aproveitando a estadia no RS devido a compromissos da Abenfisio, aproveitou para compartilhar
um pouco dos seus 23 anos no Sistema CoffitoCrefitos. Na ocasião, a diretoria do Crefito5
composta pelo presidente Alexandre Doval,
pelo vice-presidente Antonio Alberto Fernandes, pela diretora-secretária Lenise Hetzel e
pela diretora-tesoureira Luciana Wertheimer
compartilharam as ações desenvolvidas pelo
Crefito5 nesta gestão.
Durante a reunião, Francisca alertou para a
importância de um sistema integrado entre os
Crefitos, com um cadastro nacional de profissionais, pois desta maneira o Sistema CoffitoCrefitos realmente funcionaria como um sistema e seria possível a aceleração no processo.
Ainda, visando a eficiência dos serviços prestados pelos conselhos, Francisca acredita que
a autonomia dos departamentos, em assuntos
específicos, favoreceria a agilidade dos serviços.
A utilização de papéis pelos conselhos também
esteve na pauta da reunião, quando Doval ressaltou que o Crefito5 pretende dar início ao
sistema de digitalização dos documentos a fim
de evitar esse acúmulo de papéis, ideia que ele
amadureceu devido ao trabalho realizado pelo
Crefito7. Ainda buscando um intercâmbio de
conhecimento, os presentes comentaram o processo de interiorização desenvolvido tanto pelo
Crefito5, como pelo Crefito1, uma vez que as
propostas eram um pouco diferentes.
Francisca também destacou a estrutura física do
Crefito5, principalmente pela organização dos
setores, também comentou sobre qualidade dos
materiais de comunicação, citando como exemplo o site, pois muitas vezes seus alunos acabam
encontrando informações na página online do
Crefito5.
Outro tema abordado foi a entrega da LTT
no dia da colação de grau, habilitando assim o
formando a entrar no mercado de trabalho no
mesmo dia em que se gradua, ação desenvolvida pelo Crefito5. Francisca mencionou que esta
é uma das metas dela, porém ela acredita que
a legislação deveria ser mais clara quanto a este
procedimento.
Também esteve presente na reunião a vice-coordenadora da Abenfisio, Adriane Batiston, que
conversou com Fernandes sobre a formação de
novos profissionais e o ensino na fisioterapia.
Crefito5 participa de reunião da CAP
O presidente do Crefito5, Alexandre Doval,
participou no dia 8/3 da reunião da Comissão
de Assuntos Parlamentares (CAP) do Coffito, em Brasília. Na ocasião foram debatidos
os Projetos de Lei 1436/2011 e 549/2011,
em tramitação na Câmara e Senado, respectivamente, e que tratam da regulamentação da
profissão de quiropraxista.
Ainda foram discutidos o Projeto de Lei
5979/2009 que dispõe sobre o piso salarial
dos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais; o
PL 7647/2010 sobre a regulamentação da terapia ocupacional; e o SCD 268/2002 que trata do Ato Médico. Durante o encontro foi definido que será realizada, a pedido do senador
JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012
Roberto Requião, uma audiência pública, na
Comissão de Educação do Senado Federal, sobre o PL do Ato
Médico com o
presidente do
Hospital
Sara
Kubitschek,
Aluísio Campos
da Paz Júnior.
A previsão é de
que a audiência
seja realizada no
final de abril.
Foto: JFreitas
31
Notícias
Fisioterapia entra em campo no futebol gaúcho
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O novo técnico do Grêmio Foot-ball Porto
Alegrense, Vanderlei Luxemburgo, promove
mudanças na equipe técnica, e desde o dia 07
de março, os jogos disputados contam com um
fisioterapeuta em campo. Henrique Valente foi
o estreante, acompanhando a equipe técnica no
jogo contra o River-plate, de Sergipe. “O Luxemburgo solicitou que ao invés do massagista,
o primeiro atendimento de reabilitação fosse
do fisioterapeuta e isso é uma grande conquista
para nossa profissão”, ressaltou.
Ele também recorda que enquanto a fisioterapia tem pouco mais de 40 anos, o futebol
tem mais de 100 anos, mas felizmente agora
começa a reconhecer a importância do nosso
trabalho. De acordo com o fisioterapeuta Felipe
Marques, que entrou em campo no jogo contra
o Novo Hamburgo, a solicitação do técnico se
daria pela possibilidade de reabilitação continuada e imediata, ou seja, no momento em que o
médico atende o jogador e encaminha ao fisioterapeuta, o mesmo pode prover seu diagnóstico funcional e começar a tratar. Além disso,
os atletas que já estivessem em tratamento, por
exemplo, caso sofram uma nova lesão, o fisioterapeuta estaria mais apto para compreender
e tratar. “Estou muito contente por este reconhecimento, principalmente por ele ter partido
do técnico Luxemburgo, e claro, pelo placar
do meu primeiro
jogo”, comemorou Felipe, pois
em seu primeiro
jogo seu time marcou 5 gols contra
o adversário.
Foto: UOL esportes
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Encontro com a senadora Marta Suplicy
Aconteceu na segunda-feira (12/3), a convite da Associação de Fisioterapeutas do Brasil
(AFB), reunião com a senadora Marta Suplicy,
em seu escritório em São Paulo. O objetivo do
encontro foi a discussão sobre as PLs do ato
médico e da quiropraxia. Entre os presentes esteve a conselheira do Crefito5 e presidente da
Abradimene, Sonia Manacero, além de representantes do Coffito, da Associação Brasileira
de Fisioterapeutas Quiropraxistas (Abrafiq),
da Associação Brasileira de Fisioterapeuta Osteopatas (ABFO) e do Crefito10. Durante a
reunião foi prestado esclarecimento à senadora
sobre a quiropraxia como especialidade da fisioterapia e, também, sobre os riscos, de ambos os
projetos de lei que estão em tramitação, para a
saúde pública de nosso país. Por fim, os representantes das entidades solicitaram o
apoio da senadora
para as reinvindicações das categorias
da saúde que são
afrontadas
pelos
referidos projetos.
A senadora Marta
mostrou-se sensibilizada a nossa causa.
Foto: Elisabete Alves
JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012
Notícias
Crefito5 participa da
7ª Semana de Prevenção das LER/DORT
A 7ª Semana de Prevenção das LER/DORT
aconteceu nos dias 28 e 29 de fevereiro, em
Porto Alegre, na Federação dos Trabalhadores
nas Indústrias de Alimentação do Estado do
RS (FTIARS). O evento contou com apoio e
participação do Crefito5, por meio da diretoratesoureira, Luciana Wertheimer. Na ocasião estiveram presentes o prefeito de Porto Alegre,
José Fortunati; o vereador Prof. Garcia, autor
da lei municipal 9504 que institui a Semana
das LER/DORT; o presidente do FTIARS, Caio
Fernando Reinhardt; o presidente do Cref e o
presidente da Associação de Ginástica Laboral.
O vereador Prof. Garcia, durante sua saudação
aos presentes, recordou a homenagem recebida
pelos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais
em 2009, através do prêmio Destaque Parceiro
da Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Ele lembrou ainda, que o Brasil é o país do tratamento
após a doença e não da prevenção.
Fortunati, por sua vez, falou da importância dos
sindicatos, pois foram eles os primeiros a enxergar as necessidades dignas aos trabalhadores e
como isso refletiria em seu cotidiano. Ele recorda também que as doenças ocupacionais são
recentes em nossas vidas e, em 1985, atuava
no sindicato dos bancários quando um psicólogo alertou sobre as LER, mas que na época o
assunto era motivo de piada até mesmo para os
profissionais. Ao fim, ele destacou a importância da militância por este tema, pois as doenças
JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012
ocupacionais acarretam em sequelas permanentes, sejam elas físicas ou psicológicas. Fortunati
concluiu parabenizando a realização da Semana
das LER/DORT, pois é extremamente importante que todos tenham conhecimento sobre
essas doenças.
O evento contou com a presença de profissionais da fisioterapia e terapia ocupacional, entre
elas Rosane Schmiedt, terapeuta ocupacional
que participou da mesa: “Como lidar com o
cotidiano da LER/DORT”. Rosane relatou que
foi apontada a necessidade da discussão nas
políticas públicas sobre lesões e distúrbios dos
trabalhadores, enfatizando a prevenção e o sofrimento causado e refletindo sobre como o sistema público de saúde pode intervir cobrando
e estimulando estas ações.
No dia 29, foi a vez da terapeuta ocupacional,
Carmine Zardo, que ressaltou que seria elaborado um documento para ser enviado ao governo,
pedindo que este colabore
e incentive na prevenção e
luta trabalhista.
Ambas ressaltaram o número de profissionais da
área da fisioterapia e terapia ocupacional, e o reconhecimento das atividades
de prevenção da LER/
DORT pelos trabalhadores
e sindicalista.
O que também foi afirmado por Josiane Carpes de
Jesus, fisioterapeuta, que
apresentou cases da Unidade Municipal da Prefeitura de Gravataí, onde
trabalha, como educação postural e fortalecimento de membros superiores. Josiane também
se surpreendeu com a presença de outros fisioterapeutas que trabalham há bastante tempo
na área, e que estavam na plateia. Na ocasião,
sugeriu uma reunião com estes profissionais da
saúde do trabalhador, a fim de promover as
trocas de experiências e desenvolver condutas
para a área.
33
AGENDA
Programe-se:
Cursos & Eventos em 2012
III Congresso da WCPT-SAR e III Congresso Venezuelano de Fisioterapia
Data: 04 a 08 de setembro de 2012
Local: Ilha da Margarida – Venezuela
Informações: http://wcptsar2012.jimdo.com/
34
IX Congresso Norte-Nordeste de
Terapia Ocupacional
Data: 26 a 29 de setembro de 2012
Local: Hotel Pirâmide – Natal/RN
Informações:
www.conntonatal2012.com.br
XVI Simpósio Internacional de Fisioterapia Respiratória e Fisioterapia em Terapia
Intensiva
Data: 16 a 19 de maio de 2012
Local: Centro de Convenções SulAmérica –
Rio de Janeiro/RJ
Informações: www.assobrafir.com.br/sifr
JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012
AGENDA
I Seminário de Bioética e Pesquisa da
UNISC
Data: 02 a 04 de abril de 2012
Local: Anfiteatro do bloco 18 da UNISC Santa Cruz/RS
Informações: http://www.unisc.br/portal/pt/
extensao/cursos-em-aberto/
11º Congresso Gaúcho de Terapia Intensiva
Data: 17 a 19 de maio de 2012
Local: Hotel Jacques Georges Tower – Pelotas/
RS
Informações: www.sotirgs.com.br/congresso2012
12° Congresso de Stress da ISMA-BR
Data: 19 a 21 de junho de 2012
Local: Centro de Eventos Plaza São Rafael –
Porto Alegre/RS
Informações: http://www.ismabrasil.com.br/
congressos/congresso-2012
Congresso Brasileiro de Dermatofuncional
Data: 05 a 08 de setembro de 2012
Local: Mar Hotel – Recife/PE
Informações: www.abrafidef.org.br
Congresso Sul-Brasileiro de Fisioterapia
Hospitalar
Data: 25, 26 e 27 de outubro de 2012
Local: Bristol Metropole Hotel – Maringá/ PR
Informações:
www.associacaodefisioterapia.com.br
II Congresso Brasileiro de Fisioterapia Manipulativa e Musculoesquelética (COBRAFIMM)
Data: 14 a 17 de novembro de 2012
Local: Centro de Convenções Rebouças – São
Paulo/SP
Informações: www.cobrafimm.com.br
Dicas de leitura:“Atlas Merithus de
Acupuntura” e “O cemitério de Praga”
O Atlas Merithus de Acupuntura
é um manual de consulta rápida
que traz as principais informações sobre a localização e função
dos pontos de acupuntura. Por
ter tamanho prático, é possível
levá-lo junto aos locais de atendimento, como ambulatórios,
consultórios, clínicas e hospitais.
É bastante útil e de fácil manejo,
tanto para profissionais como
para estudantes, e ainda possui
espaços para anotações pessoais
em cada capítulo, tornando-o uma ferramenta personalizada e indispensável na prática clínica.
Autor: NEVES, Marcos Lisboa
Editora: Merithus
Personagens históricos em uma trama na qual se
desenrola a história de complôs, enganos, falsificações e assassinatos, em que encontramos o jovem
médico Sigmund Freud (que prescreve terapias
à base de hipnose e cocaína), o escritor Ippolito
Nievo, judeus que querem dominar o mundo, uma
satanista, missas negras,
os documentos falsos do
caso Dreyfus, jesuítas que
conspiram contra maçons,
Garibaldi e a formação
dos Protocolos dos Sábios
de Sião. A única figura
inventada nesse romance
é o protagonista Simone
Simonini, embora o autor
defenda que basta falar
de algo para que esse algo
passe a existir.
Autor: ECO, Umberto
Editora: Record
35
PARA USO DOS CORREIOS
Desconhecido
Falecido
Mudou-se
Recusado
End. Insuficiente
Não existe o n.º indicado
Ausente
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CEP: 90470-300 – Porto Alegre

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