Revista Março – n° 37
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Revista Março – n° 37
Revista trimestral do Ano 9 | no 37 | Janeiro/Fevereiro/Março de 2012 1ª Prova de Especialidades Inovação Laboratório de Biomecânica: espaço para pesquisa prática cinésio-funcional Especialidades Entrevista Chamada Pública promove discussão sobre Prova de Especialidades Conselheira explica a função do Conselho Municipal de Saúde Colegiado Gestão 2010-2014 Diretoria Presidente Dr. Alexandre Doval da Costa Vice-Presidente Dr. Antonio Alberto Fernandes (Prof. Betinho) Diretora-Secretária Dra. Lenise Hetzel Diretora-Tesoureira Dra. Luciana Gaelzer Wertheimer Conselheiros Efetivos Dr. Alexandre Doval da Costa Dr. Antonio Alberto Fernandes (Prof. Betinho) Dra. Lenise Hetzel Dra. Luciana Gaelzer Wertheimer Dra. Marisa Petrucci Gigante Dr. Mauro Antônio Félix Dr. Sandro da Silva Groisman Dra. Sonia Aparecida Manacero Dra. Tania Cristina Malezan Fleig Conselheiros Suplentes Dra. Carolina Santos da Silva Dr. Dáversom Bordin Canterle Dr. Henrique da Costa Huve Dr. Jeferson Ubiratã Mattos Vieira Dr. Marcos Lisboa Neves Dra. Mirtha da Rosa Zenker Dra. Priscila Mallmann Bordignon Dra. Rosemeri Suzin Dr. Otávio Augusto Duarte Assessoria de Comunicação Jornalistas Responsáveis Candice Habeyche Thaise de Moraes - MTB 12818 Projeto gráfico: Crefito5/Mundi Propaganda Impressão: Gráfica Trindade A revista do Crefito5 é o órgão oficial de divulgação do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – 5a Região. Endereço: Av. Palmeira, 27 cj. 403, bairro Petrópolis, Porto Alegre/RS | CEP 90470-300 Fone/Fax: (51) 3334 6586 – Porto Alegre, RS E-mail: [email protected] Site: www.crefito5.org.br Periodicidade: Trimestral Tiragem: 12.000 exemplares Textos: Candice Habeyche e Thaise Moraes Fotos: Arquivo Crefito5, arquivo pessoal e bancos de imagens. Proibida a reprodução parcial ou total sem prévia autorização. JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012 Nesta edição 6 8 10 12 14 16 18 23 25 27 28 34 ............. ............. ............. ............. ............. ............. ............. ............. ............. ............. ............. ............. Entrevista Entrevista/Política Política Profissões Inovação Fiscalização Especialidades Hora Livre Comissões Coffito Notícias Agenda 10 8 JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012 14 18 12 Editorial Esta é a primeira edição do ano de 2012, acabamos de entrar no 9º ano de revista do Crefito5, e para iniciar bem, a nossa capa traz a matéria sobre a 1ª Prova de Reconhecimento das Especialidades de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, depois de 40 anos de profissão. Sabendo que as dúvidas sobre essa primeira prova seriam grandes, trouxemos a matéria, na página 18, da Chamada Pública e as principais dúvidas do edital da prova de especialidades. Novo ano, novos trabalhos para os políticos, e para estar a par do que está acontecendo no Senado e na Câmara, confira a página 10, onde consta a atualização dos PLs que envolvem a fisioterapia e a terapia ocupacional, em especial, a movimentação do PL do Ato Médico que esta com nova redação. Ainda sobre política, nesta edição é possível conhecer o trabalho desenvolvido pelo deputado estadual Adão Villaverde na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, veja a entrevista na página 8. 4 Como a saúde é sempre pauta do Conselho, conversamos com uma das conselheiras municipais de saúde, sobre a importância e trabalho que ela desenvolve, e como isso reflete nas profissões de terapia ocupacional e fisioterapia, na página 06. E quando o assunto é saúde, nunca é demais saber do passado e sempre é bom saber das inovações. Conheça a história do trabalho desenvolvido pelas terapeutas ocupacionais do São Pedro, na página 12, e veja o projeto para desenvolver calçados adequados para a população, desenvolvido por fisioterapeutas no laboratório do Senai, na página 14. Aproveitamos esta edição para ajudar o profissional em uma das dúvidas mais recorrentes no Conselho: como fazer a publicidade da sua clínica ou consultório. Fique por dentro das normas que o Coffito estabelece, na página 16. Por fim, inauguramos nesta edição a Seção das Comissões, nas próximas edições continuaremos contando a história e o papel de cada comissão. A nossa estreante é a Comissão de Políticas Públicas, na página 25. E, como sempre nosso resumo das notícias veiculadas pelo Crefito5 nos últimos três meses, o Acórdão do Coffito sobre a prova de especialidades, e para encerrar um pouco de descontração com o fisioterapeuta que pratica equitação campeira, na página 23. Comissão Editorial JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012 opinião Satisfação A Coluna e as áreas da saúde Queremos parabenizar o Crefito5 por ter um funcionário competente e atencioso como o Andrewis Kirinus. Sou fisioterapeuta e venho comunicar a minha indignação diante da reportagem que o Pioneiro apresenta hoje (29/02). Na página 10, em que são dadas algumas informações erradas sobre a Quiropaxia dando a entender que só essa especialidade que funciona no tratamento da coluna e articulações. Quero esclarecer que não tenho intenção de prejudicar a quiropraxia, só quero que quando se proponham a realizar uma matéria no âmbito da saúde que não possam ser generalistas e colocar como somente esta profissão que trata a coluna e articulações com a frase: “Trata-se da única área da saúde que tem condições para tratar da coluna e outras articulações”. É conhecimento de todos, que além de nós Fisioterapeutas e Quiropraxistas, tem mais profissionais que tratam dessa área com grande competência. Cada um atua de acordo com a sua profissão e conhecimento. Acredito que quem se propõe hoje em dia ser uma profissional da área da saúde não está brincando em serviço, pois é uma profissão que exige muito, principalmente buscar sempre novas terapias, tratamentos e condutas para que o maior beneficiado seja o paciente. João Cunha Lopes Esposo da profissional Santa Maria - RS Resposta Prezado Sr. João: Agradecemos o envio do seu e-mail, ele é muito importante para o funcionário e para o Conselho. O Andrewis é um funcionário muito dedicado, competente e atencioso com todos. Mais uma vez agradeço o senhor ter reconhecido o atendimento prestado pelo funcionário e enviado o e-mail parabenizando-o. Coordenação Geral do Crefito5 Especialidades Quero manifestar meu desagrado relativo ao fato de não vermos contempladas as sete especialidades da Terapia Ocupacional. Amara Lúcia Holanda Tavares Battistel Terapeuta Ocupacional - 7.171-TO Resposta Após a publicação do Edital da Prova de Especialidades e ciência de que três especialidades da terapia ocupacional e uma da fisioterapia não haviam sido contempladas, o Crefito5 encaminhou ofício ao Coffito questionando se não haveria realização de prova para as especialidades não publicadas no edital, e qual a razão para esta decisão, pois era necessário obter informações para orientar os profissionais do RS. Logo, o Coffito publicou o acórdão 275. O Crefito5, após o acórdão, enviou um novo ofício ao Coffito, solicitando uma análise das minutas das especialidades não contempladas, visando a publicação e até mesmo a participação destas especialidades primeira prova de especialidades. Crefito5 JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012 Rafaela Sebben Fisioterapeuta - 140.596-F Resposta Após o recebimento deste email e avaliação do material, o Crefito5 entrou em contato com o Jornal O Pioneiro solicitando errata. Segue a publicação do jornal no dia 09 de março. Crefito5 5 Entrevista Conselheira do Crefito5 explica o trabalho do CMS Mirtha Zenker é terapeuta ocupacional e conselheira do Crefito5 desde 2010. Por indicação do Crefito5 ocupa cadeira no Conselho Municipal de Saúde de Porto Alegre. Crefito5 – O que é o Conselho Municipal de Saúde (CMS)? 6 MIRTHA – O Conselho Municipal de Saúde é a instância máxima (no âmbito municipal) de controle social na área de saúde sendo permanente e deliberativo, tendo por atribuições fiscalizar, acompanhar e propor todas as ações de saúde, inclusive nos seus aspectos econômicos e financeiros. Crefito5 – Como é composto? MIRTHA – Trabalha como colegiado de representantes do governo, prestadores de serviços, profissionais de saúde e usuários, que constituem o seu Plenário, para efetivar o controle social nas políticas de saúde. Em Porto Alegre é eleito bianualmente o núcleo de coordenação, no qual o Crefito5 está representado neste mandato. Na sua estrutura conta ainda com: secretaria executiva, secretaria técnica, assessoria de planejamento e especial, comissões executivas (fiscalização, comunicação e informação, educação permanente) comissões temáticas(Saúde Mental, Saúde do Trabalhador, DST/Aids, Saúde da População Negra). Em Porto Alegre, a rede de controle social da saúde se descentraliza através dos conselhos distritais e conselhos locais de saúde, de acordo com as regiões, e os serviços de saúde, que incluem as unidades ambulatoriais e os hospitais. Crefito5 – Qual a função de um conselheiro municipal de Saúde? Quais as principais atividades desenvolvidas? MIRTHA – Os conselheiros participam na formulação das políticas públicas e acompanham a implantação das ações escolhidas, fiscalizam e controlam os gastos, prazos, resultados parciais e a implantação definitiva dessas políticas, incluindo o encaminhamento de denúncias quando não é preconizado os princípios do SUS (universalidade, integralidade, equidade, descentralização, hierarquização) que garantem as ações e os serviços para promoção, proteção, tratamento e reabilitação da saúde. Importante o conselheiro ser conhecedor da problemática da sua região, ou categoria que representa para levar estas demandas para a plenária do Conselho Municipal de controle social. Crefito5 – Quem pode ser conselheiro municipal e quais os trâmites para assumir uma vaga? MIRTHA – Existem várias formas de participar dos conselhos de controle social sem ser conselheiro como: nas conferências, palestras, rodas de conversas, seminários temáticos ou nas comissões do conselhos municipais. Estes conselhos são grupos constituídos, com responsabilidade técnica e que podem atuar em temáticas específicas (DST/AIDS, Saúde Mental, Saúde do Trabalhador, entre outras). E se tiver interesse em ser conselheiro municipal em sua cidade e não tiver assento, deve primeiro pleitear uma cadeira no seu Conselho Municipal, para ter direito de voz e voto, e após, solicitar ao Crefito5 indicação por escrito, mas todos que participam nas reuniões de Plenária têm direito a voz. A constituição de cada Conselho Municipal de Saúde deve ser estabelecida em lei, onde fica definida a forma de composição e participação dos integrantes. Crefito5 – Qual a importância de que cada CMS tenha um profissional de fisioterapia e terapia ocupacional? MIRTHA – É muito importante que os profissionais fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais assumam estes espaços de regulação do controle social para JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012 Entrevista encaminhar as demandas e necessidades da rede de saúde para que a população possa se beneficiar dos atendimentos preventivos e de reabilitação tão importantes e muitas vezes não oferecidos na rede SUS. São nestes espaços que podemos reenvindicar a implantação das políticas preconizadas na esfera federal, em nossos municípios. Sem mencionar que uma das responsabilidades do profissional de fisioterapia e terapia ocupacional, definidas no código de ética, é participar de espaços de promoção de cidadania para promover a saúde e prevenir condições que implicam perda da qualidade da vida do ser humano. Crefito5 – Estando dentro de um CMS, o conselheiro, através de projetos e ações, é capaz de promover a sua profissão? MIRTHA – O Conselho de Saúde é um espaço de trocas, de divulgação e de informação. Sendo um colegiado que delibera sobre as políticas de saúde, também é um espaço para defender os princípios do SUS, planejar ações que proponham a integralidade da atenção à saúde. Os profissionais de fisioterapia e a terapia ocupacional conhecedores de suas competências e atribuições devem buscar junto a estas instâncias, encaminhar demandas de eventos que promovam as categorias, solicitar, conforme a realidade de cada região, abertura de cargos para realização de concurso. Crefito5 – Atualmente o governo federal tem desenvolvido projetos que incluem as profissões de fisioterapia e terapia ocupacional. Como o conselheiro pode trabalhar para que estes projetos, bem como os seus recursos, sejam implantados na sua cidade? MIRTHA– O conselheiro pode atuar na divulgação dos mesmos, fomentar a sua implantação, bem como estimular o conhecimento a respeito do que eles propõem. Crefito5 – Quais as vantagens de ser conselheiro de saúde e ao mesmo tempo, conselheiro do Crefito5? MIRTHA – Possibilita fazer a interface de forma mais ágil entre o Crefito5 e o CMS, buscando espaços de diálogo entre as instâncias. JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012 Crefito5 – O que você considera que seja necessário para que exista o crescimento e reconhecimento das profissões de fisioterapia e terapia ocupacional pelos órgãos públicos? MIRTHA – Vejo que é necessário que os profissionais atuem mais no coletivo, buscando espaços de controle social pois além do conselho de saúde, no qual o Crefito5 está inserido, são vários os conselhos afins as nossas áreas como: dos direitos da criança e adolescentes, assistência social, das pessoas com deficiência, do idoso, de educação, entre outros, que podemos buscar espaços para divulgação das nossas profissões. Também, vejo que é importante aproximar a gestão do seu município para estimular a criação e implantação de políticas de saúde/educação/ assistência social, e fomentar com isto a criação de concurso para as nossas áreas. Crefito5 – Destaque que políticas públicas seriam interessantes para as profissões de fisioterapia e terapia ocupacional, e como os profissionais podem participar para estas conquistas? MIRTHA – Uma primeira tarefa é colaborar com as ações que o Crefito está propondo, como o cadastro de todos os profissionais, através do mapeamento on-line, para que a Comissão de Políticas Publicas possa realizar um diagnóstico e ações mais específicas para cada região do Estado. Outra atribuição importante é buscar informações sobre as políticas federais para reenvindicar nas suas cidades sua implantação. Atualmente são vários projetos que o Governo Federal esta preconizando como: Programa de atenção comunitária integrada a usuários de álcool e outras drogas, Situação Prisional, Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, Atenção integral à saúde do trabalhador, Plano Viver sem Limites da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, Acessibilidade e educação inclusiva, Sistema Único de Assistência Social (SUAS), são exemplos de políticas que nossas categorias tem potencial de atuação. É fortalecendo as nossas categorias que podemos fazer a diferença. 7 Entrevista Deputado Estadual apoia luta dos profissionais Adão Villaverde é engenheiro, professor e ex-Presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Entre seus projetos de destaque estão a implantação da Assembleia Inclusiva e participação no debate que visa o resgate do Centro de Reabilitação Profissional. 8 Crefito5 – O programa da AL Inclusiva, recém implantado na Assembleia Legislativa do RS, mostra a preocupação em fornecer acessibilidade em um órgão público. Gostaria de saber quais políticas são necessárias para que o modelo instaurado na Assembleia possa ser replicado em todos os órgãos públicos de Porto Alegre e até mesmo, do Estado? ADÃO VILLAVERDE – Antes de mais nada, é preciso estimular a mudança comportamental e cultural que deve acompanhar as políticas de inclusão para tornar os espaços públicos 100% inclusivos. Na Assembleia Legislativa, quando assumimos a presidência da Casa em 2011, instituímos um grupo de trabalho e começamos a implementar iniciativas e ações que ajudaram a mudar a postura de todos. Elas incluíram uma recepção inclusiva desde a chegada da pessoa com deficiência no prédio do Palácio Farroupilha; realização de debates, seminários, encontros e reuniões internas de sensibilização; editamos uma cartilha com dicas de convivência com pessoas com deficiência e até um Manual de Redação com o diferencial da Mídia Inclusiva, um programa de TV chamado “Faça a diferença” abordando o tema continuadamente e, principalmente, instalamos equipamentos que facilitam a acessibilidade, como pisos Foto: Marco Couto táteis, sinalizações especiais, elevadores para cadeira de rodas e computadores de uso público para deficientes visuais, entre outros. Acho que o modelo do Parlamento pode ser facilmente copiado, mas só vai ser exitoso se entender que não se trata de mais uma campanha passageira mas de uma postura definitiva de todos com relação à pessoa com deficiência. Crefito5 – Como a pauta é promover a acessibilidade, são comuns as matérias que elucidam a precariedade das calçadas de Porto Alegre, e, na edição da Zero Hora do dia 02 de março, temos retratos da precariedade do calçamento da Andradas, uma via pública. O que é necessário para que administração pública revitalize estas áreas? ADÃO VILLAVERDE – É necessário, fundamentalmente, uma gestão pública que pense a qualidade de vida das pessoas como ideia central da administração. Que coloque a mobilidade e a acessibilidade como prioridade entre os pontos que visem uma melhora da qualidade de vida dos cidadãos e cidadãs da cidade. O poder público tem a obrigação de manter os passeios públicos em condições, tanto no aspecto da mobilidade quanto da acessibilidade. Essa questão passa também pela gestão, criação de projetos que viabilize a busca de recursos e, mais ainda, a criação JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012 Entrevista e implementação de uma política de Estado que veja a acessibilidade e mobilidade urbanas como pontos cruciais do direito de ir vir das pessoas, direito este garantido na nossa lei maior, que é a Constituição Federal. Crefito5 – De que forma poderiam ser criados projetos para tornar as cidades do Rio Grande do Sul mais acessíveis? Lembrando que em Porto Alegre existem poucas rampas, para calçamento tátil, e poucas sinaleiras para cegos? Como é possível mudar esta realidade? ADÃO VILLAVERDE – Esta questão é prerrogativa dos municípios, tanto dos executivos quanto dos legislativos. Por isso também é necessário que a própria população e as entidades da sociedade civil organizada se apropriem, tenham conhecimento da legislação (como o Plano Nacional da Pessoa com Deficiência, do Governo Federal, cujo objetivo é atuar em beneficio da pessoa com deficiência, melhorando o acesso destes cidadãos aos benefícios básicos, tais como, mercado de trabalho e a mobilidade urbana) e cobrem dos seus governantes e legisladores a criação de políticas públicas que deem, de forma prática, respostas a essas demandas. Como a manutenção e a conservação das calçadas em frente às residências e prédios particulares são de responsabilidade dos munícipios, é preciso, além de fiscalizar, criar a cultura de que a mobilidade e a acessibilidade universais também são direitos fundamentais de todo cidadão. E foi justamente por esta nossa posição que, ao assumirmos a presidência da ALRS entre janeiro de 2011 e janeiro deste ano, um dos nossos compromissos foi o de justamente tornar a Casa Legislativa totalmente acessível. Crefito5 – O resgate do Centro de Reabilitação é um movimento bastante importante para o Estado, que carece de mais serviços deste porte, porém, caso seja reaberto, o Governo ajudaria a manter este serviço? ADÃO VILLAVERDE – Sei bem da importância deste resgate porque, já em 2005, participei ativaJANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012 mente dos movimentos liderados pelo Instituto Popular Porto Alegre (IPPOA) e pelo Fórum Sindical da Saúde do Trabalhador para que o Rio Grande do Sul conquistasse um centro de referência em reabilitação. Na época, o ministro da Previdência Social, Nelson Machado, em visita a Porto Alegre, aceitou nossa sugestão para que a prefeitura da Capital considerasse a demanda histórica e incorporasse os estudos existentes sobre a recuperação do prédio do Centro de Reabilitação Profissional do INSS localizado na avenida Bento Gonçalves. Sugeri que a Prefeitura levasse em conta os estudos já feitos pelas entidades por representarem um acúmulo importante sobre o assunto. A Prefeitura de Porto Alegre também se comprometeu de elaborar um estudo, mas, infelizmente, o projeto acabou não evoluindo. Em novembro do ano passado, estive reunido, juntamente com lideranças de entidades da área da inclusão e acessibilidade, com o presidente nacional do INSS, Mauro Luciano Hauschild, para novamente tratar da destinação do prédio do INSS, pois a ideia é utilizar a estrutura já disponível da edificação. Na ocasião, Hauschild explicou que, para viabilizar o centro de reabilitação, o INSS estuda fazer uma troca de imóveis com a Secretaria de Patrimônio da União, pois a legislação não permite que o Instituto faça a doação da área ao Estado. Um grupo de trabalho organizado pela Faders que inclui os conselhos e os usuários, foi formado para encaminhar uma proposta de projeto para o ministro. Nesse sentido diversas reuniões já aconteceram, inclusive com a minha participação. Sem dúvida alguma, resgatar o Centro de Reabilitação e todo seu espaço físico e capacidade operacional para torná-lo uma referência estadual em reabilitação e habilitação profissional, é um movimento dos mais importantes e necessários tanto para a sociedade da nossa capital quanto do RS. O Centro será uma alternativa fundamental para reintegrar ao mercado de trabalho e à sociedade milhares de pessoas – e os dados do INSS mostram que a maioria dos aposentados por invalidez tem menos de 50 anos – que desejam e necessitam ser reabilitadas. Fico feliz de estarmos novamente abrindo este importante debate sobre reabilitação do trabalhador acidentado e continuo à disposição para incidir, política e institucionalmente, junto aos órgãos competentes, para que esta demanda seja atendida de forma plena. 9 política De olho no Congresso Nacional Acompanhe a tramitação de projetos de lei e medidas provisórias relacionadas à fisioterapia e à terapia ocupacional. Abaixo seguem os resumos dos principais projetos que podem ser acessados no site da Câmara de Deputados e no site do Senado Federal que oferecem ferramentas de pesquisa e de acompanhamento dos projetos. Navegue em www.camara.gov.br/sileg e www.senado. gov.br/atividade PL 5404/2005 apensado ao PL 4732/2001 (Serafim Venzon – PDT-SC) – Devolução à Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF). Institui e estabelece critérios para a edição do “Rol de Procedimentos e Serviços em Fisioterapia”, e dá outras providências. 10 PLS 701/2011 (Senador Cícero Lucena – PSDB/PB) – Na Comissão de Assuntos Sociais. Matéria com a relatoria, Senador Davim, relator do projeto. Matéria encaminhada ao Gabinete. Altera os dispositivos da Lei nº 6.316/1975, que “cria o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional”, para adequá-la à Constituição de 1988 e dá outras providências. PL 5979/2009 (Mauro Nazif – PSB/RO) – Na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP). Adiada votação por falta de “quórum”, em 14/12/11. Acrescenta dispositivo à lei n° 8.856, de 1° de março de 1994, afim de dispor sobre o piso salarial dos profissionais fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais fixados em R$ 4.650,00. PL 6083/2009 (Luiz Couto – PT/PB) – desarquivado em 15/02/2011 a pedido do autor. Na Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF). Parecer do relator pela aprovação com susbtitutivo. Devolvido sem manifestação em 09/03/2012. Institui a obrigatoriedade de realização de ginástica laboral no âmbito dos órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta. PLS 268/2002 (Benício Sampaio – PPB / PI) – substitutivo da Câmara dos Deputados 7783/2006. Aprovado o substitutivo apresentado à Câmara de Deputados. Dispõe sobre o exercício da Medicina (Ato médico). O projeto do Ato Médico, que trata do exercício da medicina e envolve demais profissões da área da saúde, foi aprovado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), no dia 8/2. Porém, o projeto aprovado refere-se ao relatório apresentado pelo senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), que modificou o substitutivo aprovado pela Câmara. Também, cabe salientar, que o texto ainda precisa passar pelas comissões de Educação (CE) e de Assuntos Sociais (CAS), antes de ir a Plenário. Se aprovado, deverá ser encaminhado ao Presidente da República para sanção do Projeto de Lei. O presidente do Coffito, Roberto Mattar Cepeda, o presidente da Comissão de Assuntos Parlamentares (CAP), José Roberto Borges do Santos, e o presidente do Crefito5, Alexandre Doval, estiverem presentes durante a votação do projeto do Ato Médico, por meio da CAP. De acordo com o presidente do Crefito5, a categoria não é contra o projeto de lei do Ato Médico, desde que seja resguardada a autonomia de outras profissões. Doval ainda comentou que a forma como está escrito agora é melhor do que anterior, porém ainda traz prejuízos aos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais Um dos principais prejuízos é o diagnóstico, com a nova redação fica estabelecido que o diagnóstico nosológico é exclusivo do médico. Já, os diagnósticos cinésio-funcional, psicológico e nutricional, além de avaliação comportamental, sensorial, de capacidade mental e cognitiva continuam sendo realizados por outras profissões. “Seria simples se trocasse a termiJANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012 política nologia de “diagnóstico nosológico”, que é o diagnóstico da doença, para “diagnóstico médico”. Cada profissão também tem a sua atuação no diagnóstico e entendemos que, colocado dessa forma, há um cerceamento da nossa atividade”, ressalta Doval. O Crefito5 continuará realizando uma mobilização, na esfera legislativa, expondo a opinião da categoria aos senadores e líderes políticos regionais. Veja as principais mudanças no texto do Ato Médico: Diagnóstico Diagnósticos de doenças: no relatório em exame na CCJ, Valadares mantém como privativa dos médicos a formulação de diagnóstico nosológico (para determinar a doença que acomete o paciente), mas retira essa exclusividade para “diagnósticos funcional e cinésio-funcional [que avalia funções de órgãos e sistemas do corpo humano], psicológico, nutricional e ambiental, e as avaliações comportamental e das capacidades mentais, sensorial e perceptocognitivas”. Foto: JusBrasil Assistência ventilatória mecânica ao paciente O texto aprovado em 2006 no Senado previa como exclusiva dos médicos a “definição da estratégia ventilatória inicial” e a “supervisão do programa de interrupção da ventilação” – procedimento de intubação do paciente acoplada a equipamento que bombeia ar aos pulmões. A norma foi questionada pelos fisioterapeutas, profissionais também envolvidos no atendimento a pacientes com dificuldade respiratória, especialmente nas unidades de terapia intensiva JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012 (UTI). Conforme emenda da Câmara acolhida por Valadares, caberá exclusivamente aos médicos a “coordenação da estratégia ventilatória inicial e do programa de interrupção da ventilação mecânica”. Com a mudança, fica assegurada a participação de fisioterapeutas na estratégia de ventilação mecânica. Procedimentos invasivos O projeto em análise prevê como atribuição exclusiva de médicos a indicação e a execução de “procedimentos invasivos, sejam diagnósticos, terapêuticos ou estéticos, incluindo acessos vasculares profundos, biópsias e endoscopia”. Pelo texto, tais procedimentos incluem, entre outros, “invasão da epiderme e derme com o uso de produtos químicos ou abrasivos” e a “invasão da pele atingindo o tecido subcutâneo da pele para injeção”. A norma motivou reação de acupunturistas e até mesmo de tatuadores, que temem enfrentar restrição em seu campo de atuação por conta da interpretação de conceito de procedimento invasivo. Valadares manteve a norma em seu relatório, mas retirou da lista de atribuições exclusivas dos médicos a “aplicação de injeções subcutâneas, intradérmica, intramusculares e intravenosas”, apesar da recomendação de medicamentos a serem aplicados por injeção continuar sendo uma prerrogativa médica. Direção e chefia Pelo texto em análise, apenas médicos podem ocupar cargos de direção e chefia de serviços médicos. As demais categorias que atuam no setor consideram a norma um desrespeito aos outros profissionais que atuam em ambulatórios, centros de saúde, centros de atenção psicossocial e nos núcleos de apoio à saúde da família. Eles argumentam que o atendimento é feito por uma equipe multidisciplinar, não havendo justificativa para que apenas uma categoria tenha a prerrogativa de direção e chefia na unidade de saúde. Fonte: Agência Senado 11 PROFISSÕES O tempo e a força da Terapia Ocupacional Profissionais do Hospital Psiquiátrico São Pedro apresentam o seu espaço de trabalho e as atividades que se tornaram referência no RS. 12 A terapia ocupacional começou no Hospital Psiquiátrico São Pedro (HPSP) no início da década de 80, quando a Secretaria Estadual de Saúde nomeou Nadia Farina Haesbaert - que faleceu em 2004 - para atuar no HPSP. No ano de 1983, Nádia, que era artista plástica já trabalhava com praxiterapia, o que a levou a contratar a primeira turma de alunos de terapia ocupacional para estagiar no HPSP. Nádia também fez o curso de Terapia Ocupacional, após conhecer o trabalho devenvolvido pelos colegas. O primeiro concurso foi realizado em 1988, mas as primeiras terapeutas ocupacionais só foram chamadas em 1994. A contratação se deu após a Reforma Psiquiátrica de 1992, quando os pacientes não poderiam mais ser internos e ficariam no máximo até 30 dias sob observação e tratamento, sendo posteriormente encaminhados para suas cidades de origem onde deveriam manter o tratamento durante 21 dias junto a rede de sua cidade, seja pelo CAPS ou outro centro de atendimento específico. Atualmente a internação se dá após a triagem realizada pelo SAT (serviço de atendimento e triagem), o qual funciona como uma central de leitos de todo o Estado. O HPSP possui 10 leitos infantis; 10 leitos para adolescentes usuários de drogas; duas unidades masculinas, cada uma com 30 leitos, que atendem dependentes químicos; 30 leitos para mulheres com dependência química; 30 leitos para homens com doença mental. Estes leitos atendem todos os casos do Estado. Como o tempo é insuficiente para o tratamento, muitas vezes o paciente tem alta psiquiátrica mas ainda está no aguardo da medicação. Estes pacientes muitas vezes sofrem com o abandono de seus familiares, e são encaminhados para o serviço social e pensões protegidas. Além do atendimento prestado, as terapeutas ocupacionais também trabalham com mais de 300 pacientes remanescentes, anteriores a reforma de 1992, alguns se quer possuem documentos e lugar para JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012 PROFISSÕES onde ir e por isso continuam vinculados ao hospital. Para isso, desde 1992 existem as unidades de moradias, criadas para abrigar pacientes, como o Morada São Pedro, que fica ao lado do hospital, e tem cerca de 40 casas. Estes pacientes também participam de oficinas e projetos desenvolvidos pelas terapeutas ocupacionais. O processo de desinstitucionalização, depende primeiro do desejo do paciente, e a partir desta vontade este recebe o auxílio das terapeutas ocupacionais que desenvolvem o trabalho de adaptação, que conta com atividades de vida diária desenvolvido pelas profissionais, permitindo aos pacientes o autogerenciamento. Algumas oficinas foram extintas como a sapataria, a marcenaria, o restauro de móveis e a pintura, enquanto outras continuam auxiliando no desenvolvimento e reabilitação dos pacientes, entre elas: bordado, costura, colchoaria, crochê, lavagem de carros, oficina de criatividade (sendo esta coordenada pela psicologia), salão de beleza e horta. Em 2000 surgiu a ATUT (Associação dos Trabalhadores da Unidade de Triagem), apresentada na edição anterior da revista do Crefito5, que viabiliza aos pacientes trabalharem cumprindo horário e recebendo uma renda mensal. As oficinas buscam a autonomia e o autogerenciamento destes pacientes. Outra atividade que é realizada pelo grupo de apoio é o clube da amizade que desenvolve passeios guiados, atividades fixas a tarde como brechós, feirinhas e promove o desenvolvimento e o convívio social. As terapeutas ocupacionais que estão atuando no HPSP: - Roséli Amaral responsável pela reabilitação na ATUT e no salão de beleza. - Ana Helena Dias Amaral que desenvolve seu trabalho no Centro Integrado Atendimento Psicosocial Infantil (CIAPS). - Olga Lisboa que atende as internações de adolescente. - Regina Martins que atua na Unidade Feminina. - Maria Nalu Gonçalves que trabalha em uma das Unidades Masculina. - Rosane Schmiedt atende na Unidade de Internação José Barros Falcão. - Lisiane Cardona de Melo é responsável pelas Unidades de moradia Moises Roithmann e Luciulla. - Joana Helena Moreira que foi responsável pela Implantação do Serviço de Geração de Renda, a ATUT. - Denia Cunha Basquez Fernandez responsável pelo Ambulatório Melani Klein que desenvolve tratamento de adultos. - Simone Meyre Rosa e Lavínia Oliveira que atendem no Serviço Residencial Terapêutico, onde vivem os internos. - Edi Auller que é responsável pelo desenvolvimento do paciente através da horta. Da esq. para dir. Lisiane de Melo, Simone Rosa, Roséli Amaral, Joana Moreira e Denia Fernandez Durante a entrevista a terapeuta ocupacional Rosane Schmiedt compartilhou conosco uma reflexão rápida sobre a unidade onde trabalha: “Na unidade José Barros Falcão, que atende portadores de sofrimento psíquico em estado agudo inovamos com a criação de um espaço de cozinha dentro da sala de TO da unidade. A oficina “momento chef”, foi uma proposta audaciosa, uma vez que teve que romper com os preconceitos da própria unidade, pois na sala de terapia ocupacional foi organizado um espaço de cozinha com utensílios tidos como perigosos para esta clientela. Há quase dois anos esta proposta tem mostrado, cada vez mais, agregar homens em atividade de culinária que visa estimular independência na AVD alimentação, pensando no retorno a comunidade, entre outros objetivos como socialização, organização de tempo e espaço, limites, tolerância a frustração.” JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012 13 INOVAÇÃO Laboratório de Biomecânica espaço para pesquisa prática cinésio-funcional O Centro Tecnológico do Calçado do Senai, em Novo Hamburgo, conta com os laboratórios de biomecânica e de controle da qualidade, assessoria tecnológica, núcleo de informação tecnológica, logística e cursos de desenvolvimento pessoal. O diferencial deste espaço é o laboratório de biomecânica, que esta habilitado a realizar análise baropodométrica dinâmica, estática e estabilométrica através de plataforma de pressão; análise postural e de pressão plantar através de palmilhas; análise anatômica e de medidas do pé em 3D e a confecção de palmilhas, além de picos de força, de pressão dos sapatos e da dermobiografia. 14 constatou que há a necessidade de aplicação da biomecânica, testando os calçados através de equipamentos. Com isso busca-se a avaliação mais complexa e que minimize a interferência do calçado nos problemas cotidianos do usuário, com o objetivo de priorizar o conforto. A preocupação da equipe é tanto tratar lesões antes que elas apareçam, como disponibilizar neste centro de análise um parecer sobre os laudos emitidos, avaliando e possibilitando o diagnóstico cinésio-funcional. Este laboratório de análises conta com duas técnicas químicas e duas fisioterapeutas: Taís Kuhn, bolsista do projeto e Janaína Bortoli, consultora no laboratório. Segundo as profissionais, existem normas de conforto da ABNT que regulamentam e indicam como deve ser o molde de um calçado, porém o Centro Mesmo integrando a equipe há pouco mais de 6 meses, as fisioterapeutas puderam participar do projeto Mais Calce, que desenvolveu moldes de calçados para a terceira idade, fazendo um estudo com grupos de idosas com mais de 50 anos, em 2010 e 2011. A intenção agora é expandir e disponibilizar para a sociedade e colegas da área da saúde, o laboratório para análise preventiva de possíveis problemas ligados à saúde dos pacientes. Outra pesquisa que estásendo desenvolvida é da utilização de nano cápsulas para forros e palmilhas de sapatos, que busca identificar como a essência de óleos podem contribuir no conforto dos calçados. JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012 INOVAÇÃO Para auxiliar no laboratório estão sendo adquiridos mais equipahabilitado a realizar análise baropodomémentos como a termografia. A preocupação da equipe é tanto trica dinâmica, estática e estabilométrica prevenir lesões, como disponibiatravés de plataforma de pressão; análise lizar neste centro de análise um parecer sobre os laudos emitidos, postural e de pressão plantar através de palavaliando e possibilitando o diagmilhas; análise anatômica e de medidas do nóstico cinésio funcional. Com o foco na promoção da pesquisa, pé em 3D e a confecção de palmilhas [...] as profissionais destacam que estes exames são bastante utilizados por desportistas, até mesmo para examinar lesões recorrentes. Para Janaína a possibilidade de estudar a planta do pé e compreender o foco da dor a partir de análises em laboratórios de biomecânica são fundamentais para a formação de profissionais de fisioterapia, pois mesmo havendo a discussão na academia, espaços como este promovem a prática. O laboratório é autossustentável, e se baseia no Referencial Nacional de Honorários de Fisioterapia (RNHF). Além disso, os recursos para os projetos podem ser de ordem privada, através de solicitações de empresas da região, mas também podem receber recursos do Departamento Nacional do Senai, através dos editais disponibilizados. Os projetos poderão ser vendidos para a iniciativa privada no futuro, como esclareceu Arlete Accurso, diretora do Centro Tecnológico do Calçado. Outra forma de adquirir incentivo do governo é através da capacitação técnica. Segundo a supervisora de Educação e Tecnologia do Senai, Adriana Guiel, será oferecido o curso de biomecânica aplicada ao setor calçadista que terá a primeira turma em abril, o que habilitará profissionais especializados na área. A equipe do Centro Tecnológico do Calçado é multidisciplinar, e por isso é possível compartilhar e desenvolver demandas com profissionais não só da área da saúde, como da área mecânica, industrial, de design e tecnologia, entre outros. JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012 15 FISCALIZAÇÃO Embora o ditado popular alerte que “a propaganda é alma do negócio”, ela também é considerada a primeira impressão, por isso, antes de realizar a sua primeira publicidade fique atento ao código de ética da profissão para não cometer equívocos sobre a sua área de atuação. 16 De acordo com Departamento de Fiscalização, a principal infração é a de Publicidade Irregular, conforme trouxemos na edição anterior, e a fim de reverter este quadro trazemos nesta revista um manual explicativo sobre como devem ser feitos os cartões de visita, fachadas e demais publicidades. Primeiro identifique se você pretende abrir um consultório (pessoa física) ou uma empresa (pessoa jurídica) já que na hora de realizar suas primeiras publicidades isso será determinante, afinal apenas empresas podem utilizar nome fantasia. São itens obrigatórios nos cartões de visita: Nome, profissão e número de inscrição. Informações como área de atuação são permitidas, porém é importante destacar as diferenças: Anúncio de especialista só é permitido aos que já receberam o título pelo Coffito, antes das resoluções 377 e 378, os demais, apenas após a aprovação na prova de especialidades e recebimento do título pelas associações de especialidades. EX: Especialista em dermatofuncional (os profissionais que já possuem o título reconhecido pelo Coffito), ou especialização em dermatofuncional (os profissionais que concluíram o curso, porém ainda não possuem o título reconhecido pelo Coffito). Outro detalhe que não deve ser esquecido é a resolução Coffito 158, que proíbe a utilização de titulações genéricas, ou seja, ao invés do anúncio apresentar fisioterapia esta instrutor de pilates. JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012 FISCALIZAÇÃO A fachada do consultório ou da empresa seguirá as mesmas normas do cartão de visita, portanto deve conter obrigatoriamente o nome do profissional, profissão e número de inscrição. E, claro, o nome fantasia só poderá ser utilizado em caso de registro de empresa no Conselho. Lembre-se: mesmo que o consultório possua outros profissionais, isto não o torna empresa. Dessa maneira, fica proibida a utilização de nome fantasia. DEFIS ALERTA cumprir os dispositivos legais que regem o exercício da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional fazem bem à ética e à carreira profissional. Consultório Consultório não é clínica, ou seja, na hora de anunciar fique atento à modalidade de inscrição no Conselho. Descontos É proibido anunciar valores, descontos, consultas e avaliações gratuitas, além de técnicas sem comprovação cientifica. Crefito5 É proibido abreviar o nome do Conselho, ou seja, utilize Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 5ª Região ou apenas Crefito5. Números obrigatórios na sua publicidade Número da inscrição profissional e número do Registro da Empresa. Penalidades Caso os seus materiais publicitários não estejam de acordo com a legislação, durante a fiscalização o profissional receberá uma notificação para alteração e correção do material. Em caso de descumprimento de prazo serão aplicadas multas. JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012 Dúvidas? Entre em contato com o Departamento de Fiscalização através do e-mail [email protected] ou pelo telefone (51) 3334 6586. 17 especialidades Chamada Pública promoveu discussão sobre Prova de Especialidades 18 Faltando apenas dez dias para término das inscrições da primeira prova para reconhecimento das especialidades de fisioterapia e terapia ocupacional, o Crefito5 promoveu, no dia 10/3, a Chamada Pública da Prova de Especialidades. O evento visava esclarecer as principais dúvidas dos profissionais antes do encerramento das inscrições da prova, e como o objetivo era atingir o maior número de profissionais, a chamada foi transmitida por videoconferência para Caxias do Sul e Santa Maria. “Em 40 anos de profissão essa é a primeira vez que temos uma prova de especialidades e, aproveitando que a coordenadora da Comissão de Especialidades do Crefito5, Sonia Manacero, participou da Comissão Executiva da prova, acreditamos que essa seria a melhor maneira de auxiliar os profissionais”, destacou o presidente do Crefito5, Alexandre Doval. Após a abertura realizada pelo presidente do Crefito5, foi a vez do profissional convidado da Comissão de Especialidades Fernando Prati ressaltar a importância que este Regional teve com a prova de especialidades, pois a Comissão de Especialidades foi instaurada Em 40 anos de há dois anos. “Vemos que profissão essa é a bem trabalhaprimeira vez que da, a questão temos uma prova da especialidade é fundade especialidades mental para a fisioterapia e a terapia ocupacional, uma vez que este será o diferencial do profissional no mercado de trabalho”, completou. A fim de contextualizar aos presentes sobre as diferenças entre especialidade e especialização JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012 especialidades foi apresentado um panorama histórico das profissões, em que nota-se que pela história a confusão começou com a própria nomenclatura, quando ao invés de especialização utilizava-se especialista. Outro fator ressaltado é o de que a pós-graduação serve para aprofundar o conhecimento teórico e que o reconhecimento de uma especialidade baseia-se nas aulas práticas, não concedidas em especializações acadêmicas. em Osteopatia; Fisioterapia em Quiropraxia; Fisioterapia em Terapia Intensiva; Fisioterapia Esportiva; Fisioterapia na Saúde da Mulher; Fisioterapia Neurofuncional; Fisioterapia Oncológica; Fisioterapia Respiratória; Fisioterapia Traumato-ortopédica; Terapia Ocupacional em Acupuntura/MTC; Terapia Ocupacional em Contextos Sociais; Terapia Ocupacional em Saúde Mental e Terapia Ocupacional em Saúde da Família. Sonia lembrou que nem todas as especialidades foram contempladas, faltaram a Fisioterapia em Saúde Coletiva, Terapia Ocupacional em Contextos Hospitalares, em Saúde Coletiva e em Saúde Funcional. Em relação as especialidades da Terapia Ocupacional, o Crefito5 encaminhou ofícios questionando as especialidades não contempladas, e também um ofício solicitando que fossem analisadas as minutas buscando a contemplação destas no edital da prova, porém não houve tempo hábil para inserção. 19 Como exemplo foi citado o caso da especialidade de Acupuntura, quando são exigidos cursos de no mínimo 2 anos, sendo 80% de atividade prática e 20% teórico. Ainda, cabe lembrar que é necessário que o curso seja reconhecido pelo Coffito, e tenha carga horária mínima de 1.200h. Antes de dar início as perguntas dos profissionais, Sonia mencionou as especialidades contempladas no edital, sendo elas: Fisioterapia em Dermatofuncional; Fisioterapia do Trabalho; Fisioterapia em Acupuntura/MTC; Fisioterapia JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012 Participaram do encontro, em Porto Alegre, o presidente do Crefito5, Alexandre Doval, a diretora-tesoureira, Luciana Wetheimer, a coordenadora da Comissão de Especialidades, Sonia Manacero, o profissional convidado da Comissão de Especialidades, Fernando Prati e os Conselheiros Henrique Huve e Marcos Lisboa. Em Caxias do Sul, estiveram presentes a conselheira Rosemeri Suzin e a profissional convidada da Comissão de Especialidades Ana Lúcia Soares. E, em Santa Maria as conselheiras Carolina da Silva e Tania Fleig. especialidades Confira as principais dúvidas da Chamada Pública: 1 – A prova de especialidades será realizada anualmente? Para que uma prova tenha validade ela precisa sair no diário oficial e é necessário uma empresa contratada para realizar o certame. Pensando nestas necessidades, acredita-se que a prova deverá ocorrer em no máximo dois anos. 2- Como será a avaliação da prova? A prova será divida em objetiva, discursiva e de títulos. Lembrando que é necessário ter pontuação mínima em cada modalidade. Os pesos das provas e títulos estão disponíveis no edital, nas páginas 4 e 11. 20 3- No caso da RDC-7, a Anvisa vai se basear pelo MEC ou pelo Coffito? Quem já realizou a prova da Sobrafir precisa realizar a prova de Especialidades? A banca da Chamada Pública acredita que a Anvisa vai se basear no Coffito, porém não pôde afirmar. Em relação a necessidade de fazer a prova, é importante lembrar que os títulos obtidos antes do dia 13/07/2010, de cursos cujos projetos pedagógicos estavam aprovados pelo Coffito, não necessitam realizar a prova. Porém, é importante realizar consultas junto a Associação e ler com atenção as resoluções 207 e 208; e 377 e 378. 4- Qual a diferença entre área requerida e área afim? Área requerida = Área específica. Ex: Especialidade de Neurofuncional, pós-graduação em neurofuncional. Área afim = área próxima. Ex: Especialidade de Neurofuncional, pós-graduação em pediatria. Foi contemplado no edital as duas categorias pois existem poucas especializações específicas das áreas. 5- Quem irá elaborar as perguntas das provas? As associações citadas no anexo 3, do edital da prova de especialidades, indicaram nomes de profissionais reconhecidos na área. A empresa contratada seleciona alguns, e é assinado um termo de sigilo. 6- Como deve ser realizada a comprovação mínima de 2 anos, basta estar inscrito no Conselho? Não basta estar inscrito no Conselho, é necessário comprovar a atuação. Esta comprovação se dará por declaração de emprego, carteira de trabalho, registro da prefeitura, declaração de imposto de renda, por exemplo. 7- Qual o benefício de realizar a prova de especialidades? As duas profissões estão em processo de avanço e o título de especialista, no futuro, é que garantirá o diferencial. É importante lembrar que na área da saúde a população sempre procura por especialistas. 8- Como se dará a validação do título? Após a aprovação na prova de especialidades é necessário, em no máximo 180 dias, apresentar documentação à associação da especialidade requerida, mencionada no anexo III do edital, para receber o título de especialista. 9- Após a obtenção do título, ele será vitalício ou será necessário realizar algum tipo de atualização? A banca não pôde responder, lembrando que esta demanda caberá as associações. JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012 especialidades Resumo do Edital sobre a Prova de Título de Especialista Quem? Fisioterapeuta ou terapeuta ocupacional inscrito com o registro ativo por, no mínimo, 24 meses no Crefito5, contados até a data de realização das provas (22/4/2012), e estar em pleno gozo dos seus direitos. A prova exclui os profissionais que já tenham seus títulos de especialidade profissional reconhecidos pelo Coffito e os que se enquadrarem nos termos das resoluções do Coffito 207 e 208. Mais informações através das resoluções do Coffito 377 e 378. Quando? As inscrições para prova foram até o dia 20/3/2012 através do site www.aocp. com.br A data provável da prova, segundo o edital, será no dia 22/4/2012. Onde? As provas serão realizadas em três cidades do Rio Grande do Sul: Porto Alegre, Caxias do Sul e Santa Maria. Os locais das provas serão divulgados no dia 29/03/2012. Por quê? Para aprimorar a qualidade da assistência profissional oferecida no meio social através do subsídio técnico das associações de especialidade, que visam o reconhecimento e normatização das especialidades profissionais. O título será outorgado pela associação de especialidade e chancelado pelo Coffito. Quanto? Os primeiros cinco mil profissionais a se inscreverem terão 60% (sessenta por cento) de desconto no valor da taxa de R$ 64,00 (R$ 26,00). O desconto engloba as inscrições na totalidade das áreas de especialidades. Como? A prova será dividida em 40 questões objetivas (35 de conhecimentos específicos + 5 de legislação) e 4 questões discursivas, as quais o candidato poderá optar por responder 2 delas. O processo seletivo contará também com a prova de títulos. JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012 Qual? As especialidades contempladas nesta prova são: fisioterapia: dermatofuncional; do trabalho; em acupuntura; em osteopatia; em quiropraxia; em terapia intensiva; esportiva; na saúde da mulher; neurofuncional; oncológica; respiratória; traumato-ortopédica. terapia ocupacional: em acupuntura; em contextos sociais; em saúde mental; em saúde da família. As especialidades não contempladas na edição 2012 da prova são: fisioterapia em saúde coletiva; e terapia ocupacional: em saúde funcional; em contextos hospitalares; em saúde coletiva. (de acordo com Ácordão 275). Publicação do edital da abertura: 14/2 Período para solicitação de inscrição: 14/02/2012 até 20/03/2012 às 14h Período para pagamento da taxa de inscrição:14/02/2012 até 20/03/2012 Divulgação do deferimento da inscrição: 24/3 Período para recurso contra o indeferimento da inscrição: 2 dias apos a publicação Divulgação do horário e local da prova: 29/03 Aplicação da prova - data provável: 22/04 Divulgação do gabarito preliminar e do caderno de questões: 1 dia após a realização da prova Informações extraídas do Edital de Abertura da Prova de Especialidades. Mais informações acesse o site: www. aocp.com.br 21 JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012 HORA LIVRE O ginete fisioterapeuta A equitação é um esporte dividido em três segmentos: lazer, clássica e campeira e quem nos explica isso é o fisioterapeuta Luciano José Chaves, que monta desde 2004, quando adquiriu seu primeiro Mangalarga Marchador. Com este cavalo, Luciano praticava a equitação de lazer. Como Luciano sempre gostou das coisas do campo, buscou desenvolver suas habilidades equestres, com isso passou a se interessar pela competição e a prática da equitação campeira, pois para ele era uma forma de se aproximar do campo. Para Luciano o ambiente equino lhe transporta para um encontro familiar e de grandes amizades, são momentos de boa prosa, risadas e música que acontecem durante acampamentos e viagens em grupo. Desde 2009 monta no seu Aredu Cobre, da raça Crioulo. Logo colocou o cavalo em treinamento para aprender os movimentos específicos exigidos para participar nas provas da Copa do Proprietário, competição organizada nos moldes do Freio de Ouro, mas para amadores. Para se preparar Luciano monta três vezes por semana e o cavalo é trabalhado diariamente pelos treinadores, pois a competição tem um nível de exigência bem alta para o ginete e para o cavalo, por isso existe essa rotina de treinamento que Luciano desenvolve num Centro de Treinamento em Viamão. Na última Copa do Proprietário, competição organizada pelo Núcleo de Criadores de Cavalos Crioulos da 6ª Região, Luciano conquistou o segundo lugar. A competição tem sete etapas durante o ano que são realizadas nos estados do RS, SC e PR. O conjunto, ginete e cavalo, é pontuado em cada etapa, o que o classifica para a grande final que acontece em novembro no Parque de Exposições Assis Brasil de Esteio. Em 2011, Luciano concorreu com 28 conjuntos e ficou apenas 0,2 pontos atrás do vencedor. Este ano já iniciou as competições, nos dias 17 e 18 de março aconteceu em Uruguaiana e 24 e 25 de março em Esteio. A grande final esta marcada para 10 e 11 de novembro deste ano. Para o fisioterapeuta, sua hora livre com o cavalo e a vida campeira, lhe proporcionam JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012 equilíbrio. São nestes momentos que Luciano “recarrega suas energias” para seu dia-a-dia de trabalho, pois atende a domicílio e ainda em instituições geriátricas, o que lhe exige bastante. 23 JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012 comissões Comissão de Políticas Públicas A Comissão de Políticas Públicas (CPP) iniciou suas atividades em 2011/2, um ano após assumir a atual gestão. Os membros da Comissão são o fisioterapeuta Mauro Antônio Félix e a terapeuta ocupacional Carolina Santos da Silva. As colaboradoras da Comissão são a terapeuta ocupacional Mirtha Zenker e a fisioterapeuta Tania Cristina Fleig, todos conselheiros do Crefito5. Os membros optaram por ampliar o trabalho desenvolvido pela Comissão, que antes tinha o foco apenas nas Políticas Públicas de Saúde, e atuar também nas Políticas de Educação, Seguridade, Previdência, Judicial, entre outras. A Comissão de Políticas Públicas, criada na 203º. Reunião do Plenário do Crefito5, em 25 de agosto de 2011, é um órgão de caráter consultivo da Diretoria e da plenária do Crefito5 que tem por finalidade a assessoria, o planejamento e a inserção de profissionais de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional, promovendo a visibilidade do profissional fisioterapeuta e terapeuta ocupacional perante os Órgãos Públicos e Privados, bem como demais profissões com apoio do Crefito5, conforme os projetos e propostas elaborados pelo grupo de trabalho e ratificados pela diretoria da Autarquia. Segundo os conselheiros, existe a confusão entre os profissionais, que compreendem que Políticas Públicas são ligadas ao governo, porém público quer dizer que é para todos, como exemplos eles destacam que quando vamos a um restaurante este deve estar inspecionado pela Vigilância Sanitária, desta forma o serviço público rege o mercado privado, sendo portanto de interesse de todo cidadão. Para que os profissionais colaborem com o desenvolvimento e crescimento desta Comissão, os conselheiros pedem que participem da pesquisa de mapeamento dos profissionais disponível no site do JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012 conselho, isso porque o questionário irá nortear as próximas ações da CPP. Outra atitude seria a participação em suas regiões, atuando no controle social junto ao Conselho Municipal de sua cidade. Primeiramente o profissional pode ser ouvinte e aguardar a troca anual, para requerer uma cadeira para ter a participação ativa, pois desta forma os ministérios conhecerão as necessidades para cada pasta de cada cidade. Os conselhos municipais são compostos por: usuário, Governo, trabalhador e prestador. Para saber mais sobre os conselhos municipais lei a entrevista com a conselheira Mirtha Zenker na página 6 desta edição Com a participação dos profissionais e repasse destas demandas para a CPP é possível o crescimento das profissões. A CPP se reúne uma vez por mês dependendo da demanda, mas mantém o contato a distância, por email. Para a CPP o Governo vem oportunizando diversas políticas que estão ao alcance dos profissionais de fisioterapia e terapia ocupacional, mas para isso é necessário uma pressão da população junto aos gestores que devem se comprometer com a construção e desenvolvimento conjunto. A CPP tem atividades entre comissões previstas para 2012 como reuniões regionalizadas para fomentar propostas ao governo e a atuação por regiões do Estado averiguando a necessidade de cada uma delas. 25 26 JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012 COFFITO ACÓRDÃO Nº. 275 DE 19 DE JANEIRO DE 2012. O PLENÁRIO DO CONSELHO FEDERAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL, no uso de suas atribuições e disposições regulamentares conferidas pela Lei n°. 6.316, de 17 de dezembro de 1975, e a Resolução n°. 181, de 25 de novembro de 1997, em que, ACORDAM os Conselheiros do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, POR UNANIMIDADE, reunidos na sessão da 219 Reunião Plenária Ordinária, em ACATAR o voto do Relator para decidir sobre a interpretação dos conteúdo normativos previstos nas Resoluções Coffito 377 e 378, relativamente à obrigatoriedade do Coffito em promover provas de títulos de especialidades profissionais a cada dois anos. O Plenário do Coffito, diante da ausência de termo inicial para contagem do prazo previsto nas respectivas resoluções, estabelece que os dois anos referidos serão contados a partir do primeiro exame realizado. Esclarece, ainda, atendendo à solicitação formulada por entidades e profissionais interessados, nos termos das discussões ocorridas em Plenário, que as especialidades da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional que não foram contempladas no processo de licitação para contratação de instituição promotora do exame nacional de especialidades profissionais, e por essa razão, não serão objeto de provas, nessa oportunidade, deveram-se ao fato, de, até o momento, não terem sido discutidas e examinadas, pelo Plenário do COFFITO, com a profundidade técnica-cientifica necessária, à sua aplicabilidade profissional em relação ao campo de atuação. Quorum: Dr. Roberto Mattar Cepeda – Presidente; Dra. Elineth da Conceição Silva Braga – Diretora; Secretária (Relatora) – Dr. Wilen Heil e Silva – Diretor Tesoureiro; Dr. Adamar Nunes Coelho Júnior – Conselheiro Efetivo; Dr. Glademir Schwingel – Conselheiro Efetivo; Dra. Perla Teles – Conselheira Efetiva; Dra. Carlene Borges Soares, Dr. Hebert Chimicatti – Procurador Chefe da Procuradoria jurídica do COFFITO. Brasília, 19 de janeiro de 2012 Elineth da Conceição da Silva Braga Diretora-Secretária Coffito elabora novo Código de Ética e Deontologia O Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito) anunciou a proposta de um novo Código de Ética e Deontologia da Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Atualmente, a Resolução Coffito nº 10, de 1978, aplica-se a ambas as profissões. O Conselho Federal propõe a criação de um código para cada profissão, separando o que esta em vigor porém mantendo a regulamentação dos direitos e deveres dos profissionais no exercício da fisioterapia e da terapia ocupacional.Veja as minutas dos novos Códigos de Ética propostas pelo Coffito em nosso site www.crefito5.org.br JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012 Roberto Mattar Cepeda Presidente do Conselho Questionário de Pesquisa sobre o Perfil do Fisioterapeuta Brasileiro A Comissão do Mercosul do Coffito está promovendo uma pesquisa sobre o perfil profissional do fisioterapeuta brasileiro para apresentar aos demais países que compõem o bloco Mercosul, visando o futuro trânsito profissional. Este mesmo instrumento de pesquisa está sendo utilizado pelas entidades dos fisioterapeutas da Argentina, Paraguai e Uruguai. Os resultados serão posteriormente publicados. Para participar acesse: http://coffito.org. br/cadastro 27 Notícias Profissionais debatem honorários em Erechim 28 O Crefito5 promoveu no último sábado (17/3), em Erechim, uma reunião com os profissionais da região, buscando assim discutir o mercado de trabalho na região. Durante o encontro, um dos temas mais debatidos foi o Referencial Nacional de Honorários de Fisioterapia (RNHF), em que é estipulada a tabela de honorários a ser cobrada pelo profissional. Foi citado o caso de uma operadora local de plano de saúde, que estaria praticando valores abaixo do RNHF às clínicas credenciadas, inclusive, sendo estes valores inferiores também a tabela do Sistema Único de Saúde. Os presentes destacaram que valores ínfimos acarretam em má prestação de serviço ao paciente, ou seja, ao cliente da operadora de saúde. Visando o fortalecimento da profissão na região foi sugerida que a Associação lidere um movimento que busque o reconhecimento e remuneração adequada, e que esta também oriente os profissionais para que os mesmos sejam capa- zes de reeducar os clientes de planos de saúde a buscar seus diretos junto à Agência Nacional de Saúde. Por fim, os profissionais destacaram a importância da união da categoria, e que esta não deva existir apenas por ações isoladas ou a convite do Conselho. Ainda, o Conselho, dentro de suas atribuições, encaminhará medidas para a questão. Na ocasião estiveram presentes o presidente do Crefito5, Alexandre Doval, o assessor jurídico Leomar Lavratti, o conselheiro Henrique Huve, o delegado regional Jaime Forest e os profissionais da região. Quem melhorar o SUS terá mais verbas Quem melhorar a nota do Índice de Desempenho do SUS (IDSUS) – divulgado quinta-feira (1°/3) pelo Ministério da Saúde – terá direito a mais verbas. Esta é a promessa do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, incentivando que Estados e municípios se empenhem em qualificar os serviços da rede pública nos próximos três anos, quando será apresentado um novo índice. O Rio Grande do Sul obteve a terceira melhor nota do país, 5,9 (considerada apenas “razoável”), dentro de um contexto desanimador: somente 1,9% da população tem acesso a um serviço de saúde que pode ser considerado de qualidade (acima de 7). Porto Alegre tem a nota de 6,51, uma das mais altas entre todos os municípios brasileiros. Das 347 cidades que tiraram nota acima de 7 na avaliação, 345 estão situados nas regiões Sul e Sudeste. Segundo o secretário estadual da Saúde, Ciro Simoni, o Rio Grande do Sul figura no topo do ranking por ter um “esforço histórico de mobilização da comunidade para melhorar serviços básicos como saúde, educação e segurança”. – Apesar de estarmos em situação mais confortável, temos muito o que evoluir, sobretudo no que diz respeito à atenção básica. Nossa principal linha de atuação é a descentralização do atendimento, para que possamos dar acesso à saúde em todas as localidades e não sobrecarregar cidades como Porto Alegre – afirma. Simoni ressalta que, “perto do que era o SUS, estamos muito melhor, e que “houve grandes avanços na cobertura da população com políticas de saúde, programas, o Saúde da Família, além de políticas de humanização”. – Na assistência de alta complexidade, como em transplantes, somos referência no país. A de média complexidade que ainda deve receber uma atenção especial, pois está bem aquém do necessário – afirma o secretário. Fonte: Zero Hora JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012 Notícias Novas perspectivas para o CRP no RS A conquista de um centro de reabilitação em Porto Alegre e o prédio abandonado do antigo Centro de Reabilitação Profissional (CRP) deram um passo importante na última quinta-feira (12/1), às 18h, quando o representante dos usuários Valter Castilhos, o presidente do Crefito5 Alexandre Doval, o diretor presidente da Faders Cláudio Silva, a presidente do Crefa7, Marlene Danesi, e representantes do CRN2 e CRESS-RS, estiveram reunidos com o governador em exercício, Adão Villaverde, no Palácio Piratini, e na oportunidade entregaram o documento que resumia as intenções debatidas durante o Seminário de Políticas públicas para Pessoas com Deficiência em Reabilitação/Habilitação, realizado em julho de 2011. Durante a audiência, Valter Castilhos ressaltou o projeto Viver Sem Limites do Governo Fe- deral, que prevê a criação de centros de reabilitação, enfatizando que o Governo Estadual poderia ser o mediador para esta conquista que beneficiaria e asseguraria qualidade de vida às pessoas com deficiência do Rio Grande do Sul. Na ocasião, o governador mencionou a possibilidade de um encontro com o presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Mauro Luciano Hauschild, instituição proprietária do CRP, durante uma de suas visitas à capital. Villaverde destacou esta como a primeira etapa, que seria sucedida por discussões entre o Governo do Estado, Governo Federal, e até mesmo uma articulação com as universidades. Ao fim da audiência ficou acertado que Villaverde era o responsável pela agenda com o presidente do INSS. Presidente do INSS visita CRP em Porto Alegre Dando prosseguimento as tratativas sobre a reabertura do Centro de Reabilitação Profissional (CRP), ocorreu no dia 23/01 a visita do presidente do INSS, Mauro Hauschild, a convite do presidente da Assembléia Legislativa o deputado estadual Adão Villaverde, ao prédio onde funcionava o CRP na Avenida Bento Gonçalves, 827 em Porto Alegre. Estiveram presentes Valter Castilhos, representante dos usuários, Alexandre Doval, presidente do Crefito5, Marlene Danesi, presidente do Crfa7, representantes do Faders, Jorge Amaro, vice-presidente do Conselho Estadual dos Diretos da Pessoa com Deficiência – Coepede, as professoras do Bacharelado em Fisioterapia da UFRGS Carla Skilhan de Almeida e Luciana Laureano Paiva Nogueira e representante da AAPPAD (Associação dos Amigos, Parentes e Portadores de Ataxias Dominantes). Hauschild esclareceu que segundo a Lei de Patrimônio, o INSS só pode alugar ou vender seus prédios. Como não pode ceder o prédio, o ideal seria fazer uma permuta por um prédio que seja patrimônio da União. Desta forma o prédio do CRP que hoje pertence ao INSS, se tornaria patrimônio da União, podendo ser trocado por qualquer imóvel no país. O presidente do INSS solicitou que os representantes dos conselhos, JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012 das universidades e das instituições apoiadores da causa, se reunissem em um grupo de trabalho para desenvolver um projeto com a proposta de reabertura do Centro de Reabilitação, apresentando a necessidade deste serviço e o planejamento para viabilizar, através dos ministérios, recursos para seu funcionamento. Ele acredita também na possibilidade de parcerias para auxílio no repasse de recursos, pois atualmente a Previdência possui 2 milhões de aposentados por invalidez, e cerca de 700 mil tem menos de 50 anos, Mauro acredita que estes desejariam voltar ao mercado de trabalho, mas para isto, é necessário um serviço de reabilitação público. Também lembrou o projeto recém lançado pela presidente Dilma: “Viver sem Limites” que contará com R$ 7,5 bilhões em investimentos, este Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência abrange ações de 15 ministérios. Ficou definido que a Faders desenvolverá este projeto, em parceria com os demais órgãos envolvidos, entre eles o Crefito5, e através de seu Comitê Gestor indicará os ministérios. O presidente do INSS também disse que designará um de seus assessores para acompanhar o projeto e os trâmites necessários para o planejamento das próximas ações. 29 Notícias CMS tem novo núcleo de coordenação O novo núcleo de coordenação do Conselho Municipal de Saúde de Porto Alegre (CMSPOA) tomou posse no final da tarde de ontem(5/1). Até janeiro de 2014, a responsável pelo grupo será Sílvia Giugliani, eleita no dia 15 de dezembro como representante dos trabalhadores do setor. Ela ficará no lugar de Maria Letícia de Oliveira Garcia, que seguirá integrando o CMS-POA no Conselho Distrital Glória/Cruzeiro/Cristal. Na vice-coordenação, assume Djanira Correa da Conceição, eleita pelos usuários. Assumiram também Gilmar Campos, Hamilton Pessoa Farias, Liane Terezinha de Araújo Oliveira (representantes dos usuários); Mirtha da Rosa Zenker (representante dos trabalhadores/ conselheira do Crefito5) e Roger dos Santos Rosa (representante dos prestadores de serviço). O secretário municipal da Saúde, Carlos Henrique Casartelli, permaneceu como gestor do órgão, como representante do Exe- 30 cutivo. O CMS-POA atua na formulação, na deliberação e no controle das políticas de saúde de Porto Alegre, acompanhando o desenvolvimento das ações e dos serviços do setor. Em 2010, foi o Conselho que denunciou o desvio de R$ 10 milhões dos cofres públicos pela empresa Sollus. No mesmo ano, junto com o Conselho Estadual de Saúde, o órgão pressionou o Ministério da Saúde para a reabertura dos dois hospitais da Ulbra, fechados devido à crise financeira da universidade. Instituído pela lei 277/92, o Conselho também estimula e propicia a participação comunitária propondo critérios para a programação e execução financeira e orçamentária do Fundo Municipal de Saúde sem, entretanto, perder o caráter fiscalizatório, conforme define a legislação do Sistema Único de Saúde (SUS). Fonte: Correio do Povo Reunião entre Conselho e Governo do RS visa melhorias às profissões O presidente do Crefito5, Alexandre Doval e o coordenador do Departamento de Fiscalização, Jeferson Vieira, reuniram-se no dia 16 de janeiro com o diretor do Departamento das Coordenadorias Regionais do Rio Grande do Sul e fisioterapeuta Márcio Slaviero. A reunião tinha como pauta as metas que podem ser traçadas pelo Governo em parceria com o Conselho a fim de promover ações que contemplem as profissões de fisioterapia e terapia ocupacional. De acordo com Doval, a reunião tratou temas como inserção do profissional de fisioterapia e terapia ocupacional em mais áreas da saúde, bem como em mais projetos do Governo Estadual. Ainda, entre os assuntos discutidos, estava a inclusão do fisioterapeuta, no CAPS e a possibilidade de uma discussão mais ampla sobre as práticas integrativas e complementa- res. “Nesta reunião começamos a aproximar a fisioterapia e a terapia ocupacional do Governo do RS, e a nossa meta é que esta parceria nos possibilite uma relação mais próxima com o Governo Federal, pois dessa maneira conseguiremos fortalecer e valorizar as profissões de fisioterapia e terapia ocupacional, finalizou Doval. JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012 Notícias Intercâmbio: Crefito1 e Crefito5 trocaram experiência sobre o Sistema A diretoria do Crefito5 teve a oportunidade de realizar um intercâmbio com o Crefito1, por meio da visita da coordenadora do Departamento de Fiscalização, Francisca Rêgo Oliveira de Araújo, que a convite do Conselho, e aproveitando a estadia no RS devido a compromissos da Abenfisio, aproveitou para compartilhar um pouco dos seus 23 anos no Sistema CoffitoCrefitos. Na ocasião, a diretoria do Crefito5 composta pelo presidente Alexandre Doval, pelo vice-presidente Antonio Alberto Fernandes, pela diretora-secretária Lenise Hetzel e pela diretora-tesoureira Luciana Wertheimer compartilharam as ações desenvolvidas pelo Crefito5 nesta gestão. Durante a reunião, Francisca alertou para a importância de um sistema integrado entre os Crefitos, com um cadastro nacional de profissionais, pois desta maneira o Sistema CoffitoCrefitos realmente funcionaria como um sistema e seria possível a aceleração no processo. Ainda, visando a eficiência dos serviços prestados pelos conselhos, Francisca acredita que a autonomia dos departamentos, em assuntos específicos, favoreceria a agilidade dos serviços. A utilização de papéis pelos conselhos também esteve na pauta da reunião, quando Doval ressaltou que o Crefito5 pretende dar início ao sistema de digitalização dos documentos a fim de evitar esse acúmulo de papéis, ideia que ele amadureceu devido ao trabalho realizado pelo Crefito7. Ainda buscando um intercâmbio de conhecimento, os presentes comentaram o processo de interiorização desenvolvido tanto pelo Crefito5, como pelo Crefito1, uma vez que as propostas eram um pouco diferentes. Francisca também destacou a estrutura física do Crefito5, principalmente pela organização dos setores, também comentou sobre qualidade dos materiais de comunicação, citando como exemplo o site, pois muitas vezes seus alunos acabam encontrando informações na página online do Crefito5. Outro tema abordado foi a entrega da LTT no dia da colação de grau, habilitando assim o formando a entrar no mercado de trabalho no mesmo dia em que se gradua, ação desenvolvida pelo Crefito5. Francisca mencionou que esta é uma das metas dela, porém ela acredita que a legislação deveria ser mais clara quanto a este procedimento. Também esteve presente na reunião a vice-coordenadora da Abenfisio, Adriane Batiston, que conversou com Fernandes sobre a formação de novos profissionais e o ensino na fisioterapia. Crefito5 participa de reunião da CAP O presidente do Crefito5, Alexandre Doval, participou no dia 8/3 da reunião da Comissão de Assuntos Parlamentares (CAP) do Coffito, em Brasília. Na ocasião foram debatidos os Projetos de Lei 1436/2011 e 549/2011, em tramitação na Câmara e Senado, respectivamente, e que tratam da regulamentação da profissão de quiropraxista. Ainda foram discutidos o Projeto de Lei 5979/2009 que dispõe sobre o piso salarial dos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais; o PL 7647/2010 sobre a regulamentação da terapia ocupacional; e o SCD 268/2002 que trata do Ato Médico. Durante o encontro foi definido que será realizada, a pedido do senador JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012 Roberto Requião, uma audiência pública, na Comissão de Educação do Senado Federal, sobre o PL do Ato Médico com o presidente do Hospital Sara Kubitschek, Aluísio Campos da Paz Júnior. A previsão é de que a audiência seja realizada no final de abril. Foto: JFreitas 31 Notícias Fisioterapia entra em campo no futebol gaúcho 32 O novo técnico do Grêmio Foot-ball Porto Alegrense, Vanderlei Luxemburgo, promove mudanças na equipe técnica, e desde o dia 07 de março, os jogos disputados contam com um fisioterapeuta em campo. Henrique Valente foi o estreante, acompanhando a equipe técnica no jogo contra o River-plate, de Sergipe. “O Luxemburgo solicitou que ao invés do massagista, o primeiro atendimento de reabilitação fosse do fisioterapeuta e isso é uma grande conquista para nossa profissão”, ressaltou. Ele também recorda que enquanto a fisioterapia tem pouco mais de 40 anos, o futebol tem mais de 100 anos, mas felizmente agora começa a reconhecer a importância do nosso trabalho. De acordo com o fisioterapeuta Felipe Marques, que entrou em campo no jogo contra o Novo Hamburgo, a solicitação do técnico se daria pela possibilidade de reabilitação continuada e imediata, ou seja, no momento em que o médico atende o jogador e encaminha ao fisioterapeuta, o mesmo pode prover seu diagnóstico funcional e começar a tratar. Além disso, os atletas que já estivessem em tratamento, por exemplo, caso sofram uma nova lesão, o fisioterapeuta estaria mais apto para compreender e tratar. “Estou muito contente por este reconhecimento, principalmente por ele ter partido do técnico Luxemburgo, e claro, pelo placar do meu primeiro jogo”, comemorou Felipe, pois em seu primeiro jogo seu time marcou 5 gols contra o adversário. Foto: UOL esportes Acompanhe as notícias do Crefito 5 no site ou pelas redes sociais www.facebook.com/crefito5 www.twitter.com/crefito5 Encontro com a senadora Marta Suplicy Aconteceu na segunda-feira (12/3), a convite da Associação de Fisioterapeutas do Brasil (AFB), reunião com a senadora Marta Suplicy, em seu escritório em São Paulo. O objetivo do encontro foi a discussão sobre as PLs do ato médico e da quiropraxia. Entre os presentes esteve a conselheira do Crefito5 e presidente da Abradimene, Sonia Manacero, além de representantes do Coffito, da Associação Brasileira de Fisioterapeutas Quiropraxistas (Abrafiq), da Associação Brasileira de Fisioterapeuta Osteopatas (ABFO) e do Crefito10. Durante a reunião foi prestado esclarecimento à senadora sobre a quiropraxia como especialidade da fisioterapia e, também, sobre os riscos, de ambos os projetos de lei que estão em tramitação, para a saúde pública de nosso país. Por fim, os representantes das entidades solicitaram o apoio da senadora para as reinvindicações das categorias da saúde que são afrontadas pelos referidos projetos. A senadora Marta mostrou-se sensibilizada a nossa causa. Foto: Elisabete Alves JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012 Notícias Crefito5 participa da 7ª Semana de Prevenção das LER/DORT A 7ª Semana de Prevenção das LER/DORT aconteceu nos dias 28 e 29 de fevereiro, em Porto Alegre, na Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação do Estado do RS (FTIARS). O evento contou com apoio e participação do Crefito5, por meio da diretoratesoureira, Luciana Wertheimer. Na ocasião estiveram presentes o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati; o vereador Prof. Garcia, autor da lei municipal 9504 que institui a Semana das LER/DORT; o presidente do FTIARS, Caio Fernando Reinhardt; o presidente do Cref e o presidente da Associação de Ginástica Laboral. O vereador Prof. Garcia, durante sua saudação aos presentes, recordou a homenagem recebida pelos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais em 2009, através do prêmio Destaque Parceiro da Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Ele lembrou ainda, que o Brasil é o país do tratamento após a doença e não da prevenção. Fortunati, por sua vez, falou da importância dos sindicatos, pois foram eles os primeiros a enxergar as necessidades dignas aos trabalhadores e como isso refletiria em seu cotidiano. Ele recorda também que as doenças ocupacionais são recentes em nossas vidas e, em 1985, atuava no sindicato dos bancários quando um psicólogo alertou sobre as LER, mas que na época o assunto era motivo de piada até mesmo para os profissionais. Ao fim, ele destacou a importância da militância por este tema, pois as doenças JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012 ocupacionais acarretam em sequelas permanentes, sejam elas físicas ou psicológicas. Fortunati concluiu parabenizando a realização da Semana das LER/DORT, pois é extremamente importante que todos tenham conhecimento sobre essas doenças. O evento contou com a presença de profissionais da fisioterapia e terapia ocupacional, entre elas Rosane Schmiedt, terapeuta ocupacional que participou da mesa: “Como lidar com o cotidiano da LER/DORT”. Rosane relatou que foi apontada a necessidade da discussão nas políticas públicas sobre lesões e distúrbios dos trabalhadores, enfatizando a prevenção e o sofrimento causado e refletindo sobre como o sistema público de saúde pode intervir cobrando e estimulando estas ações. No dia 29, foi a vez da terapeuta ocupacional, Carmine Zardo, que ressaltou que seria elaborado um documento para ser enviado ao governo, pedindo que este colabore e incentive na prevenção e luta trabalhista. Ambas ressaltaram o número de profissionais da área da fisioterapia e terapia ocupacional, e o reconhecimento das atividades de prevenção da LER/ DORT pelos trabalhadores e sindicalista. O que também foi afirmado por Josiane Carpes de Jesus, fisioterapeuta, que apresentou cases da Unidade Municipal da Prefeitura de Gravataí, onde trabalha, como educação postural e fortalecimento de membros superiores. Josiane também se surpreendeu com a presença de outros fisioterapeutas que trabalham há bastante tempo na área, e que estavam na plateia. Na ocasião, sugeriu uma reunião com estes profissionais da saúde do trabalhador, a fim de promover as trocas de experiências e desenvolver condutas para a área. 33 AGENDA Programe-se: Cursos & Eventos em 2012 III Congresso da WCPT-SAR e III Congresso Venezuelano de Fisioterapia Data: 04 a 08 de setembro de 2012 Local: Ilha da Margarida – Venezuela Informações: http://wcptsar2012.jimdo.com/ 34 IX Congresso Norte-Nordeste de Terapia Ocupacional Data: 26 a 29 de setembro de 2012 Local: Hotel Pirâmide – Natal/RN Informações: www.conntonatal2012.com.br XVI Simpósio Internacional de Fisioterapia Respiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva Data: 16 a 19 de maio de 2012 Local: Centro de Convenções SulAmérica – Rio de Janeiro/RJ Informações: www.assobrafir.com.br/sifr JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/2012 AGENDA I Seminário de Bioética e Pesquisa da UNISC Data: 02 a 04 de abril de 2012 Local: Anfiteatro do bloco 18 da UNISC Santa Cruz/RS Informações: http://www.unisc.br/portal/pt/ extensao/cursos-em-aberto/ 11º Congresso Gaúcho de Terapia Intensiva Data: 17 a 19 de maio de 2012 Local: Hotel Jacques Georges Tower – Pelotas/ RS Informações: www.sotirgs.com.br/congresso2012 12° Congresso de Stress da ISMA-BR Data: 19 a 21 de junho de 2012 Local: Centro de Eventos Plaza São Rafael – Porto Alegre/RS Informações: http://www.ismabrasil.com.br/ congressos/congresso-2012 Congresso Brasileiro de Dermatofuncional Data: 05 a 08 de setembro de 2012 Local: Mar Hotel – Recife/PE Informações: www.abrafidef.org.br Congresso Sul-Brasileiro de Fisioterapia Hospitalar Data: 25, 26 e 27 de outubro de 2012 Local: Bristol Metropole Hotel – Maringá/ PR Informações: www.associacaodefisioterapia.com.br II Congresso Brasileiro de Fisioterapia Manipulativa e Musculoesquelética (COBRAFIMM) Data: 14 a 17 de novembro de 2012 Local: Centro de Convenções Rebouças – São Paulo/SP Informações: www.cobrafimm.com.br Dicas de leitura:“Atlas Merithus de Acupuntura” e “O cemitério de Praga” O Atlas Merithus de Acupuntura é um manual de consulta rápida que traz as principais informações sobre a localização e função dos pontos de acupuntura. Por ter tamanho prático, é possível levá-lo junto aos locais de atendimento, como ambulatórios, consultórios, clínicas e hospitais. É bastante útil e de fácil manejo, tanto para profissionais como para estudantes, e ainda possui espaços para anotações pessoais em cada capítulo, tornando-o uma ferramenta personalizada e indispensável na prática clínica. Autor: NEVES, Marcos Lisboa Editora: Merithus Personagens históricos em uma trama na qual se desenrola a história de complôs, enganos, falsificações e assassinatos, em que encontramos o jovem médico Sigmund Freud (que prescreve terapias à base de hipnose e cocaína), o escritor Ippolito Nievo, judeus que querem dominar o mundo, uma satanista, missas negras, os documentos falsos do caso Dreyfus, jesuítas que conspiram contra maçons, Garibaldi e a formação dos Protocolos dos Sábios de Sião. A única figura inventada nesse romance é o protagonista Simone Simonini, embora o autor defenda que basta falar de algo para que esse algo passe a existir. Autor: ECO, Umberto Editora: Record 35 PARA USO DOS CORREIOS Desconhecido Falecido Mudou-se Recusado End. Insuficiente Não existe o n.º indicado Ausente __________________________ Reint. ao Serviço postal em: _____ / _____ / _______ __________________________ Ass. Responsável __________________________ Avenida Palmeira, 27 - 403 CEP: 90470-300 – Porto Alegre