UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA ANDERSON KALKI
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA ANDERSON KALKI
UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA ANDERSON KALKI DOS SANTOS ESTUDO DO PERCENTUAL DE GORDURA DE ATLETAS DA EQUIPE VICE-CAMPEÃ DO CAMPEONATO RONDONIENSE 2013, CATEGORIA DE BASE PORTO VELHO 2014 UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA ANDERSON KALKI DOS SANTOS ESTUDO DO PERCENTUAL DE GORDURA DE ATLETAS DA EQUIPE VICE-CAMPEÃ DO CAMPEONATO RONDONIENSE 2013, CATEGORIA DE BASE Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Educação Física na Modalidade de Ensino Presencial pelo Departamento de Educação Física da Universidade Federal de Rondônia. ORIENTADOR: PROF.MS.JOSÉ ROBERTO DE MAIO GODOI FILHO PORTO VELHO 2014 ANDERSON KALKI DOS SANTOS ESTUDO DO PERCENTUAL DE GORDURA DE ATLETAS DA EQUIPE VICE CAMPEÃ DO CAMPEONATO RONDONIENSE 2013, CATEGORIA DE BASE. Defesa Pública do Trabalho de Conclusão de Curso para obtenção do Grau Superior em Licenciatura de Educação Física da Universidade Federal de Rondônia. Com o tema: Composição Corporal. Palavras chave: Composição Corporal, Percentual de Gordura, Desempenho. Banca Examinadora __________________________________________________________________ Prof.Ms. José Roberto de Maio Godoi Filho – Departamento de Educação Física Da Universidade Federal de Rondônia (DEF/UNIR) __________________________________________________________________ Prof.Dr – Mara Maria Izar Godoy – Departamento de Medicina Da Universidade Federal de Rondônia (DEPMED/UNIR) __________________________________________________________________ Prof.Dr - Edson Dos Santos Farias – Departamento de Educação Física da Universidade Federal de Rondônia (DEF/UNIR) Conceito:____________ _________________________ Prof. Esp. Daniel Oliveira Souza DEF/UNIR PORTO VELHO 2014 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a minha mãe Arlete Kalki que sempre apoiou em todos os momentos da minha vida, me deu educação e oportunidade de estudar e me formar. Agradeço também a pessoa que amo Bruna Francine que sempre esteve ao meu lado durante todos os momentos complicados da minha vida, me apoiando e incentivando e não me deixando desistir. AGRADECIMENTOS Á DEUS em primeiro lugar que sempre esteve comigo nos momentos difíceis e que me abençoa todos os dias. Á pessoa que eu amo e sempre esteve ao meu lado e me suporta até hoje Bruna Francine. Ao Prof. Beto Godoi que me instruiu na elaboração deste trabalho e me acompanhou desde o inicio de minha formação acadêmica. Á Prof.ª. Ingrid Sbarzi que sempre me incentivou e me ensinou a dar aula de natação. A todos os amigos de classe especialmente Alex, Arthur e Gabriel que sempre fizeram parte dos grupos de seminário e apresentações de rítmica. RESUMO O presente estudo teve como objetivo estudar o perfil de percentual de gordura corporal dos atletas da categoria de base do time finalista do campeonato Rondoniense de futebol do ano de 2013 e avaliar os resultados encontrados com estudos semelhantes classificando assim com literaturas específicas. A metodologia utilizada para a coleta do percentual de gordura foi o protocolo de BOILEAU (1985) utilizando duas dobras para homens deidade entre 8 e 28 anos. A média do percentual de gordura encontrado na amostra foi divido por zona de atuação em campo de cada atleta sendo que os jogadores de defesa apresentaram uma média de (13,19%G), jogadores que atuam no meio obtiveram (9,98%G) e no ataque (13,48%G) sendo a média geral do time (12,22%G). Concluímos que quando relacionado com estudos semelhantes a média geral do time esteve sempre acima dos outros autores e quando classificada com literaturas obteve um resultado aceitável mais chegando perto de ultrapassar essa classificação. Palavras-chave: Composição Corporal. Percentual de Gordura. Desempenho. ABSTRACT This study aimed to study the percentage of body fat profile of basic category athletes finalist team football Rondoniense championship 2013 and evaluate the results with similar studies classifying so with specific literature. The methodology used to collect the fat percentage was the BOILEAU protocol (1985) using two folds for old men between 8 and 28 years. The average percentage of fat found in the sample was divided by area of expertise in the field of each athlete and the defensive players had an average of (13.19%G), players who play in the middle obtained (9.98%G) and forward (13.48%G) being the team's overall average (12.22%G). We conclude that when associated with studies like the team's overall average was always above the other authors and when classified with literature obtained an acceptable result more getting close to going over that rating. Keywords: Body composition. Fat percentage. Performance. SUMARIO INTRODUÇÃO........................................................................ 9 1 JUSTIFICATIVA...................................................................... 11 1.1 OBJETIVOS ........................................................................... 12 1.1.2 Objetivo Geral........................................................................ 12 1.1.3 Objetivos Específicos........................................................... 12 REFERENCIAL TEÓRICO.............................................. 13 2 FUTEBOL................................................................................ 13 2.1 CARACTERISTICAS FÍSICAS DO ATLETA FUTEBOLISTA. 14 2.2 VALÊNCIAS FISICAS NO FUTEBOL..................................... 15 2.3 CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO CORPORAL NA 16 ADOLESCENCIA.................................................................... 2.4 INFLUÊNCIAS DA ATIVIDADE ESPORTIVA NO 18 CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO.............................. MATERIAIS E MÉTODOS...................................................... 19 3 TIPOS DE PESQUISA............................................................ 19 3.1 POPULAÇÃO.......................................................................... 19 3.2 PROCEDIMENTOS PARA COLETA DE DADOS................... 19 3.3 PROTOCOLO.......................................................................... 20 3.3.1 Dobras Cutâneas................................................................... 20 3.4 20 ANALÍSE ESTATÍSTICA......................................................... 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO.............................................. 21 CONCLUSÃO......................................................................... 25 OBRAS CONSULTADAS....................................................... 26 9 INTRODUÇÃO Dentre as diversas áreas de conhecimento que auxiliam na preparação e desenvolvimento do atleta de futebol à composição corporal esta relacionada aos aspectos morfológicos. O fracionamento do peso corporal total em partes, através dos grandes grupos de massa (óssea, muscular, residual e de gordura) tem contribuído, por exemplo, para facilitar, o controle das porções de gordura e músculo desejadas para cada especificidade atlética. A premissa de que o atleta de futebol somente necessita de uma ótima qualidade técnica há muito tempo foi superada, percebendo a grande relevância atribuída aos aspectos físicos por conquistas adquiridas pelas equipes, pois, esta serve de suporte para as execuções táticas e manutenção do alto nível técnico individual do atleta durante a partida auxiliando na manutenção do condicionamento físico para os demais jogos OLIVEIRA et al (2000). Ao desenvolver um projeto para preparação física em atletas de futebol de campo é necessário o estudo de diversos fatores, dentre eles o percentual de gordura corporal que é um dos elementos mais importantes quando falamos em capacidade física, onde influi diretamente em seu rendimento em campo. Segundo Socorro et al. (1998) O percentual de gordura é amplamente considerado para avaliação e acompanhamento de saúde e de treinamento. Segundo SANT’ANNA et al. (2009), existem diferentes formas de se diagnosticar os níveis de gordura corporal. Sabendo que todos os métodos têm suas vantagens e desvantagens quando relacionados ao custo, praticidade, fidedignidade, fácil interpretação e quando relacionados a pesquisas de campo com amostras significantes. Podemos relacionar três métodos de mensuração de percentual de gordura corporal, dentre eles os métodos diretos, indiretos e duplamente indiretos. Sendo o primeiro realizado de forma limitada uma vez que só pode ser feito em dissecação de cadáveres; O segundo método caracterizado por técnicas indiretas são precisas, só que possuem uma limitada aplicação prática e um alto custo financeiro, Impedindo a realização com grandes populações, são mais utilizadas para validar as 10 técnicas duplamente indiretas, que por sua vez, são menos rigorosas e apresentam melhor aplicação prática e baixo custo financeiro, podendo ser empregada tanto em pesquisas de campo quanto em estudos clínicos. Neste grupo podemos destacar a bioimpedância elétrica e a antropometria, incluindo o IMC, as pregas cutâneas, as medidas de perímetros, o índice de conicidade e a relação cintura estatura. Neste sentido vários estudos semelhantes em Rondônia foram feitos com diversos atletas de modalidades diversas como GODOI JUNIOR (2010) que descreveu sobre o perfil morfológico dos escolares praticantes de Basquete, NETO et al. (2010) relacionou o perfil dos atletas escolares de voleibol, ARAÚJO (2007) analisou o perfil postural dos atletas escolares de Judô entre outros. Justifica-se o presente estudo, pois, com intuito de melhorar os conhecimentos relativos a preparação física e dar condições a categoria de base de uma preparação de forma responsável, saudável e com perfectibilidade cientifica, com a finalidade de poder atingir os altos índices desportivos, permitido para categorias de base. Desta forma os resultados aqui encontrados servirão de parâmetros para profissionais da área em trabalhos futuros. Considerando o que foi exposto, infere-se o seguinte problema de pesquisa: Qual o perfil de gordura corporal dos jogadores finalistas do campeonato Rondoniense categorias de base do ano de 2013? 11 1JUSTIFICATIVA Tendo em vista que o Brasil é um país grande e populoso com variações culturais, sócio econômicas e ambientais, uma variação do crescimento físico entre pessoas que vivem em regiões diferente, e que essa diversidade não está diretamente relacionada só aos aspectos nutricionais mais também aos aspectos ambientais, genéticos e maturacionais de acordo com o ultimo censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE(2010). Sobretudo, a prática do futebol de base no Brasil, com pouca estrutura e embasamento cientifico, exige uma preparação tanto física, como tática e técnica visando sempre os campeonatos que a categoria disputa, só que é de conhecimento dos profissionais da área do desempenho humano que, os clubes formadores de atletas não têm a mesma estrutura e que o trabalho nem sempre é realizado da maneira que deveria. Em Rondônia não se difere das estruturas dos clubes da maioria do país, que quando existem estão em más condições de uso. Portanto a categoria de base do futebol tem como principal função formar jogadores para uma futura profissionalização. No meio deste processo, existe uma série de fatores, no tocante a preparação física, onde uma atenção especial ao respeito da individualidade biológica e a velocidade de maturação de casa sujeito, contribui para de uma forma segura a saúde e facilita para que o aluno consiga alcançar a plenitude e seu desempenho. Contudo, há uma grande escassez de estudos que envolvem a base do futebol em Rondônia principalmente em relação a percentual de gordura corporal, sendo que estudos desta natureza podem corroborar com a preparação de jovens atletas, no que tange a uma pratica de preparação saudável, ao passo que os profissionais envolvidos com essa pratica poderão usar os dados para usar como referência em suas equipes. 12 1.1 OBJETIVOS 1.1.1Objetivo Geral Estudar o perfil de percentual de gordura corporal dos atletas da categoria de base do time finalista do campeonato Rondoniense de futebol do ano de 2013. 1.1.2Objetivos Específicos Medir as dobras cutâneas dos atletas da categoria de base sub 16 do time de futebol Genus R1. Avaliar o percentual de gordura com estudos semelhantes Classificar os resultados encontrados de acordo com literaturas especifica no assunto. 13 REFERENCIAL TEÓRICO 2 O FUTEBOL O futebol é um esporte coletivo jogado entre duas equipes contendo onze jogadores titulares em cada lado do campo, sendo estes um goleiro e dez jogadores de linha. Este esporte também conta com quatro árbitros divididos em dois bandeiras que ficam nas laterais do campo e tem dentre suas funções a mais importante avisar ao árbitro principal se a bola ultrapassou as linhas do campo, gesto esse que é assinalado com seu instrumento de trabalho que é uma bandeirinha, um árbitro principal que gerencia o jogo aplicando suas regras e o quarto árbitro ou reserva. Os times podem conter mais de onze jogadores, os que não são escalados pelo técnico este que é o comandante do time e tem o poder de tomar decisões tirar ou colocar algum jogador durante a partida, ficam no banco fora do campo e são chamados de jogadores reservas, dependendo do tipo de partida, ou seja, jogos amistosos ou partidas oficiais as substituições podem variar de três ou mais. O desporto é praticado em um campo com medidas que variam entre 90 metros e 120 metros na linha lateral e entre 45 metros e 90 metros na linha de fundo e contendo uma baliza que deve ter 7,32m de largura e a distância entre o travessão (a trave superior) e o chão deve ser de 2,44m. Cada partida oficial é composta por dois tempos de quarenta e cinco minutos sendo que ao final de cada tempo o árbitro principal tem o direito de dar alguns minutos de acréscimo totalizando um tempo de duração de noventa minutos sem os acréscimos. O objetivo deste esporte é deslocar a bola através do campo para fazer com que ela ultrapasse a (meta) as linhas da baliza do time adversário, está ação é chamada de gol, se ao final do tempo nenhum dos times tiver conseguido chegar ao gol à partida é considerada empatada, caso contrário o time que mais gols marcar é considerado vitorioso. O futebol é um dos esportes mais praticados do mundo, além disso, existe muito dinheiro envolvido quando falamos de um esporte desse nível. OLIVEIRA 14 (2012) estima que 75% dos patrocínios em âmbito mundial, sejam destinados ao futebol, ou seja, é um esporte lucrativo que pode render milhões aos clubes que ganham campeonatos internacionais e que formão atletas com alta qualidade nas categorias de base. No entanto para construir jogadores de alto nível é necessário um grande investimento, desde as categorias iniciais até o nível profissional necessitando de acompanhamento físico adequado. O inicio de um trabalho de acompanhamento físico é importante quando um time necessita de uma melhora neste aspecto. Ao saber o percentual de gordura encontrado em cada atleta poderá ser analisado o trabalho especifico a ser feito com cada jogador. Estudos já realizados comprovam o percentual como fator importante em atletas de futebol de campo. (VICENTE; LÓPEZ; PASCUAL, 2000) Afirmam que atualmente as equipes técnicas que trabalham com futebol utilizam avaliações físicas como uma das etapas da orientação do treinamento, auxiliando desta forma no diagnóstico, na prescrição e controle das cargas de treinamento. 2.1 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO ATLETA FUTEBOLISTA O futebol apresenta características físicas especificas a cada movimento, com mudanças constantes de intensidades e atividade, não tem como prever o que pode acontecer durante uma partida isso exige que o atleta esteja preparado para reagir a qualquer estimulo. Segundo REILLY et al. (2000), as características que devem ser trabalhadas para se chegar ao profissionalismo são: resistência aeróbia, velocidade, força, flexibilidade, agilidade, composição corporal, somatotipo e percentual de gordura. MELO (1997) define que os atletas de futebol possuem características físicas específicas por posição. Goleiro: força explosiva, flexibilidade, equilíbrio, resistência muscular localizada e velocidade de reação. 15 Laterais: força explosiva, resistência e coordenação. Zagueiros: força, impulsão, equilíbrio, velocidade de reação e agilidade. Meio-campo: resistência, coordenação, recuperação e velocidade. Atacantes: velocidade, agilidade, equilíbrio e força explosiva. 2.2 VALÊNCIAS FÍSICAS NO FUTEBOL No treinamento físico de futebol as valências físicas são treinadas das diversas formas e são utilizadas de diversas maneiras no jogo, tendo em vista que o futebol é um esporte que designa ao praticante, mudanças constantes de direção e movimentos, Dantas (2003 citado por Junior 2011) define as principais valências para a pratica deste esporte. São elas: Resistência, que é a qualidade física que permite ao corpo arcar um esforço de determinada intensidade durante um período determinado de tempo. A resistência distingue-se em três formas: Resistência aeróbia: Aquela que apresenta como principal característica exercício com uma pequena intensidade e alto volume, resultando em um longo tempo de duração. Resistência anaeróbia: Aquela representada por exercícios de alta intensidade e baixa duração. Resistência muscular localizada: Referindo-se a capacidade de um grupo muscular suportar contrações repetitivas. Outra valência descrita pelo autor é a Força: Que é uma Qualidade que permite a um músculo ou grupamento muscular se opor a uma resistência. Esta capacidade possui três tipos diferentes são eles: Força dinâmica: Qualidade no qual a força vence a resistência produzindo movimento. Força estática: Qualidade desenvolvida quando a força muscular se iguala a resistência, não havendo movimento. Força explosão: É a junção de força e velocidade, que pode predominar tanto a força quanto a velocidade. 16 Flexibilidade: Qualidade física expressa pelo maior alcance possível de um movimento intencional de uma articulação ou combinações de articulações, num sentido determinado,obedecendo aos limites morfológicos da pessoa e sem provocar lesões. Coordenação: Capacidade de executar movimentos de forma excelente, com a maior eficácia e menor esforço. Velocidade: Qualidade física que permite a realização de uma determinada ação no menor tempo possível, apresentando – se em duas formas: Velocidade de reação: É a relação entre um estimulo e sua resposta (Exemplo: tiro de saída na prova de 100 metros). Agilidade: Valencia física que caracterizada mudança de posição do corpo ou direção do movimento no menor tempo possível. Equilíbrio: Consiste na conservação do centro gravidade dentro de uma superfície de apoio. Apresenta-se sobre três formas: Equilíbrio dinâmico: Aquele mantido durante a realização de um movimento. Equilíbrio estático: Mantido quando o corpo está em repouso. Equilíbrio Recuperado: É situado na transição entre repouso e movimento. E por fim a descontração: Qualidade física acima de tudo neuromuscular, resultada da redução da tonicidade da musculatura esquelética. Apresenta-se em duas formas: Descontração total: Quando existe um relaxamento global da musculatura esquelética. Descontração diferencial: Quando existe o relaxamento da musculatura durante a realização de movimento. 2.3 CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO CORPORAL NA ADOLESCÊNCIA Sobre a preparação física de adolescentes é importante entender os processos e mudanças que ocorrem em seus corpos durante essa fase, portanto As primeiras atividades da vida humana durante varias décadas são crescer e desenvolver-se BARBANTI 2005. Sendo assim Marcondes e Setien (1978) citado por Barbanti (2005 p.32) descreve crescimento como a soma de fenômenos 17 celulares, bioquímicos, biofísicos e morfogênicos, que são integrados por um plano já determinado pela herança e modificado pelo ambiente. Contudo GALLAHUE (2008) define crescimento como um processo que está associado com o aumento do tamanho estrutural, caracterizado por ganhos regulares de altura, peso e massa muscular durante a infância. Por outro lado, desenvolvimento é contextualizado por duas formas segundo MALINA e BOUCHARD (2002)o desenvolvimento biológico que significa especializar e diferenciar células em diferentes unidades funcionais, fazendo com que elas permitam a realização de funções especializadas e refinam outras já existentes. Ainda o autor supracitado existe também o desenvolvimento comportamental, este se refere a evolução dos atributos intelectuais, psicológicos e sociológicos. Neste mesmo sentido GALLAHUE (2008) descreve desenvolvimento como uma série de fatores contínuos de mudanças ao decorrer do tempo, que se inicia na concepção e cessa na morte. O desenvolvimento não cessa quando um indivíduo atinge a idade adulta, acompanhando o mesmo durante sua existência Barbanti (2005 p.32). Neste prisma, o autor enfatiza que as mudanças ocorridas no desempenho motor ocorrem de forma progressiva, sendo resultante do crescimento, da maturação e do desenvolvimento comportamental e biológico. Neste caso GALLAHUE (2008) relaciona o desenvolvimento motor como uma contínua adaptação as mudanças relacionada às capacidades motoras de um individuo por meio de esforço constante para atingir e manter o controle motor e a competência motora. Em relação aos princípios do crescimento humano Barbanti (2005) determina que os fatores intrínsecos e extrínsecos possam modificar os padrões e proporções do crescimento humano, sendo que o fator que mais influi na velocidade de crescimento é a alimentação, que aparenta ser um fator importante não só na proporção, mas na relação tempo e etapas em que o individuo cresce para obtenção de estatura final. Concluindo o referido autor relaciona que crianças que se apresentam desnutridas, podem ser estimuladas a crescer mais rápido, quando corrigida, com um enriquecimento da alimentação. Já quando há desnutrição de forma crônica, é provável que a maturação deste sujeito atrase, de forma que a estatura adulta não ocorra como deveria. O autor diz que o crescimento é afetado 18 pela saúde física, crianças com doenças congênitas ou orgânicas podem não crescer como crianças normais. Neste sentido SAITO (1993) descreve que crescimento e desenvolvimento são uma série de processos geneticamente programados, desde sua concepção ao amadurecimento completo, porém alguns desses fatores inerentes ao próprio individuo sendo constitucionais ou intrínsecos juntamente com circunstancias ambientais, podem induzir modificações nesse processo. Assim o autor apresenta fatores climáticos, socioeconômicos, hormonais, psicossociais e, sobretudo nutricionais como exemplo de fatores que podem interferir no processo de crescimento e desenvolvimento. 2.4 INFLUÊNCIAS DA ATIVIDADE ESPORTIVA NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO O treinamento esportivo, como qualquer atividade física, submete o organismo a uma variedade de estresses fazendo com que haja uma produção de respostas circulatórias, respiratórias, endócrinas, térmicas, químicas e mecânicas significativas e mensuráveis, essas respostas são graduadas de acordo com a duração, intensidade e o tempo de treinamento Mellerowics e Meller, (1979) citado por Barbanti (2005. p 49). O corpo humano pode ser enxergado como um sistema particionado em dois compartimentos. Um componente de massa magra composto por músculos, ossos e órgãos que influi diretamente nos movimentos e um componente de massa gorda (gordura) que pouco contribui na execução de movimentos, a gordura pode ser encontrada em maior porcentagem abaixo da pele, em forma de tecido subcutâneo. Já está comprovado que o treino físico pode alterar esses níveis de massa magra e gordura no organismo, fazendo com que crianças e adolescentes esportistas apresentem um nível inferior de massa gorda quando comparadas a outras da mesma faixa etária afirma Barbanti (2005 p.51). 19 MATERIAIS E MÉTODOS 3 TIPO DE PESQUISA A pesquisa foi realizada através de um estudo de caso que segundo GIL (2008) consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento. 3.1 POPULAÇÃO A pesquisa foi realizada com jovens atletas de futebol com idade de 16 anos da categoria de base da equipe R1 Genus. Composta de 11 jogadores da equipe, sendo estes, titulares do jogo final do campeonato rondoniense sub-16 do ano de 2013, em que a equipe citada, terminou em segundo lugar na classificação geral. 3.2 PROCEDIMENTOS PARA A COLETA DE DADOS O DEF – Departamento de Educação Física da Universidade Federal de Rondônia recebeu uma carta convite da direção da equipe R1, convidando o professor que ministrava a disciplina de futebol daquele departamento à auxiliar de forma voluntária da preparação física dos esportistas. Aproveitando a disciplina de treinamento desportivo, os acadêmicos juntos com o docente, foram ao centro de treinamento da equipe para a realização de uma bateria de testes. Sendo um deles a coleta das dobras cutâneas. 20 3.3 PROTOCOLO 3.3.1 Dobras cutâneas Dobras cutâneas definem-se pela aporção constituída de duas camadas de tecido celular cutâneo e uma de tecido celular subcutâneo. Para pinçar as dobras cutâneas foi utilizado um plicômetro cientifico da marca CESCORF, com precisão de 0,1mm. As medidas das dobras cutâneas foram tomadas da seguinte forma o avaliando se posicionou de pé e adotou uma atitude ereta, a cabeça foi orientada no plano de Frankfurt com os braços relaxados e caídos ao longo do corpo com as mãos voltadas para frente. O avaliador se posicionou posteriormente em relação ao avaliando, confeccionando a dobra cutânea, posicionando o instrumento de medida e procedendo a leitura da medição. A medida tricipital foi tomada num ponto médio localizado entre o acrômio da escápula e o olecrano da ulna, e o ponto médio foi marcado na lateral do braço, tomada a 1,00 cm acima da linha marcada no aspecto posterior do braço sendo o adipômetro aplicado no nível marcado. Para a medida subescapular foi tomada 2,00 cm abaixo do angulo inferior da escapula, obliquamente ao eixo do tronco. 3.4 ANALÍSE ESTATÍSTICA Para analise dos dados foi utilizado as medidas de tendência central(Média e Desvio Padrão) para detectar os valores das dobras cutâneas da amostra e depois classificá-las com a porcentagem de gordura de acordo com as tabelas de referencia e relacioná-las com outros estudos.O calculo utilizado para obter o %G foi a equação de BOILEAU (1985) %G=1,35(TR+SE)-0,012 (TR+SE)² - 4,4 para o gênero masculino com idade entre 8 e 28 anos. 21 RESULTADOS E DISCUSSÃO A tabela a seguir apresenta as médias e desvios padrões das dobras cutâneas tricipital e subescapular dos jogadores avaliados divididos por zona de atuação em campo. Tabela 01: Médias e Desvios Padrões das dobras cutâneas realizado em milímetros por zona de campo. ZONA DE CAMPO DB TRI DB SBE DEFESA 7,7 M ± 1,29DP 7,3 M ± 0,61DP MEIO 5,42 M ± 2,83 DP 6,6 M ± 1,14 DP ATAQUE 8,1M ± 0,7 DP 7,27 M ± 1,45 DP Quando se observa a tabela 01 que representa as médias das dobras cutâneas TR e SBE dos jogadores divididos por zona de campo, constata-se que, a menor dobra cutânea tricipital registrada, foi dos jogadores de meio campo (5,42 ± 2,83mm), ao passo que a maior média tricipital foi de (8,1 ± 0,7mm). Sobre a subescapular a menor média encontrada (6,6± 1,14mm) e a maior (7,27 ± 1,45mm). O seguinte gráfico representa à média e desvio padrão do percentual de gordura encontrado nos atletas divididos em geral e por zona de campo. Gráfico 01: Média individual e geral do Percentual de Gordura. Média do percentual de ordurapor zona de atuação Média 13,19% DEFESA 9,98% MEIO 13,48% 12,22% ATAQUE GERAL 22 Observando o gráfico 01 que apresenta as médias e desvio padrão do percentual de gordura dos jogadores divididos por zona de atuação, podemos observar que o percentual encontra-se menor nos jogadores que atuam no meio de campo (9,98 ± 3,57%), ao passo que a maior média foi encontrada nos jogadores de ataque (13,48 ± 1,91%). Em média geral a equipe estudada encontra-se com (12,22 ± 1,00%). Esses valores estão diretamente relacionados com a função e zona de campo que cada jogador atua. Já citado anteriormente Melo (1997) define que para jogar futebol os atletas devem possuir características físicas adequadas para cada posição e função que ocupa dentro de campo, sendo que quem permanece na zona defensiva deve conter principalmente as características de força, força explosiva, resistência e coordenação. Já quem joga no setor de meio-campo deve possuir resistência, coordenação, recuperação e velocidade. E por fim no ataque devem conter velocidade, agilidade, equilíbrio e força explosiva. Em um estudo semelhante PANCOTTO JUNIOR e col. (2010) avaliaram 22 jogadores da categoria de base de um clube de futebol profissional da cidade de Bento Gonçalves RS com idade entre 16 e 20 anos, separados por posição tática e concluiu que, os jogadores de defesa apresentaram (10,34 % G), os meio campistas de (10,1%G) e atacantes com (9,51% G). Quando relacionados resultados deste estudo com o presente estudo constata-se que, os jogadores de defesa apresentam (13,19 %G) e do autor citado (10,34%G) com uma diferença de (1,22%G) em desfavor do presente estudo, em relação aos jogadores de meio os atletas estudados do presente estudo encontram-se com (9,98%G) e do autor supracitado (10,1%G) com uma diferença de (0,12%G) em favor do presente estudo, e por fim os jogadores de ataque com (13,48%G) do presente estudo e (9,51%G) do autor, com diferença de (3,97%G) em desfavor do presente estudo. Em relação à média geral a amostra estudada pelo autor encontra-se com (9,98% ± 0,004 %) já o presente estudo (12,22 ± 1,00 %) com uma diferença de (2,24%G) em favor do autor. Acredita-se que essa diferença encontrada entre os estudos tenham se dado em virtude das condições de treino, estrutura do clube, condições de alimentação que muitas vezes não é acompanhada por um profissional. Em outro estudo, OLIVEIRA e FERNANDES (2014) pesquisaram sobre o perfil antropométrico e percentual de gordura de jogadores de futebol da categoria juniores e encontrou média de (11,64 ± 2,01% G) que quando comparado com a 23 média do presente estudo que se apresenta (12,22%G ± 1,00). Com uma diferença de (0,58% G) em favor do autor. Neste sentido MANTOVANI et al. (2008) pesquisou dentre as medidas antropométricas e testes de desempenho motor o percentual de gordura de varias categorias, especificamente de19 jogadores sub 17, na cidade de São Caetano. Após testar nove dobras cutâneas, pós uma temporada de 10 semanas, encontrou uma média geral de (7,97% G) que quando comparada com a encontrada no presente estudo (12,22% G) obtendo uma diferença de (4,25% G) em favor do autor. Essa diferença justifica-se pelo fato de serem jogadores que treinam em um local que oferece estrutura para que um preparador físico possa trabalhar de forma digna e completa, já os do presente estudo não usufruem do mesmo ambiente, tem pouco tempo para treinar devido à maioria precisar trabalhar para ajudar em casa, que muitas vezes é motivo de falta e até desistência do esporte, já que a maioria não tem um apoio dos pais e está ali somente pelo sonho de se tornar atleta. Que poderia se tornar realidade se os clubes contassem com estrutura e buscassem profissionais para melhor formar estes jovens. O gráfico 02 apresenta a relação do presente estudo com a classificação da composição corporal para esporte, saúde e aptidão segundo FOSS & KETEYIAN (2000). Gráfico 02:Classificação da composição corporal para esporte, saúde e Aptidão. Diretrizes Sugeridas da Composição Corporal para Esporte, Saúde e Aptidão Maioria dos Atletas; 05 a 13% Presente Estudo; 12,22% 24 O presente estudo apresenta uma média de percentual de gordura de (12,22%G) esse valor é considerado aceitável como indica a classificação de FOSS & KETEYIAN (2000) que para a maioria dos atletas o percentual deve ser de (05 a 13%G), logo se observa que o presente estudo quase ultrapassa os níveis aceitáveis, mostrando cada vez mais como o esporte em Rondônia permanece na decadência, os clubes não contem profissionais que possam estar fazendo uma preparação física adequada e possam cuidar da alimentação, muitas vezes os treinadores não possuem capacitação e como não possuem conhecimento acabam prejudicando o crescimento e desenvolvimento do jovem atleta, o clube em si não recebe apoio do governo e nem das empresas privadas que poderiam lucrar muito, obtendo os direitos de um atleta de base que possa ser vendido para um grande time no futuro. 25 CONCLUSÃO De acordo com o que se propôs este estudo concluí-se: Dos objetivos específicos Que o presente estudo apresenta quando dividido por zona de atuação em campo, (13,19%G) defesa, (9,98%G) meio e (13,48%G) ataque; Relacionado com estudos semelhantes à média geral do percentual de gordura o presente estudo apresentou-se maior que as médias dos estados de RS, SP e MG. Do objetivo geral Que jogadores da equipe R1 Genus obtiveram uma média de percentual de gordura de (12,22%G). 26 OBRAS CONSULTADAS BARBANTI, Valdir J. Formação e esportistas – Barueri, SP : Manole, 2005. BOILEAU, R.A., LOHMAN, T.G. & SLAUGHTER, M.H. Exercise and body composition of children and youth. Scandinavian Journal of Sport Science, 7, p. 17-27.(1985). CARVALHO, Marisa Lucchesi Melo de. Comparação do percentual de gordura corporal em jogadores de futebol por dobras cutâneas e bioimpedância elétrica.Belo Horizonte. 2005. CAVINATO; WICHI, Rogério Brandão.Composição corporal e limiar anaeróbio de jogadores de futebol das categorias de base. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte – Volume 7, número 1, 2008. CETOLIN, Tiago et al. Alterações na aptidão física durante período de preparação em jogadores de futebol profissional. 2009. Disponível em <http://www.efdeportes.com/efd138/preparacao-em-jogadores-de-futebol profissional.htm> Acesso em 20 de Agosto de 2013. 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