Fonseca, V. R. C., "Cálculo Estocástico do Afundamento de Tensão
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Fonseca, V. R. C., "Cálculo Estocástico do Afundamento de Tensão
,96%4(( 3RUWR$OHJUH56DGHDJRVWRGH &È/&8/2(672&È67,&2'2$)81'$0(172'(7(162'(9,'2¬)$/7$6(0 6,67(0$6'(75$160,662(',675,%8,d2 Viviane Reis de Carvalho Fonseca Mario Fabiano Alves * Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC-MG 5HVXPREste artigo apresenta uma metodologia para estimativa estocástica do número e das características dos afundamentos de tensão que podem afetar um determinado consumidor. Sua principal contribuição é a avaliação da variação da amplitude e duração do afundamento de tensão em função da posição de falta ao longo de uma linha do sistema estudado. Esta metodologia foi implementada através de um aplicativo desenvolvido com este objetivo. Um estudo de caso foi utilizado para a aplicação da metodologia, e seus resultados são apresentados. 3DODYUDV &KDYHV Qualidade da energia elétrica, afundamento de tensão, estimativa estocástica, banco de dados de afundamento de tensão. ,1752'8d2 O afundamento de tensão é uma variação de tensão de curta duração, com amplitude (valor eficaz) entre 0,1 e 0,9 pu da tensão nominal, e duração inferior ou igual a um minuto [1]. Trata-se de um problema complexo de ser analisada, envolvendo informações à respeito da energia fornecida pelas concessionárias, o conhecimento da real sensibilidade das cargas expostas e um estudo a respeito do impacto econômico nos sistemas consumidores afetados. Muitos trabalhos, inclusive os publicados mais recentemente, discutem como analisar o problema do afundamento e como avaliar as soluções para o mesmo. Entretanto, qualquer que seja a proposição, para se estudar o problema e tentar reduzir o impacto causado a uma determinada carga sensível é fundamental que se obtenha a estimativa do número de ocorrências e das suas características. As proposições que têm sido apresentadas para se estimar o afundamento de tensão [2,3,4,5,6,7,8] são formadas em geral de duas etapas. Num primeiro momento a preocupação central é a estimativa das características do afundamento de tensão, como a sua amplitude, sua duração e sua freqüência de ocorrência. Numa segunda etapa realiza-se um estudo da compatibilidade dos equipamentos frente às características previstas para a energia do sistema elétrico em estudo. De posse destas informações, as medidas de mitigação do problema podem ser mais facilmente definidas por parte da concessionária, por parte do consumidor e também por parte dos fabricantes de equipamentos eletro-eletrônicos. Este artigo apresenta uma proposta de metodologia para a estimativa das características dos afundamentos impostos por um sistema a um determinado consumidor, que considera a natureza estatística do processo envolvido [8]. Esta metodologia explora e complementa as metodologias indicadas em diversos trabalhos já desenvolvidos na área. Sua principal contribuição é a avaliação da variação da amplitude e duração do afundamento de tensão em função da posição de falta ao longo de uma linha do sistema estudado. Esta avaliação é feita através de um estudo estatístico estocástico, através do qual é definida a tendência da distribuição dos afundamentos no sistema, utilizando-se ferramentas clássicas da estatística. Av. Dom José Gaspar, 500 – Coração Eucarístico – 30535-610 – Belo Horizonte – MG Fone: 0XX31 – 3319 4305 e-mail: [email protected] 275 0(72'2/2*,$'(&È/&8/2>@ &iOFXOR GD DPSOLWXGH GRV DIXQGDPHQWRV GHWHQVmR A amplitude do afundamento de tensão é calculada através de uma ferramenta clássica de análise de curto circuito [10]. A metodologia aqui usada engloba o estudo de sistemas elétricos de potência em geral, onde são encontrados sistemas de transmissão, subtransmissão e distribuição. 'XUDomRGRVDIXQGDPHQWRVGHWHQVmR A duração é definida pelos tempos de atuação da proteção do sistema elétrico em estudo. Existem dois caminhos para se obter os tempos de duração dos afundamentos simulados ao longo de um sistema. O primeiro é através da simples utilização de tempos típicos de atuação da proteção, levando em consideração os dispositivos de proteção utilizados para cada linha do sistema em estudo. Neste trabalho a duração dos afundamentos foi obtida desta forma. O segundo caminho seria a utilização de um programa de coordenação da proteção, para que os dados obtidos sejam ainda mais precisos. Esta segunda hipótese está sendo avaliada para inclusão em trabalhos futuros. )UHTrQFLD GH DIXQGDPHQWRVGHWHQVmR RFRUUrQFLD GRV São utilizadas taxas médias de falhas (falhas por km por ano) das linhas do sistema. É importante ressaltar que quanto mais reais forem estas taxas, melhores serão os resultados obtidos. A metodologia proposta não exige o uso de uma taxa média de falha única para todo o sistema. É possível a utilização de taxas médias de falhas específicas para cada linha de transmissão. Desta forma, situações como, por exemplo, a simulação de determinados trechos de linha que apresentam alta incidência de faltas podem também ser consideradas. ,QIOXrQFLDGDSRVLomRGDIDOWDDRORQJRGD OLQKD GH WUDQVPLVVmR VREUH RV DIXQGDPHQWRV GHWHQVmR Curtos circuitos provindos de descargas atmosférica são a principal causa dos afundamentos de tensão. Este fenômeno ocorre em posições aleatórias ao longo do comprimento de uma linha. As posições dos curtos circuitos simulados são escolhidas de forma aleatória, no intuito de representar corretamente o processo real de distribuição das descargas atmosféricas ao longo das linhas. Para se estudar a variação da amplitude e da duração de um afundamento em função do deslocamento da falta ao longo de uma linha, é necessário que sejam simulados curto circuitos intermediários nas linhas. A rotina de cálculo utilizada divide as linhas em intervalos de 1%, o que significa 101 pontos de cálculo de curto-circuito. Para um sistema em estudo são simulados curtos circuitos FT, FF, FFT e FFF em todos os 101 pontos intermediários em cada linha do sistema. Após estas simulações temos o valor das correntes de falta em cada fase para todos os pontos e tipos de falta simulados. Temos também as tensões Va, Vb e Vc em uma determinada barra do sistema para todas as faltas simuladas ao longo do sistema. Isto pode ser feito para todas as barras para as quais se necessite saber a tensão pós falta. Estes valores são armazenados num banco de dados para afundamentos de tensão, e em seguida utilizados num processo de cálculo estatístico para simulação de uma determinada quantidade de anos de funcionamento do sistema em estudo, como descrito no item seguinte. 6LPXODomR GH YiULRV IXQFLRQDPHQWRGRVLVWHPD DQRV GH Por causa da característica estocástica do processo estudado, são necessárias simulações de vários anos de funcionamento de um sistema para que se possa ter uma estimativa confiável. O objetivo aqui é construir um histórico de funcionamento do sistema, através destas simulações, para que um valor médio de ocorrências de afundamentos seja conseguido. É feita uma amostragem aleatória da população em questão, ou seja, são simulados N anos de funcionamento do sistema e a média de ocorrências é então estimada. O processo se inicia com simulações computacionais que terão como resultados pares de dados referente à $PSOLWXGH e 7HPSR GH 'XUDomR dos afundamentos. Para analisar estes dados, primeiramente eles são organizados em 'LVWULEXLo}HVGH )UHTrQFLD. Uma 'LVWULEXLomRGH )UHTrQFLD é um método de grupamento de dados em classes, ou intervalos, de tal forma que se possa determinar o número, ou a percentagem (isto é, a freqüência) de cada classe. Os 276 150 (ms) 300 (ms) 550 (ms) 800 (ms) 1.0 0.00 1 0 4 0.9 1 4 4 3 0.8 1 2 10 2 0.7 0 1 3 1 0.6 0 1 1 1 0.5 1 2 1 1 0.4 0 1 0 0 0.3 1 0 0 0 0.2 0 0 0 0 0.1 0 0 0 0 Cada ano simulado dá origem a uma distribuição de freqüência referente às ocorrências. A partir deste conjunto de dados são calculados alguns parâmetros estatísticos: a média aritmética de ocorrências (Eq. 1) e o erro na estimativa desta média (Eq.2). Ê ;, ;= (1) Q onde: ; - é o i-nésimo elemento do conjunto e Q é o número de observações do conjunto. d = Wa * 6 (2) Q onde: 6 é o desvio padrão calculado (Eq. 3), Wa é o argumento da função de W 6WXGHQW em função do intervalo de confiança a, 6 é o desvio padrão estimado e Q é o tamanho da amostra. A escolha da distribuição de W VWXGHQW para este cálculo está embasada em teorias clássicas da estatística, que podem ser encontradas em [11]. s = Ê (; . -; Q -1 )2 (3) DADOS DO SISTEMA Cálculos de Curtos Circuito Filtro de Dados SAÍDA DE DADOS DADOS FILTRADOS Banco de dados Afundamento de tensão DADOS REFERENTES AO SISTEMA V (pu) A implementação deste processo de cálculo foi feita a partir de um programa computacional de cálculo de curto circuito e de um Sistema Gerenciador de Banco de Dados. Um aplicativo (SCEAT) foi desenvolvido com o objetivo de servir de interface entre o usuário, o software de cálculo de curto-circuito, e o banco de dados que detém as informações referentes aos afundamentos de tensão. É também função do SCEAT fazer os cálculos estatísticos necessários aos estudos em questão. Na figura 1 é mostrado o fluxograma de dados deste sistema de cálculo. O SCEAT é uma ferramenta independente de cálculo. Porém, este sistema de cálculo se insere em um projeto maior relacionado ao gerenciamento da qualidade da energia elétrica [12]. Este projeto tem o objetivo de integrar ferramentas de gerenciamento e análise da qualidade de energia como um todo. TEMPO DE ATUAÇÃO DA PROTEÇÃO ! " # $%& & & '# ! ()*+& ±6&($7±6LVWHPDGH&iOFXOR(VWRFiVWLFR GR$IXQGDPHQWRGH7HQVmR TAXAS DE FALHAS intervalos da distribuição de freqüência são estabelecidos para duas variáveis: amplitude do afundamento e tempo de duração. A próxima etapa é enquadrar os dados nos intervalos pré estabelecidos mediante contagem. Na tabela 1 é mostrado um exemplo de distribuição de freqüência para os afundamentos de tensão. Cálculos estatísticos SAÍDA DE DADOS Formatação dos resultados RESULTADOS / & / 021345 ±&$62(;(03/2 ±'DGRVGRVLVWHPDHVWXGDGR Na figura 2 é apresentado o diagrama unifilar do sistema em estudo. Nas tabelas 2, 3 e 4 são apresentados os dados básicos utilizados no trabalho. 277 onde: 7E é a taxa de falhas em Nº de ocorrências/100km/ano O é o comprimento da linha em km. BF 9AG & +B'# '# & ! B& & H& & B A Tipo de Proteção Sobrecorrente (138kV) Sobrecorrente (13.8kV) Distância (alcance de 90%) Tempo de Atuação (ms) 300 Até 20% - 300 > 20% - 800 1ª Zona: 150 2ª Zona: 550 ±5HVXOWDGRV / & 6"798:& & !& ;& < 6 8=9>& +9 ! & Comprimento total das LT’s 138kV Comprimento total das LD’s 13,8kV Taxas de falhas - LT’s 138kV Taxas de falhas - LD' s 13,8kV Potência do trafo TR1 Potência do trafo TR2 562,64 km 41 km 5 ocorrências/100km/ano 50 ocorrências/100km/ano 20 MVA 1,5 MVA ? @A+ +B& + C +& A+& & Tipo de Curto Circuito Fase – Terra Fase – Fase Fase – Fase – Terra Trifásico % de Falhas 138 kV 13.8 kV 75 55 10 20 13 20 2 5 De posse das taxas de falha das linhas (tabela 2), e do percentual de ocorrências para cada tipo de falta (tabela 3), foi calculado o número e o tipo das ocorrências previstas para um ano de funcionamento do sistema (Eq. 4). Estas ocorrências são então distribuídas de forma aleatória ao longo da extensão de cada linha do sistema. O tempo de duração dos afundamentos de tensão simulados é retirado da tabela 4. 7D (4) 1IDOWDV = O 100 Foram feitos 120 sorteios, o que equivale a 120 anos de “observações” do funcionamento do sistema. A tabela 5 apresenta a média de ocorrências para os 120 sorteios. Por exemplo, para afundamentos de tensão de amplitude 0,7 < x 0,8 , e duração de 150 ms, a média é de 1,27 ocorrências por ano. Através da equação 2 é possível calcular o erro de estimação da média da população estudada. A tabela 6 mostra estes erros para uma amostra de 120 sorteios. Por exemplo, para afundamentos de tensão de amplitude 0,7 < x 0,8 , e duração de 150 ms, o erro de estimação é de 0,19 ocorrências. Para mostrar a evolução do erro com o aumento do tamanho da amostra, foi traçado um gráfico do erro em função do tamanho da amostra para o intervalo da distribuição de freqüência de amplitude 0,7 < x 0,8 e duração de 150 ms (Figura 3). I J"%& KL+M *+& N ! OP4L B4Q R6S0T & N R6SBO7 J"& '#VU=M RW V (pu) 150 (ms) 300 (ms) 550 (ms) 800 (ms) 1.0 0.00 0.73 0.00 3.74 0.9 0.80 4.42 2.65 3.28 0.8 1.27 1.60 8.82 2.18 0.7 0.21 1.12 2.94 0.84 0.6 0.38 1.07 1.01 1.02 0.5 0.45 1.83 0.13 0.13 0.4 0.22 0.77 0.00 0.00 0.3 0.12 0.23 0.00 0.00 0.2 0.00 0.02 0.00 0.00 0.1 0.00 0.01 0.00 0.00 278 BW =A9A& '#J"%& KL+ *+& +X $ 8:& & & '# / (*+& "7 JB& '#UTM RW"7J"%& Y6S0T & N R6S O 100% 90% Y = 11.15 80% V (pu) 150 (ms) 300 (ms) 550 (ms) 800 (ms) 1 0 0.12 0 0.22 0.9 0.13 0.21 0.15 0.26 0.8 0.19 0.14 0.32 0.22 0.7 0.08 0.18 0.21 0.15 0.6 0.1 0.17 0.11 0.16 0.5 0.11 0.23 0.06 0.06 0.4 0.08 0.13 0 0 0.3 0.06 0.09 0 0 0.2 0 0.03 0 0 0.1 0 0.02 0 0 z{ { |}i~z =~A | ~a ~ ^}i A| |~;~A}ei| e~;|M { ~ y v wx t us pp r qqs o pqp 0.8 0.7 0.6 0.5 0.4 0.3 0.2 0.1 0 0 20 40 60 80 bced2cMf^gihjickd:hMl m n c 100 120 140 / & ? $ '#M +Z H ³ A^´Rµ¢A ¶ ·RAY´R¸ ¶A¹A µ· ¹ · µ3M¶¹ Yº=¶MA ¹ RA » ¼ ·^ R RY ¹½ A·^¶AµRi ¹A¾ ² ¯ °± ® ¬¬ «ª ª ¨ ©¦ª ¤ ¥¦§ 0.9 0.8 0.7 0.6 0.5 0.4 0.3 0.2 0.1 0 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 ^ AY R 2M AYY ¡R¢ RYY Y£ 100 / & " F 4:! B#[U=M YW / / 05& B\ #\& H ^]6 Na figura 4 é mostrado como a amplitude do afundamento sentido na Barra 16 varia para uma falta FT ao longo de toda a extensão da linha 1, que se inicia na barra 1 e termina na barra 2. Esta linha é uma das que mais apresentou variação na amplitude do afundamento devido à variação da posição da falta. V X = 2.31 S = 18.52 Z = 4.17 40% T = 1.37 0 20 TA 150 TB 600 TC 3000 / & I"7_=& ` '#4QJaP B M YW& <A Uma outra maneira utilizada para mostrar os resultados de uma estimativa de afundamentos de tensão é através do gráfico da figura 5 [13]. Este gráfico apresenta resultados referentes à afundamentos momentâneos de tensão (até 3Seg.). Uma das características mais interessantes deste gráfico é a possibilidade de associar o afundamento de tensão à região onde ocorreu a falta (transmissão, distribuição). Esta identificação é feita através do tempo de duração dos afundamentos. As faixas de separação foram convenientemente escolhidas para representar os tempos de atuação dos dispositivos de proteção para a transmissão e para a distribuição. &21&/86®(6 A metodologia proposta e implementada se mostrou eficiente, com a abordagem estocástica feita do processo contribuindo consideravelmente para uma maior precisão dos resultados da estimativa. A convergência do erro de estimação foi conseguida sem maiores dificuldades, para uma amostra de aproximadamente 100 sorteios. Caso o erro desejado seja menor que o conseguido, pode-se calcular o número de sorteios necessários. Porém, daí em diante, para uma redução significativa do erro, é necessário um grande aumento do número de sorteios. Por outro lado, com base no caso exemplo estudado, isto parece não ser necessário. As metodologias propostas em trabalhos anteriores [2,3,4,5,6,7,8] sugerem a estimativa do afundamento de tensão através do cálculo de apenas um ano de ocorrências e sem considerar a distribuição aleatória das faltas ao longo das linhas. Através do exemplo estudado fica constatado que existe uma grande diferença entre fazer a estimativa dos afundamentos em relação a 1 ano e em relação a 100 anos de "observações" . 279 Também pode-se constatar através do exemplo estudado, que a análise da variação da amplitude do afundamento em função da distribuição aleatória das faltas ao longo da extensão das linhas se mostrou relevante para uma estimativa que gere bons resultados. Ao possibilitar a obtenção de estimativas mais confiáveis em relação às ocorrências dos afundamentos, a metodologia proposta permite tomadas de decisão muito mais seguras na avaliação de alternativas de mitigação para o problema. 5()(5Ç1&,$6 [01] ONS – Operador Nacional do Sistema Elétrico, “Padrões de Desempenho da Rede Básica – Submódulo 2.2 – revisão 0”, 15/05/2000. [02] CONRAD, L., LITTLE, K., GRIGG, C., “Predicting and Preventing Problems Associated with Remote Fault-Clearing Voltage Dips”, IEEE Transactions on Industry Applications, v. 27, n. 1, p. 167-172, Jan/Fev, 1991. Mestrado no. PPGEE-11/99, PUC-MG, Brasil, Dezembro, 1999. [10] “ANAFAS – Programa de Análise de Faltas Simultâneas”, CEPEL – Centro de Pesquisas de Energia Elétrica, Versão 3.1, 1999, RJ – RJ. [11] STEVENSON, W. J., “Estatística Aplicada a Administração” , Editora HARBRA Ltda, 493 P., São Paulo, 1986. [12] ALVES, M. F., FERNANDES, D. 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