Guia de Comunicação - Sistema de Gerenciamento de Conteúdo

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Guia de Comunicação - Sistema de Gerenciamento de Conteúdo
PONTES de
esperança
Organizadores
Edson Rosa, Luís Henrique dos Santos, Martin Kuhn
PONTES de
esperança
Guia para diretores de Comunicação
Divisão Sul-Americana da Igreja Adventista do Sétimo Dia
UNASPRESS
Imprensa Universitária Adventista
Centro Universitário Adventista de São Paulo – Campus Engenheiro Coelho
PONTES DE ESPERANÇA
Guia para diretores de Comunicação
Organizadores: Edson Rosa, Luís Henrique dos Santos, Martin Kuhn
Editoração: Kenny Zukowski (Agência Zoom) e Renato Groger (Unaspress)
Capa e design: Amanda Cabrerizo e Gleibson Oliveira (Agência Zoom)
Diagramação: Amanda Cabrerizo e Kenny Zukowski (Agência Zoom)
Ilustrações: Alexandre Rocha
Revisão: Márcia Ebinger, Nélida Alejandra Leguizamón, Renato Groger, Silmira Marta Z. S Rosa,
Mani Maria Pereira e Felipe Lemos
Impressão: Casa Publicadora Brasileira
Edson Rosa, Luís Henrique dos Santos, Martin Kuhn, organizadores
Pontes de Esperança: Guia para diretores de Comunicação
2° ed.
UNASPRESS, 2009
Engenheiro Coelho, SP
1. Comunicação; 2. Igreja; 3. Publicidade
4. Jornalismo; 5. Relações Públicas
ISBN: 978-85-89504-16-4
2º edição
exemplares
2011
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
Divisão Sul-Americana
Tel.: (61) 3701-1818 / HomePage: www.portaladventista.org
UNASPRESS – Imprensa Universitária Adventista
Centro Universitário Adventista de São Paulo – Campus Engenheiro Coelho
Tel.: (19) 3858-9055 / Home Page: www.unaspress.unasp.edu.br
Índice
Índice
I.
INTRODUÇÃO
11
II.
DECLARAÇÃO DE ÉTICA
14
1
1. A COMUNICAÇÃO E A IGREJA ADVENTISTA
16
Deus é um comunicador
18
A Comunicação e a Missão
20
A Igreja e o Departamento de Comunicação
21
2
2. O DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO NA IGREJA ADVENTISTA
23
De Silver Springs a Puerto Willians
24
Funções do Departamento de Comunicação
26
Extrato do Manual da Igreja
29
3
3. PADRÃO DE IDENTIDADE VISUAL DA
IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA
32
Explicação do símbolo gráfico
33
Cores oficiais
34
Fundos
35
Configuração preferencial para fachadas de igrejas
35
Cuidados com o logotipo da Igreja
37
Outros logotipos
38
4. COMUNICAÇÃO INTERNA
4
39
Introdução à comunicação interna
40
Apoio a outros departamentos
40
Cadastro e pesquisa de membros
44
Boletins e jornais internos
48
Anúncios públicos
56
Murais e quadros de avisos
59
Ministério da recepção
63
Lista classificada
64
Comunicação e o aspecto físico da igreja
67
5
5. COMUNICAÇÃO EXTERNA
69
Introdução comunicação externa
70
Assessoria de imprensa
70
Dicas de como trabalhar com a imprensa local
76
Gerenciamento de crises
76
Mídia impressa
81
Mídia exterior, ao ar livre ou alternativa
87
6
6. RELAÇÕES PÚBLICAS - NOÇÕES DE CERIMONIAL
90
Cumprimentos protocolares
91
Noções de cerimonial
98
Atividades sugeridas
108
Revista Esperança Viva
111
Composição de participantes – precedência
115
Organização e controle de eventos
118
7
7. PRODUÇÃO DE PROGRAMA DE RÁDIO
125
Rede Novo Tempo de Rádio
126
Produção de programa
127
8
8. TELEVISÃO
134
Rede Novo Tempo de Televisão
135
Como criar vídeos
139
9
9. FOTOGRAFIA
152
Noções básicas de fotografia
153
Postura do fotógrafo em eventos religiosos
160
10
10. COMUNICAÇÃO DIGITAL
164
Introdução a comunicação digital
165
A internet comunicando esperança
166
Planejamento de web sites
167
E-mail marketing
173
Blogs e redes sociais
175
A Igreja nas redes sociais
179
Diretrizes para os web sites da Igreja Adventista
186
11
11. REDAÇÃO DE TEXTO
189
Release – comunicados de imprensa
190
Lead – mostrando o caminho
191
ASN (Agência Adventista Sul-Americana de Notícias)
198
12
12. PROGRAMA ADVENTISTA DE CAPACITAÇÃO
EM COMUNICAÇÃO
200
Introdução
201
13
13. FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE COMUNICAÇÃO
206
Áreas da comunicação social
207
Cursos de Comunicação Social na Igreja Adventista
210
14
14. ORGANIZAÇÃO E AUTORIA
216
Organizadores
216
Autores
218
Colaboradores
222
Introdução
Introdução
“P
ontes de Esperança”. Esse é o lema mundial do Departamento de Comunicação da
Igreja Adventista do Sétimo Dia. Construir pontes, não muros. Normalmente levantamos barreiras ao nosso redor, nos isolamos. O Departamento de Comunicação é uma PONTE para unir os
membros igreja com um só objetivo de levar ao mundo mensagens de esperança e facilitando o
acesso delas as belas verdades da palavra de Deus.
Construir pontes significa que devemos usar todos os recursos possíveis para comunicar
uma mensagem de esperança ao mundo da maneira mais eficiente e eficaz possível.
Esse guia não é uma receita pronta. Ele é na verdade um roteiro de COMO dizer, quais
as técnicas e ferramentas para desenvolver, interna e externamente, uma comunicação que realmente faça diferença na missão da igreja e na vida das pessoas.
Esgotar todo o assunto em comunicação é impossível. Um dos objeti-
vos deste guia é despertar o seu interesse em conhecer mais e pesquisar outras
possibilidades da comunicação.
Outro objetivo é servir de guia de referência para o trabalho do Depar-
tamento de Comunicação da igreja local.
O guia está divido em capítulos temáticos: A Comunicação e a Igreja Ad-
ventista do Sétimo Dia, o departamento de Comunicação na Igreja Adventista,
Padrão Mundial de identidade visual; comunicação interna, comunicação externa, relações públicas, produção de programa de rádio, televisão, fotografia, comunicação digital, redação de texto, formação de profissionais de comunicação.
Cada capítulo contém as informações conceituais sobre como desenvolver
materiais e conteúdos para uso na igreja, além de dicas práticas sobre o tema.
Não há lições de como operar softwares específicos ou sugestões de
textos prontos ou esquemas de boletins para você apenas preencher seus dados. Diz o provérbio que é mais importante ensinar a pescar do que dar o peixe
e é isso que o Guia de Comunicação da Divisão Sul-Americana se propõe fazer.
Mais do que fórmulas prontas, você terá acesso a orientações que vão
dar liberdade de trabalho ao mesmo tempo segurança para desenvolver a comunicação da maneira mais responsável e adequada para a igreja.
No site www.portaladventista.org/comunicacao, você terá exemplos
como materiais já desenvolvidos em Departamentos de Comunicação de algumas igrejas da Divisão Sul-Americana que podem servir de inspiração. Você
encontrará outros subsídios para desenvolver seus próprios materiais de excelente qualidade quando não houver um direcionamento do campo local.
Os autores desse guia são profissionais experimentados e competen-
tes, aptos a transmitir os conhecimentos no formato adequado. Mais importante que isso, vários foram ou ainda são responsáveis pelo Departamento de
Comunicação em suas igrejas locais e sabem, como você, quais são as verdadeiras dificuldades e necessidades de quem assume esse departamento tão
importante.
Tenha esse guia como um amigo, um conselheiro. Sempre que pre-
cisar, recorra à Associação ou Missão, que tem um Director de Comunicação
competente e preparado para o cargo.E tenha a Deus como orientador e objetivo de qualquer trabalho. São passos que certamente o levarão ao sucesso
nessa jornada de construir Pontes de Esperança.
Boa leitura e bom trabalho,
Departamento de Comunicação
Divisão Sul-Americana da Igreja Adventista do Sétimo Dia
www.portaladventista.org/comunicacao
Declaração de Ética para os Comunicadores
Adventistas do Sétimo Dia
O evangelho comissiona seus discípulos a se
comunicarem. Assim sendo:
1. Glorificar a Deus é o propósito final de toda comunicação;
2. O contexto de todas as mensagens deveria ser as boas novas do amor de Deus e a esperança
da Segunda Vinda de Jesus Cristo;
3. Os comunicadores adventistas respondem aos aspectos, crenças e valores da igreja e se expressam como membros fiéis da igreja;
4. Toda comunicação legítima ou mídia profissional tem um chamado santo que requer compa-
5. Tornar prioridade a liberdade para comunicar-se com integridade, abertura, objetividade, honestidade, sensibilidade, diversidade e excelência; os obreiros e constituintes devem ser informados da necessidade da comunicação transparente, aberta e honesta;
6. Afirmamos que a verdade e a confiança são essenciais ao viver responsável; e a coerência e
a fidelidade para com a verdade deveriam predominar sobre o imediatismo e o sensacionalismo;
7. Todas as nossas produções de mídia deveriam ser elevadas, confiáveis e enobrecedoras do
leitor/telespectador e incentivar a fé viva, a religiosidade prática e o compromisso de fortalecer
a comunidade;
8. Todo profissional de comunicação é obrigado a expandir seu conhecimento e acentuar suas
capacidades mediante a afiliação e participação em organizações profissionais, a educação contí-
ÉTICA
nheirismo, apoio e respeito pelo meio, mensagem e companheiros de comunicação;
nua e o desenvolvimento profissional a fim de manter elevados padrões de excelência proporcionais à disciplina de comunicação;
9. As atividades de comunicação deveriam estar isentas de conflitos de interesses; o nepotismo
e o favoritismo não têm lugar na contratação e promoção de comunicadores e seu staff; a contratação deve ser justa e não estar baseada na influência indevida;
10. As mensagens da organização da igreja, direcionando a atividade dos comunicadores, deveriam legitimamente refletir sua identidade e seus valores bem como estar estruturadas em todas
as decisões e escolhas morais.
Adotada do Conselho Mundial de Comunicação,
Silver Spring, Maryland, 22 de março de 2006.
A comunicação e a
Igreja Adventista
A comunicação e a Igreja Adventista | 17
A comunicação é um processo no qual as pessoas compartilham informações, ideias
e sentimentos. Esse processo envolve não somente a expressão verbal através de palavras escritas e faladas, mas também a expressão não-verbal, ou seja, informações transmitidas de forma consciente ou inconsciente por meio de uma linguagem que não utiliza palavras, como a linguagem corporal, gestos, entonação, maneirismos, estilo, comportamento,
bem como o ambiente ou quaisquer outras coisas que acrescentem significado à mensagem.
A comunicação é vital em todas as áreas de nossa vida. Usamos a comunicação para per-
suadir, influenciar, informar, compartilhar. Através da comunicação descobrimos as necessidades
dos outros e compartilhamos as nossas próprias.
Usamos a
comunicação
para persuadir,
influenciar,
informar...
Os termos comunicar e comunicação têm sua raiz na palavra “comum”, ou seja, comuni-
car é tornar o nosso pensamento comum, fazê-lo conhecido às demais pessoas, e isso se faz por
meio de símbolos. Devemos, portanto, utilizar os símbolos que estão à nossa disposição, como as
palavras, gestos e sons, combiná-los adequadamente e transmitir nosso pensamento com exatidão para os outros. Se assim fizermos, as pessoas nos entenderão e consequentemente poderão
cooperar conosco. É dessa mesma raiz (comum) que surgem muitas outras palavras conhecidas
como comunidade, comunismo e comunhão, por exemplo. Essas palavras estão associadas à ideia
de convivência, relação de grupo, sociedade, ter em comum ou partilhar as mesmas coisas.
Pesquisas têm demonstrado que as palavras ocupam apenas 7% do poder de transmissão
da mensagem. Os 93% restantes têm a ver com a linguagem não-verbal, ou seja, gestos, entonação, testemunho e envolvimento.
Todo processo de comunicação pode apresentar ruídos, que são os elementos que
causam interferencia e atrapalham a transmissão da mensagem. Estes podem ser de natureza
física (um barulho, uma mancha no papel, iluminação fraca, lâmpada queimada, som inadequado, ambiente abafado e sem climatização, etc.), psicológica (aspereza, agressividade,
etc.), cultural (palavras ou expressões inadequadas etc.) ou espiritual (incoerência entre o
que fala e o que vive) e devem ser eliminados ao máximo. Por outro lado, o receptor deve se
portar da maneira mais aberta possível para receber a informação de forma clara e precisa.
Quanto menor for o nível de ruídos, maior será a possibilidade da comunicação tornar-se um
Todo processo de
comunicação pode
apresentar ruídos...
18 | Pontes de Esperança
veículo eficaz de diálogo, discussão e troca de ideias, atingindo, assim, o seu objetivo, de promover um saudável crescimento social e bom entendimento entre as pessoas.
A melhor mídia
que existe é a
vida, o exemplo,
o testemunho, a
encarnação da
verdade.
Não pode haver comunicação sem envolvimento. A melhor mídia que existe é a vida, o
exemplo, o testemunho, a encarnação da verdade. É viver aquilo que se acredita e pregar o que se
vive. Os demais veículos são importantes, mas são apenas canais, são aparatos, mas não são vitais.
É exatamente por isso que o comunicador que pretende passar uma mensagem
religiosa deve ser íntegro e verdadeiro, porque as pessoas estarão lendo a coerência entre
suas palavras e sua vida.
“Paulo levava consigo a atmosfera do Céu. Todos os que com ele se associavam sentiam
a influência de sua união com Cristo. O fato de que sua própria vida exemplificava a verdade que
pregava, dava a sua pregação um convincente poder. Nisto reside o poder da verdade. A influência espontânea e inconsciente de uma vida santa é o mais convincente sermão que se pode fazer
em prol do evangelho” EGW, Atos dos Apóstolos, 510.
Deus é um comunicador
A comunicação no
Éden era perfeita.
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus...” João 1:1.
Como podemos perceber, Deus e a Palavra são um. A comunicação faz parte da essência de Deus.
Deus é um comunicador por excelência.
Na criação, Deus falou e tudo se fez. “E disse Deus: Haja... e houve.” “Pela Palavra do Se-
nhor foram feitos os céus, e todo o exército deles pelo espírito da sua boca”, “Porque falou, e tudo
se fez; mandou, e logo tudo apareceu” (Gên. 1: 3; Sal. 33: 6 e 9). Os atos criativos de Deus foram
expressos com palavras, através de uma comunicação perfeita, sem ruídos, verdadeira e poderosa. As palavras de Deus são a expressão idêntica de Seu caráter, por isso Ele fala e há.
A comunicação no Éden era perfeita e Deus falava cara a cara com Seus filhos. Porém,
após a entrada do pecado, essa comunicação tornou-se impossível. “Mas as vossas iniquidades
fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para
que vos não ouça” (Isa. 59:2). O pecado é o maior “ruído” de comunicação de que se tem notícia.
A comunicação e a Igreja Adventista | 19
O ser humano desde a queda no Éden tem que pagar o preço da desobediência, que é a morte,
e como consequência de seu ato, as possibilidades de voltar a se relacionar com Deus de forma
direta terminaram.
Deus em sua infinita sabedoria e amor, estabeleceu um plano para o resgate e redenção
da raça caída: “e porei inimizade entre ti e a mulher, esta te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gên. 3:15).
Esse plano deveria ser conhecido pelo ser humano, mas como o pecado continua sendo
uma barreira de separação entre a comunicação de Deus com o homem, Deus buscou formas de
Deus buscou
formas de revelar
o Seu plano e de se
revelar.
revelar o Seu plano e de Se revelar.
“Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos
profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho” (Hb 1:1)
O plano da Salvação envolveu os mais significativos elementos da comunicação. Deus Se
comunicou de muitas maneiras, muitas vezes e por diferentes meios. Seu objetivo foi alcançar os
pais, no passado, e agora quer nos alcançar utilizando a maior mídia de que já se teve notícia: a
Palavra encarnada. Portanto, Deus falou, criou, escreveu, utilizou-se de rituais e símbolos, habitou
entre Seu povo e por fim se encarnou. Para a comunicação de Deus ser eficaz e compreensível a
nós, seres imperfeitos, ela exigiu a maior e a mais incompreensível entrega: seu Filho. Esse gesto
provou que para a comunicação ser eficaz deve haver, além de palavras, relacionamento e envolvimento.
“Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo san-
gue de Cristo. ...e, tendo derribado a parede da separação que estava no meio, a inimizade, ...e
reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade” (Ef 2:13-16). Através de Jesus Cristo podemos nos dirigir a Deus. Está restaurado o canal
de ligação, está destruída a parede de separação entre nós e Deus. Jesus é o meio, (a mídia, o
canal, o veículo) pelo qual podemos nos comunicar com o Pai.
Comunicar é produzir respostas. E foi desta exata maneira que Deus estabeleceu Suas
metas. “A palavra que sair da minha boca, não voltará para mim vazia” (Is 55:11). A comunicação
de Deus não falha.
A comunicação de
Deus não falha.
20 | Pontes de Esperança
No plano original, o povo escolhido tinha uma missão: tornar o caráter do Deus verdadeiro
conhecido a todo o mundo através das palavras e da vida da nação, mas devido ao orgulho nacional por ser um povo escolhido e especial, essa missão falhou. Deixaram de comunicar as boas
O fim está
relacionado com a
pregação, que é um
ato de comunicação.
novas ao mundo. Deus enviou seu Filho, “veio para o que era Seu, mas os Seus não O receberam”
(Jo 1:11). Essa missão ainda é a mesma até hoje.
A morte de Jesus é a mensagem que o mundo precisa. A igreja nasceu na cruz. A missão
dos seguidores de Jesus se confunde com a missão da Igreja: levar a mensagem ao mundo. “E este
evangelho (boas novas) do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, então virá o fim” (Mt 24:14).
O fim está relacionado com a pregação, que é um ato de comunicação. A finalidade da
igreja é facilitar, promover, fomentar e criar condições para que esse objetivo seja atingido. Todas
as pessoas que foram batizadas estão na Igreja como missionários e são, portanto comunicadores
ativos da mensagem.
Como sabemos, os seguidores de Jesus são portadores de diferentes dons, mas todos
cooperam para um mesmo fim: promover e facilitar a pregação.
Essa comunicação
deve ser efetivada
com e sem palavras.
A comunicação e a missão
“E disse-lhes (Jesus): Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16:15).
A comunicação é o elemento básico da pregação da mensagem. Sem ela, a missão
confiada aos homens estará comprometida uma vez que lidarão com ideias e com a necessidade de expressá-las a um número maior de ouvintes. A clareza da exposição dessas ideias
dependerá do domínio das técnicas da comunicação, bem como da correta utilização dos
princípios que a regem. Essa comunicação deve ser efetivada com e sem palavras, ou seja,
pela pregação e pelo testemunho.
O crescente número de rádios e canais de TV que estão à disposição da igreja é outro
elemento que enfatiza esta necessidade. O despertamento ressaltou a necessidade de se levar o
evangelho às pessoas com a utilização dos mesmos, bem como de se fazer um acompanhamento
A comunicação e a Igreja Adventista | 21
do trabalho envolvido. “Todos quantos estejam relacionados com a obra devem manter ideias
novas” (Evangelismo, p. 178).
Em virtude de estarmos vivendo a era da informática e da eletrônica, torna-se imprescin-
dível um contato com estes elementos para que haja uma contextualização de nossos métodos,
tornando-os compatíveis com as exigências desse tempo. “Deus deseja que sigamos métodos novos, ainda não experimentados” (Evangelismo, p. 125).
Entretanto, a comunicação que objetiva levar uma mensagem que transforme a vida das
pessoas não se faz através de um processo meramente técnico, mas primordialmente espiritual.
A linguagem deve carregar os sentimentos e a verdade – que é Jesus. Essa linguagem,
além de ser suave e simples, deve conter em sua delicadeza uma força tal que fertilize a mente,
o coração e transforme a vida. Essa comunicação não é a responsabilidade de qualquer tipo de
linguagem, mas é o privilégio de quem se propõe a pregar aquilo que vive: Jesus. Acima de tudo, a
comunicação dentro do ministério prova que você não comunica o que você quer, você comunica,
primeiramente, o que você é. Para tanto é preciso se entregar cada vez mais ao Espírito Santo para
ser usado por Ele.
“Mas o professor da verdade sagrada só poderá comunicar aquilo que ele conhece por
experiência própria. ‘O semeador semeia sua semente.’ Cristo ensinava a verdade, porque Ele era
a verdade. Seu pensar, Seu caráter, Sua experiência da vida eram incorporados em Seus ensinos.
Assim também é com Seus servos; os que querem ensinar a Palavra de Deus precisam apropriar-se
dela pela experiência pessoal” (Parábolas de Jesus, p. 43).
A igreja e o Departamento
de Comunicação
A igreja Adventista, obedecendo a ordem de Jesus e consciente da necessidade de ir e
pregar o evangelho a todo o mundo, tem também como missão atrair as pessoas ao batismo,
tornando-as discípulas a fim de que também preguem o evangelho. Para tanto, tem desenvolvido
um programa de comunicação para maximizar os efeitos da pregação e atrair um grupo cada vez
22 | Pontes de Esperança
maior de pessoas aos pés de Cristo.
“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do
Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28:19).
Com esse objetivo em mente foi criado o Departamento de Comunicação nas igrejas onde
pessoas capacitadas, acadêmica, cultural e espiritualmente utilizarão meios modernos de comunicação de massa para administrar pessoas, unificar os pensamentos, ideais, propósitos, atitudes
e ações da igreja, além de promover o relacionamento saudável entre igreja e comunidade, para
que de todas as formas o evangelho possa ser pregado e corações alcançados.
Bibliografia
BÍBLIA SAGRADA
BLIKSTEIN, Izidoro. Técnicas de Comunicação Escrita, 22ª. Edição, Ática, São Paulo 2006
HYBELS, Saundra. WEAVER II, Richard. Communicating Effectively, McGraw-Hill, Inc. New York, 1995.
MANUAL DA IGREJA, 20ª. Edição, Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, SP, 2006
SMITH, Donald K, Creating Understanding, Zondervan Publishing House,
Grand Rapids, Michigan, USA, 1997
WHITE, Ellen G. Evangelismo, Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, SP, 1999
WHITE, Ellen G. Atos dos Apóstolos, Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, SP, 1999
WHITE, Ellen G. Parábolas de Jesus, Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, SP, 1999
WHITE, Ellen G. Patriarcas e Profetas, Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, SP, 1999
O Departamento de
Comunicação na
Igreja Adventista
24 | Pontes de Esperança
De Silver Springs a Puerto Williams
A Igreja Adventista do Sétimo Dia é reconhecida mundialmente por sua organização. A
descentralização das decisões incentivando o trabalho da igreja local, caminha lado a lado com as
definições de projetos e políticas conduzidas pela Associação Geral, pelas Divisões, Uniões, Associações e Missões.
A Associação Geral, sede mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia, localizada em Silver
Springs, no estado de Maryland nos Estados Unidos, é responsável por coordenar os projetos de
alcance mundial, assim como discutir e atualizar os procedimentos internos da Igreja que devam
ser adotados pelas igrejas em todo o mundo. Lá também existe um Departamento de Comunicação que cuida das políticas e orientações gerais que serão seguidas pelos Departamentos de
Comunicação de todo o mundo.
Na sequência, temos as Divisões, que são extensões da Associação Geral, reunindo re-
gionalmente alguns países com características similares. A Divisão Sul-Americana coordena os
trabalhos em oito países: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador, Paraguai, Peru, e Uruguai. O
trabalho da Divisão passa por adaptar às realidades continentais as políticas mundiais propostas
pela Associação Geral, além de propor as estratégias locais para os grandes desafios mundiais de
crescimento e condução da Igreja. O Departamento de Comunicação da Divisão Sul-Americana
age dessa forma. O guia que o leitor tem em mãos é um exemplo desse trabalho.
As Uniões, blocos administrativos dentro das Divisões, estão responsáveis pela coordena-
ção dos trabalhos em Estados ou Países. O Departamento de Comunicação da União trabalha na
replicação das políticas já adaptadas pela Divisão.
Na sequência, em contato direto com as igrejas locais, trabalham as Associações e Missões,
escritórios administrativos que têm por objetivo suprir as igrejas a sua volta de mão-de-obra especializada e materiais. Também é o escritório de referência para resolução de problemas locais, o
ponto de contato dos oficiais da igreja com todo o sistema administrativo denominacional.
Na posição mais nobre de toda a cadeia de atividades está a igreja local e seus departa-
mentos, que têm a oportunidade do contato direto com os membros e com as pessoas que precisam receber a mensagem do advento.
Divisão Sul-Americana
O Departamento de Comunicação na Igreja Adventista | 25
O Departamento de Comunicação da igreja local e por extensão seus oficiais - o Diretor
de Comunicação e sua equipe de trabalho- são a ponta mais importante de todas as atividades de
comunicação da Igreja Adventista.
Todas as coordenadas gerais para a Igreja Adventista no mundo, planejadas em Silver
Springs, EUA, e adaptadas na Divisão Sul-Americana, têm sua aplicação em cada igreja local até,
por exemplo, Puerto Williamas, a localidade mais ao sul de nosso território, situada a 1.090km da
Antarctica.
Todo o planejamento culmina no trabalho de cada pessoa da equipe de comunicação.
Cada projeto internacional passa, no final das contas, pelas mãos dos responsáveis pelo boletim,
pelo mural da igreja, pelos folhetos de sábado à tarde. Por isso é tão importante que o Departamento de Comunicação da igreja local esteja bem preparado e alinhado com os Departamentos
de Comunicação do campo.
Associação Geral
Divisão Sul-Americana
União
Associação/Missão
Igreja
26 | Pontes de Esperança
Funções do Departamento de
Comunicação da igreja local
As atividades desenvolvidas pelo Departamento de Comunicação são de grande relevância para o bom andamento da Igreja. Abaixo listamos as principais atividades que estão sob a responsabilidade da equipe da Comunicação:
■ Participar na Comissão da Igreja com seu representante, o Diretor de Comunicação.
■ Manter-se em contato direto com o pastor distrital e planejar o trabalho com os
dirigentes da Igreja.
■Desenvolver todos os materiais de comunicação de uso interno da igreja, como o boletim,
mural, momentos dos anúncios, jornal comunitário, folhetos, pôsteres, painéis, vídeos e
site da igreja.
■Desenvolver materiais promocionais de eventos e programações especiais da igreja,
tais como cartazes e anúncios para os meios de comunicação locais: rádio, jornais,
TV e internet.
■Relatar as atividades da igreja local de interesse comunitário para os meios de comunicação locais: rádio, jornais, TV e internet.
■Manter o Diretor de Comunicação da Associação/Missão informado com as notícias
de destaque da igreja local.
■Apoiar os departamentos da igreja no desenvolvimento de materiais publicitários para divulgação das respectivas atividades e, depois disso, fazer notícia divulgando a realização.
■Atender - quando necessário e na impossibilidade da Associação local ou do pastor distrital - a imprensa e comunidade na explanação de projetos, acontecimentos e eventos da
igreja local.
■Coordenar a distribuição de materiais de campanhas realizadas pela Associação/Missão,
União ou Divisão.
■Responder os relatórios das atividades de comunicação da igreja local para a
Associação local.
O Departamento de Comunicação na Igreja Adventista | 27
■ Promover os órgãos de comunicação da Igreja Adventista:
1.Portal oficial para a Igreja Adventista na América do Sul:
www.portaladventista.org e a ASN (Agência Sul Americana de Notícias);
2.Rede Novo Tempo de Comunicação, e todo o seu complexo de programas de TV
e Rádio em português e espanhol; a escola bíblica, sites missionários como www.
esperanca.com.br em português e www.esperanzaweb.com em espanhol; ministérios Voz da Profecia e Está Escrito;
3.Programas televisivos ou radiofônicos que utilizam outros veículos de
comunicação.
4.As editoras: CPB- Casa Publicadora Brasileira e ACES (Asociación Casa Editora
Sudamericana – Argentina), bem como seus livros, revistas e periódicos;
5.Promover as instituições mantidas e administradas pela Igreja Adventista do Sétimo Dia, tais como as instituições de ensino elementar e secundário, universidades, inclusive seus cursos de ensino superior em Jornalismo e Propaganda; instituições de saúde, hospitais, clínicas de vida saudável e fábricas de alimentos.
É imprescindível que as ações do Departamento de Comunicação da Igreja local não en-
trem em conflito com as atividades propostas para toda a Divisão Sul-Americana, Uniões e Associações/Missões.
Logicamente muitas das atividades, como por exemplo, boletins, são internas, e não de-
pendem de autorização ou orientação adicional para ser desenvolvidas. No entanto, outras fazem
parte de programas que só terão sucesso se todas as igrejas se envolverem da mesma forma, ao
mesmo tempo.
Para saber quais materiais e programas estão sendo promovidos mundialmente, consulte
o Departamento de Comunicação da Associação ou Missão local quando você for desenvolver o
planejamento do seu departamento.
28 | Pontes de Esperança
Para mais informações, acesse:
• www.portaladventista.org, site da Divisão Sul-Americana
• www.novotempo.org.br, site da Rede Novo Tempo de Rádio e TV
• www.nuevotiempo.org, site da Rede Nuevo Tiempo de Rádio e TV
• www.cpb.com.br, site da Casa Publicadora Brasileira
• www.aces.com.ar, site da Asociación Casa Editora Sudamericana
• www.unasp.edu.br, site do Centro Universitário Adventista de São Paulo, Brasil
• www.uapar.edu, site da Universidad Adventista del Plata, Argentina
• www.upeu.edu.pe, site da Universidad Peruana Unión, Peru
O Departamento de Comunicação na Igreja Adventista | 29
Extrato do Manual da Igreja
Pág. 120-122
A importância da comunicação eficaz
Através dos anos, a Igreja recebeu instruções divinas sobre a importância do uso
dos modernos meios de comunicação de massa na disseminação do evangelho. Temos sido
aconselhados:
“Precisamos empregar todo meio razoável de levar a luz ao povo. Que a impressora seja
usada, e que se utilizem todos os meios de propagação para chamar a atenção quanto ao trabalho” (Testemunhos Para a Igreja, Vol. 6, p. 36).
“Descobrir-se-ão meios para alcançar os corações. Alguns dos métodos usados nesta obra
serão diferentes dos que foram usados na mesma no passado” (Evangelismo, p. 105).
Organização
A organização deste ministério requer a adesão e o apoio de todo obreiro denominacio-
nal, de todo membro e de toda instituição adventista do sétimo dia. O Departamento de Comunicação promove o uso de um bem fundado programa de relações públicas e todas as técnicas
modernas e meios de comunicação, para a difusão do evangelho eterno.
Ele requer a eleição de um diretor de Comunicação em cada igreja local, e, onde for ne-
cessário, uma Comissão de Comunicação.
Atribuições do diretor de Comunicação
O diretor de Comunicação da Igreja tem a responsabilidade de reunir e difundir notícias.
Ao surgirem oportunidades, apresentará pessoas de interesse em programas de entrevistas no
rádio e na televisão, e tomará providências para prestar informações sobre tais pessoas. Fará todo
o esforço possível para manter um relacionamento de amizade e cooperação com os editores e
outras pessoas ligadas aos meios de comunicação.
30 | Pontes de Esperança
Nota Pág. 138 – Atribuições do diretor de comunicação: O diretor de comunicação ajuda-
rá a organizar o apoio aos programas denominacionais nos meios de comunicação.
Isto pode abranger a inserção de anúncios e propagandas para os programas de rádio e
televisão e os cursos bíblicos por correspondência, a promoção de ofertas pró-radio e televisão,
a participação em eventos especiais, a distribuição de materiais de rádio e televisão e das escolas
bíblicas por correspondência.
O diretor de comunicação colaborará com o diretor de comunicação da Associação/Mis-
são na execução dos planos do campo local e apresentando os relatórios solicitados. Também
apresentará relatórios periódicos nas reuniões administrativas da igreja.
A Comissão de Comunicação
Numa igreja grande, uma comissão de Comunicação poderá lidar mais adequadamente com
as muitas facetas do programa de relações públicas e comunicação da igreja do que um diretor que
trabalhe por ocasião da eleição geral dos oficiais da igreja. Individualmente, os membros da comissão podem ter responsabilidades específicas no setor da comunicação: lidar com a imprensa, com
o rádio e a televisão, com o pessoal da Internet, e com instituições da igreja. Um membro de seu
pessoal de Relações Públicas deve ser convidado a assistir as reuniões da comissão.
Nota Pag. 138 – A Comissão de Comunicação - Outras atividades de comunicação que
pertencem à esfera de interesses dessa comissão incluem o planejamento de eventos e cerimônias especiais da igreja, o preparo de exposições e de carros alegóricos de desfile, a colocação
de anúncios da igreja e o fornecimento de informações sobre a Igreja Adventista do Sétimo Dia a
bibliotecas públicas e outros centros de divulgação.
A divisão de responsabilidades dependerá em grande parte das habilidades dos membros
da comissão. Todas as atividades da comissão serão coordenadas pelo presidente.
Relacionamento com outros
departamentos da Igreja
Para servir adequadamente a igreja, o diretor de Comunicação deve estar a par dos planos
O Departamento de Comunicação na Igreja Adventista | 31
e eventos programados. Qualquer departamento auxiliar da organização da igreja pode designar
alguém para fornecer notícias das atividades desse departamento ao diretor de Comunicação ou
à Comissão de Comunicação.
Nos grandes centros adventistas
Se várias igrejas numa cidade decidirem criar uma comissão central de Comunicação, cada
diretor de Comunicação deve ser membro dessa comissão central e atuar em harmonia com todo
plano geral que melhor coordene o manuseio de notícias e outras atividades relacionadas com os
meios de comunicação para as diversas igrejas. A organização dessa comissão deverá ser iniciada
pelo diretor de Comunicação da Associação/Missão. As reuniões de tal comissão geral devem ser
convocadas e presididas por um presidente escolhido pelo grupo.
Os Departamentos de Comunicação da Divisão, da União e da Associação/Missão local
providenciam instruções detalhadas para os diretores de Comunicação, e, através de materiais
impressos, correspondências e outros meios, prestam constante auxílio e inspiração.
Qualificações
O diretor de Comunicação deve ser cuidadosamente escolhido levando-se em
conta estes fatores:
1.
Habilidade para representar devidamente a igreja.
2.
Juízo equilibrado.
3.
Capacidade de organização.
4.Habilidade para escrever as notícias em forma atrativa, persuasiva e gramaticalmente correta.
5.
Boa vontade para cumprir responsabilidades.
6.
Habilidade para relacionar-se com as pessoas.
Padrão de identidade visual
da Igreja Adventista
Padrão de identidade visual da Igreja Adventista | 33
Constantemente somos bombardeados com imagens chamando nossa atenção. Como
uma igreja, é cada vez maior a necessidade de tornar distinta nossa mensagem entre o povo.
A solução não é gritar mais alto, mas comunicar eficientemente com uma “voz” forte e
unificada. Quando todas as entidades de nossa Igreja apresentar em a mesma identidade visual,
nossa “voz” terá muito mais visibilidade e impacto, além de ser mais rapidamente reconhecida.
Como resultado, a proclamação de nossa mensagem será mais eficiente.
Essa é a razão pela qual o logotipo da Igreja Adventista do Sétimo Dia foi criado. Ele foi de-
senhado para ser facilmente identificado, e se tornar rapidamente familiar para qualquer um que
entrar em contato com as várias entidades da Igreja. Contudo, simplesmente possuir um logotipo
não é suficiente.
O uso somente esporádico e interpretações diferentes do desenho poderiam causar con-
fusão e trazer mais prejuízos do que benefícios. Para ser eficaz, o logotipo precisa ser usado sempre dentro dos parâmetros oficiais. Esses parâmetros foram concebidos cuidadosamente para
prover um sistema de identificação visual eficiente e unificado.
O logotipo é composto de duas partes: a parte escrita, que são as palavras “Igreja Adven-
tista do Sétimo Dia”, e o símbolo gráfico.
Explicação do símbolo gráfico
A parte mais fácil de ser identificada no logotipo é o símbolo gráfico. Com o uso
consistente e continuado, o símbolo pode por si próprio, tornar-se sinônimo do nome
Adventista do Sétimo Dia.
O símbolo foi desenhado para ser mais do que uma coleção de referências simbóli-
cas. O desenho, como um todo, pretende refletir o espírito e o caráter de nossa dinâmica e
crescente Igreja.
Contudo, os elementos individuais que forma a base do desenho foram selecionados cui-
dadosamente para representar as crenças e a missão da Igreja.
O logotipo é
composto por duas
partes: a parte
escrita, que são as
palavras “Igreja
Adventista do
Sétimo Dia”, e o
símbolo gráfico.
34 | Pontes de Esperança
As linhas no topo do desenho sugerem um contínuo
movimento para cima, simbolizando a ressurreição e a
ascenção de Jesus Cristo, bem como a sua segunda vinda, o
principal foco de nossa esperança.
A chama
Essa forma é feita de três linhas em volta do círculo, na
esfera implícita. As linhas representam os três anjos, de
Apocalipse 14 circulando o globo, e a nossa missão de
levar o evangelho ao mundo inteiro. A chama por inteiro
representa simbolicamente o Espírito Santo.
A Bíblia aberta
A Bíblia forma a base do desenho e representa o
fundamento bíblico de nossas crenças. Está retratada
numa posição completamente aberta, sugerindo a total
aceitação da palavra de Deus.
A Cruz
O símbolo da cruz, representa o evangelho da salvação,
está posicionado no centro do desenho para enfatizar o
sacrifício de Cristo, que é o tema central de nossa fé. É
também significativo que a Bíblia, representando a lei, e a
chama, representando o Espírito, apareçam junto na cruz.
Cores oficiais
Essa versão em três cores (GC Green para a Bíblia, GC Gold para a chama e GC Gray para a
parte escrita) é a versão oficial de combinação de cores. Essas cores devem se aproximar o máximo possível, não importa qual o material ou meio que forem aplicados.
É permitido reproduzir o símbolo nas cores naturais de materiais como bronze, pedra,
vidro ou madeira para as placas ou para uso decorativo.
GC Green
Pantone 5477
ou
60% cyan
0% magenta
30% yellow
72% black
GC Gold
Pantone 1245
ou
0% cyan
27% magenta
100% yellow
18% black
GC Gray
Pantone 402
ou
0% cyan
6% magenta
15% yellow
34% black
Padrão de identidade visual da Igreja Adventista | 35
Fundos
O fundo claro neutro é o melhor para o logotipo. Nunca aplique o logotipo colorido sobre
um fundo colorido. Quando um fundo colorido for inevitável, o logotipo deve ser de uma cor sólida para que haja contraste suficiente para assegurar uma boa legibilidade.
Configuração preferencial para
fachadas de igrejas
Para identificar a igreja é possível a aplicação de um letreiro metálico na fachada da igreja
ou em um muro ou mureta especialmente preparados para isso.
Existem kits de aplicação prontos, fáceis de instalar, de custo baixo e seguramente dentro
do padrão. Consulte a Associação/Missão sobre esses kits de instalação.
Não encomende a reprodução do letreiro em serralherias ou artesãos que não tenham
os moldes fornecidos pela Associação/Missão para essa finalidade, pois os letreiros poderão sair
do padrão.
O guia dos “Padrões de Identificação Global da Igreja Adventista do Sétimo Dia” está dis-
ponível no Departamento de Comunicação da Associação/Missão ou no site www.portaladven-
36 | Pontes de Esperança
tista.org/comunicacao. Siga-o estritamente, pois assim estão fazendo todas as outras igrejas, e
instituições ao redor do mundo, garantindo seu significado em toda língua, tribo, raça e nação,
simbolizando nossa mensagem distintiva e de esperança.
Padrão de identidade visual da Igreja Adventista | 37
Cuidados com o logotipo da Igreja
■ Não mude as proporções ou posição dos elementos do logotipo.
■Não use apenas partes dele, como efeito decorativo, por exemplo, a chama. Quando utilizar o logotipo, use-o completo.
■Nunca mude o tipo das letras usadas para escrever “Igreja Adventista do Sétimo Dia” (o
correto é o uso da fonte Goudy Old Style).
■ Não abrevie para “IASD” no logotipo.
■ Não mude as cores do logotipo, mesmo que por cores parecidas.
■ Sempre que usar o logotipo, deixe um espaço livre em volta dela sem quaisquer elementos visuais. Esse espaço deve ter, no mínimo, a mesma medida da altura do “S” de “Sétimo
Dia” deve circundar o logotipo em todos os lados.
38 | Pontes de Esperança
Outros Logotipos
Além da logotipo da Igreja Adventista do Sétimo Dia usado para representar a igreja
como um todo, existem alguns departamentos com logotipos específicos, como é o caso dos
Desbravadores, Aventureiros, Ministério Pessoal, Escola Sabatina, ADRA, Ministério da Fidelidade, Ministérios da Família, Jovens Adventistas, Ministério de Publicações, Rede Adventista de
Educação e Rede Adventista de Saúde, entre outros. De preferência esses outros logos devem
ser usados em conjunto com o da Igreja.
Essas logotipos devem ser utilizados somente em materiais específicos e seguindo as
orientações também de cada departamento.
A Associação local está apta a fornecer as informações necessárias sobre o uso de cada
logotipo e algumas possuem seus próprios manuais de utilização, como no caso dos Desbravadores, por exemplo.
Sempre siga as orientações de cada departamento e evite a utilização de logotipos sem
prévio conhecimento de suas políticas de uso.
Para ter os arquivos digitais dessas logotipos acesse o portal de internet da Divisão Sul-
Americana em www.portaladventista.org e escolha o link “Logos Adventistas”.
Comunicação interna
40 | Pontes de Esperança
O Departamento de Comunicação da igreja local possui uma série de incumbências e responsabilidades diferentes, mas que mantêm uma mesma essência: SERVIR. Isso porque o departamento em si, salvo em casos de treinamentos próprios da área, desenvolve materiais de comunicação anunciando ou informando atividades de outros departamentos como Ministério Pessoal,
Desbravadores, ADRA, Ministério das Crianças, entre outros, em geral para a própria comunidade
de membros. Portanto, a primeira esfera de atuação do Departamento de Comunicação é igreja
à qual pertence, e o primeiro público, antes de se pensar em comunicação externa ou mídia, é a
própria igreja também.
Informar corretamente e motivar através das mensagens desenvolvidas é um dos passos
para o sucesso das atividades de outros departamentos. Dessa forma, o sucesso da atuação do
Departamento de Comunicação está diretamente ligado ao sucesso da atuação dos demais departamentos da igreja.
Nesse capítulo vamos explorar como o Departamento de Comunicação deve atuar dentro
da própria igreja apoiando os demais departamentos e cumprindo seu papel fundamental de manter os membros informados.
Apoio a outros departamentos
Como vimos, o Departamento de Comunicação deve apoiar as atividades dos outros departamentos da igreja através de anúncios, informativos e motivacionais.
O primeiro passo para desenvolver bem esse trabalho é o seguinte:
Tenha um calendário geral com todas as atividades programadas de
todos os departamentos da sua igreja
Isso é conseguido através de reuniões com os líderes de cada departamento. Se a sua igreja segue
a recomendação da Associação/Missão local, cada departamento deve ter, após a escolha dos
respectivos líderes no início de cada ano, um calendário de atividades planejadas para o ano todo,
Comunicação interna | 41
considerando as datas especiais, atividades externas e campanhas. Tenha uma cópia de cada um
desses planejamentos de datas e una-os todos em uma única planilha ou mapa. Você então terá
uma visão completa de todas as atividades da igreja no período de um ano. Além disso, apesar de
não ser a função principal do Departamento de Comunicação, você será o primeiro a conseguir detectar conflitos de datas e programações, podendo ajudar de forma mais decisiva na organização
do calendário da igreja.
O passo seguinte é:
As atividades que apenas requeiram que os membros sejam informados da sua existência,
Classifique cada atividade como INFORMAR,
DESENVOLVER ou RECEBER
como reuniões de departamentos, cultos, programas em rádio ou TV, etc., devem ser classificados
como INFORMAR, e serão alvo de sua preocupação apenas para incluí-los em boletins, murais de
aviso ou roteiros de anúncios nas datas apropriadas. São as atividades que dão menos trabalho
isoladamente, mas compõem o maior volume de atividade na igreja. É necessário cuidado constante com as datas, horários e locais, que sempre devem ser informados corretamente. Esse certamente é um trabalho para todas as semanas.
As atividades da Igreja local que requeiram desenvolvimento de materiais próprios como
cartazes, boletins especiais ou convites, devem ser indicadas como DESENVOLVER. Isso pode
acontecer durante as Semanas de Oração, Semanas de Saúde, Semana da Família, séries evangelísticas, etc. Para esses casos os materiais precisam ser desenvolvidos com antecedência e geram
mais trabalho. Não entanto são mais raros. Note que além de “desenvolver materiais”, essas atividades precisam ser anunciadas oportunamente, e, nesse caso, também devem levar a anotação
de INFORMAR.
Finalmente, as atividades que ocorrerão na igreja, mas que serão organizadas pelo campo
local, Associação/Missão ou pela União, muitas vezes tem materiais próprios para divulgação e
entrega como apostilas, revistas, folhetos promocionais ou lições prontas que devem ser utili-
42 | Pontes de Esperança
zadas. São materiais, portanto que devem ser RECEBIDOS e não precisam ser desenvolvidos. Ao
contrário, deve-se evitar a criação de materiais adicionais ou paralelos aos materiais indicados
pelo Campo (ver capítulo sobre o Departamento de Comunicação e a Igreja Adventista).
Lembre-se que, assim como as atividades classificadas como DESENVOLVER, as atividades
classificadas como RECEBIDAS precisam ser anunciadas oportunamente, e, então, também devem
levar a anotação de INFORMAR.
Com esse mapa em mãos, você deve então dar o terceiro passo:
Isso é muito importante, pois cada departamento estará preocupado com o desenrolar
Regras para INFORMAÇÃO, DESENVOLVIMENTO e
RECEBIMENTO de materiais
das suas atividades e não é raro esquecerem-se de avisar o Departamento de Comunicação com a
devida antecedência. Crie, então, uma carta, nominal a cada líder de departamento, contendo os
seguintes dados:
■
Data e hora limite para envio de anúncios para o boletim ou para os anúncios de púlpito.
■
Antecedência necessária (em dias) para o desenvolvimento de cartazes e boletins para
atividades dos departamentos.
■
Materiais necessários para o desenvolvimento de cartazes e boletins para atividades dos
departamentos (como nomes, músicas, datas, imagens, títulos).
■
Quem deve ser procurado para cada departamento “encomendar” os materiais dos quais
precisa (nome, telefone, e-mail, endereço).
■
Quais materiais podem ser desenvolvidos (cartazes, boletins, filmes, comerciais, etc.) e
quais não podem ser (por questões técnicas, de custo ou disponibilidade de espaço).
■
Qual a forma de gerenciamento de custos de cada material (quem paga, como paga e para
quem paga).
Comunicação interna | 43
Atenção: não se esqueça que a produção de materiais, sobretudo impressos, tem custo,
por vezes alto. Sempre combine, antes do início do desenvolvimento dos mesmos quanto vai custar à produção e quem vai pagar (se o departamento que pede, com sua verba, ou se será doação,
etc.). Muitas vezes os departamentos solicitam materiais e os esperam prontos esquecendo-se de
que precisam ser pagos. O custo, então, fica a cargo do Departamento de Comunicação ou precisa
ser pago com uma saída de caixa da igreja, o que sempre é ruim quando não programado com
antecedência.
Finalmente, o último passo na organização do relacionamento com os demais
departamentos é:
Isso vai fazer com que você saiba quando, e principalmente, o quê precisa ser desenvolvido e com qual conteúdo. Esperar que cada departamento defina sozinho o que desenvolver e
Envolver-se com os outros Departamentos, participando das
reuniões de definição de atividades de cada um deles ou
pelo menos, ter acesso à ata de reunião.
apenas “encomendar” com o Departamento de Comunicação pode fazer com que materiais bem
eficientes sejam esquecidos e outros, mais comuns, porém menos eficientes, sejam os únicos lembrados, visto que os participantes dos demais departamentos não necessariamente têm experiência para pensar em materiais de comunicação.
Participar de todas as reuniões pode ser exaustivo e, às vezes, impossível, se ocorrer mais
de uma ao mesmo tempo. Por isso, é importante acompanhar as atas para se ter ideia do objetivo
de cada atividade e, assim, propor, entre outras sugestões, opções de materiais de comunicação.
44 | Pontes de Esperança
Cadastro e pesquisa de membros
Uma das primeiras regras de trabalho do bom comunicador é saber com quem está se
comunicando, e isso inclui: Quem; como e quantos são!
Não raro os comunicadores da igreja não têm noção da quantidade de membros assíduos
da mesma. Isso impede que se planeje com cuidado, por exemplo, a quantidade de materiais a ser
produzidos impactando em custos e na eficiência da comunicação. Algumas orientações importantes para isso são:
Faça um censo (contagem) de membros da igreja
É possível que a secretaria da igreja tenha uma relação oficial do número de membros da
sua igreja, mas nem sempre esse número reflete a realidade do tamanho do público com o qual
nos relacionamos. Primeiro, porque os registros contam apenas os membros batizados. Segundo,
porque não contam os frequentadores assíduos, mas que não são batizados ou que possuem seus
registros de membro em outras igrejas.
Para se ter um número mais realista, por três semanas consecutivas designe um membro
de sua equipe, ou faça você mesmo, uma contagem de todas as pessoas que frequentam cada
reunião ou culto, em cada classe, incluindo os departamentos infantis. Com essa metodologia
simples você descobre qual o volume de membros que frequenta cada reunião, e, assim, poderá
desenvolver o material correto, na quantidade correta para cada ocasião.
Agora que você sabe quantos são, é importante que você saiba o que pensam
os membros da igreja.
NOTA: A Secretaria da igreja tem um programa fornecido pela Associação/Missão,
onde poderão ser cadastradas todas as pessoas que frequentam a igreja: interessados,
membros que ainda não solicitaram a carta de transferência, etc.
Visite o site www.portaladventista.org/comunicacao; para amostras de pesquisa de opinião
Comunicação interna | 45
Faça uma pesquisa de opinião ao menos uma vez a cada três anos
Esse é o período de tempo ideal para uma pesquisa na igreja, pois é tempo suficiente para
tentar efetuar mudanças em pontos indicados por pesquisas anteriores (a menos que seja a primeira) e avaliar novamente se houve mudança na opinião.
A pesquisa deve ser feita por escrito com todos os membros da igreja, incluindo crianças,
a quem podem ser feitas perguntas, anotando-se as respostas.
Uma vez anotadas todas as respostas possíveis, a contagem de todas elas deve ser feita
(chamada de tabulação) e posteriormente a leitura das informações e análise.
A análise dos dados normalmente é um processo que requer experiência e sensibilidade,
assim como a forma de apresentar os resultados. Sempre que possível peça a ajuda de alguém que
já tenha participado desse processo.
Os cursos de comunicação nas faculdades adventistas como o UNASP-EC, no Brasil, na
Universidad Adventista del Plata na Argentina e Universidad Peruana Unión, no Peru, podem ser
facilmente contatados e dispõem de profissionais e alunos capacitados que podem ajudar nessa
tarefa, sem necessidade de estarem presentes durante todo o processo.
Finalmente, você também pode criar uma ficha de cadastro para uso do Departamento
de Comunicação, para ser preenchida por todos os frequentadores, que sejam membros da igreja
ou não, batizado ou não, crianças ou adultos, bastando que a frequência seja assídua. Nessa ficha
podem constar:
- Nome
- Endereço completo
- Data de nascimento
- E-mail
- Telefone
- Nome dos pais
- Nome dos filhos
- Profissão
- Local de trabalho/estudo
- Data de batismo
Você pode também acrescentar outros dados, mas com esses já é possível acompanhar e
informar aniversários, enviar correspondências por famílias, convocar membros específicos para
reuniões e programações, etc.
46 | Pontes de Esperança
Modelo de pesquisa de opinião
Igreja Adventista do Sétimo Dia de ____________________
PESQUISA DE OPINIÃO
QUEM É VOCÊ – A pesquisa é anônima, mas se desejar, poderá se identificar no final da mesma.
Ajude-nos a traçar um perfil dos membros da igreja nos contando o seu perfil. Marque com um X
no quadro que melhor descreve suas características:
Sexo
( )Masculino
( )Feminino
Idade
( )10 ou menos
( )21 a 25
( )41 a 50
( )11 a 15
( )25 a 30
( )51 à 60
( )16 a 20
( )31 a 40
( )61 a 70
( )Viúvo ( )Divorciado
( )70 ou mais
Estado Civil
( )Solteiro
( )Casado
Batizado
( )Sim
( )Não
Profissão
( )Prof. liberal
( )Empresário
( )Obreiro
( )Emp. setor privado ( )Emp. setor público
( )Aposentado
( )Dona de Casa ( )Estudante
Tempo na Igreja Adventista
( )0 a 2 anos
( )3 a 9 anos
( )10 ou mais
Tempo na igreja local
Estudou em escola adventista
( )0 a 2 anos
( )Sim, externo
( )3 a 9 anos
( )Sim, interno
( )10 ou mais
( )Não
AVALIE SUA IGREJA – Marque com um X no campo que você acha representar
melhor a realidade da nossa igreja.
Comunicação interna | 47
FAÇA AGORA SUA AUTO-AVALIAÇÃO – Marque com um X no campo que você acha representar
melhor a sua postura em relação à nossa Igreja:
SUA DISPOSIÇÃO – Marque com um X o que você gostaria de fazer na Igreja e ainda não o faz.
Pregar
(
)
Cantar em coral
(
)
Cantar em solo
(
)
Cooperar em algum departamento
(
)
Qual? ________________________________________
Outra coisa
(
)
O quê? _______________________________________
SUAS IDEIAS – Escreva em uma linha, no máximo, as suas ideias sobre os seguintes assuntos:
O que você mais gosta na igreja? ____________________________________________
O que você menos gosta na igreja? __________________________________________
O que você gostaria que existisse aqui na igreja e que não existe?
____________________________________________________________________
O que você gostaria de ver nos cultos, em se tratando de programação, e que você não vê?
_____________________________________________________________________
Em qual departamento da Igreja você gostaria de trabalhar no próximo ano?
_____________________________________________________________________
48 | Pontes de Esperança
Boletins e jornais internos
Boletins e jornais internos servem, basicamente, para informar o grupo de frequentadores
de uma igreja. A diferença entre ambos é o tamanho: o boletim é menor, tem menos páginas e
conteúdo e é produzido semanalmente, ou para todas as programações; já o o jornal interno pode
ser mensal ou bimestral, por exemplo, mas suas técnicas para desenvolvimento e produção são
similares e são indicados para o mesmo público.
Caso haja possibilidade, o boletim poder ser colocado na página web da igreja, sendo um
boletim online, que deverá ser enviado a todos os membros por e-mail. Deverá ser impresso como
apresentado a seguir.
Recente pesquisa realizada numa das maiores igrejas da Divisão Sul-Americana em núme-
ro de membros (mais de 2.500), indicou algumas percepções interessantes sobre boletins, como,
por exemplo, o que os membros mais esperam de um boletim.
1.Que esteja disponível (pode surpreender, mas o que mais incomoda as pessoas a
respeito do boletim é não estar disponível quando chegam à igreja);
Que seja graficamente atraente;
2.
3.Que traga informações de interesse pessoal (lembrando que cada um tem seus
próprios interesses e afinidades);
4.Que traga informações não conhecidas por outra fonte (boletins não devem ser
repetições de anúncios de púlpito e vice-versa);
5.
Que tenha espaço para seus recados.
Um bom boletim de igreja:
1.
Faz parte de um conjunto de ações do Departamento de Comunicação, que se
complementam.
2.
Deve obrigatoriamente trazer informações da programação referente ao momen-
to em que ele é entregue (essa á característica principal que o qualifica como um boletim).
3.
Tem espaço para os departamentos anunciarem suas atividades e compromissos.
Comunicação interna | 49
4.
As informações contidas nele são claras, em textos curtos e objetivos, indicando “o quê
vai acontecer”, “quando vai acontecer”, “onde vai acontecer” e “quem deve participar”. Com essas
informações já possível que a nota cumpra seu papel.
5.
É familiar sem ser repetitivo (segue um projeto visual, mas tem espaço para alte-
rações de acordo com a necessidades de cada programação). Ex.: programação infantil, jovens,
idosos, pôr-do-sol, etc.)
Um boletim pode parecer um impresso simples, mas aqueles que já trabalharam na edi-
ção de um boletim de igreja sabem do trabalho envolvido. Primeiro, porque é uma atividade que
envolve muitas pessoas. Segundo, porque dispõe de um prazo curto para ser executado. Terceiro,
porque se repete semana após semanas, sem poder falhar. Por isso é muito importante ter um
método de trabalho eficaz e bem coordenado a fim de evitar desgastes físicos e de relacionamentos na igreja, além de, é claro, garantir que ele cumpra seu papel.
Desenvolvimento e entrega
de um boletim
1. Reunião de editores: diretor(a) de comunicação, secretário(a) do departa-
mento, pastor da igreja e responsável técnico
Essa reunião de editores acontece no momento da criação do boletim, e só precisa ocor-
rer uma vez, ou apenas quando o boletim vai mudar. Nela são definidas a linha editorial (que tipo
de anúncio o boletim vai conter, quais serão evitados, quem poderá anunciar no boletim, quais
as informações obrigatórias, quem será o responsável pela coleta das informações, quem será o
responsável pela montagem do boletim e sua impressão) e o projeto gráfico (dimensões, cores,
formato, tipo de papel, tipo de impressão, quantidades).
Após essa reunião o Departamento de Comunicação terá em mãos um guia próprio para
o boletim que vai direcionar o trabalho de todas as semanas.
2. Criação e entrega da carta de apresentação do boletim para os
departamentos
Essa carta deve conter as orientações básicas sobre como cada departamento pode usar o
boletim: que tipo e qual o tamanho dos anúncios, qual o prazo para envio do conteúdo, para quem
devem ser enviados os anúncios e outros detalhes operacionais.
50 | Pontes de Esperança
Ela pode ser entregue com a carta de apresentação do Departamento de Comunicação
citada anteriormente.
Obs.: Os dois primeiros passos ocorrem somente uma vez. A partir do terceiro passo o trabalho
acontece todas as semanas em que vai haver distribuição do boletim.
3. Recebimento dos Conteúdos
Cada interessado em anunciar no boletim, incluindo o ancião que controla as informações
de programação (pregador, horários de cultos, etc.) deve enviar os dados obrigatoriamente para
uma única pessoa que atuará como uma “central de recebimento”, acumulando todo o conteúdo
para posteriormente repassá-lo para as demais fases de trabalho.
Considerando que há muita coisa a ser feita ainda antes da entrega do boletim, a reco-
mendação é que o limite máximo para entrega de conteúdos seja a quarta-feira à noite, no culto
de oração (culto normalmente realizado pelas Igrejas Adventistas ao redor do mundo nesse dia
da semana). É tempo suficiente tanto para quem precisa anunciar levante as informações de que
precisa, quanto para que o responsável pelo boletim possa colocá-lo em desenvolvimento até o
final da semana.
É imprescindível que esse prazo seja obedecido. Certamente, no início dessa prática mui-
tos anúncios ficarão de fora do boletim, causando alguma frustração. No entanto, a experiência
tem mostrado que a manutenção firme da ordem e organização só traz benefícios, e após algumas
semanas todos os envolvidos compreendem e adaptam-se ao fluxo de trabalho.
Tenha convicção no processo: não abra exceções a menos que seja uma indicação direta
do pastor de sua igreja, que é o coordenador de todos os departamentos. Ele tem uma visão mais
generalista e certamente saberá indicar quando realmente isso for necessário.
4. Diagramação e montagem da arte
Após coletadas as informações, um pacote com todos os conteúdos, incluindo pro-
gramações, recados e demais informações que vão constar no boletim devem ser encaminhados para o diagramador que, usando as ferramentas que melhor se adaptarem às neces-
Comunicação interna | 51
sidades e disponibilidades de cada igreja, vai “montar” o boletim para que posteriormente
ele possa ser impresso.
O diagramador, então, deve passar o material para um revisor (uma cópia digital é o suficien-
te, caso o boletim não seja desenvolvido em computador, deve ser feita uma cópia impressa:
O revisor vai analisar basicamente três pontos:
1. A correção ortográfico-gramatical;
2. A coerência entre os títulos e informações contidas nos anúncios (não é raro um título
indicar uma data e o texto do anúncio indicar outra, gerando conflito de informações);
3. A existência de conflitos entre anúncios diferentes (é possível também que duas reuniões, por exemplo, estejam sendo marcadas para a mesma hora e mesmo local, e somente
no momento da revisão do boletim é que isso seja percebido).
Após esse trabalho, o revisor indica para o diagramador se há alterações para serem
efetuadas.
O diagramador, então, finaliza o trabalho preparando os originais para serem enviados
para o local de impressão (uma empresa de fotocópias, uma gráfica rápida, uma gráfica tradicional
ou outros, quando for o caso).
Obs.: Você que tem interesse nessa etapa especificamente pode ter mais informações no capítulo
sobre comunicação externa na parte de orientações sobre como criar mídia impressa.
5. Impressão e cópia
Após as demais etapas realizadas, o boletim deve ser entregue para impressão.
Basicamente três métodos podem ser utilizados:
1. Para pequenos grupos, de até 20 ou 25 pessoas, a impressão pode ser feita numa
impressora doméstica, por vezes até pelo próprio diagramador. Economiza-se tempo e recursos
financeiros se as impressões forem limitadas.
2.Para grupos maiores, a impressão doméstica tem um custo muito alto e velocidade
limitada. Nesse caso, a segunda opção é entregar os originais (digitais ou já impressos) para uma
fotocopiadora ou gráfica rápida, que reproduzirá cópias do material na quantidade desejada. A
52 | Pontes de Esperança
velocidade de impressão é mais do que suficiente e o custo moderado, apesar de não ser o mais
barato unitariamente.
3. A terceira opção, a mais econômica de todas para grandes quantidades. Imprime-se
em uma gráfica tradicional um lote grande de boletins (acima de 200 por reunião), porém apenas
um lado, contendo informações que não mudam a cada reunião, como o nome da igreja, telefones
de contato, sequência da programação, endereço, orientações para anúncios. Esse lote deve corresponder ao número de boletins entregues no em caso de boletins distribuídos semanalmente),
e servirá como capa.
A cada semana, então, serão entregues para a gráfica, (a mesma ou outra a critério da
igreja), boletins impressos em apenas um dos lados da folha de papel na quantidade necessária
para distribuição na reunião seguinte. A gráfica imprimirá os anúncios e informações no lado em
branco (o miolo). Esse, como citado, é o método mais econômico, mais prático e com melhores
resultados para grandes congregações.
6. Dobragem
Depois de prontos os boletins que serão entregues, não se esqueça de que em alguns ca-
sos, especialmente se a escolha for por impressão em gráfica rápida, os boletins virão impressos
em uma folha aberta que precisará ser dobrada antes da entrega. Antecipe-se a essa demanda
combinando com um grupo de apoio a realização da tarefa antes da reunião na qual será entregue
o boletim. Pode parecer uma tarefa simples, mas dobrar 200 boletins ou mais pode levar mais de
2 horas de dedicação total de uma pessoa realizando a tarefa sozinha.
7. Entrega
Finalmente, fechando o ciclo de trabalho de um boletim, chega-se ao ponto que as pesso-
as indicam ser de relevância total: a entrega.
Algumas igrejas deixam os boletins impressos sobre uma bancada ou mesa na entrada da
recepção para que cada membro retire o seu. Essa prática não é adecuada, pois não há controle
de quantos boletins são retirados por cada pessoa ou família, e, via de regra, faltam exemplares
para todos, causando desperdício e frustração.
Comunicação interna | 53
A recomendação é que a equipe de recepção entregue os boletins. Além de representar
uma atitude mais agradável e simpática, oferecer o boletim ao membro ou visitante com boasvindas calorosas ela possibilita controlar o volume entregue e há uma percepção mais clara se o
boletim está sendo impresso em quantidade suficiente ou não. Para tanto a equipe de recepção
deve estar presente no local da reunião pelo menos 30 minutos antes do início da mesma, e logicamente os boletins impressos e dobrados devem estar com a equipe desde então.
Alguns comentários
A. Programações Especiais podem alterar o fluxo normal de trabalho
Semanas de Oração, por exemplo, muitas vezes têm suas próprias coletâneas que servem
de boletim, ocasionando a suspensão da produção do boletim daquela semana. Avalie com antecedência a necessidade de produção de boletins nesses casos de programações especiais que já
tenham seus materiais.
Outra situação possível é a ocorrência de eventos especiais e festividades na igreja, como
batismos ou presença de oradores conhecidos, que atraem muito mais público e que demandam
uma quantidade de boletins superior à das demais semanas.
B. Serviços de cópias e gráficas geralmente não são exclusivos e nunca
são inquebráveis
A não ser que a igreja tenha sua própria máquina de cópias, o que não é comum,
as impressões são feitas em fornecedores que possuem outros clientes e outros trabalhos
para realizar.
Considerando que a impressão de boletins geralmente é feita na sexta-feira, nunca deixe
para fazê-la na sexta à tarde, sobretudo na parte final da tarde. Considere que pode haver muito
trabalho na copiadora ou gráfica e que não seja possível imprimir o boletim antes do sábado. Ou
pior, que a máquina esteja quebrada e que não seja possível a impressão em hora nenhuma. Para
evitar essas situações, programe o fluxo de trabalho para entregar o boletim a fim de que seja
impresso no máximo sexta-feira pela manhã e sempre tenha uma alternativa de fornecedor para
casos excepcionais como os citados.
54 | Pontes de Esperança
C. Quantidade de boletins a ser impressos
Aqui a conta deve levar em consideração um meio-termo entre a necessidade de o bo-
letim estar disponível a todos e não haver desperdício, que implica em perda de material e de
recursos financeiros.
O limite mínimo recomendado é obtido pela soma do número de famílias da igreja com
20% desse número. Por exemplo: se no censo realizado o número de famílias numa igreja de 300
membros foi de 80, então o limite mínimo deverá ser de 80 mais 20% de 80, ou 16, totalizando 96
boletins. Menos do que isso existe o risco de muitas pessoas ficarem sem acesso ao impresso.
O limite máximo seria logicamente um boletim por pessoa presente. Mas como isso é
difícil de ser previsto (e não havendo realmente necessidade de um boletim por pessoa, já que
um por família, ou por casal, por exemplo, seria mais do que suficiente), a recomendação é que o
limite superior seja 3 vezes o inferior, ou seja, o número de famílias da igreja, mais 20%, vezes 3.
Normalmente esse número ainda causará algum desperdício. Então imprima uma vez e vá acompanhando a distribuição, adequando o número à demanda natural pelo boletim.
D. Dicas de diagramação
Como citado anteriormente, o próximo capítulo vai indicar algumas regras de diagrama-
ção e arte. Mas algumas dicas, próprias para boletins, podem ser adiantadas:
1. Considerando que há pessoas idosas com alguma dificuldade de leitura na igreja, nun-
ca imprima textos com fontes de corpo menor que 10.
2. Letras claras, sobretudo brancas, em fundo escuro, sobretudo preto, apresentam bom
contraste para leitura na tela. No entanto, no momento da impressão, a tinta escura geralmente se esparrama um pouco pelo papel (fenômeno chamado tecnicamente de “ganho de ponto”)
cobrindo as letras claras, em especial as “perninhas” (serifas) e partes mais finas, dificultando a
leitura. Evite.
3. Na reunião de definição editorial (o primeiro passo), defina se o boletim será co-
lorido (mais bonito) ou preto e branco (mais barato, tecnicamente chamado de “escala de
cinza”). Após essa definição desenvolva alguns testes de diagramação e composição de ele-
Comunicação interna | 55
mentos (formas geométricas, sublinhados, sombras). Normalmente um boletim desenvolvido
em cores ao ser impresso em escala de cinza não muda apenas nas cores, mas sua dinâmica
visual também muda muito. Se for para ser impresso em escala de cinza, já o desenvolva em
escala de cinza desde o início.
4. Crie uma estrutura de diagramação fixa, que mantenha os mesmos elementos no
mesmo lugar, toda semana. Por exemplo: a programação do dia sempre no mesmo lugar, assim
como os recados, a lista de aniversariantes, etc. Isso facilita o trabalho da diagramação e gera a
familiaridade desejada no boletim.
E. Conteúdos sugestivos para um boletim
O que vai determinar quanto de conteúdo vai num boletim é o seu tamanho final. Normalmente não se consegue inserir num boletim tudo que se imaginou no começo de seu desenvolvimento. Assim, segue a orientação do que é obrigatório em um boletim, e algumas sugestões de
informações adicionais e opcionais que podem fazer parte do conteúdo mediante disponibilidade
de espaço:
Obrigatórias
1. Programação do dia, incluindo nomes e sequência de acontecimentos;
2. Informações dos eventos, reuniões e campanhas que ocorrerão na semana seguinte;
3. Programação da semana seguinte;
4. Formas de contato para anunciar no boletim;
5. Horários regulares de cultos e reuniões.
Adicionais
1. Lista de aniversariantes da semana seguinte;
2. Recado pastoral;
3. Horários de pôr-do-sol;
4. Textos bíblicos;
5. Quadros fixos para departamentos.
Boletins para downloads, acesse: www.portaladventista.org/comunicacao
56 | Pontes de Esperança
Anúncios Públicos
Uma das principais funções de um bom boletim é evitar a necessidade de anúncios públi-
cos. No entanto, em algumas situações, esse tipo de anúncio pode ser necessário. Problemas de
impressão, semanas especiais nas quais não tenham sido impressos boletins regulares, acontecimentos relevantes de última hora, falecimentos, cancelamentos de anúncios que saíram errados
no boletim são algumas das situações que podem ocasionar a necessidade de anúncios falados.
Além disso, algumas igrejas, por uma questão de economia, não imprimem os boletins e
os anúncios são constantes.
Quais os cuidados nesses casos?
Tempo. Existe uma tendência natural de se estender o tempo pré-determinado para os
anúncios. Normalmente, uma explicação mais detalhada de algum ponto já basta para “estourar”
o tempo planejado.
Estrutura dos anúncios. A falta de uma estrutura pré-estabelecida provoca confusão e
falta de clareza nos anúncios.
O cérebro humano tem uma dificuldade maior de guardar informações que tenham
sido somente ouvidas, e não lidas ou visualizadas. Dessa forma, mesmo com um texto prédeterminado claro, a maior parte dos membros terá esquecido boa parte dos anúncios
apenas um minuto após eles terem sido explanados! Considere isso na sua avaliação de
eficiência dessa forma de informação.
Mas se ainda assim eles forem necessários, siga essas seis regras:
1. Escolha uma pessoa para dar os anúncios
Defina apenas uma pessoa para dar todos os anúncios. Isso dá mais ritmo e celeridade ao
processo.
Essa pessoa escolhida deve saber ler bem, deve ter uma boa entonação e impostação de
voz e deve ser simpática. Desta forma, não haverá necessidade que cada líder de departamento dê seus anúncios próprios.
Comunicação interna | 57
2. Escreva os anúncios que serão falados
Escreva os recados como se eles fossem ser impressos no boletim mesmo, com os cuidados da boa redação. Em seguida, agrupe-os por assuntos e imprima-os numa página.
Oriente, então, a pessoa que vai ler os anúncios para seguir a ordem dos recados e se ater
ao texto, sem explicações adicionais ou comentários
3. Feche o roteiro de anúncios na sala pastoral, com pastor e ancião, antes de
iniciarem os anúncios
Verifique se o pastor ou ancião tem algum anúncio a ser informado ainda e inclua-os
no roteiro.
4. Use o momento mais apropriado
Sugerimos no final da Escola Sabatina e antes do início do culto.
5. Sempre que possível, use suporte visual para os anúncios
Como dito anteriormente, os anúncios apenas falados são mais difíceis de serem guardados pelos membros ouvintes. Uma prática que tem se demonstrado eficiente é a projeção
das informações principais em um telão ao mesmo tempo em que se está falando.
6. Evite anúncios não programados
Caso não haja boletim e os anúncios sejam regulares em sua igreja, ainda assim é necessário que haja antecedência na preparação dos mesmos, sendo confirmados com o
ancião e com o pastor. Anúncios que chegam de última hora, por vezes até depois de já
iniciada a sessão de anúncios, geralmente são confusos, mal escritos e geram mais confusão do que informação.
58 | Pontes de Esperança
Modelo de formulário para receber os anúncios antecipadamente:
Anúncios - Comunicação
Para que seu anúncio seja passado de maneira precisa e eficiente, você deve
preencher todos os dados abaixo:
O quê?
________________________________________________________
Quem?
________________________________________________________
Quando?
________________________________________________________
Onde?
________________________________________________________
Para quê?
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
Dê algumas razões para motivar:
________________________________________________________
________________________________________________________
Em quais dias anunciar:
________________________________________________________
Entregue esta folha para o diretor de Comunicação até quinta-feira.
Comunicação interna | 59
Murais e quadros de avisos
Murais e quadros de avisos são ferramentas muito úteis que agilizam a comunicação in-
terna e, quando bem aproveitados, são ótimos apoiadores para boletins e anúncios públicos.
Como todo material fixo, eles requerem cuidados na manutenção, tanto física quanto do
conteúdo, e isso é responsabilidade do Departamento de Comunicação da igreja.
Tipos de conteúdos
1. Programações da própria igreja
São cartazes e anúncios de programas jovens, programas infantis, semanas especiais, ba-
tismos, séries de conferências, etc.
2. Programações que vão acontecer na igreja
São os cartazes que são geralmente enviados pelos departamentos da Associação/Missão
(como Jovens, Desbravadores e Aventureiros, Mordomia Cristã, Lar e Família, Saúde e Temperança), por conjuntos musicais, pelas rádios e TV anunciando seus programas, entre outros.
3. Relatórios de departamentos da igreja
Relatórios prestando contas aos membros da igreja. Normalmente são cheios de números
e tabelas completamente ininteligíveis se forem faladas.
4. Atividades que possam interessar aos membros
Cartazes e anúncios de cursos, escolas, promoções de produtos relacionados à igreja ou
ao estilo de vida adventista, como alimentos da Superbom, oferta de serviços dos próprios membros da igreja, convites de casamento, etc.
Para uma boa eficiência de um mural ou quadro de avisos apenas uma coisa é necessária:
que os membros tenham o hábito de consultá-los. O papel do Departamento de Comunicação
então é fazer com que eles sejam agradáveis e que realmente sejam vistos com uma fonte importante de informações e não somente um depósito de cartazes sem interesse.
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Mural Eficiente
1. Mural Tradicional
Normalmente as igrejas já têm um mural para anúncios. Se não for o caso da sua igreja,
construí-lo é muito simples:
■
Adquira uma prancha de madeira compensada de 1 x 2 metros, pelo menos (se
houver espaço para um mural maior, adquira uma prancha nas dimensões que julgar conveniente).
■
Forre a prancha com uma camada de cortiça e cubra com feltro, envolvendo as
bordas todas e prendendo com grampos metálicos na parte de trás da prancha (não use pregos, pois com o tempo rasgam o feltro). Dê preferência para o feltro de cores sóbrias como
azul ou verde escuro. Faça o acabamento com molduras para quadros ou batentes de porta
envernizado. Evite cores claras, pois se sujarão com facilidade no manuseio.
■
Outro material disponível no mercado é a “placa isolante”, comprada em madei-
reiras, que dispensa madeira e a cortiça, bastando revesti-la com feltro.
■
Escolha uma parede em frente à qual haja circulação de pessoas certificando-se
que também haja espaço para pessoas pararem para ver o mural sem impedir a circulação dos
demais membros. Normalmente, o hall da igreja tem espaço suficiente para isso.
■
Mural de Vidro: Outra sugestão é colocar somente um vidro com espaçador na
parede do hall de entrada. A manutenção é simples e de aparência agradável, sendo os anúncios fixados com fita adesiva dupla face.
2. Cuide da manutenção do mural
Use apenas alfinetes do tipo “percevejo” para prender os cartazes. Cola ou alfinetes lon-
gos estragam o feltro, que dura muito pouco sem os devidos cuidados.
Comunicação interna | 61
Limpe-o apenas com uma escova de carpete, sem usar produtos químicos e sempre man-
tenha a madeira da moldura bem polida.
Caso haja incidentes ou vandalismo, como rasgos no feltro ou inscrições, retire imediata-
mente o mural e conserte-o, sem deixá-lo exposto. É melhor passar uma semana sem o mural do
que apresentá-lo vandalizado, o que o desvalorizaria e, consequentemente, seu conteúdo.
3. Crie áreas de interesse no mural
Divida o mural em áreas de assuntos ou temas, que podem inclusive ser indicadas com o
nome de cada seção.
Exemplo: Notícias da igreja em geral, ASN (Agência Sul-Americana de Notícias) e Portal
Adventista, Programações Musicais, Atas e Relatórios, Produtos e Serviços, Programas de Rádio
e TV, Jovens, Desbravadores e Aventureiros, etc. Isso gera uma leitura mais eficiente do mural e
desperta o interesse dos membros, que sempre podem observar, mesmo de longe. Poderá ser
usado o logo de cada departamento para visualização melhor.
4. Autorize o mural
O mural deve se comportar como o boletim: todos os conteúdos devem ser entregues
para uma única pessoa e somente o Departamento de Comunicação deve colocar e retirar materiais dele, com o intuito de evitar materiais inapropriados para o ambiente da igreja ou que tomem
o lugar de materiais mais importantes e que ficariam de fora do mural por falta de espaço.
5. Atualize o mural
Sempre que chegar material para o mural, classifique-o como URGENTE, IMPORTANTE
ou OPCIONAL.
Os materiais URGENTES são os que têm prazo certo para ser expostos, pois têm datas
certas para acontecer. Exiba-os o mais rapidamente possível, mas não se esqueça de retirá-los
imediatamente após a data limite. Materiais com data vencida desvalorizam o mural.
Os materiais IMPORTANTES são os que anunciam campanhas da igreja ou da Associação/
Missão, eventos especiais, programações de rádio e TV sem datas específicas. Desde que haja
62 | Pontes de Esperança
espaço, devem ser todos colocados em suas áreas de interesse, mas não devem passar de quatro
semanas de exibição, tempo médio para que termine o interesse por eles. Retire-os após esse
período para dar mais dinâmica ao mural.
Finalmente os materiais OPCIONAIS são aqueles que podem ser colocados, caso haja es-
paço na área a que se destinam, como anúncios de escolas e universidades da rede adventista,
oferta de serviços e produtos, etc. Devem seguir a mesma orientação das quatro semanas de
exibição, no máximo.
6. Divulgue o mural
Parece um contra-senso divulgar um espaço que existe para divulgar outras coisas. Mas a
verdade é que quando mural for lançado ou re-lançado em sua igreja, inclua por alguns sábados
seguidos no boletim ou nos anúncios a importância de se visitar o mural a cada reunião, indicando
que algumas informações interessantes só estarão disponíveis lá.
Mas atenção: realmente guarde algumas informações só para o mural! Se todas as infor-
mações do mural saírem no boletim, além de tomarem muito espaço nesse material informativo,
tornarão o mural um local sem utilidade prática. Faça dele, portanto uma fonte indispensável e ele
certamente terá sucesso em sua igreja!
Comunicação interna | 63
Ministério da Recepção
Em nossa igreja existe o Ministério da Recepção que está sob a coordenação do Ministé-
rio da Mulher. O Ministério da Recepção consiste em organizar equipes treinadas para o trabalho
de recepção em todos os programas regulares da igreja, tendo como propósito oferecer melhor
impressão do amor de Jesus àquelas pessoas que são visitantes, como também aos membros
efetivos da igreja.
É necessário que a equipe de Comunicação colabore.
A recepção na igreja tem o poder de abrir sorrisos e corações. “A primeira impressão é a
que fica”, diz o ditado popular.
A recepção não só é uma cortesia, como também uma maneira de iniciar um ambiente
espiritualmente rico e agradável para o culto.
Como então organizar a recepção? Siga essas orientações básicas:
1. Determine o modelo de recepção de sua igreja
Liste todas as programações e cultos que a igreja terá no ano. Considere que a recepção
será necessária em todas as ocasiões.
A seguir, imagine como seria a recepção e quantas pessoas você terá que arregimentar
para a atividade durante o ano.
Finalmente, pense o que a recepção irá realizar. Coloque tudo isso num plano de recep-
ção, um documento que será entregue para toda a equipe se familiarizar com a atividade.
2. Forme uma equipe com o seguinte perfil
■ Alegre e comunicativa;
■ Pontual e responsável;
■ Cristã e possuir um espírito missionário;
■ Possuidora de tato, amabilidade e cortesia;
■ Boa apresentação;
■ Conhece os membros regulares da igreja a fim de poder reconhecer os visitantes.
64 | Pontes de Esperança
3. Otimize o trabalho da recepção
Como a equipe estará às portas recepcionando todas as pessoas que chegam, a oportunidade
é ideal para a entrega do boletim e de demais materiais que a igreja precisar repassar aos membros.
Outra atividade possível de ser realizada por essa equipe é a contagem de membros e
visitantes para o censo sugerido no início desse capítulo.
4. Avalie o trabalho da recepção a cada três meses
Não se trata de avaliar as pessoas que estão ajudando na recepção, mas, sim, o modelo
adotado. O que a igreja pensa a respeito da recepção: está no local correto? Está no horário correto? É um ponto eficiente de entrega de materiais?
Não é necessário fazer uma grande pesquisa para saber se é preciso algum ajuste. Conver-
se com 4 ou 5 famílias que sempre frequentam a igreja e que não tenham feito parte da equipe de
recepção. Dessa conversa, algumas sugestões e avaliações podem ser bem aproveitadas.
Participantes desse ministério precisam estar conscientes que:
■
Seu contato com o visitante, por mais que seja breve, pode determinar a sua conversão;
■
Seu modo de falar representa a imagem da igreja;
■
Este trabalho deve ser precedido com muitas orações;
■
Todas as pessoas que se aproximarem da igreja, são pessoas por quem Jesus morreu, e a
abordagem será um fator de atrair ou afastar;
■Seu tom de voz é importante. Falar com voz suave; nunca coagir ou pressionar; nunca
censurar a roupa dos visitantes.
Lista classificada
Não é a última atividade que o Ministério da Comunicação pode realizar dentro da igreja,
mas é uma das ideias mais novas.
Por vezes, membros da igreja precisam de serviços profissionais e pedem indicações di-
versas em seus círculos de amizade. Comunicação interna | 65
Eletricistas, pedreiros, pessoas para serviços domésticos, empregados para a indústria e
comércio, advogados e dentistas são alguns dos exemplos de profissionais que, por vezes pessoas são procuradas fora da igreja simplesmente por desconhecimento de pessoas frequentadoras
dela que ofereçam esses serviços, apesar de partilharem os mesmos bancos a cada sábado.
O contrário também é possível: pessoas que precisam de emprego ou trabalho não sabem
que pessoas próximas a si, dentro da igreja, têm oportunidades abertas.
A lista classificada é uma maneira de organizar as informações profissionais do grupo de
membros de uma igreja e promover a troca de contatos e oportunidades dentro de um ambiente
cristão e saudável.
Essa lista classificada é semelhante ao que encontramos nas listas telefônicas classificadas, mas logicamente menor. Como executá-la?
1. Lance a ideia na igreja
Lance a ideia no boletim, coloque explicações detalhadas no mural e peça para o pastor,
em uma de suas datas de pregação, falar mais claramente da utilidade da lista classificada
e da importância da ajuda entre os irmãos.
2. Passe uma ficha de “inscrição” para os membros
A participação na lista classificada deve ser incentivada, mas não pode ser obrigatória.
Quem quiser divulgar sua área profissional e seus contatos pode fazê-lo.
A ficha de inscrição deve conter os seguintes dados:
- Área de atuação
- Nome
- Telefones para contato
- E-mail (endereço eletrônico) para contato
- Endereço do site, se houver
66 | Pontes de Esperança
3. Organize os dados coletados
Separe as fichas por área de atuação, e, em seguida, em ordem alfabética de nomes dentro
de cada área.
Transcreva, então, todos os dados para uma planilha, tabela ou texto corrido mesmo, tomando muito cuidado nesse momento para não errar nenhum dado, em especial telefones.
4. Diagrame a lista classificada
Crie uma diagramação para a lista classificada, destacando as diferentes áreas
de atuação.
Esse material diagramado pode ser impresso em folhas comuns e copiadas, a fim de reduzir custos. Pode também ser diagramada no modelo de cartilha ou mini-revista e ser
impressa em gráfica.
Pode ainda ser gerada em formato digital e disponibilizada no site da igreja.
Você pode usar como referência as listas classificadas telefônicas e as dicas encontradas
no capítulo sobre criação e produção gráfica nesse manual.
5. Distribua para toda a igreja e para amigos da comunidade
Após estar pronta, a lista classificada deve ser distribuída para todos na igreja, mesmo
para os que não quiseram incluir seus dados. Lembre-se de que quanto mais pessoas tiverem acesso a ela, mais oportunidades e relacionamentos surgirão.
Se possível, distribua a lista classificada para a comunidade próxima à igreja. Além de poder gerar bons contatos profissionais, é uma atitude simpática e pode servir como um bom
motivo para um primeiro contato missionário, seja através da entrega em si, seja através
do contato pessoal, quando os serviços forem contratados.
Comunicação interna | 67
Comunicação e o Aspecto
Físico da Igreja
Deus criou a natureza com harmonia e beleza. Ele formou um jardim para se encontrar
com nossos primeiros pais. No deserto, orientou o seu povo a construir um lugar onde pudesse
estar no meio deles.
O templo planejado pelo rei Davi e construído por seu filho Salomão era magnífico e de
inigualável esplendor. Beleza não somente nos símbolos e no serviço diário, mas beleza física,
magnitude, o melhor foi oferecido ao nosso Criador.
Deus também aceitava adoração num simples altar. Nosso local de culto pode ser simples
ou grandioso. Mas uma coisa deve marcar os dois locais contrastantes: o cuidado, a limpeza, o
primor, a higiene, o esmero e o bom gosto.
O ambiente da igreja deve ser agradável e aconchegante para despertar nos membros e
visitantes o desejo de permanecer o maior tempo possível na presença de Deus. A seguir temos
alguns lembretes sobre o aspecto físico da igreja:
Área exterior igreja
1. A fachada é o primeiro convite para entrar ou não entrar
a. Deve ser de bom gosto;
b. Identificada de acordo com o padrão da Igreja;
c. Deve ser mantida sempre pintada;
d. Cuidar para que esteja iluminada.
2. O terreno da igreja deve sempre estar
a. Limpo;
b. Ajardinado;
c. Embelezado;
d. Iluminado.
68 | Pontes de Esperança
3. O calçamento externo deve receber cuidados
4. Placa de sinalização e identificação
a. A sinalização direciona as pessoas para as salas da Igreja.
Exemplo: banheiros, salas dos departamentos;
b. Identificação é a placa que é colocada na entrada de cada sala;
Exemplo: banheiro masculino, banheiro feminino, desbravadores,
jovens, primários, etc.
5. Banheiros
a. Devem ser limpos permanentemente;
b. Reabastecido com papel, sabonete, toalhas;
c. Facilitar o acesso para pessoas portadoras de necessidades especiais.
Pintura da igreja
Tanto a pintura externa e interna de boa qualidade, de bom gosto e mantida
sempre em ordem.
Área interior da igreja
1. Iluminação adequada para facilitar a leitura dos textos bíblicos;
2. Ambiente bem ventilado e arejado;
3. Limpeza não só dos bancos e do piso, mas teias de aranhas removidas;
4. Som agradável e de boa assimilação;
5. Manutenção periódica. Exemplo: goteiras, lâmpadas queimadas, cortinas,
vidros, ranger de portas, etc.
Comunicação externa
70 | Pontes de Esperança
Além do público interno, ambientado e conhecedor do funcionamento da igreja, a igreja
local precisa se relacionar com outro público: o externo.
Comunidade, governo, sociedade civil, entidades públicas e filantrópicas, imprensa, au-
toridades militares, são todos públicos que de alguma forma se relacionam vez por outra com a
igreja, quer seja como curiosos ou solicitantes de informações, quer seja como alvos da mensagem
de esperança que a Igreja Adventista do Sétimo Dia carrega.
Precisamos lembrar que essas pessoas não têm familiaridade com o funcionamento da
igreja, seus termos, seus costumes. Algumas vezes até compreendem mal alguns dos comportamentos da Igreja. Assim, é uma preocupação grande em como devemos mostrar a igreja, e não
como devemos escondê-la.
Esse capítulo tem por objetivo tratar do conteúdo correto e da forma correta de expor-
mos a igreja e sua programação, tornando-a compreensível e atrativa para todos os públicos que
se relacionem com ela.
“Temos que fazer uso de todos os meios lícitos para apresentar a verdade ao povo.
Lancemos mão da imprensa e ponhamos em ação toda propaganda que sirva para atrair a
atenção do povo. Isto não deve ser considerado como sendo coisa de pouca importância.
Em cada esquina de rua podeis ver placas e anúncios, chamando a atenção para várias coisas
que ocorrem, algumas delas das mais condenáveis. E será que os que possuem a luz da vida
se satisfarão com débeis esforços para atrair a atenção das multidões para a verdade?”
(Ellen G. White, Evangelismo, pág. 130).
Assessoria de Imprensa: O que é?
É um departamento de uma empresa ou instituição que se utiliza da mídia para divulgar
informações e atividades. O assessor de imprensa é responsável pela organização, planejamento,
estratégia e divulgação de tudo o que a igreja for realizar, trazendo, assim, credibilidade à instituição. Na igreja a Assessoria de Imprensa é de responsabilidade do Departamento de Comunicação,
em parceria com o jornalista do campo (Associação/Missão).
As atividades não devem ser realizadas com base no improviso, e sim ter como norma a
organização e a constante avaliação dos resultados.
Comunicação externa | 71
O planejamento assume desta forma uma importância fundamental. Juntamente com os
dirigentes da Igreja e com o calendário de atividades da igreja em mãos definir metas e objetivos
e definir as estratégias de ações.
Os planos serão desenvolvidos com vistas à divulgação das atividades da Igreja. Desta
forma todas as atividades que a igreja realizar, serão reconhecidas tanto pelo público interno (os
irmãos da igreja), quanto pelo público externo (pessoas que não pertencem ao rol de membros da
igreja que serão atingidos pelos meios de comunicação).
Funções básicas
Relacionamento com os meios de comunicação
Fornecer informações sobre a igreja para jornais, rádios, revistas e TVs, através de release
e sugestões de pautas (temas) para matérias.
Organizar uma lista de contatos (mailing-list)
Ordem alfabética, com nome, telefones, e-mails, endereços de meios de comunicação e
também de membros da igreja. Esta lista de contato é chamada de mailing-list. O ideal é que ela
também seja organizada por funções (editor-chefe, editor, repórter, etc.) e por editorias (cultura,
esporte, política, etc.). Assim, o seu release vai chegar às mãos certas. Nunca dispare um e-mail
com o release para todo o mailing-list e, sim, apenas para os que tratam do assunto em questão
na sua mensagem, sempre com cópia oculta para que ninguém tenha acesso a todo o mailing-list.
Atento às notícias na mídia com “viés” adventista
Ficar atento ao que está sendo falado na mídia ajuda na criação de pautas. Muitas vezes,
uma informação dita em um veículo de comunicação pode contribuir para que no futuro você
consiga colocar a instituição nas linhas de alguma matéria do mesmo veículo de comunicação. Por
exemplo, se você ler ou ouvir uma matéria que fale sobre a importância do vegetarianismo para a
saúde humana, você pode escrever um release sobre um membro da igreja que é super saudável,
apesar da idade, devido a ter optado por um regime alimentar vegetariano.
72 | Pontes de Esperança
Lembre-se sempre do cuidado necessário com a linguagem, para que não aparente uma
forma institucionalizada (“igrejeira”).
Que tipo de programa desperta interesse da imprensa
O jornalista, na maioria das vezes, não está interessado em saber que sua igreja está com-
pletando cinco anos de existência e nem com a quantidade de pessoas. O que é muita gente para
a igreja, não é para a imprensa.
Na realidade, é o “fato”, o “acontecimento”, a “ação” que deve despertar o interesse e a
curiosidade do jornalista e do público. A imprensa está interessada em conhecer os projetos de
assistência à sociedade que estão sendo promovidos. Por isso, toda vez que mandar alguma notícia para os veículos de comunicação, lembre-se de que nem sempre o que é importante para você
será importante para o veículo de comunicação.
Atividades normalmente desenvolvidas pela Igreja que chamam a atenção:
1.
Campanhas de doação de sangue, órgãos ou medula;
2.
Campanhas contra violência doméstica: “Quebrando o Silêncio”;
3.
Cursos ou seminários sobre saúde, vida saudável ou de orientação para se
libertar dos produtos que causam dependência;
Cursos de empreendedorismo (eventos que ensinam os participantes a
4.
conseguirem uma melhora na vida financeira através de trabalho);
5.
Orientação familiar ou cursos para noivos;
6.
Mutirão de natal (campanha de arrecadação e doação de alimentos);
7.
Programa musical (cantata de natal, páscoa, uma apresentação especial de
algum grupo musical, etc.);
8.
Escola Cristã de Férias;
9.
Atividades desenvolvidas pela escola ou colégio adventista;
10. Clube de Desbravadores e suas atividades;
11.
12. Participação nas campanhas governamentais.
Clube de Jovens e seus programas especiais;
Comunicação externa | 73
Certamente você já percebeu que trata-se de programas que visam o crescimento do
indivíduo, e que são bem aceitos pela comunidade.
Dia a dia da imprensa
É muito importante que o assessor entenda qual é a forma de trabalho utilizada pela
imprensa. E para que isso ocorra é preciso entender como é o dia a dia de uma redação de jornalismo. Uma vez que se entenda os métodos de trabalho de um jornalista, ficará mais fácil saber
como agir, falar e até mesmo como escrever para esse comunicador. Com isso, as portas da mídia
poderão se abrir com maior facilidade. Entretanto, todo cuidado é pouco quando se está lidando
com algo com o que não se tem familiaridade.
Visão do que acontece numa redação
O dia do jornalista começa cedo. Geralmente, a primeira coisa que ele faz ao entrar na
redação é checar os e-mails e ir para a reunião de pauta, onde os temas que devem se transformar
em reportagens são definidos.
Nessa reunião são divididas as tarefas do jornalista, inclusive quais serão as reportagens
direcionadas a cada um. A rotina numa redação é muito intensa, e por isso, o assessor, ao entrar
em contato com o jornalista, deve ser direto e objetivo, evitando abordagens longas e apelativas.
A redação sempre recebe muitos e-mails com sugestões de matérias. Por isso, é importan-
te usar a criatividade. Evite mandar e-mail no final de semana. As redações funcionam com escalas
de trabalho de forma reduzida nesses dias e sua mensagem corre o risco de ser misturada com as
outras acumuladas para a segunda-feira.
O jornalista está interessado em buscar notícias atuais, sejam elas “boas” ou “ruins”.
Logo, tome cuidado com o que você irá escrever ou falar para o jornalista. Ele não é seu
amigo confidente.
Como se portar diante da imprensa
Saber como falar e como se comportar diante da mídia é algo extremamente importante
para a assessoria de imprensa. Por isso, saber como agir em uma entrevista, ou até mesmo em
74 | Pontes de Esperança
uma conversa por telefone é fundamental para um bom desenvolvimento do departamento de
comunicação.
A forma de se comportar em uma entrevista pode parecer uma tarefa fácil, quando na
verdade, não é. Alguns cuidados importantes devem ser tomados ao se relacionar com a mídia.
1.
Quando um repórter procurar algum membro da igreja para realizar uma repor-
tagem, o assessor deverá recepcionar o jornalista de forma amigável, fornecendo todos
os dados possíveis para o correspondente. Caso o assessor ou até mesmo o membro da
instituição trate o repórter de forma grosseira, a imagem da igreja estará prejudicada.
2.
Todas as entrevistas, mesmo as que parecem não ter importância para a igreja,
precisam ser realizadas e tratadas da mesma forma. O entrevistado deve tratar da mesma
forma o jornalista da revista nacional e o repórter do jornal local. Isso faz com que a igreja
ganhe respeito e credibilidade por parte dos jornalistas.
3.
O entrevistado deve sempre chegar no horário marcado. Atraso é sinal de irres-
ponsabilidade. É natural que imprevistos aconteçam, mas tomar cuidado com o horário é
fundamental. Afinal, o jornalista não tem tempo para ficar esperando durante horas.
4.
O entrevistado não deve levar para a entrevista um discurso decorado. É impor-
tante que a entrevista seja uma conversa. O que se pode fazer é levar anotações dos temas
que serão abordados em forma de tópicos.
5.
Sempre que possível, as respostas devem ser objetivas e curtas. Mas isso não
significa que o entrevistado deve responder com palavras como “sim”, “talvez” ou “não”.
Evite utilizar palavras muito técnicas ou mesmo siglas que dificultem o entendimento.
6.
Não se deve solicitar ao repórter que ele repita a resposta que acabou de ser
fornecida. Por mais que se queira saber se não haverá distorções, agir dessa forma pode
soar como uma posição de descrédito em relação ao trabalho do jornalista.
7.
Ao dar entrevistas a veículos de comuicação o entrevistado deverá, sempre que
possível, olhar para o jornalista, buscando se mostrar interessado no assunto.
8. Conversas em veículos como rádio e televisão geralmente são rápidas. Por isso, responda às perguntas de forma clara e objetiva.
9. Gesticulações exageradas devem ser evitadas, assim como interjeições do tipo “né”,
Comunicação externa | 75
“hamn”, entre outras. Roupas brilhantes ou que chamem muito a atenção são abomináveis.
10. O entrevistado não pode segurar o microfone da entrevista na mão (a menos que
a conversa aconteça no estúdio e lhe seja fornecido um). Esse é o trabalho do repórter.
Apenas responda de forma simples e objetiva o que está sendo perguntado.
11. Às vezes é necessário fornecer ao jornalista algumas anotações para ajudá-lo a se
lembrar durante a entrevista, evitando assim informações incorretas.
Planejamento e check-list
Um bom planejamento de assessoria de imprensa se divide em vários tópicos entre ou-
tros: apresentação, objetivos, atividades e custos.
Apresentação: É preciso apresentar um breve resumo das tarefas a serem realizadas.
Objetivos: Definir as metas a serem alcançadas com o trabalho proposto.
Atividades: Descrever quais são as atividades que se pretende realizar durante todo o
ano, como reformulação do boletim da igreja, eventos, etc.
Custos: Quanto a igreja irá gastar com as atividades propostas.
Verificar:
■ Relações de imprensa (mailing, lista de contatos atualizada);
■ Calendário de eventos e datas comemorativas para a Igreja Adventista do Sétimo Dia de cada mês;
■ Se as atividades realizadas durante o mês atingiram os objetivos propostos;
■ A imagem da igreja perante os veículos de comunicação.
Definir:
■ Objetivos para o mês seguinte;
■ Cronograma básico mensal. Consiste em listar todos os eventos e atividades que serão
realizadas no mês seguinte, com data, hora e local. Além disso, planejar como efetuar
todas essas atividades, verificando vários fatores, inclusive os custos.
76 | Pontes de Esperança
Dicas de como trabalhar com a
imprensa local
■ Um repórter interessa-se por uma só coisa: “Ele deseja fatos, uma reportagem, nada mais”.
■ Se não estiver seguro de um fato, diga ao repórter ou redator: “Não sei”, . Mas seja tão
útil quanto puder para seguir fatos.
■ Não escreva fantasias.
■ Não seja prolixo. Resuma sua reportagem.
■ Não escreva opiniões ou assuntos não fundamentados. Restrinja-se aos fatos.
■
Não se surpreenda se o redator recompuser sua reportagem. Este é o seu trabalho.
Não questione sua redação a não ser que ele tenha resultado numa falsa afirmação que
exija correções absolutamente necessárias.
■ Não tente “plantar” sua reportagem pela seção de anúncios. Os redatores de todas as
partes desaprovam essa falta de ética.
■ Não pergunte ao editor por que seu artigo não foi publicado.
■ Continue a escrever. Faça o seu próximo artigo melhor que o último.
Gerenciamento de crises
Em março de 2007, em uma de nossas igrejas, uma criança foi encontrada desacordada,
vindo logo a falecer. Enquanto nada se sabia ainda sobre o que, de fato, havia ocorrido, muitos
depoimentos foram dados, muitas reportagens foram feitas e versões surgiam a todo instante,
que iam desde um acidente no tanque batismal até rituais religiosos com sacrifício de crianças.
Durante esse período os membros da igreja local e toda a Igreja Adventista no Brasil e no
mundo foram afetados pelas notícias. Informações e declarações precisaram ser dadas sobre o
assunto para a imprensa e para a opinião pública. Esse foi um exemplo claro de uma situação de
crise em que a comunicação precisou funcionar como a principal ferramenta.
“O que se faz nas primeiras horas depois de um acidente marca para sempre a trajetória
da companhia”, afirmou David Barioni, Vice Presidente da Gol a revista Exame, em sua primeira
Comunicação externa | 77
entrevista sobre a gestão do episódio do voo da queda do Boeing 737-800, que fazia o voo 1907
(Manaus – Rio de Janeiro) e se chocou com um jato Legacy. O episódio marcou para sempre a história da companhia. (Revista Exame, 22/03/2007, “Os 18 dias que abalaram a Gol”).
Os exemplos acima mostram que nenhuma instituição está isenta de qualquer tipo de
incidente desagradável. Os riscos são os mesmos para todos. Dependendo da intensidade, os resultados podem ser devastadores.
Muitos acham que as crises “só acontecem com os outros” e acabam sendo pegos de sur-
presa por situações de extrema dificuldade.
Ter um plano de ação que envolve desde os procedimentos a serem tomados e a forma como
lidar com a imprensa é a melhor maneira de estar preparado para as complicações de uma crise.
O que são crises com a opinião pública?
São todos os tipos de situação que podem direta ou indiretamente afetar a imagem de de-
terminada instituição, não importa seu ramo de atividade, junto aos meios de comunicação ou mesmo junto a determinado grupo formador de opinião específico. Quando a crise é bem gerenciada,
geralmente não chega ao conhecimento dos meios de comunicação formais (rádio, TV, jornais, revistas e sites de notícias).
As crises são repentinas e podem ser originadas por problemas internos ou de interferência
externa. Exemplos de crises: crime envolvendo funcionários, acidentes, desastres ambientais, problemas de saúde pública, indenização por erros ou acidentes, etc.
Qual a dimensão destas crises?
As crises com a opinião pública ocorrem em âmbito local, mas podem adquirir repercus-
são nacional ou até internacional dependendo da gravidade do fato, dos envolvidos e da maneira
como a crise é gerenciada.
Devido à expansão tecnológica na difusão de informação, um fato ocorrido em um distan-
te povoado pode, em minutos, ser de conhecimento mundial por meio das redes sociais e sites de
Internet. Não se pode hoje desprezar qualquer meio de comunicação, incluindo blogs, microblogs,
78 | Pontes de Esperança
páginas de relacionamento, games, etc. É fundamental haver um monitoramento constante das
informações sobre o caso.
Onde começam as crises?
De modo geral, as crises com opinião pública podem ter duas origens:
A primeira delas é interna, ou seja, um problema ocorrido dentro da organização cujo geren-
ciamento não foi bem realizado e se tornou público. Pode ser uma pessoa insatisfeita com alguma
decisão institucional e que resolve relatar seu desagrado publicamente, um acidente ou mesmo uma
deficiência interna que chega ao conhecimento do público em geral.
A outra origem é externa. Isto é, um fator fora da organização que a afeta e pode criar uma
crise por expor suas fragilidades. É o caso de uma lei, por exemplo, que se choca frontalmente com
determinada atividade ou princípio da organização ou mesmo oscilações econômicas ou sociais.
Qual a importância de gerenciar uma
crise com a opinião pública?
O raciocínio é simples. Imagine se seu nome é incluído indevidamente em uma lista de
serviço de proteção ao crédito ou cadastro de inadimplência nacional. Você não está com dívidas,
mas, por algum erro alheio, seu nome é adicionado a esta listagem. Em cada loja que vai ou mesmo na hora de solicitar crédito a uma instituição financeira você passa pela situação desagradável
de ter seu nome “sujo” na praça. Há três coisas que ocorrem imediatamente: constrangimento,
associação de seu nome a algo ruim e perda de credibilidade. Seu nome é a sua marca. O mesmo
ocorre com qualquer tipo de organização seja com ou sem fins lucrativos.
Deixar de gerenciar uma crise com a opinião pública é permitir que o nome da instituição
seja submetido a constrangimento, associado a algum fato ou circunstância ruim e, por fim, que
perca credibilidade junto ao público. Em se tratando de uma instituição religiosa, a credibilidade
é mais importante ainda, porque a missão e a própria visão de igrejas ou religiões diversas estão
ligadas a conceitos abstratos e intangíveis como bem-estar espiritual e solidariedade.
Comunicação externa | 79
Como se deve atuar objetivamente
em caso de crise:
Membro de igreja ou servidor de uma instituição.
■ O membro de igreja deve imediatamente comunicar o fato ao pastor distrital;
■ O servidor da instituição deve comunicar imediatamente o fato ao chefe imediato;
■ Tanto funcionário quanto membro de igreja não devem dar entrevistas aos meios de comunicação – a melhor orientação é encaminhar a demanda à assessoria de comunicação da instituição;
■ É recomendado não enviar a informação sobre o problema para um grande número de pessoas
que não estão diretamente envolvidas na solução do caso a fim de não aumentar a dimensão
do problema;
Pastor distrital
■ Deve comunicar imediatamente a Associação/Missão;
■ Deve ajudar a resolver o problema internamente;
■ Não deve expandir a informação por outros meios;
■ Não deve dar entrevistas para os meios de comunicação – orientar a procurar a assessoria de
comunicação;
■ Deve manter a calma e segurança dos membros.
Diretores de Comunicação de Associações, Missões, Uniões e Assessores de Comunicação
■ Devem acionar o Comitê de Gerenciamento de Crise;
■ Devem trabalhar para gerenciar o problema com a comunidade envolvida e com os meios de
comunicação (ações estratégicas).
Dicas úteis no gerenciamento prático com a opinião pública
■ Jamais se esconda ou esconda algo;
■ Não critique um ou outro meio de comunicação, por mais tendenciosos que alguns sejam;
80 | Pontes de Esperança
■ A
ja rápido, mas com prudência;
■ Informe somente o que for perguntado e não dê explicações em demasia;
■ S e possível e preferencialmente após o período agudo da crise, mostre o que a organização
tem feito de bom na área abalada pela crise;
■ R
esolva o problema se for alguma deficiência interna;
■ M
antenha sempre um bom relacionamento com os meios de comunicação e não somente em
épocas de crise;
■ T rate o caso no local em que ocorreu.
Pontos fortes e fracos
Quão bem você conhece e compreende a organização? Sua estrutura, declaração de mis-
são, história, desafios passados, presentes e futuros?
Embora estas questões pareçam óbvias, as respostas nem sempre são tão óbvias assim. A menos que você verdadeiramente compreenda a organização, não saberá como respon-
der aos desafios em uma crise, quem de fato é sua audiência, ou o impacto potencial sobre sua
organização.
Ainda que seja muito importante conhecer seus pontos fortes é ainda mais crucial conhe-
cer sua estrutura e áreas de vulnerabilidade. Conheça essas estruturas e trabalhe para corrigi-las.
Além de compreender os pontos fortes e débeis, é imperativo saber o que está aconte-
cendo no mundo religioso. Quais os desafios que outras denominações estão enfrentando? Provavelmente não estaremos imunes a esses mesmo desafios por muito tempo. O que está acontecendo em nossa comunidade? No mundo dos negócios e político onde trabalhamos? É importante ter
uma visão geral do mundo que nos cerca, pôr em perspectiva nossos pontos fortes e fracos.
Assim podemos avaliar nossa vulnerabilidade para uma crise. Há duas categorias de crises
– a primeira pode ser prevenida, a segunda não. Atente para as áreas vulneráveis em sua igreja, cuja
crise pode ser prevenida, e passe imediatamente a corrigir o problema com a Comissão da Igreja.
A melhor ação é a prevenção!
Comunicação externa | 81
Mídia impressa
O termo mídia quer dizer “meios”, com uma ligação direta aos meios de comunicação.
Também é empregado para designar a função do profissional de mídia, cujo trabalho é planejar,
desenvolver e praticar a mídia nas agências de publicidade.
Então podemos dizer que a mídia pode ser:
■ Meios de comunicação;
■ Veículos de comunicação;
■ Comunicação de massa;
■ Profissional que planeja a mídia.
Direcionando o olhar especificamente para o tema “mídia impressa”, ainda assim tem-
se um leque de opções onde a comunicação pode atuar, desenvolver seus trabalhos e conseguir
bons resultados. Pode-se chamar essas opções de veículos de comunicação, que são os seguintes:
jornais, revistas, panfletos, folders, cartazes, outdoors, banners, faixas e qualquer outro meio impresso que se use para comunicar algo a alguém. Apesar desta gama de opções, produzir material
para mídia impressa, independente do veículo, segue geralmente um mesmo caminho.
Quando se pretende comunicar algo ou divulgar uma ação ou evento, o meio impresso é
uma ótima opção, pois garante que as pessoas tenham o seu anúncio literalmente nas mãos, e não
apenas a ouçam no rádio ou assistindo na TV ou telão.
Mas para conseguir que o material impresso não seja descartado ou deixado de lado por
outros assuntos mais interessantes, a criatividade é fundamental. As ideias mais criativas nem
sempre são as mais mirabolantes e inovadoras, mas contém a informação bem trabalhada, arranjada de forma harmoniosa e esteticamente agradável. Para conseguir esses resultados, siga os
passos descritos a seguir:
1. Pensar fora do Computador – Tendo em mãos a informação em mãos do que pre-
cisa ser anunciado, procure trabalhar a ideia antes de sentar-se à frente do computador. Hoje em
dia, com a facilidade da informática, acaba-se refém da mesma, desenvolvendo o trabalho diretamente na tela do computador, limitando-se aos recursos dos programas, sem antes pensar no
82 | Pontes de Esperança
objetivo da sua comunicação e o resultado que se pretende obter.
2. Referências – As ideias não surgem do nada. Observe os impressos à sua volta. Revis-
tas e jornais, mesmo que velhos, podem servir como referência para o trabalho que se pretende
desenvolver. Isso não quer dizer que se deve copiar algo que já existe, mas usar esse material para
aprender sobre questões como a harmonia dos elementos (imagens, textos, tipos de letra etc.).
A maneira como esses elementos estão dispostos no espaço que ocupam; um determina-
do tipo de letra para certos assuntos, combinações das cores, o estilo da diagramação, tudo isso
pode servir como referência para você começar a desenvolver o seu trabalho.
3. Seja consciente – Se algo chamou a atenção em alguma referência apenas porque “é
legal” ou “bonito”, saiba que somente esse argumento não é suficiente. Tente descobrir o porquê:
Quais são os pontos fortes? O que não agrada? O que agrada?
Aguçando esse senso crítico, poderá transferi-lo para os trabalhos que irá desenvolver, e
torná-los mais concisos e eficientes.
4. Papel e lápis – Apesar de o computador ser uma ótima ferramenta de trabalho e ter
se tornado indispensável hoje em dia, inicie seu trabalho numa folha de papel, fazendo esboços do
que pretende produzir ou diagramar.
Começando dessa forma, suas ideias fluirão mais rapidamente, e não ficará preso à cha-
mada “primeira ideia” que, geralmente, não é a melhor. Quanto mais se pensar no papel, menos
tempo será gasto na frente do computador e o trabalho sairá com melhores resultados.
Após essa parte introdutória para desenvolver o trabalho, as ideias com certeza estarão
mais concretas e coerentes na mente. Seguir esses passos pode parecer, a princípio, uma etapa
longa, mas, com a prática isso vai se tornar cada vez mais simples e natural, e o resultado obtido
será sempre melhor. Agora, com a ideia pronta na mente, chegou a hora de transferi-la para a tela.
5. Organizando os elementos – Para se produzir um anúncio, alguns elementos im-
portantes a acompanham a ideia: textos, títulos, fotos, etc.
Para que esses elementos fiquem em destaque, é necessário distribuí-los de forma cons-
ciente no espaço da página. A diagramação pode e deve ser usada de tal forma a guiar o olhar do
leitor. E para conseguir isso da melhor maneira, existem alguns pontos numa página que devem ser
identificados:
Comunicação externa | 83
1. Área principal ou primária
2. Área secundária
3 e 4. Áreas mortas
5. Centro óptico
6. Centro geométrico
Nossa leitura é feita da esquerda para a direita e de cima para baixo, por isso a área 1 é con-
siderada a principal ou primária. A área 2 é considerada secundária, pois se trata de final de página, e
é para lá que se dirige a visão num segundo momento. As áreas 3 e 4 são consideradas mortas, mas
podem ser usadas para conter informações secundárias. A página possui dois centros: o centro geométrico, número 6 e o centro óptico, número 5. O centro óptico é a área para a qual a visão converge
em primeiro lugar, e é indicado para posicionar fotos e títulos que mereçam destaque.
6. Imagens – Para valorizar o trabalho, recorre-se ao uso de imagens, sejam elas fotos, ilus-
trações ou mesmo cliparts. Produzir suas próprias fotos ou ilustrações seria o ideal, mas nem sempre
isso é possível. Pode-se recorrer, nesse caso, aos bancos de imagens, tão comuns hoje em dia.
Entretanto, evite usar imagens ou cliparts muito comuns e que já foram muito usados an-
teriormente. Pesquise um pouco mais, procure mais a fundo até encontrar alguma coisa inédita,
mesmo que precise ser editada para aplicação em seu trabalho.
7. Cores – Trabalhar com as cores certas ou conseguir uma boa harmonia delas às vezes
parece uma tarefa difícil ou mesmo impossível. Existem estudos específicos sobre cores e sua utilização, sendo um material bem extenso. Mas se você souber alguns pontos básicos sobre as cores,
já pode conseguir ótimos resultados.
84 | Pontes de Esperança
Para obtenção uma boa harmonia das cores (ou seja, qual cor “combina” melhor), pode-se
usar três técnicas:
1. Monocromática - É a harmonia resultante de uma cor da roda das cores.
As tonalidades podem mudar, mas todas ficam no mesmo matiz da roda das cores.
2. Análoga - É a harmonia formada por uma cor primária combinada com duas
cores vizinhas a ela na roda das cores.
3. Complementar - É a harmonia que ocorre quando combinamos cores opostas
na roda das cores.
Outro ponto interessante é que as cores transmitem determinadas sensações e impres-
sões, a chamada psicodinâmica das cores:
Branco: assepsia, pureza, limpeza, paz;
Preto: mal, morte, desconhecido, formalidade, elegância;
Vermelho: vitalidade, poder, positivismo, vigor;
Azul claro: frescor, leveza, repouso, espiritualidade;
Azul escuro: tristeza, melancolia, sonolência, profundidade;
Verde claro: natureza, vegetação, calma, esperança;
Verde escuro: veneno, umidade, decomposição, malignidade;
Violeta: luto, martírio, nobreza, misticismo;
Laranja: atenção, acidez, agressividade, perigo, alegria, vivacidade, agitação.
Comunicação externa | 85
Preparando um impresso
Ao desenvolver um impresso como um jornal mural, boletim ou um folder, os passos a
seguir são extremamente importantes para se conseguir um bom resultado:
Vá direto ao assunto. Crie textos curtos e objetivos. Se a quantidade de texto não
cabe no espaço do seu impresso, ao invés de reduzir o tamanho da letra, edite o texto.
Leia o que está diagramando, muitas informações podem ser retiradas ou resumidas.
Crie um visual atraente. O aspecto visual deve chamar a atenção o suficiente para
que as pessoas leiam o que foi produzido.
Use letras do tamanho certo. O tamanho da fonte, ou corpo, deve ser
proporcional ao tamanho do seu impresso, permitindo uma boa leitura e visualização dos conteúdos.
Use uma fonte de boa legibilidade. Evite usar fontes fantasia (aquelas todas
desenhadas e ornamentadas) ou com desenho muito rebuscado. Isso só torna a
leitura mais difícil. Letras retas (sem serifa) são as mais indicadas para títulos, e
com serifas para o corpo do texto.
86 | Pontes de Esperança
Use a cor certa. Evite cores muito suaves para títulos ou texto. Cores muito
claras fazem seu texto desaparecer. Da mesma forma, evite cores berrantes em
longos períodos de texto. Isso vai apenas afastar os leitores e causar grande
desconforto visual.
Defina uma hierarquia visual. Deixe bem claro para o leitor em que ponto deve
começar a leitura. Os olhos são atraídos primeiramente para grandes elementos e só
depois “procuram” elementos secundários. Títulos devem ter peso maior que subtítulos. E subtítulos devem ser maiores que legendas e texto corrido. O mesmo critério
deve ser empregado para fotos e ilustrações.
Dicas importantes
■
Não ocupe todos os espaços vazios. Só porque uma página tem algum espaço não preen-
chido, isso não quer dizer que deva ser ocupado por algum elemento. Se a página não ficar
congestionadacom um número excessivo de elementos, a leitura da mesma será melhor e
muito mais agradável.
■
Procure utilizar um número restrito de fontes para compor o trabalho. Dois tipos de fontes
diferentes é o ideal.
■
Evite colocar textos sobre fotos ou ilustrações, principalmente se elas não apresentam um
bom contraste com a cor da fonte utilizada.
■
Evite o uso de degradês ou um “arco-íris” de cores. Um trabalho mais simples, de bom
gosto, surte muito mais resultado que algo completamente carregado.
Lembre-se: o menos é mais.
Comunicação externa | 87
Check list
■ Antes de começar o seu trabalho, pense no que pretende fazer e esboce num papel o
material que será desenvolvido.
■ Busque referências em outros impressos, tais como revistas e jornais. Baseie-se nas boas
ideias para gerar as suas.
■ Bom gosto e simplicidade são sempre a melhor forma de se conseguir um bom
resultado.
Mídia exterior, ao ar livre
ou alternativa
Mídia exterior é a denominação genérica dos meios de comunicação que expõe propa-
ganda ao ar livre. Pode também ser chamada mídia extensiva, mídia ao ar livre ou mídia alternativa. Estão visíveis a todos que passarem por elas, como exemplo, os outdoors.
Além do outdoor, outros “canais” também são mídias exteriores, tais como: busdoor
(anúncios nas laterais ou na traseira dos ônibus), empenas de prédios (faixas gigantes nas paredes
externas dos prédios), mobiliários urbanos (placas em pontos de ônibus), banners, faixas, taxidoor
ou cardoor (anúncios no teto ou no vidro traseiro), envelopamento de veículo (veículo totalmente
adesivado), etc.
Se pararmos para enumerar todos, a lista se tornaria imensa. Mas o propósito dessa pe-
quena lista é apenas mostrar que muitas coisas que observamos no dia a dia e que fazem parte do
cotidiano de muitos, são ótimos meios que podem ser usados e aplicados para os mais diversos
propósitos da comunicação.
Alguns desses meios, ou mídias, fogem do convencional e, por causa disso podem ter um
impacto maior sobre o leitor justamente por se tratarem de algo inusitado, o qual as pessoas não
estão acostumadas a ver. É a chamada mídia alternativa.
88 | Pontes de Esperança
E o que é a mídia alternativa? É toda forma de comunicar ou veicular uma informação ou
mensagem fora das mídias convencionais.
Com a mídia alternativa, podem ser feitas campanhas com grande impacto, com baixo
custo de produção, em alguns casos.
Adesivos no chão, no teto e nas paredes. Móbiles pendurados, balões de ar ou gás, dirigíveis,
peças de roupas, lugares inusitados para fixação de anúncios. Tudo isso é considerado mídia alternativa.
Para trabalhar com mídia alternativa, basta apenas procurar a melhor forma de levar a sua
informação para as pessoas que precisam recebê-la, fora dos canais convencionais. Fazendo isso,
o impacto e fixação da informação serão muito maiores que nos meios habitualmente usados.
Se a mídia alternativa é tão eficaz, porque não usar apenas ela? Não há nenhuma regra
que dite com quais mídias se deve comunicar ou veicular uma campanha.
Para obter a resposta mais correta para isso, basta apenas planejar suas ações e pensar de
que maneira a informação que precisa ser passada alcançaria um maior impacto e ficaria gravada
mais facilmente na mente do leitor.
Ao se fazer este planejamento, que é um planejamento de mídia, percebe-se que quanto
mais variadas forem as ações e diversificados os meios de comunicar ao seu público, maiores são
as chances de se conseguir bons resultados e respostas à comunicação.
Seja trabalhando com mídia alternativa, mídia impressa ou mídia exterior (e até mesmo
com todas elas de forma integrada para a mesma campanha), o resultado final para ser positivo
vai depender unicamente da forma como foram construídas essas informações, baseando-se na
criatividade, bom gosto e senso crítico.
Os passos para essa construção baseiam-se naqueles descritos no na seção mídia impres-
sa. Mas pode-se fazer algo a mais para que o trabalho saia o mais perfeito possível.
Conhecimento
A primeira coisa a fazer para utilizar ou não determinadas mídias é saber o que se quer
comunicar, com quê e como quer transmitir essas informações. Fazendo esse planejamento, a
decisão quanto a qual caminho seguir, ou que mídia usar, torna-se quase que natural.
Comunicação externa | 89
Com essas informações em mãos, procure os fornecedores para a produção do material
necessário, estipulado no planejamento. Ao entrar em contato com esses fornecedores, pergunte
a eles sobre possíveis alternativas para sua campanha. Converse sobre materiais, formatos, durabilidade, facilidade de aplicação e transporte do que se pretende fazer.
Os fornecedores sempre têm novidades de mercado para oferecer, com soluções diferen-
tes e inovadoras que podem agregar valor à sua campanha.
Arrojo
Não se limite a fazer o que todos já fazem. Um cartaz no mural, folhetos e boletins infor-
mativos já se tornaram tão corriqueiros que, muitas vezes, a informação contida nesses meios,
acaba passando despercebida pela maioria das pessoas e esquecida pelo restante.
Inove! Pense em algo que possa até mesmo chocar (de uma forma positiva, claro), surpre-
ender. Sair do convencional, mesmo numa mídia exterior, é a melhor forma de se fazer presente
com a informação que se pretende passar. Mas não esqueça: essa inormação estará representando a Igreja.
Check list
■ Planeje suas ações e pense quais serão os melhores caminhos para que se colham bons
resultados.
■ Converse com os fornecedores e discuta suas ideias. Questione sobre formatos e tipos de
arquivos para a produção.
■ Inove sempre.
■ O fazer diferente e o seguir por caminhos alternativos e inusitados, geralmente trazem
bons resultados.
Relações Públicas
Relações Públicas | 91
Visitar as autoridades é de suma importância para a igreja, visto que geralmente ela é
pouco conhecida por tais pessoas e, muitas vezes, é confundida com mais uma igreja evangélica. Manter boas relações com as autoridades facilitam a apresentação de projetos governa-
mentais ou fazer alianças com o governo para a realização de projetos da igreja.
A visita a autoridades implica em planejamento, ter paciência e perseverança para conse-
guir ser recebido. Muitas vezes, as autoridades não conhecem a igreja e assim não julgam necessários nos receber.
As visitas não devem se restringir às autoridades governamentais, mas também a ou-
tras pessoas, diretores de meios de comunicação, gerentes de empresas, líderes formadores
de opinião, etc.
Cumprimentos protocolares
O ideal é pedir uma audiência para cumprimento protocolar, quando este é o motivo, as
autoridades estão mais dispostas a conceder a audiência. É importante que a primeira visita não
seja para pedir algo ou para solucionar algum problema. As pessoas estarão mais dispostas a nos
ajudar se já nos conhecerem e à igreja.
I. Objetivos: Os objetivos para uma visita são:
1. Cumprimento: A Igreja cumprimenta as autoridades.
2. Tornar a Igreja conhecida: Visto que muitas autoridades desconhecem a Igreja e todas as
suas atividades, especialmente as que dizem respeito ao apoio social, é importante tornar
conhecido o funcionamento de suas atividades.
3. Oferecer os serviços da Igreja: É importante ao se visitar uma autoridade oferecer alguns
serviços em favor da comunidade, os quais podem ser realizados pelos Desbravadores, pelos
jovens, ASA, colégios e outros.
Além do mais, muitas entidades governamentais lidam com alguns recursos para os projetos
comunitários que a Igreja pode aproveitar.
92 | Pontes de Esperança
4. Aproximar-se da autoridade: É importante dar-se a conhecer às autoridades e conseguir
certa proximidade pessoal, preocupando-se por alguma situação pessoal que pode ter-se abatido sobre elas (enfermidade, problemas familiares, etc.).
5. Orar pela autoridade: É importante considerar que as autoridades devem conhecer a mensagem, visto que também necessitam de salvação e de nossas orações.
II. Quando Realizar a Visita: Há certas ocasiões mais propícias para realizar a visita.
1. Quando a autoridade é empossada: Sempre que uma autoridade é empossada deseja um
tempo para receber os cumprimentos protocolares e essa é uma boa oportunidade para fazer
a primeira aproximação.
2. Quando se chega a determinado lugar: Quando um pastor assume um novo distrito ou é
nomeado um novo administrador do campo, será bom visitar as autoridades e apresentar-se
como autoridades da Igreja Adventista do Sétimo Dia.
3. Um plano especial: Quando a igreja tem algum plano ou programa especial que seria bom
dar a conhecer à autoridade, será propício fazer a visitar e informá-la do plano. Ainda, caso
haja o desejo de que a autoridade esteja presente ao evento, o melhor para conseguir isso será
fazendo uma visita a seu escritório, convidando-a pessoalmente.
4. Uma situação especial: Quando a igreja passa por alguma situação problemática e que necessita da ajuda da autoridade para resolvê-la ou para executar alguma atividade, será bom
fazer uma visita pessoal para solicitar o apoio. Mas essa visita deve ser feita caso a autoridade
já nos conheça. Não é bom fazer a visita pela primeira vez e já solicitar ajuda. Dificilmente seremos apoiados se não formos conhecidos.
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5. Datas ou acontecimentos especiais: Será bom visitar as autoridades quando sua instituição
estiver fazendo aniversário, no Dia Pátrio, no aniversário da autoridade, etc. Também quando
ocorra um evento relevante, algum feito especial ou alguma tragédia lhes aconteceu.
III.- Como Realizar a Visita:
1. Agendar junto ao chefe de gabinete ou à secretária: Para conseguir a visita, deve-se primeiro contatar, por telefone ou correio eletrônico, o chefe de gabinete ou a secretária, ou ainda a
pessoa encarregada da agenda das audiências. Deve-se explicar que determinada autoridade
da Igreja Adventista do Sétimo Dia deseja realizar uma visita protocolar. Deve ficar claro que
uma autoridade eclesiástica deseja visitar outra autoridade.
2. Confirmar a audiência: Uma vez obtido o dia e a hora da visita, será bom no dia anterior
telefonar para confirmar o encontro a fim de evitar mudanças de última hora e ainda, dá seriedade à visita.
3. Levar presentes: Com antecedência, devem ser preparados os presentes que serão entregues à autoridade. Não deve faltar o Livro Missionário e a revista Esperança Viva, e alguma
outra de nossas publicações, especialmente relacionada com a atividade da autoridade. O ideal
é que alguns dos livros contenha uma dedicatória para que fique como lembrança da visita.
4. Ter paciência: Ao visitar uma autoridade deve-se reservar um tempo apropriado visto que,
muitas vezes, devido à agenda da autoridade há demora para o atendimento e assim há que ser
paciente. Porém, deve-se ter o cuidado de chegar com alguns minutos de antecedência o que
mostra respeito pela autoridade.
94 | Pontes de Esperança
5. Vestimenta: Ser cuidadoso com a vestimenta. A primeira impressão que damos à autoridade
é muito importante. O melhor é o traje formal, roupa bem passada, sapatos lustrados, cabelo
bem arrumado, tudo bem combinado, etc.
6. Informação sobre a autoridade: Antes de efetuar a visita, é importante obter o máximo de
informação possível sobre a autoridade, como por exemplo: partido político, casado, solteiro,
divorciado, convive com os filhos, há quantos anos exerce o cargo, conhecimento e atividades
prévias com a igreja, etc. Tudo isso nos dará maior segurança ao conversarmos e poderá nos
ajudar a iniciar o diálogo.
IV. Esquema da Visita: Assim que vocês forem introduzidos à presença da autoridade, será bom
seguir uma determinada ordem, se possível.
1. Cumprimento: A autoridade deve ser cumprimentada pelo nome, usando o título de senhor,
salvo no caso do presidente da república, quando deve ser utilizado o título vossa excelência,
ou também mencionando o cargo. Um dos visitantes deve apresentar os demais referindo-se
ao cargo que ocupam, começando pela maior autoridade da igreja, presente.
2. Entrega do cartão: Será bom, ao se apresentarem, entregar um cartão de visita à autoridade
para que possa lembrar-se do nome.
3. Introdução:
a) Agradecer a recepção: Em primeiro lugar, agradecer à autoridade por os estar recebendo, por abrir espaço na agenda para vocês.
b) Ver que a autoridade fale de si mesma: Fazer-lhe algumas perguntas que permitirão à
autoridade falar de si mesmo e isso é muito bom.
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c) Descobrir o que ela já conhece da Igreja: perguntar se conhece algo a respeito da Igreja
Adventista e, caso não saiba muito, explicar a Igreja e o que ela realiza.
4. Desenvolvimento:
a) Expor o objetivo da visita: Imediatamente depois dos cumprimentos e da introdução,
assim que a autoridade o permitir, deve-se apresentar diretamente o motivo da visita, salvo
se a autoridade prolongar a introdução. Expor o motivo da visita, se for protocolar, dizer que
vieram para cumprimentá-lo, especialmente se tiver recém-assumido o cargo, e felicitá-lo.
Caso seja a autoridade da IASD que acaba de assumir seu cargo, dizer que vem para se apresentar e colocar-se às ordens no que puder ajudar. Se a visita tiver um motivo especial, este
deve ser exposto com clareza, com todos os dados necessários disponíveis e tentando obter
da autoridade uma definição a respeito da situação e a tomada de decisão.
b) Dar a conhecer a Igreja: Se a introdução não se aprofundou a respeito da Igreja, este é
o momento para fazê-lo, especialmente da igreja do território, ressaltando as ações educacionais e sociais realizadas. As autoridades têm interesse nisso. Deve-se apresentar cifras,
visto que muitas vezes as autoridades solicitam dados como: número de igrejas, membros,
escolas, etc. nesse território.
c) Oferecer os serviços da Igreja: Um aspecto importante para as autoridades é conhecer
no que a Igreja pode ajudar nas suas tarefas, incluindo explorar a possibilidade de apresentar projetos e obter recursos para ações sociais.
d) Ouvir a autoridade: Muitas vezes a autoridade comenta seus projetos, inquietações ou
desafios. Aí podemos descobrir alguns aspectos nos quais a Igreja pode cooperar.
96 | Pontes de Esperança
5. Conclusão:
a) Concretizar compromissos e recapitular: Finda a reunião, será bom repassar os compromissos feitos, quer pela autoridade ou pelos visitantes da Igreja, e perguntar quem é o
responsável por concretizar a proposta da autoridade.
b) Agradecer à autoridade: Sempre reiterar o agradecimento pelo tempo que foi dedicado
e a gentileza de nos receber.
c) Entregar o presente: Nesse momento devem ser entregues os obséquios trazidos para a
autoridade.
d) Fotografia: É sempre importante tirar uma foto com a autoridade para que seja publicada em uma notícia para a web. Pode-se pedir a uma secretária ou pessoas da imprensa, no
escritório da autoridade, ou levar alguém para tirar as fotos. Será bom, ao tirar a fotografia
ver que a autoridade tenha nas mãos o obséquio, especialmente a revista Esperança Viva ou
o livro missionário.
e) Orar: Sempre será oportuno orar pela autoridade. Eles ficam agradecidos por esse gesto e,
até mesmo, alguns se emocionam.
f) Despedida: Depois de orar, despedir-se da autoridade e de seus colaboradores e sair.
6. Conselhos durante visita:
a) Sentar-se no lugar indicado pela autoridade: Ao entrar em um lugar de reunião, esperar
o convite da autoridade e sentar-se no lugar por ela indicado. Caso vocês sejam introduzidos
no recinto antes da autoridade, perguntar a quem de direito, onde deverão se sentar.
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b) Ordem ao tomarem o assento: Deve-se ter cuidado de que a autoridade principal da Igreja
se assente mais próximo da autoridade.
c) Estar atentos para não interromper a autoridade: Quando a autoridade estiver falando, não
é próprio interrompe-la, salvo se fizer alguma pergunta de que devamos responder ou se tivermos um comentário muito oportuno.
d) Cuidar com a linguagem: Quando estivermos falando com a autoridade, deve-se cuidar para
não utilizar linguagem denominacional que poderá ser incompreensível para a autoridade. Ao
apresentar a Igreja à autoridade, os termos Divisão, União, Associação, Missão, Campo devem
ser adequados para que as autoridades os entendam e qual é a jurisdição territorial que a autoridade da Igreja representa. Exemplo: O Presidente de Divisão Sul-Americana deve ser apresentado como o Presidente da Igreja Adventista do Sétimo Dia para a América do Sul.
e) Ter cuidado com os comentários: Deve-se ter cuidado com os comentários que fazemos e
que poderão ofender à autoridade ou à comunidade que ela representa. Para evitar essa situação, é melhor obter o maior número possível de informações a respeito da autoridade.
f) Não se delongar desnecessariamente: As autoridades são pessoas muito ocupadas e assim
buscam otimizar seu tempo. Portanto, a visita deve ser bem pontual, visto que do contrário, alguns pontos importantes poderão deixar de ser tratados. Deve-se também levar em conta que,
às vezes, a autoridade se alonga e, nesse caso, não há necessidade de preocupação, pois nesse
contexto ela aprofunda o relacionamento e os laços de amizade.
V. Conselhos para Depois da Visita: Ao deixar o escritório da autoridade, deve-se considerar alguns conselhos para que as portas permaneçam abertas para a continuidade do relacionamento com
a autoridade.
1. Agradecer à secretária ou ao Chefe de Gabinete: Não se deve esquecer que a pessoa que
98 | Pontes de Esperança
agendou a audiência é a porta de entrada para a autoridade e assim ao se retirar, deve-se
agradecer à pessoa que conseguiu a audiência e manter contato com ela. É bom deixar-lhe
um presente e nosso cartão de visita pois, no futuro, se necessário, poderá entrar em contato conosco.
2. Cumprir as solicitações ou requerimentos: Se nos comprometemos em algo com a autoridade, não devemos deixar de cumprir, pois isso irá fechar as portas para solicitações
posteriores.
3. Manter contato com a autoridade. É bom buscar manter relacionamento com a autoridade. Caso a encontre em algum lugar, vá cumprimentá-la, lembrando-a de quem você é
e da visita que fez, a fim de ajudá-la a identificá-lo e, desta forma, você passe a ser-lhe um
conhecido. Não se esqueça de lhe enviar um cartão de cumprimentos pelo seu aniversário,
pelo aniversário da instituição, cartão natalino e de Ano Novo, etc.
4. Convites à autoridade: Não se esqueça de convidar a autoridade para algum evento realizado pela igreja. Isso permitirá à autoridade nos conhecer melhor e a nós, formar laços
de amizade com ela.
Noções de cerimonial
Definição
O dicionário Aurélio define cerimonial como “cerimônia religiosa” e evento como um “acon-
tecimento”. Cerimonial é, também, o “conjunto de formalidades que se devem seguir num ato solene ou festa pública”, assim como “o setor administrativo a que elas estão afeitas” – Apesar de a
palavra “etiqueta” também ser apresentada pelo Aurélio como um dos significados de cerimônia, ela
possui inúmeras outras facetas e direcionamentos que iremos tratar ao final deste capítulo.
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Apresentação
O conhecimento de cerimonial nunca teve tanta importância como nos dias atuais, pois é
uma arte com filosofia e normas de conduta desenvolvida ao longo dos séculos. Seu formalismo e
hierarquia não são estáticos e sem vida; evoluem constantemente.
Todo evento, oficial ou não oficial, segue uma programação constituída por um conjunto
de itens e formalidades. Tratando-se de cerimonial de casamento, de ato religioso ou de uma festa
comemorativa corporativa, é o cerimonial que determina a sequência dos acontecimentos.
De acordo com o embaixador Augusto Estellita Lins “cerimonial é fenômeno profundo, no
qual se estriba todo o comportamento social dos participantes de um evento”.
CERIMONIAL é, acima de tudo, bom senso e bom berço – educação, flexibilidade,
paciência, cordialidade e outros requisitos mais. Daí dizer-se que cerimonial nos dá uma nova visão
do todo, da organização geral em todos os níveis de convivência e relacionamentos ou detalhes do
cotidiano.
Os códigos de comportamento têm passado de geração para geração, sofrendo modifica-
ções naturais de qualquer processo evolutivo. Um dos principais focos aponta para a criatividade,
a ética e a competência no que fazemos – ESMERO.
Objetivos
Dar ordem e dignidade aos eventos e evitar constrangimento entre as partes participantes.
Cerimonial e protocolo
Como muitos fazem confusão, é bom esclarecer: o protocolo é considerado a NORMA e o
cerimonial a FORMA. Protocolo é a codificação, ampliação e supervisão das regras do cerimonial.
A postura cerimonialística moderna prega a SIMPLICIDADE, a ESPONTANEIDADE, a PRATI-
CIDADE e a OBJETIVIDADE das nossas atitudes, que devem ser sempre coerentes com o contexto
ao qual estamos inseridos.
Ainda segundo o embaixador Augusto Estellita Lins “No cerimonial atual, podemos decre-
tar a simplicidade no comer, beber e vestir sem fazer, porém, concessões à vulgaridade”.
100 | Pontes de Esperança
Funções do cerimonial
■ Organização: disciplina as relações de modo geral entre as pessoas.
■ Ordenação: estabelece o respeito à ordem instituída na família, nas relações sociais,
políticas e institucionais.
■ Hierarquização: estabelece a precedência, ou seja, respeita a hierarquia.
■ Perpetuação e tradições: estilo e requinte nos atos simples da vida humana, tais como:
inaugurações, posses, casamentos, etc.
■ Semiológica: utiliza imagens relacionadas a gestos, vestuários, ritos, etc.,
respeitando a linguagem adequada a cada situação, as formas de tratamento, de cortesia às
expressões oficiais, diplomáticas e afins.
■ Política: facilita as relações entre poderes e hierarquias; evita disputas de poder, de
conflitos, de prestígios e até de valores subjetivos como a vaidade e a futilidade.
■ Comunitária: harmoniza as relações entre grupos ou conjuntos sociais.
■ Legislativa: legaliza as regras e normas do cerimonial oficial no país e as de reciprocidade
internacional.
■ Estética: dá harmonia, beleza às ações e aspectos do ato.
■ Educativa: instrumento pedagógico por excelência; prega o convívio e a preservação
da tradição e da história.
Relações Públicas | 101
Cinco aspectos básicos de um evento
Para Gilda Fleury Meireles “evento é um instrumento institucional e promocional, utilizado
na comunicação dirigida, com a finalidade de criar conceito e estabelecer a imagem das organizações, produtos, serviços, ideias e pessoas, por meio de um acontecimento previamente planejado,
a ocorrer em um único espaço de tempo com a aproximação entre os participantes, quer seja física,
quer seja por meio de recursos da tecnologia”.
Em eventos e cerimoniais devemos estar preparados para o previsível, porém mais aptos
para administrarmos o imprevisível. O profissional de eventos deverá encarar seu trabalho com
muita responsabilidade, pois existem vários aspectos envolvidos na execução do evento.
Os eventos se caracterizam por cinco aspectos básicos: porte, data/período, perfil,
objetivos e o tipo/espécie. Conceitualmente, entende-se:
1. PORTE:
Pequeno: até 200 participantes;
Médio: entre 200 e 500 participantes;
Grande: acima de 500 participantes;
Mega Evento: multidões.
2. DATA/PERÍODO:
Fixas: correspondem normalmente aos eventos religiosos e cívicos;
Flexíveis: segundo conveniência.
3. PERFIL/CLIENTELA:
Geral: todo tipo de público;
Dirigido: público que possui afinidade com o evento;
Específico: público claramente definido, identificação com o assunto.
4. OBJETIVO:
Pode ser científico, cultural, político, comercial, artístico, religioso, esportivo, etc.
5. TIPO/ESPÉCIE:
Cada atividade tem um nome específico.
102 | Pontes de Esperança
Glossário Básico de Tipo/Espécie de Eventos
Conferência
Apresentação de um especialista sobre determinado assunto, objetivando aprofundar um
tema específico, sem que necessáriamente haja debate. Costuma integrar congressos e seminários. Exceção: conferências nacionais e regionais de governo são, na verdade, conclaves
ou congressos.
Congresso
Programação centrada em determinada área do conhecimento, com objetivo de atualização, divulgação ou transferência de técnicas e novos conhecimentos. Público diverso:
estudantes, professores, executivos, etc.
Convenção
Funciona como um congresso, mas há um maior vínculo entre os participantes. Exemplo:
convenção de vendas de uma determinada empresa.
Seminário
É um congresso de pequeno porte.
Debate
Discussão entre dois ou mais oradores que defendem opiniões divergentes, tendo caráter
mais emocional. O público pode ou não participar. Exemplo: Debate político.
Relações Públicas | 103
Fórum
Reunião menos formal, em que ocorre um livre debate de ideias com interação maior entre
o público e o palestrante. Exemplo: fórum de discussão sobre a leis da vigilância sanitária.
Simpósio
Característica de seminário, porém o moderador não interfere. Destinado à apresentação de
inovações tecnológicas, pesquisas e experiências. Ele é prático, simples, de pequeno porte e de
curta duração. Exemplo: simpósios de medicamentos de determinada indústria farmacêutica.
Workshop
É um treinamento, em que há discussões de casos práticos e participação intensa do público.
Destina-se a grupos pequenos e tem como objetivo aprofundar sem tema específico.
Colóquio
Reunião fechada a credenciados de instituições, categorias ou grupos sociais, para debate de
tema de interesse comum, agendado e aprovado com antecedência pelos participantes.
Encontro
Muito utilizado no campo das ciências humanas e sociais, tem como objetivo a exposição de trabalhos, estudos e experiências relevantes ao desenvolvimento dessas áreas do
conhecimento.
104 | Pontes de Esperança
Jornada
Reunião de profissionais destinada a determinada área do conhecimento, visando ao treinamento prático de algum assunto, mediante a utilização de técnicas de dramatização, simulação de casos, dinâmicas, etc.
Feira
Semelhante a exposição ou a salão (Salão do Automóvel, por exemplo). Pode ser de
pequeno, médio e grande porte e geralmente está acompanhada de parte científica (seminário, congresso, etc.)
Mesa redonda
Reuniões de pequenos grupos compostos por conhecedores de um determinado tema, com
troca de opiniões, esclarecimentos e conhecimentos. Normalmente há um moderador para
dinamizar as exposições e controlar o tempo. Ao final é aberto um debate entre os próprios
expositores, com possível participação do público.
Comício
Grande ajuntamento de pessoas, antigamente com shows destinado à promoção de candidatos em disputa por mandato eletivo.
Painel
Alguns o colocam como um tipo de evento ou como parte integrante de um seminário.
Relações Públicas | 105
Outros
Alguns tipos de eventos, como: almoço, jantar, entrevista coletiva, posses, transmissões de
cargos, inaugurações, assinaturas de atos, entrega de condecorações, etc.
Procedimentos da organização
1.
Para cada evento se deve montar um kit para a equipe de apoio, a fim de informá-la sobre a
programação, quem são os coordenadores, as autoridades, os palestrantes, e demais
informações necessárias à realização do evento.
2.
Realizar reunião prévia antes do evento (dia antes ou horas antes do início) com toda
a equipe envolvida para repasse de informações e kit do evento.
3.
Definir vestimenta ou uniforme para a equipe.
Modelo de kit do evento para
equipe de apoio
1.
Programação do evento ou folder que contenha a programação;
2.
Bloco de anotações e caneta;
3.
Lista de contatos (função, nome e telefone celular, de preferência) dos envolvidos:
coordenação, recepção, serviço de áudio-visual, serviço médico, serviço de táxi
e “SAMU”;
4.
Descritivo das funções de cada área, equipe do auditório, equipe da secretaria,
equipe das atividades sociais/culturais, etc.;
5.
Horários de trabalho;
6.
Informações sobre alimentação ou horário destacado para a alimentação;
7.
Informações gerais sobre o evento. Em caso de dúvida os participantes deverão recorrer
à equipe de apoio para saná-las.
106 | Pontes de Esperança
Dicas importantes
■ Faça reconhecimento dos locais do evento, tais como: auditórios e plenários, banheiros,
serviço médico, área de alimentação dentre outros. Preste muita atenção, pois sua equipe é
responsável pela boa condução do evento;
■ Em hipótese alguma diga ao participante “não sei!” Diga que vai averiguar ou indique
alguém da coordenação/organização para responder;
■ Conversas paralelas e comentários que não se refiram ao evento devem ser evitados;
■ Ao falar com o participante, coordenador, organizador, palestrante ou colega, preste atenção ao que ele necessita, não dispersando o olhar;
■ Mantenha-se informado sobre eventuais mudanças de horário, local e outras referentes
ao evento;
■ Quando precisar se ausentar do recinto para idas ao toalete ou outros motivos, avise ao
companheiro de equipe e procure não demorar;
■ Cabelos compridos soltos ficam mais bonitos, mas se o seu trabalho no evento inclui fazer
atendimentos ás autoridades que estejam sentadas é conveniente que eles estejam presos, a
fim de não encostá-los na face dessas pessoas;
■ Mantenha um folder, bloco de rascunho e caneta consigo para informações e recados;
■ Todas as informações recebidas deverão ser guardadas e repassadas à coordenação
para relatoria das atividades. Caso alterações na programação ou atividades relacionadas
ao evento sejam recebidas por pessoas que não façam parte da coordenação, cheque se a
informação procede.
■ Respeite os horários de chegada e saída do evento.
Dicas para equipe de secretaria
■ Organizar listas de presenças, listas de etiquetas para o crachá e material do participante;
■
Caso não haja computador na secretaria, deixar uma caneta para fazer crachás de
novos inscritos;
Relações Públicas | 107
■ Uma secretaria sempre organizada mostra ao participante zelo para com o evento;
■ Deixar sempre programações extras à disposição;
■ Manter lista de contatos atualizada para auxiliar os participantes;
■ Organizar o atendimento para que o participante entenda o funcionamento da secretaria;
■ Não guarde objetos pessoais de participantes sem comunicar a equipe. Identifique o objeto com nome e número do celular do proprietário. Nunca deixe a secretaria sozinha; organizese em revezamento;
■ Definir horário de atendimento.
Dicas para equipe de auditório
■ Manter consigo o kit do evento;
■ Registrar em formulário próprio, ou no bloco de rascunho, o horário de início e término de
cada palestra ou painel, mudanças na apresentação, mudanças na programação, problemas
operacionais, etc.;
■
Apresentar-se ao palestrante, informar sobre os procedimentos da palestra, definir o for-
mato do debate e deixar claro que você será a ponte entre ele e o apoio do evento;
■
Não leve materiais de leitura que possam afastar sua percepção dos acontecimen-
tos do auditório;
Convites
Devem conter os elementos básicos, que são os seguntes: quem convida, tipo de
evento, menção de presença de alguma personalidade, local, data, hora. Se for o caso,
indicar que é intransferível.
Pedir confirmação R.S.V.P., que é a abreviação de Répondez S’il Vous Plaît, uma expressão
francesa, que, traduzida para o português significa, “Responda, por favor”. Abreviação muito utilizada em convites de grandes eventos para a confirmação da presença dos convidados para um
melhor planejamento.
A entrega deve ser feita com antecedência de dez dias para os convites formais, e para
os menos formais, oito dias, por meio de: entrega direta, oficio ou correio. Para as autoridades, o
108 | Pontes de Esperança
convite impresso deve ser enviado acompanhado de um ofício. Os convites formais devem usar o
termo “honra” e os menos formais: “prazer”.
Atividades sugeridas
Todos nós, membros da igreja, não importando a escolaridade ou a situação social, mos-
tramos em nosso relacionamento diário uma imagem positiva ou negativa sobre a Igreja Adventista do Sétimo Dia.
O Departamento de Comunicação poderá organizar ou promover as diversas atividades
desenvolvidas pela igreja com o objetivo de relacionar-se com a comunidade não-adventista.
A fim de divulgar o nome da Igreja Adventista do Sétimo Dia, sua filosofia e seus princípios
de vida à comunidade, seguem abaixo algumas ações que poderão ser desenvolvidas em parceria
com outros departamentos da igreja:
Exposições
Por meio de convênio de algum Centro Universitário Adventista ou biblioteca regio-
nal, promova exposições, das atividades da ADRA, Escola Adventista, coleções de fotografias,
pinturas, trabalhos de artesanato, artigo de coleção, artigos raros, peças de arqueologia, coleção de Bíblias, etc. Essas são algumas ideias que podem ser complementadas com palestras
de especialistas e filmes.
Encontros musicais
Periodicamente, em conjunto com o Departamento de Música realize uma apresentação
musical de excelente qualidade, com músicos da igreja local ou convidados.
Se possível realize em auditório, preparando convite impressoe convidando pessoalmente
as autoridades a familiares. O programa deverá começar na hora marcada e ter aproximadamente
uma hora e meia de duração.
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Culto de ação de graças
Em alguns países, convencionou-se dedicar a quarta quinta-feira do mês de novembro
como “Dia de Ação de Graças”. Trata-se de um culto público com convites às autoridades e ao
público em geral, no qual se louva ao Senhor por bênçãos e proteção.
Considerando as adversidades que se abatem aqui e ali, a vida e a saúde são dádivas que
merecem gratidão. O programa deve ser atraente, com a duração de uma hora e quinze minutos,
no máximo. Esse culto tem o objetivo de lembrar ao público e autoridades as dádivas de nosso Pai
Celeste. Um convite deve ser preparado com os objetivos do culto.
Visitas a hospitais
No silêncio do ambiente, nos momentos difíceis de enfermidade, as pessoas encontram
tempo para reflexão, o que nem sempre tiveram antes. Nesses períodos, o homem se torna mais
interessado em receber algo que lhe possa trazer conforto.
Visita a cemitérios
No “Dia de Finados” um grupo jovens ou coral da igreja pode estar em algum local
de grande circulação cantando hinos de conforto e entregar cartões com uma pequena
mensagem de esperança.
Apresentações públicas por
ocasião da páscoa e natal
O Departamento de Música poderá preparar uma cantata ou elaborar um repertório com
hinos alusivos à ocasião. As apresentações podem ser ao ar livre, em praças públicas ou em centros comerciais, fazendo os devidos arranjos administrativos com antecedência.
É um momento de louvar e distribuir alguma literatura de esperança e paz.
110 | Pontes de Esperança
Aniversários de instituições públicas
ou veículos de comunicação
Pesquisar as datas de aniversários e enviar mensagem de agradecimento pelos serviços
prestados felicitando essas organizações por sua existência.
Aniversário da cidade
Enviar mensagem ao prefeito e ao presidente da Câmara. A mensagem deve ser simples,
direta, sem preâmbulos, na forma de comunicação oficial.
Inauguração de obras públicas
Por ocasião inauguração de importantes obras públicas de relevante valor social, tam-
bém é adequado enviar ao prefeito uma mensagem de congratulações. Esse tipo de manifestação demonstra que a Igreja Adventista está presente e é participante dos acontecimentos
importantes do Município.
Eleição, nomeação ou posse
de autoridades
Devemos ser bastante cuidadosos, mas quando as circunstâncias forem favoráveis, pode-
remos enviar mensagem de congratulações às autoridades por sua eleição, nomeação e posse em
cargos públicos de relevância. Trata-se de uma demonstração de respeito e apreço.
Mensagem alusiva a datas cívicas
Esses fatos transcendentais marcam a vida nacional e merecem respeito de todos os cida-
dãos. Deveríamos enviar mensagens às autoridades da região onde está localizada a igreja.
Essas mensagens criam ou desenvolvem simpatia e respeito para com a nossa igreja ou
instituição. Muitas vezes, a Igreja Adventista permanece no anonimato por falta de comunicação.
Relações Públicas | 111
Revista Esperança Viva
O Departamento de Comunicação da igreja local também engloba as atividades de rela-
ções públicas.
Outra atividade que deve acontecer é a visita a autoridades governamentais, associações
de classe, associações de bairro, empresas, jornais, rádios, formadores de opinião, etc. O objetivo
primordial é comunicar uma adequada imagem da Igreja Adventista do Sétimo Dia, de seus princípios e valores.
Para realização desta atividade será necessário conhecer a estrutura da igreja, além de
levar uma literatura. A mais recente ferramenta para relações públicas da Divisão Sul-Americana
é a revista Esperança Viva.
Portfólio da Igreja Adventista
A revista Esperança Viva é um produto editorial para informação sobre a filosofia e estru-
tura da Igreja Adventista do Sétimo Dia na América do Sul. Faz parte de um planejamento estratégico de visibilidade da igreja entre formadores de opinião nos países sul-americanos.
Descrição: linha editorial jornalística, imparcial, mas com focos bem definidos de aborda-
gem dos segmentos, serviços e agenda da Igreja em todos os seus níveis, departamentos e organizações. Apresentação no formato de revista com aproximadamente uma centena de páginas.
A revista está dividida em editorias:
Missão Global: mostra o pensamento e filosofia da igreja, suas crenças fundamentais,
posição pelo criacionismo e pela vida; apresenta a administração da Igreja, com seu organograma
mundial; visão do sábado; igrejas na América do Sul.
Ação social adventista: mostra os projetos criados para atender ao desenvolvimento
da qualidade de vida dos povos. “Vida por Vidas”, “Mutirão de Natal”, “Quebrando o Silêncio”,
campanhas de alfabetização de adultos e atividades.
ADRA: o trabalho para a inclusão social na América do Sul, número de voluntários envol-
vidos nos projetos; importância das atividades para o interesse público e percepção de governos
e iniciativas privadas sobre a atuação de projetos dessa natureza.
112 | Pontes de Esperança
Educação: cobertura das universidades e sistema adventista de educação; o papel da
educação adventista na formação de pessoas produtivas para o mercado de trabalho sul-americano; os prêmios e reconhecimento da educação adventista; a quantidade de empregos gerados
pela rede, contribuindo para o desenvolvimento econômico dos países.
Saúde: apresenta trabalho desenvolvido na área de saúde preventiva e de qualidade de
vida. Informa sobre clínicas, hospitais, serviços médicos em regiões distintas nos países sul-americanos, as campanhas focadas na qualidade de vida, o estímulo para uma alimentação saudável;
também informa sobre a importância da indústria de alimentos oferecendo produtos saudáveis
no mercado em um momento crucial, de reflexão sobre padrões saudáveis de consumo.
Comunicação, rádio, TV, internet e produtora: emissoras de televisão, rede de emis-
soras de rádio, produtos de imprensa, agências eletrônicas, entre outras atividades.
Editoras: O papel do Ministério de Publicações para o desenvolvimento da leitura, lite-
ratura de formação cultural e espiritual, bem como a geração de empregos, sempre fundamental
para o crescimento dos países.
Famílias: pautas sobre campanhas contra o abuso e violência na família; orientações so-
bre a vida familiar; atividades focadas na administração da vida; palestras, orientações conjugais,
fortalecimento de valores familiares.
Desenvolvimento humano: atividades cívicas, humanitárias e focadas no desenvol-
vimento de setores humanos como jovens, crianças, adolescentes e mulheres; manifestação
contra a violência e contra as drogas. Acampamentos, habilidades manuais, palestras, definição
e atividades dos desbravadores. A contribuição social e política desses departamentos para o
crescimento dos países.
Livros denominacionais para
relações públicas
Estes são alguns livros que podem ser oferecidos a um amigo ou a uma autoridade nas
visitas de relações públicas:
Relações Públicas | 113
■
Livro missionário
■
Parábolas de Jesus
■
Vida de Jesus
■
O Terceiro Milênio
■
O Desejado de Todas as Nações
■
Ciência do Bom Viver
Estes livros, entre de outros, apresentam o evangelho de maneira agradável, sem entrar em doutrinas e sem suscitar polêmicas. São excelentes para esse trabalho.
Pronomes de tratamento
■ Utilize VOSSA EXCELÊNCIA (V.Exª) para:
•
Presidente da República;
•
Vice-presidente da República;
•
Ministros de Estado;
•
Chefe do Estado Maior das Forças Armadas;
•
Chefe do Gabinete Militar da Presidência da República;
•
Chefe do Gabinete Civil da Presidência da República;
•
Presidentes e membros das Assembléias Legislativas dos Estados;
•
Governadores de Estado e Vice-Governadores;
•
Prefeitos municipais;
•
Secretários de Estado, senadores, deputados;
•
Juízes do trabalho, juízes de Direito e juízes eleitorais;
•
Procurador-geral da República;
•
Embaixadores e cônsules;
•
Generais e marechais;
•
VOCATIVO: Excelentíssimo Senhor (Exmº Sr.) e Meritíssimo (MM) para juízes.
■ Utilize VOSSA SENHORIA (V. Sª) para:
•
Funcionários graduados;
114 | Pontes de Esperança
•
Organizações comerciais e industriais;
•
Particulares em geral;
•
VOCATIVO: Ilustríssimo Senhor (Ilmº Sr.).
■ Utilize VOSSA EMINÊNCIA (V. Emª) para:
•
Cardeais;
•
VOCATIVO: Eminentíssimo Senhor (Emmº Sr.).
■ Utilize VOSSA EXCELÊNCIA REVERENDÍSSIMA (V. Exª. Revmª) para:
•
Arcebispos e bispos;
•
VOCATIVO: Excelentíssimo Senhor (Exmº. Sr.).
■ Utilize REVERENDO (Revdº.) para:
•
Sacerdotes;
•
Clérigos;
•
Religiosos;
•
VOCATIVO: Reverendo.
■ Utilize VOSSA MAGNIFICÊNCIA para:
•
Reitores de Universidades;
•
VOCATIVO: Magnífico Reitor
■ Utilize VOSSA MAJESTADE (V. M.) para:
•
Imperadores;
•
Reis e rainhas.
■ Utilize VOSSA ALTEZA (V. A.) para:
•
Príncipes e princesas.
Relações Públicas | 115
Composição de participantes
(precedência)
Uma das responsabilidades do cerimonial e protocolo é a de cuidar para que os convidados
sintam-se reconhecidos pela posição social que ocupam. A precedência de uma autoridade em relação a outra é determinada de acordo com o evento ou cerimônia. Se há participação de autoridades
públicas, primeiro se aplica a lista oficial de precedência, para as mais altas autoridades, e depois se
alternam com os que estiverem presentes conforme a hierarquia organizacional.
Nas composições de mesas ou plataformas devem ser observadas as precedências. Em
situações difíceis, o bom senso também deve se fazer presente. Veja algumas situações:
Composição de plataforma
Culto com participantes locais
1. Orador
2. Segunda pessoa mais importante
3. Segunda pessoa mais importante
4. Terceira pessoa mais importante
5. Quarta pessoa mais importante
4
2
1
3
5
Culto com convidados
1. Orador
2. Anfitrião
3. Segunda pessoa mais importante
4. Terceira pessoa mais importante
5. Quarta pessoa mais importante
4
2
No momento da apresentação três opções são possíveis, sendo a primeira a melhor.
1. Apresentar o orador em primeiro lugar e os demais na sequência;
2. Apresentar na sequência, deixando o orador por último;
3. Apresentar na ordem em que estão sentados.
1
3
5
116 | Pontes de Esperança
Composição de mesa conforme precedência
Composição de mesa conforme precedência
Evento em que há homenagem sem presença
de chefes de poder
1. Anfitrião (abrirá e presidirá)
2. Homenageadoe
3. Primeira pessoa mais importante
4. Segunda pessoa mais importante
5. Terceira pessoa mais importante
Evento com mesa composta com número ímpar
1. Orador
2. Segunda pessoa mais importante
3. Anfitrião
4. Terceira pessoa mais importante
5. Quarta pessoa mais importante
4
2
1
3
5
Evento em que dá homenagens e chefes de poder
1. Chefe do poder (abrirá e, se desejar, presidirá)
2. Homenageado
3. Anfitrião (se o primeiro não presidir, cabe ao anfitrião
4. Pessoa mais importante na seqüência
5. Pessoa mais importante na seqüência
4
2
1
3
5
4
2
5
3
1
Evento com mesa composta com número par
1. Orador
2. Anfitrião
3. Segunda pessoa mais importante
4. Terceira pessoa mais importante
5. Quarta pessoa mais importante
6. Quinta pessoa mais importante
5
3
1
2
4
6
Relações Públicas | 117
Plataforma
1. O apresentador entra com a plataforma ou na hora da apresentação
2. O primeiro a ser apresentado é o orador
3. Após, devem ser apresentados os da direita e depois os da esquerda
4. Ao apresentar, dizer o nome completo e a função na igreja, sem intimidade
5. Apresentar como irmão, a não ser que o título interesse ao tema
6. Orientar os participantes para que se dêem a conhecer quando apresentados
7. Evitar apresentar antes de dar a palavra ao pregador.
Linguagem
Precisa ser clara e compreensível a qualquer pessoa. Devem ser evitados igrejismos ou jargões
adventistas tais como:
■
Espírito de Profecia ou Pena Inspirada – usar escritora Ellen White
■
Apostatados – pessoas que se distanciaram da igreja.
■
Corinho – cântico ou hino.
■
Departamental – Diretor do Departamento de Comunicação, Jovens, etc...
■
Distrital – ao apresentar o Pastor responsável pelo Distrito Pastoral de ....
■
Siglas - JA, ADRA, MM... – devem ser explicadas como Jovens Adventistas, Agência
Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais, Ministério da Mulher, etc.
Saudações
Usar linguagem correta para os membros da igreja e visitantes.
■
“Vamos cantar o hino...” – Apresentar sempre o nome do Hinário onde se encontra o
hino, o título do hino e depois o número do hino.
■
Palavras sem “R” ou “S”
■
Para nosso “deleite”... – Cuidar com palavras que possam ter duplo significado.
118 | Pontes de Esperança
Organização e controle de eventos
Para gerenciar e organizar um evento é preciso entender a palavra evento em sua essên-
cia. O dicionário Aurélio nos traz uma definição bastante clara: “Atividade que busca uma ocasião
extraordinária ao encontro de pessoas com uma finalidade específica.”
Independentemente da característica do evento devemos sempre pensar em algo extra-
ordinário, um convidado especial, um programa todo diferente e elaborado para atrair pessoas
com um propósito. Essa ocasião muito especial pode ser um culto, uma vigília, um louvor, ou seja,
todas as atividades em que um grupo de pessoas se reúna com um fim especifico.
Mas antes de entrarmos no planejamento em si, existem questões importantes a serem
respondidas no desenvolvimento das fundamentações estruturais de um evento. Essas questões
básicas nos levarão a descobrir o potencial e as ideias centrais para o bom planejamento.
■
Por que o evento está sendo feito?
■
Quando o evento será realizado?
■
Onde o evento acontecerá?
■
Qual é o conteúdo do evento?
■
Quanto tempo de duração terá o evento?
Uma vez estabelecidas essas respostas, podemos agora definir o planejamento, ações
organizacionais e a equipe envolvida no decorrer do processo.
Dividimos então em três etapas básicas de organização e controle para que o evento realmente
tenha o impacto esperado. São elas:
1.
Planejamento;
2.
Organização;
3.
Postura pessoal da liderança e equipe.
Planejamento eficaz
Os primeiros passos do planejamento são os seguintes: definir o orçamento com a comissão
organizadora, definir participações especiais, designar responsáveis pela comunicação do evento,
determinar quantidade de coordenadores e equipe de staff, conforme o porte do evento.
Relações Públicas | 119
Planejar é reunir uma base de informações necessárias para organizar e levar o projeto
adiante. Os fatores internos e externos devem ser levados em conta durante a tomada de decisão.
Seguem os departamentos que compõe a equipe de organização:
EQUIPE DE STAFF
Decoração - Pessoa ou equipe responsável pelo visual e aparência do local. Com cenografia quando necessário, arranjos florais, tecidos, tapetes, mesa de recepção e todos os enfeites necessários
para o local.
Segurança - Equipe responsável pela segurança dos carros e das vias de acesso ao local, bem como
pela porta de entrada impedindo o acesso de pessoas que representem risco para a segurança.
Recepção - Equipe que representa o estilo do evento: devidamente treinada, bem apresentável,
amável, bem informada para dar instrução aos convidados e receber os participantes direcionando-os para seus devidos setores. Caso o evento tenha algum material gráfico informativo, compete à recepção entregá-lo.
Manutenção e limpeza - Equipe que representa o nível de profissionalismo e organização do
evento (cartão de visita). Cabe a essa equipe fazer uma lista de materiais necessários para a limpeza e manutenção do local do evento tais como: mala de ferramentas, kit de primeiros socorros,
descartáveis, sacos de lixo, desinfetante, sabonete, toalha de papel (jamais usar toalha de tecido),
papel higiênico, rodo, pano de chão, vassoura, etc. Fazer um revezamento dentro da equipe para
que os banheiros e locais de alto tráfego de pessoas estejam sempre limpos e perfumados.
Som - Equipe responsável pela sonoplastia. Todos os playbacks e todos os títulos musicais a ser
executados durante o evento devem estar à mão da equipe de apoio, tendo sido previamente testados e colocados na ordem do roteiro feito para a programação. Com esses cuidados certamente
não haverá tantos erros seqüenciais do tipo colocar a música errada para o louvor cantado.
120 | Pontes de Esperança
Multimeios (vídeo projetor/telão) - Equipe responsável pelas imagens projetadas durante o
evento. Antes do horário inicial a equipe deverá estar com todo o material que vai ser projetado,
fazer os testes e ter, juntamente com o roteiro, cada uma das projeções previamente ordenadas
conforme a programação.
Estacionamento - A equipe de segurança deverá fazer antecipadamente a marcação do estacionamento para os convidados especiais e deficientes físicos, além de ordenar a entrada dos carros.
Iluminação – Equipe profissional deve ser contratada para cuidar desse item.
Produtores - Aqueles que idealizam e escrevem o roteiro junto com o criador da programação.
Contra-regra - Responsável por toda a movimentação de palco, as entradas de microfones, instrumentos, cenografia, marcação e posicionamento de cada uma dos elementos de palco, bem como
as entradas de cada participante organizadamente.
Convidados especiais - São todos aqueles que estão envolvidos na programação de forma especial com músicas, sermões, testemunhos, etc.
Logística - É necessário formar uma equipe que atue diretamente na condução de todas as compras
que precisam ser feitas para as outras equipes. Também se deve verificar a montagem de cada uma
das fases do evento para que o mesmo possa estar pronto dentro do tempo estabelecido.
Mestre de cerimônias - Deve ser ágil, simpático e atento.
Importante:
É preciso ter um propósito, uma missão e visão. A equipe organizadora precisa ter defini-
do o objetivo do evento para que ele aconteça a contento. A missão diz onde estamos e a visão
Relações Públicas | 121
diz para onde vamos. Os organizadores precisam saber por que estão promovendo aquele evento,
se para mera satisfação pessoal ou para realmente alcançar objetivos nobres e apressar a volta
do nosso Senhor e Salvador Jesus. Muitas vezes ao pararmos para pensar qual a missão e visão
poderemos chegar à conclusão de que o evento não tem propósito. O tema principal do evento é
o que justifica a sua realização.
Será que devemos gastar tempo com planejamento? “Deus requer ordem e método em
sua obra hoje, não menos do que nos dias de Israel. Todos os que estão a trabalhar para Ele devem
fazê-lo inteligentemente e não de maneira descuidada” (Patriarcas e Profetas, p. 376).
Organização
1.
A equipe organizadora deve ser composta por pessoas comprometidas com a Igreja de
Deus, com características e personalidades diversas. Assim teremos por exemplo, idades diferentes, homens ou mulheres, pessoas atuantes ou não-atuantes no mercado de trabalho, etc. Os
membros da igreja precisam sentir que são parte atuante do processo.
2.
Cada membro tem uma visão diferente e essa diversidade contribui muito para que o
evento efetivamente atinja o objetivo proposto. A equipe organizadora deve saber exatamente
quais são suas responsabilidades e quanto tempo tem para cumpri-las.
3.
Deixe as pessoas livres para expressarem suas ideias, aceite novos desafios, ouça a opi-
nião de todos e, com a mente aberta, o Espírito Santo falará ao coração de todos que se propuserem a fazer a vontade de Deus e seguir com humildade o propósito e a missão designada.
4.
Cada evento tem sua característica única e, em consequência disso, surgem necessidades
peculiares. Podemos realizar eventos de grande ou pequeno porte, e diurnos ou noturnos. Para
cada um deles é preciso uma organização específica (por exemplo, os eventos noturnos precisam
de estacionamento seguro, cuidados com a iluminação interna ou externa e pontualidade em sua
finalização para que os convidados possam ter condições próprias de retorno).
5.
Existe um organograma que precisa ser colocado no papel para melhor compreensão e vi-
sualização de como o evento funcionará. Exemplo: destacar o líder da equipe organizadora e seus
122 | Pontes de Esperança
respectivos coordenadores, para que cada participante da organização do evento saiba a quem
recorrer quando tiver uma dúvida a ser esclarecida, e todos os participantes tenham conhecimento do seu campo e limite de atuação (ver organograma).
6.
Divisão setorial – No planejamento existe a etapa em que as tarefas são divididas por seto-
res. Os setores de segurança e recepção, por exemplo, são setores que precisam de um grande número de pessoas atuando nas respectivas equipes o que exige que os participantes sejam escolhidos
com antecedência e organização, a fim de serem treinados para exercer a função proposta.
7.
Unidade – Cada setor da organização do evento precisa estar conectado com o outro,
mantendo, assim, a unidade do evento. Todos os setores devem ser informados pela coordenação
sobre o panorama geral dos acontecimentos. Qualquer mudança de execução e ordem dos acontecimentos será comunicada pelo diretor. Essa comunicação é fundamental para que o evento
seja parte de todo o corpo de membros da igreja, representado pela comissão organizadora, dando assim, voz a todo sonho e anseio dos membros ali representados. Essa comunicação deve ser
feita através de reuniões acompanhadas de comunicados por escrito. Os comunicados por escrito
facilitam a compreensão e permitem que a margem de erros de informação diminua.
8.
Durante o dia do evento, a unidade da equipe é primordial. Todos devem estar prontos para
solucionar problemas, e não criar mais problemas. As necessidades surgirão e todos precisam ter
em mente que foram colocados naquela função para contribuir de forma grandiosa afim de que o
evento aconteça e todos participem de um clima repleto de companheirismo e comprometimento.
9.
O evento só termina quando tudo foi colocado no seu devido lugar: locais foram limpos,
pagamentos efetuados, materiais devolvidos e o local se encontra em perfeito estado para devolução. Jamais uma equipe deve se dividir e permitir que uns fiquem sobrecarregados, enquanto
outros não. A mesma equipe que iniciou deve terminar as tarefas de forma responsável e digna.
O profissionalismo se encontra nos detalhes que mostramos quando temos uma equipe unida
resolvendo as ocorrências do evento, pensando nos objetivos e não na vontade pessoal de líderes
ou membros da equipe.
Relações Públicas | 123
Postura pessoal da liderança e equipe
1.
Relacionamento com Deus – As atitudes e reações devem ser compatíveis com as reações
que Jesus teria. Líderes amadurecem quando permitem que Deus os molde. O sacrifício dos líderes é essencial para que eles obtenham sucesso na liderança. Cada palavra deve ser acompanhada
de uma atitude coerente com a maneira pela qual se age.
2.
Líderes que amam as pessoas e seguem os princípios Bíblicos, são aqueles que expressam
apreciação pelos seus liderados. O serviço é o maior exemplo de liderança que devemos seguir.
Jesus nos deu esse exemplo e, fazendo o mesmo conseguiremos que os liderados sejam recíprocos no mesmo sentimento.
3.
Existem alguns passos que os líderes devem seguir para encorajar seus liderados:
■ Identifique: declare o que você aprecia. Faça-o de maneira sincera, seja genuíno e autêntico naquilo que você diz. Lembre-se de que as nossas atitudes falam mais alto que as
coisas que falamos. Trate seus liderados com base no potencial que eles têm, não de
acordo com o desempenho deles. Você terá uma maravilhosa surpresa ao perceber o
crescimento positivo na atuação deles.
■ Especifique: seja tão específico quanto possível. Não generalize a respeito do estilo deles,
seja preciso e detalhado em tudo o que você disser.
■ Educação: seja educado, gentil, e sempre peça ajuda. Ao comunicar uma necessidade,
agradeça a atuação usando sempre “por favor”, e “obrigado”.
■ Quantifique: expresse como eles fizeram diferença significativa na sua vida e na realização do evento; declare palavras honrosas na presença de outros. Fazer essas declarações em
público torna o grupo mais confiante e feliz.
■ Exalte: elogie pessoalmente cada um em tempo oportuno. Um abraço de encorajamento
no meio da correria do evento é muito bem-vindo, diminui o stress do momento e estimula a
atitude positiva dos liderados.
■ Pequenos detalhes: Muitas vezes são os pequenos detalhes que arruínam a organização
de um evento: más atitudes, falta de encorajamento, coordenadores de equipes impacientes,
irritados, fofoca. Os líderes devem perceber essas coisas e tomar uma atitude firme, impe-
124 | Pontes de Esperança
dindo que o mal cresça. Não deve ser permitido que estas atitudes aconteçam. Com amor e
firmeza devem mostrar que se uma admoestação não for suficiente para que uma mudança
ocorra, a pessoa que causou o problema será tirada do grupo para o bom andamento de todo
o evento.
■ Agradeça: uma vez finalizado o evento, deve ser feito um agradecimento de forma pessoal a cada membro da equipe, por meio de um simpático cartão.
Para organizar um evento outra sugestão é utilizar um mapa mental ou diagrama.
Mapa mental, ou mapa da mente é o nome dado para um tipo de diagrama, sistematiza-
do pelo inglês Tony Buzan, voltado para a gestão de informações, de conhecimento e de capital
intelectual. Tem como objetivos a compreensão e solução de problemas; a memorização e aprendizado; a criação de manuais, livros e palestras; sua utilização como ferramenta de brainstorming
(tempestade cerebral); e o auxílio na gestão estratégica de uma empresa ou negócio.
Diretor
Coordenador 1
Coordenador 2
Staff (equipe)
recepção
cenografia
decoração
contra-regra
iluminação
som
segurança
manutenção
músicos
multimeios
Responsável por roteirizar e dirigir o evento, tendo sempre a palavra final.
Responsável pelo controle e gerenciamento das equipes, definindo o papel de cada membro do staff e reuniões .
Produção de
programa de rádio
126 | Pontes de Esperança
Rede Novo Tempo de Rádio
O mundo vivia um momento de guerra. O tempo e a forma de comunicar-se começaram
a evoluir. Em meio ao caos, o evangelista adventista H.M.S. Richards, utilizando equipamentos de
rádio, criou, em 19 de outubro de 1929, o embrião do programa The Voice of Prophecy, na Califórnia, Estados Unidos.
O rádio era um meio rápido, barato e de fácil alcance às pessoas. O formato do programa
era de palestras e músicas, com duração de 30 minutos. Com o passar dos anos, esse programa
foi traduzido para inúmeras línguas e espalhado pelo mundo.
Em 1943, o pastor Roberto Rabelo foi escolhido para ser o orador do Brasil. No final do
mesmo ano, a VP estava em catorze emissoras de rádio no Brasil. Somente em 1963 foi inaugurado
o estúdio de A Voz da Profecia no Brasil, cuja sede ficava no auditório Guanabara, Rio de Janeiro.
A Voz da Profecia teve diversos oradores, e o quarteto, mais de trinta formações. Cada um
deixou sua contribuição por meio do rádio.
Desde março de 2011, o orador de A Voz da Profecia é o pastor Iván Saraiva. A missão
permanece a mesma e o programa, que possui 15 minutos, é produzido pela Rede Novo Tempo
de Comunicação. Inclui meditação, música do quarteto “Arautos do Rei” e a divulgação de cursos
bíblicos, oferecidos pela Escola Bíblica.
É transmitido no Brasil pela Rádio Novo Tempo, pela Internet e, por mais de 500 emis-
soras de rádio espalhadas por todo o território brasileiro. Cada tema da VP é gravado em CD e
está disponível, gratuitamente, para a veiculação em outras emissoras interessadas em divulgar a
mensagem da volta de Jesus.
Nos países hispanos a Divisão Sul-Americana, também foram produzidos programas La
Voz de la Esperanza. Em 1942, foi solicitado ao dr. Braulio Pérez Marcio, pastor e evangelista nascido na Espanha e que se havia mudado com a família para Argentina quando ainda menino, para
estabelecer um programa radiofônico para o grande público internacional de fala hispana.
No momento, o programa é transmitido pela Rádio Nuevo Tiempo e por mais de mil emis-
soras distribuídas em 35 países. O orador, que pertence à organização da igreja adventista na
América Central e Caribe, é o pastor Frank González. O quarteto “Heraldos del Rey” e outros
artistas o acompanham na disseminação do evangelho.
Produção de programa de rádio | 127
Rádio Novo Tempo - A voz da esperança
A invenção do rádio é creditada ao inventor e cientista italiano Guglielmo Marconi, em 1896.
A Igreja Adventista do Sétimo Dia vislumbrou a possibilidade de usar esse veículo para fa-
lar sobre a volta de Jesus com a Voz da Profecia. A primeira emissora de rádio adventista no Brasil
começou a funcionar em 1989, na cidade Afonso Cláudio, interior do Espírito Santo.
A Rede Novo Tempo de Rádio foi criada em 1996, com sede em Nova Friburgo,
Rio de Janeiro.
Em 1997, a Bolívia foi o primeiro país hispano a conseguir uma estação de rádio. Ao longo
dos anos, a igreja foi conseguindo outras concessões, e hoje a rede é composta por 77 emissoras em toda América do Sul e atende mais 39 na América Central, formando uma rede com
116 emissoras.
Além dessas rádios, a programação também é retransmitida por outras emissoras que
captam a Novo Tempo através do satélite NSS 806, que distribui o sinal para as três Américas,
parte da Europa e norte da África.
A Rede Novo Tempo e Red Nuevo Tiempo possuem equipes que desenvolvem pro-
gramação 24 horas por dia, todos os dias da semana, em dois idiomas, português e espanhol.
Ouvindo pela internet:
• www.novotempo.org.br/radio, para ouvir em português.
• www.nuevotiempo.org/radio, para ouvir em espanhol.
Produção de programa de rádio
Para que um programa tenha conteúdo de qualidade e capte a atenção do ouvinte é
preciso o envolvimento de várias pessoas. Uma produção feita por apenas um indivíduo é quase
inviável e, quando acontece, há sobrecarga.
É essencial para a renovação diária ou semanal de um programa a escolha de temas
a serem pesquisados e discutidos. Essa escolha é comumente chamada no meio jornalístico de
pauta. Seguem algumas dicas para a pré-produção de programas de rádio.
128 | Pontes de Esperança
Escolha de um tema e pré-produção de
um programa
Há necessidade de participação coletiva na escolha dos temas e entrevistas. Um bom
programa se faz em equipe.
O produtor deve eleger um tema mais importante para iniciar o programa, um assunto
que interesse ao ouvinte e provoque impacto sobre a audiência.
Ler jornais e revistas pode render ótimos temas e entrevistas para o programa.
Fique atento a datas comemorativas. Elas podem gerar pautas interessantes dependendo
do que está sendo comemorado.
Fique sempre atento a qualquer tipo de conversa. Um bate-papo informal pode gerar
temas interessantes para o programa.
Um grande assunto pode valer uma pauta temática. Durante alguns dias o programa
pode desenvolver um determinado tema, procurando explorar todos os ângulos possíveis do
assunto com entrevistas, reportagens, notas e comentários.
O produtor deve procurar sempre a realização de mesas-redondas e debates. Esse tipo de
programa é uma forma democrática de esclarecer as dúvidas do ouvinte.
A agenda é fundamental para um programa. Os telefones dos entrevistados devem estar
sempre atualizados na agenda do computador.
O público
Ao contrário do que acontece coma a televisão, é praticamente impossível encontrar al-
guém que permaneça em frente ao rádio dedicando atenção exclusiva ao veículo. Essa rotatividade da audiência é característica intrínseca do veículo e nunca deve ser esquecida.
Uma forma de manter a audiência fiel é fazer uso da interatividade. Ela é um canal de
comunicação com o ouvinte, uma ferramenta de trabalho e uma fonte de novos assuntos que
podem ser abordados em outros programas.
Também é preciso lembrar que o programa deve abordar temas de interesse do ouvinte
e não o que queremos dizer para ele.
Produção de programa de rádio | 129
Cuidados “ao vivo”
Quando um assunto for mais complexo, o apresentador deve receber uma espécie
de resumo do tema. Afinal, ninguém é obrigado a entender de tudo.
Em programas ao vivo é preciso redobrar a atenção. Afinal, se erros acontecerem
não poderão ser editados; o ouvinte já captou a mensagem dita.
Outras dicas
Criar vinhetas e seções diferentes dentro do programa pode gerar uma dinâmica
interessante para a produção.
Usar músicas para ilustrar alguns assuntos ou entrevistas pode ser uma ferramenta inte-
ressante, mas deve-se cuidar para que a música escolhida esteja adequada ao assunto.
O Texto
Em qualquer veículo de comunicação, o texto deve ser claro, conciso, direto, preciso,
simples e objetivo. No entanto, em rádio, o ouvinte só tem uma chance para entender o que está
sendo dito. Ele não terá a oportunidade de reler alguma informação que não ficou clara, como
poderia fazer com uma revista ou jornal impresso.
Evite as frases longas. O locutor pode ter dificuldades com a respiração e os ouvintes po-
dem se confundir com muitas ideias em uma única oração. Assim, cada frase deve expressar uma
ideia. Tome como exemplo a seguinte notícia: “O presidente da República visitou a cidade de São
Paulo na última quinta-feira para participar de um fórum que discutiu a produção de biocombustíveis no país”. Ela pode ser dividida em duas partes, facilitando o entendimento e a locução: “O
presidente da república visitou a cidade de São Paulo na última quarta-feira. Lula participou de
um fórum que discutiu a produção de biocombustíveis no país”.
Ao dar alguma informação, é importante lembrar que se está contando uma história para
alguém. Portanto, a linguagem deve ser simples, mas não vulgar. Gírias tornam as conversas mais
informais, mas vulgarizam o texto e não devem ser usadas, a não ser em situações especiais, ou
se estiverem consolidadas no vocabulário do dia-a-dia.
130 | Pontes de Esperança
É preciso tomar cuidado com algumas “pegadinhas”. Rimas devem ser evitadas. Não é
agradável ouvir: “A solução para uma melhora na programação é a união”. Cacófatos, o encontro
de sílabas de palavras diferentes que formam sons desagradáveis, podem ser evitados. Cuidado
com formações como “boca dela”, “lá tinha”, “por cada”, “nunca gostou”.
O uso dos pronomes possessivos “seu”, “sua”, “seus” e “suas” pode confundir quem acom-
panha a programação. O ouvinte pode entender que está se falando dele ou de alguma pessoa ou
objeto ligado a ele. Por isso, é melhor redigir “O fazendeiro saiu com o cavalo dele” em vez de “O
fazendeiro saiu com o seu cavalo”.
Ao redigir números, tome alguns cuidados para não dificultar a leitura do locutor. Quan-
do o número deve ser lido na forma feminina escreva por extenso. Assim, “quarenta e duas mil
pessoas” é preferível a “42 mil pessoas”. (a última forma pode ser interpretada erroneamente por
“quarenta e dois mil pessoas”.)
Ao falar as horas prefira a forma coloquial. Sendo assim, diga “meio-dia”, em vez de “12
horas”. Ou “onze e meia da noite”, em vez de “23 horas e 30 minutos”.
Importante: em rádio, o relógio tem apenas 12 horas. Diga “são 3 horas da tarde”
em vez de “são 15 horas”.
Escreva no alto da página do roteiro a forma correta da pronúncia do nome de uma pes-
soa ou de determinado lugar. Exemplo: Bittencourt lê-se Bitencur.
Endereços, telefones e e-mails devem ser repetidos para que o ouvinte possa anotá-los.
Evitando erros
A revisão do texto deve ser feita com a leitura em voz alta. Ela facilita a descoberta de
erros no ritmo das frases, na combinação e digitação de palavras.
Para aprimorar o texto é preciso praticar, consultar livros de gramática e dicionários, além
de ler muito para enriquecer o vocabulário.
Produção de programa de rádio | 131
Locução e pronúncia
Há alguns anos, uma voz grave ou aveludada era o suficiente para garantir o sucesso de
um locutor de rádio. No entanto, atualmente exige-se muito mais de um apresentador. Conhecimento prévio do tema a ser discutido e raciocínio rápido são importantes para que o âncora tenha
o domínio de seu programa e passe segurança para o ouvinte. Mais algumas dicas:
Busque transmitir verdade em sua voz. Você pode ter um bonito timbre vocal e uma
pronúncia correta, mas se falar como alguém que não tem certeza do que diz, pode passar insegurança ao ouvinte. Pode-se relacionar “dizer com verdade” com interpretação de texto.
O ritmo da locução não deve ser lento a ponto de fazer o ouvinte ficar entediado com a
programação, nem tão veloz que permita erros e tropeços na pronúncia das palavras.
A clareza que se busca ao redigir um texto deve estar presente na fala. Não é um belo
timbre de voz que prende a atenção do ouvinte, mas a naturalidade, a simplicidade e a pronúncia
correta das palavras.
Os sotaques regionais devem ser respeitados e preservados. São formas de se falar o idio-
ma no Brasil e pertencem à cultura do país. Não há imposição de um sotaque padrão. O sotaque,
além de ser o jeito de falar de cada região, inclui a entonação e o ritmo das frases.
Entrevista
Conversar é algo que é comum à maior parte das pessoas. No entanto, uma entrevista é
muito mais que um simples bate-papo. Boas entrevistas são as que revelam novos conhecimentos
e esclarecem fatos.
Antes do início da entrevista
A entrevista deve ter começo, meio e fim. Planeje o tempo disponível, informe-se
sobre o que vai perguntar.
Não hesite em perguntar ao entrevistado, antes da entrevista, a maneira correta de
dizer o nome dele.
O entrevistado não deve estar sempre informado sobre o tema da entrevista.
132 | Pontes de Esperança
Uma conversa útil e agradável
Não deixe que nada nem ninguém dentro do estúdio atrapalhem sua concentração na
entrevista. Prestar atenção ao assunto que está sendo discutido é essencial porque muitas perguntas podem surgir de respostas dos entrevistados.
Algumas pessoas não estão acostumadas a dar entrevistas. Uma conversa informal ajuda
a tranquilizar o entrevistado.
A pergunta deve ter tamanho certo, suficiente para que o ouvinte entenda o assunto.
Alguns entrevistadores falam tanto sobre o tema que acabam respondendo à própria pergunta,
deixando o entrevistado sem ter o que dizer.
Fuja do óbvio. Há perguntas desnecessárias, como indagar como uma mãe que acabou de
perder a filha se sente.
Há entrevistados que falam pouco e respondem geralmente com “sim”, “não”, “talvez”
etc. Estimule-os perguntando sempre “por que”?
As respostas devem ser claras. Na dúvida, peça para o entrevistado explicar melhor a
ideia sobre o tema abordado.
Não interrompa o entrevistado sem que ele conclua o pensamento. A interrupção no
meio da resposta irrita o ouvinte e prejudica a edição posterior do material.
A entrevista não pode ser apenas um bate-papo entre duas pessoas. O entrevistado está
falando para o ouvinte e não exclusivamente para o apresentador.
A entrevista não deve durar mais que o necessário.
Dicas importantes
Ao longo da entrevista, não tenha receio de repetir o nome do entrevistado, seu cargo
e função. Não esqueça de que a audiência do rádio é rotativa. Longos períodos sem a descrição
podem não atrair o ouvinte.
Entrevista não é debate. É necessário tomar cuidado para que um “bate-boca” não con-
funda o ouvinte. Ela não é um confronto de opiniões entre o âncora e o entrevistado.
Produção de programa de rádio | 133
Lembrete importante
Antes de uma transmissão ao vivo, gravação ou reunião que define pautas, faça uma ora-
ção. Deus é quem deve estar à frente de qualquer programação.
Materiais prontos para uso
Você poderá solicitar materiais para programa de rádio, programas da Voz da Profecia e
outros programas prontos para veiculação, nos sites:
• www.novotempo.org.br
• www.nuevotiempo.org
• www.redemaranatha.org.br
Televisão
Televisão | 135
Rede Novo Tempo de Televisão
TV Novo Tempo - O Canal da Esperança
A Igreja Adventista possui uma rede mundial de televisão, “Hope Channel”, com sete ca-
nais globais, cobrindo os cinco continentes da terra. São 40 centros broadcasting, ou centros de
produções profissionais. As transmissões da rede global são redistribuídas por canais abertos, cabo,
internet, DTH como a SKY. O site da Hope Channel, para assistir ao vivo, é www.hopetv.org.
Na América do Sul, a igreja utiliza três canais de televisão: a TV Novo Tempo em portu-
guês, TV Nuevo Tiempo em espanhol e o Canal Executivo.
Tudo começou com o programa Está Escrito que surgiu em 1956 nos Estados Unidos,
com o Pr. George Vandeman. No Brasil, a veiculação do programa teve início em 1991, atualmente o diretor e orador é o Pr. Iván Saraiva, e nos países hispanos o Pr. Milton Peverini, orador
associado do Está Escrito realizou o primeiro programa em 1994, hoje o programa é apresentado
pelo Pr. Robert Costa.
O primeiro programa religioso na televisão brasileira foi Fé para Hoje, cuja estréia acon-
teceu em 1962 com apresentação do pastor Alcides Campolongo. Este programa permanece até
hoje no ar pela TV Gazeta e TV Novo Tempo, mantida pela Associação Paulista Sul.
Em 1996, aconteceu a primeira transmissão via satélite para o Brasil, de uma conferência
feita nos Estados Unidos sendo recebida somente por algumas congregações. Hoje, a Rede Novo
Tempo, pode alcançar milhões de pessoas. O sinal de televisão é enviado para dois satélites: o NSS
806, que, como já foi dito, distribui a programação para as três Américas, parte da Europa e norte
da África, e para o satélite IS-10, cobrindo Moçambique, Angola, e São Tomé e Príncipe, países de
fala portuguesa.
Somando-se o número de habitantes de todos os lugares que recebem o sinal, cerca de 2
bilhões de pessoas são telespectadores em potencial – basta configurar a antena parabólica para
a frequência correta.
Na América do Sul também existem centenas de cidades que retransmitem a progra-
mação das emissoras em canal aberto, por operadoras a cabo regionais e pela SKY, canal 17, no
136 | Pontes de Esperança
Brasil. As transmissões são feitas com programação distinta em dois idiomas: em português pela
TV Novo Tempo e em espanhol, através da TV Nuevo Tiempo.
Canal Executivo
A Igreja na América do Sul possui também um CANAL EXECUTIVO.
Esse canal é de uso exclusivo. Hoje possuímos aproximadamente 5 mil pontos de recepção
do sinal em igrejas, colégios, instituições e escritórios, e temos a meta de chegar a 10 mil pontos.
Através deste canal, são transmitidos programas especiais como: séries de evangelismo,
treinamentos, capacitações e apoio à transmissões ao vivo de qualquer parte da América do Sul.
Como receber o sinal
Para receber o sinal da Rede Novo Tempo de Televisão, do Canal Executivo e da Rádio
Novo Tempo, em dois idiomas, português e espanhol, basta apenas adquirir uma antena parabólica e receptor homologado pela Rede Novo Tempo de Comunicação, sintonizar a frequência
desejada e pronto.
Não há necessidade de se pagar nenhuma assinatura mensal. O sinal é transmitido vinte
quatro horas por dia, sete dias da semana, e poderá ser recebido em residências ou igrejas de qualquer parte da América do Sul, com exceção do Canal Executivo que tem programação específica
com dia e hora programada. Para maiores informações, visite o site www.novotempo.org.br.
A seguir, apresentamos os diâmetros recomendados, nome dos fornecedores e parâme-
tros para sintonizar cada um das cinco possibilidades.
FINALIDADE
Retransmissores
Uso nas Igrejas
Uso Doméstico
TAMANHO MÍNIMO
FECHADA
ABERTA
Alumínio/Fibra
Tela
2,10m
2,40m
2,10m
2,40m
1,60m
2,40m
Televisão | 137
Fornecedores
Fabricantes de Antena e LNBf: Embrasat, Telesystem e Zinwell
Fabricantes de Receptores: TecSys, Telesystem, VisionTec, Zinwell
Instalação empresas no Brasil: Telesystem, VisionTec, Zinwell
Especificações técnicas para Receptor e
Alimentador:
- Set-top Box padrão DVB-S/MPEG2;
- LNBf para Banda C Circular;
Especificações técnicas para configurar Receptor:
Satélite: NSS-806
Freqüência: 4.187 MHz – Circular a direita.
Taxa de Símbolo (SR – Symbol Rate): 11.500 MSps
Fator de Correção de Erro (FEC): 3/4
O pacote de canais entregue com a configuração acima é:
• TV Novo Tempo
• TV Nuevo Tiempo
• Rádio Novo Tempo
• Radio Nuevo Tiempo
• Canal Executivo da DSA;
• Nenhuma configuração adicionar é necessária.
Link para calcular o apontamento de sua antena:
• http://www.brasilsatdigital.com.br/alinhe/index.php
138 | Pontes de Esperança
Como criar vídeos
Desde a sua chegada ao Brasil, na década de 1950, até a recente popularização da in-
ternet, a televisão dominou absoluta como o meio de comunicação mais popular e que exerceu
maior influência e fascínio sobre profissionais e expectadores. Ainda hoje ela cria um encanto na
população, cada vez mais atraída pela variedade de canais e programas que atendem aos desejos
de gente de todas as idades, classes sociais e culturas. Mas esta situação de admiração diante da
telinha reflete apenas a realidade do expectador passivo.
As pessoas que fazem televisão convivem com outro contexto. Elas são instigadas a todo
instante para que sejam criativas e inovem com relevância. Sim, relevância! Se produzir programas para televisão ou vídeos é um trabalho complexo, realizá-los de maneira a contribuir construtivamente com a sociedade é ainda mais difícil. Isso envolve a compreensão das reais necessidades humanas e a disposição para fazer um trabalho útil e não apenas entretenimento barato. Por
causa disso a missão que a Igreja Adventista possui de levar a mensagem da salvação a todos os
povos, línguas e nações é ainda mais desafiadora.
Além de enfrentar as dificuldades constantes da descoberta de ideias para novos for-
matos, os profissionais de televisão precisam superar as dificuldades naturais de produção. O
segredo do sucesso para quem quer trabalhar nessa área é encontrar uma boa ideia e conseguir
os meios para viabilizar a sua produção. A seguir será apresentado um esboço com algumas dicas
úteis para a produção de vídeo.
Para você que é diretor de Comunicação e está tendo acesso a este material, imagine que
que ele poderá ser usado para desenvolver programas a serem usados para a igreja, a fim de enriquecer programações como cultos JA e vigílias, preparar documentários para serem apresentados
no lugar de relatórios escritos, divulgar programas da igreja para outros públicos, para estruturar
reportagens e entrevistas gravadas etc. Tudo isso usando apenas alguns poucos equipamentos que,
hoje em dia não são tão difíceis de se conseguir, como pequenas câmeras filmadoras digitais.
O roteiro
Em vídeo, tudo se inicia com o roteiro. Ele é a forma escrita de qualquer projeto audiovi-
sual. “O roteiro é a história contada com palavras, olhares, sons, movimentos, silêncios, pausas,
Televisão | 139
imagens e emoções, engrenadas num conjunto incrivelmente complexo de interações entre os
elementos técnicos e artísticos e que possuem mil relações entre si.”¹ O roteiro é a materialização
do espetáculo audiovisual apresentado em um texto. Nele se antecipam todas as possibilidades
imaginadas e também se testam as implicações para a sua produção. Qualquer pessoa pode sonhar em produzir um vídeo, mas sua realização será infinitamente menos dificultosa se primeiro
for escrito um roteiro.
Como o nome indica, roteiro é uma rota, uma bússola, um caminho a ser seguido. Para se
alcançar o objetivo no fim da estrada é preciso seguir cada passo desse mapa. O cineasta Stanley
Kubrich, um dos grandes diretores da história do cinema, dizia que “se uma história não consegue
ser bem escrita ou pensada, não pode ser filmada”. A arte de escrever roteiros compreende a
organização harmônica das estruturas narrativas, de modo a prender a atenção do expectador
do começo ao fim da trama. E na execução do roteiro que todas as engrenagens são amarradas,
de modo a deixar a história com começo, meio e fim, valendo-se de técnicas como antecipação,
surpresa, pontos de viradas, clímax e resolução.
Mas, afinal, como se constrói um roteiro? É possível concebê-lo organizando-o através da
execução de algumas etapas.
1. Ideia
Um bom roteiro começa sempre a partir de uma ideia ou de algum acontecimento que
provoca na mente do escritor a necessidade e também a importância de relatá-lo. A busca por
uma ótima “sacada” não é uma atividade fácil de se realizar. Você pode acompanhar algumas maneiras de descobrir boas ideias na lista abaixo:
a) Produto da vivência de cada um. São as experiências pessoais, as histórias de vida,
as tragédias, superações, ou a pura observação do mundo e sua complexidade. Elas provêm da
nossa memória e são evocadas das experiências recentes, dos episódios de um passado remoto
ou extraídas do ambiente que nos rodeia. Selecionar ideias a partir da vivência é o ato de sonhar
acordado. Não depende de outras pessoas ou de fatores externos.
1. Essa definição de roteiro, bem como e algumas ideias contidas nesta seção, foram retiradas do livro Da Criação ao Roteiro, de Doc
Comparato (São Paulo: Artemídia ROCCO, 1995).
140 | Pontes de Esperança
Ilustração: Rascunhei uma ideia recentemente. É sobre pessoas que fazem algo de modo
extraordinário. Creio que dará um bom institucional para ser veiculado na TV Novo Tempo. A
ideia surgiu a partir da convivência com a dona Neide. Conheci essa senhora há cerca de oito
anos, quando encomendei a ela um assado de espinafre. Depois que experimentei pela primeira vez as suas iguarias, nunca mais deixei de comprar alguma coisa para ocasiões especiais.
Ao descobrir o seu passado percebi que tinha uma boa ideia para um comercial institucional.
dona Neide é uma excelente cozinheira. Na década de 1960 ela trabalhava para uma importante família de usineiros da região de Limeira e Araras, interior de São Paulo. Nessa época,
o governador do Estado, Paulo Maluf, participou de um almoço preparado por dona Neide e
depois de experimentar sua comida resolveu levá-la para cozinhar no Palácio dos Bandeirantes. Algum tempo mais tarde, o presidente da República, General Emílio Garrastazu Médici,
após comer uma refeição preparada por dona Neide na sede do governo paulista, resolveu
levá-la para Brasília. Nossa personagem ficou alguns anos cozinhando na Granja do Torto. Teve
a oportunidade de viajar para a Europa e Estados Unidos, acompanhando as família de senadores e ministros. Hoje dona Neide está aposentada, mora em Engenheiro Coelho e faz uma
renda-extra, preparando iguarias para ocasiões especiais. A grande sacada desse episódio é
que dona Neide é um exemplo perfeito do que o sábio Salomão escreveu em Provérbios 22:29:
“Vês a um homem perito na sua obra? Perante reis será posto e não entre a plebe.” Acredito
que esta ideia dará um excelente vídeo sobre fazer algo bem feito. Servirá para estimular os
jovens a se dedicarem no trabalho e nos estudos, confiando que Deus tem uma promessa para
aqueles que fazem seu trabalho de modo extraordinário.
b) Resultado da leitura e informação. Surge a partir da cultura e do conhecimento. Provém de pesquisas em fontes interessantes, do acúmulo de informações, da análise de obras literárias, históricas, etc. Essa é, sem dúvida, a maior fonte de ideias para qualquer pessoa que deseja
ser criativa em vídeo. Todos os que aspiram ser bons roteiristas devem reconhecer que a leitura é
o melhor caminho para a aquisição de conhecimento e, consequentemente, para a elaboração de
ótimas ideias. Alguns autores dizem que as ideias são gratuítas e que apenas esperam os roteiristas encontrá-las por meio da leitura.
Televisão | 141
Cuidado com o plágio! O plágio é a transcrição ipsis litteris de uma obra ou de um trecho
sem dar o devido crédito ao autor. A elaboração em cima da observação do mundo é diferente.
O autor explora assuntos comuns, a partir de ideias estabelecidas, mas faz isto a partir do seu
ponto de vista. As referências são apenas pontos de partida, devendo inclusive, ser citadas como
informações bibliográficas nos créditos da obra audiovisual.
c) Fruto da imaginação. Esta é uma maneira de criar um roteiro que pode dar certo, po-
rém é arriscada no sentido de que a imaginação pode estar desconectada da realidade das pessoas ou ser fruto dos devaneios do autor. Todo roteirista deve ser capaz de escrever mais do que os
seus próprios pensamentos. Contudo, é a imaginação que transforma uma informação adquirida
ou arquivada num banco de ideias em um excelente vídeo. Essa é a capacidade que a pessoa criativa tem de ver o que todo mundo viu e imaginar o que ninguém pensou. É o poder de manipular
os dados, de adaptar histórias, de observar um vazio nas grades de programação das emissoras e
preenchê-lo com uma sugestão impecável.
As ideias nascem com mais ou menos abundância a partir da curiosidade, dos questiona-
mentos e da inteligência de cada um. Há pessoas que observam tudo ao seu redor, que abandonam suas certezas e se relacionam de maneira interativa com tudo o que as rodeia.
DICA 1: O processo criativo não convive bem com algumas atitudes bloqueadoras,
tais como:
■ O conformismo com o que se é, ou que já está feito;
■ O autoritarismo, que impõe sempre a última palavra;
■ O medo do ridículo, que receia a opinião dos outros;
■ A intolerância contra o que é diferente ou tradicional;
■ O medo dos riscos envolvidos nas mudanças ou inovações;
■ A hostilidade das divergências, mesmo que benéficas;
■ A falta de avaliação das ideias e reflexões sobre elas;
■ Os sistemas normativos fechados que não admitem mudanças organizacionais.
142 | Pontes de Esperança
DICA 2: Uma maneira de armazenar informações que podem virar um excelente projeto
de vídeo é desenvolver um arquivo de ideias. Você pode organizá-lo separando por áreas e reunindo informações que serão gatilhos para a criatividade na hora de elaborar um roteiro. Faça isso
com versos bíblicos, recortes de revistas, trechos de livros, propagandas, reportagens, biografias,
etc. Outro dia, assistindo um documentário sobre a história dos jogos olímpicos, guardei dois
trechos que poderão me ajudar a desenvolver uma excelente ideia para um vídeo sobre perseverança. Quem não organiza as informações, as esquece rápido; portanto, aproveite esta dica e
comece hoje a registrar suas ideias em um bom arquivo.
2. Conflito ou trama
Toda produção de vídeo deve considerar que a atenção do espectador é fortemente cap-
tada pela resolução de situações conflitantes. Desde os desenhos mais ingênuos até as superproduções do cinema, a trama de um roteiro é a confrontação entre forças opostas através das quais a
ação se organiza e se desenvolve. Isto pode ocorrer por meio da luta entre o gato e o rato ou entre
um asteróide que vai destruir a terra e os cientistas que tentam explodi-lo. Os conflitos exploram a
dialética do homem, suas lutas internas e externas, as angústias, conquistas e frustrações.
Em geral, os conflitos predominantes nos roteiros são de três naturezas:
a) problemas humanos, caracterizados pela disputa profissional, pela formação da famí-
lia, por problemas financeiros, crimes, tragédias, guerras, terrorismo, etc.
b) conflitos entre forças ou problemas não-humanos. São as catástrofes naturais, como
enchentes, terremotos, pestilências, etc., muito exploradas nos filmes de ficção.
c) Conflito entre forças ou problemas internos. É o homem tentando superar suas limita-
ções, vencer uma deficiência, superar um desafio intelectual, a luta contra um vício ou contra a
dependência química e psíquica.
Encontrar e definir bem o conflito dentro de um roteiro é o grande teste para saber se a
história é interessante. Uma dica prática é a produção do story-line. Esse é o termo usado para
descrever o conflito-matriz do enredo. Ele deve ser expresso em poucas palavras, algo como três
a sete linhas. O story-line deve destacar que algo acontece, que traz consequências e, portanto,
Televisão | 143
precisa de uma solução. Não se deve confundi-lo com a sinopse, que é a visão de conjunto e uma
descrição global do que trata o projeto.
DICA: O story line do filme institucional Velho Joga Fora, feito para a Igreja Adventista pelos alunos de publicidade do Unasp, turma de 2004, poderia ser escrito assim: “O índice crescente
de maus tratos aos idosos é assustador. Numa sociedade caracterizada pelo descartável, muitas
famílias pensam que podem fazer o mesmo com seus velhinhos. Afinal, se jogamos objetos velhos
no lixo, o que fazer com os avós? ”
Agência: Curso de Publicidade e Propaganda - Unasp
Cliente: Igreja Adventista do Sétimo Dia
Produto: Institucional
Título: Velho Joga Fora
Numa casa, mãe e filha fazem uma limpeza geral e jogam produtos velhos no lixo. O filho
mais novo observa tudo e fica aflito com o destino do vovô.
- Filha: Mãe, o que eu faço com o casaco xadrez?
- Mãe: Se tiver muito velho, joga fora!
- Filha: E essa bolsa sem alça, o que eu faço?
- Mãe: Se tiver muito velha, joga fora!
- Filha: E esse tênis, está com um cheiro horrível!
- Mãe: Se tiver muito velho, joga fora!
- Mãe: Tudo que estiver velho nesta casa é pra jogar fora!
- Garoto: E o vovô?
- Lettering: No Brasil, cerca de 145 mil idosos, por ano, são maltratados e abandonados
por suas famílias.
- Filha: Acorda vovô, você está sonhando.
- Assinatura: Igreja Adventista do Sétimo Dia
144 | Pontes de Esperança
NÃO SE ESQUEÇA: Em publicidade e propaganda, o conflito ou a trama serve apenas
para destacar o produto, objetivando aumentar suas vendas. Quando se trata de temas bíblicos
e ideológicos, esses mesmos conflitos ou tramas servem para fixar a mensagem. A força deve
sempre se concentrar no conteúdo a ser transmitido e não na trama em si mesma. É a abordagem
dos valores cristãos que enriquece projetos feitos para o evangelismo e sua fixação deve ser o
principal objetivo do vídeo.
3. Personagens
São os personagens que dão vida ao roteiro. Ao escrever as primeiras linhas de uma ideia
deve-se ter em mente a presença desse elemento de ligação entre a criação audiovisual e o seu
público alvo. Ele é o elemento humano, comum entre autor e espectador. Uma vez concebida a
ideia, é fundamental criar os personagens em todas as dimensões. a) Os aspectos interiores, que
dão personalidade ao personagem : Através dessas informações, que podem ser totalmente explícitas ou apenas sugestivas, revelam-se detalhes estratégicos para a compreensão e fixação da
mensagem a ser transmitida. b) Os aspectos exteriores: os seus relacionamentos, sua condição
Televisão | 145
financeira, o que faz para viver, como se relaciona com o patrão, com seu cônjuge, suas experiências de vida, etc. Esses aspectos podem indicar sua autoridade para endossar a lição central
defendida no filme.
Agência: Curso de Publicidade e Propaganda - Unasp
Cliente: Igreja Adventista do Sétimo Dia
Produto: Institucional
Título: Apressado
O personagem do filme Apressado criado pelos alunos de publicidade do Unasp, turma de 2006, reflete bem a caracterização de um personagem. Um homem sempre
com pressa, de tênis, bermuda, camisa e gravata. Ele tenta correr enquanto come
e trabalha em seu notebook. Uma situação caricata da realidade de muita gente. O
personagem, que simboliza o homem moderno, reflete confusão, falta de controle
do trabalho e da vida pessoal.
146 | Pontes de Esperança
4. Ação dramática
Ação dramática (ou estrutura dramática) é a maneira como o roteirista explica sua história para o público. É a estratégia mais criativa, harmoniosa e emocionante de narrar um episódio
em vídeo. Numa narrativa oral, os acontecimentos relatados parecem acontecer como um bloco,
sem divisões. Num projeto de vídeo para televisão, essa mesma história deve ser montada a partir
de pequenos fragmentos, numa determinada ordem que reforce os pontos centrais estabelecidos
para fixar a essência da mensagem e obter o máximo de atenção. Um produtor criativo distinguese pela maneira como organiza e monta essas unidades.
A estrutura dramática é divida em sequências e planos. Os planos são a forma, o ângulo, a distância, etc., pelos quais a câmera grava a cena. A sequência é um conjunto de cenas de um vídeo que se passam num só ambiente ou que se caracterizam por certa unidade
de ação. Uma das estruturas mais importantes na elaboração de um roteiro é a utilização do
plot point (ponto de virada). Ele é um evento ou incidente que engancha na ação e a reverte
para frente e noutra direção. Ele defende a história e evita que ela perca a intensidade. Pode-se afirmar que o sucesso de qualquer iniciativa em vídeo depende da clareza dos plot’s.
Agência: Talent
Cliente: Ipiranga
Produto: Postos Ipiranga
Título: Ambulância
Nos corredores de um pronto-socorro, médicos apreensivos empurram uma
maca com um paciente em estado grave e chegam até uma ambulância que está sendo
cuidadosamente lustrada por um funcionário.
- Funcionário: O quê? Colocar ele aqui? Que é isso gente, acabei de lavar!
(os dois médicos se olham sem entender)
- Funcionário: Gente, carro branco... suja! Quer que eu chame um táxi?
(o paciente solta um gemido de dor)
Televisão | 147
- Funcionário: Tá vendo? Vai emporcalhar tudo lá dentro.
(corta para imagens de um posto Ipiranga)
Locução: Se você é apaixonado por carro como todo brasileiro, você tem de passar num
posto Ipiranga.
Nota: Nesse caso, o plot point é a reação do motorista. Essa atitude muda toda a lógica
da história e serviu para surpreender, chamar a atenção e fixar a mensagem que o comercial deseja transmitir.
Para contar a sua história em vídeo, monte-a a partir de pequenas partes. Tente imaginar as cenas e sua relevância para a compreensão da mensagem. Existem vários tipos de cenas:
a) cenas de exposição: esclarece os motivos, os problemas, a trama central (cuidado para não ser
demasiadamente explicativo e redundante). b) cenas de preparação: informam as complicações
que virão a seguir (não deixe que se perca a curiosidade). c) cenas de clímax: são o ponto alto da
trama, também conhecidas como cenas obrigatórias.
Ao trabalhar em uma ideia para vídeo, filme, documentário ou qualquer outro programa
para televisão, pense antes:
■
O assunto ou problema ficam claros no princípio da estrutura? Eles são realmente
importantes?
■
Quantas cenas são necessárias para expor o problema?
■
Há credibilidade, relevância e interesse no assunto?
■
Quantos plot’s existem? São suficientes?
■
A crise ou problema estão bem colocados dentro da ação dramática?
■
Quais são as cenas essenciais? De que maneira diferente se especifica o passar
do tempo?
■
O conflito-matriz (base central da ação dramática) está bem exposto na estrutura?
■
Esse conflito está no local adequado? Ele é dramaticamente forte?
■
A resolução do conflito é satisfatória ou deixa algo pendente no ar?
■
A maneira como foi desenvolvida a estrutura mostrou-se criativa, harmoniosa e convincente?
148 | Pontes de Esperança
5. Diálogos
O diálogo é o intercâmbio discursivo entre os personagens. É o corpo da comunicação
numa obra audiovisual. Serve para caracterizar os personagens, dar informações sobre a história e posicionar a mensagem dentro da ação. As possibilidades de utilização dos diálogos e das
narrações são muito variadas, mas deve-se prestar atenção em alguns pontos fundamentais:
num vídeo o texto é para ser falado, o que o torna diferente de diálogos literários. A escolha
léxica precisa estar de acordo com a cultura do personagem. Cada classe social emprega sua
própria terminologia. Em vídeo a imagem predomina. Se algo pode ser mostrado, elimina-se
essa informação no diálogo.
É pela palavra que se move o mundo, que o político inflama a nação, que a criança emo-
ciona seus pais, ou que um mal-entendido destrói uma relação. Pela palavra Deus criou o mundo
e o pregador pode encaminhar pessoas a Jesus Cristo. A palavra é agente da emoção. Por meio da
palavra os personagens conferem o tom da trama, contando uma história ou dando informações
sobre um produto. Escrever bons textos pressupõe sensibilidade.
“A coisa dita qualifica quem diz. Assim, se você usa um diálogo rebuscado, repleto de ter-
mos ininteligíveis, podemos imaginar o seu personagem como um juiz, e não como um mecânico. Se
carrega nas gírias, ele pode ser jovem. Se o diálogo é repetido, cheio de clichês e cacoetes verbais,
pensamos em um jogador de futebol e não em um acadêmico. Com emoção exagerada, adjetivos
delicados que praticamente choram, pode ser uma garota que tomou um fora, nunca um machão.
Um diálogo com sotaque sempre remete a uma pessoa do interior. Assim, antes de construir a fala
do personagem, conheça-o. Conheça o seu perfil, a educação, o comportamento dos mais variados
tipos humanos, do traficante ao padre” (Tiago Barreto, Vende-se em 30 segundos p85.)
6. Trilha sonora
“Se os olhos são as janelas da alma, os ouvidos são as portas que levam a ela”. Tiago
Barreto. A música tem a chave para abrir muitas portas e conduzir o espectador ao local onde
o roteirista imaginou para ele. O som traz consigo imagens, sensações, lembranças, traumas e
Televisão | 149
valores guardados no mais íntimo da alma humana. A música não serve apenas para emocionar.
Ela pode contribuir para o riso, para a surpresa, para a misericórdia e para a reflexão. As trilhas
podem permanecer durante todo o vídeo ou podem figurar em pontos específicos, para aumentar a dramaticidade. Como tudo num roteiro, a trilha deve ter uma razão para existir. Não deve
ser encaixada apenas porque é bonita. Em alguns casos, o máximo de impacto exige silencio.
Conclusão
As considerações apresentadas neste capítulo não têm por objetivo resolver as dificulda-
des inerentes ao trabalho de produzir vídeos. Essa é tarefa árdua, para poucos. O foco deste texto
não foi direcionado aos produtores, cinegrafistas ou editores que realizam um trabalho técnico e
especializado, mas a todas as pessoas que têm boas ideias e podem contribuir para a criação de
projetos bem fundamentados, com boas ideias e olhares criativos sobre as necessidades humanas
e espirituais de nossos dias.
Com a facilidade de acesso aos equipamentos de vídeo, a tarefa de produzir não é a mais
difícil. Complexo é criar com inovação e conteúdo. Por essa razão o foco aqui não se concentrou
nas técnicas de edição ou iluminação, mas na reflexão sobre a criação, conteúdo e mensagem. Os
equipamentos são carros sem motorista. É preciso saber conduzi-los. Nenhuma câmera ou ilha
de edição será capaz de atingir o coração da alma ferida se uma mente criativa e iluminada pelo
Espírito Santo não lhe dirigir o olhar.
150 | Pontes de Esperança
Bibliografia
BARRETO, Tiago. Vende-se Em 30 segundos: manual do roteiro para filme publicitário. São Paulo:
Senac, 2004.
COMPARATO, Doc. Da Criação ao Roteiro. São Paulo: Editora Artemídia ROCCO, 1995.
REY, Marcos. O Roteirista Profissional – Televisão e Cinema. São Paulo: Editora Ática, 2001.
FIELD, Syd. Manual do Roteiro: os Fundamentos do texto cinematográfico – Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
AYAN, Jordan. AHA!.3ª Ed. São Paulo: Negocio Editora, 2001.
BARRETO, Roberto Menna. Criatividade no Trabalho e na Vida. 2ª Ed. São Paulo: Summus Editorial, 1997.
PREDEBON, José. Criatividade: Abrindo o lado Inovador da mente. 4ª Ed. São Paulo: Editora Atlas, 2002.
LEVINSON, Jay Conrad. Criatividade de Guerrilha. Rio de Janeiro: MAUAD, 2004.
DE MASI, Domenico. O Ócio Criativo. Rio de Janeiro: Sextante, 2000.
Fontes:
•
http://www.films.com.br/oito.htm
•
http://www.roteirista.com/index.htm
•
http://www.roteirosonline.com.br/Paginamestre.htm
Fotografia
152 | Pontes de Esperança
Noções básicas de fotografia
Fazer uma boa foto não significa ter uma câmera com todos os megapixels possíveis,
ou que seja da marca mais famosa. Fazer uma boa foto é uma escolha. Uma forma de ver uma
determinada cena ou situação e, por meio do apertar de um botão e congelar o momento para
transmitir a mesma informação que foi vista pelo olho usando a fotografia.
Com o advento das câmeras digitais, grande parte dessa preocupação em registrar a in-
formação, e não apenas o momento, ficou relegada a segundo plano, se não mesmo esquecida.
A instantaneidade das câmeras digitais, o “não custo” das fotos, tornou o processo de
registro uma forma banal de passatempo, onde o que vale é apenas fazer um gesto ou expressão
facial diferente para se ter uma foto considerada “boa”.
Por trás de cada fotografia deveria existir um motivo suficiente para justificá-la. O fotó-
grafo não pode dispensar uma compreensão integral do real motivo que o leva a fazer determinada foto.
A primeira decisão a ser tomada é se sua abordagem será objetiva – para se obter a re-
produção dos fatos – ou subjetiva – no qual o fotógrafo fará um comentário visual ou expressará
a sua opinião sobre o que está fotografando.
Para se produzir boas fotos, é necessário utilizar a inteligência. Não basta apenas o conhe-
cimento técnico do funcionamento da máquina, mas questionar-se a respeito do que está sendo
realizado do objetivo da imagem e do uso que ela terá.
Ao observar uma paisagem, será que ela deveria ser fotografada apenas por ser bonita
ou impressionante? O que mais chamou a atenção para a foto? O céu, as cores, o terreno? Os elementos que a compõem? A luz que incide em determinado ponto? Elementos em primeiro plano
ou apenas um detalhe?
Uma vez formuladas essas perguntas, suas respostas virão de forma rápida e proporcio-
narão ao fotógrafo uma consciência maior do que está realizando e, como resultado, uma fotografia melhor.
Fotografia | 153
Composição
Além de um tema consistente ainda há alguns passos que podem ser seguidos para se
conseguir melhores resultados na fotografia. Tais passos compreendem regras simples de composição, que contribuirão para o sucesso da mesma. A composição nada mais é que a distribuição
dos elementos e montagem da cena coberta pela área de visão.
Um dos princípios básicos de composição é sobre o centro de interesse, ou assunto da
foto. Esse não deve ser necessariamente o centro da foto. Embora seja natural apontar a lente
para o assunto e centralizá-lo, na maioria das vezes; causará um efeito negativo. Como a tendência natural é a de olhar o centro da foto, se o assunto for deslocado desse ponto, o observador focará sua atenção primeiro no ponto em que ele estiver e, depois, deslocará o olhar para o centro.
Isso resultará em uma “varredura” de toda a imagem com o olhar.
Se o assunto está ao centro, o observador focará sua atenção naquele ponto e não se
preocupará em observar o restante da foto.
Regra dos terços
Esta regra é um dos princípios da boa composição, aplicando-se não só à fotografia, mas
a todas as áreas onde se trabalha com elementos visuais.
Recebe esse nome pois implica na divisão da cena em três partes iguais, tanto na vertical quanto
na horizontal, como um jogo da velha.
154 | Pontes de Esperança
A intersecção das linhas cria quatro campos focais (A, B, C, D). Esses pontos, chamados de
terços, constituem centro passivo de atenção para quem olha uma cena.
A regra dos terços nos diz para colocarmos o assunto de maior atenção em algum dos
terços da cena. Não é necessário que todos os pontos sejam ocupados, mas que em algum deles
seja situado o elemento principal da foto. Em alguns tipos de fotos, esse conceito pode ser até
desprezado, mas deve ser a principal regra a ser seguida.
Primeiro plano
Uma foto bem composta depende do equilíbrio de seus elementos. Portanto, tão impor-
tantes quanto a cena central são o fundo e o primeiro plano. Objetos situados próximos à câmera
podem realçar certos aspectos da cena ou desviar a atenção do que é importante. Por isso, ao
fotografar, deve-se ter consciência do resultado que se deseja.
Objetos em primeiro plano são especialmente úteis para caracterizar situações específi-
cas. Por exemplo, uma foto representando um momento de leitura pode ter em primeiro plano
elementos que se relacionem com o prazer de ler, valorizando a foto.
Fundo da foto
Muitas vezes, ao fotografar uma cena, existe a tendência de se preocupar apenas com o
assunto que está em primeiro plano, sem dar atenção aos elementos que compõem o fundo. A
interferência de elementos pode prejudicar a leitura e a melhor compreensão da foto, principalmente quando cria composições bizarras ou entra em conflito com o primeiro plano, seja pelos
elementos, luzes ou cores inadequadas.
Linhas
Para aprimorar as fotos, podem ser usadas linhas imaginárias dentro do assunto ou ob-
jeto. As linhas contribuem para juntar as coisas, para dar um sentimento de fluência à paisagem,
“envolver” o conjunto ou relacionar entre si as coisas em diferentes partes da cena.
Fotografia | 155
Os triângulos, as forma ovais ou em “S” parecem
fluir mais, como que obrigando o observador a ver
a imagem mais ativamente.
As imagens em linha alongadas, convergentes
(formadas por perspectivas acentuadas) atraem rapidamente a atenção dos olhos para seus
pontos convergentes.
156 | Pontes de Esperança
Uma massa de linhas curtas em ângulos diferentes
em todas as direções, contribui para sugerir excitação, confusão e caos.
Linhas do horizonte
Tal como na pintura, a escolha da posição do horizonte é um dos recursos para se dar
ênfase no assunto, criar efeitos especiais ou equilibrar os elementos da fotografia. A linha do
horizonte funciona ainda como uma escala de referência. Conforme a posição, as proporções dos
elementos se alteram.
Linha do horizonte no terço inferior
Linha do horizonte no centro
Fotografia | 157
Linha do horizonte no terço superior
Zoom ótico X zoom digital
O zoom ótico aproxima a imagem por um jogo de lentes dentro da câmera e não distorce
a imagem. Já o zoom digital apenas amplia eletronicamente uma imagem existente. Esse tipo de
zoom deve ser evitado, uma vez que ele provoca muita distorção na imagem.
Resolução da foto
Megapixel é o termo utilizado nas câmeras digitais para dizer o quanto uma imagem po-
derá ser ampliada. O mínimo recomendável para se revelar uma fotografia digital no formato
10x15cm é de 1.3 megapixels. Uma resolução de 1.3 megapixels significa que existem aproximadamente 1,3 milhão de pixels na imagem, ou seja, uma imagem de 1280 pixels de largura por 1024
pixels de altura tem exatamente 1.310.720 pixels. (Fonte: Wikipédia)
Levando em consideração que as fotos geralmente são retocadas antes de ser publi-
cadas e, às vezes, se aproveita apenas parte da foto, o ideal é usar sempre resolução máxima
da câmera.
Uso do Flash
O flash embutido que vem na maioria das câmeras é de curto alcance, geralmente de dois
a três metros, no máximo. Atenção com fotos noturnas em ambientes grandes. Em muitos casos,
é preferível desligar o flash.
158 | Pontes de Esperança
Para evitar que as fotos fiquem tremidas quando se desliga o flash, é recomendado o
uso do tripé.
Cuidado com a luz de fundo
Evite fotografar em um local que tenha muita luz de fundo em relação ao objeto a ser
fotografado. Exemplo: janela ou sol por detrás das pessoas.
O ideal é inverter o ângulo de foto: o fotógrafo deve ficar de costas para a luz. Não sendo
possível, utilize um flash para dar nitidez às pessoas a serem fotografadas.
Lembre-se
Antes de clicar a sua câmera, faça as seguintes perguntas a fim de obter um
bom resultado:
■ Qual é o objetivo da foto?
■ Quem ou qual é o assunto principal?
■ O que deve ser o resultado? Pessoas, arquitetura, cores ou texturas?
■ Quem será o público da foto?
Lembre-se de que um mesmo assunto pode ser interessante de formas diferentes à
públicos diferentes. No caso de fotos para artigos na Revista Adventista, ASN (Agência SulAmericana de Notícias) ou para o boletim da igreja, sempre se deve usar em primeiro plano a
imagem das pessoas.
Check list
■ Carregar as baterias da máquina fotográfica e do flash;
■ Ter baterias de reserva;
■ Limpar o cartão de memória;
■ Limpar a lente da máquina fotográfica;
Fotografia | 159
Postura do fotógrafo em
eventos religiosos
Postura nos eventos
Com o progresso da fotografia digital e a competição do mercado fotográfico, adquirir
uma câmera digital já não é mais um sonho distante. Desta forma, a fotografia está acessível a
pessoas de diferentes idades e níveis econômicos.
Esse progresso pode ser facilmente percebido também no público cristão que tem usado
suas câmeras para registrar eventos, cerimônias e momentos de confraternização nas igrejas.
Mas qual o limite para se obter a foto desejada?
A fotografia tem um papel importante dentro da missão da igreja. Realizada de for-
ma adequada, ela auxilia no registro da memória da igreja local e colabora para a divulgação
de suas atividades.
Na busca pelo melhor ângulo, há fotógrafos, leigos ou profissionais, com uma câmera
fotográfica na mão, não se importando em interferir na programação, agindo como se não estivessem numa reunião religiosa.
Um exemplo de como a fotografia se torna um irreverente estorvo, ao invés de uma
útil ferramenta, ocorre durante as cerimônias de batismo. Amigos e familiares desejam registrar o momento. Para não perder a hora certa do clique, todos se posicionam perto do
tanque batismal.
Como há pelo menos um fotógrafo para cada batizando, o resultado é um batalhão de
pessoas à frente da igreja tirando a atenção e visão do público, além de causar tumulto e irreverência. O mesmo vale para os demais eventos religiosos ou outras programações especiais.
A maioria das câmeras utilizadas pertence à da categoria compacta. Como essas câmeras
são limitadas quanto à velocidade do obturador, sensibilidade da luz e zoom, é comum o fotógrafo
conferir no monitor a imagem e refazê-la até atingir o resultado desejado. Em alguns casos, essa
limitação do equipamento e as condições ruins de iluminação e posicionamento resultam em uma
imagem inútil, que não poderá ser utilizada.
160 | Pontes de Esperança
Falando em foto inútil, vale destacar as fotos feitas por celulares. Como o zoom desses
equipamentos é quase inexistente, as pessoas se posicionam ainda mais próximas aos objetos a
ser fotografados, registrando imagens que só serão utilizadas no próprio aparelho, com péssima
resolução. A pergunta que se deve fazer é: “Vale a pena atrapalhar o pregador, desviar a atenção
de 50, 100 ou 150 pessoas para obter uma foto que não vou utilizar?” A resposta é fácil.
Propósito, qualidade e quantidade
Apertar o obturador é a última etapa de um longo e fundamental caminho que passa
pela técnica e linguagem fotográfica. Um dos primeiros passos antes de se começar a fotografar é
saber claramente quais os propósitos do registro.
■ Qual o objetivo da captura?
■ Onde serão usadas as fotografias?
■ Essa foto é tão importante a ponto sua execução tirar a reverência do ambiente?
A fotografia digital viabiliza a captura de muitas imagens sem o custo do filme. Muitos
iniciantes se impressionam com essa vantagem, com o número de fotos que um cartão de memória é capaz de armazenar e compram o equipamento tendo em mente a grande quantidade de
imagens que serão registradas, não a qualidade das mesmas.
Basta pensar um pouco para perceber que mais vale ter 15 fotos de qualidade, que comu-
niquem claramente o que aconteceu no evento e que poderão ser impressas posteriormente, do
que uma pasta com 100 imagens em baixa resolução, com enquadramento inadequado, tremidas,
escuras, que jamais serão utilizadas. O que importa é a qualidade, não a quantidade.
Elaborar um arquivo digital para a igreja de fotos de eventos, reuniões, cerimônias, fazen-
do parte da história.
Dicas de postura na hora de fotografar
Reúna pessoas com disposição para se qualificar no ato de fotografar eventos promovidos
pelas igrejas. Para tanto, destacamos algumas dicas básicas:
■ Escolha e capacite um grupo de fotógrafos em sua igreja.
Fotografia | 161
■ Denomine um grupo de pessoas para ser os fotógrafos oficiais de sua congregação. Dessa
forma, a igreja terá mais qualidade em seus registros e menos irreverência.
■
Não teste sua habilidade fotográfica apenas no momento do evento. Com a igreja vazia,
faça testes de luz e posicionamento. Assim, você saberá as regulagens ideais da câmera e os
melhores lugares para o fotógrafo se posicionar, evitando percorrer a igreja atrás de um bom
ângulo e tentar diversas vezes a mesma foto enquanto a programação é realizada.
■
Pense bem antes de iniciar a jornada fotográfica em um evento. Reveja o propósito das
imagens e registre somente o necessário.
■
Saiba antecipadamente qual tipo de iluminação será utilizada e tenha em mãos a progra-
mação do evento para se posicionar melhor na igreja e evitar surpresas desagradáveis.
■ Fale antecipadamente com os organizadores do evento para saber quais os momentos mais
relevantes a ser registrados. Lembre-se de que o importante é a qualidade das imagens, não
a quantidade.
■ Faça parte do seleto grupo dos PQLM – Pessoas Que Leem o Manual! Conheça todos os recursos de sua câmera para obter os melhores resultados e evitar fotografar em condições nas quais
seu equipamento não corresponderá à necessidade local. Por isso é importante não se contentar
com o modo automático da câmera e aprimorar sua técnica.
■
Use roupas neutras e sem muitos detalhes. O fotógrafo precisa se vestir discretamente para
chamar o mínimo de atenção possível. Mulheres devem tomar o cuidado com o comprimento das
saias e os saltos altos que, dependendo do piso, fazem um som significantemente perceptível.
■ Oriente os fotógrafos visitantes e produtoras que registrarão eventos em sua igreja sobre
a postura que devem ter no registro das imagens.
■ Eventos grandes. Os organizadores de eventos com grandes públicos conhecem a dificuldade de conter a massa de fotógrafos que se debate em frente ao palco para captar os melhores
momentos da programação.
■ Para camporis e batismos com grande número de batizandos, a sugestão é ter uma equipe
de fotógrafos, devidamente identificados.
■
No caso de batismos com vários tanques, o ideal é ter um fotógrafo para cada tanque
batismal. Dessa forma, não há tumulto e o fotógrafo pode registrar todos os batizandos e
162 | Pontes de Esperança
entregar posteriormente as fotos com alta qualidade para impressão. A dificuldade nesse
processo é fazer os familiares entenderem que não poderão fotografar. Um argumento forte
é o de que em uma cerimônia com 100 batizandos, por exemplo, a atuação de 100 fotógrafos será um caos certo.
Informações na internet
A internet oferece uma gama incrível de informações. Para aprimorar sua técnica e lingua-
gem fotográfica, a forma de comunicação é rápida, simples e dinâmica. Pesquise em fóruns como:
• www.fotografiabrasil.com
• www.mundofotografico.com.br
• www.digiforum.com.br
• www.flickr.com/groups/advfoto (grupo dos fotógrafos adventistas)
Comunicação digital
164 | Pontes de Esperança
De todos os capítulos deste guia, sem dúvida este é o que mais corre o risco de ficar de-
satualizado rapidamente, dada a velocidade com que as coisas se transformam e são criadas na
internet. Por isso mesmo não é o objetivo deste capítulo descrever o funcionamento de softwares
ou ensinar como programar sites, já que são particularidades técnicas que vão ficar obsoletas. Em
vez disso, o capítulo visa explorar as definições e conceitos de cada ferramenta disponível para
que igreja use a internet de maneira que mesmo mudando os softwares ou surgindo novos serviços, a ideia básica seja preservada.
Quão relevante a internet é na comunicação da igreja na América do Sul? O rádio demorou
mais de 50 anos para atingir um milhão de usuários no mundo. Mas até hoje é muito complicado
abrir e manter uma emissora de rádio, além de muito caro e dependente das leis de cada país.
A televisão demorou menos de 20 anos para atingir um milhão de usuários, e é ainda mais
complicado e caro abrir e manter um canal de televisão em qualquer parte do mundo. No entanto, a
internet surgiu comercialmente na década de 1990 e, em menos de um ano já tinha mais de um milhão
de usuários. Além disso é muito acessível e simples a criação e manutanção de um site próprio.
Prova dessa verdade de adoção em massa é que hoje 30% da população mundial ou é
usuária direta da internet (acessa pessoalmente) ou é beneficiária direta dela (alguém acessa para
a pessoa resolver coisas particulares). Se considerarmos então os beneficiários indiretos (pessoas
que não usam internet, mas são atendidas por pessoal que a usa no atendimento, como no caso
de serviços do governo, por exemplo), chega-se a mais de 60% da população mundial!
O número de usuários de internet no mundo chegou a 2 bilhões de pessoas em 2012,
ultrapassando a um quarto da população mundial. Segundo previsão da consultoria Jupiter Research, o crescimento será principalmente em economias emergentes, em países da América do
Sul, Rússia, Índia e China, alcançando os maiores índices de crescimento. A Igreja Adventista, portanto, não pode deixar de explorar corretamente esse meio de comunicação, e essa exploração
passa pelas igrejas locais. Afinal, pesquisas mostram que assuntos de interesse local são a terceira
motivação para as pessoas acessarem sites, ficando atrás apenas de envio de e-mails e buscas por
mecanismos de pesquisa como o Google.
E estamos certos de que tão logo esse manual chegue às suas mãos, esses dados já
serão outros.
Comunicação digital | 165
A internet comunicando esperança
A internet permite conectar pessoas que, de outra forma, jamais teriam contato umas
com as outras. Essa característica torna a internet um dos meios mais eficazes para comunicar a
mensagem adventista de esperança a pessoas que, de outra forma não seriam alcançadas.
Apesar de o meio ser tecnológico, falar de Jesus na internet segue os mesmos princípios
dos meios convencionais: lidamos com pessoas; essas pessoas possuem sentimentos, expectativas e conceitos pré-concebidos; elas estão a procura de algo; precisam de amor e atenção.
Por outro lado, existem algumas diferenças como: não se está fisicamente diante da outra
pessoa; a informação pode ser mais aprofundada e o tempo, horário e distância não são barreiras
na comunicação.
Na internet, a maneira como comunicamos também pode assumir vários formatos, como,
por exemplo: textos, imagens, vídeos e animações. Assim, a mensagem pode ser passada de maneira mais rica e distribuída exponencialmente, uma vez muitas pessoas podem ter acesso à mesma informação.
Como a internet está em constante evolução, a cada dia surgem novas maneiras e meios
que podem ser explorados para levar a mensagem de salvação. As redes sociais, como Twitter,
Youtube, Facebook, entre outros, quando devidamente utilizadas, podem ser uma valiosa ferramenta para conhecer pessoas e comunicar a mensagem de esperança.
Os blogs também podem ser muito úteis quando utilizados para discutir, de maneira me-
nos formal, assuntos específicos ou do dia a dia em comparação com a abordagem bíblica.
Atualmente, os vídeos estão se tornando num dos principais formatos de mensagem no
mundo da web. A imagem em movimento combinada com o som pode tornar a mensagem mais
clara, compreensível e de fácil memorização. Por esse motivo, clipes musicais, estudos bíblicos e
palestras são tão procurados na internet atualmente.
No entanto, para a disponibilização de qualquer conteúdo é necessária a permissão do
autor e respeito às leis de direitos autorais.
Apesar das grandes vantagens que a internet oferece, ainda existe o receio de que ela se
torne um ambiente virtual perigoso para as pessoas. Aqui valem, mais uma vez, o sábio conselho
166 | Pontes de Esperança
de Jesus: “Sejam simples como a pomba e prudentes como a serpente” (Mt 10:16).
Mais que uma forma de entretenimento, a internet se tornou essencial para o estudante
e o profissional realizarem suas atividades. A comunicação do homem moderno depende em
grande parte dela. Por esse motivo, é importante que os pais e a igreja assumam o compromisso
de educar e alertar a sociedade para os perigos do mundo da web, bem como para sugerir maneiras de uso sadio, nobre, educativo e evangelístico.
Planejamento de websites
Planejamento inicial
Websites, sítios da web ou simplesmente sites, são áreas de conteúdo que podem ser
acessadas, a princípio, por qualquer pessoa com acesso à internet, bastando para isso digitar um
“endereço” que a direcione para lá. O mais importante para um diretor de Comunicação de uma
igreja, para quem se destina este guia, não é saber como se programa um site, mas para que ele
serve e como se pode explorá-lo da melhor maneira para a função do departamento.
Basicamente, um site contém as informações relevantes a determinado grupo de pessoas
que têm acesso a internet. Os dois erros mais comuns observados nos sites desenvolvidos para
igrejas ou grupos religiosos, são os seguintes:
1.
Desenvolver um site com conteúdo que interesse ao autor, mas não ao público
alvo (exemplo: fotos de eventos internos da igreja num site “missionário”).
2.
Desenvolver um site com conteúdo interessante para um público que não acessa
a internet (exemplo: ficha de inscrição para recebimento de cestas básicas para famílias carentes).
Os dois exemplos acima são reais e mostram que o mais complicado no desenvolvimento
de sites não é a programação, mas o planejamento.
Para fins didáticos, vamos simular o projeto de um site para a igreja, a fim atender o
público interno. Serão cinco etapas para a construção. Para outros sites com outros objetivos,
considere as mesmas etapas e adapte ao conteúdo necessário.
Comunicação digital | 167
Etapa 1
Definições básicas
Nessa etapa, algumas definições precisam ser tomadas e colocadas no papel, para que
sirvam de guia para o restante do desenvolvimento do site.
Para isso, convoque uma reunião com algumas pessoas-chave: você, como diretor de Co-
municação, sua equipe de trabalho, uma pessoa que entenda de desenvolvimento tecnológico de
sites para poder opinar sobre prazos de desenvolvimento e funcionamento e, se possível, o pastor
da igreja.
As definições a ser tomadas são simples, mas importantíssimas, e vão determinar todo o
restante do trabalho no projeto. São elas:
■ Objetivo: qual o objetivo da existência do site?
■ Público: qual é o público para o qual esse site está sendo desenvolvido?
■ Conceito de funcionamento:
•
Será um site em que as pessoas apenas lerão informações?
•
Vão poder trocar informações entre elas?
•
Vão poder fazer downloads e uploads?
•
Vão precisar de senha para entrar em alguns conteúdos?
•
Será tudo de acesso livre?
■ URL: qual será o endereço do site?
■ Cronograma: quanto tempo se deverá levar para o desenvolvimento de todo o site?
■ Fluxograma: quais as fases de desenvolvimento do site?
■ Equipe: quais pessoas estarão envolvidas no desenvolvimento do site?
Com essas definições em mãos, fica bem mais simples contatar todos os envolvidos, de-
terminar prazos e acompanhar o desenvolvimento correto.
Etapa 2
Definições dos grupos de conteúdo
Nessa etapa é desenhado, pela primeira vez, o que se convencionou chamar de “mapa
do site”: uma visão geral, em forma de organograma, de todos os “compartimentos” que o site
168 | Pontes de Esperança
terá e as conexões entre eles. No caso de um site para a igreja, por exemplo, cada departamento
pode ter um canal, um “compartimento” dentro do site, e departamentos como Desbravadores e
Aventureiros podem ter conteúdos em comum.
Com o desenho do mapa do site e a visualização dos grupos de conteúdos, pode-se então
determinar quem serão os responsáveis por desenvolver o conteúdo, isto é, escrever e adicionar
imagens, vídeos e outros arquivos, para cada grupo.
Note que a pessoa que irá desenvolver o conteúdo não precisa saber nada sobre internet,
pois não é ela que vai se ocupar de colocar todo o conteúdo gerado em formato de internet, mas
tão somente criar o conteúdo correto dentro de sua área de competência.
Consultar outros sites de outras igrejas para ter uma ideia nova, melhora-la e colocar em uso.
Etapa 3
Desenvolvimento de conteúdo e layout
Nessa etapa, cada responsável pelo conteúdo de seu “compartimento”, seu canal, deve
selecionar as informações que quer que estejam disponíveis no site e que retratem com precisão
os objetivos específicos de cada departamento.
Ao “encomendar” esse desenvolvimento, você, como coordenador do projeto, deve
orientar cada “autor” sobre alguns princípios básicos de criação de conteúdo para internet. Faça
um convite formal, por escrito, dando uma data de término para a produção de acordo com o
cronograma fechado na ETAPA 1, juntamente com as seguintes orientações:
■ O site tem por objetivo informar sobre o funcionamento de cada departamento da igreja e
suas programações (agendas). O conteúdo, portanto, está sendo desenvolvido para o público
interno da igreja (lembre-se de que estamos usando esse exemplo; para outros sites essa introdução deve ser adaptada ao objetivo e público corretos).
■ Havia uma tese que usuários de internet gostam de ler textos curtos com informações resumidas, e que, portanto, se deveria evitar a inclusão de textos longos no conteúdo que está
sendo desenvolvido. Entretanto essa tese já foi contestada. As frases devem ser curtas, mas
o texto pode ser longo. Muitas vezes procuramos na web o detalhamento e informações que
não recebemos nas outras mídias que possuem limitação maior de tempo e espaço.
Comunicação digital | 169
■ Imagens, vídeos e sons enriquecem a compreensão do conteúdo. Adicione o máximo que
puder de exemplos sobre o material que você está escrevendo.
■
Normalmente, quando os usuários de internet se interessam por determinado assunto,
querem ter acesso a mais conteúdos sobre o mesmo assunto. Indique, quando possível, outras
fontes ou outros sites que contenham informações a respeito do mesmo tema.
Ao mesmo tempo em que os responsáveis estarão escrevendo o conteúdo e preparando
material para fazer parte do site, alguém precisa estar “desenhando” o site, criando um layout
básico, ou, em termos mais simples, criando a “cara e jeito” do site, para que quando o conteúdo
estiver pronto, possa ser inserido numa estrutura básica já prevista.
Vale destacar que um profissional ou expert em programação de sites, não precisa ne-
cessariamente ser a pessoa mais indicada para também “desenhar o site”, já que o primeiro é um
trabalho tecnológico e o segundo um trabalho artístico. Se a mesma pessoa puder fazer ambos,
ganha-se agilidade. No entanto, não hesite em separar as atividades de criação e programação do
site, caso perceba que isso resultará em um produto final de qualidade superior.
Etapa 4
Integração de conteúdos e programação
Antes do início propriamente da integração, sobre a qual já vamos discorrer, é importante
que seja feita uma revisão geral dos conteúdos desenvolvidos: uma revisão ortográfico-gramatical e uma revisão chamada de revisão editorial, a fim de verificar se o conteúdo desenvolvido está
adequado aos objetivos do site e se não entram em conflito entre si.
Feita a revisão geral, inicia-se a integração.
Quando os conteúdos são enviados de forma digitada e em fotos e vídeos, eles geralmen-
te não estão prontos e adequados para serem publicados na internet. É necessário “transformálos” em arquivos próprios para a internet, adaptando sua forma e disposição ao layout definido
anteriormente para o site. A esse processo damos o nome de integração.
Essa, juntamente com a ETAPA 5, é a fase mais técnica do projeto todo e não há muita
contribuição a ser feita, a não ser no acompanhamento do trabalho do programador do site, que
170 | Pontes de Esperança
deve ser um profissional que saiba como construir a parte tecnológica do site.
Apesar disso, o programador precisa ter acesso a todas as informações pertinentes ao
conteúdo geral do site, pois não é sua responsabilidade fazer acertos em informações incompletas sobre qualquer tema.
Ao final da fase de integração, o site estará completo, funcionando da maneira que irá fun-
cionar quando estiver disponível para acesso. Nesse momento, ele deve ser explorado e acessado,
mesmo que em um único computador, ainda que fora da internet, para se verificar o funcionamento
adequado, o acesso a todos os conteúdos e a disposição das informações conforme o planejado.
Se algo estiver errado, o reparo pode ser feito antes de disponibilizar o site na internet.
Etapa 5
Publicação
A ETAPA 5 trata de colocar o site “no ar”, isto é, disponibilizar o acesso, pela internet, a
todos os interessados em seu conteúdo.
Para ser colocado “no ar”, todo site precisa de dois elementos básicos: uma URL (um ende-
reço que os usuários devem digitar para acessar o site) e um servidor (um computador central onde
o site estará armazenado). São dois serviços prestados por empresas terceirizadas e normalmente
têm um custo, que, em média, não é alto. Esses tópicos devem ser resolvidos antes que o site esteja
pronto, a fim de que quando estiver, seja possível disponibilizá-lo imediatamente para acesso.
Para procedimento da URL (Unique Resource Location, ou Localização Única dos Recur-
sos, ou simplesmente o endereço do site), o Departamento de Comunicação da associação/missão pode ajudá-lo indicando qual órgão administra os registros de domínios em seu país e qual a
taxa de registro praticada. Uma vez registrado esse endereço, passa a ser de uso da igreja e pode
ser divulgado sem maiores preocupações para que as pessoas o acessem.
Um “servidor” deve, então, ser contratado para armazenar o site pronto. Cada vez que
um usuário digitar o endereço já registrado, vai na verdade ser encaminhado para essa central,
acessando, assim, o conteúdo do site que foi armazenado lá.
Esse é um caso em que a teoria é mais complexa que a prática, pois no dia a dia esse tra-
Comunicação digital | 171
balho só precisa ser feito uma vez e os usuários não percebem nada quando acessam o site.
Com os dois elementos resolvidos, basta colocar o site no ar e começar a acessá-lo.
Mas o trabalho não acaba aí.
Manutenção do site
Normalmente, o site contém formas de contato ou formulários para ser preenchidos pe-
los usuários, os quais precisam de respostas. Além disso, é necessário que sejam atualizadas fotos
e, em especial, agendas e noticiário do que ocorre na igreja (lembre-se de nosso exemplo).
Para isso, mesmo após o site estar pronto, é preciso manter uma pequena parte da equi-
pe em trabalho constante, respondendo os contatos, encaminhando mensagens para os destinatários corretos e atualizando as informações que se alteram com o passar do tempo.
A sugestão é que sejam entregues para os mesmos responsáveis pela construção dos
conteúdos, orientações a respeito da manutenção dos mesmos: o que pode ser mudado; quando
deve ser mudado; para quem enviar as alterações; quando serão atualizadas
De todos os trabalhos do Departamento de Comunicação, juntamente com o bo-
letim, que por sinal, pode ter sua versão digital no site, esse é o que requer mais continuidade e acompanhamento.
VISITE E DIVULGUE
www.portaladventista.org – portal da igreja na América do Sul
www.esperanca.com.br – portal evangelístico da igreja em português
www.esperanzaweb.com – portal evangelístico da igreja em espanhol
www.biblia.com.br – a Bíblia em várias versões e estudos bíblicos
www.redemaranata.org.br – programas em áudio para download
www.redeadventista.org.br – rede social dos evangelistas online
www.gadw.com.br – site de grupo adventistas desenvolvedores de web
www.reavivamentoereforma.com – projeto Reavivamento e Reforma
www.quebrandoosilencio.org – projeto anual de defesa das crianças, mulheres e idosos
www.educacaoadventista.org.br – portal da educação adventista
172 | Pontes de Esperança
www.adra.org.br – portal Adra Brasil
www.vidaporvidas.com – projeto doação de sangue e medula óssea
www.evangelismoweb.com – vídeos e projetos de evangelismo
www.mutiraodenatal.com.br – campanha anual de doação
www.eunopac.com – programa de capacitação em comunicação
E-mail marketing
Definindo e-mail marketing
O e-mail é uma mensagem enviada do computador de um usuário de internet diretamen-
te para outro usuário, que pode lê-lo sem necessidade de entrar propriamente em algum site.
Mais do que isso, um usuário pode enviar a mesma mensagem para mais de um destinatário de
uma só vez, o que se convencionou chamar de “copiar” alguém no e-mail.
O e-mail marketing, por sua vez, se configura quando um emissor envia uma mensagem
promocional para muitos destinatários de uma só vez. Se os destinatários estão dispostos previamente a receber as mensagens, como no caso de terem se cadastrado para receber informações,
o e-mail marketing funciona como uma ferramenta muito eficiente, como veremos a seguir. Mas,
se o destinatário não tem interesse em receber a mensagem e ainda assim a recebe, isso pode se
configurar um spam, o que além de anti-ético, é ilegal em diversas partes do mundo.
Considerando que você tenha uma lista de endereços de e-mail composta pelos e-mails
das pessoas da igreja que se cadastraram durante o censo, mais os e-mails de pessoas que entraram no site da igreja, você pode começar a estruturar sua comunicação via e-mail marketing.
Exemplos interessantes de e-mail marketing para a igreja:
■ Envio da programação da igreja na quinta-feira de cada semana;
■ Envio de mensagem de incentivo à participação em alguma campanha da igreja;
■
Envio de mensagem promocional de alguma programação especial, com possibilidade de
reenvio para outros convidados;
■ Envio de mensagem promocional sobre produtos relacionados à vida cristã como literatura ou
alimentação que estejam sendo vendidos em condições especiais para os membros da igreja local.
Comunicação digital | 173
Desenvolvendo um e-mail marketing
PASSO 1 – Avalie a sua base de destinatários
Separe numa lista em formato digital todos os e-mails de todas as pessoas que forneceram seus
endereços de e-mail e para as quais o conteúdo que você irá desenvolver possa ser relevante.
PASSO 2 – Conteúdo
Escreva o conteúdo a ser enviado e junte os demais arquivos referentes à mensagem, como vídeos ou imagens.
Lembre-se de que as regras para composição de conteúdos para sites servem, da mesma forma,
para compor os e-mails marketing.
PASSO 3 – Layout e programação
Alguma pessoa será responsável por transformar os conteúdos escritos e os materiais coletados
em um layout que possa ser enviado pela internet, semelhante ao trabalho feito para criar as
páginas de um site.
PASSO 4 – Envio
Finalmente, após o material pronto, ele precisa ser enviado para os destinatários indicados na
lista do passo 1.
OBSERVAÇÃO: ASSUNTO
Uma característica particular do e-mail é que ele possui um campo para preenchimento
com o “assunto”: quando o destinatário recebe uma mensagem, antes mesmo de ela ser aberta e
lida, um cabeçalho indica quem enviou, quando enviou e sobre o que trata a mensagem enviada.
Das três informações, e terceira é muito importante pois é de responsabilidade do remetente da
mensagem, e vai despertar ou não o interesse do destinatário. Assim, esteja atento na hora de
criar a mensagem em qual será seu “assunto”, que, na verdade, vai ser a primeira frase com a qual
o destinatário terá contato.
Alguns conselhos básicos sobre o “assunto”:
174 | Pontes de Esperança
■ Seja claro e curto.
■ Evite “assuntos” genéricos como “mensagem especial”, “mensagem para você” ou outras
do tipo, pois não identificam claramente o conteúdo e podem ser confundidas com spam, fazendo com que o destinatário elimine a mensagem antes mesmo de abrí-la.
■ Nunca faça promessas no “assunto” que não se cumpram na mensagem, como por exemplo “Atenção, última semana para as inscrições para o Campori”, quando na verdade não é a
última semana. Isso tira a credibilidade da mensagem.
Final da mensagem
Outra orientação importante não é sobre o começo, mas sobre o final da mensagem.
Sempre assine a mensagem (precisa ficar claro para o destinatário quem enviou aquela mensagem, não só pelo endereço do remetente, mas também pela assinatura do conteúdo) e, por fim,
coloque a seguinte informação:
“Essa mensagem foi enviada somente para e-mails cadastrados no Departamento de Co-
municação da igreja (nome da igreja), obedecendo à legislação nacional sobre spam. Caso você a
tenha recebido por engano ou não deseje mais receber mensagens como essa, favor responda ao
e-mail escrevendo a palavra “RETIRAR” no campo “assunto””.
Blogs e redes sociais
Uma excelente alternativa diante da impossibilidade de construção de um site pela igreja
é a publicação de um blog.
Um blog nada mais é do que uma página corrida em que podem ser incluídos textos e
imagens numa estrutura já montada e disponibilizada pelo administrador do serviço. Além disso,
não requer registro do domínio e nem pagamento pela hospedagem em um servidor.
Qualquer pessoa pode abrir um blog e seu crescimento hoje no mundo é impressionante:
já são mais de 300 milhões de blogs em todo o mundo e o número cresce a cada dia.
As desvantagens de um blog para servir como canal de comunicação da igreja substi-
tuindo um site são:
Comunicação digital | 175
1.
O layout do blog é proposto pelo administrador do serviço, permitindo pouquís-
simas alterações.
2.
Os conteúdos inclusos no blog comportam-se como notas num diário: assim que
você inclui um conteúdo ele “empurra” o anterior para baixo, até que ele saia da visualização. Dessa forma, não se pode ter certeza de que um conteúdo estará sempre no blog e nem ocupando o
mesmo lugar na página.
Entretanto, existem algumas vantagens:
1.
São gratuitos, não precisando de registro de domínio nem de hospedagem
em um servidor.
2.
Não é necessário um programador para colocá-lo no ar, visto que sua composição
segue um roteiro que qualquer usuário pode seguir.
Considerando então essas características, um blog na verdade é uma ferramenta muito
interessante .
Veja alguns exemplos de conteúdos interessantes para um blog da igreja:
1.
Testemunhos missionários;
2.
Informações sobre as programações especiais que qualquer membro pode incluir;
3.
Discussões sobre temas da Lição da Escola Sabatina.
Para visualização de um blog recomendamos visitar o conjunto de blogs das igrejas da
Associação Central Sul Riograndense em http://7online.com.br.
Já para desenvolver um blog para sua igreja, acesse www.blogspot.com ou http://word-
press.com, ambos os serviços gratuitos, disponíveis em qualquer país da Divisão Sul Americana da
Igreja Adventista do Sétimo Dia. Eles contém instruções detalhadas sobre criação e manutenção
de um blog.
Mas além de blogs, outra modalidade de comunicação pela internet tem ganhado cada
vez mais espaço no universo da comunicação: as comunidades.
176 | Pontes de Esperança
As redesociais são páginas administradas por servidores centrais que funcionam como
área para discussão de qualquer tema que o usuário queira colocar em discussão. Elas em si não
têm conteúdo algum, sim espaço para que os usuários incluam conteúdos. Como cada usuário
coloca e discute o conteúdo que lhe agrada mais, naturalmente acabam se concentrando em
páginas que discutem sobre um mesmo conteúdo, formando, assim, uma comunidade de participantes aficionados a um mesmo conteúdo.
O Facebook é o exemplo mais famoso de ambiente de comunidades (o Yahoo Groups
não se enquadra perfeitamente na definição de comunidades, sendo é um grupo para troca de
e-mails).
Nessas comunidades não é possível escolher o layout ou determinar canais para cada
departamento da igreja. O desenvolvimento do conteúdo é livre e depende exclusivamente de
quem acessa e abastece com comentários e arquivos.
Para se ter uma ideia de quanto as comunidades estão crescendo, apenas em língua portuguesa são mais de 15 mil comunidades que tratam sobre religiões, sendo quase 2 mil exclusivamente sobre assuntos relacionados à Igreja Adventista.
As duas formas básicas de a igreja utilizar o serviço de comunidades são:
1.
Acessar comunidades existentes e participar das discussões;
2.
Criar sua própria comunidade e sugerir discussões.
Cabe ressaltar que “discussão” é um termo usado na internet para designar troca de
opiniões sobre determinado assunto, mesmo que as opiniões sejam concordantes. Não
significa necessariamente “debate” ou “desacordo”, como o nome pode inicialmente
sugerir. Portanto, não entenda “participar de uma discussão” como sendo encontrar um
assunto polêmico para brigar!
Se o caminho for acessar comunidades e participar das discussões, comece cadastrandose em uma central de comunidades, como o Orkut (www.orkut.com.br).
Após se cadastrar, você poderá procurar comunidades através de um mecanismo de bus-
Comunicação digital | 177
ca por palavra-chave do título da comunidade. “Adventista”, por exemplo, em português, em
dezembro de 2008, indicava a existência de mais de 1.200 comunidades.
A partir daí, você pode visitar cada uma das comunidades encontradas e incluir comentá-
rios e assuntos a ser lidos por todos os participantes.
Exemplos de participações interessantes:
■ Divulgação de programações na sua igreja;
■ Divulgação de campanhas especiais;
■ Procura por ex-membros da sua igreja que se mudaram;
■ Convite para visitas à sua igreja dirigidos a pessoas da região;
■ Pedidos de oração intercessora.
Se a escolha for por criar sua própria comunidade, o passo inicial do cadastro é o mesmo.
Após essa etapa, siga as instruções que o próprio site irá fornecer e crie sua comunidade
ou comunidade de sua igreja.
Finalmente, adicione um primeiro tema para discussão e divulgue a comunidade para
seus conhecidos, por e-mail, com um anúncio no boletim e mural da igreja. Iniciando com menos
de 10 pessoas, que, por sua vez, começam a convidar seus amigos e os amigos de seus amigos,
se a comunidade organizada pela sua igreja sempre tiver assuntos novos, em pouco tempo irá
se tornar maior em número de membros que a própria igreja local, fenômeno já percebido nas
comunidades criadas por inúmeras igrejas.
178 | Pontes de Esperança
A Igreja nas redes sociais
As redes sociais devem ser vistas como uma extensão da comunidade que é a igreja, per-
mitindo aos membros e interessados que fortaleçam seus relacionamentos e laços em qualquer
horário e lugar.
As redes sociais são poderosas ferramentas de comunicação para engajamento, orienta-
ção e contato com novas pessoas e, de forma prática, podem ser utilizadas pela sua igreja principalmente para:
1. Crescimento e manutenção dos membros;
2. Informação a Igreja e comunidade local;
3. Recuperação de membros afastados;
4. Evangelismo.
O objetivo deste texto é dar dicas e orientações práticas sobre como organizar e começar
um projeto de uso de redes sociais em sua igreja. Você receberá orientações sobre “o que fazer”,
“como fazer” e “como aprender mais”.
O que fazer?
1 - Crescimento e manutenção dos membros:
O compartilhamento saudável de experiências da vida cristã em suas redes sociais pode
promover nos internautas a sensação de pertencer a um grupo, a noção de que eles são parte do
corpo da igreja, com o conhecimento de que outros também têm enfrentado e superado dificuldades com a ajuda de Deus e apoio de outros membros. O incentivo de atividades simples como orar
por alguém e a conversa em um ambiente amistoso irá proporcionar crescimento na vida cristã
para os membros de sua comunidade.
Comunicação digital | 179
O que fazer:
a) Reserve espaço nos programas de sua igreja para conversar sobre a importância de manter uma
postura amigável na rede, evitando a todo custo o bullying e outros tipos de comportamentos
ofensivos ou pejorativos;
b) Encontre meios junto ao seu pastor para orientar aos membros de sua igreja que possuem comportamento inadequado nas comunidades virtuais;
c) Promova discussões sobre temas da lição da escola sabatina, temas da Bíblia, Espírito de Profecia, entre outros. Seja cuidadoso com relação a temas polêmicos, deixe-os para discussão presencial em programas na igreja;
d) Informe links para recursos que sirvam para crescimento espiritual de sua igreja. Porém somente selecione fontes confiáveis;
e) Promova o compartilhamento de testemunhos;
f) Promova os pedidos de oração.
2 - Informar os membros e comunidade:
As redes sociais são ferramentas de comunicação rápida para manter a igreja e comunida-
de informada sobre as atividades que a congregação promove. Quando possível, versões virtuais
do boletim da igreja devem estar disponíveis nestas plataformas.
O que fazer:
a) Crie um blog para igreja e poste ali todas as sextas-feiras o boletim informativo que será distribuído no sábado;
b) Se não tiver tempo para criar uma versão web e uma versão impressa, utilize ferramentas como
o Scribd (scribd.com) ou Issuu (issuu.com) para publicar a versão que será impressa de seus boletins, é fácil e rápido;
c) Poste mensagens dando destaque aos principais comunicados com um link para o boletim completo;
d) No Facebook, crie eventos para os principais programas e convide seus amigos e seguidores.
180 | Pontes de Esperança
3 - Recuperação de membros:
Através das redes sociais também podem ser alcançados aqueles que se distanciaram da
igreja, pois mesmo não frequentando ainda podem manter laços virtuais com a comunidade da
qual participaram.
O que fazer:
a) Promova a criação de grupos virtuais envolvendo as classes de escola sabatina também na
Internet;
b) O
riente aos membros a enviarem mensagens de afeto e atenção para aqueles que têm faltado
ou não estão mais frequentado os cultos;
c) Promova programas de curta duração que sejam on-line e que permitam a participação destas
pessoas, exemplo: Um estudo da lição on-line, pequeno grupo on-line, encontro de oração, etc.
d) P
romova programas de curta duração que sejam on-line e que permitam a participação destas
pessoas, exemplo: Um estudo da lição on-line, pequeno grupo on-line, encontro de oração, etc.
Você pode usar ferramentas de chat on-line que permitem interação em grupo, como Messenger e Google Talk ou mesmo ferramentas que permitam video conferência como Google
Hangout ou Skype.
4 - Evangelismo:
As redes também podem ser um excelente canal para promover e ampliar o papel da
igreja no evangelismo pessoal, normalmente os membros que possuem perfis em redes sociais
também se relacionam com muitas pessoas com as quais podem compartilhar a sua fé.
Na rede social alguns tipos de barreiras sociais são mais facilmente vencidas e é comum
que as pessoas tenham menos medo de compartilhar seus problemas e pedir conselhos. Pessoas
em condição de tristeza ou depressão tendem a procurar ajuda e atenção nas redes sociais.
Incentive a sua igreja a utilizar também este canal para alcançar a seus amigos, principal-
mente através do testemunho pessoal.
Comunicação digital | 181
O que fazer:
a) Ensine seus membros a utilizarem as redes sociais para o evangelismo pessoal;
b) Crie convites virtuais para seus programas;
c) Se possível, transmita algumas programações especiais ao vivo pela Internet, incentive aos membros a convidar seus amigos e ex-adventistas para assistir.
d) Prepare uma equipe para atender aos interessados pela Internet que não possuem amigos na igreja;
e) Busque mais informações sobre evangelismo utilizando a Internet no site evangelismoweb.com.
Como fazer?
Monte uma pequena equipe e faça uma reunião envolvendo o pastor de sua igreja para
traçar metas e planos para o uso destes perfis na rede social. Começe pequeno e avance aos poucos para dar segurança e sustentabilidade ao projeto.
Quem deve criar e manter os perfis de redes sociais na Igreja?
A criação de perfis em redes sociais é de responsabilidade do departamento de comunica-
ção da igreja. Caso você não seja o diretor de comunicação, procure-o e o envolva neste projeto.
Dicas práticas:
a) Crie uma equipe que integre também outros departamentos da igreja;
b) Faça reuniões com os responsáveis pelos perfis, combinem regras, o que pode e o que não pode;
c) Estabeleça uma linha de comunicação uniforme: use a mesma linguagem, garanta informações
corretas, evite contradições;
d) Monitore o uso dos perfis;
e) Informe a criação de novos perfis para a comissão da igreja.
Que redes sociais devemos usar?
Podem ser criados perfis da igreja em diferentes redes, avalie qual rede é mais popular
entre os membros e sua comunidade local. Avalie também a capacidade da igreja em manter estes
182 | Pontes de Esperança
perfis. Um novo perfil é como um novo programa da igreja e é necessário haver pessoas com
tempo disponível para mantê-los.
Dicas práticas:
a) Comece com foco e ações para a sua igreja e comunidade local;
b) Se você utilizar o Facebook, crie uma página para a igreja. Não utilize um perfil pessoal;
c) Orkut, Facebook e Twitter são as redes mais populares no Brasil;
d) Flickr ou Picasa são ótimos serviços para publicar fotos da igreja e suas programações;
e) Youtube e Vimeo podem ser utilizados para os vídeos;
f) Seja cuidadoso com a privacidade das pessoas, tenha bom senso ao publicar fotos e vídeos;
g) Serviços como Livestream e Bambuser possuem integração com redes sociais e são opções
para transmissão de eventos ao vivo.
O que informar no Perfil da Igreja?
O perfil facilita a procura de sua igreja na rede social e a avaliação de quem vai se associar
a ele (seguir, curtir, etc.). Cada rede social possui um padrão próprio para a criação do perfil, deixe
o perfil o mais completo possível.
Itens que podem ser incluídos no Perfil:
a) Nome completo da igreja (Igreja Adventista do Sétimo Dia de/do ….);
b) L ogomarca da Igreja Adventista (veja o manual de identidade visual para não fazer feio na hora
de usar a logo);
c) Fotos da igreja (privilegie fachada, nave e pessoas em grupos – um coral, por exemplo);
d) Link para o site ou blog da sua igreja;
e) Links para os sites: portaladventista.org e esperanca.com.br;
f) Endereço completo da igreja e link para o perfil de sua igreja no site encontreumaigreja.com.br;
g) Nome do pastor de seu distrito;
h) Links para as demais redes sociais que sua igreja utiliza (flickr, youtube, etc);
i) Calendário de eventos.
Comunicação digital | 183
Devemos ter um perfil para cada departamento?
Não, procure manter poucos perfis bem administrados. Um perfil por igreja em cada rede
escolhida bastar para a maioria dos casos. Comece com um perfil somente e aumente gradualmente conforme a necessidade.
De um modo geral, um novo perfil somente deve ser criado quando visa atender a um pú-
blico alvo diferente ou oferecer um tipo de conteúdo diferente (fotos, vídeos, mensagens curtas,
artigos… diferentes redes para diferentes conteúdos).
Sempre avalie o custo versus benefício antes de tomar sua decisão de criar novos perfis,
leve em conta: tamanho do público alvo, quantidade de material produzido e capacidade para
manter atualização destes perfis.
Dicas práticas:
a) No Facebook, utilize páginas e inclua mais de um administrador quando necessário;
b) Nas páginas do Facebook é possível você criar grupos de discussão ou sub-páginas separadas
para projetos ou departamentos;
c) No Twitter, utilize ferramentas como o Hootsuite para permitir que diferentes pessoas compartilhem a mesma conta (diretor de comunicação, diretor de joven, etc);
d) Agende tuites com conteúdo de diversos departamentos (ferramentas: hootsuite, timely.is,
TweetDeck).
Como ser relevante?
Para ter uma ação relevante nas redes sociais é importante você entender que quantidade
de seguidores ou fãs não é o que mais conta e sim interações, ou seja, mais vale uma comunidade
pequena que interage com frequencia (posts e comentários de diversas pessoas) do que uma grande comunidade com pouca interação.
184 | Pontes de Esperança
Dicas práticas:
a) Envolva os próprios membros da sua igreja, eles são os principais agentes para tornar a sua
comunidade virtual relevante;
b) Integre-se aos programas da Divisão, Uniões e Associações ou Missões. Replique informações
úteis e relevantes para sua comunidade local. Converse na rede social de sua igreja sobre
como estes projetos podem ser aplicados na sua comunidade;
c) Você pode distribuir informações e conteúdo através das redes sociais, elas também possuem
este papel, porém o enfoque principal deve ser o relacionamento, ou seja, ouvir e responder.
Escute o que as pessoas estão dizendo e responda, isso vai tornar a sua comunidade relevante.
Como aprender mais?
A igreja e as redes sociais são dinâmicas e cada dia surgem novas tecnologias e aplicações
e não foi o objetivo deste texto esgotar todas as suas possibilidades de uso. Procure mais informações, recursos e dados técnicos que não foram abordados neste artigo em:
■ www.eunopac.com – Faça um curso de comunicação on-line.
■ www.evangelismoweb.com
– Informações sobre o uso da Internet como ferramenta de
evangelismo, links e outros recursos para você aprender mais.
Tenha acesso a conteúdos oficiais e de qualidade a partir dos seguintes recursos:
■ www.portaladventista.org – Portal oficial da Igreja Adventista na América do Sul.
■ w
ww.facebook.com/IgrejaAdventistadoSetimoDia – Facebook oficial da Igreja Adventista na
América do Sul.
■ @iasd – Twitter oficial da Igreja Adventista na América do Sul.
Comunicação digital | 185
Diretrizes para os websites
da Igreja Adventista
A presença dos escritórios, igrejas e instituições adventistas do sétimo dia, ao redor do
mundo estabeleceu um reconhecimento global para a Igreja. A percepção pública referente à
família mundial dos adventistas do sétimo dia é influenciada pela vida dos membros, pelas ações
de cada organização, pelos serviços e programas identificados com a denominação, e pela manutenção de um apelo estético de todas as propriedades físicas. A Igreja adotou e registrou, como
marca, seu nome e logo oficiais. Todas as organizações relacionadas no Seventh-day Adventist
Yearbook estão autorizadas a usar, para fins não comerciais, a marca registrada (“Adventistas do
Sétimo Dia”, “Adventista”, “IASD”, ou qualquer derivativo) e o logotipo da Igreja. Acompanha o
direito de usar o nome e o logotipo oficiais da Igreja a obrigação de protegê-los contra o mau uso
e a má representação.
Os avanços tecnológicos tornaram possível à entidade local da Igreja exibir uma presen-
ça global através de um web site da internet. É do interesse da Igreja mundial prover diretrizes
referentes à forma como a Igreja é retratada, e assim, percebida no web site. Todas as entidades
denominacionais que escolherem estabelecer presença online devem desenvolver seus web sites
dentro do escopo das seguintes diretrizes (a Comissão Diretiva da Divisão pode adotar diretrizes
adicionais referentes ao conteúdo e operação dos web sites em seu território):
1.
Somente igrejas, organizações e entidades oficiais administradas pelas organiza-
ções relacionadas no Seventh-day Adventist Yearbook têm direito de usar os símbolos de identidade corporativos da Igreja Adventista do Sétimo Dia (logotipo) conforme descrito no manual de
padrões de identidade corporativa da Igreja.
2.
Os nomes de domínio usados pelas entidades da Igreja devem pertencer e serem
registrados no nome da entidade, ou no nome de outra entidade denominacional, como, por
exemplo, associação, missão, união ou divisão, que tenham o direito de uso de seu nome de domínio. Deve ser estabelecido, ainda, um plano comercial com o objetivo de preservar o nome de
domínio para uso futuro da entidade.
186 | Pontes de Esperança
3.
Cada web site denominacional deve mostrar a devida marca, copyright e símbolos.
4.
As crenças e ensinos da Igreja Adventista do Sétimo Dia devem ser enaltecidos no
conteúdo publicado em todos os web sites denominacionais. Os materiais promocionais e as informações providas no web site devem ser consistentes com as crenças e valores éticos da Igreja
Adventista do Sétimo Dia.
5.
A propagação do acesso público a um web site requer que a comunicação e a
informação originadas de um site reflitam as cortesias do discurso público. A mensagem da Igreja
pode ser transmitida de forma tal que reconheça a diversidade de pontos de vista e ao mesmo
tempo, evitar afirmações hostis ou ofensivas e caricaturas a respeito de outras pessoas, grupos ou
organizações.
6.
Os web sites adventistas do sétimo dia devem respeitar os direitos de proprieda-
de intelectual ao postarem conteúdo em áudio, vídeo, fotos, texto e outros.
7.
Todos os web sites devem mostrar aspecto profissional, incluindo design, escolha
das cores, figuras e layout. Recomenda-se que os web sites sejam testados quanto a seu aproveitamento antes de se tornarem públicos. As divisões podem identificar hospedagens preferidas
de web sites e/ou plataformas de software a fim de facilitar a conectividade entre as entidades
denominacionais e manter a qualidade técnica dos web sites denominacionais.
8.
A linguagem, jargões, acrônimos e abreviaturas internas dos adventistas devem
ser usados com cuidado nos web sites denominacionais quando se tornam disponíveis a todos os
usuários da internet, muitos dos quais terão pouca compreensão de tais termos. O conteúdo do
web site deve ser conferido quanto à ortografia e gramática.
9.
O conselho ou comissão diretiva da entidade que tem presença na web é o
responsável final pela manutenção, conteúdo e operação do site. Assim sendo, cada entidade
Comunicação digital | 187
deve estabelecer um sistema de monitoramento e de supervisão, incluindo a indicação de pessoal para assumir a responsabilidade pela administração do web site e de seu conteúdo. Devese exercer cuidado na seleção dos tipos de informações que podem ser disponibilizadas para o
acesso global.
10. No contexto da cultura da internet, as páginas da web que incluem informações
suscetíveis ao tempo devem ser atualizadas regularmente. Recomenda-se que um sistema de
monitoramento seja estabelecido para medir os visitantes individuais ou as páginas vistas.
11. Deve-se exercer cuidado na escolha de links a outros web sites. A informação retrata-
da nos web sites associada a um site da entidade denominacional deve apoiar a missão, mensagem e
valores da Igreja. O departamento jurídico deve responder se a atividade comercial facilitada pelo web
site prejudicará ou não o status de organização religiosa sem fins lucrativos da denominação.
12. As entidades denominacionais que patrocinam o web site são responsáveis por
assegurar que a operação e o conteúdo do site esteja, em harmonia com as leis vigentes, incluindo os requisitos de proteção da privacidade das crianças que podem acessar o web site ou cuja
imagem pode ser postada no web site.
13. Uma opção onde o visitante possa fazer perguntas e comentários é recomendada.
Redação de texto
Redação de texto | 189
“Release”
Comunicados de imprensa
Releases são documentos divulgados para informar, anunciar, esclarecer ou responder à
mídia sobre algum fato. É, na prática, uma declaração pública oficial.
O texto do release deve conter uma linguagem clara, concisa e explicativa. Além disso,
deve ter outro objetivo: servir como sugestão para matérias jornalísticas.
Os resultados de um release bem escrito são variados, indo desde solicitações de informações
para uma matéria jornalística, até uma entrevista com um membro ou representante da igreja.
De acordo com Koppling e Ferrareto (2001)¹ “o release deve chamar a atenção pela sua
qualidade, o que engloba o valor das informações, do texto e da sua apresentação visual. Dados ou
opiniões irrelevantes, erros gramaticais ou rasuras são, portanto, erros que devem ser evitados”.
Como escrever um release para mídia impressa
O texto precisa conter um vocabulário simples, conciso e apresentar frases curtas para facilitar o entendimento. Caso o texto apresente sigla, é necessário explicar o seu significado. Segue
abaixo um exemplo de release para a mídia impressa:
Mão solidária
A ADRA (Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais) estará promovendo o curso “Como deixar de fumar em cinco dias”. O evento irá ocorrer no dia
22 de abril, às 20 horas, no auditório do colégio Unasp - Centro Universitário Adventista, em
Engenheiro Coelho, SP.
O evento contará com a presença do cardiologista Geovani da Silva, que explicará os
malefícios do cigarro para o organismo, e da psicóloga Sandra Augusta de Lima.
Os organizadores do evento são: Marlene Dias, responsável pela ADRA de Engenheiro
1. KOPPLING, Elisa e FERRARETO, Arthur. Assessoria de imprensa – teoria e prática. Porto Alegre: Editora Sagra Luzzatto, 2001.
190 | Pontes de Esperança
Coelho, Gerson Viana, responsável por convocar os palestrantes, e Lilian Junqueira, secretária
de Saúde de Engenheiro Coelho.
O objetivo do curso é alertar as pessoas que sofrem os malefícios físicos, emocionais e
sociais que o hábito de fumar causa.
Para mais informações entrar em contato com:
Assessora de imprensa: Miguelli Lalalala, telefone (00) 0000 0000.
E-mail: [email protected] Site: www.mimimimimimi.com
Cuidado com os jargões adventistas
Tome cuidado com as palavras “igrejeiras”. A maioria dos jornalistas não faz parte da
Igreja Adventista do Sétimo Dia. Não utilize palavras e expressões como “irmão”, “sábado do
Senhor”, “culto divino”, “pastor departamental”, “pena inspirada”, “JA”, “foram batizadas 20
almas”, “DSA”, “campo”, etc.
Evite utilizar frases como “minha igreja está promovendo um evento”. Como exemplo, troque
esta frase por “vai ocorrer um evento onde cerca de mil jovens irão buscar formas de ajudar os moradores de rua”. Busque passar a informação fazendo uso da linguagem que já é comum ao jornalista.
“Lead” – mostrando o caminho
O lead ou lide, aportuguesado, é o relato inicial da notícia. Vem da frase “to lead the way”,
ou seja, “mostrar o caminho”. E é justamente o lead que abre o caminho para a leitura do texto;
é através dele que a atenção e o interesse do leitor são despertados. Pode-se dizer que o Lead é
a introdução da notícia; uma síntese inicial que procura responder às cinco perguntas básicas: O
quê? Quem? Como? Quando? Onde?
Redigido o lead, deve-se colocar os pormenores em ordem decrescente de importância, de tal maneira que, mesmo que se corte os últimos pormenores, o entendimento do fato
não será comprometido. Portanto, o desenvolvimento da notícia depende da importância dos
pormenores (em alguns casos, em fatos especiais, a notícia pode começar com o pormenor de
maior surpresa).
Redação de texto | 191
Procure usar parágrafos de quatro a, no máximo, oito linhas. A frase não deve ul-
trapassar três linhas. Desenvolva apenas uma ideia por parágrafo. Schopenhauer disse, certa vez, que “não pode alguém pensar, nitidamente, de cada vez, senão um pensamento”, e
Edivaldo Boaventura arremata: “A arte de bem exprimir o pensamento consiste em saber
ordenar as ideias.”
Perguntas do lead
O quê? - O que aconteceu? O que foi dito? Quais são os fatos? É a pergunta mais importante. Sem
ela, não há notícia e nada aconteceu.
Quem? - Quem fez isso? Quem veio? Quem disse isso? Quem está nessa situação? Aqui se pergunta pelo protagonista, o autor do fato noticioso.
É preciso distinguir entre o protagonista ativo (o que faz) e o protagonista passivo (para
quem se faz). Exemplo: “A Divisão Sul-Americana homenageou...”(ativo); “A Divisão Sul-Americana
foi homenageada...” (passivo).
Obs.: A Divisão Sul-Americana só tem relevância como “gancho” quando a notícia é des-
tinada ao público interno da Igreja. Quando se vai noticiar algo para o público externo, deve-se
buscar um “gancho” que diga respeito às pessoas em geral e lhes chame a atenção.
Um bom exemplo de “gancho” ocorreu na cobertura da reunião mundial da Igreja Adven-
tista, realizada em Foz do Iguaçu, PR, em setembro de 1998.
Uma matéria veiculada na “Gazeta do Povo”, em sua edição de 29 de setembro daquele
ano, trazia como título: “Supercobertor pode ser usado em enchentes”. E o lead era o seguinte:
“O Brasil vai ter mais um aliado para atender vítimas de enchentes, vendavais e catástrofes: o cobertor espacial. Feito com plástico, que conserva o calor e isola a umidade, o supercobertor pesa
apenas 60 gramas, cabe na palma da mão e pode ser usado como maca, já que suporta o peso de
uma pessoa. O produto está sendo adotado no país pela Agência Adventista de Desenvolvimento
e Recursos Assistencias, ADRA”. Depois de falar um pouco mais sobre o supercobertor, o repórter
passa a descrever as atividades sociais da Igreja Adventista e menciona a reunião mundial. Difi-
192 | Pontes de Esperança
cilmente uma reunião de igreja evangélica despertaria tanto interesse, por mais importante que
fosse tal encontro.
Como? - Como se desenvolveu o fato? Em que circunstâncias? Com que meios? O como engloba
dados mais detalhados, fala do processo, põe as “cores” no fato, coloca “carne nos ossos”.
Quando? - Em que dia? Em que hora? Antes ou depois de quê? Para o leitor ou ouvinte popular é
mais fácil entender quando a notícia se relaciona com uma data conhecida. Ex.: Ontem, amanhã,
semana passada, após o culto...
Onde? - Em que lugar? Aqui também é melhor buscar um “onde” que se relaciona com um lugar
conhecido (especialmente quando for uma notícia para veiculação local). Exemplo: Nessa mesma
região, na cidade vizinha, a três quadras da prefeitura...
Exemplo:
Título: “Obama pede união acima de raças, religião e sexualidade para enfrentar desafios”.
Lead: Diante do memorial de Lincoln, e no mesmo local em que Martin Luther King fez o famoso
discurso sobre a superação das diferenças raciais nos Estados Unidos em 1968, o presidente eleito Barack Obama fez neste domingo, em Washington, um apelo pela união dos americanos para
superar os desafios, deixando de lado as diferenças raciais, religiosas e de sexualidade. Ele saudou
a multidão, dizendo que todos eram bem-vindos à celebração da “renovação da América”, e afirmou que poucas gerações enfrentaram tantos desafios ao mesmo tempo, com a crise econômica
e as guerras no exterior, mas disse que, juntos, os americanos poderão superar os problemas e
manter vivo o “sonho dos fundadores do país” (Folha de S. Paulo, 18/1/2009).
Como o lead aparece:
O quê? – O presidente eleito Barack Obama fez um apelo pela união dos americanos para superar
desafios, deixando de lado as diferenças raciais, religiosas e de sexualidade.
Redação de texto | 193
Quando? – Neste domingo (ou seja, no dia em que a matéria foi publicada).
Onde? – Em Washington, diante do memorial de Lincoln, e no mesmo local em que Martin Luther
King fez o famoso discurso sobre a superação das diferenças raciais nos Estados Unidos em 1968.
Quem? – O presidente eleito Barack Obama.
Resumindo: O lead deve, em outras palavras, fornecer as respostas às perguntas que o leitor faria (ou mesmo as que ele nem imaginou), dando a ele um vislumbre inicial e conciso do
assunto em pauta.
1.
Que aconteceu de significativo?
2.
Por que aconteceu?
3.
Qual era o objetivo?
4.
Quem estava envolvido? Deve-se dar a identificação completa. Não há notícia
sem nomes. É preciso identificar a pessoa pelo seu nome completo na primeira vez em que
aparece no texto. Daí em diante, pode-se identificá-la pelo sobrenome, ou título/cargo.
5.
espectadores?
6.
Citações diretas e indiretas dão vida à reportagem.
7.
Quando o evento teve lugar?
8.
Como se desenvolveu o fato?
9.
Quais foram os resultados?
10. Que efeitos esse evento terá sobre a igreja, a comunidade, seus leitores?
11. Que houve de diferente, novo ou incomum? Deve-se tentar descobrir a razão
e o significado das coisas. Dar prioridade ao por quê.
Que foi dito – oficialmente e extra-oficialmente – pelos participantes e
Qualidades de um texto jornalístico
Um bom texto deve ter clareza, concisão, correção, conteúdo, conhecimento, compreen-
são, coerência, criatividade, coesão e, para sair do “c”, harmonia.
194 | Pontes de Esperança
ABRANGÊNCIA – As notícias da ASN devem ser interessantes para pessoas de vários países. Informações muito regionais devem ser restritas aos sites de uniões, campos e das próprias instituições.
IDEIAS CRIATIVAS – São bem-vindas notícias que retratam idéias, projetos e programas que podem ser aplicados e implementados em outras regiões.
FOCO EM HISTÓRIAS DE PESSOAS – Boas notícias geralmente são apoiadas em histórias de pessoas que fazem a diferença em projetos, eventos, programas. Relatar estas histórias de uma maneira interessante é um desafio que ajuda a tornar agradável a leitura de uma notícia. Exemplos:
Relatos de conversões e transformação de vida, histórias interessantes de pequenos grupos e
plantação de igrejas. Entrevistas com personagens de destaque e notas sobre adventistas destacados na mídia.
LINGUAGEM DE WEB – Internet é um veículo que exige rápida leitura, por isso o texto deve ser
preferencialmente na ordem direta, sem muitos adjetivos, com hiperlinks (ou seja, palavras que
podem estar associadas a conceitos e informações em outras partes do site).
VÍDEOS ASSOCIADOS – Na web, o uso de vídeos é muito importante, portanto sempre que possível as notícias escritas devem ver associadas a algum tipo de vídeo curto que acrescente informação ao que já foi redigido.
DIVULGAÇÃO DE TODAS AS ÁREAS – É importante se buscar notícias de todas as áreas de atuação adventistas possíveis. Uma dica é que os profissionais de comunicação mantenham contato
regular com os líderes de departamentos a fim de que se produzam notícias das mais diferentes
áreas possíveis.
Redação de texto | 195
Clareza - Sem frases intercaladas que complicam o entendimento:
Exemplo 1: (a) “Matar um rei não é pecado.” (b) “Matar um rei não, é pecado.”
Exemplo 2: “O homem estava embaixo da mesa que tinha a perna quebrada.” Quem ti-
nha a perna quebrada? Que tal assim: “O homem que tinha a perna quebrada estava embaixo da
mesa.” Desde que a perna quebrada seja mesmo a do homem.
Linguagem direta - Sujeito, verbo e complemento, sem explicações ou opiniões. Além dis-
so, jamais se deve usar adjetivos na notícia, porque a adjetivação torna a informação tendenciosa;
relate apenas o fato, sem cometários.
Exemplo 1: Ao invés de “belo vestido”, diga “o vestido de seda vermelho” (o leitor é quem
deve achar o vestido bonito ou não).
Exemplo 2: Em lugar de “prédio alto” ou “muitas pessoas compareceram à reunião”, diga
“o prédio de quinze andares”; “noventa pessoas compareceram à reunião”.
Para contribuir com a objetividade, deve-se, também, evitar frases intercaladas
que, além de dificultar o entendimento, tornam o período muito longo. Em casos como este,
divida em duas frases.
Exemplo 1: “Judas, que não sabia se amava mais a Jesus ou ao dinheiro, acabou
traindo seu Mestre.”
Exemplo 2: “Judas não sabia se amava mais a Jesus ou ao dinheiro. Acabou
traindo seu Mestre.”
Objetividade - Evite pormenores que nada trazem de novo ao fato. Deve ser rápida, sin-
tética, sem enfeites. O mais “enxuta” possível.
■ Imparcialidade (tanto quanto possível);
■ Simplicidade;
■ Atualidade;
■ Proximidade no espaço;
■ Universalidade (interesse geral);
196 | Pontes de Esperança
■ Correção gramatical;
■ Precisão (denotativa e não conotativa);
■ Organização.
Quando aparecerem “siglas” pela primeira vez no texto, escrever por extenso o significa-
do, logo após a sigla. Exemplo: “A DSA (Divisão Sul-Americana)...”
Usar “aspas” quando as palavras forem exatamente aquelas pronunciadas pelo entrevistado.
A boa notícia começa com a apuração dos fatos. Se você fizer uma boa reportagem (ob-
tiver respostas satisfatórias às cinco perguntas fundamentais), será mais fácil, depois, redigir a
notícia. Utilizar gravador e bloco de anotações facilitam bastante o trabalho.
Um pouco de “faro” jornalístico sempre ajuda na escolha do ângulo mais importante do
fato, aquele que servirá de “gancho” para sua matéria e prenderá a atenção do leitor.
É bom ter em sua biblioteca o manual de redação de um grande jornal para sanar
dúvidas técnicas.
Finalmente, traçando um paralelo com a estrutura de um texto noticioso, vale a pena
mencionar Jean Guitton, para quem, o segredo de toda arte de exprimir consiste em dizer a mesma coisa três vezes: anuncia-se; desenvolve-se; e, finalmente, resume-se em poucas palavras.
Redação de texto | 197
ASN (Agência Adventista
Sul-Americana de Notícias)
Agências são distribuidoras de notícias que alimentam os meios de comunicação (bole-
tins, jornais, informes, emissoras de rádio, revistas e televisões). É uma estrada de duas mãos: as
notícias vêm e vão.
A ASN (Agência Adventista Sul-Americana de Notícias), como as outras agências colabora
com os mais variados veículos de comunicação, como fonte de credibilidade.
A ASN tem como meta distribuir as principais notícias geradas pelas Uniões, Associações,
Missões e Instituições adventistas em oito países sul-americanos no Portal Adventista, bem como
releases de divulgação para a imprensa em geral das principais notícias de interesse sul-americano (projetos, programas, ações, etc). Possui mais de 50 colaboradores em oito países em 15 uniões.
OBJETIVO GERAL - Prover notícias sobre a movimentação adventista sul-americana por todos os
meios de comunicação possíveis.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Difundir as notícias principais adventistas no Portal Adventista em português e espanhol;
Veicular um telejornal semanal chamado ASN TV com as principais notícias para web e TV;
Divulgar comunicados oficiais das instituições da Divisão Sul-Americana sediadas em Brasília.
CONCEITOS DOS TEXTOS
INEDITISMO – As notícias devem ser as mais inéditas possíveis, ou seja, diferenciadas e capazes
de atrair a atenção do leitor. Mesmo em eventos corriqueiros, o ideal é que se busque algum
“gancho” diferente que torna a notícia atrativa e inédita. Exemplo: em um campori de jovens, o
ideal é se retratar alguma história pitoresca, diferente e fugir do tradicional relato de uma programação como esta que é muito previsível.
198 | Pontes de Esperança
O QUE DEVE SER EVITADO?
■ Notícias sobre reuniões com políticos em período anterior às eleições;
■ Notícias sobre promoções de empresas ou produtos de terceiros;
■ Fotos que só promovam os organizadores;
■ Notícias sem informações básicas (resposta às perguntas jornalísticas elementares – o que,
quem, quando, como, onde, por que);
■ Notícias sobre projetos e produtos que conflitam com os princípios defendidos pela Igreja Adventista do Sétimo Dia;
■ Notícias com jargões religiosos;
■ Citação de outras denominações religiosas – o que se pede é para evitar citar o nome da religião, mas as notícias de conversões podem ser enviadas sem problema.
ASN TV
Os usuários de iPod, iPad, iPhone e outros dispositivos móveis podem assistir, a qualquer
hora e em qualquer lugar, às principais notícias sul-americanas e mundiais da Igreja Adventista do
Sétimo Dia.
O ASNTV é o programa semanal produzido em vídeo pela Agência Adventista Sul-Americana de Notícias (ASN). Além das versões em português e espanhol, desde março de 2011 o
noticiário é feito em uma versão especial com a Língua Brasileira de Sinais (Libras).
O acesso ao vídeocast ASNTV é gratuito, basta assinar o canal no iTunes Store e receber
automaticamente as atualizações. O iTunes é um aplicativo gratuito para Mac e PC que organiza
e disponibiliza conteúdo de música e vídeo digital.
ASN TV no iTunes
http://itunes.apple.com/ar/podcast/asn-tv/id455724708 (Português)
http://itunes.apple.com/ar/podcast/asn-tv-espanol/id455718267 (Espanhol)
Formação do profissional de Comunicação | 199
Programa Adventista de
Capacitação em Comunicação
200 | Pontes de Esperança
O Programa Adventista de Capacitação em Comunicação (PAC.Com) é uma iniciativa
da Igreja Adventista do Sétimo Dia na América do Sul para aprimorar a comunicação em todos
os níveis da igreja.
Ele tem como objetivo ampliar o conhecimento sobre os fundamentos da comunica-
ção social e como aplicar esse conhecimento na vida de nossas igrejas.
Esse curso está sendo desenvolvido em parceria com o Centro Universitário Adventis-
ta São Paulo, campus Engenheiro Coelho, Curso Comunicação Social.
PÚBLICO ALVO – Membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia que são voluntários e escolhidos pela comunidade para atuar na comunicação ou outras áreas, obreiros e servidores de
qualquer setor da Igreja.
AMBIENTE DE ESTUDO – O PAC.Com tem como proposta ser um programa de Educação a
Distância (EAD). A Internet, veículo de conexão entre pessoas de todo mundo, será o ponto
de encontro e todas as videoaulas, avaliações e interação estarão disponíveis o site www.
eunopac.com
ÁREAS DE ESTUDO – O PAC.Com tem como base cinco áreas de estudo: Noções em Jornalismo; Relações com a Mídia; Relações Institucionais; Comunicação na Web e Rede Social e
Produção de áudio, vídeo e filme. As videoaulas são baseadas nestas cinco áreas de estudo.
O PAC.Com POSSUI TRÊS NÍVEIS:
1. CURSO BÁSICO - Requerido 50 horas, sendo:
a) A
ssistir a 25 videoaulas sobre os fundamentos da comunicação e realizar as avaliações de
retenção de conteúdo;
b) Realizar 15 horas de leitura e registrar o respectivo relatório no site;
c) Assistir 10 horas de seminários e registrar a participação no site.
Formação do profissional de Comunicação | 201
2. CURSO AVANÇADO I - Requerido 140 horas, sendo:
a) Fazer opção por uma das cinco áreas de estudo do PAC.Com.
b) Assistir 25 videoaulas sobre os fundamentos da comunicação e realizar as avaliações de retenção de conteúdo;
c) Realizar 45 horas de leitura na área escolhida e registrar o respectivo relatório no site;
d) Assistir 30 horas de seminários e postar no site os certificados participação;
e) Estagiar 40 horas na área escolhida e postar no site uma declaração onde foi realizado o estágio;
f) Demonstrar conhecimento através de uma avaliação sobre: Identidade Global da Igreja Adventista do Sétimo Dia e Declaração de Ética do Departamento de Comunicação dos Adventistas do Sétimo Dia.
3. CURSO AVANÇADO II - Requerido 110 horas, especial para alunos diplomados ou cursando
Comunicação Social.
a) Fazer opção por uma das cinco áreas de estudo do PAC.Com.
b) Assistir a 25 videoaulas sobre os Fundamentos da Comunicação e realizar as avaliações de
retenção de conteúdo;
c) Realizar 30 horas de leitura na área escolhida e registrar o respectivo relatório no site;
d) Assistir a 25 horas de seminários e postar no site os certificados participação;
e) Estagiar 30 horas na área escolhida e postar no site uma declaração onde foi realizado o estágio;
f) Demonstrar conhecimento através de uma avaliação sobre: Identidade Global da Igreja Adventista do Sétimo Dia e Declaração de Ética do Departamento de Comunicação dos Adventistas do Sétimo Dia.
CERTIFICADO DE PARTICIPAÇÃO E CERTIFICADO
DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA
Quem optou por fazer o Curso Básico receberá um Certificado de Participação da Asso-
ciação ou Missão ao concluir todos os requisitos do Curso Básico.
202 | Pontes de Esperança
O aluno que optou pelo Curso Avançado receberá um Certificado de Extensão Univer-
sitária, oferecido pelo curso de Comunicação Social do Centro Universitário Adventista de Engenheiro Coelho após cumprir os requisitos do programa conforme a área de estudo escolhida.
RESUMO E COMPARAÇÃO DOS CURSOS
Básico
Avançado I
Avançado II
Oferece certificado de extensão
universitária
Não
Sim
Sim
Necessário ser formado ou estudante na área de Comunicação Social
Não
Não
Sim
25h
15h
25h
45h
25h
30h
Participação em palestras e
seminários
10h
30h
25h
Estágio
Não
40h
30h
Avaliação Identidade Global da IASD
Não
Sim
Sim
Avaliação declaração de ética do
Departamento de Comunicação
da IASD
Não
Sim
Sim
Total de horas exigidas
50h
140h
110h
Vídeoaulas e avaliações
Leitura obrigarória
TEMAS DAS VÍDEOAULAS SOBRE OS FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO
1. O que é Comunicação?
0
02. Relações Públicas
03. Redação de notícias
04. Assessoria de Imprensa
05. Produção de Filmes
06. Publicidade e Propaganda
07. Web e Redes Sociais
08. O profissional de Relações Públicas
09. Produção de Eventos
10. O Valor das Marcas
11. Redação nas diferentes mídias
12. Veículos Internos
13. Fotojornalismo
14. Criatividade
15. Portais
16. Gerenciamento de crise
17. Marketing
18. Assessoria de imprensa
19. Planejamento de Campanha
20. Blogs
21. Reportagem de Jornalismo
22. Audiência/impacto do meio
23. Redes Sociais
24. Documentários
25. Filmes de Publicidade e Propaganda
Formação do profissional de Comunicação | 203
AVALIAÇÃO DE RETENÇÃO DE CONTEÚDO - Todos os alunos, após assistirem a videoaula, podem fazer uma avaliação de
retenção de conteúdo. As questões são objetivas. É considerado satisfatório acerto de 60% das questões, podendo fazer quantas
avaliações forem necessárias para atingir o nível solicitado.
Os alunos do Curso Avançado devem realizar avaliação sobre: Identidade Global da Igreja Adventista do Sétimo Dia e Decla-
ração de Ética do Departamento de Comunicação dos Adventistas do Sétimo Dia.
LEITURA - Uma bibliografia sugestiva para cada área de estudo e das videoaulas estará disponível no site. Após a leitura de
um livro de acordo com a área de estudo escolhida, um relatório deverá ser preenchido no site do Programa.
SEMINÁRIOS E WORKSHOPS - Assistir a conferências, seminários ou workshops, oferecidos pela União, Associação, Missão,
ou promovidas por associações profissionais e faculdades, de acordo com a área de estudo escolhida.
ESTÁGIO - O aluno deverá realizar horas de estágio em uma situação de acompanhamento, de acordo com a área de estudo
escolhida. Ao final do estágio, deverá postar no site uma declaração de onde foi realizado o estágio.
ATRIBUIÇÕES
CONSELHO COORDENADOR DO PAC.Com - Composto pelos Diretores de Comunicação das Uniões e representantes do
Unasp-EC será presidido pelo Diretor de Comunicação da Divisão Sul-Americana.
Caberá ao Conselho fazer as alterações necessárias para o bom andamento do Programa Adventista de Capacitação em
Comunicação. Esse Conselho se reunirá anualmente.
DIVISÃO SUL-AMERICANA - terá como responsabilidade:
1. Aprovar o regulamento do PAC.Com.
2. Manter um link no endereço eletrônico www.eunopac.com e conteúdo programático.
3. Manter os controles, avaliações e conteúdo programático.
4. Providenciar videoaulas dos Fundamentos da Comunicação em parceria com curso de Comunicação Social do Centro Universitário
204 | Pontes de Esperança
Adventista de Engenheiro Coelho e suas respectivas avaliações.
UNIÕES - terão como responsabilidade:
1. O Diretor de Comunicação será o Gerente do PAC.Com em seu território.
2. Promover e acompanhar as Associações e Missões no andamento do PAC.Com.
3. Organizar a cada dois (2) anos encontros de comunicação com todos os Campos de seu território com pelo menos dez (10) horas de seminários.
ASSOCIAÇÕES E MISSÕES - terão como responsabilidade:
1. O Diretor de Comunicação será o Gerente do PAC.Com em seu território.
2. Promover e acompanhar os alunos no andamento do PAC.Com.
3. Organizar anualmente encontros de comunicação com pelo menos dez (10) horas aulas de
seminários;
4. Conceder um Certificado de Participação aos alunos que optarem pelo Curso Básico.
ALUNO - caberá a responsabilidade de:
1. Cumprir os requisitos apresentados conforme o nível escolhido.
2. Cobrir os custos relacionados à taxa de inscrição (em caso de desistência, não haverá restituição), livro para leitura, frequência às conferências e seminários, estágios e certificado de
conclusão do programa.
CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL CENTRO UNIVERSITÁRIO ADVENTISTA SÃO PAULO,
Campus Engenheiro Coelho - caberá a responsabilidade de:
1. O Curso de Comunicação Social tem como responsabilidade a produção técnica, pedagógica
dos vinte e cinco (25) videoaulas sobre os Fundamentos da Comunicação, sendo que os textos
apresentados nos vídeos deverão estar em duas versões, português e espanhol.
2. Oferecer aos alunos que concluírem o Curso Avançado e aos alunos diplomados ou cursando Comunicação Social, um Certificado de Extensão Universitária conforme a área de estudo
e com o total de horas, tendo como opções: Noções em Jornalismo; Relações com a Mídia;
Relações Institucionais; Comunicação na Web e Rede Social; Produção de áudio, vídeo e filme.
Formação profissional
de comunicação
206 | Pontes de Esperança
Áreas da Comunicação Social
A formação de bons profissionais de comunicação é ação fundamental para o crescimen-
to da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Por meio da comunicação humana, a mensagem da esperança alcança os corações sedentos e transmite o poder da verdade que restaura. O poder é
divino, mas o veículo é humano. O próprio Cristo, para se fazer entender, se transformou em um
de nós. Dessa maneira, o Mestre dos mestres compartilhou o plano da redenção.
Quando ouvimos as histórias da conversão de homens e mulheres, sempre notamos a
existência das ferramentas da comunicação através dos folhetos, livros, revistas, programas de rádio, vídeos, eventos (tais como séries de conferências, musicais e cultos especiais), propagandas,
blogs, sites, CD’s, um sorriso, um olhar, um aperto de mão.... enfim, o percurso entre a mensagem
da salvação e o pecador sempre é feito pelos caminhos da comunicação. Por isso, os profissionais
que atuam nesse setor precisam ter excelente formação técnica e profissional e muita compreensão do que é ser um instrumento nas mãos de Deus.
Existem muitas maneiras de aprender um pouco sobre comunicação. Para quem não
pode ou não tem interesse em fazer um curso superior de jornalismo, publicidade e propaganda,
relações públicas, cinema, design gráfico ou rádio e TV, existe a possibilidade de realizar cursos específicos para a capacitação rápida em uma determinada área. Desse modo é possível em
poucos meses entender um pouco mais sobre fotografia, internet, edição de vídeo, design gráfico, dentre dezenas de outras opções. É evidente que esse tipo de formação capacita o estudante para desempenhar uma ação técnica para uma determinada finalidade. Nos cursos rápidos
não se trabalha a gestão da comunicação de modo amplo. Para quem deseja atuar como um
profissional da área, o ideal é fazer um curso superior.
A carreira de Comunicação é ampla e, neste sentido, existe um pouco de confusão so-
bre os termos e nomes atribuídos ao curso e suas habilitações. Diferentemente do que ocorre
em outros cursos superiores, em Comunicação Social as habilitações são consideradas como os
verdadeiros bacharelados. Mesmo que o diploma seja em Comunicação Social, com habilitação
em Jornalismo – o que denota que Comunicação Social é um guarda chuva mais importante e a
habilitação em Jornalismo algo subordinado - não existe no universo da atuação profissional o
Formação do profissional de Comunicação | 207
comunicólogo, mas, sim, jornalistas, publicitários, relações públicas, cineastas, designers, produtores de rádio e TV, etc. Nos últimos anos aumentaram o número de habilitações. Existem cursos
que oferecem formação em comunicação com o mercado, mídias digitais, midialogia, produção
audiovisual, entre outros.
Existem no Brasil cerca de 700 cursos superiores de comunicação social. A maioria deles
está localizada na região sudeste, com predominância aproximadamente de 40% desses cursos
no estado de São Paulo. As áreas mais oferecidas são de Publicidade e Propaganda, Jornalismo e
Relações Públicas.
Publicidade e Propaganda
Os cursos de Publicidade e Propaganda ensinam os conceitos, as técnicas e os instru-
mentos fundamentais para o planejamento, a criação e a produção de campanhas de divulgação
para produtos, serviços, marcas e ideias, visando à apresentação de soluções de comunicação
mercadológica para os clientes. As áreas de atuação de um publicitário vão muito além da criação, conceito que muitos ainda têm da profissão. Ele pode trabalhar com redação publicitária,
planejamento de campanhas, desenvolvimento de estratégias de promoções, no marketing de
consumo, em produção gráfica, fotografia publicitária, pesquisa de mercado, publicidade on-line
e muito mais. Entretanto o segredo da profissão é realmente ser criativo, ou seja, ver oportunidades onde outras pessoas não conseguem e ser original e eficiente sob grande pressão. O curso
de Publicidade e Propaganda é identificado como formador de profissionais empreendedores e
capazes de apresentar soluções eficientes para as organizações a quem prestarão seus serviços.
Pode trabalhar em empresas privadas, ONGs, terceiro setor, ou de maneira independente, como
gestor do seu próprio negócio.
Jornalismo
Os cursos de jornalismo concentram sua atuação na formação de profissionais capacita-
dos para escrever textos com correção e estilo, organizar as ideias e expô-las com clareza e objetividade, analisar os fatos, apurar com rigor e lidar com as diversas abordagens éticas, políticas
208 | Pontes de Esperança
e legais que caracterizam a prática jornalística. O jornalista deve ter habilidades próprias à sua
função. Para isso, o conhecimento dos mais variados assuntos é essencial. Deve relacionar-se com
os diferentes públicos ou pessoas e transformar linguagens ou informações específicas num texto
adequado ao leitor, ouvinte ou telespectador. Ele deve ser ético, crítico, curioso, preocupado com
questões sociais e atento à realidade.
Ser jornalista é viver a profissão 24 horas por dia, olhando o mundo de uma maneira di-
ferente, para antecipar as indagações e críticas que a sociedade irá fazer. O jornalista tem que ter
uma formação sólida não só no seu principal instrumento de trabalho (a língua materna), como
também amplo conhecimento geral. É importante saber as técnicas de veiculação das notícias
para os veículos tradicionais, como jornal, revista, rádio e televisão e para as novas possibilidades
na internet e celular, veículos esses que se firmaram como importantes disseminadores de notícias em primeira mão.
Relações Públicas
A forma básica de se pensar o trabalho do relações públicas é naquele profissional que
procura fortalecer a imagem institucional da organização através de bons relacionamentos entre
sua empresa e o público externo com o qual ela interage. Relações Públicas é a ciência do planejamento estratégico da comunicação organizacional, que produz ações motivadoras e contínuas de
aproximação entre a instituição e seus públicos. O relações públicas, ou simplesmente, RP, busca
promover uma imagem e reputação favoráveis, capazes de posicionar adequadamente a organização junto à sociedade, governos e meios de comunicação. Atualmente, o RP pode atuar também como estrategista e executor da comunicação com os funcionários, como consultor político,
ouvidor, ombudsman, gerenciador de pesquisas de opinião pública e organizador de cerimoniais
e programas de visitas.
Formação do profissional de Comunicação | 209
Cursos de Comunicação Social
na Igreja Adventista
Na América do Sul existe a possibilidade de estudar Comunicação Social em três institui-
ções de ensino localizadas na Argentina, Peru e Brasil. A seguir, algumas características de cada
um desses cursos, fornecidas pela própria instituição.
Argentina - UAP
Universidade Adventista del Plata
Objetivos do Curso
O curso tem como objetivo formar profissionais para pesquisar, idealizar, planificar, di-
rigir, produzir e executar ações comunicativas levando em consideração o contexto social local, regional e nacional, dentro dos princípios e valores do cristianismo. Capazes de pensar de
forma crítica e reflexiva sobre os processos da comunicação e informação que caracteriza o
mundo contemporâneo.
Os formandos estão capacitados a:
■ Abordar o processo da comunicação como possibilidades multifacetadas e integradas;
■ Analisar com senso crítico a metodologia adequada a estrutura das mensagens;
■ Elaborar roteiros de programas para ser transmitidos em rádio e TV;
■ Organizar, diagramar e planejar o funcionamento dos meios de comunicação social;
■ Escolher e aplicar técnicas de elaboração de mensagens para ser difundidos pelos distintos
meios de comunicação gráficos e audiovisuais (imprensa, rádio, TV);
■ Assumir a responsabilidade de seus atos, respeitando os princípios ético-cristãos;
■ Prover comunicação objetiva, respondendo aos princípios de veracidade;
■
Elaborar projetos de comunicação, considerando os aspectos essenciais em relação ao
público, meio, gênero discursivo, etc;
■ Produzir materiais de comunicação específicos em diferentes suportes;
210 | Pontes de Esperança
■
Analisar, pesquisar, elaborar, interpretar e avaliar mensagens e discursos nos meios de
comunicação em diferentes linguagens.
■ Planificar, elaborar, implementar e avaliar estratégias de comunicação nos meios, instituições, organismos, empresas, etc;
■
Conhecer, planificar, articular, pesquisar, assistir criticamente e produzir processos
de comunicação atendendo suas particularidades contextuais em diálogo com o transnacional e global;
■
Intervir em distâncias práticas profissionais e acadêmicas inscritas no campo da comuni-
cação social;
■
Conhecer e compreender as diversas perspectivas teóricas para abordar os estúdios de
comunicação e manejo dos conhecimentos específicos referentes a diferentes linguagens, suportes e tecnologias da comunicação;
■
Elaborar planos, conduzir e avaliar processos de comunicação tendentes a aperfeiçoar os
processos da educação e do desenvolvimento social;
■ Pesquisar sobre o campo da comunicação social na procura de atualização e produção de
conhecimento.
Peru - UPeU
Universidade Peruana Unión
Comunicadores que amam e dizem a verdade
Em tempos cruciais como os que vivem as sociedades do terceiro milênio, globalizadas
pela comunicações, o profissional eminentemente urgente para todas as áreas é, sem dúvida, o
comunicador social.
Dezenas de jovens são formados com esse perfil desde 2002 na Faculdade Acadêmi-
co-Profissional peruana das Ciências da Comunicação, da Universidade Peruana Unión (UPeU)
de Lima; são os primeiros comunicadores adventistas peruanos convocados para uma causa mais elevada: o serviço que transcende as aspirações comuns dos demais profissionais
do seu tempo.
Formação do profissional de Comunicação | 211
Formados para as mudanças
Os alunos formados neste centro superior de estudos estão conscientes que a TV, o rádio,
a imprensa, a internet e qualquer outro meio massivo de comunicação são válidos instrumentos
em suas mãos. Desse modo, seu mais importante trabalho se encontra na elaboração de mensagens que, por meio das mídias de massa, são transmitidas cada dia.
Seja um discurso falado, uma notícia impressa, as fotografias em uma revista, a publici-
dade de algum serviço ou as imagens de um projeto bem-sucedido, os comunicadores formados
nessa instituição, demonstram grande senso de responsabilidade social desde a concepção da
ideia, passando pelo desenho, produção, realização, até sua entrega ao público. É nesse ponto
que entra em ação a vocação e o compromisso que lhes transmitiram seus professores na UPeU,
homens e mulheres tementes a Deus e guardadores da sua Palavra, reconhecidos pela sua ampla
experiência no campo midiático.
Seguindo o Mestre
Os comunicadores graduados na UPeU, começam cada aula com uma meditação bíblica,
cantos e oração, aprendendo que a razão de ser de um profissional é o bem-estar do próximo e
a divulgação do que é verdadeiramente importante para os homens: sua salvação. São discípulos
de Cristo neste terceiro milênio, que, durante cinco anos, têm sido dotados dos conhecimentos
mais profundos sobre a sociedade, suas necessidades e organização, para apresentar, mais tarde,
alternativas criativas que contribuam sinceramente para o progresso local, nacional e mundial.
Para isso se infiltram nas comunidades, convivem no meio delas a fim de desenvolver políticas,
estratégias e sistemas de comunicação eficazes.
Esse aprendizado se fortalece com a constante experimentação praticada com as novas
tecnologias de comunicação nos laboratórios de TV, rádio, fotografia, publicidades e relações públicas da UPeU. Ainda existem os projetos acadêmicos especiais do Canal Universitário, a Rádio
Universitária e o Jornal da Universidade, e integrando o staff de imprensa da UPeU que realiza
cobertura dos fatos que são notícia dentro e fora da instituição.
212 | Pontes de Esperança
Brasil - Unasp
Centro Universitário Adventista de São Paulo
No Brasil existe a possibilidade de cursar jornalismo ou publicidade e propaganda dentro
de uma instituição educacional adventista. O Unasp, Campus Engenheiro Coelho, oferece um dos
melhores cursos de jornalismo e de publicidade do estado de São Paulo. Isso pode ser comprovado pelo último resultado do Enade, onde jornalismo obteve o segundo lugar entre cerca de 50
cursos, e publicidade a quarta colocação entre mais de 90 cursos. O estudante de comunicação
do Unasp é inovador, contestador, prático, crítico, investigativo, curioso, leitor, analítico, tem facilidade para lidar com outras pessoas e, principalmente, não tem medo de atuar. Aliás, é apaixonado por trabalho. Nesse curso são bem-vindos tanto os indivíduos com características mais
artísticas e densas e aqueles com perfis mais meticulosos e perfeccionistas.
Se você gosta de artes; sabe desenhar ou escrever; sentiu afinidade por sociologia duran-
te o ensino médio; interessa-se por história, economia, política e tudo o que acontece no mundo;
domina softwares; ou ainda consegue se adaptar às atividades administrativas e financeiras; é
bem-vindo ao curso de Comunicação Social do Unasp. Em publicidade se analisam mais os negócios, tendências, inovações e vendas. No jornalismo se trata com os fatos, com a crítica social,
com a divulgação das notícias que são importantes para a sociedade. Fiscalizam-se os poderes
públicos com o intuito de garantir a perpetuidade das liberdades humanas.
Publicidade e Propaganda - Da sala de aula para o mercado de trabalho
O que um publicitário faz? A parte mais visível do trabalho são os comerciais para te-
levisão, rádio, revistas, jornais e publicidade em mídia exterior, como outdoors, banners, etc.
Mas por trás disso tudo, o trabalho aprimora o estudo da sociedade profundamente e usa esse
conhecimento com objetivo de mudar comportamentos e estimular o consumo de produtos e
serviços. Em termos mais técnicos, um publicitário oferece serviços em comunicação para fazer
crescer empresas e negócios. Dentro de uma agência, você pode se especializar em áreas como
atendimento, mídia, design gráfico, criação e pesquisa de mercado.
Formação do profissional de Comunicação | 213
A formação acadêmica é a etapa fundamental para o preparo de um profissional da
propaganda.
A prática da profissão é tão valorizada quanto a aprendizagem teórica. Há disponibilidade
de estúdio de televisão, rádio FM e uma agência com cara e jeito de profissional. Através da agência Zoom Publicidade, os estagiários realizam campanhas de comunicação para clientes de toda a
região metropolitana de Campinas, além de múltiplos eventos.
Os alunos estudam as bases da filosofia, sociologia, teoria da comunicação, marketing,
administração, sempre com o foco voltado para as atualidades do mercado. Os professores são
mestres e doutores que atuam ou já trabalharam ativamente no mercado. E numa política de valorização do aluno, a instituição procura tornar o contato entre ele e o professor o mais próximo
e amigável possível. Para quem quer entrar no mercado com experiência, garra, base teórica e
portfólio, o curso de Publicidade no Unasp é a escolha certa.
Jornalismo: genérico e especializado
No Jornalismo, a origem do diploma não pesa tanto quanto o saber fazer, o conhecer o
caminho das pedras para a execução de tarefas elementares da profissão. Esse diferencial o curso de Jornalismo do Unasp oferece. O conceito dado pelo MEC em 2003 foi “A”. Três requisitos
precisavam ser preenchidos antes da vistoria naquele ano: titulação de professores, construção
da redação e ampliação do laboratório fotográfico. A nova redação foi construída e se tornou
multimidiática, interagindo impresso com online, TV, rádio e foto. Nove prêmios já foram conquistados em concursos nacionais. Com as mudanças do mundo fotográfico, o laboratório tornou-se
dispensável, pois as fotos digitalizadas podem ser trabalhadas na própria redação.
Cerca de 12% dos formandos de Jornalismo no Brasil conseguem vagas no mercado
até dois anos após a saída da universidade. A média do Unasp é de 80% até seis meses após
a graduação.
O curso de Jornalismo do Unasp possui três agências/departamentos. A primeira é a ABJ
(Agência Brasileira de Jornalismo), onde os alunos podem estagiar em cinco veículos das quatro
mídias: ABJ Notícias (www.abjnoticias.com), revista Canal da Imprensa (www.canaldaimprensa.
com.br), jornal O Parcial, ABJ Notícias para a Rádio Unasp e TV ABJ. A segunda é a Rádio Unasp
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(www.radiounasp.com.br). Finalmente, na editora universitária Unaspress (www.unaspress.
unasp.edu.br), os alunos podem estagiar nas revistas Escola Adventista e Acta Científica, e na
edição de livros.
Orientados por professores com experiência, os futuros profissionais podem atuar como
repórteres, revisores, fotógrafos, diagramadores, editores, articulistas, comentaristas e até em
funções administrativas na ABJ, Rádio Unasp e Unaspress. Uma das metas do curso é preparar
futuros jornalistas para terem uma visão geral da profissão ao mesmo tempo em que se especializam em uma ou mais áreas.
Organização e autoria | 215
Organizadores
Edson Rosa
Formado em Teologia pelo Unasp, Campus São Paulo, Pedagogia pela Universidade Hebraica São
Paulo e Mestre em Teologia pastoral pelo Unasp, Campus Engenheiro Coelho. Iniciou suas atividades por quatro anos como pastor distrital em São Miguel Paulista e Penha, em São Paulo. A
seguir foi diretor de Educação por seis anos na APL (Associação Paulista Leste) e Secretário na
mesma Associação, por dois anos, diretor MIPES (Ministério Pessoal e Escola Sabatina) na APS
(Associação Paulista Sul), por quatro anos, Secretário APS, por três anos, diretor MIPES da UCB
(União Central Brasileira), por cinco anos, Secretário da UCB por mais três anos e desde 2006,
exerce a função de Diretor de Comunicação, Relações Publicas e Liberdade Religiosa da Divisão
Sul-Americana. Foi apresentador, por três anos, do programa de TV Lições da Bíblia e, por quatro
anos, do Programa Fé para Hoje. Produziu programas de evangelismo via Satélite de vídeos para
capacitação, relatórios, motivacionais e cursos bíblicos. Co-organizou e editou o guia.
Luís Henrique dos Santos
Formado em Propaganda e Marketing pela ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing),
São Paulo. Especialista em Docência do Ensino Superior pelo Centro Universitário Adventista de
São Paulo, MBA em Gestão e Estratégica de Mercados pela Fundação Getúlio Vargas e pela Universidade da Califórnia. Mestre em Comunicação pela ESPM. É consultor em Planejamento e Comunicação de Marketing, sócio-diretor de uma agência de comunicação corporativa e professor
dos cursos de graduação em Comunicação Social e pós-graduação em Comunicação Corporativa
no Unasp. Já foi diretor de comunicação da Igreja do IASP (Unasp, Campus Hortolândia) por cinco
anos. Co-organizou o guia e escreveu os capítulos sobre comunicação interna, comunicação digital, organização da igreja e o capítulo de cross media.
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Martin Kuhn
Formado em Teologia pelo Unasp, campus Engenheiro Coelho, e em Comunicação Social - Publicidade e Propaganda - pela UNIP (Universidade Paulista), Campinas. Especialista em Educação pelo
Unasp, mestre em Comunicação, Administração e Educação pela Unimarco (Universidade São
Marcos) e Doutor em Comunicação Social pela UMESP (Universidade Metodista de São Paulo).
Tem estudos de extensão em Cinema e Vídeo pela UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas). Já foi Gerente de Marketing do Unasp, Campus Engenheiro Coelho, Assistente de Comunicação e Marketing da University of South Florida (EUA), e atualmente é Coordenador Geral dos
cursos de graduação e pós-graduação em Comunicação Social do Unasp. Foi Diretor de Comunicação da Igreja do Unasp, Campus Engenheiro Coelho, por mais de três anos. Co-organizou o guia
e escreveu os capítulos sobre TV e educação em comunicação. Organização e autoria | 217
Autores
Bruno Mastrocolla
Formado em Arquitetura e Urbanismo, pós graduado em Administração de Empresas pela Fundação Getulio Vargas, extensão em Marketing estratégico pela ESPM e MBA em finanças pela
Fundação Dom Cabral. De 2008 a 2011 foi Coordenador de Redes Sociais do grupo Santander
Brasil e um dos integrantes do comitê mundial de estratégias digitais do Grupo. Em março de
2011 encerrou sua trajetória profissional no Santander para trabalhar na organização adventista.
Atualmente é docente do curso de comunicação Social e diretor da agencia Junior de publicidade
Zoom no Unasp. Escreveu sobre o papel da Igreja nas redes sociais.
Célia Grace Araújo Costa
Formada em Pedagogia pelo Unasp, pós-graduada em Marketing pela ESPM (Escola Superior de
Propaganda e Marketing) e mestre em Comunicação, Administração e Educação pela Universidade São Marcos. Produtora artística e de eventos, possui MBA em Music Business nos EUA,
participou no evento de posse do ex-presidente americano Bill Clinton, entre outras dezenas de
eventos nacionais e internacionais de grande porte. Foi diretora de Operações da Rádio Unasp
FM, professora no curso de Comunicação Social do Unasp, campus Engenheiro Coelho, e Coordenadora de comunicação da Igreja do Unasp. Produtora Executiva na TV Novo Tempo e Gerente de
Marketing do Sistema Adventista de Comunicação. No guia escreveu a seção sobre eventos em
parceria com outra autora.
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Evelise da Rosa Morais
É jornalista e fotógrafa em Porto Alegre, RS, Brasil. Jornalista formada pela Unisinos (Universidade do Rio dos Sinos), (RS). Trabalhou no Departamento de Comunicação da ASR (Associação
Sul-rio-grandense) de 2001 a 2005, sendo colaboradora de matérias para a Revista Adventista
e atuou na Assessoria Integrada de Comunicação do UniRitter (Centro Universitário Ritter dos
Reis). É sócia da 4Him Fotografia e ministra palestras e oficinas sobre comunicação e fotografia em eventos promovidos pela Igreja Adventista. Escreveu sobre a postura do fotógrafo em
eventos religiosos. Fábio Ramos
Formado em Propaganda e Marketing pela ESAMC (Escola Superior de Administração, Marketing
e Comunicação). Pós-graduado pela ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing). Como
publicitário recebeu os prêmios “Profissionais do Ano”, da Rede Globo, e “Festvídeo” APP Ribeirão Preto. É sócio da Arpejo Comunicação, professor no curso de Comunicação Social do Unasp,
campus Engenheiro Coelho, e diretor de Planejamento da agência Zoom Publicidade. No guia
escreveu a seção sobre planejamento e mídia.
Felipe Lemos
Jornalista, especialista em marketing, trabalha em comunicação desde 1994, já atuou em jornal,
revista, rádio, produção de TV e comunicação corporativa. Atualmente assessor de comunicação
da Divisão Sul-Americana. Escreveu sobre gerenciamento de crise com a opinião pública.
Organização e autoria | 219
Kenizzia Rodrigues Moreira
Publicitária pelo Unasp, Campus Engenheiro Coelho. É produtora de eventos, diretora de
Atendimento da agência Zoom Publicidade, coordenadora de Marketing do Unasp, Campus
Engenheiro Coelho, e coordenadora de Comunicação da igreja do Unasp. Foi co-autora do
capítulo sobre eventos.
Kenny Zukowski
Formado em Design Gráfico pela Universidade Federal de Minas Gerais e mestrado em Design
pela Universidade Anhembi-Morumbi, São Paulo. Atuou por sete anos como diretor de Arte em
agências de publicidade nas cidades de Belo Horizonte e Ribeirão Preto. Coordenou o departamento de criação da gráfica da União Central Brasileira por três anos. Atualmente é professor
no Unasp, Campus Engenheiro Coelho, no curso de Comunicação Social, onde ministra disciplinas na área de criação, editoração e fotografia desde 2003. Também é diretor de Criação da
Zoom Publicidade. No guia escreveu sobre criação para mídia impressa, internet, mídia exterior
e fotografia.
Michelson Borges
É jornalista, formado pela Universidade Federal de Santa Catarina. Foi professor de História em
Florianópolis e editor do jornal da Rádio Novo Tempo daquela capital, onde também apresentava
um programa de divulgação científica. É editor de livros na Casa Publicadora Brasileira. Também é
autor dos livros A História da Vida e Por Que Creio (sobre criacionismo), Nos Bastidores da Mídia
e da série Grandes Impérios e Civilizações, composta de seis volumes. Mestre em Teologia pelo
Unasp, é membro da Sociedade Criacionista Brasileira e tem participado de seminários criacionistas por todo o Brasil. Escreveu sobre release e lead.
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Valdecir Simões Lima
Graduado em Letras no Unasp, campus São Paulo, e Línguas Modernas e Teologia no Southwestern Adventist University,Texas, EUA. Trabalhou por quatro anos como produtor editorial para a
Voz da Profecia e o programa de TV Está Escrito. É também o autor do livro O Preço da Felicidade da Casa Publicadora Brasileira. Especializou-se em Docência Universitária pelo Unasp e tem
estudos de extensão em Linguística e Produção Videográfica e Cinematográfica pela Unicamp
(Universidade Estadual de Campinas). Atua também na área musical como maestro e compositor. É autor de algumas das mais conhecidas canções contemporâneas da Igreja Adventista.
Atualmente é professor nos cursos de Teologia e Comunicação Social no Unasp, Campus Engenheiro Coelho. Escreveu sobre a Comunicação e a missão da Igreja Adventista.
Roberta Nobre
É relações públicas e cerimonialista, especialista em Gerência de Projetos, e diretora da Empresa
Nobre Eventos. Atualmente exerce a função de assessora de Cerimonial & Eventos na CNT (Confederação Nacional de Transporte), escreveu sobre cerimonial e Protocolo.
Wagner Cantori
Jornalista e radialista. Tem especialização em Docência do Ensino Superior e mestrado em Divulgação Científica pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Já foi diretor de jornalismo e programação da Rádio Novo Tempo Campinas. Apresenta o programa Vida & Saúde
na Rede Novo Tempo de televisão. É coordenador associado e professor do curso de comunicação social, habilitação em Jornalismo e publicidade e propaganda do Unasp, campus Engenheiro Coelho. Escreveu sobre assessoria de imprensa, gerenciamento de crises e rádio.
Organização e autoria | 221
Colaboradores
André Leite
Formado em Jornalismo no Unasp. Já foi articulista do portal Paraná-Online, Tribunasp, O Regional e Canal da Imprensa, além de editor de Arte da revista Escola Adventista. Apresentou na
Unasp FM os jornais Primeira Página, Unasp Regional e o programa Você na Área. Foi, também,
o chefe de redação na emissora.
Luiz Alberto Nadaline
Pastor e jornalista, atualmente lidera cinco igrejas em Curitiba, PR. É autor do Manual com Orientações para Comunicadores publicado inicialmente em 1999 e reeditado pela associação Sul Paranaense da Igreja Adventista. Algumas partes do seu manual foram reproduzidas aqui e complementam as informações de alguns capítulos.
Miguelli Simioni
Jornalista formada pelo Unasp, campus Engenheiro Coelho. Já escreveu para os veículos digitais
Diário do Campus e Canal da Imprensa. Também já foi redatora dos jornais O Regional e O Parcial
e da Revista Escola Adventista. Em 2007, fez parte da equipe que produziu o DVD Por Você, do
Coral Jovem do Iasp. Em 2008, assumiu a função de chefe de produção da Unasp FM. Em 2009
e 2010 assumiu a coordenação de produção e programação da Rádio Novo Tempo para todo o
Brasil. Em 2011 foi coordenadora da TV Regional da TV Novo Tempo para o Vale do Paraíba. Em
2012 assumiu a coordenação e produção dos Anjos da Esperança, também na TV Novo Tempo.
222 | Pontes de Esperança
Revisão Conteúdo
Antonio Villafuerte
Aquino Bastos Filho
Arnaldo Balog
Benjamín Belmonte
Edgar Bosisio
Edgardo Muguerza
Elmar Borges
Erton Kohler
Francisco de Oliveira Filho
Heber Pinheiro
Revisão Texto
Jorge Rampogna
Laercio Mazaro
Leônidas Guedes
Magdiel Pérez
Nelson Milanelli
Pablo Flor
Remberto David Sarzuri
Felipe Lemos
Mani Maria Pereira dos Santos
Márcia Raposo Ebinger
Nélida Alejandra Leguizamón
Renato Groger
Silmira Martha Zorub de Souza Rosa

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