voz.
Transcrição
voz.
A laringe e voz… Você já se imaginou sem voz? Importância da voz Expressão artística Atores Cantores Importância da voz Instrumento de trabalho (70% trabalhadores) Vendedores Recepcionistas Radialistas Professores Operadores de telemarketing Médicos … Como a voz é produzida Ar dos pulmões 2. Vibração das pregas vocais 3. Som “moldado” 1. garganta boca língua lábios 3 2 1 Como a voz é produzida Vibração das pregas vocais Você sabia? – Durante a vibração, uma prega vocal encosta na outra cerca de 100~300 vezes por segundo Como a voz é produzida Vibração das pregas vocais Respiração Fala Como a voz é produzida Voz grave Voz pode ser regulada graves / agudos alto / baixo tipo de voz permite produção de uma série de sons diferentes Voz aguda Mas… Elas também têm seus limites… Falar demasiadamente Gritar Tossir ou pigarrear excessivamente Falar em ambientes ruidosos Falar muito quando gripado … Voz Uso abusivo Agressão cigarro álcool gripe … lesão / doença Quando as pregas vocais estão doentes Rouquidão Cansaço ao falar Falhas ou perda de voz Pigarro Dor ou ardência na garganta Dificuldade para engolir … ? Quando as pregas vocais estão doentes Laringite Quando as pregas vocais estão doentes hematoma Quando as pregas vocais estão doentes Nódulos (“calos”) Quando as pregas vocais estão doentes Pólipos Quando as pregas vocais estão doentes CÂNCER de laringe Quando as pregas vocais estão doentes CÂNCER de laringe Brasil: 2o país no mundo em incidência Relacionado a tabagismo e etilismo Rouquidão pode ser o 1o sintoma Grandes possibilidades de CURA, desde que diagnosticado no início do quadro Quando devo consultar o otorrinolaringologista? Rouquidão persistente por mais de 2 semanas Perda súbita da voz, sem um quadro gripal associado Se você fuma, estes conselhos são ainda mais importantes… Importância da voz do trabalhador Custos sociais Nos EUA: diariamente, 28 milhões de trabalhadores tem problemas vocais. Custo anual com tratamento e ausência no trabalho = 2,5 bilhões de dólares. No Brasil: apenas entre os professores, estima-se que 2% estejam afastados por rouquidão. Perda anual = R$100 milhões. Cuidados com a voz Mitos e crendices: Tomar conhaque para “aquecer” a voz… Dar um grito antes de falar em público libera as tensões… Pigarrear ajuda pois limpa as pregas vocais… Cochichar é bom pois poupa a voz… Chupar pastilhas é bom para a voz… pastilhas, principalmente se conferem um efeito anestésico, podem ser prejudiciais pois podem mascarar os sintomas de uma inflamação, por exemplo. Se o paciente fala nessas condições, pode haver prejuízo para a voz Cuidados com a voz O que você não deve fazer: Não gritar Não cochichar Não pigarrear ou tossir à toa Não forçar a voz, principalmente quando gripado Cuidados com a voz O que você não deve fazer: Não fumar Não consumir álcool em excesso Cuidados com a voz O que você não deve fazer: Não praticar exercícios físicos falando: Durante o esforço físico, ocorre aumento no grau de fechamento glótico, podendo gerar sobrecarga durante a fonação Não falar em demasia em ambiente de fumantes : A fumaça do cigarro é um irritante às mucosas do trato vocal e pode levar ao comprometimento do batimento ciliar do trato respiratório e ressecamento da prega vocal em ambientes barulhentos ou abertos em período pré-menstrual após ingerir grandes quantidades de aspirinas, calmantes ou diuréticos No período pré-menstrual há retenção de fluídos pelo corpo e também nas pregas vocais. O “edema” resultante pode prejudicar o desempenho vocal em profissionais como cantores, p.e. A voz tende a ficar mais grave. Nesse período, existe um risco aumentado, de hematoma intrapregal, sobretudo se o abuso vocal é feito por mulheres que fazem uso de AAS. Cuidados com a voz O que evitar: Evitar alimentos derivados do leite e achocolatados antes do uso intenso da voz Evitar alimentos que causem azia e má-digestão Evitar ambientes com muita poeira, mofo e cheiros fortes Leite e derivados engrossam a saliva. Curiosidade: Gengibre: apesar de efeito “cicatrizante” pode irritar as mucosas da laringe, desencadeando tosse intensa Maçã e salsão: propriedades adstringentes (“afinam” a saliva): recomendados para cantores no período entre apresentações Cuidados com a voz O que é bom: Articular bem as palavras Falar pausadamente Descansar a voz (fazer momentos de repouso vocal) Cuidados com a voz O que é bom: Ingerir muito líquido em temperatura ambiente (1 a 2 litros/dia) Pregas vocais hidratadas tem melhor flexibilidade, favorecendo a vibração. Pregas ressecadas tem maior probabilidade de desenvolver alterações orgânicas secundárias, pelo “atrito” de uma prega contra a outra. O respirador bucal tem o fator ressecamento agravado e deve ingerir líquidos em quantidades maiores que o respirador nasal. Um bom indicativo do nível de hidratação é a cor da urina, que deve ser clara Cuidar da saúde geral: sono alimentação atividades anti-stress Fernando Pochini Cartilagens músculos , membranas e mucosas. Supra-glote: Ventrículos laríngeos Ádito laríngeo Infra-glote: Primeiro anel traqueal Abaixo da glote Tireoide Cricóide Epiglote Aritenóides Corniculadas Cuneiformes Acesssórias: Tritícias e sesamoide Tireóide Proeminência laríngea 90 homem e 120 graus mulher Incisura tireóidea superior e inferior Laminas laterais Linhas oblíquas Cornos superiores e inferiores Cartilagem cricóide Ovóide homens, circular na mulher Superfícies articulares tireoideas Conexão cartilagens aritenóides na região postero-inferior Lamina cartilaginosa Forma pirâmide Processo vocal(ant med) Processo muscular(post-lat) Base côncava(deslizamento ant-post e rotação médiolateral) Aritenoides ant e inf, pregas vocais na linha mediana, em adução Aritenóides post e super, pregas em abdução Cartilagem epiglote Forma de folha(mais fechada na infância e mais aberta na puberdade) Pecíolo da epiglote(tireóide) Pregas ariepiglóticas Cartilagens acessórias Corniculadas em forma de cornos, no ápice, prolongam as aritenóides p/ cima e para trás Cuneiformes, forma de haste, mergulhadas nas pregas ariepiglóticas constrição supraglotica ant.post. Músculos laringeos Intrínsecos TA tireoaritenóideo: ângulo cartilagem tireoide ao processo vocal Aduz, abaixa, encurta e espessa a prega vocal Feixes tireovocal(medial) e tireomuscular(lateral) Músculo cricoaritenóideo posterior - CAP Único abdutor PV Da lamina da cartilagem cricóide ao processo muscular das aritenóides Abduz, alonga, afina a PV Músculo cricoaritenóideo lateral – CAL Um dos principais adutores das pregas vocais Aduz, abaixa, alonga PV, deixando sua borda livre afinada Da margem superior da cricóide ao processo muscular Fecha a glote anterior, necessitando da ação do aritenóideo para porção posterior Músculo aritenóideo Feixe transverso, corre horizontal e outro mais superficial, o oblíquo. O transverso aproxima as bases das aritenóides O oblíquo da base do processo muscular ao ápice da outra cartilagem: aproxima as pontas das cartilagens. Os feixes aduzem as cartilagens aritenóides para fechar a glote posterior. Músculo cricotireóideo Adutor secundário na porção paramediana Maior m. intrínseco da laringe Origem no arco da cricóide ant., inserção na borda inferior da cartilagem tireóide Abaixa, estira, alonga e afila PV, sendo o m. do controle da frequencia da vóz Músculo ariepiglótico – AE Situa-se nas pregas ariepiglóticas Abaixa a epiglote, aproxima as aritenóides com fechamento do ádito da laringe Músculo tireoepiglótico – TE Da cartilagem tireóide á epiglote Retorna a epiglote a posição original. Posição da laringe relacionada aos arcos vertebrais. A posição dos arcos vertebrais pode ser estimada na palpação do exame físico e na avaliação dos exames de imagem, possibilitando termos idéia aproximada de onde estará a prega vocal ou outra estrutura no adulto ou criança. FUNÇÕES LARINGE FONAÇÃO RESPIRAÇÃO PROTEÇÃO DAS VIAS AÉREAS INFERIORES FECHAMENTO GLÓTICO COM FIXAÇÃO TORÁCICA E MANOBRA DE VALSALVA, ESFORÇOS FÍSICOS MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO LARINGOSCOPIA INDIRETA Antes do surgimento das fibras ópticas no uso diário do otorrinolaringologista, podia-se estudar a laringe com a ajuda de um espelho de Garcia. Alguns pacientes tem reflexo nauseoso exacerbado e outros pacientes tem a conformação da laringe de forma que a epiglote encobre grandemente as pregas vocais, dificultando a visualização completa de toda prega quando utilizado este método. LARINGOSCOPIA DIRETA A utilização das fibras ópticas revolucionou o dia a dia do otorrinolaringologista, permitindo diagnósticos precoces e precisos. MICROLARINGOSCOPIA DIRETA A utilização de instrumentos (laringoscópio de suspensão) permitiu um grande aumento na laringe e utilização das mãos nos procedimentos. PATOLOGIAS ANOMALIAS CONGENITAS MENBRANAS E ATRESIAS Agora que sabemos do que é composta, como funcionam as pregas vocais, como podemos examinar a laringe, passaremos a ver as principais doenças que acometem as pregas vocais. As membranas e atresias, de acordo com o grau de obstrução podem ser incompatíveis com a vida. Quadro clínico (QC): As atresias levam a tentativas de respiração fortes e inúteis, cianose e incapacidade de chorar imediatamente após o nascimento, o que leva rapidamente ao óbito. Diagnóstico: Laringoscopia direta. Tratamento: Secção endoscópica da membrana ou traqueotomia no período pós parto imediato. LARINGOCELE Laringoceles internas ocorrem no interior da laringe na prega vestibular. As externas ocorrem são originadas no ventrículo e se prolongam através da membrana tireóidea, formando massa palpável no pescoço. QC: Dispnéia disfonia acompanhada de acompanhada de sensação de corpo estranho na garganta. Diagnóstico: Laringoscopia direta(LD), palpação e tomografia. Tto: se não houver dispnéia o tto é expectante, mas mais tarde o saco pode ser exposto e removido por uma incisão externa. Laringoceles pequenas internas podem ser removidas endoscópicamente. Outras anomalias congênitas: Laringomalácia. QC: Patogênese: metabolismo anormal do cálcio, causando fraqueza incomum do esqueleto laríngeo supraglótico, particularmente da epiglote. Diagnóstico: LD e broncoscopia. A epiglote geralmente tem forma de ômega e mole e dobra-se sobre a entrada laríngea na inspiração. A forma e função das pregas vocais são normais. Tto: tranquilizar os pais, a catilagem fica mais rígida no curso de semanas ou meses, de modo que os sintomas desaparecem lentamente. As refeições devem ser fracionadas com pausa após duas ou três deglutições. Se necessário deverá ser utilizado alimentação por sonda. É rara a necessidade de traqueotomia e a dispnéia temporária grave pode ser tta com intubação. Estridor respiratório começa imediatamente ou nas primeiras semanas após o parto, em casos severos acompanhado por cianose. Os sintomas pioram após a alimentação. distúrbios neurogênicos. QC: Se unilaterais, há guinchos e choro fraco. Lesões bilaterais causam estridor inspiratório. DIAGNÓSTICO: LD, com uma ou ambas pregas vocais na posição paramediana. tto>: lesões bilaterais requerem intubação e mais tarde traqueotomia para obstrução persistente. ESTENOSES SUBGLÓTICAS E LESÕES PÓS-TRAUMA QC: Está presente o estridor inspiratório e inspiratório, mas geralmente não há alteração na voz, que só ocorrera se a cicatriz acomete também a glote. A patogênese geralmente é uma anomalia da cartilagem cricóide. Tto: pode ser necessaria traqueotomia na obstrução respiratoria grave. A criança é então observada até que seja possível a laringotraqueoplastia. PARALISIA DE NERVO Laríngeo recorrente Laríngeo superior Laríngeo recorente: Toda musculatura laringe interna fica paralisada do lado afetado. Como o m. cricoaritenóideo externo é inervado pelo laríngeo superior, a corda vocal paralisada fica sob tensão e na posição paramediana. QC: unilateral: disfonia na fase aguda com melhora gradual na voz. Não há obstrução respiratória importante. O paciente já não consegue cantar. Diagnoóstico: LD com paralisia unilateral. Tto: fonoterapia para estimular a compensação da outra prega vocal normal que ainda está em funcionamento, levando a um fechamento compensatório. Paralisia bilateral:dispneia, estridor inspiratorio, disfonia e tosse.pregas vocais na posição paramediana na LD. Tto as vezes é necessaria a traqueotomia imediata. Paralisia do laringeo superior: QC: aspiração de alimento e bebida, perda da forca da voz e incapacidade de cantar partes agudas das músicas. A respiração quase não é afetada. Na LD , se a paralisia é unilateral a prega se encurta e fica numa posição mais inferior que a prega normal. INFLAMAÇÃO: LARINGITE AGUDA LARINGITE SUBGLÓTICA AGUDA EPIGLOTITE AGUDA LARINGITE AGUDA QD Disfonia, afonia, dor laringe e crises de tosse Patogênese: Infecção viral ou bacteriana Diagnostico: Laringoscopia com pregas vocais vermelhas e edemaciadas Tto: Como infecções virais muitas vezes são seguidas por bacterianas, estão indicados antibióticos. Também se utilizam corticoides. Repouso vocal, fumo é proibido, eliminar substâncias químicas possivelmente envolvidas. OBS: se os sintomas não melhorarem em 2 semanas, estará indicada a LD telescópica ou microlaringoscopia para excluir outras doenças. Ulceração, proliferação e exudato não são tipicos de laringite inespecífica não complicada e devem ser excluídas doenças específicas, lesões prémalígnas e tumores. LARINGITE SUBGLÓTICA AGUDA QC: Há resfriado comum prévio seguido de tosse laríngea seca que piora rapidamente, disfonia, estridor inspiratório, expiratório ou misto, levando a obstrução respiratória grave, por edema inflamatório da mucosa do cone elástico no espaço subglótico. PATOGÊNESE: Infecção viral seguida de bacteriana. TTO: sedação da cca, esteroides, AB para previnir outra infecção, se houver dispnéia crescente internar e entra EPIGLOTITE AGUDA QC: Dor intensa a deglutição , com recusa alimentar podendo levar a desidratação. Estridor inspiratório geralmente força o paciente a sentar-se ereto no leito. Fala pastosa e temperatura elevada. Principalmente crianças ate 10 anos de idade. Patogenese: Principal causador é o Haemophilus influenzae. Diagnóstico: Laringoscopia ou oroscopia mostram uma borda da epiglote hiperemiada edemaciada e espessada. Tto: Internação antibioticoterapia endovenosa, corticoterapia endovenosa e se dispnéia entubação. LARINGITE CRONICA LARINGITE CRONICA Inespecífica Específica LARINGITE CRONICA INESPECÍFICA deve ser diferenciada da específica crônica como a tuberculosa, amiloidoide,etc. a laringite crônica inespecífica deve ser avaliada e tta pelo otorrinolaringologista. QC os sintomas da laringite persistem por semanas ou meses. Disfonia, voz mais grave e as vezes tosse seca. Sensação de globo na laringe e necessidade de limpar a garganta, mas com pouca ou nenhuma dor. Patog.: toxinas exógenas como fumaça de cigarro, poluição e alt. Climáticas. Obstrução nasal também é um fator. Diagn: Laringoscopia com pregas vocais espessas e hiperemiadas com bordas irregulares. Realizar micro laringoscopia com biópsia para excluir doença maligna. Tto: Retirar agentes agressores, , correção de desvio septo ou causador da obstrução nasal, repouso vocal, antibióticos com corticóides em curto prazo, mucolíticos e inalações com sf 0,9%. Os casos refratários podem requerer decorticação das pregas vocais. Realizar LD regularmente, com biópsia nos casos duvidosos para diágnóstico da doença malígna. LARINGITE CRONICA ESPECÍFICA Tuberculose Sífilis Pênfigo vulgar Artrite reumatóide Amiloidose TUMORES BENIGNOS PÓLIPOS EDEMA DE REINKE PAPILOMAS NÓDULOS CISTO Pólipos QC disfonia, afonia e crises de tosse Patogenese: Tu benigno mais fq, ageta ppm homens 30-50 anos. muitas vezes ocorrem por agentes agressores e abuso vocal. Diagnóstico: LD. Tto: exame histopatologico pos ressecção para ver o diagnóstico. EDEMA DE REINDE QD: disfonia, voz grave(grossa). Pode ocorrer estridor, particularmente no esforço físico, se o edema for intenso. Patogênese: O edema quase sempre é bilateral e de base ampla. Desenvolve-se no espaço de Reinke. Geralmente afeta locutores de alta demanda e fumantes. Diagnóstico: Edema bilateral de base ampla em pregas vocais. Tto : remoção cirúrgica do edema e/ou mucosa. PAPILOMATOSE QC: Dependendo do local e extensão, inclui disfonia, muitas vezes grave e obstrução respiratória. Patogênese: etiologia viral. Os papilomas presentes nos adultos desde criança são considerados pré-cancerosos. Diagnóstico: LD e exame histológico. Tto: Ressecção cirúrgica com o laser, e mais recentemente, utiliza-se substâncias que inibem a mitose de células, pintadas sobre as lesões. CISTOS QC: disfonia, dor garganta (raro), voz fraca. Patogênese: são derivados de glândulas mucosas. Dianóstico: LD com lesão unilateral, ou que produziu uma reação inflamatória na prega vocal contralateral e assim pode imitar nódulos vocais. Os nódulos vocais quando tratados com fonoterapia regridem, mas os cistos não melhoram com o tto vocal (fonoterapia). NÓDULOS QD: QC: semelhante ao do cisto de prega vocal. Patogênese: Trauma vocal e irritantes. Diagn.: LD, com lesões cisticas pequenas situadas entre o terço anterior e dois terços posteriores de ambas as pregas vocais. Tto: fonoterapia e retirar agentes agressores.
Documentos relacionados
PDF Português
movimento de abdução exacerbada com a inspiração ou expiração forçadas. Em todos os casos descritos, a função das pregas vocais estava normal durante os períodos assintomáticos. Durante os episódio...
Leia mais