11ª Reunião Extraordinária - Coordenadoria Geral da Universidade
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11ª Reunião Extraordinária - Coordenadoria Geral da Universidade
1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 ATA DA DÉCIMA PRIMEIRA REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DA COMISSÃO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO INSTITUCIONAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS. Aos vinte e um dias do mês de fevereiro de dois mil e seis, às quatorze horas, na Sala de reuniões do Conselho Universitário, reuniu-se a Comissão de Planejamento Estratégico Institucional – COPEI, sob a presidência do Professor Doutor Fernando Ferreira Costa, com o comparecimento do Professor Doutor Alcir Pécora, assessor da Coordenadoria Geral da Universidade, e dos seguintes membros: Alishan Khan, Álvaro Penteado Crosta; Antônio Marsaioli Júnior, Arley Ramos Moreno, Christiano Lyra Filho, Daniel Pereira, Francisco de Assis Machado Reis, Gláucia Maria Pastore, Jorge Megid Neto, Jorge Ruben Biton Tapia, Jorge Stolfi, José Roberto Zan, Júlio César Hadler Neto, Kamal Abdel Radi Ismail, Lair Zambon, Lílian Tereza Lavras Costallat, Louis Bernard Klaczko, Luiz Carlos Kretly, Mário Fernando de Góes, Mário Cavichia em substituição a João Alberto Venegas Requena, Milton Mori, Paulo Eduardo Moreira Rodrigues da Silva, Paulo Graziano Magalhães, Paulo Sérgio Saran, Roberto Rodrigues Paes, Teresa Dib Zambon Atvars e Vera Lúcia Xavier Figueiredo em substituição a João Frederico da Costa Azevedo Meyer. O Senhor Presidente dá início ao expediente: 1. justifica as ausências dos Professores: Mohamed Ezz El Din Mostafa Habib, Charlotte Marie Chambelland Galves, Lucila Chebel Labaki, João Frederico da Costa Azevedo Meyer, Luiz Carlos Zeferino, Márcio Percival Alves Pinto, Maria Luiza Silveira Mello, Mary Ângela Parpinelli e dos Senhores Cláudio José Servato e Sônia Maria Fonseca. O Senhor Presidente dá início à reunião e informa que o Professor Daniel fará um aviso importante sobre as importações junto ao CNPq. O Professor Daniel informa que solicita uma atenção especial dos Diretores, em particular, daquelas unidades que tenham tido projetos dos quais fizeram importações junto ao CNPq nos últimos anos. Periodicamente o credenciamento da Unicamp junto ao CNPq para questões de importação deve ser realizada e para isso a Unicamp deve apresentar uma lista de projetos e processos de importação que tenham ocorrido para justificar esse credenciamento. Em novembro a PRP fez esse encaminhamento aos Diretores para que remetessem informações relativas a essas questões, mas, infelizmente, pouquíssimos diretores responderam. Houve uma segunda mensagem eletrônica lembrando desses aspectos e solicita a atenção dos Diretores com relação a essa resposta, caso contrário, a Unicamp não será credenciada junto ao CNPq para o próximo ano do ponto de vista de importações e a PRP é um veículo de informações e não tem como colocar automaticamente todas as informações das Unidades. Portanto, reitera a solicitação de uma atenção especial dos Diretores de Unidades com relação a essas informações. Basicamente devem ser identificados os projetos, o coordenador, a agência financiadora e informar os números dos processos de importação, entre outras informações. Algumas dessas informações a DGA pode obter, a partir da indicação dos projetos pelos Diretores. O Senhor Presidente dá início à reunião e passa à ordem do dia: 1. Apresentação do Relatório de Avaliação Institucional da Pró-Reitoria de Graduação, pelo Professor de Decca. O Professor de Decca informa que fará a apresentação do Relatório da Pró-Reitoria de Graduação ao que se refere ao conjunto de Avaliações que já têm sido objeto das reuniões da COPEI e o ponto de vista a partir do qual a PRG avaliou. Em primeiro lugar informa que, para fazer o Relatório de Avaliação, já havia tido a oportunidade de ouvir as Áreas e os Relatórios das Áreas que faziam análises dos cursos e das expectativas de cada uma das unidades e a partir daí fazer uma Avaliação mais global e mais conjunta do processo de desenvolvimento dos cursos de graduação no período que se refere aos anos de 1999 a 2003. O Relatório ora apresentado já esta no Site da COPEI e tem uma apresentação que em primeiro lugar dá conta do que é a PRG nas suas várias funções e órgãos e quais são as responsabilidades e as competências desses órgãos que estão vinculados à PRG. Em segundo lugar faz uma pequena síntese do que julga mais evidente nos Relatórios de Áreas como sendo problemas levantados como questões mais urgentes dos cursos das diversas Áreas, uma vez que no próprio Planejamento Estratégico o ensino de 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 2 graduação é a primeira prioridade do PLANES. Informa que procurou buscar uma síntese do que corresponderia às dificuldades ou expectativas que as Áreas colocaram como mais urgentes a partir dos Relatórios que foram apresentados. Em terceiro lugar, houve um levantamento a partir dos dados de uma série de pontos que poderiam ser melhor tratados no decorrer dos próximos anos na área da graduação. E por último, há um conjunto de tabelas e gráficos que dão um retrato das atividades de graduação, desde o momento do ingresso do estudante na graduação e todo o processo que envolve o funcionamento dos cursos para tentar dar uma visão do conjunto e avaliar os impactos e as deficiências do ensino de graduação. Na apresentação há uma síntese das atividades que compõem o universo da PRG. A PRG é composta de um conjunto de órgãos, cuja importância e articulação têm que ser grande para que haja uma comunicação entre esses órgãos e a obtenção de melhores condições na área de ensino de graduação e principalmente para os estudantes e o desempenho estudantil. O primeiro órgão é a COMVEST que é responsável pela elaboração do vestibular da Unicamp. É um órgão que vai completar vinte anos de existência e que é uma instância primeira do ingresso dos estudantes de graduação da Unicamp e tem um trabalho e um perfil bastante complexos. Outro órgão subordinado à PRG é a Diretoria Acadêmica – DAC e observa que é importante informar que a DAC está quase que em saturação, do ponto de vista do gerenciamento da informação acadêmica. Os sistemas estão exauridos e em vias de colapso. O sistema acadêmico hoje disponível não tem condições de incorporar os novos cursos de Limeira e a partir do ano passado foi criada uma Comissão que estudou um novo projeto de gerenciamento das informações acadêmicas e que está em vias de licitação. Após um ano de estudos de como montar a arquitetura desse novo sistema, hoje, através da PRG, esse sistema já está para ser efetivado, provavelmente, a partir do primeiro semestre do ano que vem. Provavelmente o módulo de matrícula já deverá estar sob o novo sistema a partir do próximo ano. Somado a esses órgãos, ainda é importante mencionar que dentro da PRG existem órgãos voltados exclusivamente à gestão da assistência estudantil. Desde o ingresso até a saída da Universidade, todo o financiamento e recursos alocados para a assistência estudantil estão dentro de dois órgãos, que são o Serviço de Apoio ao Estudante - SAE, com todo o sistema de gerenciamento das bolsas ali alocadas e a Moradia Estudantil. São dois órgãos importantes para o funcionamento das atividades acadêmicas e inclusive são dados para serem considerados no financiamento da assistência estudantil dentro da Unicamp e nos cursos de graduação para avaliar qual o impacto do ponto de vista do rendimento acadêmico e dos recursos que o orçamento da Unicamp destina à assistência estudantil. Há elementos para avaliar qual o impacto na formação do estudante carente e verificar que o perfil sócio-econômico do ingressante que está em modificação, o que implicou num acréscimo significativo de recursos que a Unicamp destina à assistência estudantil. Inclusive a partir de 2005 a Unicamp introduziu o Programa de Ação Afirmativa e Inclusão Social dentro do Vestibular, e com a elevação da presença dos estudantes de escola pública a 34% dos ingressantes da Universidade, o que na outra ponta demanda um maior volume de recursos para a assistência estudantil. Dentro dos dois últimos órgãos que compõem a PRG há um serviço extremamente importante que é o Serviço de Assistência Psicológica e Psiquiátrica ao Estudante – SAPPE. Por último o CEL, que também é uma unidade prestadora de serviços e é responsável por todas as disciplinas de línguas oferecidas dentro da Unicamp. É um órgão que tem recebido muita demanda da CCG e o CEL tem uma capacidade bastante limitada em fornecer todos esses serviços em nível de graduação. Há um órgão que não é diretamente ligado à gestão acadêmica, mas é uma Diretoria logística, a Diretoria de Logística e Infra-estrutura de Ensino, e que está sob a responsabilidade da PRG, que contempla todo o Ciclo Básico, os Básicos I e II. É importante levar em consideração que todos esses órgãos têm tido um funcionamento muito acima daquilo que pode ser considerado como satisfatório. Informa que dará seqüência à apresentação mostrando algumas tabelas que se referem, principalmente, 3 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 141 142 143 144 145 146 147 148 149 150 151 152 153 154 155 156 157 158 159 160 161 162 aos dados da Área de graduação da Unicamp. Após poderão ser feitas algumas reflexões sobre esses números que dão uma visão ampla da graduação. A primeira tabela corresponde ao período de 1999 a 2003 e diz respeito ao Vestibular da Unicamp. Observa-se uma variação de procura dentro da Unicamp das vagas do Vestibular. Em 1999 havia um Vestibular cujo número de candidatos chegava a 38.146 inscritos e no ano de 2004 havia um número alcançando 47.269. O número de vagas oferecidas no Vestibular passou de 2.335 em 1999 para 2.855 em 2004. Observa-se que a relação candidato vaga na Unicamp se mantém mais ou menos na faixa entre 16,4 chegando até a 17,8, o que coloca a Unicamp, apesar do número de candidatos ser menor do que da Unesp e USP, por exemplo, como a Universidade cuja relação candidato-vaga é a mais alta do Brasil. É a vaga mais concorrida do Brasil, o que dá mostra da importância da Unicamp no cenário acadêmico brasileiro. Quanto ao perfil dos ingressantes no período, manteve-se mais ou menos equilibrada a presença da escola pública na Unicamp, que de resto é bastante mais elevada que as taxas da USP. As taxas de ingresso de alunos oriundos de escola pública variam de 33,2% a 32,5% e levando-se em consideração que o PAES elevou esse patamar no ano passado para 34,5 % de todos os aprovados, que ingressaram e se matricularam. É um aumento grande. Com os dados da renda mensal familiar dá para fazer uma reflexão quanto ao impacto do crescimento da escola pública e do nível de renda salarial dos estudantes que estão ingressando na Unicamp nos últimos anos. O que significa que o estudante cuja renda familiar até 10 salários mínimos em 2000 era da ordem de 27,7%, hoje já está na casa de 41,3%. As vagas oferecidas no Vestibular da Unicamp revelam um crescimento significativo. A Unicamp cresceu de 1999 a 2003 em 900 vagas. As vagas oferecidas no Vestibular estão distribuídas entre o diurno e noturno e pode-se observar quais foram as variações e quais foram as tendências de abertura das vagas nos cursos nos dois períodos e é bom se levar em consideração esses dados porque incidem diretamente na Avaliação Institucional uma vez que vai ao CEE e o limite permitido é que a Unicamp tem que oferecer um terço de suas vagas de vestibular no período noturno. Há uma tendência de maior crescimento no período diurno do que no período noturno e isso é preocupante. O número de ingressantes e de vagas no Vestibular é um número um pouco diferente do que se costuma ver, mas são dados importantes e, muito embora, por exemplo, no ano de 2003 tenham sido oferecidas 2.735 vagas no Vestibular, ingressaram na Unicamp 3.320, porque muitos dos que ingressam já tem créditos suficientes para passar e deixar a vaga livre para ir para semestres subseqüentes. Por esse motivo, no ano de 2003, a Unicamp recebeu mais estudantes do que as vagas oferecidas no Vestibular. Quanto aos alunos matriculados por unidade são dados importantes para as unidades perceberem como se distribui a oferta de vagas nas unidades, entre os anos de 1999 a 2003, somando um total no ano de 2003 de 15.000 estudantes na graduação, incluindo os alunos regularmente matriculados, mais os alunos em regime especial. Observa que há um aumento no crescimento das vagas e da escala de formandos na Unicamp através das modalidades. Os números são diferentes, porque muitos estudantes se formam em mais de uma modalidade. Em 1999 havia 1.600 formandos na Unicamp, enquanto que no ano de 2003 o número de formandos foi de mais de 2.000. Há o número de concluintes por áreas e concluintes por períodos. Também há informação sobre as vagas oferecidas pelo Vestibulinho no ensino técnico e médio, de 1049 vagas em 1999 a 1395 vagas oferecidas em 2003. Os matriculados nesses cursos vão de 2967 em 1999 para 3580 em 2003. O número de formados nesses cursos técnicos também tem crescimento representativo. O número é extremamente significativo também quanto ao índice de evasão, que é um dos mais baixos do Brasil, tendo em vista os elementos que compõem a política da graduação na Unicamp, revelados através das atividades desenvolvidas dentro dos cursos de graduação, além da assistência estudantil. Essa evasão está em decréscimo ao longo desses anos, e os dados mostram essa tendência, principalmente em 2004 e significa que os cursos de graduação têm conseguido atrair e reter os estudantes na Universidade. Há alguns 163 164 165 166 167 168 169 170 171 172 173 174 175 176 177 178 179 180 181 182 183 184 185 186 187 188 189 190 191 192 193 194 195 196 197 198 199 200 201 202 203 204 205 206 207 208 209 210 211 212 213 214 215 216 4 Programas importantes que traduzem esses números de aumento do número de formandos, baixo índice de evasão e todos eles dizem respeito ao modo como os cursos estão funcionando, e também ao conjunto de Programas de incentivo aos cursos de graduação. Observa-se um crescimento no Programa de Apoio Didático – PAD nos anos de 1999 a 2003. O Serviço de Apoio ao Estudante e o conjunto de bolsas e estágios que são oferecidos aos estudantes de graduação também tem um crescimento bastante significativo no período, por exemplo, quanto às Bolsas trabalho que passaram de 234 para 654; as de Empresas conveniadas de 949 para 1640; os estágios de 486 para 891. Os auxílios oferecidos pelo SAE no montante de auxílios aumentaram significativamente no período, em transporte de 2700 para 3398. No Programa de Moradia Estudantil, durante o período 1999 a 2003, a graduação ocupou a grande maioria das vagas, seguida pelo mestrado e o doutorado e as famílias que também habitam a Moradia e o total de estudantes regulares da Moradia é de 1.000, e 88,39% dos estudantes da Moradia são da graduação. No ano de 2004 o Serviço de Assistência Psicológica e Psiquiátrica ao Estudante – SAPPE somou o montante de 9.616 atendimentos no ano de 2004. Informa que é importante mostrar o rendimento dos estudantes atendidos pelos programas de assistência estudantil, que foram implantados e estão em funcionamento dentro da Unicamp, em todas as Áreas tem uma média superior à média da turma. É extremamente importante também para mostrar à opinião pública que o dinheiro que a Universidade investe em assistência estudantil está sendo muito bem aplicado, porque está revertendo em resultados bastante significativos ao aproveitamento acadêmico dos estudantes. É um grande elemento em favor do Programa de Ação Afirmativa da Unicamp, porque foi apresentado ao CONSU como uma pesquisa que dizia que os estudantes oriundos de escolas públicas que ingressavam na Unicamp, ao longo do curso de graduação, terminavam o curso com um rendimento ligeiramente melhor do que os alunos oriundos do ensino privado. Esses dados de bolsas e de assistência estudantil são dados relevantes para a Avaliação Institucional. Também é importante observar o quanto o incremento das atividades no nível de graduação, sem considerar todas as atividades que também estavam em crescimento nesse período na área de pós-graduação, mostram uma evolução do quadro docente a partir de suas referências entre os anos de 1999 e 2003. Em 1999 todas as atividades apresentadas eram desenvolvidas, seja em graduação ou pósgraduação, por 1857 docentes e em 2003 o quadro de docentes, distribuiu-se nas várias categorias, em 1.688 docentes. Portanto, é importante levar em consideração o uso dos recursos públicos e a aplicação nas atividades de ensino e pesquisa, e pode-se dizer que houve uma otimização do corpo docente da Unicamp de uma maneira significativa. Informa que a distribuição por referência da carreira em 2003, no nível MS-5 é de 44,49% e no nível MS-6 14,93%. Quanto à titulação de nível MS-3 a MS-6, na variação entre 1999 a 2003, somavam o montante de 95%. Os regimes de trabalho para realizar todas essas cargas docentes estão distribuídas entre 87,26% em RDIDP, 10,37% em RTC e 2,37% em RTP. No que diz respeito às cargas didáticas por áreas contando a presença dos PED e sem a presença dos PED, as cargas didáticas aparecem ligeiramente alteradas ou em alguns casos mais alteradas, quando se computa a carga didática dos PED, há uma variação na carga didática das áreas. Quanto à Área Biológica, com a FCM, FOP, IB e FEF e o conjunto da Área, segundo os dados fornecidos pela DAC. Significa que na Área Biológica a presença do PED tem um peso de 0,1% na carga didática geral. Na Tecnológica, com a FEM, FEA, FEC, FEQ, FEAGRI, FEEC, IG e CESET o montante da Área com a presença do PED, conforme as cargas didáticas declaradas para a DAC, parecem maior do que na Área Biológica. Na Área Exatas, IFGW, IMECC, IQ e IC a variação com a presença do PED é maior e deve ser objeto de uma discussão mais cuidadosa. Há uma discrepância considerável entre uma Área e outra, e, talvez, o instrumento esteja com problemas e a declaração de carga didática esteja sendo mal calculada. Nas Ciências Humanas, IFCH, FE, IEL e IE o PED há uma pequena variação. Na Área de Artes praticamente não há presença do PED. No 217 218 219 220 221 222 223 224 225 226 227 228 229 230 231 232 233 234 235 236 237 238 239 240 241 242 243 244 245 246 247 248 249 250 251 252 253 254 255 256 257 258 259 260 261 262 263 264 265 266 267 268 269 270 5 âmbito geral há um gráfico com todas as Unidades e a porcentagem do PED em cada uma delas. Há Unidades em que o PED, declarado na DAC, é zero, como a FCM, FOP, IEL e FEF. Se forem consideradas essas tabelas fornecidas a partir dos dados gerados pela DAC, há unidades em que desaparecem os PEDs, o que implica, de uma certa maneira, que essas cargas didáticas estão sendo atribuídas aos docentes, o que evidentemente aumenta a carga didática da Unidade com relação à carga docente. Por esse motivo pode haver discrepâncias entre o IFGW e a FOP, por exemplo, onde no IFGW a relação ente PED e docentes é de 48% e na FOP é zero. Com certeza esses dados merecem ser avaliados e no futuro poderão ser objeto de uma apreciação mais detalhada. Informa que outro problema que foi levantado com relação aos Relatórios de Avaliação é a carência do espaço físico da Unicamp para as atividades de graduação e pós-graduação. Segundo o levantamento feito pelo Departamento de Logística do Ciclo Básico também a falta de espaço físico na Unicamp é mais uma questão a ser levada em consideração. Foi feito um levantamento das salas da Unicamp em todos os horários e verificou-se que das 8 da manhã às 23 horas a ociosidade das salas de aula varia de 49% a 65% numa média final de 54% do espaço físico. Informa que buscou esses dados porque todos os Relatórios informavam sobre a falta de espaço físico suficiente para o desenvolvimento das atividades didáticas na Universidade. Porém, verifica-se através dos dados apresentados que a ociosidade é alta. Ressalta a importância em se repensar as vagas remanescentes da Universidade. Informa que foi feita uma solicitação à PRG na semana passada por um canal de televisão de São Paulo sobre as possibilidades de ingresso na Universidade diferentes do Vestibular e resolveram enfocar o problema das vagas remanescentes. Solicitaram uma entrevista e os números da Unicamp com relação às vagas remanescentes na graduação e informa que são números importantes para uma Avaliação Institucional uma vez que são vagas públicas. É preciso refletir um pouco mais sobre uma política em relação a essas vagas. O Programa das vagas remanescentes foi criado em 2003 por uma deliberação do CONSU e no primeiro ano de implantação a Unicamp fez um levantamento de suas vagas e concluiu que o número de vagas disponíveis naquele ano era de 475 vagas, depois de feitos os remanejamentos internos. As vagas remanescentes fazem parte de um processo caro e difícil de implantar e há prova de conhecimentos gerais para os candidatos e há um número significativo de estudantes interessados nessas vagas oferecidas. Como informado, no ano de 2003 foram oferecidas 475 vagas e foram preenchidas apenas 10. No ano de 2004 foram oferecidas 563 vagas e foram preenchidas 19, portanto ficaram ociosas mais de 540 vagas. No ano de 2005 foram oferecidas 417 vagas e foram preenchidas 37. Sugere que seja levado em consideração na Avaliação Institucional e que se somado ao montante de 15.000 alunos dará os 5% de evasão. Portanto, está se falando da evasão da Unicamp. Portanto, as vagas disponíveis são resultados desse índice de evasão que é pequeno, mas de qualquer maneira é importante levar em consideração que são carteiras vazias e a carência por vagas na Universidade pública tem sido matéria de muita discussão deveria ser levada adiante essa questão, seja na CCG ou na CEPE, de como oferecer de uma maneira melhor, não mais fácil, mas buscar medidas para diminuir esse montante de vagas disponíveis. Informa que todos tiveram acesso ao Relatório da PRG com antecedência e os vários pontos apresentados deverão ser discutidos e pode haver correções. Informa que a Professora Lílian encaminhou uma solicitação de correção no que diz respeito à Avaliação da Área Biológicas e será incluída no Relatório. A mensagem recebida pela Professora Lílian destaca que “como mencionado por diversas vezes em reuniões anteriores, a referência a material didático pobre e entre outros que de fato aparece no Relatório da Área Biológicas que consta no item da FCM, refere-se sim ao curso de Medicina, mas especificamente ao curso de Anatomia, dado pelo Instituto de Biologia”. O Senhor Presidente agradece a apresentação do Professor de Decca e informa que a discussão está aberta aos demais membros. O Professor Louis informa que endossa o que a Professora Lílian informou e quando foi feita a apresentação do Relatório da Área Biológicas destacou esse ponto da 271 272 273 274 275 276 277 278 279 280 281 282 283 284 285 286 287 288 289 290 291 292 293 294 295 296 297 298 299 300 301 302 303 304 305 306 307 308 309 310 311 312 313 314 315 316 317 318 319 320 321 322 323 324 6 Avaliação da FCM e solicitou ao Professor Fernando que fosse anexada uma manifestação do IB e nessa manifestação foi enfatizado que essas críticas se reportavam a uma situação inicial. Acredita se tratar mais de uma questão de ênfase e de mencionar que esse problema foi superado no próprio período e informa que já foi discutido e solicita a correção para que não haja mais nenhum mal entendido. O Senhor Alishan informa que com relação ao crescimento de vagas no período noturno, é uma questão importante, mas antes da criação dessas vagas é necessário ser mais racional com relação à infra-estrutura no campus. Por exemplo, com relação à infra-estrutura da Biblioteca no período noturno; o horário de fechamento do Restaurante; e principalmente a questão da segurança. Informa que quanto à questão da evasão, que mesmo sendo baixa, é importante saber quais serão as ações para eliminá-la. Informa que essa questão mais a questão do Vestibular que perdeu um pouco a eloqüência em trazer o aluno para a Universidade, no sentido de que os manuais feitos antigamente com relatos de alunos e a infra-estrutura que a Universidade oferece era um marketing e um material explicativo que demonstrava claramente o que era a Universidade e o que cada curso fazia e hoje os alunos podem obter essas informações pela Internet ou pelos meios de comunicação como a televisão, mas não tem sido suficiente. Aquele manual que o aluno guardava e que tinha várias informações como os sites que poderiam ser acessados, a realidade da Empresa Júnior, da Atlética e do Centro Acadêmico, da Moradia Estudantil, entre outras ajudava o aluno a decidir pela Universidade. Outro ponto é que o Relatório demonstrou vários aspectos importantes, mas faltou um panorama geral dos trabalhos que a CCG vem realizando, quais as Comissões que estão formadas, havia uma idéia de uma Comissão para estudar os ex-alunos que é interessante. Outra questão é que faltou uma tabela informando quantos pedidos são atendidos pelo SAE por requerimento, por exemplo, quantas pessoas solicitaram bolsa-alimentação e quantas foram atendidas. Informa que esse percentual é muito positivo para algumas bolsas, mas, por exemplo, para a Moradia tem sido problemático. Outra questão importante é realizar uma análise de como está a inclusão digital, ou seja, até onde o aluno necessita saber trabalhar com o computador para fazer um curso sem grandes barreiras e qual o número de computadores que existem por aluno de graduação. Outras questões importantes como o número de Laboratórios de ensino e, para se discutir a reforma curricular e se ter uma idéia a respeito, o número de aulas práticas versus aulas teóricas, como está a colocação dos alunos quanto aos estágios, já que em vários cursos é necessário cumprir doze créditos de estágio e como está a preocupação do SAE em relação à essas questões. Informa que tem conhecimento de que o SAE está realizando um bom trabalho e divulgando de forma muito boa aos alunos e em lugares específicos, como os Centros Acadêmicos e empresas juniores e essas medidas tem sido positivas. Outro tópico importante é a colocação do pré-formando no mercado. Informa que mercado em todos os sentidos, tanto na vida política, esportiva, mercado de trabalho empresarial, entre outras. Informa que há algumas disciplinas que faltam na graduação da Universidade. Por exemplo, como tem sido proposto o empreendedorismo dentro da Universidade, a prática esportiva. Informa que a título de exemplo, o SEBRAE fechou um acordo com a Reitoria da UNESP para o oferecimento de uma disciplina de empreendedorismo para todos os campi, caso seja uma experiência positiva será feito um programa de treinamento de todas a empresas juniores da UNESP para desenvolver e capacitar os membros e é muito interessante verificar o que pode ser feito nesse sentido na Unicamp. O Professor Júlio parabeniza o Professor de Decca pela apresentação e informa que foram apresentadas várias questões importantes como a questão de mais vagas para o noturno e as vagas não preenchidas no Vestibular e que devem ser debatidas. Com relação ao IFGW informa que tem a impressão que quanto aos PEDs o número deve ser mais baixo. Informa que conversou com o coordenador de graduação e informou que não se mistura docente e PED, quanto à questão das horas. Mas há um dado que faz pensar que, ao contrário, atrapalha. E observou que no IFGW havia alguns PEDs que estavam responsáveis por duas disciplinas e esses PEDS não eram responsáveis pelas 325 326 327 328 329 330 331 332 333 334 335 336 337 338 339 340 341 342 343 344 345 346 347 348 349 350 351 352 353 354 355 356 357 358 359 360 361 362 363 364 365 366 367 368 369 370 371 372 373 374 375 376 377 378 7 disciplinas, mas dão exercícios nessas disciplinas e apareceram como responsáveis. Portanto, pode haver algumas informações como essas que aumentem a participação dos PEDs. Talvez a diferença percentual dos PEDs não seja tão grande, mas pode diminuir. Com relação à participação dos PEDs de modo geral informa que na Área de Física é uma prática comum e consensual. O importante é ter critérios da participação dos PEDs. Por exemplo, no IFGW os PEDs dão aula de Laboratórios, os Laboratórios do Básico, da Física I, II, III e IV e tem os coordenadores. Portanto, eles têm reunião com os coordenadores antes de iniciar o curso e reuniões periódicas para fazer os experimentos. e são orientados por docentes. Em Física I e II, com relação à teoria, está sendo colocado um sistema de aulas magnas. Portanto, docentes experientes dão aula para turmas maiores e os PEDs só dão exercícios. Mas, mesmo nessa prática são orientados pelos professores. E Física III e IV só os docentes dão a teoria e os PEDs podem, eventualmente, dar também exercícios. Esse é o quadro da atuação dos PEDs e é um quadro grande porque há muitos Laboratórios e são pequenos e cabem poucos alunos. Os PEDs atuam dentro desses critérios e no profissional, ou seja, no terceiro e quarto anos, os PEDs não atuam e na pós-graduação também não atuam. Em algum ponto do Relatório há menção de que os PEDs reprovariam mais do que os docentes. Informa que verificou os dados no IFGW e que nos Laboratórios, onde os PEDs são responsáveis, em geral, a aprovação é alta e os PEDs aprovam um pouquinho mais do que os docentes e então a afirmação do Relatório não vale. Outro aspecto é a Avaliação dos PEDs. No IFGW os docentes são avaliados pelos alunos, em uma avaliação anônima. Quando se analisa como os docentes foram avaliados e os PEDs, observa-se que as notas são muito parecidas e como o cálculo estatístico dessas notas é complicado, prefere dizer que as avaliações são iguais. Informa que as questões levantadas no Relatório precisariam ser mais discutidas e com mais profundidade, pensando na Universidade no futuro. A Professora Vera sugere que talvez pudesse enriquecer mais o texto com relação às tabelas e gráficos, porque as tabelas e gráficos tem pouca interação com o texto em si e seria interessante numerar as tabelas, para dentro do texto mencioná-las. Por exemplo, na página 10, no primeiro parágrafo “quase todos exigem a contratação de mais docentes, principalmente em virtude do crescente número de aposentadorias. Todas as Unidades são unânimes em considerar que as aposentadorias não são acompanhadas por uma igual correspondência de contratações. Por exemplo, ver tabela número tal, página 29, onde há o número de docentes em 1999 comparado ao ano de 2003. Acredita que assim enriqueceria o texto. Poderia também realizar algumas junções de tabelas, por exemplo, pegar duas ou três tabelas e tirar algumas conclusões em relação a elas. Ainda, outro exemplo, se for detectado que o número de vagas aumentou de 500 vagas, de acordo com o dado atual, e que com isso houve um aumento de quase 20%. Com relação ao número de matriculados, houve um aumento de quase 30% e se perdeu quase 10% de professores. Há bastante dados para que se enriqueça um pouco mais o Relatório. Outra questão com relação ao PED está um pouco mais longa do que as outras e também em função de que esse Programa não é atualmente da graduação e sim de responsabilidade da pós-graduação. O Professor de Decca informa que o impacto do Programa é na graduação, porque é uma Comissão que funciona dentro da PRPG, mas a avaliação do impacto só pode ser feito na graduação, porque o PED não dá aula na pós-graduação. A Professora Vera informa que a Unicamp já teve Programas de apoio didático, por exemplo, PAEG e PECD, tanto de apoio à graduação como a pós-graduação. Programas muito bem sucedidos e avaliados e com muitas avaliações, portanto talvez se devesse fazer alguma referência a esses Programas já bem sucedidos, inclusive para não se perder na história e ter algum parâmetro para essa avaliação do Programa PED. Com relação ao futuro, informa que foi colocado que os cursos vão aumentando a carga didática e isso talvez também tenha aumentado até em função de novas legislações, como foi o caso das licenciaturas que tiveram que aumentar o número de horas, cursos presenciais e não se fala nada de curso a distância. É importante mencionar a plataforma do TelEduc, para se ter uma 379 380 381 382 383 384 385 386 387 388 389 390 391 392 393 394 395 396 397 398 399 400 401 402 403 404 405 406 407 408 409 410 411 412 413 414 415 416 417 418 419 420 421 422 423 424 425 426 427 428 429 430 431 432 8 noção de como é utilizado na Universidade e fora, porque é uma contribuição da Universidade para o ensino à distância. O Professor Stolfi informa que sobre as questões das salas de aula, como observado pelo Professor de Decca, a questão não é apenas numérica e tem que ser observada também a qualidade. Por exemplo, no caso do IC há salas de aula de laboratório e de teoria. No caso dos laboratórios há quatro salas de trinta lugares, que funcionam vinte e quatro horas por dia, trezentos e sessenta e cinco dias por ano e não são suficientes para as necessidades do IC. Uma crítica que o IC tem recebido historicamente é que não são oferecidos laboratórios para as outras Unidades nos cursos de serviços e essa é uma limitação, principalmente de espaço e, secundariamente, de equipamento também. Quanto às aulas teóricas a maioria das aulas são dadas no PB, a uns 300 m da sala dos professores e 400 m dos laboratórios de computação e há espaço, mas é um espaço inconveniente, porque os alunos não conseguem se identificar tanto com o curso como outros alunos de outras unidades se identificam com as suas instituições, talvez pelo fato de todas as aulas serem em salas anônimas e longe dos professores. O Professor Kretly informa que um instrumento que tem utilizado bastante na FEEC é o TelEduc e argumenta que os docentes todos deveriam ter essa plataforma com as suas disciplinas porque tem um impacto muito interessante no relacionamento com os alunos, como a continuidade do estudo em casa, o conteúdo, a difusão das informações são muito bem elaboradas. Valeria a pena talvez um estudo sobre o impacto do TelEduc na graduação. Outra questão é se há uma análise do sucesso dos alunos da Unicamp no mercado de trabalho. Acredita que seria um trabalho interessante os dados sobre os ex-alunos e o sucesso dos mesmos nas diversas áreas da Universidade. Quanto à questão do PED é uma questão muito séria. Por exemplo, na FEEC, acredita-se que os Professores mais seniors e mais experientes devem dar laboratório. Então, em geral na FEEC, e como experiência pessoal, os PEDs sob sua orientação são auxiliares ou dão algumas aulas sob orientação de um tópico ou conteúdo específico, mas não deixa de ser uma questão preocupante. Outra questão, de fundo mais conceitual e é um problema que está tendo uma preocupação mundial nos EUA é o problema da cola. Informa que valeria a pena se a Comissão de Graduação fizesse uma avaliação desse problema da cola e os professores da FEEC se mostram bastante preocupados com esse comportamento dos alunos e é uma questão internacional. Finalmente, a questão do empreendedorismo que também é uma questão que tem um impacto grande. A Professora Gláucia informa que muitos dos dados que o Professor de Decca mostra no Relatório sempre acabam sendo relatados em alguma reunião do CONSU e são extremamente importantes e alguns deles vão demandar reuniões mais extensas em relação à própria Comissão de Graduação, mas também para as Unidades. Por exemplo, a questão que relata o número de alunos PED e o percentual de aulas é fundamental a discussão para a atribuição de novas vagas docentes e há uma tendência de sempre se enxergar a própria unidade e às vezes não enxergar exatamente o que acontece na Unicamp como um todo e é um assunto muito importante. Sobre a questão das salas de aula, informa que a preocupação é em relação à qualidade das salas. Realmente no caso específico da FEA há problemas com número de alunos que comporta e a situação da sala em si. Não é possível considerar literalmente que há tantas salas ociosas se não se olhar um pouco as especificidades. Outro aspecto importante é com relação às vagas ociosas e acredita que é um dado indigno de considerar o número de cerca de 500 vagas ociosas no momento em que há tantos jovens fora e poderia haver uma solução. Informa que sua experiência enquanto Diretora observava que há uma má vontade com o preenchimento dessas vagas. De maneira geral os docentes avaliam que vão colocar pessoas menos qualificadas para ocupar essas vagas e que o curso será prejudicado. Talvez esse conceito devesse ser trabalhado com mais profundidade, porque nem sempre isso se verifica. Às vezes as pessoas têm uma oportunidade e se agarram nessa oportunidade e vão em frente ou ainda esses alunos poderiam ser assessorados ou conduzidos através de um tutorial de tal forma que fossem bem acompanhados. Informa que os dados 433 434 435 436 437 438 439 440 441 442 443 444 445 446 447 448 449 450 451 452 453 454 455 456 457 458 459 460 461 462 463 464 465 466 467 468 469 470 471 472 473 474 475 476 477 478 479 480 481 482 483 484 485 486 9 apresentados são importantes e merecem maior discussão. O Professor Paulo Eduardo informa que tem alguns esclarecimentos. Em primeiro lugar o PAEG e APPG são Programas qualificados e continuam existindo. O IMECC, por exemplo, está solicitando uma atualização dos indicadores para de novo fazer a redistribuição e qualificar mais ainda o orçamento no que diz respeito a esses dois Programas de Apoio ao Ensino de Graduação e o Programa de Apoio à Pesquisa e Pós-Graduação nas Unidades. O PAD e o PED são bolsas. Informa que alguém levantou essa questão da contratação docente e observando os Relatórios, quase em todas as Unidades têm uma demanda grande em relação à contratação docente. Quando se discutiu o orçamento no final do ano chamou a atenção que existem 61 contratações com recursos de vagas alocadas e os docentes não foram selecionados, mas será porque os recursos não foram liberados. A cada ano são atribuídas em torno de 20 vagas e houve ano em que foram contratados 40 docentes e é interessante olhar também a carga docente e o peso dos professores voluntários. Porque somando os professores voluntários mais os professores da ativa o número é cada vez maior. E, normalmente, os docentes que se aposentam se tornam voluntários e os voluntários têm uma carga didática de graduação importante, e às vezes, maior do que quando estavam na ativa. É necessário se colocar esse peso porque tem aumentado muito o número de alunos e é necessário verificar se realmente o problema é a carga didática docente, portanto é preciso medir. Em terceiro lugar, em relação às salas de aula, é outro mito que existe na Unicamp o de que tem deficiência de salas de aula. O estudo feito pela DAC mostra uma média e não é bom trabalhar com média para esse tipo de informação. A média é em relação às salas de aula e não de acentos. Também na maior parte dos períodos há salas desocupadas. É necessário ter um sistema, um tipo de agenda eletrônica, onde se conseguisse ver a disponibilidade de salas, porque, às vezes, o docente precisa de uma sala e não encontra em sua própria unidade. Por exemplo, a Professora Lílian informou que na Área de Saúde não há curso noturno e há um grande contingente de sala de aulas que ficam fechadas e, certamente, para o noturno não existem dificuldades porque há um terço apenas dos alunos. Acredita que há dificuldades em alguns tipos de sala de aula, por exemplo, nas Engenharias, aquelas disciplinas que são dadas para grandes turmas tem um número definido. Normalmente as Unidades não tem grandes salas de aula, tem somente um anfiteatro e utilizam os Básicos. Tanto que os Básicos foram redimensionados para oferecer um número maior de salas de aula, para 150 alunos, por exemplo. Talvez devessem ser classificadas as salas de aula por número de alunos por turma e cada uma delas poderia dizer qual é a ociosidade e onde está. Certamente, à noite, ninguém sairia de um curso da Área de Humanas para dar aula na FCM, porque não seria racional. E por último informa que às vezes o professor prefere dar aula no espaço da unidade dele e às vezes outra unidade está a cem metros dali e para isso é preciso ter a informação de onde estão disponíveis as salas. Sugere que seja aperfeiçoada essa agenda pelo menos no começo do semestre. Ainda, acredita que existe uma tendência das unidades de demandar salas de aula para outras atividades, talvez tão nobre quanto as aulas, mas sempre que se fala em construir salas de aula existe uma justificativa e acabam sendo colocados recursos. Na expansão de vagas, em 2003, grande parte do recurso foi expansão de salas de aula, laboratórios e melhorias também. Portanto, muitas dessas foram para tirar de dentro da unidade para ocupar com outra atividade e criou-se uma demanda. Esse aspecto foi detectado quando houve uma proposta de se fazer um Básico das Engenharias e quando acabou o estudo, verificou-se que não havia essa necessidade. A não ser essas situações de salas de aulas maiores e desocupação de espaços dentro das unidades para ocupar com outras atividades. Essa questão é fundamental para uma Universidade como a Unicamp que tem 20 unidades, 50 cursos e tem 500 salas de aula. É importante considerar esses números para estabelecer as prioridades para se fazer o planejamento, e a Avaliação está sendo feita para isso. Quando se olha as Avaliações, observa-se que não houve menção à falta de salas de aula e o que é freqüente é a redução do número de docentes e funcionários, 487 488 489 490 491 492 493 494 495 496 497 498 499 500 501 502 503 504 505 506 507 508 509 510 511 512 513 514 515 516 517 518 519 520 521 522 523 524 525 526 527 528 529 530 531 532 533 534 535 536 537 538 539 540 10 qualificação, processos, mas em relação a números de salas de aula não tem. Esse estudo confirmou isso. Também a questão dos aposentados, acredita ser de grande importância saber qual é a carga dos professores voluntários na graduação, que é uma força de trabalho muito relevante de pessoas experientes. O Professor Mário informa que quanto aos PEDs com o Plano PAES de inserção social, no ano passado, houve reprovações de turmas ingressantes de 50%, tanto em física, como em cálculo, quer dizer que esses alunos terão quase um ano de atraso na vida acadêmica para repor e para de fato continuar com os PEDs teria que ter uma assistência maior desse aspecto. Isso dificilmente se consegue reverter. Com o Programa PAES que vai merecer um cuidado mais próximo é um caso para se pensar e tomar mais cuidado com os PEDs. Mais um detalhe e que não consta no Relatório, pois ocorre só a partir de 2003, são os BIGs, ou seja os alunos de Doutorado que também dão aula. E o fundamental para o aluno, no caso, é o Doutorado e não dar aula. O Professor Zan cumprimenta o Professor de Decca pelo Relatório minucioso e pela análise desses dados todos bastante úteis para a Avaliação da Universidade e reforça dois pontos. Primeiro sobre a necessidade de se fazer uma contextualização e análise dos dados, especialmente porque se trata de um Relatório que vai ser encaminhado para apreciação externa. Esses dados são extremamente úteis para uma reflexão interna, mas no momento de elaborar o Relatório final a ser encaminhado ao CEE é necessário um cuidado no sentido de destacar alguns aspectos e apresentar de maneira cautelosa outros. Por exemplo, os números com relação às salas dependendo da maneira como serão apresentados poderão ser vistos como desperdício de recursos públicos. O mesmo acontece com a tabela de disciplinas com códigos iguais e é importante que seja revisto. Além disso, ressalta que não são números ou dados fáceis de serem compreendidos, ou seja, podem dizer muito para quem tem familiaridade com esses dados, mas uma comissão externa encontraria dificuldades. Sobre as salas de aula também, informa que o levantamento feito pela DAC precisa ser ajustado na maneira de coletar as informações. Esses números surpreenderam os docentes do IA, porque no IA existe uma carência de espaço muito grande. Informa que as salas do IA não são sub-aproveitadas, mas há um aproveitamento informal. A maior parte das salas, por exemplo, da música, tem sempre um instrumento e os alunos fazem um agendamento prévio. Há alunos que às 7 da manhã já agendou uma sala para estudar uma ópera, por exemplo. Mas é uma utilização informal, porque acaba não sendo registrada como laboratório e poderia ser. E no momento da coleta de informações, por exemplo, há um aluno utilizando a sala e trinta cadeiras vazias e foi registrado como sala ociosa, mas o aproveitamento no IA é bastante alto. Há características específicas de cada unidade que acabam exigindo um ajuste dos critérios para a coleta de informações com relação ao uso das salas no Instituto, sem contar aquelas disciplinas que exigem salas especiais, por exemplo, a dança é um curso que necessita de uma sala adequada, grande que possa acomodar vinte alunos. É um ponto a trabalhar para ajustar os critérios para a coleta de dados. Enfim, informa que todas as informações são extremamente úteis, estão organizadas e ajudam a continuidade no trabalho de Avaliação interna e destaca a necessidade de uma versão mais condensada e mais adequada para uma leitura de uma comissão externa. O Professor Álvaro parabeniza o Professor de Decca pelo levantamento bastante minucioso e muito objetivamente informa que há dois aspectos a comentar. Primeiro sobre as salas, que justamente estão sendo comentadas por vários membros da COPEI, e tem um aspecto que o Professor Zan tocou rapidamente, que é a questão de salas especiais. Esse levantamento, embora seja um primeiro, e, certamente, bastante útil, não qualifica o tipo de uso das salas e acredita que esse aspecto seja importante nos futuros levantamentos a serem considerados. Informa que o IG ocupa as salas de aula do prédio ao lado do IB, e quase metade delas foram equipadas para dar principalmente aula prática. Em outras unidades talvez fossem chamadas de laboratório, porque são dadas aulas práticas e teóricas no mesmo espaço. As aulas teóricas são facilmente transferidas para qualquer sala que tenha uma carteira e um quadro, mas as aulas práticas não. Por 541 542 543 544 545 546 547 548 549 550 551 552 553 554 555 556 557 558 559 560 561 562 563 564 565 566 567 568 569 570 571 572 573 574 575 576 577 578 579 580 581 582 583 584 585 586 587 588 589 590 591 592 593 594 11 exemplo, essas salas são chamadas de salas ambiente porque são utilizadas para armazenar o material prático. E quando se fala em aula de Geologia e Geografia esse material prático muitas vezes se compõe de rochas, minerais, fósseis, modelos cristalográficos de minerais entre outros e que são coisas que não podem ser transportadas facilmente. Só de rochas são algumas toneladas guardadas em gaveteiros especiais. Esse levantamento ainda não consegue refletir essas especificidades de algumas salas de aula. Solicita que no futuro a PRG pensasse nessa questão também. Outro aspecto que sente falta, e que foi mencionado brevemente, é a questão dos bolsistas. No Relatório aparece uma tabela dos bolsistas PAD, mas seria interessante, apesar de não ser da graduação os bolsistas PED e BIG, porque então se teria noção da quantidade exata de bolsistas envolvidos em aulas de graduação. Informa que gostaria de ter feito essa comparação, mas não tinha os demais dados em mãos e nitidamente tem diferenças grandes entre as várias unidades com a quantidade de bolsistas e isso está refletido na carga didática quando se separa a carga de docentes e a carga de docentes mais bolsistas. Seria bom juntar todas essas informações para se ter uma visão geral da Universidade. O Professor Daniel parabeniza o Professor de Decca pelo trabalho e informa que há alguns aspectos a serem levantados para reflexão. Já fazendo a ligação entre a Avaliação e o Planejamento Estratégico que não foi muito correlacionado e em particular, na graduação, esse aspecto é muito relevante. Informa que a graduação carece de mais ações institucionais do que eventualmente outras áreas. Alguns aspectos não foram abordados, alguns outros foram e gostaria de abordálos de forma um pouco diferente. Em primeiro lugar, a questão das estruturas das grades curriculares, que apesar de terem sido mencionadas e listadas as disciplinas com o mesmo nome e com siglas diferentes, não se discutiu conceitualmente essa questão. É uma oportunidade importante e deve ter algo do ponto de vista de planejamento estratégico e que pudesse ser cobrada daqui a cinco anos, por exemplo. A Professora Vera mencionou rapidamente a questão de mudanças curriculares, apontando o aumento de carga e em particular a questão da licenciatura. É verdade e falta efetivamente maturidade institucional para se discutir a racionalização e modernização de carga didática, em particular em sala de aula. Acredita que a Universidade tem uma carga didática excessiva dentro de salas de aula. Poucas unidades têm atuado no sentido de modernizar suas estruturas curriculares, diminuindo carga didática, dando oportunidades de disciplinas eletivas, multidisciplinares entre áreas, etc. Essa é uma discussão que precisaria ser aprofundada e, quando o Professor Zan destaca, corretamente, que se tem que estar atento em colocar esse elenco para fora, internamente é preciso olhar com muita atenção. Efetivamente é uma questão de ineficiência que precisaria discutir. A prudência da PRG é correta em não insistir demais e parece que seriam coisas de intervenção, mas por outro lado, o silêncio quase absoluto das unidades, preocupa um pouco. Quanto à segunda questão é que a Unicamp é extremamente paternalista com os estudantes. Em particular, a Unicamp é muito paternalista com maus estudantes. A energia, o tempo, as discussões associadas ao mau estudante, que por sorte são minoria, é ainda excessiva. Em particular, o Professor de Decca mencionou o manual do estudante rapidamente e é outra questão que mereceria profunda reflexão e decisões não tão populares. Por exemplo, a questão do número de vezes que o aluno pode repetir uma disciplina deveria ser discutida muito seriamente, levando-se em consideração os impactos que esse aluno causa associados a outras turmas, vagas ociosas, a trabalho repetido de professor, etc. É algo que precisa ser mais discutido. Um aspecto que valorizaria o Relatório, do ponto de vista da graduação e também reconheceria a contribuição de certas unidades, em particular aquelas que oferecem disciplinas de serviço, é uma análise e um acompanhamento do número de matrículas atendidas por unidade, é muito importante porque vem no sentido de trazer um reconhecimento justo. Há diversas unidades que têm um trabalho enorme e quando se fala no número de vagas novas na Universidade, acredita que só aquelas unidades que têm um impacto interno é que percebem o que aquilo significa do ponto de 595 596 597 598 599 600 601 602 603 604 605 606 607 608 609 610 611 612 613 614 615 616 617 618 619 620 621 622 623 624 625 626 627 628 629 630 631 632 633 634 635 636 637 638 639 640 641 642 643 644 645 646 647 648 12 vista de novas matrículas. É completamente diferente do número de vagas na Universidade. É importante e mereceria ter esses dados no Relatório final associados àquilo que o Professor Paulo se referiu, sobre o impacto dos professores colaboradores voluntários e acrescentaria ainda os pesquisadores colaboradores voluntários, porque para certas unidades os pós-docs também representam uma contribuição muito importante e indispensável hoje. Também sinal de modernidade porque em algumas áreas isso é absolutamente comum nas melhores universidades do mundo. A questão da ocupação das salas de aula, salas especiais e laboratórios foram devidamente abordadas por diversos membros e é realmente importante destacar ou diferenciar o tipo de utilização. E, finalmente uma última questão a considerar, seria uma questão associada à gestão e administração das diversas comissões na Universidade. Acredita que em alguns momentos esse assunto já foi abordado e aproveita para abordá-lo de maneira mais institucional, que é a composição da CCG. Acredita que o assunto mereceria algum comentário, sugestão e mesmo uma reflexão futura porque não parece ser a mais adequada e representativa da realidade da Universidade essa composição. A composição atual dificulta a discussão de questões conceituais relevantes, importantes e, talvez, às vezes não são triviais de serem adotadas. Sugere que seja algo semelhante ao que é a Comissão de pós-graduação, a CCPG. Um representante por unidade e não representantes por curso, porque às vezes a Unidade tem quatro ou cinco cursos e unidades com um curso só, mas com um potencial enorme de estudantes atendidos e tem um único representante. Informa que há uma questão conceitual por trás, do ponto de vista de representatividade, mas também há uma questão de gestão e recursos financeiros. Todos esses aspectos deveriam ser considerados. Ter quatro ou cinco coordenadores em uma unidade significa quatro ou cinco gratificações. Por outro lado, se a pós-graduação tem um coordenador e subcoordenadores que atuam internamente, porque não poderia existir essa mesma estrutura na graduação. A Professora Teresa informa que fará alguns comentários com base no Relatório, já que chegou atrasada na reunião e não assistiu à apresentação do Professor de Decca. Informa, de antemão, que concorda plenamente com aquilo que o Professor Daniel já manifestou com respeito à excessiva carga didática dos cursos, a questão da gestão da CCG e assim por diante. Informa que é preciso estabelecer com urgência uma agenda para a graduação. Essas informações mostram que o sistema da gestão da graduação não está sendo capaz de vencer os vários problemas que estão sendo colocados aqui. Informa que quanto às disciplinas duplicadas trata-se de um problema de eficiência do sistema atual. As instâncias de decisão não estão sendo capazes de trabalhar essas informações e resolver os problemas. Talvez valesse a pena olhar a questão de que talvez não existam duas disciplinas, mas talvez uma de um catálogo anterior que se tornou uma nova e, portanto é dada a equivalência e pela existência do catálogo anterior ainda permaneça a antiga. Talvez trabalhar o catálogo anterior no sentido de limpar a questão das equivalências, mas independente disso há um grave problema de duplicação de esforços em várias unidades e em cursos que dependem de uma ou outra unidade no geral. Acredita que deveria ser estabelecida na COPEI uma agenda chamada “discussão da graduação” no sentido de definir orientações a partir das quais a CCG trabalharia no desenvolvimento de metas e implementação da solução de problemas. Outro aspecto que chama a atenção, muito relacionado com este, é a questão de carga didática. Em meados da década de 90 resolveu-se criar uma Resolução CEPE para definir como se calcularia a carga didática e isso trouxe várias conseqüências em várias instâncias de decisão. Essa resolução foi posteriormente modificada e atualmente há uma maneira de se calcular a carga didática. Informa que acredita ser adequado que se tenha, mas isso cristalizou uma prática de grades curriculares desnecessariamente inchadas. Sugere que esse assunto deva ser tratado num âmbito superior. O estudante não tem tempo de ir para a Biblioteca e para fazer aquilo que deveria se estar ensinando, que é estudar sozinho. É um assunto que deve ser tratado com seriedade, em um âmbito de comissões superiores porque a 649 650 651 652 653 654 655 656 657 658 659 660 661 662 663 664 665 666 667 668 669 670 671 672 673 674 675 676 677 678 679 680 681 682 683 684 685 686 687 688 689 690 691 692 693 694 695 696 697 698 699 700 701 702 13 Comissão Central de Graduação não está conseguindo dar conta da discussão conceitual desse fato. Quanto à questão dos PEDs, informa que é um assunto que a PRPG ainda não se debruçou, mas deverá se debruçar junto com a PRG, no sentido de rediscutir o Programa e a sua dimensão. E informa que procurou fazer alguns exercícios de eficiência, ou seja, qual é o impacto na aprovação dos estudantes de algumas disciplinas pela presença de um docente, mais um PED atuando na mesma, ou, em contraposição, a participação de um único docente. Como analisou poucas disciplinas esse comentário talvez não seja estatisticamente correto, entretanto, não há uma correlação no aumento na eficiência na aprovação dos estudantes de graduação quando tem um único professor participando ou quando tem um professor e mais um PED participando da mesma disciplina e acredita que é algo grave, porque essa disciplina se for imaginada do ponto de vista puramente capitalista está custando mais. Então, acredita que um estudo detalhado dessa questão deve ser feito no âmbito das PróReitorias de Graduação e de Pós-Graduação no sentido de adequar tanto o número de bolsistas que estão sendo pagos pelos dois Programas, quanto no sentido de buscar um aumento na eficiência da aprovação dos estudantes de graduação nas disciplinas nas quais está sendo investido esse recurso adicional. Portanto, o Professor de Decca tem razão quando apresenta as diversas informações sobre o assunto, tendo identificado um grave problema de registro de informações, mas em algumas disciplinas, que como já mencionado foram pouco investigadas, a aprovação por turmas não há uma evidência clara que tenha havido uma melhoria no índice de aprovação dos estudantes em disciplinas nas quais os PEDs tenham sido envolvidos. O que pode representar, como hipótese, que um bom programa não está sendo executado com a adequação que deveria estar. Está havendo falha em algum lugar e a PRPG, em contato com a PRG, terá que fazer um diagnóstico e buscar uma reformulação nos programas no sentido de aumentar a sua eficiência. Do ponto de vista geral seriam esses os comentários. Há ainda um comentário adicional que precisaria detalhar na questão da evasão. Na página 20 há um percentual de evasão médio, entretanto, em um estudo posterior, não para esse Relatório, mas dentro do que foi chamado de agenda, deverá haver mais informação por curso, porque há cursos na Unicamp com baixíssima evasão e cursos com uma evasão maior, não uma evasão alta, porque se comparados curso a curso com a média nacional, na Unicamp a média por curso também é menor. Talvez possa ser realizado um diagnóstico em que ano a maior parte dessa evasão se dá, e, talvez ainda essa ação permitisse adotar soluções no sentido de reduzir a evasão caso a caso, se for possível. Seria bom para o desdobramento das discussões no âmbito da COPEI saber curso a curso qual é a situação. Quanto às demais informações cumprimenta o Professor de Decca pelo trabalho e deseja uma grande sorte no desafio colocado só pela apresentação desses números. O Professor Louis questiona se é possível ter acesso a uma distribuição de reprovações e aprovações por cursos, da mesma forma que as distribuições de nota, porque não se tem esse dado. Seria interessante se ter uma noção de que porcentagem dos alunos reprovados e que fosse fracionado por ano de ingresso para se refletir um pouco sobre os critérios de avaliação da Universidade. O Professor Arley cumprimenta o Professor de Decca pelo trabalho realizado e tem duas observações. A primeira é sobre a carga didática excessiva e finalmente informa que fez algumas observações há alguns meses atrás a esse respeito e acredita que os comentários feitos pelo Professor de Decca e pela Professora Teresa vão no sentido de concordar com esses comentários. Quanto aos critérios da contagem da carga didática no IFCH, nessa particular parcela, da Área de Humanas, informa que esses critérios adotados e que se cristalizaram parecem privilegiar ou ser a cristalização da primazia da quantificação, ou seja, é preciso quantificar a carga didática, sem levar em conta, por exemplo, todas aquelas horas de trabalho em leitura e em orientação que não são computadas. Informa que está de acordo com o que foi dito por ambos, mas isso para a Área de Humanas, que é o IFCH. Talvez não fosse o caso de generalizar, mas pelo menos de encontrar diferentes critérios para medida da carga didática. A segunda 703 704 705 706 707 708 709 710 711 712 713 714 715 716 717 718 719 720 721 722 723 724 725 726 727 728 729 730 731 732 733 734 735 736 737 738 739 740 741 742 743 744 745 746 747 748 749 750 751 752 753 754 755 756 14 observação, no que diz respeito ao IFCH, nota que houve a repetição de nomes de cursos e como se sabe isso ocorre, pelo menos no IFCH, devido ao fato de que se tem um tema, por exemplo, Filosofia da Linguagem ou Epistemologia da Física que são disciplinas que se desdobram em vários semestres e que uma não é necessariamente pré-requisito para outra, portanto, se fosse colocado Epistemologia I e II pareceria um pré-requisito, quando não é. São disciplinas que demandariam pelo menos um ano para serem desenvolvidas e o aluno que faz uma disciplina num semestre não poderia fazer a outra, é uma seqüência, um desenvolvimento. Essencialmente no caso do IFCH é esse o caso e não uma duplicação, porque as disciplinas não são mais anuais e cria-se esse tipo de situação. O Senhor Alishan informa que, quanto aos comentários do Professor Daniel quanto ao paternalismo, e como representante dos alunos de graduação não concorda com essa afirmação de forma alguma. Acredita que os estudantes de graduação não acham que a Instituição é paternalista , mas também não acha que limita a formação dos alunos, até porque no manual do aluno já tem o prazo de formação e a limitação do prazo de formação, por exemplo, na Engenharia é de oito anos ou na Engenharia noturno nove anos e são os prazos estabelecidos, agora tentar pensar nessa forma de limitar o número de reprovações é um pouco complexo e há problemas de alunos, que já passaram pelo CONSU, por terem sido reprovados e solicitarem postergação do prazo de formação e sempre tem problemas pessoais envolvidos é complexo. Alguns podem ter sido reprovados três vezes numa disciplina por mero descuido e outros podem realmente ter tido problemas e não podiam trancar mais de duas ou três vezes e permanecer com os problemas e ter sido reprovado. Para os estudantes de graduação isso é comum e os que não se formam no prazo podem ter tido problemas e em alguns casos excepcionais chegam ao CONSU e são julgados da forma correta. O Professor Júlio informa que no Relatório de Exatas também encontrou eco perante a área de Tecnológicas o Básico de Exatas ser rediscutido. Poderia ser uma agenda futura e oportuna. Em segundo lugar informa que tem os dados do IFGW, e o IFGW de 1999 a 2004 fez uma ampla reformulação dos cursos de graduação e o enfoque era diminuir a carga didática e diminuir hora-aula e fazer o aluno estudar fora da sala de aula. Em geral, o que se conseguiu é um mínimo legal e o número de horas-aula ficou um pouquinho acima do mínimo legal em quase todos os casos e foi feita essa ampla reformulação. Outro ponto é que o trancamento de matrícula é um problema, porque às vezes há uma turma de sessenta e muitos vão mal na primeira prova e trancam a matrícula e o professor que iniciou dando aula para sessenta, acaba com vinte alunos e poderia juntar duas turmas e fazer uma nova de sessenta e fica muito mais ineficiente o sistema. E finalmente, o último ponto é sobre a questão colocada pelo Professor Daniel das coordenações de graduação. Informa que fez um pedido há alguns meses atrás de uma coordenação associada para a Área de Física Médica, porque é um curso bastante diferente no IFGW, o professor tem que relacionar com professores da FCM e do HC e os problemas são muito diferentes e esse pedido está parado em algum lugar e faz um bom tempo. Talvez isso possa se justificar se for ser discutido de uma forma mais ampla, mas reitera o pedido. E finalmente, informa que os alunos provenientes da escola pública são mais fracos quando entram, mas têm um rendimento melhor e já verificou dando aula para alunos do Básico e especialmente no noturno. Percebe-se que os alunos das escolas públicas são muito esforçados e isso é muito bom. Se há alunos fracos, talvez pudesse existir um básico diferenciado. É uma tarefa muito difícil devido à questão de logística e uma série de outras questões, mas talvez para esses alunos, dado que já há dados que eles correspondem, pudesse se fazer um ano de básico diferenciado e depois colocá-los no básico normal. Daria muito trabalho, mas poderia ser justificado. O Professor de Decca informa que as sugestões e questões são muitas e acredita que é praticamente impossível respondê-las no conjunto, mesmo porque grande parte das questões são menos questões e mais sugestões de encaminhamento, que de certa maneira compete, inclusive, às instâncias da CCG e da CEPE e poder aprofundar alguns problemas que aqui foram levantados. Antes de dar um 757 758 759 760 761 762 763 764 765 766 767 768 769 770 771 772 773 774 775 776 777 778 779 780 781 782 783 784 785 786 787 788 789 790 791 792 793 794 795 796 797 798 799 800 801 802 803 804 805 806 807 808 809 810 15 apanhado geral sobre as questões levantadas, informa que é importante demarcar o território do Relatório. Informa que preparou o Relatório, ao contrário dos Relatórios das Áreas, porque a maioria dos Relatórios das Áreas são extremamente positivos e são difíceis de extrair questões polêmicas no sentido de apontarem questões muito contundentes, que viessem a motivar questões mais de fundo, como currículo, comportamento da composição das cargas didáticas. Houve uma série de dificuldades, porque os Relatórios apresentados são diagnósticos sucintos e no cômputo geral da Avaliação feita pelas Comissões Interna e Externas, no conjunto da graduação, todos estão bem. Não há qualquer dúvida ou objeção a esse aspecto. Tomando isso como referência, entre 1999 e 2003, a Unicamp apresentou um bom desempenho nos cursos de graduação. Informa que tentou buscar os dados e a Professora Vera tem razão que esses dados não estão devidamente cruzados em todas as suas implicações, na medida em que se tem uma Avaliação positiva em mãos, é muito difícil se fazer um diagnóstico mais fino partindo do pressuposto que a informação é genérica. Mas não partiu do pressuposto de que essa informação genérica é algo depreciativo e sim como uma confirmação de uma convicção de que os avaliadores de fato acharam que as coisas estão bem. Dada essa premissa, o problema levantado foi o que pode estar não ajustado nessa máquina, que de certa maneira julga-se que esteja bem. Portanto, começou a levantar problemas que julgou ser os problemas nucleares de todas as Áreas avaliadas. Que diziam respeito à composição da carga horária dos cursos, portanto o volume de horas-aula despendidas nos cursos, as grades curriculares que são questões que não se esgotam e não teriam condições de se esgotar na Comissão de Avaliação. Indica na Avaliação que deva ser futuramente um programa de estudos em níveis das Comissões de Ensino e da Comissão de Graduação, ou seja, uma reavaliação da carga didática dos cursos; e, em segundo lugar, essa redundância dos cursos é um problema nítido e até os males que possam acarretar essas redundâncias sejam mais oriundos do modo como se concebe o funcionamento da graduação, no procedimento e nos regulamentos o manual do aluno que permite um catálogo com essas características e quando se fala nas redundâncias, por exemplo, existem inúmeros catálogos em curso dentro da graduação da Unicamp, às vezes, existe duplicação de disciplinas não porque elas sejam dadas para turmas diferentes, com a mesma sigla, mas é porque são siglas distintas de uma mesma coisa, pois existe mais de um catálogo em vigência dentro do mesmo curso. Inclusive é um problema que a rigor deve aos poucos ir desaparecendo, devido às grandes mudanças curriculares que ocorreram nos últimos anos entre 2003 e 2004 é possível que haja uma estabilização das nomenclaturas e das disciplinas que são oferecidas pelo catálogo. Observando mais de perto, percebe-se que há uma série de deposições de currículos que se repetem porque são os currículos que estão em vigência. Outras repetições podem ser resultados de fato de uma má gestão da graduação e incide também numa super representatividade da Câmara de Graduação. Informa que é difícil gerir um sistema com 57 representantes, quando boa parte do tempo da CCG é dispendido justamente nas excepcionalidades, onde se faz da exceção, a regra. Essa questão faz com que a capacidade de gestão da graduação acabe se reduzindo a questões pontuais e que se referem às demandas de alunos por integralização e extensão de prazos de cursos, entre outros. Informa que outro diagnóstico é com relação à carga didática e é uma questão que deve ser discutida tanto pela graduação, quanto pela pós-graduação, através de um grupo de trabalho e verificar como essas cargas didáticas estão distribuídas entre docentes efetivos, PEDs I e II, professores colaboradores voluntários, pós-docs, o que significa que essa questão que foi citada de que são dados ainda preliminares e que é preciso fazer um cruzamento mais apurado, do que significa de fato o peso dessa gestão acadêmica de novos recursos humanos que estão minimizando de fato a carga geral dos docentes efetivos. Todos esses elementos vêm a contribuir para redefinir esse quadro e é o motivo mais evidente do ponto de vista numérico de como foi possível entre 1999 e 2003, com um decréscimo do número de docentes contratados pela Unicamp, a Unicamp ter 811 812 813 814 815 816 817 818 819 820 821 822 823 824 825 826 827 828 829 830 831 832 833 834 835 836 837 838 839 840 841 842 843 844 845 846 847 848 849 850 851 852 853 854 855 856 857 858 859 860 861 862 863 864 16 apresentado um crescimento tão significativo. Essa questão deve ser apresentada de uma maneira positiva ao CEE. Como a Unicamp encontrou as respostas para fazer frente a uma demanda maior de vagas que foi oferecida a uma carga didática que aumentou, justamente por esse motivo, mas que não houve a correspondência no acréscimo de contratação de docentes, o que houve foram vários programas que vieram a compor o universo do ensino de graduação e que sem a vigência desses programas é evidente que o quadro da graduação seria muito diferente. Informa que não tinha todos esses números e solicitou à DAC a ajuda para gerar as listas e obter as informações necessárias. Além disso, havia informações nos Relatórios que eram opiniões, como por exemplo, que os PEDs reprovavam mais do que os professores, e com esses dados atuais, verifica-se que essa diferença é pequena. No que diz respeito à questão das salas foi a mesma coisa, o primeiro dado obtido é de que as salas eram insuficientes, e muitas unidades reclamaram da falta de espaço e os dados obtidos revelaram uma realidade que não corresponde à demanda. Esses dados merecem uma melhor qualificação desses espaços para mostrar onde realmente vai ser necessária uma gestão desses espaços ociosos e onde realmente há problemas. O Professor Paulo tem razão quando menciona que a Universidade não tem um sistema que possa gerenciar esses espaços de maneira a otimizar, na medida do possível, até no sentido de oferecer aos docentes alternativas de melhor ocupação desses espaços de salas de aula. Mais uma vez são questões importantes que a Avaliação Institucional coloca como reveladoras. A graduação vai merecer trabalho de gestão ampla que envolva todas as articulações e a intenção do Relatório foi mostrar que todas são intercomunicáveis e há um motivo que deve ser avaliado, por exemplo, a razão das vagas ociosas. Quanto à essa questão acredita que é um componente positivo, porque cinco por cento de vagas ociosas é um número baixo. Também ainda não há uma discriminação detalhada de quais os cursos aonde a evasão é maior e, portanto, redunda em vagas ociosas em número mais significativo. Mas verificando para o número bruto de 5% é relativamente baixo. Por vários aspectos, inclusive se a taxa de decepção é de 5%, e não for atribuída à índices de reprovação muito alto, que é natural que haja uma insatisfação no que diz respeito à escolha do curso. Acredita que a vaga remanescente seja importante porque revela que as vagas que ficaram ociosas, porque as escolhas foram precipitadas ou por outros motivos, que elas merecessem ser de novo oferecidas de maneira consistente pela Universidade. Outra questão importante é que a Unicamp não tem ainda um programa que obtenham informações sobre os resultados dos alunos que se formam na Universidade, ou seja, a Unicamp não conhece o quadro de seus ex-alunos. A única coisa que existe é um site do próprio SAE, que se chama Alumni, onde são procurados por ex-alunos da Unicamp que queiram voltar a interagir com a Universidade. A FAPESP, através do Professor Brito, procurou por essas informações e a Unicamp não tem esses dados à disposição. Ainda, informa que existe uma atividade que deixou de ser mencionada no Relatório e deverá ser incluído e que diz respeito ao TelEduc, que inclusive não pertence à PRG e funciona em um laboratório do NIED, em conjunto com o CCUEC, e a utilização desse Programa, pelos dados obtidos até o ano de 2004, também é baixa. Em primeiro lugar o resultado da pesquisa feita aos usuários do TelEduc foi decepcionante. O número de usuários do TelEduc que respondeu à pesquisa foi muito baixo. E o número de usuários do TelEduc é muito pequeno, não chega a 9% dos docentes que usam regularmente o Programa. A PRG apóia e promove algumas atividades de ensino a distância e os resultados são muito bons. Por exemplo, os cursos de inglês, a Professora Denise do CEL está fazendo esse trabalho e o curso já funciona há um ano e a resposta está sendo muito positiva. O curso é semi-presencial, ou seja, todos os exercícios transcorrem em atividades não presenciais, mas as avaliações desse ensino aberto são feitas presencialmente. Ainda assim são iniciativas muito tímidas que têm um grande potencial a ser desenvolvido. Outra questão, ligada a uma série de problemas aqui levantados, diz respeito ao gerenciamento da formação acadêmica que hoje está em curso na Unicamp. Esse sistema, conforme informado no início da 865 866 867 868 869 870 871 872 873 874 875 876 877 878 879 880 881 882 883 17 apresentação, está em vias de colapso. Portanto, muitas das deficiências encontradas hoje no sistema de gerenciamento da informação acadêmica também traduz o funcionamento de um sistema de informação ultrapassado. Esse sistema foi sendo adaptado e readaptado e hoje dá conta de um catálogo de graduação de duzentas páginas. Portanto, uma política estratégica muito importante dentro do sistema de Avaliação dos cursos de graduação é justamente esse gerenciamento novo. O SIGA é um projeto que já está em vias de execução e que vai oferecer uma plataforma nova. Muitos dados que são motivos de reclamação poderiam estar disponibilizados de uma maneira muito mais eficiente e acessível a todos da Universidade. Informa que tomou nota de todas as questões aqui levantadas e deverá ser inserida na apreciação final que será encaminhada ao CEE. O Senhor Presidente informa que a Graduação é um assunto fundamental para a Universidade e existe espaço para discussão. A sugestão de várias pessoas, e, enfatizada pela Professora Teresa, de se criar um espaço específico para a graduação na COPEI, num órgão colegiado amplo, merece realmente ser levado a efeito e poderá haver uma contribuição para melhorar ainda mais o ensino de graduação em todas as áreas da Unicamp. O Senhor Presidente encerra a reunião e agradece a presença de todos. Eu, Silvana de Araújo Schmidt Simões, lavrei a presente ata que deverá ser submetida à aprovação na próxima reunião. Campinas, 21 de fevereiro de 2006.