A importância da comunicação do “Made in Portugal”
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A importância da comunicação do “Made in Portugal”
A importância da comunicação do “Made in Portugal” Sara Ferreira Nº 212352 Licenciatura em Ciências da Comunicação Trabalho para a cadeira de Seminário Orientadora: Professora Doutora Raquel Ribeiro Lisboa 2013/2014 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Índice Introdução .............................................................................................................................................. 4 I. Metodologia ................................................................................................................................... 6 II. Imagem de Portugal e a comunicação da portugalidade ....................................................... 8 a. A evolução da imagem de Portugal e das empresas de vestuário e alimentar .................. 8 b. Identidade Nacional, Portugalidade e Autenticidade .............................................................. 9 c. Brand Equity ................................................................................................................................ 10 d. Nation Branding .......................................................................................................................... 11 III. Discussão de Resultados ...................................................................................................... 12 a. Análise da comunicação (ou não) da portugalidade por parte das marcas de vestuário e alimentares .......................................................................................................................................... 12 b. Análise comparativa da importância do “made in Portugal” para o consumidor em diferentes faixas etárias..................................................................................................................... 13 IV. Conclusões .............................................................................................................................. 20 Bibliografia ........................................................................................................................................... 22 Anexos ................................................................................................................................................. 26 Anexo 1 – Clipping de notícias em meios de comunicação especializados, nomeadamente Marketeer, Briefing, Meios e Publicidade e Hiper Super ............................................................. 26 Anexo 1.1. – “Myg, a nova marca de comida artesanal” .......................................................... 26 Anexo 1.2. – “Intermarché incentiva produtores nacionais” ........................................................ 27 Anexo 1.3. - “Sapatos portugueses desfilam na Vogue Italiana”............................................... 28 Anexo 1.4. – “Compotas portuguesas ganham prémio em Madrid” ........................................... 29 Anexo 1.5. – “Produtos portugueses promovidos na China” ....................................................... 30 Anexo 1.6. – “Jumbo aposta no calçado português” .................................................................... 31 Anexo 1.7. – “Portugal Sou Eu estreia campanha” ...................................................................... 32 Anexo 1.8. – “Pavimentos de cortiça no London Design Festival” ............................................. 33 Anexo 1.9. – “Sabores de Portugal promovem-se em Andorra” ................................................ 34 Anexo 1.10. – “Sagres celebra 20 anos de apoio às Selecções de Futebol” ........................... 35 Anexo 1.11. – “Quer surpreender um amigo fora de Portugal?” ............................................... 36 Anexo 1.12. – “Portugueses preferem produtos Made in Portugal” ........................................... 37 Anexo 1.13. – “Portugueses continuam a confiar nos produtos nacionais” .............................. 38 Anexo 1.14. – “Sonae aposta no que é nacional” ........................................................................ 39 Anexo 1.15. – “Salsa aposta em calçado “Made In” Portugal” ................................................... 40 Anexo 1.16. – “Portugal sou eu, és tu, somos todos nós” ........................................................... 41 Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 2 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Anexo 1.17. – “Continente reforça compras nacionais de perecíveis para 86%” ................... 42 Anexo 1.18. – “Portugal não é grande. Nem é pequeno. É genial” ........................................... 43 Anexo 1.19. – “A vida portuguesa…. Num refresco” ................................................................... 45 Anexo 1.20. – “ O que é português dá confiança” ........................................................................ 47 Anexo 1.21. – “O que faz por Portugal?” ........................................................................................ 49 Anexo 1.22. – “Marcas portuguesas promovem-se no Parlamento Europeu”.......................... 50 Anexo 1.23. – “Ambiente: Consumidores elegem marcas de confiança” ................................ 51 Anexo 1.24. – “Marca “Portugal” promove produção nacional no mundo” ............................... 52 Anexo 1.25. – “Selo “Portugal Sou Eu” chega a 1.400 produtos”............................................... 53 Anexo 1.26. – “Portucale lança primeiro gin com alma portuguesa” ........................................ 54 Anexo 1.27. – “Lidl compra 50% do que vende a produtores nacionais” .................................. 55 Anexo 1.28. – “Markro apoia “A Mesa dos Portugueses” ............................................................ 55 Anexo 1.29. – “ Favaios em Bruxelas para promover Portugal” ................................................. 56 Anexo 1.30. – “Pingo Doce compra 70% dos frescos em Portugal” .......................................... 58 Anexo 1.31. - “Mais de 50% dos portugueses quer aumentar consumo “Made in Portugal”” ............................................................................................................................................................... 59 Anexo 1.32. – “El Corte Inglés promove “O Melhor de Portugal” ............................................... 60 Anexo 1.33. – “MyeGourmet é nova loja online de produtos nacionais” ................................... 61 Anexo 1.34. – “Mendes Gonçalves lança mostardas mais portuguesas de Portugal” ............ 62 Anexo 1.35. – “Sonae comprou 1.100 mil toneladas à produção nacional desde 1998”........ 63 Anexo 1.36. – “Intermarché reforça produção nacional com “Programa Origens” .................. 64 Anexo 1.37. – “ “Portugal. A Minha Primeira Escolha” em campanha nos hipermercados” .. 65 Anexo 1.38. – “Metade dos portugueses considera ‘caros’ produtos nacionais ...................... 66 Anexo 1.39. – “Vinhos de Portugal já têm marca” ........................................................................ 67 Anexo 1.40. – “McDonald’s volta a apostar em produtos nacionais” ......................................... 69 Anexo 1.41. – “Mercado Gourmet com apoio do Compro o que é nosso” ................................ 70 Anexo 2 – Inquérito aplicado aos consumidores ........................................................................... 71 Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 3 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Introdução O tema deste estudo é o conceito do “made in Portugal” aplicado à comunicação das marcas, tendo como pergunta de partida “que marcas comunicam a sua portugalidade e porquê?”. Por portugalidade, entende-se neste trabalho a comunicação que as marcas portuguesas fazem da sua origem nacional, o uso do “made in Portugal” como elemento principal na comunicação do seu produto. Dentro deste conceito, incluem-se expressões como “made in Portugal” e origem portuguesa, como forma de apontar a nacionalidade do produto. O facto de os estudos feitos acerca da imagem dos produtos made in Portugal refletirem resultados pouco satisfatórios, e consequentemente apontarem para uma opinião desfavorável relativa à imagem das marcas de vestuário (Almeida, Alves, & Miguel, 2011, p. 12), leva-nos a questionar o porquê de as marcas investirem na comunicação da sua portugalidade. Segundo Filipe, “os criadores de produtos e serviços portugueses são, por vezes, penalizados pelo facto do que fazem ser “made in Portugal”, ou seja, existe uma marca Portugal que, por vezes, representa um decréscimo de perceção de valor no mercado global” (Filipe, 2010, p.180). Estamos portanto perante um fenómeno que este trabalho se propõe a estudar e a compreender. Pretende-se fazer uma reflexão sobre as marcas que fazem a comunicação da sua portugalidade, as que não o fazem e compreender as razões que se encontram por trás destas escolhas. Assumindo que a comunicação da portugalidade é uma tendência crescente, faz parte dos objetivos deste trabalho perceber qual a evolução que o conceito “made in Portugal” tem tido para os consumidores portugueses. As categorias de produto a estudar serão as de vestuário e alimentação, uma vez que segundo Arriscado, Conde & Galante (2013), “ 47% dos inquiridos afirmam que "mais de metade das compras de produtos nacionais é do setor alimentar, cujos produtos constam sempre do cesto de compras". Esse valor desce para 12,8% quando se trata do setor do calçado na totalidade das compras, 3% no setor do vestuário e acessórios e apenas 1,3% no setor dos artigos para o lar” (Arriscado, Conde, & Galante, 2013). Aliado a este facto, sabemos que ao nível das frutas e legumes portugueses preferem os produtos portugueses, com uma grande maioria, e no que diz respeito ao calçado vemos que “numa análise comparativa entre o calçado português e o calçado estrangeiro, destacamos que, o calçado português é considerado com uma melhor construção, uma melhor qualidade dos materiais e com uma maior resistência, e os segundos são apontados como mais baratos, com melhor aspetos, e com maior originalidade” (Pacheco, Santos, & Prates, 2012, p. 20). A metodologia a ser utilizada neste estudo inclui entrevistas aprofundadas a especialistas na área do marketing e da comunicação de modo a conhecer a sua opinião profissional sobre o fenómeno em análise e se o reconhecem como uma tendência crescente; entrevistas aprofundadas a empresas Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 4 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 de publicidade, comunicação e/ou marketing que façam a comunicação da portugalidade para algumas marcas, para que percebamos o que os leva a fazê-lo, e como surgiu esta tendência comunicacional; inquéritos online a consumidores de várias faixas etárias, de modo a obter o ponto de vista do consumidor sobre a comunicação da portugalidade dos produtos e em que medida este conteúdo na comunicação os influencia quando vão às compras; e ainda clipping de notícias sobre a comunicação de portugalidade nas marcas alimentar e de vestuário, em meios especializados em marketing e comunicação. A nível de estrutura este trabalho é composto por um capítulo metodológico, onde são explicadas as metodologias que foram utilizadas ao longo deste estudo e o porquê de terem sido escolhidas; um capítulo teórico onde é feita uma análise do estado da imagem de Portugal e dos produtos confecionados no país, especialmente nas categorias de vestuário e alimentar; no decurso deste capítulo proceder-se à operacionalização dos conceitos essenciais para a compreensão do trabalho. Segue-se um capítulo de discussão de resultados e de conclusões. Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 5 A importância da comunicação do “Made in Portugal” I. 2013-14 Metodologia De modo a orientar a pesquisa que responde à questão de partida já enunciada: “que marcas comunicam a sua portugalidade e porquê?”, foram definidos os seguintes objetivos: 1) identificar marcas que comunicam (ou não) a sua portugalidade; 2) refletir sobre essa opção (já que a origem das marcas portuguesas não foi sempre encarada da mesma forma nos últimos anos, nas diferentes categorias de produto); 3) compreender as decisões dessas marcas relativamente à comunicação da sua origem portuguesa; 4) aferir a evolução da relevância do “made in Portugal” para o consumidor nos últimos anos. A metodologia aplicada neste trabalho de pesquisa engloba clipping de notícias, em publicações especializadas da área do marketing, nomeadamente a revista Marketeer, Briefing, Meios & Publicidade e Hiper Super, sobre a comunicação da portugalidade nas marcas alimentares e de vestuário. O clipping é referente a notícias desde 2009 até ao ano presente, de modo a conseguir juntar um maior número de informação útil sobre o fenómeno de comunicar a nacionalidade dos produtos portugueses, tanto na categoria alimentar como na de vestuário. Esta consulta foi realizada através dos websites das referidas publicações especializadas, e todas as notícias analisadas encontram-se em anexo (anexo 1). Encontrava-se previsto aplicar entrevistas aprofundadas individuais a diretores de marketing de empresas portuguesas que forneceriam informações sobre a sua opinião profissional acerca da comunicação da portugalidade dos produtos portugueses, especialmente nas categorias a ser analisadas (vestuário e alimentar), e principalmente se a reconhecem como uma tendência crescente no mercado, mas devido a algumas limitações não foi possível aplicar esta técnica, uma vez que o contacto com os profissionais se revelou um mais complicado do que o previsto. Também se encontrava previsto realizar entrevistas a profissionais de empresas de publicidade, comunicação e marketing que efetuam comunicação de produtos nacionais, e que estão envolvidos diretamente nas campanhas de comunicação de “made in Portugal”, que nos esclareceriam sobre o que os motivou a envergar neste tipo de comunicação e se o consideram uma tendência crescente no nosso país, no entanto tal como na técnica acima referida não foi possível prosseguir com a aplicação desta. Estas entrevistas tinham ambas como objetivo aferir a origem desta tendência comunicacional, e compreender o que mudou para que a nacionalidade dos nossos produtos seja vista como motivo de orgulho. Em último lugar foram realizados inquéritos online a consumidores de três faixas etárias, dos 18 aos 29 anos, dos 30 aos 50 anos, e dos 51 aos 65 anos, residentes no nosso país e que têm por hábito ir às compras. Os inquéritos encontraram-se disponíveis de 11 de Maio até ao dia 15 de Julho de 2014, através da rede social Facebook, na qual foi divulgado a indivíduos dentro das faixas etárias de interesse. A amostra foi composta por cerca de 326 inquiridos, de ambos os sexos e residentes em Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 6 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Portugal. A amostra dividiu-se em 114 inquiridos entre os 18 e os 29 anos; 104 entre os 30 e os 50 anos e por último 108 indivíduos entre os 51 e os 65 anos. Optou-se por analisar e comparar diferentes gerações, para se obter uma visão mais alargada e diversificada do consumidor, e da forma como este encara a tendência comunicacional em estudo. É importante a questão das gerações, uma vez que o comércio em Portugal sofreu várias alterações nas últimas décadas, que provocaram alterações no comportamento dos consumidores, passando pelo protecionismo antes da entrada na CEE em 1985, durante o qual os produtos disponibilizados eram maioritariamente portugueses, existindo apenas uma minoria de multinacionais no país a partir dos anos 50. Após a entrada na CEE, e a abertura do comércio português ao estrangeiro, passaram a ser consumidos na maioria os produtos importados (Sousa & Lopes, 2008). Atualmente, estamos a passar por uma fase na qual o consumo dá prioridade aos produtos portugueses, “(…) muitos consumidores, movidos por um desígnio de promoção do desenvolvimento nacional, têm passado a valorizar a origem aquando da decisão de compra dos seus produtos alimentares. Esta valorização da “portugalidade” por parte dos consumidores está a ser captada pelas empresas de distribuição, que têm procurado ter uma oferta mais nacional para darem corpo a campanhas de comunicação que lhes permitam satisfazer este desejo por parte dos seus clientes” (Santos, Falcato, Almeida, & Mira, 2011, p. 42). Assim, verifica-se que as gerações de consumidores portugueses viveram durante diferentes períodos, em que as tendências de consumo eram diferenciadas. Assumindo a influência que a época em que cresceram tem nas suas opções de consumo, é interessante verificar os efeitos que esta tem no comportamento atual dos consumidores de diferentes gerações. O objetivo destes inquéritos era compreender se se têm apercebido da comunicação da portugalidade nos produtos alimentares e de vestuário, e se esta os impele a consumir esses produtos ou se por outro lado não influencia os seus hábitos de consumo. Pretendeu-se também com estes inquéritos responder ao objetivo “aferir a evolução da relevância do made in Portugal para o consumidor nos últimos anos”. Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 7 A importância da comunicação do “Made in Portugal” II. 2013-14 Imagem de Portugal e a comunicação da portugalidade a. A evolução da imagem de Portugal e das empresas de vestuário e alimentar A imagem do nosso país tem sofrido uma evolução ao longo dos últimos anos, que se reflete na valorização feita aos nossos produtos. Segundo Sousa et al. (2008), durante o regime de Salazar o excessivo protecionismo dos produtos portugueses levou a que aquando a entrada de Portugal na CEE em 1985 as empresas portuguesas tivessem de fazer um reposicionamento da sua marca, e as fragilidades dos produtos que não estavam preparados para o mercado internacional, se destacassem, “apenas uma ou outra marca (Vista Alegre) ou produto (Vinho do Porto) tinham espaço neste mercado alargado estando os outros condenados a serem meros componentes ou fornecedores das grandes marcas internacionais” (Sousa & Lopes, 2008, p.1610). Estas mudanças no mercado português prejudicaram a imagem do país, e consequentemente a nacionalidade dos produtos deixou de ser um orgulho e passou a estar “disfarçada”. Atualmente existem marcas portuguesas bem-sucedidas, mas a verdade é que a sua origem se encontra disfarçada, principalmente através da denominação dessas mesmas marcas, são exemplos disso a marca de calçado Fly London, a maior indústria de calçado português a Aerosoles, e a marca de malas e acessórios Parfois (Sousa & Lopes, 2008). Recentemente para responder à necessidade de internacionalização das marcas portuguesas e aumento da competitividade, iniciou-se a certificação das mesmas. Desta maneira destaca-se a excelência dos produtos portugueses e estes podem-se reposicionar em mercados competitivos, “este processo, mais que um caminho, pode ser uma solução para alterar a imagem do tecido empresarial português beneficiando das mais-valias que daí podem advir, reposicionando assim a perceção da oferta portuguesa que tem estado mais associada à imagem de produção de genéricos de qualidade duvidosa e mão-de-obra barata” (Sousa & Lopes, 2008, p.1615). Com a globalização crescente dos mercados, e para se distanciarem e diferenciarem da imagem acima descrita das marcas e produtos portugueses, os agentes económicos portugueses necessitam de enveredar pela diferença como conquistador de mercado, apostando assim no consumo de produtos cujo valor de mercado é superior ao do objeto em si sendo o produto valorizado pelo seu simbolismo e identidade. Dentro dos demarcadores principais de produtos encontram-se o origem nacional do mesmo e a valoração simbólica esta incorpora, tanto no mercado comercial, como no social e cultural (Ribeiro, 2012). Devido aos efeitos recessivos da crise atual na economia das famílias “(…) muitos consumidores, movidos por um desígnio de promoção do desenvolvimento nacional, têm passado a valorizar a origem aquando da decisão de compra dos seus produtos alimentares” (Santos et al. 2011, Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 8 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 p. 42). Observando alguns dados do INE de 2011 verificamos que “o grau de autoaprovisionamento de alguns produtos é drasticamente baixo carne - 74%, cereais - 25,3%, batata - 54,4%, fruta - 65,3%, leguminosas secas - 12,1% e gorduras e óleos vegetais - 14,0%, entre outros”, o que mostra que é necessário um investimento no setor agrícola em Portugal: “que não é possível sustentar o crescimento económico sem repor pelo menos parcialmente o peso da agricultura (…) ”(Santos et al. 2011, p. 42 ). O setor do têxtil terminou o ano de 2013 com “uma subida das exportações para cerca de 4,3 mil milhões de euros, um crescimento de 3,5%. Um número que “não poderia ser melhor num período de contração da economia e de quebra nos principais mercados de exportação do nosso sector da Europa, como Espanha, França, Inglaterra e Alemanha”, refere o presidente da Associação Têxtil e do Vestuário de Portugal (ATP), João Costa” (Dinheiro Vivo, 2014). b. Identidade Nacional, Portugalidade e Autenticidade O conceito de identidade nacional pode sofrer várias interpretações, mas para os efeitos deste estudo vamos considerá-lo como sendo “o reflexo do sentimento de pertença a uma nação independentemente de esta ter ou não um Estado próprio” (Guibernau, 2004, p. 135). Segundo este autor, a identidade nacional é composta por cinco dimensões: psicológica, cultural, territorial, histórica e política; sendo que as mais importantes neste caso sejam a psicológica e a cultural. No que respeita à dimensão psicológica esta surge da necessidade de criação de um grupo baseado na proximidade do sentido que une os que pertencem à nação, este tipo de ligação pode estar latente durante alguns anos e ser apenas despertado quando a nação se encontra em perigo, e as suas pessoas, a sua propriedade, as suas tradições e cultura se encontram ameaçadas (Guibernau, 2004). No contexto de crise atual, podemos considerar que esta união tem sido restabelecida, uma vez que a população se une para lutar contra as medidas do governo, por exemplo, e para lutar por um futuro melhor para o nosso país, defendendo assim a identidade nacional e aumentando o patriotismo que leva ao consumo de produtos portugueses. Já a dimensão cultural baseia-se na passagem de valores, crenças, costumes, convenções, hábitos e linguagem aos novos membros da sociedade, esta engloba uma forte ligação emocional entre os membros de uma comunidade (Guibernau, 2004). Estas duas dimensões são as que se encontram na base do fenómeno que nos propomos a estudar, uma vez que um investimento na comunicação da nacionalidade de um produto é um apelo ao patriotismo dos consumidores, e consequentemente uma lembrança dos valores que unem os cidadãos do nosso país, como a portugalidade. Segundo alguns teóricos o conceito de portugalidade foi criado durante o Estado Novo, existindo o reforço do uso deste conceito durante a “Exposição do Mundo Português” (1940) (Sousa & Martins, 2012). No entanto não existe uma definição concreta do termo, segundo alguns dicionários portugalidade corresponde à qualidade do que é português, mas neste estudo entendemos Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 9 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 portugalidade como a comunicação que as marcas portuguesas fazem da sua nacionalidade, como já havia sido acima referido. De um modo mais detalhado portugalidade é aceite como sendo um elemento caracterizador dos produtos portugueses, comunicar a portugalidade de um produto significa expor e enaltecer a nacionalidade portuguesa do produto vendo-a como um elemento diferenciador e valorizador do produto em relação à concorrência. A comunicação da portugalidade de um produto apela, por vezes, à tradição e à autenticidade do produto, ou seja, à sua verdadeira essência. Autenticidade é um conceito difícil de definir pois existem várias interpretações, descrições e conceptualizações. A maioria dos estudos encontrados sobre o conceito de autenticidade focam-se na perspetiva do turismo. A questão inicial, segundo Kolar e Zabkar (2010), é se a autenticidade é a objetiva propriedade de objetos e culturas ou se é a perceção subjetiva, social e individual dos mesmos. Segundo uma perspetiva relativa à comunicação estratégica, autenticidade pode ser definida como a verdadeira essência do que é a entidade originalmente com uma permanente associação constante às suas ações, decisões e filosofias relacionadas tanto com as suas próprias expetativas como com as dos consumidores (Molleda, 2009). No que respeita à autenticidade aplicada às estratégias de marketing, verificamos que esta assenta na nostalgia associada à idealização de um lugar ou época, no retro-branding e na recriação de algo do passado (Stephen Brown, 2003). Estes três conceitos focam-se na explicação do regresso ao patriotismo dos produtos portugueses, considerando-o uma resposta ao cenário de crise económica atual, e uma tentativa de recuperação de valores do passado onde os produtos portugueses eram os mais valorizados (embora por obrigação). c. Brand Equity Segundo o levantamento teórico efetuado brand equity é o valor adicionado à marca que forma parte do produto que é criado na mente dos consumidores, isto é, faz parte do valor que o consumidor adiciona à marca através da perceção que tem da mesma, que é provocado pelas estratégias de marketing implementadas pela marca (Chen, Su, & Lin, 2011). No caso em estudo pretendemos verificar se o valor da marca é influenciado pela sua nacionalidade, e principalmente se este aumenta conforme a comunicação ou não da portugalidade. O conceito de brand equity é um conceito que se encontra relacionado com o conceito de brand loyalty, principalmente em estudos passados que afirmam que existe uma influência direta por parte do brand equity no brand loyalty (Nam, Ekinci, & Whyatt, 2011). É importante diferenciar estes conceitos, por um lado “brand equity é conceptualmente mais amplo, engloba a imagem da marca (ex: a perceção da qualidade do serviço) e a familiaridade da marca” e implica uma disposição favorável à compra que não resulta necessariamente na mesma, já o conceito de brand loyalty refere-se a uma “construção comportamental relativa às intenções de compra” (Nam, Ekinci, & Whyatt, 2011, p. 1011). Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 10 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 d. Nation Branding O nation branding assume-se como uma área do marketing, em que se trabalham as perceções de valor simbólico de um Estado – Nação que são trabalhadas através das características mais visíveis aos olhos da opinião pública internacional e que contribuem para situar o país numa escala de reputação (Ribeiro, 2012). Um conceito semelhante ao nation branding, definido já a algumas décadas é o “efeito país de origem”, que é definido como “ (…) um conceito multidimensional e reporta-se a fatores como qualidade, fiabilidade, preço, segurança, estética, tecnologia, entre outros, que são associados ao país de origem de determinado produto” (Ribeiro, 2012, p. 4). Logo a avaliação de um produto por parte dos seus alvos de comunicação, é feita não só racionalmente, mas emocionalmente. O conceito de nation branding ultrapassa o “efeito país de origem”, e outros conceitos semelhantes, na medida em que o propósito deste não é de promover o país, mas sim a nacionalidade do produto. Este conceito é relevante para este estudo, pois realça os efeitos que a imagem do país pode ter num produto, o que nos leva a estudar também a reputação que o nosso país tem no exterior e se esta influencia a comunicação que as marcas estão a fazer da sua nacionalidade. Para compreendermos os efeitos que o nation branding tem nos nossos produtos, é importante articulá-lo com o conceito de brand equity de modo a compreender a influência que têm um no outro. Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 11 A importância da comunicação do “Made in Portugal” III. 2013-14 Discussão de Resultados a. Análise da comunicação (ou não) da portugalidade por parte das marcas de vestuário e alimentares Ao longo dos últimos cinco anos (2009 – 2014) é notado um aumento da importância que é dada à comunicação da nacionalidade dos produtos portugueses, e uma tendência crescente para enaltecer o que de melhor se faz no nosso país, visível através das notícias analisadas. Verifica-se que mesmo em 2009 esta tendência ainda não se encontrava no seu auge, existindo apenas uma notícia desse ano sobre comunicação de produtos portugueses, facto que aumento até ao presente ano (2014). Após a análise de notícias em imprensa especializada, verificamos que para além do investimento por parte dos produtores em divulgar as suas criações como produtos nacionais, que primam por ter a qualidade e reconhecimento de produto “made in Portugal” tem existido também um esforço por parte das grandes cadeias de hipermercados (incluindo as internacionais) como o Intermarché, Continente, Pingo Doce, Jumbo e LIDL (anexos1.14; 1.17;1.27; 1.30; 1.35 e 1.36) , de garantirem que uma percentagem fixa dos seus produtos tem o selo “made in Portugal”, equilibrando a sua oferta e criando uma proximidade com o consumidor português. Inclusive existem linhas específicas de produtos “made in Portugal”, como é por exemplo o caso do Jumbo que criou uma linha de calçado 100% português (anexo 1.6), o que revela uma grande aposta na qualidade dos produtos portugueses, e no reconhecimento que os mesmos têm junto dos consumidores. Também multinacionais como a MacDonalds (anexo 1.40) e o El Corte Inglès (1.32) elaboram campanhas em que destacam produtos nacionais, por exemplo a MacDonalds cria produtos com características especificas portuguesas e que são considerados tradicionais, como a “bifana portuguesa” ou o sundae com cobertura de maçã de Alcobaça. Uma outra conclusão que se retira desta análise é que não é apenas dentro do nosso país que são divulgados os produtos nacionais, outros países como Itália têm produções fotográficas para revistas como a Vogue em que se destacam os sapatos portugueses (anexo 1.3), já há quatro anos consecutivos, o que demonstra que a qualidade dos mesmos é reconhecida não apenas pelos portugueses, mas também por consumidores de outras nacionalidades. Os produtos nacionais têm ainda estado presentes em várias feiras internacionais, em países como a China (anexo1.5) e Andorra, entre outros, nas quais destacam as melhores marcas nacionais de produtos de vestuário e/ou alimentares. Inclusive em Bruxelas existe um evento “O melhor de Portugal” onde são mostrados os melhores produtos agro - alimentares do nosso país (anexo 1.29). Existem ainda campanhas dentro do nosso país, que se têm vindo a desenvolver nos últimos anos, que pretendem promover e incentivar a compra de produtos nacionais, como “Portugal Sou Eu” e “Portugal a minha primeira escolha” que demonstram o valor que estes produtos têm, e o Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 12 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 reconhecimento que é pedido aos consumidores portugueses (anexos 1.7; 1.16; 1.21; 1.25 e 1.37). Os resultados destas campanhas, são comprovados com estudos que indicam que os portugueses confiam mais em marcas nacionais, estando estas entre as cinco marcas mais reconhecidas pelos mesmos (anexos 1.12; 1.13 e 1.23). b. Análise comparativa da importância do “made in Portugal” para o consumidor em diferentes faixas etárias Focando-nos primeiramente numa resumida análise da categoria de produto alimentar, verificamos que da amostra analisada a maioria dos inquiridos são os próprios responsáveis pelas suas compras alimentares e têm por hábito realizá-las duas a três vezes por semana, havendo apenas na faixa dos 30 aos 49 anos de idade o hábito de as fazer diariamente. É importante compreender quais os fatores mais valorizados pelos consumidores quando procuram produtos alimentares, segundo o gráfico 1, para a faixa etária mais jovem é o preço, contrastando com a nacionalidade apontada pela maioria dos indivíduos entre os 51 e os 65 anos, também a qualidade foi um fator com grande destaque. Fazendo agora uma comparação com características como o preço baixo e o sabor, conclui-se que para o consumidor estas se encontram no mesmo nível de importância que a nacionalidade, deixando o sabor e a textura para trás. Gráfico 1 – “O que mais valoriza na hora da compra de produtos alimentares?” Existe ainda um consenso importante no que respeita a importância da comunicação da nacionalidade dos produtos alimentares, uma vez que como podemos verificar no gráfico 2 a maioria dos inquiridos, independentemente da sua faixa etária, considera que “A nacionalidade deve ter direito a um lugar de destaque na comunicação de um produto português”. Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 13 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Gráfico 2 – “Das frases seguintes, por favor indique aquela com que mais se identifica, em relação a produtos alimentares” No que diz respeito à importância para as marcas de produtos alimentares portuguesas comunicarem a sua nacionalidade, as opiniões dividem-se entre os que consideram que realmente é importante (308 respostas positivas) e a minoria que considera que não é relevante (28 respostas negativas), não se destacando nenhuma faixa etária em concreto. Para ambas as hipóteses foram apresentadas razões para justificar a importância (ou não) deste tipo de comunicação, destacando-se das respostas positivas o contributo para a “melhoria da economia nacional” e o facto de a nacionalidade portuguesa ser “sinónimo de qualidade e confiança”, e das negativas o facto de existirem “fatores mais importantes” a comunicar, como podemos verificar pelo gráfico 3 e 4. Conclui-se portanto que os consumidores inquiridos consideram que a nacionalidade de um produto alimentar é um fator de alguma importância, pois contribui para o desenvolvimento da economia portuguesa, o que passa responsabilidade para o consumidor aquando o consumo; e que além disso associam qualidade e confiança aos produtos de nacionalidade portuguesa. Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 14 2013-14 A importância da comunicação do “Made in Portugal” Gráfico 3 – “Razões pelas quais é importante comunicar a nacionalidade portuguesa das marcas de produtos alimentares” Razões pelas quais é importante comunicar a nacionalidade portuguesa das marcas de produtos alimentares Aumento das Exportações 8 90 Melhoria da economia nacional 94 Criar ligação com o consumidor Sinónimo de qualidade e confiança 22 50 44 Estimulo à compra de produtos nacionais Gráfico 4 – “Razões pelas quais não é importante comunicar a nacionalidade portuguesa das marcas de produtos alimentares” Razões pelas quais não é importante comunicar a nacionalidade portuguesa das marcas de produtos alimentares Aumento das Exportações 7 9 Melhoria da economia nacional Criar ligação com o consumidor Sinónimo de qualidade e confiança Estimulo à compra de produtos nacionais 9 Outras razões Analisando agora a categoria de vestuário, verificamos que tal como na categoria analisada anteriormente os responsáveis pelas compras são os próprios inquiridos, no entanto sendo bens de maior duração, são adquiridos com menos frequência, logo a maioria aponta para mensal ou trimestralmente. Contrariamente ao que sucede nos produtos alimentares, para o vestuário a posição Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 15 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 dos consumidores em relação à comunicação da nacionalidade não é tão favorável, existindo uma divergência de opiniões. No que diz respeito à experiência pessoal os inquiridos confessam não ter a nacionalidade das marcas em consideração no momento da compra (gráfico 5), quando questionados se esta deve ter ou não um lugar de destaque na comunicação dos produtos as opiniões dividem-se entre “A nacionalidade deve ter direito a um lugar de destaque na comunicação de um produto português” (36,5%) e “A nacionalidade portuguesa de um produto deve ser indicada mas sem grande destaque” (34%) – gráfico 6. Gráfico 5 – “Das seguintes frases qual a que mais se assemelha à sua experiência pessoal na compra de vestuário?” Gráfico 6 – “Das frases seguintes, por favor indique aquela com que mais se identifca em relação a produtos de vestuário” Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 16 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Segundo os inquiridos as características consideradas mais importantes na comunicação das marcas portuguesas de vestuário são o preço baixo, a originalidade e o design; já a nacionalidade é na maioria dos casos considerada pouco importante (36,2%), sendo apenas considerada muito importante para os consumidores entre os 30 e os 49 anos de idade (gráfico 7). Gráfico 7 – “Para uma marca portuguesa de produtos de vestuário, qual a importância de comunicar os seguintes aspetos [nacionalidade] ” No que diz respeito à importância para as marcas de produtos de vestuário portuguesas comunicarem a sua nacionalidade, tal como sucedeu nos produtos alimentares, existem dois pólos de opinião, o primeiro que diz que realmente é importante para as marcas comunicarem a sua nacionalidade e o pólo oposto que contraria esta opinião afirmando que a nacionalidade não é relevante nesta categoria de produto. No entanto nesta categoria de produto as opiniões dividem-se de uma forma mais consistente uma vez que existem 187 respostas positivas e 106 negativas. Nas razões pelas quais é importante fazer este tipo de comunicação destaca-se mais uma vez o contributo para a “melhoria da economia nacional”, contrapondo com a razão principal pela qual não é considerado vantajoso comunicar o “made in Portugal”, nomeadamente “existem fatores mais relevantes”, como podemos verificar nos gráficos 8 e 9. Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 17 2013-14 A importância da comunicação do “Made in Portugal” Gráfico 8 – Razões pelas quais é importante comunicar a nacionalidade portuguesa das marcas de produtos de vestuário Razões pelas quais é importante comunicar a nacionalidade portuguesa das marcas de produtos de vestuário Melhoria da economia nacional Depende do produto em causa 61 Sinónimo de qualidade e confiança 93 Estimulo à compra de produtos nacionais 6 16 Outras razões 11 Gráfico 9 – Razões pelas quais não é importante comunicar a nacionalidade portuguesa das marcas de produtos de vestuário Razões pelas quais não é importante comunicar a nacionalidade portuguesa das marcas de produtos de vestuário 12 10 Não influencia a compra Existem factores mais relevantes 32 Outras razões 52 Não existe tendência nacionalista no vestuário É de notar que existe uma grande diferença no que é encarado pelos consumidores a comunicação da nacionalidade dos produtos portugueses alimentares e dos produtos de vestuário, uma vez que no que respeita aos primeiros os consumidores dão muito mais importância a esse fator. Nos produtos de Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 18 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 vestuário a amostra analisada considera fortemente que apesar de ser importante comunicar a nacionalidade, pois traz óbvias vantagens para a economia do nosso país, esta ainda não é vista como fator essencial, encontrando-se o preço e o design como fatores de importância superior aquando a compra destes produtos. Os consumidores procuram identificar-se com os produtos de vestuário na medida estética e a nacionalidade passa para segundo plano, não se encontrando nas prioridades. A associação dos produtos de vestuário nacionais a um preço elevado leva a que os consumidores na hora da compra não os tenham em forte consideração. Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 19 A importância da comunicação do “Made in Portugal” IV. 2013-14 Conclusões A temática da importância da comunicação do “Made In Portugal” foi tratada de modo a compreender que fenómeno é este e porque se está a desenvolver de forma crescente. Analisando superficialmente o dia-a-dia comunicacional verifica-se que à nossa volta se encontram cada vez mais presentes produtos de nacionalidade portuguesa, que dão destaque a esse fator, juntando-se a campanhas de apoio ao consumo do que é português. O reconhecimento desta realidade foi a motivação fundamental para o desenvolvimento deste estudo. Iniciando pela pergunta de partida “que marcas comunicam a sua portugalidade e porquê?”, procurou-se perceber o que leva uma marca a comunicar a sua nacionalidade e como é que o consumidor encara esta realidade. Para tal, analisaram-se duas categorias de produtos alimentar e de vestuário, uma vez que são as que mais influenciam o consumidor português. Para compreender se realmente as marcas destas categorias se encontram a comunicar a sua portugalidade elaborou-se uma análise de clipping através da qual se concluiu que o aumento da comunicação da portugalidade é um fenómeno real e que não acontece apenas dentro do nosso país, uma vez que os produtos portugueses se encontram também a desenvolver o seu reconhecimento no estrangeiro como produtos de qualidade. Uma questão que também despertou interesse foi a reação do consumidor a este fenómeno, e como este lida com a nacionalidade dos produtos de consumo e se seria igual em todas as faixas etárias e para ambas as categorias de produto. Para responder a esta questão foram aplicados inquéritos online a indivíduos de diferentes faixas etárias, nomeadamente entre os 18 e os 29 anos; entre os 30 e os 50 anos e por último entre os 51 e os 65 anos de idade. A amostra foi composta por 326 indivíduos de ambos os sexos residentes em Portugal, distribuída por 114 entre os 18 e os 29 anos; 104 entre os 30 e os 50 anos e 108 entre os 51 e os 65 anos de idade. Verificou-se que não existem grandes diferenças de opiniões entre as gerações analisadas, sendo que existem divergências semelhantes em todas elas. Os consumidores dividem as suas opiniões sobre a importância da nacionalidade aquando a compra do produto, sendo no entanto óbvio que este é muito maior quando nos referimos a produtos alimentares, considerando que a nacionalidade portuguesa lhes confere qualidade e confiança, criando ainda uma ligação com o consumidor que sente que está a contribuir para a melhoria da economia nacional. Quando nos referimos a produtos de vestuário, a nacionalidade apesar de continuar a ser vista como importante para a economia do país, não é um fator que os consumidores tenham em grande consideração no momento da compra, pois valorizam mais outros fatores como o preço baixo e a estética das peças. Mas é importante referir que em tipos de produto concretos como por exemplo o calçado, os consumidores já podem ter em consideração a nacionalidade, uma vez que a qualidade dos mesmos tem sido reconhecida internacionalmente. Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 20 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Infelizmente, não foi possível avançar com as entrevistas aprofundadas que estavam planeadas devido a motivos de incompatibilidade de horários e outros obstáculos que não foram possíveis contornar. Estas entrevistas seriam um ponto de grande interesse para aprofundar o estudo desta temática, pelo que seria uma boa indicação para estudos futuros. Seria interessante em trabalhos futuros explorar a comunicação da nacionalidade dos produtos portugueses nos emigrantes residentes no estrangeiro. Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 21 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Bibliografia Almeida, M. C., Alves, H. M., & Miguel, R. A. (2011). A Imagem das Marcas Portuguesas de Vestuário. A moda num mundo global = Fashion in a global world. Arriscado, P., Conde, R., & Galante, B. (2013). The "Made in Portugal - consumption and Country-Of Origin perception in the context of crisis and austerity. autor), (. c. (22 de Julho de 2009). Marketeer. Obtido de Marketeer: http://marketeer.pt/2009/07/22/802/ autor), (. c. (28 de Fevereiro de 2011). Marketeer. Obtido de Marketeer: http://marketeer.pt/2011/02/28/portugueses-continuam-a-confiar-nos-produtos-nacionais/ autor), (. c. (29 de Setembro de 2011). Marketeer. 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Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 25 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Anexos Anexo 1 – Clipping de notícias em meios de comunicação especializados, nomeadamente Marketeer, Briefing, Meios e Publicidade e Hiper Super Anexo 1.1. – “Myg, a nova marca de comida artesanal” Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 26 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Anexo 1.2. – “Intermarché incentiva produtores nacionais” Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 27 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Anexo 1.3. - “Sapatos portugueses desfilam na Vogue Italiana” Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 28 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Anexo 1.4. – “Compotas portuguesas ganham prémio em Madrid” Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 29 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Anexo 1.5. – “Produtos portugueses promovidos na China” Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 30 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Anexo 1.6. – “Jumbo aposta no calçado português” Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 31 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Anexo 1.7. – “Portugal Sou Eu estreia campanha” Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 32 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Anexo 1.8. – “Pavimentos de cortiça no London Design Festival” Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 33 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Anexo 1.9. – “Sabores de Portugal promovem-se em Andorra” Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 34 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Anexo 1.10. – “Sagres celebra 20 anos de apoio às Selecções de Futebol” Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 35 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Anexo 1.11. – “Quer surpreender um amigo fora de Portugal?” Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 36 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Anexo 1.12. – “Portugueses preferem produtos Made in Portugal” Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 37 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Anexo 1.13. – “Portugueses continuam a confiar nos produtos nacionais” Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 38 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Anexo 1.14. – “Sonae aposta no que é nacional” Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 39 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Anexo 1.15. – “Salsa aposta em calçado “Made In” Portugal” Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 40 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Anexo 1.16. – “Portugal sou eu, és tu, somos todos nós” Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 41 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Anexo 1.17. – “Continente reforça compras nacionais de perecíveis para 86%” Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 42 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Anexo 1.18. – “Portugal não é grande. Nem é pequeno. É genial” Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 43 A importância da comunicação do “Made in Portugal” Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 2013-14 44 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Anexo 1.19. – “A vida portuguesa…. Num refresco” Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 45 A importância da comunicação do “Made in Portugal” Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 2013-14 46 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Anexo 1.20. – “ O que é português dá confiança” Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 47 A importância da comunicação do “Made in Portugal” Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 2013-14 48 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Anexo 1.21. – “O que faz por Portugal?” Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 49 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Anexo 1.22. – “Marcas portuguesas promovem-se no Parlamento Europeu” Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 50 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Anexo 1.23. – “Ambiente: Consumidores elegem marcas de confiança” Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 51 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Anexo 1.24. – “Marca “Portugal” promove produção nacional no mundo” Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 52 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Anexo 1.25. – “Selo “Portugal Sou Eu” chega a 1.400 produtos” Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 53 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Anexo 1.26. – “Portucale lança primeiro gin com alma portuguesa” Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 54 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Anexo 1.27. – “Lidl compra 50% do que vende a produtores nacionais” Anexo 1.28. – “Markro apoia “A Mesa dos Portugueses” Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 55 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Anexo 1.29. – “ Favaios em Bruxelas para promover Portugal” Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 56 A importância da comunicação do “Made in Portugal” Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 2013-14 57 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Anexo 1.30. – “Pingo Doce compra 70% dos frescos em Portugal” Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 58 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Anexo 1.31. - “Mais de 50% dos portugueses quer aumentar consumo “Made in Portugal”” Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 59 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Anexo 1.32. – “El Corte Inglés promove “O Melhor de Portugal” Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 60 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Anexo 1.33. – “MyeGourmet é nova loja online de produtos nacionais” Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 61 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Anexo 1.34. – “Mendes Gonçalves lança mostardas mais portuguesas de Portugal” Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 62 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Anexo 1.35. – “Sonae comprou 1.100 mil toneladas à produção nacional desde 1998” Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 63 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Anexo 1.36. – “Intermarché reforça produção nacional com “Programa Origens” Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 64 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Anexo 1.37. – “ “Portugal. A Minha Primeira Escolha” em campanha nos hipermercados” Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 65 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Anexo 1.38. – “Metade dos portugueses considera ‘caros’ produtos nacionais Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 66 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Anexo 1.39. – “Vinhos de Portugal já têm marca” Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 67 A importância da comunicação do “Made in Portugal” Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 2013-14 68 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Anexo 1.40. – “McDonald’s volta a apostar em produtos nacionais” Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 69 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Anexo 1.41. – “Mercado Gourmet com apoio do Compro o que é nosso” Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 70 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Anexo 2 – Inquérito aplicado aos consumidores Inquérito sobre a influência da comunicação das marcas nos hábitos de consumo dos portugueses O meu nome é Sara Ferreira e sou estudante de Ciências da Comunicação, no ISCSP – Universidade de Lisboa. O presente inquérito por questionário enquadra-se num trabalho de fim de curso e tem como objetivo averiguar a influência que a comunicação das marcas dos produtos alimentares e de vestuário tem nos seus hábitos de consumo. Todas as informações são confidenciais e anónimas, e o tempo estimado de resposta são 10 minutos. Agradeço a sua participação. Caso necessite de mais informações e/ou esclarecimentos: Sara Ferreira: [email protected]/ 918764267 Produtos alimentares 1- Quem é o responsável pelas suas compras alimentares? a. Eu próprio b. Cônjuge/ Companheiro(a) c. Pais d. Outros familiares e. Irmãos f. Empregada g. Outros 2- Com que frequência compra produtos alimentares? Diariamente 2-3 Vezes por semana Mensalmente Trimestralmente Semestralmente Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 71 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Anualmente 3- O que mais valoriza na hora da compra de produtos alimentares? a. Preço b. Qualidade c. Nacionalidade d. Reconhecimento da marca 4- Costuma prestar atenção a anúncios de produtos alimentares? a. Sim b. Não 5- Das seguintes frases qual a que mais se assemelha à sua experiência pessoal na compra produtos alimentares? a. “Quando vou às compras opto pelas marcas mais conhecidas, independentemente da sua nacionalidade” b. “Quando vou às compras procuro consumir produtos de nacionalidade portuguesa” c. “Quando vou às compras tomo atenção para ver onde os produtos foram fabricados, e tento optar sempre que possível pelos fabricados em Portugal” d. “Quando vou às compras não tenho em atenção a nacionalidade da marca” e. Nenhuma das anteriores. 6- Das frases seguintes, por favor indique aquela com que mais se identifica: a. “A nacionalidade de um produto alimentar não é relevante” b. “Confiro sempre qual a nacionalidade dos produtos alimentares que compro, e dou preferência aos portugueses” c. “Dou alguma importância à nacionalidade de um produto alimentar, mas nem sempre opto pelos portugueses” Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 72 2013-14 A importância da comunicação do “Made in Portugal” d. “Apenas consumo produtos alimentares de nacionalidade portuguesa” e. “Confiro sempre a nacionalidade dos produtos alimentares, e dou preferência aos estrangeiros” f. Nenhuma das anteriores 7- Das frases seguintes, por favor indique aquela com que mais se identifica, em relação a produtos alimentares: a. “A nacionalidade deve ter direito a um lugar de destaque na comunicação de um produto português” b. “A nacionalidade de um produto alimentar não é um fator relevante, pelo que não deve ser destacado na comunicação de um produto português” c. A nacionalidade portuguesa de um produto alimentar deve ser indicada, mas sem grande destaque” d. Nenhuma das anteriores 8Acha importante para as marcas de alimentares comunicarem a sua nacionalidade portuguesa? Porquê? _________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 9- Para uma marca portuguesa de produtos alimentares, qual a importância de comunicar os seguintes aspetos? Nada Pouco Importante Importante Importante Muito Importante Não sabe/Não responde Preço Baixo Nacionalidade Sabor Cor/ Textura Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 73 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 Produtos de vestuário 1- Quem é o responsável pelas suas compras de vestuário? a. Eu próprio b. Cônjuge/ Companheiro(a) c. Pais d. Outros familiares e. Irmãos f. Empregada g. Outros 2- Com que frequência compra produtos de vestuário? Diariamente 2-3 Vezes por semana Mensalmente Trimestralmente Semestralmente Anualmente 3- O que mais valoriza na hora da compra de produtos vestuário? a. b. Preço Qualidade c. Nacionalidade d. Reconhecimento da marca Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 74 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 4- Costuma prestar atenção a anúncios de produtos de vestuário? a. Sim b. Não 5- Das seguintes frases qual a que mais se assemelha à sua experiência pessoal na compra de vestuário? a. “Quando vou às compras opto pelas marcas mais conhecidas, independentemente da sua nacionalidade” b. “Quando vou às compras procuro consumir produtos de nacionalidade portuguesa” c. “Quando vou às compras tomo atenção para ver onde os produtos foram fabricados, e tento optar sempre que possível pelos fabricados em Portugal” d. “Quando vou às compras não tenho em atenção a nacionalidade da marca” e. Nenhuma das anteriores. 6- Das frases seguintes, por favor indique aquela com que mais se identifica, em relação a produtos de vestuário: a. “A nacionalidade deve ter direito a um lugar de destaque na comunicação de um produto português” b. “A nacionalidade de um produto não é um fator relevante, pelo que não deve ser destacado na comunicação de um produto português” c. “A nacionalidade portuguesa de um produto deve ser indicada, mas sem grande destaque” d. Nenhuma das anteriores. 7- Das frases seguintes, por favor indique aquela com que mais se identifica: a. “A nacionalidade de um produto de vestuário não é relevante” b. “Confiro sempre qual a nacionalidade dos produtos de vestuário que compro, e dou preferência aos portugueses” c. “Dou alguma importância à nacionalidade de um produto de vestuário, mas nem sempre opto pelos portugueses” Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 75 2013-14 A importância da comunicação do “Made in Portugal” d. “Apenas consumo produtos de vestuário de nacionalidade portuguesa” e. “Confiro sempre a nacionalidade dos produtos de vestuário, e dou preferência aos estrangeiros” f. Nenhuma das anteriores 8Acha importante para as marcas de vestuário comunicarem a sua nacionalidade portuguesa? Porquê? _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________ 9- Para uma marca portuguesa de produtos de vestuário, qual a importância de comunicar os seguintes aspetos? Nada Importante Importante Muito Importante Não sabe/Não responde Preço Baixo Nacionalidade Originalidade Design Caracterização demográfica 1- Sexo: a. Feminino b. Masculino 2- Idade: a. 18 – 29 b. 30 – 50 c. 51 – 65 Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 76 A importância da comunicação do “Made in Portugal” 2013-14 3- Habilitações Literárias: a. 1º Ciclo b. 2º Ciclo c. 3º Ciclo d. Ensino Secundário e. Licenciatura f. Mestrado g. Doutoramento 4- Nacionalidade: ____________________________________________________________________ 5- Grau Profissional: a) Quadros Médios e Superiores b) Quadros Superiores c) Quadros Médios d) Técnicos especializados e Pequenos proprietários i. Técnicos especializados ii. Pequenos proprietários iii. Empregados dos serviços/ comércio/ administrativos iv. Trabalhadores qualificados/ especializados v. Trabalhadores não qualificados/ não especializados vi. Reformados/ pensionistas/ desempregados/ a viver de rendimentos vii. Estudantes viii. Domésticas Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 77 A importância da comunicação do “Made in Portugal” Sara Ferreira Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas 2013-14 78