Terapia Familiar Bowen aula 7 (1)

Transcrição

Terapia Familiar Bowen aula 7 (1)
TEARAPIA Boweniana
Objetivo principal da teoria de Murray Bowen é aumentar a habilidade da pessoa para distinguir o pensamento do sentimento (em si mesmo e nos outros) e aprender a usar esta habilidade para direcionar sua vida e resolver seus problemas.
A teoria dos Sistemas Familiares considera a existência de duas forças vitais instintivas no interior da família.
Uma Força para tornar a pessoa emocionalmente independente – Diferenciação.
Uma Força que impulsiona a família a ficar emocionalmente conectada e impulsionando seus membros a agirem como se fossem um.
O resultado dessas foças que se contrabalançam é que ninguém consegue um independência emocional completa da família.
A baixa intensidade de emotividade ou de pressão da família para ficar unida, permite um filho crescer pensando, agindo e sentindo por si próprio. Permite ver os familiares como indivíduos e não como regras, onde precisará de aceitação e aprovação.
Sua Auto-­imagem é formada em relação a ansiedade e necessidades emocionais de si e dos outros. (Os outros definem a criança através de suas próprias percepções distorcidas).
A Diferenciação do Self é capacidade de diferenciar pensamento do sentimento, diferenciar o que é seu e o que é do outro. Na pessoa com pouca individuação o intelecto está inundado de seus sentimentos e dos sentimentos das pessoas que a cercam, que são incapazes de pensar objetivamente. Escala de Diferenciação
O grau variado de Independência Emocional que se alcança na família de origem explicam seus procedimentos em diferentes níveis de Diferenciação.
Bowen dividiu em quatro séries de funcionamento os níveis de diferenciação da pessoa.
(0-­25, 25-­50, 50-­75, 75-­100)
Escala de Diferenciação
Quanto mais alto o nível de diferenciação, mais estresse é necessário pra desencadear um sintoma.
Quanto mais confusa e intensa é a atmosfera emocional em que a pessoa cresce, mais sua vida é governada por suas próprias respostas sentimentais e as de outras pessoas.
O Nível Básico de Diferenciação é determinado pelo grau de independência emocional que uma pessoa alcança da sua família de origem. Este fator é multigeracional e é estabelecido até a criança chegar a adolescência.
As pessoas podem funcionar em níveis que são mais baixos ou mais alto do que os seus, dependendo das circunstancias. Em uma relação pode-­se ter “empréstimos e comércios de Eus” como forma de aliviarem a ansiedade.
Nível Básico: É fixado avaliando o nível médio de funcionamento da pessoa durante a vida e o nível médio das pessoas que estão envolvidas com eles. Quanto mais baixo o Nível Básico, mais radicalmente oscilará o nível funcional e será maior a discrepância entre os níveis funcionais de pessoas proximamente envolvidas. O Nível Funcional é influenciado pelo grau de ansiedade crônica na pessoa mais importante do sistema relacional.
Quando a ansiedade é baixa, as pessoas são menos reativas e mais pensativas. Isto tende a estabilizar o funcionamento individual e diminuir a pressão que é colocada nos outros.
Quando a ansiedade é alta, as pessoas se tornam mais reativas e menos pensativas: o funcionamento do sistema está propenso a decair.
A ansiedade desestabiliza os indivíduos e aumenta o foco na relação.
Níveis de 0-­25 da Escala de Diferenciação:
Pessoas nessa escala vivem no mundo sentimental (nos níveis muito baixos podem até perder a capacidade de sentir), emocionalmente necessitadas, altamente reativas aos outros.
A energia da vida recai para amar e ser amado e no fracasso de não ter conseguido ser amado. Pouca energia é dispensada na busca de metas, tentar conseguir conforto é suficiente, porém nunca se satisfaz.
A maioria das decisões se baseiam no que julgam que é correto, seu funcionamento está governado pelas reações emocionais ao ambiente. Níveis de 25-­50 da Escala de Diferenciação:
Pessoas nessa escala possuem um self pobremente definido, porém com possíveis capacidades de se diferenciar. Adaptam-­se a ideologia prevalecente, altamente influenciáveis e buscam imitar os outros para obter aceitação.
Adotam pontos de vista que complementam melhor suas mascaras emocionais e buscam em autoridades externas suporte para a vida. Níveis de 35-­40 da Escala de Diferenciação:
Pessoas nessa escala são adaptativas não manifestando características prejudiciais e paralisantes, são atentas a desarmonia emocional, às opiniões dos outros como forma de buscar aceitação. Níveis de 35-­40 da Escala de Diferenciação:
Pessoas nessa escala vivem em um pseudo-­self, atuam através do conhecimento e crenças adquiridas dos outros, que são incorporados pelo intelecto e altamente fundidas ao processo emocional tornando-­se uma causa. Os princípios e crenças do pseudo-­self podem ser mudados para obterem aceitação e incorporação ao grupo. As deficiências aparecem em situações emocionais intensas, pela dificuldade de manifestar o que são. Reagem tentando mudar as crenças e atitudes dos outros. Nessa disputa de poder o parceiro que cede perde a confiança em si próprio, criando papeis estáticos na relação.
O Pseudo-­self pode ser entendido como uma Máscara, como um Intelecto Falso, quando a pressão para a submissão é grande o “principio intelectual” se moldará. São tomadas decisões sentimentais ao invés do risco do desprazer de permanecer firme.
A ansiedade pode impelir as pessoas dentro de um “pensamento grupal” que é comumente inconsciente e moldado mais pela subjetividade do que pelos fatos.
O Eu Real é composto de crenças e convicções seguras e vagarosamente formadas, podendo ser transformadas a partir de dentro. Não é mudado por pressão externa.
A pessoa que se mantem firme não tem que ser a certa para ser benéfica para o grupo, a sua decisão é auto determinada, afirma: “isto é o que eu sou, é o que acredito”. Níveis de 50-­75 da Escala de Diferenciação:
Sistema intelectual desenvolvido, este dá disciplina para controlar o sistema emocional, existe consciência entre sentimento e princípio intelectual.
Na fase mais baixa (50-­60) as pessoas ainda são reativas a estímulos do sistema relacional, hesitam em dizer o que acreditam.
Acima de 60 possui um individualidade melhor desenvolvida, têm maior flexibilidade entre uma intima proximidade emocional e uma atividade objetiva direcionada.
Níveis de 75-­100 da Escala de Diferenciação:
Poucas pessoas funcionam na escala 85-­95 da escala e seria impossível ter todas as características de 100.
Características: Não é dogmático ou rígido nas suas convicções, pode descartar velhas crenças em favor de novas, pode ouvir sem reagir e pode comunicar sem antagonizar os outros.
Seguro em si, não é afetado por louvor ou criticas. Auto responsável. Tolerante e respeitoso das diferenças , não é
propenso a debates polarizados.
Nível de ansiedade baixo e é capaz de adaptar-­se aos maiores estresses sem desenvolver sintoma. Definindo um Self
Uma pessoa com habilidade e motivação pode, através de um processo gradual de aprendizagem, tornar-­se mais que um Self na família ou em outros sistemas relacionais.
Para se Individualizar precisarão abrir mão da união conquistada, ir além dos limites em que o sistema relacional aprove ou permita. A rejeição, que é impulsionada pela ameaça do equilíbrio da relação, é designada a restaura-­lo.
A diferença está em se o Self para se individuar está afeito a uma reatividade emocional aos outros (indiferenciação) ou racionalmente determinado (diferenciação).
Diferenciação
É um produto na forma de pensar que se traduz na forma de ser. Tentar alcançar um nível mais alto de diferenciação significa aumentar sua capacidade para uma separação emocional ou neutralidade. Estas mudanças são refletidas na habilidade de estar em contato com uma dificuldade e não no sentido ao que os outros devam fazer, não se apressar para consertar o problema e não se desligar, isolando-­se emocionalmente. A busca da Diferenciação do self
O Terapeuta não poderá desempenhar bem sua tarefa se não conseguir se diferenciar da sua família de origem.
A meta é produzir uma pessoa livre de um envolvimento mutilado com os relacionamentos familiares, passados e presentes, para que possa lidar de forma mais livre com sua própria vida. 

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