1983_Sérgio Caparelli 4

Transcrição

1983_Sérgio Caparelli 4
COaFID.NCiRLI
MR~POLIA
IA DA
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o]
SERVIÇO NACIONAL DE INFORMAÇOES
AGENCIA DE PORTO ALEGRE
.......................
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.tiA
CONFiDENiCilLl
.
Falta dfinheOíiro nas -s.Eio
operarmo (e- iDhOS) em mw..
í.
,
Por Sérgio Capareili
A esquerda de quem entra, o Arma~ém Nossa Senhora do Brasil mostra
um quadro colorido, dividido em duas
partes: na primeira, um homem gordo
o sovado, nariz vermelho * olhar autoconfiante esparrama seu corpo numa
poltrona, com as mios entrelaçadas no
peito: Eu vendo a dinheiro, diz a -
,
pã, levavam de tudo que ti- doo os dia.%sàs mc,) ia manhil, o pauSo,
Ião e
11W O. es tmais-z. No - diro deixava só cinco quils. _eVo novo
nh ,belíâ
aumento. Ninguém nis quis saber de
Lm .m tem dinheiro. Chegam com umas
na mão e pedem Cr$
notas amarrotadas
100 de açucar, sete ou oito batatas, um
punhado de arroz. A gente de dinheiro
sumiu, al, sumiu, mas suniu mesmoi
Sem dinheiro para pão
@onda.
No arnazém Nossa Senhora do BraNo quadro à direita o homenzinho
si passam diariamente os dramas da
da gravura se mostra perdido o in.
população da vila wam._ini'rQ para
quieto. Tio sua figure-simpi6ria ao deprende um ar de preocupação, de fra- < .5r os alimentos que subiram, muinuam & br - oondu.ntç - o çon
Senta-se numa
asso,
de decadlncia.
o a um processo de apressadlc mudança
cadeira atrás do balcão e li a legenda:
alimenares e de quantid5d,
de padrõÕ
rendo udo,
- Eu
adquirida.
Dona Gonçalina Almeida Soares, a
o mprdo de dona Gonçalina, trabaopriet-rie do armazém e da gravura,
lha fora. Ela cuida da venda, podendo
observa suas prateleiras quase vazias e
com precisão o que acontece, o que
dizer
nem
fiado."
a
dinheiro
vendo
diz que não
leva à mudança desses padrões ailmenJ
-. fngL~_n.6tm di hei r
leres e vias conseqüências:
.mwtnrar..
lém de comprar em menor quanO armazém fica situado na Vla Santidade, estão mudando de qualidade.
td.,erna. As últimas chuvas aýQgaram
Também, com,.eses preços. Que mudou,
a rua. Na peça escur do axrn=-¿s,
_B.asta o_~
ei&
mudou, nem ze~
lFus pacotes de açúcar se misturam
lhar prá fora e ver o jeito dc,sa gente.
mao de fubá, empurrando para os cantos
Café no existe mais. ,Quem vai como que resta: latas de óleo de soja, tableo_..p aC Ninguém.
L24,OO.Uf.,?
prar
les de caýdo de galinha, envelopes de
56 se for louco. Muita gente sulbstitui
ohimarrfo e, pelo
Q-..uco, -erva pa
por ..ervaI.iate..Cut&Ca cr2A0 e dá para
Chão, engradados de garrafas vazias. Se
comunica dretamente com a Rala de es- multa& vezes. Ovos também sumiram.
Quanto ao pão, dona Oonçalina exascrianças
tW onde sua mãe e a3 três
pUca qiae desistiu de encomendar ao pa,a~atem televisão.
deiro: _l4 o "lt~'o aumento vendia quaEstou no n.góclo há _ms seis aa 15 quilos por dia. Com os preços
MO. Aíaa cada freguês comprava um,
a a quantidade diminuiu. Teou trés quilos as axroz, massa, fel- mala
~
pão. O padeiro de1xý.,a os cinco quilos e
no outro dia recolua mesma quantidade
pois ninguém compr',-;a. Dona Gonçalina achou que era p,,ageiro. Experimencone, C,.mo tudo
dia.3
maisnaalguns
UMi
> padeiro:
chamou
mesma,
tinuou
"O senhor me desc'lpe, nio da. Todo
dia traz pão, leva pão, traz pão, leva pão.
Quem sabe não deixa mals?"
O padeio coençr-u.] d
i ,imazéns da vila acontea a. mesoutro
,
m,
"r
sebo
Arroz ezcom
anos atrás, xebgera
um doe
oaá
melhores produtos para limpaz bota de
peão de estância e de estanceIro. proteger os gomos e as costuras de -bola de
futebol ou para se delr" no canto da
ea para atrair tormi , Com o tempo,
ele r.utro.4obriga,%ramente no cardápio
obres, que não têm
4I Uamla, _
dinheiro para comprar óleo ou banha
o 00 o~,
animal. Alguns pratos: .
feijão com sebo, sopa de sebo derretido
emL..h,'ata inglesa..
Essa trajetória do sebo como produto Inferior até o prato do oonsumidor
acompa.xhou a qued_ do _poder auisitivo
e o entL
e Ia .poliulaOç.
4_nitr.L
gêncros almentcios.
cirecLimento ,s
"
Quem consegue un dinheiro ex r s]tuandose numa faixa de consumo reguiar para a vila, vai até o Armazém
Nossa Senhora do Brasil e pede algumas
gramas do- óleo de soja. t dona Gonçalxii que explica:
Qiem se acostuma com pedidos
de 100 giamas de açucar C$ 100 de
arroz ou um punhado de era-mÀte não
se surpreende quando alguém chega com
um caneco ou copo de vidro e pede qa
Por
metade.
de óleo até
enhidoa granel:
seja vendo
cada cem
"' a0,.0
Isso
gramas.
Morrer de fome é o _%1e il cotece na Vila San:m&Tereza. .Niso Dona
1a:
Go.Le
nç Ioa é categóric
Quem não tem nda se aleita,
.pede pró výzInho ou arruma outra coisa.
Todo mundo tem saudades da em=Udo
az~ o ,antes de ir para o trabateIj
lo. Isso tem. Mas o que fazer..,aj'piora..
l
ai_.~V
dam 9UPrId.o W
Dona Gonçalaina apla o cotovelo no
prato da balança e pensa um pouco. Sua
mãe entra no armazém, vinda da sila.
e pergunta as noras. Uma e trinta. Então deve sep hora da novela". diz Mexe no botão do rádio, procurando sintonizar. O filho da proprietá,ia do armazem espicha o pescoço por trás do
balcão.
,.- Mãe, tá na hora da escola?
Resoonde 4ue não.'
Veja só. Faz cinco inos,tinha
mais de 20 fregueses de caderno. Agora
só tenho cinco e sempre sem dinheiro
para pagar a conta no fim da semana.
Uns Cr$ 80.M cada um. E não vá pensar qute ~sa oi1d&nas vendas slgnlfIca
que o armazém vai mal: ainda somos um
dos de maior movimento aqui na vila.
e-.)
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A MENINA DESMAIOU NA AULA. ERA
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UMA DAS QUE ESTAVAM SEM COMER
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5(ifil:
O problema 6 tanto mais grave
Ina populaçflo
sbe que
qítandoem&eidade
represefnpré.osolar
frustil
Õ,
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ta 21,62 por cento da populao do
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ripaism
aSl
m perto de li mlsõesx de rim ças de-uitridas. Pala Eulina Romeo,
'o proía.ýma se aitua mais na prede grande
eariedade .lclo.econ~mlca
faixa da popilação brasileIra e também na Carèncla de nulciorústaJ
para oricntar o povo~.
No momento em que ent'aim na
escola, grande parte demsas crianças
passam a se alimentar um pouco
melhor, devido a existência da ^
L;'.ti.escolar. O Grupo Escolar NoS&a Senhora do Brasil, na Vila Santa
Teresa. é um bom exemplo de omo
ac pro .ssa a aLmentaçLo deaes eacolares.
Exemplo 1
Professora. nai atrasado de ~
e nfio,deu tempo da mnhe fazer o
lmoço. Gerá qne sobrou aluma coisa
da merenda da manhk prá mim COMner. A mãe nunca fna comida na ho.
a cea.IA
Exemplo 3
o3no
A profersora Adelina Bueno conversa com a profesora Tere.-Inha _Bol n
sobre o probrnia da fome entre os Alnos do Grupo Eacolar:
Adelina: Sim, acho que tuna meninaadesalou de fome tia hora da
aula.
"Tenha: Quem Não estcu 1embrada deste caso. Já vt tanta cotia
mas desmaio acho que nÃo houve.
Adrlina: Claro que houve. Foi aquela menina. Irmã do Edmilson. nÃo
ie lcmbras.
Tereinha: Não estou bem lembrada.
Adelina: Ora, a filha daquela mulher cheia de filhos.
Temainha: Ah, bom. Agorá estou
me lembrando. t. Foi no meto da
aua que ela de.malou.
Pela falta de alimentação em casa
oeK
epara fugir da fome, os alur
".
Prof,,sora, preciso sair um pou-
&notaredi
peana,
-
do mundo come e ainda pede repetição.
Fora. batendo os pés na nadelra
do corredor, as crianças vo ciegando. Quase nenhuma perde a o),ortunIdade de olhar para a cozinha, para
saber se tem gente ¿rabalhando. Caao contráro. para cada um dele&s erã mais um dia de dificuldadea.
os
- Por causa de-s probl~_
deteprobmasapr, der,
POiLCausa
Od
A maioria fia Pelo moios t,'. anos
na primeira ad.e.
Quem fala é a professora NedÁ
Santos.- E & diiculdada do aDrfidfzado da exolIcl Dela de.nutrlço na
L-tO
tdad, por>e~-a~z
fca
e.._deaenvov*
t_ý
nk
U~1~~Jzarraxg.
.
.
''
,
;
. .
rr V,
Bebrgua,
tempo de tomar kteve professvora.
,,não
Nã.professçora, é quo ainda nbq-
-1
-
VLP ol,nd e bebendo ãg4I
C41<-1llKSuIc% pesado, inala cheIo e A
&-nkWnIA fiem zonzo.
A profrcsora suspende a aula. rrtnda agu<na ~opiar p&o com mantelF» e di.tribuil para quem, como JoloZilnhr,
velo'pa.ra a ecola de barriga
Exemplo 2
com 9:
L
.
...
>.-"
Nem hIn a aula começa e JÁ está
de pé k«&a das oriaunças, &alando do
problema que &e repete diariamente
,,,,
.
..
j ,.,
no canto, equIlibrando-.e
oo
~
pagoa
cauntaene
ped;ndo para sair.
Mas pra que queres sair.
.
,
As crianÇas essurpreende.
Ela se no
recreio até bem poucos
Uveram
Instanites. 1CJutamente agora, o JOIlozIuho, lá
- Um dia tim canja de gai"nha.
tobxm
outro carreteiro, depois polenta
com gulsadlnho e as5im por diante,
Nect Santos. TOexplica a profc.,wao
4
-.
A aula começa. Posucoaminutos depois, um doa alunos levanta o braço.
Onpo ecolar da Vila Rnta, lereza
aUlú. m.mo e'W
,s
nunca flL|,,
lias de chuva. Antes da entrada cada
aluno recebe um copo de lrite. As 9
horas comlem merenda, que pode tr
um prato de sopa:
...
N
,, .
..
.-
..
.
hci
"Fome cria dificuldade de aprender"
As estatísticas provam: o
O
brasileiro se alimenta mal
nutricionistas,
Pesqulsadores,
épecl~I&,Wts. em saúde publica e
cóetumam dizer que o
Piltic
ploblema da desnutrlção no Rio
Cde do Sl - no ano passado
morreram mais de 500 crianças
antes de atingir o primeiro ano
de idade por anemia e desnutri
é devido a causas s~coÇÁO
eonôi
Almeida S
a-
m o indispensável- à
con.orme m1stra a
tabela abaixo.
kpas tjd
O
Desestímulo
,
esta mesma psso5
tsI
ea
a
para comprar o mesmo
dvra
....
.....
.-.... ....
quilo, de. carne. -A queda do poder
aquisitivo intciada nesta época e
acentuada nos últimos d!Z.~~.5flQ
preciso
~~~
trás do balcão' de seu armazém,
nÃo entende muito bem o que se-
a-aa oeo mia
MIM 1o é malto mais
simples. Enquanto diminula mlla re eia que não podia comprar comida por falta de dinheiro aumentou o número de pesoa que todos os dia encheo pasto de saúde. Criança aqui
passa doente a maior parte do
tempo,
Cidade
Remunerarão
empreado.
Os dados revelados pelo IEGE
s referem apensa a pessoas eripregadas na época da pesquisa,
quando cerca de 43 por cento recabia o salário-mínlmo ou mensa. )C preciso acrescentar estes números a grande população
em sub empregos ou slmplesmente desempregada, igualmente ganhando menos de um saláriominimo mensal.
Com base nesta realidade se
explicam muitas mudanças de
hábito entre a populaçAo. Em
1948, um boletim do IL;E indiLsósl*lQ que
cava O..1
ara,
flMllã1Lbalhad0Uç. .dii.54ã4
sl a Julgar pelas pa'avras do re- ....
presentante doMinistéro da Aen
n..
.
o.
r
o "
.- l9.ã11
.
lizada há pouco mais d um ano.
fala,,a sobre
[.ij..
4ly,.E
|_ poi lll4&de. a CurtA prazo
de um
«nas m .lore,
clami.....0 .trg
quantidades possvels":
Eniquanto isso não ocorre,
deveríamos fazer como o mifilstro de Minas e Energia fez em
rel.3çào aos o mbustIveis" dÇ5eSLIt0
ou.9.. -9
tímuí'r ç
-ççA-...
tão. à aeel&o.ç 0Zá2f,
qulsa feita em 1973 14,6 por cento da populaçiío empregeda gan.hava menos do que o saláriomfnimo e um total de 43,3 por
cento do pessoal empregado tisalárionha vencimentos até um
mlnimo (Ver tabela' abaixo),
tos
Çe.cc
,ãpga.4ut1li5
1tL,~'~n
Wlrmin
7^1rmin
3
2h443mIn
38mi
Thlmin
lh3lrnin
o BGE, jp",0.
mensal, exclusivamente
De 1 a 2 (312 a 624 cnileiros5
De
De
De
1>,
De
De
M
compra em menor quantidade ouI
deixa de se alimentar com o mesmo p drão qualitativo.
Também em termos econõmicos, existe uma explicação para
o-fato do pão ter desapaý-.ectdo
da venda Nosa Senhora do Bra-
.
"
.
m i
d")id
(di)
(litro)u
(litro>
Grupo Salarial
(78 cruzeiros)
cuersI'M.0
í
Até 114 do/ sm.
DeI1
1'/ a 1 '2 (78 a 156 cruzeiros
De 1/2 a 1 (156 a 312 crueziros)
ustttvs
PP919fO - Poic
z>k m
1
~
~éattaia-
d
l h39min
Porto Alegre
lih55min
São Paulo
lh2sriln
São Paulo
Sh0 ln
Natal
FONTE: Boletim Estátis
Eiíqis causs so as mesmas excausas econbmlcas são
es
explicadas numa linguagem mais plica, "s pela vendeira Gonçalina
só quea
Tereza, Assim,
por tanúmleros.
da i 'a S
do.Jng- o, reforçada
.de dados0i.(
pelos
quantitativa_.ail
,De
..
reoçd
pocur'
e -
Zt&tLt.a_ (BGE) . Segundo pes-
r
tta
(quilo)........
(quilo>
(quo)
C
InterWtatsticas e E&tusindical de
dos sôeio-2Zonómileos tDlEES1l',
fPra
az com que o trabalhador necessite hoje de trabalhar quase 91tD AlO 5 para, 9omPr.Jc..
considcada necessárila a sua alini.a dúmentaçào. Para comprar
za de ovos deve trabalhar quabora, a aquisição de uOo li-so
halár.ios
£ro 4e leto, eitge -ua
trabalho e U
IQJld ão duas
segundo o Departamento
horas~
Subemprego
um
1
ã n i968,
derera
.2 a 3 <624 a 93 cruze.ros)
3 a 5 (<io a 1.560 cruzeirc,:)
5 a 7 (1.560 a 2.184 cruzeiroms
7 a 10 (2.184 a 3.120 cruzeirl
10 a 15 (3.120 a 4.680 cruzero%)
cruõeros)
1,; a 30 (4.680 ade9.360
9.360 cruzero)
de 30 (acima
1h18min
lhlcnin
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° DeclErad°
v;gente
salXIo-minlmo
Dasç-ltu_
.Esdo cálculo: Cr$ 312,00 - o níalor
na época da pesquisa, 1m23.
Fonte: Pesquisa Nacional por Amotra de DomiclUon a".<AD L IBE - Dublicado em VeJa, da ÚUtimsi ,.êin;na.
-., 7o...-
'
(
,
FOLHA DA MAl
PORTO _A EI-'.
16 MAR 76-
s alimentos sao
enviados, para fora
do País, e qu o a
população tem fome
S Por S6rgIo Csp.r.lW
:
/x
CONTINUAÇXO 4*.
A
te entrevlst,
cada ano, repetem-se as noticias sobre exced0n4es
n,
de aelimentação no Rio Grande do Sul. Para este
ano, está previsto um excedente de carne a de
arroz: "Estes kxcedentes deveriam receber
subsidios do Governo, a fim de que seus preço'
concorrer no mercado internacional o
po-ssaä
s(rem exportados", dizem os produtores
entrevistas nos meios de comunicação.
alliment o
ai d,
.ILL.Ni-
ver lma
M ti*
rai alnenltiri
indis,trcl arad
a
c
_
u-r _.
médico do Ministério da Saúde,
IIdd<.Maru.
tem uma opinião diferente do que seja excedente
o de seu destino:
l.rzar .ç ganhar
Em primiro lugar, não se pode falar em excedentes
w um toda
niinorálra de, sua população se alimenta bem
nlutritiva,
a sua
prçliN,
1nepl -
po
nãon à eicotorfián
ojae
~o~,
de fazer ten¶Suraisiltda4e
problemas de oubo o."
ma. sim como Uma aiternativa de L r rpido e elevriãipara asmultIrui ç..
Todos os países desenvolvidos hole em dia s6
exportam alimentos, depois de garantirem que pelo
menos A maioria absoluta de sua população eseja
em
assegurada quota alimentar adequada, tendo
a sua
v'sta principalmente a sua mão-de-obra o a indústrla
de manter
Infância, dentro dos objetivos
MUITAS CONTRAIIÇ4O,
como atividade principal.
E acrescenta:
_cidente5
1~a.
Entre A
it; dersa e.qtratkgia, Rui cita os
a]
m 2_l..OTem com de o t*:.1loi.
_nl.
li
ma
rário
n a rrIAncM e altoóIudieaa-de
_p8osaýseu pov..
p
dizendo
a k iéi1L de que OTsipenO
C"
a
rnn de ]sapirntoa
'Por ea,ýrs a.cprctOs. aWlnti
Rlui Morals, uatl'icam.;e a. xeortacõcs e
lae
xn .o
po xtd
em
Nestes casos, uando se fala em exportação,
se cria Implicitamente perigoso prececente: o
estar virando as costas para o seu
r-fer--arei
018-r,b9ix__ ndices de
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criatividade entre os jovens Pa,Qran'te dogu.
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Marques.
Para Aguilldo
ra enfrentar os problemas Úe um
dtt
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ynurltein.q que',% rerletem nos jor- k'
Pais como o Brasil.
solólo"
o
concorda
alimenticios,
nai, no rádio e na t!lev5Ao
t por 1.o que a 0onferèncla
o~~úc
Ed Ea
de
Aimnwnta pecibilldd
Fcd.ral do Rio Grande do Sul, d as Nações Unidas sobre alimenportaço de. Carne Cnúrha para
taMão e Agricultura, realizada em
xporta. é mais que uma ItnCOOgTUnla,
a liropa, 'M, D.3.'16,
Hot Springs, nos Estados Uniaoerração.
uma
ser
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chega
SoGovcro,'n
com
Cononrda
dor
a dizer dos, IndIcou que 'a causa_primorza.kt¿i&.Zfdo
"_QIuem
isl1 a baua preJa 06 seró esr
i4lt1ã
tome e
çe.-da
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riadtO
<o.W,8.3.7'6
Inútil ser& prod6zr
obe6
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liberdade ifia' exportar "'cedcn-. de c&arne Q3J
-mais alimentos se os homens e
;l.
crctart. da Baúde, l
e, de arroz. PM, i.t.'e) traiem
naçõôs nAo providenciarem no
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morrem
cäncas
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q
Injustiça:
outro aspecto de
sentido de que os mercados posut!lurt oeanemla antes d_
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sam. absorvè-lo¶.
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comentando estas observat.ma?, indaga ele.É
tem. qpe".8r .b'idiado.
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verno nfio é em-,rosa e portanPPreocupado olm o reflexos da
o em dl-uheiro,
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desnutriçN>o desenvolve
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d< povo. Vntf.o, em uma só mede
.,,rt-- .?ate
a
tj)»dida
quIsa que tem por titulo Proje.
dida, configuram-se dua injusmesmo inslo de Ftratifila~fo Social e 1!i- ,o xerior Naquele
a
Oças claramente flagrantes*:
zona,
mesma
naquela
e
e
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In-.
Operário
vei de Nutriçfií do
tcLri3. Parte do nosso po>vo>
trao prejuzos hI podustriai de Porto Alege, preten- d¢,mnutrtção
.e.
alarvad. AC~~&L6i-W1í
pulaçfto numa proporção
flU. .i.a~l
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quer produziram
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mi pivaçfSO.
pessosa
dutorda paga Ase;
iAaçao socai.
dutora por
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Mina.
de
miistro
0pegA.
fliQuer dizer:
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800 GRAMAS POIU"UM QUILO, O CONSUMIDOR PERDE SI';MPRE
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O Todo Indivíduo que qu.er conõ deve tr u~a rendo, o que n.m
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umpre acontece. Essa renda deve w uttno seu pagamento.
1 bs signlflca, que embora aAlímendiz o ao~ _eJu direito inalenêvei
dade e nas co-:.
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elogo,
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çla8.Aç,O _gstema econôa.co exisque leva a camadas ed
t' a ~
Dormes da população a baixos nivela de
ntriç&o, & doenças e 1 morte pela. fome.
&ta eontradição se acentua toda-vez
qure o istema produtivo, além de enxergar
a- .a tmst
Q
nnap3
n
•
a..lu^prcura
W_&aýpa" o cón.qumido a
reseito da quantidade ou qjalidade vendida. Um dos. exemplos mais claros foi o
acontecido em fina do ano passado, quando
o
d~soberto que diversa em~pesárIos en~vunaam o consumidor, vendendo JIa±L.e
Cl~L
ç
n
.um Iltr0
ft
Além dsso, multas ouPesos e Med~.
tras logravam o constmIdor vendindo em
quantidade e peso lnferior ao anunciado na
embalagem. Por exemplo: um garrafão com
onco litros comportava apenas 4,60 litros
só 2,70 litiha
Arrafio de trs"
e "um
troe.
TODOS TÊM PREJUtZO
"tidadd
Fatos como esses ao repetem diariamen.
te. Antm l 09F'Oec& ropreário do Ar
W'iAQ Deug:Lmafírtr'l3. Q _
ao
ma que não só os consumidores que vão
supermercado fazer compres sofrem prejul?os, mas também os donos de armazém que
vendem a granel a pessoas que não têm recursos para adquirir um pa,.te fehiado:
MuItý pessoas não têm condições de
A
ou feijão.
comtprar um quilo de ar.
gente resolve emes ossco vendendo 100 gTamas para um. 200 a outro. Agora não ver-
Sdo mais. Descbi
tladq pmenorý.
O Jornal do Brasi indicou uma lsta de
Wcdutos em que as indústrias não cumprlam ao noemas do Instituto Nacional de
q
*a tende
T~
der a granel, ab,L.ç ,t
a:& a,. Q-*n
peso paco'e pýx 1~
d"
eapDot
do chego a ir.- ,
empregado,
.
que d"t, -ler -4lgum
_
cose
j.,, g
que vai dar
gora querem enr4ue,.
co são tAo b
menor qu;anuýda.
,
ce o empacf.t~,,
de n<s pac~
zando só o preJuízo dos out.ro 200 gramias
do emque sumiram no ar. ou no bols
pacotador.
o arsó
com
Para ele isso não acontece
roz. Muitos outrce produtos também têm o
dom de quilos com oitocentos gr.m5, litros
que não são litros.
Se compro alguma coisa para ve.
-
que um pacote de um
quilo de arroz co=tm só umas 800 gramas.
ài vezes 900. Por lmo, depois de t.cender
oito a nove fregueses que compram 100 giama. cada um, 16 se foi o quilo inteiro dei-
P
Puiu>
Leite em pó ....
Morgarina .....
Farinha de trigo
Macarrão .....
Maizena ) ......
enc
.....
óleo de soJ<.
De
stjfríio
.....
~
Azeite de oliveIra
Arroz ...........
Feijão preto
Talco ..............
....
Papel higiênico,
Sabãio em pó ....
Leite (in natura)
51,2
250.0
9903
409,6
4202
c
g
g
g
1
960U_3
.
'746,0 g
1,0 kg
990,0 £
200,
c
40 m
340,0 g
1.000 mi
Q~
Quantida
debulua
ProdutrS
151,0
4,6
9.2
4.9
22,5
9,3
632
52,04
8.9
L-
g
£
g
g
g
485
g
g
c
c
£
2,8 e
33.9 g
4,6 g
400.0 t
2500 g
1,0 kg
400,0 a
400.0 a
128,0 e
9gW cin
700 mil
1.0 kg
1,0 kg
180.0
a
40 n
300.0 6
1,0 1
g
4.
g
"1.8
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M-1 1 8
k.(
004 Q crn3
mn
a4,
4
£
bU
eqsq £
*.,
1sýýq
o
44,0 m
c
£
4.",
tr' mi
d.
.
(men' -)
umen0s)
.
(menx%}
(men~)
)
'menos>
(mensc)
(o'.enoS)
(menos)
(mata)
(maI).
(mene)
CONTI
Ii
o
IAÇI l
Menos comida para a família
de João. O dinheiro é pouco
í hvezpor
-r0 ".~ b m-m
Pois eu já alai'dn nei dois
.
logç .qg.e recebo Bel qe dnoui
vícios brabos: café e chimarrAo.
Jolio Carlos landon .pronunclt limas dus SOmRann iU, 1IV.ra
vianda só com arroz e U'as bataavrna como se tirasse
es. 'o.zi
unia carga de cima dos omibro
tfLnr
spara5 oI
fioipi 1.
e aqueles dois vicios brabo se só arroz. Por iJsoLiveo cuidado
joelho de vaca para
ie- ieiprar
constituíssem numa mancha, nó,
dar um gostinho melhor.
doa ou crime que o Iria levar à
Dos Cr$ 800,00 que João RanperdIçio. 1,ntáo ele escuta o badon recebeu um dia entes, Cr$
rulho da fritura no fogão a gMs:
é a Atanacilda preparando O ".00 foram empregada na eompra de alimentos. Explica Que
peixe.
.0_ mBis. Ue
Cri
chsto uCr
Hoje vamos ter um banquetdsde
ueaqu
te aqui em casa. Recebi ontem é. ma anterior
_.mn=ot
de artigos coprp.i
sou guarda de um posto de ven.
Inferio' *Costue*.~ui.a,,i
dirna Praia de Belas.
mAva comprar meio quilo de carOs três filhos, em volta de uma
ne. toda vez que recebia salário.
mesa redonda, de madeira co.
Ontem comprei peixe porque a
mur, olt«n, para o prato cheio
carne sobe todo dia".
de arroz que Atanacilda deixou
para cada um, menos paar o fiSEM DINVIEIRO
pequeno.
lho menor, ainda muito
PARA CAFÉ
A casa de Joto Carlos fica localizada na Vila Santa Tereza, enVai dizendo que os gastos com
tre tantas outrp.s de madeira.
-alinments<,fio tem subido muito e
- Pois é,um b-ianucte.
volta a falar nos dois vcios a- EstLá q:ase pronto, diz Atachimarrfão e cata)
bandonndan
nacilda,
ressaltando que "Atanacilda temn
@Rpase
frito
peixe
O cheiro do
muito gosto para o café, por Iso
lha na pequena cozlnhia. Atanasó eu abandonei o vicio"
cilda "u vira: tem nia mãlos um
- Sou da Barra do Quaraf.
prato cheio, que leva até o cenJoÃo nandon IaIN que é de
as
limpa
tio da mesk. DI)eíis,
milos no avental. Os doía gurls Birra do Quarai e seus olhos se
grucdtsm os olhos no peixe e não liluminham, transportando-o par
tiram. O pai belisco una ponta: dez anos atrâs, quando deixou de
"Mumn, multo gostosol" Os guria ser ca«eio numa estância para
"vir a Porto Alegre procurar relevam a fluo. João Carlos não
curso".
ralha. Eles também bellscrm,
- Agora sei que lá está ta1.
Cuidado, etá quente, diz
beni difícil. Mas tinha comida Ik
Atanacilda.
vontad. carne, mtilta carne, Sav'j $Jcfr
bs, .uçhal.
U7MA VEZ POR MrS
dc«
Ioa Vr'lgl,. Lu enlveã
No centro da mesa, um caneco
dp O-Sugo espera pela sede doe
guris, de Joáo Carlos Randon. de
Lso, os
Atanacllda. Enquanto
três vãio mordendo o pedaço de
peixe, devagar, a fim de aproveitar todo o gosto po.si. 2l, e de
vez em quando misturam com
uma garfada de arroz branco.Atanacllda ainda não sentbu. De
pé, ela olha a expressaão de cada
doa maxila.movimento
um,
mexer de músçculos,
res: onomenor
de lábios,
ou
testa
um franzir de
Interela saberá
pretar se gesto
Qualquer
seu trabalho
nVnsal de
fritar uma pedaço de peixe foi
aprovado pelos comensais.
Com o preço que estaá3:ire
-
!
I'
çafd bebem cocos. narecido com
g.1ai£SLi±. Aqui vai ser Igualzinho.
ninguém tem dinheiro para pagaX
de café.
iri 2,100 or auillo
Atanncilda também pega um
prato e vai comer. Escolhe um
pedaço de peixe e senta. João
Carlos volta a falar nos dois qulos de joelho de vaca que com
prou por Cr$ 7,00, no supermercado.
- Onde é que está? pergunte
para Atanacilde..
- Tu já mostrou prá eles, homea.
- Ah, 6.
Um dos guria pede que lhe êncham de novo o copo com o
Q-8UCo.
rT.N.AÇ1.9.5
.-
perári'
Para comer, operário gasta
mais da metade do salário
pelo
Uma pesquisa feita em 1"i0
profeasor Nelsol EMnilit9 Miebe.
EcoPesulsas
Thsi'iMtO de
do
p4'pic.s da universidadCVe"dè
raldo o91~ú~~'In.
familiar
dicava que o oramento
fo%.ve constituída apenas do marido o muli. ,r,o percentusl goato em alimentação fMava em
por cento: as famliBs coM
312
eM
40,W5
cerironefte.I.
três43M
,por centO: com eInquatro;
sela e
com
cento;
co 4-1,48 por
de 525 famílias de operários da
tato é metr.de dc ormaw, 4e,'
de
O
transforlTi
de
Indústria
çamento era gasto para liflmenPorto AleRre se distribuia coi
çeflntO tar a família.
uma m&diN de
Para eie "k medida que crespor cen*
o13.3
ce o tan.mnho do fnrnilla maior
to mira habitação: 0,60por cento
é efe-fgnsto em termos relativos eoto
cento
para o vestuATIlo ",70 por pesmoal,
tundo. Ext let.s e est
e higiene
para saúde
tamCnto pelo fato de que um
4.94 por cento para fumo e be
aumeníto do ns'mero de pesss
bida 5,17 por cnto para eiiergia
obriga a maiores gastos para ae.combístiveis, 6,39 por centO
tendrr uma dos neceasidades fui
para prevtdência e sindicalismo,
d4nmentalq d, vida humana, a
tran.porte
, 5,10 por cento pínra
alimentaçiio, visto que o saí rto
coletivo e 3,78 por cento para ecefe da famiUla permanece
dueao e rcre .do
Coas.nte ".
lxilrtia, segundo o estudo. uma
aLé q.sSk
j [,wjI,.ff ali. com
tendência ao aumento do índice
de
na
mebros*l tdastu
tio
na
tl0êo
aimetnlte4
con
de #ato
númeo
erwca,
que
medida em
*
da miIa. "50 ,.,
* o de memi
•
.1
FOLHA DA MANHA
PORTO
(7'u;r
ALEsGR
17 MAR
76-
- çcr
mentais, uma
conseqüência da má'
alimentação no Estado
Por Sérgio Caparelli
O Rio Grende do Sul 4 um dos maiores produtores brasileiiolv1meDt4o da ngua
ros de carne, soja, trigo, milho, arroz, leite, ovos, alguns dos ali-. 'fo'Waco de concclto vcrbals,
mento& de maior poder nutritivo e riqueza de proteínas. A meComo um grupo, as crIanç. doscniriação das áreas agrícolas aumentou a produção, levando muinutrldis ficam atrasadao na linte* pessoas e falar em superprodução ou excedente, como vem a. gungem
em
aproxim
.lamente
contecesido agora no caio do arroz.
.eis
uu,.c.. Na idade de um ano,
Um troçado do gráfico de mortalidade Infan.tljL_0 sJã4ta sero. cilança.S heni PlImentadan avo para contradizer uma aparente suporproduçio, Além disso, 5e,
í)reaent~m un dt.wnvolvimento
gundo as Nações Unidas, a desnutrição torna inválida a oitava *da linguagem cquiv-,ýýr1r a 334
parte dog latino-americanos. No Rio Grande do Sul é muito gran.
dias, oowps..rados com oA 289 dias
de o rumero de crianças com lesões cerebrais por causa da alido grupo faminto. Em tx.a ano,
menti,çào deficiente,
e, diferença k, de 9g0l dias para
fiào existe uma segunda chance. Uma criança com ali657.
mentação deficiente nunca desenvolverá sua capacidade mentali de
forma int,,gral. As implicações desta situação são assustadoras:
-i.'
_Q'g
cir.eãoMurdiÜl
rkLaa4t.
!Jgntç.iêLtLbl.r as encadeiam conduzindo a um
4p $4ç k. alído..
rd
-o
sofrimento peossoal e mal-estar cr6nico, afirma Roaer Lowit
na
"-amrieanag
sAo
i
defieientea
revista Psych.logy Today.
.n1J.
x>nr problema de ~
J
B. O. Cragg, um pesquisador
a . tralieio; dee.nvolveu um trabalho paciente para dc.cobrr as
Implicações existentes num cérebro mal alimentado. Com um
mic ocópio ele investigou o cór-
os resultados de Cragg são cruciaia e necessitam de ser confIrmados: "Nos crbros mal nutridos realmente falta quase a metade de suas interconexões (ou
mesmo a décima parte), trazen-
mentados desde que na.ceram,
Ele contou o número de transmL.ão de impulso nervosos por
minuto sai Sinapse) no córte
destes animala desnutrido. e encontrou uma redução de 40 por
cento dos 1-!,mulsoa nervosos em
rlação aos.gne.Caioe
rato. bem alimenta-,,
do.
ÃC miR.
arlos
Antnio C
para a função cerebral. Qkl1
e,_1rPara
amlos
C.
Antônio C
rp T_
e14 pgç s
a
dedff17tI.. Instituto
In.urn
de Penuísas
cinte. ment4s. levando-se em
c" '/PE) afirma que a princicons]deraçÃo 300 milhões de crianpai defleláncía j
._dt&n
.,
"Em sua forcaiórlca
.
ça. mal.alinentadas.
a
grave,
mais
mX
reuma
existe
lado
Por outro
t
lação entre alimentação
or cento
)Iiari.e ]ln. A,
çãn~íicansete 2"
.
í.
, .
Gernçâo
ertudaram a nutrição e dcsenvolvimento mental relacionada
com fatores ailaia e econômi-
tex cerebral de ratos mal ali-
de deficientes
Por isso. afira
do
amustadoras
oonseqiláncias
glagem,
Cr&vto
e
DeLcrdie
coa,
14"ger Lewin,
A maior de"coberta foi o
efeito da
a.-
i
-25.3F"-mÉMí.lê
abaixo da bra5ileira e
Isur a• do
Ç- -
2. Dentre todaa as deficiJnclas
vitaminicats, a mnia importante
em termos de saúde pública á a
vitamina A. 33 a 50 por cento i
das crianças que sofrem de deficiáncia grave de vitamina A
morrem ou perdem a visão pa.-a
o reato da vida.
3.-- O
clo endkmiicn é cautado pela carncia de iodo. Pode
facim nt, pela
e ido
ser facilmente
eliminado
pela adição deste elemento no sal domsstico. Anesar de soluco sim-
oUa.e
Desnutrição
rotéico-calórica
1>.
se
ac.J de deficiéèniaa nutriclonaia,
especialnente <*a vitamina B19.
ácido fólioo e ferro. Destaa, a anemia de ferro tem sido a de
maior UicidOaci. de g avidade:
tmu]}hrea cri idade de procriar,
ou gestantei, m crianças. i um
Importante fator de mortalidade
infantil.
L
"
Campino aponta algu mas e
seqUências:
1. Asanemiãs com larga In.
cld'ncia entre homens mulherea
e crianças. Em geral, originam-
etuando a Influnel
da ome
no
argimento
e agravamento de
o
nri
ouas doenças ou o retardamento mental de milhares, por desnutriãeo,
pode-se
construir
babela
que está
nesta
página asobre
_Ik eyo :io
d
mots
or
des-
a- n
outriczode mortso. de
prec:so levar em consideração
que
.
grande rLaãcm
..
ma
desuutria.
.COUTIUAÇÃO
Unia pancla de sopa: o café,
coalmoço e a janta de Dina.
tem
re
_ansi
de
e
da Ia<.<~,. qul AeO <t <inl
11z1ý . r
Taias tr&s
Dina Rolrigru"c
(as todos no dia
,ý;p
hn
, ,..
hirln
:,, '
p ,
1Ar.
--
NuííVCI?
i, onide vai ter prá #nehorro?
Meu cornçÃlo dói multo de, ver e.
lo Rfliindo d fterne moA o quie
fnz(,x? Caciliorro,
prrl14l<'r ft AO id'>~<ite Vi.
.eira prlrino melos S.
ttt.inde milito
iýi
1,'m\i
trí,a litr uín.N IjlatiA de lixo
,,mIwin
ver pr
palu-
-Il9UTlr
annla,-p.
.
Temn filho d.,,anndo no 1r-.
s no rosto
Ruíga1
ptfal V 1.il um noli estranlo di.
d~ -Ç,')ç qu1e N3 mndi<v chama.m
lp.llsa um pouco. Do la.
Dizia
que
e
rhalsca
mloearlilopnitIa
do dp ftrra da porta, o varai da
ela. Dina flodrIMICeo. tradu, p.
ra "doença que toise bichinho
m
cruza
verdtrido para
efilra do
aponiindo
o s~ta
barbeiro pe no qanue e maa La1dirir<nal
a parte bra.eIra da warroça eno eoraçfo
Co tda no chão.
a
facilidade', segu.ndo Jar ares.
Qmdo eu "a moça, tinha
Bei'etieo da Sadde.
dmilta raiva do Crchorro vira-la.
Derlto de seu barraco, Diria
diz "quie bom voc s terem vindo,
mnca s^RIm é lmposvel, nn.
CuLérna gCntacomq"
Ca ldo
cldinho d
Uta com
Knorr todos os dias, e.w;aa crieneO vão acabar ficando fraca.',
E etziAo vai até a cozinha. pe.
dlndo decSculPas porque o barroto é humilde. e dest^mpa uma
enorme paneia comon pa de batata: nem 4oem aparece o fundo
da panela. uma das cri~ança abre uns olhos grandes para se
é a mescertiflcor de que a m"
ma que comeu na Janta, almoço
dia,
daquele
e Mafé da manhã
janta, aliilo e café da manhã
de ontem, dos dias anteriores, e
ehar reia
assim por dIante, ast
meses atrk quando seu pai Pau.
lo Podrigiue, de profiastlo verdureiro, pegou mioca;diopatia
ebag"me e foi desenganado por
Inim. jumta de cinco médlca.
.Como é que'voul faze agora?*
pergunta dona Dina.
Muitaq fruiam
*Ntio aei, no ei' ela repete
boiando una o11nos triAtes naN teis
crlanças que Paulo Rodries
levantar
deixol. impedido de gecavalo
na
a. cinco prA arrear
earro.a e viajar até o bairro
Mond'Serrat <lielo de couve, alface, perulno, tomate, cebolo e,
slíabe encomendas e.mequMI
0lo1a.
Mas os netoa de fina conomerm muit as frutas. Frutas m-mo?
Sim. De tarde os guris mudnram do caté para frutas, porque gow1am moi.a. Ah o senhor
não e.sti etendendo direito.
Não estou ftalando de frut-fruC.Suco com sabo?
ta. 1~
».t_.~~Odefi fru~. _ru_
muito cara.
wM2M .et
-
Da cozinha Dina psas mera
a sala. Cadeiras tocaa, mesa
ga.eta, paredes de madeima apodreelda e um ar de de.olação orgahinada, de eaa pobre com uma mãko dedicada para cuidar de
toudo, Atá televisfio:
lrl Paulo. TI doCOo eTi'ei
ente, coitadinhe, queria se diatrair um pomo.
Um cachorro magro e despelado põe o focinho prA dentro,
epia para ver aL rccc-tlvldade.
Como a velha nio grita, kvRista a primeira pata. a seguinda:
entra. Procura sair do enfilua1'de
ade Dia para um canto
vl
velho está atenta,
Mas
ýse eachorro ai, por exemSla
Se nUlo tem omnida 10'& gen-
ta- viviam fuç,..ndo no 1lxo. Mas
o senhor sabC. agora rté a genque vou
te é, vira-lata. E como
ter raiva de gente virando lixo?
O 64 anos de Dina lhe purertm rufatm no ro.-to e por 'ra.s
de óculo& de grau mantém a vista inqffi<eta, c9rTreido do canhorro no canto ao varal aa crroça, de lá aO video frio da tevê.
Silos milos Seguram os joelhos.
Iaixa e
E'tA curvada. a vem
se parece ma Com la'nentçdee
a lim algluém imipesoal, que por
Ofir ela, merna, a vida o miu.
do, as trs crianças oU o viralatas.
T'A tudo pe«dido, num tá?
Me AdOsCUlpe, dona Dina
mas nio tom ia pemhndilho de
arroz uirf me emrestar? prgunta ima mulher de meia Ida.
rtilAM e com os cabo.
de, pel0
los envoltos num lenço encardido.
vê ge *Me faz 0 favor',-
oup o ú~l
aiu (Mtem r.ÃO
Yoltou até cora,,. Ah. sonhora tá de visita. ne.deculpe In.
Conodar.
e.No.
sua. oomadre, mira, a
- N
Tudo eft
dito
A coniad'e entrou. W qpe ao
de dona
ver a vi.itfia na cn
Duna perdeu a eompo tura. vavolmeta
fez
citou nas pilavra,
<iii.a abandonar a snla.
ta
.
Num tem problema comadre. fique A vontade. 86 que
ligo pom.so te adender como qne.
ria. Em todo cnso, pomo lhe dar
uMA tabletea de caldo de carne.
O qe val flirer hoje? Sopa?
g Comnadre, o que se pode
fazer? Sopa. É Isao, sopa,
Al duas foram para a coinha. De lá chegou o rufdo de
gavetas se abrindo, e o barulho
metálico de uma latoa. E a voa
da comadre, que dizia.
- Com iso me salvo por hoje, dona dona Dina. Tenho lã
._D
umas cinco baitatam.
ýp
1 saiu.
Dina RodrIguía, de 66 anos,
tmradora dlL Vila Sanla Tereza.
a que fn. todn. os dias uia panela de i,n)n que serve de craf
(Ia nnniN, alm1oço e Janta para
crinças e acha que está
as tr
Ilklo perdidn país A situaçãO a
ptorar, nada nmai tem a dizer
porue, com a entrada da comadre, tldo foi dito.
~
0~enda
kI 1
CO r ' T1 A .0
...
Anemia como causa de muitas mortes
.
No ano pnando jpkis jdi .0
comlLçn.vi
e_,
3 mees de idade morrerrnm
no Rio Oiande do Sul ,R.ianemia ei dcsni
UIAL de um total de aproximadamente nove mil moites por causas diversas. Acontece que a fome, & desnutrçito e a anemia
multas vezes aparecem disfarçadas em outras doenças ou facilitam seu surgimento
ou agravamento.
b
sem
brm
_limentadal
r
p
lRZ=,t
ser n4 , em grnn(e número de caso. Apesar da, faclll<adr.s que o progresso técnico
trouxe no combate is outras di,,nç ý,*no
morde
Rio Grande do Sul jLIAXP
Infntil por anemia e deMutril
jji
.j£gin..
j1U
veq3Igse es
queno percentualmente,
Esses percentuat seriam muito maiore"
caso fossem acrescidos dos problenias de
crianças cuja causa da morte foi outra, mas
cue a anemia e a desnutriçfio agiram como
ç_X ie
c
ieforço, como é a caso de
r
4 d
De acordo com o arvlen do eattIatica
dc Saúde. h& um grande núerctara
ç.
d
it, dp.âjla
d&mero de crianças que mn
±aA-Morreriam da mesma forma se los-
Ií crinnças ainda,
1á
,
1
fia
o LAL
acnvolviment.o do _rcbro pretídiicado. Elas
Aes
de aprenestÃo viva% m
suas d-qicul
der, seu retardamento mental é uma prova
,
desvia de como se alimentam. Por
nutrIçío não pode ser medida apenas em
percentuals de crianças mortas de fome no
Rio Grande do Sul. Ela envolve um problema social muito mais amplo,
jr ande parte da nomulac& entr_.zm.,
manente contradlo om noticias de eaeo
ou
a rsclãí
rodentls
o caso do arrgo.
j
Anemia e desnutrição, duas
Mais de sete por cento no
..Estado morrem por não comer causas (Ia morte de crianças
Motalidade Infantil no fio G ande de Rol com
nores de uni ano de acordo com *a caua. em 1978.
a e.
14ela011
Motdlsi.de Infantl no Rio Grande dc sul por a>emmia e des.
Cosa menos de ium ano de
nutriçfio een reaç.o ao total de n'r
Todas as cie.iA . ......................
liAendos mórbidoe mal definldoa ..
980
Todea P4 euaLin. mpníos estados m -r.
bidos maS definildos .
..
14
. . . . . . . . . . ..
.
. 0
10.8"'
100 %
.i1793.
Doençns intecciosas e pera.ItAir<
Causas de mortalidade perintal ..
Poenças do aparelho rempiratório
idade.
. 11,40%
'
%
t>enutriç
nnnias.........
Tet i.
.........
0.2%
6,O é
0,25%
0.11çí
6.31%
0.3.
6,61%
6,06%
6.54%
u)aCnutifCçt e anemia ................3
739%
Ponte, 3,Lvisho de
C da Sacetaia da Saud.
r rrop.rço de mMes d!.um ano de Idade mortos por deinutri.
Irdade,
idfuntd l em geral.
mgrl
Mni
Aoe ai1ecli15, em relaçfto, a mo~tldd
1970
1971
1973
1913
ca7
Anomalia
oongénita ............
Meningite .......................
2,22%
flesnut,&
8,40%
conomla o
Toto
Ponte:
2.273
1.G04
1.4'?
8.
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0tr.çi
10
.30
Outram ............................
Ponte: Tnlioadores odaia do RU, da rundaClo-de
ZattIticI
20.86%
26,58%
19,52%
..
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8,79%
0,31%
8,15%
6,
0,8005%
6,280%
9,10%
8,15%
0,35%
,taatisicía da Secretaria de 8aúde.
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s.srfiiênci''s (Ths rosse
o Thi Qe n:PtiQ'l,
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zea»o '.rte io sTh' 0 e" .oC s v.jr.E,:1o na i2omr',Leo,
-As reportfapes
ablieads
ue. s .li:s 15,
assunt o:
Contr:.diaý,U entre os e::cedentes
-: utili
zao da soja;
er(,
,¿t "ooreL
rejime n
:.io.e%
e '£occ,í,i.[,,í
16 e 17 ?.,2 76 e.::oq.:
C,.- L '
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Lucro' r' :--idos na sojL ')or o:'resas rmltinaeiona
P.m .'.o agrcoía pertencente aos grapos eeonomícoý;
I:,utri,:'.:o 'defieiente ,:]0 UrabalíXa/or o sua a.tuaçao soci 1,
-
-
-?roble!as
da fome: ac(,entes
índice de cre
lir, b
Esc:.t'ssez de ýlinheiro.
do tr.balho, leoes
cerebrý ís, ev,-.sao esco2ív2dade entre os jovens"
-C¿tLed
do To.er aquiH.'o
doI»o-o;
- Circstia,
re:O lo café;
x0p;
euno o consuo o
-1,llr.«..Is,,«,.»o pre-esccl]ar
c:icieutc
no aprendizdo
-.e 'r '.a o necess<rio r)ara aquisiT;ao de 1 'kl' -seais IBG'{/1973" tem
de carne;
atravée do auCrítica. ~o (Covcrno por L,3e tim ,_lar o consu:mo de _aoln
mento;
Tortulidadie inf.ýntil £',o R, (,'oti"
da _ 3ec Duc/k')'
-
-
e a *ificuldade
ei
ns
ena;
O ,0S: 1/8 parte dos Latino- mericanos so
Incapac ida''e da Dade P.ib_.c:t de err..':dicar a doença de Chagaýýs;
Anemia e Desnutriao;
AL:CAdOCO
-
nossue: oon ,eudo semeIhan
e aoe preconizados pelas tucnicas
As reqortarrns
Desda Guerrat Revolucie.,.naria,
ou mais precisamente, dentro daB1 AtJ.vidadeo
truiw's,
1)
vis' ndo:
Deformar a i
,) Preparo
edo
p,:',ioolo
o}ninío ')abbíe:
overa: e a torida,'des;
aa s
ao influir,
prepar-:•,, cbent.r sanipular a
rite do povobraýsileiro;
car.cterutica
domin
3)
ingir
o sentim
nta1imo,
.'
es socia:is;
4) Aproveilai ,c.<:
5) Evidene:isr o p-deeJin -to e sofrimento do povo;
6) Esth'mular a d:sesnsr.n.a no fot'uro;
7) Into::ica'
8) SXplorar
ici-_ io. : e .a obre
o leitor
com tecnca
:ea 0~=iitr'.
ponto's saceptíveis
e aaq
de nelas-verdades;
o iublica.
VEfCTJLO
-
¿A.HT, jorne? da Ci.
FOLHL DA Tn
PX,...,,lYIO A?0I0 CALDAS. De
ona .lstica
C .i.s
Jmior, ?irigido
'do code
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çq-uadros
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em
classes
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fissionaiz vinculados sa es maítt e -,ermancn
esforqos numa aCao de eurl)o onuuerdista
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Da,1ri importtnfci
teieionaLmonte ori- r1o,
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DATA E LOCAL DE NASCIMENTO:-
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PROFISSÃO:-
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IDEOLOGIA:-
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S T ó RICO
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suas opi r..:ies escuor'istas no Jornalzinho.
(<L) l.2/,lT/)
(fb nQ 025/76)
a
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Ci/l2/71) (fb n 0859/76)
7 1ai (9
'lia Jou para o JIC e iR.VqI.i .
- n
COI/RS
co
o fqr
.
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.... tr
contato com o .,,In.stro ..BS0 DUT?,
a fim -,o soíiciar ajuda para.a
EJUCA, a qual esta com seu rest.aurante cm
a
ter' receYido
de fecr
ovias
verhas.
ratis a
restaur-nte prporciona refe<içes
de 160 estu,.ntos e, atualm'ente, esta vivendo com a renda /
3das promoçoes sociais da diretoria.
(fb fQ o8r,6/76)
lo
10.2/1891(9)
(
o L-reMrido
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W
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Jorna! 1
07 Jul 69
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-arelii
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1.27.9...
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E FONTE
09
Úgo- 7r 09 . o
Diretor l(o T)partarento Ae Mvu,! ,ação
11
~o ,,:s
a~ora ;parlcio Co- a de
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-çoS. Curso
'le.,.e!:.do Jorrais-,)r.
esquerfista
e que ar-'n ;-.
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LANÇAMENTO
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NOME:- SPROGX
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DCIi/R
V9.2/ZH/P./27
,ai 69) (fb NQ 0E55/76)
Out 59 - Premiado no Concurso de Repnrta':en
nor ocasiao da. I Semana dos Istudos de Jornalismo pro ovida Del!
-
,.COq (Jorn3J]srro PUC) e "Jornal do Pr3sil". E aluno
-o
W.
3P aro de Jornali57o da
- (3 - 19.21h.1/69) (fb nO CP,7/76)
'ar 7. - Em Ol, !.,ar 71- - Residia em 1970, a rua Riachue]r nç~]355..
09
AP./STI
27 Jul 72
AP-/NI
:_,!
orímou-se em 1970, em Jornalismo pelaTP'R.
,inda nao ^oi!
localizado e nem obtidas sua ocupaçao e atJvidad- atuais.
(-,
CI/117/71) (fb nV OC55/76)
(wý I9.2/CP/Th/I5 .ar 71) (fb nP 050/76)
20 Jul 72
-m
-
Peretente de carta postala em ...
desta
data, a profescora FRIEZD4 "ESLER. O nominao pretende ins"-r
ver-se, para doutorado, no Instituto Prancês le Imprensa e
de Ciencias da Infor"'açao e para tal solicita a profesore,
FRII.A, que consiga junto ao. professores SI.... 0' ....
e
S1LVI0
UIICAI,
uma Aec1aração do Departameit o ,e Jorralismo
da Universidade onde conste o interesse em futuro aproveita
e dele(S 5 rgio), como professor, e para tanto o interr
se do Departamento em que o mesmo faça o referido curso na
Prança. SEP.GIO trabalha e estuda, dividindo seu tempo entre
"'lUNIlUE e PfRI<, pois nýo foi contemplad.o com bolsa. Ganhou
em fins de 1971, ,rý. Li.000,00 cor.- premio em concurso de re
rnrtaFem sobre P.Alegre, patrocinado pela Pref "unicipal!.
,m •0 Jul 7?_ - 0 nominado remeteu cirta de P
para
-aI
I
XEIRII'A,
iretor Chefe dos Contínuis de ZH, solcitando c1u
lhe mandasse o maior n).imero poss.vel de reportasens que ele
havia eýcrito quando aqui. em Porto Alegre/RS esteve e colahorou pdra a coluna "Cartias ' , mantida Dor ,1 xeirinha.
Os
trabalhos sao npcessarios para que Sermio possa mostr,r qir
e-crevia (colaborva) osm um jornal que tinha ínf3.uência co
bre a s2~o1idae n'-i. Universidade de PAR1I,
onde encontra-se
estudav-do. Como co.a'.oração, 3ergio manda na carta, p3ra se
r.m pu!,icadas na coluna lo Ieix9 irinha, duas reclamaç&s:7
a primeir,. sobre obrus da Àv ,aua, onde concui que 'Ileprd-d
tanta falta de vergonha, foi necessaria a corstruçao da cor
tina para tapa-las; a se£unda, sobre a ratança de'cacs para
f:s
de estud3o pelos alunos da Faculdadde
edcina de P.,/
/TRý. 1.S'
as cOI.aboraçoes com o p eudonir-o de Z .CRI. I-.
:< Do»,
(-~5
(
(ýS
01107/7_)
/72)
C.!
(fb
08¿a-/7(,)
(fb nQnQ 0"3(1/76)
(Cont - fis)
02
-
DATA DE
LANÇAMENTO
E FONTE
-
II
I
26 Jun 7
Em 2 0,ut 72
-
27....
PRONT. N" .
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I
NOME:-
A,,,/,:I carta
-
S T ó R i C O
V.
p ?,/F.... ,
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- Em 07 J.z 7Z! "er'ro Peus - For
resinorte a rui Cfcero ',hrenIs nÇ 207/1,
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ru- Leo
1 c 4, a s t a -1 :í:, 7,4- 1 resíiente
corta a
e o unione comenta: C0ýT
XIII, ç,Q li/ r/Capital,
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rIa :ec- Tqtin_- cujp con.tituição proie
co
eia eaois .X ....... TO . 0 norin:-'o rc.me. um .. rocpo e, aspaso]
com-~tn
Í IT 7_' C,
a
r c}:.nS cuo c£rifa-os varias
zo - e ercotr
_0... , no
7
locados e.r sequnrcia, rroduzcr. o temto abaixo, com
"'.
se aproxi.a. . . .orá r , .
sentiA o po ítico: "V
a.-mr e vincul ir seu omor a qç-s
no am:or.,=cesoitas
liiaes
transcendentes no seu desenvolvimento social, nao dê 'e-/
. u.n'o co.'-/
siada importanci. a seus nroh)lernas ecor.,lcn
3e for.-a pe'--a/
preen'les que a soluçao nao se porle cter
P,sorte esta crmas se ligara tu.ais a içar ýo teu sin-li oto
tigo, os astros te sorriem, leves aproveitar esta chance p
-1e
..0.?JO mirIou
ra liar pelas pessoas mais lesámpara-3as.
órbita. Uma semana para conhecimento -3e novas pess<-as. Nao/
deves encerrar-te em ti rresmoo Trate 'e aseimilar aquelas i
déias que falam -]e uma maior .ustiça social".
.:
-
(SC.5/56/7L) (fb n9 0853/7)
(SC.3/Info nQ 2h3/7h) (fb nL 086h/76)
crt envi ]e P-'RI'
T
26 Jun 7h - Em 26 1'dar 7i
AtA/Sá I /FRii!,.Ç S parao rnmíin-lo, iele que ele ]le um abraço nos "sa
C
e
canas" 40 A.7OETO ia Z.RO/A
este último trata-se io jornal sta JU.REZ AV'UOIO ?IT'-IE-//
.
COU T . .....
'T
I"
- Em 29 14ai, 7U - SgRCIO C'-RFLLI ]le 2,.O "
Leão "TII nç
a
Rua
rrrsidente
I,: MR.'JC%
víou carta a MRI
1211,2 - PORTO ALEGR2/RS, comentando a remessa anexa 'le um/
horósco2o castarriquenho, cujo texto adlaptado tem eviert..
conotaçoes poiltcas. Comenta tarbem sua estala em COST.A :R'
CA com um palavreado proprio le elementos que utilizam rirgas alucinogenas como LC D.
- (SCo7/Info nÇ ?43/7!)
(fh nQ 086/76)
,i uIiI 71, - Em 0l Jul 7h - 0 nommna'o apresentou os seçuintes l'.rn rrr
tns para &t..nçao 'o pms.anorto: C.Io de RG 587.86,/Cur"tihb
DEI,
elegre!:" e
- la Zona P.
S?,1G' /... "'tulo Ele.tral ni Ž1.L',L/'
Certificaio 'e Resirência n,9 85' Il!/"OIM'In.
(-,. /657/7h)
c :. c'Y5/7")
]tae de 19 jul /
O mirnao enviou carta,
'F O,4go 7h 05 Aco 7' c2i «' ]
Ar:Ç/sií 7h Ju 2 . T ....... Cu.T .CY..... r esi.t;e a rua
be
rizen3o ter chega'o
]>j2!ILhOI, e,: Porto Alegre/R,
-
NOME:(Cont
-
.2GI0
fIS)
C:' Pi VII.I
PRONT. N
...79..........
-
-
DATA DE
LANÇAMENTO
E FONTE
11 1 S T ó R I C O
7rança,
Jo- i«
r>/P , o.,palirlo
F ro-sz tao enclnf-e:o
nr3o envio lo aooc-»V7D
rias.lo-cç.m
irter círn i » pr.Tci»!mente !o cen•rio -ur-cu, p.
'rlie ço
cm jorn-II ou revista, confor-e .u-c'et:i
Propne r-ceIbcr 270
(:uzontos o cincoeta)
ce' it-.o contra prc. .,sta toporcinal
nu oro
.
.... ao
a serem
oncar'írL:las
,-
do Jo" .
p-ó] r,, tvr
-',
-acrrin -n
2o
ri'
r.i_.-
ao jornal
ZH/PA. Cor'ir
a situnão ýý
como cnrr,-s.on-Iente -I C.-IDAO
,
. C er, .T ,
e
:,,;,
solicita urgerte resposta, n..at iva ou p s3tiva, O'm vipt's
17
-lefinir as
sT!iida"es
-e Qua errmlnerncia em F'IZ.
:tilizou no envelope oo n.e: ço:
.T . ; 'i'
('C) - e:o-cr- i
. Le Prince - 7,5 O - PI/:R
....E.
- (%:.7/Info
3T/ .'.PA/7,) (fb nO 05_'5/76)
Set 7L4- Em 2 L, tý0 71.- Zm carta 3e 07 ,"ar 7!,, lirii .
p.r
, ,
.E-1 .Z'. ao nomina-So, foi citado o neme .
e L.7I
"A"'r
4 -/
'J S, dotida T-lo DOTS/RS, em 15 de Janeiro 3e ], - na res.
do-'-.= ýC LIM TIUABAR RS. on e d oz
]_ocalizaos 7
panfletos
-
2h4 5et 7!
,subvesivos.
1 ,13/ P./7.!) (fb ri
(3C./Info
0.06/7)
Em 2
r et 7)!
O ominalo é citalo em c -r1 I de Setenbr''a, -),e 197b2,
-]e
?,Y . ., ; .'-.
a s u- a e ,.,,le
.:
. r
''
Porto .Alere/3"
....
,
"'e 1
nr",nt . Ia'/'' ,.e n e,a
r
,
..
e
~as castanhoils uue com prei na ,2P.IHH
para lhe
carta a destinatíria Comenta sua vila n3 'rancý
para o futuro.
- (30.7/Info nc l'35/AP1/7h)
d
0
~nlar
'a
seu pI''o
(fb nr 085-9/76)
Ih Out 7h - Em 1,, Out 7h - O nominalýo -e
reresso
-aF'ranç a
ARi/SNI cgrta,-latada
de 07 Out 71,a IT4HE-4
v
Ze'
PdRI/RA':C, com-ntando sua via.eem e colocando
ria,
uee co)rrespondente lu 'TOLIA T)-1
/p~/'
enviou 1
a de.tinata
naq;uola
pais, a par -os seus tra,.ýiho< publicado.s no rc½rprilio .'or-,/
nal, recomonda o para que, alem do setor le po]ltíca int r
na francesa, se dedique a outros Io.,ínio.: acrs
italian
a crise de CHIPRE, as finanças a]_emas, e outros assurtos
- (SC.3/983/7L) (fb nO 0870/76)
-
(SC.3/Ir:fo r-O L!/30/APA/7.-) (fb nQ 0870/76)
16 Out 7, -Em
18 Out 7h - Esta Agência sugere a confecçao le questio
I'A/ SI nários a serem rr.enchiros Dor elemento s suspeitos no EXt-3
rior, sob contrw±e lo YÀ.II,ÉRIO DA
rLIÇU
A EX7CRIOR, 7
entro )s eler-entos que e,,iveram ou estavam no Exterior d
taca-se o epigrafado, na epoca em Porto Aleore/R.
- (SC.
3/499/7h) (fb nV 087L/76)
04 1Zov 74 - Em 0L' Wov 74 - O norinaio encontra-se em PORTO
R/'..ýr./SI trabalhando na F.OLHA DA . VHo/PA,
ornal Ia CIA J(R]TI..
CA CALDAS JÚY.
juntamente com ZEI,iA LEAI,. confore co-r .
tario.- feitos por esta ultima em carta d.rigida
7 IT'-'.
,
,
rEEE a -'RAj.
-(3;C.3/Inífo 521/30,'APA/7W!
08 ::ovr 7)V
-
Em 00 Out 7h4 -
As r
(fb
r
072/76)
lo nomir.ao
pu.licada.
~~PA3XIlias 29 e ' 0 na TOLHA' DA VAT~PsoL re as at iv-i dados ~
,CSPÇCiO S.0 PEDO.
em PORO
ALEGRE/,
e-ons tra a f:. t -ý
oscrupulos
e o uso de meios ilícitos para ronsr.ruir sensacinalismo,
levantar do toda a sorte dle cr'ticas e pondo er/
duvida t:Pli a oraniz:aeo
í-quel
entdade
ass- (Sç ]9.5/Inço
573/AP.4/7h)
(fb nQ 087-/76)
nci
NOME:
CI..LLI
ZI
(Cont.-s)
PRONT. N9
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-
DATA DE
LANÇAMENTO
E FONTE
H I S T 6 R 1 C O
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3.=,rt-vie-o
Cr-te-., '. íe~ co::o te:: : irr
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27 - Est Agencie difur.diu
.( :19.1/7'1/75)
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die reportegons publicadas
DA c'X,7', em 15, 1ó e 17 I'.:cr 76, e autori
Y:'.lise dc, prope.õonda constante dos repor'ta.._s
econsta:
2-1010 ChTArELLI, elemento de idi.ivs esquerdistas, teve etu,- 3oo no movimento estudantil e se relacion, com pessoas
notori-mentc cntr{ri!'s .o 2tual regime do Pais. Praticcixs
jornclismo inescrupuloso, procurando evidenciar as defici,encirs d nosso realidade
nacional e é possível que estejc
fcze:n(do perte de um esqsa subversivo na imprense. As reportc;:cns possuem conteúdo semelhEante ao preconizado peles
técnices da- Guerrc Revolucionar""a mais precisa.mente,dentro 0as aýtividades destrutivas. Sobre o efeito das rcporte
ge,.ne do noninedo constp: nenhumca repercussa.o foí assinlpdc.. 1 repercussão de uma sErie de reportagens desta, nêturez
rw (A Fo:c), normalmente no é isolada. Tais reportagena e::,
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L.o ul poderoso instrumento do formoç.o
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(T::n?i '.79/1l,5/75) (fb o 1402/L/76)
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