TEMPO DE AMADURECIMENTO

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TEMPO DE AMADURECIMENTO
m
T
issionários
do Verbo Divino
EMPO
Os missionários do Verbo Divino
estão ao serviço da Boa Nova.
Trabalhamos com gente de muitas raças,
culturas e línguas.
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é falar de Jesus
àqueles que ainda o não conhecem.
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DE
AMADURECIMENTO
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Quaresma e Páscoa
Ciclo C
Texto original: EDITORIAL VERBO DIVINO - Espanha
1
Primeiro Domingo
da Quaresma
O Espírito conduziu-o ao deserto (Lc 4, 1-13)
A PALAVRA DE HOJE
Deut 26,4-10
Rom 10,8-13
Lc 4,1-13
como outrora o fora o povo de Israel e como o é toda a humanidade. As
três tentações de Jesus são uma síntese das três grandes tentações de
hoje e de sempre. A tentação do “ter” em vez do “ser”; a do “poder” em
vez do “servir” e a do prestígio em vez da humildade. As três levam a
prescindir de Deus na vida e a procurar qualquer projecto menos o de
Deus. Jesus vence as tentações e opta decididamente pelo que vai ser a
pedra angular da sua vida: a confiança em Deus, a opção pelo caminho
do amor do Pai.
■ Para a reflexão
A que situações da tua vida chamarias “deserto”? Tens consciência de que
Jesus te acompanha nesses momentos?
As tentações às quais Jesus foi submetido no deserto têm alguma coisa de
parecido com o que hoje as nossas comunidades cristãs têm de enfrentar? Como podemos vencê-las com a ajuda de Jesus?
■ Para a oração
■ Motivação do encontro
Iniciamos um tempo de amadurecimento levados pela mão de Jesus e
encontramo-nos no deserto. O deserto, mais que um lugar geográfico, é
uma situação de vida. Estar no deserto é encontrarmo-nos sós, é enfrentarmos os nossos temores e medos, é encontrar tentações… Jesus foi levado ao deserto e ali também se encontrou com a tentação.
Exprime em voz alta as tentações a que te vês exposto na tua vida de
todos os dias. Queres, exiges, esperas que os outros só façam a tua vontade? Sentes o desejo de ser o primeiro custe o que custar?
Respondemos: “Senhor, não nos deixes cair em tentação”.
■ Comentário ao evangelho
O relato das tentações só se compreende ligado ao relato do baptismo de
Jesus. O Pai regozija-se no seu Filho que aceita levar até ao fim o projecto
divino. Ele aceita este projecto não como Messias dominador, mas como
Servo. A partir desta condição e fazendo-se “semelhante a nós em tudo,
menos no pecado” (Hebr 4,15) foi conduzido ao deserto e ali foi tentado,
Para a semana
Em momentos de tentação, faz o sinal da cruz.
Este sinal recorda-te que pertences a Jesus Cristo,
aquele que venceu toda a tentação.
2
Segundo domingo
da Quaresma
Este é o meu filho, o meu eleito: escutai-o! (Lc 9,28-36)
A PALAVRA DE HOJE
Gen 15, 5-12. 17-18
Filip 3, 17–4, 1
Lc 9, 28-36
Esta é uma passagem cheia de símbolos recolhidos do Antigo Testamento: o monte, lugar da manifestação de Deus; a cor branca, sinal
de vitória; Moisés e Elias, a lei e os profetas… A síntese da mensagem
realiza-a o Pai que cobre os discípulos com a sua protecção, declara Jesus
como Seu Filho, o eleito, e pede-lhes: “escutai-o”.
Os discípulos já sabem que seguir Jesus implica ser coerentes com o projecto do Pai, até ao ponto de não fugir ao sofrimento se for necessário,
mas tendo diante dos olhos a meta a que conduz a coerência: a ressurreição, a vitória, o dom de Deus. O melhor exemplo neste caminho têmo-lo
em Jesus. “Escutai-o”.
■ Para a reflexão
Em que âmbitos da tua vida quotidiana escutas a voz de Deus?
Que aspectos concretos da tua vida podem mudar com a escuta da Palavra de Deus?
■ Para a oração
■ Motivação do encontro
Pedimos ao Senhor que nos ajude a escutá-lo nas situações circunstâncias: na doença de um ser querido, quando tudo está bem… A cada petição, respondemos: “Fala, Senhor, que o teu filho escuta”.
No processo de amadurecimento quaresmal, a caminho da Páscoa, somos convidados hoje a escutar a voz de Jesus. Escutar a Sua voz, seguir
os Seus passos e comprometer-nos com confiança no projecto do Pai.
■ Comentário ao evangelho
Lucas situa o episódio da Transfiguração imediatamente antes de começar a subida de Jesus para Jerusalém. Pedro, em nome de todos os discípulos, acaba de confessar Jesus como o Messias de Deus (Lc 9,18-21) e
Jesus explicou-lhes o verdadeiro significado de seu messianismo (Lc 9,2227). Diante deste horizonte próximo do sofrimento, o Pai revela a outra
face do Messias: a sua ressurreição, a sua vitória, a sua glória.
Para a semana
Propõe-te dedicar algum tempo nesta semana
a ouvir alguém que precise de um ouvido atento:
um idoso, um doente, talvez um filho ou algum familiar…
3
Terceiro domingo
da Quaresma
Deixa ver se dá fruto (Lc 13,1-9)
A PALAVRA DE HOJE
Ex 3, 1-8a. 13-15
1 Cor 10, 1-6. 10-12
Lc 13, 1-9
O segundo tema, o da figueira estéril, adverte-nos dos perigos de uma
vida cristã improdutiva.
Vivemos no tempo da paciência de Deus (Rom 3,25-26), mas é imprescindível que transformemos as nossas atitudes e demos frutos de conversão.
Em Jesus, o vinhateiro, temos um poderoso intercessor: “Senhor, deixa a
figueira mais um ano. Eu a trabalharei”. Jesus espera ainda que a nossa
resposta seja positiva.
■ Para a reflexão
O que é que mais te ajuda a crescer como cristão?
Como poderia a família ou o grupo da paróquia ajudar-te a amadurecer
e dar fruto?
■ Para a oração
Rezar juntos o Salmo 51(50). É um Salmo penitencial em que o ser humano pede a Deus que lhe dê um coração limpo e um espírito firme para
que possa servir a Deus sem entraves.
■ Motivação do encontro
Com frequência ouvimos falar de conversão. Mas a conversão não é unicamente fruto do nosso esforço. A Palavra de Deus, os Sacramentos, as
circunstâncias da vida… são o “adubo” de Deus, os cuidados que nos
proporciona para continuarmos a crescer, para podermos amadurecer,
para nos convertermos e darmos fruto em abundância.
■ Comentário ao evangelho
A narração desta passagem convida à conversão. O primeiro tema tem
como fundo a crença judaica, segundo a qual, aquele que era atingido
por alguma doença tinha cometido um grande pecado. Este modo de
pensar levava à seguinte conclusão: nós somos justos porque nos libertámos da morte. Mas Jesus pensa que todos necessitamos de conversão.
Para a semana
Cada pessoa ou membro do grupo memoriza uma frase
do Salmo 51(50) para a recitar durante a semana.
Esta frase pode ajudar-te a recordar que a conversão
é de todos os dias e de toda a vida.
4
Quarto domingo
da Quaresma
Um pai tinha dois filhos (Lc 15,1-3.11-32)
A PALAVRA DE HOJE
Jos 5, 9a. 10-12
2 Cor 5, 17-21
Lc 15, 1-3. 11-32
A figura do filho mais novo pode atrair toda a tua atenção. Mas tem
cuidado, a mensagem central está na descrição do rosto de Deus. A parábola quer dizer que, apesar das falhas humanas, Deus sempre ficará à
espera que voltem os seus filhos. O Pai da parábola não só vai ao encontro do filho esfarrapado e envergonhado mas sai também a procurar o
outro filho, o cumpridor, o que acata sempre as ordens do pai mas detesta o seu irmão.
Aos dois fala-lhes não com palavras de reprovação mas com a palavra
mais bonita que um pai pode dizer: “filho”.
■ Para a reflexão
Pensas nesta imagem de Deus quando rezas o Pai Nosso?
Que frase, atitude, pormenor te chamou mais a atenção nesta parábola?
Sentes-te reflectido em algum ponto da parábola? Qual?
■ Para a oração
■ Motivação do encontro
Rezar juntos o Pai Nosso.
Jesus vai-nos apresentar hoje o Seu Pai. Os crentes do seu tempo, também nós, precisamos amadurecer um pouco mais no conhecimento e
aceitação do amor misericordioso de Deus. A parábola do pai e dos dois
filos é a melhor lição para conhecer como é Deus-Pai e como somos nós,
filhos e irmãos.
■ Comentário ao evangelho
O começo do capítulo 15 de Lucas dá-nos a chave para compreender
esta parábola e as duas que a antecedem. Jesus relaciona-se com os
pecadores e os publicanos. Age assim, porque é assim que Deus age.
Deus-Pai acolhe sempre, espera sempre e perdoa sempre sem impor condições. É isso que se conta na parábola.
Para a semana
Perante alguém que te é um pouco antipático
e que evitas, procura encontrá-lo esta semana
e tratá-lo com amabilidade e simpatia.
5
Quinto domingo
da Quaresma
Eu também não te condeno (Jo 8,1-11)
A PALAVRA DE HOJE
Is 43, 16-21
Filip 3, 8-14
Jo 8, 1-11
■ Motivação do encontro
No caminho do amadurecimento para a Páscoa, continuamos diante do
Pai bom que veio ao nosso encontro no domingo passado. Este domingo
coloca um exemplo diante de nós para que tenhamos consciência das
nossas limitações antes de julgar os outros.
adúltera. Ela é o filho mais novo, o pródigo, e os letrados e fariseus acusadores são o filho mais velho.
Jesus não se limita a falar teoricamente sobre o amor e o perdão. Vai mais
longe. Desmascara os acusadores convertendo-os em acusados: “Aquele
que está sem pecado atire a primeira pedra”. E a cena transforma-se em encontro salvador para aquela pobre mulher, esmagada e cheia de medo
pela intransigência e hipocrisia dos homens. Teve a sorte de se encontrar
com Jesus: “Ninguém te condenou?... Nem eu te condeno. Vai e não peques
mais”.
■ Para a reflexão
Como são os teus juízos sobre os outros? Julgas pelas aparências?
O que é que aprendeste com a atitude de Jesus sobre os juízos de valor
que emites sobre os outros?
■ Para a oração
Dá graças ao Senhor porque, com o seu perdão sem limites, te dá a
possibilidade de desenvolver em ti um coração generoso e compassivo
como o seu.
Pode-se terminar o encontro cantando: “Dá-nos um coração grande para
amar”...
■ Comentário ao evangelho
A narração do evangelho da mulher acusada de adultério é uma parábola ao vivo e em directo, aproximando-nos e pondo em prática a mensagem do passado domingo da parábola do pai e dos dois filhos. Agora
torna-se claro que a imagem mais fiel e profunda do Pai é o próprio Jesus.
Como o Pai na parábola, Jesus é a figura central da narração da mulher
Para a semana
Diariamente, durante uns momentos,
faz uma revisão para ver se as tuas atitudes para
com os outros foram de juízo negativo ou se, pelo contrário,
nesses juízos, foste misericordioso como o Pai.
6
Domingo de Ramos
Evangelho da Paixão (Lc 22,14-23,56)
1. A Última Ceia como sinal de entrega total que culminará na Cruz.
2. A oração no Monte das Oliveiras e no alto da Cruz onde Jesus não
pede só por Ele mesmo mas também pelos seus amigos e inimigos; e a
advertência aos seus discípulos sobre a necessidade da oração para conhecer e fazer a vontade do Pai.
3. A misericórdia e o perdão manifestados em todo o Evangelho concentram-se na Cruz com a súplica: “Pai, perdoa-lhes”… e com a promessa ao
crucificado com ele: “Hoje estarás comigo no Paraíso”.
Perante estas manifestações de amor misericordioso, vistas em profundidade, não se pode ficar indiferente. Até o próprio centurião exclama ao
ver morrer Jesus: “Verdadeiramente este homem era justo”.
A PALAVRA DE HOJE
A morte de Jesus vai dar, já está dando, frutos de vida.
Is 50, 4-7
Filip 2, 6-11
Lc 22,14– 23, 56
■ Para a reflexão
O que é que mais te chamou a atenção na narrativa da Paixão e morte
de Jesus?
■ Motivação do encontro
Percorremos a Quaresma, levados pela mão de Jesus. No caminho, através das reflexões, amadurecemos no conhecimento de nós próprios, como
os discípulos, e também no conhecimento do Mestre, como modelo a
seguir. Hoje, não só entramos solenemente em Jerusalém com Jesus mas
também subimos com ele até ao Calvário.
Houve algum pormenor que hoje te pareceu novo e que doutras vezes te
tinha passado despercebido? Qual foi?
■ Para a oração
Lêde de novo os versículos da oração no Monte das Oliveiras (Lc 22,3946) e fazei a vossa própria oração.
■ Comentário ao evangelho
São muitas as cenas que Lucas apresenta no relato da Paixão. Todas elas
estão bordadas com o mesmo fio de ouro que ele utiliza no seu evangelho: a confiança no Pai, a fidelidade ao seu projecto salvador, apoio perseverante na oração, perdão e misericórdia para todos.
Jesus não se limita a falar teoricamente sobre o amor e o perdão. Para a
reflexão em grupo do relato da Paixão e morte de Jesus segundo São
Lucas, podemos fixar-nos nestes pontos:
Para a semana
Participa nalguma procissão ou celebração litúrgica
desta Semana Santa e procura não ser mero espectador,
mas participante activo.
P
Páscoa da Ressurreição
No primeiro dia da semana (Jo 20,1-9)
A PALAVRA DE HOJE
Act 10, 34. 37-43
Col 3,1-4
Jo 20, 1-9
Para alguns, como Maria Madalena, ainda está escuro. Outros, como o
discípulo que Jesus amava, vêem e crêem.
Chegou o tempo, como dizia João XXIII, não da morte, mas da vida; não
de divisões, mas de paz; não de egoísmo, mas de caridade; não de mentira, mas de verdade e respeito mútuo.
Cristo ressuscitou. Temos o dom da luz e, porque vemos, levamos connosco, na nossa vida, um programa de esperança para todo o mundo.
■ Para a reflexão
Acreditas de verdade que Cristo ressuscitou e, com Ele, também tu ressuscitarás?
Como se manifesta na tua vida que acreditas na ressurreição de Jesus
Cristo?
■ Para a oração
A vossa oração pode ser hoje de louvor e acção de graças. Porque Cristo
ressuscitou, sabemos que o mal, a dor e a morte não têm a última palavra.
■ Motivação do encontro
Pode-se terminar o encontro entoando um cântico pascal.
Durante quarenta dias fomos acompanhando Jesus até Jerusalém. Nesse
caminho, a nossa fé, como cristãos, amadureceu e cresceu. Pela mão do
Mestre, aprendemos o que significa ser coerentes com a Vida. Hoje celebramos o triunfo de Jesus e, na Sua ressurreição, festejamos também a
nossa ressurreição.
■ Comentário ao evangelho
Estamos no “primeiro dia da semana”, não no último dia da Semana Santa.
É a “nova criação” porque tudo foi renovado. Há um grande “amanhecer”
porque a vitória de Jesus triunfou sobre o ocaso. É o dia novo, a nova
Páscoa, a nova Criação.
Alimentar-se da Palavra de Deus
para ser servidores da Palavra no compromisso de evangelização
é, sem dúvida, uma prioridade
para a Igreja no começo do novo milénio.
João Paulo II

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