Volume 001, número 01 - PET
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Volume 001, número 01 - PET
Vol. 1, n° 1 Jan-Abr de 2012 ISSN: 2447-4592 Uma publicação do Programa de Educação Tutorial do Curso de Medicina Veterinária da Ufra UFRA FAZ PESQUISA INÉDITA NO BRASIL O Grupo de pesquisa em andrologia, inseminação artificial, sanidade e melhoramento genético de bovinos e bubalinos (Gaia) liderado pelos Profs. Dr. Rinaldo Viana e Dra Luciara Celi Chaves testaram no Estado do Pará, um kit desenvolvido pela IDEXX Laboratories, com sede nos Estados Unidos da América, para o diagnóstico da gestação precoce em bovinos de corte. É a primeira vez que o kit recém-lançado nos EUA é testado no Brasil, e um dos poucos estudos em animais da raça Nelore no mundo. Com o estudo, o diagnóstico da gestação poderá ser feito com a mesma precisão de um exame ultrassonográfico, todavia com a vantagem de poder ser realizado com apenas 25 dias de gestação. A pesquisa foi feita pela Médica Veterinária Gláucia Mota Bragança, pós-graduanda do Programa de Pósgraduação em Saúde e Produção Animal na Amazônia, da Universidade Federal Rural da Amazônia. A pesquisa contou com o apoio da Fazenda Xingu que cedeu seus animais e instalações para realização do estudo, e do Instituto Evandro Chagas, onde parte das análises foram realizadas. Expediente Vol. 1, n° 1 jan-abr de 2012 Editorial Edição on-line www.petvet.ufra.edu.br Durante muito tempo o programa PET de Medicina Veterinária da Universidade Federal Rural de Pernambuco, permaneceu como única referência em educação tutorial em Medicina Veterinária no Norte e Nordeste do Brasil. Na tentativa de preencher essa lacuna, da educação tutorial em Medicina Veterinária no Norte do Brasil, criamos na Ufra, o Programa de Educação Tutorial em Medicina Veterinária (PETVet) com promoção da Secretária de Educação Superior do Ministério da Educação (Sesu/MEC). Este programa visa não somente a formação de um Médico Veterinário de excelência, mas também a formação de um cidadão ético, culto e voltado para os rígidos valores de moral e harmonioso convívio social. Nas busca da formação desses profissionais, planeja-se também multiplicar esse efeito aos demais discentes do curso de Medicina Veterinária da Ufra. E para tanto temos buscado realizar diversas atividades com um grupo de 14 discentes bolsistas com destacado rendimento escolar para alavancar a transformação na comunidade ufraniana, principalmente no corpo discente do curso de Medicina Veterinária dessa IFES. Entre todas as ações, o lançamento deste informativo é mais uma das iniciativas para facilitar a comunicação do PETVet com os demais acadêmicos, e divulgar não somente nossas ações, mas também importantes informações inerentes à boa formação dos futuros Médicos Veterinários, egressos da Ufra. Nesta primeira edição oferecemos matérias sobre a saúde dos cascos do bovinos; dicas importantes para você, que é estagiário; informações sobe a medicina veterinária; informações sobre clínica médica de cães e gatos; reportagens sobre o avanço de pesquisas veterinárias e a pesquisa inédita no Brasil realizada pela Ufra. Esperamos que gostem e até a próxima edição. Realização: Grupo PET de Veterinária/Ufra Medicina Adriano Leão Caio Mendes Caroline Pessoa Damazio Campos Danielle Góes Gabriel Furtado Gustavo Lobato Helen Santos Henrique Piram Natália Lopes Nathaly Monteiro Priscila Del Aguila Raquel Fernández Rinaldo Viana Rodrigo Albuquerque Coloboração: Ana Carla Ferreira Walberson Silva Ufra/ISPA – Belém/PA Avenida Presidente Tancredo Neves, Nº 2501 Montese 66.077-901 [email protected] Rinaldo B. Viana Tutor PETVet-Ufra O mugido Veterinária em foco Pododermatites dos bovinos Rinaldo Viana As afecções dos cascos são uma das principais doenças que acometem os bovinos, principalmente os de aptidão leiteira. Devido à alta taxa de prevalência e incidência, especialmente em animais confinados, medidas eficazes de tratamento e controle são requeridas para minimizar as perdas da produção de leite, a queda dos índices reprodutivos e zootécnicos, os descartes involuntários de animais e as mortes. Bovinos com lesões nos cascos apresentam diminuição da condição corporal em decorrência da menor ingestão de alimento, devido à dificuldade de locomoção. Os problemas nos cascos são multifatoriais, podendo ter como causa, os distúrbios nutricionais (excesso na ingestão de carboidratos altamente fermentescíveis); enfermidades infecciosas (metrites), relacionados a fatores de ambiente e higiênicos (excesso de umidade, traumas, sujidades, entre outros) e genéticos (defeitos de aprumos...). Entre as principais causas de problemas locomotores dos bovinos leiteiros, destaca-se a laminite (processo inflamatório das lâminas do cório). Diversas outras pododermatites também podem acometer o casco dos bovinos, comprometendo a locomoção e a eficiência produtiva e reprodutiva dos animais: laminite, doença da linha branca, podridão dos cascos, dermatite digital, dermatite interdigital, flegmão interdigital, erosão de talão, entre outras. TRATAMENTO Todos os problemas de casco devem ser avaliados por um médico veterinário, que recomendará o melhor procedimento e a duração do tratamento. A causa e o fator predisponente devem ser identificados e removidos e a dor deve ser imediatamente aliviada. A primeira medida após o diagnóstico dessa doença é o isolamento do animal para um piquete com forragem e água de boa qualidade, sem oferta de concentrado. Ourotetra Plus LA© é uma associação de antibiótico com antiinflamatório de longa ação, muito eficaz contra os microrganismos causadores das afecções de casco. Para a prevenção de novos casos, recomenda-se a utilização de pedilúvio com solução de CB-30 T.A. (1:2.000) diariamente ou pelo menos 1 vez por semana. Saúde da família contará com apoio de veterinários Natália Lopes Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf) poderão ter também médicos veterinários na sua composição. Dentre as várias razões para a participação desse profissional, encontra-se o número crescentes de casos de pessoas mordidas por animais e o risco de transmissão de zoonoses, além da definição do perfil epidemiológico da cidade. A decisão da participação de um veterinário na equipe será determinada por cada município. No Estado do Ceará, os municípios de Maracanaú e Pentecoste foram os primeiros do Estado a oficializarem a ampliação dos Nasf, durante uma reunião no auditório central da Universidade Estadual do Ceará (UECE), no Campus do Itaperi. A reunião contou com o presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária, o diretor da Faculdade de Veterinária da UECE, representantes do Ministério da Saúde, entre outros. O objetivo instituído ao Nasf é dar apoio aos Programas Saúde da Família (PSF). As equipes devem ser constituídas por profissionais de diferentes áreas de conhecimento, para atuarem em conjunto com profissionais das Equipes Saúde da Família, tendo como meta o compartilhamento de práticas de saúde nos territórios sob a responsabilidade das Equipes de PSF no qual o Nasf está cadastrado. Os médicos veterinários que fazem parte das que equipes poderão atuar de forma preventiva, orientando os moradores e identificando no ambiente fatores que pode levar a transmissão de zoonoses, como raiva e leishmaniose, além da participação ao combate efetivo, no caso de animais e pessoas doentes. A atuação dos diferentes profissionais será determinante na prevenção e tratamento de doenças. Apesar de ações com alta complexidade, o Nasf é responsável pela atenção primária a saúde, portanto a sua intervenção deve ocorrer de maneira ampla em diversos aspectos, para que haja efeito positivo sobre a qualidade de vida da população. FONTE: Saúde da família contará com apoio de veterinários . 20.03.2012 - Diário do Nordeste MINISTÉRIO DA SAÚDE GABINETE DO MINISTRO PORTARIA Nº 2.488, DE 21 DE OUTUBRO DE 2011 Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica, para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). http://www.saude.mt.gov.br/upload/legislacao/2488[5046-041111-SES-MT].pdf Erros que não devem ser cometidos no estágio Mundo Cão Damazio Campos TOP 10: Itens domésticos que podem prejudicar seu Acomodar-se "O estudante precisa entender que o estágio serve para ele aprender e o fato de estar nesta posição significa que ele deve demonstrar interesse por novos conhecimentos. Tem muito estudante que entra na empresa e pensa: "legal, agora que passei na seleção vou relaxar." Por causa disso, assume uma postura mais passiva do que deveria. O estudante não pode ser acomodado a ponto de achar que o estágio vai adivinhar as necessidades e as dificuldades dele. Se tem dúvida, pergunte, se não entendeu, esclareça. Uma postura passiva pode ser encarada como má vontade e falta de iniciativa. Entrar de "salto alto" "O primeiro ponto para quem ingressa no mercado de trabalho é entender que se encontra na condição de aprendiz. Portanto, não cabe agir como se já fosse empregado há muito tempo e questionar paradigmas ou tratar as diretrizes do estágio como se estivessem obsoletas. O estagiário deve ouvir mais do que falar. Com o tempo e com mais experiência profissional é que irá adquirir a maturidade necessária para opinar e contestar determinados pontos de vista. Tem muito rebelde sem causa que traz isso para o ambiente de trabalho. O estagiário que reclama de todas as tarefas, não se adéqua e ainda por cima é resistente às políticas do estágio, tem menos chance de ser bem-sucedido em relação ao candidato que é humilde, gentil e cortês". Abusar de linguagem vulgar "Em casa ou com os amigos até cabe o uso de gírias ou expressões menos elaboradas, comuns ao dialeto coloquial da juventude. No ambiente de trabalho a coisa já muda de figura. A comunicação deve ser uma preocupação constante do jovem. É pela forma com a qual ele se comunica que suas mensagens serão recebidas e decodificadas pelos outros. Por isso, é fundamental evitar gírias e palavras que denotem baixo nível intelectual. Além do jovem ser 'percebido' de uma maneira imatura pela maneira como fala, uma linguagem vulgar deve ser evitada, sobretudo, porque é nesta fase que ele deve se preocupar em evoluir. O estudante tem de ler muito para ampliar seu vocabulário e ter uma pronúncia melhor. Uma comunicação eficaz poderá demonstrar seu talento, potencial e suas habilidades." Ser individualista "Procure desenvolver suas atividades de bem com a vida e com seus colegas dentro da empresa. Isso significa que você deve ser proativo, sintonizado com o mercado, curioso e sempre trazer outras idéias para o grupo. Entenda que no ambiente de estágio (ou de trabalho) todas as funções são importantes portanto, valorize as suas atividades e a de seus colegas. Procure agregar e, se possível, tenha envolvimento com projetos de outras áreas. Lembre-se: sozinho ninguém muda nada." Deixar o trabalho para depois "O estágio é o momento em que o estudante deve trabalhar em tempo real, quer dizer, não deixar para depois o que ele pode fazer hoje. Em geral, somos avaliados sobre aquilo que produzimos. Se produzirmos rápido (e com qualidade) isso pode ser um ponto a favor em relação aos demais estagiários na hora da empresa optar entre um e outro para fazer parte de um novo projeto ou até mesmo na hora de decidir quem será efetivado.“ FONTE: Universia Brasil animal de estimação Damazio Campos & Rinaldo Viana 1º COMIDA HUMANA - Nossa dieta e nossas necessidades nutricionais são diferentes das de um cão, por isso, não podemos fornecer alimentos humanos para cães sem que haja indicação do médico veterinário. Alguns alimentos para humanos podem ser considerados tóxicos para os cães como o chocolate, principalmente os amargos que contém substâncias como a cafeína e teobromina que o cão não tolera muito bem, podendo causar desconforto gastrointestinal, alteração nos batimentos cardíacos, tremores, convulsões e até mesmo a morte em casos extremos; as uvas e passas podem levar a falência renal; a macadâmia pode ocasionar transtornos gastrointestinais, tremores e fraqueza; o Abacate desencadeia vômitos e diarreia; e as gomas sem açúcar contém xilital, uma substância que diminui o nível de açúcar no sangue, podendo causar fraqueza, incoordenação, tremores e convulsões. 2º RODENTICIDAS - Os mais comuns tem como princípio ativo o warfarin, baseado em anticoagulantes que bloqueiam a vitamina K levando à hemorragia interna com a morte dos roedores e consequentemente dos cães que a ingerem. Devido ao seu tamanho, nos cães, o sangramento pode ocorrer de 3 a 5 dias após a ingestão do rodenticida. Outros rodenticidas não muito comuns, à base de colecalciferol afetam principalmente os rins,. Aqueles à base de Bromethalin, que agem sobre o cérebro, sendo que dos três tipos citados, este é o mais grave e difícil de tratar. 3º INSETICIDAS - Por sorte, hoje em dia, os inseticidas mais usados não são tóxicos para mamíferos ou contém uma dose muito baixa que não intoxicam os cães. O maior problema é que os inseticidas em forma de iscas tornam-se corpos estranhos estomacais, sendo necessário nesses casos a intervenção cirúrgica. 4º REMÉDIO HUMANOS - Dentre os mais comuns e tóxicos para cães podemos incluir o ibuprofeno e o paracetamol. Por isso, mantenha seus medicamentos fora do alcance dos animais e nunca medique seu cão sem a indicação de um médico veterinário. 5º REMÉDIOS VETERINÁRIOS - Quando seu cão é medicado em casa, tenha certeza de que a dose esta adequada, siga corretamente as indicações e tire qualquer dúvida com o médico veterinário antes de começar a administração. 6º PLANTAS - Mastigar plantas pode ser um hábito comum de gatos, mas alguns cães com desconforto estomacal podem fazê-lo. Portanto, é importante saber quais as plantas são tóxicas para seu animal e mantenha em seu jardim apenas plantas seguras para ele. Dentre as plantas tóxicas mais comuns nos nossos jardins estão o Crisântemo, Espirradeira, Azaléa, Ciclame, Amaryllis e brotos de Narciso e Jacinto. 7º FERTILIZANTES - Tipicamente, os fertilizantes contém nitrogênio, fósforo, potássio e herbicidas e inseticidas como aditivos. O ideal é manter os animais longe de jardins recém-fertilizados, ou usar fertilizantes orgânicos, chamados de pet-friendly. 8º PRODUTOS DE LIMPEZA - Muitos deles são tóxicos, por isso é interessante considerar o uso de soluções naturais, já existentes no mercado. Em caso de ingestão de produtos contendo lixívia ou limpadores de drenos, não induzir o vômito de seu animal!!! 9º METAIS PESADOS - Os principais são o zinco e o chumbo. O zinco é encontrado em moedas, que quando ingeridas por seu animal, podendo causar distúrbios gastrointestinais e anemia. Já o chumbo, hoje em dia não é muito comum, mas antigamente era encontrado em tintas, por isso, deve-se tomar cuidado em reformas de casas muito antigas que possam conter tintas com presença de chumbo e que possam intoxicar seu cãozinho. 10º PRODUTOS QUÍMICOS DIVERSOS - Anticongelantes (Etilenoglicol), pintura, solventes de tintas e produtos químicos de piscina são considerados tóxicos para animais de estimação, e geralmente vem classificados como tóxicos em suas embalagens, por isso, manter fora do alcance de seu cão qualquer produto químico considerado tóxico. FONTE: http://conscienciapet.blogspot.com/ Eventos VI CONGRESSO NORTE NORDESTE DE REPRODUÇÃO ANIMAL Ocorrerá no período de 16 a 18 de outubro de 2012, na cidade de São Paulo capital paulista, o Congresso Paulista Das Especialidades, oriundo da união do CONPAVEPA - organizado pela Anclivepa-SP e o CONPAVET - organizado pela SPMV, será responsável por oferecer aos participantes um congresso com conteúdo altamente qualificado sobre diversas especialidades, que hoje integram a medicina veterinária. Este evento tem mais uma vez o objetivo de integrar os especialistas das diversas áreas da Medicina Veterinária e empresas vinculadas, promovendo o intercâmbio de trabalhos, pesquisas e informações científicas entre médicos veterinários, professores e pesquisadores interessados na área. Para mais informações: http://www.petsa.com.br/index.php?pgID=congressoshome&mi=060000000000&cID=30 XXVI REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE TECNOLOGIA DE EMBRIÕES De 30 de agosto a 2 de setembro - Foz do Iguaçu/PR O evento focará diferentes aspectos da reprodução assistida (inseminação artificial, transferência de embriões, fertilização em vitro, clonagem, trangênese, etc) assim como suas aplicações na produção animal. Para mais informações: http://www.sbte.org.br/?op=paginas&tipo=pagin a&secao=6&pagina=147 Notícias VI CICLO DE COLÓQUIOS BUIÁTRICOS O Programa de Educação Tutorial em Medicina Veterinária , organiza pelo sexto ano os Colóquios Buiátricos. Para quem ainda não conhece, os colóquios consistem em encontros realizados periodicamente que tem em sua essência o objetivo de estimular o interesse e o aprendizado, além de abranger áreas do conhecimento inerentes a ação do Buiatra referentes a sanidade, reprodução, nutrição e bem estar de ruminantes. Para atingir esses objetivos, o Grupo PET-Veterinária, conduzido por pessoas com experiência e excelência no projeto proposto, realizam esses encontros semanal ou quinzenalmente em dias previamente estabelecidos, com intuito de debater assuntos propostos que irão variar a cada encontro. Os colóquios são realizados nas instalações da própria Universidade (Ufra), mais especificamente no auditório do Instituto Ciberespacial (ICIBE). Os participantes tem além da oportunidade de aprender, aproveitar para ampliar suas redes de contatos pelo intercâmbio de conhecimentos nos diferentes níveis hierárquicos. O projeto possibilita a atuação direta de Médicos Veterinários como propagadores do conhecimento adquirido por suas experiências, formando profissionais mais bem instruídos, responsáveis e conscientes, além de proporcionar excelente oportunidade de interação entre discentes e profissionais da classe médica veterinária. Haverá emissão de certificado para os participantes com 75 % de presença. Evento gratuito. Venha, participe! II CICLO DE TERTÚLIAS DA CLÍNICA DOS ANIMAIS DE COMPANHIA Nos mesmo moldes dos colóquios Buiátricos, todavia com enfoque em temáticas inerentes a clínica médica e cirúrgica e patologia clínica, as tertúlias da clínica dos animais de companhia são elaboradas com intuito de congraçar os discentes do curso de medicina veterinária da Ufra e os destacados profissionais da área pertencentes ao corpo técnico do Hovet/ISPA e do curso de Medicina Veterinária. Além de palestras de alto nível técnico, o ciclo de tertúlias visa estimular o salutar convívio do corpos discentes, docentes e técnicos do curso de medicina veterinária. As palestras ocorrerão em dias previamente determinados e amplamente divulgados, nas instalações do Instituto da Saúde e Produção Animal/Ufra. Haverá emissão de certificado para os participantes com 75 % de presença. Evento gratuito. Venha, participe! Entrevista Prof. Dr. Otávio Mithio Ohashi Possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal Rural da Amazônia (1978), mestrado em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Minas Gerais (1982) e doutorado em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1993). Atualmente é professor da Universidade Federal do Pará. Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Biotecnologia Em Reprodução Animal, atuando principalmente nos seguintes temas: fertilização in vitro (FIV) e transferência de embrião (TE) em bubalinos e bovinos, Reprodução de animais silvestres. PETVet News: Prof. Dr. Ohashi, porque escolheu a medicina Veterinária como profissão? Dr. Ohashi: Eu escolhi a Medicina Veterinária por que sempre gostei do campo e achava que o modo de ficar no campo era, ou cursar Agronomia, ou Medicina Veterinária; e no caso, na época a Medicina Veterinária era uma profissão que estava se iniciando aqui na região, tanto que fomos a segunda turma a se formar na Ufra. Além disso, sabemos que na Amazônia uma das bases da economia é a pecuária. Escolhi a reprodução animal como área de atuação porque sempre gostei de animais de produção, e me identificava muito com a possibilidade de fazer um embrião através da IA, fecundação in vitro, TE, etc. “Sempre fiz, como se diz por aí, por paixão, então, quando você faz uma coisa que gosta, você não trabalha, se diverte. Por isso que às vezes eu estou no final de semana no laboratório, não como uma obrigação, é a minha cachaça, é a minha praia... Não estou lá porque sou obrigado, e sim por prazer, aí acho que você rende um pouquinho mais”. PETVet News: Prof. Dr. Ohashi, como a reprodução animal pode contribuir para o desenvolvimento da humanidade? Dr. Ohashi: Bem, se você olhar de forma mais abrangente, em que a reprodução animal não é simplesmente para produzir um animal, mas, por exemplo, na clonagem de animais, o que era a biologia molecular, principalmente relacionada à questão da genética, antes e depois da (ovelha) Dolly, não tem comparação. A questão da Dolly não era apenas produzir a ovelha em si, mas sim a implicação que ocorreu em função de se saber que o gen poderia ser ligado e desligado, ou religado... Pois antigamente se dizia assim “uma vez que a célula se especializou, acabou, não tem mais retorno” e com a Dolly vimos que tem sim, pois a partir de uma célula altamente especializada para produzir leite se conseguiu a reprogramação do seu genoma e ela se tornar uma célula embrionária para te dar um indivíduo completo. Ou seja, teve-se que desligar alguns genes e religar outros para poder se tornar uma célula totipotente, embrionária, para te dar outro indivíduo, e a partir daí se revolucionou toda essa questão da ativação e expressão do genoma. PETVet News: Na sua opinião, quais as perspectivas da utilização das biotécnicas aplicadas a reprodução animal para incremento das atividades pastoris na nossa região e como elas poderiam ajudar na conciliação da preservação ambiental? Dr. Ohashi: Eu acho que tem tudo a ver, por que no momento em que precisamos conservar 80% da nossa floresta e produzir em 20% dela, temos que maximizar essa produtividade, ou seja, verticaliza-la, e nesse ponto a biotécnica da reprodução é um instrumento para se conseguir isso. Um exemplo é você pegar uma vaca altamente produtiva para produção de leite em nossas condições climáticas e com as biotécnicas maximizar esse potencial genético. Normalmente, pela reprodução natural essa vaca teria no máximo 6 a 8 bezerros em sua vida produtiva, mas com a TE ela poderia ter 20 ao ano e com a FIV você poderia chegar até 100 bezerros por ano. Com isso em um ano se produziria um rebanho de alta produção e, principalmente adaptados às nossas condições. Portanto, este é um modo de se utilizar a biotecnologia da reprodução para diminuir a pressão de derrubadas da floresta, pois se produziria mais com animais de alta produção em uma mesma área, sem a necessidade da expansão de novas fronteiras agrícolas e pecuárias. Isso acontece na prática; eu faço isso com fazendas que tinham animais que produziam 2L de leite e queriam ter animais que produzissem 10L nas mesmas condições. Então por meio das biotécnicas se multiplicam os animais mais produtivos, no caso as vacas de 10L de produção de leite. É o que nós fazemos nas técnicas de FIV e IATF, e com isso você diminui o rebanho, mas aumenta a produtividade. Na condição atual é onde você vai ter a aplicação da biotécnica pra atender o código florestal. PETVet News: Quais são os desafios de implementar essas biotécnicas principalmente na nossa região? Dr. Ohashi: O desafio é formar profissionais especializados e qualificados capazes de interagir com outras áreas do conhecimento, como o melhoramento animal, a nutrição, a sanidade e, porque você não vai fazer FIV ou TE. com animais que não tem produtividade. Ao mesmo tempo em que você melhora a produtividade você tem que ter ideais condições sanitárias, pois sem ela não se chega a lugar nenhum. Não adianta usar biotécnicas da reprodução em animais doentes. Não se pode também negligenciar a nutrição, porque uma vez que você tem um animal mais exigente, tem que ter uma alimentação equilibrada e de melhor qualidade. Então não adianta dizer que a biotécnica vai resolver o problema, ela é apenas um dos alicerces que vai fazer isso aí. Alias, é o último dos alicerces. O professor Otávio Ohashi, na fazenda da UNOPAR, com bezerro clonado da raça girolando.. Fotos: Acervo do Projeto Ciência em ação Hambúrguer artificial vai sair neste ano, diz cientista Eventos XXVII CONGRESSO MUNDIAL DE BUIATRIA Natália Lopes e Henrique Piram O primeiro bife (ou hambúrguer) de carne artificial deve estar pronto em até um ano, de acordo com pesquisadores que revelaram dados sobre a inusitada meta em um dos maiores congressos científicos do mundo. Resta saber quem conseguirão o feito. Houve até troca de farpas entre grupos concorrentes de biólogos durante uma apresentação conjunta na reunião da AAAS (Associação Americana para o Progresso da Ciência) em Vancouver, no Canadá. Mark Post, pesquisador da Universidade Maastricht, na Holanda, saiu na frente, pelo menos no quesito atenção midiática, e afirmou ao jornal "Financial Times" que deve apresentar o primeiro hambúrguer de laboratório em agosto deste ano. Em uma entrevista à imprensa após a declaração, porém, Post admitiu que ainda não provou o produto, feito pelo cultivo de células-tronco, de uma maneira similar à empregada com essas células para fins médicos. "Ainda não conseguimos obter material suficiente para ser cozido", afirmou ele. A afirmação deu margem para que Patrick Brown, da Faculdade de Medicina da Universidade Stanford (EUA), criticasse o colega. "Com todo o respeito pelo trabalho do Mark [Post], eu acho que o uso de células-tronco não é uma alternativa viável economicamente." Brown afirmou que seu grupo trabalha com um método muito melhor, mais eficiente e barato. "Sim, já provei meu produto. E ele tem um gosto muito bom", disse. Apesar de já fazer uma pequena publicidade de seu produto, o cientista não quis dizer do que a suposta carne artificial é feita, apenas limitou a afirmar que é feito de uma espécie de engenharia reversa da proteína e gordura animal. "Nós pensamos nas características que a carne tem e que nós queremos reproduzir. A partir daí, procuramos maneiras alternativas de desenvolvê-las em laboratório, de um modo mais eficiente “ – afirmou Patrick Brown. O objetivo da carne artificial, dizem os cientistas, não é atingir o público vegetariano, mas sim os "adoradores de carne". Eles procuram criar uma alternativa com bom preço, sabor agradável e valor nutricional compatível com o da carne natural. Apesar da disputa, os dois pesquisadores classificaram a criação de animais para a produção de carne como obsoleta e inimiga do ambiente. Pois um quinto das emissões globais de gases do efeito estufa está ligado a prática, além do alto consumo de água virtual. "É uma maneira muito ineficiente de transformar vegetais em proteína. Só aproveita 15%. Em laboratório, nós podemos mais", disse Brown. Ambos os cientistas se recusaram a revelar quem financia suas pesquisas, mas sinalizaram que há empresas de tecnologia envolvidas. E você comeria um hambúrguer desses? FONTE: Folha.Com A Associação Portuguesa de Buiatria (APB) e da Associação Mundial de Buiatria (WAB) tem a honra de convidá-lo a participar no XXVII Congresso Mundial de Buiatria que terá lugar em Lisboa, de 3 a 8 de Junho de 2012. Será promovido um fórum internacional que permita a troca, dentro da comunidade veterinária, dos últimos avanços científicos e práticos, através das mais recentes e importantes comunicações orais e pôsteres. Apesar de o programa científico estar principalmente focado em todos os aspectos da medicina bovina, haverá uma parte importante dedicada aos pequenos ruminantes e aos camelídeos. Estará disponível tradução simultânea para Francês, Alemão, Espanhol e Português em três auditórios. Para mais informações: http://wbc-2012.com XXIII CONGRESSO PANAMERICANO DE CIÊNCIAS VETERINÁRIAS O PANVET 2012, promove a interação entre colegas e instituições afins. A atualização e partilha de experiências profissionais e a geração de resultados técnicos nas áreas de pesquisa científica e tendências de negócios se tornam a melhor chance de projeção para o futuro. Temas relacionados com a prática profissional em consonância com as necessidades da indústria, tais como a Educação Veterinária, mudanças climáticas, alívio de desastres, saúde e saúde pública. O evento oferece aos participantes, palestras, mesas redondas e workshops. Para mais informações: http://www.panvet2012.co
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