Assumir responsabilidades

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Assumir responsabilidades
Informativo do PROJETO BICHO DE RUA - Ano I - N ° 2 - jan/fev 2005
Distribuição gratuita - www.bichoderua.org.br
NESTA EDIÇÃO
PET DICAS: quando dois
é melhor que um
A promoção BICHO DA VEZ
tem seu primeiro vencedor
Confira os destaques
dos animais para adoção
PATROCÍNIO
Viver é fazer escolhas e assumi-las.
Salvo as ações involuntárias de nosso
organismo (respirar, por exemplo)
todas as nossas ações são fruto de
escolhas, desde as decisões mais
simples até aquelas que nos
marcam pelo resto de nossas vidas.
Quando deixamos que outros
decidam por nós também estamos
fazendo uma escolha. E este tipo de
escolha acaba por remover uma
das maiores qualidades dos seres
humanos: sua autonomia para
pensar e para fazer.
E é porque não deixamos os outros
assumirem nossas responsabilidades,
que nós da Ong Projeto Bicho de
Rua nos organizamos. Assim como
muitos outros militantes de causas
ambientais, vários de nós já
atuávamos individualmente. No
entanto, a atuação coletiva surgiu
como estratégia de otimização de
esforços e de resultados. Cada ação
que organizamos é mais que a soma
de muitas vontades: é a fusão de
várias idéias que se conjugam a
partir da experiência de cada um,
mediada pela realidade.
Participar do Fórum Social Mundial é
uma etapa natural, fruto das nossas
escolhas, para dar seguimento ao
nosso trabalho. O FSM é um espaço
de trocas de experiências e
vivências de todos que atuam,
individual e coletivamente, na
construção de um mundo
ambientalmente sadio, socialmente
justo, economicamente sustentável.
Porque acreditamos nisso e, mais
que acreditamos, atuamos para isso,
queremos nos somar àqueles que
fazem do seu dia-a-dia um conjunto
de escolhas responsáveis. A esses
construtores de um mundo melhor
dedicamos esta edição, lembrando
que um mundo melhor respeita os
animais.
Assumir
responsabilidades
Dona Lili: um
exemplo vivo de
abnegação
Mães adotivas
e as surpresas
da natureza
Claudia
Krefta de
Souza
Médica Veterinária
Clínica Veterinária
Fone (51) 3268.6882
CianMagentaAmareloPreto
Clínica de Aves, Cães e Gatos
Estética e Pet Shop
Fone 3334.9909
(51) 3384.1890
Fones: (51)
3311.8811 e
3311.1930
(51) 3231.1142
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Jornal Bicho de Rua
PATROCÍNIO
O Projeto fala...
A excelente receptividade da edição inaugural de
nosso jornal fez com que recebêssemos várias
manifestações de apoio pela atuação da entidade.
Também fomos contatados por pessoas interessadas
em ajudar, seja financeiramente, seja com seu
trabalho, e que tomaram conhecimento do Projeto
Bicho de Rua através desta publicação.
Por outro lado, um aspecto negativo, embora já
esperado, também se fez presente. Passamos a
receber um maior número de solicitações objetivando
simplesmente o “recolhimento de animais”, atividade
que não realizamos por não termos um abrigo na
instituição. Diante disso, surgem as reclamações
daqueles que consideram ser essa a principal, se não
a única, função de uma entidade como a nossa:
recolher animais e cuidar deles até que alguém os
adote. Na concepção dessas pessoas, funcionaríamos
assim: elas apontariam para os animais abandonados
e a entidade os recolheriam e, assim, todos poderiam
dormir o sono dos justos já que cada um fez a sua
parte. Diante de nossa negativa ao pedido, vem a
indefectível pergunta: “se vocês não recolhem os
bichos, para quê vocês servem então?”
Pode parecer uma simplificação mas não é. Muitas
vezes, estas pessoas nem entendem o sentido do
termo “voluntário”, o que nos dá um bom ponto de
partida para a desmitificação do tema. “Voluntário”
tem origem no latim e significa “vontade”. Portanto, um
voluntário é uma pessoa que se põe à disposição de
uma causa porque tem vontade de fazê-lo. Porque
resolveu fazer mais do que reclamar diante da
televisão ou enquanto lê o jornal. Os críticos parecem
não se dar conta de que um voluntário é uma pessoa
comum: ela trabalha suas 8 horas diárias, tenta reservar
um espaço de seu dia para o convívio familiar, tem
suas contas para pagar, precisa se esforçar para ter
seu repouso e lazer em quantidades adequadas, etc.
Com tudo isso, por que ainda reservar uma parte de
seu tempo para ajudar a alguma causa sem nenhum
tipo de recompensa senão emocional? Porque ela
tem vontade. Porque para ela o assunto é importante
demais para esperar simplesmente que “alguém faça
alguma coisa”.
Por outro lado, uma entidade de voluntários tem suas
limitações. O socorro a um animal de rua pode
abranger um atendimento veterinário, um
procedimento cirúrgico, medicamentos, hospedagem
temporária, alimentação, somente para citar algumas
necessidades. Se você puder ajudar com alguns
destes itens, nós tentaremos auxiliar com os demais.
Sua participação é essencial. É ela que torna possível
o funcionamento da entidade e é através dela que
surgem novos voluntários. O envolvimento com o
atendimento a estes animaizinhos costuma fazer brotar
a tão necessária semente do voluntariado.
Costumamos ouvir as pessoas dizerem: “procuramos
vocês porque se chamarmos o Centro de Controle de
Zoonozes eles recolhem o animal e matam”. Fazendo
assim, você estará apenas repassando o problema
quando o importante é atuar na solução, ajudando no
que for possível. Sua participação pessoal ou
financeira é que nos permite essa postura ética com
relação aos animais.
Finalizando, exija coerência em todas as esferas: dos
governos federal, estadual e municipal, de seus
representantes eleitos, da ONG em favor da qual você
vá atuar, de seus familiares, de seus vizinhos e,
principalmente, de você mesmo.
A DIRETORIA
www.bichoderua.org.br
O Jornal Bicho de Rua é um informativo da
Ong Projeto Bicho de Rua, publicado bimestralmente
pela Tomo Editorial, CNPJ: 00713226/0001-30,
fone/fax: (51) 3227.1021.
Jornalista responsável: Celso Schröder (RP MTB 5207)
Coordenação: Márcia Scarparo Simch
Projeto gráfico e arte: Ricardo Martins
Fotografia da capa: Luis Eduardo Robinson Achutti
Colaboraram nesta edição: Claudia Batistella Scaf, João
Carneiro, Josette Prunes, Leonor Klüber, Luciane Bossle,
Mara Costantin, Marcelo Baraldi Spera, Maria de Nazareth
Agra Hassen, Martin Steppe, Rogério Britto, Thais Regina Silva
Sangiovanni, Valério Gonzáles Ouriques.
Atendimento comercial: Eliana Ferreira (51) 9806.0570
Tiragem: 5.000 exemplares
Impressão: Gráfica Gazeta do Sul
e-mail: [email protected]
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Caixa Postal: Caixa Postal 15547 Ag. Vila Jardim CEP 91311-970 Porto Alegre/RS – Brasil
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comercialização de animais ou que violem de alguma forma
os seus direitos.
Patrocínio: Unificado (www.unificado.com.br) e Tomo Editorial
(www.tomoeditorial.com.br)
CianMagentaAmareloPreto
O bicho da vez
Homenageie seu animal de estimação!
Envie uma foto digitalizada do seu amicão ou
amigato no formato mínimo de 640 X 480 pixels para
o e-mail [email protected] ou uma
foto convencional para a Caixa Postal 15547 Agência Vila Jardim - Porto Alegre/RS - Cep 91311970, no período de15/01/05 a 10/02/05. As dez
melhores fotos, selecionadas por nossa comissão
julgadora serão divulgadas no site
www.bichoderua.org.br no link Bicho da Vez (página
inicial). Você poderá votar no seu favorito no período
de 12/02/05 a 05/03/05. Eleja o Bicho da Vez para a
terceira edição do jornal Bicho de Rua.
Conheça agora o Bicho da Vez que, dentre os dez candidatos, num total de 1823 votos, obteve 769 votos
(42,18%). Esse é o breve relato da Silvia Lago sobre a sua amigona: “Esta é a Maria Leopoldina. Ela foi adotada
há três anos, cheia de pulgas, com uma enorme inflamação no ouvido. Hoje ela está linda e reina feliz entre suas
irmãs gatas, também adotadas.”
Cartas
Moro em São Paulo e fiquei encantada ao receber um
exemplar do Jornal Bicho de Rua de meu filho que
reside em Porto Alegre. Como educadora achei a
iniciativa maravilhosa, o conteúdo informativo e ao
mesmo tempo delicado e carinhoso. Todas as escolas
deveriam receber esse jornal e divulgá-lo entre seus
alunos. Na escola da minha neta o Jornal fez o maior
sucesso e muitas crianças ficaram entusiasmadas em
procurar ONGs similares aqui do estado para adotar
animais ou mesmo iniciar-se na atividade do
voluntariado.
Parabéns à toda a equipe do Jornal Bicho de Rua.
Ivone Baraldi Spera - São Paulo
Gostaríamos de parabenizá-los pelo lançamento do
Jornal Bicho de Rua, que certamente será um meio de
divulgação importante para a causa do bem-estar
animal e para as questões éticas envolvidas nesse
tema. Será mais um aliado na luta pela
conscientização da posse responsável.
Norma Centeno Rodrigues, Diretora do Curso de
Medicina Veterinária/ULBRA
a formação total do indivíduo deva fazer parte do
cotidiano das nossas escolas. Por isso apostamos numa
escola preocupada com a formação intelectual mas,
também, com a formação física, emocional, espiritual
e ambiental dos nossos alunos. A compreensão de que
fazemos parte de um universo onde devemos conviver
em harmonia com os demais seres humanos, com a
flora e a fauna do nosso planeta é fundamental para
que consigamos construir uma sociedade mais fraterna
e solidária (...).
É desde a infância, e na fase escolar, que aprendemos
a respeitar todas as formas de vida e percebemos que
fazemos parte de um mesmo universo. Precisamos
incluir nas atividades escolares, um relacionamento
maior entre os seres humanos e os demais seres vivos, e
dar um maior enfoque aos animais domésticos por
serem os mais próximos. Este aprendizado irá auxiliar as
crianças e adolescentes a perceberem a importância
dos animais no nosso dia-a-dia, o quanto podem ser
nossos parceiros, companheiros, amigos, nos
ajudando, inclusive, a melhorar a nossa qualidade de
vida (...).
Ao refletir esta realidade dentro das escolas estaduais,
a Secretaria Estadual da Educação estará
sensibilizando professores, estudantes e as
comunidades escolares sobre a importância da posse
responsável, da castração para evitar a
superpopulação de cães e gatos abandonados pelas
ruas das cidades, da prevenção de zoonoses advindas
do contato dos seres humanos com os animais, bem
como sobre os sofrimentos causados pelos maus tratos
(...).
José Fortunati, Secretário Estadual de Educação
Uma das preocupações básicas da Secretaria
Estadual da Educação é a busca de uma formação
holística dos nossos estudantes, compreendendo que
(Leia na íntegra a carta do Secretário acessando o site
www.bichoderua.org.br, clicando o link Mural e, em
seguida, o link Cartas).
Caríssimos, autorizeime garimpar alguns
desenhos da Julia
Achutti (7 anos,
dona do gato Mel
que, adotado, virou
Leo) para retribuir os votos todos, aos que conseguem
ser humanos e aos animais de verdade.
Abraços.
Luis Eduardo Robinson Achutti, Fotógrafo
Remeta sua mensagem para o e-mail [email protected] ou para
a caixa postal 15547 - Agência Vila Jardim - Porto Alegre/RS - CEP 91311-970.
........................................................................................................
ONGs & defesa animal
A luta é de todos
:: O ativismo em torno da causa dos animais reúne
diversas ONGs e associações de defesa.
Na diversidade de formas de atuação está nossa
unidade e união.
O JORNAL BICHO DE RUA abre espaço à
divulgação do trabalho das entidades associadas
à luta.
www.duasmaosquatropatas.com.br - Porto Alegre/RS
www.alpa.org.br - São Leopoldo/RS
www.eugostodebicho.com.br - Porto Alegre/RS
www.suipa.org.br - Rio de Janeiro/RJ
www.arcabrasil.org.br - São Paulo/SP
:: Cada vez mais pessoas se preocupam com o bemestar animal. A prova disto é a mobilização na
formação de novos grupos e ONGs. Agora, podemos
contar com mais um grupo de defensores que
trabalhavam individualmente em benefício dos
animais abandonados e resolveram unir forças nesta
luta. Nossas boas-vindas para a ONG Luz Animal, cujo
site é www.luzanimal.rg3.net
:: O Projeto Bicho de Rua agradece aos alunos,
professores e funcionários do Unificado pela
campanha de doação de ração realizada durante o
mês de dezembro passado. Foram arrecadados
cerca de 40 quilos de ração, que serão
encaminhados a cães e gatos que vivem nas ruas ou
estão abrigados em lares temporários.
www.bichoderua.org.br
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Jornal Bicho de Rua
Mães Adotivas
As surpresas amorosas da natureza
crias. São incapazes de
abandonar a família, mesmo
não sendo seus filhotes
biológicos, o instinto
materno fala mais alto.
Temos também o exemplo
da Mel, uma fêmea canina
que amamentou e cuidou
de três gatinhos órfãos, o
Cavanhaque, a Léia e o
Refluxo e agora, mais
recentemente, foi
agregada ao time de “mães do
bem” uma cadela pitbull que pariu apenas um filhote
morto e já foi escalada para dividir as tarefas de dar
de mamar e cuidar dos bebês, com a Laila e a Preta.
Lindo! 3 mães e 16 filhotes, diferentes em cores, portes
e idades, e unidos pelos laços do verdadeiro amor.
Existem situações na natureza em que, muitas vezes,
nos perguntamos: Será verdade? Como pode um
animal irracional ter tamanho discernimento quanto à
necessidade de outro semelhante? Como o amor
desses seres pode ser tão puro? Um amor que
ultrapassa o preconceito e a diferença entre
espécies?
Essas são histórias de mães biológicas e mães
adotivas. De filhotes da mesma espécie e de
espécies diferentes que a necessidade e o amor
uniram... Claro, com a intervenção de madrinhas
humanas que organizaram os encontros e hoje
curtem o sucesso da empreitada...
A Preta foi recolhida numa situação emergencial:
estava começando a cavar um buraco no jardim de
uma clínica ortopédica, para dar a luz a seus filhotes...
já pensaram? Ela iria ser enxotada dali, com certeza!
E já imaginaram parir os filhotes na terra?
Estava chovendo, uma desgraça...
Preta foi recolhida por
duas madrinhas e, no dia
seguinte, teve seus filhotes
abrigada do sol e da
chuva. Era filhote que não
acabava mais...
nasceram 11 no total!
Quando o parto acabou
é que se percebeu o
quanto ela se encontrava
magra e debilitada,
estava pele e osso, e
com uma diarréia terrível.
Vimos que iria ser
desgastante para essa
mãezinha a tarefa de
alimentar 11 filhotes. Foi
Mel amamentou e cuidou de três gatinhos órfãos
Uma interpretação técnica - Segundo o médico
veterinário Paulo Ricardo Dreyssig, as interações entre
espécies, seja nos termos de busca da sobrevivência,
ou simplesmente nos aspectos de sociabilização, têm
um componente genético comprovado e outro
componente comportamental evidente. “Quando
verificamos uma cadela com pseudociese (falsa
gestação)”, afirma, “o comportamento de acolhida
de filhotes adotivos e a afetividade ficam mais
aguçados por um componente hormonal/psicológico
bastante marcante. Podemos fazer uso disto com
muita tranquilidade, nos aspectos de, por exemplo,
amamentação”.
Algumas espécies animais têm um comportamento de
vida em “bandos”, e essa característica explica uma
série de histórias que escutamos e/ou presenciamos de
interações espécie-espécie, inclusive entre
predadores e predados.
quando surgiu uma luz: uma cadelinha dacshund
moradora do local, a Laila, estava com gravidez
psicológica, com muito leite nas mamas, então
resolvemos colocar alguns filhotinhos para ver qual
seria a reação dela ao amamentá-los. No início ela
ficou meio assustada mas logo depois acolheu os
filhotes e virou uma supermãezona!
Os animais nunca descartam suas crias.
Depois de uma semana, surgiu mais um
São incapazes de abandonar a família, mesmo não
problema, ou melhor, mais cinco
sendo seus filhotes biológicos, o instinto materno
pequenos problemas: cinco cãezinhos
fala mais alto.
orfãos, com poucos dias de vida, que
Nesses casos, um cuidado especial deve ser
foram abandonados à própria sorte por algum
observado quando o predado encontrar um predador
humano... Então resolvemos colocar os bebezinhos
ativo. O predado não conseguiria identificar no
para mamar na Preta. Antes disso, foi preciso dar
predador o real perigo...
banho neles e colocar medicação contra pulgas e
Dentro dessas aproximações entre espécies, é
carrapatos (específico para bebês) pois estavam
importante ressaltar que, se houver um terceiro animal
completamente
interagindo, devemos verificar com cuidado sua
infestados. A Preta,
aceitação em relação aos demais. Deve ser sempre
supermãezona, aceitou
levada em consideração a questão hierárquica: se
mais esses! Agora Preta e
alguns personagens desta história se sentirem invadidos
Laila fazem um
ou desafiados, poderemos ver situações de
revezamento na hora de
agressividade, que podem levar a brigas, inclusive
dar de mamar.
com possibilidade de óbitos.
Tudo isso que aconteceu
Na vida selvagem ou silvestre vemos muitos exemplos
demonstra como é a
interativos.
natureza dos animais. Eles
Para que seja necessária a interferência determinística
nunca descartam suas
do animal homem, afirma Paulo Ricardo Dreyssig, as
situações devem ser avaliadas no sentido de se
verificar se o animal dominado está sofrendo uma
alteração radical e perniciosa da sua rotina natural. Se
Preta e Laila fazem um
isso não estiver ocorrendo, evita-se a intervenção e
revezamento na hora de dar
permite-se que a natureza siga seu curso.
de mamar aos órfãos
Projeto Bicho de Rua
CNPJ 07.143.437/0001-97 Banco do Brasil - Agência: 3876-8 Conta corrente: 7982-0
Colabore! O seu depósito viabiliza as ações em favor do bem-estar de animais abandonados.
CianMagentaAmareloPreto
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Jornal Bicho de Rua
PATROCÍNIO
Sorte tem o Walter, 7 anos, que tem por avó a
dona Lili Adam Buchholz. Isso porque Walter
acompanha e concorda com as idéias dessa
senhora independente, generosa, inteligente,
contadora de histórias e, o melhor, que adora
animais. No pátio do apartamento dela,
vivem atualmente oito cachorros, todos
recolhidos da rua.
Dona Lili é exemplo em muitos sentidos
e ajuda a desmitificar a idéia de que
há pessoas que preferem ajudar os
animais aos humanos. Dona Lili exerceu
o voluntariado muito antes do termo
entrar em moda, primeiramente na
Santa Casa e depois, por muitos anos,
atuou no serviço chamado Enterro do
Pobre. Naqueles momentos em que
pouco consolo há, o serviço garante
aos pobres um enterro gratuito e digno
(veja mais no box abaixo).
Além desse traço, porém, dona Lili tem
outro. Quando vê um animal sofrendo,
ela nem pensa em resolver o caso
telefonando para alguma entidade ou
transferindo o “problema”. Aos 73 anos,
ainda é ela quem recolhe, encaminha,
faz o possível e o impossível para salvar
o seu protegido. Por isso e por mais
tudo o que ela conta, vale a pena
conhecer essa mulher exemplar.
PBR. Onde a senhora nasceu e quando nasceu
na senhora o interesse pelos animais?
Eu nasci no município de Pelotas, mas hoje é
um local que foi emancipado, se chama Morro
Redondo, fica a 40 km de Pelotas. Tenho muito
orgulho dessa emancipação porque meu
irmão, que foi vereador, lutou por ela. É uma
colônia alemã, onde se fazem doces
deliciosos.
E meu amor pelos animais, ih, veio desde
sempre. Meu pai criava perdigueiros e outros
cachorros. Eu ajudava a cuidá-los. Lembro que
eu era muito pequena, não havia ainda luz
elétrica e, quando aconteciam partos à noite,
meu pai dizia para a minha mãe: não faz
barulho, a Lili vai querer levantar!
Infelizmente, já fui muito criticada por isso. Um dia, eu e
mais outra senhora estávamos na praça e havia um
cachorro em sofrimento. Então, nós estávamos
procurando ver o que ele tinha. Aí parou uma moça,
bem arrumada e disse: eu fico muito admirada de
vocês. Por quê?, perguntamos, pensando que ela ia
nos ajudar. Quando tem tanta criança e tanto velho
Umexemplo
vivo de
abnegação
estou licenciada, mas torço muito pelo Enterro do
Pobre. Ali, a gente atende uma mãe que perdeu o
único filho, outra cuja filha morreu queimada, dramas e
dramas.
Na Associação, cada pessoa contribui com o que
pode, não existe contribuição fixa. O fato é que nunca
faltou um caixão. É uma coisa triste e ao mesmo
tempo gratificante podermos dar afinal um descanso
digno para a pessoa, não ser enterrada de
uma maneira tão triste, às vezes são pessoas
que trabalharam a vida inteira.
Uma vez, eu recolhi uma cachorrinha muito
machucada, e levei ao hospital veterinário.
Um conselho de veterinários e estagiários
decidiu que a cachorrinha não teria salvação.
Daí eu disse para a doutora responsável:
parece que eu sou perseguida pelo que não
tem mais solução!. Ela perguntou a que eu
me referia, contei do Enterro do Pobre e tal, e
ela disse: vamos tentar, mas eu não prometo
nada. Pois ela fez a cirurgia, e foi, e foi, a
recuperação e tudo, e por fim a cachorrinha
veio cá para casa, onde viveu por mais quatro
anos! Uma beleza!
PBR. A senhora mora há muito tempo nesse
apartamento?
A história da minha vinda para cá é muito
interessante. O cidadão que morava aqui
antes tinha uma cachorra, que aparece aqui
nessa foto (aponta a fotografia na parede).
O dono do apartamento só o alugaria para
quem ficasse com a Diana, que gostasse, que
cuidasse bem. Apareceram muitos
pretendentes, mas ele escolheu a mim. E foi
assim que vim para cá.
Foto: Luis Eduardo Robinson Achutti
PBR. E o seu neto? Ele a acompanha nesse
amor pelos animais?
O Walter William é meu único neto e herdou
de mim o gosto pelos animais, em especial
pelos cachorros. Ele tem o maior carinho! Eu
acho que é muito bom porque isso o torna um
cidadão bom, amoroso, como são as pessoas
que amam os animais. Quando dos protestos
contra a lei que permitiu o sacrifício dos
animais em rituais, o Walter me acompanhou
na Praça da Matriz.
PBR. Dona Lili, fale um pouco sobre os seus animais.
um caixão muito rústico e dali a pouco voltaram com
Olha, atualmente eu tenho a Lídia, a Lina, a Preta, a
o caixão vazio. Ao perguntarem, descobriram que se
Olívia Dutra, o Lico, o Pombo e o Mootli, que tem 15
tratava de uma cova aberta, onde dois ou três mortos
anos.
eram jogados, e o caixão servia apenas para o
Cada um tem uma história muito particular e eu os fui
transporte de pessoas que morriam na Santa Casa. E
recolhendo e tratando, uns fazem tratamento contínuo.
depois disso, elas ficaram tocadas e iniciaram um livro
E eles são meus amigos, companheiros fiéis.
de ouro com o qual percorreram casas de comércio,
Eu me dedico aos animais porque eles não têm o
como a Masson, a Bromberg, e conseguiram
poder da expressão, da fala, para dizer se estão com
doações. Assim, surgiu em 1934 o grupo
Quando vê um animal sofrendo, ela nem pensa em
dor, com fome.
chamado União São Francisco de Paula.
resolver o caso telefonando para alguma entidade ou
Não que eu descuide das pessoas. Amo as pessoas.
Então, elas encomendaram os primeiros
transferindo o “problema”. Aos 73 anos, ainda é ela quem caixões, que foram guardados no porão da
Não sei se eu posso dizer isso, mas pela minha
recolhe, encaminha, faz o possível e o impossível para
experiência de vida, amo ainda mais os animais.
casa de uma das senhoras do grupo. Assim
salvar o seu protegido
Claro que tem exceções.
começou a divulgação, foi feito um estatuto,
segundo o qual este enterro seria
precisando de auxílio, vocês perdendo tempo com
PBR. Apesar de estar dizendo isso, a senhora é uma
unicamente para indigentes. Com o tempo, se
cachorro!! Eu disse: Bem, então vamos conversar um
pessoa muito vivaz e alegre. Quero dizer que essa
chegou a ter mais de 600 associados. Nesse meio
pouquinho, eu já vi que tu te interessas pelo social, e
constatação da realidade não lhe altera
tempo, muitas dessas pessoas faleceram e hoje faltam
eu te pergunto a que instituição tu pertences, em que
internamente, a senhora é uma pessoa alegre e muito
doações.
ramo tu trabalhas, porque de repente algo que vem
bonita...
A minha participação começou lá por 1983 e se
para nós, não nos serve e então nós podemos te
Isso, felizmente. Quando me criticam pela disposição
deveu a um acidente, quando fui atropelada por um
repassar. Nós temos uma “caixinha” que é para os
em ajudar os animais, eu respondo: que bom que eu
carro que não venceu a curva. Fiquei toda quebrada.
cães, de rifas, de contribuições, mas que tambem é
sou assim, quem sabe um dia eu vá precisar cuidar de
Muitas pessoas me visitaram, e uma delas era uma
para qualquer pessoa que necessitar de um remédio.
ti. Ou às vezes dizem: ah, é esclerosada, sozinha, viúva,
associada do Enterro do Pobre. Me perguntou se eu
Tu perguntas por mim aqui na minha rua pelo meu
carente... Só que a minha família, apesar de reduzida,
queria participar, eu quis e, assim, na reunião posterior
primeiro nome e todo mundo me conhece, se
é muito unida e tudo o que eu não sou é carente.
indicaram meu nome. A primeira assembléia de que
souberes um caso triste, um enterro que tu precises...
participei, ainda
Ela ficou vexada.
estava de
muletas. Participei
Serviço: A União São Francisco de Paula funciona de domingo a domingo, em Porto
PBR. Como começou o Enterro do Pobre e como foi o
de várias funções
Alegre. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (51) 3227-1765. Para
conhecer o Enterro do Pobre, ligue para (51) 3227-1765 ou vá à Rua General Bento
seu ingresso nesse Serviço?
na Associação,
Martins, 306, Porto Alegre. Por depósito bancário - Santander: agência 0001, conta
A história do Enterro do Pobre é muito bonita, porque
tive cargo em
corrente 0201351729 - Banrisul: agência 100, conta corrente 0621658702. Para obter o
foram cinco senhoras pelotenses, há quase setenta
benefício do enterro, a família deve ser pobre, conforme avaliação de um assistente
diretoria, fui do
social do hospital ou da Central de Atendimento Funerário, que faz o encaminhamento.
anos que, certa vez, ao visitarem o cemitério São
conselho fiscal,
Miguel e Almas, viram dois ou três homens carregando
tesoureira. Hoje
CianMagentaAmareloPreto
CianMagentaAmareloPreto
Ciano Amarelo Magenta Preto
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www.bichoderua.org.br
Jornal Bicho de Rua
Jornal Bicho de Rua
PATROCÍNIO
Para adoção
Para esses animais, a felicidade não custa nada. Não compre, adote! E seja muito feliz com eles...
Peludinha
Sou a Loirinha, uma fêmea adulta
de aproximadamente 3 anos. Tenho
porte médio e um pêlo lindo! Estou
desverminada e tenho castração
garantida. Fui retirada da rua após
quase ser atropelada. O carro
chegou a encostar na minha
patinha mas só doeu um
pouquinho... Minha dinda me
salvou e fui medicada, e agora
estou hospedada aguardando um
lar. Espero que você venha me
conhecer. Sou muito carinhosa e
boa guarda! Contato para
visitação pelo fone (51) 3332.1138
em horário comercial ou 9669.7150
com Marcia, ou e-mail
[email protected]
Catatau
Quando cheguei na casa que me acolheu, eu tinha um
pouco mais de 2 meses e tinha piolhos e pneumonia. Fui
tratado e minha dinda disse que eu não ficaria muito
tempo com ela pois eu era muito bonitinho e, com
certeza, arranjaria logo um novo lar. Após me recuperar
da pneumonia, tive uma recaída e precisei de um novo
tratamento. Me recuperei bem mas o tempo foi passando
e eu não fui adotado. Hoje estou com 1 ano, sem piolhos,
forte, grande e bonito. Meus programas favoritos são
passear de carro e brincar com os filhotes de humanos.
Tenho também muitos amigos caninos nesse lar temporário
onde estou hospedado, e é por isso que preciso arranjar
uma casa onde eu possa ser filho único ou ter 1 ou 2
irmãos adotivos. Tenho certeza que você não vai se
arrepender, se me adotar pois vou cuidar da sua casa e
ser seu companheiro fiel. Contatos: (51) 3061.3459 /
9957.7720 ou pelo e-mail [email protected]
Loirinha
A Peludinha é uma linda bebezinha, dócil,
brincalhona, linda. Foi criada com mais 10
irmãos de sangue e 5 irmãs adotivas e, como
a família era imensa, chegou a ter três
mães... sendo uma delas uma pit bull cheia
de amor para dar! Pois bem, a Peludinha
acaba de completar 60 dias de vida, já
recebeu sua primeira dose de vacina óctupla
e já está desverminada. Na verdade, ela
está pronta e ansiosa para ser adotada por
uma família que dê muito carinho e atenção.
Contatos: (51) 3384.1890, em horário
comercial.
Não temos muito o
que reclamar da
vida! Vivíamos em um
terreno com mais
cinco cães, uns seis gatos e um casal de humanos
que saíam todos os dias para cuidar de carros nas
ruas. Para nossa sorte, tínhamos vizinhos que nos
traziam comida todos os dias e, para provar que
quem cuida de animais também se preocupa
com humanos, eles também
traziam roupas e comidas para
nossos companheiros humanos.
Uma dessas vizinhas esterilizou e
vacinou todos os animais que
viviam lá. Eles também
colocaram um portão, para que
não saíssemos mais para a rua,
pois alguns dos nossos amigos
acabaram morrendo
atropelados. No fim, sobraram
cinco cães, e os gatos, espertos,
se aconchegaram nas casas
vizinhas. Acontece que, em
dezembro, morreu a nossa
companheira humana e o companheiro dela foi
embora! Os vizinhos que não gostavam da gente,
chamaram a carrocinha mas, como somos muito
sortudos, a nossa madrinha (aquela que nos
esterilizou) está pagando hospedagem em uma
clínica para nós. Só que ela não pode pagar
hospedagem para cinco cães por muito tempo.
Mas nós temos certeza, para que a sorte continue
com a gente, que você vai ligar, vai nos visitar e
adotar um de nós. Nós somos a Penélope, o Cruel,
o Júnior, a Pequena e a Kindi, e estamos sadios,
limpinhos, vacinados e castrados, esperando a sua
ligação. Contatos pelos fones (51) 3231.1142 (hor.
com) ou 9957.7720
Meg
Cosme e Damião
Esta é a Meg, tem cerca
de um ano de idade, é
muito brincalhona ,
inteligente e amorosa,
mas tambem é muito
carente porque foi
achada abandonada na
rua. Entretanto, já
aprendeu a fazer as
necessidades no jornal e a
se comportar na rua. É
vacinada, desverminada
e castrada. Para adotála, entre em contato com
Nadia pelo fone
(51) 3331.1373
Somos o Cosme e o Damião. Recebemos
esse nome pois fomos encontrados
jogados no meio da calçada da rua da
igreja em Capão da Canoa. Não
estávamos lá por vontade nossa, fomos
levados por dois homens bêbados que
tentavam nos vender e ameaçavam nos
jogar no meio da rua caso ninguém nos
quisesse... Graças a Deus que a nossa
dinda passou e nos tirou desses
malvados! Ela nos deu um banho pois
tínhamos areia, pulgas e carrapatos,
deu papinha e uma caminha bem legal
para a gente dormir e, pela primeira
vez na vida, nesse dia, dormimos e
sonhamos com o lindo futuro que
teremos! Somos dois machinhos de 45
dias, já fizemos a primeira consulta com
a Dra. Claudia e fomos desverminados e
vacinados. Agora só falta mesmo ir
morar com alguém que nos ame de
verdade e nunca nos abandone!
Somos uns amores, para nos conhecer
liguem para (51) 9669.7150 com a
dinda Marcia ou pelo e-mail
[email protected]
Tininha
Betty Boop
Oi, eu sou a Tininha! Bem
pequena e bonitinha. Muito ativa
e brincalhona. Estou com 8 ou 9
meses e já fui desverminada,
castrada e vacinada. Minha
dinda disse que eu sou um
tesouro! Meu pelinho é caramelo
bem brilhante e tenho porte
pequeno. Venha me conhecer e
me levar para a sua casa!!!!
Adoções pelo fone (51) 9669.7150
ou pelo e-mail
[email protected]
Sou uma cadelinha cheia de charme... Fui encontrada vagando pela
rua deserta sem pai, nem mãe! Ninguém por perto sabia de onde eu
tinha vindo, e eu também não lembro! Devo ter quase dois meses, sou
muito brincalhona, esperta e comilona. Acho que vou ser de porte
pequeno mas o importante é que eu aprendo muito rápido. Já faço
minhas necessidades no jornal e, em menos de uma semana no meu lar
temporário, já atendia pelo meu nome. Espero que você venha me
buscar logo para que eu possa te mostrar as melhores brincadeiras de
um filhote, como morder um pezinho humano!
Contatos pelo fone (51) 9957-7720 ou mail [email protected]
O ato de
adotar um
animal exige
amor e
consciência.
É o momento
mágico, onde
o coração e a
mente, a
sensibilidade e
a compaixão
se transformam
em ação e a
nossa vida,
juntamente
com a desses
seres, é
definitivamente
alterada...
para melhor!
Barbie
Susi
Estas bonequinhas têm aproximadamente 2 meses. A Susi é a
branquinha e é a mais “arteira”. A Barbie é amarelinha e adora
brincar com a mana Susi, só é um pouco mais calminha... A
mãezinha delas resolveu tê-las em uma calha de um telhado. Os
filhotes foram crescendo e dando passinhos mais largos até que o
maninho delas caiu em um vão, muito fundo e estreito, entre um
muro e outro. Por sorte, ele foi salvo e, no outro dia, adotado. Para
evitar que acontecesse o mesmo com as bonequinhas, elas estão
aguardando adoção, bem seguras na casa da dinda.
Contatos pelo fone (51) 9957-7720 ou e-mail [email protected]
Fofinha
Melão
Melão, o cachorrinho de
olhos de mel. Tinha sarna e
vagava pela cidade, atrás
de um amigo. E bastava
olhá-lo para que o rabinho
abanasse. O Melão achava
então que tinha
encontrado um amigo
para sempre. Mas ele tinha
muita sarna, e isso
assustava as pessoas que o
espantavam. Ele não
entendia, e continuava
seguindo o novo amigo. Um
pé batendo no chão, e ele
sabia: epa, esse também
não me quer!! Hoje,
recuperado da sarna, e
com o pêlo praticamente
de volta ao seu lugar,
Melão só espera a
oportunidade de ser
visitado, novinho em folha.
Pode ser para passar o fim
de semana! Ou uma
casinha para passar uns
dias, só para ele poder
mostrar tudo o que
conhece de brincadeiras e
verdadeira amizade.
Contato: (51) 9965.3455 ou
pelo e-mail
[email protected]
Happy
Gatinho de aproximadamente
2 meses, pelagem preta e
branco, procura um lar com
carinho, amor, comidinha,
água fresca e caminha fofa.
Promete retribuir com muitas
lambidinhas e ronronados.
Contatos pelo fone (51)
3231.1142 (hor. coml) ou e-mail
[email protected]
A Happy é uma gatinha jovem,
muito carinhosa. Devia ter
aproximadamente 4 meses
quando foi encontrada, faminta e
muito magra. Um pouco
assustada, ela se chegou,
interessada na comida mas,
quando percebeu que, além da
comida iria ganhar carinho, se
entregou e deixou que a
levassem. Hoje ela está castrada,
deve estar com 7 meses de
idade, e aguarda a adoção
juntamente com outros 7 gatos
sendo que, por ser muito dócil,
ela acaba apanhando um pouco
de alguns companheiros. Por isso,
ela necessita de um novo lar com
urgência. Contatos: (51)
9957.7720 ou e-mail
[email protected]
Esta doçura de gatinha ganhou seus três
filhotes ao relento. Foi recolhida com os bebês
e, no mesmo dia, adotou como seus mais três
gatinhos que haviam sido abandonados
ainda com os olhinhos fechados. Dos seis
gatinhos, dois ainda estão com ela, já prontos
para adoção. Ela será entregue castrada. É
muito amorosa e adora carinho. Tratar pelo
fone (51) 9179.1963 ou e-mail
[email protected]
Doa-se lindos gatinhos com 60
dias, desverminados, vacinados e
com castração garantida. São
espertos, brincalhões e
carinhosos. Tratar pelo fone (51)
9179.1963 ou e-mail
[email protected]
Tenho aproximadamente
seis meses e, até o
momento, tenho dona... só
que ela já disse que vai
me jogar na rua... que
triste, não??? A única coisa
que a está impedindo é
que uma amiga se
prontificou a anunciar-me
aqui no site... para ver se
tenho um pouco mais de
sorte e encontro um
dono... infelizmente esta
pessoa não pode me
adotar.... ela já tem
muitos e não dá mais
conta de todos... agora
corro contra o tempo...
e... se alguém não se
prontificar... logo, logo
não terão como impedir...
e serei jogada na rua...
será que você pode me
ajudar? Contatos com
Ramona (51) 3217.0370 e
Zeni 3223.8323, ou e-mail
[email protected]
Este gato está morando na
Faculdade de Farmácia, mas não
pode permanecer lá. Os alunos de
pós-graduação estão
alimentando-o, mas ninguém
pode ficar com ele... É dócil e
brincalhão, e necessita
urgentemente de um novo lar.
O Projeto Bicho de Rua oferecerá
consulta, banho e castração sem
custos para o adotante.
Contatos: (51) 3351.7323 com
Mara ou (51) 3316.5326 com
Martin (hor coml)
Negrinha
Ao saírem de uma situação de abandono e desprezo para o
convívio e aceitação em um lar, os animais demonstram,
tanto quanto nós, humanos, a felicidade, gratidão e paz de
um relacionamento respeitoso e harmônico.
Esse tipo de relação só o amor é capaz de criar!
A Negrinha teve sorte. Foi resgatada das ruas quando estava em situação de risco. Agora aguarda
quem queira levá-la para casa. Está desverminada, vacinada e com castração garantida.
Contatos pelo fone (51) 3231.1142 (hor. coml) ou e-mail [email protected]
AGRADECEMOS A COOPERAÇÃO DIVULGANDO NOSSAS MENSAGENS, INDICANDO O SITE E AJUDANDO MUITOS ANIMAIS A ENCONTRAR UM LAR. CONHEÇA OUTROS AMICÃES E AMIGATOS PARA ADOÇÃO EM NOSSO SITE.
8
Jornal Bicho de Rua
PATROCÍNIO
Vantagens da
Alimentação de
esterilização precoce aves em cativeiro
Este termo se refere a uma alteração
palpebral que consiste na inversão de uma
parte ou toda a margem palpebral,
causando irritação por fricção dos cílios ou
pêlos na córnea (camada externa e
transparente dos olhos). Este trauma pode
resultar em ulcerações, perfuração
corneana ou pigmentação escura da
córnea (ceratite pigmentar).
É muito comum em cães da raça Shar-Pei,
Chow-Chow, Buldog, Pug e Poodle, ou gatos
com o focinho curto como Persa e
Himalaia. Geralmente, identificamos estas
alterações da pálpebra em animais com
menos de um ano.
Os sinais clínicos que os animais
apresentam variam com o grau da lesão da
córnea e o tempo em que as alterações
vêm acontecendo. Quando a irritação é
mais leve e mais no canto do meio do olho
(medial), o paciente apresenta
lacrimejamento contínuo (epífora crônica),
que é muito comum em poodle e maltês.
Em casos mais intensos, notamos secreção
mucóide à purolenta nos olhos, com
bastante dor, relutância em olhar para a luz
e permanência de olho fechado.
Esta alteração tem grande influência
genética na conformação da face e
suporte das pálpebras (ligamento), tanto em
raças de focinho curto (braquicefálico),
como em raças com muita dobra e cara
larga com pele pesada.
O tratamento de eleição para entrópio é a
cirurgia plástica de reconstituição das
pálpebras e posicionamento correto das
mesmas em relação à córnea. Porém, não
se recomenda realizar a cirurgia em
pacientes com menos de 6 meses pois,
com o crescimento, as modificações faciais
ocorrem, possibilitando um procedimento
definitivo, futuramente.
Em cães jovens, utilizamos técnicas de
sutura para evitar traumatismo ocular e
permitir o desenvolvimento do animal até
que possamos realizar um procedimento
definitivo com maior sucesso. Normalmente,
durante o tratamento utiliza-se colírios e
pomadas oftálmicas com veículos
lubrificantes e antibióticos para oferecer
mais conforto ao paciente.
É importante salientar que esta alteração
(entrópio) é mais comum que imaginamos,
o tratamento tem sucesso, porém os
animais devem ser
atendidos na hora
certa, antes que as
alterações anatômicas
e funcionais se instalem
definitivamente. Afinal,
quem nunca ouviu falar
daquele poodle que
tem os pêlos do focinho
vermelho, e sempre
lacrimejando?
Quando falamos em castração, o
mais comum é o proprietário do
animal esperar que as fêmeas entrem
em cio ou que os machos fiquem
sexualmente interessados ou, ainda,
que comecem a demarcar território
para, então, pensar na realização
desta cirurgia. Deste modo, surgem
crias indesejadas, aumentando,
conseqüentemente, a população de
animais errantes. Por esta razão, a
esterilização precoce (gonadectomia
pré-puberal), onde o procedimento
cirúrgico é realizado em filhotes com
idade de 6 até 16 semanas, vem
sendo amplamente empregada,
devido ao fato de que a maturidade
sexual e a capacidade reprodutiva
podem vir a ocorrer antes dos seis
meses de idade nos cães e dos quatro
meses nos gatos.
Estudos revelam que a esterilização
das fêmeas antes do primeiro cio
diminui a incidência de tumores
mamários para menos que 0,5%, e
que gatas intactas (não-castradas)
apresentam um risco sete vezes maior
de câncer mamário, em comparação
com gatas castradas.
Para os machos, as vantagens da
castração incluem diminuição da
agressividade, dos comportamentos
errantes (“fugidas”) e da micção
indesejada, além de evitar doenças
relacionadas aos hormônios, como
problemas de próstata e hérnias, e
controlar doenças como a epilepsia e
a diabete melito.
Estudos também demonstram que a
esterilização precoce não tem
demonstrado efeito adverso na função
uretral no cão ou gato, e que gatos
castrados possuem diminuição nos
níveis de agressividade e maiores
demonstrações de afeto. Além disso,
os animais
castrados não
tendem a ganhar
peso excessivo, se
alimentados e
exercitados
apropriadamente.
Dra. Claudia
Batistella Scaf
CRMV-RS 7664
Cada espécie de ave tem hábitos
alimentares específicos. A ingestão de
alimentos com baixo teor nutricional ou
alimentos adequados, porém em
quantidades excessivas, causam
alterações negativas na formação dos
tecidos do corpo e reduzem a resposta
imunitária desses animais às doenças.
Uma dificuldade em alimentar os
pássaros corretamente é o instinto de só
ingerirem alimentos aos quais foram
habituados em filhotes, por isso, o
primeiro passo é se informar sobre os
hábitos alimentares da espécie de ave
que você possui.
As aves devem receber frutas variadas,
cortadas em pedaços com casca e
sementes. Verduras, legumes e
tubérculos fazem parte da sua dieta e
devem ser oferecidos regularmente. O
alface provoca sonolência e é bastante
associado a diarréias, podendo ser
evitado, se for esse o caso. Os periquitos
australianos têm o metabolismo de iodo
deficiente e devem ser alimentados
com misturas de semente ou rações
específicas para a espécie. Os
papagaios facilmente apresentam
infecções respiratórias se estiverem com
deficiência de vitamina A e a eles
devem ser fornecidos alimentos ricos
desta vitamina, como as pimentas. As
aves não conseguem digerir a lactose
presente no leite e, por isso, este
alimento deve ser eliminado da sua
dieta.
Como regra, não se deve fornecer
alimentos que a ave não possa achar
na natureza. Evite usar certos
produtos da alimentação humana,
temperos, sal, doces, café, bolachas,
bolos, massas e pães. Esses alimentos
têm baixo valor nutricional e saciam a
fome, fazendo com que a ave deixe de
ingerir os alimentos adequados. Muito
cuidado com alimentos suspeitos de
contaminação por inseticida. Sob
hipótese nenhuma seu pássaro poderá
ingerí-los. As sementes devem ser
compradas em embalagens fechadas
e não a granel, prevenindo assim o risco
de contaminação
do produto e
conseqüente
envenenamento ou
intoxicação.
A boa alimentação
proporcionará à sua
ave uma vida longa
e saudável.
Dra. Thais Regina
Silva Sangiovanni
CRMV-RS 5089
Gente que gosta de bicho quer falar com você.
CianMagentaAmareloPreto
Novos cosméticos
veterinários
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Dr. Valério
Gonzales Ouriques
CRMV-RS 6535
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Problemas comuns
nas pálpebras
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INFORME PUBLICITÁRIO TÉCNICO
amicão, amigato&outros amigos
O mercado cosmético para animais
encontra-se em amplo crescimento. Cada
vez mais, nossos amigos cães e gatos são
tratados de uma maneira toda especial,
quer com sua alimentação, quer com
cuidados de higiene e estéticos.
Como não poderia deixar de ser, a Alquimia
Farmácia de Manipulação, tendo parte de
seus profissionais com suas atividades
voltadas para a saúde e bem estar dos
nossos amigos animais, desenvolveu uma
linha especial de produtos
dermocosméticos veterinários, com
matérias-primas importadas e específicas
para as características particulares da pele
dos animais e de suas estruturas derivadas,
como pêlos, unhas, garras, etc.
Diferentemente de nós, os animais não
escolhem e nem reclamam da qualidade
de seus produtos de higiene e limpeza,
porém podem sentir - literalmente - na pele
as conseqüências de um produto de
qualidade duvidosa. Desta forma, tendo em
vista esta preocupação permanente de
levarmos aos nossos mascotes produtos de
qualidade, desenvolvemos uma grande
variedade de produtos que atendem aos
mais diversos tipos de pelagem, e que
contemplam shampoos tonalizantes para
pelagens claras ou escuras, shampoos
clareadores para os de pelagem branca,
doadores de brilho, condicionadores,
desembaraçadores, e colônias
desenvolvidas com uma formulação
especial, de modo que não se tenha
nenhum tipo de irritação ao sensível sistema
olfativo canino, mantendo assim nossos
amigos com um cheiro agradável e por
maior tempo possível após o banho.
Nosso trabalho, fruto de uma dedicação de
12 anos, tem como tônica a melhora da
saúde e da qualidade de vida , aqui no
caso dos animais, e através de muita
pesquisa e dedicação conseguimos
viabilizar a administração de medicamentos
e produtos em geral, melhorando
sensivelmente a velocidade terapêutica dos
tratamentos, proporcionando a felicidade e
o bem estar das famílias de nossa
sociedade, e os animais, mais do que
nunca, integrantes efetivos de nossos lares.
Consulte o médico
veterinário de seu
amigo e avie o
produto prescrito na
Alquimia Farmácia
de Manipulação,
teremos imenso
prazer em atendê-lo
e ao seu mascote.
Rogério A. Brito
Farmacêutico
Responsável
CRF 4343/RS
www.bichoderua.org.br
9
Título:
Todos os
Animais
Merecem o
Céu
Autor: Benedeti,
Marcel
Editora:
Mundo Maior
Edição: 2004
Sinopse: “Todos os Animais Merecem o
Céu” conta como é a vida espiritual
dos animais. A eutanásia, a
reencarnação dos animais, a vida dos
animais naquela dimensão e os
sofrimento como meio de aprendizado
e evolução. Além desses temas há
passagens que contam por pormenores
do regresso dos animais para a
dimensão física nos momentos que
antecedem o nascimento; incluindo
desde a preparação do novo corpo ao
parto. Inclui temas como a existência
de colônias que cuidam dos animais na
espiritualidade e comenta sobre os
trabalhos das equipes espirituais que se
ocupam com eles.
Título:
Linguagem
Animal Comunicação
Interespécies
Autor: Smith,
Penelope
Editora:
Mercuryo
Edição: 1 / 2004
Sinopse:
É possível conversar de fato com os
animais? Entender o que eles dizem?
E eles entenderem você? Neste livro, a
autora Penélope Smith afirma que
conversar com animais não é uma
questão intelectual. É uma questão do
coração. É preciso retirar os bloqueios
emocionais e os preconceitos.
Penelope Smith, que desde 1970
desenvolve técnicas de comunicação
com animais, ensina como você pode
transformar de forma impressionante o
relacionamento com o seu amigo
animal, ou até com animais selvagens.
Suas técnicas foram testadas e
comprovadas na prática, e
complementam o conhecimento
científico atual, bem como os métodos
tradicionais.
Adotados
Estes são alguns dos
animais que
encontraram um lar
através da
divulgação e
intermediação do
Projeto Bicho de Rua.
Bela
Belinha
Bicuíra
Carmela
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Sugestões
de livros
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Jornal Bicho de Rua
Antes e Depois
Aqui, casos
especiais de
animais que
foram
resgatados,
tratados,
anunciados e
muitos já
encaminhados
para novos
lares. Os relatos
e fotos mostram
o precário
estado de
saúde no
momento do
recolhimento e
a evolução
após o
tratamento.
Veja outros
casos em nosso
site.
Mancha: recuperação na hora certa
O Mancha estava perdido no bairro Petrópolis no início de outubro e
escondeu-se em uma garagem, todo enroladinho. Foi encontrado pela
dona da casa que ficou penalizada e avisou duas vizinhas que estão
sempre envolvidas com animais abandonados. Ele é um filhote, tinha por
volta de 4 meses e estava completamente subnutrido, tomado de sarna,
com abscessos infeccionados, sem nenhum pêlo na carinha e pouco no
corpo.
Mal conseguia abrir os olhinhos, só conseguindo abanar o rabinho quando
ganhou carinho e comida. Na verdade, foi “salvo pelo gongo”, pois não
teria sobrevivido muito tempo no estado em que estava.
Ele foi imediatamente levado pelas madrinhas Isabel e Gicelda a uma
clínica veterinária, onde foi tratado com banhos, remédios e,
principalmente carinho. Em menos de um mês ele já estava curado, lindo
e alegre. Ele é um cachorrinho maravilhoso, de pequeno porte, brincalhão
- adora brincar com todos os outros cães, é carinhoso e dócil.
Desde então, ele está esperando um dono que continue lhe dando o
carinho que tem recebido na clínica e das madrinhas - certamente vai
retribuir.
Casos como este é que nos fazem ter cada vez mais a certeza de que
vale a pena ajudar esses bichinhos desamparados... Nossa gratificação é
vê-los abanando o rabo, felizes.
Contatos para conhecê-lo: (51) 3332.1138 (horário comercial); ou com
Gicelda (51) 3338.9560; ou Isabel (51) 3336.7312 / 9113.6085.
Mancha estava
completamente
subnutrido, tomado
de sarna, com
abscessos
infeccionados, mal
conseguia abrir os
olhinhos. Não teria
sobrevivido muito
tempo no estado em
que estava
Máscara
Título:
100 Perguntas
que seu Cão
Faria ao
Veterinario
Nico
Autor: Fogle,
Bruce
Editora: Nobel
Edição:
1 / 2002
Sinopse:
O texto está estruturado de forma
divertida. O autor colocou na ´boca´
dos cães cem perguntas ligadas ao
cotidiano e distribuídas por assunto, em
oito capítulos: instintos e comunicação;
emoções e comportamento;
treinamento; sexo; dieta; viagens;
indisposição e doença; toalete e
cuidados preventivos.
Cada pergunta merece uma resposta
clara, objetiva e esclarecedora.
É um livro que informa de maneira
bem-humorada a todos aqueles que
querem conhecer melhor o seu
´melhor amigo´.
CianMagentaAmareloPreto
Tica
Titã
Khalil foi
encontrado em
uma estrada,
tomado de
sarna,
carrapatos e
pulgas. Em
apenas 20 dias
de tratamento
transformou-se
neste cão alegre
e iluminado
A transformação
salvadora de Khalil
Khalil é um lindo mestiço de
Dogue Alemão, tem
aproximadamente 8 meses.
Quando foi socorrido, em
dezembro do ano passado, ainda
tinha os caninos de leite. Foi
encontrado em uma estrada,
tomado de sarna, carrapatos e
pulgas. Estava muito fraquinho e
cansado de tanto andar. Seu estado era lastimável. Seu olhar triste, cansado.
Com apenas 20 dias de tratamento transformou-se neste belo cão, que hoje
tem um brilho especial e transmite tanta alegria e gratidão. É um cão dócil,
muito ativo e brincalhão, que adora brincar com crianças e outros animais.
Gostaríamos de agradecer à madrinha Claudia que, mesmo não podendo
acolhê-lo por muito tempo, acreditou que por trás daquela sarna se escondia
um cão que merecia uma chance. Ela lhe deu essa chance e Khalil conseguiu
um novo lar, rapidinho.
Agora, feliz na casa nova, ele fica torcendo para que outras pessoas tenham a
mesma bondade que sua madrinha, e façam o mesmo com outros bichinhos
de rua. Quando tudo parece estar perdido... um pequeno gesto de amor pode
transformar uma vida. Acreditem nisso!
10
Jornal Bicho de Rua
PATROCÍNIO
É o Bicho!
Não é o Bicho!
Resenhar um livro que não tem
palavras é quase um contrasenso.
Afinal, a intenção da autora foi
prescindir delas. Trata-se de um
livro para o público infantil,
chamado A Raça Perfeita. Sim,
palavras há: no título e nos créditos
finais. No mais, é uma história
contada em seqüência de fotos
que receberam intervenções da
artista plástica genial que é a
Angela Lago (vale a pena
conhecer o site www.angelalago.com.br). Na história, um
laboratório bem típico, portanto
assustadoramente asséptico e
tomado de equipamentos, vai
recebendo cachorrinhos das mais
variadas raças. O cientista de rosto
enevoado vai misturando todos, e
se supõe que está selecionando
as melhores características de
cada raça e, dessa mistura
aterrorizante, cuja crueldade fica
expressa nos olhinhos arregalados
das cobaias, surgirá enfim a raça
que dá nome ao livro.
Toda a técnica laboratorial assim
como uma revolta dos animais
resultará num cusquinho
matusquela, meio destrambelhado
saindo do túnel da transformação
e causando em nós surpresa
nenhuma: a raça perfeita é viralata. Claro que o livro oferece
também outras interpretações, até
mesmo a óbvia relação com o
nazismo. De qualquer forma, esse
livrinho de projeto gráfico
irretocável deve ser lido (?) por
todas as crianças e explicado
pelos adultos e, por mostrar que
raça não é documento, A Raça
Perfeita é o Bicho!
LAGO, Angela & LOTUFO, Gisele. A
Raça Perfeita. Porto Alegre :
Editora Projeto, 2004.
Como é possível um
parlamentar apresentar um
Projeto de Lei sem avaliar
criteriosamente se o mérito da
questão é de foro legal, ético
ou mero gosto pessoal?
Nesse questionamento citamos
o deputado federal Reinaldo,
do PTB/RS, que propôs a
proibição e penalização de
cidadãos que colocassem
nomes próprios de pessoas em
seus animais de estimação.
Devido ao absurdo da
proposta e ao sarcasmo e
deboche da sociedade ao
receber esse desconsiderável
projeto, o mesmo foi retirado
de pauta...
Como é possível que policiais
quando no cumprimento de
seu dever, após a autuação e
fechamento de um
estabelecimento ilegal, que
era utilizado como arena de
rinha de galos e conseqüente
prisão de seus freqüentadores
possam ser afastados das suas
atividades e transferidos de
suas cidades? Nesse
questionamento encontramos
como resposta o fato de um
dos autuados ser o marketeiro
da Presidência da República,
Duda Mendonça, que nesse
episódio, além de não negar o
fato, ainda justificou-se dizendo
que todos sabem desse seu
“hobby”...
Conclusão: políticos
despreparados, assessores
equivocados e eleitores
desinformados são um perigo
para a sociedade e para os
animais.
Essa combinação explosiva
Não é o Bicho!
..............................................................................................................................................................
classibicho
GUIA DE PROFISSIONAIS, PRODUTOS E SERVIÇOS
· Clínica Veterinária · Farmácia
· Pet Shop · Banho e Tosa
Valério Gonzales Ouriques
Médico Veterinário
CRMV-RS 6535
Claudia Krefta de Souza
Médica Veterinária
CRMV-RS 6188
Fornecemos GTA. Atendemos a domicílio.
Av. Wenceslau Escobar, 2053 - Tristeza - Porto Alegre/RS
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Jornal Bicho de Rua
A COLUNA PET DICAS É UMA GENTILEZA DE ADESTRACÃO
Dois é melhor que um
A relação entre homem/animal melhora muito à
medida em que pesquisadores e profissionais
especializados avançam na compreensão dos
aspectos relativos ao comportamento animal,
oferecendo benefício ainda maior quando este
conhecimento vai sendo transmitido para as pessoas
que gostam e possuem animais de estimação.
Uma interessante faceta da natureza é perceber as
vantagens de criar dois ao invés de um animal em
casa. Para quem quer e pode adotá-los em dose
dupla, vale pensar nessa sugestão. Deixamos com
você algumas dicas do comportamento animal e o
testemunho de uma experiência onde dois foram,
mesmo, melhor do que um.
Socialização e liderança – Como os cães são animais
que vivem em matilha, reconhecem os humanos
também como cães pertencentes ao grupo, e
conseqüentemente precisam se organizar para
perpetuação da espécie. Para isso,
possuem uma estrutura social
própria, em escala hierárquica. O
líder deve ser o dono dos animais e é
interessante notar que, mesmo
havendo este líder, entre os animais
também há uma hierarquia
estabelecida por eles!
A melhor fase para desenvolver uma
boa socialização do cão com
humanos, outros animais e objetos,
ocorre entre 50 a 85 dias de idade.
Após esta fase, o cérebro do cão
modifica-se, e a socialização tornase mais difícil e lenta. Isso não
significa que seja impossível socializar
o animal fora desta fase.
A adoção de animais em épocas
diferentes não é obstáculo para
assumir mais de um animal
abandonado. Quanto maiores as
diferenças físicas (sexo, idade) e de
temperamento entre os cães,
menores serão as chances de
conflito. Mais importante que estas
diferenças é respeitar a hierarquia
natural que ocorre entre eles.
Ajude a ajudar
Qualquer pessoa pode ajudar um animal
abandonado. Se você encontrar um pela rua,
precisando de ajuda, não pense que não pode
fazer nada. Pode, sim! Ao encontrar um animal
abandonado, você pode se tornar responsável por
ele até que se encontre um lar definitivo.
Existem hoje várias organizações que não possuem
abrigo mas podem ajudar você a ajudar este
animal de rua, através de parcerias com
veterinários para realização de consultas,
tratamentos, esterilizações e divulgando a adoção.
Encontrei na rua
Você pode ter sempre um “kit salvamento” com
luvas, focinheira, coleira e guia, água e ração. Se
encontrar um animal precisando de ajuda, não
fique com receio e faça sua parte. Para chegar no
animal, é preciso um pouco de cautela.
Os animais de rua em geral são dóceis, mas muitos
voluntários preferem usar a focinheira para não
correr nenhum risco. Animais feridos podem reagir
devido à dor e ao medo.
Se você for oferecer comida, não dê muita de
uma só vez, principalmente se ele parecer estar
com bastante fome. Ofereça água e um local
calmo para ele ficar. Provavelmente, após se sentir
seguro, irá dormir por um bom tempo.
Se você resolver levá-lo para casa, não deixe que
entre em contato com os seus outros animais até
ter certeza de que ele está saudável.
CianMagentaAmareloPreto
Companhia - Como foi dito, o cão é um animal social
e, portanto, necessita compartilhar suas brincadeiras,
experiências e aprendizados cotidianos com os
demais do grupo. Quanto maior o contato com os
animais de sua espécie, maior a facilidade de
compreensão do ritmo de vida no qual está inserido,
das atitudes e cuidados que devem tomar para
aumentar sua socialização. (Fonte: “Adestramento
Inteligente com amor, humor e bom senso”, de
Alexandre Rossi, editora CMS)
Depoimento
“Num dia desses, ‘apareceu’ uma cachorrinha no meu
bairro e, como se tratava de uma filhotona, resolvi
ajudá-la. Resgatei-a de um estado lastimável de sujeira
e desnutrição e, após consultas e tratamentos
veterinários, lá estava ela, dentro meu do
apartamento, um novo membro da família,
esforçando-se para se adaptar ao ritmo da casa.
Em dois dias já tinha aprendido seu nome, Nina, e aos
poucos foi conquistando algumas mordomias,
como dormir no sofá ou comer pão com
manteiga no café da manhã. Como era a
única espécie diferente no apartamento,
aprendeu a brincar sozinha nas horas de
trabalho dos outros moradores, mas à noite
ela se tornava exigente, querendo bastante
atenção. E, assim, tudo ia muito bem até que,
em outro dia, mais uma cachorrinha desponta
no bairro, também precisando de muita ajuda. Mais
uma vez, em um processo semelhante de adoção,
não poderia me esquivar ao quadro em que ela se
encontrava. Ao adotá-la, inicialmente ficou claro que
o convívio entre ambas iria requerer
um pouco de paciência, devido à
resistência natural da primeira
cachorrinha. Ao longo do tempo, os
conflitos de temperamento foram
gradativamente diminuindo, como
resultado da socialização entre as
duas.
Interessante notar que uma imitava a
outra, onde uma estava, lá estaria
também a segunda. Hora do banho?
São solidárias neste sofrimento
terrível... Quando estão sozinhas no
apartamento, estou certa de que uma faz companhia
à outra, dispensando maiores preocupações de minha
parte, e o ciúme foi desaparecendo à medida em
que demonstrei minha afeição sem
preferências, uma questão bastante
importante para que a relação
entre animais que foram adotados
em épocas distintas obtenha
sucesso.
Hoje o apartamento ganhou mais
vida, mais alegria, devido às
incansáveis brincadeiras entre
ambas que substituíram a disputa
por minha atenção. Liderança? Ah,
sim, a Nina é a líder, e a Gorda nem
se importa, para animais que vivem
em grupos este comportamento é
natural. Tenho aprendido muito com
estas criaturas e considero
importante adotar animais que
foram ou nasceram abandonados
nas cidades e, caso você tenha
condições e oportunidade de
arranjar um companheiro (a) para o
seu animal de estimação, não
hesite, adote. O seu primogênito de
rua agradece!!”
Mara Constantin, voluntária da
ONG Bicho de Rua
Enquanto o animal se recupera, você já pode ir
procurando um novo lar para ele.
Recolhi filhotes
Se você encontrar filhotes recém-nascidos e não
tiver como levá-los ao veterinário em seguida,
prepare uma “mamadeira” com:
-
1
1
1
1
copo de leite integral fervido,
colher de sopa de creme de leite,
colher de chá de mel
gema de ovo.
Existem outras fórmulas caseiras e algumas prontas
no mercado, mas esta irá alimentá-los bem até
que o veterinário possa os examinar.
Ofereça a mistura ao filhote em conta-gotas,
seringa ou mamadeira pequena, cuidando para
mantê-lo na posição vertical para que ele não se
engasgue. Nunca os segure como se faria com um
bebê. Se eles ficarem de barriga para cima, o
líquido pode ir para o pulmão.
Mantenha essa preparação sob refrigeração,
aquecendo, em banho-maria, apenas a parte que
será utilizada na hora. Eles precisam ser
alimentados, pelo menos, 6 vezes por dia. Depois
de mamar, faça uma massagem com o seu dedo
ou com um algodão umedecido em água morna,
na barriga e na região do ânus do filhote, para
ajudar na digestão e para estimular suas
necessidades fisiológicas. Isso vale para cães e
gatos. Estaremos tentando fazer o que a mãe
deles faria com a língua.
Agora quero fazer a doação
Cada grupo de apoio aos animais possui seus meios
de divulgar a adoção (site, feirinhas, anúncios,
cartazes, etc.), mas o importante é que você faça
uma boa adoção selecionando bem o futuro lar do
seu protegido.
Verifique se o pátio é bem fechado e, no caso de
gatos em apartamento, se há telas de proteção nas
janelas. Certifique-se de que o porte e o
temperamento do cão é o mais adequado para o
espaço físico que ele irá ocupar e para o tipo de
pessoas que irão adotá-lo. Por exemplo, um cão de
porte grande não é aconselhado para uma pessoa
idosa ou com dificuldade de locomoção.
O destino dele em minhas mãos
Você tem outras opções quando encontra um animal
na rua: encaminhá-lo para o Centro de Controle de
Zoonoses, a famosa “carrocinha”, onde, dependendo
do estado de saúde do animal, poderá ser sacrificado
imediatamente, ou ficará para adoção por um curto
período e, se não for adotado neste período, será
sacrificado, independente do seu estado de saúde.
Outra opção seria levá-lo para um abrigo que, na
grande maioria dos casos, se transforma em depósitos
de animais, sendo locais superlotados, tristes e
disseminadores de doença.
Ou você pode ficar com a guarda provisória deste
animal, acompanhando sua recuperação do
momento em que foi retirado das ruas até a porta do
novo lar, e ter a certeza de que ele ficou bem, graças
a você.
11
12
Jornal Bicho de Rua
PATROCÍNIO
Soltando os bichos!!
7 erros
Opinião em defesa animal
Isso não é um jogo e nem uma brincadeira, é a
dura realidade vivida pelos cavalos na cidade de
Porto Alegre.
Ironicamente propomos que sejam descobertos
os 7 erros da foto. As respostas se encontram
abaixo, com um apelo à nova administração, e
servem de chamada para uma longa e completa
matéria sobre o assunto que será o destaque da
terceira edição do Jornal Bicho de Rua.
Agucem seus olhos e vamos em busca dos 7 erros.
Agucem suas idéias e vamos em busca das
soluções para esse problema!
O amor impossível
Sempre convivi com a dita normalidade, o previsível e reparo que em
relação aos animais estou deixando de lado as regras, as unanimidades, e
começo a me sentir muito à vontade junto das exceções. A partir daí as
adoções de animais de rua passaram a ter novos critérios.
Primeiro a Biba, encontrada no Parcão, seqüelada fisicamente, quero crer
de um atropelamento pois não suportaria saber que a perninha que hoje
balança sem conseguir tocar o chão tenha sido resultado de uma
agressão humana. Ah, minha Biba... após um ano de convivência,
descobri que a moça era portadora de um raríssimo parasita que
normalmente nem gosta de cães mas que uma vez alojado destrói o rim
do hospedeiro. Lá fomos nós para a cirurgia. Deu tudo certo! Biba ficou
com um só rim e vida normal. Ao olhar para ela ainda lembro daqueles
dias de preocupação... sua caminha colocada ao lado da minha durante
o pós operatório, de onde, diga-se de passagem, nunca mais saiu. E aí vai
um aviso: para aqueles que acham que o ser humano é o único animal
que ri, atualizem-se: a vida é bela e a Biba ri!
Depois o Kitinho, encontrado no bairro Jardim Lindóia, também com
seqüelas motoras, magérrimo, um fiapinho de cão. Direto para uma
cirurgia ortopédica que felizmente foi um sucesso. Hoje o rapaz nem
manca, mas quando deita, sua perna operada parece com a de um
gafanhoto.
E mais um, o Macaco, encontrado na rua do Makro, com seqüela física
numa das patas e com uma patologia ocular. Suas glândulas lacrimais não
produzem lágrimas, assim, diariamente é preciso lubrificar seus olhinhos,
para evitar infecções e desconforto.
Em termos de
adoção, de
As pessoas morrem de pena deles mas quase ninguém faz alguma
fato, passei a coisa para minimizar seus sofrimentos. Não conheço até hoje
fazer parte
ninguém que tenha morrido de pena mas imagino quantos alvos
das minorias
dessa pena morreram aguardando por uma ação...
pois animais
portadores de alguma necessidade especial, na maior parte das vezes
nem são considerados como possibilidades reais de adoção. As pessoas
morrem de pena deles mas quase ninguém faz alguma coisa para
minimizar seus sofrimentos. Não conheço até hoje ninguém que tenha
morrido de pena mas imagino quantos alvos dessa pena morreram
aguardando por uma ação...
Meus animais têm defeitos físicos? Sim. Mas são perfeitos em amor,
fidelidade, amizade, companheirismo e reconhecimento.
Para a Biba, a jornada incerta e dolorosa já passou, ela pode abrir seu
“sorriso” e dormir tranqüila.
Para o Kitinho, a fraqueza e a fome nem mais lembranças são... foram
esquecidas.
Para o Macaco, se não fosse a função fisiológica, as lágrimas lhe seriam
desnecessárias pois o tempo de chorar já passou... Agora ele é feliz!
E quanto a mim, o que mais posso querer? Posso querer convencê-los a
adotar animais portadores de necessidades especiais, e a considerar,
como eu, primeiro o animal e depois a deficiência.
Esse é o amor impossível... impossível de ser explicado para aqueles que
têm dentro de si o preconceito e impossível de não ser entendido e
sentido por aqueles que já conhecem essa adorável faceta do
relacionamento homem/animal!
Marcia Scarparo Simch
Cirurgiã Dentista
Diretora de Marketing do Projeto Bicho de Rua
sofrimento animal. Liberte os cavalos dessa cruel escravidão!
situação, não permita que a inclusão social seja feita às custas do
Alegre em pleno século XXI. Prefeito Fogaça, olhe com carinho essa
competentes com esse absurdo que são as carroças em Porto
E ainda, o erro mais crasso, o descaso, até então, das autoridades
foto foi tirada no dia 05/10/2004 as 18:20hs na Rua Padre Chagas.
o trânsito da carroças em vias públicas com intenso fluxo de carros. A
ser um final de tarde ( em torno das 18hs), período em que é proibido
7 - O sétimo erro, não visível, é o horário, que pelas sombras sugere
pelas costelas e ancas aparentes e cascos em péssimo estado.
6 - Condições de saúde precárias do animal. Magreza observável
5 - Presença de um menor desacompanhado em seu interior.
animal meio corpo para fora do alinhamento dos carros.
4 - Carroça estacionada em local proibido (faixa amarela) e com o
3 - Sistema de freio do VTA (veículo de tração animal) é uma pedra.
2 - Fezes na via pública.
lado externo.
1 - Carroça com excesso lateral pelos sacos de lixo colocados no
Projeto Bicho de Rua
CNPJ 07.143.437/0001-97 Banco do Brasil - Agência: 3876-8 Conta corrente: 7982-0
Colabore! O seu depósito viabiliza as ações em favor do bem-estar de animais abandonados.
CianMagentaAmareloPreto

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CianMagentaAmareloPreto

CianMagentaAmareloPreto doutorado em 1987 no Instituto de Psicologia da USP, em São Paulo, porque é apaixonada por psicologia animal e não havia essa cadeira na graduação. “Eu precisava entender o laço que une os animais ...

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