novos modelos de empresa trabalho final - nmeloebel2010-2

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novos modelos de empresa trabalho final - nmeloebel2010-2
NOVOS MODELOS DE EMPRESA
TRABALHO FINAL
Prof. Eduardo Loebel
Alunos:
Ana Estela de Sousa Pinto
Carlos Otavio
Flávia Santos
João Polo
Larissa Pancotti
São Paulo
Dezembro/2010
1
INDICE
I - SETOR AGROALIMENTAR ........................................................................................4
I.A - MUDANÇAS GLOBAIS .................................................................................4
I.B - MONDOVINO – UM ESTUDO DE CASO ...................................................... 10
I.C - CONCLUSÃO SOBRE GLOBALIZAÇÃO NO SETOR AGROALIMENTAR ............ 11
II - A EMPRESA .......................................................................................................... 12
II.A - UNIDADES PRODUTIVAS INDUSTRIAIS (UPI´S) .......................................... 12
II.B – PRODUTOS ............................................................................................. 14
II.C - A SOJA ..................................................................................................... 14
II.D - MERCADOS DE ATUAÇÃO ........................................................................ 16
II.E - SUSTENTABILIDADE ................................................................................. 16
III – HISTÓRIA ........................................................................................................... 19
IV – ESTRUTURA ORGANIZACIONAL .......................................................................... 20
V – CENÁRIOS – COMPONENTES DO AMBIENTE OPERACIONAL ................................. 20
V.A – CLIENTELA ............................................................................................. 20
V.B – ESTRUTURA DA EMPRESA / AMBIENTE TECNOLÓGICO ........................... 21
V.C – CONCORRÊNCIA ..................................................................................... 21
V.D – AMBIENTE ECONÔMICO / SOCIAL .......................................................... 22
V.E – MATRIZ DE IMPACTO X GRAU DE INCERTEZA.......................................... 23
2
VI – MATRIZ DE IMPORTÂNCIA X DESEMPENHO........................................................ 25
VI.A – ANÁLISE DOS GAPS ............................................................................... 27
VII – ANÁLISE SWOT................................................................................................. 27
VII.A – PONTOS FORTES .................................................................................. 28
VII.B – PONTOS FRACOS.................................................................................. 28
VII.C – OPORTUNIDADES ................................................................................. 29
VII.D – AMEAÇAS ............................................................................................. 29
VIII – PROCESSOS ..................................................................................................... 29
IX – ESTRATÉGIA / AÇÕES PROPOSTAS ..................................................................... 30
IX.A – TECNOLOGIA ........................................................................................ 30
IX.B – PESSOAS ............................................................................................... 30
IX.C – GESTÃO ................................................................................................ 30
IX.D – RESULTADOS ESPERADOS ..................................................................... 31
X – BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................... 31
3
I - SETOR AGROALIMENTAR
O setor agro alimentar tem como especificidade uma contradição importante: sua produção é local,
vinculada a condições climática, biológicas e socioculturais específicas, mas sua distribuição e consumo
são globais.
A produção de alimentos para mercado global (em que nunca há escassez) exige alto investimento de
capital e concede muito poder para produtores de alimentos transnacionais e grandes varejistas.
A produção de alimentos é o exemplo mais transparente da “tensão global-local”.
Provoca também distúrbios ambientais:
• Exploração excessiva dos ecossistemas
• Aplicação de fertilizantes químicos
• Aplicação de inseticidas químicos
• Manipulação genética
• Transporte de alimentos de alto valor por vastas distâncias
Tudo isso torna o setor muito sensível, central em disputas na OMC e outras organizações internacionais.
Questões comerciais são também afetadas por parâmetros culturais e éticos, além de sanitários.
Exemplos são as regras de alimentação religiosas, a questão da segurança dos alimentos (mal da vaca
louca, gripe aviária, aftosa) e os alimentos transgênicos.
Os circuitos de produção são muito diversificados, dependem do produto (não é como em setores como o
de automóveis ou semicondutores, em que o circuito é homogêneo para todo do setor)
Alguns setores, como a produção de frangos nos EUA, são altamente integrados: permite quase um
sistema “just in time”, com controle sobre qualidade do produto e segurança do alimento;
Em outros, há circuitos alternativos: agricultura orgânica, comércio justo, por exemplo, “redistribuem o
valor através da rede contra a lógica da produção de commodities em massa, recuperam a confiança
entre produtores e consumidores de alimento e articulam novas formas de associação política e controle
de mercado”.
Há dois grupos principais de processos:
1.
2.
Processos de produção especializada e padronizada respondendo a padrões econômicos de eficiência
e competitividade
Processos de produção especializada e localizada tentando negociar com base em qualidades
ambientais, nutritivas e de saúde
I.a - MUDANÇAS GLOBAIS
Para exemplificar mudanças exercidas no setor agro alimentar pela globalização, serão analisados
segmentos de alto valor da produção e comércio agrícola: frangos, frutas e vegetais frescos e café.
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Frangos:
•
•
Produção muito integrada e complexa
Dominada por três países: EUA, China e Brasil (México em quarto)
Frutas:
5
•
•
•
•
•
•
•
•
Produção muito concentrada em escala global
China detém 36% do total
Índia tem 10% e EUA, 5%
Brasil tem 3%
Tem caído a taxa de crescimento de produtos tradicionais (laranja, abacaxi, suco de larança e maçã)
Crescem produtos não tradicionais (mangas, batatas congeladas, sucos não concentrados, alho, milho
e abacate)
Comércio é fortemente regionalizado
EUA e Europa são grandes importadores mas também grandes exportadores (frutas de clima
temperado)
Café:
•
•
•
•
•
Dois tipos principais: arábica (mais qualidade) e robusta
Cinco países geram 67% das exportações
Brasil tem 29%, 91% arábica
Vietnã tem 16,4%, só robusta
Colômbia tem 11,2%, só arábica
Primeira mudança: padrão de produção
O padrão de produção e comércio em produtos de alto valor combina elementos de escalas global,
regional e local.
Globalmente: crescem produtores do Hemisfério Sul, que baseiam sua vantagem no clima (estações
alternadas em relação ao Norte): imensos fluxos de longa distância.
6
Regionalmente: áreas de produção mais exótica dentro dos principais mercados da América do Norte,
Europa e Leste Asiático levam a fortes fluxos de comércio intra-regionais de alimentos de alto valor.
Localmente: interesse cada vez maior em redes de alimentos alternativos gera movimentos mais curtos
Segunda mudança: Espaços especializados de produção
Há grandes espaços de produção altamente especializados tanto em países desenvolvidos quanto nos
PRAs (países recém-agriculturalizados, como Argentina, Brasil, China, Quênia, México).
Catalisadores:
• Condições biológicas (solo e clima) favoráveis,
• Grandes empresas de produção de alimentos integradas
• Redes de produção localizadas altamente eficientes
• Redes de distribuição e comercialização amplas geograficamente
Surgem novas regiões agrárias - exemplos:
• no Brasil, áreas da floresta amazônica estão sendo devastadas
• Vale do São Francisco, é o maior desenvolvimento agrícola irrigado da América Latina, baseado em
agricultura para exportação (mangas, uvas tomate)
Terceira mudança: Opções e resistências do consumidor
Em economias desenvolvidas, clientes gastam apenas 1/10 de seus ganhos com alimentos (há 50 anos era
1/3)
Setor de alimentos é mais complexo que os outros. Escolha é baseada em:
• Sabor
• Cultura
• Religião
• Saúde
• Ética
• Estilo de vida
• Renda
Riqueza estimula apetite por mais variedade de alimentos >> mercado de alimentos torna-se cada vez
mais segmentado
Restrições a “fast food” e alguns tipos de alimentos (transgênicos)
Pressões para proteger a produção local/agricultores locais
(Escolha e restrições são privilégios dos consumidores ricos)
Quarta mudança: Mudanças tecnológicas na produção alimentar
>>> Cadeias globais de refrigeração
•
Transportes e comunicação permitiram transporte a longa distância
•
Cadeias de refrigeração e congelamento permitiram mais oferta global de produtos frescos
7
>>> Industrialização da produção de alimentos e mudança para biotecnologia
•
Décadas de 60 e 70 – revolução verde: produtos químicos e novas variedades de plantas. Nos
países subdesenvolvidos, trouxe desequilíbrios e contaminação
•
Biotecnologia (transgênicos) muda propriedade da planta para o produtor de semente (é preciso
comprar novas todos os anos)
•
Novas técnicas afetam qualidades do alimento, o que leva a aditivos artificiais (aromatizantes,
corantes, espessantes etc.)
>>> trabalhadores
•
Número de trabalhadores rurais caiu muito em países desenvolvidos
•
Mão de obra cresceu em fábricas ou no setor de embalagem (trabalho repetitivo e tedioso)
•
Regulamentação do setor é grande (por questões de segurança e saúde)
•
Instalações de processamento e embalagem são mais fiscalizadas que em outros setores
•
Setor é grande usuário de mão de obra temporária (sazonalidade)
Quinta mudança: O papel do Estado
>>> Regulamentação da produção de alimentos agrícolas
•
Medidas regulatórias nacionais e internacionais
•
Nos EUA há mais de 200 padrões, 40 códigos e diretrizes para produção e processamento de
alimentos, 500 aditivos cujo nível máximo é regulado e 2.700 limites máximos de resíduos de
pesticidas
•
Transgênicos têm levado a disputas internacionais
•
Alimentos funcionais (entre alimento e remédio) é desafio a regulamentação
•
Há restrições a varejistas estrangeiros
>>> Subsídios e proteção da produção agro alimentar: grande foco de conflito do comércio
•
Subsídios agrícolas em larga escala na União Européia e nos EUA
•
Disputas na OMC
Sexta mudança: Estratégias corporativas na produção agrícola
>>> concentração e consolidação
Há domínio de poucas empresas transnacionais gigantescas (antes era muito mais fragmentado)
8
•
Quase metade do mercado de semente mundial é contolado por 10 empresas
•
Quatro quintos do mercado de pesticida são controlados por 10 empresas
•
Um quarto do mercado mundial de alimentos embalados é controlado por 10 empresas
•
Um quarto do mercado global de alimentos é controlado por 10 empresas
O aumento da concentração é resultado de fusões e aquisições e tem aumentado muito. Empresas
procuram aumentar o portfólio de marcas e amplitude geográfica.
Fusões e aquisições também cresceram entre varejistas de alimentos.
>>> estratégias combinando marcas “globais” com “joias locais”
Nestlé tem 8.000 marcas e 20.000 variações. Estratégia tem sido racionalizar e reduzir número de marcas
Produtos são regionalizados – rótulos e sabores específicos para determinados locais
>>> mudanças nas arquiteturas organizacionais e geográficas
As existências de mercados domésticos altamente protegidos, com peculiaridades dos gostos dos
consumidores locais, diferenciam cada mercado nacional.
Produtores transnacionais precisam estabelecer estruturas organizacionais fortemente multinacionais,
com inovação constante de produtos e adaptação aos diferentes países
Grandes transnacionais racionalizam operações e fecham fábricas: Nestlé, Unilever, Altria e Pepsi
funcionam em vários países do mundo, enquanto Tyson Foods permanece basicamente restrita aos EUA
>>> Big Food e Big Retail: dois lados da mesma moeda
Um dos desenvolvimentos mais importantes foi o relacionamento simbiótico em evolução, existente
entre os grandes produtores de alimentos e as grandes cadeias de supermercados, como a expansão da
WalMart, Carrefour, Tesco etc. Expansão é transnacional, mas não tem sido harmoniosa. Grandes redes
procuram parceiros locais para evitar problemas.
O tratamento dado a fornecedores pelas grandes redes varejistas recebe muitas críticas. Fornecedores
temem retaliação dos varejistas e ficam reféns dos distribuidores, que têm mais força para impor preço.
O grau de centralização das compras tem aumentado muito.
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I.b - MONDOVINO – um estudo de caso
Capa do filme
O documentário dirigido por Jonathan Nossjter, lançado em 2004, é um exemplo interessante de como a
globalização afeta o mercado de vinhos.
Percebe-se claramente a tensão “global X local” e as contradições entre produção regionalizada (quem
tem sua expressão quase poética no “terroir”) e distribuição e consumo global. Tal tensão é mostrada
pela oposição entre grandes redes transnacionais, como a norte-americana Mondavi, e pequenos
produtores locais, principalmente da região da Borgonha, no leste da França.
Diretor filma um pequeno produtor na Sardenha
Aparecem todos os fatores descritos acima como tendências do setor agro alimentar principalmente no
que se refere a estratégias corporativas:
•
Concentração e consolidação – da qual a própria rede Mondavi e a companhia francesa de
Bernard Magrez são exemplos. O filme mostra como eles procuram comprar pequenos
produtores na França (com mais resistência) e na Itália (com maior sucesso)
•
Estratégias combinando marcas “globais” com “joias locais” – as grandes redes compram as
marcas locais, mas usam essas marcas em produtos pasteurizados, homogenizados. Um mesmo
vinho produzido num local é engarrafado com vários rótulos diferentes
10
•
Mudanças nas arquiteturas organizacionais e geográficas – quando as transnacionais encontram
problemas num país, como, por exemplo, na França, miram suas baterias para outros como
Chile, Austrália ou Nova Zelândia.
Na questão dos gostos regionais, das peculiaridades dos gostos dos consumidores locais, o filme
introduz uma novidade em relação aos aspectos abordados pelo livro: o da articulação entre
grandes redes e a mídia especializada. Dessa forma, publicações como a Wine Spectator, que
vivem de anúncios das vinícolas, ranqueiam os vinhos de acordo com os interesses das grandes
cadeias. Outra conseqüência disso é a padronização do gosto: como os rankings são feitos em
geral por poucos especialistas, os produtores que quiserem vender têm que adaptar seus
sabores ao paladar desses juízes. Isso fez com que a maioria dos vinhos no mundo adotasse hoje
um padrão de barril de carvalho novo, com sabor de baunilha, desprezando sabores típicos das
antigas regiões produtoras.
•
Big Food e Big Retail: dois lados da mesma moeda – pequenos produtores se queixam da
padronização e arrocho impostos pelos grandes varejistas
I.c - CONCLUSÃO SOBRE GLOBALIZAÇÃO NO SETOR AGROALIMENTAR
1.
Geografias da produção, distribuição e consumo de produtos agrícolas se transformaram muito
ao longo de poucas décadas. Isso se verifica principalmente em alimentos de alto valor nutritivo.
2.
Desenvolveram-se importantes complexos de produção territorial na produção de alimentos
agrícolas nos países desenvolvidos e também nos países recém-agriculturializados
3.
Para respaldar esses desenvolvimentos, existe uma complexa interação entre grandes
produtores, varejistas, Estados e grupos de consumidores
4.
Produção e distribuição de agro alimentos se tornaram cada vez mais industrializadas em termos
de tecnologia de produção de alimentos e de como e onde essa produção e distribuição são
organizadas
5.
Foram desenvolvidos circuitos de produção cada vez mais complexos, nos quais o grau de
integração implementada pelos grandes produtores e compradores se aprofundou muito
6.
Setores agro alimentares são atividades contestadas por questões éticas, de segurança e
ambientais e a pressão de consumidores está crescendo
7.
São setores com alta regulamentação estatal, além de subsídios e protecionismo
8.
São setores dominados pelas grandes empresas transnacionais, produtores e varejistas
Fonte: DICKEN, P. Mudança Global. Porto Alegre: Bookman, 2010.
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II - A EMPRESA
Em 1967, o fundador da empresa teve a idéia de adquirir uma fábrica de processamento de soja. A
família já possuía um negócio em Ponta Grossa - Paraná desde 1964, a IMCOPA - Importação e Comércio
Paraná - que importava e vendia peças de carburadores para a General Motors.A mudança da empresa
para o setor de soja foi um grande passo e trouxe, além da prosperidade, o desenvolvimento do plantio
de grãos no Paraná. Para estimular o cultivo da soja na região, a IMCOPA passou a distribuir
gratuitamente sementes aos produtores. A atitude, além de garantir a produção de sua matéria-prima,
contribuiu significativamente para desenvolver o parque industrial de óleos que se formou na cidade de
Ponta Grossa - Paraná. Ainda em 1967, a empresa passaria a se chamar IMCOPA - Importação, Exportação
e Indústria de Óleos Ltda. Nascia ali uma das indústrias de maior destaque e inovação em beneficiamento
de soja no país. Após passar por um período de dez anos de crescimento contínuo, a direção da empresa
viu que era hora de ampliar suas estruturas. Em 1977, foi inaugurada uma unidade em Araucária - Paraná,
que recebeu grandes investimentos em tecnologia, maquinário e infra-estrutura, aumentando de forma
ampla sua capacidade de produção.
Em 2004, a IMCOPA também iniciou atividades em Cambé - Paraná. A unidade é responsável pela
produção de farelo de soja comum, farelo Hipro, óleo e lecitina de soja, e conta com um dos mais
modernos parques industriais do país. Além destas duas plantas principais, a IMCOPA também conta com
filiais em outros municípios e estados brasileiros.
O que começou em 1967, com modestas 20
toneladas de soja processada por dia, em 2008 alcançou mais de 5,5 mil toneladas diárias - mais de 95%
deste total, destinados à exportação. Hoje, a IMCOPA é referência em processamento de soja nãotransgênica e sustentável e por comercializar produtos para importantes empresas dos mais variados
países do mundo, entre eles: Inglaterra, Alemanha, Noruega, França, Itália, Suíça, Holanda, Áustria,
Bélgica, China, Japão e Nova Zelândia. Sua unidade em Araucária é a maior fábrica de farelo de soja
concentrado em larga escala do mundo e a única da América Latina.
II.a - UNIDADES PRODUTIVAS INDUSTRIAIS (UPI´s)
Unidade Araucária
Localizada na cidade de Araucária - Paraná, a sede da IMCOPA conta com mais de 300 colaboradores,
distribuídos em diversas áreas, para o esmagamento e fabricação de derivados de soja. Seu parque
industrial é um dos mais completos do segmento, atuando desde a recepção, armazenagem e
esmagamento da soja, até a produção da lecitina, produção e envase de óleo refinado e fabricação de
farelo concentrado protéico (SPC) e álcool.
O setor de recepção e armazenagem tem capacidade para receber diariamente cerca de 3 mil
toneladas de soja. Além dos testes de pureza genética, a IMCOPA controla os níveis de umidade, impureza
e variação de grãos, entre outros, como parte de seu sistema de qualidade. A unidade Araucária possui
uma capacidade de esmagamento de mais de 2,4 mil toneladas por dia. Utilizando o sistema de separação
das cascas da soja, a planta industrial ainda garante a obtenção de um farelo especial, o farelo hipro, com
alto teor de proteína - em torno de 48%.
A extração de óleo e farelo é feita por um processo quase totalmente automatizado, o que permite
melhores índices de produção, rendimento e, principalmente, segurança. O óleo bruto de soja, produzido
em Araucária, é utilizado na fabricação da lecitina de soja, e o farelo é armazenado para exportação. A
área de refinaria da IMCOPA tem capacidade para processar mil toneladas de óleo degomado por dia,
sendo uma das maiores plantas em capacidade instalada no Brasil.
IMCOPA conta também com uma estrutura de envase de óleo em garrafas PET, com uma capacidade
de 300.000 caixas de 20 garrafas por mês. Sua marca ''LEVE'' é um dos únicos produtos certificados como
não-transgênico do Brasil.
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A produção de SPC (farelo concentrado protéico) é realizada em Araucária. A planta é resultado do
investimento da IMCOPA em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, e é uma das únicas plantas
industriais do mundo a produzir o SPC entre 60% e 70% de teor de proteína. Este farelo é totalmente
exportado para criadores de peixes e suínos, de países como Noruega e Chile. A produção mensal de SPC
com 60% de proteína é de 30 mil toneladas.
Durante o processo de concentração de proteína para a produção do farelo, é originado o melaço de
soja, utilizado para a produção do etanol (álcool de soja) e também como combustível para geração de
vapor. A IMCOPA é responsável pela geração de grande parte da energia que utiliza. Por meio do
reaproveitamento de subprodutos que servem como combustível para suas caldeiras, a empresa se
coloca a caminho da auto-suficiência em combustíveis e energia.
Em sua usina de álcool de soja - também pioneira no mundo - localizada em Araucária, a IMCOPA
produz até dez mil litros diários de Álcool Hidratado de Soja. Este produto possui as mesmas
características físico-químicas do álcool obtido da cana-de-açúcar. A usina IMCOPA tem autorização da
ANP (Agência Nacional de Petróleo) para produzir e comercializar álcool combustível para automóveis. Os
primeiros carros a receber esse combustível foram os da própria frota da empresa.
Unidade Cambé
Adquirida pela IMCOPA no final de 2004 e localizada no município de Cambé - Paraná, a unidade está
instalada em um terreno de 29 hectares e conta com mais de 55 mil metros quadrados de área
construída.
Seus mais de 120 colaboradores - divididos em três turnos - garantem uma capacidade de
esmagamento de 2,4 mil toneladas de soja por dia. A capacidade de recebimento da unidade gira em
torno de 5,5 mil toneladas diárias e a de estocagem é de aproximadamente 120 mil toneladas. Toda soja
recebida é classificada e passa pelo teste que assegura sua identidade não-GMO.
O processo produtivo permite a unidade fabricar dois tipos de farelos: o comum, com teor de proteína
de 46% e o Hipro com 48% de proteína. A IMCOPA Cambé produz também óleo de soja, obtido na fase de
extração. Este óleo pode passar por um processo chamado de degomagem - em que são retiradas as
gomas, rica em fosfatídeos. A partir das gomas retiradas, é fabricada também a lecitina de soja,
comercializada nos mercados interno e externo (processo similar ao realizado também em Araucária).
A partir do segundo trimestre de 2009, a IMCOPA Cambé contará com uma nova refinaria, com uma
capacidade de refino de 500 toneladas por dia. Além desta, haverá também um novo envase de garrafas
PET, com capacidade de 900.000 caixas de 20 garrafas diariamente.
Unidade Guarapuava
Localizada em Guarapuava - Paraná, a unidade conta com 12 funcionários diretos da IMCOPA,
responsáveis por supervisionar o processo de industrialização prestado pela Cooperativa Agrária, além de
cuidar da recepção de soja (classificação e análise GMO) e da expedição de produtos acabados (óleo e
farelo). Atualmente, são esmagadas cerca de 1,5 mil toneladas de soja ao dia na unidade.
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II.b – PRODUTOS
Produtos
Finalidade
Farelo de Soja e Farelos Concentrados (SPC)
Alimentação animal
Óleo de Soja
Alimentação humana, animal e biocombustíveis
Álcool de Soja
Combustível renovável,sanitizante,cosmético,produção de
bebidas alcoolicas
Lecitina de Soja
Fabricação de maionese, chocolate e achocolatado em pó,
margarina,sorvetes, biscoitos,loção para as mãos e corpo,
sabão, sabonetes, tintas, etc
Tocoferol de Soja
Fonte de vitamina E para utilização alimentícia e de nutrição
animal
Melaço de Soja
Nutrição animal como fonte de carboidratos para processos de
fermentação (bioquímicos) e como combustível renovável
II.c - A SOJA
A IMCOPA tem como principal matéria-prima a soja, que dá origem a produtos como farelo comum,
farelo concentrado protéico, óleo de soja e lecitina de soja, todos processados com grãos
comprovadamente não-transgênicos e produzidos de forma sustentável.
O cultivo da soja surgiu na China há cerca de cinco mil anos. Por séculos, os chineses - e outros povos
orientais, como japoneses e coreanos - têm feito seu uso na alimentação, como uma das principais
fontes de proteína.
Posteriormente, a produção de soja encontrou terras mais férteis nas Américas, e hoje a grande
maioria é cultivada nos Estados Unidos, Brasil e Argentina, que juntos produzem cerca de 85% da soja do
mundo. Atualmente, o mundo ocidental também vem reconhecendo a soja como um alimento funcional,
que pode colaborar na melhoria da saúde e na qualidade de vida.
Alguns dos benefícios do uso da
soja na alimentação humana são: diminuição e controle dos níveis de colesterol e triglicerídeos, redução
da pressão sanguínea e das doenças cardiovasculares, e prevenção de vários tipos de câncer, osteoporose
e mal de Alzheimer. Vários destes benefícios são conseqüências da concentração de isoflavonas no grão
de soja - compostos bioativos que possuem funções terapêuticas. (Fonte: Embrapa).
A soja é rica em vitaminas do complexo A, B, C e E, e em minerais, como cálcio, fósforo, ferro e
potássio. Também possui alto teor de fibras, que são fundamentais para o bom funcionamento intestinal.
Características alimentares da soja - usos da soja na alimentação humana e animal
Os principais produtos derivados da soja, utilizados na alimentação humana, são: o óleo de soja
refinado, a farinha desengordurada de soja, a carne de soja, o leite de soja, o tofu (queijo de soja), a
lecitina de soja (utilizada na fabricação de chocolates e biscoitos) e o shoyu.
Os derivados da soja
também são amplamente utilizados para a alimentação animal, principalmente como fonte de fibras e
proteínas. Sua principal aplicação é na produção de rações para avicultura, suinocultura, bovinocultura,
caprinocultura, ovinocultura e aqüicultura. Neste último, destacam-se os peixes (como o salmão) e
camarões, que recebem o farelo concentrado de soja (SPC) produzido pela IMCOPA.
Outros produtos IMCOPA que fazem parte da alimentação animal são: a soja in natura, a casca de soja,
o óleo de soja, a lecitina de soja e o farelo de soja (com variados teores de proteína - 44%, 46% e 48%).
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Outras aplicações
Derivados da soja são também utilizados como combustível e fonte de energia para a indústria. Neste
aspecto, destacam-se produtos como a casca, o óleo, o álcool e o melaço de soja.
A IMCOPA é pioneira em todo o mundo na produção de álcool de soja em escala industrial. A planta
de Araucária - Paraná tem capacidade produtiva de 10 mil litros diários de Álcool Etílico Hidratado
Combustível. A empresa possui autorização da Agência Nacional do Petróleo (ANP) para comercializar o
combustível produzido.
O óleo de soja, por sua vez, pode ser utilizado como combustível para veículos de ciclo diesel misturando-se o óleo de soja e o óleo diesel em teores que variam de 5 até 50%. Este processo está cada
vez mais presente em localidades afastadas das refinarias de petróleo, onde o custo do óleo diesel é alto.
Outra fonte de energia é o biodiesel, que pode ser produzido a partir da mistura de óleo de soja com
álcool, em uma reação química denominada de transesterificação. O biodiesel substitui em parte ou
totalmente o óleo diesel e pode ser misturado em diversas proporções. Este biocombustível será
obrigatoriamente adicionado ao óleo diesel utilizado em veículos, na quantidade de 2%, a partir de 2008 e
deve passar para 5% em 2013. A grande vantagem do biodiesel é que, como o etanol, ele provem de uma
fonte renovável, e sua queima não resulta no aumento nas emissões de CO2 na atmosfera.
A casca e o melaço de soja também podem ser utilizados como combustíveis para a geração de vapor
e energia, como é o caso do trabalho feito na IMCOPA. Em 2007, a IMCOPA foi pioneira mundialmente em
desenvolver tecnologia em suas caldeiras, que aceitam estes dois derivados da soja como combustível.
Além da energia térmica, na forma de vapor, este impulsiona uma turbina, permitindo que a empresa
faça a co-geração da energia elétrica que utiliza, diminuindo substancialmente a dependência da rede
elétrica pública e desempenhando um papel importante dentro da política de desenvolvimento
sustentável. Com a utilização da casca e do melaço de soja como combustíveis, a IMCOPA utiliza fontes
renováveis de energia e ainda aproveita os subprodutos de seu processo produtivo.
Os alimentos não-transgênicos (não-GMO)
Alimentos não-transgênicos são aqueles que não passam por modificações genéticas - ou seja, não
recebem a adição artificial de genes de outros seres vivos em sua constituição. Muitos países não aceitam
alimentos modificados geneticamente por entender que não há segurança comprovada para os
consumidores e para o meio ambiente. Desde 1998, a IMCOPA se dedica ao processamento de soja nãotransgênica - non GMO, em inglês - por considerar este um importante nicho dentro do mercado de
commodities, que permite oferecer produtos diferenciados e fortalecer seu negócio. O controle que a
empresa faz começa no plantio e na escolha das sementes por seus fornecedores, e vai até a verificação
de todo caminhão ou vagão carregado com grãos que entra em suas unidades. Entre
os
principais
benefícios dessa política está a conquista de nichos específicos de mercado - com destaque para Europa e
Ásia - que exigem produtos livres de organismos geneticamente modificados. A IMCOPA foi a primeira
empresa no mundo a obter o certificado CERT-ID de garantia non-GMO e hoje é líder mundial na
produção de derivados de soja não-transgênicos, com 40% do mercado mundial de lecitina.O mercado
non-GMO foi um dos motores do crescimento da IMCOPA nos últimos 10 anos. Este passo permitiu à
empresa desenvolver novos nichos e produtos pioneiros, e mudar a sua forma de vendas, passando de
uma trading de commodities - isto é, da venda de produtos simples para multinacionais de distribuição para um modelo de negócio onde se vende o produto diretamente ao cliente final, contando com
terminais segregados, navios exclusivos e um centro de distribuição na Europa. Isto tornou a IMCOPA um
nome conhecido na alimentação animal e humana, e um líder mundial em produtos de soja nãotransgênicos.
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II.d - MERCADOS DE ATUAÇÃO
A IMCOPA é uma empresa que busca agregar valor ao seu negócio. Para isto, atua em de nichos
diferenciados dentro do mercado de soja. O termo commodity significa mercadoria e é utilizado para
designar produtos primários, comercializados em estado bruto (matérias-primas) ou com pequeno grau
de beneficiamento. Estes produtos, em geral, não possuem diferencial entre fornecedores, são
produzidos em grandes quantidades e comercializados "in natura".
No mundo das commodities - de preços iguais e produtos iguais - o que vale é a quantidade, pois os
ganhos acontecem em escala. Sabendo disto, a IMCOPA concentrou sua atuação em ''nichos'', mercados
especializados dentro das commodities, que permitem agregar valor aos seus produtos e serviços, e não
menos importante valor à empresa. Estes mercados incluem:
• Produtos não-transgênicos (N-GMO): A IMCOPA hoje é uma das maiores fabricantes mundiais de
produtos feitos a partir soja não-transgênica. Isto a permite negociar com países da Europa, além de
nações como Austrália e Nova Zelândia, que têm resistência à compra de produtos transgênicos.
• Produtos com certificação ambiental: Todos os produtos fabricados pela IMCOPA hoje têm
certificação ambiental, provando que foram produzidos de acordo uma das mais respeitadas certificações
de procedência do mundo, o ProTerra.
• Proteínas de soja: A IMCOPA fabrica o Farelo Concentrado Protéico (SPC ou "Soy Protein
Concentrate"), um produto único no mundo, utilizado largamente na produção de alimento para peixes em especial o salmão − e também para suínos e frangos.
• Lecitina: A IMCOPA tem hoje a maior participação no mercado mundial de lecitina não-transgênica,
chegando a 40%. Este mercado é composto pelas maiores empresas alimentícias do mundo, das quais a
IMCOPA é fornecedora.
• Óleos especiais: Além do óleo não-transgênico e com certificação ambiental, a IMCOPA produz óleo
bruto com baixa concentração de fósforo, para as indústrias européias de alimentos e de energia. A
empresa fabrica ainda óleos com diferentes especificações de cor, para indústrias alimentícias da África
do Sul e da Europa.
• Farelos de soja especiais: Além do farelo não-transgênico e com certificação ambiental, a IMCOPA
também atua em mercados específicos de farelo de soja, como o do farelo isento de salmonela e farelos
de diferentes concentrações de proteína e de granulomêtria.
• Serviços de distribuição: por meio de seu escritório e instalações sediados na Holanda, a IMCOPA faz
o armazenamento e a distribuição de seus produtos nos principais mercados do mundo, garantindo um
estoque perene para entrega durante todos os meses do ano, mesmo na entressafra de soja.
• Produtos Halal e Kosher: todos os produtos da IMCOPA atendem aos requisitos das certificações
Halal, para consumo islâmico, e Kosher, para consumo judaico.
II.e - SUSTENTABILIDADE
Programas
Programa ProTerra de Produção Agrícola Sustentável
A Cert ID desenvolveu a certificação ProTerra, um padrão de Ética, Responsabilidade Social e
Sustentabilidade Ambiental, com elementos de rastreabilidade e melhoria contínua. Ela tem como base
os Critérios de Basiléia, Suíça, para a produção responsável de soja.
A Certificação ProTerra é aplicada à produção de soja e derivados no Brasil e abrange aspectos como
Cumprimento de Leis e Responsabilidade Social, Manejo Ambiental e Técnico, Rastreabilidade e Melhoria
Contínua.
16
Cert ID
Criada em 1998, a Cert ID é reconhecida globalmente como líder em Programas de Preservação de
Identidade de Não-Transgênicos (não-GMO). A certificadora serve a um grande número de indústrias
agrícolas, de rações e de alimentos, oferecendo auditorias e inspeções independentes, Certificação de
não-GMO e de Responsabilidade Social e Ambiental, entre outras. O Sistema de Qualidade da Cert ID
cumpre com as normas EN 45011 e ISO 65.
Programa de Produção de Derivados de Soja Não-Geneticamente Modificada com Identidade
Preservada
IMCOPA mantém um programa de monitoramento de toda a cadeia de produção, que permite a
oferta ao mercado de produtos de soja sem o emprego de organismos geneticamente modificados (OGM)
“Identidade Preservada” é empregado para caracterizar a metodologia adotada pela IMCOPA , que se
inicia no controle das sementes adquiridas pelas cooperativas fornecedoras de soja e que se estende até a
entrega dos produtos aos clientes.
O programa de monitoramento requer um grande investimento de recursos humanos, tecnológicos e
financeiros para a realização dos planos de amostragem e de análises de laboratório.
Ensaios com kits de análises rápidas, baseados no princípio imunocromatográfico de detecção de
proteína modificada, são empregados para controlar a produção nas lavouras e no recebimento da soja
nos armazéns das cooperativas e nas unidades de produção da IMCOPA. Durante o processamento nas
unidades da IMCOPA, amostras homogêneas de soja e de todos os produtos derivados são compostas e
enviadas aos laboratórios autorizados pela Cert-ID, em que análises quantitativas de DNA modificado são
realizadas pela técnica de Reação de Cadeia de Polimerase (PCR) que visam a garantir que não existe
OGM acima de do limite tolerável. Os lotes dos produtos comerciais são, também, analisados pela técnica
de PCR. O conjunto de informações e certificados de análises de PCR, que asseguram que os produtos
IMCOPA não contêm OGM, desde a origem da matéria-prima, armazenamento, até a entrega ao cliente,
compõe os Certificados de Identidade e Rastreabilidade dos lotes comerciais.
Programa de Redução de Impactos Ambientais
A IMCOPA utiliza fontes de matérias-primas naturais renováveis, que se transformam em produtos
também naturais, aplicáveis na nutrição humana e animal, na indústria de cosméticos e na de
biocombustíveis. Os produtores de soja e as cooperativas são orientados a respeitar os princípios da
Certificação ProTerra. A IMCOPA foi a primeira empresa em seu ramo de atividade a obter esta
certificação e, para mantê-la, tanto a empresa quanto seus fornecedores se comprometem a utilizar
recursos de forma sustentável, com respeito aos trabalhadores do campo, evitando o desperdício de
água, o uso inadequado de fertilizantes e defensivos agrícolas e com o compromisso de não produzir
danos ambientais, como queimadas ou desmatamentos. É do solo que vem a principal matéria-prima da
IMCOPA. Portanto, é mais do que o seu dever preservá-lo, assegurando a continuidade e a
sustentabilidade de toda a cadeia produtiva. A IMCOPA entende que esta é a melhor forma de contribuir
para a manutenção do negócio e assegurar a qualidade do meio ambiente.
Pensando nisto, a empresa também desenvolve ações educacionais de conscientização dos
colaboradores e adota tecnologias de produção seguras, sem desperdícios, e que possibilitem a redução
do consumo de derivados de petróleo para a produção de energia.
Os
efluentes
líquidos
são
devolvidos à natureza após tratamento em plantas com tecnologia de última geração, que ficam sob
monitoramento contínuo de laboratórios e órgãos ambientais responsáveis. Os efluentes são devolvidos
aos mesmos rios onde a empresa faz a captação, mas em pontos anteriores, o que significa que a mesma
água que foi devolvida pode ser captada novamente pela empresa e servir ao processo de produção.
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Ações que a IMCOPA desenvolve para a preservação do meio ambiente
• Coleta Seletiva e Reciclagem
A IMCOPA desenvolve um sistema específico de recolhimento de material reciclável - papéis, plásticos,
vidros, metais e de resíduos orgânicos. O material, por ser previamente separado na fonte geradora, tem
mais possibilidades de ser reutilizado ou reciclado.
A coleta seletiva dentro da empresa funciona, também, como um processo de educação ambiental,
sensibilizando colaboradores e comunidade local sobre os problemas do desperdício de recursos naturais
e da poluição causada pelo lixo.
• Boas Práticas de Produção Agrícola
Como forma de cumprir com as normas do Padrão Internacional de Ética, Responsabilidade Social e
Sustentabilidade Ambiental da certificação ProTerra, a IMCOPA se preocupa em manter as boas práticas
de produção agrícola e processamento de seus fornecedores de soja.
• Parceria com Prefeitura Municipal de Araucária
A IMCOPA - em parceria com a prefeitura da cidade onde está instalada sua sede - separa papéis de
escritório que não serão mais utilizados, para que sirvam para a produção de cadernos escolares,
distribuídos para alunos da rede pública de ensino. Fonte: Secretaria Municipal de Educação - Araucária.
• Produção de Combustíveis Alternativos
Utilizando a soja como matéria-prima, a IMCOPA produz o álcool, que é aproveitado em seus
processos industriais e também como combustível em sua frota de veículos. Também é produzido o
melaço, que da mesma forma é usado como combustível, em suas caldeiras.
Programas de Saúde e Segurança do Trabalho
A segurança no trabalho é fundamental, e a IMCOPA se preocupa constantemente em oferecer
condições seguras e saudáveis de trabalho. Para isso, desenvolve ações específicas e que envolvem a
participação dos colaboradores, como:
• Plano de emergência e equipe de brigada de incêndio, com suporte técnico de empresas
especializadas, e treinamentos internos e externos periódicos.
• Unidades móveis de serviços médicos para atendimento aos colaboradores durante a jornada de
trabalho.
• Equipe de técnicos de segurança e medicina do trabalho em todas as unidades, para
acompanhamento e visitas técnicas.
• Programa de incentivo e reconhecimento à comunicação de incidentes, por parte dos colaboradores,
atuando de forma preventiva a ocorrência de acidentes de trabalho e patrimoniais.
• Melhoria contínua no ambiente de trabalho e na segurança, por meio de constantes investimentos.
Programa de Boas Práticas de Fabricação e APPCC
Sistema de Análise de Perigo e Pontos Críticos de Controle da IMCOPA.
Dentre os programas de garantia da qualidade adotados pela IMCOPA, destaca-se o sistema APPCC Análise de Perigo e Pontos Críticos de Controle, que deriva da sigla inglesa HACCP - (Hazard Analysis and
Critical Control Points) -, que é uma abordagem preventiva de segurança alimentar, aplicada a produtos
para nutrição humana e animal. O APPCC inicia-se com um estudo prévio de todas as etapas que
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compõem o negócio da IMCOPA, desde as práticas agrícolas empregadas pelos produtores de soja, meios
de transporte de matérias-primas e produtos acabados, armazenamento e processamento nas unidades
industriais.
O estudo APPCC é conduzido por equipe multidisciplinar, capacitada e competente para identificar
perigos e riscos associados a cada etapa da cadeia produtiva, estabelecer os limites de controle e também
aplicar de medidas de proteção contra tais perigos, denominados Pontos Críticos de Controle (PCC).A
IMCOPA adota as recomendações do Codex Alimentarius no estabelecimento dos limites críticos de
contaminações de produtos alimentícios e do PDV para os produtos para ração animal.
Os Pontos Críticos de Controle encontram-se identificados e os procedimentos de prevenção e
monitoramento fazem parte do Sistema de Gestão Integrado da IMCOPA. As recomendações de infraestrutura e de medidas preventivas contra contaminações físicas, químicas e biológicas são definidas no
Manual de Boas Práticas de Fabricação da IMCOPA, que serve de base para o treinamento e capacitação
de todos os funcionários da Empresa.
Certificações
Os sistemas certificados da IMCOPA seguem os protocolos dos seguintes programas:
Produção de Derivados de Soja Não-Transgênicos
Programa certificado pela CERT-ID, que assegura que a IMCOPA está dentro dos mais exigentes
padrões de garantia contra a contaminação por material geneticamente modificado, e que monitora toda
a cadeia, ou seja, da produção da matéria-prima no campo até a entrega do produto final ao cliente
Produção Responsável de Soja
Programa ProTerra certificado pela CERT-ID, seguindo os critérios socioambientais da Reunião da
Basiléia, na Suíça.
Gestão da Qualidade, Boas Práticas de Fabricação & Segurança Alimentar Humana
Processos certificados pela BRTÜV segundo as normas ISO 9001:2000 e HACCP.
Segurança Alimentar Animal
Programa certificado pela BRTÜV, sob os requisitos da norma GMPB2 do organismo holandês PDV.
Produção em Obediência às Leis Judaicas
Certificação Kosher.
Produção em Obediência às Leis Islâmicas
Certificação Halal.
III – HISTÓRIA
Ver informações em Capítulo II – Sobre a Empresa.
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IV – ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
A estrutura organizacional da IMCOPA é do tipo formal voltada para o ambiente interno, estruturada
conforme o organograma abaixo:
Podemos notar através do desenho do organograma da empresa que ela é do tipo tradicional com
processos engessados e, portanto pode se verificar uma certa inflexibilidade e demora para responder as
flutuações do mercado. Áreas como vendas, logística e outras respondem para as diretorias acima. A
Diretoria Financeira também é responsável pela área de Compras e Logística. A Diretoria de Qualidade
além de ser responsável por assegurar a qualidade do produto final também é responsável por todas as
ações de sustentabilidade da empresa. A Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento também é responsável
pela área de Manufatura implantando as ações necessárias para manter o nível de produção atual. Não
obtemos informações da empresa quanto a uma Diretoria de TI.
V – CENÁRIOS – COMPONENTES DO AMBIENTE OPERACIONAL
V.a – CLIENTELA
A empresa exporta aproximadamente 98% de sua produção. A IMCOPA estima a demanda mundial
por lecitina em torno de 50 mil toneladas/ano, sendo que a empresa produz 25 mil toneladas/ano,
atendendo assim cerca de 50% da demanda mundial. Apenas 20 a 22% da lecitina é vendida no mercado
interno. A empresa atende grande parte da demanda da Nestlé por lecitina e 100% da demanda da Kraft,
além de outras grandes empresas alimentícias.
Quanto ao óleo de soja, foi a primeira empresa a lançar no Brasil o óleo com a certificação de nãotransgênico. Possui uma marca própria de óleo enlatado – a marca Leve – vendendo uma pequena
parcela deste óleo e de farelo em Curitiba. Aproximadamente 99% do óleo é exportado, sendo apenas 1%
vendido no mercado interno. Quanto ao farelo, cerca de 97% é exportado e 3% vendido no mercado
interno.
A IMCOPA exporta seus produtos para cerca de 30 países, dos quais os principais são a França,
Alemanha, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Noruega, Finlândia, Suécia, Suíça, Áustria, Inglaterra, Escócia,
Irlanda, Itália, Grécia, Japão, Coréia, Nova Zelândia, Austrália, Argentina, Chile, Uruguai, Estados Unidos e
Canadá.
20
Os clientes espalhados por esses países somam mais de 250. Destes, as principais empresas são a
Nestlé, Kraft, Unilever, Porters, Grampian, Amadori, Martini, Danone, Carrefour, Tesco, Asda, Agravis,
Ewos, Mitsubish, Nutreco, Solae, Cargill, Bunge, Barry Callebaut, Fenaco e Degussa.
V.b – ESTRUTURA DA EMPRESA / AMBIENTE TECNOLÓGICO
Ver informações em Cap. II.a – Unidades Produtivas Industriais e em Cap. II.d – Mercados de atuação.
V.c – CONCORRÊNCIA
A IMCOPA buscou se distinguir dos concorrentes pela obtenção de certificações internacionais e pela
pesquisa de novos processos produtivos. No fim de abril, a empresa recebeu um dos mais avançados
atestados de procedência do mundo, chamado de ProTerra. Este Certificado atesta que os produtos da
companhia são livres de organismos geneticamente modificados, foram rastreados desde a origem, foram
plantados em propriedades onde não ocorre desmatamento desde 1994 e onde não é usada mão-de-obra
infantil ou escrava, nem agrotóxicos sem registro nos países consumidores.
Segundo a Revista Exame (edição especial Melhores & Maiores de 2008), é a empresa que mais cresce
em vendas no Brasil, a uma taxa de 33,4%, em 2007. Também é a segunda do país em rentabilidade, com
34,3%. No Paraná, é a 10ª empresa em vendas brutas, com US$ 923,7 milhões de faturamento (cerca de
R$ 1,4 bilhão), o que faz dela também a 32ª maior empresa (IMCOPA Indústria S.A.) da Região Sul.
Nacionalmente, a IMCOPA constitui o 98º maior grupo, com um faturamento de US$ 1,2 bilhão (cerca
de R$ 1,9 bilhão). Para a safra 2008/2009, o processamento de soja no Brasil é da ordem de 32,4 milhões
de toneladas, conforme dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).
Um fato que reforça a auto-suficiência da IMCOPA é a geração própria da energia elétrica que
consome na unidade de Araucária, a partir de resíduos reaproveitados. Na fabricação de um de seus
produtos, um concentrado protéico para ração animal, a IMCOPA desenvolveu um sistema capaz de
manter o processo industrial e ainda economizar, embora receba gás natural da Bolívia. De quebra, a
empresa movimenta uma pequena frota de automóveis com o etanol que fabrica.
Em 2005, dez empresas detinham 68% da capacidade instalada de processamento de soja no Brasil,
sendo que as cinco maiores (Bunge, Cargill, ADM, Coinbra e IMCOPA) foram responsáveis por mais de
50% da capacidade de processamento de soja. No Paraná, a situação é diferente. Em 2005, a IMCOPA
respondeu por aproximadamente 25% da capacidade instalada da indústria de processamento deixando
para trás até mesmo as multinacionais Bunge e ADM.
21
Sob essas circunstâncias, a indústria processadora, cuja atividade não se concentra apenas no
esmagamento, mas também na comercialização da soja em grão para o exterior, adquire grande poder de
negociação junto às cooperativas ou produtores individuais. Esse poder de oligopsônio permite a elas
reterem a totalidade ou pelo menos grande parte dos prêmios pagos pelos produtos não-GM. A
certificadora SGS, que diz controlar cerca de 80% do mercado brasileiro de certificação de soja não-GM,
tem como principais clientes, Cargill, ADM, Coimbra, e Bunge.
O trabalho tornou-se mais complexo quando surgiu a necessidade de distribuir os produtos no interior
dos países para os quais a Imcopa exporta. Foi assim criada uma logística interna para a entrega da
mercadoria desembarcada nos portos de destino. A Imcopa possui um escritório em Genebra (Suíça), que
trabalha com a comercialização de ingredientes para alimentação animal e, em fevereiro de 2006, abriu
um escritório em Roterdã (Holanda). Este responde pela comercialização de ingredientes para
alimentação humana, concentrando a distribuição e a venda da lecitina e do óleo no mercado europeu.
V.d – AMBIENTE ECONÔMICO / SOCIAL
O sucesso de um negócio depende de pessoas e, na IMCOPA, a valorização humana vem sempre em
primeiro lugar. Seus colaboradores contam com uma série de benefícios e suportes para garantir a
satisfação e as melhores condições de trabalho. Conheça as ações e benefícios que a IMCOPA oferece aos
seus funcionários:
Saúde e Vida - Cuidados com a saúde
Assistência Médica, Segurança e Saúde no trabalho, Seguro de Vida e Previdência Privada.
Saúde Ocupacional - Segurança no trabalho
Atendimento ao Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional - PCMSO - por meio de controle
de riscos e prevenção a acidentes, incidentes e doenças, realizando exames médicos obrigatórios
(admissional, periódico, mudança de função, retorno ao trabalho e demissional), ações de segurança do
trabalho e publicações periódicas sobre saúde em seus canais de comunicação interna.
Educação e Desenvolvimento - Qualificação profissional
Projeto de incentivo à escolaridade para Ensino Fundamental e Ensino Médio, reembolso para cursos
universitários e cursos de idiomas, e investimentos de porte em treinamentos para todas as áreas da
empresa.
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Qualidade de Vida - Valorização pessoal
Unidades com refeitório para os colaboradores, com acompanhamento nutricional do cardápio, áreas
de lazer com sala de jogos, descontos para compra de produtos da IMCOPA.
Comunicação Interna - Informação em primeiro lugar
Jornais Murais de Gestão de Pessoas, Qualidade e Segurança, jornal interno mensal (IMCOPA News),
página na Internet, política de recepção e integração dos novos colaboradores.
Valorização - Sintonia com o colaborador
Pesquisa de clima organizacional e programa de Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
Ações e estrutura de segurança do trabalho IMCOPA
A Segurança no trabalho é fundamental, e a IMCOPA está sempre preocupada em oferecer condições
seguras e saudáveis, desenvolvendo ações que envolvem a participação dos colaboradores:
• Plano de emergência e equipe de brigada de incêndio, com suporte técnico de empresas
especializadas, e com treinamentos internos e externos periódicos.
• Unidades móveis de serviços médicos para atendimento aos colaboradores durante a jornada de
trabalho.
• Equipe de técnicos de segurança e medicina do trabalho em todas as unidades, para
acompanhamento e visitas técnicas.
• Programa de incentivo e reconhecimento à comunicação de incidentes, por parte dos colaboradores,
atuando de forma preventiva à ocorrência de acidentes de trabalho e patrimoniais.
• Melhoria contínua no ambiente de trabalho e na segurança, por meio de constantes investimentos.
V.e – MATRIZ DE IMPACTO x GRAU DE INCERTEZA
Os seguintes valores chave foram considerados para avaliação do setor em que a Imcopa atua.
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Matriz de Impacto x Grau de Incerteza
A) Clientes
Devido ao alto grau de diversificação dos mercados de atuação que compreendem uma ampla gama
de ramos de atividade que vão de criadores de suínos, peixes, etc. a empresas de processamento de
alimentos, deriva que a importância dos clientes é alta, contudo a incerteza é baixa.
B) Ambiente Social
A empresa tem uma clara preocupação com o ambiente social e o entorno que ela ocupa, fazendo
com que este quesito tenha alto grau de importância, contudo com baixo grau de incerteza, já que os
programas que a empresa conduz minimizam isto.
C) Ambiente Tecnológico
A importância é alta quando se trata de minimizar o efeito do clima sobre a lavoura. Nesse sentido
temos alta importância e baixa incerteza. Entre outros aspectos tecnológicos podemos destacar:
colheitadeiras e tratores.
D) Ambiente Jurídico
A combinação de uma conjuntura tributária mais favorável à exportação de grãos propiciou uma
expressiva taxa de crescimento das vendas externas de soja em grãos. Nesse caso a importância e a
incerteza do ambiente jurídico são baixas.
E) Concorrência
O mercado de commodities agrícolas é um dos setores mais concentrados do mundo, sendo
dominado, na maior parte, por empresas familiares e de atuação secular. Para se ter uma idéia da
concentração desse setor, a comercialização mundial de grãos está concentrada nas mãos de algumas
famílias (Famílias Hirsches e Borns, da Bunge; famílias Cargill e MacMillans, da Cargill) e quatro empresas
(ADM, Bunge, Cargill e Coinbra). Por se tratar de um setor concentrado em poucas empresas
consideramos a importância e a incerteza é baixa.
F) Ambiente Econômico
O ambiente econômico é importante para o setor, já que o mesmo é muito dependente do mercado
externo e do consumo de produtos alimentícios no mercado brasileiro. A incerteza é grande em função da
flutuação cambial.
G) Ambiente Político
O ambiente político tem importância visto que uma política industrial correta pode influenciar em
muito o setor no qual a empresa se insere. De toda forma, a mudança recente no governo, mesmo com a
eleição de um representante alinhado com o governo anterior, não permite uma sinalização clara da linha
que será seguida.
H) Ambiente Físico
O ambiente físico se caracteriza pelo clima. O fenômeno climático La Niña afetará a safra brasileira de
soja em 2010/11. Os cientistas não têm respostas quanto ao nível de perdas que esse evento acarretará
na produção nacional. A importância é alta e a incerteza também.
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VI – MATRIZ DE IMPORTÂNCIA x DESEMPENHO
À partir da análise do setor de atuação da Imcopa e do cenário do setor agroalimentar, foi possível
montar a matriz de análise de impacto e grau de incerteza dos pontos mais importantes que influenciam
no desempenho da empresa.
Matriz de Importância x Desempenho
Segue abaixo uma análise de cada item descrito pontuado na matriz:
Inovação – Importância alta / Desempenho alto - Zona apropriada
A empresa tem um foco notadamente em inovação pelo fato de se dedicar à produção de proteínas
de soja especiais utilizadas em alimentação animal, como é o caso do SPC (farelo concentrado protéico).
Outro ponto importante é as diversas características inovadoras nos processos automatizados de
produção de farelo e óleo de soja.
Custos - Importância alta / Desempenho alto - Zona apropriada
A empresa busca uma otimização dos custos pela melhoria de seus processos, dando aproveitamento
integral a matéria prima manuseada. Podemos utilizar como exemplo a produção de concentração
proteína de soja usada na produção do farelo, que origina como um subproduto o melaço de soja. Este
melaço é utilizado para a produção do etanol (álcool de soja) e também como combustível para geração
de vapor.
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Qualidade - Importância alta / Desempenho alto - Zona apropriada
A área da Qualidade da IMCOPA é chamada de SGI - Sistema de Gestão Integrado sendo a responsável
pela manutenção dos sistemas de gestão que garantem à empresa a certificação de organizações
internacionalmente reconhecidas, como a BRTÜV e CERT-ID. Entre as atividades coordenadas pelo SGI
estão os programas de auditoria interna dos sistemas de gestão e dos fornecedores de matérias-primas,
embalagens e serviços. A manutenção dos certificados de gestão exige atualização constante dos
colaboradores da IMCOPA. Para isso, o SGI coordena um programa de treinamento para a capacitação nos
requisitos destes sistemas.
Sustentabilidade - Importância alta / Desempenho alto - Zona apropriada
A IMCOPA possui diversos programas sustentáveis. Entre eles destacam-se: programa Pro Terra de
Produção Agrícola Sustentável, Cert ID (produtos não transgênicos), Produção de derivados de soja não
geneticamente modificados com identidade preservada
Competitividade - Importância média / Desempenho médio - Zona de melhoramento
Em se tratando do mercado de soja não transgênica e seus derivados, a IMCOPA possui uma vantagem
sobre seus concorrentes. No mercado varejista, especificamente em se tratando do produto óleo de soja,
a marca Leve não tem reconhecimento fora do mercado da região sul do país como podemos conferir
pelo gráfico abaixo em que demonstra a divisão do mercado de varejo de óleo de soja:
Share do mercado de óleo de soja por grupo – Fonte: Supermercado Moderno
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VI.a – ANÁLISE DOS GAPS
Durante a análise da Matriz de importância x desempenho foram identificados alguns GAPs quanto
aos pontos que mais influenciam o desempenho da empresa. Segue abaixo os GAPs identificados:
Competitividade:
1- Como a venda do óleo de Soja através da marca Leve não tem uma participação de venda muito
grande no mercado se comparada aos seus concorrentes, podemos destacar este ponto como
um GAP importante e que precisa de uma ação urgente sobre ele;
2- Outro ponto importante que precisa ser melhorado/aumentado é o volume de produção dos
derivados da Soja. Como a receita sobre as vendas deste produto é garantida através da venda
em massa destes produtos, já que o valor de venda destes produtos não é uma, deve-se ter uma
ação rápida neste ponto se o objetivo é aumento da receita.
Custos:
1- Melhorar a gestão dos processos internos de forma a otimizar a produtividade da empresa
reduzindo desta forma os custos e conseqüentemente diminuição das velocidade de resposta da
empresa perante o mercado;
2- Como a empresa utiliza muitas tecnologias e processos para produzir seu variado mix de
produtos conseqüentemente acarreta em um alto custo que deve ser reduzido através de ações
como, por exemplo, reaproveitamento de tecnologias e processos;
VII – ANÁLISE SWOT
A Análise SWOT consiste num modelo de avaliação da posição competitiva de uma organização no
mercado. Essa avaliação da posição competitiva é efetuada através do recurso a uma matriz de dois eixos
(o eixo das variáveis internas e o eixo das variáveis externas), cada um dos quais composto por duas
variáveis: pontos fortes e pontos fracos da organização; oportunidades e ameaças do meio envolvente.
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VII.a – PONTOS FORTES
É importante ressaltar que a Imcopa a fim de agregar valor ao seu negócio (produtoS e serviços),
optou por atuar em nichos diferenciados dentro do mercado de soja. Com isso, a Imcopa pode se destacar
entre as demais empresas do segmento por possuir um produto diferenciado e variado Mix de Produtos.
Além disso, outra vantagem da empresa é que essa grande gama de produtos é proveniente da mesma
matéria-prima (soja) possibilitando um controle maior na qualidade da matéria-prima e em toda cadeia
produtiva.
Além dos produtos, podemos considerar como um ponto forte da empresa a alta qualidade de seus
produtos, controladas através de um sistema de qualidade interno e alta preocupação com a
Sustentabilidade mantida através de Programas e Ações voltadas a este tema.
VII.b – PONTOS FRACOS
Um dos produtos produzidos pela Imcopa é o óleo de soja da Marca Leve. Esta marca ainda possui
uma pequena fatia no mercado e portanto poderia ser melhor explorada. Em se tratando do mercado de
comodities é difícil se sobressair no mercado uma vez que os produtos têm pouca ou quase nenhuma
diferenciação (baixo valor agregado). Outro ponto encontrado em nossa análise trata-se da infraestrutura
logística da empresa onde o processo de carga e descarga do produto é muito demorado acarretando filas
que podem onerar o valor do produto final.
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VII.c – OPORTUNIDADES
Uma grande oportunidade para Imcopa é a expansão da Marca Leve para outras regiões a fim de
permitir que esta ocupe uma fatia maior do mercado de forma a consolidar a marca.
Um crescente aumento na busca da soja não transgênica no mercado e com incentivos e apoio do
setor agroindustrial, torna-se nítida um grande crescimento na demanda do produto produzido pela
Imcopa e conseqüentemente crescimento da empresa.
VII.d – AMEAÇAS
Uma grande ameaça do ambiente externo para esta empresa é a grande flutuação das taxas cambiais.
Como os produtos da Imcopa são exportados, esta é uma variável muito importante e dificilmente
controlável, podendo prejudicar de forma inconstante a receita da Imcopa
Outra variável externa que não pode ser controlada pela empresa é o efeito do clima sobre a colheita.
Como a produção de soja é extremamente dependente do clima , alguns eventos climáticos inesperados
podem prejudicar a colheita e conseqüentemente as vendas da empresa.
Além disso, já existem grandes grupos de concorrentes no setor agroalimenter de forma a tornar mais
difícil o crescimento e alavancagem no mercado de alimentos.
VIII – PROCESSOS
Produção
Ver informações em Cap. II.a – Unidades Produtivas Industriais
Comercial
Ver informações em Cap. II.d – Mercados de atuação
Pesquisa e Desenvolvimento
Pesquisa mercadológica de produtos derivados de soja com boas oportunidades de mercado e
viabilidade de desenvolvimento, englobando também necessidades específicas de clientes.
• Pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, em escala laboratorial, por meio de diferentes
processos de transformação como reações químicas, biotecnologia industrial, processos de separação e
operações unitárias.
• Avaliação qualitativa dos produtos obtidos em escala laboratorial e análise crítica para escolha das
melhores opções.
• Construção de plantas em escala piloto para produtos novos.
• Escalonamento e avaliação da viabilidade de implantação de novos projetos em escala industrial, por
meio de etapas como: definição do fluxograma industrial do processo, cálculo do balanço de massa e
energético, avaliação do custo de implementação do projeto, avaliação econômica e retorno de
investimento para tomada de decisão.
• Gerenciamento de plantas industriais para novos produtos e processos, considerando a aquisição de
equipamentos, obras civis, montagem e interligação, montagem elétrica e início de atividades.
• Melhoria contínua dos processos existentes, redução de custos através do desenvolvimento de
novas matrizes energéticas, desenvolvimento de novos produtos a partir de resíduos do processo,
redução do consumo de insumos industriais e aumento do rendimento dos processos.
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• Adequação de todos os trabalhos executados conforme as normas internacionais pelas quais a
IMCOPA é certificada.
Recursos Humanos
Ver informações em Cap. V.d – Ambiente Econômico e Social
IX – ESTRATÉGIA / AÇÕES PROPOSTAS
IX.a – TECNOLOGIA
•
Tecnologia em processos: reavaliação de processos de fabricação visando automatização e
aumento da capacidade produtiva das unidades industriais;
•
Implantação de sistema ERP visando controle e interligação de todos os processos essenciais;
•
Aumento do Investimento em pesquisa e desenvolvimento: parceria com instituições e empresas
nacionais e estrangeiras;
•
Contratação de empresa especializada visando revisar o sistema logístico de recebimento de
grãos
IX.b – PESSOAS
•
Implantação de sistema de remuneração variável com base em metas departamentais;
•
Sistema de medição tipo Balanced Scorecard (com metas ajustadas a cada nível hierárquico –
vinculadas ao sistema de remuneração variável)
•
Envolver a área de pesquisa e desenvolvimento com outras áreas da empresa (essa interação visa
fazer com que as equipes sejam mistas e tenham oportunidade de interagir de forma mais
produtiva).
IX.c – GESTÃO
•
Marketing: ações de comunicação para fazer com que a marca IMCOPA seja vinculada a
Sustentabilidade
•
Aquisições e fusões no mercado: pesquisar e identificar empresas que podem agregar
capacidade produtiva às atividades da IMCOPA
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IX.d – RESULTADOS ESPERADOS
•
Os investimentos em um novo processo logístico visam aumentar os critérios de confiabilidade
de entrega e volume o que impactaria na redução dos custos internos.
•
Gerenciar as metas com o Balanced Scorecard é uma forma de fazer com que todos mantenham
o foco nos objetivos da empresa. A motivação das equipes vem da remuneração associada ao
cumprimento dessas metas.
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Aquisições e investimento em mais pesquisa visam aumentar a capacidade produtiva da empresa
para que ela possa ampliar o seu mercado de atuação.
X – BIBLIOGRAFIA
www.imcopa.com.br
Anuário da Soja 2010 - Editora Gazeta
(http://www.anuarios.com.br/port/anuario_capa.php?idAnuario=14)
Cadeira Produtiva da Soja
(http://www.iica.org.br/Docs/CadeiasProdutivas/Cadeia%20Produtiva%20da%20Soja.pdf)
Competitividade do Sistema Agroindustrial da Soja
(http://www.fundacaofia.com.br/pensa/pdf/relatorios/ipea/Vol_V_Soja.PDF )
Processo Produção da Soja
(http://www.aboissa.com.br/informativos/espec/soya/processosdasoja.pdf)
DVD Mondovino
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