Apresentação de Pôsteres
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Apresentação de Pôsteres
Anais do 5° Encontro Nacional de Química Forense e do 2° Encontro da Sociedade Brasileira de Ciências Forenses 2 A Diretoria da SBCF Presidente: Prof. Dr. Jesus Antonio Velho Vice-Presidente: Prof. Dr. Marcelo Firmino de Oliveira Diretora Jurídica: Profa. Drª. Aline Thais Bruni Diretor Financeiro: Prof. Dr. Bruno Spinosa De Martinis Diretora de Ensino e Pesquisa: Profa. Drª. Alice da Matta Chasin Diretor de Comunicação: Prof. Dr. Ricardo Henrique Alves da Silva Diretora de Relações Internacionais: PCF Narumi Pereira Lima Diretor do Conselho de Assessores: Prof. Dr. Daniel Junqueira Dorta 3 4 MENSAGEM DE BOAS VINDAS É com imensa satisfação e um sincero agradecimento que lhes dou as boas-vindas ao Congresso Integrado SBCF que reúne o 5º Encontro Nacional de Química Forense e o 2º Encontro da Sociedade Brasileira de Ciências Forenses. Foram dois anos de muito trabalho, reuniões, planejamentos e investimentos por parte da Sociedade Brasileira de Ciências Forenses, para tornar efetivo este grande fórum de discussão forense. Nossa meta foi construir um congresso inovador, capaz de transpor as barreiras científicas. Foi definido como tema central "O mundo em movimento: papel das Ciências Forenses nas transformações políticas, sociais e ambientais". O objetivo foi oferecer aos participantes a oportunidade de acesso a mesas e palestras que abordam as interfaces sociais, políticas e de mídia das Ciências Forenses, além da vasta programação científica. Recomendamos que participem de tudo o que organizamos para vocês com muito carinho e dedicação. Um forte abraço, Prof. Dr. Jesus Antonio Velho Presidente da SBCF 5 COMISSÃO ORGANIZADORA COORDENADOR GERAL Prof. Dr. Marcelo Firmino de Oliveira - DQ - FFCLRP-USP COMITÊ EXECUTIVO Profª. Drª. Aline Thais Bruni - DQ - FFCLRP-USP Prof. Msc. Antônio José Ipólito - SPTC-SSP-SP Prof. Dr. Bruno Spinosa De Martinis - DQ - FFCLRP-USP Prof. Dr. Celso Teixeira Mendes Junior - DQ - FFCLRP-USP Prof. Dr. Daniel Junqueira Dorta - DQ - FFCLRP-USP Prof. Dr. Jesus Antonio Velho - Polícia Federal e DQ - FFCLRP-USP Dr. João Carlos Ambrósio - Polícia Federal Profª. Drª. Márcia Andréia Mesquita Silva da Veiga - DQ - FFCLRP-USP Prof. Dr. Ricardo Henrique Alves da Silva - FORP-USP COMITÊ CIENTÍFICO Profª. Drª. Alice da Matta Chasin -FOC-SP Profª. Drª. Aline Thaís Bruni - DQ - FFCLRP-USP Prof. Msc. Antonio José Ipólito - SPTC-SP Prof. Dr. Bruno Spinosa De Martinis - DQ-FFCLRP-USP Prof. Dr. Celso Teixeira Mendes Junior - DQ - FFCLRP-USP Profª. Drª. Dalva Lúcia de A. Faria - IQ- USP - SP Prof. Dr. Daniel Junqueira Dorta - DQ – FFCLRP-USP Prof. Dr. Jesus Antonio Velho - DQ - FFCLRP-USP Dr. João Carlos Laboissiere Ambrosio - INC-DITEC-DPF Prof. Dr. José Roberto Pujol Luz - UnB-DF Dr. Leandro Fernandes Machado - INC-DITEC-DPF Prof. Dr. Marcelo Firmino de Oliveira - DQ - FFCLRP-USP Prof. Dr. Malthus Fonseca Galvão - UnB e IML-DF Profª. Drª. Márcia Andréia Mesquita Silva da Veiga - DQ - FFCLRP-USP Dr. Márcio Talhavini - INC-DITEC-DPF Prof. Dr. Ricardo Henrique Alves da Silva - FORP-USP Rosemeire Soares Talamone - Analista de Comunicação da USP-RP 6 INFORMAÇÕES GERAIS CERTIFICADOS Serão distribuídos certificados separados para os participantes do(s) minicurso(s) e do encontro. Os palestrantes/ministrantes, mediadores, receberão seu certificado específico na própria sala de sua atividade, no final da mesma. Trabalhos Científicos (Orais) - serão entregues após a apresentação. Trabalhos Científicos (Pôsteres) - serão entregues na secretaria após a exposição no horário e dia(s) marcados, somente 01 certificado por trabalho. CRACHÁS O uso de crachá é obrigatório. O ingresso na sala de atividades será controlado rigorosamente. Haverá controle para participação nos minicursos. AGÊNCIA DE EVENTOS: Responsável pela or ganização e secr etar ia executiva do 5º ENQFor Ageventos Assessoria R. São Manoel, 480 Conj. 201 Porto Alegre - Rio Grande do Sul Fone: (51) 3084-0356 Cel: (51) 9952-1513/9978-9621 www.ageventos.com.br COQUETEL DE CONFRATERNIZAÇÃO Acontecerá no dia 02/09 - Sexta-feira, a partir das 21h45, após Conferência Geral de Abertura: “FORENSIC SCIENCES AND THE CHALLENGE RELATED TO MIGRATORY FLOW”, no Centro de Convenções de Ribeirão Preto, somente para os inscritos e convidados. HOTEL OFICIAL Bassano Vaccarini Hotel Endereço: R. Barão do Amazonas, 788 Ribeirão Preto - São Paulo Fone: (16) 2133-3200 www.flatbassanovaccarini.com.br/ribeirao.ht TRADUÇÃO SIMULTÂNEA Haverá tradução simultânea apenas para as palestras do dia 03/09 ministradas em inglês e abertura solene. É necessário para pegar o aparelho de tradução um documento de identificação. 7 2° PRÊMIO DESTAQUE FORENSE - VENCEDORES RAFAEL SCORSATTO ORTIZ “Toxicologia Forense” Editora PACTOR 2015 Caline A. Destefani , Larissa C. Motta, Gabriela Vanini, Lindamara M. Souza, João Francisco A. Filho, Clebson J. Macrino, Elias M. Silva, Sandro J. Greco, Denise C. Endringer e Wanderson Romão “Europium–organic complex as luminescent marker for the visual identification of gunshot residue and characterization by electrospray ionization FT-ICR mass spectrometry” Microchemical Journal 2014 RICARDO ANDRES REVECO HURTADO MÁRCIO SCHIAVO IOR CANESSO JURASZEK LAUDO 1786/2014 – SETEC/SR/DPF/PR e trabalhos periciais relacionados na Operação “Lava Jato” 8 2° PRÊMIO DESTAQUE FORENSE - VENCEDORES ALBERI ESPÍNDULA Parecer Técnico efetuado no interesse processo de número 0013467-08.2014.8.17.0810 da Primeira Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Jaboatão dos Guararapes – PE RICARDO LUIS YOSHIDA “Análise da qualidade e da contribuição dos laudos periciais toxicológicos no processo de investigação criminal e sentença judicial em casos envolvendo substâncias ilícitas” Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto Universidade de São Paulo CARLOS AUGUSTO C. DO CARMO “Recuperação e identificação de DNA humano Y-STR, in vitro e in situ, a partir de imaturos de duas espécies de Calliphoridae (Insecta: Diptera) de importância forense” Universidade Federal do Rio de Janeiro 9 PROGRAMA A programação está estruturada englobando os seguintes eventos: - Minicursos - 2º Encontro da Sociedade Brasileira de Ciências Forenses - 5º Encontro Nacional de Química Forense - Simpósio Agilent - Apresentação dos Pôsteres - Apresentação dos Trabalhos Orais Os eventos apresentam parte da programação em comum (realizadas no salão principal). 10 MINICURSOS Minicursos Data Horário 1 ao 4 02/09/2016 08h30 às 12h 5 ao 8 02/09/2016 14h às 17h30 9 04/09/2016 08h30 às 12h 04 e 05/09/2016 18h às 19h30 10, 11 e 12 Curso 1 Tema: Driving under influence of drugs and alcohol: analytical and interpretive aspects. Ministrante: Prof. Dr. Aldo Eliano Polettini - University of Verona - Italy Carga horária: 3h30 Curso 2 Tema: Odontologia Legal: os desafios da identificação humana. Ministrante: Prof. Dr. Ricardo Henrique Silva - Universidade de São Paulo - FORP - Ribeirão Preto - SP e Profª. Drª. Vilma Pinchi - University of Firenze - Italy Carga horária: 3h30 Curso 3 - CANCELADO Tema: Comparative Interpretation of Mass Spectral Data as a Tool in the Identification of Emerging Synthetic Cannabinoid Drugs of Abuse. Ministrante: Dr. Richard Isaacs - Drug Enforcement Administration, United States Department of Justice - USA Carga horária: 3h30 Curso 4 Tema: Investigação médico-legal de mortes violentas e crimes sexuais. Ministrantes: Dr. Jair Naves dos Reis - Instituto Médico-Legal de Ribeirão Preto - SP e Dr. Marcio Grade - Instituto Médico-Legal de Ribeirão Preto - SP Carga horária: 3h30 Curso 5 Tema: Estatística aplicada a problemas forenses. Ministrantes: Drª. Cristina Barazzetti Barbieri - IGP - RS - Porto Alegre - RS e Dr. Marcio Talhavini - Policia Federal Carga horária: 3h30 Curso 6 Tema: Análise de casos periciais de locais de crime e de laboratório forense da região de Ribeirão Preto - SP. Ministrantes: Prof. Dr. Fernando Cesar Crnkovic - Equipe de Perícias Criminalísticas de São Carlos - SP, Prof. Msc. Antonio José Ipólito - Núcleo de Perícias Criminalísticas de Ribeirão Preto - SP e Prof. Msc. Vitor Basso Schul - Núcleo de Perícias Criminalísticas de Ribeirão Preto - SP. Carga horária: 3h30 Curso 7 Tema: Falso ou verdadeiro: o dilema dos documentos de identificação e os impactos na segurança pública. Ministrante: PCF Narumi Lima - Instituto Nacional de Criminalística - Brasília - DF. Carga horária: 3h30 11 MINICURSOS - Continuação Curso 8 Tema: Making good measurements in Forensic Chemistry. Ministrante: Profa. Drª. Suzanne Bell - West Virginia University. Department of Chemistry/Forensic and Investigative Science Program. Morgantown, West Virginia - USA Carga horária: 3h30 Curso 9 Tema: Crime Scene Investigation. Ministrante: Drª. Elizabeth Devine - CSI TV show writer and co-executive producer. Retired Supervising Criminalist, Los Angeles County Sheriff's Department - USA Carga horária: 3h30 Curso 10 Tema: Assistência técnica e perícia judicial: aspectos técnicos, éticos e processuais. Ministrante: Dr. Alberi Espindula - Espindula Cursos e Consultoria - Brasília/DF e Maceió/AL. Carga horária: 3 horas Curso 11 (As vagas deste curso são destinadas preferencialmente a peritos criminais oficiais). Tema: Explosives Investigation Ministrantes: Dr. Balthasar Jung - Forensic Science Institute Zurich. PCF Lucio Paulo Lima Logrado - Polícia Federal - Brasília - DF Carga horária: 3 horas Curso 12 Tema: Análise de Perfis de Manchas de Sangue. Ministrante: PCF Antônio Canelas - Setor Técnico-Cientifico da Polícia Federal em Belém - PA Carga horária: 3 horas 12 2º Encontro da SBCF 02/09/2016 - Sexta-feira 19:00 - Cerimônia Geral de Abertura do Evento 20:00 - Cerimônia de Entrega do II Prêmio Destaque Forense 21:00 - Conferência Geral de Abertura FORENSIC SCIENCES AND THE CHALLENGE RELATED TO MIGRATORY FLOW Profª. Drª. Vilma Pinchi - University of Firenze - Itália Prof. Dr. Gian-Aristide Norelli - University of Firenze - Itália 21:45 - Coquetel de Confraternização 03/09/2016 - Sábado 09:00 - 12:30 - WORKSHOP TEMÁTICO I - (SBCF e ENQFOR) Tema: Novos Horizontes das Ciências Forenses no Brasil 09:00 - 09:40 - Palinologia Forense Prof. Dr. Paulo Eduardo de Oliveira - USP - São Paulo - SP 09:40 - 10:20 - Caso Araguaia: aplicação e importância da Antropologia e Arqueologia Forenses PCF Alexandre Raphael Deitos - SETEC/SP - São Paulo - SP 10:20 - 10:30 - Lançamento do Cordel "O Dia em que o Perito Criminal foi ao Tribunal" PCF José Alysson Medeiros - SETEC/PB - João Pessoa - PB 10:30 - 11:50 - Coffee Break + Apresentação de Posteres 10:50 - 11:30 - Enfermagem Forense Enf. Zenaide Cavalcanti de Medeiros Kernbeis - ABEForense - Aracaju - SE 11:30 - 12:30 - Mesa redonda com os três palestrantes anteriores Coordenador: Prof. Dr. Luis Carlos Guimarães - Dalmass e UFPA - Belém - PA 12:30 - 14:00 - Intervalo para almoço Auditório SBCF - Conferências 14:00 - 14:50 - The SCI effect: Reality and/or Fiction? Drª. Elizabeth Devine - CSI Miami - EUA 14:50 - 15:40 - Arte e Ciência na Reconstrução Facial Forense 3D- Apresentação De Casos Dr. Cícero André da Costa Moraes - Sinope - MT 15:40 - 16:00 - Coffee Break + Apresentação de Pôsteres 16:00 - 16:50 - Apresentações Orais 16:50 - 17:50 - Atuação em Desastres em Massa - O Desafio da Obtenção de Informação Antemortem Profª. Drª. Scheila Mânica - University of Dundee - Escócia 13 2º Encontro da SBCF 04/09/2016 - Domingo 09:00 - 12:30 - WORKSHOP TEMÁTICO - II (SBCF e ENQFOR) Tema: ISO 17025 e a Gestão da Qualidade em Laboratórios Forenses 09:00 - 09:40 - Tendência Mundial de Acreditação das Perícias Forenses PCF Nubia Fernanda Gomes Pereira - INC/DF - Brasília - DF 09:40 - 10:20 - Experiência do Laboratório de Química Forense do Instituto Nacional de Criminalística-INC no Alcance da Acreditação na ISO/IEC 17025. PCF Fernanda Lintomen de Almeida -INC/DF - Brasília - DF 10:20 - 10:30 - Lançamento do Livro "Introdução à Biologia Forense" PC Claudemir Rodrigues Dias Filho - Polícia Técnico-Científica de São Paulo. 10:20 - 10:50 - Coffee Break + Apresentação de Pôsteres 10:50 - 11:30 - The Accreditation of Toxicological Laboratories Prof. Dr. Aldo Polettini - Universidade de Verona - Itália 11:30 -12:00 - Mesa redonda com os três palestrantes anteriores Coordenador: Prof. Dr. Bruno Spinosa De Martinis - USP 12: 00 - 13:30 - Intervalo para almoço Auditório SBCF - Conferências 13:30 - 14:20 - A Perícia Ambiental no Desastre da Barragem de Fundão, em Mariana/MG PCF Rodrigo Ribeiro Mayrink - SETEC/MG - Polícia Federal 14:20 - 15:40 - Jornalismo Investigativo e a Perícia Criminal: em busca da verdade. Debatedores: Jornalista Valmir Salaro - Rede Globo PCF Hélio Buchmüller Lima - Academia Brasileira de Ciências Forenses Prof. Dr. Guilherme Ortolan Júnior - USP Coordenador: Prof. Dr. Jesus Antonio Velho - USP 15:40 - 16:00 - Coffee Break + Apresentação de Pôsteres 16:00 - 16:50 - Apresentações Orais 16:50 - 17:50 - Os Ataques Terroristas em Bruxelas e os Desafios para a Identificação das Vítimas Prof. Dr. Ademir Franco - Katholieke Universiteit Leuven - Bélgica 14 2º Encontro da SBCF 05/09/2016 - Segunda-feira 09:00 - 12:30 - WORKSHOP TEMÁTICO - III (SBCF e ENQFOR) Tema: Maconha: aspectos legais, químicos, toxicológicos e sociais 09:00 - 09:40 - Efeitos neuropsiquiatricos do consumo de Cannabis Profª. Drª. Rocio Martín-Santos - Universidade de Barcelona - Espanha 09:40 - 10:20 - Dimensões do uso da Cannabis (Natural e Sintética) no Brasil e no Mundo Profª. Drª. Clarice Sandi Madruga - UNIFESP - São Paulo - SP 10:20 - 10:50 - Coffee Break + Apresentação de Pôsteres 10:50 - 11:30 - Legalização da Maconha - a próxima indústria tabaqueira? Prof. Dr. Jeffrey Zinsmeister - Universidade da Flórida - EUA 11:30 - 12:30 - Mesa redonda com os três palestrantes anteriores Coordenador: Prof. Dr. José Alexandre S. Crippa - FMRP - USP - Ribeirão Preto - SP 12: 30 - 14:00 - Intervalo para almoço Auditório SBCF - Conferências 14:00 - 14:50 - Desafios Periciais da Operação Lava Jato PCF Fábio Salvador - SETEC/PR - Polícia Federal - Curitiba - PR 14:50 - 15:40 - Passaportes para uma nova vida: refugiados e imigração ilegal no Brasil - América Latina PCF Narumi Lima - INC- Polícia Federal - Brasília - DF 15:40 - 16:00 - Coffee Break + Apresentação de Pôsteres 16:00 - 16:50 - Apresentações Orais 16:50 - 17:50 - Determinação da potencialidade lesiva de instrumentos: o caso “Caxirola” PCF Lehi Sudy dos Santos - INC- Polícia Federal - Brasília - DF 15 2º Encontro da SBCF 06/09/2016 - Terça-feira 09:00 - 12:30 - WORKSHOP TEMÁTICO - IV (SBCF e ENQFOR) Tema: Drogas Sintéticas: identificação e avanços na classificação das novas substâncias psicoativas 09:00 - 09:40 - Exposições iniciais do Debatedor 01 Drª. Renata Morais - ANVISA - Brasília - DF 09:40 - 10:20 - Exposições iniciais do Debatedor 02 Dr. Juan-Carlos Araneda Ferrer - United Nations Office on Drugs and Crime - Washington - EUA 10:20 - 10:5 - Coffee Break + Apresentação de Pôsteres 10:50 - 11:30 - Exposições iniciais do Debatedor 03 Profª. Drª. Clarice Sandi Madruga - UNIFESP - São Paulo - SP 11:30 - 12:30 - Mesa redonda com os três palestrantes anteriores e mais o perito criminal MSc. Luciano Arantes - Policia Civil - Brasília - DF Coordenador: PCF João Ambrósio - Polícia Federal - Brasília - DF 12:30 - 14:00 - Intervalo para almoço Auditório Integrado 14:00 - 15:00 - Transferência de DNA e contaminação de vestígios: Muitos riscos, poucas pesquisas PCF Guilherme Jacques - INC - Polícia Federal - Brasília - DF 15:00 - 15:30 - Apresentações Orais 15:30 - 16:20 - Os desafios da identificação, isolamento e preservação dos vestígios digitais PCF Gustavo Pinto Vilar - Polícia Federal - Belém - PA 16:20 - Encerramento e Premiação 16 5º Enqfor 02/09/2016 - Sexta-feira 19:00 - Cerimônia Geral de Abertura do Evento 20:00 - Cerimônia de Entrega do II Prêmio Destaque Forense 21:00 - Conferência Geral de Abertura FORENSIC SCIENCES AND THE CHALLENGE RELATED TO MIGRATORY FLOW Profª. Drª. Vilma Pinchi - University of Firenze - Itália Prof. Dr. Gian-Aristide Norelli - University of Firenze - Itália 21:45 - Coquetel de Confraternização 03/09/2016 - Sábado 09:00 - 12:30 - WORKSHOP TEMÁTICO I - (SBCF e ENQFOR) Tema: Novos Horizontes das Ciências Forenses no Brasil 09:00 - 09:40 - Palinologia Forense Prof. Dr. Paulo Eduardo de Oliveira - USP - São Paulo - SP 09:40 - 10:20 - Caso Araguaia: aplicação e importância da Antropologia e Arqueologia Forenses PCF Alexandre Raphael Deitos - SETEC/SP - São Paulo - SP 10:20 - 10:30 - Lançamento do Cordel "O Dia em que o Perito Criminal foi ao Tribunal" PCF José Alysson Medeiros - SETEC/PB - João Pessoa - PB 10:30 - 11:50 - Coffee Break + Apresentação de Posteres 10:50 - 11:30 - Enfermagem Forense Enf. Zenaide Cavalcanti de Medeiros Kernbeis - ABEForense - Aracaju - SE 11:30 - 12:30 - Mesa redonda com os três palestrantes anteriores Coordenador: Prof. Dr. Luis Carlos Guimarães - Dalmass e UFPA - Belém - PA 12:30 - 14:00 - Intervalo para almoço Auditório ENQFOR - Conferências 14:00 - 14:50 - The SCI effect: Reality and/or Fiction? Drª. Elizabeth Devine - CSI Miami - EUA 14:50 - 15:40 - Explosives Investigation Dr. Balthasar Jung - Forensic Science Institute Zurich - Suiça 15:40 - 16:00 - Coffee Break + Apresentação de Pôsteres 16:00 - 16:50 - Apresentações Orais 16:50 - 17:50 - The History of Forensic Toxicology Profª. Drª. Suzanne Bell - West Virginia University - EUA 17 5º Enqfor 04/09/2016 - Domingo 09:00 - 12:30 - WORKSHOP TEMÁTICO - II (SBCF e ENQFOR) Tema: ISO 17025 e a Gestão da Qualidade em Laboratórios Forenses 09:00 - 09:40 - Tendência Mundial de Acreditação das Perícias Forenses PCF Nubia Fernanda Gomes Pereira - INC/DF - Brasília - DF 09:40 - 10:20 - Experiência do Laboratório de Química Forense do Instituto Nacional de Criminalística-INC no Alcance da Acreditação na ISO/IEC 17025. PCF Fernanda Lintomen de Almeida -INC/DF - Brasília - DF 10:20 - 10:30 - Lançamento do Livro "Introdução à Biologia Forense" PC Claudemir Rodrigues Dias Filho - Polícia Técnico-Científica de São Paulo. 10:20 - 10:50 - Coffee Break + Apresentação de Pôsteres 10:50 - 11:30 - The Accreditation of Toxicological Laboratories Prof. Dr. Aldo Polettini - Universidade de Verona - Itália 11:30 -12:00 - Mesa redonda com os três palestrantes anteriores Coordenador: Prof. Dr. Bruno Spinosa De Martinis - USP 12: 00 - 13:30 - Intervalo para almoço Auditório ENQFOR - Conferências 13:30 - 14:20 - Drogas facilitadoras de crime Prof. Dr. Maurício Yonamine - USP - São Paulo - SP 14:20 - 15:00 - O emprego do cromatógrafo a gás portátil Torion T-9 em análises forenses Dr. Marcelo Silva - PerkinElmer 15:00 - 15:40 - Análises de drogas de abuso em cabelo, sangue e urina por GCMS Single Quadrupolo e GCMS Triplo Quadrupolo Dr. Celso Blatt - Especialista de Aplicações - Agilent 15:40 - 16:00 - Coffee Break + Apresentação de Pôsteres 16:00 - 16:50 - Apresentações Orais 16:50 - 17:50 - Métodos de identificação de agentes Químicos, Biológicos, Radiológicos, Nucleares e Explosivos (QBRNE) Cel. Paulo Fernando Pinto Malizia Alves Coronel da Reserva do Exército Brasileiro - Rio de Janeiro - RJ 18 5º Enqfor 05/09/2016 - Segunda-feira 09:00 - 12:30 - WORKSHOP TEMÁTICO - III (SBCF e ENQFOR) Tema: Maconha: aspectos legais, químicos, toxicológicos e sociais 09:00 - 09:40 - Efeitos neuropsiquiatricos do consumo de Cannabis Profª. Drª. Rocio Martín-Santos - Universidade de Barcelona - Espanha 09:40 - 10:20 - Dimensões do uso da Cannabis (Natural e Sintética) no Brasil e no Mundo Profª. Drª. Clarice Sandi Madruga - UNIFESP - São Paulo - SP 10:20 - 10:50 - Coffee Break + Apresentação de Pôsteres 10:50 - 11:30 - Legalização da Maconha - a próxima indústria tabaqueira? Prof. Dr. Jeffrey Zinsmeister - Universidade da Flórida - EUA 11:30 - 12:30 - Mesa redonda com os três palestrantes anteriores Coordenador: Prof. Dr. José Alexandre S. Crippa - FMRP - USP - Ribeirão Preto - SP 12: 30 - 14:00 - Intervalo para almoço Auditório ENQFOR - Conferências 14:00 - 14:50 - Investigando com Infravermelho: como a espectroscopia FTIR pode promover a Justiça Drª. Luciana Pataro - Especialista de Aplicações Agilent 14:50 - 15:40 - Análises Toxicológicas em Cabelo/Pelo Utilizando UPLC-MS/MS em Atendimento à Lei dos Caminhoneiros Drª. Angela Pietro - MS Sales Specialist - Waters Brasil 15:40 - 16:00 - Coffee Break + Apresentação de Pôsteres 16:00 - 16:50 - Apresentações Orais 16:50 - 17:50 - Química Aplicada a Análise Forense de Documentos PCF Jorge Jardim Zacca - Brasília - DF 19 5º Enqfor 06/09/2016 - Terça-feira 09:00 - 12:30 - WORKSHOP TEMÁTICO - IV (SBCF e ENQFOR) Tema: Drogas Sintéticas: identificação e avanços na classificação das novas substâncias psicoativas 09:00 - 09:40 - Exposições iniciais do Debatedor 01 Drª. Renata Morais - ANVISA - Brasília - DF 09:40 - 10:20 - Exposições iniciais do Debatedor 02 Dr. Juan-Carlos Araneda Ferrer - United Nations Office on Drugs and Crime - Washington - EUA 10:20 - 10:5 - Coffee Break + Apresentação de Pôsteres 10:50 - 11:30 - Exposições iniciais do Debatedor 03 Profª. Drª. Clarice Sandi Madruga - UNIFESP - São Paulo - SP 11:30 - 12:30 - Mesa redonda com os três palestrantes anteriores e mais o perito criminal MSc. Luciano Arantes - Policia Civil - Brasília - DF Coordenador: PCF João Ambrósio - Polícia Federal - Brasília - DF 12:30 - 14:00 - Intervalo para almoço Auditório Integrado 14:00 - 15:00 - Transferência de DNA e contaminação de vestígios: Muitos riscos, poucas pesquisas PCF Guilherme Jacques - INC - Polícia Federal - Brasília - DF 15:00 - 15:30 - Apresentações Orais 15:30 - 16:20 - Os desafios da identificação, isolamento e preservação dos vestígios digitais PCF Gustavo Pinto Vilar - Polícia Federal - Belém - PA 16:20 - Encerramento e Premiação 20 Simpósio Agilent 03/09/2016 - Sábado 09:00 - 09:10 - Abertura 09:10 - 09:50 - Identificação e caracterização de compostos orgânicos desconhecidos por GC/MS e ou LC/MS: o Desafio CSI Celso Blatt Ph.D - Especialista de Aplicação Agilent 09:50 - 10:30 - Determinação de anfetaminas e derivados em urina por CE-MS/MS Celso Blatt Ph.D - Especialista de Aplicação Agilent 10:30 - 10:50 - Coffee break 10:50 - 11:30 - Preparação de Amostras: drogas de abuso em matrizes biológicas Simone Nascimento - Especialista de Aplicações Agilent 21 Apresentação de Pôsteres LEGENDA DAS ÁREAS BQ BIOQUÍMICA E BIOLOGIA MOLECULAR OL ODONTOLOGIA LEGAL PPF PSIQUIATRIA E PSICOLOGIA FORENSE QF QUÍMICA FORENSE TOX TOXICOLOGIA EF ENTOMOLOGIA FORENSE ECF ENSINO DE CIÊNCIAS FORENSES MED MEDICINA LEGAL CRI CRIMINALÍSTICA GERAL OT OUTROS TÓPICOS 22 Apresentação de Pôsteres 03/09/2016 - Sábado BQ 01 - Bioquímica e Biologia Molecular (BQ) IMPACT OF ASIP?S RS77106176, RS819135 AND RS6059743 SNPS IN PIGMENTATION OF ADMIXED BRAZILIAN POPULATION Pereira, A. L. B. BQ 02 - Bioquímica e Biologia Molecular (BQ) CROSS REACTION BLOOD TESTING FORENSIC VALIDATIONS DONE BY PRIVATE AND PUBLIC SECTOR LABORATORIES Dias Filho, C. R. BQ 03 - Bioquímica e Biologia Molecular (BQ) DEVELOPMENT AND VALIDATION OF A SIMPLE PRELIMINARY TEST FOR MENSTRUAL BLOOD DETECTION Dias Filho, C. R. BQ 04 - Bioquímica e Biologia Molecular (BQ) ANÁLISE DE DNA EM CASOS DE VIOLÊNCIA SEXUAL COM TESTE PRELIMINAR NEGATIVO PARA PRESENÇA DE ESPERMATO Malheiros, D. BQ 05 - Bioquímica e Biologia Molecular (BQ) COMO A EPIGENÉTICA PODE AJUDAR NAS CIÊNCIAS FORENSES? Cardoso, K. N. BQ 06 - Bioquímica e Biologia Molecular (BQ) DIFERENCIAÇÃO GENÉTICA DE GÊMEOS MONOZIGÓTICOS EM ANÁLISES FORENSES Antonio, L. U. BQ 07 - Bioquímica e Biologia Molecular (BQ) ANÁLISE DE DNA DE TECIDOS PARAFINADOS PARA FINS DE IDENTIFICAÇÃO HUMANA Alem, L. BQ 08 - Bioquímica e Biologia Molecular (BQ) MITF RS74845300 AND RS80232752 ASSOCIATION WITH DARKER PHENOTIPES IN A BRAZILIAN ADMIXED POPULATION SAMPLE Marcorin, L. BQ 09 - Bioquímica e Biologia Molecular (BQ) ESTUDO TEÓRICO DE MOLÉCULAS RELACIONADAS À VACINA CONTRA A COCAÍNA Siquieri, T. O. OL 01 - Odontologia Legal (OL) ASSOCIAÇÃO DE MÉTODOS PARA ESTIMATIVA DA IDADE EM UMA AMOSTRA DE JOVENS BRASILEIROS Azevedo, A. C. S. OL 02 - Odontologia Legal (OL) PREDIÇÃO DO SEXO POR MEIO DE MENSURAÇÕES NOS SEIOS MAXILARES EM EXAMES DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA Farias A.G. OL 03 - Odontologia Legal (OL) O USO DE MAQUIAGEM PARA SIMULAÇÃO DE LESÕES EM PESQUISAS SOBRE VALORAÇÃO DE DANOS ESTÉTICOS E TIPIFICAÇÃO DE DEFORMIDADE PERMANENTE Fernandes, M. M. OL 04 - Odontologia Legal (OL) É POSSÍVEL MEDIR A FEALDADE CIENTIFICAMENTE? RELATO DE EXPERIÊNCIA PERICIAL Fernandes, M. M. 23 Apresentação de Pôsteres OL 05 - Odontologia Legal (OL) APLICABILIDADE DE MENSURAÇÕES MANDIBULARES PARA DETERMINAÇÃO DE SEXO E ESTIMATIVA DE IDADE EM AMOSTRAGEM BRASILEIRA Pereira, J. G.D. OL 06 - Odontologia Legal (OL) ATIVIDADE PRÁTICA VISUAL NO ENSINO-APRENDIZAGEM DA TRAUMATOLOGIA FORENSE Lima, K. F. OL 07 - Odontologia Legal (OL) IMPORTÂNCIA DA RADIOGRAFIA PANORÂMICA COMO AUXILIAR ÀS PRÁTICAS CLÍNICA E ODONTOLEGAL Miranda, A. S. OL 08 - Odontologia Legal (OL) PERÍCIA ODONTO-LEGAL EM OSSADA HUMANA: RELATO DE CASO Pinto, P. H. V. OL 09 - Odontologia Legal (OL) IMPORTÂNCIA DA ODONTOLOGIA LEGAL PARA O SUCESSO DA IDENTIFICAÇÃO EM CORPOS CARBONIZADOS: RELATO DE CASO Recalde, T. F. OL 10 - Odontologia Legal (OL) ANÁLISE MÉTRICA DE CRÂNIOS HUMANOS PARA DETERMINAÇÃO DO SEXO: FORAME MAGNO Lopez-Capp, T. T. OL 11 - Odontologia Legal (OL) APLICABILIDADE DA QUEILOSCOPIA NA IDENTIFICAÇÃO HUMANA Dezem, T. U. PPF 01 - Psiquiatria e Psicologa Forense (PPF) ANÁLISE DE CANABINÓIDES EM AMOSTRAS DE CABELO E CORRELAÇÃO COM INCIDÊNCIA DE SINTOMAS PSIQUIÁTRICOS Alves, M. N. R. QF 01 - Química Forense (QF) ANÁLISE DIRETA DE RESÍDUOS DE EXPLOSÃO DE PÓLVORA NEGRA UTILIZANDO TÉCNICAS ESPECTROSCÓPICAS (INFRAVERMELHO E RAMAN) Barcelos Júnior, A. E. QF 02 - Química Forense (QF) DESENVOLVIMENTO DE MÉTODO PARA IDENTIFICAÇÃO DE LÍQUIDOS COMBUSTÍVEIS USANDO PS-MS E QUIMIOMETRIA Vargas, A.R. QF 03 - Química Forense (QF) REVELAÇÃO DE IMPRESSÕES DIGITAIS LATENTES EM SUPERFÍCIES METÁLICAS A PARTIR DA ELETRODEPOSIÇÃO DE POLÍMEROS CONJUGADOS Ribeiro, A. S. QF 04 - Química Forense (QF) IDENTIFICAÇÃO DE COCAÍNA EM AMOSTRAS APREENDIDAS DE CHÁ DE COCA POR CG-EM Castro, A. S. QF 05 - Química Forense (QF) MARCADORES LUMINESCENTES DE GSR: DETERMINAÇÃO DO LOCAL DO DISPARO Arouca, A. M. QF 06 - Química Forense (QF) UMA ANÁLISE DA TRANSFERÊNCIA SECUNDÁRIA E TERCIÁRIA DOS RESÍDUOS LUMINESCENTES Arouca, A. M. 24 Apresentação de Pôsteres QF 07 - Química Forense (QF) ANÁLISE QUIMIOMÉTRICA DO PERFIL DE COR APLICADA A TESTES DE CONSTATAÇÃO PREMILINAR DE COCAÍNA Magalhães, E. J. QF 08 - Química Forense (QF) ESTUDOS PARA IDENTIFICAÇÃO PRELIMINAR DE 25C-NBOME EM SELOS POR TÉCNICAS ELETROQUÍMICAS USANDO O ELETRODO DE DIAMANTE DOPADO COM BORO Dos Santos, W. T. P. QF 09 - Química Forense (QF) DETERMINAÇÃO DE ELEMENTOS INORGÂNICOS EM ANABOLIZANTES APREENDIDOS EM BELO HORIZONTE UTILIZANDO FLUORESCÊNCIA DE RAIOS-X Miguita, A. G. C. QF 10 - Química Forense (QF) DETERMINAÇÃO DA BIOMASSA MICROBIANA E RESPIRAÇÃO BASAL NO SOLO DURANTE DECOMPOSIÇÃO CADAVÉRICA, EM ÁREA DE MATA TROPICAL Bentes, K. R. QF 11 - Química Forense (QF) ESTUDO DOS FENÔMENOS CADAVÉRICOS NO SOLO ABAIXO DE CARCAÇAS SUÍNAS DEPOSITADAS EM ÁREA DE MATA TROPICAL Antonio, A. S. QF 12 - Química Forense (QF) ESTUDO DA DINÂMICA DE NITROGÊNIO EM SOLO PRÓXIMO A UM CARCAÇAS EM DECOMPOSIÇÃO Paula, A . R. U. QF 13 - Química Forense (QF) DETERMINAÇÃO DE PB E SB EM RESÍDUO DE DISPARO DE REVÓLVER CALIBRE .38 POR GF AAS: ESTUDO DA INFLUÊNCIA DA DISTÂNCIA NA CONTAMINAÇÃO DE TESTEMUNHAS OCULARES Ferreira, B. C. QF 14 - Química Forense (QF) CLASSIFICAÇÃO DE CANNABIS SATIVA EM DIFERENTES TEMPOS DE CRESCIMENTO ATRAVÉS DE ESPECTROSCOPIA NO NIR E QUIMIOMETRIA Borille, B. T. QF 15 - Química Forense (QF) ANÁLISE DO PERFIL QUÍMICO DE CANNABIS SATIVA ATRAVÉS DE ESI(-)-FT-ICR MS E ESI(+)-FT-ICR MS Borille, B. T. QF 16 - Química Forense (QF) MELHORIA NAS TÉCNICAS DE IDENTIFICAÇÃO DE ETANOL EM AMOSTRAS RECOLHIDAS EM LOCAIS DE ACIDENTE DE TRANSITO E EM LOCAIS DE INCÊNDIO. Goulart, C. O. L. QF 17 - Química Forense (QF) COMPORTAMENTO ELETROQUÍMICO DE COCAÍNA E SEUS PRINCIPAIS ADULTERANTES EM MATERIAIS NANOESTRUTURADOS DE CARBONO Rocha, D. P. QF 18 - Química Forense (QF) PSICOTRÓPICOS/ENTORPECENTES EM VESTÍGIOS COLETADOS EM LOCAIS DE CRIME CONTRA A PESSOA NO DF Salum, S. B. QF 19 - Química Forense (QF) ESPECTROMETRIA DE MASSAS INORGÂNICA E ORGÂNICA PARA AVALIAÇÃO DO MITO DO CHÁ DE FITA COMO DROGA BIZARRA: RESULTADOS FINAIS Lehmann, E. L. 25 Apresentação de Pôsteres QF 20 - Química Forense (QF) DETERMINAÇÃO VOLTAMÉTRICA DO TEOR DE FORMALDEÍDO EM LEITE Oiye, E. N. QF 21 - Química Forense (QF) ANÁLISE VOLTAMÉTRICA DE COCAINA UTILIZANDO ELETRODOS DE PASTA DE CARBONO MODIFICADOS QUIMICAMENTE COM COMPLEXOS DE URANILA (UO2) DERIVADOS DE BASES DE SCHIFF Oiye, E. N. QF 22 - Química Forense (QF) ESTUDO QUÍMICO-TEÓRICO SOBRE A POSSIBILIDADE DE DETECÇÃO DE ANFETAMINAS SINTÉTICAS COM ISOTIOCIANATO DE FLUORESCEINA Munhoz, G. P. QF 23 - Química Forense (QF) EMPREGO DA CALORIMETRIA EXPLORATÓRIA DIFERENCIAL PARA A AVALIAÇÃO DO PERFIL DE DEGRADAÇÃO DE FIOS DE CABELOS CAUCASIANO, AFRO E ORIENTAL Winkel, K. T. 04/ 09/ 2016 - DOMINGO TOX 01 - Toxicologia (TOX) PROGRAMA DE PREVENÇÃO ÀS DROGAS DE ABUSO E À VIOLÊNCIA ?ANJOS DA GUARDA? 2015. Almeida, A. A. TOX 02 - Toxicologia (TOX) LEVANTAMENTO DE PRONTUÁRIOS DE PACIENTES EXPOSTOS AO CHUMBO POR PROJÉTIL DE ARMA DE FOGO X EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL? COMPARAÇÃO DE DIFERENTES TRATAMENTOS - AMBULATÓRIO DO CEATOX-INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS UNESP, BOTUCATU/SP. Almeida, A. A. TOX 03 - Toxicologia (TOX) PERFIL DE NBOME TRAÇADO PELA POLÍCIA FEDERAL Reis, M. TOX 04 - Toxicologia (TOX) ESTUDO RETROSPECTIVO DE ÓBITOS E EXAMES TOXICOLÓGICOS ATENDIDOS NO IGP/JOINVILLE DE 2013 A 2015 Parabocz, G. C. TOX 05 - Toxicologia (TOX) DETECÇÃO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS EM FLUIDO ORAL DE MOTORISTAS DE CAMINHÃO NO ESTADO DE SÃO PAULO Dos Santos, M.F. TOX 06 - Toxicologia (TOX) USO DE DROGAS E MEDICAMENTOS PSICOATIVOS POR MOTORISTAS DE CAMINHÃO: ESTUDO PRELIMINAR Magalhães, J. G. TOX 07 - Toxicologia (TOX) VALIDAÇÃO DE MÉTODO ANALÍTICO PARA IDENTIFICAÇÃO DE ADULTERANTES EM SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS Dos Santos, M. F. TOX 08 - Toxicologia (TOX) DESENVOLVIMENTO E APLICAÇÃO DE MÉTODO ANALÍTICO PARA DETECÇÃO DE ESTIMULANTES EM SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS ADULTERADOS Henao, M. M. M. TOX 09 - Toxicologia (TOX) NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS: UM DESAFIO PARA TOXICOLOGIA FORENSE Peres, M. D. 26 Apresentação de Pôsteres TOX 10 - Toxicologia (TOX) DETECÇÃO DE COCAÍNA E COCAETILENO EM HUMOR VÍTREO COM SPME E GC/MS Pericolo, S. EF 01 - Entomologia Forense (EF) ANÁLISE QUALITATIVA DE ASPIRINA, DIPIRONA, IBUPROFENO E PARACETAMOL EM IMATUROS DA ESPÉCIE DE MOSCA CHRYSOMYA MEGACEPHALA POR CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA Alves, C. F. F. EF 02 - Entomologia Forense (EF) DETERMINAÇÃO DE FÁRMACOS EM IMATUROS DE CHRYSOMYA ALBICEPS (WIEDEMANN) (DIPTERA: CALLIPHORIDAE) POR CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA (CCD) Barros, G. A. EF 03 - Entomologia Forense (EF) A IMPORTÂNCIA DE UM PADRÃO DE SUCESSÃO ENTOMOLÓGICO NOS ESTADOS BRASILEIROS Mohamad, L. M. EF 04 - Entomologia Forense (EF) PERFIL GENÉTICO HUMANO OBTIDO DE LARVAS NECRÓFAGAS SARCONESIA CHLOROGASTER (DIPTERA: CALLIPHORIDAE) EM CASOS DE CRIMES SEXUAIS Malheiros, D. ECF 01 - Ensino de Ciências Forenses (ECF) ANÁLISE E IDENTIFICAÇÃO DE RESÍDUOS DE DISPARO DE ARMAS DE FOGO (GSR) UTILIZANDO MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA (MEV) Crumo, C. A. ECF 02 - Ensino de Ciências Forenses (ECF) QUÍMICA FORENSE COMO TEMA MOTIVACIONAL PARA ALUNOS DO ENSINO TÉCNICO (ETEC) Silva, F. L. ECF 03 - Ensino de Ciências Forenses (ECF) QUÍMICA FORENSE: DA CENA DE CRIME À SALA DE AULA Souza, L. C. ECF 04 - Ensino de Ciências Forenses (ECF) PROPOSTA DE ENSINO EM QUÍMICA FORENSE: IDENTIFICAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO EMPREGANDO ENSAIOS COLORIMÉTRICOS Carratto, T. M. T. ECF 05 - Ensino de Ciências Forenses (ECF) ANÁLISE DE ENTORPECENTES POR ESPECTROSCOPIA NO INFRAVERMELHO POR TRANSFORMADA DE FOURIER (FTIR): UMA PROPOSTA DE PRÁTICA DE ENSINO Santos, T. C. L. MED 01 - Medicina Legal (MED) APLICAÇÃO DA TRAUMATOLOGIA FORENSE EM LESÕES PROVOCADAS POR ANIMAIS Tremori, T. M. QF 24 - Química Forense (QF) CARACTERIZAÇÃO DE AMOSTRAS DE COCAÍNA APREENDIDAS PELA POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE RONDÔNIA Neves, G. O. F. QF 25 - Química Forense (QF) AVALIAÇÃO DO TEOR DE SILDENAFIL EM COMPRIMIDOS DE PRAMIL POR LC-MS/MS Marinho, P. A. QF 26 - Química Forense (QF) SELOS APREENDIDOS PELA POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL: UMA ABORDAGEM ANALÍTICA Faúla, H. S. N. 27 Apresentação de Pôsteres QF 27 - Química Forense (QF) IDENTIFICAÇÃO DE PERFUMES FALSIFICADOS POR VEASI-MS Barbosa, I. L. QF 28 - Química Forense (QF) DETERMINAÇÃO DE COCAÍNA E SEUS METABÓLITOS EM AMOSTRAS DE ESGOTO E EM AMOSTRAS DE URINA DE USUÁRIOS DA DROGA: APLICAÇÕES FORENSES Campestrini, I. QF 29 - Química Forense (QF) OCORRÊNCIA DE SUBSTÂNCIAS ATIVAS EM AMOSTRAS DE COCAÍNA VINCULADAS AO TRÁFICO INTERNACIONAL APREENDIDAS PELA POLÍCIA FEDERAL Campestrini, I. QF 30 - Química Forense (QF) ANÁLISE FORENSE EM INCÊNDIOS: CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA EFICIÊNCIA COM DETECTORES DE UV-VISÍVEL Souza, J. E. G. QF 31 - Química Forense (QF) CARACTERIZAÇÃO COMPARATIVA DO PERFIL ESPECTRAL DE MEDICAMENTOS DE MARCA, GENÉRICOS E FALSIFICAÇÕES POR ESPECTROMETRIA DE INFRAVERMELHO MÉDIO VIA REFLEXÃO TOTAL ATENUADA Coelho Neto, J. QF 32 - Química Forense (QF) RAPID DETECTION OF NBOME'S AND OTHER NPS ON BLOTTER PAPERS BY DIRECT ATR-FTIR SPECTROMETRY Coelho Neto, J. QF 33 - Química Forense (QF) UTILIZAÇÃO DA VOLTAMETRIA DE ONDA QUADRADA NA DETERMINAÇÃO DE COCAÍNA EMPREGANDO ELETRODO DE PASTA DE CARBONO QUIMICAMENTE MODIFICADO Magalhães, J. QF 34 - Química Forense (QF) DEZ ANOS DA EXISTÊNCIA DO CURSO DE QUÍMICA FORENSE DA FFCLRP/USP Cardozo, K. C. B. QF 35 - Química Forense (QF) USO DE ESPECTROSCOPIA NO INFRAVERMELHO MÉDIO E PLS-DA NA DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE FRAUDES EM CARNES BOVINAS IN NATURA PELA ADIÇÃO DE INGREDIENTES NÃO-CÁRNEOS Nunes, K. M. QF 36 - Química Forense (QF) AVALIAÇÃO DO EFEITO DE CARCAÇA SUÍNA SOBRE AS QUALIDADE DAS ÁGUAS DE UM LAGO ARTIFICIAL (MANAUS-AMAZONAS) Bentes, K. R. S. QF 37 - Química Forense (QF) COMPRIMIDOS APREENDIDOS PELA POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL: UMA ABORDAGEM ANALÍTICA Plácido, K. M. QF 38 - Química Forense (QF) EXTRAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO BRODIFACOUM EM RATICIDA COMERCIAL Fernandes, L. A. T. QF 39 - Química Forense (QF) ESTUDO DO EFEITO DE CADÁVER ENTERRADO NA CONCENTRAÇÃO DE MACRONUTRIENTES EM SOLO DA RESERVA ADOLPHO DUCKE (MANAUS ? AMAZONAS) Costa, L. C. A. 28 Apresentação de Pôsteres QF 40 - Química Forense (QF) LEVANTAMENTO DO NÚMERO DE LAUDOS PRODUZIDOS PELA PERÍCIA CRIMINAL DA POLÍCIA FEDERAL SOBRE NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS NO PERÍODO DE 01/01/2014 A 01/03/2015 De Rose, N. M. QF 41 - Química Forense (QF) CLASSIFICAÇÃO DIRETA DE NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS EM SELOS APREENDIDOS, USANDO ATRFTIR E ANÁLISE DISCRIMINANTE MULTIVARIADA Pereira, L. S. A. QF 42 - Química Forense (QF) TESTES PRELIMINARES COLORIMÉTRICOS EM COMPRIMIDOS APREENDIDOS: O DESAFIO NO CONTEXTO DAS NOVAS DROGAS PSICOATIVAS (NPS) Da Silva, L. C. QF 43 - Química Forense (QF) IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE 4-BROMOMETCATINONA ENCONTRADA EM COMPRIMIDOS APREENDIDOS NO ESTADO DE GOIÁS Souza, L. F. QF 44 - Química Forense (QF) DISCRIMINAÇÃO DE RESÍDUOS DE DISPARO DE ARMAS DE FOGO POR FLUORESCÊNCIA DE RAIOS X POR REFLEXÃO TOTAL E ANÁLISE DE COMPONENTES PRINCIPAIS Ferreira, L. P. QF 45 - Química Forense (QF) ESTUDO ELETROQUÍMICO DO DELTA-9-TETRAIDROCANABINOL UTILIZANDO ELETRODO IMPRESSO DE CARBONO QUIMICAMENTE MODIFICADO COM COMPLEXOS DO TIPO BASE DE SCHIFF [CU(SALOPHEN)]. Balbino , M. A. QF 46 - Química Forense (QF) ANÁLISE VOLTAMÉTRICA DO EXTRATO DE CANABINÓIDES POR ELETRODO IMPRESSO DE CARBONO MODIFICADO COM BASE SCHIFF [CU(SALEN)] Balbino, M. A. 05/ 09/ 2016 - SEGUNDA-FEIRA CRI 01 - Criminalística Geral (CRI) O MÉTODO ACE-V E OS PRINCÍPIOS DA CRIMINALÍSTICA: A PAPILOSCOPIA COMO CIÊNCIA DA IDENTIFICAÇÃO HUMANA Fernandes, F. B. N. CRI 02 - Criminalística Geral (CRI) UMA NOVA ÁREA NA CIÊNCIA FORENSE Neto, O. N. CRI 03 - Criminalística Geral (CRI) COMPARAÇÃO BALÍSTICA PELO TRATAMENTO ESTATÍSTICO DE IMAGENS Mendonça, R. M. CRI 04 - Criminalística Geral (CRI) ANÁLISE DE IMAGENS NA DETERMINAÇÃO DE VELOCIDADES DE ENTRADA EM PERÍCIAS DE TRÂNSITO Vieira, T. G. CRI 05 - Criminalística Geral (CRI) A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO QUÍMICO PARA A SOLUÇÃO DE DELITOS AMBIENTAIS Zonato, V. S. OT 01 - Outros Tópicos (OT) ESTUDO COMPARATIVO DA LEI DE DROGAS BRASIL-AUSTRÁLIA Bruni, A. T. 29 Apresentação de Pôsteres OT 02 - Outros Tópicos (OT) INFLUÊNCIA DOS NÍVEIS HORMONAIS NO TRATAMENTO CRÔNICO E RETIRADA DE KETAMINA EM RATAS WISTAR Ferreira-Sgobbi, R. OT 03 - Outros Tópicos (OT) ESTUDO COMPARATIVO ENTRE MÉTODOS FORENSES PARA AQUISIÇÃO DE EVIDÊNCIAS EM IAAS SEM AUXÍLIO DE PROVEDORES DE SERVIÇO Rosário, J. OT 04 - Outros Tópicos (OT) ENFERMAGEM FORENSE Silva, J. O. M. OT 05 - Outros Tópicos (OT) O PROFISSIONAL DE SAÚDE E A PRESERVAÇÃO DE VESTÍGIOS NOS SERVIÇOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA. Silva, J. O. M. OT 06 - Outros Tópicos (OT) AÇÕES DE PESQUISA E EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA DESENVOLVIDAS PELO NÚCLEO DE ESTUDOS FORENSES DO ESTADO DO AMAZONAS Bentes, K. R. S. OT 07 - Outros Tópicos (OT) AVALIAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL PRESENTE NA ÁREA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL DA UFAM POR AÇÃO ANTROPOGÊNICA Antonio, A. S. OT 08 - Outros Tópicos (OT) COLORAÇÃO DIFERENCIAL PARA IDENTIFICAÇÃO DE ESPERMATOZOIDES EM AMOSTRAS FORENSES Arantes, L. OT 09 - Outros Tópicos (OT) ANÁLISE DE SOLOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA (PR-BRASIL) POR DIFRAÇÃO DE RAIOS X E MÉTODO DE RIETVELD PARA FINS FORENSES Prandel, L.V. OT 10 - Outros Tópicos (OT) APLICAÇÃO DE TÉCNICAS ESPECTROSCÓPICAS DE FLUORESCÊNCIA DE RAIOS X E INFRAVERMELHO EM SOLOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA (PR-BRASIL) PARA FINS FORENSES Prandel, L.V. OT 11 - Outros Tópicos (OT) NO SENTIDO DE ESTABELECER A ENFERMAGEM FORENSE NO BRASIL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA INTERNACIONAL Esteves, R. B. OT 12 - Outros Tópicos (OT) USO FORENSE DE SOLOS A PARTIR DE ANÁLISES QUÍMICAS E FÍSICAS DAS FRAÇÕES AREIA E ARGILA Corrêa, R. S. OT 13 - Outros Tópicos (OT) IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL DE CARNE APREENDIDA Tremori, T. M. OT 14 - Outros Tópicos (OT) ESTUDO TEÓRICO DOS CALIXARENOS COMO DETECTORES DE METAIS PESADOS Prado, T. F. 30 Apresentação de Pôsteres QF 47 - Química Forense (QF) AVALIAÇÃO DAS METODOLOGIAS DE ANÁLISE DE RESÍDUOS DE ARMAS DE FOGO COM ÊNFASE NO MÉTODO DE ESPECTROMETRIA DE MASSAS COM FONTE DE PLASMA INDUTIVAMENTE ACOPLADO Martinelli, M. QF 48 - Química Forense (QF) A VIABILIDADE DO USO DO KIT IDENTA IDT 9000 NO EXAME PRELIMINAR DE DROGAS DE DESENHO Lucena, M. C. C. QF 49 - Química Forense (QF) BOCAS DE CHUMBO: DETERMINAÇÃO VOLTAMÉTRICA DE CHUMBO EM AMOSTRAS DE BATOM Ribeiro, M. F. M. QF 50 - Química Forense (QF) ESTUDO TEÓRICO DOS POLISILOLES COMO DETECTORES DE MATERIAL EXPLOSIVO EM PERÍCIA DE INCÊNDIO Pedrina, N. J. QF 51 - Química Forense (QF) AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DA ADIÇÃO DE MARCADOR LUMINESCENTE NO TAMANHO DE PARTÍCULAS GSR Jatobá, R. QF 52 - Química Forense (QF) DETERMINAÇÃO DA DISTÂNCIA DO DISPARO EM FUNÇÃO DO PADRÃO DE DISPERSÃO DE LGSR Jatobá, R. QF 53 - Química Forense (QF) ANÁLISE E PERSPECTIVAS SOBRE EXPERIMENTOS DE QUÍMICA PARA INCORPORAÇÃO NO PROJETO CIÊNCIA INTERATIVA Santos, R. O. QF 54 - Química Forense (QF) QUÍMICA FORENSE: REVELAÇÃO DE IMPRESSÃO DIGITAL Santos, R. O. QF 55 - Química Forense (QF) DISTRIBUIÇÃO DE NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS (NSP) EM MATERIAIS APREENDIDOS NO NORDESTE DO BRASIL NO PERÍODO DE 2014 - 2016 Cunha, R. L. QF 56 - Química Forense (QF) A SENSIBILIDADE DOS TESTES COLORIMÉTRICOS (SCOTT E MEYER) E DA ANÁLISE POR INFRAVERMELHO COM ATR NA IDENTIFICAÇÃO DE COCAÍNA. Byrro, R. M. D. QF 57 - Química Forense (QF) ESTUDOS INICIAIS PARA DETERMINAÇÃO SIMULTÂNEA DE COCAÍNA E SEUS PRINCIPAIS ADULTERANTES Rocha, R. G. QF 58 - Química Forense (QF) PROPOSTA DE TRIAGEM RÁPIDA E SIMPLES DE MEDICAMENTOS CONTRABANDEADOS OU ADULTERADOS EMPREGANDO O SISTEMA PORTÁTIL DE ANÁLISE POR INJEÇÃO EM BATELADA (BIA) COM DETECÇÃO AMPEROMÉTRICA DE MÚLTIPLOS PULSOS Silva, R. A. B. QF 59 - Química Forense (QF) TRIAGEM RÁPIDA E PORTÁTIL DE MEDICAMENTOS CONTENDO CITRATO DE SILDENAFILA POR DETECÇÃO VOLTAMÉTRICA ASSOCIADA A FERRAMENTAS QUIMIOMÉTRICAS Silva, R. A. B. 31 Apresentação de Pôsteres QF 60 - Química Forense (QF) ANÁLISE DE GSR POR SPICP-MS Heringer, R. d. QF 61 - Química Forense (QF) APRIMORAMENTO NA RESPOSTA DE ESPECTRÔMETROS RAMAN PORTÁTEIS PELA UTILIZAÇÃO DE SUPERFÍCIES SERS ATIVAS: APLICAÇÃO EM COMPRIMIDOS DE ECSTASY Moreira, R. V. QF 62 - Química Forense (QF) PERFIL FÍSICO E QUÍMICO DE AMOSTRAS DE COCAÍNA APREENDIDAS NO DF Salum, L. B. QF 63 - Química Forense (QF) DETERMINAÇÃO DA PUREZA DE DROGAS PSICOTRÓPICAS POR CALORIMETRIA EXPLORATÓRIA DIFERENCIAL (DSC) E SUA APLICABILIDADE FORENSE Santos, M. M. C. QF 64 - Química Forense (QF) ANÁLISES QUALITATIVAS EM 18 LOTES DE ECSTASY: UMA PARCERIA ENTRE A UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO E O LABORATÓRIO DE EXAMES DE ENTORPECENTES DA REGIÃO DE RIBEIRÃO PRETO/SP Tadini, M. C. QF 65 - Química Forense (QF) ANÁLISES DE AMOSTRAS DE COCAÍNA APREENDIDAS NA REGIÃO DE LAVRAS/MG POR CROMATOGRAFIA GASOSA ACOPLADA À ESPECTROMETRIA DE MASSAS (GC-MS) E ESPECTROMETRIA DE MASSAS COM FONTE DE IONIZAÇÃO POR ELECTROSPRAY (ESI-MS) Vieira, T. G. QF 66 - Química Forense (QF) UTILIZAÇÃO DE SENSORES ELETROQUÍMICOS E FERRAMENTAS QUIMIOMÉTRICAS VISANDO À DISCRIMINAÇÃO DE ADULTERANTES DE AMOSTRAS DE COCAÍNA Guedes, T. QF 67 - Química Forense (QF) DESENVOLVIMENTO DE PROTÓTIPOS PARA DETECÇÃO VOLTAMÉTRICA DE ADULTERANTES E DILUENTES DA COCAÍNA E DO CRACK Carratto, T. M. T. QF 68 - Química Forense (QF) CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA, FÍSICA E MINERALÓGICA DE SOLOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA DE INTERESSE FORENSE Testoni, S. A. QF 69 - Química Forense (QF) FABRICAÇÃO DE SENSORES COLORIMÉTRICOS PORTÁTEIS E DE BAIXO CUSTO PARA SCREENING DE AMOSTRAS DE DROGAS APREENDIDAS Araujo, W. R. QF 70 - Química Forense (QF) IDENTIFICAÇÃO DE UMA NOVA CATINONA SINTÉTICA EM DROGAS DE RUA EM OURO PRETO MG Machado, Y. QF 71 - Química Forense (QF) ESTUDO DE ELETRODOS QUIMICAMENTE MODIFICADOS COM BASE DE SCHIFF PARA A DETERMINAÇÃO DE LSD E NBOME Da Silva, A. B. C. QF 72 - Química Forense (QF) ANÀLISE DE COCAÍNA E INTERFERENTES POR FT-IR EM PCA Ribeiro, C. E. 32 Apresentação Oral Dia 03/09/2016 (SABADO) - 16:00 às 16:50 Trabalho Selecionado Autor AVALIAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL PRESENTE NA ÁREA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL DA UFAM POR AÇÃO ANTROPOGÊNICA Karime Rita de Souza Bentes ANÁLISE DE GSR POR SPICPMS Rodrigo de Almeida Heringer NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS: UM DESAFIO PA- Mariana Dadalto Peres RA TOXICOLOGIA FORENSE Instituição Universidade Federal do Amazonas - UFAM Polícia Civil-DF Polícia Civil do Espírito Santo PC-ES Dia 04/09/2016 (DOMINGO) - 16:00 às 16:50 Trabalho Selecionado Autor Instituição PERFIL GENÉTICO HUMANO OBTIDO DE LARVAS NECRÓFAGAS SARCONESIA CHLOROGASTER (DIPTERA: CALLIPHORIDAE) EM CASOS DE CRIMES SEXUAIS Danielle Malheiros Universidade Federal do Paraná UFPR VALIDAÇÃO DE MÉTODO ANALÍTICO PARA IDENTIFICAÇÃO DE ADULTERANTES EM SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS Marcelo Filonzi dos Santos ESPECTROMETRIA DE MASSAS INORGÂNICA E ORGÂNICA PARA AVALIAÇÃO DO MITO DO CHÁ DE FITA COMO DROGA BIZARRA: RESULTADOS FINAIS. Eraldo Luiz Lehmann Hospital Israelita Albert Einstein - HIAE Instituto de Química - Universidade Estadual de Campinas - IQ Unicamp 33 Apresentação Oral Dia 05/09/2016 (SEGUNDA) - 16:00 às 16:50 Trabalho Selecionado Autor Instituição APLICAÇÃO DA TRAUMATOLOGIA FORENSE EM LESÕES PROVOCADAS POR ANIMAIS Tália Missen Tremori Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - FMVZ UNESP Botucatu DEVELOPMENT AND VALIDATION OF A SIMPLE PRELIMINARY TEST FOR MENSTRUAL BLOOD DETECTION LEVANTAMENTO DO NÚMERO DE LAUDOS PRODUZIDOS PELA PERÍCIA CRIMINAL DA POLÍCIA FEDERAL SOBRE NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS NO PERÍODO DE 01/01/2014 A 01/03/2015 Claudemir Rodrigues Dias Filho Nathália Mai De Rose Superintendência da Polícia Técnico Científica - SPTC / SP Polícia Federal - PF Dia 06/09/2016 (TERÇA) - 16:00 às 16:50 Trabalho Selecionado Autor Instituição ANÁLISE DE IMAGENS NA DETERMINAÇÃO DE VELOCIDADES DE ENTRADA EM PERÍCIAS DE TRÂNSITO Tales Giuliano Vieira Universidade Federal de Minas Gerais/Superintendência de Polícia Técnico Científica de Minas Gerais - UFMG/SPTC-MG DETERMINAÇÃO DE PB E SB EM RESÍDUO DE DISPARO DE REVÓLVER CALIBRE .38 POR GF AAS: ESTUDO DA INFLUÊNCIA DA DISTÂNCIA NA CONTAMINAÇÃO DE TESTEMUNHAS OCULARES Brian Cardoso Ferreira Universidade de São Paulo 34 BIOQUÍMICA E BIOLOGIA FORENSE 35 BQ 01- IMPACT OF ASIP’S RS77106176, RS819135 AND RS6059743 SNPS IN PIGMENTATION OF ADMIXED BRAZILIAN POPULATION BQ 02- CROSS REACTION BLOOD TESTING FORENSIC VALIDATIONS DONE BY PRIVATE AND PUBLIC SECTOR LABORATORIES PEREIRA A.L.E.1, MARCORIN L.1, DEBORTOLI G.2, OLIVEIRA M.L.G.2, FRACASSO N.C.A2, MASSARO J.D.3, SIMOES, A.L.2, DONADI, E.A.3, CASTELLI E.C.4, MENDES-JUNIOR C.T.1 C. STADLER1, C. R. DIAS FILHO2, L. C. ARANTES3 AND M. G. ROCA1 1 1 Departamento de Química, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, USP, Ribeirão Preto, SP 2 Departamento de Genética, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP, Ribeirão Preto, SP 3 Departamento de Clínica Médica, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP, Ribeirão Preto, SP 4 Departamento de Patologia, Faculdade de Medicina de Botucatu, UNESP, Botucatu, SP Universidade de São Paulo, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Departamento de Química, Laboratório de Pesquisas Forenses e Genômicas, Ribeirão Preto, SP INTRODUCTION: Agouti signaling protein, A SIP, is a paracrine signaling molecule, and a key compound in the regulation of synthesis of melanin. It interacts with MC1R and favors synthesis of pheomelanin (yellow/red pigment). In contrast, the interaction of the alpha-melanocytestimulating hormone with MC1R favors synthesis of eumelanin (brown/black pigment). Although ASIP’s 3’UTR region has been correlated with pigmentation traits, [1,2] there are no studies correlating the intronic and promoter regions, which may be involved in the regulation of gene expression. OBJECTIVES: Analysis of ASIP’s genetic diversity in a Brazilian admixed population sample (n = 340), aiming to discover genetic variations associated with pigmentation phenotypes. METHODS: We stratified the samples regarding eye, hair and skin color, presence or absence of freckles, and intensity of hair color greying. Then, we prepared the DNA library using Haloplex Target Enrichment System (Agilent Technologies) for sequencing at the Illumina MiSeq platform. Adapter trimming, alignment and genotype calling were done using cutadapt, BWA and GATK, respectively. Haplotypes and missing alleles were inferred computationally using PHASE, however, the known phase between variable sites obtained with GATK was considered. RESULTS AND DISCUSSION: Variant discovery yielded 65 variation sites in the promoter, CDS, intronic and 3’UTR regions of ASIP, of which 17 were strongly correlated with at least one pigmentation trait. The strongest correlation was the intronic rs77106176*AàG with dark skin color (p = 1.19 x 10-9, OR = 330.52), followed by two other variation sites in the promoter region (rs6059743*GàA, rs819135*AàG), which are in perfect linkage disequilibrium and strongly correlated with darker skin (p = 8.66 x 10-6, OR = 21.91). CONCLUSION: The rs77106176*G is only present in African and afro-descendent American populations in low frequencies (~5%). On the other hand, rs6059743*A and rs819135*G are observed worldwide. In spite of those differences, the present results reveal that the three markers can be used as ancestry and darker phenotype predictors in the Brazilian population. REFERENCES: [1] Kanetsky PA et al., Am J Hum Genet, 2002;70(3):770-5. [2] Voisey J et al., Pigment Cell Res, 2006;19(3):226-31. SERATEC GmbH, Ernst-Ruhstrat Str. 5 Goettingen, Germany Instituto de Criminalística, Superintendência de Polícia TécnicoCientífica, São Paulo, SP, Brazil 3 Seção de Perícias e Análises Laboratoriais, Instituto de Criminalística, Polícia Civil do Distrito Federal, Brasília, DF, Brazil 2 Blood evidence consists of one of the most important forensic pieces. However, it is not always easy to identify a stain as blood. The best and fastest way of doing it is using rapid screening derived from immunochromatographic tests to spot hemoglobin. However, cross reaction between species might be an issue since hemoglobin of other animals could be present, especially considering crimes against fauna, outdoor crime scenes with an easy access for animals, and human and domestic animal trauma cases. According to the particular structure in each country there are private and/or public laboratories working in this field. Methods and resources from private and public sectors are different, and procedures also differ from country to country. The main objective of our work was to validate the presence of human blood using interspecific samples and the criteria defined from each lab using rapid blood detection test kits, two from the public sectors related to forensic analysis in Brazil and one from the private sector in Germany. As a secondary goal, we have evaluated the Hook Effect. We used two commercially available rapid tests to identify human blood (HemDirect from SERATEC® Germany and HEXAGON OBTI from BLUESTAR® Forensic). Sample material was collected from several species. The results with HemDirect were all negative for non-human, with exception to ferret (Mustela putorius furo) and monkey (Callithrix jacchus). Human blood was positive until a dilution down to 10 -7. An extra test was done with fresh ferret and monkey blood at a lower concentration (10-5) and was negative in both cases. On the OBTI screening, human blood was negative at a concentration of 10-7, ferrets blood at 10-5 and monkey at 10-7. The high dose Hook Effect with HemDirect tests was visible but weak. The best results were obtained at dilutions between 10-4 and 10-5. On the other hand, the minimum sensitivity for OBTI was 10-6 and the high dose Hook Effect leads to negative results down to 10-2, with a faint line observed 3 hours after the test start at this concentration. In conclusion, both tests were suitable for the detection of human blood in forensic samples with usual methods of both private and public sectors. 36 BQ 03DEVELOPMENT AND VALIDATION OF A SIMPLE PRELIMINARY TEST FOR MENSTRUAL BLOOD DETECTION H. HOLTKOETTER1; C. STADLER2; C.R. DIAS FILHO3; M.G. ROCA2 1 Forensische Molekulargenetik, Institut für Rechtsmedizin Muenster, Muenster, Germany 2 SERATEC GmbH, Ernst-Ruhstrat Str. 5, Goettingen, Germany 3 Instituto de Criminalística, Superintendência de Polícia Técnico-Científica, São Paulo, SP, Brazil Identifying the biological source of a crime scene stain is one of the most important components in forensic science practice. A correct origin determination can be crucial for police investigations as it gives the investigators information about the course of the crime. Blood is one of the most commonly found body fluids at crime scenes, and accurate differentiation between peripheral blood and menstrual fluid potentially provides valuable evidence regarding the issue of consent in sexual assault cases. While the presence of peripheral blood might indicate a traumatic cause, menstrual fluid might hint towards a natural bleeding cause. The immunochromatographic SERATEC HemDirect test, which detects the presence of human hemoglobin in a sample and therefore detecting the presence of blood, was used as a basis for the development of a tool for the detection of menstrual blood. During menstruation, fibrinolysis occurs and is an important step to block blood coagulation and enable the menstrual fluid to easily pour out. The developed test is based on a D-dimer assay that detects degradation products of fibrinolysis. Dried menstrual samples and fresh peripheral blood were used for the sensitivity study. Possible cross-reaction were tested on blood mixed with saliva, semen and vaginal fluid. Forensic samples are included in the evaluation of the test’s sensibility and protocol development. Additionally, it was also verified if the samples remained suitable for other commonly used methods such as DNA extraction and profiling. The results of this study indicate that the D-Dimer/ Hemoglobin assay reliably detects the presence of human hemoglobin and identifies samples containing menstrual fluid. No false positive results were obtained. Furthermore, it was possible to successfully analyze mixtures of fluids. The sensitivity and robustness of the assay is on trial involving a team of researchers from different institutions. Considering the preliminary results, the method reliably distinguished between menstrual and peripheral blood, and so it would make a substantial progress in analyzing and interpreting evidence from sexual assault cases. BQ 04- ANÁLISE DE DNA EM CASOS DE VIOLÊNCIA SEXUAL COM TESTE PRELIMINAR NEGATIVO PARA PRESENÇA DE ESPERMATOZOIDES MACHADO HC1, SINDEAUX RHM1, MALHEIROS D2, MALAGHINI M3, ROSÁRIO MMT3 1 : Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Escola de Saúde e Biociências, Paraná, Brasil. 2 : Universidade Federal do Paraná, Departamento de Genética, Paraná, Brasil. 3 : Instituto de Criminalística do Estado do Paraná, Laboratório de Genética Molecular Forense, Paraná, Brasil. Em 2014 foram registrados mais de 3.900 casos de estupro no estado do Paraná. Este alto número, associado à dificuldade em obter perfil genético do agressor em amostras com resultados negativos para provas preliminares (pesquisa de espermatozoides e detecção de PSA), faz com que um número considerável de casos sejam inconclusivos quanto a análise genética. A metodologia convencional utilizada no Laboratório de Genética Molecular Forense (LGMF) do Instituto de Criminalística do Paraná para extração de DNA em casos de estupro utiliza uma alíquota da amostra homogeneizada. Este processo pode ser parcialmente responsável pela ausência de perfil genético masculino na evidência extraída possivelmente pelo efeito estocástico. Dentro deste contexto, este trabalho propõe uma nova abordagem utilizando a centrifugação das amostras oriundas de crimes sexuais com resultado preliminar negativo para espermatozoide, a fim de concentrar as possíveis células vindas do agressor. Foram utilizadas 18 amostras com PSA e espermatozoide negativos (NN) e 5 amostras com PSA positivo e espermatozoide negativo (PN) da casuística do LGMF. Todas foram submetidas aos dois métodos de extração, o tradicional por alíquota e o centrifugado. Foi obtido um haplótipo completo de indivíduo do sexo masculino para uma amostra NN centrifugada, resultado não observado com a amostra alíquota. Em 44% das amostras NN centrifugadas foi detectado material masculino através da quantificação por PCR em tempo real, contra 24% das amostras no método tradicional. Entre as amostras PN, foi possível obter dois perfis autossômicos completos do agressor e detectar material masculino em 75% das amostras centrifugadas. Já nas amostras a partir de alíquotas, foi obtido apenas um perfil autossômico e o DNA masculino pode ser quantificado em apenas 45% das amostras. Assim, foi possível observar que a centrifugação auxiliou na obtenção de material masculino tanto na quantificação quanto na genotipagem. Portanto, o resultado traz embasamento para que o protocolo padrão para casos de estupro seja revisto e padronizado no LGMF (BUTLER, 2011; DE PAULA, 2012; SAWAYA; ROLIM, 2009). 37 BQ 05- COMO A EPIGENÉTICA PODE AJUDAR NAS CIÊNCIAS FORENSES? CARDOSO, K.¹, MOHAMAD, L.¹, FARIAS, L.² ¹Acadêmicos de graduação do curso de Ciências Biológicas pelo Centro Universitário de Brasília. ²Prof. Dra. do curso de Ciências Biológicas do Centro Universitário de Brasília. Centro Universitário de Brasília Introdução: epigenética se r efer e às mudanças her editárias no fenótipo causadas por processos bioquímicos e moleculares que não alteram a sequência primária de DNA e envolvem metilação/desmetilação do DNA, acetilação/ desacetilação de histonas, entre outras. A investigação através da epigenética forense se concentra nos métodos para determinação dos padrões de metilação/desmetilação do DNA para serem utilizados na elucidação de crimes. Objetivo: esclar ecer a utilidade dos métodos epigenéticos na área forense. Materiais e Métodos: baseado na revisão bibliográfica sistemática, foram analisados os artigos mais recentes publicados nessa área de conhecimento. As bases de dados usadas foram PubMed e Scielo. Pesquisa de bibliografia: as técnicas epigenéticas se concentr am em buscar padrões de metilação no DNA dos suspeitos/ cadáveres. Todas elas servem para identificar o suspeito e viabilizar a reconstrução da cena do crime, seja pela elucidação da idade do suspeito/cadáver (Koch e Wagner, 2011), pela identificação de fluidos corporais (Lee et al., 2012), teste de paternidade (Huang et al., 2008) e diferenciação de gêmeos homozigóticos (Li et al., 2011). Conclusão: Uma vez que a epigenética r epr esenta um campo relativamente novo, ainda existem muitas questões a serem resolvidas em relação às tecnologias que podem ser aplicadas nas análises desse campo de estudo. Porém, é inegável o imenso potencial que a epigenética forense apresenta como mais uma ferramenta que poderá ser utilizada na resolução de crimes. Referências Bibliográficas: Huang D. et al. Parentally imprinted allele (PIA) typing in the differentially methylated region upstream of the human H19 gene, Forensic Sci. Int. Genet., Amsterdam, v. 2, n. 4, p. 286-291, 2008.; Koch C. M., Wagner W., Epigeneticaging-signature to determine age in different tissues, Journal of Aging Studies, Amster dam, v. 3, n. 10, p. 1-10, 2011.; Lee H. Y. et al. Potential forensic application of DNA methylation profiling to body fluid identification, Int. J. Legal Med., Amster dam, v. 126, n. 1, p. 55-62, 2012.; Li C. et al. Identical but not the same: The value of DNA methylation profiling in forensic discrimination within monozygotic twins, Forensic Sci. Int. Genet., Amsterdam, v. 3, p. 337-338, 2011. BQ 06- DIFERENCIAÇÃO GENÉTICA DE GÊMEOS MONOZIGÓTICOS EM ANÁLISES FORENSES ANTONIO L U ¹, PEREIRA M M I ², FERRAZ J A M L3 ¹ Especialista em Ciências Forenses pelo Instituto Paulista de Estudos Bioéticos e Jurídicos, Ribeirão Preto, SP, Brasil. ² Especialista em Biologia Molecular aplicada às área humana, animal e vegetal pela Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, SP, Brasil. 3 Doutora em Biociências e Biotecnologia Aplicadas à Farmácia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, São Paulo, SP, Brasil. Introdução: Gêmeos monozigóticos der ivam de um único zigoto e são indistinguíveis pela realização do teste genético padrão, o qual avalia marcadores do tipo repetição curta em tandem (Short Tandem Repeats, STR). Contudo o sequenciamento do genoma nuclear identificou polimorfismos de nucleotídeo único (Single Nucleotide Polymorphism, SNP) extremamente raros, os quais permitem diferenciar gêmeos monozigóticos (MZ). O DNA mitocondrial apresenta alta taxa de mutação tornando possível obter posições heteroplásmicas úteis na diferenciação de gêmeos MZ. A análise do padrão de metilação do DNA também se mostrou efetiva na discriminação de tais indivíduos. Objetivos: O objetivo do presente trabalho foi apresentar, através de uma revisão bibliográfica, as tecnologias utilizadas para se obter a diferenciação de gêmeos MZ e as evidências genéticas que corroboram tais dados. Metodologia: Foram selecionados 68 artigos científicos onde apenas 5 destes tratavam especificamente do tema diferenciação genética em gêmeos MZ, mostrando a deficiência de estudos nesta área. Os descritores utilizados foram DNA, gêmeos monozigóticos, genética e diferenciação celular. Discussão e Conclusão: Os tradicionais marcadores genéticos STR, que são utilizados na prática forense por possuir alta variabilidade e estabilidade, não permitem diferenciar apenas confirmar a monozigosidade em gêmeos. Em apenas um caso, um padrão tri-alélico extremamente raro para um marcador STR foi utilizado para solucionar um caso criminal com gêmeos MZ. Por outro lado, análise de SNPs nucleares e do perfil de metilação do DNA têm se mostrado eficientes na diferenciação de gêmeos MZ. Além disso, a genotipagem do mtDNA também revelou diferentes perfis de SNPs entre estes indivíduos, com a vantagem do sequenciamento do genoma mitocondrial ser mais barato que o nuclear e ter maior possibilidade de tipagem em amostras com DNA degradado ou ausente. A identificação de SNP’s em diferentes tecidos possibilitou detectar mutações capazes de diferenciar gêmeos MZ auxiliando em investigações de paternidade pois tais mutações podem ser herdadas pelos filhos. 38 BQ 07- ANÁLISE DE DNA DE TECIDOS PARAFINIZADOS PARA FINS DE IDENTIFICAÇÃO HUMANA ALEM, L.1,2, MACIEL, P.O.M.2, VALENTIN, E.S.B.2, SANTOS, O.C.L.2, NOGUEIRA, T.L.S.2 1 Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil. 2 Instituto de Biologia do Exército, Rio de Janeiro, Brasil. O DNA de amostras tratadas com formalina e parafina, oriundos de arquivos de serviços de anatomia patológica, podem apresentar variados níveis de degradação, o que representa um grande desafio na obtenção de perfis genéticos em análises forenses. Na ausência de amostras biológicas disponíveis, como saliva, sangue e/ou músculos, para a identificação de vítimas fatais, o processamento de lâminas histopatológicas surge como alternativa. O objetivo deste estudo foi padronizar metodologia de extração de DNA em tecidos parafinados para fins de comparação de perfis genéticos de vestígios encontrados em locais de crime e acidentes em ambientes militares. Os tecidos utilizados neste trabalho foram rim e pulmão fixados em formol a 10%, parafinados, com e sem coloração, provenientes do Laboratório de Anatomia Patológica do Hospital Central do Exército. A lâmina do tecido pulmonar foi corada com hematoxilina e eosina, e a lâmina do tecido renal não foi submetida a processo de coloração. Todo conteúdo das lâminas foi raspado com bisturi e transferido para tubos de 1,5mL. Ambas as amostras foram previamente tratadas com Solução de Desparafinização (Qiagen) e a extração de DNA foi realizada com o kit QIAamp DNA FFPE Tissue (Qiagen), conforme instruções do fabricante. Em seguida, foram analisados marcadores STR autossômicos com o kit AmpFlSTR Identifiler (Applied Biosystems) por eletroforese capilar, na plataforma ABI Prism 3500 Genetic Analyzer, (Applied Biosystems). As análises dos dados brutos foram realizadas com o software GeneMapper ID-X v1.3. O processamento dos tecidos resultou em perfis genéticos satisfatórios para identificação humana. Foram amplificados todos os 32 alelos possíveis por indivíduo, referentes aos 16 marcadores do sistema multiplex utilizado. Em termos qualitativos, os eletroferogramas mostraram picos bem definidos e com altura mínima de 3.000 rfu (unidade relativa de fluorescência). Os dados gerados se tornam relevantes no âmbito das Perícias Criminais Militares, podendo também servir como ferramenta na resolução de casos na esfera civil. BQ 08- MITF rs74845300 AND rs80232752 ASSOCIATION WITH DARKER PHENOTIPES IN A BRAZILIAN ADMIXED POPULATION SAMPLE MARCORIN L.1, DEBORTOLI G.2, PEREIRA A.L.E.1, OLIVEIRA M.L.G.2, FRACASSO N.C.A2, MASSARO J.D.3, SIMOES, A.L.2, DONADI, E.A.3, CASTELLI E.C.4, MENDES-JUNIOR C.T.1 1 Departamento de Química, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, USP, Ribeirão Preto, SP 2 Departamento de Genética, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP, Ribeirão Preto, SP 3 Departamento de Clínica Médica, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP, Ribeirão Preto, SP 4 Departamento de Patologia, Faculdade de Medicina de Botucatu, UNESP, Botucatu, SP Universidade de São Paulo, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Departamento de Química, Laboratório de Pesquisas Forenses e Genômicas, Ribeirão Preto, SP INTRODUCTION: Microphthalmia associated transcription factor, MITF, has a major role in melanogenesis as it regulates the expression of enzymes directly involved in melanin synthesis in melanosomes. MITF expression is regulated by many different transcription factors, which bind to the promoter region functioning as transcription activators [1]. Besides its clear involvement in melanin synthesis, there aren’t known association studies linking MITF diversity and pigmentation traits. OBJECTIVES: This study aimed to find genetic variation in MITF associated with pigmentation traits in a Brazilian admixed population sample (n = 340) from São Paulo state. METHODS: Samples were stratified regarding eye, hair and skin color and presence of freckles. Libraries were prepared using Haloplex Target Enrichment System (Agilent Technologies) for MiSeq platform Illumina Sequencing. Adapter trimming, alignment and genotype calling were done using cutadapt, BWA and GATK, respectively. RESULTS AND DISCUSSION: There were found 134 variation sites in the promoter, intronic, regulatory UTRs and coding regions in MITF. Two of these, rs74845300*G and rs80232752*T, were particularly interesting as they are in perfect linkage disequilibrium and showed a strong correlation with black hair (p = 0.0002, OR = 41.10, IC95% = 2.2902-737.5484), dark brown eyes (p = 0.0066, OR = 17.35, IC95% = 0.9694-310.4651) and darker skin (p = 0.0005, OR = 27.74, IC95% = 3.1753-242.4257). Both SNPs are located in the promoter region, more specifically in an enhancer region where CEBPB and STAT3 may bind to stimulate MITF expression (positions -1872 and -1013, respectively). CONCLUSION: The results indicate that rs74845300*G and rs80232752*T might provide a stronger interaction with CEBPB and STAT3, intensifying the expression of MITF and hence, melanin production in melanosomes. Added to the fact that these alleles occur only in African populations (1000 Genomes Project), it leads to the conclusion that these variants could be used as markers for darker pigmentation traits, especially black hair. REFERENCES: [1] Bouakaze et al. 2009. Int J Legal Med. 123(4):315-25. FINANCIAL SUPPORT: FAPESP (Grant 2013/15447--0) and CNPq/Brazil (Grant 448242/2014--1 and Fellowship 309572/2014--2). 39 BQ 09- ESTUDO TEÓRICO DE MOLÉCULAS RELACIONADAS À VACINA CONTRA A COCAÍNA SIQUIERI, T.O; DIAS, L.G.; BRUNI, A,T. Departamento de Química, FFCLRP,UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO De acordo com a Lei 11.343/2006, as Políticas Públicas sobre Drogas devem levar em consideração medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de droga. Além disso, a criminalização do usuário prevista no artigo 28 tem como consequência ações do Poder Público para que o infrator tenha direito a tratamento gratuito e especializado tratamento. Nesse contexto, pesquisas sobre a utilização de vacinas para minimizar os efeitos da abstinência da droga possuem aspecto forense, pois a própria lei assim o prevê. O objetivo deste estudo foi analisar as moléculas que podem ser utilizadas na produção da vacina para a dependência de cocaína por meio de química computacional. Neste estudo estudamos as seguintes moléculas: (R)-pIsothiocyanatobenzoylecgonine methyl ester, 2'Acetoxycocaine, 4'-Fluorococaine, Cocaethylene, isothiocyanatobenzoylecgonine, norcocaine, Salicylmethylecgonine. A metodologia foi feita com os programas computacionais: ChemSketch e OpenBabel para obter-se o input das moléculas; Orca a fim de otimizar as geometrias e obter espectros teóricos pelos métodos AM1, PM3; Chemcraft para a visualização de geometrias otimizadas e espectros. Os resultados obtidos apresentam as geometrias finais para cada caso. Os métodos semi-empíricos estudados até agora apresentam uma reprodutibilidade adequada das estruturas cristalográficas. Contudo, há diferenças encontradas nos espectros para cada caso. Outros métodos semi-empíricos, como PM6 e PM7 serão utilizados a fim comparar os dados para se obter uma ideia da eficácia entre os vários métodos. Referências Bibliográficas: FOX, B. S. Development of a therapeutic vaccine for the treatment of cocaine addiction. MARTELL, B. A., MITCHELL, E., POLING, J, GONSAI, K., and KOSTEN, T. R., Vaccine Pharmacotherapy for the Treatment of Cocaine. 40 ODONTOLOGIA LEGAL 41 OL 01- ASSOCIAÇÃO DE MÉTODOS PARA ESTIMATIVA DA IDADE EM UMA AMOSTRA DE JOVENS BRASILEIROS OL 02- PREDIÇÃO DO SEXO POR MEIO DE MENSURAÇÕES NOS SEIOS MAXILARES EM EXAMES DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA AZEVEDO ACS1, MICHEL-CROSATO E1, BIAZEVIC MGH1. FARIAS AG1, GAMBA TO2, GROPPO FC3, HAITER-NETO F4, POSSOBON RF5 Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (FOUSP). 1 Os métodos de estimativa da idade para indivíduos jovens consistem no estudo de características dentais e ósseas, com o intuito de atingir resultados o mais próximo possível da idade cronológica. O estudo de estruturas do corpo humano norteia-se na avaliação dos acontecimentos que transcorrem durante os processos de crescimento e de desenvolvimento, uma vez que, comumente, apresentam uma sequência lógica e constante. A literatura mundial sugere uma abordagem multifatorial para o processo de estimativa da idade, ou seja, a avaliação de mais de um local anatômico. Nesse sentido, o objetivo deste estudo foi verificar a relação entre a idade cronológica e a idade biológica estimada por meio de índices radiográficos derivados da associação de métodos de estimativa baseados no desenvolvimento dental e na maturação das vértebras cervicais. Para isso, utilizou-se uma amostra composta por radiografias panorâmicas e telerradiografias pertencentes a 510 indivíduos com idades entre 8 e 24 anos. Foi aplicado o método de Demirjian para estimativa da idade de sete dentes mandibulares, o método de Baccetti que estima a idade por meio da maturação das vértebras e o método de Mincer para estimativa da idade de terceiros molares. Em seguida, foram utilizados os índices radiográficos apresentados no estudo de Lajolo et al. (2013): o escore radiográfico orocervical simplificado (EROCS) e o escore radiográfico oro -cervical simplificado sem o terceiro molar (EROCSSTM). Com base nestes índices, a amostra foi dividida em grupos (A, B e C), representativos do aumento da idade cronológica. Os dados foram digitados e analisados no programa MedCalc. Para o EROCS a taxa de acerto foi de 67,4%, já para o EROCSSTM a taxa de acerto foi de 70,8%. Considerando apenas o sexo feminino, a taxa de acerto foi igual a 64,2% (EROCS) e 66,1% (EROCSSTM). No que refere ao sexo masculino, os valores foram 70,7% (EROCS) e 75,4% (EROCSSTM). Os achados indicam que houve boa aplicabilidade dos índices radiográficos oro-cervicais e os resultados, de modo geral, foram melhores ao associar apenas dois métodos de estimativa de idade. Doutoranda em Radiologia Odontológica, Departamento de Diagnóstico Oral, Área de Radiologia Odontológica, 2 Doutorando em Radiologia Odontológica, Departamento de Diagnóstico Oral, Área de Radiologia Odontológica, 3 Professor Titular, Departamento de Ciências Fisiológicas, Área de Farmacologia, Anestesiologia e Terapêutica, 4 Professor Titular, Departamento de Diagnóstico Oral, Área de Radiologia Odontológica, 5 Professora Associada, Departamento de Odontologia Social, Área de Psicologia Aplicada, Faculdade de Odontologia de Piracicaba – Unicamp INTRODUÇÃO: A determinação sexual é um importante passo na identificação de corpos decompostos e de remanescentes esqueléticos, podendo ser realizada por meio de características morfométricas da pelve, dos ossos longos e do crânio. No entanto, em grande parte dos casos, a pelve e os ossos longos encontram-se fragmentados ou mesmo ausentes, o que atribui ainda mais importância ao estudo craniométrico [1]. OBJETIVO: Avaliar a possibilidade de determinação do sexo de indivíduos desconhecidos por meio de mensurações lineares e volumétricas nos seios maxilares, em exames de Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC), na população brasileira. MATERIAL E MÉTODOS: 94 imagens de TCFC, sendo 45 de indivíduos do sexo masculino e 49 do sexo feminino, com idades entre 20 e 35 anos. O volume dos seios maxilares foi mensurado por meio do software de segmentação ITK-SNAP 3.0®. As mensurações lineares de altura, comprimento, largura, e maior distância entre os seios maxilares direito e esquerdo, foram executadas no software OnDemand 3D®. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Todas as medidas foram estatistica e significativamente maiores (p<0,05) no sexo masculino, como relatado em trabalhos realizados em outras populações [1,2]. A medida mais dimórfica observada foi a altura do seio maxilar, com um potencial de predição do sexo de 77,7%. Com base nas medidas realizadas, foi desenvolvido um modelo de regressão logística que permitiu a elaboração de uma fórmula com potencial de predição sexual de 84%, sendo este valor superior aos de estudos pesquisados previamente na literatura [1, 2, 3, 4]. CONCLUSÃO: As medidas lineares e de volume dos seios maxilares, em exames de TCFC, são úteis para a predição do sexo de indivíduos desconhecidos. Referências: [1] Uthman, N.H. Al-Rawi, A.S. Al-Naaimi, J.F. AlTimimi, Evaluation of maxillary sinus dimensions in gender determination using helical CT scanning., J. Forensic Sci. 56 (2011) 403 –8. / [2] R. Kanthem, V. Guttikonda, S. Yeluri, G. Kumari, Sex determination using maxillary sinus, J. Forensic Dent. Sci. 7 (2015) 163. / [3] O. Ekizoglu, E. Inci, E. Hocaoglu, I. Sayin, F.T. Kayhan, I.O. Can, The Use of Maxillary Sinus Dimensions in Gender Determination, J. Craniofac. Surg. 25 (2014) 957–960. / [4] H.Y. Teke, S. Duran, N. Canturk, G. Canturk, Determination of gender by measuring the size of the maxillary sinuses in computerized tomography scans., Surg. Radiol. Anat. 29 (2007) 9–13. 42 OL 03- O USO DE MAQUIAGEM PARA SIMULAÇÃO DE LESÕES EM PESQUISAS SOBRE VALORAÇÃO DE DANOS ESTÉTICOS E TIPIFICAÇÃO DE DEFORMIDADE PERMANENTE FERNANDES MM1, BOUCHARDET FCH2, MICHELCROSATO E1, COBO-PLANA JA3, OLIVEIRA RN1. 1 Universidade de São Paulo, Faculdade de Odontologia, Departamento de Odontologia Social. 2 Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), Faculdade de Odontologia, Belo Horizonte (MG), Brasil. 3 Instituto de Medicina Legal (IML) – Zaragoza (Aragón), Espanha. Universidade de São Paulo, Faculdade de Odontologia, Departamento de Odontologia Social. Introdução: vár ias são as dificuldades enfr entadas pelos peritos nas avaliações de dano corporal pós-traumático, principalmente quando nos deparamos com a valoração do dano estético ou a tipificação de uma deformidade pela necessidade de comparação do paciente vítima de trauma com o seu estado anterior. Nesse sentido, evidencia-se nesses estudos a impossibilidade de causar lesões nos pacientes ou modelos, impondo-se o cumprimento de normas éticas internacionais em pesquisa científicas. Objetivo: apresentar a possibilidade de avaliar o impacto e a impressão do prejuízo estético utilizando a maquiagem, tanto feita com produtos cosméticos, tanto realizada com softwares eletrônicos como métodos para validar instrumentos de pesquisa no âmbito forense. Materiais e Métodos: a metodologia permite a simulação de lesões cicatriciais feitas com maquiagem na região maxilofacial. Para tal, utilizaram-se modelos voluntários possibilitando mostrar aos avaliadores imagens desses modelos antes (estado anterior normal do modelo) e com lesões maquiadas simulando danos estéticos sofridos, podendo serem feitos diferentes graus de gravidade da lesão1 num mesmo modelo. Discussão: tr ata-se de uma metodologia inovadora2 que mostra uma perspectiva interessante para o campo das pesquisas forenses sobre o tema, não causando danos aos pacientes. Conclusão: a busca pela melhor evidência científica sempre foi um desafio aos pesquisadores, mas no campo do dano estético/deformidade permanente ele toma proporção ainda maior quando se torna necessário adequá-los as várias áreas das ciências forenses: odontologia legal, medicina legal, criminalística, bem como do direito em saúde e da ética em pesquisa, além da legislação relacionada ao tema nos diferentes países. REFERENCIAS: 1- Cobo Plana JA. La valoración del daños a la personas por accidentes de tráfico. Vol. 1. Barcelona: Bosch, 2010. 1008 p. 2- Smith-Stoner M. Using moulage to enhance educational instruction. Nurse Educ. 2011; 36(1):21-4. OL 04- É POSSÍVEL MEDIR A FEALDADE CIENTIFICAMENTE? RELATO DE EXPERIÊNCIA PERICIAL FERNANDES MM1, KICHLER A2, ROSA GC1, SAKAGUTI N1 E OLIVEIRA RN1 1 Universidade de São Paulo, Faculdade de Odontologia, Departamento de Odontologia Social. 2 Associação Brasileira de Odontologia Seção Rio Grande do Sul (ABORS), Departamento de Odontologia Legal. Departamento de Odontologia Legal, Associação Brasileira de Odontologia Seção Rio Grande do Sul Objetivo: este estudo objetivou evidenciar difer entes abordagens metodológicas existentes para valoração do prejuízo estético por meio de um relato de perícia odontológica civil em que o periciado se mostrou com perdas dentárias e lesões em outras estruturas bucomaxilofaciais. Relato de caso: tr atou-se de um processo ajuizado para ressarcimento de danos que teve como autor uma pessoa que trafegava numa bicicleta e acidentalmente caiu dentro de um buraco existente na via pública traumatizando a face, e ré a prefeitura municipal. No laudo civil, realizado após o exame pericial e entregue ao judiciário, foi constatada a existência de nexo causal e foi utilizado o método da escala de sete graus ou método qualitativo empírico descritivo, tendo sido alcançado o grau cinco (considerável) para quantificação do dano estético. A sentença do juiz deu ganho de causa à vítima, sendo a indenização definida em 15 (quinze) mil reais. Porém, no texto dessa decisão não se observou nenhuma referência ao prejuízo estético ou as metodologias descritiva e empírica utilizadas para apurá-lo. Discussão: A existência de diferentes formas para valorar a fealdade em diferentes tecidos como dentes e estruturas faciais, muitas não validadas no Brasil, mostrou a importância do perito cirurgião-dentista se encontrar atualizado sobre as abordagens existentes, bem como entendê-las como uma necessidade pelo Código Processo Civil de 2015. Por fim, é fundamental a realização de uma descrição minuciosa das lesões existentes, bem como indicar a autoridade uma visão completa da pessoa prejudicada para a justa apreciação do dano estético, apontando a metodologia utilizada. 43 OL 05- APLICABILIDADE DE MENSURAÇÕES MANDIBULARES PARA DETERMINAÇÃO DE SEXO E ESTIMATIVA DE IDADE EM AMOSTRAGEM BRASILEIRA PEREIRA JGD1A, LIMA KF1A, DARUGE JÚNIOR E2B, SILVA RHA1C a Aluna do curso de especialização em Odontologia Legal; b Professor Doutor do Departamento de Odontologia Social – Área de Odontologia Legal ; c Professor Doutor do Departamento de Saúde Coletiva - Área de Odontologia Legal 1 Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo FORP-USP 2 Faculdade de Odontologia de Piracicaba – Universidade Estadual de Campinas FOP-Unicamp Na identificação humana com ajuda do perfil antropológico a determinação do sexo é necessária pois a idade de um esqueleto é sempre determinada em conjunto com o seu sexo. Estudos demonstram que a mandíbula é comparável ao crânio e a pelve, no dimorfismo sexual. O objetivo deste trabalho foi avaliar a possibilidade de determinar o sexo e estimar a idade em brasileiros por meio de mensurações mandibulares: altura do ramo (Co-Go), altura coronóide (Cr-Go), ângulo goníaco (Go), distância bigoníaca (GoGo) e comprimento máximo da mandíbula (Co-Pg). Foram utilizadas 103 mandíbulas n=53 do sexo feminino e n=50 do sexo masculino com idade média de 59,96 e 52,92 respectivamente, provenientes do Arquivo de Ossadas do Departamento de Odontologia Social, Área Odontologia Legal, da FOP - Unicamp. Os intervalos dos valores masculinos foram: Cr-Go 46,1 - 76,3, Go 102 – 140, Go-Go 80,4 - 109,8, Co-Go 47,7 – 74, Co-Pg 109,3 - 133,2. Os intervalos femininos foram: Cr-Go 40,6 – 81,3, Go 110 144, Go-Go 77,1 - 98,4, Co-Go 43,4 - 70,5, Co-Pg 100,1 – 130. Todas as médias foram maiores em homens como observado em trabalhos anteriores (1,2), com exceção do Go que foi maior em mulheres, indo contrário a alguns trabalhos encontrados (2,3). As mandíbulas foram agrupadas de acordo com a idade, G1: 0-20 anos; G2: 21-40 anos; G3: 41-60 anos; G4: 61-80 anos; G5: 80-100 anos, sem levar em consideração o sexo. Foi possível observar um aumento gradual de todas as mensurações entre os grupos G1 e G2, porém os valores diminuem no G3, voltam a aumentar no G4 e diminuem novamente no G5. Verificase que no grupo G1 encontraram-se as menores medidas: Cr-Go 57; Go 118; Go-Go 83,7; Co-Go 54,7; Co-Pg 109,6; com exceção dos valores de Cr-Go 55,8 e Co-Go 53,15 que foram menores no G5 como encontrado em outros trabalhos (4). O grupo G2 possuiu as maiores médias em todas as mensurações Cr-Go 59,9; Go 122,5; Go-Go 94,3; Co-Go 59,12; Co-Pg 119,8. Conclui-se que as mensurações mandibulares apresentam potencial para diferenciação de sexo, porém a idade sofreu grandes variações, não sendo recomendável a utilização de apenas essas mensurações para este fim. Referências: 1. Ongkana N, Sudwan P. Gender difference in thai mandibles using metric analysis. Chiang Mai Med J. 2009;48(2):43 –8. 2. Thakur KC, et al. Racial Architecture of Human Mandible - An Anthropological Study. J Evol Med Dent Sci. 2013;2(23):4177–88. 3. Ivanišević Malčić A, et al. Radiomorphometric indices of mandibular bones in an 18th century population. Arch Oral Biol [Internet]. 2015 May;60(5):730–7. 4. Al-Shamout R, et al. Age and gender differences in gonial angle, ramus height and bigonial width in dentate subjects. Pakistan Oral Dent J. 2012;32(1):81–7. OL 06- ATIVIDADE PRÁTICA VISUAL NO ENSINOAPRENDIZAGEM DA TRAUMATOLOGIA FORENSE LIMA KF1, PEREIRA JGD1, SILVA RHA2 1 Aluna do Curso de Especialização em Odontologia Legal da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo. 2 Professor Doutor do Departamento de Estomatologia, Saúde Pública e Odontologia Legal da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo. Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo Embora a importância das aulas práticas seja amplamente reconhecida, de forma geral, formam uma parcela muito pequena nos cursos de graduação por diversos fatores1,2,3. Atividades práticas permitem que os alunos organizem e interpretem dados e, a partir deles, possam fazer generalizações e inferências, ao permitir a associação da teoria à prática, contribuindo para formação de profissionais completos para o mercado de trabalho1. O ensino da traumatologia forense muitas vezes é lecionado de forma unicamente teórica, distanciando o aluno da vivência prática dessa disciplina. Por esse motivo, o presente trabalho objetivou a criação de modelos que pudessem auxiliar o ensino da traumatologia forense, através da simulação de lesões em manequins com cabeça e pescoço, no intuito de aproximar os discentes da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto de maneira mais concreta, através de recursos visuais como estratégia de ensino. Para a confecção dos manequins com a presença de lesões simuladas, inicialmente foram selecionadas as lesões que seriam confeccionadas e posteriormente essas foram realizadas com a ajuda de fotografias, cosméticos, tintas, pinceis e espátulas odontológicas, além de outros materiais de artesanato para a caracterização das lesões. A atividade foi realizada com os alunos do 5º ano do Curso de Odontologia da FORP/USP na disciplina de Odontologia Legal. Foram realizadas 27 lesões simuladas, divididas em 6 manequins em variadas áreas da cabeça e pescoço. Através da execução de referida atividade foi possível perceber um maior interesse e motivação dos alunos, além de melhor entendimento e assimilação das nomenclaturas e características das diversas lesões. Referências: 1. Bassoli F. Atividades práticas e o ensinoaprendizagem de ciência(s): mitos, tendências e distorções. Ciênc. Educ. 2014; 20(3):579-93. 2. Cardoso FS. Atividades práticas e o ensino-aprendizagem de ciência(s): mitos, tendências e distorções [Monografia]. Lajeado: Centro Universitário UNIVATES, Curso de Gradução em Ciências Biológicas; 2013. 3. Pacheco MTM. A medicina legal na Bahia: Início e evolução do ensino. Graz. Med; 2007. 77(2):139-57. 44 OL 07- IMPORTÂNCIA DA RADIOGRAFIA PANORÂMICA COMO AUXILIAR ÀS PRÁTICAS CLÍNICA E ODONTOLEGAL OL08- PERÍCIA ODONTO-LEGAL EM OSSADA HUMANA: RELATO DE CASO MIRANDA AS¹, BARBIERI AA², MORAES MEL³, NARESSI SCM4 PINTO1 PHV, BARROS2 AVN, ANDRADE3 AOCB, PEREIRA4 ANN, LAGES5 VA. 1 Aluna de graduação Unesp-Ict São José dos Campos Professora de Odontologia Legal e Bioética Unesp – Ict São José dos Campos 3 Professora de Radiologia Unesp – Ict São José dos Campos 4 Professora de Odontologia Legal e Bioética Unesp – Ict São José dos Campos 2 As radiografias odontológicas registram a situação clínica do indivíduo embasando o tratamento proposto e acompanhando sua evolução. Dentre elas a radiografia panorâmica propicia uma visão mais ampla do complexo bucomaxilofacial, permitindo a descoberta de processos patológicos e outros achados, contribuindo para diagnósticos mais eficazes e melhor planejamento terapêutico. Além disso, é igualmente relevante no processo de identificação humana,estimativa da idade e na solução de discussões judiciais. Este estudo foi conduzido visando fundamentar a necessidade da inclusão da radiografia panorâmica como documento imprescindível ao prontuário do paciente, de modo a conferir a ele maior autenticidade. Para tanto, foram avaliadas 2732 radiografias panorâmicas não identificadas, de pacientes na faixa etária de 15 a 55 anos, de ambos os sexos, procedentes dos acervos da Disciplina de Radiologia da FOSJC-UNESP e de uma clínica radiológica particular da cidade de São José dos Campos - SP. A análise das radiografias buscou achados radiográficos não observáveis clinicamente. Os dados encontrados foram submetidos a análise estatística descritiva, TesteT Student e Teoria Central do Limite. Do total das radiografias panorâmicas avaliadas, 20,31% apresentaram achados radiográficos. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre os sexos e entre os sexos e a faixa etária. Os dados obtidos e a múltipla finalidade odontológica da radiografia panorâmica demonstram sua essencialidade como documento a complementar o prontuário odontológico do indivíduo, conferindo a ele maior legitimidade e valor clínico. 1 Aluno de Graduação em Odontologia da Universidade Estadual do Piauí. Parnaíba-PI. 2 Perita odonto-legal do Instituto de Medicina Legal Gerardo Vasconcelos. Teresina-PI. 3 Perita odonto-legal do Instituto de Medicina Legal Gerardo Vasconcelos. Teresina-PI. 4 Perito médico-legal do Instituto de Medicina Legal Gerardo Vasconcelos. Teresina-PI. 5 Perito odonto-legal do Instituto de Medicina Legal Gerardo Vasconcelos. Teresina-PI. Introdução: Os ar cos dentár ios são de gr ande impor tância no processo de identificação humana por apresentarem uma série de especificações que podem ser conservadas frente às adversidades do ambiente por um longo período de tempo. Quando a perícia dispõe da documentação odontológica ante-mortem (AM), o método odonto-legal com fins de identificação pode ser utilizado em substituição ao exame de necropapiloscopia e de genética forense. Além disso, a perícia deve estar habituada a detectar a ocorrência de lesões nas estruturas craniofaciais. Objetivo: Relatar a perícia odontolegal realizada em ossada humana, descrevendo as lesões encontradas e a identificação humana através do confronto entre dados odontológicos post-mortem (PM) e documentação AM. Relato do caso: Em 2014, deu entr ada no IML de Teresina-PI uma ossada encontrada na zona rural do município de União-PI. Devido à impossibilidade de identificação datiloscópica, optou-se pelo método odonto-legal de identificação. A partir das características morfológicas do crânio, determinou-se gênero masculino e etnia caucasiana para a ossada. A idade foi estimada entre 18 e 20 anos, de acordo com a presença das suturas sagital e lambidóide na superfície externa da calota craniana (Vanrell, 2009) e com os estágios de mineralização dentária do terceiro molar proposto por Nicodemo, Moraes e Médici Filho (1974). A documentação odontológica AM, ao ser comparada com os achados PM, possibilitaram a identificação da ossada. Ademais, o exame pericial pode constatar lesões ósseas de natureza contundente no crânio e na mandíbula como provável causa mortis (CM), direcionando o inquérito policial para a hipótese de homicídio. Conclusão: A partir da perícia odontolegal, acredita-se que a CM foi por traumatismo cranioencefálico e foi realizada a identificação humana da vítima. A documentação odontológica foi fundamental para o processo de identificação da ossada encontrada. 45 OL 09- IMPORTÂNCIA DA ODONTOLOGIA LEGAL PARA O SUCESSO DA IDENTIFICAÇÃO EM CORPOS CARBONIZADOS: RELATO DE CASO RECALDE TSF1, RODRIGUEZ JCZ2, SILVA RHA3 Aluna do curso de especialização em Odontologia Legal FORP – USP. Coordenador da área de Odontologia Legal UAP - Paraguai Coordenador da área de Odontologia Legal FORP – USP. Introdução: A aplicação de métodos e técnicas odontológicas com fins de identificação é um modo inigualável em casos onde a magnitude de dano corporal impede a identificação por outros métodos. É sabido por todos os especialistas, que não que não há duas arcadas dentárias idênticas, mesmo quando são analisadas as arcadas dentárias de gêmeos univitelinos. Além disso, a resistência dos dentes à destruição pelo fogo está amplamente discutida na literatura. Isto prova o alto valor da Odontologia Legal e da documentação odontológica para a correta identificação dos indivíduos queimados ou carbonizados. Objetivo: O objetivo desse trabalho, foi por meio de um relato de caso, apresentar a importância da informação odontológica, para possibilitar a identificação humana, bem como a importância do exame pericial odonto legal. Relato de caso: Tratase de um acidente aéreo, onde houve cinco vítimas e todos os corpos encontravam-se completamente carbonizados. O estado dos corpos dificultou consideravelmente a identificação por meios convencionais utilizados no Paraguai (reconhecimento visual e datiloscopia), o que levou a aplicar técnicas odontológicas com fins de identificação. Conclusão: Com este r elato de caso logr ou-se observar a importância da documentação odontológica e do exame pericial odontolegal em processos de identificação humana. REFERÊNCIAS -“Identidad”. En el Diccionario de la lengua española. Fuente electrónica [en línea]. Madrid, España: Real Academia Española. Disponível em: http://dle.rae.es/?id=KtmKMfe. -Marin L, Moreno F. Odontología forense: identificación odontológica de cadáveres quemados. Reporte de dos casos. Revista Estomatológica [Internet]. 2004 [cited 17 May 2016];12(2). Available from: http://estomatologia.univalle.edu.co/index.php/ estomatol/article/view/212 -Cáceres V. La odontología forense ayudó a resolver varios casos de gran impacto social. Ultima Hora [Internet]. 2014 [cited 17 Feb 2016];. Available from: http://www.ultimahora.com/ odontologia-forense-ayudo-resolver-varios-casos-gran-impactosocial-n799638.html -Importancia de la Odontología Forense dentro de la Maestría en Ciencias Forenses [Internet]. Posgrado.uni.edu.py. 2016 [cited 17 May 2016]. Available from: http:// www.posgrado.uni.edu.py/2011/04/27/importancia-de-laodontologia-forense-dentro-de-la-maestria-en-ciencias-forenses/ DVI / Policía científica / Especialidades / Internet / Home - INTERPOL [Internet]. Interpol.int. 2016 [cited 17 May 2016]. Available from: http://www.interpol.int/es/INTERPOL-expertise/ Forensics/DVI -Sweet D. ¿Por que es necesario un odontólogo para la identificación? En Fixot RH, editor invitado, clínicas odontológicas de Norteamérica: odontología forense. Abril 2001: Pp 245-257. -Norrlander AL. Burned and incinerated remains. In Bowers CM, Ben GL, Editores, Manual of Forensic Odontology, Ed 3. Colorado Springs, CO, American Society of Forensic Odontology, 1995. Pp 16-18. -DA SILVA, RF; De La Cruz, BVM; Daruge JRE, Francesquini JRL.F. La importancia de la documentación odontologica en la identificación humana -relato de caso. Acta odontol. venez [online]. 2005, vol.43, n.2, pp. 159-164. ISSN 0001-6365. -da Silva Reis J. Padronização da identificação humana por comparação radiologica computadorizada de estruturas osseas [Doctorado]. UNICAMP; 1999. -Da Silva RF, Daruge E, Pereira SDR, Almeida SM, Oliveira RN. Identificação de cadáver carbonizado utilizando documentação odontológica - relato de caso. Rev. Odonto. ciênc. 2008;23(1):9093 -Mailart et. al. Perícias odonto-legais: o valor da radiografia nas perícias odonto-legais. Rev. Assoc. Paul. Cir. Dent;45(2):443-6, mar.-abr. 1991. ilus. Disponível em: http://bases.bireme.br/cgi-bin/ wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/ iah.xis&src=google&base=BBO&lang=p&nextAction=lnk&exprSe arch=3164&indexSearch=ID -MACIEL SM, Xavier YM, Leite PH, Alves PM. A documentação odontológica e a sua importância nas relações de consumo: Um estudo em campina grande – PB. Pesq Bras Odontoped Clin Integr, Joaõ Pessoa, v. 3, n. 2, p. 53-58, jul./dez. 2003. Disponñivel em: http://www.gruponitro.com.br/atendimento-a-profissionais/%23/ pdfs/artigos/prontuario_odontologico/ a_documentacao_odontologica_e_sua_importancia_nas_relacoes_d e_consumo.pdf -Gomes Brito E. A documentação odontológica sob a ótica dos cirurgiões-dentistas de Natal/RN [Mestrado]. Universidade Federal do Rio Grande do Norte; 2005. Disponível em: ftp://ftp.ufrn.br/pub/ biblioteca/ext/bdtd/EwertonWGB.pdf -Codigo del Proceso Penal de la República del Paraguay. Ley Nro 1286/98. Colección de Derecho Penal, 2001. -Codigo Sanitario. Ley No836. Biblioteca y archivo central del congresso Nacional. Diciembre 1980. Disponível em: http:// www.bacn.gov.py/MjM5OQ==&ley-n-836 46 OL 10- ANÁLISE MÉTRICA DE CRÂNIOS HUMANOS PARA DETERMINAÇÃO DO SEXO: FORAME MAGNO 1 1 LOPEZ-CAPP, TT ; BENEDICTO, EN ; MICHELCROSATO, E1; PAIVA, LAS2; BIAZEVIC, MGH1 1 Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (FOUSP). 2 Instituto de Ensino e Pesquisa em Ciências Forenses (IEPCF).Guarulhos, São Paulo. O crânio é uma das estruturas anatômicas que apresentam maior dimorfismo sexual. A base do crânio é uma das estruturas que possui maior chance de prevalecer intacta após ação do ambiente. O estudo tem como objetivo analisar variáveis morfométricas do forame magno em crânios humanos para determinação do sexo. A amostra foi constituída de 99 crânios (46 femininos e 53 masculinos) pertencentes ao acervo do IEPCF. As medidas utilizadas para calcular a área do forame magno foram: máximo comprimento do forame magno (CFM) e máxima largura do forame magno (LFM). Três metodologias descritas na literatura foram utilizadas para calcular a área do forame magno: Routal et al.1 (M1), Teixeira2 (M2) e Günay and Altinkök3 (M3). Aplicou-se análise descritiva e teste qui-quadrado com nível de significância de 5%. O estudo foi aprovado pelo CEP-FOUSP, número parecer: 318.189. As médias das medidas e das áreas foram maiores para o sexo masculino comparado ao sexo feminino: CFM 32,36mm ± 1,48 e 30,80mm ± 1,38; LFM 33,70mm ± 1,00 e 32,16mm ± 0,91; M1 856,32mm² ± 35,61 e 776,02mm² ± 28,57; M2 e M3 861,41mm²± 35,48 e 781,40mm² ± 28,43. Os resultados obtidos a partir da aplicação das três metodologias foram que M1 determinou corretamente 47,2% os crânios do sexo masculino e 32,6% os crânios do sexo feminino; na técnica M2, o nível de acerto foi de 26,4% e 69,6%, respectivamente; e em M3, 20,8% e 54,3%, respectivamente. Conclui-se que as medidas CFM e LFM foram maiores no sexo masculino comparadas ao sexo feminino e a partir dos parâmetros utilizados neste estudo verificou-se que a porcentagem de acerto dos três métodos foi insatisfatória para determinação do sexo em crânios humanos. REFERÊNCIAS 1 Routal RR, Pal GP, Bhagwat SS, Tamankar BP. Metrical studies with sexual dimorphism in foramen magnum of human crania. J Anat Soc India 1984; 2(33):85–89. 2Teixeira WRG. Sex identification utilizing the size of the foramen magnum. Am J Forensic Med Pathol 1982; 3(3):203–206. 3Günay Y, Altinkök M. The value of the size of foramen magnum in sex determination. J Clin Forensic Med 2000; 7:147–149. Bolsista FAPESP nº 2014/13340-7 e CAPES/Ciências Forenses. OL 11- APLICABILIDADE DA QUEILOSCOPIA NA IDENTIFICAÇÃO HUMANA DEZEM, TU1; SILVA, A.A2; TERADA, ASSD3; SILVA, RHA4 1 – Doutoranda Biologia-Buco Dental – Anatomia – FOP/ UNICAMP 2Cirurgiã-Dentista – FORP/USP 3– Doutoranda em Ciências - Dep. Patologia e Medicina Legal – FMRP/USP 4– Professor Odontologia Legal – FORP/USP A análise das impressões labiais é conhecida como queiloscopia e refere-se a um método que pode ser utilizado nos casos de investigação forense. A análise da impressão labial pode ser de grande importância, pois tanto as impressões labiais aparentes, como as latentes, podem ser encontradas em objetos na cena de um crime, podendo indicar algum tipo de vinculação entre o suspeito e o local do crime. Este trabalho teve como objetivo principal investigar a variabilidade e a classificabilidade dos tipos de sulcos e espessura labial além da localização da comissura labial de 100 sujeitos de pesquisa. As análises foram realizadas em dois momentos com exames intra e interobservador. A mensuração da espessura labial foi realizada utilizando paquímetro digital e a análise da comissura labial por meio de análise visual. Para a classificação dos sulcos labiais, cada participante teve sua impressão labial registrada em folha sulfite branca com uso de batom de cor escura e fita adesiva, buscando, dessa forma, observar a prevalência dos padrões labiais na referida amostra e a variabilidade de sua classificação, para que essa prova pericial seja valorada na altura de seu mérito. Os resultados mostraram que é possível realizar a classificação das análises labiais, sendo que o tipo de lábio mais frequentemente encontrado foi o tipo I com 34,25%. Em relação à espessura, o tipo misto e a comissura do tipo abaixada foi a predominante com 66% e 59%, respectivamente. Além disso, observou-se nesse trabalho que não houve diferença estatística entre os indivíduos do sexo masculino e feminino em relação às classificações estudadas. Em relação à subjetividade da análise, os resultados mostraram que existe variação entre pesquisadores, principalmente em relação à impressão labial. Dessa forma, pode se concluir que os métodos estudados nesse trabalho são considerados válidos para identificação forense, desde que realizados por profissionais treinados para realização das análises, pois exigem estudo minucioso e treinamento da equipe para a realização correta e fiel do queilograma. Referências 1. Venkatesh R, David MP. Cheiloscopy : An aid for personal identification. J Forensic Dent Sci 2011;3:67-70. 2. Barros GB, Silva M, Galvão LCC. Estudo queiloscópico em estudantes do curso de Odontologia da UEFS– BA. Rev Saúde.Com 2006; 2(1):3-11. 3. Suzuki K, Tsuchihashi Y. A new attempt of personal identification by means of lip print. 1971;4:154–8. 4. Santos M. Cheiloscopy: A supplementary stomatological means of identification. 1967; 1(2):66- 7. 5. Molano MA, Gil JH, Jaramillo JA, Ruiz SM, Estudio queiloscópico en estudiantes de la Universidad de Antıóquia. 2002;14(1):26– 33. 6. Moya V, Roldán B, Sánchez JA. Odontología legal y forense. Barcelona: Masson; 1994. 47 PSIQUIATRIA E PSICOLOGIA FORENSE 48 PPF 01- ANÁLISE DE CANABINÓIDES EM AMOSTRAS DE CABELO E CORRELAÇÃO COM INCIDÊNCIA DE SINTOMAS PSIQUIÁTRICOS ALVES MNR1, HANNA TB1, CRIPPA JAS2, DE MARTINIS BS3 1 Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, USP; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP; 3Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto, USP. 2 Introdução: A Cannabis contém apr oximadamente 70 canabinóides, sendo os principais o Δ9 – tetraidrocanabinol (Δ9 - THC), que quando administrado intravenosamente em indivíduos saudáveis produz efeitos ansiogênicos e efeitos psicóticos-like e o canabidiol (CBD), que apresenta propriedades antipsicóticas e ansiolíticas. O cabelo é uma matriz biológica que permite mostrar um retrato cumulativo e retrospectivo de exposição prolongada a drogas, em razão de sua natureza sólida e de grande durabilidade. A incidência dos sintomas psiquiátricos foi avaliada através da utilização de instrumentos de rastreamento psiquiátricos. Objetivo: Correlacionar as concentrações dos canabinóides encontrados nas amostras de cabelo com a incidência de sintomas psiquiátricos. Materiais e Métodos: 100 amostras de cabelo coletadas de voluntários da pesquisa atendidos no CAPS AD de Ribeirão Preto foram enviadas ao laboratório Chromatox® (São Paulo) para análise de canabinóides. Além da coleta de cabelo, os voluntários foram submetidos a uma entrevista para aplicação dos instrumentos de avaliação psiquiátrica. Resultados e Discussão: A análise do cabelo mostr ou que 22% dos sujeitos apresentaram resultados positivos para Cannabis, sendo este resultado confirmado pela detecção de Δ9 – THC, uma vez que o valor de CBD foi igual a zero para todas as amostras. A prevalência de indicadores clínicos positivos para transtornos psiquiátricos entre a população usuária de drogas do CAPS – AD foi de transtornos mentais comuns, entre eles a ansiedade e depressão. Os sujeitos que apresentaram indicadores positivos para sintomas mentais comuns (SRQ), depressão maior (PHQ – 9) e transtorno de ansiedade social (SPIN) apresentaram maior concentração média de Cannabis no cabelo. Entretanto, esses resultados não foram estatisticamente significantes. Conclusão: Os resultados obtidos a partir da correlação entre o nível de sintomas e a concentração de Cannabis no cabelo não foram estatisticamente significativos. Apesar das limitações do estudo, podemos concluir que ele possibilitou estimar a prevalência da morbidade entre abuso de Cannabis e sintomas psiquiátricos na população atendida num centro de atenção psicossocial. 49 TOXICOLOGIA 50 TOX 01- PROGRAMA DE PREVENÇÃO ÀS DROGAS DE ABUSO E À VIOLÊNCIA “ANJOS DA GUARDA” 2015. ALMEIDA, A.A1, SILVA, B.O1, GOMES, 1 1 A.C.C ,ROMAGNOLO, A,G , SILVA, F.I1, INOUE R.M.T3, GODINHO, A.F1,CHAGURI, J.L1, SANDRIM V.C2. ¹Centro de Assistência Toxicológica (CEATOX), Instituto de Biociências de Botucatu – UNESP, Botucatu SP. ²Departamento de Farmacologia, Instituto de Biociências de Botucatu – UNESP, Botucatu SP. 3Departamento de Clínica Médica - Faculdade de Medicina de Botucatu –Botucatu – UNESP, Botucatu SP. Introdução: Atualmente são noticiados inúmeros acontecimentos relacionados ao uso freqüente de drogas e a violência cada vez mais precoce entre jovens, além da transmissão de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Considerando os inúmeros fatores de riscos para a o uso e abuso de drogas destacamos falta de informações sobre os efeitos e danos das drogas no organismo. Objetivo: Promover a capacitação de alunos de graduação em Biologia e Biomedicina – IBB e Enfermagem - FMB, UNESP, como monitores em palestras para: professores, alunos do ensino fundamental, médio e superior, e outras instituções sobre os efeitos nocivos das drogas, sua prevenção, redução à violência e as DSTs. Materiais e Métodos: Os alunos foram capacitados por intermédio de curso e seminários para palestras de sensibilização anti-drogas utilizamos a exposição de peças anátomo-patológicas, vídeos, e kits de detecção de drogas na urina. Foram aplicados dois questionários (testes de multi-escolha) pré e pós-palestras como avaliador, com explanações no máximo de 60 min/dia. Resultados: Constatou-se um percentual maior de acertos de 38 ± 15% pré para 86 ± 12% pós-palestras. Foram contemplados alunos (350) das unidades universitárias da UNESP – IBB. Externamente com a Diretoria de Ensino de Botucatu tendo como o público alvo os alunos do ensino fundamental (1380) e médio (350) das escolas públicas (10) e privadas (3); Instituições ressocializadoras de jovens infratores (62) - Fundação CASA, unidades de Botucatu -SP e Iaras SP; instituições como por exemplo - SENAC (120 participantes), SESI (40) entre outros segmentos [ex: Igrejas (100),Tiro de Guerra (70), Programa PROERD (400) e JCC Policia Militar (250), Narcóticos e Alcoólatras Anônimos (15) . Discussão: Foi observado na avaliação dos questionários aplicados pré e pós-palestras a melhora significativa das informações sobre as drogas e DSTs, Conclusão: Conclui-se que frente aos resultados obtidos e pelos comentários dos professores fazendo menção à importância do projeto como instrumento essencial na prevenção às drogas, na redução da violência escolar e da incidência das doenças sexualmente transmissíveis. Referências: Folhetos sobre Drogas - CEBRID , disponível em http://www.cebrid.epm.br/index.php . Acesso em 22/03/ 2013. O que é AIDS – disponivel em : http://www.aids.gov.br/aids acesso em 04/03/ 2013. Disponivel em: http:// www.maxwell.vrac.puc-rio.br/7684/7684_4.PDF. TOX 02- LEVANTAMENTO DE PRONTUÁRIOS DE PACIENTES EXPOSTOS AO CHUMBO POR PROJÉTIL DE ARMA DE FOGO x EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL– COMPARAÇÃO DE DIFERENTES TRATAMENTOS AMBULATÓRIO DO CEATOXINSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS UNESP, BOTUCATU/ SP. ALMEIDA A.A1, CHAGURI J.L1, INOUE R.M.T3, GODINHO A.F1,SILVA F.I1,JUVENCIO,J.M1,SANDRIM V.C2. ¹Centro de Assistência Toxicológica (CEATOX), Instituto de Biociências de Botucatu – UNESP, Botucatu SP. ²Departamento de Farmacologia, Instituto de Biociências de Botucatu – UNESP, Botucatu SP. 3Departamento de Clínica Médica - Faculdade de Medicina de Botucatu –Botucatu – UNESP, Botucatu SP. Introdução: Devido o aumento de pessoas atendidas, com projétil de arma de fogo alojada em áreas críticas, de difícil remoção, com risco alto de sequela para a remoção cirúrgica. O projétil alojado em articulações e Sistema Nervoso Central libera chumbo para sangue assim como ocorre na exposição ocupacional, em decorrência desses fatos, o paciente passa apresentar sintomas de intoxicação crônica (saturnismo). Objetivos: Levantamento de prontuários de pacientes do CEATOX IBB UNESP, Botucatu, SP, Analisar as correlações entre os tratamentos propostos para redução de chumbo e melhora do quadro sintomático dos pacientes com projétil de arma de fogo em comparação com exposição ocupacional. Avaliar o custo/beneficio dos diferentes tratamentos terapêuticos - o alopático (CaNa2EDTA, DMSA, etc) e o homeopatico (Plumbum metallicum 15 CH). Materiais e Métodos: pesquisa dos dados coletados dos prontuários do ambulatório do CEATOX-IBB-UNESP,Botucatu-SP, referente aos anos 2005 a 2015, no total de 03 casos por projétil alojado e 05 casos por exposição ocupacional. Por intermédio de um questionário que abordou os seguintes parâmetros: nome, idade, sexo, peso, localização do projétil, período de exposição, sinais e sintomas na admissão e pós-tratamentos, nível de chumbo no sangue, tipo de tratamento realizado – quelatoterapia alopatica (CaNa2EDTA, DMSA,etc) e com homeopatia. Discussão: Depreende-se que quando o projétil esta localizado em área crítica (encéfalo) e não é possível a remoção cirúrgica do projétil, em decorrência do risco de sequela, opta-se pela quelatoterapia (alopática ou homeopatia), com evolução benéfica para o paciente tanto na situação do projétil alojado quanto exposição ocupacional ao Pb. Conclusão: os tratamentos propostos foram eficazes na redução ou remissão dos sinais e sintomas de exposição ao Pb. O tratamento homeopático com boa eficácia além do baixo custo sendo 25,6 vezes menor que o CaNa2EDTA e 67,9 vezes menor que a que o DMSA. Referências: BOLANOS, A.A; Demizio, J.P; Vigorita, V.J; Bryk, E. Lead Poisoning from an Intra- Articular Shotgun Pellet in the Knee Treated with Arthroscopic Extraction and Chelation Therapy, A case report, The Journal of Bone and Joint Surgery, p. 422 26;1996. SINICROPI, M. S., et al., .Chemical and biological properties of toxic metals and use of chelating agents for the pharmacological treatment of metal poisoning. Archives of Toxicology, v.84, no.7, p. 501-520, 2010. 51 TOX 03- PERFIL DE NBOMe TRAÇADO PELA POLÍCIA FEDERAL WAYHS C. A. Y.A, REIS M.A, MARIOTTI K. C.AB, ROMÃO W.C, VAZ B. G.D, ORTIZ R. S.E, LIMBERGER R. P.A a Av. Ipiranga, 2752, 90610-000, Porto Alegre – RS, Brasil. Laboratório de Toxicologia (LABTOXICO), Faculdade de Farmácia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. b Av. Ipiranga, 1365, 90160-093, Porto Alegre - RS, Brasil. Grupo de Identificação da Superintendência de Polícia Federal no Rio Grande do Sul. c Av. Fernando Ferrari, 514, Goiabeiras, 29075-910, Vitória ES, Brasil. Programa de Pós-Graduação em Química, Universidade Federal do Espírito Santo. d Campus Samambaia, Itatiaia, 74001970, Goiânia, GO - Brasil. Programa de Pós-Graduação em Química, Universidade Federal de Goiás. e Av. Ipiranga, 1365, 90160-093, Porto Alegre - RS, Brasil. Setor Técnico-Científico da Superintendência de Polícia Federal no Rio Grande do Sul. Introdução: Designer drugs são termos usados para descrever e identificar substâncias sintéticas. Recentemente, o âmbito de aplicação destas denominações foi expandido para incluir outras substâncias psicoativas. Entre esta grande variedade de drogas sintéticas, uma nova classe de alucinógenos chamada NBOMe está ganhando destaque no cenário internacional. Objetivo: Realizar um estudo retrospectivo em um banco de dados nacional de peritos, a fim de traçar um perfil nacional da atual paisagem e crescente uso dessa nova classe de drogas de abuso. Materiais e Métodos: Os r elatór ios for am acessados contendo o termo "NBOMe" do Sistema de Criminologia da Polícia Federal, datada de 1º de janeiro de 2012 a 04 de maio de 2015, produzidos pelas unidades forenses dos estados brasileiros. As seguintes informações foram coletadas: número de relatórios, local das apreensões, local de elaboração dos relatórios, as principais drogas apreendidas juntamente com NBOMe e suas apresentações, classificação química de NBOMe, quantidade de unidades apreendidas e principais imagens exibidas nos materiais apreendidos. Os dados foram agrupados em planilhas, tabelados, analisados e interpretados. Resultados e Discussão: As apreensões de NBOMe geraram 20 pedidos de perícia em Maio de 2015, 45 em 2014, 21 em 2013 e 4 em 2012, totalizando 90 relatórios. Pode ser visto que o número de relatórios com o termo NBOMe aumentou consideravelmente nos últimos cinco anos. As apreensões de NBOMe foram realizadas em 17 estados diferentes, a maioria delas em São Paulo. Nos relatórios descritos analisou-se que as amostras apreendidas variam consideravelmente em termos de tamanho, espessura e massa. Conclusão: A maioria das apreensões de NBOMe foram realizadas em São Paulo, e os selos são as principais formas de apresentação. MDMA foi o maior número de drogas apreendidas em conjunto com NBOMe. Os tipos 25C- e 25I-NBOMe foram os principais tipos de NBOMe apreendidos no Brasil. Referências Bibliográficas: A. NINNEMANN, G.L. STUART, “The NBOMe series: a novel, dangerous group of hallucinogenic drugs, J. Stud. Alcohol Drugs. 74 (2013) 977–978 TOX 04- ESTUDO RETROSPECTIVO DE ÓBITOS E EXAMES TOXICOLÓGICOS ATENDIDOS NO IGP/ JOINVILLE DE 2013 A 2015 PARABOCZ, G. C.1; PERICOLO, S.1; LINO, J.O.2; VIGNOTO, S.2; PEREIRA, N.2 1 – Instituto Geral de Perícias de Santa Catarina 2 – UNIVILLE Introdução: O abuso de substâncias psicoativas é um problema de saúde e segurança pública, com consequências negativas à sociedade. Entre a população adulta mundial, cerca de 5,2% são usuários de droga[1]. No Brasil, 22,8% da população entre 12 e 65 anos, já utilizaram algum tipo substância, em destaque a maconha (8,8%), cocaína (2,9%) e crack (1,5%)[2]. Objetivo: Conhecer o per fil das vítimas e a detecção de substâncias psicoativas em exames toxicológicos, nos óbitos violentos atendidos pelo IGP/Joinville. Materiais e Métodos: Os óbitos violentos do último tr iênio (2013 a 2015) foram analisados quanto à idade, gênero, classificação jurídica (homicídio, suicídio, acidente de trânsito e outras) e resultado dos exames toxicológicos. Resultados e Discussão: No per íodo avaliado, ocor r er am 1422 óbitos violentos em Joinville e região metropolitana, sendo 40,9% acidentes de trânsito, 29,0% homicídios, 9,1% suicídios e 21,0% outras formas de morte. O gênero prevalente foi o masculino (82,7%) e a idade média 40 anos. O exame toxicológico foi realizado em 891 casos, sendo que 513 (57,6%) apresentaram detecção de uma ou mais substâncias. Entre os casos com detecção, em 40,6% foi constatado apenas etanol (grupo 1), em 37,2% foram detectadas outras substâncias (grupo 2), e em 22,2%, a presença conjunta de etanol e outras substâncias (grupo 3). No grupo 2 destacaram-se THC (29,8%), COC (cocaína - 20,4%), COC+THC (12,6%) e benzodiazepínicos (12,6%), enquanto no grupo 3, predominaram COC (50%), THC (21%), COC+THC (19,3%). 70,5% das vítimas de homicídio tiveram alguma substância detectada, enquanto nos casos de suicídios, acidentes de trânsito e outras formas de morte, a média foi de 51%. Conclusão: O etanol está envolvido em grande parte das mortes violentas. O uso da cocaína também se destaca, principalmente em conjunto com o etanol. Esses dados são relevantes para o desenvolvimento de técnicas analíticas compatíveis com a demanda e podem corroborar para o direcionamento de políticas públicas. Referências [1]UNODC – United Nations Office on Drugs and Crime. World Drug Report 2014. Viena: United Nations Publication, 2014. [2]Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas (SENAD). II Levantamento domiciliar sobre o uso de drogas psicotrópicas no Brasil. Brasília: SENAD, 2006. 52 TOX 05- DETECÇÃO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS EM FLUIDO ORAL DE MOTORISTAS DE CAMINHÃO NO ESTADO DE SÃO PAULO TOX 06- USO DE DROGAS E MEDICAMENTOS PSICOATIVOS POR MOTORISTAS DE CAMINHÃO: ESTUDO PRELIMINAR BOMBANA HS1, DOS SANTOS MF1,2,3; GJERDE H4; JAMT REG4; ROHFS WJC5; MUÑOZ DR1; LEYTON V1 MAGALHÃES JG1, PANIZZA HN1, TAKITANE J1, SINAGAWA DM1, BOMBANA HS1, SANTOS MF1, ROHLFS WJC2, YONAMINE M1, MUÑOZ DR1, LEYTON V1 1 Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil 2 Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil 3 Hospital Albert Einstein, São Paulo, Brasil 4 Instituto Norueguês de Saúde Pública, Oslo, Noruega 5 Policia Rodoviária Federal, Brasil Introdução: Os acidentes de tr ânsito for am r esponsáveis por mais de 44 mil mortes em 2014 no Brasil, causando um importante impacto social e econômico. O Estado de São Paulo apresentou o maior número de acidentes de trânsito, com mais de 7 mil óbitos. O uso de drogas psicoativas pelos condutores merece destaque nesse cenário. Estão descritos na literatura os efeitos deletérios dessas substâncias na condução veicular. Motoristas de caminhão devido às longas jornadas de trabalho, pouco tempo de descanso e à depressão representam um grupo de risco para o consumo de drogas. Objetivos: Avaliação do uso de cocaína, anfetamina e tetrahidrocanabinol (THC) por motoristas de caminhão no Estado de São Paulo. Metodologia: Aplicou-se um questionário estruturado para obtenção de dados sociodemográficos e amostras de fluido oral foram colhidas. Estas foram submetidas aos testes de triagem e as positivas foram confirmadas por cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massas (LC-MS/MS). Resultados e Discussão: Houve 762 amostr as de fluido or al. Os dados não toxicológicos apresentaram todos os profissionais sendo do sexo masculino, com média de idade de 42,5 anos, a maioria casado ou amasiado (71,1%) e 41,0% dos entrevistados cursou até a 8ª série. 67,7% dos participantes mantinham algum vínculo empregatício e estavam em média 15,6 anos nessa profissão. Os participantes dirigiam uma média de 9,4 horas por dia e percorreram 614 Km antes da coleta da matriz biológica. Nos ensaios toxicológicos, 41 amostras (5,5%) apresentaram resultados positivos, sendo 16 (2,1%) destas confirmadas para cocaína. Anfetamina foi detectada em 9 (1,2%) amostras e THC em 5 (0,7%). Houve casos de mais de uma substância em 11 situações. Cocaína e anfetamina presentes em 3 (0,4%) amostras, outras 3 apresentaram cocaína e THC, uma amostra positiva para anfetamina e THC. O método permitiu identificar meprobamato (ansiolítico) foi encontrado em 3 amostras concomitante para cocaína uma vez e anfetamina 2 amostras. Uma amostra apresentou-se positiva para anfetamina e alprazolam (ansiolítico). Conclusão: O uso de substâncias psicoativas por motoristas de caminhão ainda é frequente e a cocaína foi a droga mais detectada nas amostras dos motoristas. Referências: Leyton V, Sinagawa DM, Oliveir a KCBG, Schmitz W, Andreuccetti G, Martinis BS De, et al. Amphetamine , cocaine and cannabinoids use among truck drivers on the roads in the State of Sao Paulo, Brazil. Forensic Sci Int 2012 fev; 215(13):25–7. 1 2 Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil Departamento de Polícia Rodoviária Federal, Brasil Introdução: Acidentes de tr ânsito são r esponsáveis por cerca de 1,2 milhão de mortes ao ano, sendo um grande problema, principalmente em países de média renda, como o Brasil. Um dos grandes fatores de risco para ocorrência de acidentes de trânsito é o consumo de álcool e outras substâncias psicoativas, como drogas de abuso e alguns medicamentos, pelo condutor1. É importante, portanto, traçar um perfil mais detalhado quanto ao uso dessas substâncias por motoristas profissionais, de modo a auxiliar na regulamentação e fiscalização no trânsito. Objetivo: Verificar o uso de drogas ilícitas (anfetaminas, cocaína e cannabis) e medicamentos (barbitúricos, benzodiazepínicos, opiáceos, metadona e antidepressivos tricíclicos) através da análise toxicológica em urina de motoristas de caminhão. Materiais e Métodos: Foram coletadas 1069 amostras de urina de motoristas que participaram do projeto Comandos de Saúde nas Rodovias, promovido pelo Departamento de Polícia Rodoviária Federal, no Estado de São Paulo, entre 2015 e abril de 2016. As amostras foram analisadas por testes imunocromatográficos. Resultados e discussão: Cento e uma amostr as (9,4% ) apresentaram resultado positivo para alguma das substâncias psicotrópicas pesquisadas. Dessas, a maioria apresentou resultado positivo para anfetamina (40,6%), seguida por metabólitos da cocaína (31,7%) e do THC (17,8%). Para os medicamentos, a classe mais encontrada foi a dos benzodiazepínicos, com 9,9% de presença nas amostras positivas, sendo a quarta substância mais encontrada. Houve um caso positivo para morfina e outros três para antidepressivos tricíclicos. Barbitúricos e metadona não foram detectados nestas amostras. As amostras positivas serão confirmadas por GC-MS. Conclusão: Na amostr a estudada, houve pr edominância de casos positivos para drogas ilícitas sobre os medicamentos, sendo que a anfetamina foi a substância mais encontrada. Referências Bibliográficas: 1. WHO (World Health Organization). Global status report on road safety 2015. Itália, 2015. Agradecimentos: Depar tamento de Polícia Rodoviár ia Feder al, FAPESP, CAPES, LIM-40/HCFMUSP. 53 TOX 07- VALIDAÇÃO DE MÉTODO ANALÍTICO PARA IDENTIFICAÇÃO DE ADULTERANTES EM SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS DOS SANTOS MF1,2; MANGUEIRA CLP2; FERREIRA CES2; FAULHABER ALC2; SANCHES LR2; TAVARES IS1; YONAMINE M1 1 Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil 2 Hospital Albert Einstein, São Paulo, Brasil Introdução: Os suplementos alimentar es são utilizados para aumento de massa muscular, capacidade aeróbia e desempenho físico, redução de gordura corporal, perda de peso, retardo no envelhecimento e atraem a atenção de muitos atletas. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) não define a categoria “suplemento alimentar”, não existindo registro para este. No Brasil, esses produtos podem ser classificados, como suplemento vitamínico e/ ou mineral, alimentos para atletas ou novos alimentos. Um sério problema enfrentado pelos consumidores é a certeza de que o produto condiz com as declarações do rótulo. Em todo o mundo, a adição dolosa de ativos farmacêuticos em suplementos é um problema comum e permanente. No Brasil, a disponibilidade de dados atuais sobre a adulteração de suplementos alimentares é escassa. Objetivos: Validação de método analítico empregando a técnica de cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massas (LCMS/MS) para a identificação e quantificação dos estereoides anabolizantes androstenediona, decanoatos de nandrolona e testosterona, deidroepiandrosterona (DHEA), estanozolol, metasterona, metiltestoterona, propionato de testosterona, testosterona base e trembolona em suplementos alimentares. Metodologia: As condições analíticas foram otimizadas utilizando o MRM (Multiple Reaction Monitoring – monitoramento de reações múltipas) e a FIA (Flow Injection Analysis – análise do fluxo de injeção). Inicialmente, amostras de suplementos comprovadamente sem adulterantes foram obtidas. Para as análises, adicionou-se 5 mL de metanol e padrão interno 17-OH-progesterona-d8 em 500 mg de suplemento. A mistura foi agitada por 1 minuto, centrifugada 3220xg por 10 minutos a 4°C, diluída em água, filtrada no vial e 50µL injetados no LC. No MS, a ionização ocorreu no modo APCI (Atmospheric pressure chemical ionization – ionização química à pressão atmosférica). Nessas amostras negativas, foram adicionados os adulterantes proposto. Resultados e Discussão: Os 11 esteroides anabolizantes foram identificados. A curva de calibração foi linear no intervalo de concentração entre 10 e 4000 ng/dg, com r2>0,99. Exatidão foi superior a 85%. Valores de precisão intra e interdias apresentaram desvios padrões relativos inferiores a 15%. Efeito matriz, e heteroscedasticidade também foram avaliados. Conclusão: Um método analítico simples e rápido foi validado e poderá ser utilizado para identificar e quantificar esteroides anabolizantes em suplementos nutricionais. TOX 08- DESENVOLVIMENTO E APLICAÇÃO DE MÉTODO ANALÍTICO PARA DETECÇÃO DE ESTIMULANTES EM SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS ADULTERADOS MUÑOZ HENAO, M. M¹; CAMPESTRINI, I¹; YONAMINE, M.¹ ¹ Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas, Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil. Introdução: A adição fr audulenta de ativos far macêuticos em suplementos nutricionais é um problema mundial e no Brasil, a disponibilidade de dados sobre a adulteração nestes produtos é escassa. Objetivo: Desenvolvimento e aplicação de método analítico empregando cromatografia gasosa para detecção, identificação e quantificação de estimulantes não declarados nos rótulos de suplementos alimentares. Materiais e Métodos: As amostr as de suplementos alimentares (n=70) foram obtidas em lojas especializadas e por meio de sites pela internet, de diversas partes do estado de São Paulo. Os métodos de extração avaliados foram: extração acelerada por solvente (ASE) seguida da extração em fase sólida (SPE), a técnica QuEChERS (método modificado) e o método de extração com metanol (Choi, et al. 2015). Os estimulantes de interesse foram cafeína, femproporex, anfepramona, fenfluramina, sibutramina, fentermina, efedrina, fenilpropanolamina, pseudoefedrina, 4-metilhexan-2amina e sinefrina. O método analítico foi desenvolvido por cromatografia gasosa com detector nitrogênio fósforo (GCNPD). Resultados e discussão: Foi determinada estatisticamente a quantidade de suplemento e de solvente a ser utilizada. A técnica de extração com metanol permitiu uma melhor resposta frente à porcentagem de recuperação e eluição das substâncias de interesse determinadas por GC-NPD. Os limites de detecção e quantificação obtidos encontram-se na faixa de 0,0010 a 0,010 mg/mL e a linearidade na faixa de 0,0010 a 0,040 mg/mL. Preliminarmente, 75% dos suplementos analisados obtiveram resultados positivos para cafeína e sibutramina mediante a metodologia escolhida. Conclusão: A técnica ASE seguida de SPE não per mitiu uma análise completa das substâncias submetidas à extração e a de QuEChERS não apresentou a resposta adequada devido à grande interferência do solvente ao ocultar duas das substâncias de interesse. A técnica de extração com metanol apresentou resultados satisfatórios, ressaltando a vantagem da utilização de baixa quantidade de amostra, solvente e padrões de estimulantes. Referências Bibliográficas: Choi, J . Y. et al. 2015. Development and validation of an LC-MS/MS method for the simultaneous analysis of 28 specific narcotic adulterants used in dietary supplements. Food Additives & Contaminants. 32, 1029–1039. Agradecimentos: CNPq/ANVISA 54 TOX 09- NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS: UM DESAFIO PARA TOXICOLOGIA FORENSE 1 1 PERES MD , VIEIRA AA , DE PAULA DML1, MARQUES GLM1, REBELO JCO1, COIMBRA JB1, PISSINATE JF1, MENDONÇA JB1, BAZZARELA RB1, PELIÇÃO FS1. 1 Serviço de Laboratório Médico Legal, Departamento Médico Legal, Superintendência de Polícia Técnico Científica, Polícia Civil do Espírito Santo. Introdução: Novas substâncias psicoativas (NPS) são drogas sintéticas, muitas vezes não proscritas, mas que oferecem risco a saúde. O uso de NPS tem aumentado e pouco se sabe sobre efeitos tóxicos. Elas apresentam características físico-químicas diversas e são encontradas em baixas concentrações, dificultando o trabalho do toxicologista. Objetivo: Desenvolver um método para a análise de NPSs em amostras de sangue por LC-MS/MS. Materiais e métodos: As amostr as de sangue (200 µL) for am extr aídas utilizando 800 µL de acetonitrila a -20ºC e agitação em vórtex por cinco minutos, seguido de centrifugação (14000 rpm/10 min). A fase orgânica (700 µL) foi evaporada e reconstituída com 100 µL da fase móvel aquosa. A cromatografia líquida foi realizada no módulo 1200 Infinity, equipada com coluna Eclipse Plus C18 (2,1 x 100 mm x 1,8 µm), mantida a 60ºC. Solução de ácido fórmico 0,1% (v/v) foi utilizada como fase móvel A e acetonitrila com 0,1% de ácido fórmico (v/v) como fase móvel B com gradiente e em fluxo constante de 0,3 mL/min. O tempo da corrida foi de 10,5 minutos. A detecção por ESI-MS/MS (6430 Triplo Quad) foi realizada utilizando o método de monitoramento de múltiplas reações (MRM) com ionização positiva. Os analitos pesquisados foram LSD, 25-HNBoMe, 25-C-NBoMe, 25-I-NBoMe, 25-B-NBoMe, fentanil, methcatinona, metilona, mefedrona, metilenodioxipirovalerona (MDPV), AH-7921, AM-2201, JWH-018, 2,5dimetoxi-4-bromofenetilamina (2-CB), 3trifluorometilfenilpiperazina (TFMPP), fenilciclidina (PCP), cetamina, benzilpiperazina e metaclorofenilpiperazina (mCPP). Resultados e discussão: Todos os analitos foram extraídos com sucesso, o limite de detecção foi de 0,1 ng/mL para LSD, 25-H-NBoMe, 25-C-NBoMe, 25-INBoMe, 25-B-NBoMe; 0,5 ng/mL para fentanil; 1,0 ng/ mL para methcatinona, metilona, mefedrona, MDPV, AH7921, AM-2201 e JWH-018; e 5 ng/mL para 2-CB, TFMPP, PCP, cetamina, benzilpiperazina e mCPP. Todas as substâncias apresentaram linearidade até 50 ng/mL. Para avaliar a efetividade do método, as amostras de sangue de três casos com suspeita de envolvimento de NPS foram analisadas pelo método descrito acima. Em um dos casos foi confirmada a participação de NPS, no qual foi detectado 0,35 ng/mL de 25-I-NBoMe, 1585,0 ng/mL de MDMA e 82,5 ng/mL de cetamina. Conclusão: O método desenvolvido alcançou o objetivo proposto, com limites de detecção adequados para toxicologia e demonstrado pela aplicação em um caso real. TOX 10- DETECÇÃO DE COCAÍNA E COCAETILENO EM HUMOR VÍTREO COM SPME E GC/MS S. PERICOLOA, G. PARABOCZA, J.L. DE OLIVEIRA B a Instituto Geral de Perícias, IGP –Joinville (SC), Brasil Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE, Joinville (SC), Brasil b INTRODUÇÃO: O uso de dr ogas como COC e álcool está intimamente relacionado a mortes violentas. O emprego de matrizes alternativas é útil para a confirmação dos achados analíticos nas amostras de referência ou para suplantar a ausência destas. O humor vítreo (HV) destaca-se como matriz alternativa por apresentar boa correlação com níveis sanguíneos, ser de fácil obtenção e menos sujeita a contaminação[1]. Entre as técnicas de extração a SPME apresenta boa sensibilidade, dispensa o emprego de solventes e é de fácil automação com o cromatógrafo gasoso (GC)[2]. OBJETIVO: Validar metodologia par a a detecção qualitativa de COC e CE no HV, utilizando SPME e análise por GC/MS. MATERIAIS E MÉTODOS: As amostr as de HV (0,5mL) foram coletadas no IML/Joinville e submetidas à SPME, após adição de solução tampão (1mL), por imersão direta da fibra PDMS/DVB por 20min. a 60ºC e dessorção no injetor por 5min a 250ºC. Condições cromatográficas: coluna HP5MS, gás hélio 6.0, fluxo 0,6 mL/min., forno 100ºC1min, 18ºC/min até 300ºC, por 2,889 min. e modo SIM. Na validação foram avaliados os parâmetros de seletividade, limite de detecção (LD), precisão e carryover [3,4]. Na aplicação do método, 15 casos reais foram analisados e comparados com os resultados em matrizes convencionais. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O método demonstr ou seletividade para COC e CE em relação à nicotina, cafeína e lidocaína. O LD foi determinado em 5ng/mL. Foi constatada precisão sob condições de repetibilidade com coeficientes de variação dos tempos de retenção de 0,4% e 0,3, respectivamente para COC e CE. Não houve carryover até a concentração de 750ng/mL para ambos analitos. Na aplicação do método, em 13 casos foram detectados COC e CE na amostra convencional (sangue ou urina) e no HV. Nos outros dois casos, CE foi detectado na matriz convencional e no HV, e a cocaína, somente no HV. CONCLUSÃO: O método aplicado em casos post mortem mostrou-se como ferramenta alternativa útil para a detecção de COC e CE em casos de morte violenta, sendo de fácil execução, reprodutível e, portanto passível de ser implantado na rotina laboratorial, principalmente na ausência de amostras convencionais. REFERÊNCIAS [1] Baniak N., G. et al. Vitreous Humor: A Short Review on Postmortem Applications. Int J Clin Exp Pathol v.05, p.02-05, 2015. [2] KATAOKA, H.; SAITO, K. Recent advances in SPME techniques in biomedical analysis. Journal of Pharmaceutical and Biomedical Analysis, v.54, p. 926-950, 2011. [3] SWGTOX- Scientific Working Group for Forensic Toxicology. Standard Practices for Method Validation in Forensic Toxicology, 2013. [4] UNODC. Guidance for the V alidation of Analytical Methodology and Calibration of Equipment used for Testing of Illicit Drugs in Seized Materials and Biological Specimens– United Nations, New York, 2009. 55 ENTOMOLOGIA FORENSE 56 EF 01- ANÁLISE QUALITATIVA DE ASPIRINA, DIPIRONA, IBUPROFENO E PARACETAMOL EM IMATUROS DA ESPÉCIE DE MOSCA CHRYSOMYA MEGACEPHALA POR CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA ALVES C. C. F.1, BENTES K. R. S. 1, FIALHO M. C. Q.2, BARROS G. A. 1, PAULA A. R. U. 1, ANTONIO A. S. 1. EF 02- DETERMINAÇÃO DE FÁRMACOS EM IMATUROS DE CHRY SOMY A ALBICEPS (WIEDEMANN) (DIPTERA: CALLIPHORIDAE) POR CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA (CCD) BARROS G.A.1, BENTES K.R.S.1, FIALHO, M.C.Q2, ALVES C.C.F.1, PAULA A.R.U.1, ANTONIO A.S.1 1 1 Departamento de Química, Instituto de Ciências Exatas, Universidade Federal do Amazonas 2 Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Amazonas A entomotoxicologia forense consiste na utilização de artrópodes encontrados junto ao corpo da vítima para determinar o intervalo pós-morte e a causa da morte, especialmente, em casos onde há suspeita de intoxicação, envenenamento ou escassez de tecidos corporais. Esta pesquisa teve como objetivo detectar a presença de quatro analgésicos de ampla utilização e sem prescrição médica no Brasil (aspirina, dipirona, ibuprofeno e paracetamol) em imaturos da mosca necrófaga Chrysomya megacephala através de cromatografia em camada delgada (CCD). Para a pesquisa foram utilizados ovos da geração F2, obtidos a partir de uma criação controle sem a presença dos fármacos. Estes ovos foram expostos à carne bovina contaminada com os quatro medicamentos individualmente em três concentrações distintas. Ao atingir o terceiro instar, as larvas foram coletadas e levadas para a extração e análise por CCD, seguindo as metodologias empregadas para a análise destes fármacos em amostras biológicas. Além disso, também foram realizadas análises periódicas de peso e comprimento das larvas durante seu desenvolvimento. Através da análise por CCD, foi possível identificar a presença dos quatro medicamentos nas larvas de C. megacephala, além disso, foram observadas alterações no ciclo de vida e desenvolvimento dos imaturos, apontando a influência que estes fármacos possuem sobre essa espécie de mosca necrófaga e como a realização dessa análise sem a cromatografia pode resultar em erros no cálculo do intervalo pósmorte. As técnicas empregadas se mostraram como uma ferramenta eficaz na avaliação de casos de crime contra a vida onde há suspeita de intoxicação. Referências bibliográficas: GUPTA, R. N. Handbook of Chromatography: Drugs. Boca Raton: CRC Press, 1988. ROY, J. et al. Rapid screening of marketed paracetamol tablets: Use of thin-layer chromatography and a semiquantitative spot test. Bulletin of the World Health Organization, v. 75, n. 1, p. 19–22, 1997. Departamento de Química, Instituto de Ciências Exatas, Universidade Federal do Amazonas 2 Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Amazonas A entomotoxicologia forense é uma área de estudo que busca a detecção de substâncias tóxicas em artrópodes necrófagos, visando à elucidação de casos de morte por intoxicação, envenenamento ou em casos de inviabilidade de tecido cadavérico. Este estudo tem por objetivo detectar a presença de quatro medicamentos (aspirina, dipirona sódica, ibuprofeno e paracetamol) em larvas de uma espécie de mosca necrófaga (Chrysomya albiceps) submetida a tecido contaminado com os fármacos. As moscas foram coletadas e mantidas em criação, utilizando a oviposição da segunda geração obtida em laboratório. Os ovos eclodiram e foram levados a porções de carne bovina moída crua, havendo duas porções por medicamento, com doses diferentes, e uma porção controle (carne não contaminada). Além disso, fez-se um acompanhamento das medidas de massa e comprimento dos imaturos ao longo do desenvolvimento para avaliação da interferência promovida pelos fármacos no ciclo de vida. As larvas quando no terceiro instar foram coletadas procedendo-se à extração e análise por cromatografia em camada delgada (CCD), com as condições específicas estabelecidas na literatura para análise de cada medicamento em amostra biológica. O crescimento apresentado pelos imaturos foi diferenciado e observou-se que a detecção de medicamentos em larvas de C. albiceps foi possível, confirmando a possibilidade de utilizar tal espécie para fins entomotoxicológicos e com análises por CCD, que é uma ferramenta de alta aplicabilidade. Referências Bibliográficas: GUPTA, R. N. Handbook of Chromatography: Drugs. Boca Raton: CRC Press, 1988. ROY, J. et al. Rapid screening of marketed paracetamol tablets: Use of thin-layer chromatography and a semiquantitative spot test. Bulletin of the World Health Organization, v. 75, n. 1, p. 19–22, 1997. 57 EF 03 - A IMPORTÂNCIA DE UM PADRÃO DE SUCESSÃO ENTOMOLÓGICO NOS ESTADOS BRASILEIROS EF 04- PERFIL GENÉTICO HUMANO OBTIDO DE LARVAS NECRÓFAGAS Sarconesia chlorogaster (DIPTERA: CALLIPHORIDAE) EM CASOS DE CRIMES SEXUAIS MOHAMAD, L.¹, CARDOSO, K.¹ ¹Acadêmicos de graduação do curso de Ciências Biológicas pelo Centro Universitário de Brasília. Centro Universitário de Brasília KIRSTEN RRL1, VAIRO KP2, MOURA MO2, ROSÁRIO MMT3, MARANO LA3, 1 BICALHO MG , MALAGHINI M3, MALHEIROS D1 Introdução: cada lugar tem suas características peculiares e são elas que informarão os artrópodes que habitam determinada área e as características abióticas que interferem na decomposição de um cadáver. Por isso, os dados dos padrões de sucessão entomológicos gerados em um estado são intransponíveis, o que evidencia a importância de um “banco de dados entomológico” para auxiliar as pesquisas acadêmicas e as perícias realizadas pelos entomólogos forenses. Objetivo: realizar revisão bibliográfica sobre os diferentes padrões de sucessão entomológicos nos diferentes estados brasileiros. Materiais e Métodos: a metodologia foi de revisão de literatura sistemática. Os dados foram coletados nas bases de dados Scielo e PubMed. Além de artigos científicos, foram utilizadas teses de mestrado e livros-textos sobre entomologia forense. Pesquisa de bibliografia: a entomologia for ense está encar r egada de, através da fauna de artrópodes necrófagos, elucidar delitos fornecendo, principalmente, o tempo de morte do cadáver (cronotanatognose). Tendo conhecimento do clima, da umidade do ar, do solo e das espécies de artrópodes de interesse forense que são característicos de determinada localidade é possível estabelecer o padrão entomológico de determinado estado. Resultados e Discussão: nos estados brasileiros a fauna entomológica necrófaga é bastante distinta em decorrência dos fatores abióticos que interferem na decomposição de uma carcaça ou cadáver. A compilação dos dados deve ser feita em conjunto para que uma rede de informações nacionais seja criada. Conclusão: é importante integrar o trabalho de peritos e acadêmicos para facilitar as perícias e para que a entomologia brasileira ganhe cada vez mais espaço nos cenários nacional e mundial. 1 Referências Bibliográficas: Oliveir a-Costa, J. Entomologia forense: quando os insetos são vestígios. Campinas: Millennium. 2003. Agradecimentos: agr adecemos ao Pr of. Dr . Paulo Rober to Martins Queiroz e à Dra. Janyra Oliveira-Costa pelo interesse em nosso progresso acadêmico. Departamento de Genética (UFPR); 2Departamento de Zoologia (UFPR); 3Instituto de Criminalística do Estado do Paraná Universidade Federal do Paraná e Instituto de Criminalística do Estado do Paraná A violência sexual é um crime hediondo e anualmente tem aumentado em termos numéricos no Brasil. Em casos de vítimas mortas que tiveram seus corpos ocultados e estejam em estágio avançado de decomposição, combinações de técnicas baseadas em DNA com a entomologia podem fornecer estratégias para a obtenção de perfis genéticos que permitam a identificação do agressor. Dependendo do estágio de putrefação, a obtenção e análise de DNA são impossibilitadas em virtude da degradação sofrida por este material. Em tais situações, DNA humano preservado e passível de análise poderia ser obtido a partir do trato gastrointestinal de larvas necrófagas, permitindo tanto a identificação da vítima quanto do agressor. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi recuperar DNA e obter perfil genético humano a partir de larvas de Sarconesia chlorogaster (Wiedemann) alimentadas com sêmen. Para tal, foram utilizados exemplares de 5 fases distintas de desenvolvimento (larvas de 1º, 2º e 3º instares, pupas e adultos) alimentadas com dieta artificial acrescida de sêmen humano de um único doador em diferentes quantidades (500 µl, 1500 µl e 3000 µl). Foram utilizados 15 exemplares por tratamento para extração de DNA pelo método diferencial, seguido de extração orgânica. Para a obtenção de perfil genético foi utilizado o kit PowerPlex® 16 HS. Em 87% das amostras foi possível obter DNA, autossômico e/ou do cromossomo Y humanos. Nas larvas de 2º instar alimentadas com 3000 µl de sêmen, em ambas as frações masculina e feminina, foi possível a amplificação completa de todas as 16 regiões STR. Foram obtidos perfis genéticos homólogos, em todas as regiões analisadas, entre o material biológico do doador e o obtido do trato gastrointestinal das larvas. Este resultado indica que larvas de S. chlorogaster obtidas de corpos em decomposição podem conter DNA humano passível de análise se estas tiverem ingerido sêmen do agressor. Portanto, esta é uma prática que pode ser incorporada na casuística forense. 58 ENSINO EM CIÊNCIAS FORENSES 59 ECF 01- ANÁLISE E IDENTIFICAÇÃO DE RESÍDUOS DE DISPARO DE ARMAS DE FOGO (GSR) UTILIZANDO MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA (MEV) CRUMO, C. A.1; CARLIN, M. E. G.1; VELHO, J. A.1; OLIVEIRA, M. F. de.1; MARTINIS, B. S. de.1 Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo (FFCLRP-USP) Departamento de Química1 Em um disparo de arma de fogo, os resíduos são expelidos da arma na forma de nuvem de vapor através de aberturas da mesma. Juntamente com esta nuvem são expelidas substâncias parcialmente queimadas e não queimadas do propelente e materiais originários da combustão da mistura iniciadora. As partículas solidificadas expelidas são comumente chamadas de resíduos de disparo de armas de fogo (GSR). A rapidez com que o Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV) fornece informações sobre a morfologia e composição química elementar de uma amostra sólida, o torna uma técnica precisa na análise de resíduos de disparo de armas de fogo. O experimento teve como objetivo utilizar a técnica de MEV-EDS para propor uma prática de ensino em química forense, no sentido de analisar os resíduos coletados, identificando características de serem provenientes de um disparo de arma de fogo. Coletaram-se as amostras de resíduos com o auxílio de um suporte, stub, posteriormente levados ao MEV para análise. Como os metais componentes da pólvora são bons condutores, não foi necessário fazer o recobrimento da amostra com ouro ou fita adesiva de carbono. No MEV, analisaram-se os sinais provenientes dos elétrons secundários, fornecendo a topografia da superfície das partículas das amostras, e, com um detector de raio-x acoplado, determinou-se a composição elementar das mesmas. Os sinais provenientes dos elétrons secundários apresentaram partículas com topografia de superfície esférica, caracterizando a morfologia das micro esferas formadas por resfriamento imediato, devido ao choque de temperatura durante o disparo. O gráfico gerado pelos sinais de raio-x apresentaram picos de predominância dos elementos Pb, Sb e Ba. Esse predomínio ocorre em razão da composição da mistura iniciadora presente na espoleta do cartucho - estifinato de chumbo (trinitroresorcinato de chumbo), nitrato de bário, sulfeto de antimônio e 2,4,6-trinitrotolueno (TNT) – originando resíduos com presença majoritária de chumbo (Pb), bário (Ba) e antimônio (Sb). A partir dos resultados obtidos na análise por MEV dos resíduos coletados, conclui-se que as amostras são provenientes de disparos de armas de fogo, uma vez que apresentaram as peculiaridades características esperadas para um resíduo de disparo de arma de fogo (GSR). Referências Bibliográficas: [1] MARTINIS, B.; OLIVEIRA, M. Química Forense Experimental. São Paulo. 1ª Edição. Editor a CENGAGE Lear ning, 2016. [2] BRUNI, A; VELHO, J.; OLIVEIRA, M. Fundamentos de Química Forense – Uma Análise Prática da Química que Soluciona Crimes. Campinas, SP. Editor a Millennium, 2012. ECF 02- QUÍMICA FORENSE COMO TEMA MOTIVACIONAL PARA ALUNOS DO ENSINO TÉCNICO (ETEC) SILVA F.I1, ALMEIDA A.A1, GODINHO A.F1,CHAGURI J.L1, SANDRIM V.C2. ¹Centro de Assistência Toxicológica (CEATOX), Instituto de Biociências de Botucatu – UNESP, Botucatu SP. ²Departamento de Farmacologia, Instituto de Biociências de Botucatu – UNESP, Botucatu SP. Introdução: A química é uma disciplina que na maioria das cidades brasileiras, é ministrada por professores com habilitações em outras áreas (matemática, biologia, farmácia, etc), entretanto seria melhor desempenhada por profissionais licenciados em química. Na maioria das vezes, as aulas consistem apenas em ler os conteúdos propostos nas apostilas, porém seria muito mais “didático”, os professores usarem suas experiências profissionais e exemplos de aplicações da química no cotidiano dos alunos, bem como atualidades obtidas por meio de participações eventos científicos. Objetivo: Desenvolver a curiosidade e o interesse dos alunos pela química, por meio de atividades relacionadas às ciências forenses. Materiais e Métodos: Inicialmente, 32 alunos dos cursos técnico em química e técnico em açúcar e álcool de uma ETEC da cidade de São Manuel-SP foram submetidos à um questionário dissertativo que procurava avaliar se eles já possuiam algum conhecimento sobre química forense ou ciências forenses. Em outro momento, eles assistiram à uma palestra sobre esses temas, ministrada por uma perita civil. Na semana seguinte, assistiram vídeos de reportagens sobre o trabalho dos peritos criminais, equipamentos e técnicas usadas nas perícias e exemplos de casos de repercussão nacional elucidados graças ao eficiente trabalho dos peritos envolvidos. Finalmente, um novo questionário similar ao primeiro, foi aplicado aos alunos a fim de constatar o aumento no conhecimento e interesse pela química e ciências correlatas. Resultados e Discussão: No questionário inicial, foi constatado que o gosto pela química era unânime, porém o conhecimento da aplicação da química na investigação criminal era praticamente desconhecido ou conhecido superficialmente. Como exemplo, alguns alunos responderam que sabiam que os exames toxicológicos para investigar casos de envenenamento ou embriaguês eram realizados pelos químicos da polícia científica, mas não sabiam como eram realizados. Após o desenvolvimento das atividades deste projeto, todas as respostas foram mais coerentes, inclusive com mais embasamento teórico. Conclusão: Este trabalho demonstrou que a falta de motivação e dedicação dos alunos, aos estudos de química, podem ser revertidas a partir do empenho dos professores em demonstrar as diversas aplicações da química, principalmente na investigação criminal. Referências Bibliográficas: OLIVEIRA, M. F. Química Forense: A utilização da química na pesquisa de vestígios de crime. Química Nova na Escola. Nº 24, Novembro, 2006. 60 DA CENA DE ECF 04- PROPOSTA DE ENSINO EM QUÍMICA FORENSE: IDENTIFICAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO EMPREGANDO ENSAIOS COLORIMÉTRICOS SOUZA, R. H1, BENTES, K. R. S1, SOUZA, L. C 1, SOUZA, A.C.L 1, NUNES, P.P.1 CARRATTO, T. M. T.1; PAVAN, M. G.1; PEDRINA, N. J.1; BAPTISTA, J. P. A.1; OLIVEIRA, M. F.1; MARTINIS, B. S.1; VELHO, J. A.1 ECF 03- QUÍMICA FORENSE: CRIME À SALA DE AULA 1 Departamento de Química (DQ); Instituto de Ciências Exatas (ICE); Universidade Federal do Amazonas (UFAM) As ciências forenses atuam de maneira multidisciplinar na solução de crimes. Consistem em uma importante relação entre a ciência e a justiça, e esse campo de estudos tem sido muito difundido devido a seriados policiais, surgindo inclusive o termo “efeito C.S.I.” na literatura científica, como descrição para esse fenômeno. Assim, a contextualização das ciências às áreas forenses é uma interessante maneira de despertar o interesse dos alunos pelo estudo das ciências, além de ser um modo de revelar as relações entre ciência, tecnologia e sociedade, especialmente nas relações entre ciência e justiça. Uma maneira de inserir a cultura das ciências forenses aos alunos de Ensino Médio, se dá através da utilização de experimentos forenses, em conjunto com conhecimento teóricos ensinados rotineiramente. Neste contexto, o Núcleo de Estudos Forenses do Amazonas (NEFA) tem realizado com sucesso adaptações didáticas de práticas realizadas por peritos criminais. Neste trabalho relatamos a adaptação de novas práticas didáticas, sendo elas a simulação de tipagem sanguínea, e revelações de pegadas e impressões digitais, com o propósito de instigar o aprendizado na área de química dos alunos do ensino médio. A adaptação destes experimentos foi realizada utilizando materiais prioritariamente de fácil obtenção, e com gasto mínimo de reagentes, de forma a possibilitar que a maior parte das metodologias apresentadas pudessem ser reproduzidas pelos alunos em ambiente de sala de aula em escolas públicas no nível de Ensino Médio. De acordo com os resultados de questionários aplicados ao público, os experimentos desenvolvidos, quando associado com a teoria, estimulam o interesse do aluno pela área. Vestigios de pegadas, impressões digitais e sangue, podem ser encontrados na cena de um crime, fator que leva aos alunos relacionarem a teoria com o cotidiano da profissão de perito criminal, podendo ser este um forte estímulo para que esses alunos futuramente ingressem em carreiras científicas. Os experimentos desenvolvidos foram utilizados para enriquecer às atividades do Programa de Extensão Desvendo as Ciências Forenses, desenvolvido pela UFAM, possibilitando a criação de uma cena de crime fictícia para realização de minicursos com alunos de ensino médio. 1 Departamento de Química – Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo, Av. Bandeirantes, 3900, Monte Alegre, Ribeirão Preto – SP –Brasil Drogas de abuso são substâncias com distintas estruturas químicas e mecanismos de ação, as quais se ligam a um sítio de ação, gerando efeitos fisiológicos, comerciadas em larga escala de forma ilegal.1 Cada vez mais se visa o estudo de testes rápidos e fáceis que possam identificar essas drogas, sendo esses os chamados exames preliminares. O trabalho tem por objetivo realizar testes colorimétricos para a identificação das seguintes drogas de abuso: maconha, cocaína e ecstasy, bem como amostras de aparência semelhante às drogas analisadas: cigarro comercial, paracetamol, ácido bórico, carbonatos e bicarbonatos. A maconha e o cigarro comercial (que se assemelha à maconha), são analisados depositando-se as amostras no papel de filtro, pingando éter de petróleo e então o reagente Fast Blue B, o qual identifica a presença de canabinóides. Já as amostras de cocaína, paracetamol e ácido bórico são analisadas da seguinte maneira: colocam-se as três em uma placa escavada, pingando uma solução de tiocianato de cobalto, homogeneizando a amostra para então colocar ácido clorídrico. O chamado “ecstasy” pode ter diversas composições; sua análise é feita adicionando um reagente com formaldeído e ácido acético glacial e em seguida um reagente composto de água e ácido sulfúrico concentrado. Por fim, a análise de carbonatos e bicarbonatos é feita dissolvendo as amostras em água e adicionando-se ácido clorídrico concentrado. Os resultados são positivos se: o teste para a maconha obtiver coloração avermelhada; o teste para a cocaína obtiver uma coloração azul forte que persista após a adição do ácido; o teste para ecstasy obtiver coloração e por fim o teste para carbonatos e bicarbonatos se houver efervescência, indicando desprendimento de gás carbônico. Conclui-se que os testes possuem grandes vantagens, pois são rápidos, sensíveis e baratos, com resultados de fácil visualização. Porém deve-se tomar cuidado, pois o resultado positivo é apenas indicativo de que possa ser uma droga de abuso, sendo necessário um exame confirmatório. Refêrencias: 1 Curso de Verão em Farmacologia, 2016. 61 ECF 05- ANÁLISE DE ENTORPECENTES POR ESPECTROSCOPIA NO INFRAVERMELHO POR TRANSFORMADA DE FOURIER (FTIR): UMA PROPOSTA DE PRÁTICA DE ENSINO ROCHA, M. L. F. (1), SANTOS, T. C. L.(1), CASTRO, A. S.(1), (2), DE MARTINIS, B. S.(1), VELHO, J. A.(1), OLIVEIRA, M. F. (1), (2) (1) Departamento de Química – Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo, Av. Bandeirantes, 3900, Monte Alegre, Ribeirão Preto – SP, 14040901, Brasil (2) Grupo de Eletroquímica, Eletroanalítica e Química Forense (GEEQFor) - Departamento de Química – Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo, Av. Bandeirantes,3900, Monte Alegre, Ribeirão Preto – SP, 14040-901, Brasil A espectroscopia estuda a interação da radiação eletromagnética com a matéria. Um tipo de espectroscopia é a vibracional na faixa do infravermelho (IV), que tem como principal utilidade a identificação de moléculas orgânicas e organometálicas. Este método faz a análise dos movimentos de rotação e de vibração das ligações dos átomos em uma molécula, gerando um espectro de absorção da radiação infravermelha. As amostras analisadas devem estar puras e podem ser líquidas, desde que não sejam soluções aquosas e polares, sólidas ou gases. Cada substância possui um espectro específico, então a técnica de infravermelho pode ser usada para a identificação de compostos. Na metodologia empregada [1], foi realizado um branco para eliminar do espectro os sinais das moléculas de CO2(g) e H2O(l) e de outros interferentes que poderiam estar presentes no ar. As amostras foram misturadas com KBr e submetidas a uma elevada pressão, para formar pastilhas de boa espessura e transparência. A pastilha foi colocada na célula para o início da análise, e a partir de um software foram gerados os espectros. A partir das faixas de absorção dos grupos funcionais no IV [2] e também dos espectros de padrões de diversos alcaloides, disponíveis na literatura, concluiu-se que as três substâncias desconhecidas eram: cocaína, procaína e uma mistura dos dois analitos. Sendo assim, foi possível obter informações diretas da estrutura do material, pois a vibração de cada molécula é uma identidade da mesma. As vantagens de se utilizar a espectroscopia no infravermelho são o caráter não destrutivo da técnica, a rápida aquisição dos dados e certa facilidade na interpretação dos espectros, portanto, é um recurso de grande utilidade na identificação de entorpecentes. REFERÊNCIAS [1] MARTINIS, B. S. de & OLIVEIRA, M. F. de. (Org.). Química Forense Experimental. – São Paulo: Cengage Learning, 2015. [2] LOPES, W. A. & FASCIO, M. Esquema para interpretação de espectros de substâncias orgânicas na região do infravermelho. Quim. Nova, Vol. 27, No. 4, 670 -673, 2004. São Paulo: Cengage Learning, 2015. 62 MEDICINA LEGAL 63 MED 01- APLICAÇÃO DA TRAUMATOLOGIA FORENSE EM LESÕES PROVOCADAS POR ANIMAIS TREMORI TM1, MASSAD MRR1, RIBAS LM2, REIS STJ1,3, SILVA LTR4, OLIVEIRA AAF5, ROCHA NS6. 1. Doutoranda – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - UNESP – Univ. Estadual Paulista – Campus de Botucatu 2. Pós-doutoranda – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - UNESP – Univ. Estadual Paulista – Campus de Botucatu 3. Perito Criminal – Departamento de Polícia Federal – Curitiba – Brasil 4. Doutoranda – Departamento de Medicina Veterinária – Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE 5. Professora Doutora – Departamento de Medicina Veterinária – Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE Professora Livre Docente – Departamento de Clínica Veterinária – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - UNESP – Univ. Estadual Paulista – Campus de Botucatu Introdução: Os crimes contra animais ocorrem com frequência e a Medicina Veterinária Legal, é uma especialidade que vem ganhando espaço visando produzir provas para elucidação dos casos, auxiliando a justiça. O princípio da razoabilidade vai regir a maneira como o magistrado irá interpretar cada caso para estipular uma sentença, no entanto o papel do médico veterinário na figura de perito criminal, judicial ou mesmo assistente técnico é facilitar esta decisão, com o auxílio de laudos, relatórios e pereces técnicos. Na Lei de Crimes Ambientais, no seu artigo 32, proferir atos de abuso, maus tratos e lesões aos animais domésticos, domesticados, nativos e exóticos é crime e tem como pena detenção de três meses até um ano além de multa. Objetivo: classificar as lesões em animais de acordo com a traumatologia forense considerando a gravidade da lesão provocada. Material e Métodos: Selecionou-se cinco animais oriundos do Serviço de Patologia Veterinária da FMVZ UNESP – Univ. Estadual Paulista, Campus de Botucatu que foram submetidos ao exame necroscópico. Resultados e Discussão: Foram identificadas e descritas lesões de acordo com a traumatologia forense. Sendo identificadas lesões incisas, punctórias, contusas e perfurocontusas. As lesões segundo o exame de corpo de delito realizados por peritos médicos legistas podem ser classificadas em leve, grave ou gravíssima. Ao utilizar tais terminologias, a relação do agente causador com o tipo de lesão permite que seja estabelecido um nexo causal e contribui para a elucidação das provas e consequentemente identificação dos indícios. Conclusão: É possível extrapolar os conhecimentos obtidos e já padronizados de traumatologia forense utilizados na Medicina Legal também na Medicina Veterinária, para desta forma facilitar a compreensão na esfera jurídica. Referências bibliográficas: ROCHA, N.S. Bases da Investigação Criminal. In: JERICÓ, M.M.; et al. Tratado de Medicina Interna de Cães e gatos. Rio de Janeiro: Roca, v.2, p.2261-2, 2015. TREMORI, T.M.; ROCHA, N.S. O exame do corpo de delito na perícia veterinária. Revista do CRMV-SP. São Paulo. v.11, n.3, p.30-35, 2013. Agradecimentos: CAPES Edital Pró Forenses 25/2014. 64 CRIMINALISTICA GERAL 65 CRI 01- O MÉTODO ACE-V E OS PRINCÍPIOS DA CRIMINALÍSTICA: A PAPILOSCOPIA COMO CIÊNCIA DA IDENTIFICAÇÃO HUMANA FELIPE BARBOSA NUNES FERNANDES¹ ¹Departamento de Química, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo Em agosto de 2013, a Presidência da República vetou integralmente o PLS 244/09. O Projeto de Lei do Senado foi criado de forma a inserir a carreira de Papiloscopista no rol de peritos oficiais, alterando a Lei nº 12.030/09. O projeto foi considerado inconstitucional com base no art. 61, § 1º, II, da Constituição Federal, vez que a iniciativa do PLS não partiu da Presidência da República e dispõe sobre regime jurídico de servidores públicos. Outro projeto semelhante que segue em tramitação, o PLS 460/2012, propõe similar alteração à Lei nº 12.030/09, incluindo os peritos em papiloscopia no rol dos peritos de natureza criminal. O veto mencionado, no entanto, não encobre o caráter técnico-científico da Papiloscopia, ciência acessória da Criminalística e cuja atividade eminentemente pericial denota-se rotineiramente dentro das atribuições do Papiloscopista, quer seja pelas metodologias aplicadas no levantamento de vestígios latentes ou nas variadas técnicas de revelação de impressões digitais. Tal qual nas demais perícias oficiais, os exames de verificação quanto à origem das impressões digitais são positivadas em laudos, em especial no laudo de confronto papiloscópico, análogo ao confronto balístico, conferindo segurança jurídica às diligências e atos que podem resultar na correta identificação da autoria e, consequentemente, indiciamento do provável autor de um delito. Sob esta ótica, a Papiloscopia é, portanto, instrumento de garantia dos direitos fundamentais da pessoa humana, evitando que um inocente sofra infundada acusação no curso do processo à medida que permite a individualização e identificação humana por meio da análise e verificação de impressões digito-papilares. Trata-se, pois, de uma legítima Ciência Forense, possuindo objeto de estudo próprio e um método aplicado às examinações, denominado Método ACE-V, do acrônimo inglês analysis, comparision, evaluation, and verification, conferindo à perícia papiloscópica a credibilidade acadêmica necessária para atender aos ânseios dos órgãos de justiça. A correlação entre o Método ACE-V e os princípios da Criminalística no que tange às técnicas aplicadas nos locais de crime e exames laboratoriais são a base para o estabelecimento de critérios científicos da Papiloscopia segundo os aspectos práticos da identificação humana. CRI 02- UMA NOVA ÁREA NA CIÊNCIA FORENSE OSVALDO NEGRINI NETO1,# , JORGE EDUARDO DE SOUZA SARKIS2 1 – Instituto de Criminalística de São Paulo # Perito Criminal aposentado. 2 - Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares – IPEN/SP A denominação de “forenses” para um conjunto de ciências que tem por objetivo precípuo a análise, a interpretação e a descrição dos vestígios de um determinado fenômeno tem levado à falsa noção de que estas ciências “forenses” se dedicam exclusivamente à elucidação de crimes. Tal ideia não encontra respaldo na atual aplicação desta área do conhecimento. Os processos de investigação das ciências forenses se estendem a inúmeras áreas do conhecimento científico, cabendo citar, além da área jurídico-penal, a arqueologia, a ciência ambiental, a identificação de pessoas, animais e materiais, à datação de objetos, fósseis, etc. E, à estas aplicações, tem sido, constantemente, acrescentadas outras de igual importância. Neste trabalho, destacamos o surgimento de uma nova área de investigação forense, que já é objeto de acordos e normas internacionais: a Ciência Forense Nuclear. Também aqui não se deve pensar em uma atuação restrita a “crimes nucleares”, ou seja, o uso da energia nuclear em artefatos nucleares para destruição em massa. São muitas as investigações a cargo desta área, podendo-se citar: contaminação por materiais radioativos, contrabando de material radioativo ou nuclear, estocagem inadequada de materiais oriundos de combustíveis, extravio ou furto de radiofármacos, minerais radioativos, etc. Por essa razão, a Agência Internacional de Energia Atômica – AIEA – tem incentivado, desde 2006, os países membros a implementar medidas de segurança nuclear . Dentre estas, a mais recente é o estabelecimento de procedimentos para a investigação forense de eventos relacionados com a atividade nuclear. No Brasil, podemos situar o início destas atividades a partir de 2007 quando teve início a organização da Rede Brasileira de Laboratórios Forenses Nucleares. Mais recentemente, em abril de 2016, com apoio da agência Internacional de Energia Atômica foi realizado no IPEN o primeiro treinamento da área forense nuclear. Neste trabalho são apresentados os principais objetivos desta nova área forense e os procedimentos a serem implantados são discutidos. 66 CRI 04- ANÁLISE DE IMAGENS NA DETERMINAÇÃO DE VELOCIDADES DE ENTRADA EM PERÍCIAS DE TRÂNSITO CRI 03- COMPARAÇÃO BALÍSTICA PELO TRATAMENTO ESTATÍSTICO DE IMAGENS MENDONÇA, R.M1; PLACIDO, G. P.2, DIAS, L.G. 1, VELHO, J. A. 1, BARBEIRO, P.H.1, 3LEITE, V.B.P., BRUNI, A.T1. VIEIRA, T. G.1, FRAGA, G. H. C.2, MARINHO, P. E.DE A.3 1 Departamento de Química, Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto – USP 2 Instituto de Criminalística de Ribeirão Preto 3 Departamento de Física, Ibilce, Unesp-SP A análise balística proporciona identificação das circunstâncias do evento ocorrido, dentro de uma ação delitiva. Dessa forma, os exames de caráter balístico são elementos indispensáveis na obtenção de provas dentro de uma investigação criminal. O objetivo desse trabalho foi proporcionar comparação entre projéteis baseando-se na imagem de sua superfície lateral, utilizando os padrões de ranhuras contidos nos canos das armas de fogo de alma raiada. De forma que, pela conversão das fotografias em expressões numéricas, passíveis de comparação, fosse garantida uma análise objetiva. Ocorreu coleta e devida identificação de oito projéteis remanescentes de disparos utilizando duas pistolas Taurus, calibre 40, modelo 24/7 pró tática, pertencentes à Polícia Civil de Ribeirão Preto. Cada projétil foi fotografado em doze ângulos de rotação distintos (de 0 o a 330o), em intervalos de trinta graus, sempre em duplicada. A captação fotográfica foi realizada com Câmera Nikon D3100 fixa, com lente macro acoplada e padrão único de definição fotográfica. Pela utilização dos programas GIMP e FV Fits Viewer, a identidade numérica dos pixels foi extraída, de forma que cada uma das imagens deu origem a uma matriz 400x440. A matriz total foi organizada tendo as imagens referentes aos quatro projéteis da primeira arma seguida das imagens dos quatro projéteis da segunda arma, resultando em uma dimensão total de 3200x5280. As 1600 primeiras linhas foram atribuídas à classe 1 (arma 1) e 1600 linhas subsequentes à classe 2 (arma 2). Cada coluna foi considerada uma variável. Para comparação das matrizes foi utilizado o método de classificação multivariada chamado SIMCA- modelagem de classes por componentes principais, cujo algoritmo é implementado no programa Pirouette® da Infometrix. Os resultados mostraram que, para apenas 10 componentes principais (redução de mais de 99% da dimensão do sistema) menos de 1% das amostras foi classificada de maneira incorreta, mostrando estar adequadamente dentro do limite de confiabilidade de 95%. Conclui-se que esta é uma alternativa à comparação balística, sendo que a comparação numérica é um procedimento simples, economicamente viável e possível sempre que as características físicas do projétil estiverem livres de degradação. 1-Superintendência de Polícia Técnico Científica de MG – 6° DPC/1ª DRPC/Lavras/MG 2-Departamento de Ciência da Informação. Universidade Federal de Lavras, Lavras/MG 3- Superintendência de Polícia Técnico Científica de MG – Instituto de Criminalística/MG Perícias de trânsito vêm ocorrendo cada dia com mais frequência. Em um local de acidente de trânsito, o perito tenta remontar o evento, utilizando-se dos vestígios para descrever a dinâmica envolvida. A falta de vestígios em locais é um dos fatores que mais dificulta a análise, uma vez que esses são usados para a determinação da velocidade dos veículos antes do sinistro. O cálculo da velocidade das unidades motoras pode ser realizado de diversas maneiras, no entanto existem locais em que não é possível a constatação de vestígios suficientes, ocasião em que as câmeras têm papel fundamental. Nesse trabalho avaliou-se o uso de filmagens na estimativa de velocidade de veículos em local de acidente de trânsito em comparação com métodos clássicos da física. O local em questão tratou-se de um acidente de trânsito na área da Delegacia Regional de Polícia Civil de Lavras/MG o qual envolveu dois automóveis. Na situação, uma câmera de segurança próxima ao local do acidente não registraram o sinistro, porém foi possível recuperar filmagens dos veículos antes no ponto de impacto. O cálculo das velocidades das unidades motoras antes da colisão foi estimado mediante três metodologias: i) Método PCQM; ii)Cálculo direto através da distância percorrida entre dois pontos com auxílio de câmera de segurança; iii) Simulação com veículo de mesma marca e modelo e construção de curva de calibração utilizando-se imagens de uma câmera. A tabela 1 apresenta os resultados obtidos com as três metodologias aplicadas observando-se uma boa similaridade, considerando que a metodologia 3 apresenta erro do velocímetro de aproximadamente 10%. Tabela 1: Estimativas da velocidade do veículo pelos três métodos propostos. Experimento/ Metodologia 1 Velocidade estimada/km h-1 71,29 2 72,38 3 80,40 O procedimento de estimativa das velocidades através de filmagem apresentou grande potencial de utilização em perícias de trânsito uma vez que considerando o erro das medições, os resultados foram próximos e totalmente coerentes. Referência Bibliográfica Kleinubing, R. Neto, O. N. Din. dos Ac. de Trânsito - 4ª Ed. Campinas: Millennium, 2012. 67 CRI 05- A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO QUÍMICO PARA A SOLUÇÃO DE DELITOS AMBIENTAIS ZONATO, V. S.1 BRUNI, A. T1 1 Departamento de Química, Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto – SP, Brasil. A grande discussão em torno do meio ambiente se faz importante para a sua preservação bem como para a punição dos responsáveis em caso de dano ambiental. O Direito ambiental tem como finalidade definir responsáveis pelo dano, aplicando as penalidades pertinentes. Para isso é necessário medir a extensão do dano e criar padrões ambientais1. O objetivo principal desse trabalho é entender evolução histórica mundial e brasileira do direito ambiental e fazer um levantamento dos principais tipos de delitos que necessitam de conhecimento químico. A metodologia utilizada foi pesquisa e levantamento bibliográfico. Foram consultadas diversas fontes, como sites de pesquisa, livros e artigos científicos e da mídia. Ainda, foi feita pesquisa jurisprudencial acerca de delitos ambientais. Neste caso, foi dado enfoque ao uso da química com objetivo de auxiliar na resolução de casos judiciais. Os Crimes Ambientais no Brasil podem ser classificações de acordo com a sua natureza, tipo e forma, sendo divididos em: Crimes Contra a Fauna, Contra a Flora, Poluição e Outros Crimes Ambientais, Contra o Ordenamento Urbano e o Patrimônio Cultural e Contra a Administração Ambiental. Em todas as categorias encontramos exemplos nas quais o conhecimento químico é imprescindível. Foram separados os principais tipos de conhecimento e testes associados. A Perícia Química em alguns casos de crimes ambientais é de extrema importância para cumprir alguns princípios previstos na lei Lei nº 6.938/1981, como o princípio do PoluidorPagador. Conclui-se que questão ambiental é ampla e cheia de contornos legais e administrativos. Além dos conhecimentos químicos inerentes, devem ser previamente entendidos os objetivos do que se deseja estudar, além da metodologia adequada para identificação e valoração dos danos. Da análise da jurisprudência observa-se que não há metodologia e nem procedimento padrão. A diversidade de formas de análise pode ser motivo de insegurança jurídica. Referência: 1.Sánchez, L. E. Avaliação de Impacto ambiental: Conceitos e Métodos. (2008). 68 QUÍMICA FORENSE 69 QF 01- ANÁLISE DIRETA DE RESÍDUOS DE EXPLOSÃO DE PÓLVORA NEGRA UTILIZANDO TÉCNICAS ESPECTROSCÓPICAS (INFRAVERMELHO E RAMAN) 1 2 BARCELOS JÚNIOR, A.E. , COTTA, F. A. , TEIXEIRA, A. P. C.1, NASCENTES, C.C.1 QF 02- DESENVOLVIMENTO DE MÉTODO PARA IDENTIFICAÇÃO DE LÍQUIDOS COMBUSTÍVEIS USANDO PS-MS E QUIMIOMETRIA VARGAS, A.R. 1 JURISCH, M.1 AUGUSTI, R.1 COSTA, L.M.1 NASCENTES, C.C.1 1 1 Departamento de Química, Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil A pólvora negra, constituinte principal do estopim, é um baixo explosivo constituído por KNO3, C e S1. Sua principal característica no processo da cadeia explosiva é a condução da chama até o detonador, onde acionará o alto explosivo primário. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi desenvolver um método para identificação e caracterização de resíduos de pólvora negra em locais de explosão, empregando técnicas de análise direta como a espectroscopias de infravermelho com transformada de Fourier e reflectância total atenuada (FTIR-ATR) e Raman. As amostras de estopim (pólvora negra), pré e pós-explosão, foram coletadas durante treinamento do Esquadrão Antibombas (EAB) do GATE-MG. As coletas foram realizadas em fragmentos dos artefatos utilizados nas explosões com swab e fita adesiva para comparação. As amostras do explosivo e os resíduos pós-explosão foram analisadas por FTIR-ATR (PerkinElmer, Frontier Single Range – MIR), na região de 650 a 4000 cm-1, obtendo-se 16 espectros por análise. No espectrômetro Raman com microscópio acoplado (Bruker, Senterra), utilizou-se o laser 633 nm (2,00 mW, 40 a 3530 cm-1) para obtenção dos espectros. Na análise por FTIR-ATR, observou-se a banda característica do grupo NO3- antes da detonação (N-O, 1370 cm-1). Essa banda não foi observada no espectro da amostra pósexplosão. Bandas entre 3000-2800 cm-1 (deformação de Csp3-H) são observadas no pós-explosão, bem como bandas em 1620 e 1100 cm-1. Na análise por Raman, os espectros se diferem quanto à presença das bandas em 1050 cm-1 e 712 cm-1, referentes à deformação do grupo nitrato (préexplosão) e quanto às intensidades das bandas D (~ 1440 cm-1) e G (~ 1650 cm-1), no pré e pós-explosão, referentes a estruturas carbônicas amorfas (Csp3) e planares (Csp2), respectivamente. Desta forma, conclui-se que as duas espectroscopias apresentaram resultados complementares e satisfatórios quanto à identificação e caracterização da pólvora negra presente no estopim (pré e pós-explosão). Foi possível definir que a coleta em fita foi mais adequada para as análises. A evolução das técnicas de ionização ambiente como o Paper Spray acoplado a espectrometria de massas (PS-MS), têm contribuído muito com as ciências forenses. Essa técnica apresenta simplicidade e rapidez, tendo sido empregada na toxicologia (drogas em sangue), grafologia (caracterização de tintas de canetas) e entre outras. Esse tipo de análise pode ser útil também na identificação do fingerprint de amostras diversas. Assim, o objetivo deste trabalho foi desenvolver um método para estabelecer um perfil de ionização de massas para combustíveis (gasolina, querosene e diesel) líquidos e evaporados, empregando como técnica analítica o PS-MS, visando a identificação em resíduos de incêndio. Os líquidos combustíveis foram fornecidos pelo Laboratório de Ensaios e Combustíveis da Universidade Federal de Minas Gerais. Pequenos volumes dos combustíveis foram colocados em recipientes fechados e aquecidos para adsorção em papel de filtro no modo “headspace”. Os combustíveis (líquidos e adsorvidos no papel) foram analisados no equipamento PSMS (Thermo Fisher Scientific, LCQ Fleet) operando em modo positivo com uma voltagem de 4,5 kV. A faixa dos espectros de massas foi com varredura completa entre 80 e 1000 m/z para todas as amostras. Para gerar uma ionização eficiente e reprodutível, utilizou-se uma mistura de metanolagua (80:20) com 1% de ácido fórmico [1]. Os principais mecanismos de ionização são a protonação e oxidação dos hidrocarbonetos [2]. Nas análises, observou-se que cada liquido combustível apresentou um perfil caraterístico que podem ser diferenciados pelas análises por componentes principais (PCA) com scores em PC1 (31,60%) e PC2 (25,94%). No perfil da gasolina líquida, observa-se componentes aromáticos protonados como tolueno [M+2H]2+ (94 m/z) xilenos e etilbenzenos [M+2H]2+ (108 m/z), 1,2,3Trimetilbenzeno [M+2H]2+ (122 m/z), e na faixa de 450 a 800 m/z uma ionização menos abundante. Já na gasolina evaporada as abundâncias dos íons aumentam nessa faixa, desaparecendo os íons dos componentes de maior volatilidade. Os perfis do querosene e do diesel apresentam uma ionização com distribuição gaussiana na faixa de 450 a 800 m/z. PS-MS é uma técnica de potencial uso nas ciências forenses que pode ser utilizada especialmente na detecção de líquidos combustíveis residuais nos vestígios coletados em locais de incêndios. Universidade Federal de Minas Gerais, Departamento de Química, Belo Horizonte, MG, Brasil, 31270-901 2 Esquadrão Antibombas, Grupo de Ações Táticas Especiais, Polícia Militar-MG, Rua Antero de Quental, 92, Belo Horizonte, MG, Brasil,31565-120 Referência Bibliográfica: 1 D.E.NEWTON, Forensic Chemistry, Facts on File, New York, 2007, p.190. Agradeço ao EAB do GATE-MG, a CAPES e a FAPEMIG. [1] Naccarato, A. Moretti, S. Sindona, G. Anal Bional Chem 405:8267-8276 (2013). [2] Romão, W. Tose, L. Vaz, B. Sama, S. Lobinski, R. Giusti, P. Carrier, H. Bouyssiere, B. J. A m. Soc. Mass Spectrom. 27:182185 (2016). Agradecimentos: À CNPq, CAPES (Pr ó-forense), FAPEMIG, ao Instituto de Criminalística da PC-MG. 70 QF 03- REVELAÇÃO DE IMPRESSÕES DIGITAIS LATENTES EM SUPERFÍCIES METÁLICAS A PARTIR DA ELETRODEPOSIÇÃO DE POLÍMEROS CONJUGADOS 1 1 COSTA, C. V. , GAMA, L. I. L. M. , SOARES, W. M. G.1, SILVA, R. C.1, TONHOLO, J.1, RIBEIRO, A. S.1 Universidade Federal de Alagoas, Inst. de Química e Biotecnologia, Campus A. C. Simões, Maceó-AL Uma das aplicações mais frequentes da química forense na identificação humana consiste na revelação de impressões digitais latentes. Entretanto, como as mesmas são pouco visíveis, requerem tratamento com substâncias coloridas ou fluorescentes para revelar a sua imagem. Apesar dos esforços para melhorar a visualização em diferentes superfícies, a taxa de sucesso em visualizar impressões digitais em superfícies metálicas com qualidade adequada ainda é baixa [1]. Neste trabalho foi utilizado um conceito baseado no uso dos componentes presentes na impressão digital (suor sebáceo ou écrino) como template ou ‘máscara’ através do qual o polímero condutor pode ser depositado eletroquimicamente sobre a impressão digital formando uma imagem em ‘negativo’ da mesma [1,2]. Esta é uma estratégia interessante, pois as propriedades ópticas dos filmes poliméricos resultantes podem ser manipuladas pela aplicação de potencial elétrico. Este trabalho tem como objetivo a deposição de filmes de polianilina (PAni), polipirrol (PPy) e poli(3,4-etilenodioxitiofeno) (PEDOT) sobre superfícies de aço inoxidável contendo impressões digitais latentes, além da otimização do contraste entre a superfície metálica/polímero condutor e a digital a partir da variação do potencial elétrico aplicado. Em uma célula eletroquímica, as placas de aço inoxidável contendo as impressões digitais foram usadas como eletrodo de trabalho, uma folha de Pt como contra-eletrodo e Ag/AgCl (KClsat.) como eletrodo de referência. Os polímeros (PAni, PPy e PEDOT) foram depositados eletroquimicamente a partir de soluções dos monômeros em H2SO4 1,0 mol L-1/ dodecilsulfato de sódio (SDS) ou em LiClO4 0,1 mol L-1 aplicando-se potencial entre 0,75 e 1,00 V, variando-se o tempo de deposição entre 30 e 300 s. A análise dos resultados obtidos mostrou que foi possível visualizar impressões digitais latentes depositadas sobre superfície de aço inoxidável através de eletrodeposição de PAni, PPy e PEDOT, assim como manipular o contraste entre a impressão digital e os filmes poliméricos através da variação do potencial elétrico aplicado. Agradecimentos: CNPq, CAPES, FAPEAL e FINEP. Referências: [1] A.L. Beresford, R.M. Brown, A.R. Hillman, J.W. Bond, J. Forensic Sci. 57 (2012) 93. [2] R.M. Brown, A.R. Hillman, Phys. Chem. Chem. Phys. 14 (2012) 8653. QF 04- IDENTIFICAÇÃO DE COCAÍNA EM AMOSTRAS APREENDIDAS DE CHÁ DE COCA POR CGEM CASTRO, A.L.1, BALBINO, M.A.1,2, ELEOTÉRIO, I.C.1,2, MENEZES, M. M. T.3, MAGALHÃES, J1, DIAS. H. J.1, CROTTI, A.E.M1, OLIVEIRA, M,F.1 1 – Departamento de Química, Grupo de Estudos em Eletroquímica e Química Forense, FFCLRP/USP, Ribeirão Preto-SP,14040-901, Brasil 2 - Department of Chemistry and Biochemistry – International Forensic Research Institute – Florida International University – Miami, FL 33199 – United States of America. 3 - IFSP - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo – Campus Catanduva - Catanduva - SP, 15808-305 – Brasil. O consumo de chá é uma ocorrência comum em muitos países sul-americanos. Ainda, de acordo com o Art. 28 da Lei n o 11.343/2016, também conhecida como “Lei antidrogas”, o cidadão que “adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar” deverá ser submetido às penas [1]. Portanto, este trabalho ganha importância ao buscar identificar de modo qualitativo cocaína em sachê de chá de coca consumido na Bolívia, pois sendo a cocaína, uma substância de consumo ilícito no Brasil, qualquer quantidade deste analito enquadrase em consumo ilegal. Em Química Forense considera-se a realização de laudos de caráter definitivo baseados nas recomendações de métodos de análise preconizados pelo SWGDRUG [2]. Por isso, para a identificação de cocaína no chá de coca utilizou-se a cromatografia gasosa acoplada ao espectrômetro de massas (CG-EM). A mesma foi realizada num sistema equipado com um amostrador automático da Shimadzu® AOC-20i QP2010Plus. A coluna consistiu de modo (EI-MS) Rtx-5MS capilar de sílica fundida (comprimento = 30 m, DI = 0,25 mm e espessura da película = 0,25 uM). A ionização de elétrons a 70 eV foi empregue. O hélio foi utilizado como gás transportador com um caudal constante de 1,1 ml/min. O volume de injeção foi de 1 ml (razão de divisão de 1: 5). O injetor e as temperaturas da fonte iónica foi regulada para 250oC. A temperatura da coluna foi definida inicialmente para 60°C (mantida durante 5 min) e aumentou para 290oC a 10oC/min e depois mantida a 290oC durante 10 min. Os espectros de massa foram registados com um intervalo de verificação de 1,0 s na faixa de massa de 45 a 600 Da. Sendo assim, foi possível ao observar o perfil químico dos fragmentos gerados para o padrão de cocaína, confrontar os mesmos com os fragmentos gerados para a amostra de chá de coca e qualificar a substância ilícita na bebida, o que torna a comercialização do produto proibida no Brasil. Agradecimentos: À FAPESP Processo 2016/01447-7 Referências 1 – BRASIL. Decreto n. 11.343, de 23 de agosto de 2006. 2 – Bruni, A. T. et al.Fundamentos de Química Forense: Uma análise prática da química que soluciona crimes. Campinas, SP: Millennium Editora, 2012. 71 QF 05- MARCADORES LUMINESCENTES DE GSR: DETERMINAÇÃO DO LOCAL DO DISPARO. QF 06- UMA ANÁLISE DA TRANSFERÊNCIA SECUNDÁRIA E TERCIÁRIA DOS RESÍDUOS LUMINESCENTES. AROUCA, A. M.1,2, LUCENA, M.A.M.3,JATOBÁ, R.2, TALHAVINI, M.4, WEBER, I. T.2,3 AROUCA, A. M.1,2, TALHAVINI, M.3, WEBER, I. T.2 1 1 Estimar a distância de disparo pode fornecer informações importantes acerca de um crime. Os métodos de estimativa de distância são baseados na análise do padrão de dispersão dos resíduos de tiro (GSR) depositados em torno de orifícios de entrada do projétil. Em geral, a distância do disparo é classificada como contato, próximo contato, intermediário ou tiros distantes. No entanto, quando se trata de tiros distantes, é praticamente impossível determinar a posição do atirador com precisão. O nosso grupo desenvolveu marcadores luminescentes que permitem a detecção in loco do GSR, sendo depositados na mão, arma de fogo e alvo do atirador1. Além disso, os resíduos luminescentes (LGSR) são depositados no local em que o tiro foi deflagrado. O objetivo deste trabalho foi avaliar a viabilidade do uso do LGSR depositado junto ao atirador para identificar a sua posição em uma cena de crime. Para tal, foi realizada uma série de testes cegos com o intuito de determinar a posição do atirador no momento do disparo da arma de fogo. Marcadores luminescentes isoestruturais à MOF MIL-782 foram adicionados à pólvora de munição NTA 9 mm, em uma porcentagem de 4 % da massa. O stand de tiro foi do INC-DPF foi divido em 12 posições e o atirador escolheu uma delas para efetuar 3 disparos. Após os disparos anotou a posição escolhida e saiu da sala. Na sequência, o analista entrou na cena do crime com uma lâmpada UV portátil (254 nm) e buscou identificar a posição da qual o disparo foi realizado. Uma série de oito testes cegos foram realizados. Na posição onde foi realizado o disparo, uma grande quantidade de LGSR foi encontrada, havendo ainda a formação de uma linha de resíduos luminescentes até o alvo. A quantidade de LGSR diminuiu quando se afastava da posição de realização do disparo. A localização do atirador foi corretamente identificada em todos os oitos testes realizados. Concluindo, com a utilização dos marcadores luminescentes uma cena de crime foi rapidamente analisada, fornecendo informações precisas sobre a posição de atirador e a distância de disparo. A identificação de resíduos de disparo (GSR) pode ser uma evidência valiosa para relacionar uma pessoa a uma cena de crime. Por outro lado, a transferência de GSR pode levar a correlações errôneas entre pessoas e a cena do crime. Assim, um aspecto importante a ser considerado nas investigações criminais é a transferência de GSR para pessoas que não estão envolvidos com o crime. Nosso grupo desenvolveu uma série de marcadores luminescente, os quais adicionados à munição não tóxicas (NTA) permitem identificar GSR luminescente (LGSR) nas mãos do atirador, arma, local do disparo, etc1. Já se sabe que os LGSR possuem um elevado tempo de permanência nas mãos do atirador, relativa resistência à lavagem e que pode ser transferido para objetos manuseados pelos atiradores. Neste trabalho avaliamos a dinâmica da transferência do LGSR entre pessoas, por meio de apertos de mão. Para tal, um atirador efetuou quatro tiros usando uma pistola Glock G17 com munição NTA 9 milímetros marcada com 10% do marcador luminescente isoestrutural à MOF MIL-78. Logo após os disparos, o atirador (#1) apertou a mão de um indivíduo (#2), que em seguida apertou as mãos de uma terceira pessoa (#3). Os indivíduos #2 e #3 não estavam presentes no momento dos disparos. Imagens das mãos dos três participantes foram adquiridas utilizando irradiação UV (254 nm) no V ideo Spectral Comparator (VCS 6000). Amostras também foram coletadas das mãos dos indivíduos utilizando stubs recobertos com fita de carbono, segundo normas da Polícia Federal Brasileira para coleta de GSR. Os stubs foram analisados por MEV/EDS utilizando o software específico para análise de GSR (INCAGSR), no qual foi feita a introdução de uma nova rotina de análise que permite a identificação e quantização do LGSR. Constatamos que as partículas luminescentes foram transferidas para tanto para o indivíduo #2 quanto para o indivíduo # 3 depois de cada aperto de mão, embora, como esperado, o número de partículas luminescentes diminua com a sequência de apertos. Concluiu-se, portanto, que o LGSR é susceptível à transferência pelo aperto de mãos e que a quantidade de partículas encontradas é proporcional a distância que aquele indivíduo está do atirador. Para distinguir entre a realização do disparo ou transferência evidências adicionais devem fundamentar conclusão. Instituto Federal Brasília, Campus Samambaia, Subcentro Leste – Complexo Boca da Mata Lote 02, 72302-300, Samambaia, Brasil. 2 Instituto de Química, Universidade de Brasília, 70904-970, Brasília, Brasil. 3 PGMTR-CCEN, Universidade Federal de Pernambuco, Avenida Professor Luiz Freire , S/N , Cidade Universitária, 50740-540, Recife, Brasil. 4 Instituto Nacional de Criminalística, Polícia Federal Brasilieira, SAIS Quadra 07, Lote 23, 70610-200 Brasília, DF, Brasil. (1) Weber, I. T.; Melo, a. J. G.; Lucena, M. a. M.; Consoli, E. F.; Rodrigues, M. O.; de Sá, G. F.; Maldaner, a. O.; Talhavini, M.; Alves, S. Use of Luminescent Gunshot Residues Markers in Forensic Context. Forensic Sci. Int. 2014, 244, 276–284. (2) Serre, C.; Millange, F.; Thouvenot, C.; Gardant, N.; Pelle, F.; Férey, G. Synthesis, Characterisation and Luminescent Properties of a New Three-Dimensional Lanthanide Trimesate: {M((C6H3)(CO2)3)) (M = Y, Ln) or MIL-78}. J. Mater. Chem. 2004, 14 (10), 1540–1543. Agradecimentos: NEQUIFOR, CAPES-PROFORENSE, FAPDF, CNPq, FACEPE e a Polícia Federal Brasileira. Instituto Federal Brasília, Campus Samambaia, Subcentro Leste – Complexo Boca da Mata Lote 02, 72302-300, Samambaia, Brasil. 2 Instituto de Química, Universidade de Brasília, 70904-970, Brasília, Brasil. 3 Instituto Nacional de Criminalística, Polícia Federal Brasilieira, SAIS Quadra 07, Lote 23, 70610-200 Brasília, DF, Brasil (1) Weber, I. T.; Melo, a. J. G.; Lucena, M. a. M.; Consoli, E. F.; Rodrigues, M. O.; de Sá, G. F.; Maldaner, a. O.; Talhavini, M.; Alves, S. Use of Luminescent Gunshot Residues Markers in Forensic Context. Forensic Sci. Int. 2014, 244, 276–284. Agradecimentos: NEQUIFOR, CAPES-PROFORENSE, FAPDF, CNPq, FACEPE e a Polícia Federal Brasileira. 72 QF 07- ANÁLISE QUIMIOMÉTRICA DO PERFIL DE COR APLICADA A TESTES DE CONSTATAÇÃO PREMILINAR DE COCAÍNA SANTOS, A.A.L1; MACHADO, A.C.G1, VIEIRA, T. G.2, AUGUSTI, R.3, NUNES, C. A.1, MAGALHAES, E. J.1 1 Universidade Federal de Lavras, 37200-000, Lavras, MG, Brasil Superintendência de Polícia Técnico Científica de Minas Gerais – STRC/Lavras/MG 3 Departamento de Química, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil 2 Os métodos colorimétricos são largamente utilizados na análise de drogas e consistem na mudança de cor em resposta à interação de uma substância com um determinado reagente químico. O teste de Scott é um dos métodos colorimétricos mais empregados para identificar cocaína. No entanto, adulterantes, diluentes e outras substâncias produzem resultados semelhantes aos da cocaína, levando a resultados falsos positivos. A finalidade do presente trabalho decorre da proposição de um método simples de caracterização de amostras de cocaína e crack com base na cor resultante do teste de Scott, como alternativa a resultados falsos positivos. Amostras de crack e cocaína, apreendidas na cidade de Lavras/MG e região, assim como adulterantes (lidocaína e ciclobenzaprina) e diluentes (carbonato de sódio, nitrato de cálcio e sulfato de sódio) foram submetidas ao teste de Scott em tubos de ensaio. Os tubos foram colocados contra um fundo branco obtendo-se imagens com perfil RGB para cada amostra pelo uso do aplicativo Color Grab. Usando esse sistema uma matriz de dados foi obtida e centrada na média, e a variância total explicada pelas duas componentes principais. A primeira componente principal (PC1) explicou 83,03% da variância total dos dados, enquanto que a segunda componente principal (PC2) explicou 16,75%. Por esses resultados verifica-se que a PC1 permitiu observar formação de dois grupos. O primeiro consistindo de amostras de crack e o segundo de adulterantes e diluentes. Observou-se também que embora a ciclobenzaprina seja um resultado falso positivo, a PC2 permitiu separá-la de todas as outras amostras. Isso é um indicativo de que há diferença no seu perfil de cor em relação às amostras de crack, o que não se pode distinguir visualmente. Esses resultados, embora preliminares, mostraram-se satisfatórios na classificação por imagem, o que sugere a possiblidade de um método viável na identificação de resultados falso-positivos. Além disso, o uso de aplicativos (APP) nesse tipo de análise é inédito sendo muito promissor para análises de substâncias in loco pelos Peritos Criminais. Um comparativo entre os resultados obtidos pelo APP e por softwares convencionais também será avaliado nesse estudo. Referência Bibliográfica TSUMURA, Y.; MITOME, T.; KIMOTO, S. Forensic Science International 155 (2005) 158–164. QF 08- ESTUDOS PARA IDENTIFICAÇÃO PRELIMINAR DE 25C-NBOME EM SELOS POR TÉCNICAS ELETROQUÍMICAS USANDO O ELETRODO DE DIAMANTE DOPADO COM BORO AMANDA B LIMA1, ANDERSON C. DE OLIVEIRA2, SANDRO L. BARBOSA3, RODRIGO A.A. MUÑOZ4, WALLANS T. P DOS SANTOS3. 1 Departamento de Química e 3 Farmácia, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina-MG, Brasil 2 Perito Criminal da Polícia Civil de Minas Gerais, DiamantinaMG, Brasil 4 Instituto de Química, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG, Brasil Introdução: O 25C-NBOMe (NBC) está entre as drogas sintéticas psicoativas emergentes encontradas em selos com padrão de uso recreativo [1]. A identificação preliminar deste composto é de extrema importância na área forense, em especial, para lavratura de Auto de Prisão em Flagrante Delito (APFD). No entanto, até o momento, não é descrito nenhum método para identificação preliminar do NBC, havendo apenas os métodos de identificação definitiva, os quais, em geral, são realizados por HPLC-MS, CG-MS e FTIR. Neste contexto, os métodos eletroanalíticos podem ser uma alternativa de análise simples, rápida e de baixo custo para de identificação do NBC. Objetivo: Desenvolver um método para identificação preliminar do NBC em selos por técnicas eletroquímicas utilizando o eletrodo de diamante dopado com boro (BDD). Materiais e Métodos: Os selos foram apreendidos pela Delegacia Regional de Polícia Civil de Diamantina. A extração de cada selo foi realizada com 1,0 mL de metanol. Todas as análises eletroquímicas foram realizadas por um potenciostato µAutolab acoplado à uma célula eletroquímica de três eletrodos, sendo o eletrodo de trabalho o BDD (8000 ppm), o de referência de Ag/AgCl e auxiliar um fio de platina. Eletrodos de trabalho de ouro e carbono vítreo também foram avaliados. O extrato do selo foi diluído em solução de eletrólito para as análises eletroquímicas, sendo o comportamento eletroquímico dessas soluções investigado por voltametria cíclica, em tampão Britton-Robinson 0,1 mol L-1 (pH 2,0 a 12,0). A validade dos resultados obtidos foi verificada pela comparação com as técnicas de identificação definitiva GCMS, HPLC-MS e FTIR-ATR. Resultados e Discussão: Os voltamogr amas das soluções extr aídas do selo apresentaram um processo de oxidação irreversível relacionado ao NBC, visto que as análises de identificação definitiva confirmaram apenas a presença desta substância no extrato metanólico. As melhores condições de detecção eletroquímica do NBC em relação ao eletrólito suporte e eletrodo de trabalho foram alcançadas em pH 4,0 com eletrodo de BDD. Nestas condições, o NBC apresentou um pico de oxidação bem definido em torno de 1,0 V, mostrando que é possível desenvolver um método eletroanalítico simples, rápido e de baixo custo para realizar uma análise preliminar desta droga. Os parâmetros de validação analítica do método ainda estão sendo realizados por voltametria e amperometria. Conclusão: A detecção eletr oquímica usando o eletr odo de BDD apresentou potencialidade para ser aplicada na identificação preliminar do NBC em selos. Referência: [1] F.S. Ber sani, et. al. 25C-NBOMe:Preliminary Data on Pharmacolog…, BioMed Research International (2014). Agradecimentos: FAPEMIG e UFVJ M. 73 QF 09- DETERMINAÇÃO DE ELEMENTOS INORGÂNICOS EM ANABOLIZANTES APREENDIDOS EM BELO HORIZONTE UTILIZANDO FLUORESCÊNCIA DE RAIOS-X QF 10- DETERMINAÇÃO DA BIOMASSA MICROBIANA E RESPIRAÇÃO BASAL NO SOLO DURANTE DECOMPOSIÇÃO CADAVÉRICA, EM ÁREA DE MATA TROPICAL MIGUITA A.G.C.1, MACHADO, Y.1,2, NASCENTES C.C.1, SENA M.M.1 AGUIAR, A.T.C.1, BENTES, K. R.1, ANTONIO, A. S.1, PAULA A. R. U.1, COSTA L. C. A.1 1. Departamento de Química, ICEx, Universidade Federal de Minas Gerais 2. Polícia Civil de Minas Gerais 1 O consumo de esteroides anabolizantes por praticantes de musculação1, atletas2 e jovens em geral tem aumentado, assim como o comércio ilegal destes produtos, que têm sido apreendidos com frequência em operações policiais. Os usuários destes produtos ilegais muitas vezes desconhecem os efeitos adversos que podem ser causados, além da origem das substâncias. O perfil de constituintes inorgânicos pode trazer informações importantes neste aspecto. Assim, o objetivo deste trabalho é determinar os elementos inorgânicos presentes em anabolizantes apreendidos pela Polícia Civil de Minas Gerais, utilizando a Espectrometria de Fluorescência de Raios-X por Reflexão Total (TXRF). Foram analisados 10 anabolizantes (5 comprimidos e 5 suspensões injetáveis) em um espectrômetro S2 Picofox (Bruker). Para suspensões injetáveis, realizou-se apenas uma diluição com água (1:1) e 5 mg/L de Ga como padrão interno. As amostras de comprimido foram pulverizadas e, em seguida, pesou-se cerca de 20 mg de cada uma, adicionou-se 200 μL de HNO3 50%, 50 μL de solução de Ga 100 mg/L (padrão interno) e 750 μL de água. Essas amostras foram analisadas na forma de suspensão e, posteriormente, foram centrifugadas, retirando apenas o sobrenadante para análise. A análise dos comprimidos na forma de suspensão foi mais adequada, sendo esses os valores apresentados. Todos os comprimidos apresentaram os elementos K, Ca, Fe, Cu, e Zn, e as concentrações (mg/kg) variaram, respectivamente nas seguintes faixas: 25,4–37,6; 58,1 –208; 6,20–94,3; 0,400–0,800 e 0,850–3,59. Outros elementos foram detectados em uma ou mais amostras como Cl, S, Ti, Mg e Ni. Todas as amostras de suspensão injetável apresentaram Cl, K, Ca, Fe, Zn e Br, em concentrações (mg/L) variando de: 30,08-37,69 (Cl); 0,434-3,46 (K); 1,84-191,3 (Ca); 0,276-2,38 (Fe), 0,116-1,70 (Zn) e 0,156-7,39 (Br). Foram detectados também P, Cr, S, Ni, Cu, Ce, Ba, Mn, Mg, Ti, Sr, As e Pb. A presença de metais com potencial tóxico (Cr, Ni, Ba, Pb e As) requer uma avaliação mais criteriosa, podendo causar efeitos danosos à saúde. Foi possível verificar que os anabolizantes apresentam uma grande diversidade em termos da composição inorgânica, sendo essas informações importantes para avaliação de risco à saúde dos usuários. Elas também podem ser utilizadas para identificação de origem dos produtos ilegais em conjunto com métodos multivariados. 1. Santos, A.M. et al. Substance Use & Misuse, v. 46, p. 742, 2011. 2. Acevedo, P. et al. West Indian Med J., v. 60, p. 531, 2007. Agradecimentos: FAPEMIG, CAPES, CNPq e Polícia Civil de Minas Gerais Departamento de Química, Instituto de Ciências Exatas, Universidade Federal do Amazonas. Em casos de crime contra a vida, a estimativa do Intervalo Pós-Morte (IPM) é crucial para a determinação dos envolvidos e da procedência do crime. O solo onde a vítima é encontrada é um dos fatores que podem auxiliar na estimativa deste IPM, quando as demais técnicas não puderem ser aplicadas corretamente. A presente pesquisa teve como objetivo estudar o efeito de carcaças suínas no solo através das modificações observadas durante a decomposição e assim oferecer ferramentas para a determinação do IPM. O experimento foi realizado em área de mata de clima tropical, utilizando 6 carcaças acima e abaixo do solo, sendo coletado o solo abaixo destas em intervalos de 72 horas, durante 30 dias. Os parâmetros analisados a partir destas amostras foram o carbono da biomassa microbiana (CBMS), pelo método de fumigação -extração, e a respiração basal (RB), pela técnica de captura de CO2 em armadilha estática. Os valores de CBMS mais elevados foram encontrados entre o 3º e 12º dias de decomposição, entre as fases enfisematosa e coliquativa. A RB mostrou uma resposta semelhante, com menores flutuações durante o experimento, apresentando acréscimos a partir do 15º dia, durante a fase coliquativa. Em ambas análises o solo abaixo das carcaças se comportou de maneira distinta, no que diz respeito à sua atividade microbiana, quando comparado com o comportamento observado no solo controle, onde não havia presença de carcaças em decomposição. Nos modelos expostos foi possível observar uma enorme atividade de massa larval, que não foi vista nos modelos enterrados, logo os enterrados se mantiveram conservados por um período maior. As variações observadas entre o 3º e o 30º dias se mostraram significativamente anômalas às do solo controle, o que torna possível a utilização destes dois parâmetros para o desenvolvimento de um modelo de previsão do IPM. Referências bibliográficas: HOWARD, G. T.; DUOS, B.; WATSON-HORZELSKI, E. J. Characterization of the soil microbial community associated with the decomposition of a swine carcass. International Biodeterioration & Biodegradation, v. 64, p. 300–304, 2010. 74 QF 11- ESTUDO DOS FENÔMENOS CADAVÉRICOS NO SOLO ABAIXO DE CARCAÇAS SUÍNAS DEPOSITADAS EM ÁREA DE MATA TROPICAL QF 12- ESTUDO DA DINÂMICA DE NITROGÊNIO EM SOLO PROXIMO A UM CARCAÇAS EM DECOMPOSIÇÃO ANTONIO A. S.1, BENTES K. R. S.1, WIEDEMANN L. S. M.1, PAULA A. R. U. 1, COSTA L. C. A.1, AGUIAR A. T. C.1, BARROS G. A.1. PAULA ARU*¹, BENTES KRS², ANTONIO AS³, AGUIAR ATC¹, COSTA LCA¹. 1 Departamento de Química, Instituto de Ciências Exatas, Universidade Federal do Amazonas A tafonomia forense tem como objetivo a determinação do intervalo pós-morte (IPM) utilizando características do ambientais que cerca o cadáver, entretanto, no Brasil, poucos estudos nesta área foram desenvolvidos, apesar da sua grande utilidade na determinação de IPM longos, quando as técnicas entomológicas não podem ser aplicadas com precisão. Neste contexto, esta pesquisa teve por objetivo estudar as modificações das características físico-químicas do solo abaixo de carcaças suínas em decomposição, para auxiliar na criação de um modelo de previsão do IPM baseado nas características do solo. O estudo foi conduzido em uma floresta de clima tropical no Amazonas utilizando 6 carcaças suínas posicionadas na superfície e abaixo do solo. A coleta do solo abaixo das carcaças foi realizada em duas profundidades diferentes de forma periódica, a cada 72 horas durante 30 dias e a cada 12 dias até o fim da fase de restos. Além disso, também foram coletados solos de referência localizados a 10 metros das carcaças. Todas as amostras de solo foram submetidas a análise de pH, nitrogênio total (NT), carbono total (CT) e razão C/N. O pH e o NT apresentaram acréscimos significativos no solo abaixo dos suínos até o fim da fase de resto, devido a influência que os constituintes do necrochorume ocasionam no processo de amonificação e nas trocas catiônicas do solo. A razão C/N no solo abaixo das carcaças apresentou valores distintos para as duas formas de deposição estudadas, indicando o processo de decomposição predominante em cada situação ao indicar, de forma indireta, o aumento da biomassa microbiana (BM) no solo e disponibilidade de substrato para esta. O CT não apresentou alterações significativas durante a decomposição, fato atribuído ao aumento da BM do solo. Estes dados fornecem informações iniciais uteis para a construção de um modelo de previsão do IPM baseado na química do solo com abrangência de 3 à 67 dias após o óbito, podendo ser utilizada como uma importante ferramenta tendo em vista a rápida velocidade de decomposição em locais de clima tropical. Referências bibliográficas: MEYER, J.; ANDERSON, B.; CARTER, D. O. Seasonal variation of carcass decomposition and gravesoil chemistry in a cold (Dfa) climate. Journal of Forensic Sciences, v. 58, n. 5, p. 1175–1182, 2013. ¹Aluna de graduação em Química, Universidade Federal do Amazonas. ²Professora adjunta II, Departamento de Química, Universidade Federal do Amazonas. ³Aluna de Mestrado em Química, Universidade Federal do Amazonas. Em alguns casos de crimes contra a vida, a ocultação do cadáver da vítima pode impossibilitar a estimativa do Intervalo Pós-Morte (IPM), sendo necessário o desenvolvimento de técnicas aplicáveis a IPM longos. Este trabalho teve por objetivo estudar as alterações nos níveis de amônia e nitratos do solo circundante às carcaças suínas em decomposição buscando criar ferramentas para auxiliar o desenvolvimento de um modelo de previsão do IPM. O experimento foi realizado em uma floresta primária (Reserva Florestal Ducke), utilizando 6 suínos de 15 kg, dos quais 3 foram enterrados há cerca de 50 cm de profundidade e 3 permaneceram expostos. A cada 72 hora a partir do dia do abate, foram coletadas amostras de solo abaixo de cada suíno no decorrer de 30 dias em duas profundidades diferentes. Durante a coleta também foram retiradas amostras de solo de um local a 10 m de distância das carcaças (controle). A determinação de (NH 4+) e nitrato (NO3-) no solo foi realizada por espectrofotometria de absorbâncias molecular. A decomposição dos suínos expostos ocorre cerca de 4 vezes mais rápido que os enterrados. A concentração de NH4+ durante a decomposição dos suínos expostos variou entre 40,9 e 158,5 ug g-1 de solo, enquanto que, nos suínos enterrados as concentrações de NH4+ variaram entre 55,9 e 306,3 ug g-1 de solo. Em ambos os casos os maiores valores na concentração foram observados na fase Enfisematose. Durante todo o experimento foi observado um decréscimo nos valores da concentração de nitrato, devido aos altos teores de NH4+ e ao alto índice pluviométrico da região. Por fim foi possível observar um comportamento distinto na liberação de ambos analitos estudados para o solo durante as fases da decomposição cadavérica, o que torna possível a utilização destes dados na caracterização química do ecossistema formado durante cada etapa do processo e a utilização dos mesmos na construção de um método para estimar o IPM de vitimas ocultadas em áreas de mata tropical. Referências bibliográficas: Meyer, J., Andreseon, B., & Carter, D. O. (2013). Seasonal Variation of Carcass Decomposition and Gravesoil Chemistry in a Cold (Dfa). Journal of forensic sciences , 58. 75 QF 13- DETERMINAÇÃO DE Pb e Sb EM RESÍDUO DE DISPARO DE REVÓLVER CALIBRE .38 POR GF AAS: ESTUDO DA INFLUÊNCIA DA DISTÂNCIA NA CONTAMINAÇÃO DE TESTEMUNHAS OCULARES 1 1 B. C. FERREIRA , J. A. VELHO , M. A. M. S. DA VEIGA1 1 FFCLRP - Universidade de São Paulo (USP), Departamento de Química, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil, 14040-901 Quando um disparo de arma de fogo é deflagrado com munição comum, a combustão das substâncias que compõem a pólvora e a mistura iniciadora origina agregados de partículas formados sob condições de elevadas temperatura e pressão, os quais são essencialmente compostos pelos elementos Pb, Ba e Sb. O emprego frequente de armas de fogo em infrações cominadas no código penal requereu o desenvolvimento de métodos instrumentais de análise de resíduos de disparos de armas de fogo (GSRs – do inglês, gunshot residues), com a finalidade de responder às questões técnicas formuladas pela justiça por meio da detecção e caracterizarão de GSRs pela perícia forense1. Contudo, a investigação de casos de falsos positivos para resíduos de disparos se tornou necessária, como no caso de testemunhas oculares serem contaminadas por resíduos de disparos efetuados por outrem. Nesse contexto, este trabalho objetivou determinar a influência da distância entre atirador e testemunhas oculares na contaminação destas com GSRs, por meio da determinação de Pb e Sb por espectrometria de absorção atômica com forno de grafite (GF AAS – do inglês, graphite furnace atomic absorption spectrometry). Amostras de GSRs foram coletadas por meio de esfregaços com swabs nas mãos, estendidas durante os disparos, de testemunhas oculares encostadas e à distância de 1 m do atirador. À distância encostada, a influência do ângulo das mãos (90º e 180º em relação à cabeça do indivíduo) na deposição de GSRs foi estudada. A extremidade do swab foi cortada, introduzida em tubo de polipropileno contendo 2 mL de HNO3 10% v v-1 e o volume foi ajustado para 10 mL com H2O. A solução resultante foi submetida à extração com emprego de banho ultrassônico (25 kHz, 20 min), banho termostatizado (80 ºC, 45 min) e centrifugação (3500 rpm, 25 ºC, 5 min). O swab, retido no inferior do tubo, foi removido por transferência da solução para outro tubo e o volume foi ajustado para 10 mL com HNO 3 2% v v-1. Enfim, 20 µL da solução foram injetados no forno de grafite (AAnalyst 800 - PerkinElmer) por um amostrador automático e as determinações de Pb e Sb foram conduzidas por GF AAS. Com relação ao ângulo das mãos durante o disparo, as concentrações de Pb e Sb a 90º foram superiores às obtidas a 180º. Nos testes de distância com testemunhas oculares, a concentração de Sb foi inferior ao limite de quantificação do método para a distância de 1 m, ao passo que a concentração de Pb reduziu de 2 a 3 ordens de grandeza com o aumento da distância. 1 G. Vanini, M. O. Souza, M. T. W. D. Carneiro, P. R. Filgueiras, R. E. Bruns, W. Romão, Microchem. J., 120, 58–63, 2015. Agradecimentos: CAPES, FAPESP e CNPq. QF 14- CLASSIFICAÇÃO DE CANNABIS SATIVA EM DIFERENTES TEMPOS DE CRESCIMENTO ATRAVÉS DE ESPECTROSCOPIA NO NIR E QUIMIOMETRIA BORILLE, BT1; MARCELO, CAM2; ORTIZ, RS3; MARIOTTI, KC1; FERRÃO, MF2; LIMBERGER, RP1 1 Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil. 2Programa de Pós-Graduação em Química, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil. 3Setor Técnico-Científico, Superintendência do Departamento da Polícia Federal no Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil. Introdução: Nos últimos anos, um aumento exponencial nas apreensões de sementes de canábis enviadas ao Brasil em pequenas quantidades por empresas de transporte tem sido observado pela Polícia Federal (PF)1. Objetivo: Avaliar sementes de canábis apreendidas e cultivadas em estufa na PF, em diferentes tempos de crescimento, através de espectroscopia no infravermelho próximo (NIR) associada à quimiometria. Materiais e Métodos: Sementes de canábis foram germinadas, as plantas foram cultivadas em estufa e colhidas em três períodos de crescimento (5,5; 7,5 e 10 semanas). Após secagem a temperatura ambiente, os caules, folhas e inflorescências foram moídos e analisados diretamente por NIR. Como métodos de análise multivariada, foram utilizados a análise de componentes principais por intervalos (iPCA) a fim de selecionar a melhor faixa espectral para distinguir a canábis por tempo de cultivo, a análise por componentes principais (PCA), para observar a formação das diferentes classes, e a análise discriminante por máquina de vetores de suporte (SVM-DA), para classificar as amostras por tempo de cultivo. Resultados e Discussão: Observou-se nos espectros das amostras majoritariamente as bandas de absorção relacionadas às combinações de CH, CH2 e CH3, bandas de absorção relacionadas ao primeiro e segundo sobretons de CH, CH2 e CH3 e banda de absorção associadas ao terceiro sobretom de CH, CH2 e CH3. A faixa do espectro de absorção no NIR no qual foi observado melhor separação entre os grupos de amostras segundo o iPCA foi em 4000 a 4375 cm-1. A PCA apresentou boa separação e a SVM-DA classificou corretamente as amostras pelo tempo de cultivo. A classificação das plantas de canábis cultivadas em estufa obtida através do NIR associada à quimiometria pode ser explicada devido à correlação entre o tempo de cultivo e a concentração de constituintes químicos. Conclusão: Estes resultados demonstram que o tempo de cultivo da canábis nos estágios iniciais em estufa pode ser predito por NIR associado à quimiometria. Portando, esta abordagem parece ser promissora para uma classificação rápida e eficaz da canábis por idade, fornecendo resultados rápidos e confiáveis para reunir informações sobre o tempo de cultivo indoor, a fim de estabelecer ligações entre o local de cultivo, as apreensões e as rotas de tráfico de sementes de canábis. Referências Bibliográficas: 1POLÍCIA FEDERAL, http:// www.dpf.gov.br/agencia/noticias /2014/01/pf-bate-recorde-de616apreensao-de-drogas-em-2013, acesso 06 de Maio, 2016 Agradecimentos: CAPES, CNPq e Polícia Feder al. 76 QF 15- ANÁLISE DO PERFIL QUÍMICO DE CANNABIS SATIVA ATRAVÉS DE ESI(-)-FT-ICR MS E ESI(+)-FT-ICR MS QF 16- MELHORIA NAS TÉCNICAS DE IDENTIFICAÇÃO DE ETANOL EM AMOSTRAS RECOLHIDAS EM LOCAIS DE ACIDENTE DE TRANSITO E EM LOCAIS DE INCÊNDIO. BORILLE BT1, ORTIZ RS2, MARIOTTI KC1, VANINI G3, TOSE LV3, ROMÃO W3, LIMBERGER RP1 GOULART C.O.L1,2 1 Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil. 2 Setor Técnico-Científico, Superintendência do Departamento da Polícia Federal no Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil. 3Laboratório de Petroleômica e Forense, Departamento de Química, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, Brasil. Introdução: A Cannabis sativa L. é car acter izada quimicamente por apresentar estruturas terpenofenólicas (canabinoides) encontradas exclusivamente nessa planta1,2. No Brasil, embora venha sendo observado uma crescente exponencial no número de apreensões de sementes de canábis realizadas pela Polícia Federal (PF), não se tem conhecimento sobre o perfil químico desta droga no país. Objetivo: Identificação de canabinoides atr avés de análise por ionização electrospray no modo negativo e positivo associada a espectrômetro de massas por ressonância ciclotrônica de íons com transformada de Fourier (ESI(-)FT-ICR MS e ESI(+)-FT-ICR MS). Materiais e Métodos: Sementes de canábis foram germinadas, as plantas foram cultivadas em estufa, colhidas e secas a temperatura ambiente e ao abrigo de luz. Os caules, folhas e inflorescências (15 mg) foram moídos, na sequência foi realizada extração com 1,5 mL de acetonitrila e os extratos colocados em banho de ultrassom por 10 min. As amostras foram diluídas para ≈ 1 mg mL-1 em acetonitrila, basificadas para ESI (-) e acidificadas para ESI(+) e analisadas por ESI(-)-FTICR MS e ESI(+)-FT-ICR MS. Resultados e Discussão: Os espectros de massas obtidos por ESI(-)-FT-ICR MS e ESI(+)-FT-ICR MS permitiram o reconhecimento de compostos canabinoides, identificados como monômeros e dímeros, além de canabinoides identificados como adutos. Embora no modo negativo tenham sido identificados 27 sinais referentes à canabinoides, os espectros de massas relativos ao modo positivo permitiram a identificação de 76 sinais. Considerando que as estruturas dos canabinoides são definidas basicamente pela presença de heteroátomos de oxigênio (ex.: fenóis, éteres e ácidos carboxílicos), espécies contendo ácidos carboxílicos podem ter tido a formação de íons seletivamente reforçada no modo negativo, devido aos seus valores de pKa mais baixos3, resultando em um processo de supressão iônica para outras espécies. Assim, fundamenta-se a diferença observada nos perfis nos espectros de massas obtidos em cada um dos modos de ionização. Conclusão: Um novo método para identificação de canabinoides foi desenvolvido por FT-ICR MS, fornecendo a impressão digital química de amostras de canábis, com elevados níveis de resolução e precisão. Referências Bibliográficas: 1Ahmed SA, et al. (2015) Phytochemistry 117:194–199. 2Radwan MM, et al. (2015) J Nat Prod 78:1271−1276. 3Halket JM, et al (2005) Exp Bot 56:219–243. Agradecimentos: CAPES, CNPq, FAPES e Polícia Feder al. 1-Instituto de Criminalística de Minas Gerais, Policia Civil de Minas Gerais. 2-Departamento de Química, Universidade Federal de Minas Gerais. Introdução: Muitos casos reais de materiais coletados em locais de incêndio e acidente de trânsito, tem resultados falso -negativos, utilizando a técnica de headspace CG-MS, principalmente devido ao longo intervalo de tempo entre o fato e a coleta do material, o mal acondicionamento dos materiais e o longo intervalo de tempo entre a coleta do material e a analise. Isto ocorre porque o etanol é volátil e pode-se perder ao longo do tempo. No sentido de diminuir a possibilidade de resultados falso-negativos, foi proposto modificações no método com intuito de melhorar o limite de detecção (LD) do CG-MS, com o uso da micro extração em fase solida (SPME). Objetivos: Encontrar o LD do etanol utilizando a técnica de headspace e de SPME, comparar os LDs, verificar se existe melhora no LD utilizando o SPME. Materiais e Métodos: Para obtenção dos LD por headspace, o etanol foi diluído inicialmente em água destilada, a uma concentração de 10%v/v e detectado. Foram feitas diluições sucessivas até se obter o LD por headspace. Apos encontrar o LD para o etanol por Headspace a foi escolhida uma concentração próxima a este LD que foi detectada por SPME, logo em seguida foram feitas diluições sucessivas até se obter o LD por SPME. O CG utilizado foi da marca Agilent, modelo 7890A, e o MS modelo 5975C, coluna HP1MS e a fibra SPME foi a DVB/CAR/PDMS, filme de 50/30 µm. Resultados e Discussão: O LD para etanol obtido para o headspace foi de 0,078%v/v, já o LD pra o SPME foi de 0,00005%v/v. Desta forma, para evitar a obtenção de resultados falsos negativos, é interessante repetir a analise, utilizando o SPME. A técnica em questão já foi utilizada em um caso real, onde uma lata de cerveja aberta e vazia, proveniente de um local de acidente de trânsito, foi encontrada no interior de um veículo e encaminhada para a pericia, foi obtido resultado negativo no headspace e positivo no SPME. Conclusão: O LD do etanol foi melhorado utilizando a técnica de SPME. ReferênciasBibliográficas: http://www.sigmaaldrich.com/Graphics/ Supelco/objects/6800/6727.pdf 77 QF 17- COMPORTAMENTO ELETROQUÍMICO DE COCAÍNA E SEUS PRINCIPAIS ADULTERANTES EM MATERIAIS NANOESTRUTURADOS DE CARBONO (1) QF 18- PSICOTRÓPICOS/ENTORPECENTES EM VESTÍGIOS COLETADOS EM LOCAIS DE CRIME CONTRA A PESSOA NO DF FONTELENE ES1,2, RAMALHO ED1,2, SALUM LB1,2 (1) ROCHA, D. P. , DORNELLAS, R. M. , NOSSOL, E. (1) , RICHTER, E. M.(1), MUÑOZ, R. A. A.(1) 1 Universidade Federal de Uberlândia, Av. João Naves de Ávila, 2121 – Uberlândia – MG - Brasil INTRODUÇÃO: Cocaína é uma das dr ogas ilegais mais utilizada em todo o mundo. Ela provoca efeitos anestésicos, de euforia, entre outros [1]. Na literatura científica, as técnicas analíticas cromatográficas são as mais citadas para determinação de forma simultânea de cocaína (COC) e seus principais adulterantes presentes em amostras forenses. OBJETIVOS: Investigar o comportamento eletroquímico da cocaína e seus principais adulterantes (benzocaína (BEN), cafeína (CAF), fenacetina (FEN), levamisol (LEV), paracetamol (PAR) e procaína (PRO)) em carbono vítreo (GCE), oxido de grafeno reduzido eletroquimicamente (ERGO) e ERGO com nanopartículas de ouro (NPTs-Au) para desenvolvimento de um método eletroquímico de determinação. MATERIAIS E MÉTODOS: A síntese de ERGO [2] consistiu em preparar uma dispersão de óxido de grafeno (1 mg mL -1) em uma solução de 10 mL de 0,05 mol L-1 de fosfato de sódio. A dispersão foi homogeneizada durante 30 min no banho de ultrassom. Em seguida, o oxigénio dissolvido foi removido fazendo borbulhar N2 durante 10 min. A síntese eletroquímica foi feita por voltametria cíclica (faixa de potencial de 0 a -1,7 V, 10 ciclos e velocidade de varredura de 75 mV s -1) sobre GCE. A síntese de ERGO-NPTs-Au foi feita da mesma forma que a anterior, adicionando também uma solução de cloreto de ouro 0,001 mol L-1. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Voltamogr amas cíclicos (0 a 1.6 V, velocidade de varredura de 50 mV s-1) de COC, BEN, CAF, FEN, LEV, PAR e PRO nas concentrações de 1 mmol L -1 foram feitos em uma solução de ácido sulfúrico 0,1 mol L -1 no GCE modificado, ERGO e ERGO-NPTs-Au. No GCE não modificado, nas condições avaliadas, apenas 4 adulterantes apresentaram picos de oxidação, sem uma boa separação. A COC não apresentou picos redox. ERGO apresentou pico de oxidação para COC (1,1 V) e para todos os adulterantes em potenciais separados. ERGO-NPTs-Au apresenta picos de oxidação e redução dos óxidos de ouro em 1,4 e 0,8 V, respectivamente, o que interfere na determinação de alguns adulterantes. Os picos de oxidação obtidos com este material apresentaram maior intensidade de corrente comparado aos outros materiais avaliados, porém, com a possibilidade de determinação simultânea de apenas alguns adulterantes avaliados. CONCLUSÃO: Dos materiais avaliados como eletrodos de trabalho para o desenvolvimento de métodos eletroanalíticos, ERGO apresentou o melhor potencial para a determinação e quantificação de COC e seus principais adulterantes simultaneamente. Dessa forma, verifica-se a possibilidade de desenvolver um método mais rápido, barato (em termos de equipamento e reagentes) que os métodos cromatográficos utilizados atualmente para o controle de amostras forenses. REFERÊNCIAS: [1] S. Komorsky-Lovric, I. Galic, R. Penovski, Voltammetric determination of cocaine microparticles, Electroanalysis, 11, 1999, 120. [2] C. Liu, K. Wang, S. Luo, Y. Tang, L. Chen, Small, 7, 2011, 1203. 1 Instituto de Criminalística da Polícia Civil do Distrito Federal – IC/PCDF 2 Fundação de Peritos Ilaraine Acácio Arce - FPIAA Em recente carta aberta às Nações Unidas, o Centro Internacional para Ciências em Políticas de Drogas solicitou que se reconsiderassem as métricas para as estatísticas sobre drogas de forma a incluir indicadores mais complexos, compreendendo, por exemplo, relações entre o uso de drogas e os crimes violentos. Entre os meses de janeiro e junho de 2016, foram analisados 85 vestígios, supostamente contendo psicotrópicos/entorpecentes, coletados em 51 ocorrências/locais de crime contra a pessoa no DF. Em aproximadamente 40% dessas amostras apenas resquícios foram avaliados, o que demonstra a complexidade na análise desses vestígios. Dessas últimas amostras, apenas em um quarto dos casos não foram detectados psicotrópicos/entorpecentes, correspondendo a aproximadamente 10% do total. Cocaína e tetraidrocanabinol corresponderam à indiscutível maioria das substâncias detectadas, sendo que em cerca de 10% das ocorrências ambos foram encontrados. A proporção entre as ocorrências de homicídio (ou tentativa) e os locais de suicídio (ou tentativa) periciados no Instituto é de 6:1, aproximadamente a mesma proporção encontrada no total dessas ocorrências registradas no mesmo período. Entretanto, essa proporção é mais que o dobro (15:1) se considerados os locais em que foram encontradas as substâncias estudadas nesse projeto. Esse resultado demonstra a importância da continuação dos estudos que relacionam as substâncias psicotrópicas/ entorpecentes às ocorrências de crimes violentos, principalmente homicídios (ou tentativas). Laudos de local de crime e cadavéricos estão sendo consultados na próxima etapa desse projeto. Agradecimento: FAPDF 78 QF 19- ESPECTROMETRIA DE MASSAS INORGÂNICA E ORGÂNICA PARA AVALIAÇÃO DO MITO DO CHÁ DE FITA COMO DROGA BIZARRA: RESULTADOS FINAIS. ERALDO LUIZ LEHMANN1,2, DELEON NASCIMENTO CORRÊA3,4, EDUARDO MORGADO SCHMIDT3, MARCOS NOGUEIRA EBERLIN3, MARCO AURÉLIO ZEZZI ARRUDA1,2 1 - Instituto Nacional de Ciências e Tecnologia em Bioanalítica – Deptº de Química Analítica – Instituto de Química – Unicamp, Campinas, SP, Brasil. 2 –Grupo de Espectrometria, Preparo de Amostra e Mecanização – Deptº de Química Analítica – Instituto de Química – Unicamp, Campinas, SP, Brasil. 3 – Laboratório Thomson de Espectrometria de Massas - Deptº de Química Orgânica – Instituto de Química – Unicamp, Campinas, SP, Brasil. 4 – Superintendência da Polícia Técnico-Científica, Instituto de Criminalística Dr. Octávio Eduardo de Brito Alvarenga, 05507060, São Paulo, SP, Brasil. Após uma avalição inicial de possíveis elementos presentes nas infusões de fitas K7 e VHS, os elementos Mn, Ni, Cr e Co se destacaram. Então, uma otimização dos parâmetros da cela de reação e colisão para o ICP-MS foi realizada para remoção das interferências isobáricas para os elementos Mn, Ni, Cr. Co não apresente necessidade do uso de celas, pois não apresenta interferentes isobáricos significativos. Pb e Hg não foram detectados no modo qualitativo, entretanto, foram quantificados também, pois são os elementos que caracterizam o mito. As infusões foram preparadas divididas em grupos K7 e VHS, usadas e sem uso. Após o preparo, as soluções foram diluídas, no mínimo, 5 vezes em ácido nítrico 1% (v/v), para a determinação dos elementos. Para a identificação dos compostos orgânicos, as infusões foram diluídas 1 vez em solução de ácido fórmico 0,1% (v/v) em metanol. Os resultados mostraram uma concentração elevada de manganês para as fitas K7, variando entre 711 e 2110 µg L -1, as quais estão acima do limite recomendado pela Organização Mundial de Saúde (WHO) para água potável (400 µg L -1 para efeitos toxicológicos). Intoxicação por elemento pode causar perda de equilíbrio e braquicinesia (lentidão de movimentos), entre outros efeitos. Todas as infusões apresentaram Co. Embora não haja valores para água potável para esse elemento, ele pode substituir Ca na neurotrasmissão de informações da retina pra o cérebro, o que poderia ser responsável pelas visões descritas por usuários das infusões. Ni e Cr apresentaram níveis de concentrações superiores àquelas recomendadas pela WHO (70 µg L-1 e 50 µg L-1, respectivamente) em algumas infusões. Esses elementos apresentam características carginogênicas. Em relação a compostos orgânicos, os espectros de massa obtidos por meio de FT-ICR-MS apresentaram alguns compostos com formula molecular compatíveis com compostos conhecidos. Entretanto, ao fragmentá-los, nenhuma conclusão foi possível em relação a presença de compostos orgânicos nas infusões. Contudo, devido aos efeitos agudos das intoxicação por Mn e Co, o mito é plausível, e presença de elementos carcinogênicos torna essa infusão perigosa para consumo. QF 20- DETERMINAÇÃO VOLTAMÉTRICA DO TEOR DE FORMALDEÍDO EM LEITE. OIYE, E. N.1; RIBEIRO, M. F. M 1.; TADINI, M. C. 1 ;KATAYAMA, J. M. T.1; OLIVEIRA, M. F.1. 1- GEEQFor - Departamento de Química – FFCLRP – USP - Av. Bandeirantes 3900 – Ribeirão Preto, SP O Formol apresenta em média 37% de formaldeído em sua composição e sua presença em alimentos tem muitas vezes a finalidade de conservá-los por mais tempo, porém, conforme legislação brasileira, a adição dessa substância ao leite é proibida. Por ser uma substância carcinogênica, torna-se necessário um controle sobre a sua presença no leite, uma vez que órgãos de vigilância como a United States Environmental Protection Agency (USEPA) determinam o teor máximo de 2,5 gformaldeído /kgamostra. Muitas metodologias de análise utilizam-se das técnicas cromatográficas, que requerem um rigoroso preparo de amostra. Através deste estudo, busca-se averiguar a presença de formol em amostras de leite de diferentes marcas e tipos, utilizando-se de teste colorimétrico, quantificar esta substância pela técnica eletroanalítica de Voltametria Cíclica (sem qualquer tratamento de amostra) e comparar os resultados considerando a legislação. Empregou-se o teste colorimétrico conforme metodologia extraída do livro “Manual para Inspeção da Qualidade do Leite” (2010). Para a determinação eletroanalítica necessita-se da complexação do aldeído ao DNPH (2,4-dinitrofenilhidrazina) a ser acompanhada por leituras voltamétricas com eletrodo de trabalho de carbono vítreo em meio de LiClO 4 0,1 mol L-1- em metanol. Os testes colorimétricos acusaram a possível presença de formaldeído nas 5 amostras. A adição de formaldeído em solução contendo eletrólito de suporte e DNPH é responsável pelo deslocamento de potencial do pico oxidativo e decréscimo de intensidade. Pela curva analítica, de equação y = 5,10 x 10-4 + 9.76 x 10-5, foi possível evidenciar a presença de formaldeído em teores que variam de 1,60 a 2,88 g/kg amostra. Através de medições rápidas e simples, aliadas ao teste colorimétrico preliminar, foi possível constatar a presença de formaldeído em concentrações acima da estabelecida em lei. Além de indicativos de adulteração do leite, tem-se um alerta para os órgãos fiscalizadores e aos riscos à saúde do consumidor. Referências Bibliográficas: WAHED, P.et. al., Food Chemistr y, 202: 476, 2012; SACZK, A.A. et al, Chromatographia, 63: 45, 2006. TRONCO, V. M. Manual de Inspeção da Qualidade do Leite.4ª ed. Santa Maria: Editora UFSM, 2010. 79 QF 21- ANÁLISE VOLTAMÉTRICA DE COCAINA UTILIZANDO ELETRODOS DE PASTA DE CARBONO MODIFICADOS QUIMICAMENTE COM COMPLEXOS DE URANILA (UO2) DERIVADOS DE BASES DE SCHIFF. OIYE, E. N.1; CRUZ JÚNIOR, J.W.3; KATAYAMA, J. M. T.1; MOTA-SILVA, R.S.1; DOCKAL, E.R.2; OLIVEIRA, M. F.1. 1- GEEQFor - Departamento de Química – FFCLRP – USP Av. Bandeirantes 3900 – Ribeirão Preto, SP . 2 – Departamento de Química – Universidade Federal de São Carlos – São Carlos, SP. 3 – Universidade Federal de Santa Catarina – campus Blumenau – Blumenau, SC. Dados levantados pela United Nations Office on Drugs and Crime mostram constantemente o uso da cocaína como uma das principais drogas consumidas no mundo. Junto a isso, requer-se uma maior atenção na apreensão de amostras, em que rapidez, sensibilidade e especificidade em sua detecção são essenciais. Sob esta óptica, os métodos eletroanalíticos são capazes de atender tais requisitos. A partir do uso de eletrodos quimicamente modificados, habilitam-se sensores específicos para a cocaína, tal como foi o caso deste estudo em que o uso de complexos de uranila (UO2) contendo base de Schiff, mostrou-se bastante promissora. Este eletrodo quando testado na detecção de cocaína e de dois de seus interferentes, a lidocaína e a procaína, respondeu seletivamente para a cocaína, constituindo uma alternativa promissora para detecção de tal droga. Este estudo teve como objetivo verificar novos procedimentos para a detecção do entorpecente a partir de eletrodo de pasta de carbono quimicamente modificado com o complexo [UO2(salophen)], utilizando-se a técnica de Voltametria Cíclica. O eletrodo de pasta de carbono utilizado foi preparado utilizando a proporção 25% de modificador, 5% de parafina e 70% de grafite. A análise voltamétrica da cocaína foi realizada em meio aquoso em pH 3 utilizando como eletrólito de suporte, o cloreto de potássio (KCl), com concentração de 0,1 mol L-1. A dependência linear de detecção da amostra foi conduzida no intervalo de 0,5 x 10 -3 mol L-1 a 3,75 x 10-3 mol L-1. Curva analítica construída nos ensaios com o eletrodo modificado apresentou coeficiente de correlação linear de 0,97 e limite de detecção de 0,15 x 10-3 mol L-1 para o eletrodo modificado com o complexo [UO2(salophen)]. Ficou evidenciado que o uso da base de Schiff [UO2(salophen)] tem potencial para ser um sensor altamente específico para cocaína, permitindo sua análise em meio aquoso em metodologias de preparo de amostra e eletrodo simples e rápidas. Referencias Bibliográficas: WAHED, P. et. al., Food Chemistry, 202: Sensors, 476, 2012; DE OLIVEIRA, et. al., Microchemical Journal, 110: 374, 2013. QF 22- ESTUDO QUÍMICO-TEÓRICO SOBRE A POSSIBILIDADE DE DETECÇÃO DE ANFETAMINAS SINTÉTICAS COM ISOTIOCIANATO DE FLUORESCEINA MUNHOZ G. P., BRUNI A. T. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO – FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DE RIBEIRÃO PRETO – DEPARTAMENTO DE QUÍMICA Constantemente são buscados novos métodos de detecção e identificação de substâncias ilícitas, especialmente com a chegada das chamadas Drogas de Desenho. Essas novas substâncias psicoativas consistem em modificações das drogas já conhecidas, porém com efeitos similares. Essas modificações têm por finalidade burlar as leis vigentes e a fiscalização. O objetivo deste trabalho é estudar, por meio de cálculos teóricos, a viabilidade do uso do Isotiocianato de Fluoresceína (FITC) como alternativa para detecção de anfetaminas sintéticas, levantando os principais aspectos que envolvem a molécula de FITC como identificador de substânciasproblema. A metodologia consiste em utilizar de programas computacionais de cálculo quântico para que sejam determinadas propriedades estruturais, possíveis conformações de menor energia e propriedades fisico-químicas decorrentes. Estudos teóricos aplicados a sistemas forenses têm sido altamente promissores, pois não se faz necessário a presença de padrões para realizar o estudo. A simulação computacional tem capacidade fornecer resultados importantes sobre mecanismos, podendo explicar em nível molecular resultados experimentais, sendo uma alternativa de economia de recursos. Resultados preliminares da interação entre o FITC e as anfetaminas mostraram que a energia do complexo formado é menor do que a energia dos compostos separadamente. Em suma, o trabalho possui potencial pelo seu baixo custo devido à utilização de métodos teóricos e programas de código aberto, além de recursos disponíveis no Centro Nacional de Processamento de Alto Desempenho de São Paulo (CENAPAD-SP). 1. Diário Oficial da União. Brasília, D. 1998. D. em: <http://www. anvisa. gov. br/hotsite/legis/Portari. & _344_98.pdf>. Portaria no 344, de 12 de maio de 1998. 2. Lei no 11.343,DE 23 DE AGOSTO DE 2006. Presidência da República Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos (2006). at <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/ l11343.htm>; 3. UNODC. World Drug Report 2013. at <http://www.unodc.org/ unodc/secured/wdr/wdr2013/World_Drug_Report_2013.pdf>; 4. Lloyd, A. et al. The application of portable microchip electrophoresis for the screening and comparative analysis of synthetic cathinone seizures. Forensic Sci. Int. 242, 16–23 (2014). 80 QF 23- EMPREGO DA CALORIMETRIA EXPLORATÓRIA DIFERENCIAL PARA A AVALIAÇÃO DO PERFIL DE DEGRADAÇÃO DE FIOS DE CABELOS CAUCASIANO, AFRO E ORIENTAL GUERRA, G. T., CRIZEL, M. G., WINKEL, K. T., PEREIRA, C. M. P., MESKO, M. F., SANTOS, C. M. M. Curso de Química Forense, Centro de Ciências Químicas, Farmacêuticas e de Alimentos (CCQFA), Universidade Federal de Pelotas (UFPel) Introdução: O cabelo humano é uma fonte muito importante de micro vestígios em análises forenses, muito utilizado para detecção de drogas consumidas pelo indivíduo. O cabelo também pode ser empregado, para diferenciar e caracterizar grupos étnicos, através da análise térmica por calorimetria exploratória diferencial (DSC). Esta técnica pode ser aplicada a análise de evidências coletadas em locais de crimes para auxiliar na identificação ou exclusão de suspeitos. Entre as técnicas calorimétricas, a DSC possibilita identificar a etnia de determinado indivíduo através dos eventos endotérmicos e exotérmicos que ocorrem durante a degradação dos fios capilares. A DSC baseia-se na medida da diferença de energia dos eventos térmicos característicos de cada grupo. As análises de DSC são complementadas por outras análises térmicas como a termogravimétrica (TG), na análise térmica diferencial são registradas as diferenças de massa em relação a temperatura, possibilitando relacionar os eventos térmicos com as perdas de massa da amostra. Objetivo: Desta forma, a proposta deste trabalho é desenvolver um banco de dados de DSC, para diferentes perfis térmicos e estudar o perfil de degradação dos fios de cabelos (in natura e danificados termicamente) de diferentes etnias. Materiais e Métodos: No estudo desenvolvido, utilizou-se 2 mg de amostras de cabelos, faixa de temperatura definida entre 20 a 600 ºC, com β de 10 ºC min-1 e uma atmosfera de N2 com vazão de 100 ml min-1 em um DSC (modelo 200 F3 Maia). Resultados e Discussão: Baseado nos per fis tér micos obtidos nas análises dos fios de cabelo dos diferentes grupos foi possível observar que os perfis apresentam características peculiares, facilmente observados nos eventos de desidratação, fusão e decomposição das fibras capilares. Conclusão: A DSC é uma técnica rápida, simples e robusta, sendo necessária uma pequena quantidade de amostra e mínima manipulação para análise. Ademais, a DSC apresenta-se como uma técnica forense auxiliar, possibilitando a diferenciação de grupos étnicos. QF 24- CARACTERIZAÇÃO DE AMOSTRAS DE COCAÍNA APREENDIDAS PELA POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE RONDÔNIA NEVES G. O. F.*,1, YAMASHITA M. 2, JÚNIOR W. A. C. 3 , CRISPIM P. DI T. B. 4. 1 Núcleo de Química Forense, Instituto Laboratorial Criminal, Polícia Técnica Científica, Secretaria de Segurança Pública e Cidadania do Estado de Rondônia, Rua Flores da Cunha, 4384 – Bairro Costa e Silva, CEP: 76804-052, Porto Velho-RO, Brasil. 2 Departamento de Química, Universidade Federal de Rondônia, Campus – BR 364, Km 9,5, CEP: 76801-059 – Porto Velho – RO, Brasil. 3 Laboratório Biogeoquímica Experimental Wolfigang C. Pfeiffer, Universidade Federal de Rondônia, Campus – BR 364, Km 9,5, CEP: 76801-059 – Porto Velho – RO, Brasil. 4 Departamento de Matemática, Universidade Federal de Rondônia, Campus – BR 364, Km 9,5, CEP: 76801-059 – Porto Velho – RO, Brasil. Instuto Laboratorial Criminal (ILC/POLITEC/SESDEC/RO) e Universidade Federal de Rondônia (UNIR). O tráfico de drogas, em específico o de cocaína, vem aumentando de forma significativa e assolando a sociedade com sérios problemas de segurança e de saúde pública. Para aumentar o lucro da venda da cocaína, os traficantes adicionam substâncias com propriedades farmacológicas (adulterantes), bem como outras substâncias para aumentar o volume (diluentes). Assim, a identificação dos adulterantes e diluentes contidas nas cocaínas apreendidas pode ser um ponto de partida de ações coercitivas policiais. Nesse contexto, o presente trabalho contribui em viabilizar a implementação e otimização de métodos analíticos no Instituto Laboratorial Criminal (ILC) visando a caracterização das amostras de cocaína apreendidas na região metropolitana de Porto Velho – RO no período de 2011 a 2012. Os diluentes majoritários foram determinados empregando métodos de análises químicas qualitativas básicas, ou seja, reações de precipitação, de óxido-redução, de complexação e de neutralização. Enquanto, para as análises de teores de cocaína e identificação de adulterantes foram realizadas por Cromatografia Gasosa acoplada ao Espectrômetro de Massa (CG-EM). Dentre as 120 amostras analisadas, continham 97,5% de sódio, 53,3% de bicarbonato/carbonato, 21,6% de sulfato, de 10,0% de magnésio e 11,7% de borato. Em relação aos adulterantes, das 116 amostras analisadas, 13,8% continham aminopirina e 0,86% lidocaína. Ademais, essas drogas continham teores relativamente elevados de cocaína com predominância entre 41 a 80% de pureza. O perfil das drogas comercializadas na região metropolitana de Porto Velho difere das demais regiões do país em termos pela presença de aminopirina (fármaco não comercializado no Brasil), importante informação para mapear a rota de drogas pela polícia. Bibliografia: - CARVALHO, D. G., MIDIO, A. F., Quality of cocaine seized in 1997 in the street-drug market of São Paulo city, Brazil. Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences, 39, 2003; - CHASIN, A. A. M.; LIMA, I. V. Alguns aspectos historicos do uso da coca e da cocaina. Revista Intertox de Toxicologia, Risco Ambiental e Sociedade, 1 (1), out, 2008; entr e outr os. 81 QF 25- AVALIAÇÃO DO TEOR DE SILDENAFIL EM COMPRIMIDOS DE PRAMIL POR LC-MS/MS JUNIOR, G.R.C.1, COSTA, F.R.F.1, MARINHO, P.A.1,2 1 Centro Universitário UNA , Instituto de Criminalística de Minas Gerais2 O mercado farmacêutico cresce exponencialmente anualmente e cresce também o número de casos de falsificações de medicamentos, sendo o sildenafil um dos fármacos mais visados neste mercado clandestino. O medicamento Pramil, que contém este princípio ativo, não possui registro na Anvisa, sendo proibida sua comercialização no Brasil. Desse modo, objetivou-se com esse trabalho, desenvolver uma metodologia analítica para quantificar o sildenafil nos comprimidos de Pramil a fim de comparar com os teores declarados no rótulo. A técnica analítica empregada para o doseamento foi a cromatografia líquida acoplada a espectrometria de massas (LC-ESI-MS/MS) no modo MRM. Foram analisados 17 comprimidos de Pramil (50 mg) resultantes de apreensões da Polícia Civil de Minas Gerais no período de 2013 a 2014. A linearidade foi constatada na faixa de 100 a 500 µg/L (R2 >0,99), sendo também confirmada pela avaliação das premissas da regressão linear simples por meio de testes estatísticos. Os parâmetros seletividade, recuperação e precisão atenderam aos requisitos analíticos estabelecidos, obtendo-se valores para a precisão intra-dia e inter-dia (<20%), recuperação satisfatória (>99%) nos três níveis de concentração estudados. Dos 17 comprimidos de Pramil analisados, 9 medicamentos (53%) apresentaram teor fora da margem de erro permitida pela Farmacopéia Brasileira, que é 10%, sendo constatado teores do princípio ativo muito discrepantes (entre 25,8 a 94,4 mg). Os resultados demonstram um controle de qualidade pouco eficiente na produção dos comprimidos de Pramil pela indústria farmacêutica responsável pelo medicamento e um risco toxicológico para os consumidores que fazem uso deste produto. 1- LIMBERGER, R.P. et al. Physical profile of counterfeit tablets Viagra® and Cialis®. Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences v.48, n.3, 2012. 2- ORTIZ, R.S. et al. Determinação de citrato de sildenafila e de tadalafila por cromatografia líquida de ultra eficiência com detecção por arranjo de diodos (CLUE-DAD). Química Nova, v. 33, n. 2, 2010. QF 26- SELOS APREENDIDOS PELA POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL: UMA ABORDAGEM ANALÍTICA FAÚLA HSN1,3, PLÁCIDO KM1,3, FERREIRA BM3, WANDERLEI LS1, RAMALHO ED2,3, SALUM LB2,3, ARANTES LC2,3 1 Universidade de Brasília – UnB Instituto de Criminalística da Polícia Civil do Distrito Federal – IC/PCDF 3 Fundação de Peritos em Criminalística Ilaraine Acácio Arce 2 Há uma década, o LSD era quase a única substância presente em selos apreendidos. Atualmente, menos de 10% das apreensões de selos contêm LSD. A maioria dos selos contêm uma ou mais de uma das substâncias pertencentes à série NBOMe (25B-NBOMe, 25I-NBOMe e 25C-NBOMe, principalmente). Os NBOMes são fenetilaminas variantes da série 2C-X descrita por Shulgin no seu livro PIHKAL (2000). No Brasil, a série NBOMe, bem como a série 2C-X, passaram a ser controladas após a publicação da RDC nº 6, em 18 de fevereiro de 2014, que atualizou a Lista F2 (lista das substâncias psicotrópicas proscritas no Brasil) do Anexo I da Portaria SVS/MS nº 344/98. Neste trabalho apresentamos uma abordagem analítica em desenvolvimento na Seção de Perícias e Análises Laboratoriais da Polícia Civil do Distrito Federal como resposta à crescente diversidade de Novas Substâncias Psicoativas encontradas nas apreensões de selos e à dificuldade de acesso a padrões analíticos de drogas de abuso. Mais de 350 apreensões de selos feitas entre os anos de 2013 e 2016 foram analisadas por cromatografia gasosa e/ ou líquida acopladas a espectrometria de massas e por ressonância nuclear magnética, quando necessária a caracterização estrutural de uma nova molécula. As mudanças implementadas no processamento inicial de amostras e nos métodos analíticos permitiram a identificação de uma ou mais substâncias em mais de 98% das apreensões de selos. Mais de 70% das apreensões analisadas apresentaram um ou mais de um dos três principais representantes da série NBOMes (25B-NBOMe foi a mais frequente, correspondendo a 35%). Quase 30% das amostras analisadas continham mais de uma substância proscrita. Mesmo sendo tão frequentes nas apreensões de selos, ainda não há exames presuntivos disponíveis para os NBOMEs. O desenvolvimento de testes preliminares será de grande valia para a comunidade forense e permitirá auxiliar nos autos de prisão em flagrante. Apoio Financeiro: FAPDF, FPCIAA, PCDF. Agradecimento: SPAL/IC/PCDF 82 QF 27- IDENTIFICAÇÃO DE PERFUMES FALSIFICADOS POR VEASI-MS BARBOSA 1, I.L; AGUIAR1, A.C; MORAIS 1, D.R; HERNANDES1,V.V; TEUNISSEN1, S.F;FRANCO1,M.F; JARA1, J.L.P; BARBOSA2,A.P; BORGES2, R; CORREA1,3,D.N.; COSTA, J.L. 4,, EBERLIN1, M.N 1 Laboratório ThoMSon de Espectrometria de Massas, Departamento de Química Analítica, Instituto de Química, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), 13083-970 Campinas, SP, Brasil. 2 Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO), 25250-020, Rio de Janeiro, RJ, Brazil 3 Superintendência da Polícia Técnico-Científica, Instituto de Criminalística Dr. Octávio Eduardo de Brito Alvarenga (ICSPTC-SP), 05507-06, São Paulo, SP, Brasil. 4 Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas-SP, Brasil Introdução - A falsificação de per fumes é uma pr ática ilegal em todo o mundo, sendo prejudicial tanto para as indústrias quanto para a saúde dos consumidores [1]. As abordagens convencionais para análise de perfumes são baseadas na análise dos compostos voláteis por cromatografia gasosa (GC) acoplada à espectrometria de massas (GC-MS) ou a outros detectores. Porém, a maioria destas técnicas requerem métodos e preparação da amostra, sendo normalmente demoradas e complexas. A V enturi - Easy Ambient Sonic Ionization (V-EASI-MS), que emprega uma fonte de ionização ambiente desenvolvida por cientistas brasileiros, é uma técnica de análise química abrangente e versátil pois necessita apenas da diluição da amostra no spray, sendo assim de extrema utilidade em análises forenses. Objetivos – Desenvolver métod para análise rápida de amostras de perfume e categorizá-las (em originais ou falsificados) por V-EASI-MS. Materiais e Métodos Um total de 56 frascos de perfumes suspeitos apreendidos e fornecidos pela Superintendência da Polícia Técnico Científica do Estado de São Paulo, e as amostras autênticas dos respectivos perfumes, adquiridas no comércio da cidade de Campinas, foram diluídos em analisados por VEASI-MS em modo positivo. Um tratamento de dados por Análise de Componentes Principais (PCA) foi aplicado para classificar os grupos. Resultados e Discussão – A comparação entre os perfis dos espectros dos perfumes autênticos e apreendidos obtidos por V-EASI-MS permitiram classificar os perfumes suspeitos como falsificado. Os dados gerados pelo PCA indicaram três tipos de falsificações distintas para os perfumes falsificados apreendidos. Conclusão - Neste tr abalho foi demonstr ado que a técnica V-EASI-MS é eficiente para a classificação de perfumes originais e falsificado, podendo ser facilmente implementada em laboratórios forenses. Referências Bibliográficas–[1] A. Rey, E. Corbi, C. Pérès, N. David, Determination of suspected fragrance allergens extended list by two-dimensional gas chromatography-mass spectrometry in ready-to-inject samples, J. CHROMATOGR. A, 1404 (2015) 95-103. QF 28- DETERMINAÇÃO DE COCAÍNA E SEUS METABÓLITOS EM AMOSTRAS DE ESGOTO E EM AMOSTRAS DE URINA DE USUÁRIOS DA DROGA: APLICAÇÕES FORENSES CAMPESTRINI, I.1, JARDIM, W. F.1 1 Laboratório de Química Ambiental, Instituto de Química, Campinas, SP, Brasil. Universidade Estadual de Campinas Nos últimos anos, a determinação de drogas ilícitas no esgoto tem sido utilizada em aplicações forenses em vários países. Na epidemiologia do esgoto, a análise do esgoto é utilizada para estimar a quantidade de drogas de abuso consumida por uma população, por meio de um cálculo baseado na concentração do biomarcador da droga no esgoto, em informações sobre a estação de tratamento de esgoto (ETE) e na proporção metabólica do biomarcador da droga excretado via urina. Contudo, incertezas associadas a essa estimativa tem sido discutida. Dentre elas, a incerteza relacionada à proporção metabólica é citada como uma das mais importantes, considerando a ampla variabilidade do metabolismo corpóreo entre indivíduos. Este trabalho apresenta a determinação por LC-ESI-MS/MS de sete subprodutos da cocaína (COC), incluindo a benzoilecgonina (BE), em 97 amostras de urina de usuários e em 16 amostras de esgoto coletadas em Campinas-SP. O objetivo foi avaliar a proporção metabólica dos subprodutos da COC em um conjunto abrangente de amostras de usuários da droga e avaliar se a proporção COC/BE (biomarcador para COC) no esgoto reflete a excreção urinária de usuários. De maneira geral, os resultados encontrados nas amostras de esgoto não foram correspondentes às amostras de urina analisadas. A razão COC/BE variou entre 0,01 – 0,18 nas urinas, enquanto que no esgoto essa razão variou entre 0,33 e 0,67, mostrando níveis elevados de COC no esgoto frente aos níveis de BE. Uma explicação plausível, considerando a maior estabilidade da BE nas condições ambientais, é a entrada de COC no sistema sanitário através da lavagem de materiais contaminados por restos da droga e, em casos extremos, do descarte irregular da droga devido a intervenções policiais. Assim, confirma-se a BE como biomarcador da COC para fins forenses, por sofrer menor influência externa. De acordo com os resultados, a proporção metabólica da BE demostrou ser determinante na estimativa do consumo de COC, sendo a proporção de 48% um valor representativo da excreção corpórea de usuários brasileiros de cocaína. Ademais, razões COC/BE maiores de 0,67 indicam descarte irregular de COC no sistema sanitário, sugerindo locais de distribuição da droga na região atendida pela ETE. 83 QF 29- Determinação de substâncias ativas em amostras de cocaína vinculadas ao tráfico internacional apreendidas pela Polícia Federal LAPACHINSKE, S. F.1,2, CAMPESTRINI, I.1, YONAMINE, M.1 1 Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil. 2 Polícia Federal, Superintendência Regional de São Paulo, SP, Brasil. O Brasil, além de, atualmente, possuir o segundo maior mercado mundial de consumo de cocaína, enquadra-se como país de transição para o tráfico internacional, principalmente para Europa e África. O comércio ilegal de drogas utilizando a internet, com entrega principalmente via serviços postais, tem aumentado nos últimos anos, passando de 1,2% em 2000, para 25,3% em 2014 (WDRUNODC, 2016). O objetivo deste trabalho foi estudar a composição e a pureza da cocaína destinada ao mercado internacional, via serviços postais. Foram analisadas 20 amostras de cocaína apreendidas pela Polícia Federal entre dezembro/2015 e março/2016 em agências dos Correios de cinco estados brasileiros (SP, RJ, RS, PR e CE), com destino para Europa, África, Ásia e Oceania. A cocaína e os adulterantes: fenacetina, cafeína, lidocaína, 4‑ metilaminoantipirina e levamisol foram determinados por GC-NPD, empregando a bupivacaína como padrão interno (Lapachinske et al., 2013 – F.S.I, 247, 48). A pureza das amostras de cocaína variou entre 4 e 24%, e apenas 3 delas (15%) não apresentaram adulteração. O levamisol foi encontrado em 80% das amostras analisadas, sendo o adulterante que apresentou maior frequência e, também, as maiores concentrações (3-34%) entre as substâncias determinadas, similarmente ao observado em estudos na Europa e Estados Unidos. Os resultados encontrados indicam elevada frequência de adulteração (85%) e composição similar às drogas de rua disponibilizadas aos usuários brasileiros. Em razão da origem das apreensões, é possível que grande parte das amostras analisadas tenha sido comprada, através da internet, para consumo próprio ou para distribuição local, justificando a elevada frequência de adulteração. Os resultados alertam, sobremaneira, para a saúde dos usuários, pois, devido aos seus efeitos colaterais como agranulocitose e vasculite, a utilização de levamisol, em seres humanos, está proibida desde o ano 2000 nos Estados Unidos e estudos têm demonstrado intoxicação grave em usuários de cocaína adulterada com levamisol. QF 30- ANÁLISE FORENSE EM INCÊNDIOS: CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA EFICIÊNCIA COM DETECTORES DE UV-VISÍVEL SOUZA, J. É. G.1, CARMO, S. K. S.2 1 Graduando do Bacharelado em Ciência e Tecnologia na UFERSA, Câmpus Pau dos Ferros 2 Doutora em Engenharia Química pela Universidade Federal de Campina Grande. Professora Adjunta do curso Bacharelado em Ciência e Tecnologia na UFERSA, Câmpus Pau dos Ferros/ RN. ([email protected]) Com o crescente aumento da criminalidade, em parte devido à crise econômica, a incidência de incêndios criminosos tem atingido números alarmantes. A falta de conhecimento sobre as causas de um incêndio, afeta diretamente os profissionais que atuam na investigação, tais como bombeiros e peritos, que precisam dar respostas ao caso, além de afetar também os demais indivíduos que fazem parte daquele ambiente e podem ter inalado alguma substância tóxica no momento do acontecimento. A análise forense para identificar se uma ocorrência foi premeditada ou não se torna cada vez mais fundamental. Mas, como essas análises são feitas? Quais as metodologias adotadas? Qual a precisão e eficiência destes métodos? Buscando responder a essas perguntas, foi feito um estudo sobre as principais metodologias, a respeito da análise forense, empregada na determinação de incêndios criminosos, dentre estes, observa-se a cromatografia líquida de alta eficiência com detectores de UV-visível como uma ferramenta bastante eficaz para esta análise. Neste método, um fotômetro mede a absorção de luz dos compostos após a mesma passar pela substância (analito) que se deseja analisar, comparando, posteriormente, os resultados com a absorvidade molar dos elementos conhecidos. Como o referido método pode identificar substâncias do grupo carbonila (C=O), composto mais comum em acelerantes utilizados em incêndios, sua utilização é amplamente difundida em casos de análises forenses de incêndios. 84 QF 31- CARACTERIZAÇÃO COMPARATIVA DO PERFIL ESPECTRAL DE MEDICAMENTOS DE MARCA, GENÉRICOS E FALSIFICAÇÕES POR ESPECTROMETRIA DE INFRAVERMELHO MÉDIO VIA REFLEXÃO TOTAL ATENUADA COELHO NETO, J1,2, LISBOA, F.L.C3 1 Seção Técnica de Física e Química Legal - Divisão de Laboratório - Instituto de Criminalística Polícia Civil de Minas Gerais 2 Departamento de Física e Química – Instituto de Ciências Exatas e Informática 3 Departamento de Engenharia Química – Instituto Politécnico Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais A espectrometria de infravermelho médio é uma técnica analítica de uso em ascensão no meio forense, principalmente os equipamentos que operam por reflexão total atenuada, associados a softwares integrados de comparação automatizada de perfis espectrais e deconvolução de misturas, combinados ao uso de bibliotecas espectrais tanto comerciais quanto personalizadas. Neste trabalho, os perfis espectrais de alguns medicamentos comerciais, tanto de marca quanto genéricos, de diferentes laboratórios, foram comparados entre si, com o objetivo de verificar similaridades e diferenças entre um mesmo medicamento oriundo de diferentes fontes, além de avaliar a correspondência entre os resultados de deconvolução automática e a composição descrita pelo fabricante. Os perfis espectrais das amostras estudadas foram obtidos a partir de espectrômetro modelo Nicolet iN10 FT-IR da Thermo Fisher Scientific, acoplado ao módulo Nicolet iZ10 com acessório Smart Orbit para reflexão total atenuada. As análises dos perfis obtidos foram realizadas utilizando-se os pacotes de software Omnic, do próprio espectrômetro, sendo as análises de deconvolução automáticas realizadas a partir da ferramenta de busca multi-componentes do módulo Omnic Specta. Os resultados obtidos permitiram, além da discriminação entre os diferentes fabricantes do mesmo medicamento, a verificação da semelhança, em nível espectral, entre as versões de marca e genérica produzidas pelo mesmo fabricante, independentemente do laboratório responsável pela comercialização, bem como a identificação fácil e rápida de falsificações, mesmo que estas contenham o princípio ativo indicado. Embora o uso da espectrometria de infravermelho para diferenciação entre medicamentos originais e falsificados seja reportado na literatura a partir do início da década, a comparação e diferenciação entre diferentes formulações originais, a análise de genéricos e a avaliação da composição por deconvolução, permitindo a identificação dos componentes dos medicamentos originais e das falsificações representa uma nova abordagem com aplicação prática rápida em qualquer laboratório forense que disponha da técnica de espectrometria infravermelha por reflexão total atenuada. QF 32- RAPID DETECTION OF NBOME'S AND OTHER NPS ON BLOTTER PAPERS BY DIRECT ATRFTIR SPECTROMETRY COELHO NETO, J1,2 1 Seção Técnica de Física e Química Legal - Divisão de Laboratório - Instituto de Criminalística Polícia Civil de Minas Gerais 2 Departamento de Física e Química – Instituto de Ciências Exatas e Informática Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Blotter paper is among the most common forms of consumption of new psychoactive substances (NPS), formerly referred as designer drugs. In many cases, users are misled to believe they are taking LSD when, in fact, they are taking newer and less known drugs like the NBOMEs or other substituted phenethylamines. We report our findings in quick testing of blotter papers for illicit substances like NBOMEs and other NPS by taking ATR-FTIR spectra directly from blotters seized on the streets, without any sample preparation. Both sides (front and back) of each blotter were tested. Collected data were analyzed by single- and multicomponent spectral matching and submitted to chemometric discriminant analysis. Our results showed that, on 66.7% of the cases analyzed, seized blotters contained one or more types of NBOMEs, confirming the growing presence of these novel substances on the market. Matching IR signals were detected on both or just one side of the blotters and showed variable strength. Although no quantitative analysis was made, detection of these substances by the proposed approach serves as indication of variable and possibly higher dosages per blotter when compared to LSD, which showed to be below the detection limit of the applied method. Blotters containing a mescaline-like compound, later confirmed by GC-MS and LC-MS to be MAL (methallylescaline), a substance very similar to mescaline, were detected among the samples tested. Validity of direct ATR-FTIR testing was confirmed by checking the obtained results against independent GC-MS or LC-MS results for the same cases/samples. 85 QF 33- UTILIZAÇÃO DA VOLTAMETRIA DE ONDA QUADRADA NA DETERMINAÇÃO DE COCAÍNA EMPREGANDO ELETRODO DE PASTA DE CARBONO QUIMICAMENTE MODIFICADO QF 34- DEZ ANOS DE EXISTÊNCIA DO CURSO DE QUÍMICA FORENSE DA FFCLRP/USP MAGALHÃES, J.(1), ELEOTÉRIO, I. C.(1) , BALBINO, M. A.(1), SOARES, A. C.(1), OLIVEIRA, M(1). F. Departamento de Química, Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto Universidade de São Paulo, 1 Grupo de Eletroquímica, Eletroanalítica e Química Forense Departamento de Química - Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo, Av. Bandeirantes, 3900, Monte Alegre, Ribeirão Preto – SP –Brasil Eletrodos de pasta de carbono apresentam vantagens como baixo custo, versatilidade na preparação e aplicação[1]. Desta forma, este trabalho apresenta uma metodologia para análise de cocaína utilizando o eletrodo de pasta de carbono modificado com hexacianoferrato de vanádio. A pasta de carbono foi preparada em uma proporção de 90% pó de grafite e 10% óleo mineral (m/m), o eletrodo foi modificado por eletrodeposição do hexacianoferrato de vanádio, contendo em solução NH4VO3 0,01 mol L-1, K3[Fe(CN)6] 0,01 mol L-1 e H2SO4 3,6 mol L-1, pela técnica de voltametria cíclica. Na análise da cocaína foi utilizado uma célula eletroquímica de 5 m L, eletrodo auxiliar de platina, eletrodo de pasta de carbono modificado, eletrólito de suporte LiCl 0,1 mol L-1 e a técnica voltamétrica de onda quadrada, nas condições otimizadas para maior intensidade de corrente: f = 80 s–1, a = 40 mV, e DES = 2 mV, referente as sucessivas adições de padrão de cocaína 1x10-6 mol L-1. Observou-se um aumento proporcional na corrente de pico anódica, obtendo um coeficiente de correlação linear (r) de 0,998, e desvio padrão (DP) de 0,07, a equação linear foi ipa = 0,12 μA + 0,52 μA nmol L-1 [cocaína], sendo o limite de detecção de 0,4 nmol L-1 e o limite de quantificação em 1,3 nmol L-1. Os resultados mostram que o eletrodo pasta de carbono permitiu o desenvolvimento de um método voltamétrico para a determinação de cocaína. Referências: [1] OLIVEIRA, L. S.; et al. Voltammetric Determination of Cocaine in Using a Carbon Paste Electrode Modified with Different [UO2(X-MeOsalen) (H2O)]•H2O Complexes. Sensors, Basel, v. 13, p. 7668-7679, 2013. CARDOZO,K.C., VELHO, J. A., BRUNI, A.T. O curso de Química Forense do Departamento de Química da Universidade de São Paulo foi iniciado em 2006 e desde então vem se desenvolvido e mudado a fim de atender às demandas inerentes às áreas de atuação profissional. O objetivo deste trabalho consiste em avaliar a evoucao acadêmico do curso de química forense de maneira qualitativa e quantitativa. A metodologia consistiu em atividades de levantamento de dados sobre os primeiros anos do curso de química forense, ressaltando o desenvolvimento, as principais adaptações, eventuais deficiências, a importância conceitual desta área interdisciplinar e seu alcance profissional. Também foi avaliado o alcance do entendimento dos processos relacionados à química forense pela comunidade receptora e a importância do tema dentro do processo investigativo judicial. Nesse contexto, várias atividades foram desenvolvidas, como levantamento dos dados mais importantes juntos à coordenação de curso; ainda, foi feito um questionário para análise da comunidade. As modificações na grade curricular, formulação estrutural e fusão de disciplinas para o desenvolvimento acadêmico da química forense no período do curso também foram avaliados, bem como a importância da interação com outras áreas. Por fim, tentou-se destacar a importância de seus preceitos na preservação dos direitos e no exercício da cidadania. Os resultados mostraram, entre outras coisas, alguns pontos interessantes que aqui destacamos: de acordo com os egressos e matriculados no curso, a opção por química na USP na modalidade forense se deu por influência da expectativa em se trabalhar como perito oficial. Todavia, a respeito do questionário para a sociedade, existe uma minoria que não sabe o significado de química forense, assim como os termos perito, perícia judicial, a função e importância do trabalho do perito. 86 QF 35- USO DE ESPECTROSCOPIA NO INFRAVERMELHO MÉDIO E PLS-DA NA DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE FRAUDES EM CARNES BOVINAS IN NATURA PELA ADIÇÃO DE INGREDIENTES NÃO-CÁRNEOS NUNES, K. M.1(PG), ANDRADE, M. V. O.2 (PQ), SANTOS FILHO, A. M. P.2 (PQ), LASMAR, M. C.2 (PQ), SENA, M. M.1,3 (PQ). 1 Departamento de Química, ICEx, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG 2 Polícia Federal,Superintendência Regional de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG 3 Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Bioanalítica, 13083-970, Campinas, SP Palavras Chave: Adulteração de carne, Análise Forense, Quimiometria, ATR-FTIR, PLS-DA. Introdução: A adição de água, sais e outr os adulter antes não-cárneos pode aumentar a capacidade de retenção de água na carne in natura, propiciando uma fraude econômica por ganho no peso. No Brasil, um grande escândalo desse tipo ocorreu em 2012, na Operação Vaca Atolada. 1 O controle de qualidade da carne bovina é baseado em análises físico-químicas e microbiológicas. Entretanto, métodos simples, rápidos e diretos podem ser desenvolvidos para detectar fraudes, baseados em espectroscopia no infravermelho médio (MIR) e ferramentas multivariadas/ quimiométricas.2 Objetivo: Desenvolvimento de métodos de classificação baseados em mínimos quadrados parciais discriminantes (PLS-DA) e espectros MIR para a detecção e caracterização de fraudes em amostras de carne bovina in natura propositadamente adulteradas (água, polifosfato, maltodextrina e carragena). Materiais e métodos: Foram injetados quatro tipos de misturas adulterantes a 10% e 30% m/m nas amostras. Em seguida, espectros de ATRFTIR foram obtidos e modelos PLS-DA foram construídos. Resultados e Discussão: Os 4 modelos de classificação apresentaram 100% de eficiência, ou seja, nenhum falso negativo ou falso positivo foi detectado. Avaliandose os gráficos de V IPscores, foi possível identificar as bandas espectrais mais significativas para cada um dos 4 modelos/adulterantes. Conclusão: Foi possível desenvolver modelos PLS-DA usando espectros MIR com 100% de eficiência classificatória na discriminação amostras de carne controle em relação a amostras propositadamente adulteradas. Referências Bibliográficas: 1 DPF. Notícia. 2012. Disponível em: http://goo.gl/ adPvdR 2 Nunes, K. M. et al. Food Chemisty, 2016, 205, 14-22. Agradecimentos: LANAGRO/MG, Pr ogr ama Ciências Forenses Edital 25/2014 – CAPES e FAPEMIG. QF 36- AVALIAÇÃO DO EFEITO DE CARCAÇA SUÍNA SOBRE AS PROPRIEDADES QUÍMICAS DE UM LAGO ARTIFICIAL (MANAUS-AMAZONAS) BENTES, K. R. S.1; MATOS, M. S. 1; PIMENTEL, L. A. 1; LITAIFF, A. C. B. 1; VENÂNCIO, J. B. 1; MELO, R. M. S.; OLIVEIRA, T. C. S. 1 1 Departamento de Química, Instituto de Ciências Exatas, Universidade Federal do Amazonas O Brasil aparece como terceiro país com o maior número de mortes por afogamento, ficando atrás do Japão e da Rússia. As características do clima, a vasta rede hidrográfica e o tamanho do litoral representam fatores de risco importantes para os afogamentos. Em 2010 foram registradas 777 casos de morte por afogamento sendo 215 registradas no Amazonas (Szpilman, 2012). No município de Manaus nos meses de julho a novembro, com altas temperaturas, os moradores procuram com maior frequência as praias de água doce tornando o número de acidentes maior nesse período. De acordo com o Portal de Saúde “Datasus”, foram contabilizadas 897 mortes por afogamento acidental no período de 2000 à 2012. Para a realização de estudos acerca do complexo processo de putrefação e intervalo pós morte envolvendo óbitos por afogamento ou suspeitas de homicídio em ambiente aquático é necessário o conhecimento sobre as variações físico-químicas nas diferentes fases de decomposição de corpos humanos nesses ambientes. O objetivo deste trabalho foi avaliar as mudanças ocorridas nas propriedades físico-químicas de um lago artificial mediante à sua exposição a carcaças suínas. Para a realização deste experimentos, a área de estudo foi um lago artificial localizado no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (IFAM), situado na zona leste da cidade de Manaus. Foram utilizados 10 espécimes de suínos (Sus scrofa domesticus) com aproximadamente 15 kg, vindos a óbito por afogamento, confinados em gaiolas e posicionados de forma equidistante ocupando todo o lago. Foram coletadas amostras de água do local antes de inserir os espécimes e após sua submersão foram realizadas observações diárias do experimento e coletadas amostras de água a cada dois dias até que se completasse o período de 20 dias. Foram realizadas as análises para os seguintes parâmetros: pH, temperatura, DQO, OD, turbidez e condutividade elétrica. Observou-se que a decomposição dos animais se deu de forma rápida, sendo que em 12 dias todos estavam na fase de restos. A partir dos resultados das análises, constatou-se a alteração nos valores dos parâmetros físico-químicos avaliados e a importância de conhecer a fundo o efeito do cadáver nas condições da qualidade da água onde está inserido, podendo dar subsídios à investigação pericial. Referências bibliográficas: David Szpilman. Afogamento - Perfil epidemiológico no Brasil Ano 2012. Publicado on-line em www.sobrasa.org, acessado em 2 de julho de 2012, http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sim/ cnv/obt10am.def, acessado em 10 de julho de 2012. 87 QF 39- ESTUDO DO EFEITO DE CADÁVER ENTERRADO NA CONCENTRAÇÃO DE MACRONUTRIENTES EM SOLO DA RESERVA ADOLPHO DUCKE (MANAUS – AMAZONAS) QF 40- LEVANTAMENTO DO NÚMERO DE LAUDOS PRODUZIDOS PELA PERÍCIA CRIMINAL DA POLÍCIA FEDERAL SOBRE NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS NO PERÍODO DE 01/01/2014 A 01/03/2015 KARIME RITA DE SOUZA BENTES (PQ) 1, ANANDA DA SILVA ANTONIO (PQ)1, LARISSA CRISTINE ANDRADE DA COSTA (IC)1, ANA TAYNÁ CHAVES AGUIAR (IC)1, ANDREZA DA ROCHA UCHÔA DE PAULA (IC)1 DE ROSE, N. M.1, MACHADO, L. F.1 1 Departamento de Química, Instituto de Ciências Exatas, Universidade Federal do Amazonas. Uma das principais formas de se estabelecer o IPM consiste na observação de determinadas características adquiridas pelo cadáver devido aos fenômenos de decomposição. As ferramentas utilizadas para a determinação do IPM de um cadáver exposto e de um enterrado são distintas. Há diferenças entre a decomposição de ambos, pois abaixo da terra o cadáver tem menor influência da temperatura e maior da umidade e também maior ação de microrganismos decompositores. Baseado nessas diferenças enterrado/ exposto foi criado um método de determinação de IPM para cadáveres enterrados através da análise da concentração de macronutrientes no solo, liberados durante o processo. No decorrer da decomposição os macroelementos são liberados pelo cadáver através do necrochorume, que percola no solo abaixo do cadáver. Para a extração dos macroelementos no solo foram utilizados dois métodos: KCl e Mehlich 1, seguindo a metodologia do Manual de análises químicas de solos, plantas e fertilizantes da EMBRAPA. A pesquisa trouxe resultados promissores para desenvolver um modelo baseado nos níveis de concentrações desses macronutrientes Mg2+, P3+, K+, Ca2+, Na+ e Al3+, como por exemplo, as concentrações de Al3+, que na região anterior e central possuem um comportamento similar, onde, em alguns momentos das fases de decomposição ocorrem alguns picos de concentração do Al3+, diferenciando-se do comportamento da região posterior. Foi possível notar que Ca2+ e K+ apresentaram maior concentração na região central nas primeiras fases da decomposição, no decorrer dos outros dias é notável que as concentrações são similares para as três regiões do porco. Buscou-se com esta pesquisa melhorar o desempenho de análises criminais no Amazonas e futuramente no Brasil, por tratar de algo ainda inexplorado no país, fazendo uma nova abordagem quanto a análise de solo, referente ao processo de decomposição de uma carcaça exumada em solo e temperatura típicos da região amazônica. Referências bibliográficas: Benninger, Laura A., Carter, David O. e Forbes, Shari L. The biochemical alteration of soil beneath a decomposing carcass. Forensic Science International. 2008, Vol. 180. 1 Polícia Federal A determinação do perfil de apreensões de Novas Substâncias Psicoativas (NSP), no âmbito da Criminalística da Polícia Federal, representa uma ferramenta fundamental no combate do tráfico internacional de substâncias com efeito psicotrópico, tendo em vista a crescente tendência no surgimento e consumo dessas drogas. O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC) reportou um crescimento no mercado mundial relativo às NSP, no ano de 2015, em comparação com o ano de 2014, que continua sendo caracterizado pelo surgimento de um grande número de novas substâncias. O presente trabalho reúne dados estatísticos que avaliam esse crescimento no Brasil com base nos laudos produzidos pela Perícia da Polícia Federal, no mesmo período descrito no relatório da UNODC de 2016. O objetivo do trabalho é proporcionar uma visão geral acerca do perfil das apreensões de NSP pela Polícia Federal, além de avaliar se este modelo observado segue os mesmos padrões mundiais. A metodologia se baseou no levantamento de dados no Sistema de Criminalística (SISCRIM), por meio das ferramentas de busca disponíveis, usando as siglas e sinônimos comuns das substâncias de interesse, que geraram Laudos entre o período de 01/01/2014 e 01/03/2015. A partir da compilação dos dados, foi possível traçar um perfil gráfico das principais NSP analisadas nos Setores Técnicos Científicos, bem como no Instituto Nacional de Polícia. De forma geral, os resultados obtidos revelam que a principal substância sintética foi o 3,4-metilenodioximetanfetamina (MDMA), seguida de outras drogas clássicas, como dietilamina do ácido Lisérgico (LSD), e anfetaminas. No entanto, considerando os diferentes grupos de NSP classificados pela UNODC (canabinóides sintéticos, catinonas, fenetilaminas, piperazinas, cetamina, substâncias à base de plantas e outras substâncias), em suas formas de apresentação mais comuns, em comparação com as mesmas formas contendo as substâncias sintéticas predominantes citadas acima (MDMA, LSD...), aqueles, com algumas exceções, superam em até 30% estas no número total de laudos produzidos, conforme fora relatado na Informação Técnica no 18/2015-SEPLAB/DPER/INC/DITEC/DPF. 88 QF 41- CLASSIFICAÇÃO DIRETA DE NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS EM SELOS APREENDIDOS, USANDO ATR-FTIR E ANÁLISE DISCRIMINANTE MULTIVARIADA QF 42- TESTES PRELIMINARES COLORIMÉTRICOS EM COMPRIMIDOS APREENDIDOS: O DESAFIO NO CONTEXTO DAS NOVAS DROGAS PSICOATIVAS (NPS) L.S.A. PEREIRA1, F.L.C. LISBOA2,3, J. COELHO NETO2,3, M.M. SENA1,4 BARBOSA, L.M.1; DA SILVA, L. C.2; NEVES, F. T. A.2 1 Departamento de Química, ICEx, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil, 2 Divisão de Laboratório, Instituto de Criminalística, Polícia Civil de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil 3 Departamento de Física e Química, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil 4 Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Bioanalítica, Campinas, SP, Brasil [email protected] As novas substâncias psicoativas (NPS) estão se espalhando rapidamente pelo mundo e, por falta de informação sobre seus efeitos, estão causando problemas de saúde pública. Portanto, métodos de detecção e identificação dessas drogas são fundamentais nas investigações que visam o controle do tráfico. No caso das drogas consumidas em selos, o LSD tem sido substituído por NPS, especialmente da classe das fenetilaminas. Assim, um método rápido e não destrutivo foi proposto para classificar as diferentes drogas contidas em selos apreendidos pela Polícia Civil de Minas Gerais em 2014 e 2015. Espectros de infravermelho médio de 73 amostras de selos apreendidas foram registrados em um espectrômetro ATR-FTIR Thermo Nicolet iZ10 com cristal de diamante, de 400 a 4000 cm-1, com resolução de 4 cm-1. As amostras foram separadas pelas classes de drogas que continham, de acordo com os laudos periciais (NBOMe, 2C-H, LSD e MAL), baseados em métodos cromatográficos. Uma classe “branco” foi construída com espectros de 7 tipos de papeis comerciais. O algoritmo de KennardStone foi usado, intra-classe, para separar os conjuntos de treinamento e teste. Em parte das amostras de LSD foi observado um polímero, e por isso, esta classe foi dividida em LSD1 e LSD2. A partir das 6 classes, um modelo PLS -DA (Mínimos Quadrados Parciais Discriminantes) foi criado com 9 variáveis latentes, usando préprocessamentos SNV e dados centrados no centroide de classe. O modelo foi validado quanto à veracidade, seletividade qualitativa e precisão.1 A taxa de confiabilidade (RLR) média foi de 88,9%, a acordância (ACC) foi 91,1% e a concordância (CON) 86,1%. Um submodelo foi construído para classificar as amostras da classe NBOMe entre as drogas 25B-NBOMe, 25C-NBOMe e 25I-NBOMe. O submodelo foi construído com 5 variáveis latentes, usando os mesmos pré-processamentos. Para este submodelo, a RLR foi 82,2%, a ACC foi 100% e a CON foi 94,4%. A classificação objetiva de diferentes drogas torna o método adequado à rotina de um laboratório forense. Além disso, o método desenvolvido é rápido, não destrutivo, de baixo custo e usa equipamento disponível nesses laboratórios. Referências: [1] C.D. Gondim et. al., Anal. Chim. Acta 830 2014 11-22 Agradecimentos à Capes, CNPq e Fapemig pelo financiamento, ao Edital CAPES Pró-Forense 025/2014 e ao programa FIP/PUC Minas 1 Instituto de Criminalística, Núcleo de Perícias Criminalísticas de Bauru/SP 2 Universidade do Sagrado Coração. Bauru/SP Introdução: As novas dr ogas psicoativas (NPS) são os atuais desafios analíticos em todo o mundo. Os testes preliminares são rápidos, baratos e efetivos, porém são relativamente limitados a detecção de certas classes de substâncias químicas. Objetivo: Avaliar as reações de cor dos testes de Marquis e Simons em comprimidos apreendidos na região de Bauru entre janeiro de 2015 e março de 2016. Materiais e métodos: Mar quis (ácido sulfúr ico concentr ado/ formaldeído 37%, v/v) e Simon (nitroprussiato de sódio a 1% (a), acetaldeído etanólico 50% (b) e carbonato de cálcio 2%(c)). Para a confirmação da natureza das substâncias foi utilizada a técnica de cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas (GC/MS). Resultados e Discussão: 81,25% (n= 11) reagiram com pelo menos um dos testes. 68,75% (n=11) reagiram com o Marquis. 37% (n=6) dos comprimidos apresentavam MDMA em sua composição, seguidos de 25% (n=4) que apresentavam Etilona. 18,75% (n=3) dos comprimidos que não reagiram a nenhum dos testes e foram identificadas como sendo 5-MeO-MiPT. Conclusão: O teste de Mar quis apr esentou um maior espectr o de reação com outras substâncias alheias ao MDMA. Embora os comprimidos de Etilona apresentassem cor amareloesverdeada na reação de Marquis, esta reação não é satisfatória ao passo que cor semelhante se forma também com as anfetaminas. A união dos dois testes possibilitou o aumento de segurança para o analista para detecção somente do MDMA. Como o MDMA está presente em menos da metade dos comprimidos apreendidos, conclui-se que a realização somente destes dois testes preliminares colorimétricos como única técnica de determinação, mesmo que preliminar, de substâncias psicoativas em comprimidos é insuficiente. Referências Bibliográficas: United Nations Office on Dr ug and Crime. The challenge of new psychoactive substances, 2013. Lanaro et.al. Identificação química da clorofenilpiperazina (cpp) em comprimidos apreendidos. Quimica nova. Vol. 33, No. 3, 725-729, 2010. 89 QF 37- COMPRIMIDOS APREENDIDOS PELA POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL: UMA ABORDAGEM ANALÍTICA 1,3 1,3 3 PLÁCIDO KM , FAÚLA, HSN , FERREIRA BM , WANDERLEI LS1, RAMALHO ED2,3, SALUM LB2,3, ARANTES LC2,3 1 Universidade de Brasília – UnB Instituto de Criminalística da Polícia Civil do Distrito Federal – IC/PCDF 3 Fundação de Peritos em Criminalística Ilaraine Acácio Arce 2 O mercado mundial para drogas sintéticas continua em expansão. Os últimos relatórios anuais sobre drogas (UNODC, 2015 e EMCDDA, 2016) indicam um forte aumento nas apreensões de metanfetamina (elevação de 158% a mais nos últimos 5 anos) e uma significativa, porém menor, redução nas apreensões de metilenodioximetanfetamina, mais conhecida como “ecstasy” (diminuição de 15% no mesmo período). No Brasil, o comércio de “ecstasy” continua o maior entre os Estimulantes Tipo Anfetamina (ATS), sendo comprimidos a forma mais comum de apreensão. É também impressionante a quantidade de novos estimulantes que surgem quase semanalmente. Esses novos ATS impõem às instituições de repressão ao tráfico de drogas e, mais especificamente, aos laboratórios forenses grandes desafios analíticos. Para poderem identificar as substâncias contidas nas diferentes apreensões de comprimidos, os laboratórios forenses devem ter a sua disposição técnicas analíticas complementares, profissionais especialistas e atualizados, bem como, métodos compatíveis e padrões analíticos de referência. Neste trabalho, apresentamos uma nova abordagem analítica em desenvolvimento na Seção de Perícias e Análises Laboratoriais que visa a identificação dos novos estimulantes apreendidos. As mudanças implementadas no processamento inicial de amostras e nos métodos analíticos permitiram o retorno a uma identificação de uma ou mais substâncias controladas em mais de 95% das apreensões de comprimidos. Antes das mudanças implementadas, não estavam sendo detectadas substâncias controladas em mais de 30% das apreensões. Os principais ATS apreendidos continuam sendo MDMA e clobenzorex, entretanto um número cada vez mais de novos estimulantes vêm sendo observados. A confirmação desses novos estimulantes tem sido extremamente lenta e cara para os cofres públicos devido os elevados custo e burocracia associados à aquisição de padrões analíticos de substâncias controladas ou proscritas. Apoio Financeiro: FAPDF, FPCIAA, PCDF. Agradecimento: SPAL/IC/PCDF QF 38- EXTRAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO BRODIFACOUM EM RATICIDA COMERCIAL FERNANDES, L. A. T.1; SEIBERT, E. L.2; ULYSSEA, M3; ESCORSIN NETO, J4. 1. Aluna de Pós Graduação do Instituto de Pós-graduação e Graduação - Unidade de Curitiba 2. Pesquisador do Departamento Acadêmico de Química e Biologia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Câmpus Curitiba 3. Perita Criminal Chefe do Laboratório de Ciências Químicas e Biológicas da Polícia Cientifica do Paraná 4. Perito Oficial Toxicologista do Laboratório de Toxicologia da Polícia Científica do Paraná. Pedaços e farelos dos pellets de raticidas comercializados chegam ao laboratório do instituto de criminalística do Paraná tirados de alimentos como café e chá. Portanto, métodos de determinação dos seus princípios ativos, que são principalmente derivados cumarínicos, são indispensáveis em investigações forenses. Porém, os produtos comercializados apresentam uma baixa concentração desses compostos em sua composição o que torna sua análise difícil. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi desenvolver um método para extrair o cumarínico brodifacoum de amostras comerciais e determina-lo através de cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) com detector de arranjo de diodos (DAD). A extração foi realizada no Laboratório de Química Analítica da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), sede Ecoville, e o restante da análise no Laboratório de Ciências Químicas e Biológicas do Instituto Médico-Legal (IML) de Curitiba. Foi apresentada uma metodologia para determinação do brodifacoum em iscas peletizadas do raticida comercial baseando-se no método previamente proposto por MESMER e SATZGER (1995) que requer menos de 10 mg de amostra. O método para extração envolve banho de ultrassom e análise por CLAE-DAD. Foi possível determinar o composto sem precisar de extensas etapas de limpeza. Foram estimados limites de detecção (LD) e quantificação (LQ) em 0,153 e 0,510 mg L-1 respectivamente e recuperação de 51, 61 e 62% para 3 diferentes marcas de raticida. A partir desses números soube-se que o método proposto nesse trabalho possibilita a utilização de 2 mg do pellet em análises com fins qualitativos e 5 mg em análises com fins quantitativos, considerando-se as porcentagens de recuperação deste trabalho. O procedimento mostrou-se passível de ser utilizado pelo laboratório do Instituto de Criminalística do Paraná em suas análises rotineiras envolvendo amostras de pellets ou resíduos provindos de bebidas, como chá e café, suspeitas de conter brodifacoum, principalmente em razão do maior interesse qualitativo da análise. 90 QF 43- IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE 4-BROMOMETCATINONA ENCONTRADA EM COMPRIMIDOS APREENDIDOS NO ESTADO DE GOIÁS QF 44- DISCRIMINAÇÃO DE RESÍDUOS DE DISPARO DE ARMAS DE FOGO POR FLUORESCÊNCIA DE RAIOS X POR REFLEXÃO TOTAL E ANÁLISE DE COMPONENTES PRINCIPAIS SOUZA L. F.*1,2, MARTINI A. L.1, BRAGA P. C. C. S.1, VIEIRA T. S.2,3; LIÃO L. M.2 FERREIRA, L. P.1; NASCENTES, C. C.1; VALLADÃO, F. N.2; LORDEIRO, R. A.2 1 1Polícia Técnico Científica do Estado de Goiás. 2Instituto de Química, Universidade Federal de Goiás 3Instituto Federal do Tocantins, Campus Araguatins As novas substâncias psicoativas (NSP) ilícitas apreendidas em diversos países, refletem um problema mundial emergente em nossa sociedade. Neste cenário, um número crescente de catinonas sintéticas têm aparecido no mercado europeu de drogas durante os últimos anos, inclusive a 4-bromometcatinona (4-BMC ou brefedrona)1,2. Apesar desta substância estar inserida na base de dados de espectros de massas da SWGDRUG3, a identificação somente através da técnica de cromatografia gasosa com detecção por espectrometria de massas e ionização por impacto de elétrons (CG/EM/IE), torna difícil a distinção entre os isômeros de compostos aromáticos substituídos4. Assim, os comprimidos apreendidos foram submetidos a análises de Ressonância Magnética Nuclear no Laboratório de RMN do IQ-UFG, em um espectrômetro BRUKER Avance III 500 de 11,75 T. Para isso, as amostras foram pulverizadas em almofariz, sendo 15 mg transferidos para um frasco eppendorf, ao qual foram adicionados 600 mL de metanol deuterado (CD3OD) constituído com 0,05% de tetrametilsilano (TMS), sendo filtrado diretamente em tubo de RMN. O espectro de RMN de 1H indicou a presença majoritária das substâncias 3,4-metilenodioximetanfetamina (MDMA) e bromometcatinona, com o substituinte bromo na posição para, sendo ainda as estruturas confirmadas através dos experimentos bidimensionais HSQC e HMBC. Portanto, o emprego da técnica de RMN demonstrou-se fundamental na elucidação estrutural inequívoca da substância 4-BMC, tendo em vista as limitações da técnica de CG/EM/IE. 1. CAUDEVILLA-GÁLLIGO, F. et al. Human Psychopharmacology: Clinical and Experimental, 2013, 28, 4, 341–344. 2. ZUBA, D. Problems of Forensic Science, 2014, 100, 359–385. 3. SWGDRUG MS Library Version 2.4. http:// www.swgdrug.org/ms.htm. 4. ZAITSU, K. et al. Forensic Toxicology, 2008, 26, 2, 45–51. FAPEG, FINEP, CNPq, CAPES, SSP-GO Departamento de Química, Instituto de Ciências Exatas, Universidade Federal de Minas Gerais 2 Seção Técnica de Química e Física Legal do Instituto de Criminalística da Polícia Civil de Minas Gerais A determinação do tipo de munição deflagrada por meio da análise química de resíduos de disparo de arma de fogo (gunshot residue – GSR), que se depositam nas mãos do atirador, é decisiva para confirmação ou exclusão de um suspeito como autor do crime. Nesse contexto, este trabalho teve por objetivo discriminar GSR de munições convencionais de cinco diferentes calibres por Fluorescência de Raios X por Reflexão Total (TXRF) e Análise de Componentes Principais (PCA). Amostras de GSR foram coletadas, em triplicata, das mãos de atiradores voluntários com swabs umedecidos com água Milli-Q [1] nas regiões do dorso e da palma próximas à prega interdigital, imediatamente após um e três disparos. Também foram coletadas amostras-controle da água, da arma, da mão do atirador antes do(s) disparo(s) e do corpo. As munições avaliadas neste estudo foram: CBC 9 mm Luger encamisada deflagrada por pistola Taurus 9mm 24/7 G2, CBC .38 SPL chumbo deflagrada por revólver Taurus .38 SPL RT 82, S&WL, .32 semi-encamisada deflagrada por revólver S&WL .32, CBC .380 +P ARC 15 ponta oca encamisada gold deflagrada por pistola IMBEL .380 e CBC .40 SW AWX72 ponta plana encamisada deflagrada por pistola IMBEL .40. Os swabs foram armazenados em tubos de polietileno de 5,0 mL com tampa, nos quais se adicionou 490 µL de HNO3 5% v/v e 10 µL de Ga 100 mg L-1 (padrão interno). Esse conjunto foi sonicado em banho de ultrassom por 5 min para extração dos analitos. Depositaramse 10 µL dessa solução em discos de quartzo para análise por TXRF (S2 PICOFOXTM, Bruker). As concentrações de Al, S, K, Mn, Fe, Ni, Cu, Zn, Br, Sr, Sb, Ba e Pb foram importadas para o software MATLAB® 7.9 e o pré-processamento por centralização na média e o PCA foram executados utilizando o PLS Toolbox®. Os resultados mostraram que as triplicatas de 1 e 3 disparos foram separadas para as munições de calibre .32, .38 .380 e 9 mm no gráfico de scores PC1xPC2, que explicam 91,77% da variância. A munição de calibre .40 não separou adequadamente. O elemento de maior loading em PC1 é o S, proveniente do Sb2S3 utilizado como combustível, e o elemento de maior loading em PC2 é o Ba, proveniente do Ba(NO3)2, utilizado como oxidante, ambos presentes na espoleta [2]. O S tem maior contribuição na munição de calibre .32 e o Ba, na munição .380. O método proposto é simples e possibilitou a discriminação de GSR de quatro das cinco munições estudadas, sendo uma alternativa para os laboratórios de perícia. [1] Tarifa, A.; Almirall, J. R. Science and Justice 55 (2015) 168. [2] Yañez, J. Microchemical Journal 101 (2012) 43. Agradecimentos: À CAPES, FAPEMIG, ao Instituto de Cr iminalística da PC-MG e ao perito criminal Paulo Eduardo Nunes Andrade Barbosa. 91 QF 45- ESTUDO ELETROQUÍMICO DO DELTA-9TETRAIDROCANABINOL UTILIZANDO ELETRODO IMPRESSO DE CARBONO QUIMICAMENTE MODIFICADO COM COMPLEXOS DO TIPO BASE DE SCHIFF [Cu(Salophen)]. BALBINO, M.A.1,2, ELEOTÉRIO, I.C.1,2, CRUZJUNIOR, J.W.1,3, SILVA, R.S.M.1, CASTRO, A.L.1, MCCORD, B.R.2, OLIVEIRA. M.F.1 1 – Departamento de Química, Grupo de Estudos em Eletroquímica e Química Forense, FFCLRP/USP, Ribeirão PretoSP,14040-901, Brasil 2 - Department of Chemistry and Biochemistry – International Forensic Research Institute – Florida International University – Miami, FL 33199 – Estados Unidos.. 3 - Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC- BlumenauSC, 89065300, Brasil. Nos últimos anos, nota-se a busca por metodologias e técnicas para a detecção/análise de drogas de abuso em que não haja resultados inconclusivos, falso-positivos ou falsonegativos [1,2]. Os sensores eletroquímicos estão associados a portabilidade, baixo custo, facilidade de operação e robustez, sendo alguns destes reportados em literatura na análise de Delta-9-tetraidrocanabinol (∆9-THC), substância psicoativa da maconha [2-4]. Os eletrodos impressos tem a vantagem de serem versáteis, pois os eletrodos de referência e auxiliar estão reunidos em um único dispositivo. Visando um aumento da sensitividade e seletividade, este trabalho tem por objetivo apresentar os resultados da análise de padrão de ∆9-THC utilizando eletrodo impresso de carbono quimicamente modificado com a Base Schiff [Cu(Salophen)]. O eletrodo impresso de carbono BVT AC1W4R1 foi utilizado e submetido à modificação química pelo método “drop coating”, onde uma quantidade de 10 µL (1mg/mL em acetonitrila) do modificador químico foi adicionada à superfície do eletrodo. Após a secagem, o estudo da estabilidade do filme foi realizado utilizando o potenciostato Metrohm Autolab 128 N. e adicionados 20 µL eletrólito de suporte KNO3 0.15 mol L-1 à superfície do eletrodo. Utilizando uma solução padrão de ∆9-THC (Cerilliant) diluída em metanol com uma concentração de 0.1 mmol L-1, adotando parâmetros experimentais reportados em literatura [2-4], a influência da concentração e tempo de pré-concentração foram investigados. Em um estudo comparativo entre eletrodos impressos sem modificação, observou-se a intensidade do sinal em até 5 vezes maior quando a voltametria de onda quadrada é aplicada, otimizando assim a sensibilidade e reduzindo o consumo de materiais (reagentes, amostras e vidrarias, por exemplo). Referências 1 – Martinis BS, Oliveira MF. Química Forense Experimental. São Paulo, Cengage, 2015. 2 – Journal of Forensic Sciences, DOI: 10.1111/15564029.13059 3 – Journal of solid State electrochemistry DOI 10.1007/s10008016-3145-3 4 - Electroanalysis 2013, 25, No. 12, 2631–2636 QF 46- ANÁLISE VOLTAMÉTRICA DO EXTRATO DE CANABINÓIDES POR ELETRODO IMPRESSO DE CARBONO MODIFICADO COM BASE SCHIFF [CU(SALEN)]. BALBINO MA1,2 ,MAGALHÃES J1, ELEOTÉRIO IC1,2, CRUZ-JUNIOR JW1,3, SILVA RSM1, MCCORD BR2, OLIVEIRA MF1 1 – Grupo de Eletroquímica, Eletroanalítica e Química Forense, Departamento de Química, FFCLRP/USP, Ribeirão Preto-SP,14040 -901, Brasil 2 - Department of Chemistry and Biochemistry – International Forensic Research Institute – Florida International University – Miami, FL 33199 – United States of America. 3 - Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC- Blumenau-SC, 89065300, Brasil. Métodos eletroquímicos tem como princípio o estudo das informações geradas por meio de curvas corrente/potencial [1]. Durante os últimos anos, a aplicação desta técnica em análises forenses tem despertado grande interesse em pesquisadores de todo o mundo por algumas questões tais como baixo custo, facilidade de manuseio e operação, além da robustez nos resultados. Na literatura, alguns trabalhos foram reportados na detecção de delta-9-tetraidrocanabinol (∆9THC), substância psicoativa da maconha [2-3]. No entanto, não foram encontrados trabalhos utilizando bases Schiff [Cu (Salen)] como modificador químico do eletrodo, visando aumentar a sensitividade e seletividade perante o extrato de canabinóides. Este trabalho tem por objetivo apresentar os resultados utilizando eletrodo impresso de carbono quimicamente modificado com a Base Schiff [Cu(Salen)]. Inicialmente, o eletrodo (BVT AC1W4R1, Ø=2mm) foi submetido ao teste com K3FeCN6 1,0 x 10-3 mol L-1 em meio aquo-1 so KNO3 0.15 mol L . A segunda etapa do estudo consistiu em modificar quimicamente a superfície do eletrodo de carbono pelo método “drop coating” utilizando uma quantidade de 10 µL (1mg/mL em acetonitrila) da solução do modificador químico. Após a secagem, o estudo da estabilidade do filme foi realizado utilizando o potenciostato Metrohm Autolab 128 N e adicionados 20 µL eletrólito de suporte KNO 3 0.15 mol L-1 à superfície do eletrodo. O dispositivo foi submetido à analise voltamétrica de utilizando uma solução de extrato de canabinóides diluída em metanol. Os parâmetros experimentais foram ajustados de acordo com aqueles reportados em literatura [2-4]. Verificou-se um pico de corrente anódica em 0,4 V vs. Ag nas modalidades cíclica e onda quadrada, uma diferença de 0,15 V VS. Ag em relação a análise voltamétrica da solução padrão de ∆9-THC padrão. O aumento da concentração se mostrou proporcional a resposta amperométrica. Tal modificador permitiu a detecção em amostras impuras do extrato de canabinóides e intensificou a resposta amperométrica em até 2,5 vezes em comparação com o eletrodo sem modificação. Referências 1 – Rev. Virtual Quim., 2013, 5 (4), 516-5374 2- Electroanalysis 2013, 25, No. 12, 2631–2636 3 - Journal of Forensic Sciences, DOI: 10.1111/1556-4029.13059 92 QF 47- UTILIZAÇÃO DE ESPECTROMETRIA DE MASSAS COM FONTE DE PLASMA INDUTIVAMENTE ACOPLADO COMO RECURSO PARA A IDENTIFICAÇÃO DE RESÍDUOS DE ARMAS DE FOGO QF 48- A VIABILIDADE DO USO DO KIT IDENTA IDT 9000 NO EXAME PRELIMINAR DE DROGAS DE DESENHO MARTINELLI, M.1, BORGES, R.2 1 1 Biólogo e Especialista em Gestão Florestal – UFPR e Perícia Criminal e Ciências forenses – IPOG 2 Policial Federal e Perito Criminal do Departamento de Polícia Federal e Docente do Curso de Pós-Graduação em Perícia Criminal e Ciências Forenses – DPF / IPOG Introdução: A utilização cada vez maior do resultado das análises na identificação da presença de resíduos de um disparo, visando identificar o autor ou estabelecer um diferencial entre a ocorrência de homicídio ou suicídio, confere relevância significativa a esse tipo de análise. Objetivos: Avaliar as diversas formas de análise de resíduos de armas de fogo e enfatizar a metodologia de ICP-MS como alternativa viável. Materiais e Métodos: Através da bibliografia existentente, avaliar as diversas técnicas utilizadas para identificar resíduos de armas de fogo, tais como: “Rodizonato de Sódio”; “Reativo de Griess”; Análise por “Ativação de Nêutrons” (NAA); “Espectrofotometria de Absorção Atômica” (AAS); técnica de “Microscopia Eletrônica de Varredura” (MEV), e a análise por “Espectrometria de Massas com Fonte de Plasma Indutivamente Acoplado” (ICP – MS); alvo de estudo deste trabalho. Resultados e Discussão: Trata-se de uma metodologia acessível, identificando com facilidade os resíduos em uma ampla faixa de elementos químicos, sendo encontrados desde os níveis mais elevados àqueles quase imperceptíveis por outras metodologias, denominados traços e ultratraços. De procedimento analítico rápido, determina elementos como antimônio (Sb), bário (Ba) e chumbo (Pb), entre muitos outros. Conclusão: Por sua eficiência, mostra-se como importante ferramenta na intensa demanda por esclarecimentos de homicídios, indicando precisamente a “assinatura química” nas mãos do atirador, em relação às outras técnicas de análise aqui mencionadas. Referências Bibliográficas: REBOLEIRA, Nuno Gonçalves Inácio. Caracterização química de resíduos de pólvora na identificação de munições. Universidade de Lisboa, Dissertação de Mestrado, Pós-Graduação em Química, 2013. SARKIS, Jorge Eduardo Souza. Espectrometria de massas. Química Forense sob olhares eletrônicos. Campinas: Editora Millenium, vol 1, 2ª Edição, 2005. TOCAIA, Edson Luis; SARKIS, Jorge Eduardo de Souza; RODRIGUES, Cláudio. Identificação de resíduos de disparos de armas de fogo por meio da técnica de espectrometria de massas de alta resolução com fonte de plasma indutivo. São Paulo: Química Nova, 2004. TOCCHETTO, Domingos. Balística forense: aspectos técnicos e jurídicos. 5ª Edição. Campinas – SP: Ed. Millenium, 2011. LUCENA, M. C. C.1 Polícia Federal (PF), Fortaleza – CE, Brasil. Laboratório de Química do Setor Técnico Científico da Superintendência Regional da PF no Ceará. Introdução: Na pr imeir a década do século XXI houve um aumento no número de apreensões de drogas de desenho (drogas planejadas, ou seja, análogos estruturais) ilícitas em todo o mundo1. Existe uma grande dificuldade na análise destas substâncias em virtude da versatilidade das modificações ocorridas nas moléculas e à velocidade com que elas surgem no mercado, sendo mais rápido o desenvolvimento de novas moléculas do que de métodos adequados para identificação inequívoca2. Diferentemente das drogas clássicas, a maioria destes compostos não possui metodologias específicas para realização de triagens utilizadas na rotina laboratorial3. Objetivo: Este tr abalho pr opõe a ver ificação da viabilidade do Kit teste de drogas da IDenta IDT 9000 -10 nas análises preliminares aplicadas à drogas de desenho. Materiais e Métodos: Neste tr abalho for am testadas amostras de drogas de desenho apreendidas no Ceará, amostras padrões e amostras de controle nas formas de comprimido, pó e líquidas. A metodologia adotada foi à recomendada no Cartão de Procedimento para IDT 9000. O kit teste estudado consiste basicamente de uma sonda com um coletor de amostras de ponta adesiva para micro partículas, uma sequência de dois reagentes acondicionados em ampola de vidro segura, dentro de um reservatório de plástico rígido e uma janela de resultado de testes que permite visualizar a coloração obtida após uma sequência de sete passos que ao final, se confronta com um padrão de cor de acordo com uma lista de substâncias propostas. As substâncias capazes de ser identificadas preliminarmente por esse kit são: heroína branca, metanfetaminas, anfetaminas, ecstasy/MDMA, metadona, quetamina, PCP, PMA, DMT, MDPV, mefedrona, PMMA, mCPP, MPA, bufedrona, MDPBP, catinona, metacatinona e metilona. Resultados e Discussão: Todas as amostras testadas apresentaram resultados colorimétricos compatíveis com a amostra pesquisada considerando o confronto frente à lista de substâncias propostas. Conclusão: Os resultados mostraram que se trata de um sistema viável para realização de análise preliminar, porém de forma inespecífica. Referências Bibliográficas: (1) Moro, E. T. et al.; Rev. Bras. Anestesiol.v. 56, nº 2. 2006. (2) Peters, F. T. et al.; Drug Monit.,v. 32. 2010. (3) Bulcão, R et al; Rev. Química Nova, v. 35, Nº 1. 2012. 93 QF 49- BOCAS DE CHUMBO: DETERMINAÇÃO VOLTAMÉTRICA DE CHUMBO EM AMOSTRAS DE BATOM QF 50- ESTUDO TEÓRICO DOS POLISILOLES COMO DETECTORES DE MATERIAL EXPLOSIVO EM PERÍCIA DE INCÊNDIO. RIBEIRO, M. F. M 1.; OIYE, E. N.1; TADINI, M. C. 1; KATAYAMA, J. M. T.1; OLIVEIRA, M. F.1. PEDRINA, N. J., BRUNI, A. T. 1 GEEQFor - Departamento de Química – FFCLRP – USP - Av. Bandeirantes 3900 – Ribeirão Preto, SP A variedade de cosméticos disponível no mercado brasileiro é muito grande, principalmente a de batons em embalagens destinadas ao público infantil. A composição deste cosmético é muito questionada acerca do nível de chumbo presente e órgãos regulamentadores, como Health Canada, colocam o limite de 10 ppm de chumbo em produtos a serem aplicados sobre a pele. Tal controle sobre sua concentração é justificada pela sua toxicidade ao sistema circulatório e nervoso. O Food Drug Administration (FDA) já fez um levantamento das marcas de maior participação no mercado e encontrou níveis que variavam de 0,03 a 7,19 ppm. Visando investigar o teor de chumbo em batom, cujos rótulos não continham selo de certificação da Anvisa, aplicou-se a análise de Voltametria de Onda Quadrada Adsortiva em amostras preparadas por digestão ácida, com o objetivo de propor um procedimento simples para a quantificação voltamétrica de chumbo em batom direcionado para uso infantil (3 batons e 1 gloss), e posteriormente a comparação dos valores. Para o tratamento de amostra, utilizou-se de uma metodologia já descrita em literatura, com ácido nítrico e aquecimento por 10 horas. A análise dessas soluções foi feita com os eletrodos de ouro, Ag/ AgCl (saturado) e platina, como eletrodos de trabalho, referência e auxiliar, respectivamente, e uma solução contendo 10,0 mmol L-1 de NaCl em ácido nítrico 15% (v/v), como eletrólito suporte. Após a otimização do sistema, frente à acidez da solução e parâmetros experimentais, recorreu-se ao método de adição de padrão para a quantificação. Os resultados acusam a presença de chumbo em concentrações que variam de 113 a 402 ppm, expondo o risco que crianças estão sujeitas a usarem produtos sem nenhuma regulamentação, considerando apenas a aparência da embalagem. Por fim, coloca-se em pauta a necessidade de um rigoroso controle desses produtos que estão disponíveis para o público infantil. Referencias Bibliográficas: Health Canada, Draft Guidance on Heavy Metal Impurities in Cosmetics; BONFIL, Y. et al, Analytica Chimica Acta, 464 : 99, 2002; AL-SALEH, I. et al, Regulatory Toxicology and Pharmacology, 54: 105, 2009. Departamento de Química, FFCLRP, Universidade de São Paulo O tema principal deste estudo corresponde a moléculas conhecidas como polisiloles, que podem, por meio de propriedades de emissão, indicar se há vestígios de contaminação por explosivos. O objetivo principal foi avaliar se há viabilidade no estudo teórico dessas moléculas para determinar as principais propriedades e avaliar seu uso na detecção de materiais explosivos em incêndios. Neste trabalho foram estudados polisiloles de 5 e 6 membros. A metodologia consistiu de levantamento bibliográfico acerca desses compostos a fim de entender suas peculiaridades e as possíveis potencialidades forenses, levando em consideração as questões que devem ser respondidas para os delitos de incêndio. Para o estudo teórico, programas de código aberto foram utilizados para a construção da molécula e cálculos das propriedades. Os principais programas utilizados foram o ORCA® e o MOPAC para determinar a energia, estrutura e propriedades das moléculas. Resultados prelimares mostraram que os métodos semi-empíricos AM1 e PM3 foram compatíveis para determinar as estruturas de mínima energia. No entanto, uma abordagem com métodos ab-initio está sob avaliação, com o objetivo de confirmar os resultados preliminares. Como esta é uma molécula relativamente nova e o tema ainda é pouco abordado, não se encontram muitos dados na literatura sobre a polisilole, possibilitando assim um leque de estudos inovadores sobre sua propriedade e utilizações. Liu J, Lam JWY, Tang BZ. Aggregation-induced emission of silole molecules and polymers: Fundamental and applications. J Inorg Organomet Polym Mater. 2009;19(3):249-285. doi:10.1007/s10904 -009-9282-8. 94 QF 51- AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DA ADIÇÃO DE MARCADOR LUMINESCENTE NO TAMANHO DE PARTÍCULAS GSR. QF 52- DETERMINAÇÃO DA DISTÂNCIA DO DISPARO EM FUNÇÃO DO PADRÃO DE DISPERSÃO DE LGSR. JATOBÁ, R.1, AROUCA, A. M.1,2, WEBER, I. T.1,3 JATOBÁ, R.1, AROUCA, A. M.1,2, WEBER, I. T.1,3 TALHAVINI, M.4, 1 Instituto de Química, Universidade de Brasília, 70904-970, Brasília, Brasil. 2 Instituto Federal Brasília, Campus Samambaia, Subcentro Leste – Complexo Boca da Mata Lote 02, 72302-300, Samambaia, Brasil. 3 PGMTR-CCEN, Universidade Federal de Pernambuco, Avenida Professor Luiz Freire , S/N , Cidade Universitária, 50740-540, Recife, Brasil. 4 Instituto Nacional de Criminalística, Polícia Federal Brasileira, SAIS Quadra 07, Lote 23, 70610-200 Brasília, DF, Brasil. O desenvolvimento da munição livre de chumbo (NTA) trouxe um benefício para a saúde dos profissionais que necessitam realizar tiros com frequência. Contudo, nesta munição não há a presença de elementos característicos que possibilitem a identificação dos resíduos de tiro (GSR), sem a exclusão de uma possível contaminação ambiental ou ocupacional. Visando contribuir com a identificação de GSR produzido por munição NTA, nosso grupo desenvolveu uma série de marcadores luminescentes, que ao serem adicionados à munição geram resíduos luminescentes (LGSR), os quais podem ser visualizados e coletados nas mãos e pertences do atirador e nas armas. Como estes marcadores se destinam principalmente a munições do tipo NTA (embora possam ser usados em qualquer tipo de munição), é natural que eles necessitem ser atóxicos. Independentemente da composição química, partículas com diâmetro abaixo de 2,5 µm apresentam um elevado potencial de toxicidade, pois podem escapar das barreiras naturais do organismo e acessar as vias aéreas, originando diversos problemas de saúde2. Este trabalho tem como objetivo avaliar o efeito da introdução dos marcadores luminescentes na distribuição do tamanho de partículas GSR gerado por munição NTA. Para tal, foram comparados os padrões de distribuição de tamanho de partícula de GSR e de LGSR, com o intuito de analisar se há alguma mudança significativa em seu comportamento devido a presença do marcador. Foram realizados quatro disparos utilizando uma pistola Glock G17 e munição NTA 9 milímetros marcada com 10% em massa do marcador luminescente isoestrutural à MOF MIL-78. O experimento foi realizado em triplicata no stand de tiros do INC-DPF. Após a realização dos disparos, o LGSR foi coletado na mão do atirador por meio de um stub recoberto com fita de carbono, segundo normas da PCF para coleta de GSR. As amostras foram analisadas por MEV/EDS com software análise de GSR (INCAGSR) para quantificação e determinação do tamanho das partículas de GSR. Os resultados mostraram que não houve um aumento significativo na quantidade de partículas com tamanho menor que 2,5 µm e, portanto, que a adição do marcador não aumenta a toxicidade do GSR relacionada ao tamanho do material particulado inalado pelo atirador. (1) Weber, I. T et al. Forens, Sci. Int. 244 (2014), 276–284. (2) Yue, W. et al. Science of The Total Environment 343 (2005), 261-272. Agradecimentos: NEQUIFOR, CAPES-PROFORENSE, FAPDF, CNPq, FACEPE e a Polícia Federal Brasileira. TALHAVINI, M.4, 1 Instituto de Química, Universidade de Brasília, 70904-970, Brasília, Brasil. 2 Instituto Federal Brasília, Campus Samambaia, Subcentro Leste – Complexo Boca da Mata Lote 02, 72302-300, Samambaia, Brasil. 3 PGMTR-CCEN, Universidade Federal de Pernambuco, Avenida Professor Luiz Freire , S/N , Cidade Universitária, 50740-540, Recife, Brasil. 4 Instituto Nacional de Criminalística, Polícia Federal Brasilieira, SAIS Quadra 07, Lote 23, 70610-200 Brasília, DF, Brasil. A identificação do padrão de dispersão dos resíduos de tiro (GSR) na superfície do alvo ou vítima pode auxiliar na identificação da distância da qual foi realizado o tiro, entretanto esta não é uma tarefa simples, especialmente para tiros realizados a longa distância (superior a 1,0m)1. Nosso grupo desenvolveu uma série de marcadores luminescentes, que ao ser adicionado à munição, produz um resíduo de tiro luminescente (LGSR) tanto nas mãos do atirador quanto na superfície do alvo ou vítima2. O objetivo desse trabalho é analisar a possibilidade de estimar a distância em que o disparo foi efetuado com base no padrão de dispersão do LGSR depositado sobre um alvo de tecido. Foram estudadas 4 distâncias (6, 30, 60 e 120cm), as quais caracterizam situações de quase-contato, distância intermediária e longa distância. Utilizando uma arma Glock G17 e munição NTA 9mm, contendo 6% em massa do marcador luminescente isoestrutural à MOF MIL-78, o atirador realizou 1 disparo sobre o alvo. O alvo utilizado foi um pedaço de tecido de algodão preto (30x30cm²) apoiado em uma placa de papelão, para simular a vestimenta de uma vítima. Após a realização dos disparos, foram obtidas as imagens do padrão de dispersão do LGSR sobre os alvos usando o comparador vídeo espectral (VSC 6000). Observou-se que o padrão de dispersão do LGSR é bastante semelhante ao do GSR convencional3, e que a sua visualização é bastante fácil. Também foram feitos 3 testes à cega, nos quais um atirador realizou um disparo a uma das distâncias definidas no primeiro experimento e o alvo contendo LGSR foi entregue a um analista que desconhecia a distância de tiro. Por meio de comparação com os padrões gerados anteriormente, o analista estimou a distância do atirador em cada disparo. Foi possível identificar corretamente a distância escolhida pelo atirador em todos os 3 experimentos. Desta forma, concluiuse que o padrão de dispersão de LGSR sobre tecidos pode auxiliar na estimativa de distância de tiro, inclusive para disparos realizados a longa distância (d>1,0m). (1) López-López, M. & García-Ruiz, C. Foren. Sc. Intern., 239 (2014), 79–85. (2) Weber, I. T et al. Forens, Sci. Int. 244 (2014), 276–284. (3) Glattstein, B. et. al. J. Foren. Sci. 45 (2000), 801–806. Agradecimentos: NEQUIFOR, CAPES-PROFORENSE, FAPDF, CNPq, FACEPE e a Polícia Federal Brasileira. 95 QF 53- ANÁLISE E PERSPECTIVAS SOBRE EXPERIMENTOS DE QUÍMICA PARA INCORPORAÇÃO NO PROJETO CIÊNCIA INTERATIVA 1 RAPHAELA OLIVEIRA DOS SANTOS , MAVIONE DE JESUS PRIMO2, JOANA BLEZA CUNHA GONÇALVES3, ANA PAULA SILVA SOUZA SANTOS4, CLARA CASTRO DE BRAGA5 E DANILO ALMEIDA SOUZA6 1 Universidade Estadual de Santa Cruz/ UESC, Ilhéus-BA Grupo de Pesquisa: Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente – IFBA. 2, 3, 4, 5 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia/ IFBA, Câmpus Ilhéus: voluntários e bolsistas do projeto. 6 Grupo de Pesquisa em Nanomateriais, Física Atômica e Molecular, Energias Renováveis e Ensino de Física – IFBA Os espaços de educação não formal, sobretudo os centros e museus de ciência vem aparecendo como um importante meio de disseminar e incentivar os alunos no estudo de temas ligados a ciência e tecnologia. No que tange as disciplinas de física, química e biologia diversos autores têm reforçado a ideia de que essas iniciativas têm conseguido recuperar a motivação dos estudantes e por consequência uma melhora no seu aprendizado tem sido o primeiro resultado evidente. O presente trabalho apresenta uma proposta de abordagem de experimentos de Química como metodologia alternativa de ensino, tendo por finalidade traçar um panorama geral sobre importantes vetores que atuam na divulgação e popularização da ciência no sul da Bahia, mais especificamente a microrregião de IlhéusItabuna, e nesse contexto ponderar como o projeto ‘Ciência Interativa’ pode contribuir para o ensino de ciências na região. O projeto ‘Ciência Interativa’ (CI) foi idealizado no ano de 2014 no IFBA – Câmpus Ilhéus tendo realizado sua primeira exposição durante as atividades da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia do mesmo ano de 2014 e 2015 com experimentos de Química Forense, com o objetivo de fomentar, motivar e despertar o interesse dos alunos pelo estudo da disciplina. O trabalho desenvolvido consistiu em uma explanação teórica e prática, com utilização de vários recursos didáticos para construção dos experimentos. A faixa etária entre 14 a 23 anos desperta muito interesse quanto a assuntos que envolvam crimes ligados a assassinatos, bebidas e drogas, por esse motivo essa temática é extremamente persuasiva para o público alvo. Os alunos eram divididos em pequenos grupos de sete alunos para ter acesso a cada uma das salas dos experimentos. No local dos experimentos de Química, haviam experimentos que envolviam diversos experimentos que envolviam assuntos relacionado a vida cotidiana (densidade, oxiredução, reações exotérmico, tensão superficial, equilíbrio químico e cinética) e nos experimentos de química forense envolvia uma cena do crime, onde realizou-se a analise da cena do crime, revelação de impressão digital, identificação de sangue, detecção de bebidas alcoólicas e identificação de veículos adulterados. QF 54- QUÍMICA FORENSE: REVELAÇÃO DE IMPRESSÃO DIGITAL RAPHAELA OLIVEIRA DOS SANTOS1, MAVIONE DE JESUS PRIMO2 JOANA BLEZA CUNHA GONÇALVES3, ANA PAULA SILVA SOUZA SANTOS4, CLARA CASTRO DE BRAGA5 E DANILO ALMEIDA SOUZA6 1 Discente de graduação em química – UESC e voluntária do projeto Ciência Interativa e-mail: [email protected]; 2,3,4,5 Alunos do curso técnico e participantes Ciência Interativa no IFBA 6 Professor de física e coordenador do Ciência Interativa – IFBA. email: [email protected] A Dermatoglifia é o ramo que estuda os padrões das cristas dérmicas produzidas em nossos dedos, desde quando estamos no ventre materno, já possuímos os traços nas palmas das mãos e sola dos pés. A datiloscopia é a técnica mais importante e decisiva na identificação da digital do homem, utilizada hoje em dia na emissão de nossas identidades, porque até hoje não foram encontradas pessoas com digitais semelhantes. Isso ocorre porque a composição química do suor de nossa mão é responsável pela forma de nossas digitais quando tocamos em diferentes tipos de recipientes, ela é constituída em 99% de água e 1% de corpos nitrogenados, glicídios, lipídios, materiais sólidos, aminoácidos, materiais inorgânicos como sulfatos, fosfato, cloreto e potássio. Existem na literatura, diversas técnicas que são utilizadas para a revelação de impressões digitais, são os peritos que determinam qual a metodologia mais adequada para cada vestígio deixado na cena do crime. O presente trabalho apresenta uma proposta de abordagem de experimentos de Química como metodologia alternativa de ensino, tendo por finalidade traçar um panorama geral sobre importantes vetores que atuam na divulgação e popularização da ciência no sul da Bahia, mais especificamente a microrregião de Ilhéus-Itabuna, e nesse contexto ponderar como o projeto ‘Ciência Interativa’ pode contribuir para o ensino de ciências na região. O projeto ‘Ciência Interativa’ (CI) foi idealizado no ano de 2014 no IFBA – Câmpus Ilhéus tendo realizado sua primeira exposição durante as atividades da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia do mesmo ano de 2014 e 2015 com experimentos de Química Forense, com o objetivo de fomentar, motivar e despertar o interesse dos alunos pelo estudo da disciplina. O trabalho desenvolvido consistiu em uma explanação teórica e prática, com utilização de vários recursos didáticos e construção de experimentos, nesse trabalho realizamos par realizar a revelação digitais em papel e em vidro, utilizando vários materiais utilizados em nosso cotidiano como, argila, lápis, papel alumínio, cola super bonder, carvão, iodo, nitrato de prata, resina, farinha de trigo, ferro de passar roupa, pincel, folha de oficio. 96 QF 55- DISTRIBUIÇÃO DE NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS (NSP) EM MATERIAIS APREENDIDOS NO NORDESTE DO BRASIL NO PERÍODO DE 2014 - 2016 QF 56- A SENSIBILIDADE DOS TESTES COLORIMÉTRICOS (SCOTT E MEYER) E DA ANÁLISE POR INFRAVERMELHO COM ATR NA IDENTIFICAÇÃO DE COCAÍNA. CUNHA, R.L.1,3, OLIVEIRA, C.S.L.2,3, SANTANA, M.M.P.2 BYRRO, RMD1; LORDEIRO, RA1; MATOS, ALM2 1 Polícia Civil de Minas Gerais; 2 UNI-BH 1 Instituto de Análises e Pesquisas Forenses, Aracaju, SE, 49100000 2 Departamento de Polícia Técnica da Bahia, Salvador, BA, 40100-180 3 Universidade Federal da Bahia, Instituto de Química, Salvador, BA,40170-115 Introdução: As apr eensões de dr ogas sintéticas e especialmente de Novas Substâncias Psicoativas (NSP) no nordeste do Brasil é um fenômeno em crescimento nos últimos anos. No período entre agosto de 2014 e maio de 2016 foram identificadas 18 diferentes substâncias psicoativas, classificadas como catinonas ou fenetilaminas, em 306 apreensões realizadas nos estados da Bahia e Sergipe. Dentre essas, um composto identificado em 2016, é de livre consumo no Brasil tornando-se necessária a sua inclusão na legislação brasileira que lista as substâncias de uso proscrito. Objetivos: Apresentar o panorama das drogas sintéticas apreendidas no nordeste do Brasil no período de dois anos (2014-2016) com relevância para as NSP’s identificadas em materiais apreendidos. Materiais e métodos: For am analisadas 306 amostr as de compr imidos, selos, cristais e pós, relacionadas às diferentes apreensões. Os princípios ativos nas amostras de selo foram extraídos com 1 mL de metanol e levadas ao ultrassom por 15 min, injetando-se 1 uL do extrato no GC-MS. Amostras de comprimidos, pós e cristais foram homogeneizadas, adicionadas em microtubo com 1,5 mL de metanol, levadas ao ultrassom por 15 min e centrifugadas. Injetou-se 1 uL do sobrenadante no GC-MS. Resultados e discussão: Todas as análises foram realizadas empregando GC-MS com o auxílio de bibliotecas espectrais atualizadas do SWGDRUG, Cayman Chemicals e Agilent. Os materiais apreendidos no periodo foram 62% (n=190) comprimidos, 32% (n=98) selos e 6% (n=18) pós e cristais. De todas as substâncias identificadas 89% (n=272) foram fenetilaminas e 11% (n=34) catinonas. Considerando a última atualização da Portaria 344/98 SVS, atualizada com a RDC nº 66 de 21 de março de 2016, apenas o composto 4bromometilcatinona (4-BMC) não é de uso proscrito no Brasil. Conclusão: Foram identificadas 18 novas substâncias psicoativas nas 306 amostras apreendidas no período de 2014 – 2016 em diferentes formas de apresentação. Todos os compostos identificados já foram descritos na literatura e suas estruturas elucidadas. A diversidade de substâncias e a quantidade crescente de apreensões realizadas no nordeste brasileiro é de grande importância devido à realidade sócio econômica dessa região. Bibliografia: 1. ODOARDI, S; ROMOLO FS; STRANO-ROSSI, S. A Snapshot On Nps In Italy: Distribution Of Drugs In Seized Materials Analysed In An Italian Forensic Laboratory In The Period 2013-2015. Forensic Science International Volume 265, August 2016, Pages 116–120 Dentre os principais problemas criminalísticos enfrentados, hoje, o tráfico de drogas talvez seja um dos maiores. A cocaína é uma das drogas mais traficadas no âmbito mundial e, no Brasil, foram apreendidas mais de 40 toneladas no ano de 2013. Na ação diária da polícia e dos laboratórios forenses é indispensável a existência de métodos simples e eficazes, como os colorimétricos, que servem de triagem para levar a uma maior rapidez na identificação de drogas. Dentre os testes colorimétricos que usualmente são utilizados para a identificação da cocaína conforme preconiza os manuais da ONU, os mais comuns são: o teste com reagente de Scott (tiocianato de cobalto), no qual a formação de uma coloração azul indica a presença da droga, e o teste com o reagente de Mayer, no qual, a formação de precipitados brancos floculentos indicam reatividade positiva para a presença de alcalóides como a cocaína. Dentre os testes com análises instrumentais, a técnica de espectroscopia por infravermelho vem sendo muito explorada por ter resultados precisos e rápidos. Entretanto, nenhum estudo sobre a real sensibilidade destes métodos na identificação da cocaína apreendida nas ruas está disponível na literatura. Assim, o objetivo principal deste trabalho foi estudar a sensibilidade dessas técnicas e concluir acerca de sua real confiabilidade para os laboratórios forenses. Desta forma, as três técnicas (reagente de Scott, reagente de Mayer e análise por Infravermelho por ATR) foram submetidas a testes de sensibilidade com amostras de cocaína de diferentes concentrações preparadas no laboratório (variando de 0,5% a 10% de pureza). Os resultados mostraram que todos os testes são relativamente eficazes, sendo o reagente de Mayer o mais sensível e foi capaz de identificar cocaína em uma concentração de 1% em uma mistura de pós. O reagente de Scott e a análise com o infravermelho têm sensibilidades muito próximas apontando a presença de cocaína em uma mistura de pós em concentrações tão baixas quanto 2,5%. Referências: Cruz, R. A. e Guedes, M. C. S Cocaína: Aspectos Toxicológico E Analítico. Revista Eletrônica FACPAno II – nº 04 – Dezembro de 2013 World drug report – 2015 do UNODC Conceição, V. N et al. Estudo do teste de Scott via técnicas espectroscópicas: um método alternativo para diferenciar cloridrato de cocaína e seus adulterantes. Quim. Nova, Vol. 37, No. 9, 15381544, 2014 97 QF 57- ESTUDOS INICIAIS PARA DETERMINAÇÃO SIMULTÂNEA DE COCAÍNA E SEUS PRINCIPAIS ADULTERANTES ROCHA, R. G. (1), MONTES, R. H. O.(1), SILVA, L. A. J. (1) , RICHTER, E. M.(1), MUNOZ, R. A. A.(1) QF 58- PROPOSTA DE TRIAGEM RÁPIDA E SIMPLES DE MEDICAMENTOS CONTRABANDEADOS OU ADULTERADOS EMPREGANDO O SISTEMA PORTÁTIL DE ANÁLISE POR INJEÇÃO EM BATELADA (BIA) COM DETECÇÃO AMPEROMÉTRICA DE MÚLTIPLOS PULSOS 1 Universidade Federal de Uberlândia, Av. João Naves de Ávila, 2121 – Uberlândia – MG - Brasil CARDOZO(1) C. G., SELVA(2) T. M. G., PAIXÃO(2) T. R. L. C. E SILVA, R. A. B.(3) INTRODUÇÃO: A cocaína é um alcaloide extr aído da planta Exthoxylum coca, que provoca efeitos de euforia, entre outros. Muitas medidas podem ser tomadas para diminuir o consumo e o combate ao tráfico de drogas, entre elas o incentivo à pesquisa em química forense para o desenvolvimento de técnicas analíticas para aplicação nos laboratórios de polícia científica O método mais reportado na literatura para a detecção de cocaína é a cromatografia líquida de alta eficiência [1], que também pode ser aplicada à quantificação dos principais adulterantes presentes em amostras forenses, tais como: benzocaína (BEN), cafeína (CAF), fenacetina (FEN), levamisol (LEV), paracetamol (PAR) e procaína (PRO), desde que as condições cromatográficas estejam otimizadas. OBJETIVOS: O objetivo deste trabalho foi desenvolver um método eletroanalítico para a detecção simultânea de cocaína e seus adulterantes. MATERIAIS E MÉTODOS: Par a as análises voltamétr icas, utilizou-se os eletrodos Ag/AgClsat em KCl , Pt e carbono vítreo, como referência, auxiliar e trabalho, respectivamente. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Estudou-se a influência do pH, para o analito em estudo com concentração de 1 mmol L-1 utilizando voltametria cíclica. Definiu-se o pH 6 para continuidade dos estudos, pois apresentou melhor perfil analítico e boa resposta (intensidade de corrente e potencial) para detecção de cocaína. Em seguida, avaliouse o comportamento dos principais adulterantes (BEN, CAF, FEN, LEV, PAR e PRO todos em concentração 50 μmol L-1). CONCLUSÃO: Desta maneir a, os r esultados obtidos para a COC diferem consideravelmente dos resultados obtidos para os possíveis contaminantes, podendo ser um método com potencial para detecção de cocaína e adulterantes simultaneamente. 1 REFERÊNCIAS: [1] DE J ONG, Mats et al. Electrochemical fingerprint of street samples for fast on-site screening of cocaine in seized drug powders. Chemical Science, 2016. AGRADECIMENTOS: CNPq, FAPEMIG e CAPES. Universidade Federal da Grande Dourados, 2Universidade de São Paulo, 3Universidade Federal de Uberlândia. Introdução: O consumo de remédios falsificados, contrabandeados ou adulterados é crescente devido ao baixo custo e fácil aquisição no mercado negro, gerando lucros exorbitantes para as redes criminosas. Para verificar uma falsificação, a OMS sugere um exame organoléptico comparando o medicamento verdadeiro com o suspeito. No entanto, quando este é inconclusivo, é necessária uma triagem das suspeitas, através de métodos analíticos rápidos, portáteis e/ou de baixo custo. Deste modo, os métodos eletroanalíticos podem ser uma alternativa viável a essas necessidades. Objetivo: Propor um sistema de Análise por Injeção em Batelada com detecção por Amperometria de Múltiplos Pulsos (BIA-MPA) para triagem de medicamentos de modo rápido, simples e portátil. Para demonstrar o sistema foram escolhidas formulações contendo Citrato de Sildenafila (P.A. Viagra®). Materiais e Métodos: O sistema BIA-MPA é composto de um potenciostato (mAutolab III, Metrohm®), um notebook e uma célula BIA portátil1 contendo os eletrodos de referência, auxiliar e de trabalho (Ag/AgCl/KClsat., Platina e Diamante Dopado com Boro - BDD) e uma pipeta eletrônica. Foram usados dois grupos de formulações: Gr1) Viagra® (VI), genéricas (G1 a G6) e contrabandeadas (C1 e C2); Gr2) VI e VI adulterado com paracetamol (APA), Dipirona (ADI), Cafeína (ACA) ou Tadalafila (ATA). Resultados e Discussão: Inicialmente foi avaliado o comportamento eletroquímico do CS no eletrodo de BDD, sendo observados dois sinais anódicos irreversíveis, em + 1,4 V (Epa1) e + 1,9 V (Epa2). Assim, escolheu-se três pulsos de potencial aplicados ciclicamente para detectar adulterantes e/ou CS por MPA: +1,3 V, +1,6 V e +2,1 V. São apresentados os três amperogramas em cada potencial para as formulações do Gr1 e Gr2 respectivamente, no qual cada formulação exibe correntes de pico (ip a) características (“impressão digital”). No entanto, para melhor representar os dados, três razões entre as ipa de cada pulso foram plotadas em um gráfico 3D. Conclusão: O sistema proposto BIA-MPA é rápido (10 s por pico), portátil e discriminou VI das contrabandeadas e das adulteradas de modo simples (razões matemáticas das ipa). Os autores esperam avaliar o sistema na triagem de outros medicamentos ou drogas apreendidos. Referências Bibliográficas: 1 Tormin T.F., Cunha R.R, Silva R.A.B., Munoz R.A.A, Richter E.M. Sens. Act. B, 202, 31, 2014. Agradecimentos: Ao CNPq pelo apoio financeiro concedido (Processo: 475276/2013-2). 98 QF 59- TRIAGEM RÁPIDA E PORTÁTIL DE MEDICAMENTOS CONTENDO CITRATO DE SILDENAFILA POR DETECÇÃO VOLTAMÉTRICA ASSOCIADA A FERRAMENTAS QUIMIOMÉTRICAS CARDOZO(1) C. G., SELVA(2) T. M. G., PAIXÃO(2) T. R. L. C. E SILVA, R. A. B.(3) 1 Universidade Federal da Grande Dourados, 2Universidade de São Paulo, 3Universidade Federal de Uberlândia. Introdução: Citrato de Sildenafila (CS) é o princípio ativo do Viagra® (VI). Apesar da comercialização dos genéricos de VI a partir de 2010 ter reduzido os custos, no Brasil é frequente a comercialização de formulações de CS contrabandeadas ou falsificadas no mercado negro. Para a triagem ou análise quantitativa destes medicamentos, nos laboratórios periciais geralmente são usados métodos de CLAE, que são onerosos, lentos e não portáteis, impedindo análises no local da apreensão. Objetivo: Propor um método para triagem de medicamentos contendo CS de modo rápido, portátil e de baixo custo, empregando um sistema de análise por injeção em batelada (BIA) com detecção voltamétrica hidrodinâmica associada a dois métodos quimiométricos não supervisionados, a análise de componentes principais (PCA) e análise de agrupamentos hierárquicos (HCA). Materiais e Métodos: O sistema BIA-MPA é composto de um potenciostato (mAutolab III, Metrohm®), um notebook e uma célula BIA portátil1 contendo os eletrodos de referência, auxiliar e de trabalho (Ag/AgCl/ KClsat., Platina e Diamante Dopado com Boro - BDD) e uma pipeta eletrônica. Foram usados dois grupos de formulações: Gr1) Viagra® (VI), genéricas (G1 a G6) e contrabandeadas (C1 e C2); Gr2) VI e VI adulterado com paracetamol (APA), Dipirona (ADI), Cafeína (ACA) ou Tadalafila (ATA). Resultados e Discussão: Voltamogramas cíclicos da solução de CS em meio de H2SO4 0,1 mol L-1 e indicaram dois processos anódicos irreversíveis na superfície do BDD, em + 1,4 V e + 1,9 V. No entanto, a voltametria de onda quadrada hidrodinâmica (HSWV) apresentou maior sensibilidade para CS e menor tempo da medida (11 s por voltamograma), sendo usada na triagem das formulações de CS. A Fig. 1a e 1b apresentam os sinais por HSWV para injeções das soluções das amostras do Gr1 e Gr2, respectivamente. Entretanto, as similaridades entre as formulações são melhor visualizadas por PCA, no qual são gerados três componentes principais (PC1, PC2 e PC3) a partir do sinais por HSWV no Software Statistica 12, que são posteriormente plotados em gráficos 3D ou por HCA, no qual é gerado um dendograma no software a partir dos HSWV. Conclusão: Empregando HSWV associado a PCA ou HCA foi possível discriminar VI das amostras contrabandeadas e das amostras adulteradas com outros fármacos, mas não discriminou VI de alguns genéricos. O método proposto por HSWV permite uma triagem dos medicamentos mais rápida e de custo inferior aos métodos HPLC, além do sistema ser portátil. Os autores esperam avaliar este sistema para a triagem de outros medicamentos ou drogas apreendidos. Referências Bibliográficas: 1 Tormin T.F., Cunha R.R, Silva R.A.B., Munoz R.A.A, Richter E.M. Sens. Act. B, 202, 31, 2014. Agradecimentos: Ao CNPq pelo apoio financeiro concedido (Processo: 475276/2013-2). QF 60- ANÁLISE DE GSR POR SPICP-MS HERINGER, R. D.1, RANVILLE, J. F.2 1–Pesquisador independente 2 - Colorado School of Mines, Department of Chemistry & Geochemistry Introdução: Os resíduos de disparo de arma de fogo (GSR), decorrentes da detonação da espoleta, contém micro e nano partículas resultantes do rápido resfriamento dos gases liberados e do material sólido da arma e munição (SWGGSR, 2011). A pesquisa apresentada é baseada em misturas detonantes que geram partículas típicas contendo antimônio (Sb), bário (Ba) e chumbo (Pb), que compõem a vasta maioria das munições modernas (SWGGSR). Objetivo: O presente trabalho visa demonstrar a aplicabilidade do uso da técnica de análise de partículas singulares por Espectrometria de Massas com Plasma Indutivamente Acoplado (spICP-MS) para a identificação e caracterização de partículas de GSR. Materiais e Métodos: Para o estudo foi utilizado um ICP-MS contendo software específico para a análise de nano partículas (spICP-MS). Resultados: Foi possível a identificação de mais de 120 nano partículas consistentes com GSR em menos de 10 minutos e em apenas parte da amostra (10%). Discussão: O método se mostrou capaz de identificar pares de elementos nas amostras analisadas (Sb-Ba, Sb-Pb e Ba-Pb). Conclusão: A técnica de spICP-MS se mostrou promissora para a análise de GSR. A simplicidade na preparação das amostras e o curto tempo de análise permite a análise de mais de 100 amostras em um dia. Referências Bibliográficas: “Guide for Primer Gunshot Residue Analysis by Scanning Electron Microscopy/Energy Dispersive X-Ray Spectrometry.” 11-29-11. “SWGGSR.” Date accessed 11 May 2016. Agradecimento: Fundação de Peritos em Criminalística FPCIAA. 99 QF 61- APRIMORAMENTO NA RESPOSTA DE ESPECTRÔMETROS RAMAN PORTÁTEIS PELA UTILIZAÇÃO DE SUPERFÍCIES SERS ATIVAS: APLICAÇÃO EM COMPRIMIDOS DE ECSTASY R. V. MOREIRA1, D. L. A. DE FARIA1, M. R. MENEZES2, J. L. DA COSTA3 1 Instituto de Química da Universidade de São Paulo – SP Superintendência de Polícia Técnico-Científica de São Paulo – IC/SPTC/SP 3 Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual de Campinas - SP QF 62- PERFIL FÍSICO E QUÍMICO DE AMOSTRAS DE COCAÍNA APREENDIDAS NO DF FONTELENE ES1,2, WANDERLEI LS1, RAMALHO ED1,2, ARANTES LC1,2, SALUM LB1,2 1 Instituto de Criminalística da Polícia Civil do Distrito Federal – IC/PCDF 2 Fundação de Peritos Ilaraine Acácio Arce 2 Introdução: A espectr oscopia Raman, por suas car acterísticas, vem sendo cada vez mais utilizada em investigações forenses. Há hoje no mercado um grande número de instrumentos portáteis que podem ser usados in loco, entretanto, limitações técnicas comprometem seu desempenho e inviabilizam sua aplicação em alguns casos. Objetivo: Apr imor ar o desempenho de espectr ômetr o Raman portátil através de superfícies SERS ativas. Neste estudo foram usadas superfícies de cobre modificadas com prata na análise de comprimidos de ecstasy. Materiais e Métodos: Os compr imidos de ecstasy for am apr eendidos pela Polícia Civil do Estado de São Paulo entre 2008 e 2011 e as superfícies SERS ativas eram de Cu tratado com HNO3 e modificados com AgNO3. Os espectros foram obtidos em espectrômetro Raman portátil DeltaNu (ReporteR, 785 nm) e tratados com o pacote estatístico Unscrambler X10.1. Resultados e Discussão: apresentamos os espectros Raman obtidos diretamente de comprimidos de ecstasy de três cores diferentes, nos quais apenas os de cor laranja apresentou um bom espectro, que foi atribuído à substância supressora de apetite Clobenzorex. Quando utilizou-se superfície SERS ativa, foi possível observar bandas Raman nos comprimidos vermelhos e azuis. As superfícies suprimiram parte da luminescência apresentada pelos comprimidos e com isso, cafeína pode ser identificada nos comprimidos azuis. Não foi possível identificar as espécies responsáveis pelas bandas observadas no espectro dos comprimidos de cor vermelha, apontando para a necessidade de um banco de dados de espectros SERS mais completo. Conclusão: A superfície SERS ativa permitiu melhorar o desempenho do instrumento Raman testado e, por ser de fácil preparação, pode ser utilizada por peritos em campo ou em laboratórios de perícia. Agradecimentos À Polícia Federal de Curitiba pelo empréstimo do equipamento Raman portátil e à Polícia Técnico-Científica de São Paulo pelas amostras cedidas. Em razão de sua população numerosa e de sua geografia, o Brasil é um país vulnerável não só ao consumo, mas também ao tráfico de cocaína. Nas diversas etapas da cadeia do tráfico da droga, desde a sua produção até a sua distribuição nas ruas, adulterantes e diluentes são adicionados de maneira a aumentar os lucros de sua venda. Programas de caracterização química, de determinação de impurezas e de relações entre apreensões por meio de análises estatísticas podem fornecer informações para subsidiar a proposição de políticas de segurança pública e o trabalho operacional das autoridades policiais. Entre 2014 e 2015, mil amostras supostamente contendo cocaína foram analisadas física e quimicamente com o objetivo de caracterizar e relacionar amostras de cocaína apreendidas por diferentes delegacias circunscricionais do Distrito Federal. Das amostras analisadas, 380 eram de pó esbranquiçado e 620 estavam em forma de pedra ou pó amarelado e resultaram reativas nos testes colorimétricos, presuntivos para cocaína, utilizados nos exames preliminares. Os principais adulterantes foram identificados por cromatografia gasosa associada à espectrometria de massas. Em 90% das amostras analisadas foram detectados adulterantes. Em apenas 2% das amostras não se detectou cocaína ou foram detectados apenas resquícios da substância. Nessas últimas amostras, foi identificado pelo menos um adulterante dentre os comumente encontrados em apreensões de cocaína na nossa área de estudo. Testes colorimétricos realizados com padrões desses adulterantes indicaram as razões pelas quais falso-positivos são encontrados. As coordenadas geográficas para cada apreensão foram assinaladas. Estudos de estatística multivariada estão em fase de execução. Esse programa de caracterização química, em processo de implantação, poderá servir de base para o desenvolvimento de outros programas para outros psicotrópicos/entorpecentes apreendidos no DF. Agradecimento: FAPDF 100 QF 63- DETERMINAÇÃO DA PUREZA DE DROGAS PSICOTRÓPICAS POR CALORIMETRIA EXPLORATÓRIA DIFERENCIAL (DSC) E SUA APLICABILIDADE FORENSE QF 64- ANÁLISES QUALITATIVAS EM 18 LOTES DE ECSTASY: UMA PARCERIA ENTRE A UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO E O LABORATÓRIO DE EXAMES DE ENTORPECENTES DA REGIÃO DE RIBEIRÃO PRETO/SP CRIZEL,G. M., GUERRA, T. G., LENZ, V., PEREIRA, P. M. C., SANTOS, M. M. C. TADINI, M. C.1, IPÓLITO, A. J.2, DE OLIVEIRA, M. F. 1 Curso de Química Forense, Centro de Ciências Químicas, Farmacêuticas e de Alimentos (CCQFA), Universidade Federal de Pelotas (UFPel) Introdução: Dr ogas psicotr ópicas estão sendo administradas sem qualquer indicação terapêutica ou orientação médica causando dependência física ou psicológica com o objetivo de obter um efeito psicoativo “recreativo”. A análise dessas drogas por calorimetria exploratória diferencial (DSC) apresenta enorme aplicabilidade na análise forense, pois fornece dados importantes a fim de complementar um laudo técnico científico pericial. Além disso, a DSC é uma técnica robusta, rápida e de baixo custo operacional e necessidade de pequenas quantidades e mínimo prétratamento de amostras. Objetivo: Identificar os principais eventos térmicos (endo e exotérmicos) que ocorrem na análise por DSC e correlacionar com as substâncias psicotrópicas que se degradam a determinadas temperaturas ou faixas de temperatura auxiliando na identificação destas drogas. Materiais e Métodos: Utilizou-se cerca de 3 mg de substâncias químicas de referência e dos medicamentos de Bromazepam, Clonazepam e Haloperidol. As análises foram realizadas na faixa de temperatura de 25 a 350 ºC, com uma taxa de aquecimento (β) de 5 ºC min-1 e uma atmosfera de N2 com vazão de 50 ml min-1 em um DSC (modelo 200 F3 Maia). Resultados e Discussão: O comportamento térmico dos medicamentos e substâncias químicas de referência foram semelhantes, quando era maior proporção da substância ativa presente nas formas farmacêuticas comparando com os excipientes. Entretanto, quando a proporção (m/m) da substância ativa e excipientes eram próximas, a decomposição dos medicamentos apresentou comportamento diferente. Isso provavelmente é devido a presença dos excipientes, os quais podem influenciar no ponto de fusão da substância ativa, provocando a degradação do medicamento antes da fusão ou o deslocamento do pico do evento de fusão quando comparado à substância ativa. Conclusão: Com base nos resultados desse estudo, comprovou-se que a DSC pode ser aplicada em análises de pureza de medicamentos com fins de estudos forenses. Além disso observou-se que a quantidade de excipientes pode influenciar nos eventos térmicos de caracterização de medicamentos auxiliando na identificação dos mesmos. 1 GEEQFor - Grupo de Eletroquímica, Eletroanalítica e Química Forense, Universidade de São Paulo, Avenida Bandeirantes, 3900, Ribeirão Preto/SP - Brasil 2 Laboratório de Exames de Entorpecentes de Ribeirão Preto - Polícia Técnico Científica de Ribeirão Preto, Rua São Sebastião, Ribeirão Preto/SP - Brasil O MDMA ou 3,4-metilenodioximetanfetamina é o principal componente psicoativo encontrado na venda ilegal de comprimidos de ecstasy. De acordo com a portaria 344/98 da ANVISA, o MDMA é classificado no grupo F2 (substância de uso proscrito e ação psicotrópica). De acordo com a Global Drug Survey (2014), o MDMA foi a segunda droga ilícita mais consumida em 2013 e a terceira droga ilícita mais consumida no Brasil. Conforme o Laboratório de Exames de Entorpecentes de Ribeirão Preto, entre 2012 e 2015 houve um aumento de 325% do número de casos solicitados para a realização de exames de drogas sintéticas em comprimidos no núcleo de Ribeirão Preto. Conforme problemática exposta, este trabalho objetivou o estudo qualitativo de 18 lotes de ecstasy apreendidos entre 2014 e 2015 em parceria entre a USP e o Laboratório de Exames de Entorpecentes. Realizaram-se quatro testes colorimétricos (Simon e Simon com acetona, Ácido sulfúrico e Marquis) em 18 lotes e avaliaramse as amostras após os tempos zero, 24 e 48 horas. Realizaram-se análises por cromatografia gasosa acoplada a um espectrômetro de massas, onde se compararam os espectros conforme padrão de MDMA e bibliotecas. Os testes colorimétricos apresentaram falsos positivos e falsos negativos. Houve variação da coloração conforme as horas e o corante presente em alguns lotes gerou dificuldade na avaliação colorimétrica. Considerando a análise cromatográfica, observou-se a presença de MDMA em 13 lotes (um dos comprimidos apresentava uma mistura de MDMA e cafeína e 5 lotes não continham MDMA: 1 lote apresentou cafeína, 1 lote apresentou Femproporex, 1 lote continha cetamina e teofilina e 2 lotes geraram resultados inconclusivos. Assim, salienta-se a incerteza gerada em testes colorimétricos, onde se recomenda o uso de análises complementares entre si e de maior “confiabilidade” a fim de garantir a solidez do laudo apresentado. Também, há a necessidade de se discutirem os riscos aos usuários, considerando os aspectos toxicológicos da droga e o consumo de outras substâncias potencialmente perigosas presentes nos comprimidos. Referências: [1] BRASIL; Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Portaria 344, 1998. [2] GLOBAL DRUG SURVEY, Last 12 month prevalence of top 20 drugs, 2014. [3] UNITED NATIONS, Rapid testing methods of drugs of abuse, Viena, 1994. [4] RESTEK; Sympathomimetic Amines (HFBA Derivatives) (Basic Drugs) on Rtx®-5. 101 QF 65- ANÁLISES DE AMOSTRAS DE COCAÍNA APREENDIDAS NA REGIÃO DE LAVRAS/MG POR CROMATOGRAFIA GASOSA ACOPLADA À ESPECTROMETRIA DE MASSAS (GC-MS) E ESPECTROMETRIA DE MASSAS COM FONTE DE IONIZAÇÃO POR ELECTROSPRAY (ESI-MS) QF 66- UTILIZAÇÃO DE SENSORES ELETROQUÍMICOS E FERRAMENTAS QUIMIOMÉTRICAS VISANDO À DISCRIMINAÇÃO DE ADULTERANTES DE AMOSTRAS DE COCAÍNA VIEIRA, T. G.1; NUNES, C. A.2, RESENDE, L. M. B.3; GUERREIRO, M. C.3 1 Superintendência de Polícia Técnico Científica, Polícia Civil de Minas Gerais, 37200-000 Lavras – MG, Brasil. Departamento de Ciência dos Alimentos, Universidade Federal de Lavras, 37200-000 Lavras – MG, Brasil. Departamento de Química, Universidade Federal de Lavras, 37200-000 Lavras – MG, Brasil. Na maioria dos laboratórios forenses, a análise química das drogas apreendidas é realizada por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas (GC/MS), porém, uma opção na detecção de cocaína em amostras apreendidas seria a espectrometria de massas com ionização por electrospray (ESI/MS). Assim, este trabalho teve como objetivo geral contribuir para o melhoramento nas condições de detecção da cocaína e outros adulterantes, presentes em drogas apreendidas na região de Lavras - MG, utilizando a análise de componentes principais (PCA) para separar as amostras conforme suas composições químicas. As amostras de cocaína/crack foram enviadas pela Delegacia de Polícia Civil de Lavras ao Departamento de Química da Universidade Federal de Lavras, mediante requisição para determinação dos componentes de cada amostra. Para a PCA, uma matriz de dados foi organizada para cada tipo de técnica utilizada e os cálculos foram realizados no programa Matlab R2011b versão 7.5. A técnica de GC/MS foi eficaz e seletiva na descoberta e confirmação dos constituintes presentes nas amostras, comprovando a presença do alcalóide da cocaína e de seus adulterantes como por exemplo, cafeína e lidocaína. ESI/MS mostrou-se muito eficaz pela praticidade e rapidez das análises, além de ser mais sensível para detecção de componentes. A PCA dos resultados de GC/MS permitiu uma boa separação das amostras, com separação entre as amostras de crack e cocaína, como pode ser visto na Figura 1. Em ESI/MS o mesmo ocorreu, porém, com uma maior separação entre as amostras, visto que a sensibilidade do ESI é maior. Assim, as técnicas usadas comprovam a presença do alcaloide de cocaína e adulterantes nas amostras e a técnica de ESI/MS pode ser usada como nova metodologia analítica em laboratórios, pois é mais eficaz, rápida e possui menor custo em comparação à GC/MS, técnica convencional já utilizada. Referências: Da Silva, C. G. A.; Collins, C. H.; Quim. Nova 2011, 34, 665. Dos Santos, V. G.; Dissertação de Mestrado, UNICAMP, Brasil, 2011. GUEDES, T (DO)*1 E PAIXÃO, T.R.L.C. (PQ)1 Departamento de Química Fundamental, Instituto de Química USP, CEP 05508-000, São Paulo, SP *e-mail: [email protected] Introdução: A cocaína é uma droga estimulante do sistema nervoso central que causa dependência e seu uso vem crescendo mundialmente ao longo dos últimos anos 1. A caracterização de drogas ilícitas, como a cocaína, fornece às agências policiais informações físicas e químicas que podem ajudar a identificar as organizações voltadas ao tráfico de drogas2. Dentre as caracterizações químicas, a determinação de fármacos comumente adicionados à droga visando aumentar e/ou mimetizar os efeitos farmacológicos3, tais como fenacetina, procaína, cafeína, levamisol e benzocaína, é uma interessante abordagem com no intuito de identificar essas organizações4. Dentro desse contexto, o uso de ferramentas quimiométricas, aliadas às técnicas eletroquímicas, pode resultar no desenvolvimento de métodos qualitativos simples e portáteis para caracterizar essas amostras em campo. Objetivo: O trabalho versa sobre o desenvolvimento de método analítico para discriminar os cinco adulterantes anteriormente mencionados utilizando Análise de Componentes Principais (PCA) e respostas eletroquímicas como dados de entrada. Materiais e Métodos: Os voltamogramas de onda quadrada foram registrados com eletrodo de carbono vítreo entre os potenciais 0 V e 1,7 V, com os seguintes parâmetros: E step = 5mV, Eamplitude = 25mV e Frequência = 30Hz. Resultados e Discussão: Os valores de corrente para diferentes concentrações não normalizados e normalizados entre 0 e 1 foram utilizados como dados de entrada da PCA. Notou-se que devido à variação de concentração dos adulterantes no experimento não foi possível obter grupos bem definidos na análise de reconhecimento de padrões, este fato deve-se ao dado de entrada depender da concentração dos adulterantes. Por outro lado, ao se normalizar os dados de entrada, uma melhora significativa na distribuição é observada, resultando em grupos bem definidos. Conclusões: O método proposto apresenta resultados interessantes na discriminação dos adulterantes comumente encontrados em amostras de cocaína, podendo ser uma nova e rápida abordagem de detecção em campo para caracterizar essas amostras. Referências Bibliográficas (1) Broséus, J.; Huhtala, S.; Esseiva, P. Forensic Sci. Int. 2015, 251, 87–94. (2) Collins, M.; Huttunen, J.; Evans, I.; Robertson, J. Aust. J. Forensic Sci. 2007, 39 (1), 25–32. (3) Silva, T. G.; de Araujo, W. R.; Munoz, R. A. A.; Richter, E. M.; Santana, M. H. P.; Coltro, W. K. T.; Paixão, T. R. L. C. Anal. Chem. 2016, 88 (10), 5145–5151. (4) Grobério, T. S.; Zacca, J. J.; Botelho, É. D.; Talhavini, M.; Braga, J. W. B. Forensic Sci. Int. 2015, 257, 297–306. Agradecimentos: Instituto de Química USP, CNPq, CAPES e FAPESP 102 QF 67- DESENVOLVIMENTO DE PROTÓTIPOS PARA DETECÇÃO VOLTAMÉTRICA DE ADULTERANTES DE DILUENTES DA COCAÍNA E DO CRACK QF 68- CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA, FÍSICA E MINERALÓGICA DE SOLOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA DE INTERESSE FORENSE CARRATTO, T. M. T.1; OLIVEIRA, M. F.1 MELO, V. F.1, BARBAR, L. C.2, ZAMORA, P. G. P.3, SCHAEFER, C. E.4, CORDEIRO, G. A.5, TESTONI, S. A.6 1 GEEQFor – Grupo de Estudos em Eletroquímica, Eletroanalítica e Química Forense, Departamento de Química, FFCLRP/USP, Ribeirão Preto – SP, 14040-901, Brasil Neste projeto, dez amostras de crack e cocaína foram recolhidas na Polícia Científica de Ribeirão Preto, para que se fizesse um estudo voltamétrico dos componentes mais comuns que eram misturados àquelas drogas. Para tomar conhecimento de tais componentes, primeiramente as amostras foram diluídas em metanol e analisadas pela técnica GC-MS. Em seguida, as análises por voltametria começaram a ser realizadas. O foco foi em quatro interferentes: lidocaína, cafeína, teobromina e procaína. Por meio da voltametria cíclica, estudou-se o comportamento da cocaína sozinha e da cocaína junto aos interferentes citados. Os testes foram realizados explorando a modificação do eletrodo de platina (eletrodo de trabalho) por meio da deposição de um filme de hexacianoferrato utilizando quatro metais diferentes: Cobalto1, Ferro, Níquel e Cobre. Para o filme de Cobalto, utiliza-se como eletrólito suporte uma solução aquosa de NaClO4, com a estabilidade do filme testada em meio de acetonitrila, em meio misto de acetonitrila e metanol e em meio de metanol. Para os filmes dos outros três metais, utiliza-se como eletrólito suporte uma solução aquosa de KCl e pH 3, testando a estabilidade do filme também em meio aquoso. Constatou-se que nenhum dos interferentes interferiu no resultado da análise da cocaína por meio do filme modificado de hexacianoferrato de cobalto, seja em meio de acetonitrila ou em meio misto, sendo que em meio de metanol não foi obtida resposta nem por parte da cocaína. Já com o filme modificado de ferro, a procaína e a cafeína aparentam interferir levemente no sinal gerado pela cocaína. Os resultados referentes ao filme de níquel e cobre ainda estão sendo avaliados. Concluise até agora que a modificação por filme de hexacianoferrato de cobalto não é um bom método para detecção dos interferentes na cocaína. Resta concluir até que ponto o filme hexacianoferrato de ferro é válido e se os filmes de níquel e cobre detectam algum interferente diferente dos detectados pelo filme de ferro. Referências 1 - OIYE, E. N.; FIGUEIREDO, N. B.; ANDRADE, J. F.; TRISTÃO, H. M.; OLIVEIRA, M. F.. Voltammetric determination of cocaine in confiscated samples using a cobalt hexacyanoferrate film-modified electrode. 1 Professor Adjunto, Departamento de Solos e Engenharia Agrícola, Universidade Federal do Paraná 2 Perita Criminal, Laboratório de Química Legal do Paraná, Instituto de Criminalística 3 Professor Associado, Departamento de Química, Universidade Federal do Paraná 4 Professor Titular, Departamento de Ciência do Solo, Universidade Federal de Viçosa 5 Professora Adjunta, Universidade Federal de Integração LatinoAmericana 6 Acadêmica de Pós-Graduação, Departamento de Solos e Engenharia Agrícola, Universidade Federal do Paraná Este trabalho tem como objetivo é propor uma metodologia de caracterização de solos para uso forense, com base em análises físicas (textural e espectroscopia), químicas (extrações com ácido fluorídrico, oxalato de amônio, ditionito-citrato-bicarbonato de sódio e com solução de NaOH) e mineralógicas (análise térmica e difração de raios-X). O estudo foi desenvolvido no Estado do Paraná, Brasil, em três bairros pertencentes à cidade de Curitiba e em duas cidades dentro da Região Metropolitana de Curitiba. Com o objetivo de verificar a similaridade entre as amostras, quatro amostras compostas (repetições) foram preparadas em cada um dos cinco locais de estudo. Obteve-se um grande número de variáveis quantitativas (56), a partir de uma quantidade reduzida de amostra de solo (1 g). As variáveis selecionadas para as extrações químicas (16) foram mais precisas no agrupamento de amostras semelhantes (mesmo horizonte e local de amostragem), e também na diferenciação de amostras coletadas em diferentes horizontes ou locais. Sete grupos diferentes foram criados, casa um com elevada similaridade dentro do grupo, porém apresentando uma dispersão não esperada em 2 (duas) amostras (de um total de 40 amostras), o que reduziu a distinção de 3 (três) outros grupos estudados. A localização das duas amostras nos diferentes grupos e a alta dispersão (24 amostras) das amostras coletadas na cidade de Curitiba é devida à elevada homogeneidade pedológica desta área (características físicas e químicas dos horizontes, cor do solo e material de origem). A metodologia usada neste trabalho (métodos analíticos e tratamento de dados) apresenta grande potencial para uso forense e pode ser facilmente validada para outras áreas. Futuramente, pretendemos realizar análises de solos coletados a partir de simulações de cenas de crime, retirando vestígios das solas de sapatos, de pneus, ferramentas, ou ainda, de corpos submersos. Esperamos com isso, obter resultados que sejam o mais próximo possível da realidade. 103 QF 69- FABRICAÇÃO DE SENSORES COLORIMÉTRICOS PORTÁTEIS E DE BAIXO CUSTO PARA SCREENING DE AMOSTRAS DE DROGAS APREENDIDAS ARAUJO, W.R.1; SILVA, T.G. 1; SILVA, G.O. 1; PAIXÃO, T.R.L.C.1 1 Instituto de Química, Universidade de São Paulo, São Paulo – SP, Brasil, 05508-000 As amostras de drogas comumente recebem adições de substâncias que lhe dão um aumento no volume, conhecidas como diluentes e de outras substâncias com efeitos farmacológicos, conhecidas como adulterantes [1-3]. Raramente as amostras de drogas apreendidas, principalmente de cocaína, apresentam alta pureza, sendo que os principais adulterantes encontrados são: fenacetina, levamisol, cafeína, procaína, benzocaína, paracetamol, entre outros [4, 5]. De forma geral, as amostras apreendidas de lugares diferentes, possuem padrões distintos de adulterações, o que pode relacionar essa “impressão digital química” à origem da droga e/ou local de fabricação. Assim, esses estudos podem auxiliar na compreensão das rotas de tráfico de drogas regionais e até mesmo internacionais [4]. Recentemente, o papel tem atraído grande interesse como material potencial para o desenvolvimento de sensores e dispositivos em Química Analítica por causa de sua versatilidade, alta abundância e baixo custo [6-8]. Estes dispositivos analíticos podem ser integrados de forma a garantir propriedades flexíveis, portáteis e de fácil operação e descarte do produto final. Dessa forma, empregou-se o uso de diferentes substratos de papel (filtro e sulfite) como plataformas para o desenvolvimento de sistemas de análises colorimétricas integradas [9] e/ou do tipo spot test para detecção de alguns dos principais adulterantes (procaína, fenacetina, paracetamol) de amostras de cocaínas apreendidas pela polícia. Nesses trabalhos que serão abordados, a fabricação constituiu em criar os padrões para análises em Corel Draw® e então utilizando uma impressora Xerox ColorQube, foram impressos esses padrões em cera sobre o papel, que após uma etapa de tratamento térmico, a cera derrete e penetra sobre as fibras celulósicas delimitando regiões hidrofílicas (papel) para análise por meio das barreiras hidrofóbicas criadas (cera). Em seguida, faz-se a aplicações dos reagentes adequados nessas regiões que irão responder especificamente a presença dos referidos adulterantes quando aplicada a amostra de droga. Esses dispositivos podem dessa forma ser previamente preparados e levados a campo para a análise qualitativa visual (presença ou não) de determinados adulterantes e análises semi-quantitativas através da aquisição da imagem do teste por meio da câmera de um smartphone e então obtenção dos padrões de cor (RGB) dos mesmos. Esses dispositivos podem ser úteis para screening de amostras apreendidas não requerendo pessoas altamente capacitadas para sua operação e assim, esses resultados auxiliar em políticas estratégicas anti-tráfico de forma rápida. Agradecimentos: CAPES, CNPq, FAPESP. Referências: [1] I. Evrard, S. Legleye, A. Cadet-Tairou, International Journal of Drug Policy, 21 (2010) 399-406. [2] C. Cole, L. Jones, J. McVeigh, A. Kicman, Q. Syed, M. Bellis, Drug Test Anal, 3 (2011) 89-96. [3] E.J. Magalhaes, C.C. Nascentes, L.S.A. Pereira, M.L.O. Gue- des, R.A. Lordeiro, L. Auler, R. Augusti, M. de Queiroz, Science & Justice, 53 (2013) 425-432. [4] E.D. Botelho, R.B. Cunha, A.F.C. Campos, A.O. Maldaner, Journal of the Brazilian Chemical Society, 25 (2014) 611-618. [5] A.O. Maldaner, É.D. Botelho, J.L. Costa, J.J. Zacca, I. Zancanaro, C.S.L. Oliveira, T.R.L.C. Paixão, J. Brazil Chem. Soc., 27 (2016) 719-726. [6] D.D. Liana, B. Raguse, J.J. Gooding, E. Chow, Sensors, 12 (2012) 11505-11526. [7] A.W. Martinez, S.T. Phillips, M.J. Butte, G.M. Whitesides, Angewandte Chemie-International Edition, 46 (2007) 1318-1320. [8] A.W. Martinez, S.T. Phillips, G.M. Whitesides, E. Carrilho, Anal Chem, 82 (2010) 3-10. [9] T.G. Silva, W.R. de Araujo, R.A.A. Munoz, E.M. Richter, M.H.P. Santana, W.K.T. Coltro, T.R.L.C. Paixao, Anal Chem, 88 (2016) 5145-5151. 104 QF 70- IDENTIFICAÇÃO DE UMA NOVA CATINONA SINTÉTICA EM DROGAS DE RUA EM OURO PRETO – MG QF 71- ESTUDO DE ELETRODOS QUIMICAMENTE MODIFICADOS COM BASE DE SCHIFF PARA A DETERMINAÇÃO DE LSD E NBOME MACHADO, Y.1 COELHO NETO, J1,2B, BARBOSA, P. E. N.1 LORDEIRO, R.A.1, ALVES, R.B.3 DE OLIVEIRA, M. F.1 , DA SILVA, A. B. C.1 1 Divisão de Laboratório, Instituto de Criminalística da Polícia Civil de Minas Gerais, Rua Juiz de Fora, 400, CEP 30180-060 Belo Horizonte, MG, Brasil 2 Departamento de Física e Química, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Avenida Dom Jose Gaspar, 500, CEP 30535-901 Belo Horizonte, MG, Brasil 3 Departamento de Química, Instituto de Ciências Exatas, Universidade Federal de Minas Gerais, Avenida Antônio Carlos, 5000, CEP 31270-901 Belo Horizonte, MG, Brasil POLÍCIA CIVIL DE MINAS GERAIS INTRODUÇÃO: Muitas das NSP, novas substancias psicotrópicas, também denominadas como ‘designer drugs’ ou ’legal highs’ possuem efeitos semelhantes a drogas ilícitas comuns e, por possuírem estruturas químicas com mínimas diferenças daquelas que simulam, geralmente não são controladas pela legislação vigente [1]. Podem ser exemplicadas pelas catinonas sintéticas, análogos do produto natural denominada catinona, uma feniletilamina que ocorre na espécie vegetal Catha edulis [2]. OBJETIVO: Identificar e car acter izar estr utur almente mater ial fruto de apreensão policial ocorrida no município de Ouro Preto, MG. MATERIAIS E MÉTODOS: O material consistia em cristais contidos em cápsulas, sendo purificados por meio de recristalização. A substância foi analisada por Espectrometria no Infravermelho (EIV), Cromatografia a Gás acoplada a Espectrometria de Massa (CG-EM), Cromatografia a Líquido acoplada a Espectrometria de Massa (CLAE-EM) e Espectrometria de Ressonância Magnética Nuclear (ERMN). RESULTADOS E DISCUSSÃO: Por meio da análise por EIV, foi possível ver ificar a presença de um grupo benzoil parassubstituído. As análises por CG-EM e CLAE-EM indicaram a presença de do padrão isotópico de Bromo. Os experimentos uni e bidimensionais realizados em ERMN puderam elucidar estruturalmente a substância como (RS)-1-(4-bromofenil)-2metilaminopropan-1-ona, também conhecida como Brefedrona, 4-BMC ou 4-bromometcationona [3]. CONCLUSÃO: As técnicas citadas per mitir am a identificação de uma nova droga no Estado de Minas Gerais que atualmente não se encontra listada na Portaria 344 da Anvisa. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 1 - Unodc, The challenge of new psychoactive substances, (2013) 3–55. http://www.unodc.org/documents/scientific/ NPS_2013_SMART.pdf. 2 - T.I. Benzer, S.H. Nejad, J.G. Flood, Case 40-2013 - A 36Year-Old Man with Agitation and Paranoia, N. Engl. J. Med. 369 (2013) 2536–2545 3 - K.F. Foley, N. V. Cozzi, Novel Aminopropiophenones as Potential Antidepressants, Drug Dev. Res. 60 (2003) 252–260. 1 Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo Introdução O LSD e o NBOMe são substâncias que agem como agonistas do receptor de serotonina, afetando o humor, sono, estado de vigília, emoção, vias sensitivas, temperatura corporal e comportamento alimentar. [1] Ambos foram descobertos durante pesquisas para a obtenção de novos fármacos. [2,3] Objetivo Estudar o comportamento eletroquímico de LSD e NBOMe frente a eletrodos quimicamente modificados com bases de Schiff Salen de Níquel (cis e trans). Materiais e Métodos Modificação de eletrodos de platina e carbono vítreo por deep coating para adsorção de bases de Schiff Salen de Níquel (cis e trans), alterações de pH e análises por voltametria cíclica para NBOMe e LSD. Resultados e Discussão Ambos os analitos puderam ser quantificados em pH 4 utilizando o eletrodo de platina modificado por base de Schiff trans. Entretanto o método não mostrou-se qualitativo pois são identificados no mesmo potencial. Conclusão O eletrodo de platina modificado com base de Schiff trans mostrou-se quantitativo porém não qualitativo, podendo serem confundidos NBOMe e LSD. Referências Bibliográficas [1] Rang, H. P.; Dale, M. M.; Ritter, J. M. Farmacologia, 3ª ed. Guanabara Koogan, 1997. [2] Hofmann, A. LSD – My Problem Child. McGraw-Hill Book Company, 1980, 102 p. [3] Poklisa, J. L.*; Deversd, K. G.; Arbefevilled, E. F.; Pearsond, J. M.; Houstone, E.; Poklis, A. Postmortem detection of 25I-NBOMe [2-(4-iodo-2,5- dimethoxyphenyl)-N-[(2methoxyphenyl)methyl]ethanamine] in fluids and tissues determined by high performance liquid chromatography with tandem mass spectrometry from a traumatic death. Referência Bibliográfica: Forensic Science Internacional, EUA, v. 234, p 14-20, 2014. 105 QF 72- ANÀLISE DE COCAÍNA E INTERFERENTES POR FT-IR EM PCA RIBEIRO, C.E. 1, DE OLIVEIRA, M. F,1 1 Grupo de Eletroquímica, Eletroanalítica e Química Forense GEEQFor Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Riberão Preto Introdução: O aumento da atividade do narcotráfico intensifica o trabalho dos peritos que precisam lidar com uma quantidade cada vez maior de entorpecentes, e também com amostras cada vez mais complexas, em que interferentes que buscam diluir ou intensificar os efeitos da droga comercializada ilegalmente. Dessa forma, cabe a comunidade cientifica desenvolver métodos precisos, eficazes e robustos para que o trabalho da policia cientifica esteja a par da nova realidade da segurança publica atual. O método espectroscópico de infravermelho por transformada de Furier (FT-IR) se encaixa ao proposto, mas devido a alta chance da presença de interferentes nas amostras, métodos estatísticos como PCA (analise por componentes principais), entre outros são aplicados para definir, estatisticamente, não só seus componentes, como também quantifica -los. Objetivos: Analisar cocaína: notório entorpecente ilegal, com adição de procaína: um analgésico de uso farmacológico e um dos interferentes encontrado com frequência em apreensões da policia cientifica via FT-IR e utilizar o metodo de reconhecimento de padrões PCA para permitir identificação qualitativa e quantitativa das amostras. Resultados e Discussões: Se utilizarmos um espectro de cocaína e um de procaína, separadamente, temos como identificar alguns picos fundamentais para a separação que não possuem superposição entre as 2 substâncias, o que é esperado uma vez que ambas pertencem a uma mesma classe, os alcaloides, portanto apresentam grupos estruturais semelhantes. Utilizando esses pontos de referência, podemos ver quais as componentes relacionados ao espectro cocaína + procaína utilizando a análise por PCA, dessa forma temos como analisar o espectro como um todo e criar uma “fingerprint” de cada composição. uma vez comparada a um banco de dados podemos ter não apenas um resultado mais confiável, como também abre a possibilidade de quantificar seus componentes. Conclusão: Quanto mais composições variadas e quanto mais apreensões reais são adicionadas a esse banco de dados, mais apto a elucidação da formulação das apreensões, o que simplifica o trabalho dos peritos, fazendo com que não seja necessária a utilização de métodos mais caros ou destrutivos. Referências Bibliográficas: Rodrigues, N. V. S., Cardoso, E. M., Andrade, M. V. O., Donnici, C. L. & Sena, M. M. Analysis of seized cocaine samples by using chemometric methods and FTIR spectroscopy. J. Braz. Chem. Soc. 24, 507–517 (2013). 106 OUTROS TÓPICOS 107 OT 03- ESTUDO COMPARATIVO ENTRE MÉTODOS FORENSES PARA AQUISIÇÃO DE EVIDÊNCIAS EM IAAS SEM AUXÍLIO DE PROVEDORES DE SERVIÇO ROSÁRIO, J ¹, COSTA,G ² Universidade do Estado da Bahia¹ Instituto de Humanidades, Artes e Ciências² Nos últimos anos a computação em nuvem teve uma grande adoção e junto com essa popularidade incidentes de segurança se tornaram frequentes. Na ocorrência de um incidente, considerando o modelo de Infraestrutura-comoum-serviço (IaaS) que possui uma maior administração pelo usuário, quando há uma dependência para aquisição de dados a partir do provedor de serviços, pode existir uma demora na finalização de processos jurídicos. Considerando esta problemática, o objetivo deste trabalho é apresentar, analisar e comparar técnicas de coleta de dados entre três procedimentos propostos por [1][2][3], que visam encontrar caminhos para aquisição de dados confiáveis sem o auxílio de provedores de serviço e a partir de seus resultados, possa ser construído um guia de auxílio às investigações aplicadas no modelo IaaS. A metodologia será baseada em um método avaliativo apoiado à um barema de especificidades entre cada procedimento onde, será identificado quais técnicas cobrem os principais desafios conhecidos na etapa de aquisição e posteriormente, será realizada uma análise experimental em uma instância IaaS privada na Amazon – EC2, para a validação do cenário hipotético construído. Como conclusão, ficarão registrados os resultados de cada procedimento, que serão inclusos na construção do guia forense. Espera-se que os resultados adquiridos atendam as hipóteses propostas neste trabalho, que visa cooperar com o desenvolvimento da comunidade forense, apresentando um guia confiável de acordo a arquitetura do modelo escolhido. [1]Dykstra,J. and A.T. Sherman, “Acquiring Forensic Evidence from Infrastructure -as-a-Service Cloud Computing. Disponível em: https://www.dfrws.org/2012/ proceedings/DFRWS2012-10.pdf> Acesso em:10 de março de 2016. [2]S.Zawoad,A.K.Dutta, and R. Hasan, “SecLaaS: Securelogging -as-a-service for cloud forensics”.Disponível em:<http:// arxiv.org/pdf/1302.6267.pdf>. Acesso em 15 de março de 2016; [3]Mustafa Aydin and Jeremy Jacob, "A comparison of major issues for the development of forensics in cloud computing", 8th International Conference for InternetTechnology and Secured Transactions (ICITST-2013). OT 04- ENFERMAGEM FORENSE SILVA, JOM1, FERNANDES, CLEA2 1 Universidade Tiradentes, Departamento de Enfermagem, Aracaju SE 2 Faculdade Osman Lins – FACOL, Departamento de Enfermagem, Vitória de Santo Antão - PE INTRODUÇÃO: Os ser viços de saúde são espaços pr ivilegiados para detectar as diversas situações violentas, bem como programar ações de prevenção. Nesse contexto, os profissionais de saúde além de prestar os primeiros cuidados podem contribuir com a justiça durante o processo investigativo. A Enfermagem Forense surge no Brasil como um novo campo de atuação para o enfermeiro que deseja se qualificar ao prestar assistência às vítimas de violência, seja nas urgências/ emergências, quanto em Unidades de Saúde da Família. OBJETIVOS: Identificar as competências e habilidades do enfermeiro na prática forense. MATERIAL E MÉTODOS: Tr ata-se de uma revisão integrativa da literatura, nos bancos de dados MEDLINE e LILACS, Biblioteca Cochrane e BDENF. Foram incluídas apenas publicações cientificas de 2010 a 2016. Obteve-se uma amostra final de 20 artigos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O enfer meir o for ense presta assistência às vítimas e seus agressores, intervindo sobre o trauma físico, psicológico e social. Em alguns países como EUA, colaboram com a polícia judiciária na investigação de óbito e na coleta e preservação de vestígios, seja em situações de violência pessoal quanto acidentes ou catástrofes. Esse profissional deve possuir conhecimento sobre o funcionamento do sistema penal proporcionando apoio jurídico e consultadoria às autoridades legais. CONCLUSÕES: O enfermeiro forense no atendimento às vítimas de violência preza não apenas pela integridade física, mas também fornece suporte psicológico, identifica os fatores de risco e pode atuar na preservação de vestígios. Sua atuação junto a outros setores da sociedade pode favorecer a elaboração de políticas públicas de saúde e o fortalecimento dos instrumentos legais de proteção às pessoas em situação de vulnerabilidade. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - GOMES, Albino. Enfermagem Forense – vol.1.Lidel, 2014. - SILVA, Cristina. “Os enfermeiros e a preservação de vestígios Perante vítimas de agressão sexual, no Serviço de urgência”. Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto. Portugal, 2010. 108 OT 01- ESTUDO COMPARATIVO DA LEI DE DROGAS BRASIL-AUSTRÁLIA OT 02- INFLUÊNCIA DOS NÍVEIS HORMONAIS NO TRATAMENTO CRÔNICO E RETIRADA DE KETAMINA EM RATAS WISTAR ALINE THAÍS BRUNI¹; FELIPE BARBOSA NUNES FERNANDES¹ FERREIRA-SGOBBI, R.1,2; NOBRE, M.J.1,2,3 ¹Departamento de Química, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo Brasil e Austrália possuem sistemas jurídicos distintos aplicados na repressão aos crimes de drogas. A Austrália é uma monarquia constitucional federada cuja legislação baseia-se no sistema de common law, enquanto o Brasil desenvolveu seu sistema legal a partir do civil law. Isto se reflete na maneira como estão estruturadas as leis de drogas brasileira e australiana. No Brasil, cabe a União estabelecer diretrizes relacionadas às restrições e crimes relativos às drogas de abuso, o que é feito por meio da Lei 11.343/2006, a Lei de Drogas. A legislação australiana, por sua vez, trata da matéria tanto no âmbito federal quanto à nível estadual. Na esfera federal, o controle dá-se por meio do Criminal Code Act, de 1995, que estabelece quais são as ofensas relacionadas às drogas, além de delimitar uma série de dispositivos legais, como a quantidade de drogas necessária para o enquadramento jurídico em cada crime, diferenciando quantidades para uso, comércio ilícito e tráfico. No âmbito estadual, os Estados australianos têm certa liberdade para legislar em matéria penal. A princípio, a posse de drogas submete os infratores às legislações estaduais. No Estado de Victoria a quantidade de cannabis necessária para a imputação no delito de posse é de 250 gramas. Em New South Wales este valor é de 300 gramas. O Trabalho objetiva analisar as Leis de Drogas no Brasil e na Austrália, estabelecer as distinções e similaridades dos ordenamentos jurídicos destes países e traçar um panorâma crítico da droga no Direito Comparado, auxiliando na comunicação e aperfeiçoamento dos sistemas legais em vigor. A metodologia baseou-se em pesquisa bibliográfica e documental, acompanhada de análise crítica e comparada de fatos e fenômenos jurídicos. O estudo comparativo denota a complexidade das leis australianas, que apresentam de forma detalhada as condutas reprováveis, estabelecendo inclusive a quantidade necessária para a imputação do crime. No entanto, não há um rito processual distinto de outros crimes, como ocorre no Brasil. A análise minuciosa dos dispositivos jurídicos destes países fornece ao operador do Direito uma plataforma para a compreensão ampla da problemática das drogas em um mundo marcado pela diversidade de culturas. 1 Departamento de Psicologia – FFCLRP – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto - SP, Brasil. 2 INeC – Instituto de Neurociência e Comportamento, Ribeirão Preto - SP, Brasil. 3 Departamento de Psicologia – Uni-FACEF, Franca - SP, Brasil. A ketamina apresenta potentes efeitos psicomiméticos, sendo capaz de acentuar o estado psicótico de pacientes esquizofrênicos e estas alterações podem sofrer influência hormonal. Perturbações nos níveis de atenção são um dos sintomas presentes nas psicoses e também no abuso de drogas. A utilização da inibição pré-pulso (IPP) para análise deste fenômeno tornou possível identificar sistemas neurais subjacentes e cumpre papel importante em pesquisas de cunho translacional, já que a IPP é um fenômeno que ocorre em todos os mamíferos incluindo roedores e primatas humanos e não humanos. Neste trabalho nós examinamos os efeitos da administração crônica e retirada de ketamina em processos atencionais em ratas Wistar, testadas em diferentes fases do ciclo estral. Solução salina e ketamina foram administradas por via subcutânea durante 14 dias. A análise dos sintomas crônicos e retirada de ketamina foram realizadas pelo teste de IPP. Nossos resultados destacam o papel dos hormônios femininos na expressão da resposta incondicionada de medo que pôde ser detectada pelos efeitos sobre a resposta de sobressalto em ratas testadas sob diferentes níveis hormonais e tratamentos. Ratas Pro-Salina mostraram um aumento na amplitude de resposta de sobressalto, quando testadas no 14º dia de tratamento, contrastando com sua baixa amplitude observada nas fases Est-Salina e Die-Salina. Este aumento em ratas no proestro provavelmente está relacionado à ação do estrógeno que modula as respostas fisiológicas e comportamentais a sinais sensoriais, incluindo os estímulos auditivos, em muitas espécies. Hormônios sexuais, modulam a ação da ketamina em ratas, embora pouco se sabe sobre as diferenças de gênero ou seu efeito no potencial de abuso. A IPP é uma medida sensorial reduzida na psicose e de forma aguda por meio do tratamento com drogas, incluindo a ketamina. Ela varia ao longo do ciclo estral e é aumentada pelo tratamento com estrógeno. Nossos resultados confirmam a hipótese de que o estrógeno pode modular a IPP, o que ajuda a explicar o efeito protetor aparente do estrógeno sobre a psicopatologia da esquizofrenia e os efeitos benéficos do tratamento com estrógeno na psicose. Apoio financeiro: FAPESP (2014/09685-9) 109 OT 05- O PROFISSIONAL DE SAÚDE E A PRESERVAÇÃO DE VESTÍGIOS NOS SERVIÇOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA. OT 06- AÇÕES DE PESQUISA E EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA DESENVOLVIDAS PELO NÚCLEO DE ESTUDOS FORENSES DO ESTADO DO AMAZONAS SILVA, JOM1, FERNANDES, CLEA2 BENTES, K. R. S.1; SOUZA, R. H.1; OLIVEIRA, T. C. S.1; WIEDEMANN, L. S. M.1; SANTOS, V. O.1; LUCAS, A. C. S.; ANTONIO, A. S.1; PAULA, A. R. U. ; PIMENTEL, L. A.; RUZO, C. M. ; ALVES, C. C. F.1; OLIVEIRA, D. S.1; SILVA, E. S.1; LOPES, G. B. P.1; CAETANO, H. M.1; COSTA, L. C. A.1; MANICKCHAND JR, L.1; SOUZA, L. C.1; MONTEIRO. S. J.1; RIBEIRO. U. A.1; SALDANHA, V.1; FIGUEIREDO, Y. G. G.1; SANTIAGO, W. O.1; CARNEIRO, W. M.1; SOUZA, A. C. L.1; MELO, R. M. S.1; AGUIAR, A. T. C.1; ALBUQUERQUE, G. B.1; ATAYDE, E. B. G.1; SOUSA, M. S.1; OLIVEIRA, L. R.1; HORA, L. F.; SILVA, H. S.; NÓBREGA, L. C.; NUNES, P. P.1; KOSHIKENE, D.2; COSTA, C. L. S. O.2 1 Universidade Tiradentes, Departamento de Enfermagem, Aracaju - SE 2 Faculdade Osman Lins – FACOL, Departamento de Enfermagem, Vitória de Santo Antão - PE INTRODUÇÃO: Os ser viços de saúde, em especial os de urgência e emergência, são locais que frequentemente acolhem pessoas acometidas por diversas situações de violência, sendo seus profissionais de saúde, muitas vezes, os primeiros contatos das vítimas e seus agressores. OBJETIVO: O estudo tem como objetivo investigar na liter atura evidências sobre a atuação dos profissionais de saúde que trabalham nos serviços de urgências quanto à preservação de vestígios forenses. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, através das publicações no período de 2005-2015, encontradas nas bases de dados Google Acadêmico, Scielo e Bireme. Foram selecionadas 23 publicações. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os ser viços de emer gência são ambientes nos quais, frequentemente, estão as primeiras oportunidades para a coleta de materiais forenses. Nesse cenário, os profissionais de saúde são atores privilegiados na identificação de vestígios e caberá aos mesmos decidirem quais poderão recolher e/ou preservar, podendo tornar-se mediador entre o paciente e a justiça. Entretanto, são muitas as dificuldades e desafios, tais como, a deficiência de conhecimento quanto a forma de coletar as informações, falta de preparo técnico para coleta e a sobrecarga de trabalho. Vale ressaltar que a maioria dos cursos de graduação na área de saúde praticamente não abordam na sua grade curricular aspectos referentes ao atendimento da vítima de violência, o que colabora para a atuação paliativa nos serviços. CONCLUSÕES: Frente a estes entraves, torna-se pertinente a realização de capacitações que habilitem esses profissionais na preservação e coleta de vestígios, contribuindo para a cadeia de custódia e colaborando para os desfechos jurídicos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: GOMES, Albino. Enfermagem Forense – vol.1.Lidel, 2014. GONÇALVES, Susana Isabel Fernandes. " Vivências dos Enfermeiros na Manutenção de Provas Forenses no Serviço de Emergência ". Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar ICBAS,2011. 1 Departamento de Química, Instituto de Ciências Exatas, Universidade Federal do Amazonas 2 Departamento de Polícia Técnico Científica, Secretaria de Segurança Pública do estado do Amazonas Foi criado em 2010 no Departamento de Química (DQ) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) uma ação de extensão intitulada “Conhecendo mais sobre a química forense”, onde um filme foi transformando em ferramenta didática e fazer uma relação do tema abordado com o aprendizado de química para o ensino médio. A partir daí diversos trabalhos passaram a ser criados, culminando em 2012 na criação do Núcleo de Estudos Forenses do estado do Amazonas (NEFA), grupo de pesquisas certificado pelo CNPq e que atua nas áreas de Perícia Ambiental, Genética, Farmácia, Entomologia e Química. Todas as ações do núcleo contam com a colaboração de profissionais do INPA, DPTC/AM e PF, transcendendo as fronteiras da UFAM e exaltando seu caráter interdisciplinar e interinstitucional. O grupo conta com o programa de extensão institucionalizado “Desvendando as Ciências Forenses” (Resolução No 020/2013 da Câmara de Extensão e Interiorização da UFAM), o qual desenvolve doze projetos convergentes, dentre ações de extensão, oficinas temáticas, cursos e mostras itinerantes que mostram o papel da Ciência na solução de problemas relacionados a Justiça. Os pesquisadores do programa já realizaram mais de 200 orientações, dentre projetos de extensão e ações com a comunidade. Foram realizadas 14 edições do evento como forma de popularização da ciência, os quais foram realizados com recursos obtidos por meio de 4 projetos de divulgação aprovados junto ao CNPq e Fapeam. No campo da pesquisa científica, desde 2012 foram realizadas 19 orientações de PIBIC, 2 orientações de TCC, 2 orientações de mestrado e 1 doutorado em andamento. Foram apresentados 9 trabalhos em eventos científicos de renome nacional e 2 em evento internacional. O grupo já teve nove projetos de pesquisa aprovados junto às agências de fomento, garantindo a plena execução de suas atividades. Os trabalhos desenvolvidos pelo NEFA já foram premiados em dois eventos nacionais e um evento internacional, mostrando a qualidade do trabalho desenvolvido. 110 OT 07- AVALIAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL PRESENTE NA ÁREA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL DA UFAM POR AÇÃO ANTROPOGÊNICA OT 08- COLORAÇÃO DIFERENCIAL PARA IDENTIFICAÇÃO DE ESPERMATOZOIDES EM AMOSTRAS FORENSES BENTES, K. R. S.1; ALBUQUERQUE, A. R. C.2; ANTONIO, A. S.1; RIBEIRO, U. A.1; LOPES, G. B. P.; FIGUEIREDO, Y. G. G.; SOUZA, R. K. T.2 MOTTA S1, GRIBERMAN A1, ARANTES L2, ROCA G1 1 Departamento de Química, Instituto de Ciências Exatas, Universidade Federal do Amazonas 2 Departamento de Geografia, Instituto de Ciências Humanas e Letras, Universidade Federal do Amazonas. Uma Área de Proteção Ambiental (APA) consiste de uma região de preservação da fauna e flora nativa, podendo tanto estar contidas dentro de espaço urbano como possuir em sua extensão, unidades de ocupação humana que não afetem os processos ecológicos e vida silvestre existente nesta. Esta pesquisa teve por objetivo avaliar o impacto ambiental no solo ocasionado pela ocupação humana de forma planejada e não planejada da APA na qual está contida a Universidade Federal do Amazonas, localizada em Manaus/AM. Para isto foram realizadas coletas de solo, em duas profundidades, a diferentes distancias de unidades de ocupação planejada e não planejada, a Estação de Tratamento de Efluentes da UFAM (ETE) e um lixão clandestino (LC) criado por moradores de conjuntos habitacionais que cercam a universidade. Todas as amostras coletadas foram analisadas em quantificação de macro e micronutrientes, nitrogênio mineral, carbono total (CT), nitrogênio total (NT), razão C:N, pH, granulometria e umidade. As amostras coletadas em ambas unidades apresentaram solo franco arenoso, sendo que, na ETE não foram encontradas modificações significativas na microbiota, apesar do aumento nos níveis de CT e NT. O despejo de efluentes pela ETE não alterou os teores de cátions no solo, com exceção do Mn+, cuja fonte pode ter sido da degradação da infraestrutura que compõe a ETE. De forma contraria ao observado na ETE, a análise do LC demonstrou uma área de contaminação mais abrangente (16 metros) onde ocorreu a alcalinização do solo e um aumento nos teores de Ca2+, Mg2+, Cu+, fosforo disponível, Mn+ e Zn2+, provenientes de componentes eletrônicos encontrados nos resíduos. Estes dados demonstram a necessidade de um trabalho de preservação da APA no que diz respeito sua ocupação não planejada, o qual ocasiona uma contaminação ampla do solo, capaz de afetar os processos ecológicos existentes na fauna e flora da APA. Referências bibliográficas: Bonatti J., Marczwski, J., Rebelato, G.S., Silveira, C.S., Campelo, F.D.,.Trilhas da Floresta Nacional de São Francisco de Paula, Rio Grande do Sul, Brasil: mapeamento, análise e estudo da capacidade de carga turística. Revista Brasileira de Biociências, v. 4, n. 1-2, 2006 1 Seratec GmH – Goettingen/Alemanha Seção de Perícias e Análises Laboratoriais, Instituto de Criminalística, Polícia Civil do Distrito Federal – Distrito Federal/Brasil 2 A cada ano mais de 500 mil estupros são cometidos no Brasil, mas apenas 10% deles são reportados à polícia. Oitenta e nove por cento das vítimas são do sexo feminino e mais de 70% são menores de idade (IPEA, 2014). A pesquisa de espermatozoides em amostras biológicas obtidas diretamente de vítimas de estupro, de suas vestes ou de outros suportes, como lençóis, é uma importante etapa, pois, além de identificar a origem do material genético masculino, auxilia na definição da melhor metodologia a ser empregada na análise de DNA forense. Nesse trabalho apresentamos resultados preliminares de coloração diferencial de espermatozoides. As primeiras amostras analisadas foram preparadas a partir de sêmen congelado. Quatro diferentes fluorocromos vitais foram utilizados e colorações estrutura-específica foram conseguidas para a cabeça, a peça intermediária e a cauda dos espermatozoides. Entre os resultados obtidos, foi possível demonstrar que mesmo caudas separadas das cabeças são mais facilmente identificadas após a técnica de coloração aqui proposta. O fluorocromo DAPI foi eficiente para a coloração específica do núcleo rico em DNA localizado na região da cabeça do espermatozoide e dois outros coraram especificamente a cauda e a peça intermediária (rica em mitocôndrias). Espera-se reproduzir os achados em amostras forenses e então validar a metodologia para utilização forense. 111 OT 09- ANÁLISE DE SOLOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA (PR-BRASIL) POR DIFRAÇÃO DE RAIOS X E MÉTODO DE RIETVELD PARA FINS FORENSES PRANDEL L.V.1, BRINATTI A.M.2, SAAB S.C.2, MELO V.F.1 OT 10- APLICAÇÃO DE TÉCNICAS ESPECTROSCÓPICAS DE FLUORESCÊNCIA DE RAIOS X E INFRAVERMELHO EM SOLOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA (PR-BRASIL) PARA FINS FORENSES PRANDEL L.V.1, BRINATTI A.M.2, SAAB S.C.2, MELO V.F.1 1 Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo – Universidade Federal do Paraná (UFPR) 2 Programa de Pós-Graduação em Ciências / Física – Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) Introdução: Vestígios de solos podem for necer infor mações importantes em uma investigação criminal [1]. O método de Rietveld com dados de difração de raios X (MR -DRX) [2,3] é uma técnica que pode ser aplicada em análises forenses em solos devido à precisão em quantificar fases minerais [3], necessitar de quantidade reduzida de amostra e não ser destrutiva. Objetivo: Associar as técnicas MR-DRX e agrupamento por componentes principais em solos da região metropolitana de Curitiba para discriminar locais e horizontes de amostragem . Materiais e Métodos: Quatr o solos da Região Metr opolitana de Cur itiba (PR-Brasil) foram coletados e submetidos ao seguinte processo: extração de matéria orgânica com H2O2; dispersão por ultrassom e água pH 10; separação da fração areia com peneira de 0,053 mm; fracionamento físico em ultracentrífuga para separação da argila do silte; e tratamento da argila com ditionito-citrato-bicarbonato (DCB) [4]. As argilas desferrificadas foram analisadas em difratômetro de raios X da Rigaku (Ultima IV), com radiação CuK a (40 kV e 30 mA), step-scan (0,02º / 5 s). Os dados de DRX foram refinados em software GSAS+EXPGUI [5]. O teor de minerais, juntamente com dados texturais e elementares foram submetidos a uma análise das componentes principais (PCA). Resultados e Discussão: Com o MR-DRX foi possível quantificar teores de caulinita (259-570 g kg-1), gibbsita (112-446 g kg-1), quartzo (2-385 g kg-1), ilita (62241 g kg-1), muscovita (29-194 g kg-1) e outros minerais (0,3-74 g kg-1) da fração argila desferrificada. Esses resultados foram associados ao material de origem desses solos. Com o uso da PCA de análises mineralógicas e elementares, foi possível discriminar locais e horizontes dos solos e indicar os que apresentam maiores tendências de determinados minerais. Conclusão: O MR-DRX é uma técnica que apresenta grande potencial para análise forense na fração argila por não ser destrutiva e não necessitar de muitas técnicas complementares para discriminar solos e vestígios de solos por meio da PCA. Referências Bibliográficas: [1] Melo VF et al. (2008) Forensic Sci. Int. 179:123. [2] Rietveld HM (1969) J Appl Crystallogr. 2:65. [3] Prandel LV et al. (2014) Radiat. Phys. Chem. 95:65. [4] Mehra ML & Jackson ML (1960) Clays Clay Miner. 7:317. [5] Larson AC & Dreele RB (2004) GSAS - General Structure Analysis System. Los Alamos: University of California. Agradecimentos: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Laboratório de Mineralogia do Solo - Departamento de Ciências do Solo e Extensão Agrícola (DESEA / UFPR), Complexo de Laboratórios Multiusuários (CLABMU / UEPG) e Grupo de Física Aplicada a Solos e Ciências Ambientais (FASCA / UEPG). 1 Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo – Universidade Federal do Paraná (UFPR) 2 Programa de Pós-Graduação em Ciências / Física – Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) Introdução: Vestígios de solos podem for necer infor mações importantes em uma investigação criminal [1]. A espectroscopia de Fluorescência de Raios X (FRX) [2,3] e Infravermelho por transformada de Fourier (FTIR) [3] são técnicas que podem ser aplicadas em âmbito forense devido à rapidez, boa sensibilidade e necessidade de quantidade reduzida de amostra. Objetivo: Analisar solos da região metropolitana de Curitiba por técnicas de FRX e FTIR e realizar análise de componentes principais (PCA) desses resultados para discriminar locais de amostragem e horizontes de solos. Materiais e Métodos: Quatr o solos da Região Metropolitana de Curitiba (PR-Brasil) foram coletados e submetidos ao seguinte processo: extração de matéria orgânica com H2O2; dispersão por ultrassom e água pH 10; separação da fração areia com peneira de 0,053 mm; fracionamento físico em ultracentrífuga para separação da argila do silte; e tratamento da argila com ditionito-citrato-bicarbonato [4]. As amostras foram submetidas à FRX (solo e argila) e à FTIR (argila) em equipamentos Shimadzu EDX–720 e Nicolet 4700, respectivamente. Resultados e Discussão: A FRX e FTIR com o uso da PCA foram técnicas precisas para separar solos coletados em diferentes locais e agrupar solos coletados em mesmo ponto de amostragem. Em um mesmo local de amostragem os horizontes A e B dos solos foram posicionados em grupos distintos de amostras. Essa distinção entre horizontes A e B é especialmente importante em solos urbanos, onde grande parte dos solos é decapitada com exposição do horizonte subsuperficial. Conclusão: Com o emprego das metodologias e técnicas apresentadas será possível afirmar (ou negar) se um provável vestígio de solo pertence a um dos quatro sítios estudados. O protocolo analítico usado apresenta grande potencial para estudos forenses para análises de vestígios de solos, podendo ser aplicados a outros estados do Brasil e outros países. Referências Bibliográficas: [1] Melo VF et al. (2008) Forensic Sci. Int. 179:123. [2] Prandel LV et al. (2014) Radiat. Phys. Chem. 95:65. [3] Brinatti AM et al. (2010) Sci. Agric. 67:454. [4] Mehra ML & Jackson ML (1960) Clays Clay Miner. 7:317. Agradecimentos: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Laboratório de Mineralogia do Solo Departamento de Ciências do Solo e Extensão Agrícola (DESEA / UFPR), Complexo de Laboratórios Multiusuários (CLABMU / UEPG) e Grupo de Física Aplicada a Solos e Ciências Ambientais (FASCA / UEPG). 112 OT 11- NO SENTIDO DE ESTABELECER A ENFERMAGEM FORENSE NO BRASIL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA INTERNACIONAL OT 12- USO FORENSE DE SOLOS A PARTIR DE ANÁLISES QUÍMICAS E FÍSICAS DAS FRAÇÕES AREIA E ARGILA ESTEVES, RE1, CARDOSO, L2, LASIUK, GC3, KENTWILKSON, A4 CORRÊA RS1,2, GOMES, JA2, FERRARI, E2, ARANTES LC2, SOUSA, MH3, CHAKER, JA3, MELO, VF1 1 Doutorando. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Brasil. 2 Professora Doutora 2. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Brasil. 3 Professora Associada. College of Nursing, University of Saskatchewan, Canadá. 4 Professora Associada. College of Nursing, University of Saskatchewan, Canadá. Introdução: A Associação Internacional de Enfermagem Forense [1] define, enfermagem forense como a aplicação da ciência de enfermagem nas situações, em que os sistemas de saúde e justiça se sobrepõe. Objetivo: Responder à questão; quais as contribuições para enfermagem brasileira que o estabelecimento da enfermagem forense pode produzir, por meio de experiências desta especialidade em outros países? Material e Métodos: Foi realizada uma revisão integrativa [2], o tema foi problematizado, sendo formulada uma questão de pesquisa, foram realizadas buscas nas bases: EBSCOhost; SCOPUS e Ovidsp. Os termos utilizados nas bases, incluíram: “enfermagem forense”, “penal”, “prisão” “enfermeiro examinador de agressão sexual”. Ainda, as pesquisas foram limitadas a artigos publicados por dupla revisão, nos idiomas inglês, português e/ou espanhol, entre 1998 e 2013. Para análise dos dados foram desenvolvidos critérios para inclusão dos artigos. A análise crítica iniciou-se pela a leitura dos títulos e resumos; e posterior leitura integral. Os artigos recuperados foram exportados para o administrador de referências RefW orks. Resultados e Discussão: Os resultados foram apresentados no Diagrama Prisma, com os quantitativos de artigos e as exclusões realizadas, sendo selecionados 22 textos para leitura na integra, os quais englobam 8 países, todos publicados em língua inglesa. Os conteúdos foram apresentados em quatro categorias que são: Currículo; Enfermeiro examinador de violência sexual adulta e pediátrica; Enfermagem psiquiátrica forense; Generalizações em enfermagem forense. Conclusões: Esta pesquisa, publicada em 2014, fornece uma revisão abrangente acerca da especialização em enfermagem forense dos últimos quinze anos. O trabalho teve como foco compreender os desafios e as vantagens de desenvolver esta carreira para os enfermeiros brasileiros. Neste sentido, os resultados são inovadores, pois vão de encontro com processo de fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) por meio da participação ativa da enfermagem. Referências Bibliográficas: [1]. International Association of Forensic Nursing. (2006). What is forensic nursing? Elkridge, MD: IAFN. [2]. Whittemore, R., & Knafl, K. (2005). The integrative review: Updated methodology. Journal of Advanced Nursing, 52 (5), 546-553. Agradecimentos: A Universidade de São Paulo por fomentar o meu intercâmbio realizado na Universidade de Alberta, Canadá. 1 Universidade Federal do Paraná. 2Instituto de Criminalística da Polícia Civil do Distrito Federal. 3 Universidade de Brasília Introdução: vestígios de solos fr equentemente ader em a solados, pneus, vestimentas, armas, superfície da pele, cabelo, cavidades humanas e outros objetos que podem estar relacionados a delitos. Esses vestígios podem fornecer informações que relacionem uma pessoa ou objeto a um local de crime ou que os descartem da ocorrência. Fragmentos de solos são precariamente usados em investigações forenses há mais de um século. A aquisição de equipamentos analíticos por instituições forenses tem despertado o interesse pelo uso de solos como prova material de delitos. Objetivo: com vista à geração de provas materiais, este trabalho objetivou investigar o poder discriminante de algumas técnicas analíticas comumente utilizadas na análise de solos. Materiais e Métodos: 16 amostr as de Latossolo e 16 amostr as de Cambissolo foram coletadas em Brasília - DF e fracionadas em areia, silte e argila. Os grãos de areia foram analisados para rugosidade, esfericidade inscrita e circunscrita, razão de aspecto, fator de compactação e razão entre esfericidades. A fração argila foi analisada para cor e aspectos mineralógicos. No total foram gerados 23 parâmetros para cada uma das 32 amostras de solo. Os dados foram normalizados (ln) e submetidos à Análise de Componentes Principais, com o uso do programa Origin 9.0. Resultados e Discussão: o uso forense de solos requer técnicas laboratoriais e estatísticas que discriminem amostras de solos diferentes e agrupem amostras de solos iguais. Nesse sentido, os seis parâmetros gerados pela análise da fração areia nas 32 amostras lograram êxito em discriminar amostras de Cambissolo das amostras de Latossolo e agrupar amostras de mesmo tipo de solo em 40% das comparações realizadas. Os 17 parâmetros gerados pela análise da fração argila nas mesmas amostras foram eficientes para separá-las e agrupá-las em todas as comparações realizadas. A eficiência em discriminar amostras de mesmo solo, mas que foram coletadas a distâncias crescentes de até 4,5 km, variou entre 15,4% (Latossolo) e 69,2% (Cambissolo). A análise da fração areia foi capaz de consistentemente discriminar amostras de mesmo tipo de solo distanciadas a partir de 140 m e a fração argila foi capaz de discriminar amostras de Cambissolo partir de 740 m de distância. Conclusão: vestígios de solos podem ser transformados em provas materiais forenses com o uso de técnicas laboratoriais e estatísticas rotineiras. O uso da fração argila mostrou-se mais eficiente para discriminar amostras de diferentes tipos de solo e a análise da fração areia mais eficiente para discriminar amostras de um mesmo tipo de solo coletadas a uma distância mínima de 140 m. 113 OT 13- IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL DE CARNE APREENDIDA OT 14- ESTUDO TEÓRICO DE CALIXARENOS COMO COMPOSTOS DETECTORES DE METAIS PESADOS TREMORI TM1, MASSAD MRR1, RIBAS LM2, CAMARGO BWDF3, SILVA LTR4, OLIVEIRA AAF5, ROCHA NS6. PRADO, T.F. ; A.T, BRUNI. Departamento de Química/FFCLRP-USP. 1 Doutoranda – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia UNESP – Univ. Estadual Paulista – Campus de Botucatu 2 Pós-doutoranda – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - UNESP – Univ. Estadual Paulista – Campus de Botucatu 3 Graduanda em Medicina Veterinária – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - UNESP – Univ. Estadual Paulista – Campus de Botucatu 4 Doutoranda – Departamento de Medicina Veterinária – Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE 5 Professora Doutora – Departamento de Medicina Veterinária – Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE 6 Professora Livre Docente – Departamento de Clínica Veterinária – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - UNESP – Univ. Estadual Paulista – Campus de Botucatu Introdução: A inspeção de alimentos de origem animal está entre as atribuições do Médico Veterinário, que também é responsável por exames periciais nestes casos. Por vezes este material pode ser originário de uma caça ilegal, ou mesmo casos de tráfico e contrabando de animais, portanto a identificação da espécie de alimentos clandestinos possuem diversas implicações jurídicas, inclusive pelo fato de algumas espécies serem protegidas em função do risco de extinção (IUCN Red List), sendo crime de acordo com o artigo 29 da Lei de Crimes Ambientais 9.605/98. Objetivo: Identificação da origem do material apreendido. Material e Métodos: Foi requisitado ao Laboratório de Medicina Veterinária Legal - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia – FMVZ – UNESP – Univ. Estadual Paulista – Campus de Botucatu, pela autoridade policial a identificação da espécie de material apreendido, sendo três peças, cada peça continha restos cadavéricos acondicionados em duas embalagens de sacos pretos, pesando um total de 27,7 Kg. O material foi analisado morfologicamente e submetido ao sequenciamento do Citocromo b para ser comparado com o GenBank, um dos principais bancos mundiais de sequências Resultados e Discussão: De acordo com o material examinado não foi possível realizar a identificação da espécie somente com análise morfológica, já que careciam de elementos importantes como conformação anatômica, ossos, dentes e pelos. Segundo a análise genética molecular as três amostras encaminhadas foram identificadas como sendo da espécie Sus Scrofa (porco ou javali), no caso o javali se enquadra como fauna exótica e não se aplicam no território brasileiro medidas de conservação relacionadas à extinção da espécie de acordo com IUCN – Red List. Conclusão: O exame pericial aliado aos exames complementares é essencial para conclusão adequada do laudo. Referências bibliográficas: The IUCN Red List of Threatened Species. Version 2014.2. TREMORI, T.M.; et al Determining Identification by Veterinary Forensics Zoology in a Paca (Paca Cunicullus) Source Journal of Veterinary Science v.1, p.1-6, 2014. Agradecimentos: CAPES Edital Pró Forenses 25/2014. Os calixarenos são moléculas orgânicas com capacidade de formar compostos coordenados com metais de diversos grupos de forma seletiva, ou com moléculas com potencial tóxico, podendo interagir. As energias envolvidas dos calixarenos nestas interações são parâmetros cruciais para determinar a estabilidade dos complexos formados, utilizando de ferramentas computacionais o estudo in silico é promissor para esta finalidade. A pesquisa teve como objetivo obter valores de energia da estrutura utilizando métodos semi-empíricos e avaliar a proximidade das energias com a estrutura real. Os métodos ab initio, semi-empírico e outros métodos de cálculo quântico são formas para obtenção de dados energéticos. Neste trabalho os métodos semi-empíricos fora utilizados estudar o calixareno uma vez que o são viáveis para otimizar o tempo de estudo. Neste caso foram empregando os métodos AM1 e PM3. Após as otimizações as informações obtidas que foram comparadas com a estrutura cristalográfica que corresponde a forma real do calixareno. Foram observados quão próximos os valores calculados das distâncias de ligação estavam do real. Os valores das distâncias de ligação em AM1 e PM3 foram próximos das distâncias obtidas da cristalografia de Raios-X. Os resultados preliminares mostram que os métodos semi-empíricos são adequados para o estudo estrutural dos calixarenos, uma vez que grande similaridade com resultados experimentais foi encontrada, mostrando-se hábeis em reproduzi-la, com resultados confiáveis e precisão na determinação estrutural. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 1. Francisco, M. M. Síntese De Ésteres Fenólicos De Calixarenos: Complexação De Metais Alcalinos E Parâmetros De Hammett. (2010). 2. Sant’Anna, C. M. R. Molecular modeling methods in the study and design of bioactive compounds: An introduction. Rev. V irtual Química 1, (2009). Fonte Financiadora: Programa Unificado de Bolsas/USP 114 ÍNDICE REMISSIVO DE AUTORES A Aguiar, A. C. QF 27 Aguiar, A. T. C. Albuquerque, A. R. C. OT 06, QF 11, QF 12, QF 39, QF 10 OT 07 Albuquerque, G. B. OT 06 Alem, L. BQ 07 Almeida, A. A. Alves, C. C. F. Alves, M. N. R. ECF 02, TOX 01, TOX 02 EF 01, EF 02, OT 06 PPF 01 Alves, R. B. QF 70 Andrade, A. O. C. B. OL 08 Andrade, M. V. O. QF 35 Antonio, A. S. Antonio, L. U. EF 01, EF 02, OT 06, OT 07, QF 10, QF 11, QF 12,QF 39 BQ 06 Arantes, L. C. Arantes, L. BQ 02, OT 12, QF 26, QF 37, QF 62 OT 08 Araujo, W. R. QF 69 Arouca, A. M. Arruda, M. A. Z. QF 05, QF 06, QF 51, QF 52 QF 19 Atayde, E. B. G. OT 06 Augusti, R. Azevedo, A. C. S. QF 02, QF 07 OL 01 B Balbino, M. A. QF 04, QF 33, QF 45, QF 46 Baptista, J. P. A. ECF 04 Barbar, L. C. QF 68 Barbeiro, P. H. CRI 03 Barbieri, A. A. OL 07 Barbosa, A. P. QF 27 Barbosa, I. L. QF 27 Barbosa, L. M. QF 42 Barbosa, P. E. N. QF 70 Barbosa, S. L. QF 08 Barcelos Júnior, A. E. QF 01 Barros, A. V. N. OL 08 Barros, G. A. EF 01, EF 02, QF 11 Bazzarela, R. B. TOX 09 Benedicto, E. N. OL 10 Bentes, K. R. QF 10 115 ÍNDICE REMISSIVO DE AUTORES Bentes, K. R. S. ECF 03, EF 01, EF 02, OT 06, OT 07, QF 11, QF 12, QF 36, QF 39 Biazevic, M. G. H. Bicalho, M. G. OL 01, OL 10 EF 04 Bombana, H. S. TOX 05 Bombana, H. S. TOX 06 Borges, R. Borille, B. T. Bouchardet, F. C. H. QF 27, QF 47 QF 14, QF 15 OL 03 Braga, C. C. Braga, P. C. C. S. QF 53, QF 54 QF 43 Brinatti, A. M. OT 09 OT 10 Bruni, A. T. BQ 09, CRI 03, CRI 05, OT 01, OT 14, QF 22, QF 34, QF 50 Byrro, R. M. D. QF 56 C Caetano, H. M. OT 06 Camargo, B. W. D. F. OT 13 Campestrini, I. QF 28, QF 29, TOX 08 Cardoso, K. Cardoso, L. BQ 05, EF 03 OT 11 Cardozo, C. G. Cardozo, K. C. QF 58, QF 59 QF 34 Carlin, M. E. G. ECF 01 Carmo, S. K. S. QF 30 Carneiro, W. M. OT 06 Carratto, T. M. T. ECF 04, QF 67 Castelli, E.C. BQ 01, BQ 08 Castro, A. L. QF 04, QF 45 Castro, A. S. ECF 05 Chaguri, J. L. Chaker, J. A. ECF 02, TOX 01, TOX 02 OT 12 Cobo-Plana, J. A. OL 03 Coelho Neto, J. Coimbra, J. B. QF 31, QF 32, QF 41, QF 70 TOX 09 Cordeiro, G. A. QF 68 Côrrea Júnior, G. R. QF 25 Corrêa, D. N. Corrêa, R. S. QF 19, QF 27 OT 12 Costa, C. L. S. O. OT 06 Costa, C. V. QF 03 Costa, F. R. F. QF 25 116 ÍNDICE REMISSIVO DE AUTORES Costa, G. OT 03 Costa, J. L. QF 27 Costa, L. C. A. OT 06, QF 10, QF 11, QF 12, QF 39 Costa, L. M. QF 02 Cotta, F. A. QF 01 Crippa, J. A. S. PPF 01 Crispim, P. di T. B. QF 24 Crizel, M. G. QF 23 Crizel, G. M. QF 63 Crotti, A. E. M. QF 04 Crumo, C. A. ECF 01 Cruz Júnior, J. W. QF 21, QF 45, QF 46 Cunha, R. L. QF 55 D da Costa, J. L. QF 61 Da Silva, A. B. C. QF 71 da Silva, L. C. QF 42 da Veiga, M. A. M. S. QF 13 Dantas, J. OT 03 Daruge Júnior, E. OL 05 de Faria, D. L. A. QF 61 De Martinis, B. S. PFF 01, ECF 05 De Oliveira, A. C. QF 08 de Oliveira, J. L. TOX 10 De Oliveira, M. F. QF 64, QF 71, QF 72 de Paula, D. M. L. TOX 09 De Rose, N. M. QF 40 Debortoli, G. Dezem, T. U. BQ 01, BQ 08 OL 11 Dias Filho, C. R. Dias, H. J. BQ 02, BQ 03 QF 04 Dias, L. G. BQ 09, CRI 03 Dockal, E. R. QF 21 Donadi, E. A. BQ 01, BQ 08 Dornellas, R. M. QF 17 Dos Santos, M. F. TOX 05, TOX 07 Dos Santos, W. T. P. QF 08 E Eberlin, M. N. QF 19, QF 27 117 ÍNDICE REMISSIVO DE AUTORES Eleotério, I. C. Escorsin Neto, J. QF 04, QF 33, QF 45, QF 46 QF 38 Esteves, R. E. OT 11 F Farias, A. G. OL 02 Farias, L. BQ 05 Faúla, H. S. N. QF 26, QF 37 Faulhaber, A. L. C. TOX 07 Fernandes, C. L. E. A. OT 04, OT 05 Fernandes, F. B. N. Fernandes, L. A. T. CRI 01, OT 01 QF 38 Fernandes, M. M. Ferrão, M. F. OL 03, OL 04 QF 14 Ferrari, E. OT 12 Ferraz, J. A. M. L. BQ 06 Ferreira, B. F. QF 13 Ferreira, B. M. QF 26, QF 37 Ferreira, C. E. S. TOX 07 Ferreira, L. P. QF 44 Ferreira-Sgobbi, R. OT 02 Fialho, M. C. Q. EF 01, EF 02 Figueiredo, Y. G. G. OT 06, OT 07 Fontelene, E. S. QF 18, QF 62 Fracasso N. C. A. Fraga, G. H. C. BQ 01, BQ 08 CRI 04 Franco, M. F. QF 27 G Gama, L. I. L. M. QF 03 Gamba, T. O. OL 02 Gjerde, H. TOX 05 Godinho, A. F. ECF 02, TOX 01, TOX 02 Gomes, A. C. C. TOX 01 Gomes, J. A. OT 12 Gonçalves, J. B. C. Goulart, C. O. L. QF 53, QF 54 QF 16 Griberman, A. OT 08 Groppo, F. C. OL 02 Guerra, G. T. QF 23 Guerra, T. G. QF 63 Guerreiro, M. C. QF 65 118 ÍNDICE REMISSIVO DE AUTORES H Haiter-Neto, F. OL 02 Hanna, T. B. PPF 01 Heringer, R. d. QF 60 Hernandes, V. V. QF 27 Holtkoetter, H. BQ 03 Hora, L. F. OT 06 I Inoue, R. M. T. TOX 01, TOX 02 Ipólito, A. J. QF 64 J Jamt, R. E. G. TOX 05 Jara, J. L. P. QF 27 Jardim, W. F. QF 28 Jatobá, R. Júnior, W. A. C. QF 05, QF 51, QF 52 QF 24 Jurisch, M. QF 02 Juvencio, J. M. TOX 02 K Katayama, J. M. T. QF 20, QF 21, QF 49 Kent-Wilkson, A. OT 11 Kichler, A. OL 04 Kirsten, R. R. L. EF 04 Koshikene, D. OT 06 L Lages, V. A. OL 08 Lapachinske, S. F. QF 29 Lasiuk, G. C. OT 11 Lasmar, M. C. QF 35 Lehmann, E. L. QF 19 Leite, V. B. P. CRI 03 Lenz, V. QF 63 Leyton, V. Lião, L. M. TOX 05, TOX 06 QF 43 Lima, A. B. QF 08 Lima, K. F. Limberger, R. P. Lino, J. O. OL 05, OL 06 QF 14, QF 15, TOX 03 TOX 04 119 ÍNDICE REMISSIVO DE AUTORES Lisboa, F. L. C. Litaiff, A. C. B. QF 31, QF 41 QF 36 Lopes, G. B. P. OT 06, OT 07 Lopez-Capp, T. T. OL 10 Lordeiro, R. A. Lucas, A. C. S. QF 44, QF 56, QF 70 OT 06 Lucena, M. A. M. QF 05 Lucena, M. C. C. QF 48 M Machado, A.C.G. QF 07 Machado, H. C. BQ 04 Machado, L. F. QF 40 Machado, Y. QF 09, QF 70 Maciel, P. O. M. BQ 07 Magalhaes, E. J. QF 07 Magalhães, J. G. TOX 06 Magalhães, J. Malaghini, M. Malheiros, D. Mangueira, C. L. P. QF 04, QF 33, QF 46 BQ 04, EF 04 BQ 04, EF 04 TOX 07 Manickchand Jr, L. OT 06 Marano, L. A. EF 04 Marcelo, C.A M. QF 14 Marcorin, L. BQ 01, BQ 08 Marinho, P. A. QF 25 Marinho, P. E. de A. CRI 04 Mariotti, K. C. Martinelli, M. QF 14, QF 15, TOX 03 QF 47 Martini, A. L. QF 43 Martinis, B. S. Massad, M. R. R. Massaro J. D. Matos, A. L. M. ECF 01, ECF 04 MED 01, OT 13 BQ 01, BQ 08 QF 56 Matos, M. S. QF 36 McCord, B. R. Melo, R. M. S. QF 45, QF 46 OT 06, QF 36 Melo, V. F. OT 09, OT 10, OT 12, QF 68 Mendes-Junior, C. T. BQ 01, BQ 08 Mendonça, J. B. TOX 09 Mendonça, R. M. CRI 03 Menezes, M. M. T. QF 04 120 ÍNDICE REMISSIVO DE AUTORES Menezes, M. R. QF 61 Mesko, M. F. QF 23 Michel-Crosato, E. OL 01, OL 03, OL 10 Miguita, A. G. C. QF 09 Miranda, A. S. OL 07 Mohamad, L. Monteiro. S. J. BQ 05, EF 03 OT 06 Montes, R. H. O. QF 57 Moraes, M. E. L. OL 07 Morais, D. R. QF 27 Moreira, R. V. QF 61 Mota-Silva, R. S. QF 21 Motta, S. OT 08 Moura, M. O. EF 04 Munhoz, G. P. QF 22 Muñoz Henao, M. M. TOX 08 Muñoz, D. R. TOX 05, TOX 06 Muñoz, R. A. A. QF 08, QF 17, QF 57 N Naressi, S. C. M. OL 07 Nascentes, C. C. Neto, O. N. QF 01, QF 09, QF 44, QF 02 CRI 02 Neves, F. T. A. QF 42 Neves, G. O. F. QF 24 Nobre, M. J. OT 02 Nóbrega, L. C. OT 06 Nogueira, T. L. S. BQ 07 Nossol, E. QF 17 Nunes, C. A. QF 07, QF 65 Nunes, K. M. QF 35 Nunes, P. P. ECF 03, OT 06 O Oiye, E. N. Oliveira, A. A. F. Oliveira, C. S. L. QF 20, QF 21, QF 49 MED 01, OT 13 QF 55 Oliveira, D. S. OT 06 Oliveira, L. R. OT 06 Oliveira, M. F. ECF 01, ECF 04, ECF 05, QF 04, QF 20, 33, QF 45, QF 46, QF 49, QF 67 Oliveira, M. L. G. BQ 01, BQ 08 QF 21, QF 121 ÍNDICE REMISSIVO DE AUTORES Oliveira, R. N. Oliveira, T. C. S. Ortiz, R. S. OL 03, OL 04 OT 06, QF 36 QF 14, QF 15, TOX 03 P Paiva, L. A. S. OL 10 Paixão, T. R. L. C. QF 58, QF 59, QF 66, QF 69 Panizza, H. N. TOX 06 Parabocz, G. C. TOX 04 Parabocz, G. TOX 10 Paula, A. R. U. EF 01, EF 02, OT 06, QF 10, QF 11, QF 12, QF 39 Pavan, M. G. ECF 04 Pedrina, N. J. ECF 04, QF 50 Pelição, F. S. TOX 09 Pereira, A. N. N. OL 08 Pereira, A. L. E. Pereira, C. M. P. BQ 01, BQ 08 QF 23 Pereira, J. G. D. OL 05, OL 06 Pereira, L. S. A. QF 41 Pereira, M. M. I. BQ 06 Pereira, N. TOX 04 Pereira, P. M. C. QF 63 Peres, M. D. TOX 09 Pericolo, S. TOX 04, TOX 10 Pimentel, L. A. Pinto, P. H. V. OT 06, QF 36 OL 08 Pissinate, J. F. TOX 09 Placido, G. P. CRI 03 Plácido, K. M. Possobon, R. F. QF 26, QF 37 OL 02 Prado, F. T. OT 14 Prandel, L. V. Primo, M. J. OT 09, OT 10 QF 53, QF 54 R Ramalho E. D. QF 18, QF 26, QF 37, QF 62 Ranville, J. F. QF 60 Rebelo, J. C. O. TOX 09 Recalde, T. S. F. OL 09 Reis, M. TOX 03 Reis, S. T. J. MED 01 Resende, L. M. B. QF 65 122 ÍNDICE REMISSIVO DE AUTORES Ribas, L. M. Ribeiro, A. S. Ribeiro, C. E. Ribeiro, M. F. M. Ribeiro, U. A. Richter, E. M. Roca, G. MED 01, OT 13 QF 03 QF 72 QF 20, QF 49 OT 07, OT 06 QF 17, QF 57 OT 08 Roca, M. G. Rocha, D. P. BQ 02, BQ 03 QF 17 Rocha, R. G. QF 57 Rocha, M. L. F. Rocha, N. S. Rodriguez, J. C. Z. ECF 05 MED 01, OT 13 OL 09 Rohfs, W. J. C. Romagnolo, A. G. TOX 05, TOX 06 TOX 01 Romão, W. Rosa, G. C. QF 15, TOX 03 OL 04 Rosário, J. OT 03 Rosário, M. M. T. BQ 04, EF 04 Ruzo, C. M. OT 06 S Saab, S. C. Sakaguti, N. OT 09, OT 10 OL 04 Saldanha, V. OT 06 Salum, L. B. Sanches, L. R. QF 18, QF 26, QF 37, QF 62 TOX 07 Sandrim, V. C. Santana, M. M. P. ECF 02, TOX 01, TOX 02 QF 55 Santiago, W. O. OT 06 Santos, A. A. L. QF 07 Santos, A. P. S. S. Santos, C. M. M. QF 53, QF 54 QF 23 Santos, M. F. TOX 06 Santos, M. M. C. QF 63 Santos, O. C. L. BQ 07 Santos, R. O. QF 53, QF 54 Santos, T. C. L. ECF 05 Santos, V. O. OT 06 Santos Filho, A. M. P. QF 35 Sarkis, J. E. S. CRI 02 Schaefer, C. E. QF 68 Schmidt, E. M. QF 19 123 ÍNDICE REMISSIVO DE AUTORES Seibert, E. L. QF 38 Selva, T. M. G. Sena, M. M. QF 58, QF 59 QF 09, QF 35, QF 41 Silva, A.A OL 11 Silva, B. O. TOX 01 Silva, E. S. OT 06 Silva, F. I. TOX 01, TOX 02 Silva, F. L. ECF 02 Silva, G. O. QF 69 Silva, H. S. OT 06 Silva, J. O. M. Silva, L. A. J. OT 04, OT 05 QF 57 Silva, L. T. R. Silva, R. A. B. MED 01, OT 13 QF 58, QF 59 Silva, R. C. QF 03 Silva, R. H. A. Silva, R. S. M. OL 05, OL 06, OL 09, OL 11 QF 45, QF 46 Silva, T. G. QF 66, QF 69 Simoes, A. L. BQ 01, BQ 08 Sinagawa, D. M. TOX 06 Sindeaux, R. H. M. BQ 04 Siquieri, T. O. BQ 09 Soares, A. C. QF 33 Soares, W. M. G. QF 03 Sousa, M. H. OT 12 Sousa, M. S. OT 06 Souza, A. C. L. ECF 03, OT 06 Souza, D. A. QF 53, QF 54 Souza, J. E. G. QF 30 Souza, L. C. ECF 03,OT 06 Souza, L. F. QF 43 Souza, R. H. ECF 03, OT 06 Souza, R. K. T. OT 07 Stadler, C. BQ 02, BQ 03 T Tadini, M. C. QF 20, QF 49, QF 64 Takitane, J. TOX 06 Talhavini, M. QF 05, QF 06, QF 51, QF 52 Tavares, I. S. TOX 07 124 ÍNDICE REMISSIVO DE AUTORES Teixeira, A. P. C. QF 01 Terada, A. S. S. D. OL 11 Testoni, S. A. QF 68 Teunissen, S. F. QF 27 Tonholo, J. QF 03 Tose, L. V. QF 15 Tremori, T. M. MED 01, OT 13 U Ulyssea, M. QF 38 V Vairo, K. P. EF 04 Valentin, E.S.B. BQ 07 Valladão, F. N. QF 44 Vanini, G. QF 15 Vargas, A. R. QF 02 Vaz, B. G. TOX 03 Velho, J. A. CRI 03, ECF 01, ECF 04, ECF 05, QF 13, Venâncio, J. B. QF 36 Vieira, A. A. TOX 09 Vieira, T. G. CRI 04, QF 07, QF 65 Vieira, T. S. QF 43 Vignoto, S. TOX 04 W Wanderlei, L. S. QF 26, QF 37 QF 62 Wayhs, C. A. Y. TOX 03 Weber, I. T. QF 05, QF 06, QF 51, QF 52 Wiedemann, L. S. M. OT 06, QF 11 Winkel, K. T. QF 23 Y Yamashita, M. QF 24 Yonamine, M. QF 29, TOX 06, TOX 07, TOX 08 Z Zamora, P. G. P. QF 68 Zonato, V. S. CRI 05 QF 34