Apresentação de Pôsteres

Transcrição

Apresentação de Pôsteres
Anais do 5° Encontro Nacional de
Química Forense e do 2° Encontro da
Sociedade Brasileira de Ciências Forenses
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A Diretoria da SBCF
Presidente:
Prof. Dr. Jesus Antonio Velho
Vice-Presidente:
Prof. Dr. Marcelo Firmino de Oliveira
Diretora Jurídica:
Profa. Drª. Aline Thais Bruni
Diretor Financeiro:
Prof. Dr. Bruno Spinosa De Martinis
Diretora de Ensino e Pesquisa:
Profa. Drª. Alice da Matta Chasin
Diretor de Comunicação:
Prof. Dr. Ricardo Henrique Alves da Silva
Diretora de Relações Internacionais:
PCF Narumi Pereira Lima
Diretor do Conselho de Assessores:
Prof. Dr. Daniel Junqueira Dorta
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MENSAGEM DE BOAS VINDAS
É com imensa satisfação e um sincero agradecimento que lhes dou as boas-vindas ao
Congresso Integrado SBCF que reúne o 5º Encontro Nacional de Química Forense e o
2º Encontro da Sociedade Brasileira de Ciências Forenses.
Foram dois anos de muito trabalho, reuniões, planejamentos e investimentos por parte da
Sociedade Brasileira de Ciências Forenses, para tornar efetivo este grande fórum de discussão
forense.
Nossa meta foi construir um congresso inovador, capaz de transpor as barreiras científicas. Foi definido como tema central "O mundo em movimento: papel das Ciências Forenses nas
transformações políticas, sociais e ambientais". O objetivo foi oferecer aos participantes a oportunidade de acesso a mesas e palestras que abordam as interfaces sociais, políticas e de mídia das
Ciências Forenses, além da vasta programação científica.
Recomendamos que participem de tudo o que organizamos para vocês com muito carinho
e dedicação.
Um forte abraço,
Prof. Dr. Jesus Antonio Velho
Presidente da SBCF
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COMISSÃO ORGANIZADORA
COORDENADOR GERAL
Prof. Dr. Marcelo Firmino de Oliveira - DQ - FFCLRP-USP
COMITÊ EXECUTIVO
Profª. Drª. Aline Thais Bruni - DQ - FFCLRP-USP
Prof. Msc. Antônio José Ipólito - SPTC-SSP-SP
Prof. Dr. Bruno Spinosa De Martinis - DQ - FFCLRP-USP
Prof. Dr. Celso Teixeira Mendes Junior - DQ - FFCLRP-USP
Prof. Dr. Daniel Junqueira Dorta - DQ - FFCLRP-USP
Prof. Dr. Jesus Antonio Velho - Polícia Federal e DQ - FFCLRP-USP
Dr. João Carlos Ambrósio - Polícia Federal
Profª. Drª. Márcia Andréia Mesquita Silva da Veiga - DQ - FFCLRP-USP
Prof. Dr. Ricardo Henrique Alves da Silva - FORP-USP
COMITÊ CIENTÍFICO
Profª. Drª. Alice da Matta Chasin -FOC-SP
Profª. Drª. Aline Thaís Bruni - DQ - FFCLRP-USP
Prof. Msc. Antonio José Ipólito - SPTC-SP
Prof. Dr. Bruno Spinosa De Martinis - DQ-FFCLRP-USP
Prof. Dr. Celso Teixeira Mendes Junior - DQ - FFCLRP-USP
Profª. Drª. Dalva Lúcia de A. Faria - IQ- USP - SP
Prof. Dr. Daniel Junqueira Dorta - DQ – FFCLRP-USP
Prof. Dr. Jesus Antonio Velho - DQ - FFCLRP-USP
Dr. João Carlos Laboissiere Ambrosio - INC-DITEC-DPF
Prof. Dr. José Roberto Pujol Luz - UnB-DF
Dr. Leandro Fernandes Machado - INC-DITEC-DPF
Prof. Dr. Marcelo Firmino de Oliveira - DQ - FFCLRP-USP
Prof. Dr. Malthus Fonseca Galvão - UnB e IML-DF
Profª. Drª. Márcia Andréia Mesquita Silva da Veiga - DQ - FFCLRP-USP
Dr. Márcio Talhavini - INC-DITEC-DPF
Prof. Dr. Ricardo Henrique Alves da Silva - FORP-USP
Rosemeire Soares Talamone - Analista de Comunicação da USP-RP
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INFORMAÇÕES GERAIS
CERTIFICADOS
Serão distribuídos certificados separados para os participantes do(s) minicurso(s) e do encontro.
Os palestrantes/ministrantes, mediadores, receberão seu certificado específico na própria sala de sua atividade, no
final da mesma.
Trabalhos Científicos (Orais) - serão entregues após a apresentação.
Trabalhos Científicos (Pôsteres) - serão entregues na secretaria após a exposição no
horário e dia(s) marcados, somente 01 certificado por trabalho.
CRACHÁS
O uso de crachá é obrigatório. O ingresso na sala de atividades será controlado rigorosamente. Haverá controle
para participação nos minicursos.
AGÊNCIA DE EVENTOS: Responsável pela or ganização e secr etar ia executiva do 5º ENQFor
Ageventos Assessoria
R. São Manoel, 480 Conj. 201
Porto Alegre - Rio Grande do Sul
Fone: (51) 3084-0356
Cel: (51) 9952-1513/9978-9621
www.ageventos.com.br
COQUETEL DE CONFRATERNIZAÇÃO
Acontecerá no dia 02/09 - Sexta-feira, a partir das 21h45, após Conferência Geral de Abertura:
“FORENSIC SCIENCES AND THE CHALLENGE RELATED TO MIGRATORY FLOW”, no Centro de
Convenções de Ribeirão Preto, somente para os inscritos e convidados.
HOTEL OFICIAL
Bassano Vaccarini Hotel
Endereço: R. Barão do Amazonas, 788
Ribeirão Preto - São Paulo
Fone: (16) 2133-3200
www.flatbassanovaccarini.com.br/ribeirao.ht
TRADUÇÃO SIMULTÂNEA
Haverá tradução simultânea apenas para as palestras do dia 03/09 ministradas em inglês e abertura solene.
É necessário para pegar o aparelho de tradução um documento de identificação.
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2° PRÊMIO DESTAQUE FORENSE - VENCEDORES
RAFAEL SCORSATTO
ORTIZ
“Toxicologia Forense”
Editora PACTOR
2015
Caline A. Destefani , Larissa C. Motta, Gabriela Vanini, Lindamara M. Souza, João Francisco A. Filho, Clebson J. Macrino, Elias M. Silva, Sandro J. Greco, Denise C. Endringer
e Wanderson Romão
“Europium–organic complex as luminescent marker for the visual identification of
gunshot residue and characterization by electrospray ionization FT-ICR mass spectrometry”
Microchemical Journal
2014
RICARDO ANDRES REVECO HURTADO MÁRCIO SCHIAVO
IOR CANESSO JURASZEK
LAUDO 1786/2014 – SETEC/SR/DPF/PR e trabalhos periciais relacionados na Operação
“Lava Jato”
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2° PRÊMIO DESTAQUE FORENSE - VENCEDORES
ALBERI ESPÍNDULA
Parecer Técnico efetuado no interesse processo de número 0013467-08.2014.8.17.0810 da
Primeira Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Jaboatão dos Guararapes – PE
RICARDO LUIS YOSHIDA
“Análise da qualidade e da contribuição dos laudos periciais toxicológicos no processo de
investigação criminal e sentença judicial em casos envolvendo substâncias ilícitas”
Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto
Universidade de São Paulo
CARLOS AUGUSTO C. DO CARMO
“Recuperação e identificação de DNA humano Y-STR, in vitro e in situ, a partir de imaturos de duas espécies de Calliphoridae (Insecta: Diptera) de importância forense”
Universidade Federal do Rio de Janeiro
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PROGRAMA
A programação está estruturada englobando os seguintes eventos:
- Minicursos
- 2º Encontro da Sociedade Brasileira de Ciências Forenses
- 5º Encontro Nacional de Química Forense
- Simpósio Agilent
- Apresentação dos Pôsteres
- Apresentação dos Trabalhos Orais
Os eventos apresentam parte da programação em comum (realizadas no salão principal).
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MINICURSOS
Minicursos
Data
Horário
1 ao 4
02/09/2016
08h30 às 12h
5 ao 8
02/09/2016
14h às 17h30
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04/09/2016
08h30 às 12h
04 e 05/09/2016
18h às 19h30
10, 11 e 12
Curso 1
Tema: Driving under influence of drugs and alcohol: analytical and interpretive aspects.
Ministrante: Prof. Dr. Aldo Eliano Polettini - University of Verona - Italy
Carga horária: 3h30
Curso 2
Tema: Odontologia Legal: os desafios da identificação humana.
Ministrante: Prof. Dr. Ricardo Henrique Silva - Universidade de São Paulo - FORP - Ribeirão Preto - SP e
Profª. Drª. Vilma Pinchi - University of Firenze - Italy
Carga horária: 3h30
Curso 3 - CANCELADO
Tema: Comparative Interpretation of Mass Spectral Data as a Tool in the Identification of Emerging Synthetic Cannabinoid Drugs of Abuse.
Ministrante: Dr. Richard Isaacs - Drug Enforcement Administration, United States Department of Justice - USA
Carga horária: 3h30
Curso 4
Tema: Investigação médico-legal de mortes violentas e crimes sexuais.
Ministrantes: Dr. Jair Naves dos Reis - Instituto Médico-Legal de Ribeirão Preto - SP e Dr. Marcio Grade - Instituto Médico-Legal de Ribeirão Preto - SP
Carga horária: 3h30
Curso 5
Tema: Estatística aplicada a problemas forenses.
Ministrantes: Drª. Cristina Barazzetti Barbieri - IGP - RS - Porto Alegre - RS e Dr. Marcio Talhavini - Policia
Federal
Carga horária: 3h30
Curso 6
Tema: Análise de casos periciais de locais de crime e de laboratório forense da região de Ribeirão Preto - SP.
Ministrantes: Prof. Dr. Fernando Cesar Crnkovic - Equipe de Perícias Criminalísticas de São Carlos - SP,
Prof. Msc. Antonio José Ipólito - Núcleo de Perícias Criminalísticas de Ribeirão Preto - SP e
Prof. Msc. Vitor Basso Schul - Núcleo de Perícias Criminalísticas de Ribeirão Preto - SP.
Carga horária: 3h30
Curso 7
Tema: Falso ou verdadeiro: o dilema dos documentos de identificação e os impactos na segurança pública.
Ministrante: PCF Narumi Lima - Instituto Nacional de Criminalística - Brasília - DF.
Carga horária: 3h30
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MINICURSOS - Continuação
Curso 8
Tema: Making good measurements in Forensic Chemistry.
Ministrante: Profa. Drª. Suzanne Bell - West Virginia University. Department of Chemistry/Forensic and Investigative Science Program. Morgantown, West Virginia - USA
Carga horária: 3h30
Curso 9
Tema: Crime Scene Investigation.
Ministrante: Drª. Elizabeth Devine - CSI TV show writer and co-executive producer. Retired Supervising Criminalist, Los Angeles County Sheriff's Department - USA
Carga horária: 3h30
Curso 10
Tema: Assistência técnica e perícia judicial: aspectos técnicos, éticos e processuais.
Ministrante: Dr. Alberi Espindula - Espindula Cursos e Consultoria - Brasília/DF e Maceió/AL.
Carga horária: 3 horas
Curso 11
(As vagas deste curso são destinadas preferencialmente a peritos criminais oficiais).
Tema: Explosives Investigation
Ministrantes: Dr. Balthasar Jung - Forensic Science Institute Zurich.
PCF Lucio Paulo Lima Logrado - Polícia Federal - Brasília - DF
Carga horária: 3 horas
Curso 12
Tema: Análise de Perfis de Manchas de Sangue.
Ministrante: PCF Antônio Canelas - Setor Técnico-Cientifico da Polícia Federal em Belém - PA
Carga horária: 3 horas
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2º Encontro da SBCF
02/09/2016 - Sexta-feira
19:00 - Cerimônia Geral de Abertura do Evento
20:00 - Cerimônia de Entrega do II Prêmio Destaque Forense
21:00 - Conferência Geral de Abertura
FORENSIC SCIENCES AND THE CHALLENGE RELATED TO MIGRATORY FLOW
Profª. Drª. Vilma Pinchi - University of Firenze - Itália
Prof. Dr. Gian-Aristide Norelli - University of Firenze - Itália
21:45 - Coquetel de Confraternização
03/09/2016 - Sábado
09:00 - 12:30 - WORKSHOP TEMÁTICO I - (SBCF e ENQFOR)
Tema: Novos Horizontes das Ciências Forenses no Brasil
09:00 - 09:40 - Palinologia Forense
Prof. Dr. Paulo Eduardo de Oliveira - USP - São Paulo - SP
09:40 - 10:20 - Caso Araguaia: aplicação e importância da Antropologia e Arqueologia Forenses
PCF Alexandre Raphael Deitos - SETEC/SP - São Paulo - SP
10:20 - 10:30 - Lançamento do Cordel "O Dia em que o Perito Criminal foi ao Tribunal"
PCF José Alysson Medeiros - SETEC/PB - João Pessoa - PB
10:30 - 11:50 - Coffee Break + Apresentação de Posteres
10:50 - 11:30 - Enfermagem Forense
Enf. Zenaide Cavalcanti de Medeiros Kernbeis - ABEForense - Aracaju - SE
11:30 - 12:30 - Mesa redonda com os três palestrantes anteriores
Coordenador: Prof. Dr. Luis Carlos Guimarães - Dalmass e UFPA - Belém - PA
12:30 - 14:00 - Intervalo para almoço
Auditório SBCF - Conferências
14:00 - 14:50 - The SCI effect: Reality and/or Fiction?
Drª. Elizabeth Devine - CSI Miami - EUA
14:50 - 15:40 - Arte e Ciência na Reconstrução Facial Forense 3D- Apresentação De Casos
Dr. Cícero André da Costa Moraes - Sinope - MT
15:40 - 16:00 - Coffee Break + Apresentação de Pôsteres
16:00 - 16:50 - Apresentações Orais
16:50 - 17:50 - Atuação em Desastres em Massa - O Desafio da Obtenção de Informação Antemortem
Profª. Drª. Scheila Mânica - University of Dundee - Escócia
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2º Encontro da SBCF
04/09/2016 - Domingo
09:00 - 12:30 - WORKSHOP TEMÁTICO - II (SBCF e ENQFOR)
Tema: ISO 17025 e a Gestão da Qualidade em Laboratórios Forenses
09:00 - 09:40 - Tendência Mundial de Acreditação das Perícias Forenses
PCF Nubia Fernanda Gomes Pereira - INC/DF - Brasília - DF
09:40 - 10:20 - Experiência do Laboratório de Química Forense do Instituto Nacional de Criminalística-INC no
Alcance da Acreditação na ISO/IEC 17025.
PCF Fernanda Lintomen de Almeida -INC/DF - Brasília - DF
10:20 - 10:30 - Lançamento do Livro "Introdução à Biologia Forense"
PC Claudemir Rodrigues Dias Filho - Polícia Técnico-Científica de São Paulo.
10:20 - 10:50 - Coffee Break + Apresentação de Pôsteres
10:50 - 11:30 - The Accreditation of Toxicological Laboratories
Prof. Dr. Aldo Polettini - Universidade de Verona - Itália
11:30 -12:00 - Mesa redonda com os três palestrantes anteriores
Coordenador: Prof. Dr. Bruno Spinosa De Martinis - USP
12: 00 - 13:30 - Intervalo para almoço
Auditório SBCF - Conferências
13:30 - 14:20 - A Perícia Ambiental no Desastre da Barragem de Fundão, em Mariana/MG
PCF Rodrigo Ribeiro Mayrink - SETEC/MG - Polícia Federal
14:20 - 15:40 - Jornalismo Investigativo e a Perícia Criminal: em busca da verdade.
Debatedores:
Jornalista Valmir Salaro - Rede Globo
PCF Hélio Buchmüller Lima - Academia Brasileira de Ciências Forenses
Prof. Dr. Guilherme Ortolan Júnior - USP
Coordenador:
Prof. Dr. Jesus Antonio Velho - USP
15:40 - 16:00 - Coffee Break + Apresentação de Pôsteres
16:00 - 16:50 - Apresentações Orais
16:50 - 17:50 - Os Ataques Terroristas em Bruxelas e os Desafios para a Identificação das Vítimas
Prof. Dr. Ademir Franco - Katholieke Universiteit Leuven - Bélgica
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2º Encontro da SBCF
05/09/2016 - Segunda-feira
09:00 - 12:30 - WORKSHOP TEMÁTICO - III (SBCF e ENQFOR)
Tema: Maconha: aspectos legais, químicos, toxicológicos e sociais
09:00 - 09:40 - Efeitos neuropsiquiatricos do consumo de Cannabis
Profª. Drª. Rocio Martín-Santos - Universidade de Barcelona - Espanha
09:40 - 10:20 - Dimensões do uso da Cannabis (Natural e Sintética) no Brasil e no Mundo
Profª. Drª. Clarice Sandi Madruga - UNIFESP - São Paulo - SP
10:20 - 10:50 - Coffee Break + Apresentação de Pôsteres
10:50 - 11:30 - Legalização da Maconha - a próxima indústria tabaqueira?
Prof. Dr. Jeffrey Zinsmeister - Universidade da Flórida - EUA
11:30 - 12:30 - Mesa redonda com os três palestrantes anteriores
Coordenador: Prof. Dr. José Alexandre S. Crippa - FMRP - USP - Ribeirão Preto - SP
12: 30 - 14:00 - Intervalo para almoço
Auditório SBCF - Conferências
14:00 - 14:50 - Desafios Periciais da Operação Lava Jato
PCF Fábio Salvador - SETEC/PR - Polícia Federal - Curitiba - PR
14:50 - 15:40 - Passaportes para uma nova vida: refugiados e imigração ilegal no Brasil - América Latina
PCF Narumi Lima - INC- Polícia Federal - Brasília - DF
15:40 - 16:00 - Coffee Break + Apresentação de Pôsteres
16:00 - 16:50 - Apresentações Orais
16:50 - 17:50 - Determinação da potencialidade lesiva de instrumentos: o caso “Caxirola”
PCF Lehi Sudy dos Santos - INC- Polícia Federal - Brasília - DF
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2º Encontro da SBCF
06/09/2016 - Terça-feira
09:00 - 12:30 - WORKSHOP TEMÁTICO - IV (SBCF e ENQFOR)
Tema: Drogas Sintéticas: identificação e avanços na classificação das novas substâncias psicoativas
09:00 - 09:40 - Exposições iniciais do Debatedor 01
Drª. Renata Morais - ANVISA - Brasília - DF
09:40 - 10:20 - Exposições iniciais do Debatedor 02
Dr. Juan-Carlos Araneda Ferrer - United Nations Office on Drugs and Crime - Washington - EUA
10:20 - 10:5 - Coffee Break + Apresentação de Pôsteres
10:50 - 11:30 - Exposições iniciais do Debatedor 03
Profª. Drª. Clarice Sandi Madruga - UNIFESP - São Paulo - SP
11:30 - 12:30 - Mesa redonda com os três palestrantes anteriores e mais o perito criminal
MSc. Luciano Arantes - Policia Civil - Brasília - DF
Coordenador: PCF João Ambrósio - Polícia Federal - Brasília - DF
12:30 - 14:00 - Intervalo para almoço
Auditório Integrado
14:00 - 15:00 - Transferência de DNA e contaminação de vestígios: Muitos riscos, poucas pesquisas
PCF Guilherme Jacques - INC - Polícia Federal - Brasília - DF
15:00 - 15:30 - Apresentações Orais
15:30 - 16:20 - Os desafios da identificação, isolamento e preservação dos vestígios digitais
PCF Gustavo Pinto Vilar - Polícia Federal - Belém - PA
16:20 - Encerramento e Premiação
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5º Enqfor
02/09/2016 - Sexta-feira
19:00 - Cerimônia Geral de Abertura do Evento
20:00 - Cerimônia de Entrega do II Prêmio Destaque Forense
21:00 - Conferência Geral de Abertura
FORENSIC SCIENCES AND THE CHALLENGE RELATED TO MIGRATORY FLOW
Profª. Drª. Vilma Pinchi - University of Firenze - Itália
Prof. Dr. Gian-Aristide Norelli - University of Firenze - Itália
21:45 - Coquetel de Confraternização
03/09/2016 - Sábado
09:00 - 12:30 - WORKSHOP TEMÁTICO I - (SBCF e ENQFOR)
Tema: Novos Horizontes das Ciências Forenses no Brasil
09:00 - 09:40 - Palinologia Forense
Prof. Dr. Paulo Eduardo de Oliveira - USP - São Paulo - SP
09:40 - 10:20 - Caso Araguaia: aplicação e importância da Antropologia e Arqueologia Forenses
PCF Alexandre Raphael Deitos - SETEC/SP - São Paulo - SP
10:20 - 10:30 - Lançamento do Cordel "O Dia em que o Perito Criminal foi ao Tribunal"
PCF José Alysson Medeiros - SETEC/PB - João Pessoa - PB
10:30 - 11:50 - Coffee Break + Apresentação de Posteres
10:50 - 11:30 - Enfermagem Forense
Enf. Zenaide Cavalcanti de Medeiros Kernbeis - ABEForense - Aracaju - SE
11:30 - 12:30 - Mesa redonda com os três palestrantes anteriores
Coordenador: Prof. Dr. Luis Carlos Guimarães - Dalmass e UFPA - Belém - PA
12:30 - 14:00 - Intervalo para almoço
Auditório ENQFOR - Conferências
14:00 - 14:50 - The SCI effect: Reality and/or Fiction?
Drª. Elizabeth Devine - CSI Miami - EUA
14:50 - 15:40 - Explosives Investigation
Dr. Balthasar Jung - Forensic Science Institute Zurich - Suiça
15:40 - 16:00 - Coffee Break + Apresentação de Pôsteres
16:00 - 16:50 - Apresentações Orais
16:50 - 17:50 - The History of Forensic Toxicology
Profª. Drª. Suzanne Bell - West Virginia University - EUA
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5º Enqfor
04/09/2016 - Domingo
09:00 - 12:30 - WORKSHOP TEMÁTICO - II (SBCF e ENQFOR)
Tema: ISO 17025 e a Gestão da Qualidade em Laboratórios Forenses
09:00 - 09:40 - Tendência Mundial de Acreditação das Perícias Forenses
PCF Nubia Fernanda Gomes Pereira - INC/DF - Brasília - DF
09:40 - 10:20 - Experiência do Laboratório de Química Forense do Instituto Nacional de Criminalística-INC no
Alcance da Acreditação na ISO/IEC 17025.
PCF Fernanda Lintomen de Almeida -INC/DF - Brasília - DF
10:20 - 10:30 - Lançamento do Livro "Introdução à Biologia Forense"
PC Claudemir Rodrigues Dias Filho - Polícia Técnico-Científica de São Paulo.
10:20 - 10:50 - Coffee Break + Apresentação de Pôsteres
10:50 - 11:30 - The Accreditation of Toxicological Laboratories
Prof. Dr. Aldo Polettini - Universidade de Verona - Itália
11:30 -12:00 - Mesa redonda com os três palestrantes anteriores
Coordenador: Prof. Dr. Bruno Spinosa De Martinis - USP
12: 00 - 13:30 - Intervalo para almoço
Auditório ENQFOR - Conferências
13:30 - 14:20 - Drogas facilitadoras de crime
Prof. Dr. Maurício Yonamine - USP - São Paulo - SP
14:20 - 15:00 - O emprego do cromatógrafo a gás portátil Torion T-9 em análises forenses
Dr. Marcelo Silva - PerkinElmer
15:00 - 15:40 - Análises de drogas de abuso em cabelo, sangue e urina por GCMS Single Quadrupolo e GCMS
Triplo Quadrupolo
Dr. Celso Blatt - Especialista de Aplicações - Agilent
15:40 - 16:00 - Coffee Break + Apresentação de Pôsteres
16:00 - 16:50 - Apresentações Orais
16:50 - 17:50 - Métodos de identificação de agentes Químicos, Biológicos, Radiológicos, Nucleares e Explosivos
(QBRNE)
Cel. Paulo Fernando Pinto Malizia Alves
Coronel da Reserva do Exército Brasileiro - Rio de Janeiro - RJ
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5º Enqfor
05/09/2016 - Segunda-feira
09:00 - 12:30 - WORKSHOP TEMÁTICO - III (SBCF e ENQFOR)
Tema: Maconha: aspectos legais, químicos, toxicológicos e sociais
09:00 - 09:40 - Efeitos neuropsiquiatricos do consumo de Cannabis
Profª. Drª. Rocio Martín-Santos - Universidade de Barcelona - Espanha
09:40 - 10:20 - Dimensões do uso da Cannabis (Natural e Sintética) no Brasil e no Mundo
Profª. Drª. Clarice Sandi Madruga - UNIFESP - São Paulo - SP
10:20 - 10:50 - Coffee Break + Apresentação de Pôsteres
10:50 - 11:30 - Legalização da Maconha - a próxima indústria tabaqueira?
Prof. Dr. Jeffrey Zinsmeister - Universidade da Flórida - EUA
11:30 - 12:30 - Mesa redonda com os três palestrantes anteriores
Coordenador: Prof. Dr. José Alexandre S. Crippa - FMRP - USP - Ribeirão Preto - SP
12: 30 - 14:00 - Intervalo para almoço
Auditório ENQFOR - Conferências
14:00 - 14:50 - Investigando com Infravermelho: como a espectroscopia FTIR pode promover a Justiça
Drª. Luciana Pataro - Especialista de Aplicações Agilent
14:50 - 15:40 - Análises Toxicológicas em Cabelo/Pelo Utilizando UPLC-MS/MS em Atendimento à Lei dos
Caminhoneiros
Drª. Angela Pietro - MS Sales Specialist - Waters Brasil
15:40 - 16:00 - Coffee Break + Apresentação de Pôsteres
16:00 - 16:50 - Apresentações Orais
16:50 - 17:50 - Química Aplicada a Análise Forense de Documentos
PCF Jorge Jardim Zacca - Brasília - DF
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5º Enqfor
06/09/2016 - Terça-feira
09:00 - 12:30 - WORKSHOP TEMÁTICO - IV (SBCF e ENQFOR)
Tema: Drogas Sintéticas: identificação e avanços na classificação das novas substâncias psicoativas
09:00 - 09:40 - Exposições iniciais do Debatedor 01
Drª. Renata Morais - ANVISA - Brasília - DF
09:40 - 10:20 - Exposições iniciais do Debatedor 02
Dr. Juan-Carlos Araneda Ferrer - United Nations Office on Drugs and Crime - Washington - EUA
10:20 - 10:5 - Coffee Break + Apresentação de Pôsteres
10:50 - 11:30 - Exposições iniciais do Debatedor 03
Profª. Drª. Clarice Sandi Madruga - UNIFESP - São Paulo - SP
11:30 - 12:30 - Mesa redonda com os três palestrantes anteriores e mais o perito criminal
MSc. Luciano Arantes - Policia Civil - Brasília - DF
Coordenador: PCF João Ambrósio - Polícia Federal - Brasília - DF
12:30 - 14:00 - Intervalo para almoço
Auditório Integrado
14:00 - 15:00 - Transferência de DNA e contaminação de vestígios: Muitos riscos, poucas pesquisas
PCF Guilherme Jacques - INC - Polícia Federal - Brasília - DF
15:00 - 15:30 - Apresentações Orais
15:30 - 16:20 - Os desafios da identificação, isolamento e preservação dos vestígios digitais
PCF Gustavo Pinto Vilar - Polícia Federal - Belém - PA
16:20 - Encerramento e Premiação
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Simpósio Agilent
03/09/2016 - Sábado
09:00 - 09:10 - Abertura
09:10 - 09:50 - Identificação e caracterização de compostos orgânicos desconhecidos por GC/MS e
ou LC/MS: o Desafio CSI
Celso Blatt Ph.D - Especialista de Aplicação Agilent
09:50 - 10:30 - Determinação de anfetaminas e derivados em urina por CE-MS/MS
Celso Blatt Ph.D - Especialista de Aplicação Agilent
10:30 - 10:50 - Coffee break
10:50 - 11:30 - Preparação de Amostras: drogas de abuso em matrizes biológicas
Simone Nascimento - Especialista de Aplicações Agilent
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Apresentação de Pôsteres
LEGENDA DAS ÁREAS
BQ
BIOQUÍMICA E BIOLOGIA MOLECULAR
OL
ODONTOLOGIA LEGAL
PPF
PSIQUIATRIA E PSICOLOGIA FORENSE
QF
QUÍMICA FORENSE
TOX
TOXICOLOGIA
EF
ENTOMOLOGIA FORENSE
ECF
ENSINO DE CIÊNCIAS FORENSES
MED
MEDICINA LEGAL
CRI
CRIMINALÍSTICA GERAL
OT
OUTROS TÓPICOS
22
Apresentação de Pôsteres
03/09/2016 - Sábado
BQ 01 - Bioquímica e Biologia Molecular (BQ)
IMPACT OF ASIP?S RS77106176, RS819135 AND RS6059743 SNPS IN PIGMENTATION OF ADMIXED BRAZILIAN
POPULATION
Pereira, A. L. B.
BQ 02 - Bioquímica e Biologia Molecular (BQ)
CROSS REACTION BLOOD TESTING FORENSIC VALIDATIONS DONE BY PRIVATE AND PUBLIC SECTOR LABORATORIES
Dias Filho, C. R.
BQ 03 - Bioquímica e Biologia Molecular (BQ)
DEVELOPMENT AND VALIDATION OF A SIMPLE PRELIMINARY TEST FOR MENSTRUAL BLOOD DETECTION
Dias Filho, C. R.
BQ 04 - Bioquímica e Biologia Molecular (BQ)
ANÁLISE DE DNA EM CASOS DE VIOLÊNCIA SEXUAL COM TESTE PRELIMINAR NEGATIVO PARA PRESENÇA
DE ESPERMATO
Malheiros, D.
BQ 05 - Bioquímica e Biologia Molecular (BQ)
COMO A EPIGENÉTICA PODE AJUDAR NAS CIÊNCIAS FORENSES?
Cardoso, K. N.
BQ 06 - Bioquímica e Biologia Molecular (BQ)
DIFERENCIAÇÃO GENÉTICA DE GÊMEOS MONOZIGÓTICOS EM ANÁLISES FORENSES
Antonio, L. U.
BQ 07 - Bioquímica e Biologia Molecular (BQ)
ANÁLISE DE DNA DE TECIDOS PARAFINADOS PARA FINS DE IDENTIFICAÇÃO HUMANA
Alem, L.
BQ 08 - Bioquímica e Biologia Molecular (BQ)
MITF RS74845300 AND RS80232752 ASSOCIATION WITH DARKER PHENOTIPES IN A BRAZILIAN ADMIXED
POPULATION SAMPLE
Marcorin, L.
BQ 09 - Bioquímica e Biologia Molecular (BQ)
ESTUDO TEÓRICO DE MOLÉCULAS RELACIONADAS À VACINA CONTRA A COCAÍNA
Siquieri, T. O.
OL 01 - Odontologia Legal (OL)
ASSOCIAÇÃO DE MÉTODOS PARA ESTIMATIVA DA IDADE EM UMA AMOSTRA DE JOVENS BRASILEIROS
Azevedo, A. C. S.
OL 02 - Odontologia Legal (OL)
PREDIÇÃO DO SEXO POR MEIO DE MENSURAÇÕES NOS SEIOS MAXILARES EM EXAMES DE TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA
Farias A.G.
OL 03 - Odontologia Legal (OL)
O USO DE MAQUIAGEM PARA SIMULAÇÃO DE LESÕES EM PESQUISAS SOBRE VALORAÇÃO DE DANOS ESTÉTICOS E TIPIFICAÇÃO DE DEFORMIDADE PERMANENTE
Fernandes, M. M.
OL 04 - Odontologia Legal (OL)
É POSSÍVEL MEDIR A FEALDADE CIENTIFICAMENTE? RELATO DE EXPERIÊNCIA PERICIAL
Fernandes, M. M.
23
Apresentação de Pôsteres
OL 05 - Odontologia Legal (OL)
APLICABILIDADE DE MENSURAÇÕES MANDIBULARES PARA DETERMINAÇÃO DE SEXO E ESTIMATIVA DE
IDADE EM AMOSTRAGEM BRASILEIRA
Pereira, J. G.D.
OL 06 - Odontologia Legal (OL)
ATIVIDADE PRÁTICA VISUAL NO ENSINO-APRENDIZAGEM DA TRAUMATOLOGIA FORENSE
Lima, K. F.
OL 07 - Odontologia Legal (OL)
IMPORTÂNCIA DA RADIOGRAFIA PANORÂMICA COMO AUXILIAR ÀS PRÁTICAS CLÍNICA E ODONTOLEGAL
Miranda, A. S.
OL 08 - Odontologia Legal (OL)
PERÍCIA ODONTO-LEGAL EM OSSADA HUMANA: RELATO DE CASO
Pinto, P. H. V.
OL 09 - Odontologia Legal (OL)
IMPORTÂNCIA DA ODONTOLOGIA LEGAL PARA O SUCESSO DA IDENTIFICAÇÃO EM CORPOS CARBONIZADOS: RELATO DE CASO
Recalde, T. F.
OL 10 - Odontologia Legal (OL)
ANÁLISE MÉTRICA DE CRÂNIOS HUMANOS PARA DETERMINAÇÃO DO SEXO: FORAME MAGNO
Lopez-Capp, T. T.
OL 11 - Odontologia Legal (OL)
APLICABILIDADE DA QUEILOSCOPIA NA IDENTIFICAÇÃO HUMANA
Dezem, T. U.
PPF 01 - Psiquiatria e Psicologa Forense (PPF)
ANÁLISE DE CANABINÓIDES EM AMOSTRAS DE CABELO E CORRELAÇÃO COM INCIDÊNCIA DE SINTOMAS
PSIQUIÁTRICOS
Alves, M. N. R.
QF 01 - Química Forense (QF)
ANÁLISE DIRETA DE RESÍDUOS DE EXPLOSÃO DE PÓLVORA NEGRA UTILIZANDO TÉCNICAS ESPECTROSCÓPICAS (INFRAVERMELHO E RAMAN)
Barcelos Júnior, A. E.
QF 02 - Química Forense (QF)
DESENVOLVIMENTO DE MÉTODO PARA IDENTIFICAÇÃO DE LÍQUIDOS COMBUSTÍVEIS USANDO PS-MS E
QUIMIOMETRIA
Vargas, A.R.
QF 03 - Química Forense (QF)
REVELAÇÃO DE IMPRESSÕES DIGITAIS LATENTES EM SUPERFÍCIES METÁLICAS A PARTIR DA ELETRODEPOSIÇÃO DE POLÍMEROS CONJUGADOS
Ribeiro, A. S.
QF 04 - Química Forense (QF)
IDENTIFICAÇÃO DE COCAÍNA EM AMOSTRAS APREENDIDAS DE CHÁ DE COCA POR CG-EM
Castro, A. S.
QF 05 - Química Forense (QF)
MARCADORES LUMINESCENTES DE GSR: DETERMINAÇÃO DO LOCAL DO DISPARO
Arouca, A. M.
QF 06 - Química Forense (QF)
UMA ANÁLISE DA TRANSFERÊNCIA SECUNDÁRIA E TERCIÁRIA DOS RESÍDUOS LUMINESCENTES
Arouca, A. M.
24
Apresentação de Pôsteres
QF 07 - Química Forense (QF)
ANÁLISE QUIMIOMÉTRICA DO PERFIL DE COR APLICADA A TESTES DE CONSTATAÇÃO PREMILINAR DE COCAÍNA
Magalhães, E. J.
QF 08 - Química Forense (QF)
ESTUDOS PARA IDENTIFICAÇÃO PRELIMINAR DE 25C-NBOME EM SELOS POR TÉCNICAS ELETROQUÍMICAS
USANDO O ELETRODO DE DIAMANTE DOPADO COM BORO
Dos Santos, W. T. P.
QF 09 - Química Forense (QF)
DETERMINAÇÃO DE ELEMENTOS INORGÂNICOS EM ANABOLIZANTES APREENDIDOS EM BELO HORIZONTE
UTILIZANDO FLUORESCÊNCIA DE RAIOS-X
Miguita, A. G. C.
QF 10 - Química Forense (QF)
DETERMINAÇÃO DA BIOMASSA MICROBIANA E RESPIRAÇÃO BASAL NO SOLO DURANTE DECOMPOSIÇÃO
CADAVÉRICA, EM ÁREA DE MATA TROPICAL
Bentes, K. R.
QF 11 - Química Forense (QF)
ESTUDO DOS FENÔMENOS CADAVÉRICOS NO SOLO ABAIXO DE CARCAÇAS SUÍNAS DEPOSITADAS EM
ÁREA DE MATA TROPICAL
Antonio, A. S.
QF 12 - Química Forense (QF)
ESTUDO DA DINÂMICA DE NITROGÊNIO EM SOLO PRÓXIMO A UM CARCAÇAS EM DECOMPOSIÇÃO
Paula, A . R. U.
QF 13 - Química Forense (QF)
DETERMINAÇÃO DE PB E SB EM RESÍDUO DE DISPARO DE REVÓLVER CALIBRE .38 POR GF AAS: ESTUDO DA
INFLUÊNCIA DA DISTÂNCIA NA CONTAMINAÇÃO DE TESTEMUNHAS OCULARES
Ferreira, B. C.
QF 14 - Química Forense (QF)
CLASSIFICAÇÃO DE CANNABIS SATIVA EM DIFERENTES TEMPOS DE CRESCIMENTO ATRAVÉS DE ESPECTROSCOPIA NO NIR E QUIMIOMETRIA
Borille, B. T.
QF 15 - Química Forense (QF)
ANÁLISE DO PERFIL QUÍMICO DE CANNABIS SATIVA ATRAVÉS DE ESI(-)-FT-ICR MS E ESI(+)-FT-ICR MS
Borille, B. T.
QF 16 - Química Forense (QF)
MELHORIA NAS TÉCNICAS DE IDENTIFICAÇÃO DE ETANOL EM AMOSTRAS RECOLHIDAS EM LOCAIS DE
ACIDENTE DE TRANSITO E EM LOCAIS DE INCÊNDIO.
Goulart, C. O. L.
QF 17 - Química Forense (QF)
COMPORTAMENTO ELETROQUÍMICO DE COCAÍNA E SEUS PRINCIPAIS ADULTERANTES EM MATERIAIS NANOESTRUTURADOS DE CARBONO
Rocha, D. P.
QF 18 - Química Forense (QF)
PSICOTRÓPICOS/ENTORPECENTES EM VESTÍGIOS COLETADOS EM LOCAIS DE CRIME CONTRA A PESSOA NO
DF
Salum, S. B.
QF 19 - Química Forense (QF)
ESPECTROMETRIA DE MASSAS INORGÂNICA E ORGÂNICA PARA AVALIAÇÃO DO MITO DO CHÁ DE FITA
COMO DROGA BIZARRA: RESULTADOS FINAIS
Lehmann, E. L.
25
Apresentação de Pôsteres
QF 20 - Química Forense (QF)
DETERMINAÇÃO VOLTAMÉTRICA DO TEOR DE FORMALDEÍDO EM LEITE
Oiye, E. N.
QF 21 - Química Forense (QF)
ANÁLISE VOLTAMÉTRICA DE COCAINA UTILIZANDO ELETRODOS DE PASTA DE CARBONO MODIFICADOS
QUIMICAMENTE COM COMPLEXOS DE URANILA (UO2) DERIVADOS DE BASES DE SCHIFF
Oiye, E. N.
QF 22 - Química Forense (QF)
ESTUDO QUÍMICO-TEÓRICO SOBRE A POSSIBILIDADE DE DETECÇÃO DE ANFETAMINAS SINTÉTICAS COM
ISOTIOCIANATO DE FLUORESCEINA
Munhoz, G. P.
QF 23 - Química Forense (QF)
EMPREGO DA CALORIMETRIA EXPLORATÓRIA DIFERENCIAL PARA A AVALIAÇÃO DO PERFIL DE DEGRADAÇÃO DE FIOS DE CABELOS CAUCASIANO, AFRO E ORIENTAL
Winkel, K. T.
04/ 09/ 2016 - DOMINGO
TOX 01 - Toxicologia (TOX)
PROGRAMA DE PREVENÇÃO ÀS DROGAS DE ABUSO E À VIOLÊNCIA ?ANJOS DA GUARDA? 2015.
Almeida, A. A.
TOX 02 - Toxicologia (TOX)
LEVANTAMENTO DE PRONTUÁRIOS DE PACIENTES EXPOSTOS AO CHUMBO POR PROJÉTIL DE ARMA DE FOGO X EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL? COMPARAÇÃO DE DIFERENTES TRATAMENTOS - AMBULATÓRIO DO CEATOX-INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS UNESP, BOTUCATU/SP.
Almeida, A. A.
TOX 03 - Toxicologia (TOX)
PERFIL DE NBOME TRAÇADO PELA POLÍCIA FEDERAL
Reis, M.
TOX 04 - Toxicologia (TOX)
ESTUDO RETROSPECTIVO DE ÓBITOS E EXAMES TOXICOLÓGICOS ATENDIDOS NO IGP/JOINVILLE DE 2013 A
2015
Parabocz, G. C.
TOX 05 - Toxicologia (TOX)
DETECÇÃO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS EM FLUIDO ORAL DE MOTORISTAS DE CAMINHÃO NO ESTADO
DE SÃO PAULO
Dos Santos, M.F.
TOX 06 - Toxicologia (TOX)
USO DE DROGAS E MEDICAMENTOS PSICOATIVOS POR MOTORISTAS DE CAMINHÃO: ESTUDO PRELIMINAR
Magalhães, J. G.
TOX 07 - Toxicologia (TOX)
VALIDAÇÃO DE MÉTODO ANALÍTICO PARA IDENTIFICAÇÃO DE ADULTERANTES EM SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS
Dos Santos, M. F.
TOX 08 - Toxicologia (TOX)
DESENVOLVIMENTO E APLICAÇÃO DE MÉTODO ANALÍTICO PARA DETECÇÃO DE ESTIMULANTES EM SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS ADULTERADOS
Henao, M. M. M.
TOX 09 - Toxicologia (TOX)
NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS: UM DESAFIO PARA TOXICOLOGIA FORENSE
Peres, M. D.
26
Apresentação de Pôsteres
TOX 10 - Toxicologia (TOX)
DETECÇÃO DE COCAÍNA E COCAETILENO EM HUMOR VÍTREO COM SPME E GC/MS
Pericolo, S.
EF 01 - Entomologia Forense (EF)
ANÁLISE QUALITATIVA DE ASPIRINA, DIPIRONA, IBUPROFENO E PARACETAMOL EM IMATUROS DA ESPÉCIE
DE MOSCA CHRYSOMYA MEGACEPHALA POR CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA
Alves, C. F. F.
EF 02 - Entomologia Forense (EF)
DETERMINAÇÃO DE FÁRMACOS EM IMATUROS DE CHRYSOMYA ALBICEPS (WIEDEMANN) (DIPTERA: CALLIPHORIDAE) POR CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA (CCD)
Barros, G. A.
EF 03 - Entomologia Forense (EF)
A IMPORTÂNCIA DE UM PADRÃO DE SUCESSÃO ENTOMOLÓGICO NOS ESTADOS BRASILEIROS
Mohamad, L. M.
EF 04 - Entomologia Forense (EF)
PERFIL GENÉTICO HUMANO OBTIDO DE LARVAS NECRÓFAGAS SARCONESIA CHLOROGASTER (DIPTERA:
CALLIPHORIDAE) EM CASOS DE CRIMES SEXUAIS
Malheiros, D.
ECF 01 - Ensino de Ciências Forenses (ECF)
ANÁLISE E IDENTIFICAÇÃO DE RESÍDUOS DE DISPARO DE ARMAS DE FOGO (GSR) UTILIZANDO MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA (MEV)
Crumo, C. A.
ECF 02 - Ensino de Ciências Forenses (ECF)
QUÍMICA FORENSE COMO TEMA MOTIVACIONAL PARA ALUNOS DO ENSINO TÉCNICO (ETEC)
Silva, F. L.
ECF 03 - Ensino de Ciências Forenses (ECF)
QUÍMICA FORENSE: DA CENA DE CRIME À SALA DE AULA
Souza, L. C.
ECF 04 - Ensino de Ciências Forenses (ECF)
PROPOSTA DE ENSINO EM QUÍMICA FORENSE: IDENTIFICAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO EMPREGANDO ENSAIOS COLORIMÉTRICOS
Carratto, T. M. T.
ECF 05 - Ensino de Ciências Forenses (ECF)
ANÁLISE DE ENTORPECENTES POR ESPECTROSCOPIA NO INFRAVERMELHO POR TRANSFORMADA DE FOURIER (FTIR): UMA PROPOSTA DE PRÁTICA DE ENSINO
Santos, T. C. L.
MED 01 - Medicina Legal (MED)
APLICAÇÃO DA TRAUMATOLOGIA FORENSE EM LESÕES PROVOCADAS POR ANIMAIS
Tremori, T. M.
QF 24 - Química Forense (QF)
CARACTERIZAÇÃO DE AMOSTRAS DE COCAÍNA APREENDIDAS PELA POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE RONDÔNIA
Neves, G. O. F.
QF 25 - Química Forense (QF)
AVALIAÇÃO DO TEOR DE SILDENAFIL EM COMPRIMIDOS DE PRAMIL POR LC-MS/MS
Marinho, P. A.
QF 26 - Química Forense (QF)
SELOS APREENDIDOS PELA POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL: UMA ABORDAGEM ANALÍTICA
Faúla, H. S. N.
27
Apresentação de Pôsteres
QF 27 - Química Forense (QF)
IDENTIFICAÇÃO DE PERFUMES FALSIFICADOS POR VEASI-MS
Barbosa, I. L.
QF 28 - Química Forense (QF)
DETERMINAÇÃO DE COCAÍNA E SEUS METABÓLITOS EM AMOSTRAS DE ESGOTO E EM AMOSTRAS DE URINA DE USUÁRIOS DA DROGA: APLICAÇÕES FORENSES
Campestrini, I.
QF 29 - Química Forense (QF)
OCORRÊNCIA DE SUBSTÂNCIAS ATIVAS EM AMOSTRAS DE COCAÍNA VINCULADAS AO TRÁFICO INTERNACIONAL APREENDIDAS PELA POLÍCIA FEDERAL
Campestrini, I.
QF 30 - Química Forense (QF)
ANÁLISE FORENSE EM INCÊNDIOS: CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA EFICIÊNCIA COM DETECTORES DE
UV-VISÍVEL
Souza, J. E. G.
QF 31 - Química Forense (QF)
CARACTERIZAÇÃO COMPARATIVA DO PERFIL ESPECTRAL DE MEDICAMENTOS DE MARCA, GENÉRICOS E
FALSIFICAÇÕES POR ESPECTROMETRIA DE INFRAVERMELHO MÉDIO VIA REFLEXÃO TOTAL ATENUADA
Coelho Neto, J.
QF 32 - Química Forense (QF)
RAPID DETECTION OF NBOME'S AND OTHER NPS ON BLOTTER PAPERS BY DIRECT ATR-FTIR SPECTROMETRY
Coelho Neto, J.
QF 33 - Química Forense (QF)
UTILIZAÇÃO DA VOLTAMETRIA DE ONDA QUADRADA NA DETERMINAÇÃO DE COCAÍNA EMPREGANDO
ELETRODO DE PASTA DE CARBONO QUIMICAMENTE MODIFICADO
Magalhães, J.
QF 34 - Química Forense (QF)
DEZ ANOS DA EXISTÊNCIA DO CURSO DE QUÍMICA FORENSE DA FFCLRP/USP
Cardozo, K. C. B.
QF 35 - Química Forense (QF)
USO DE ESPECTROSCOPIA NO INFRAVERMELHO MÉDIO E PLS-DA NA DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE
FRAUDES EM CARNES BOVINAS IN NATURA PELA ADIÇÃO DE INGREDIENTES NÃO-CÁRNEOS
Nunes, K. M.
QF 36 - Química Forense (QF)
AVALIAÇÃO DO EFEITO DE CARCAÇA SUÍNA SOBRE AS QUALIDADE DAS ÁGUAS DE UM LAGO ARTIFICIAL
(MANAUS-AMAZONAS)
Bentes, K. R. S.
QF 37 - Química Forense (QF)
COMPRIMIDOS APREENDIDOS PELA POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL: UMA ABORDAGEM ANALÍTICA
Plácido, K. M.
QF 38 - Química Forense (QF)
EXTRAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO BRODIFACOUM EM RATICIDA COMERCIAL
Fernandes, L. A. T.
QF 39 - Química Forense (QF)
ESTUDO DO EFEITO DE CADÁVER ENTERRADO NA CONCENTRAÇÃO DE MACRONUTRIENTES EM SOLO DA
RESERVA ADOLPHO DUCKE (MANAUS ? AMAZONAS)
Costa, L. C. A.
28
Apresentação de Pôsteres
QF 40 - Química Forense (QF)
LEVANTAMENTO DO NÚMERO DE LAUDOS PRODUZIDOS PELA PERÍCIA CRIMINAL DA POLÍCIA FEDERAL
SOBRE NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS NO PERÍODO DE 01/01/2014 A 01/03/2015
De Rose, N. M.
QF 41 - Química Forense (QF)
CLASSIFICAÇÃO DIRETA DE NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS EM SELOS APREENDIDOS, USANDO ATRFTIR E ANÁLISE DISCRIMINANTE MULTIVARIADA
Pereira, L. S. A.
QF 42 - Química Forense (QF)
TESTES PRELIMINARES COLORIMÉTRICOS EM COMPRIMIDOS APREENDIDOS: O DESAFIO NO CONTEXTO DAS
NOVAS DROGAS PSICOATIVAS (NPS)
Da Silva, L. C.
QF 43 - Química Forense (QF)
IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE 4-BROMOMETCATINONA ENCONTRADA EM COMPRIMIDOS APREENDIDOS NO ESTADO DE GOIÁS
Souza, L. F.
QF 44 - Química Forense (QF)
DISCRIMINAÇÃO DE RESÍDUOS DE DISPARO DE ARMAS DE FOGO POR FLUORESCÊNCIA DE RAIOS X POR REFLEXÃO TOTAL E ANÁLISE DE COMPONENTES PRINCIPAIS
Ferreira, L. P.
QF 45 - Química Forense (QF)
ESTUDO ELETROQUÍMICO DO DELTA-9-TETRAIDROCANABINOL UTILIZANDO ELETRODO IMPRESSO DE CARBONO QUIMICAMENTE MODIFICADO COM COMPLEXOS DO TIPO BASE DE SCHIFF [CU(SALOPHEN)].
Balbino , M. A.
QF 46 - Química Forense (QF)
ANÁLISE VOLTAMÉTRICA DO EXTRATO DE CANABINÓIDES POR ELETRODO IMPRESSO DE CARBONO MODIFICADO COM BASE SCHIFF [CU(SALEN)]
Balbino, M. A.
05/ 09/ 2016 - SEGUNDA-FEIRA
CRI 01 - Criminalística Geral (CRI)
O MÉTODO ACE-V E OS PRINCÍPIOS DA CRIMINALÍSTICA: A PAPILOSCOPIA COMO CIÊNCIA DA IDENTIFICAÇÃO HUMANA
Fernandes, F. B. N.
CRI 02 - Criminalística Geral (CRI)
UMA NOVA ÁREA NA CIÊNCIA FORENSE
Neto, O. N.
CRI 03 - Criminalística Geral (CRI)
COMPARAÇÃO BALÍSTICA PELO TRATAMENTO ESTATÍSTICO DE IMAGENS
Mendonça, R. M.
CRI 04 - Criminalística Geral (CRI)
ANÁLISE DE IMAGENS NA DETERMINAÇÃO DE VELOCIDADES DE ENTRADA EM PERÍCIAS DE TRÂNSITO
Vieira, T. G.
CRI 05 - Criminalística Geral (CRI)
A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO QUÍMICO PARA A SOLUÇÃO DE DELITOS AMBIENTAIS
Zonato, V. S.
OT 01 - Outros Tópicos (OT)
ESTUDO COMPARATIVO DA LEI DE DROGAS BRASIL-AUSTRÁLIA
Bruni, A. T.
29
Apresentação de Pôsteres
OT 02 - Outros Tópicos (OT)
INFLUÊNCIA DOS NÍVEIS HORMONAIS NO TRATAMENTO CRÔNICO E RETIRADA DE KETAMINA EM RATAS
WISTAR
Ferreira-Sgobbi, R.
OT 03 - Outros Tópicos (OT)
ESTUDO COMPARATIVO ENTRE MÉTODOS FORENSES PARA AQUISIÇÃO DE EVIDÊNCIAS EM IAAS SEM AUXÍLIO DE PROVEDORES DE SERVIÇO
Rosário, J.
OT 04 - Outros Tópicos (OT)
ENFERMAGEM FORENSE
Silva, J. O. M.
OT 05 - Outros Tópicos (OT)
O PROFISSIONAL DE SAÚDE E A PRESERVAÇÃO DE VESTÍGIOS NOS SERVIÇOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA.
Silva, J. O. M.
OT 06 - Outros Tópicos (OT)
AÇÕES DE PESQUISA E EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA DESENVOLVIDAS PELO NÚCLEO DE ESTUDOS FORENSES
DO ESTADO DO AMAZONAS
Bentes, K. R. S.
OT 07 - Outros Tópicos (OT)
AVALIAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL PRESENTE NA ÁREA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL DA UFAM POR
AÇÃO ANTROPOGÊNICA
Antonio, A. S.
OT 08 - Outros Tópicos (OT)
COLORAÇÃO DIFERENCIAL PARA IDENTIFICAÇÃO DE ESPERMATOZOIDES EM AMOSTRAS FORENSES
Arantes, L.
OT 09 - Outros Tópicos (OT)
ANÁLISE DE SOLOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA (PR-BRASIL) POR DIFRAÇÃO DE RAIOS X E
MÉTODO DE RIETVELD PARA FINS FORENSES
Prandel, L.V.
OT 10 - Outros Tópicos (OT)
APLICAÇÃO DE TÉCNICAS ESPECTROSCÓPICAS DE FLUORESCÊNCIA DE RAIOS X E INFRAVERMELHO EM
SOLOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA (PR-BRASIL) PARA FINS FORENSES
Prandel, L.V.
OT 11 - Outros Tópicos (OT)
NO SENTIDO DE ESTABELECER A ENFERMAGEM FORENSE NO BRASIL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA INTERNACIONAL
Esteves, R. B.
OT 12 - Outros Tópicos (OT)
USO FORENSE DE SOLOS A PARTIR DE ANÁLISES QUÍMICAS E FÍSICAS DAS FRAÇÕES AREIA E ARGILA
Corrêa, R. S.
OT 13 - Outros Tópicos (OT)
IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL DE CARNE APREENDIDA
Tremori, T. M.
OT 14 - Outros Tópicos (OT)
ESTUDO TEÓRICO DOS CALIXARENOS COMO DETECTORES DE METAIS PESADOS
Prado, T. F.
30
Apresentação de Pôsteres
QF 47 - Química Forense (QF)
AVALIAÇÃO DAS METODOLOGIAS DE ANÁLISE DE RESÍDUOS DE ARMAS DE FOGO COM ÊNFASE NO MÉTODO DE ESPECTROMETRIA DE MASSAS COM FONTE DE PLASMA INDUTIVAMENTE ACOPLADO
Martinelli, M.
QF 48 - Química Forense (QF)
A VIABILIDADE DO USO DO KIT IDENTA IDT 9000 NO EXAME PRELIMINAR DE DROGAS DE DESENHO
Lucena, M. C. C.
QF 49 - Química Forense (QF)
BOCAS DE CHUMBO: DETERMINAÇÃO VOLTAMÉTRICA DE CHUMBO EM AMOSTRAS DE BATOM
Ribeiro, M. F. M.
QF 50 - Química Forense (QF)
ESTUDO TEÓRICO DOS POLISILOLES COMO DETECTORES DE MATERIAL EXPLOSIVO EM PERÍCIA DE INCÊNDIO
Pedrina, N. J.
QF 51 - Química Forense (QF)
AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DA ADIÇÃO DE MARCADOR LUMINESCENTE NO TAMANHO DE PARTÍCULAS
GSR
Jatobá, R.
QF 52 - Química Forense (QF)
DETERMINAÇÃO DA DISTÂNCIA DO DISPARO EM FUNÇÃO DO PADRÃO DE DISPERSÃO DE LGSR
Jatobá, R.
QF 53 - Química Forense (QF)
ANÁLISE E PERSPECTIVAS SOBRE EXPERIMENTOS DE QUÍMICA PARA INCORPORAÇÃO NO PROJETO CIÊNCIA
INTERATIVA
Santos, R. O.
QF 54 - Química Forense (QF)
QUÍMICA FORENSE: REVELAÇÃO DE IMPRESSÃO DIGITAL
Santos, R. O.
QF 55 - Química Forense (QF)
DISTRIBUIÇÃO DE NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS (NSP) EM MATERIAIS APREENDIDOS NO NORDESTE
DO BRASIL NO PERÍODO DE 2014 - 2016
Cunha, R. L.
QF 56 - Química Forense (QF)
A SENSIBILIDADE DOS TESTES COLORIMÉTRICOS (SCOTT E MEYER) E DA ANÁLISE POR INFRAVERMELHO
COM ATR NA IDENTIFICAÇÃO DE COCAÍNA.
Byrro, R. M. D.
QF 57 - Química Forense (QF)
ESTUDOS INICIAIS PARA DETERMINAÇÃO SIMULTÂNEA DE COCAÍNA E SEUS PRINCIPAIS ADULTERANTES
Rocha, R. G.
QF 58 - Química Forense (QF)
PROPOSTA DE TRIAGEM RÁPIDA E SIMPLES DE MEDICAMENTOS CONTRABANDEADOS OU ADULTERADOS
EMPREGANDO O SISTEMA PORTÁTIL DE ANÁLISE POR INJEÇÃO EM BATELADA (BIA) COM DETECÇÃO AMPEROMÉTRICA DE MÚLTIPLOS PULSOS
Silva, R. A. B.
QF 59 - Química Forense (QF)
TRIAGEM RÁPIDA E PORTÁTIL DE MEDICAMENTOS CONTENDO CITRATO DE SILDENAFILA POR DETECÇÃO
VOLTAMÉTRICA ASSOCIADA A FERRAMENTAS QUIMIOMÉTRICAS
Silva, R. A. B.
31
Apresentação de Pôsteres
QF 60 - Química Forense (QF)
ANÁLISE DE GSR POR SPICP-MS
Heringer, R. d.
QF 61 - Química Forense (QF)
APRIMORAMENTO NA RESPOSTA DE ESPECTRÔMETROS RAMAN PORTÁTEIS PELA UTILIZAÇÃO DE SUPERFÍCIES SERS ATIVAS: APLICAÇÃO EM COMPRIMIDOS DE ECSTASY
Moreira, R. V.
QF 62 - Química Forense (QF)
PERFIL FÍSICO E QUÍMICO DE AMOSTRAS DE COCAÍNA APREENDIDAS NO DF
Salum, L. B.
QF 63 - Química Forense (QF)
DETERMINAÇÃO DA PUREZA DE DROGAS PSICOTRÓPICAS POR CALORIMETRIA EXPLORATÓRIA DIFERENCIAL (DSC) E SUA APLICABILIDADE FORENSE
Santos, M. M. C.
QF 64 - Química Forense (QF)
ANÁLISES QUALITATIVAS EM 18 LOTES DE ECSTASY: UMA PARCERIA ENTRE A UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO E O LABORATÓRIO DE EXAMES DE ENTORPECENTES DA REGIÃO DE RIBEIRÃO PRETO/SP
Tadini, M. C.
QF 65 - Química Forense (QF)
ANÁLISES DE AMOSTRAS DE COCAÍNA APREENDIDAS NA REGIÃO DE LAVRAS/MG POR CROMATOGRAFIA
GASOSA ACOPLADA À ESPECTROMETRIA DE MASSAS (GC-MS) E ESPECTROMETRIA DE MASSAS COM FONTE
DE IONIZAÇÃO POR ELECTROSPRAY (ESI-MS)
Vieira, T. G.
QF 66 - Química Forense (QF)
UTILIZAÇÃO DE SENSORES ELETROQUÍMICOS E FERRAMENTAS QUIMIOMÉTRICAS VISANDO À DISCRIMINAÇÃO DE ADULTERANTES DE AMOSTRAS DE COCAÍNA
Guedes, T.
QF 67 - Química Forense (QF)
DESENVOLVIMENTO DE PROTÓTIPOS PARA DETECÇÃO VOLTAMÉTRICA DE ADULTERANTES E DILUENTES
DA COCAÍNA E DO CRACK
Carratto, T. M. T.
QF 68 - Química Forense (QF)
CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA, FÍSICA E MINERALÓGICA DE SOLOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA DE INTERESSE FORENSE
Testoni, S. A.
QF 69 - Química Forense (QF)
FABRICAÇÃO DE SENSORES COLORIMÉTRICOS PORTÁTEIS E DE BAIXO CUSTO PARA SCREENING DE AMOSTRAS DE DROGAS APREENDIDAS
Araujo, W. R.
QF 70 - Química Forense (QF)
IDENTIFICAÇÃO DE UMA NOVA CATINONA SINTÉTICA EM DROGAS DE RUA EM OURO PRETO MG
Machado, Y.
QF 71 - Química Forense (QF)
ESTUDO DE ELETRODOS QUIMICAMENTE MODIFICADOS COM BASE DE SCHIFF PARA A DETERMINAÇÃO DE
LSD E NBOME
Da Silva, A. B. C.
QF 72 - Química Forense (QF)
ANÀLISE DE COCAÍNA E INTERFERENTES POR FT-IR EM PCA
Ribeiro, C. E.
32
Apresentação Oral
Dia 03/09/2016 (SABADO) - 16:00 às 16:50
Trabalho Selecionado
Autor
AVALIAÇÃO DO IMPACTO
AMBIENTAL PRESENTE NA
ÁREA DE PRESERVAÇÃO
AMBIENTAL DA UFAM POR
AÇÃO ANTROPOGÊNICA
Karime Rita de Souza Bentes
ANÁLISE DE GSR POR SPICPMS
Rodrigo de Almeida Heringer
NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS: UM DESAFIO PA- Mariana Dadalto Peres
RA TOXICOLOGIA FORENSE
Instituição
Universidade Federal do Amazonas - UFAM
Polícia Civil-DF
Polícia Civil do Espírito Santo PC-ES
Dia 04/09/2016 (DOMINGO) - 16:00 às 16:50
Trabalho Selecionado
Autor
Instituição
PERFIL GENÉTICO HUMANO
OBTIDO DE LARVAS NECRÓFAGAS SARCONESIA
CHLOROGASTER (DIPTERA:
CALLIPHORIDAE) EM CASOS DE CRIMES SEXUAIS
Danielle Malheiros
Universidade Federal do Paraná UFPR
VALIDAÇÃO DE MÉTODO
ANALÍTICO PARA IDENTIFICAÇÃO DE ADULTERANTES
EM SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS
Marcelo Filonzi dos Santos
ESPECTROMETRIA DE MASSAS INORGÂNICA E ORGÂNICA PARA AVALIAÇÃO DO
MITO DO CHÁ DE FITA COMO DROGA BIZARRA: RESULTADOS FINAIS.
Eraldo Luiz Lehmann
Hospital Israelita Albert Einstein
- HIAE
Instituto de Química - Universidade Estadual de Campinas - IQ Unicamp
33
Apresentação Oral
Dia 05/09/2016 (SEGUNDA) - 16:00 às 16:50
Trabalho Selecionado
Autor
Instituição
APLICAÇÃO DA TRAUMATOLOGIA FORENSE EM LESÕES PROVOCADAS POR
ANIMAIS
Tália Missen Tremori
Universidade Estadual Paulista
Júlio de Mesquita Filho - FMVZ
UNESP Botucatu
DEVELOPMENT AND VALIDATION OF A SIMPLE PRELIMINARY TEST FOR MENSTRUAL BLOOD DETECTION
LEVANTAMENTO DO NÚMERO DE LAUDOS PRODUZIDOS PELA PERÍCIA CRIMINAL DA POLÍCIA FEDERAL
SOBRE NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS NO PERÍODO DE 01/01/2014 A
01/03/2015
Claudemir Rodrigues Dias Filho
Nathália Mai De Rose
Superintendência da Polícia Técnico Científica - SPTC / SP
Polícia Federal - PF
Dia 06/09/2016 (TERÇA) - 16:00 às 16:50
Trabalho Selecionado
Autor
Instituição
ANÁLISE DE IMAGENS NA
DETERMINAÇÃO DE VELOCIDADES DE ENTRADA EM
PERÍCIAS DE TRÂNSITO
Tales Giuliano Vieira
Universidade Federal de Minas
Gerais/Superintendência de Polícia Técnico Científica de Minas
Gerais - UFMG/SPTC-MG
DETERMINAÇÃO DE PB E SB
EM RESÍDUO DE DISPARO
DE REVÓLVER CALIBRE .38
POR GF AAS: ESTUDO DA
INFLUÊNCIA DA DISTÂNCIA
NA CONTAMINAÇÃO DE
TESTEMUNHAS OCULARES
Brian Cardoso Ferreira
Universidade de São Paulo
34
BIOQUÍMICA
E
BIOLOGIA FORENSE
35
BQ 01- IMPACT OF ASIP’S RS77106176, RS819135
AND RS6059743 SNPS IN PIGMENTATION OF ADMIXED BRAZILIAN POPULATION
BQ 02- CROSS REACTION BLOOD TESTING FORENSIC VALIDATIONS DONE BY PRIVATE AND
PUBLIC SECTOR LABORATORIES
PEREIRA A.L.E.1, MARCORIN L.1, DEBORTOLI G.2,
OLIVEIRA M.L.G.2, FRACASSO N.C.A2, MASSARO
J.D.3, SIMOES, A.L.2, DONADI, E.A.3, CASTELLI E.C.4,
MENDES-JUNIOR C.T.1
C. STADLER1, C. R. DIAS FILHO2, L. C. ARANTES3
AND M. G. ROCA1
1
1
Departamento de Química, Faculdade de Filosofia, Ciências e
Letras de Ribeirão Preto, USP, Ribeirão Preto, SP
2
Departamento de Genética, Faculdade de Medicina de Ribeirão
Preto, USP, Ribeirão Preto, SP
3
Departamento de Clínica Médica, Faculdade de Medicina de
Ribeirão Preto, USP, Ribeirão Preto, SP
4
Departamento de Patologia, Faculdade de Medicina de Botucatu,
UNESP, Botucatu, SP
Universidade de São Paulo, Faculdade de Filosofia, Ciências e
Letras de Ribeirão Preto, Departamento de Química, Laboratório de Pesquisas Forenses e Genômicas, Ribeirão Preto, SP
INTRODUCTION: Agouti signaling protein, A SIP, is a
paracrine signaling molecule, and a key compound in the
regulation of synthesis of melanin. It interacts with MC1R
and favors synthesis of pheomelanin (yellow/red pigment).
In contrast, the interaction of the alpha-melanocytestimulating hormone with MC1R favors synthesis of
eumelanin (brown/black pigment). Although ASIP’s
3’UTR region has been correlated with pigmentation traits,
[1,2] there are no studies correlating the intronic and promoter regions, which may be involved in the regulation of
gene expression. OBJECTIVES: Analysis of ASIP’s genetic diversity in a Brazilian admixed population sample (n
= 340), aiming to discover genetic variations associated
with pigmentation phenotypes. METHODS: We stratified
the samples regarding eye, hair and skin color, presence or
absence of freckles, and intensity of hair color greying.
Then, we prepared the DNA library using Haloplex Target
Enrichment System (Agilent Technologies) for sequencing
at the Illumina MiSeq platform. Adapter trimming, alignment and genotype calling were done using cutadapt,
BWA and GATK, respectively. Haplotypes and missing
alleles were inferred computationally using PHASE, however, the known phase between variable sites obtained
with GATK was considered. RESULTS AND DISCUSSION: Variant discovery yielded 65 variation sites in the
promoter, CDS, intronic and 3’UTR regions of ASIP, of
which 17 were strongly correlated with at least one pigmentation trait. The strongest correlation was the intronic
rs77106176*AàG with dark skin color (p = 1.19 x 10-9, OR
= 330.52), followed by two other variation sites in the promoter region (rs6059743*GàA, rs819135*AàG), which are
in perfect linkage disequilibrium and strongly correlated
with darker skin (p = 8.66 x 10-6, OR = 21.91). CONCLUSION: The rs77106176*G is only present in African and
afro-descendent American populations in low frequencies
(~5%). On the other hand, rs6059743*A and rs819135*G
are observed worldwide. In spite of those differences, the
present results reveal that the three markers can be used as
ancestry and darker phenotype predictors in the Brazilian
population.
REFERENCES: [1] Kanetsky PA et al., Am J Hum Genet,
2002;70(3):770-5. [2] Voisey J et al., Pigment Cell Res,
2006;19(3):226-31.
SERATEC GmbH, Ernst-Ruhstrat Str. 5 Goettingen, Germany
Instituto de Criminalística, Superintendência de Polícia TécnicoCientífica, São Paulo, SP, Brazil
3
Seção de Perícias e Análises Laboratoriais, Instituto de Criminalística, Polícia Civil do Distrito Federal, Brasília, DF, Brazil
2
Blood evidence consists of one of the most important forensic pieces. However, it is not always easy to identify a stain
as blood. The best and fastest way of doing it is using rapid
screening derived from immunochromatographic tests to
spot hemoglobin. However, cross reaction between species
might be an issue since hemoglobin of other animals could
be present, especially considering crimes against fauna, outdoor crime scenes with an easy access for animals, and human and domestic animal trauma cases. According to the
particular structure in each country there are private and/or
public laboratories working in this field. Methods and resources from private and public sectors are different, and
procedures also differ from country to country. The main
objective of our work was to validate the presence of human
blood using interspecific samples and the criteria defined
from each lab using rapid blood detection test kits, two from
the public sectors related to forensic analysis in Brazil and
one from the private sector in Germany. As a secondary
goal, we have evaluated the Hook Effect. We used two commercially available rapid tests to identify human blood
(HemDirect from SERATEC® Germany and HEXAGON
OBTI from BLUESTAR® Forensic). Sample material was
collected from several species. The results with HemDirect
were all negative for non-human, with exception to ferret
(Mustela putorius furo) and monkey (Callithrix jacchus).
Human blood was positive until a dilution down to 10 -7. An
extra test was done with fresh ferret and monkey blood at a
lower concentration (10-5) and was negative in both cases.
On the OBTI screening, human blood was negative at a concentration of 10-7, ferrets blood at 10-5 and monkey at 10-7.
The high dose Hook Effect with HemDirect tests was visible
but weak. The best results were obtained at dilutions between 10-4 and 10-5. On the other hand, the minimum sensitivity for OBTI was 10-6 and the high dose Hook Effect leads
to negative results down to 10-2, with a faint line observed 3
hours after the test start at this concentration. In conclusion,
both tests were suitable for the detection of human blood in
forensic samples with usual methods of both private and
public sectors.
36
BQ
03DEVELOPMENT
AND
VALIDATION
OF
A
SIMPLE
PRELIMINARY
TEST
FOR
MENSTRUAL BLOOD DETECTION
H. HOLTKOETTER1; C. STADLER2; C.R.
DIAS FILHO3; M.G. ROCA2
1
Forensische Molekulargenetik, Institut für
Rechtsmedizin Muenster, Muenster, Germany
2
SERATEC GmbH, Ernst-Ruhstrat Str. 5, Goettingen, Germany
3
Instituto de Criminalística, Superintendência de Polícia Técnico-Científica, São Paulo, SP, Brazil
Identifying the biological source of a crime scene stain is
one of the most important components in forensic science
practice. A correct origin determination can be crucial for
police investigations as it gives the investigators information about the course of the crime. Blood is one of the
most commonly found body fluids at crime scenes, and
accurate differentiation between peripheral blood and menstrual fluid potentially provides valuable evidence regarding the issue of consent in sexual assault cases. While the
presence of peripheral blood might indicate a traumatic
cause, menstrual fluid might hint towards a natural bleeding cause. The immunochromatographic SERATEC
HemDirect test, which detects the presence of human hemoglobin in a sample and therefore detecting the presence
of blood, was used as a basis for the development of a tool
for the detection of menstrual blood. During menstruation,
fibrinolysis occurs and is an important step to block blood
coagulation and enable the menstrual fluid to easily pour
out. The developed test is based on a D-dimer assay that
detects degradation products of fibrinolysis. Dried menstrual samples and fresh peripheral blood were used for the
sensitivity study. Possible cross-reaction were tested on
blood mixed with saliva, semen and vaginal fluid. Forensic
samples are included in the evaluation of the test’s sensibility and protocol development. Additionally, it was also
verified if the samples remained suitable for other commonly used methods such as DNA extraction and profiling. The results of this study indicate that the D-Dimer/
Hemoglobin assay reliably detects the presence of human
hemoglobin and identifies samples containing menstrual
fluid. No false positive results were obtained. Furthermore,
it was possible to successfully analyze mixtures of fluids.
The sensitivity and robustness of the assay is on trial involving a team of researchers from different institutions.
Considering the preliminary results, the method reliably
distinguished between menstrual and peripheral blood, and
so it would make a substantial progress in analyzing and
interpreting evidence from sexual assault cases.
BQ 04- ANÁLISE DE DNA EM CASOS DE VIOLÊNCIA SEXUAL COM TESTE PRELIMINAR NEGATIVO PARA PRESENÇA DE ESPERMATOZOIDES
MACHADO HC1, SINDEAUX RHM1, MALHEIROS D2,
MALAGHINI M3, ROSÁRIO MMT3
1
: Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Escola de Saúde e
Biociências, Paraná, Brasil.
2
: Universidade Federal do Paraná, Departamento de Genética,
Paraná, Brasil.
3
: Instituto de Criminalística do Estado do Paraná, Laboratório de
Genética Molecular Forense, Paraná, Brasil.
Em 2014 foram registrados mais de 3.900 casos de estupro
no estado do Paraná. Este alto número, associado à dificuldade em obter perfil genético do agressor em amostras com
resultados negativos para provas preliminares (pesquisa de
espermatozoides e detecção de PSA), faz com que um número considerável de casos sejam inconclusivos quanto a análise genética. A metodologia convencional utilizada no Laboratório de Genética Molecular Forense (LGMF) do Instituto
de Criminalística do Paraná para extração de DNA em casos
de estupro utiliza uma alíquota da amostra homogeneizada.
Este processo pode ser parcialmente responsável pela ausência de perfil genético masculino na evidência extraída possivelmente pelo efeito estocástico. Dentro deste contexto, este
trabalho propõe uma nova abordagem utilizando a centrifugação das amostras oriundas de crimes sexuais com resultado preliminar negativo para espermatozoide, a fim de concentrar as possíveis células vindas do agressor. Foram utilizadas 18 amostras com PSA e espermatozoide negativos
(NN) e 5 amostras com PSA positivo e espermatozoide negativo (PN) da casuística do LGMF. Todas foram submetidas
aos dois métodos de extração, o tradicional por alíquota e o
centrifugado. Foi obtido um haplótipo completo de indivíduo
do sexo masculino para uma amostra NN centrifugada, resultado não observado com a amostra alíquota. Em 44% das
amostras NN centrifugadas foi detectado material masculino
através da quantificação por PCR em tempo real, contra 24%
das amostras no método tradicional. Entre as amostras PN,
foi possível obter dois perfis autossômicos completos do
agressor e detectar material masculino em 75% das amostras
centrifugadas. Já nas amostras a partir de alíquotas, foi obtido apenas um perfil autossômico e o DNA masculino pode
ser quantificado em apenas 45% das amostras. Assim, foi
possível observar que a centrifugação auxiliou na obtenção
de material masculino tanto na quantificação quanto na genotipagem. Portanto, o resultado traz embasamento para que
o protocolo padrão para casos de estupro seja revisto e padronizado no LGMF (BUTLER, 2011; DE PAULA, 2012;
SAWAYA; ROLIM, 2009).
37
BQ 05- COMO A EPIGENÉTICA PODE AJUDAR
NAS CIÊNCIAS FORENSES?
CARDOSO, K.¹, MOHAMAD, L.¹, FARIAS, L.²
¹Acadêmicos de graduação do curso de Ciências Biológicas pelo
Centro Universitário de Brasília. ²Prof. Dra. do curso de Ciências
Biológicas do Centro Universitário de Brasília.
Centro Universitário de Brasília
Introdução: epigenética se r efer e às mudanças her editárias no fenótipo causadas por processos bioquímicos e
moleculares que não alteram a sequência primária de DNA
e envolvem metilação/desmetilação do DNA, acetilação/
desacetilação de histonas, entre outras. A investigação
através da epigenética forense se concentra nos métodos
para determinação dos padrões de metilação/desmetilação
do DNA para serem utilizados na elucidação de crimes.
Objetivo: esclar ecer a utilidade dos métodos epigenéticos na área forense. Materiais e Métodos: baseado na revisão bibliográfica sistemática, foram analisados os artigos
mais recentes publicados nessa área de conhecimento. As
bases de dados usadas foram PubMed e Scielo. Pesquisa
de bibliografia: as técnicas epigenéticas se concentr am
em buscar padrões de metilação no DNA dos suspeitos/
cadáveres. Todas elas servem para identificar o suspeito e
viabilizar a reconstrução da cena do crime, seja pela elucidação da idade do suspeito/cadáver (Koch e Wagner,
2011), pela identificação de fluidos corporais (Lee et al.,
2012), teste de paternidade (Huang et al., 2008) e diferenciação de gêmeos homozigóticos (Li et al., 2011). Conclusão: Uma vez que a epigenética r epr esenta um campo
relativamente novo, ainda existem muitas questões a serem
resolvidas em relação às tecnologias que podem ser aplicadas nas análises desse campo de estudo. Porém, é inegável
o imenso potencial que a epigenética forense apresenta
como mais uma ferramenta que poderá ser utilizada na
resolução de crimes. Referências Bibliográficas: Huang D.
et al. Parentally imprinted allele (PIA) typing in the differentially methylated region upstream of the human H19
gene, Forensic Sci. Int. Genet., Amsterdam, v. 2, n. 4, p.
286-291, 2008.; Koch C. M., Wagner W., Epigeneticaging-signature to determine age in different tissues, Journal of Aging Studies, Amster dam, v. 3, n. 10, p. 1-10,
2011.; Lee H. Y. et al. Potential forensic application of
DNA methylation profiling to body fluid identification,
Int. J. Legal Med., Amster dam, v. 126, n. 1, p. 55-62,
2012.; Li C. et al. Identical but not the same: The value of
DNA methylation profiling in forensic discrimination
within monozygotic twins, Forensic Sci. Int. Genet., Amsterdam, v. 3, p. 337-338, 2011.
BQ 06- DIFERENCIAÇÃO GENÉTICA DE GÊMEOS
MONOZIGÓTICOS EM ANÁLISES FORENSES
ANTONIO L U ¹, PEREIRA M M I ², FERRAZ J A M L3
¹ Especialista em Ciências Forenses pelo Instituto Paulista de Estudos Bioéticos e Jurídicos, Ribeirão Preto, SP, Brasil.
² Especialista em Biologia Molecular aplicada às área humana,
animal e vegetal pela Universidade São Judas Tadeu, São Paulo,
SP, Brasil.
3
Doutora em Biociências e Biotecnologia Aplicadas à Farmácia
pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, São
Paulo, SP, Brasil.
Introdução: Gêmeos monozigóticos der ivam de um único
zigoto e são indistinguíveis pela realização do teste genético
padrão, o qual avalia marcadores do tipo repetição curta em
tandem (Short Tandem Repeats, STR). Contudo o sequenciamento do genoma nuclear identificou polimorfismos de nucleotídeo único (Single Nucleotide Polymorphism, SNP)
extremamente raros, os quais permitem diferenciar gêmeos
monozigóticos (MZ). O DNA mitocondrial apresenta alta
taxa de mutação tornando possível obter posições heteroplásmicas úteis na diferenciação de gêmeos MZ. A análise do
padrão de metilação do DNA também se mostrou efetiva na
discriminação de tais indivíduos. Objetivos: O objetivo do
presente trabalho foi apresentar, através de uma revisão bibliográfica, as tecnologias utilizadas para se obter a diferenciação de gêmeos MZ e as evidências genéticas que corroboram tais dados. Metodologia: Foram selecionados 68 artigos
científicos onde apenas 5 destes tratavam especificamente do
tema diferenciação genética em gêmeos MZ, mostrando a
deficiência de estudos nesta área. Os descritores utilizados
foram DNA, gêmeos monozigóticos, genética e diferenciação celular. Discussão e Conclusão: Os tradicionais marcadores genéticos STR, que são utilizados na prática forense
por possuir alta variabilidade e estabilidade, não permitem
diferenciar apenas confirmar a monozigosidade em gêmeos.
Em apenas um caso, um padrão tri-alélico extremamente raro
para um marcador STR foi utilizado para solucionar um caso
criminal com gêmeos MZ. Por outro lado, análise de SNPs
nucleares e do perfil de metilação do DNA têm se mostrado
eficientes na diferenciação de gêmeos MZ. Além disso, a
genotipagem do mtDNA também revelou diferentes perfis de
SNPs entre estes indivíduos, com a vantagem do sequenciamento do genoma mitocondrial ser mais barato que o nuclear
e ter maior possibilidade de tipagem em amostras com DNA
degradado ou ausente. A identificação de SNP’s em diferentes tecidos possibilitou detectar mutações capazes de diferenciar gêmeos MZ auxiliando em investigações de paternidade
pois tais mutações podem ser herdadas pelos filhos.
38
BQ 07- ANÁLISE DE DNA DE TECIDOS PARAFINIZADOS PARA FINS DE IDENTIFICAÇÃO HUMANA
ALEM, L.1,2, MACIEL, P.O.M.2, VALENTIN, E.S.B.2,
SANTOS, O.C.L.2, NOGUEIRA, T.L.S.2
1
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil.
2
Instituto de Biologia do Exército, Rio de Janeiro, Brasil.
O DNA de amostras tratadas com formalina e parafina,
oriundos de arquivos de serviços de anatomia patológica,
podem apresentar variados níveis de degradação, o que
representa um grande desafio na obtenção de perfis genéticos em análises forenses. Na ausência de amostras biológicas disponíveis, como saliva, sangue e/ou músculos, para a
identificação de vítimas fatais, o processamento de lâminas
histopatológicas surge como alternativa. O objetivo deste
estudo foi padronizar metodologia de extração de DNA em
tecidos parafinados para fins de comparação de perfis genéticos de vestígios encontrados em locais de crime e acidentes em ambientes militares. Os tecidos utilizados neste
trabalho foram rim e pulmão fixados em formol a 10%,
parafinados, com e sem coloração, provenientes do Laboratório de Anatomia Patológica do Hospital Central do
Exército. A lâmina do tecido pulmonar foi corada com
hematoxilina e eosina, e a lâmina do tecido renal não foi
submetida a processo de coloração. Todo conteúdo das
lâminas foi raspado com bisturi e transferido para tubos de
1,5mL. Ambas as amostras foram previamente tratadas
com Solução de Desparafinização (Qiagen) e a extração de
DNA foi realizada com o kit QIAamp DNA FFPE Tissue
(Qiagen), conforme instruções do fabricante. Em seguida,
foram analisados marcadores STR autossômicos com o kit
AmpFlSTR Identifiler (Applied Biosystems) por eletroforese capilar, na plataforma ABI Prism 3500 Genetic
Analyzer, (Applied Biosystems). As análises dos dados
brutos foram realizadas com o software GeneMapper ID-X
v1.3. O processamento dos tecidos resultou em perfis genéticos satisfatórios para identificação humana. Foram
amplificados todos os 32 alelos possíveis por indivíduo,
referentes aos 16 marcadores do sistema multiplex utilizado. Em termos qualitativos, os eletroferogramas mostraram
picos bem definidos e com altura mínima de 3.000 rfu
(unidade relativa de fluorescência). Os dados gerados se
tornam relevantes no âmbito das Perícias Criminais Militares, podendo também servir como ferramenta na resolução
de casos na esfera civil.
BQ 08- MITF rs74845300 AND
rs80232752 ASSOCIATION WITH
DARKER PHENOTIPES IN A BRAZILIAN ADMIXED POPULATION
SAMPLE
MARCORIN L.1, DEBORTOLI G.2, PEREIRA A.L.E.1, OLIVEIRA M.L.G.2,
FRACASSO N.C.A2, MASSARO J.D.3, SIMOES, A.L.2,
DONADI, E.A.3, CASTELLI E.C.4, MENDES-JUNIOR
C.T.1
1
Departamento de Química, Faculdade de Filosofia, Ciências e
Letras de Ribeirão Preto, USP, Ribeirão Preto, SP
2
Departamento de Genética, Faculdade de Medicina de Ribeirão
Preto, USP, Ribeirão Preto, SP
3
Departamento de Clínica Médica, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP, Ribeirão Preto, SP
4
Departamento de Patologia, Faculdade de Medicina de Botucatu,
UNESP, Botucatu, SP
Universidade de São Paulo, Faculdade de Filosofia, Ciências e
Letras de Ribeirão Preto, Departamento de Química, Laboratório
de Pesquisas Forenses e Genômicas, Ribeirão Preto, SP
INTRODUCTION: Microphthalmia associated transcription
factor, MITF, has a major role in melanogenesis as it regulates the expression of enzymes directly involved in melanin
synthesis in melanosomes. MITF expression is regulated by
many different transcription factors, which bind to the promoter region functioning as transcription activators [1]. Besides its clear involvement in melanin synthesis, there aren’t
known association studies linking MITF diversity and pigmentation traits. OBJECTIVES: This study aimed to find
genetic variation in MITF associated with pigmentation traits
in a Brazilian admixed population sample (n = 340) from
São Paulo state. METHODS: Samples were stratified regarding eye, hair and skin color and presence of freckles. Libraries were prepared using Haloplex Target Enrichment System
(Agilent Technologies) for MiSeq platform Illumina Sequencing. Adapter trimming, alignment and genotype calling
were done using cutadapt, BWA and GATK, respectively.
RESULTS AND DISCUSSION: There were found 134 variation sites in the promoter, intronic, regulatory UTRs and
coding regions in MITF. Two of these, rs74845300*G and
rs80232752*T, were particularly interesting as they are in
perfect linkage disequilibrium and showed a strong correlation with black hair (p = 0.0002, OR = 41.10, IC95% =
2.2902-737.5484), dark brown eyes (p = 0.0066, OR =
17.35, IC95% = 0.9694-310.4651) and darker skin (p =
0.0005, OR = 27.74, IC95% = 3.1753-242.4257). Both SNPs
are located in the promoter region, more specifically in an
enhancer region where CEBPB and STAT3 may bind to
stimulate MITF expression (positions -1872 and -1013, respectively). CONCLUSION: The results indicate that
rs74845300*G and rs80232752*T might provide a stronger
interaction with CEBPB and STAT3, intensifying the expression of MITF and hence, melanin production in melanosomes. Added to the fact that these alleles occur only in African populations (1000 Genomes Project), it leads to the conclusion that these variants could be used as markers for darker pigmentation traits, especially black hair.
REFERENCES: [1] Bouakaze et al. 2009. Int J Legal Med.
123(4):315-25.
FINANCIAL SUPPORT: FAPESP (Grant 2013/15447--0)
and CNPq/Brazil (Grant 448242/2014--1 and Fellowship
309572/2014--2).
39
BQ 09- ESTUDO TEÓRICO DE MOLÉCULAS RELACIONADAS À VACINA CONTRA A COCAÍNA
SIQUIERI, T.O; DIAS, L.G.; BRUNI, A,T.
Departamento de Química, FFCLRP,UNIVERSIDADE DE SÃO
PAULO
De acordo com a Lei 11.343/2006, as Políticas Públicas
sobre Drogas devem levar em consideração medidas para
prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de
usuários e dependentes de droga. Além disso, a criminalização do usuário prevista no artigo 28 tem como consequência ações do Poder Público para que o infrator tenha
direito a tratamento gratuito e especializado tratamento.
Nesse contexto, pesquisas sobre a utilização de vacinas
para minimizar os efeitos da abstinência da droga possuem
aspecto forense, pois a própria lei assim o prevê. O objetivo deste estudo foi analisar as moléculas que podem ser
utilizadas na produção da vacina para a dependência de
cocaína por meio de química computacional. Neste estudo
estudamos
as
seguintes
moléculas:
(R)-pIsothiocyanatobenzoylecgonine
methyl
ester,
2'Acetoxycocaine, 4'-Fluorococaine, Cocaethylene, isothiocyanatobenzoylecgonine, norcocaine, Salicylmethylecgonine. A metodologia foi feita com os programas computacionais: ChemSketch e OpenBabel para obter-se o input
das moléculas; Orca a fim de otimizar as geometrias e obter espectros teóricos pelos métodos AM1, PM3;
Chemcraft para a visualização de geometrias otimizadas e
espectros. Os resultados obtidos apresentam as geometrias
finais para cada caso. Os métodos semi-empíricos estudados até agora apresentam uma reprodutibilidade adequada
das estruturas cristalográficas. Contudo, há diferenças encontradas nos espectros para cada caso. Outros métodos
semi-empíricos, como PM6 e PM7 serão utilizados a fim
comparar os dados para se obter uma ideia da eficácia entre os vários métodos.
Referências Bibliográficas:
FOX, B. S. Development of a therapeutic vaccine for the treatment of cocaine addiction.
MARTELL, B. A., MITCHELL, E., POLING, J, GONSAI, K.,
and KOSTEN, T. R., Vaccine Pharmacotherapy for the Treatment of Cocaine.
40
ODONTOLOGIA LEGAL
41
OL 01- ASSOCIAÇÃO DE MÉTODOS PARA ESTIMATIVA DA IDADE EM UMA AMOSTRA DE JOVENS BRASILEIROS
OL 02- PREDIÇÃO DO SEXO POR
MEIO DE MENSURAÇÕES NOS
SEIOS MAXILARES EM EXAMES DE
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
AZEVEDO ACS1, MICHEL-CROSATO E1, BIAZEVIC
MGH1.
FARIAS AG1, GAMBA TO2, GROPPO
FC3, HAITER-NETO F4, POSSOBON RF5
Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo
(FOUSP).
1
Os métodos de estimativa da idade para indivíduos jovens
consistem no estudo de características dentais e ósseas,
com o intuito de atingir resultados o mais próximo possível da idade cronológica. O estudo de estruturas do corpo
humano norteia-se na avaliação dos acontecimentos que
transcorrem durante os processos de crescimento e de desenvolvimento, uma vez que, comumente, apresentam uma
sequência lógica e constante. A literatura mundial sugere
uma abordagem multifatorial para o processo de estimativa
da idade, ou seja, a avaliação de mais de um local anatômico. Nesse sentido, o objetivo deste estudo foi verificar a
relação entre a idade cronológica e a idade biológica estimada por meio de índices radiográficos derivados da associação de métodos de estimativa baseados no desenvolvimento dental e na maturação das vértebras cervicais. Para
isso, utilizou-se uma amostra composta por radiografias
panorâmicas e telerradiografias pertencentes a 510 indivíduos com idades entre 8 e 24 anos. Foi aplicado o método
de Demirjian para estimativa da idade de sete dentes mandibulares, o método de Baccetti que estima a idade por
meio da maturação das vértebras e o método de Mincer
para estimativa da idade de terceiros molares. Em seguida,
foram utilizados os índices radiográficos apresentados no
estudo de Lajolo et al. (2013): o escore radiográfico orocervical simplificado (EROCS) e o escore radiográfico oro
-cervical simplificado sem o terceiro molar (EROCSSTM).
Com base nestes índices, a amostra foi dividida em grupos
(A, B e C), representativos do aumento da idade cronológica. Os dados foram digitados e analisados no programa
MedCalc. Para o EROCS a taxa de acerto foi de 67,4%, já
para o EROCSSTM a taxa de acerto foi de 70,8%. Considerando apenas o sexo feminino, a taxa de acerto foi igual
a 64,2% (EROCS) e 66,1% (EROCSSTM). No que refere
ao sexo masculino, os valores foram 70,7% (EROCS) e
75,4% (EROCSSTM). Os achados indicam que houve boa
aplicabilidade dos índices radiográficos oro-cervicais e os
resultados, de modo geral, foram melhores ao associar
apenas dois métodos de estimativa de idade.
Doutoranda em Radiologia Odontológica, Departamento de Diagnóstico Oral, Área de Radiologia Odontológica,
2
Doutorando em Radiologia Odontológica, Departamento de Diagnóstico Oral, Área de Radiologia Odontológica,
3
Professor Titular, Departamento de Ciências Fisiológicas, Área de
Farmacologia, Anestesiologia e Terapêutica,
4
Professor Titular, Departamento de Diagnóstico Oral, Área de
Radiologia Odontológica,
5
Professora Associada, Departamento de Odontologia Social, Área
de Psicologia Aplicada,
Faculdade de Odontologia de Piracicaba – Unicamp
INTRODUÇÃO: A determinação sexual é um importante
passo na identificação de corpos decompostos e de remanescentes esqueléticos, podendo ser realizada por meio de características morfométricas da pelve, dos ossos longos e do crânio. No entanto, em grande parte dos casos, a pelve e os ossos longos encontram-se fragmentados ou mesmo ausentes, o
que atribui ainda mais importância ao estudo craniométrico
[1]. OBJETIVO: Avaliar a possibilidade de determinação do
sexo de indivíduos desconhecidos por meio de mensurações
lineares e volumétricas nos seios maxilares, em exames de
Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC), na
população brasileira. MATERIAL E MÉTODOS: 94 imagens de TCFC, sendo 45 de indivíduos do sexo masculino e
49 do sexo feminino, com idades entre 20 e 35 anos. O volume dos seios maxilares foi mensurado por meio do software
de segmentação ITK-SNAP 3.0®. As mensurações lineares
de altura, comprimento, largura, e maior distância entre os
seios maxilares direito e esquerdo, foram executadas no software OnDemand 3D®. RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Todas as medidas foram estatistica e significativamente maiores (p<0,05) no sexo masculino, como relatado em trabalhos realizados em outras populações [1,2]. A medida mais
dimórfica observada foi a altura do seio maxilar, com um
potencial de predição do sexo de 77,7%. Com base nas medidas realizadas, foi desenvolvido um modelo de regressão
logística que permitiu a elaboração de uma fórmula com
potencial de predição sexual de 84%, sendo este valor superior aos de estudos pesquisados previamente na literatura [1,
2, 3, 4]. CONCLUSÃO: As medidas lineares e de volume
dos seios maxilares, em exames de TCFC, são úteis para a
predição do sexo de indivíduos desconhecidos.
Referências: [1] Uthman, N.H. Al-Rawi, A.S. Al-Naaimi, J.F. AlTimimi, Evaluation of maxillary sinus dimensions in gender determination using helical CT scanning., J. Forensic Sci. 56 (2011) 403
–8. / [2] R. Kanthem, V. Guttikonda, S. Yeluri, G. Kumari, Sex
determination using maxillary sinus, J. Forensic Dent. Sci. 7 (2015)
163. / [3] O. Ekizoglu, E. Inci, E. Hocaoglu, I. Sayin, F.T. Kayhan,
I.O. Can, The Use of Maxillary Sinus Dimensions in Gender Determination, J. Craniofac. Surg. 25 (2014) 957–960. / [4] H.Y. Teke,
S. Duran, N. Canturk, G. Canturk, Determination of gender by
measuring the size of the maxillary sinuses in computerized tomography scans., Surg. Radiol. Anat. 29 (2007) 9–13.
42
OL 03- O USO DE MAQUIAGEM PARA SIMULAÇÃO DE LESÕES EM PESQUISAS SOBRE VALORAÇÃO DE DANOS ESTÉTICOS E TIPIFICAÇÃO
DE DEFORMIDADE PERMANENTE
FERNANDES MM1, BOUCHARDET FCH2, MICHELCROSATO E1, COBO-PLANA JA3, OLIVEIRA RN1.
1
Universidade de São Paulo, Faculdade de Odontologia, Departamento de Odontologia Social.
2
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG),
Faculdade de Odontologia, Belo Horizonte (MG), Brasil.
3
Instituto de Medicina Legal (IML) – Zaragoza (Aragón), Espanha.
Universidade de São Paulo, Faculdade de Odontologia, Departamento de Odontologia Social.
Introdução: vár ias são as dificuldades enfr entadas pelos peritos nas avaliações de dano corporal pós-traumático,
principalmente quando nos deparamos com a valoração do
dano estético ou a tipificação de uma deformidade pela
necessidade de comparação do paciente vítima de trauma
com o seu estado anterior. Nesse sentido, evidencia-se
nesses estudos a impossibilidade de causar lesões nos pacientes ou modelos, impondo-se o cumprimento de normas
éticas internacionais em pesquisa científicas. Objetivo:
apresentar a possibilidade de avaliar o impacto e a impressão do prejuízo estético utilizando a maquiagem, tanto
feita com produtos cosméticos, tanto realizada com softwares eletrônicos como métodos para validar instrumentos de pesquisa no âmbito forense. Materiais e Métodos: a
metodologia permite a simulação de lesões cicatriciais
feitas com maquiagem na região maxilofacial. Para tal,
utilizaram-se modelos voluntários possibilitando mostrar
aos avaliadores imagens desses modelos antes (estado anterior normal do modelo) e com lesões maquiadas simulando danos estéticos sofridos, podendo serem feitos diferentes graus de gravidade da lesão1 num mesmo modelo. Discussão: tr ata-se de uma metodologia inovadora2 que mostra uma perspectiva interessante para o campo das pesquisas forenses sobre o tema, não causando danos aos pacientes. Conclusão: a busca pela melhor evidência científica
sempre foi um desafio aos pesquisadores, mas no campo
do dano estético/deformidade permanente ele toma proporção ainda maior quando se torna necessário adequá-los as
várias áreas das ciências forenses: odontologia legal, medicina legal, criminalística, bem como do direito em saúde e
da ética em pesquisa, além da legislação relacionada ao
tema nos diferentes países.
REFERENCIAS:
1- Cobo Plana JA. La valoración del daños a la personas
por accidentes de tráfico. Vol. 1. Barcelona: Bosch, 2010.
1008 p.
2- Smith-Stoner M. Using moulage to enhance educational
instruction. Nurse Educ. 2011; 36(1):21-4.
OL 04- É POSSÍVEL MEDIR A FEALDADE CIENTIFICAMENTE? RELATO DE EXPERIÊNCIA PERICIAL
FERNANDES MM1, KICHLER A2, ROSA GC1, SAKAGUTI N1 E OLIVEIRA RN1
1
Universidade de São Paulo, Faculdade de Odontologia, Departamento de Odontologia Social.
2
Associação Brasileira de Odontologia Seção Rio Grande do Sul
(ABORS), Departamento de Odontologia Legal.
Departamento de Odontologia Legal, Associação Brasileira de
Odontologia Seção Rio Grande do Sul
Objetivo: este estudo objetivou evidenciar difer entes
abordagens metodológicas existentes para valoração do prejuízo estético por meio de um relato de perícia odontológica
civil em que o periciado se mostrou com perdas dentárias e
lesões em outras estruturas bucomaxilofaciais. Relato de
caso: tr atou-se de um processo ajuizado para ressarcimento
de danos que teve como autor uma pessoa que trafegava numa bicicleta e acidentalmente caiu dentro de um buraco existente na via pública traumatizando a face, e ré a prefeitura
municipal. No laudo civil, realizado após o exame pericial e
entregue ao judiciário, foi constatada a existência de nexo
causal e foi utilizado o método da escala de sete graus ou
método qualitativo empírico descritivo, tendo sido alcançado
o grau cinco (considerável) para quantificação do dano estético. A sentença do juiz deu ganho de causa à vítima, sendo a
indenização definida em 15 (quinze) mil reais. Porém, no
texto dessa decisão não se observou nenhuma referência ao
prejuízo estético ou as metodologias descritiva e empírica
utilizadas para apurá-lo. Discussão: A existência de diferentes formas para valorar a fealdade em diferentes tecidos como dentes e estruturas faciais, muitas não validadas no Brasil, mostrou a importância do perito cirurgião-dentista se
encontrar atualizado sobre as abordagens existentes, bem
como entendê-las como uma necessidade pelo Código Processo Civil de 2015. Por fim, é fundamental a realização de
uma descrição minuciosa das lesões existentes, bem como
indicar a autoridade uma visão completa da pessoa prejudicada para a justa apreciação do dano estético, apontando a
metodologia utilizada.
43
OL 05- APLICABILIDADE DE MENSURAÇÕES
MANDIBULARES PARA DETERMINAÇÃO DE SEXO E ESTIMATIVA DE IDADE EM AMOSTRAGEM BRASILEIRA
PEREIRA JGD1A, LIMA KF1A, DARUGE JÚNIOR E2B,
SILVA RHA1C
a
Aluna do curso de especialização em Odontologia Legal; b Professor Doutor do Departamento de Odontologia Social – Área de
Odontologia Legal ; c Professor Doutor do Departamento de Saúde Coletiva - Área de Odontologia Legal
1
Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto – Universidade de
São Paulo FORP-USP
2
Faculdade de Odontologia de Piracicaba – Universidade Estadual de Campinas FOP-Unicamp
Na identificação humana com ajuda do perfil antropológico a determinação do sexo é necessária pois a idade de um
esqueleto é sempre determinada em conjunto com o seu
sexo. Estudos demonstram que a mandíbula é comparável
ao crânio e a pelve, no dimorfismo sexual. O objetivo deste trabalho foi avaliar a possibilidade de determinar o sexo
e estimar a idade em brasileiros por meio de mensurações
mandibulares: altura do ramo (Co-Go), altura coronóide
(Cr-Go), ângulo goníaco (Go), distância bigoníaca (GoGo) e comprimento máximo da mandíbula (Co-Pg). Foram
utilizadas 103 mandíbulas n=53 do sexo feminino e n=50
do sexo masculino com idade média de 59,96 e 52,92 respectivamente, provenientes do Arquivo de Ossadas do
Departamento de Odontologia Social, Área Odontologia
Legal, da FOP - Unicamp. Os intervalos dos valores masculinos foram: Cr-Go 46,1 - 76,3, Go 102 – 140, Go-Go
80,4 - 109,8, Co-Go 47,7 – 74, Co-Pg 109,3 - 133,2. Os
intervalos femininos foram: Cr-Go 40,6 – 81,3, Go 110 144, Go-Go 77,1 - 98,4, Co-Go 43,4 - 70,5, Co-Pg 100,1 –
130. Todas as médias foram maiores em homens como
observado em trabalhos anteriores (1,2), com exceção do
Go que foi maior em mulheres, indo contrário a alguns
trabalhos encontrados (2,3). As mandíbulas foram agrupadas de acordo com a idade, G1: 0-20 anos; G2: 21-40 anos;
G3: 41-60 anos; G4: 61-80 anos; G5: 80-100 anos, sem
levar em consideração o sexo. Foi possível observar um
aumento gradual de todas as mensurações entre os grupos
G1 e G2, porém os valores diminuem no G3, voltam a
aumentar no G4 e diminuem novamente no G5. Verificase que no grupo G1 encontraram-se as menores medidas:
Cr-Go 57; Go 118; Go-Go 83,7; Co-Go 54,7; Co-Pg
109,6; com exceção dos valores de Cr-Go 55,8 e Co-Go
53,15 que foram menores no G5 como encontrado em outros trabalhos (4). O grupo G2 possuiu as maiores médias
em todas as mensurações Cr-Go 59,9; Go 122,5; Go-Go
94,3; Co-Go 59,12; Co-Pg 119,8. Conclui-se que as mensurações mandibulares apresentam potencial para diferenciação de sexo, porém a idade sofreu grandes variações,
não sendo recomendável a utilização de apenas essas mensurações para este fim.
Referências: 1. Ongkana N, Sudwan P. Gender difference in thai
mandibles using metric analysis. Chiang Mai Med J. 2009;48(2):43
–8.
2. Thakur KC, et al. Racial Architecture of Human Mandible - An
Anthropological Study. J Evol Med Dent Sci. 2013;2(23):4177–88.
3. Ivanišević Malčić A, et al. Radiomorphometric indices of mandibular bones in an 18th century population. Arch Oral Biol
[Internet]. 2015 May;60(5):730–7.
4. Al-Shamout R, et al. Age and gender differences in gonial angle, ramus height and bigonial width in dentate subjects. Pakistan
Oral Dent J. 2012;32(1):81–7.
OL 06- ATIVIDADE PRÁTICA VISUAL NO ENSINOAPRENDIZAGEM DA TRAUMATOLOGIA FORENSE
LIMA KF1, PEREIRA JGD1, SILVA RHA2
1
Aluna do Curso de Especialização em Odontologia Legal da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto – Universidade de São
Paulo.
2
Professor Doutor do Departamento de Estomatologia, Saúde Pública e Odontologia Legal da Faculdade de Odontologia de Ribeirão
Preto - Universidade de São Paulo.
Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto – Universidade de
São Paulo
Embora a importância das aulas práticas seja amplamente
reconhecida, de forma geral, formam uma parcela muito pequena nos cursos de graduação por diversos fatores1,2,3. Atividades práticas permitem que os alunos organizem e interpretem dados e, a partir deles, possam fazer generalizações e
inferências, ao permitir a associação da teoria à prática, contribuindo para formação de profissionais completos para o
mercado de trabalho1. O ensino da traumatologia forense
muitas vezes é lecionado de forma unicamente teórica, distanciando o aluno da vivência prática dessa disciplina. Por
esse motivo, o presente trabalho objetivou a criação de modelos que pudessem auxiliar o ensino da traumatologia forense, através da simulação de lesões em manequins com
cabeça e pescoço, no intuito de aproximar os discentes da
Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto de maneira
mais concreta, através de recursos visuais como estratégia de
ensino. Para a confecção dos manequins com a presença de
lesões simuladas, inicialmente foram selecionadas as lesões
que seriam confeccionadas e posteriormente essas foram
realizadas com a ajuda de fotografias, cosméticos, tintas,
pinceis e espátulas odontológicas, além de outros materiais
de artesanato para a caracterização das lesões. A atividade
foi realizada com os alunos do 5º ano do Curso de Odontologia da FORP/USP na disciplina de Odontologia Legal. Foram realizadas 27 lesões simuladas, divididas em 6 manequins em variadas áreas da cabeça e pescoço. Através da
execução de referida atividade foi possível perceber um maior interesse e motivação dos alunos, além de melhor entendimento e assimilação das nomenclaturas e características das
diversas lesões.
Referências: 1. Bassoli F. Atividades práticas e o ensinoaprendizagem de ciência(s): mitos, tendências e distorções. Ciênc.
Educ. 2014; 20(3):579-93.
2. Cardoso FS. Atividades práticas e o ensino-aprendizagem de
ciência(s): mitos, tendências e distorções [Monografia]. Lajeado:
Centro Universitário UNIVATES, Curso de Gradução em Ciências
Biológicas; 2013.
3. Pacheco MTM. A medicina legal na Bahia: Início e evolução do
ensino. Graz. Med; 2007. 77(2):139-57.
44
OL 07- IMPORTÂNCIA DA RADIOGRAFIA PANORÂMICA COMO AUXILIAR ÀS PRÁTICAS CLÍNICA E ODONTOLEGAL
OL08- PERÍCIA ODONTO-LEGAL EM OSSADA HUMANA: RELATO DE CASO
MIRANDA AS¹, BARBIERI AA², MORAES MEL³, NARESSI SCM4
PINTO1 PHV, BARROS2 AVN, ANDRADE3 AOCB, PEREIRA4 ANN, LAGES5 VA.
1
Aluna de graduação Unesp-Ict São José dos Campos
Professora de Odontologia Legal e Bioética Unesp – Ict São
José dos Campos
3
Professora de Radiologia Unesp – Ict São José dos Campos
4
Professora de Odontologia Legal e Bioética Unesp – Ict São
José dos Campos
2
As radiografias odontológicas registram a situação clínica
do indivíduo embasando o tratamento proposto e acompanhando sua evolução. Dentre elas a radiografia panorâmica
propicia uma visão mais ampla do complexo bucomaxilofacial, permitindo a descoberta de processos patológicos
e outros achados, contribuindo para diagnósticos mais eficazes e melhor planejamento terapêutico. Além disso, é
igualmente relevante no processo de identificação humana,estimativa da idade e na solução de discussões judiciais.
Este estudo foi conduzido visando fundamentar a necessidade da inclusão da radiografia panorâmica como documento imprescindível ao prontuário do paciente, de modo
a conferir a ele maior autenticidade. Para tanto, foram avaliadas 2732 radiografias panorâmicas não identificadas, de
pacientes na faixa etária de 15 a 55 anos, de ambos os sexos, procedentes dos acervos da Disciplina de Radiologia
da FOSJC-UNESP e de uma clínica radiológica particular
da cidade de São José dos Campos - SP. A análise das radiografias buscou achados radiográficos não observáveis
clinicamente. Os dados encontrados foram submetidos a
análise estatística descritiva, TesteT Student e Teoria Central do Limite. Do total das radiografias panorâmicas avaliadas, 20,31% apresentaram achados radiográficos. Não
foram encontradas diferenças estatisticamente significantes
entre os sexos e entre os sexos e a faixa etária. Os dados
obtidos e a múltipla finalidade odontológica da radiografia
panorâmica demonstram sua essencialidade como documento a complementar o prontuário odontológico do indivíduo, conferindo a ele maior legitimidade e valor clínico.
1
Aluno de Graduação em Odontologia da Universidade Estadual
do Piauí. Parnaíba-PI.
2
Perita odonto-legal do Instituto de Medicina Legal Gerardo Vasconcelos. Teresina-PI.
3
Perita odonto-legal do Instituto de Medicina Legal Gerardo Vasconcelos. Teresina-PI.
4
Perito médico-legal do Instituto de Medicina Legal Gerardo Vasconcelos. Teresina-PI.
5
Perito odonto-legal do Instituto de Medicina Legal Gerardo Vasconcelos. Teresina-PI.
Introdução: Os ar cos dentár ios são de gr ande impor tância no processo de identificação humana por apresentarem
uma série de especificações que podem ser conservadas frente às adversidades do ambiente por um longo período de
tempo. Quando a perícia dispõe da documentação odontológica ante-mortem (AM), o método odonto-legal com fins de
identificação pode ser utilizado em substituição ao exame de
necropapiloscopia e de genética forense. Além disso, a perícia deve estar habituada a detectar a ocorrência de lesões nas
estruturas craniofaciais. Objetivo: Relatar a perícia odontolegal realizada em ossada humana, descrevendo as lesões
encontradas e a identificação humana através do confronto
entre dados odontológicos post-mortem (PM) e documentação AM. Relato do caso: Em 2014, deu entr ada no IML
de Teresina-PI uma ossada encontrada na zona rural do município de União-PI. Devido à impossibilidade de identificação datiloscópica, optou-se pelo método odonto-legal de
identificação. A partir das características morfológicas do
crânio, determinou-se gênero masculino e etnia caucasiana
para a ossada. A idade foi estimada entre 18 e 20 anos, de
acordo com a presença das suturas sagital e lambidóide na
superfície externa da calota craniana (Vanrell, 2009) e com
os estágios de mineralização dentária do terceiro molar proposto por Nicodemo, Moraes e Médici Filho (1974). A documentação odontológica AM, ao ser comparada com os achados PM, possibilitaram a identificação da ossada. Ademais, o
exame pericial pode constatar lesões ósseas de natureza contundente no crânio e na mandíbula como provável causa
mortis (CM), direcionando o inquérito policial para a hipótese de homicídio. Conclusão: A partir da perícia odontolegal, acredita-se que a CM foi por traumatismo cranioencefálico e foi realizada a identificação humana da vítima. A
documentação odontológica foi fundamental para o processo
de identificação da ossada encontrada.
45
OL 09- IMPORTÂNCIA DA ODONTOLOGIA LEGAL PARA O SUCESSO DA IDENTIFICAÇÃO EM
CORPOS CARBONIZADOS: RELATO DE CASO
RECALDE TSF1, RODRIGUEZ JCZ2, SILVA RHA3
Aluna do curso de especialização em Odontologia Legal FORP –
USP.
Coordenador da área de Odontologia Legal UAP - Paraguai
Coordenador da área de Odontologia Legal FORP – USP.
Introdução: A aplicação de métodos e técnicas odontológicas com fins de identificação é um modo inigualável
em casos onde a magnitude de dano corporal impede a
identificação por outros métodos. É sabido por todos os
especialistas, que não que não há duas arcadas dentárias
idênticas, mesmo quando são analisadas as arcadas dentárias de gêmeos univitelinos. Além disso, a resistência dos
dentes à destruição pelo fogo está amplamente discutida na
literatura. Isto prova o alto valor da Odontologia Legal e
da documentação odontológica para a correta identificação
dos indivíduos queimados ou carbonizados. Objetivo: O
objetivo desse trabalho, foi por meio de um relato de caso,
apresentar a importância da informação odontológica, para
possibilitar a identificação humana, bem como a importância do exame pericial odonto legal. Relato de caso: Tratase de um acidente aéreo, onde houve cinco vítimas e todos
os corpos encontravam-se completamente carbonizados.
O estado dos corpos dificultou consideravelmente a identificação por meios convencionais utilizados no Paraguai
(reconhecimento visual e datiloscopia), o que levou a aplicar técnicas odontológicas com fins de identificação. Conclusão: Com este r elato de caso logr ou-se observar a
importância da documentação odontológica e do exame
pericial odontolegal em processos de identificação humana.
REFERÊNCIAS
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electrónica [en línea]. Madrid, España: Real Academia Española.
Disponível em: http://dle.rae.es/?id=KtmKMfe.
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estomatol/article/view/212
-Cáceres V. La odontología forense ayudó a resolver varios casos
de gran impacto social. Ultima Hora [Internet]. 2014 [cited 17
Feb 2016];. Available from: http://www.ultimahora.com/
odontologia-forense-ayudo-resolver-varios-casos-gran-impactosocial-n799638.html
-Importancia de la Odontología Forense dentro de la Maestría en
Ciencias Forenses [Internet]. Posgrado.uni.edu.py. 2016 [cited 17
May
2016].
Available
from:
http://
www.posgrado.uni.edu.py/2011/04/27/importancia-de-laodontologia-forense-dentro-de-la-maestria-en-ciencias-forenses/
DVI / Policía científica / Especialidades / Internet / Home - INTERPOL [Internet]. Interpol.int. 2016 [cited 17 May 2016].
Available from: http://www.interpol.int/es/INTERPOL-expertise/
Forensics/DVI
-Sweet D. ¿Por que es necesario un odontólogo para la identificación? En Fixot RH, editor invitado, clínicas odontológicas de
Norteamérica: odontología forense. Abril 2001: Pp 245-257.
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Ben GL, Editores, Manual of Forensic Odontology, Ed 3. Colorado Springs, CO, American Society of Forensic Odontology,
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-DA SILVA, RF; De La Cruz, BVM; Daruge JRE, Francesquini
JRL.F. La importancia de la documentación odontologica en la
identificación humana -relato de caso. Acta odontol. venez
[online]. 2005, vol.43, n.2, pp. 159-164. ISSN 0001-6365.
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estudo em campina grande – PB. Pesq Bras Odontoped Clin Integr,
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http://www.gruponitro.com.br/atendimento-a-profissionais/%23/
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-Gomes Brito E. A documentação odontológica sob a ótica dos
cirurgiões-dentistas de Natal/RN [Mestrado]. Universidade Federal
do Rio Grande do Norte; 2005. Disponível em: ftp://ftp.ufrn.br/pub/
biblioteca/ext/bdtd/EwertonWGB.pdf
-Codigo del Proceso Penal de la República del Paraguay. Ley Nro
1286/98. Colección de Derecho Penal, 2001.
-Codigo Sanitario. Ley No836. Biblioteca y archivo central del congresso Nacional. Diciembre 1980. Disponível em: http://
www.bacn.gov.py/MjM5OQ==&ley-n-836
46
OL 10- ANÁLISE MÉTRICA DE CRÂNIOS HUMANOS PARA DETERMINAÇÃO DO SEXO: FORAME
MAGNO
1
1
LOPEZ-CAPP, TT ; BENEDICTO, EN ; MICHELCROSATO, E1; PAIVA, LAS2; BIAZEVIC, MGH1
1
Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo
(FOUSP).
2
Instituto de Ensino e Pesquisa em Ciências Forenses (IEPCF).Guarulhos, São Paulo.
O crânio é uma das estruturas anatômicas que apresentam
maior dimorfismo sexual. A base do crânio é uma das estruturas que possui maior chance de prevalecer intacta
após ação do ambiente. O estudo tem como objetivo analisar variáveis morfométricas do forame magno em crânios
humanos para determinação do sexo. A amostra foi constituída de 99 crânios (46 femininos e 53 masculinos) pertencentes ao acervo do IEPCF. As medidas utilizadas para
calcular a área do forame magno foram: máximo comprimento do forame magno (CFM) e máxima largura do forame magno (LFM). Três metodologias descritas na literatura foram utilizadas para calcular a área do forame magno:
Routal et al.1 (M1), Teixeira2 (M2) e Günay and Altinkök3
(M3). Aplicou-se análise descritiva e teste qui-quadrado
com nível de significância de 5%. O estudo foi aprovado
pelo CEP-FOUSP, número parecer: 318.189. As médias
das medidas e das áreas foram maiores para o sexo masculino comparado ao sexo feminino: CFM 32,36mm ± 1,48 e
30,80mm ± 1,38; LFM 33,70mm ± 1,00 e 32,16mm ±
0,91; M1 856,32mm² ± 35,61 e 776,02mm² ± 28,57; M2 e
M3 861,41mm²± 35,48 e 781,40mm² ± 28,43. Os resultados obtidos a partir da aplicação das três metodologias
foram que M1 determinou corretamente 47,2% os crânios
do sexo masculino e 32,6% os crânios do sexo feminino;
na técnica M2, o nível de acerto foi de 26,4% e 69,6%,
respectivamente; e em M3, 20,8% e 54,3%, respectivamente. Conclui-se que as medidas CFM e LFM foram
maiores no sexo masculino comparadas ao sexo feminino e
a partir dos parâmetros utilizados neste estudo verificou-se
que a porcentagem de acerto dos três métodos foi insatisfatória para determinação do sexo em crânios humanos.
REFERÊNCIAS
1
Routal RR, Pal GP, Bhagwat SS, Tamankar BP. Metrical studies
with sexual dimorphism in foramen magnum of human crania. J
Anat Soc India 1984; 2(33):85–89. 2Teixeira WRG. Sex identification utilizing the size of the foramen magnum. Am J Forensic
Med Pathol 1982; 3(3):203–206. 3Günay Y, Altinkök M. The
value of the size of foramen magnum in sex determination. J Clin
Forensic Med 2000; 7:147–149.
Bolsista FAPESP nº 2014/13340-7 e CAPES/Ciências Forenses.
OL 11- APLICABILIDADE DA QUEILOSCOPIA NA
IDENTIFICAÇÃO HUMANA
DEZEM, TU1; SILVA, A.A2; TERADA, ASSD3; SILVA,
RHA4
1 –
Doutoranda Biologia-Buco Dental – Anatomia – FOP/
UNICAMP
2Cirurgiã-Dentista – FORP/USP
3–
Doutoranda em Ciências - Dep. Patologia e Medicina Legal –
FMRP/USP
4–
Professor Odontologia Legal – FORP/USP
A análise das impressões labiais é conhecida como queiloscopia e refere-se a um método que pode ser utilizado nos
casos de investigação forense. A análise da impressão labial
pode ser de grande importância, pois tanto as impressões
labiais aparentes, como as latentes, podem ser encontradas
em objetos na cena de um crime, podendo indicar algum tipo
de vinculação entre o suspeito e o local do crime. Este trabalho teve como objetivo principal investigar a variabilidade e
a classificabilidade dos tipos de sulcos e espessura labial
além da localização da comissura labial de 100 sujeitos de
pesquisa. As análises foram realizadas em dois momentos
com exames intra e interobservador. A mensuração da espessura labial foi realizada utilizando paquímetro digital e a
análise da comissura labial por meio de análise visual. Para a
classificação dos sulcos labiais, cada participante teve sua
impressão labial registrada em folha sulfite branca com uso
de batom de cor escura e fita adesiva, buscando, dessa forma,
observar a prevalência dos padrões labiais na referida amostra e a variabilidade de sua classificação, para que essa prova
pericial seja valorada na altura de seu mérito. Os resultados
mostraram que é possível realizar a classificação das análises
labiais, sendo que o tipo de lábio mais frequentemente encontrado foi o tipo I com 34,25%. Em relação à espessura, o
tipo misto e a comissura do tipo abaixada foi a predominante
com 66% e 59%, respectivamente. Além disso, observou-se
nesse trabalho que não houve diferença estatística entre os
indivíduos do sexo masculino e feminino em relação às classificações estudadas. Em relação à subjetividade da análise,
os resultados mostraram que existe variação entre pesquisadores, principalmente em relação à impressão labial. Dessa
forma, pode se concluir que os métodos estudados nesse trabalho são considerados válidos para identificação forense,
desde que realizados por profissionais treinados para realização das análises, pois exigem estudo minucioso e treinamento da equipe para a realização correta e fiel do queilograma.
Referências
1. Venkatesh R, David MP. Cheiloscopy : An aid for personal identification. J Forensic Dent Sci 2011;3:67-70.
2. Barros GB, Silva M, Galvão LCC. Estudo queiloscópico em
estudantes do curso de Odontologia da UEFS– BA. Rev Saúde.Com
2006; 2(1):3-11.
3. Suzuki K, Tsuchihashi Y. A new attempt of personal identification by means of lip print. 1971;4:154–8.
4. Santos M. Cheiloscopy: A supplementary stomatological means
of identification. 1967; 1(2):66- 7.
5. Molano MA, Gil JH, Jaramillo JA, Ruiz SM, Estudio queiloscópico en estudiantes de la Universidad de Antıóquia. 2002;14(1):26–
33.
6. Moya V, Roldán B, Sánchez JA. Odontología legal y forense.
Barcelona: Masson; 1994.
47
PSIQUIATRIA E PSICOLOGIA
FORENSE
48
PPF 01- ANÁLISE DE CANABINÓIDES EM
AMOSTRAS DE CABELO E CORRELAÇÃO COM
INCIDÊNCIA DE SINTOMAS PSIQUIÁTRICOS
ALVES MNR1, HANNA TB1, CRIPPA JAS2, DE MARTINIS BS3
1
Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, USP;
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP; 3Faculdade de
Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto, USP.
2
Introdução: A Cannabis contém apr oximadamente 70
canabinóides, sendo os principais o Δ9 – tetraidrocanabinol
(Δ9 - THC), que quando administrado intravenosamente
em indivíduos saudáveis produz efeitos ansiogênicos e
efeitos psicóticos-like e o canabidiol (CBD), que apresenta
propriedades antipsicóticas e ansiolíticas. O cabelo é uma
matriz biológica que permite mostrar um retrato cumulativo e retrospectivo de exposição prolongada a drogas, em
razão de sua natureza sólida e de grande durabilidade. A
incidência dos sintomas psiquiátricos foi avaliada através
da utilização de instrumentos de rastreamento psiquiátricos. Objetivo: Correlacionar as concentrações dos canabinóides encontrados nas amostras de cabelo com a incidência de sintomas psiquiátricos. Materiais e Métodos: 100
amostras de cabelo coletadas de voluntários da pesquisa
atendidos no CAPS AD de Ribeirão Preto foram enviadas
ao laboratório Chromatox® (São Paulo) para análise de
canabinóides. Além da coleta de cabelo, os voluntários
foram submetidos a uma entrevista para aplicação dos instrumentos de avaliação psiquiátrica. Resultados e Discussão: A análise do cabelo mostr ou que 22% dos sujeitos
apresentaram resultados positivos para Cannabis, sendo
este resultado confirmado pela detecção de Δ9 – THC, uma
vez que o valor de CBD foi igual a zero para todas as
amostras. A prevalência de indicadores clínicos positivos
para transtornos psiquiátricos entre a população usuária de
drogas do CAPS – AD foi de transtornos mentais comuns,
entre eles a ansiedade e depressão. Os sujeitos que apresentaram indicadores positivos para sintomas mentais comuns (SRQ), depressão maior (PHQ – 9) e transtorno de
ansiedade social (SPIN) apresentaram maior concentração
média de Cannabis no cabelo. Entretanto, esses resultados
não foram estatisticamente significantes. Conclusão: Os
resultados obtidos a partir da correlação entre o nível de
sintomas e a concentração de Cannabis no cabelo não foram estatisticamente significativos. Apesar das limitações
do estudo, podemos concluir que ele possibilitou estimar a
prevalência da morbidade entre abuso de Cannabis e sintomas psiquiátricos na população atendida num centro de
atenção psicossocial.
49
TOXICOLOGIA
50
TOX 01- PROGRAMA DE PREVENÇÃO ÀS DROGAS DE ABUSO E À VIOLÊNCIA “ANJOS DA
GUARDA” 2015.
ALMEIDA,
A.A1,
SILVA,
B.O1,
GOMES,
1
1
A.C.C ,ROMAGNOLO, A,G , SILVA, F.I1, INOUE
R.M.T3, GODINHO, A.F1,CHAGURI, J.L1, SANDRIM
V.C2.
¹Centro de Assistência Toxicológica (CEATOX), Instituto de
Biociências de Botucatu – UNESP, Botucatu SP. ²Departamento
de Farmacologia, Instituto de Biociências de Botucatu – UNESP,
Botucatu SP. 3Departamento de Clínica Médica - Faculdade de
Medicina de Botucatu –Botucatu – UNESP, Botucatu SP.
Introdução: Atualmente são noticiados inúmeros acontecimentos relacionados ao uso freqüente de drogas e a violência cada vez mais precoce entre jovens, além da transmissão de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Considerando os inúmeros fatores de riscos para a o uso e abuso
de drogas destacamos falta de informações sobre os efeitos
e danos das drogas no organismo. Objetivo: Promover a
capacitação de alunos de graduação em Biologia e Biomedicina – IBB e Enfermagem - FMB, UNESP, como monitores em palestras para: professores, alunos do ensino fundamental, médio e superior, e outras instituções sobre os
efeitos nocivos das drogas, sua prevenção, redução à violência e as DSTs. Materiais e Métodos: Os alunos foram
capacitados por intermédio de curso e seminários para
palestras de sensibilização anti-drogas utilizamos a exposição de peças anátomo-patológicas, vídeos, e kits de detecção de drogas na urina. Foram aplicados dois questionários
(testes de multi-escolha) pré e pós-palestras como avaliador, com explanações no máximo de 60 min/dia. Resultados: Constatou-se um percentual maior de acertos de 38 ±
15% pré para 86 ± 12% pós-palestras. Foram contemplados alunos (350) das unidades universitárias da UNESP –
IBB. Externamente com a Diretoria de Ensino de Botucatu
tendo como o público alvo os alunos do ensino fundamental (1380) e médio (350) das escolas públicas (10) e privadas (3); Instituições ressocializadoras de jovens infratores
(62) - Fundação CASA, unidades de Botucatu -SP e Iaras SP; instituições como por exemplo - SENAC (120 participantes), SESI (40) entre outros segmentos [ex: Igrejas
(100),Tiro de Guerra (70), Programa PROERD (400) e
JCC Policia Militar (250), Narcóticos e Alcoólatras Anônimos (15) . Discussão: Foi observado na avaliação dos
questionários aplicados pré e pós-palestras a melhora significativa das informações sobre as drogas e DSTs, Conclusão: Conclui-se que frente aos resultados obtidos e pelos comentários dos professores fazendo menção à importância do projeto como instrumento essencial na prevenção
às drogas, na redução da violência escolar e da incidência
das doenças sexualmente transmissíveis.
Referências: Folhetos sobre Drogas - CEBRID , disponível em
http://www.cebrid.epm.br/index.php . Acesso em 22/03/ 2013.
O que é AIDS – disponivel em : http://www.aids.gov.br/aids
acesso
em
04/03/
2013.
Disponivel
em:
http://
www.maxwell.vrac.puc-rio.br/7684/7684_4.PDF.
TOX 02- LEVANTAMENTO DE PRONTUÁRIOS DE
PACIENTES EXPOSTOS AO CHUMBO POR PROJÉTIL DE ARMA DE FOGO x EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL– COMPARAÇÃO DE DIFERENTES TRATAMENTOS
AMBULATÓRIO
DO
CEATOXINSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS UNESP, BOTUCATU/
SP.
ALMEIDA A.A1, CHAGURI J.L1, INOUE R.M.T3, GODINHO A.F1,SILVA F.I1,JUVENCIO,J.M1,SANDRIM V.C2.
¹Centro de Assistência Toxicológica (CEATOX), Instituto de Biociências de Botucatu – UNESP, Botucatu SP. ²Departamento de
Farmacologia, Instituto de Biociências de Botucatu – UNESP, Botucatu SP. 3Departamento de Clínica Médica - Faculdade de Medicina de Botucatu –Botucatu – UNESP, Botucatu SP.
Introdução: Devido o aumento de pessoas atendidas, com
projétil de arma de fogo alojada em áreas críticas, de difícil
remoção, com risco alto de sequela para a remoção cirúrgica.
O projétil alojado em articulações e Sistema Nervoso Central
libera chumbo para sangue assim como ocorre na exposição
ocupacional, em decorrência desses fatos, o paciente passa
apresentar sintomas de intoxicação crônica (saturnismo).
Objetivos: Levantamento de prontuários de pacientes do
CEATOX IBB UNESP, Botucatu, SP, Analisar as correlações entre os tratamentos propostos para redução de chumbo
e melhora do quadro sintomático dos pacientes com projétil
de arma de fogo em comparação com exposição ocupacional.
Avaliar o custo/beneficio dos diferentes tratamentos terapêuticos - o alopático (CaNa2EDTA, DMSA, etc) e o homeopatico (Plumbum metallicum 15 CH). Materiais e Métodos:
pesquisa dos dados coletados dos prontuários do ambulatório
do CEATOX-IBB-UNESP,Botucatu-SP, referente aos anos
2005 a 2015, no total de 03 casos por projétil alojado e 05
casos por exposição ocupacional. Por intermédio de um
questionário que abordou os seguintes parâmetros: nome,
idade, sexo, peso, localização do projétil, período de exposição, sinais e sintomas na admissão e pós-tratamentos, nível
de chumbo no sangue, tipo de tratamento realizado – quelatoterapia alopatica (CaNa2EDTA, DMSA,etc) e com homeopatia. Discussão: Depreende-se que quando o projétil esta
localizado em área crítica (encéfalo) e não é possível a remoção cirúrgica do projétil, em decorrência do risco de sequela,
opta-se pela quelatoterapia (alopática ou homeopatia), com
evolução benéfica para o paciente tanto na situação do projétil alojado quanto exposição ocupacional ao Pb. Conclusão:
os tratamentos propostos foram eficazes na redução ou remissão dos sinais e sintomas de exposição ao Pb. O tratamento homeopático com boa eficácia além do baixo custo
sendo 25,6 vezes menor que o CaNa2EDTA e 67,9 vezes
menor que a que o DMSA.
Referências: BOLANOS, A.A; Demizio, J.P; Vigorita, V.J; Bryk,
E. Lead Poisoning from an Intra- Articular Shotgun Pellet in the
Knee Treated with Arthroscopic Extraction and Chelation Therapy,
A case report, The Journal of Bone and Joint Surgery, p. 422 26;1996. SINICROPI, M. S., et al., .Chemical and biological properties of toxic metals and use of chelating agents for the pharmacological treatment of metal poisoning. Archives of Toxicology, v.84,
no.7, p. 501-520, 2010.
51
TOX 03- PERFIL DE NBOMe TRAÇADO PELA POLÍCIA FEDERAL
WAYHS C. A. Y.A, REIS M.A, MARIOTTI K. C.AB, ROMÃO W.C, VAZ B. G.D, ORTIZ R. S.E, LIMBERGER R.
P.A
a
Av. Ipiranga, 2752, 90610-000, Porto Alegre – RS, Brasil. Laboratório de Toxicologia (LABTOXICO), Faculdade de Farmácia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
b
Av. Ipiranga, 1365, 90160-093, Porto Alegre - RS, Brasil. Grupo de Identificação da Superintendência de Polícia Federal no
Rio Grande do Sul.
c
Av. Fernando Ferrari, 514, Goiabeiras, 29075-910, Vitória ES, Brasil. Programa de Pós-Graduação em Química, Universidade Federal do Espírito Santo.
d
Campus Samambaia, Itatiaia, 74001970, Goiânia, GO - Brasil.
Programa de Pós-Graduação em Química, Universidade Federal de Goiás.
e
Av. Ipiranga, 1365, 90160-093, Porto Alegre - RS, Brasil. Setor
Técnico-Científico da Superintendência de Polícia Federal no
Rio Grande do Sul.
Introdução: Designer drugs são termos usados para descrever e identificar substâncias sintéticas. Recentemente, o
âmbito de aplicação destas denominações foi expandido
para incluir outras substâncias psicoativas. Entre esta grande variedade de drogas sintéticas, uma nova classe de alucinógenos chamada NBOMe está ganhando destaque no
cenário internacional. Objetivo: Realizar um estudo retrospectivo em um banco de dados nacional de peritos, a fim
de traçar um perfil nacional da atual paisagem e crescente
uso dessa nova classe de drogas de abuso. Materiais e Métodos: Os r elatór ios for am acessados contendo o termo
"NBOMe" do Sistema de Criminologia da Polícia Federal,
datada de 1º de janeiro de 2012 a 04 de maio de 2015, produzidos pelas unidades forenses dos estados brasileiros. As
seguintes informações foram coletadas: número de relatórios, local das apreensões, local de elaboração dos relatórios, as principais drogas apreendidas juntamente com
NBOMe e suas apresentações, classificação química de
NBOMe, quantidade de unidades apreendidas e principais
imagens exibidas nos materiais apreendidos. Os dados
foram agrupados em planilhas, tabelados, analisados e
interpretados. Resultados e Discussão: As apreensões de
NBOMe geraram 20 pedidos de perícia em Maio de 2015,
45 em 2014, 21 em 2013 e 4 em 2012, totalizando 90 relatórios. Pode ser visto que o número de relatórios com o
termo NBOMe aumentou consideravelmente nos últimos
cinco anos. As apreensões de NBOMe foram realizadas
em 17 estados diferentes, a maioria delas em São Paulo.
Nos relatórios descritos analisou-se que as amostras apreendidas variam consideravelmente em termos de tamanho,
espessura e massa. Conclusão: A maioria das apreensões
de NBOMe foram realizadas em São Paulo, e os selos são
as principais formas de apresentação. MDMA foi o maior
número de drogas apreendidas em conjunto com NBOMe.
Os tipos 25C- e 25I-NBOMe foram os principais tipos de
NBOMe apreendidos no Brasil.
Referências Bibliográficas: A. NINNEMANN, G.L. STUART,
“The NBOMe series: a novel, dangerous group of hallucinogenic
drugs, J. Stud. Alcohol Drugs. 74 (2013) 977–978
TOX 04- ESTUDO RETROSPECTIVO DE ÓBITOS E
EXAMES TOXICOLÓGICOS ATENDIDOS NO IGP/
JOINVILLE DE 2013 A 2015
PARABOCZ, G. C.1; PERICOLO, S.1; LINO, J.O.2; VIGNOTO, S.2; PEREIRA, N.2
1 – Instituto Geral de Perícias de Santa Catarina
2 – UNIVILLE
Introdução: O abuso de substâncias psicoativas é um
problema de saúde e segurança pública, com consequências
negativas à sociedade. Entre a população adulta mundial,
cerca de 5,2% são usuários de droga[1]. No Brasil, 22,8% da
população entre 12 e 65 anos, já utilizaram algum tipo substância, em destaque a maconha (8,8%), cocaína (2,9%) e
crack (1,5%)[2]. Objetivo: Conhecer o per fil das vítimas e
a detecção de substâncias psicoativas em exames toxicológicos, nos óbitos violentos atendidos pelo IGP/Joinville. Materiais e Métodos: Os óbitos violentos do último tr iênio
(2013 a 2015) foram analisados quanto à idade, gênero, classificação jurídica (homicídio, suicídio, acidente de trânsito e
outras) e resultado dos exames toxicológicos. Resultados e
Discussão: No per íodo avaliado, ocor r er am 1422 óbitos
violentos em Joinville e região metropolitana, sendo 40,9%
acidentes de trânsito, 29,0% homicídios, 9,1% suicídios e
21,0% outras formas de morte. O gênero prevalente foi o
masculino (82,7%) e a idade média 40 anos. O exame toxicológico foi realizado em 891 casos, sendo que 513 (57,6%)
apresentaram detecção de uma ou mais substâncias. Entre os
casos com detecção, em 40,6% foi constatado apenas etanol
(grupo 1), em 37,2% foram detectadas outras substâncias
(grupo 2), e em 22,2%, a presença conjunta de etanol e outras substâncias (grupo 3). No grupo 2 destacaram-se THC
(29,8%), COC (cocaína - 20,4%), COC+THC (12,6%) e benzodiazepínicos (12,6%), enquanto no grupo 3, predominaram
COC (50%), THC (21%), COC+THC (19,3%). 70,5% das
vítimas de homicídio tiveram alguma substância detectada,
enquanto nos casos de suicídios, acidentes de trânsito e outras formas de morte, a média foi de 51%. Conclusão: O
etanol está envolvido em grande parte das mortes violentas.
O uso da cocaína também se destaca, principalmente em
conjunto com o etanol. Esses dados são relevantes para o
desenvolvimento de técnicas analíticas compatíveis com a
demanda e podem corroborar para o direcionamento de políticas públicas.
Referências [1]UNODC – United Nations Office on Drugs and
Crime. World Drug Report 2014. Viena: United Nations Publication, 2014. [2]Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas
(SENAD). II Levantamento domiciliar sobre o uso de drogas psicotrópicas no Brasil. Brasília: SENAD, 2006.
52
TOX 05- DETECÇÃO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS EM FLUIDO ORAL DE MOTORISTAS DE
CAMINHÃO NO ESTADO DE SÃO PAULO
TOX 06- USO DE DROGAS E MEDICAMENTOS PSICOATIVOS POR MOTORISTAS DE CAMINHÃO:
ESTUDO PRELIMINAR
BOMBANA HS1, DOS SANTOS MF1,2,3; GJERDE H4;
JAMT REG4; ROHFS WJC5; MUÑOZ DR1; LEYTON V1
MAGALHÃES JG1, PANIZZA HN1, TAKITANE J1, SINAGAWA DM1, BOMBANA HS1, SANTOS MF1, ROHLFS
WJC2, YONAMINE M1, MUÑOZ DR1, LEYTON V1
1
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São
Paulo, Brasil
2
Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São
Paulo, São Paulo, Brasil
3
Hospital Albert Einstein, São Paulo, Brasil
4
Instituto Norueguês de Saúde Pública, Oslo, Noruega
5
Policia Rodoviária Federal, Brasil
Introdução: Os acidentes de tr ânsito for am r esponsáveis por mais de 44 mil mortes em 2014 no Brasil, causando um importante impacto social e econômico. O Estado
de São Paulo apresentou o maior número de acidentes de
trânsito, com mais de 7 mil óbitos. O uso de drogas psicoativas pelos condutores merece destaque nesse cenário. Estão descritos na literatura os efeitos deletérios dessas substâncias na condução veicular. Motoristas de caminhão devido às longas jornadas de trabalho, pouco tempo de descanso e à depressão representam um grupo de risco para o
consumo de drogas. Objetivos: Avaliação do uso de cocaína, anfetamina e tetrahidrocanabinol (THC) por motoristas
de caminhão no Estado de São Paulo. Metodologia: Aplicou-se um questionário estruturado para obtenção de dados
sociodemográficos e amostras de fluido oral foram colhidas. Estas foram submetidas aos testes de triagem e as positivas foram confirmadas por cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massas (LC-MS/MS). Resultados e Discussão: Houve 762 amostr as de fluido or al. Os
dados não toxicológicos apresentaram todos os profissionais sendo do sexo masculino, com média de idade de 42,5
anos, a maioria casado ou amasiado (71,1%) e 41,0% dos
entrevistados cursou até a 8ª série. 67,7% dos participantes
mantinham algum vínculo empregatício e estavam em média 15,6 anos nessa profissão. Os participantes dirigiam
uma média de 9,4 horas por dia e percorreram 614 Km
antes da coleta da matriz biológica. Nos ensaios toxicológicos, 41 amostras (5,5%) apresentaram resultados positivos, sendo 16 (2,1%) destas confirmadas para cocaína.
Anfetamina foi detectada em 9 (1,2%) amostras e THC em
5 (0,7%). Houve casos de mais de uma substância em 11
situações. Cocaína e anfetamina presentes em 3 (0,4%)
amostras, outras 3 apresentaram cocaína e THC, uma
amostra positiva para anfetamina e THC. O método permitiu identificar meprobamato (ansiolítico) foi encontrado
em 3 amostras concomitante para cocaína uma vez e anfetamina 2 amostras. Uma amostra apresentou-se positiva
para anfetamina e alprazolam (ansiolítico). Conclusão: O
uso de substâncias psicoativas por motoristas de caminhão
ainda é frequente e a cocaína foi a droga mais detectada
nas amostras dos motoristas.
Referências: Leyton V, Sinagawa DM, Oliveir a KCBG, Schmitz W, Andreuccetti G, Martinis BS De, et al. Amphetamine ,
cocaine and cannabinoids use among truck drivers on the roads in
the State of Sao Paulo, Brazil. Forensic Sci Int 2012 fev; 215(13):25–7.
1
2
Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil
Departamento de Polícia Rodoviária Federal, Brasil
Introdução: Acidentes de tr ânsito são r esponsáveis por
cerca de 1,2 milhão de mortes ao ano, sendo um grande problema, principalmente em países de média renda, como o
Brasil. Um dos grandes fatores de risco para ocorrência de
acidentes de trânsito é o consumo de álcool e outras substâncias psicoativas, como drogas de abuso e alguns medicamentos, pelo condutor1. É importante, portanto, traçar um perfil
mais detalhado quanto ao uso dessas substâncias por motoristas profissionais, de modo a auxiliar na regulamentação e
fiscalização no trânsito. Objetivo: Verificar o uso de drogas
ilícitas (anfetaminas, cocaína e cannabis) e medicamentos
(barbitúricos, benzodiazepínicos, opiáceos, metadona e antidepressivos tricíclicos) através da análise toxicológica em
urina de motoristas de caminhão. Materiais e Métodos: Foram coletadas 1069 amostras de urina de motoristas que participaram do projeto Comandos de Saúde nas Rodovias, promovido pelo Departamento de Polícia Rodoviária Federal,
no Estado de São Paulo, entre 2015 e abril de 2016. As
amostras foram analisadas por testes imunocromatográficos.
Resultados e discussão: Cento e uma amostr as (9,4% )
apresentaram resultado positivo para alguma das substâncias
psicotrópicas pesquisadas. Dessas, a maioria apresentou resultado positivo para anfetamina (40,6%), seguida por metabólitos da cocaína (31,7%) e do THC (17,8%). Para os medicamentos, a classe mais encontrada foi a dos benzodiazepínicos, com 9,9% de presença nas amostras positivas, sendo a
quarta substância mais encontrada. Houve um caso positivo
para morfina e outros três para antidepressivos tricíclicos.
Barbitúricos e metadona não foram detectados nestas amostras. As amostras positivas serão confirmadas por GC-MS.
Conclusão: Na amostr a estudada, houve pr edominância
de casos positivos para drogas ilícitas sobre os medicamentos, sendo que a anfetamina foi a substância mais encontrada.
Referências Bibliográficas:
1.
WHO (World Health Organization). Global status report on
road safety 2015. Itália, 2015.
Agradecimentos: Depar tamento de Polícia Rodoviár ia Feder al,
FAPESP, CAPES, LIM-40/HCFMUSP.
53
TOX 07- VALIDAÇÃO DE MÉTODO ANALÍTICO
PARA IDENTIFICAÇÃO DE ADULTERANTES EM
SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS
DOS SANTOS MF1,2; MANGUEIRA CLP2; FERREIRA
CES2; FAULHABER ALC2; SANCHES LR2; TAVARES
IS1; YONAMINE M1
1
Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São
Paulo, São Paulo, Brasil
2
Hospital Albert Einstein, São Paulo, Brasil
Introdução: Os suplementos alimentar es são utilizados
para aumento de massa muscular, capacidade aeróbia e
desempenho físico, redução de gordura corporal, perda de
peso, retardo no envelhecimento e atraem a atenção de
muitos atletas. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA) não define a categoria “suplemento alimentar”,
não existindo registro para este. No Brasil, esses produtos
podem ser classificados, como suplemento vitamínico e/
ou mineral, alimentos para atletas ou novos alimentos. Um
sério problema enfrentado pelos consumidores é a certeza
de que o produto condiz com as declarações do rótulo. Em
todo o mundo, a adição dolosa de ativos farmacêuticos em
suplementos é um problema comum e permanente. No
Brasil, a disponibilidade de dados atuais sobre a adulteração de suplementos alimentares é escassa. Objetivos: Validação de método analítico empregando a técnica de cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massas (LCMS/MS) para a identificação e quantificação dos estereoides anabolizantes androstenediona, decanoatos de nandrolona e testosterona, deidroepiandrosterona (DHEA), estanozolol, metasterona, metiltestoterona, propionato de testosterona, testosterona base e trembolona em suplementos
alimentares. Metodologia: As condições analíticas foram
otimizadas utilizando o MRM (Multiple Reaction Monitoring – monitoramento de reações múltipas) e a FIA (Flow
Injection Analysis – análise do fluxo de injeção). Inicialmente, amostras de suplementos comprovadamente sem
adulterantes foram obtidas. Para as análises, adicionou-se
5 mL de metanol e padrão interno 17-OH-progesterona-d8
em 500 mg de suplemento. A mistura foi agitada por 1
minuto, centrifugada 3220xg por 10 minutos a 4°C, diluída
em água, filtrada no vial e 50µL injetados no LC. No MS,
a ionização ocorreu no modo APCI (Atmospheric pressure
chemical ionization – ionização química à pressão atmosférica). Nessas amostras negativas, foram adicionados os
adulterantes proposto. Resultados e Discussão: Os 11 esteroides anabolizantes foram identificados. A curva de calibração foi linear no intervalo de concentração entre 10 e
4000 ng/dg, com r2>0,99. Exatidão foi superior a 85%.
Valores de precisão intra e interdias apresentaram desvios
padrões relativos inferiores a 15%. Efeito matriz, e heteroscedasticidade também foram avaliados. Conclusão: Um
método analítico simples e rápido foi validado e poderá ser
utilizado para identificar e quantificar esteroides anabolizantes em suplementos nutricionais.
TOX 08- DESENVOLVIMENTO E
APLICAÇÃO DE MÉTODO ANALÍTICO PARA DETECÇÃO DE ESTIMULANTES EM SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS ADULTERADOS
MUÑOZ HENAO, M. M¹; CAMPESTRINI, I¹; YONAMINE, M.¹
¹ Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas, Faculdade de
Ciências Farmacêuticas,
Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil.
Introdução: A adição fr audulenta de ativos far macêuticos em suplementos nutricionais é um problema mundial e
no Brasil, a disponibilidade de dados sobre a adulteração
nestes produtos é escassa. Objetivo: Desenvolvimento e aplicação de método analítico empregando cromatografia gasosa
para detecção, identificação e quantificação de estimulantes
não declarados nos rótulos de suplementos alimentares.
Materiais e Métodos: As amostr as de suplementos alimentares (n=70) foram obtidas em lojas especializadas e por
meio de sites pela internet, de diversas partes do estado de
São Paulo. Os métodos de extração avaliados foram: extração acelerada por solvente (ASE) seguida da extração em
fase sólida (SPE), a técnica QuEChERS (método modificado) e o método de extração com metanol (Choi, et al. 2015).
Os estimulantes de interesse foram cafeína, femproporex,
anfepramona, fenfluramina, sibutramina, fentermina, efedrina, fenilpropanolamina, pseudoefedrina, 4-metilhexan-2amina e sinefrina. O método analítico foi desenvolvido por
cromatografia gasosa com detector nitrogênio fósforo (GCNPD). Resultados e discussão: Foi determinada estatisticamente a quantidade de suplemento e de solvente a ser utilizada. A técnica de extração com metanol permitiu uma melhor
resposta frente à porcentagem de recuperação e eluição das
substâncias de interesse determinadas por GC-NPD. Os limites de detecção e quantificação obtidos encontram-se na faixa de 0,0010 a 0,010 mg/mL e a linearidade na faixa de
0,0010 a 0,040 mg/mL. Preliminarmente, 75% dos suplementos analisados obtiveram resultados positivos para cafeína e sibutramina mediante a metodologia escolhida. Conclusão: A técnica ASE seguida de SPE não per mitiu uma
análise completa das substâncias submetidas à extração e a
de QuEChERS não apresentou a resposta adequada devido à
grande interferência do solvente ao ocultar duas das substâncias de interesse. A técnica de extração com metanol apresentou resultados satisfatórios, ressaltando a vantagem da
utilização de baixa quantidade de amostra, solvente e padrões de estimulantes.
Referências Bibliográficas: Choi, J . Y. et al. 2015. Development
and validation of an LC-MS/MS method for the simultaneous analysis of 28 specific narcotic adulterants used in dietary supplements.
Food Additives & Contaminants. 32, 1029–1039.
Agradecimentos: CNPq/ANVISA
54
TOX 09- NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS: UM DESAFIO PARA TOXICOLOGIA FORENSE
1
1
PERES MD , VIEIRA AA , DE PAULA
DML1, MARQUES GLM1, REBELO JCO1,
COIMBRA JB1, PISSINATE JF1, MENDONÇA JB1, BAZZARELA RB1, PELIÇÃO FS1.
1
Serviço de Laboratório Médico Legal, Departamento Médico
Legal, Superintendência de Polícia Técnico Científica, Polícia
Civil do Espírito Santo.
Introdução: Novas substâncias psicoativas (NPS) são
drogas sintéticas, muitas vezes não proscritas, mas que
oferecem risco a saúde. O uso de NPS tem aumentado e
pouco se sabe sobre efeitos tóxicos. Elas apresentam características físico-químicas diversas e são encontradas em
baixas concentrações, dificultando o trabalho do toxicologista. Objetivo: Desenvolver um método para a análise de
NPSs em amostras de sangue por LC-MS/MS. Materiais e
métodos: As amostr as de sangue (200 µL) for am extr aídas utilizando 800 µL de acetonitrila a -20ºC e agitação em
vórtex por cinco minutos, seguido de centrifugação (14000
rpm/10 min). A fase orgânica (700 µL) foi evaporada e
reconstituída com 100 µL da fase móvel aquosa. A cromatografia líquida foi realizada no módulo 1200 Infinity,
equipada com coluna Eclipse Plus C18 (2,1 x 100 mm x
1,8 µm), mantida a 60ºC. Solução de ácido fórmico 0,1%
(v/v) foi utilizada como fase móvel A e acetonitrila com
0,1% de ácido fórmico (v/v) como fase móvel B com gradiente e em fluxo constante de 0,3 mL/min. O tempo da
corrida foi de 10,5 minutos. A detecção por ESI-MS/MS
(6430 Triplo Quad) foi realizada utilizando o método de
monitoramento de múltiplas reações (MRM) com ionização positiva. Os analitos pesquisados foram LSD, 25-HNBoMe, 25-C-NBoMe, 25-I-NBoMe, 25-B-NBoMe, fentanil, methcatinona, metilona, mefedrona, metilenodioxipirovalerona (MDPV), AH-7921, AM-2201, JWH-018, 2,5dimetoxi-4-bromofenetilamina
(2-CB),
3trifluorometilfenilpiperazina
(TFMPP), fenilciclidina
(PCP), cetamina, benzilpiperazina e metaclorofenilpiperazina (mCPP). Resultados e discussão: Todos os analitos
foram extraídos com sucesso, o limite de detecção foi de
0,1 ng/mL para LSD, 25-H-NBoMe, 25-C-NBoMe, 25-INBoMe, 25-B-NBoMe; 0,5 ng/mL para fentanil; 1,0 ng/
mL para methcatinona, metilona, mefedrona, MDPV, AH7921, AM-2201 e JWH-018; e 5 ng/mL para 2-CB,
TFMPP, PCP, cetamina, benzilpiperazina e mCPP. Todas
as substâncias apresentaram linearidade até 50 ng/mL.
Para avaliar a efetividade do método, as amostras de sangue de três casos com suspeita de envolvimento de NPS
foram analisadas pelo método descrito acima. Em um dos
casos foi confirmada a participação de NPS, no qual foi
detectado 0,35 ng/mL de 25-I-NBoMe, 1585,0 ng/mL de
MDMA e 82,5 ng/mL de cetamina. Conclusão: O método
desenvolvido alcançou o objetivo proposto, com limites de
detecção adequados para toxicologia e demonstrado pela
aplicação em um caso real.
TOX 10- DETECÇÃO DE COCAÍNA E COCAETILENO EM HUMOR VÍTREO COM SPME E GC/MS
S. PERICOLOA, G. PARABOCZA, J.L. DE OLIVEIRA B
a
Instituto Geral de Perícias, IGP –Joinville (SC), Brasil
Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE, Joinville (SC),
Brasil
b
INTRODUÇÃO: O uso de dr ogas como COC e álcool
está intimamente relacionado a mortes violentas. O emprego
de matrizes alternativas é útil para a confirmação dos achados analíticos nas amostras de referência ou para suplantar a
ausência destas. O humor vítreo (HV) destaca-se como matriz alternativa por apresentar boa correlação com níveis sanguíneos, ser de fácil obtenção e menos sujeita a contaminação[1]. Entre as técnicas de extração a SPME apresenta boa
sensibilidade, dispensa o emprego de solventes e é de fácil
automação com o cromatógrafo gasoso (GC)[2]. OBJETIVO: Validar metodologia par a a detecção qualitativa de
COC e CE no HV, utilizando SPME e análise por GC/MS.
MATERIAIS E MÉTODOS: As amostr as de HV (0,5mL)
foram coletadas no IML/Joinville e submetidas à SPME,
após adição de solução tampão (1mL), por imersão direta da
fibra PDMS/DVB por 20min. a 60ºC e dessorção no injetor
por 5min a 250ºC. Condições cromatográficas: coluna
HP5MS, gás hélio 6.0, fluxo 0,6 mL/min., forno 100ºC1min, 18ºC/min até 300ºC, por 2,889 min. e modo SIM. Na
validação foram avaliados os parâmetros de seletividade,
limite de detecção (LD), precisão e carryover [3,4]. Na aplicação do método, 15 casos reais foram analisados e comparados com os resultados em matrizes convencionais. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O método demonstr ou seletividade para COC e CE em relação à nicotina, cafeína e lidocaína. O LD foi determinado em 5ng/mL. Foi constatada precisão sob condições de repetibilidade com coeficientes de variação dos tempos de retenção de 0,4% e 0,3, respectivamente
para COC e CE. Não houve carryover até a concentração de
750ng/mL para ambos analitos. Na aplicação do método, em
13 casos foram detectados COC e CE na amostra convencional (sangue ou urina) e no HV. Nos outros dois casos, CE foi
detectado na matriz convencional e no HV, e a cocaína, somente no HV. CONCLUSÃO: O método aplicado em casos post mortem mostrou-se como ferramenta alternativa útil
para a detecção de COC e CE em casos de morte violenta,
sendo de fácil execução, reprodutível e, portanto passível de
ser implantado na rotina laboratorial, principalmente na ausência de amostras convencionais.
REFERÊNCIAS
[1] Baniak N., G. et al. Vitreous Humor: A Short Review on Postmortem Applications. Int J Clin Exp Pathol v.05, p.02-05, 2015.
[2] KATAOKA, H.; SAITO, K. Recent advances in SPME techniques in biomedical analysis. Journal of Pharmaceutical and Biomedical Analysis, v.54, p. 926-950, 2011.
[3] SWGTOX- Scientific Working Group for Forensic Toxicology.
Standard Practices for Method Validation in Forensic Toxicology,
2013.
[4] UNODC. Guidance for the V alidation of Analytical Methodology and Calibration of Equipment used for Testing of Illicit Drugs in
Seized Materials and Biological Specimens– United Nations, New
York, 2009.
55
ENTOMOLOGIA
FORENSE
56
EF 01- ANÁLISE QUALITATIVA DE ASPIRINA,
DIPIRONA, IBUPROFENO E PARACETAMOL EM
IMATUROS
DA
ESPÉCIE
DE
MOSCA
CHRYSOMYA MEGACEPHALA POR CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA
ALVES C. C. F.1, BENTES K. R. S. 1, FIALHO M. C. Q.2,
BARROS G. A. 1, PAULA A. R. U. 1, ANTONIO A. S. 1.
EF 02- DETERMINAÇÃO DE FÁRMACOS EM IMATUROS
DE
CHRY SOMY A
ALBICEPS
(WIEDEMANN) (DIPTERA: CALLIPHORIDAE) POR
CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA (CCD)
BARROS G.A.1, BENTES K.R.S.1, FIALHO, M.C.Q2, ALVES C.C.F.1, PAULA A.R.U.1, ANTONIO A.S.1
1
1
Departamento de Química, Instituto de Ciências Exatas, Universidade Federal do Amazonas
2
Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Amazonas
A entomotoxicologia forense consiste na utilização de artrópodes encontrados junto ao corpo da vítima para determinar o intervalo pós-morte e a causa da morte, especialmente, em casos onde há suspeita de intoxicação, envenenamento ou escassez de tecidos corporais. Esta pesquisa
teve como objetivo detectar a presença de quatro analgésicos de ampla utilização e sem prescrição médica no Brasil
(aspirina, dipirona, ibuprofeno e paracetamol) em imaturos
da mosca necrófaga Chrysomya megacephala através de
cromatografia em camada delgada (CCD). Para a pesquisa
foram utilizados ovos da geração F2, obtidos a partir de
uma criação controle sem a presença dos fármacos. Estes
ovos foram expostos à carne bovina contaminada com os
quatro medicamentos individualmente em três concentrações distintas. Ao atingir o terceiro instar, as larvas foram
coletadas e levadas para a extração e análise por CCD,
seguindo as metodologias empregadas para a análise destes fármacos em amostras biológicas. Além disso, também
foram realizadas análises periódicas de peso e comprimento das larvas durante seu desenvolvimento. Através da
análise por CCD, foi possível identificar a presença dos
quatro medicamentos nas larvas de C. megacephala, além
disso, foram observadas alterações no ciclo de vida e desenvolvimento dos imaturos, apontando a influência que
estes fármacos possuem sobre essa espécie de mosca necrófaga e como a realização dessa análise sem a cromatografia pode resultar em erros no cálculo do intervalo pósmorte. As técnicas empregadas se mostraram como uma
ferramenta eficaz na avaliação de casos de crime contra a
vida onde há suspeita de intoxicação.
Referências bibliográficas: GUPTA, R. N. Handbook of
Chromatography: Drugs. Boca Raton: CRC Press, 1988. ROY, J.
et al. Rapid screening of marketed paracetamol tablets: Use of
thin-layer chromatography and a semiquantitative spot test. Bulletin of the World Health Organization, v. 75, n. 1, p. 19–22,
1997.
Departamento de Química, Instituto de Ciências Exatas, Universidade Federal do Amazonas
2
Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Amazonas
A entomotoxicologia forense é uma área de estudo que busca
a detecção de substâncias tóxicas em artrópodes necrófagos,
visando à elucidação de casos de morte por intoxicação, envenenamento ou em casos de inviabilidade de tecido cadavérico. Este estudo tem por objetivo detectar a presença de
quatro medicamentos (aspirina, dipirona sódica, ibuprofeno e
paracetamol) em larvas de uma espécie de mosca necrófaga
(Chrysomya albiceps) submetida a tecido contaminado com
os fármacos. As moscas foram coletadas e mantidas em criação, utilizando a oviposição da segunda geração obtida em
laboratório. Os ovos eclodiram e foram levados a porções de
carne bovina moída crua, havendo duas porções por medicamento, com doses diferentes, e uma porção controle (carne
não contaminada). Além disso, fez-se um acompanhamento
das medidas de massa e comprimento dos imaturos ao longo
do desenvolvimento para avaliação da interferência promovida pelos fármacos no ciclo de vida. As larvas quando no terceiro instar foram coletadas procedendo-se à extração e análise por cromatografia em camada delgada (CCD), com as
condições específicas estabelecidas na literatura para análise
de cada medicamento em amostra biológica. O crescimento
apresentado pelos imaturos foi diferenciado e observou-se
que a detecção de medicamentos em larvas de C. albiceps foi
possível, confirmando a possibilidade de utilizar tal espécie
para fins entomotoxicológicos e com análises por CCD, que
é uma ferramenta de alta aplicabilidade.
Referências Bibliográficas: GUPTA, R. N. Handbook of Chromatography: Drugs. Boca Raton: CRC Press, 1988. ROY, J. et al. Rapid screening of marketed paracetamol tablets: Use of thin-layer
chromatography and a semiquantitative spot test. Bulletin of the
World Health Organization, v. 75, n. 1, p. 19–22, 1997.
57
EF 03 - A IMPORTÂNCIA DE UM PADRÃO DE SUCESSÃO ENTOMOLÓGICO NOS ESTADOS BRASILEIROS
EF 04- PERFIL GENÉTICO HUMANO
OBTIDO DE LARVAS NECRÓFAGAS
Sarconesia chlorogaster (DIPTERA:
CALLIPHORIDAE) EM CASOS DE
CRIMES SEXUAIS
MOHAMAD, L.¹, CARDOSO, K.¹
¹Acadêmicos de graduação do curso de Ciências Biológicas pelo
Centro Universitário de Brasília.
Centro Universitário de Brasília
KIRSTEN RRL1, VAIRO KP2, MOURA
MO2, ROSÁRIO MMT3, MARANO LA3,
1
BICALHO MG , MALAGHINI M3, MALHEIROS D1
Introdução: cada lugar tem suas características peculiares
e são elas que informarão os artrópodes que habitam determinada área e as características abióticas que interferem na
decomposição de um cadáver. Por isso, os dados dos padrões de sucessão entomológicos gerados em um estado
são intransponíveis, o que evidencia a importância de um
“banco de dados entomológico” para auxiliar as pesquisas
acadêmicas e as perícias realizadas pelos entomólogos
forenses. Objetivo: realizar revisão bibliográfica sobre os
diferentes padrões de sucessão entomológicos nos diferentes estados brasileiros. Materiais e Métodos: a metodologia
foi de revisão de literatura sistemática. Os dados foram
coletados nas bases de dados Scielo e PubMed. Além de
artigos científicos, foram utilizadas teses de mestrado e
livros-textos sobre entomologia forense. Pesquisa de bibliografia: a entomologia for ense está encar r egada de,
através da fauna de artrópodes necrófagos, elucidar delitos
fornecendo, principalmente, o tempo de morte do cadáver
(cronotanatognose). Tendo conhecimento do clima, da
umidade do ar, do solo e das espécies de artrópodes de
interesse forense que são característicos de determinada
localidade é possível estabelecer o padrão entomológico de
determinado estado. Resultados e Discussão: nos estados
brasileiros a fauna entomológica necrófaga é bastante distinta em decorrência dos fatores abióticos que interferem
na decomposição de uma carcaça ou cadáver. A compilação dos dados deve ser feita em conjunto para que uma
rede de informações nacionais seja criada. Conclusão: é
importante integrar o trabalho de peritos e acadêmicos para
facilitar as perícias e para que a entomologia brasileira
ganhe cada vez mais espaço nos cenários nacional e mundial.
1
Referências Bibliográficas: Oliveir a-Costa, J. Entomologia
forense: quando os insetos são vestígios. Campinas: Millennium. 2003.
Agradecimentos: agr adecemos ao Pr of. Dr . Paulo Rober to
Martins Queiroz e à Dra. Janyra Oliveira-Costa pelo interesse em
nosso progresso acadêmico.
Departamento de Genética (UFPR); 2Departamento de Zoologia
(UFPR); 3Instituto de Criminalística do Estado do Paraná
Universidade Federal do Paraná e Instituto de Criminalística do
Estado do Paraná
A violência sexual é um crime hediondo e anualmente tem
aumentado em termos numéricos no Brasil. Em casos de
vítimas mortas que tiveram seus corpos ocultados e estejam
em estágio avançado de decomposição, combinações de técnicas baseadas em DNA com a entomologia podem fornecer
estratégias para a obtenção de perfis genéticos que permitam
a identificação do agressor. Dependendo do estágio de putrefação, a obtenção e análise de DNA são impossibilitadas em
virtude da degradação sofrida por este material. Em tais situações, DNA humano preservado e passível de análise poderia ser obtido a partir do trato gastrointestinal de larvas necrófagas, permitindo tanto a identificação da vítima quanto
do agressor. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi recuperar DNA e obter perfil genético humano a partir de larvas
de Sarconesia chlorogaster (Wiedemann) alimentadas com
sêmen. Para tal, foram utilizados exemplares de 5 fases distintas de desenvolvimento (larvas de 1º, 2º e 3º instares, pupas e adultos) alimentadas com dieta artificial acrescida de
sêmen humano de um único doador em diferentes quantidades (500 µl, 1500 µl e 3000 µl). Foram utilizados 15 exemplares por tratamento para extração de DNA pelo método
diferencial, seguido de extração orgânica. Para a obtenção de
perfil genético foi utilizado o kit PowerPlex® 16 HS. Em
87% das amostras foi possível obter DNA, autossômico e/ou
do cromossomo Y humanos. Nas larvas de 2º instar alimentadas com 3000 µl de sêmen, em ambas as frações masculina
e feminina, foi possível a amplificação completa de todas as
16 regiões STR. Foram obtidos perfis genéticos homólogos,
em todas as regiões analisadas, entre o material biológico do
doador e o obtido do trato gastrointestinal das larvas. Este
resultado indica que larvas de S. chlorogaster obtidas de corpos em decomposição podem conter DNA humano passível
de análise se estas tiverem ingerido sêmen do agressor. Portanto, esta é uma prática que pode ser incorporada na casuística forense.
58
ENSINO EM CIÊNCIAS
FORENSES
59
ECF 01- ANÁLISE E IDENTIFICAÇÃO DE RESÍDUOS DE DISPARO DE ARMAS DE FOGO (GSR)
UTILIZANDO MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE
VARREDURA (MEV)
CRUMO, C. A.1; CARLIN, M. E. G.1; VELHO, J. A.1;
OLIVEIRA, M. F. de.1; MARTINIS, B. S. de.1
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto –
Universidade de São Paulo (FFCLRP-USP) Departamento de
Química1
Em um disparo de arma de fogo, os resíduos são expelidos
da arma na forma de nuvem de vapor através de aberturas
da mesma. Juntamente com esta nuvem são expelidas
substâncias parcialmente queimadas e não queimadas do
propelente e materiais originários da combustão da mistura
iniciadora. As partículas solidificadas expelidas são comumente chamadas de resíduos de disparo de armas de fogo
(GSR). A rapidez com que o Microscópio Eletrônico de
Varredura (MEV) fornece informações sobre a morfologia
e composição química elementar de uma amostra sólida, o
torna uma técnica precisa na análise de resíduos de disparo
de armas de fogo. O experimento teve como objetivo utilizar a técnica de MEV-EDS para propor uma prática de
ensino em química forense, no sentido de analisar os resíduos coletados, identificando características de serem provenientes de um disparo de arma de fogo. Coletaram-se as
amostras de resíduos com o auxílio de um suporte, stub,
posteriormente levados ao MEV para análise. Como os
metais componentes da pólvora são bons condutores, não
foi necessário fazer o recobrimento da amostra com ouro
ou fita adesiva de carbono. No MEV, analisaram-se os
sinais provenientes dos elétrons secundários, fornecendo a
topografia da superfície das partículas das amostras, e,
com um detector de raio-x acoplado, determinou-se a composição elementar das mesmas. Os sinais provenientes dos
elétrons secundários apresentaram partículas com topografia de superfície esférica, caracterizando a morfologia das
micro esferas formadas por resfriamento imediato, devido
ao choque de temperatura durante o disparo. O
gráfico
gerado pelos sinais de raio-x apresentaram picos de predominância dos elementos Pb, Sb e Ba. Esse predomínio
ocorre em razão da composição da mistura iniciadora presente na espoleta do cartucho - estifinato de chumbo
(trinitroresorcinato de chumbo), nitrato de bário, sulfeto de
antimônio e 2,4,6-trinitrotolueno (TNT) – originando resíduos com presença majoritária de chumbo (Pb), bário (Ba)
e antimônio (Sb). A partir dos resultados obtidos na análise por MEV dos resíduos coletados, conclui-se que as
amostras são provenientes de disparos de armas de fogo,
uma vez que apresentaram as peculiaridades características
esperadas para um resíduo de disparo de arma de fogo
(GSR).
Referências Bibliográficas:
[1] MARTINIS, B.; OLIVEIRA, M. Química Forense Experimental. São Paulo. 1ª Edição. Editor a CENGAGE Lear ning,
2016.
[2] BRUNI, A; VELHO, J.; OLIVEIRA, M. Fundamentos de
Química Forense – Uma Análise Prática da Química que
Soluciona Crimes. Campinas, SP. Editor a Millennium, 2012.
ECF 02- QUÍMICA FORENSE COMO TEMA MOTIVACIONAL PARA ALUNOS DO ENSINO TÉCNICO
(ETEC)
SILVA F.I1, ALMEIDA A.A1, GODINHO A.F1,CHAGURI
J.L1, SANDRIM V.C2.
¹Centro de Assistência Toxicológica (CEATOX), Instituto de Biociências de Botucatu – UNESP, Botucatu SP. ²Departamento de
Farmacologia, Instituto de Biociências de Botucatu – UNESP,
Botucatu SP.
Introdução: A química é uma disciplina que na maioria das
cidades brasileiras, é ministrada por professores com habilitações em outras áreas (matemática, biologia, farmácia, etc),
entretanto seria melhor desempenhada por profissionais licenciados em química. Na maioria das vezes, as aulas consistem apenas em ler os conteúdos propostos nas apostilas,
porém seria muito mais “didático”, os professores usarem
suas experiências profissionais e exemplos de aplicações da
química no cotidiano dos alunos, bem como atualidades obtidas por meio de participações eventos científicos. Objetivo:
Desenvolver a curiosidade e o interesse dos alunos pela química, por meio de atividades relacionadas às ciências forenses. Materiais e Métodos: Inicialmente, 32 alunos dos cursos
técnico em química e técnico em açúcar e álcool de uma
ETEC da cidade de São Manuel-SP foram submetidos à um
questionário dissertativo que procurava avaliar se eles já
possuiam algum conhecimento sobre química forense ou
ciências forenses. Em outro momento, eles assistiram à uma
palestra sobre esses temas, ministrada por uma perita civil.
Na semana seguinte, assistiram vídeos de reportagens sobre
o trabalho dos peritos criminais, equipamentos e técnicas
usadas nas perícias e exemplos de casos de repercussão nacional elucidados graças ao eficiente trabalho dos peritos envolvidos. Finalmente, um novo questionário similar ao primeiro, foi aplicado aos alunos a fim de constatar o aumento
no conhecimento e interesse pela química e ciências correlatas. Resultados e Discussão: No questionário inicial, foi
constatado que o gosto pela química era unânime, porém o
conhecimento da aplicação da química na investigação criminal era praticamente desconhecido ou conhecido superficialmente. Como exemplo, alguns alunos responderam que
sabiam que os exames toxicológicos para investigar casos de
envenenamento ou embriaguês eram realizados pelos químicos da polícia científica, mas não sabiam como eram realizados. Após o desenvolvimento das atividades deste projeto,
todas as respostas foram mais coerentes, inclusive com mais
embasamento teórico. Conclusão: Este trabalho demonstrou
que a falta de motivação e dedicação dos alunos, aos estudos
de química, podem ser revertidas a partir do empenho dos
professores em demonstrar as diversas aplicações da química, principalmente na investigação criminal.
Referências Bibliográficas:
OLIVEIRA, M. F. Química Forense: A utilização da química na
pesquisa de vestígios de crime. Química Nova na Escola. Nº 24,
Novembro, 2006.
60
DA CENA DE
ECF 04- PROPOSTA DE ENSINO EM QUÍMICA FORENSE: IDENTIFICAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
EMPREGANDO ENSAIOS COLORIMÉTRICOS
SOUZA, R. H1, BENTES, K. R. S1, SOUZA, L. C 1, SOUZA, A.C.L 1, NUNES, P.P.1
CARRATTO, T. M. T.1; PAVAN, M. G.1; PEDRINA, N. J.1;
BAPTISTA, J. P. A.1; OLIVEIRA, M. F.1; MARTINIS, B.
S.1; VELHO, J. A.1
ECF 03- QUÍMICA FORENSE:
CRIME À SALA DE AULA
1
Departamento de Química (DQ); Instituto de Ciências Exatas
(ICE); Universidade Federal do Amazonas (UFAM)
As ciências forenses atuam de maneira multidisciplinar na
solução de crimes. Consistem em uma importante relação
entre a ciência e a justiça, e esse campo de estudos tem
sido muito difundido devido a seriados policiais, surgindo
inclusive o termo “efeito C.S.I.” na literatura científica,
como descrição para esse fenômeno. Assim, a contextualização das ciências às áreas forenses é uma interessante
maneira de despertar o interesse dos alunos pelo estudo
das ciências, além de ser um modo de revelar as relações
entre ciência, tecnologia e sociedade, especialmente nas
relações entre ciência e justiça. Uma maneira de inserir a
cultura das ciências forenses aos alunos de Ensino Médio,
se dá através da utilização de experimentos forenses, em
conjunto com conhecimento teóricos ensinados rotineiramente. Neste contexto, o Núcleo de Estudos Forenses do
Amazonas (NEFA) tem realizado com sucesso adaptações
didáticas de práticas realizadas por peritos criminais. Neste
trabalho relatamos a adaptação de novas práticas didáticas,
sendo elas a simulação de tipagem sanguínea, e revelações
de pegadas e impressões digitais, com o propósito de instigar o aprendizado na área de química dos alunos do ensino
médio. A adaptação destes experimentos foi realizada utilizando materiais prioritariamente de fácil obtenção, e com
gasto mínimo de reagentes, de forma a possibilitar que a
maior parte das metodologias apresentadas pudessem ser
reproduzidas pelos alunos em ambiente de sala de aula em
escolas públicas no nível de Ensino Médio. De acordo com
os resultados de questionários aplicados ao público, os
experimentos desenvolvidos, quando associado com a teoria, estimulam o interesse do aluno pela área. Vestigios
de pegadas, impressões digitais e sangue, podem ser encontrados na cena de um crime, fator que leva aos alunos
relacionarem a teoria com o cotidiano da profissão de perito criminal, podendo ser este um forte estímulo para que
esses alunos futuramente ingressem em carreiras científicas. Os experimentos desenvolvidos foram utilizados para
enriquecer às atividades do Programa de Extensão Desvendo as Ciências Forenses, desenvolvido pela UFAM, possibilitando a criação de uma cena de crime fictícia para realização de minicursos com alunos de ensino médio.
1
Departamento de Química – Faculdade de Filosofia, Ciências e
Letras de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo, Av. Bandeirantes, 3900, Monte Alegre, Ribeirão Preto – SP –Brasil
Drogas de abuso são substâncias com distintas estruturas
químicas e mecanismos de ação, as quais se ligam a um sítio
de ação, gerando efeitos fisiológicos, comerciadas em larga
escala de forma ilegal.1 Cada vez mais se visa o estudo de
testes rápidos e fáceis que possam identificar essas drogas,
sendo esses os chamados exames preliminares. O trabalho
tem por objetivo realizar testes colorimétricos para a identificação das seguintes drogas de abuso: maconha, cocaína e
ecstasy, bem como amostras de aparência semelhante às
drogas analisadas: cigarro comercial, paracetamol, ácido
bórico, carbonatos e bicarbonatos. A maconha e o cigarro
comercial (que se assemelha à maconha), são analisados
depositando-se as amostras no papel de filtro, pingando éter
de petróleo e então o reagente Fast Blue B, o qual identifica
a presença de canabinóides. Já as amostras de cocaína, paracetamol e ácido bórico são analisadas da seguinte maneira:
colocam-se as três em uma placa escavada, pingando uma
solução de tiocianato de cobalto, homogeneizando a amostra
para então colocar ácido clorídrico. O chamado “ecstasy”
pode ter diversas composições; sua análise é feita adicionando um reagente com formaldeído e ácido acético glacial e em
seguida um reagente composto de água e ácido sulfúrico
concentrado. Por fim, a análise de carbonatos e bicarbonatos
é feita dissolvendo as amostras em água e adicionando-se
ácido clorídrico concentrado. Os resultados são positivos se:
o teste para a maconha obtiver coloração avermelhada; o
teste para a cocaína obtiver uma coloração azul forte que
persista após a adição do ácido; o teste para ecstasy obtiver
coloração e por fim o teste para carbonatos e bicarbonatos se
houver efervescência, indicando desprendimento de gás carbônico. Conclui-se que os testes possuem grandes vantagens,
pois são rápidos, sensíveis e baratos, com resultados de fácil
visualização. Porém deve-se tomar cuidado, pois o resultado
positivo é apenas indicativo de que possa ser uma droga de
abuso, sendo necessário um exame confirmatório.
Refêrencias:
1 Curso de Verão em Farmacologia, 2016.
61
ECF 05- ANÁLISE DE ENTORPECENTES POR ESPECTROSCOPIA NO INFRAVERMELHO POR
TRANSFORMADA DE FOURIER (FTIR): UMA
PROPOSTA DE PRÁTICA DE ENSINO
ROCHA, M. L. F. (1), SANTOS, T. C. L.(1), CASTRO, A.
S.(1), (2), DE MARTINIS, B. S.(1), VELHO, J. A.(1), OLIVEIRA, M. F. (1), (2)
(1)
Departamento de Química – Faculdade de Filosofia, Ciências
e Letras de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo, Av.
Bandeirantes, 3900, Monte Alegre, Ribeirão Preto – SP, 14040901, Brasil
(2)
Grupo de Eletroquímica, Eletroanalítica e Química Forense
(GEEQFor) - Departamento de Química – Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto – Universidade de São
Paulo, Av. Bandeirantes,3900, Monte Alegre, Ribeirão Preto –
SP, 14040-901, Brasil
A espectroscopia estuda a interação da radiação eletromagnética com a matéria. Um tipo de espectroscopia é a vibracional na faixa do infravermelho (IV), que tem como principal utilidade a identificação de moléculas orgânicas e
organometálicas. Este método faz a análise dos movimentos de rotação e de vibração das ligações dos átomos em
uma molécula, gerando um espectro de absorção da radiação infravermelha. As amostras analisadas devem estar
puras e podem ser líquidas, desde que não sejam soluções
aquosas e polares, sólidas ou gases. Cada substância possui um espectro específico, então a técnica de infravermelho pode ser usada para a identificação de compostos. Na
metodologia empregada [1], foi realizado um branco para
eliminar do espectro os sinais das moléculas de CO2(g) e
H2O(l) e de outros interferentes que poderiam estar presentes no ar. As amostras foram misturadas com KBr e submetidas a uma elevada pressão, para formar pastilhas de
boa espessura e transparência. A pastilha foi colocada na
célula para o início da análise, e a partir de um software
foram gerados os espectros. A partir das faixas de absorção
dos grupos funcionais no IV [2] e também dos espectros de
padrões de diversos alcaloides, disponíveis na literatura,
concluiu-se que as três substâncias desconhecidas eram:
cocaína, procaína e uma mistura dos dois analitos. Sendo
assim, foi possível obter informações diretas da estrutura
do material, pois a vibração de cada molécula é uma identidade da mesma. As vantagens de se utilizar a espectroscopia no infravermelho são o caráter não destrutivo da
técnica, a rápida aquisição dos dados e certa facilidade na
interpretação dos espectros, portanto, é um recurso de
grande utilidade na identificação de entorpecentes.
REFERÊNCIAS
[1] MARTINIS, B. S. de & OLIVEIRA, M. F. de. (Org.). Química Forense Experimental. – São Paulo: Cengage Learning,
2015.
[2] LOPES, W. A. & FASCIO, M. Esquema para interpretação
de espectros de substâncias orgânicas na região do infravermelho. Quim. Nova, Vol. 27, No. 4, 670 -673, 2004.
São Paulo: Cengage Learning, 2015.
62
MEDICINA LEGAL
63
MED 01- APLICAÇÃO DA TRAUMATOLOGIA FORENSE EM LESÕES PROVOCADAS POR ANIMAIS
TREMORI TM1, MASSAD MRR1, RIBAS LM2, REIS
STJ1,3, SILVA LTR4, OLIVEIRA AAF5, ROCHA NS6.
1.
Doutoranda – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - UNESP – Univ. Estadual Paulista – Campus de Botucatu
2. Pós-doutoranda – Faculdade de Medicina Veterinária e
Zootecnia - UNESP – Univ. Estadual Paulista – Campus de Botucatu
3. Perito Criminal – Departamento de Polícia Federal – Curitiba – Brasil
4. Doutoranda – Departamento de Medicina Veterinária –
Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE
5. Professora Doutora – Departamento de Medicina Veterinária – Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE
Professora Livre Docente – Departamento de Clínica Veterinária
– Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - UNESP –
Univ. Estadual Paulista – Campus de Botucatu
Introdução: Os crimes contra animais ocorrem com frequência e a Medicina Veterinária Legal, é uma
especialidade que vem ganhando espaço visando produzir
provas para elucidação dos casos, auxiliando a justiça. O
princípio da razoabilidade vai regir a maneira como o
magistrado irá interpretar cada caso para estipular uma
sentença, no entanto o papel do médico veterinário na
figura de perito criminal, judicial ou mesmo assistente
técnico é facilitar esta decisão, com o auxílio de laudos,
relatórios e pereces técnicos. Na Lei de Crimes
Ambientais, no seu artigo 32, proferir atos de abuso, maus
tratos e lesões aos animais domésticos, domesticados,
nativos e exóticos é crime e tem como pena detenção de
três meses até um ano além de multa. Objetivo: classificar
as lesões em animais de acordo com a traumatologia
forense considerando a gravidade da lesão provocada.
Material e Métodos: Selecionou-se cinco animais oriundos
do Serviço de Patologia Veterinária da FMVZ UNESP –
Univ. Estadual Paulista, Campus de Botucatu que foram
submetidos ao exame necroscópico. Resultados e
Discussão: Foram identificadas e descritas lesões de
acordo com a traumatologia forense. Sendo identificadas
lesões incisas, punctórias, contusas e perfurocontusas. As
lesões segundo o exame de corpo de delito realizados por
peritos médicos legistas podem ser classificadas em leve,
grave ou gravíssima. Ao utilizar tais terminologias, a
relação do agente causador com o tipo de lesão permite
que seja estabelecido um nexo causal e contribui para a
elucidação das provas e consequentemente identificação
dos indícios. Conclusão: É possível extrapolar os
conhecimentos obtidos e já padronizados de traumatologia
forense utilizados na Medicina Legal também na Medicina
Veterinária, para desta forma facilitar a compreensão na
esfera jurídica.
Referências bibliográficas: ROCHA, N.S. Bases da Investigação
Criminal. In: JERICÓ, M.M.; et al. Tratado de Medicina Interna
de Cães e gatos. Rio de Janeiro: Roca, v.2, p.2261-2, 2015.
TREMORI, T.M.; ROCHA, N.S. O exame do corpo de delito na
perícia veterinária. Revista do CRMV-SP. São Paulo. v.11, n.3,
p.30-35, 2013. Agradecimentos: CAPES Edital Pró Forenses
25/2014.
64
CRIMINALISTICA GERAL
65
CRI 01- O MÉTODO ACE-V E OS PRINCÍPIOS DA
CRIMINALÍSTICA: A PAPILOSCOPIA COMO CIÊNCIA DA IDENTIFICAÇÃO HUMANA
FELIPE BARBOSA NUNES FERNANDES¹
¹Departamento de Química, Faculdade de Filosofia, Ciências e
Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo
Em agosto de 2013, a Presidência da República vetou integralmente o PLS 244/09. O Projeto de Lei do Senado foi
criado de forma a inserir a carreira de Papiloscopista no rol
de peritos oficiais, alterando a Lei nº 12.030/09. O projeto
foi considerado inconstitucional com base no art. 61, § 1º,
II, da Constituição Federal, vez que a iniciativa do PLS
não partiu da Presidência da República e dispõe sobre regime jurídico de servidores públicos. Outro projeto semelhante que segue em tramitação, o PLS 460/2012, propõe
similar alteração à Lei nº 12.030/09, incluindo os peritos
em papiloscopia no rol dos peritos de natureza criminal. O
veto mencionado, no entanto, não encobre o caráter técnico-científico da Papiloscopia, ciência acessória da Criminalística e cuja atividade eminentemente pericial denota-se
rotineiramente dentro das atribuições do Papiloscopista,
quer seja pelas metodologias aplicadas no levantamento de
vestígios latentes ou nas variadas técnicas de revelação de
impressões digitais. Tal qual nas demais perícias oficiais,
os exames de verificação quanto à origem das impressões
digitais são positivadas em laudos, em especial no laudo de
confronto papiloscópico, análogo ao confronto balístico,
conferindo segurança jurídica às diligências e atos que
podem resultar na correta identificação da autoria e, consequentemente, indiciamento do provável autor de um delito.
Sob esta ótica, a Papiloscopia é, portanto, instrumento de
garantia dos direitos fundamentais da pessoa humana, evitando que um inocente sofra infundada acusação no curso
do processo à medida que permite a individualização e
identificação humana por meio da análise e verificação de
impressões digito-papilares. Trata-se, pois, de uma legítima Ciência Forense, possuindo objeto de estudo próprio e
um método aplicado às examinações, denominado Método
ACE-V, do acrônimo inglês analysis, comparision, evaluation, and verification, conferindo à perícia papiloscópica a
credibilidade acadêmica necessária para atender aos ânseios dos órgãos de justiça. A correlação entre o Método
ACE-V e os princípios da Criminalística no que tange às
técnicas aplicadas nos locais de crime e exames laboratoriais são a base para o estabelecimento de critérios científicos da Papiloscopia segundo os aspectos práticos da identificação humana.
CRI 02- UMA NOVA ÁREA NA CIÊNCIA FORENSE
OSVALDO NEGRINI NETO1,# , JORGE EDUARDO DE
SOUZA SARKIS2
1 – Instituto de Criminalística de São Paulo
# Perito Criminal aposentado.
2 - Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares – IPEN/SP
A denominação de “forenses” para um conjunto de ciências
que tem por objetivo precípuo a análise, a interpretação e a
descrição dos vestígios de um determinado fenômeno tem
levado à falsa noção de que estas ciências “forenses” se dedicam exclusivamente à elucidação de crimes. Tal ideia não
encontra respaldo na atual aplicação desta área do conhecimento. Os processos de investigação das ciências forenses se
estendem a inúmeras áreas do conhecimento científico, cabendo citar, além da área jurídico-penal, a arqueologia, a
ciência ambiental, a identificação de pessoas, animais e materiais, à datação de objetos, fósseis, etc. E, à estas aplicações, tem sido, constantemente, acrescentadas outras de igual
importância. Neste trabalho, destacamos o surgimento de
uma nova área de investigação forense, que já é objeto de
acordos e normas internacionais: a Ciência Forense Nuclear.
Também aqui não se deve pensar em uma atuação restrita a
“crimes nucleares”, ou seja, o uso da energia nuclear em
artefatos nucleares para destruição em massa. São muitas as
investigações a cargo desta área, podendo-se citar: contaminação por materiais radioativos, contrabando de material
radioativo ou nuclear, estocagem inadequada de materiais
oriundos de combustíveis, extravio ou furto de radiofármacos, minerais radioativos, etc. Por essa razão, a Agência Internacional de Energia Atômica – AIEA – tem incentivado,
desde 2006, os países membros a implementar medidas de
segurança nuclear . Dentre estas, a mais recente é o estabelecimento de procedimentos para a investigação forense de
eventos relacionados com a atividade nuclear. No Brasil,
podemos situar o início destas atividades a partir de 2007
quando teve início a organização da Rede Brasileira de Laboratórios Forenses Nucleares. Mais recentemente, em abril
de 2016, com apoio da agência Internacional de Energia Atômica foi realizado no IPEN o primeiro treinamento da área
forense nuclear. Neste trabalho são apresentados os principais objetivos desta nova área forense e os procedimentos a
serem implantados são discutidos.
66
CRI 04- ANÁLISE DE IMAGENS NA
DETERMINAÇÃO DE VELOCIDADES DE ENTRADA EM PERÍCIAS DE
TRÂNSITO
CRI 03- COMPARAÇÃO BALÍSTICA PELO
TRATAMENTO ESTATÍSTICO DE IMAGENS
MENDONÇA, R.M1; PLACIDO, G. P.2, DIAS, L.G. 1,
VELHO, J. A. 1, BARBEIRO, P.H.1, 3LEITE, V.B.P.,
BRUNI, A.T1.
VIEIRA, T. G.1, FRAGA, G. H. C.2, MARINHO, P. E.DE A.3
1
Departamento de Química, Faculdade de Filosofia Ciências e
Letras de Ribeirão Preto – USP
2
Instituto de Criminalística de Ribeirão Preto
3
Departamento de Física, Ibilce, Unesp-SP
A análise balística proporciona identificação das circunstâncias do evento ocorrido, dentro de uma ação delitiva.
Dessa forma, os exames de caráter balístico são elementos
indispensáveis na obtenção de provas dentro de uma investigação criminal. O objetivo desse trabalho foi proporcionar comparação entre projéteis baseando-se na imagem de
sua superfície lateral, utilizando os padrões de ranhuras
contidos nos canos das armas de fogo de alma raiada. De
forma que, pela conversão das fotografias em expressões
numéricas, passíveis de comparação, fosse garantida uma
análise objetiva. Ocorreu coleta e devida identificação de
oito projéteis remanescentes de disparos utilizando duas
pistolas Taurus, calibre 40, modelo 24/7 pró tática, pertencentes à Polícia Civil de Ribeirão Preto. Cada projétil foi
fotografado em doze ângulos de rotação distintos (de 0 o a
330o), em intervalos de trinta graus, sempre em duplicada.
A captação fotográfica foi realizada com Câmera Nikon
D3100 fixa, com lente macro acoplada e padrão único de
definição fotográfica. Pela utilização dos programas GIMP
e FV Fits Viewer, a identidade numérica dos pixels foi
extraída, de forma que cada uma das imagens deu origem a
uma matriz 400x440. A matriz total foi organizada tendo
as imagens referentes aos quatro projéteis da primeira arma seguida das imagens dos quatro projéteis da segunda
arma, resultando em uma dimensão total de 3200x5280.
As 1600 primeiras linhas foram atribuídas à classe 1 (arma
1) e 1600 linhas subsequentes à classe 2 (arma 2). Cada
coluna foi considerada uma variável. Para comparação das
matrizes foi utilizado o método de classificação multivariada chamado SIMCA- modelagem de classes por componentes principais, cujo algoritmo é implementado no programa Pirouette® da Infometrix. Os resultados mostraram
que, para apenas 10 componentes principais (redução de
mais de 99% da dimensão do sistema) menos de 1% das
amostras foi classificada de maneira incorreta, mostrando
estar adequadamente dentro do limite de confiabilidade de
95%. Conclui-se que esta é uma alternativa à comparação
balística, sendo que a comparação numérica é um procedimento simples, economicamente viável e possível sempre
que as características físicas do projétil estiverem livres de
degradação.
1-Superintendência de Polícia Técnico Científica de MG – 6°
DPC/1ª DRPC/Lavras/MG
2-Departamento de Ciência da Informação. Universidade Federal
de Lavras, Lavras/MG
3- Superintendência de Polícia Técnico Científica de MG – Instituto
de Criminalística/MG
Perícias de trânsito vêm ocorrendo cada dia com mais frequência. Em um local de acidente de trânsito, o perito tenta
remontar o evento, utilizando-se dos vestígios para descrever
a dinâmica envolvida. A falta de vestígios em locais é um
dos fatores que mais dificulta a análise, uma vez que esses
são usados para a determinação da velocidade dos veículos
antes do sinistro. O cálculo da velocidade das unidades motoras pode ser realizado de diversas maneiras, no entanto
existem locais em que não é possível a constatação de vestígios suficientes, ocasião em que as câmeras têm papel fundamental. Nesse trabalho avaliou-se o uso de filmagens na estimativa de velocidade de veículos em local de acidente de
trânsito em comparação com métodos clássicos da física. O
local em questão tratou-se de um acidente de trânsito na área
da Delegacia Regional de Polícia Civil de Lavras/MG o qual
envolveu dois automóveis. Na situação, uma câmera de segurança próxima ao local do acidente não registraram o sinistro, porém foi possível recuperar filmagens dos veículos
antes no ponto de impacto. O cálculo das velocidades das
unidades motoras antes da colisão foi estimado mediante três
metodologias: i) Método PCQM; ii)Cálculo direto através da
distância percorrida entre dois pontos com auxílio de câmera
de segurança; iii) Simulação com veículo de mesma marca e
modelo e construção de curva de calibração utilizando-se
imagens de uma câmera. A tabela 1 apresenta os resultados
obtidos com as três metodologias aplicadas observando-se
uma boa similaridade, considerando que a metodologia 3
apresenta erro do velocímetro de aproximadamente 10%.
Tabela 1: Estimativas da velocidade do veículo pelos três
métodos propostos.
Experimento/
Metodologia
1
Velocidade
estimada/km h-1
71,29
2
72,38
3
80,40
O procedimento de estimativa das velocidades através de
filmagem apresentou grande potencial de utilização em perícias de trânsito uma vez que considerando o erro das medições, os resultados foram próximos e totalmente coerentes.
Referência Bibliográfica
Kleinubing, R. Neto, O. N. Din. dos Ac. de Trânsito - 4ª Ed.
Campinas: Millennium, 2012.
67
CRI 05- A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO
QUÍMICO PARA A SOLUÇÃO DE DELITOS AMBIENTAIS
ZONATO, V. S.1 BRUNI, A. T1
1
Departamento de Química, Faculdade de Filosofia Ciências e
Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão
Preto – SP, Brasil.
A grande discussão em torno do meio ambiente se faz importante para a sua preservação bem como para a punição
dos responsáveis em caso de dano ambiental. O Direito
ambiental tem como finalidade definir responsáveis pelo
dano, aplicando as penalidades pertinentes. Para isso é
necessário medir a extensão do dano e criar padrões ambientais1. O objetivo principal desse trabalho é entender evolução histórica mundial e brasileira do direito ambiental e
fazer um levantamento dos principais tipos de delitos que
necessitam de conhecimento químico. A metodologia utilizada foi pesquisa e levantamento bibliográfico. Foram
consultadas diversas fontes, como sites de pesquisa, livros
e artigos científicos e da mídia. Ainda, foi feita pesquisa
jurisprudencial acerca de delitos ambientais. Neste caso,
foi dado enfoque ao uso da química com objetivo de auxiliar na resolução de casos judiciais. Os Crimes Ambientais
no Brasil podem ser classificações de acordo com a sua
natureza, tipo e forma, sendo divididos em: Crimes Contra
a Fauna, Contra a Flora, Poluição e Outros Crimes Ambientais, Contra o Ordenamento Urbano e o Patrimônio Cultural e Contra a Administração Ambiental. Em todas as
categorias encontramos exemplos nas quais o conhecimento químico é imprescindível. Foram separados os principais tipos de conhecimento e testes associados. A Perícia
Química em alguns casos de crimes ambientais é de extrema importância para cumprir alguns princípios previstos
na lei Lei nº 6.938/1981, como o princípio do PoluidorPagador. Conclui-se que questão ambiental é ampla e
cheia de contornos legais e administrativos. Além dos conhecimentos químicos inerentes, devem ser previamente
entendidos os objetivos do que se deseja estudar, além da
metodologia adequada para identificação e valoração dos
danos. Da análise da jurisprudência observa-se que não há
metodologia e nem procedimento padrão. A diversidade de
formas de análise pode ser motivo de insegurança jurídica.
Referência:
1.Sánchez, L. E. Avaliação de Impacto ambiental: Conceitos e
Métodos. (2008).
68
QUÍMICA FORENSE
69
QF 01- ANÁLISE DIRETA DE RESÍDUOS DE EXPLOSÃO DE PÓLVORA NEGRA UTILIZANDO
TÉCNICAS
ESPECTROSCÓPICAS
(INFRAVERMELHO E RAMAN)
1
2
BARCELOS JÚNIOR, A.E. , COTTA, F. A. , TEIXEIRA, A. P. C.1, NASCENTES, C.C.1
QF 02- DESENVOLVIMENTO DE MÉTODO PARA
IDENTIFICAÇÃO DE LÍQUIDOS COMBUSTÍVEIS
USANDO PS-MS E QUIMIOMETRIA
VARGAS, A.R. 1 JURISCH, M.1 AUGUSTI, R.1 COSTA,
L.M.1 NASCENTES, C.C.1
1
1
Departamento de Química, Universidade Federal de Minas Gerais,
Brasil
A pólvora negra, constituinte principal do estopim, é um
baixo explosivo constituído por KNO3, C e S1. Sua principal característica no processo da cadeia explosiva é a condução da chama até o detonador, onde acionará o alto explosivo primário. Diante disso, o objetivo deste trabalho
foi desenvolver um método para identificação e caracterização de resíduos de pólvora negra em locais de explosão,
empregando técnicas de análise direta como a espectroscopias de infravermelho com transformada de Fourier e reflectância total atenuada (FTIR-ATR) e Raman. As amostras de estopim (pólvora negra), pré e pós-explosão, foram
coletadas durante treinamento do Esquadrão Antibombas
(EAB) do GATE-MG. As coletas foram realizadas em
fragmentos dos artefatos utilizados nas explosões com
swab e fita adesiva para comparação. As amostras do explosivo e os resíduos pós-explosão foram analisadas por
FTIR-ATR (PerkinElmer, Frontier Single Range – MIR),
na região de 650 a 4000 cm-1, obtendo-se 16 espectros por
análise. No espectrômetro Raman com microscópio acoplado (Bruker, Senterra), utilizou-se o laser 633 nm (2,00
mW, 40 a 3530 cm-1) para obtenção dos espectros. Na análise por FTIR-ATR, observou-se a banda característica do
grupo NO3- antes da detonação (N-O, 1370 cm-1). Essa
banda não foi observada no espectro da amostra pósexplosão. Bandas entre 3000-2800 cm-1 (deformação de
Csp3-H) são observadas no pós-explosão, bem como bandas em 1620 e 1100 cm-1. Na análise por Raman, os espectros se diferem quanto à presença das bandas em 1050 cm-1
e 712 cm-1, referentes à deformação do grupo nitrato (préexplosão) e quanto às intensidades das bandas D (~ 1440
cm-1) e G (~ 1650 cm-1), no pré e pós-explosão, referentes
a estruturas carbônicas amorfas (Csp3) e planares (Csp2),
respectivamente. Desta forma, conclui-se que as duas espectroscopias apresentaram resultados complementares e
satisfatórios quanto à identificação e caracterização da
pólvora negra presente no estopim (pré e pós-explosão).
Foi possível definir que a coleta em fita foi mais adequada
para as análises.
A evolução das técnicas de ionização ambiente como o Paper
Spray acoplado a espectrometria de massas (PS-MS), têm
contribuído muito com as ciências forenses. Essa técnica
apresenta simplicidade e rapidez, tendo sido empregada na
toxicologia (drogas em sangue), grafologia (caracterização
de tintas de canetas) e entre outras. Esse tipo de análise pode
ser útil também na identificação do fingerprint de amostras
diversas. Assim, o objetivo deste trabalho foi desenvolver
um método para estabelecer um perfil de ionização de massas para combustíveis (gasolina, querosene e diesel) líquidos
e evaporados, empregando como técnica analítica o PS-MS,
visando a identificação em resíduos de incêndio. Os líquidos
combustíveis foram fornecidos pelo Laboratório de Ensaios e
Combustíveis da Universidade Federal de Minas Gerais.
Pequenos volumes dos combustíveis foram colocados em
recipientes fechados e aquecidos para adsorção em papel de
filtro no modo “headspace”. Os combustíveis (líquidos e
adsorvidos no papel) foram analisados no equipamento PSMS (Thermo Fisher Scientific, LCQ Fleet) operando em
modo positivo com uma voltagem de 4,5 kV. A faixa dos
espectros de massas foi com varredura completa entre 80 e
1000 m/z para todas as amostras. Para gerar uma ionização
eficiente e reprodutível, utilizou-se uma mistura de metanolagua (80:20) com 1% de ácido fórmico [1]. Os principais
mecanismos de ionização são a protonação e oxidação dos
hidrocarbonetos [2]. Nas análises, observou-se que cada liquido combustível apresentou um perfil caraterístico que
podem ser diferenciados pelas análises por componentes
principais (PCA) com scores em PC1 (31,60%) e PC2
(25,94%). No perfil da gasolina líquida, observa-se componentes aromáticos protonados como tolueno [M+2H]2+ (94
m/z) xilenos e etilbenzenos [M+2H]2+ (108 m/z), 1,2,3Trimetilbenzeno [M+2H]2+ (122 m/z), e na faixa de 450 a
800 m/z uma ionização menos abundante. Já na gasolina
evaporada as abundâncias dos íons aumentam nessa faixa,
desaparecendo os íons dos componentes de maior volatilidade. Os perfis do querosene e do diesel apresentam uma ionização com distribuição gaussiana na faixa de 450 a 800 m/z.
PS-MS é uma técnica de potencial uso nas ciências forenses
que pode ser utilizada especialmente na detecção de líquidos
combustíveis residuais nos vestígios coletados em locais de
incêndios.
Universidade Federal de Minas Gerais, Departamento de Química, Belo Horizonte, MG, Brasil, 31270-901
2
Esquadrão Antibombas, Grupo de Ações Táticas Especiais, Polícia Militar-MG, Rua Antero de Quental, 92, Belo Horizonte,
MG, Brasil,31565-120
Referência Bibliográfica:
1
D.E.NEWTON, Forensic Chemistry, Facts on File, New York,
2007, p.190.
Agradeço ao EAB do GATE-MG, a CAPES e a FAPEMIG.
[1] Naccarato, A. Moretti, S. Sindona, G. Anal Bional Chem
405:8267-8276 (2013).
[2] Romão, W. Tose, L. Vaz, B. Sama, S. Lobinski, R. Giusti, P.
Carrier, H. Bouyssiere, B. J. A m. Soc. Mass Spectrom. 27:182185 (2016).
Agradecimentos: À CNPq, CAPES (Pr ó-forense), FAPEMIG, ao
Instituto de Criminalística da PC-MG.
70
QF 03- REVELAÇÃO DE IMPRESSÕES DIGITAIS
LATENTES EM SUPERFÍCIES METÁLICAS A
PARTIR DA ELETRODEPOSIÇÃO DE POLÍMEROS CONJUGADOS
1
1
COSTA, C. V. , GAMA, L. I. L. M. , SOARES, W. M.
G.1, SILVA, R. C.1, TONHOLO, J.1, RIBEIRO, A. S.1
Universidade Federal de Alagoas, Inst. de Química e Biotecnologia, Campus A. C. Simões, Maceó-AL
Uma das aplicações mais frequentes da química forense na
identificação humana consiste na revelação de impressões
digitais latentes. Entretanto, como as mesmas são pouco
visíveis, requerem tratamento com substâncias coloridas
ou fluorescentes para revelar a sua imagem. Apesar dos
esforços para melhorar a visualização em diferentes superfícies, a taxa de sucesso em visualizar impressões digitais
em superfícies metálicas com qualidade adequada ainda é
baixa [1]. Neste trabalho foi utilizado um conceito baseado
no uso dos componentes presentes na impressão digital
(suor sebáceo ou écrino) como template ou ‘máscara’ através do qual o polímero condutor pode ser depositado eletroquimicamente sobre a impressão digital formando uma
imagem em ‘negativo’ da mesma [1,2]. Esta é uma estratégia interessante, pois as propriedades ópticas dos filmes
poliméricos resultantes podem ser manipuladas pela aplicação de potencial elétrico. Este trabalho tem como objetivo a deposição de filmes de polianilina (PAni), polipirrol
(PPy) e poli(3,4-etilenodioxitiofeno) (PEDOT) sobre superfícies de aço inoxidável contendo impressões digitais
latentes, além da otimização do contraste entre a superfície
metálica/polímero condutor e a digital a partir da variação
do potencial elétrico aplicado. Em uma célula eletroquímica, as placas de aço inoxidável contendo as impressões
digitais foram usadas como eletrodo de trabalho, uma folha de Pt como contra-eletrodo e Ag/AgCl (KClsat.) como
eletrodo de referência. Os polímeros (PAni, PPy e PEDOT) foram depositados eletroquimicamente a partir de
soluções dos monômeros em H2SO4 1,0 mol L-1/
dodecilsulfato de sódio (SDS) ou em LiClO4 0,1 mol L-1
aplicando-se potencial entre 0,75 e 1,00 V, variando-se o
tempo de deposição entre 30 e 300 s. A análise dos resultados obtidos mostrou que foi possível visualizar impressões
digitais latentes depositadas sobre superfície de aço inoxidável através de eletrodeposição de PAni, PPy e PEDOT,
assim como manipular o contraste entre a impressão digital
e os filmes poliméricos através da variação do potencial
elétrico aplicado.
Agradecimentos: CNPq, CAPES, FAPEAL e FINEP.
Referências:
[1] A.L. Beresford, R.M. Brown, A.R. Hillman, J.W. Bond, J.
Forensic Sci. 57 (2012) 93.
[2] R.M. Brown, A.R. Hillman, Phys. Chem. Chem. Phys. 14
(2012) 8653.
QF 04- IDENTIFICAÇÃO DE COCAÍNA EM AMOSTRAS APREENDIDAS DE CHÁ DE COCA POR CGEM
CASTRO, A.L.1, BALBINO, M.A.1,2, ELEOTÉRIO, I.C.1,2,
MENEZES, M. M. T.3, MAGALHÃES, J1, DIAS. H. J.1,
CROTTI, A.E.M1, OLIVEIRA, M,F.1
1 – Departamento de Química, Grupo de Estudos em Eletroquímica
e Química Forense, FFCLRP/USP, Ribeirão Preto-SP,14040-901,
Brasil
2 - Department of Chemistry and Biochemistry – International
Forensic Research Institute – Florida International University –
Miami, FL 33199 – United States of America.
3 - IFSP - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de
São Paulo – Campus Catanduva - Catanduva - SP, 15808-305 –
Brasil.
O consumo de chá é uma ocorrência comum em muitos países sul-americanos. Ainda, de acordo com o Art. 28 da Lei n o
11.343/2016, também conhecida como “Lei antidrogas”, o
cidadão que “adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar
ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar” deverá ser submetido às penas [1]. Portanto, este
trabalho ganha importância ao buscar identificar de modo
qualitativo cocaína em sachê de chá de coca consumido na
Bolívia, pois sendo a cocaína, uma substância de consumo
ilícito no Brasil, qualquer quantidade deste analito enquadrase em consumo ilegal. Em Química Forense considera-se a
realização de laudos de caráter definitivo baseados nas recomendações de métodos de análise preconizados pelo
SWGDRUG [2]. Por isso, para a identificação de cocaína no
chá de coca utilizou-se a cromatografia gasosa acoplada ao
espectrômetro de massas (CG-EM). A mesma foi realizada
num sistema equipado com um amostrador automático da
Shimadzu® AOC-20i QP2010Plus. A coluna consistiu de
modo (EI-MS) Rtx-5MS capilar de sílica fundida
(comprimento = 30 m, DI = 0,25 mm e espessura da película
= 0,25 uM). A ionização de elétrons a 70 eV foi empregue.
O hélio foi utilizado como gás transportador com um caudal
constante de 1,1 ml/min. O volume de injeção foi de 1 ml
(razão de divisão de 1: 5). O injetor e as temperaturas da
fonte iónica foi regulada para 250oC. A temperatura da coluna foi definida inicialmente para 60°C (mantida durante 5
min) e aumentou para 290oC a 10oC/min e depois mantida a
290oC durante 10 min. Os espectros de massa foram registados com um intervalo de verificação de 1,0 s na faixa de
massa de 45 a 600 Da. Sendo assim, foi possível ao observar
o perfil químico dos fragmentos gerados para o padrão de
cocaína, confrontar os mesmos com os fragmentos gerados
para a amostra de chá de coca e qualificar a substância ilícita
na bebida, o que torna a comercialização do produto proibida
no Brasil.
Agradecimentos:
À FAPESP Processo 2016/01447-7
Referências
1 – BRASIL. Decreto n. 11.343, de 23 de agosto de 2006.
2 – Bruni, A. T. et al.Fundamentos de Química Forense: Uma análise prática da química que soluciona crimes. Campinas, SP: Millennium Editora, 2012.
71
QF 05- MARCADORES LUMINESCENTES DE GSR:
DETERMINAÇÃO DO LOCAL DO DISPARO.
QF 06- UMA ANÁLISE DA TRANSFERÊNCIA SECUNDÁRIA E TERCIÁRIA DOS RESÍDUOS LUMINESCENTES.
AROUCA, A. M.1,2, LUCENA, M.A.M.3,JATOBÁ, R.2,
TALHAVINI, M.4, WEBER, I. T.2,3
AROUCA, A. M.1,2, TALHAVINI, M.3, WEBER, I. T.2
1
1
Estimar a distância de disparo pode fornecer informações
importantes acerca de um crime. Os métodos de estimativa
de distância são baseados na análise do padrão de dispersão dos resíduos de tiro (GSR) depositados em torno de
orifícios de entrada do projétil. Em geral, a distância do
disparo é classificada como contato, próximo contato, intermediário ou tiros distantes. No entanto, quando se trata
de tiros distantes, é praticamente impossível determinar a
posição do atirador com precisão. O nosso grupo desenvolveu marcadores luminescentes que permitem a detecção in
loco do GSR, sendo depositados na mão, arma de fogo e
alvo do atirador1. Além disso, os resíduos luminescentes
(LGSR) são depositados no local em que o tiro foi deflagrado. O objetivo deste trabalho foi avaliar a viabilidade
do uso do LGSR depositado junto ao atirador para identificar a sua posição em uma cena de crime. Para tal, foi realizada uma série de testes cegos com o intuito de determinar
a posição do atirador no momento do disparo da arma de
fogo. Marcadores luminescentes isoestruturais à MOF
MIL-782 foram adicionados à pólvora de munição NTA 9
mm, em uma porcentagem de 4 % da massa. O stand de
tiro foi do INC-DPF foi divido em 12 posições e o atirador
escolheu uma delas para efetuar 3 disparos. Após os disparos anotou a posição escolhida e saiu da sala. Na sequência, o analista entrou na cena do crime com uma lâmpada
UV portátil (254 nm) e buscou identificar a posição da
qual o disparo foi realizado. Uma série de oito testes cegos
foram realizados. Na posição onde foi realizado o disparo,
uma grande quantidade de LGSR foi encontrada, havendo
ainda a formação de uma linha de resíduos luminescentes
até o alvo. A quantidade de LGSR diminuiu quando se
afastava da posição de realização do disparo. A localização
do atirador foi corretamente identificada em todos os oitos
testes realizados. Concluindo, com a utilização dos marcadores luminescentes uma cena de crime foi rapidamente
analisada, fornecendo informações precisas sobre a posição de atirador e a distância de disparo.
A identificação de resíduos de disparo (GSR) pode ser uma
evidência valiosa para relacionar uma pessoa a uma cena de
crime. Por outro lado, a transferência de GSR pode levar a
correlações errôneas entre pessoas e a cena do crime. Assim,
um aspecto importante a ser considerado nas investigações
criminais é a transferência de GSR para pessoas que não
estão envolvidos com o crime. Nosso grupo desenvolveu
uma série de marcadores luminescente, os quais adicionados
à munição não tóxicas (NTA) permitem identificar GSR luminescente (LGSR) nas mãos do atirador, arma, local do
disparo, etc1. Já se sabe que os LGSR possuem um elevado
tempo de permanência nas mãos do atirador, relativa resistência à lavagem e que pode ser transferido para objetos manuseados pelos atiradores. Neste trabalho avaliamos a dinâmica da transferência do LGSR entre pessoas, por meio de
apertos de mão. Para tal, um atirador efetuou quatro tiros
usando uma pistola Glock G17 com munição NTA 9 milímetros marcada com 10% do marcador luminescente isoestrutural à MOF MIL-78. Logo após os disparos, o atirador (#1)
apertou a mão de um indivíduo (#2), que em seguida apertou
as mãos de uma terceira pessoa (#3). Os indivíduos #2 e #3
não estavam presentes no momento dos disparos. Imagens
das mãos dos três participantes foram adquiridas utilizando
irradiação UV (254 nm) no V ideo Spectral Comparator
(VCS 6000). Amostras também foram coletadas das mãos
dos indivíduos utilizando stubs recobertos com fita de carbono, segundo normas da Polícia Federal Brasileira para coleta
de GSR. Os stubs foram analisados por MEV/EDS utilizando o software específico para análise de GSR (INCAGSR),
no qual foi feita a introdução de uma nova rotina de análise
que permite a identificação e quantização do LGSR. Constatamos que as partículas luminescentes foram transferidas
para tanto para o indivíduo #2 quanto para o indivíduo # 3
depois de cada aperto de mão, embora, como esperado, o
número de partículas luminescentes diminua com a sequência de apertos. Concluiu-se, portanto, que o LGSR é susceptível à transferência pelo aperto de mãos e que a quantidade
de partículas encontradas é proporcional a distância que
aquele indivíduo está do atirador. Para distinguir entre a realização do disparo ou transferência evidências adicionais
devem fundamentar conclusão.
Instituto Federal Brasília, Campus Samambaia, Subcentro Leste
– Complexo Boca da Mata Lote 02, 72302-300, Samambaia,
Brasil.
2
Instituto de Química, Universidade de Brasília, 70904-970,
Brasília, Brasil.
3
PGMTR-CCEN, Universidade Federal de Pernambuco, Avenida
Professor Luiz Freire , S/N , Cidade Universitária, 50740-540,
Recife, Brasil.
4
Instituto Nacional de Criminalística, Polícia Federal Brasilieira,
SAIS Quadra 07, Lote 23, 70610-200 Brasília, DF, Brasil.
(1) Weber, I. T.; Melo, a. J. G.; Lucena, M. a. M.; Consoli, E. F.;
Rodrigues, M. O.; de Sá, G. F.; Maldaner, a. O.; Talhavini, M.;
Alves, S. Use of Luminescent Gunshot Residues Markers in Forensic Context. Forensic Sci. Int. 2014, 244, 276–284.
(2) Serre, C.; Millange, F.; Thouvenot, C.; Gardant, N.; Pelle, F.;
Férey, G. Synthesis, Characterisation and Luminescent Properties
of a New Three-Dimensional Lanthanide Trimesate: {M((C6H3)(CO2)3)) (M = Y, Ln) or MIL-78}. J. Mater. Chem. 2004, 14
(10), 1540–1543.
Agradecimentos: NEQUIFOR, CAPES-PROFORENSE, FAPDF,
CNPq, FACEPE e a Polícia Federal Brasileira.
Instituto Federal Brasília, Campus Samambaia, Subcentro Leste –
Complexo Boca da Mata Lote 02, 72302-300, Samambaia, Brasil.
2
Instituto de Química, Universidade de Brasília, 70904-970,
Brasília, Brasil.
3
Instituto Nacional de Criminalística, Polícia Federal Brasilieira,
SAIS Quadra 07, Lote 23, 70610-200 Brasília, DF, Brasil
(1) Weber, I. T.; Melo, a. J. G.; Lucena, M. a. M.; Consoli, E. F.;
Rodrigues, M. O.; de Sá, G. F.; Maldaner, a. O.; Talhavini, M.;
Alves, S. Use of Luminescent Gunshot Residues Markers in Forensic Context. Forensic Sci. Int. 2014, 244, 276–284.
Agradecimentos: NEQUIFOR, CAPES-PROFORENSE, FAPDF,
CNPq, FACEPE e a Polícia Federal Brasileira.
72
QF 07- ANÁLISE QUIMIOMÉTRICA DO PERFIL
DE COR APLICADA A TESTES DE CONSTATAÇÃO PREMILINAR DE COCAÍNA
SANTOS, A.A.L1; MACHADO, A.C.G1, VIEIRA, T. G.2,
AUGUSTI, R.3, NUNES, C. A.1, MAGALHAES, E. J.1
1
Universidade Federal de Lavras, 37200-000, Lavras, MG, Brasil
Superintendência de Polícia Técnico Científica de Minas Gerais
– STRC/Lavras/MG
3
Departamento de Química, Universidade Federal de Minas
Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil
2
Os métodos colorimétricos são largamente utilizados na
análise de drogas e consistem na mudança de cor em resposta à interação de uma substância com um determinado
reagente químico. O teste de Scott é um dos métodos
colorimétricos mais empregados para identificar cocaína.
No entanto, adulterantes, diluentes e outras substâncias
produzem resultados semelhantes aos da cocaína, levando
a resultados falsos positivos. A finalidade do presente
trabalho decorre da proposição de um método simples de
caracterização de amostras de cocaína e crack com base na
cor resultante do teste de Scott, como alternativa a
resultados falsos positivos. Amostras de crack e cocaína,
apreendidas na cidade de Lavras/MG e região, assim como
adulterantes (lidocaína e ciclobenzaprina) e diluentes
(carbonato de sódio, nitrato de cálcio e sulfato de sódio)
foram submetidas ao teste de Scott em tubos de ensaio. Os
tubos foram colocados contra um fundo branco obtendo-se
imagens com perfil RGB para cada amostra pelo uso do
aplicativo Color Grab. Usando esse sistema uma matriz de
dados foi obtida e centrada na média, e a variância total
explicada pelas duas componentes principais. A primeira
componente principal (PC1) explicou 83,03% da variância
total dos dados, enquanto que a segunda componente
principal (PC2) explicou 16,75%. Por esses resultados
verifica-se que a PC1 permitiu observar formação de dois
grupos. O primeiro consistindo de amostras de crack e o
segundo de adulterantes e diluentes. Observou-se também
que embora a ciclobenzaprina seja um resultado falso
positivo, a PC2 permitiu separá-la de todas as outras
amostras. Isso é um indicativo de que há diferença no seu
perfil de cor em relação às amostras de crack, o que não se
pode distinguir visualmente. Esses resultados, embora
preliminares, mostraram-se satisfatórios na classificação
por imagem, o que sugere a possiblidade de um método
viável na identificação de resultados falso-positivos. Além
disso, o uso de aplicativos (APP) nesse tipo de análise é
inédito sendo muito promissor para análises de substâncias
in loco pelos Peritos Criminais. Um comparativo entre os
resultados obtidos pelo APP e por softwares convencionais
também será avaliado nesse estudo.
Referência Bibliográfica
TSUMURA, Y.; MITOME, T.; KIMOTO, S. Forensic Science
International 155 (2005) 158–164.
QF 08- ESTUDOS PARA IDENTIFICAÇÃO PRELIMINAR DE 25C-NBOME EM SELOS POR TÉCNICAS
ELETROQUÍMICAS USANDO O ELETRODO DE DIAMANTE DOPADO COM BORO
AMANDA B LIMA1, ANDERSON C. DE OLIVEIRA2,
SANDRO L. BARBOSA3, RODRIGO A.A. MUÑOZ4,
WALLANS T. P DOS SANTOS3.
1
Departamento de Química e 3 Farmácia, Universidade Federal dos
Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina-MG, Brasil
2
Perito Criminal da Polícia Civil de Minas Gerais, DiamantinaMG, Brasil
4
Instituto de Química, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG, Brasil
Introdução: O 25C-NBOMe (NBC) está entre as drogas
sintéticas psicoativas emergentes encontradas em selos com
padrão de uso recreativo [1]. A identificação preliminar deste
composto é de extrema importância na área forense, em especial, para lavratura de Auto de Prisão em Flagrante Delito
(APFD). No entanto, até o momento, não é descrito nenhum
método para identificação preliminar do NBC, havendo apenas os métodos de identificação definitiva, os quais, em geral, são realizados por HPLC-MS, CG-MS e FTIR. Neste
contexto, os métodos eletroanalíticos podem ser uma alternativa de análise simples, rápida e de baixo custo para de identificação do NBC. Objetivo: Desenvolver um método para
identificação preliminar do NBC em selos por técnicas eletroquímicas utilizando o eletrodo de diamante dopado com
boro (BDD). Materiais e Métodos: Os selos foram apreendidos pela Delegacia Regional de Polícia Civil de Diamantina.
A extração de cada selo foi realizada com 1,0 mL de metanol. Todas as análises eletroquímicas foram realizadas por
um potenciostato µAutolab acoplado à uma célula eletroquímica de três eletrodos, sendo o eletrodo de trabalho o BDD
(8000 ppm), o de referência de Ag/AgCl e auxiliar um fio de
platina. Eletrodos de trabalho de ouro e carbono vítreo também foram avaliados. O extrato do selo foi diluído em solução de eletrólito para as análises eletroquímicas, sendo o
comportamento eletroquímico dessas soluções investigado
por voltametria cíclica, em tampão Britton-Robinson 0,1 mol
L-1 (pH 2,0 a 12,0). A validade dos resultados obtidos foi
verificada pela comparação com as técnicas de identificação
definitiva GCMS, HPLC-MS e FTIR-ATR. Resultados e
Discussão: Os voltamogr amas das soluções extr aídas do
selo apresentaram um processo de oxidação irreversível relacionado ao NBC, visto que as análises de identificação definitiva confirmaram apenas a presença desta substância no
extrato metanólico. As melhores condições de detecção eletroquímica do NBC em relação ao eletrólito suporte e eletrodo de trabalho foram alcançadas em pH 4,0 com eletrodo de
BDD. Nestas condições, o NBC apresentou um pico de oxidação bem definido em torno de 1,0 V, mostrando que é possível desenvolver um método eletroanalítico simples, rápido
e de baixo custo para realizar uma análise preliminar desta
droga. Os parâmetros de validação analítica do método ainda
estão sendo realizados por voltametria e amperometria. Conclusão: A detecção eletr oquímica usando o eletr odo de
BDD apresentou potencialidade para ser aplicada na identificação preliminar do NBC em selos.
Referência: [1] F.S. Ber sani, et. al. 25C-NBOMe:Preliminary
Data on Pharmacolog…, BioMed Research International (2014).
Agradecimentos: FAPEMIG e UFVJ M.
73
QF 09- DETERMINAÇÃO DE ELEMENTOS INORGÂNICOS EM ANABOLIZANTES APREENDIDOS
EM BELO HORIZONTE UTILIZANDO FLUORESCÊNCIA DE RAIOS-X
QF 10- DETERMINAÇÃO DA BIOMASSA MICROBIANA E RESPIRAÇÃO BASAL NO SOLO DURANTE
DECOMPOSIÇÃO CADAVÉRICA, EM ÁREA DE MATA TROPICAL
MIGUITA A.G.C.1, MACHADO, Y.1,2, NASCENTES
C.C.1, SENA M.M.1
AGUIAR, A.T.C.1, BENTES, K. R.1, ANTONIO, A. S.1,
PAULA A. R. U.1, COSTA L. C. A.1
1. Departamento de Química, ICEx, Universidade Federal de
Minas Gerais
2. Polícia Civil de Minas Gerais
1
O consumo de esteroides anabolizantes por praticantes de
musculação1, atletas2 e jovens em geral tem aumentado,
assim como o comércio ilegal destes produtos, que têm
sido apreendidos com frequência em operações policiais.
Os usuários destes produtos ilegais muitas vezes desconhecem os efeitos adversos que podem ser causados, além da
origem das substâncias. O perfil de constituintes inorgânicos pode trazer informações importantes neste aspecto.
Assim, o objetivo deste trabalho é determinar os elementos
inorgânicos presentes em anabolizantes apreendidos pela
Polícia Civil de Minas Gerais, utilizando a Espectrometria
de Fluorescência de Raios-X por Reflexão Total (TXRF).
Foram analisados 10 anabolizantes (5 comprimidos e 5
suspensões injetáveis) em um espectrômetro S2 Picofox
(Bruker). Para suspensões injetáveis, realizou-se apenas
uma diluição com água (1:1) e 5 mg/L de Ga como padrão
interno. As amostras de comprimido foram pulverizadas e,
em seguida, pesou-se cerca de 20 mg de cada uma, adicionou-se 200 μL de HNO3 50%, 50 μL de solução de Ga
100 mg/L (padrão interno) e 750 μL de água. Essas amostras foram analisadas na forma de suspensão e, posteriormente, foram centrifugadas, retirando apenas o sobrenadante para análise. A análise dos comprimidos na forma de
suspensão foi mais adequada, sendo esses os valores apresentados. Todos os comprimidos apresentaram os elementos K, Ca, Fe, Cu, e Zn, e as concentrações (mg/kg) variaram, respectivamente nas seguintes faixas: 25,4–37,6; 58,1
–208; 6,20–94,3; 0,400–0,800 e 0,850–3,59. Outros elementos foram detectados em uma ou mais amostras como
Cl, S, Ti, Mg e Ni. Todas as amostras de suspensão injetável apresentaram Cl, K, Ca, Fe, Zn e Br, em concentrações (mg/L) variando de: 30,08-37,69 (Cl); 0,434-3,46
(K); 1,84-191,3 (Ca); 0,276-2,38 (Fe), 0,116-1,70 (Zn) e
0,156-7,39 (Br). Foram detectados também P, Cr, S, Ni,
Cu, Ce, Ba, Mn, Mg, Ti, Sr, As e Pb. A presença de metais
com potencial tóxico (Cr, Ni, Ba, Pb e As) requer uma
avaliação mais criteriosa, podendo causar efeitos danosos
à saúde. Foi possível verificar que os anabolizantes apresentam uma grande diversidade em termos da composição
inorgânica, sendo essas informações importantes para avaliação de risco à saúde dos usuários. Elas também podem
ser utilizadas para identificação de origem dos produtos
ilegais em conjunto com métodos multivariados.
1. Santos, A.M. et al. Substance Use & Misuse, v. 46, p. 742,
2011.
2. Acevedo, P. et al. West Indian Med J., v. 60, p. 531, 2007.
Agradecimentos: FAPEMIG, CAPES, CNPq e Polícia Civil
de Minas Gerais
Departamento de Química, Instituto de Ciências Exatas, Universidade Federal do Amazonas.
Em casos de crime contra a vida, a estimativa do Intervalo
Pós-Morte (IPM) é crucial para a determinação dos envolvidos e da procedência do crime. O solo onde a vítima é encontrada é um dos fatores que podem auxiliar na estimativa
deste IPM, quando as demais técnicas não puderem ser aplicadas corretamente. A presente pesquisa teve como objetivo
estudar o efeito de carcaças suínas no solo através das modificações observadas durante a decomposição e assim oferecer ferramentas para a determinação do IPM. O experimento
foi realizado em área de mata de clima tropical, utilizando 6
carcaças acima e abaixo do solo, sendo coletado o solo abaixo destas em intervalos de 72 horas, durante 30 dias. Os parâmetros analisados a partir destas amostras foram o carbono
da biomassa microbiana (CBMS), pelo método de fumigação
-extração, e a respiração basal (RB), pela técnica de captura
de CO2 em armadilha estática. Os valores de CBMS mais
elevados foram encontrados entre o 3º e 12º dias de decomposição, entre as fases enfisematosa e coliquativa. A RB
mostrou uma resposta semelhante, com menores flutuações
durante o experimento, apresentando acréscimos a partir do
15º dia, durante a fase coliquativa. Em ambas análises o solo
abaixo das carcaças se comportou de maneira distinta, no
que diz respeito à sua atividade microbiana, quando comparado com o comportamento observado no solo controle, onde
não havia presença de carcaças em decomposição. Nos modelos expostos foi possível observar uma enorme atividade
de massa larval, que não foi vista nos modelos enterrados,
logo os enterrados se mantiveram conservados por um período maior. As variações observadas entre o 3º e o 30º dias se
mostraram significativamente anômalas às do solo controle,
o que torna possível a utilização destes dois parâmetros para
o desenvolvimento de um modelo de previsão do IPM.
Referências bibliográficas: HOWARD, G. T.; DUOS, B.; WATSON-HORZELSKI, E. J. Characterization of the soil microbial
community associated with the decomposition of a swine carcass.
International Biodeterioration & Biodegradation, v. 64, p. 300–304,
2010.
74
QF 11- ESTUDO DOS FENÔMENOS CADAVÉRICOS NO SOLO ABAIXO DE CARCAÇAS SUÍNAS
DEPOSITADAS EM ÁREA DE MATA TROPICAL
QF 12- ESTUDO DA DINÂMICA DE
NITROGÊNIO EM SOLO PROXIMO
A UM CARCAÇAS EM DECOMPOSIÇÃO
ANTONIO A. S.1, BENTES K. R. S.1, WIEDEMANN L.
S. M.1, PAULA A. R. U. 1, COSTA L. C. A.1, AGUIAR
A. T. C.1, BARROS G. A.1.
PAULA ARU*¹, BENTES KRS², ANTONIO AS³, AGUIAR ATC¹, COSTA LCA¹.
1
Departamento de Química, Instituto de Ciências Exatas, Universidade Federal do Amazonas
A tafonomia forense tem como objetivo a determinação do
intervalo pós-morte (IPM) utilizando características do
ambientais que cerca o cadáver, entretanto, no Brasil, poucos estudos nesta área foram desenvolvidos, apesar da sua
grande utilidade na determinação de IPM longos, quando
as técnicas entomológicas não podem ser aplicadas com
precisão. Neste contexto, esta pesquisa teve por objetivo
estudar as modificações das características físico-químicas
do solo abaixo de carcaças suínas em decomposição, para
auxiliar na criação de um modelo de previsão do IPM baseado nas características do solo. O estudo foi conduzido
em uma floresta de clima tropical no Amazonas utilizando
6 carcaças suínas posicionadas na superfície e abaixo do
solo. A coleta do solo abaixo das carcaças foi realizada em
duas profundidades diferentes de forma periódica, a cada
72 horas durante 30 dias e a cada 12 dias até o fim da fase
de restos. Além disso, também foram coletados solos de
referência localizados a 10 metros das carcaças. Todas as
amostras de solo foram submetidas a análise de pH, nitrogênio total (NT), carbono total (CT) e razão C/N. O pH e o
NT apresentaram acréscimos significativos no solo abaixo
dos suínos até o fim da fase de resto, devido a influência
que os constituintes do necrochorume ocasionam no processo de amonificação e nas trocas catiônicas do solo. A
razão C/N no solo abaixo das carcaças apresentou valores
distintos para as duas formas de deposição estudadas, indicando o processo de decomposição predominante em cada
situação ao indicar, de forma indireta, o aumento da biomassa microbiana (BM) no solo e disponibilidade de substrato para esta. O CT não apresentou alterações significativas durante a decomposição, fato atribuído ao aumento da
BM do solo. Estes dados fornecem informações iniciais
uteis para a construção de um modelo de previsão do IPM
baseado na química do solo com abrangência de 3 à 67
dias após o óbito, podendo ser utilizada como uma importante ferramenta tendo em vista a rápida velocidade de
decomposição em locais de clima tropical.
Referências bibliográficas: MEYER, J.; ANDERSON, B.; CARTER, D. O. Seasonal variation of carcass decomposition and
gravesoil chemistry in a cold (Dfa) climate. Journal of Forensic
Sciences, v. 58, n. 5, p. 1175–1182, 2013.
¹Aluna de graduação em Química, Universidade Federal do Amazonas.
²Professora adjunta II, Departamento de Química, Universidade
Federal do Amazonas.
³Aluna de Mestrado em Química, Universidade Federal do Amazonas.
Em alguns casos de crimes contra a vida, a ocultação do cadáver da vítima pode impossibilitar a estimativa do Intervalo
Pós-Morte (IPM), sendo necessário o desenvolvimento de
técnicas aplicáveis a IPM longos. Este trabalho teve por objetivo estudar as alterações nos níveis de amônia e nitratos
do solo circundante às carcaças suínas em decomposição
buscando criar ferramentas para auxiliar o desenvolvimento
de um modelo de previsão do IPM. O experimento foi realizado em uma floresta primária (Reserva Florestal Ducke),
utilizando 6 suínos de 15 kg, dos quais 3 foram enterrados há
cerca de 50 cm de profundidade e 3 permaneceram expostos.
A cada 72 hora a partir do dia do abate, foram coletadas
amostras de solo abaixo de cada suíno no decorrer de 30 dias
em duas profundidades diferentes. Durante a coleta também
foram retiradas amostras de solo de um local a 10 m de distância das carcaças (controle). A determinação de (NH 4+) e
nitrato (NO3-) no solo foi realizada por espectrofotometria de
absorbâncias molecular. A decomposição dos suínos expostos ocorre cerca de 4 vezes mais rápido que os enterrados. A
concentração de NH4+ durante a decomposição dos suínos
expostos variou entre 40,9 e 158,5 ug g-1 de solo, enquanto
que, nos suínos enterrados as concentrações de NH4+ variaram entre 55,9 e 306,3 ug g-1 de solo. Em ambos os casos os
maiores valores na concentração foram observados na fase
Enfisematose. Durante todo o experimento foi observado um
decréscimo nos valores da concentração de nitrato, devido
aos altos teores de NH4+ e ao alto índice pluviométrico da
região. Por fim foi possível observar um comportamento
distinto na liberação de ambos analitos estudados para o solo
durante as fases da decomposição cadavérica, o que torna
possível a utilização destes dados na caracterização química
do ecossistema formado durante cada etapa do processo e a
utilização dos mesmos na construção de um método para
estimar o IPM de vitimas ocultadas em áreas de mata tropical.
Referências bibliográficas: Meyer, J., Andreseon, B., & Carter, D.
O. (2013). Seasonal Variation of Carcass Decomposition and Gravesoil Chemistry in a Cold (Dfa). Journal of forensic sciences , 58.
75
QF 13- DETERMINAÇÃO DE Pb e Sb
EM RESÍDUO DE DISPARO DE REVÓLVER CALIBRE .38 POR GF AAS:
ESTUDO DA INFLUÊNCIA DA DISTÂNCIA NA CONTAMINAÇÃO DE
TESTEMUNHAS OCULARES
1
1
B. C. FERREIRA , J. A. VELHO , M. A. M.
S. DA VEIGA1
1
FFCLRP - Universidade de São Paulo (USP), Departamento de
Química, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil, 14040-901
Quando um disparo de arma de fogo é deflagrado com
munição comum, a combustão das substâncias que compõem a pólvora e a mistura iniciadora origina agregados de
partículas formados sob condições de elevadas temperatura
e pressão, os quais são essencialmente compostos pelos
elementos Pb, Ba e Sb. O emprego frequente de armas de
fogo em infrações cominadas no código penal requereu o
desenvolvimento de métodos instrumentais de análise de
resíduos de disparos de armas de fogo (GSRs – do inglês,
gunshot residues), com a finalidade de responder às questões técnicas formuladas pela justiça por meio da detecção
e caracterizarão de GSRs pela perícia forense1. Contudo, a
investigação de casos de falsos positivos para resíduos de
disparos se tornou necessária, como no caso de testemunhas oculares serem contaminadas por resíduos de disparos efetuados por outrem. Nesse contexto, este trabalho
objetivou determinar a influência da distância entre atirador e testemunhas oculares na contaminação destas com
GSRs, por meio da determinação de Pb e Sb por espectrometria de absorção atômica com forno de grafite (GF AAS
– do inglês, graphite furnace atomic absorption spectrometry). Amostras de GSRs foram coletadas por meio de esfregaços com swabs nas mãos, estendidas durante os disparos, de testemunhas oculares encostadas e à distância de 1
m do atirador. À distância encostada, a influência do ângulo das mãos (90º e 180º em relação à cabeça do indivíduo)
na deposição de GSRs foi estudada. A extremidade do
swab foi cortada, introduzida em tubo de polipropileno
contendo 2 mL de HNO3 10% v v-1 e o volume foi ajustado para 10 mL com H2O. A solução resultante foi submetida à extração com emprego de banho ultrassônico (25 kHz,
20 min), banho termostatizado (80 ºC, 45 min) e centrifugação (3500 rpm, 25 ºC, 5 min). O swab, retido no inferior
do tubo, foi removido por transferência da solução para
outro tubo e o volume foi ajustado para 10 mL com HNO 3
2% v v-1. Enfim, 20 µL da solução foram injetados no forno de grafite (AAnalyst 800 - PerkinElmer) por um amostrador automático e as determinações de Pb e Sb foram
conduzidas por GF AAS. Com relação ao ângulo das mãos
durante o disparo, as concentrações de Pb e Sb a 90º foram
superiores às obtidas a 180º. Nos testes de distância com
testemunhas oculares, a concentração de Sb foi inferior ao
limite de quantificação do método para a distância de 1 m,
ao passo que a concentração de Pb reduziu de 2 a 3 ordens
de grandeza com o aumento da distância.
1
G. Vanini, M. O. Souza, M. T. W. D. Carneiro, P. R. Filgueiras,
R. E. Bruns, W. Romão, Microchem. J., 120, 58–63, 2015.
Agradecimentos: CAPES, FAPESP e CNPq.
QF 14- CLASSIFICAÇÃO DE CANNABIS SATIVA EM
DIFERENTES TEMPOS DE CRESCIMENTO ATRAVÉS DE ESPECTROSCOPIA NO NIR E QUIMIOMETRIA
BORILLE, BT1; MARCELO, CAM2; ORTIZ, RS3; MARIOTTI, KC1; FERRÃO, MF2; LIMBERGER, RP1
1
Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil. 2Programa de Pós-Graduação em Química, Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil. 3Setor Técnico-Científico,
Superintendência do Departamento da Polícia Federal no Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil.
Introdução: Nos últimos anos, um aumento exponencial
nas apreensões de sementes de canábis enviadas ao Brasil em
pequenas quantidades por empresas de transporte tem sido
observado pela Polícia Federal (PF)1. Objetivo: Avaliar
sementes de canábis apreendidas e cultivadas em estufa na
PF, em diferentes tempos de crescimento, através de espectroscopia no infravermelho próximo (NIR) associada à quimiometria. Materiais e Métodos: Sementes de canábis foram
germinadas, as plantas foram cultivadas em estufa e colhidas
em três períodos de crescimento (5,5; 7,5 e 10 semanas).
Após secagem a temperatura ambiente, os caules, folhas e
inflorescências foram moídos e analisados diretamente por
NIR. Como métodos de análise multivariada, foram utilizados a análise de componentes principais por intervalos
(iPCA) a fim de selecionar a melhor faixa espectral para
distinguir a canábis por tempo de cultivo, a análise por componentes principais (PCA), para observar a formação das
diferentes classes, e a análise discriminante por máquina de
vetores de suporte (SVM-DA), para classificar as amostras
por tempo de cultivo. Resultados e Discussão: Observou-se
nos espectros das amostras majoritariamente as bandas de
absorção relacionadas às combinações de CH, CH2 e CH3,
bandas de absorção relacionadas ao primeiro e segundo sobretons de CH, CH2 e CH3 e banda de absorção associadas
ao terceiro sobretom de CH, CH2 e CH3. A faixa do espectro
de absorção no NIR no qual foi observado melhor separação
entre os grupos de amostras segundo o iPCA foi em 4000 a
4375 cm-1. A PCA apresentou boa separação e a SVM-DA
classificou corretamente as amostras pelo tempo de cultivo.
A classificação das plantas de canábis cultivadas em estufa
obtida através do NIR associada à quimiometria pode ser
explicada devido à correlação entre o tempo de cultivo e a
concentração de constituintes químicos. Conclusão: Estes
resultados demonstram que o tempo de cultivo da canábis
nos estágios iniciais em estufa pode ser predito por NIR associado à quimiometria. Portando, esta abordagem parece ser
promissora para uma classificação rápida e eficaz da canábis
por idade, fornecendo resultados rápidos e confiáveis para
reunir informações sobre o tempo de cultivo indoor, a fim de
estabelecer ligações entre o local de cultivo, as apreensões e
as rotas de tráfico de sementes de canábis.
Referências Bibliográficas: 1POLÍCIA FEDERAL, http://
www.dpf.gov.br/agencia/noticias
/2014/01/pf-bate-recorde-de616apreensao-de-drogas-em-2013, acesso 06 de Maio, 2016
Agradecimentos: CAPES, CNPq e Polícia Feder al.
76
QF 15- ANÁLISE DO PERFIL QUÍMICO DE CANNABIS SATIVA ATRAVÉS DE ESI(-)-FT-ICR MS E
ESI(+)-FT-ICR MS
QF 16- MELHORIA NAS TÉCNICAS DE IDENTIFICAÇÃO DE ETANOL EM AMOSTRAS RECOLHIDAS
EM LOCAIS DE ACIDENTE DE TRANSITO E EM
LOCAIS DE INCÊNDIO.
BORILLE BT1, ORTIZ RS2, MARIOTTI KC1, VANINI
G3, TOSE LV3, ROMÃO W3, LIMBERGER RP1
GOULART C.O.L1,2
1
Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil.
2
Setor Técnico-Científico, Superintendência do Departamento da
Polícia Federal no Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil. 3Laboratório de Petroleômica e Forense, Departamento de Química,
Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, Brasil.
Introdução: A Cannabis sativa L. é car acter izada quimicamente por apresentar estruturas terpenofenólicas
(canabinoides) encontradas exclusivamente nessa planta1,2.
No Brasil, embora venha sendo observado uma crescente
exponencial no número de apreensões de sementes de
canábis realizadas pela Polícia Federal (PF), não se tem
conhecimento sobre o perfil químico desta droga no país.
Objetivo: Identificação de canabinoides atr avés de análise por ionização electrospray no modo negativo e positivo associada a espectrômetro de massas por ressonância
ciclotrônica de íons com transformada de Fourier (ESI(-)FT-ICR MS e ESI(+)-FT-ICR MS). Materiais e Métodos:
Sementes de canábis foram germinadas, as plantas foram
cultivadas em estufa, colhidas e secas a temperatura ambiente e ao abrigo de luz. Os caules, folhas e inflorescências
(15 mg) foram moídos, na sequência foi realizada extração
com 1,5 mL de acetonitrila e os extratos colocados em
banho de ultrassom por 10 min. As amostras foram diluídas para ≈ 1 mg mL-1 em acetonitrila, basificadas para ESI
(-) e acidificadas para ESI(+) e analisadas por ESI(-)-FTICR MS e ESI(+)-FT-ICR MS. Resultados e Discussão:
Os espectros de massas obtidos por ESI(-)-FT-ICR MS e
ESI(+)-FT-ICR MS permitiram o reconhecimento de compostos canabinoides, identificados como monômeros e
dímeros, além de canabinoides identificados como adutos.
Embora no modo negativo tenham sido identificados 27
sinais referentes à canabinoides, os espectros de massas
relativos ao modo positivo permitiram a identificação de
76 sinais. Considerando que as estruturas dos canabinoides
são definidas basicamente pela presença de heteroátomos
de oxigênio (ex.: fenóis, éteres e ácidos carboxílicos), espécies contendo ácidos carboxílicos podem ter tido a formação de íons seletivamente reforçada no modo negativo,
devido aos seus valores de pKa mais baixos3, resultando
em um processo de supressão iônica para outras espécies.
Assim, fundamenta-se a diferença observada nos perfis nos
espectros de massas obtidos em cada um dos modos de
ionização. Conclusão: Um novo método para identificação
de canabinoides foi desenvolvido por FT-ICR MS, fornecendo a impressão digital química de amostras de canábis,
com elevados níveis de resolução e precisão.
Referências Bibliográficas: 1Ahmed SA, et al. (2015) Phytochemistry 117:194–199. 2Radwan MM, et al. (2015) J Nat Prod
78:1271−1276. 3Halket JM, et al (2005) Exp Bot 56:219–243.
Agradecimentos: CAPES, CNPq, FAPES e Polícia Feder al.
1-Instituto de Criminalística de Minas Gerais, Policia Civil de Minas Gerais.
2-Departamento de Química, Universidade Federal de Minas Gerais.
Introdução: Muitos casos reais de materiais coletados em
locais de incêndio e acidente de trânsito, tem resultados falso
-negativos, utilizando a técnica de headspace CG-MS, principalmente devido ao longo intervalo de tempo entre o fato e a
coleta do material, o mal acondicionamento dos materiais e o
longo intervalo de tempo entre a coleta do material e a analise. Isto ocorre porque o etanol é volátil e pode-se perder ao
longo do tempo. No sentido de diminuir a possibilidade de
resultados falso-negativos, foi proposto modificações no
método com intuito de melhorar o limite de detecção (LD)
do CG-MS, com o uso da micro extração em fase solida
(SPME). Objetivos: Encontrar o LD do etanol utilizando a
técnica de headspace e de SPME, comparar os LDs, verificar
se existe melhora no LD utilizando o SPME. Materiais e
Métodos: Para obtenção dos LD por headspace, o etanol foi
diluído inicialmente em água destilada, a uma concentração
de 10%v/v e detectado. Foram feitas diluições sucessivas até
se obter o LD por headspace. Apos encontrar o LD para o
etanol por Headspace a foi escolhida uma concentração próxima a este LD que foi detectada por SPME, logo em seguida foram feitas diluições sucessivas até se obter o LD por
SPME. O CG utilizado foi da marca Agilent, modelo 7890A,
e o MS modelo 5975C, coluna HP1MS e a fibra SPME foi a
DVB/CAR/PDMS, filme de 50/30 µm. Resultados e Discussão: O LD para etanol obtido para o headspace foi de
0,078%v/v, já o LD pra o SPME foi de 0,00005%v/v. Desta
forma, para evitar a obtenção de resultados falsos negativos,
é interessante repetir a analise, utilizando o SPME. A técnica
em questão já foi utilizada em um caso real, onde uma lata
de cerveja aberta e vazia, proveniente de um local de acidente de trânsito, foi encontrada no interior de um veículo e encaminhada para a pericia, foi obtido resultado negativo no
headspace e positivo no SPME. Conclusão: O LD do etanol
foi melhorado utilizando a técnica de SPME.
ReferênciasBibliográficas: http://www.sigmaaldrich.com/Graphics/
Supelco/objects/6800/6727.pdf
77
QF 17- COMPORTAMENTO ELETROQUÍMICO
DE COCAÍNA E SEUS PRINCIPAIS ADULTERANTES EM MATERIAIS NANOESTRUTURADOS DE
CARBONO
(1)
QF 18- PSICOTRÓPICOS/ENTORPECENTES EM
VESTÍGIOS COLETADOS EM LOCAIS DE CRIME
CONTRA A PESSOA NO DF
FONTELENE ES1,2, RAMALHO ED1,2, SALUM LB1,2
(1)
ROCHA, D. P. , DORNELLAS, R. M. , NOSSOL, E.
(1)
, RICHTER, E. M.(1), MUÑOZ, R. A. A.(1)
1
Universidade Federal de Uberlândia, Av. João Naves de Ávila,
2121 – Uberlândia – MG - Brasil
INTRODUÇÃO: Cocaína é uma das dr ogas ilegais
mais utilizada em todo o mundo. Ela provoca efeitos anestésicos, de euforia, entre outros [1]. Na literatura científica,
as técnicas analíticas cromatográficas são as mais citadas
para determinação de forma simultânea de cocaína (COC)
e seus principais adulterantes presentes em amostras forenses. OBJETIVOS: Investigar o comportamento eletroquímico da cocaína e seus principais adulterantes (benzocaína
(BEN), cafeína (CAF), fenacetina (FEN), levamisol
(LEV), paracetamol (PAR) e procaína (PRO)) em carbono
vítreo (GCE), oxido de grafeno reduzido eletroquimicamente (ERGO) e ERGO com nanopartículas de ouro
(NPTs-Au) para desenvolvimento de um método eletroquímico de determinação. MATERIAIS E MÉTODOS: A
síntese de ERGO [2] consistiu em preparar uma dispersão
de óxido de grafeno (1 mg mL -1) em uma solução de 10
mL de 0,05 mol L-1 de fosfato de sódio. A dispersão foi
homogeneizada durante 30 min no banho de ultrassom.
Em seguida, o oxigénio dissolvido foi removido fazendo
borbulhar N2 durante 10 min. A síntese eletroquímica foi
feita por voltametria cíclica (faixa de potencial de 0 a -1,7
V, 10 ciclos e velocidade de varredura de 75 mV s -1) sobre
GCE. A síntese de ERGO-NPTs-Au foi feita da mesma
forma que a anterior, adicionando também uma solução de
cloreto de ouro 0,001 mol L-1. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Voltamogr amas cíclicos (0 a 1.6 V, velocidade de varredura de 50 mV s-1) de COC, BEN, CAF, FEN,
LEV, PAR e PRO nas concentrações de 1 mmol L -1 foram
feitos em uma solução de ácido sulfúrico 0,1 mol L -1 no
GCE modificado, ERGO e ERGO-NPTs-Au. No GCE não
modificado, nas condições avaliadas, apenas 4 adulterantes
apresentaram picos de oxidação, sem uma boa separação.
A COC não apresentou picos redox. ERGO apresentou
pico de oxidação para COC (1,1 V) e para todos os adulterantes em potenciais separados. ERGO-NPTs-Au apresenta picos de oxidação e redução dos óxidos de ouro em 1,4
e 0,8 V, respectivamente, o que interfere na determinação
de alguns adulterantes. Os picos de oxidação obtidos com
este material apresentaram maior intensidade de corrente
comparado aos outros materiais avaliados, porém, com a
possibilidade de determinação simultânea de apenas alguns
adulterantes avaliados. CONCLUSÃO: Dos materiais avaliados como eletrodos de trabalho para o desenvolvimento
de métodos eletroanalíticos, ERGO apresentou o melhor
potencial para a determinação e quantificação de COC e
seus principais adulterantes simultaneamente. Dessa forma, verifica-se a possibilidade de desenvolver um método
mais rápido, barato (em termos de equipamento e reagentes) que os métodos cromatográficos utilizados atualmente
para o controle de amostras forenses.
REFERÊNCIAS: [1] S. Komorsky-Lovric, I. Galic, R. Penovski, Voltammetric determination of cocaine microparticles, Electroanalysis, 11, 1999, 120. [2] C. Liu, K. Wang, S.
Luo, Y. Tang, L. Chen, Small, 7, 2011, 1203.
1
Instituto de Criminalística da Polícia Civil do Distrito Federal –
IC/PCDF
2
Fundação de Peritos Ilaraine Acácio Arce - FPIAA
Em recente carta aberta às Nações Unidas, o Centro Internacional para Ciências em Políticas de Drogas solicitou que se
reconsiderassem as métricas para as estatísticas sobre drogas
de forma a incluir indicadores mais complexos, compreendendo, por exemplo, relações entre o uso de drogas e os crimes violentos. Entre os meses de janeiro e junho de 2016,
foram analisados 85 vestígios, supostamente contendo psicotrópicos/entorpecentes, coletados em 51 ocorrências/locais
de crime contra a pessoa no DF. Em aproximadamente 40%
dessas amostras apenas resquícios foram avaliados, o que
demonstra a complexidade na análise desses vestígios. Dessas últimas amostras, apenas em um quarto dos casos não
foram detectados psicotrópicos/entorpecentes, correspondendo a aproximadamente 10% do total. Cocaína e tetraidrocanabinol corresponderam à indiscutível maioria das substâncias detectadas, sendo que em cerca de 10% das ocorrências
ambos foram encontrados. A proporção entre as ocorrências
de homicídio (ou tentativa) e os locais de suicídio (ou tentativa) periciados no Instituto é de 6:1, aproximadamente a mesma proporção encontrada no total dessas ocorrências registradas no mesmo período. Entretanto, essa proporção é mais
que o dobro (15:1) se considerados os locais em que foram
encontradas as substâncias estudadas nesse projeto. Esse
resultado demonstra a importância da continuação dos estudos que relacionam as substâncias psicotrópicas/
entorpecentes às ocorrências de crimes violentos, principalmente homicídios (ou tentativas). Laudos de local de crime e
cadavéricos estão sendo consultados na próxima etapa desse
projeto.
Agradecimento: FAPDF
78
QF 19- ESPECTROMETRIA DE MASSAS INORGÂNICA E ORGÂNICA PARA AVALIAÇÃO DO MITO
DO CHÁ DE FITA COMO DROGA BIZARRA: RESULTADOS FINAIS.
ERALDO LUIZ LEHMANN1,2, DELEON NASCIMENTO CORRÊA3,4, EDUARDO MORGADO SCHMIDT3,
MARCOS NOGUEIRA EBERLIN3, MARCO AURÉLIO
ZEZZI ARRUDA1,2
1 - Instituto Nacional de Ciências e Tecnologia em Bioanalítica –
Deptº de Química Analítica – Instituto de Química – Unicamp,
Campinas, SP, Brasil.
2 –Grupo de Espectrometria, Preparo de Amostra e Mecanização
– Deptº de Química Analítica – Instituto de Química – Unicamp,
Campinas, SP, Brasil.
3 – Laboratório Thomson de Espectrometria de Massas - Deptº
de Química Orgânica – Instituto de Química – Unicamp, Campinas, SP, Brasil.
4 – Superintendência da Polícia Técnico-Científica, Instituto de
Criminalística Dr. Octávio Eduardo de Brito Alvarenga, 05507060, São Paulo, SP, Brasil.
Após uma avalição inicial de possíveis elementos presentes nas infusões de fitas K7 e VHS, os elementos Mn, Ni,
Cr e Co se destacaram. Então, uma otimização dos parâmetros da cela de reação e colisão para o ICP-MS foi realizada para remoção das interferências isobáricas para os
elementos Mn, Ni, Cr. Co não apresente necessidade do
uso de celas, pois não apresenta interferentes isobáricos
significativos. Pb e Hg não foram detectados no modo
qualitativo, entretanto, foram quantificados também, pois
são os elementos que caracterizam o mito. As infusões
foram preparadas divididas em grupos K7 e VHS, usadas e
sem uso. Após o preparo, as soluções foram diluídas, no
mínimo, 5 vezes em ácido nítrico 1% (v/v), para a determinação dos elementos. Para a identificação dos compostos
orgânicos, as infusões foram diluídas 1 vez em solução de
ácido fórmico 0,1% (v/v) em metanol. Os resultados mostraram uma concentração elevada de manganês para as
fitas K7, variando entre 711 e 2110 µg L -1, as quais estão
acima do limite recomendado pela Organização Mundial
de Saúde (WHO) para água potável (400 µg L -1 para efeitos toxicológicos). Intoxicação por elemento pode causar
perda de equilíbrio e braquicinesia (lentidão de movimentos), entre outros efeitos. Todas as infusões apresentaram
Co. Embora não haja valores para água potável para esse
elemento, ele pode substituir Ca na neurotrasmissão de
informações da retina pra o cérebro, o que poderia ser responsável pelas visões descritas por usuários das infusões.
Ni e Cr apresentaram níveis de concentrações superiores
àquelas recomendadas pela WHO (70 µg L-1 e 50 µg L-1,
respectivamente) em algumas infusões. Esses elementos
apresentam características carginogênicas. Em relação a
compostos orgânicos, os espectros de massa obtidos por
meio de FT-ICR-MS apresentaram alguns compostos com
formula molecular compatíveis com compostos conhecidos. Entretanto, ao fragmentá-los, nenhuma conclusão foi
possível em relação a presença de compostos orgânicos
nas infusões. Contudo, devido aos efeitos agudos das intoxicação por Mn e Co, o mito é plausível, e presença de
elementos carcinogênicos torna essa infusão perigosa para
consumo.
QF 20- DETERMINAÇÃO VOLTAMÉTRICA DO TEOR DE FORMALDEÍDO EM LEITE.
OIYE, E. N.1; RIBEIRO, M. F. M 1.; TADINI, M. C.
1
;KATAYAMA, J. M. T.1; OLIVEIRA, M. F.1.
1- GEEQFor - Departamento de Química – FFCLRP – USP - Av.
Bandeirantes 3900 – Ribeirão Preto, SP
O Formol apresenta em média 37% de formaldeído em sua
composição e sua presença em alimentos tem muitas vezes a
finalidade de conservá-los por mais tempo, porém, conforme
legislação brasileira, a adição dessa substância ao leite é proibida. Por ser uma substância carcinogênica, torna-se necessário um controle sobre a sua presença no leite, uma vez que
órgãos de vigilância como a United States Environmental
Protection Agency (USEPA) determinam o teor máximo de
2,5 gformaldeído /kgamostra. Muitas metodologias de análise utilizam-se das técnicas cromatográficas, que requerem um rigoroso preparo de amostra. Através deste estudo, busca-se averiguar a presença de formol em amostras de leite de diferentes marcas e tipos, utilizando-se de teste colorimétrico, quantificar esta substância pela técnica eletroanalítica de Voltametria Cíclica (sem qualquer tratamento de amostra) e comparar os resultados considerando a legislação. Empregou-se
o teste colorimétrico conforme metodologia extraída do livro
“Manual para Inspeção da Qualidade do Leite” (2010). Para
a determinação eletroanalítica necessita-se da complexação
do aldeído ao DNPH (2,4-dinitrofenilhidrazina) a ser acompanhada por leituras voltamétricas com eletrodo de trabalho
de carbono vítreo em meio de LiClO 4 0,1 mol L-1- em metanol. Os testes colorimétricos acusaram a possível presença de
formaldeído nas 5 amostras. A adição de formaldeído em
solução contendo eletrólito de suporte e DNPH é responsável
pelo deslocamento de potencial do pico oxidativo e decréscimo de intensidade. Pela curva analítica, de equação y = 5,10 x 10-4 + 9.76 x 10-5, foi possível evidenciar a presença
de formaldeído em teores que variam de 1,60 a 2,88 g/kg
amostra. Através de medições rápidas e simples, aliadas ao teste
colorimétrico preliminar, foi possível constatar a presença de
formaldeído em concentrações acima da estabelecida em lei.
Além de indicativos de adulteração do leite, tem-se um alerta
para os órgãos fiscalizadores e aos riscos à saúde do consumidor.
Referências Bibliográficas: WAHED, P.et. al., Food Chemistr y,
202: 476, 2012; SACZK, A.A. et al, Chromatographia, 63: 45,
2006. TRONCO, V. M. Manual de Inspeção da Qualidade do
Leite.4ª ed. Santa Maria: Editora UFSM, 2010.
79
QF 21- ANÁLISE VOLTAMÉTRICA DE COCAINA
UTILIZANDO ELETRODOS DE PASTA DE CARBONO MODIFICADOS QUIMICAMENTE COM
COMPLEXOS DE URANILA (UO2) DERIVADOS DE
BASES DE SCHIFF.
OIYE, E. N.1; CRUZ JÚNIOR, J.W.3; KATAYAMA, J.
M. T.1; MOTA-SILVA, R.S.1; DOCKAL, E.R.2; OLIVEIRA, M. F.1.
1- GEEQFor - Departamento de Química – FFCLRP – USP Av. Bandeirantes 3900 – Ribeirão Preto, SP . 2 – Departamento
de Química – Universidade Federal de São Carlos – São Carlos,
SP. 3 – Universidade Federal de Santa Catarina – campus Blumenau – Blumenau, SC.
Dados levantados pela United Nations Office on Drugs
and Crime mostram constantemente o uso da cocaína como uma das principais drogas consumidas no mundo. Junto a isso, requer-se uma maior atenção na apreensão de
amostras, em que rapidez, sensibilidade e especificidade
em sua detecção são essenciais. Sob esta óptica, os métodos eletroanalíticos são capazes de atender tais requisitos.
A partir do uso de eletrodos quimicamente modificados,
habilitam-se sensores específicos para a cocaína, tal como
foi o caso deste estudo em que o uso de complexos de uranila (UO2) contendo base de Schiff, mostrou-se bastante
promissora. Este eletrodo quando testado na detecção de
cocaína e de dois de seus interferentes, a lidocaína e a procaína, respondeu seletivamente para a cocaína, constituindo uma alternativa promissora para detecção de tal droga.
Este estudo teve como objetivo verificar novos procedimentos para a detecção do entorpecente a partir de eletrodo de pasta de carbono quimicamente modificado com o
complexo [UO2(salophen)], utilizando-se a técnica de Voltametria Cíclica. O eletrodo de pasta de carbono utilizado
foi preparado utilizando a proporção 25% de modificador,
5% de parafina e 70% de grafite. A análise voltamétrica da
cocaína foi realizada em meio aquoso em pH 3 utilizando
como eletrólito de suporte, o cloreto de potássio (KCl),
com concentração de 0,1 mol L-1. A dependência linear de
detecção da amostra foi conduzida no intervalo de 0,5 x 10
-3
mol L-1 a 3,75 x 10-3 mol L-1. Curva analítica construída
nos ensaios com o eletrodo modificado apresentou coeficiente de correlação linear de 0,97 e limite de detecção de
0,15 x 10-3 mol L-1 para o eletrodo modificado com o complexo [UO2(salophen)]. Ficou evidenciado que o uso da
base de Schiff [UO2(salophen)] tem potencial para ser um
sensor altamente específico para cocaína, permitindo sua
análise em meio aquoso em metodologias de preparo de
amostra e eletrodo simples e rápidas.
Referencias Bibliográficas: WAHED, P. et. al., Food Chemistry, 202: Sensors, 476, 2012; DE OLIVEIRA, et. al., Microchemical Journal, 110: 374, 2013.
QF 22- ESTUDO QUÍMICO-TEÓRICO SOBRE A POSSIBILIDADE DE DETECÇÃO DE ANFETAMINAS
SINTÉTICAS COM ISOTIOCIANATO DE FLUORESCEINA
MUNHOZ G. P., BRUNI A. T.
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO – FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DE RIBEIRÃO PRETO – DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
Constantemente são buscados novos métodos de detecção e
identificação de substâncias ilícitas, especialmente com a
chegada das chamadas Drogas de Desenho. Essas novas
substâncias psicoativas consistem em modificações das drogas já conhecidas, porém com efeitos similares. Essas modificações têm por finalidade burlar as leis vigentes e a fiscalização. O objetivo deste trabalho é estudar, por meio de cálculos teóricos, a viabilidade do uso do Isotiocianato de Fluoresceína (FITC) como alternativa para detecção de anfetaminas sintéticas, levantando os principais aspectos que envolvem a molécula de FITC como identificador de substânciasproblema. A metodologia consiste em utilizar de programas
computacionais de cálculo quântico para que sejam determinadas propriedades estruturais, possíveis conformações de
menor energia e propriedades fisico-químicas decorrentes.
Estudos teóricos aplicados a sistemas forenses têm sido altamente promissores, pois não se faz necessário a presença de
padrões para realizar o estudo. A simulação computacional
tem capacidade fornecer resultados importantes sobre mecanismos, podendo explicar em nível molecular resultados experimentais, sendo uma alternativa de economia de recursos.
Resultados preliminares da interação entre o FITC e as anfetaminas mostraram que a energia do complexo formado é
menor do que a energia dos compostos separadamente. Em
suma, o trabalho possui potencial pelo seu baixo custo devido à utilização de métodos teóricos e programas de código
aberto, além de recursos disponíveis no Centro Nacional de
Processamento de Alto Desempenho de São Paulo
(CENAPAD-SP).
1. Diário Oficial da União. Brasília, D. 1998. D. em: <http://www.
anvisa. gov. br/hotsite/legis/Portari. & _344_98.pdf>. Portaria no
344, de 12 de maio de 1998.
2. Lei no 11.343,DE 23 DE AGOSTO DE 2006. Presidência da
República Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos (2006). at
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/
l11343.htm>;
3. UNODC. World Drug Report 2013. at <http://www.unodc.org/
unodc/secured/wdr/wdr2013/World_Drug_Report_2013.pdf>;
4. Lloyd, A. et al. The application of portable microchip electrophoresis for the screening and comparative analysis of synthetic cathinone seizures. Forensic Sci. Int. 242, 16–23 (2014).
80
QF 23- EMPREGO DA CALORIMETRIA EXPLORATÓRIA DIFERENCIAL PARA A AVALIAÇÃO
DO PERFIL DE DEGRADAÇÃO DE FIOS DE CABELOS CAUCASIANO, AFRO E ORIENTAL
GUERRA, G. T., CRIZEL, M. G., WINKEL, K. T., PEREIRA, C. M. P., MESKO, M. F., SANTOS, C. M. M.
Curso de Química Forense, Centro de Ciências Químicas, Farmacêuticas e de Alimentos (CCQFA), Universidade Federal de Pelotas (UFPel)
Introdução: O cabelo humano é uma fonte muito importante de micro vestígios em análises forenses, muito
utilizado para detecção de drogas consumidas pelo indivíduo. O cabelo também pode ser empregado, para diferenciar e caracterizar grupos étnicos, através da análise térmica
por calorimetria exploratória diferencial (DSC). Esta técnica pode ser aplicada a análise de evidências coletadas em
locais de crimes para auxiliar na identificação ou exclusão
de suspeitos. Entre as técnicas calorimétricas, a DSC possibilita identificar a etnia de determinado indivíduo através
dos eventos endotérmicos e exotérmicos que ocorrem durante a degradação dos fios capilares. A DSC baseia-se na
medida da diferença de energia dos eventos térmicos característicos de cada grupo. As análises de DSC são complementadas por outras análises térmicas como a termogravimétrica (TG), na análise térmica diferencial são registradas as diferenças de massa em relação a temperatura, possibilitando relacionar os eventos térmicos com as perdas de
massa da amostra. Objetivo: Desta forma, a proposta deste
trabalho é desenvolver um banco de dados de DSC, para
diferentes perfis térmicos e estudar o perfil de degradação
dos fios de cabelos (in natura e danificados termicamente)
de diferentes etnias. Materiais e Métodos: No estudo desenvolvido, utilizou-se 2 mg de amostras de cabelos, faixa
de temperatura definida entre 20 a 600 ºC, com β de 10 ºC
min-1 e uma atmosfera de N2 com vazão de 100 ml min-1
em um DSC (modelo 200 F3 Maia). Resultados e Discussão: Baseado nos per fis tér micos obtidos nas análises
dos fios de cabelo dos diferentes grupos foi possível observar que os perfis apresentam características peculiares,
facilmente observados nos eventos de desidratação, fusão e
decomposição das fibras capilares. Conclusão: A DSC é
uma técnica rápida, simples e robusta, sendo necessária
uma pequena quantidade de amostra e mínima manipulação para análise. Ademais, a DSC apresenta-se como uma
técnica forense auxiliar, possibilitando a diferenciação de
grupos étnicos.
QF 24- CARACTERIZAÇÃO DE AMOSTRAS DE COCAÍNA APREENDIDAS PELA POLÍCIA CIVIL DO
ESTADO DE RONDÔNIA
NEVES G. O. F.*,1, YAMASHITA M. 2, JÚNIOR W. A. C.
3
, CRISPIM P. DI T. B. 4.
1
Núcleo de Química Forense, Instituto Laboratorial Criminal, Polícia Técnica Científica, Secretaria de Segurança Pública e Cidadania
do Estado de Rondônia, Rua Flores da Cunha, 4384 – Bairro Costa
e Silva, CEP: 76804-052, Porto Velho-RO, Brasil.
2
Departamento de Química, Universidade Federal de Rondônia,
Campus – BR 364, Km 9,5, CEP: 76801-059 – Porto Velho – RO,
Brasil.
3
Laboratório Biogeoquímica Experimental Wolfigang C. Pfeiffer,
Universidade Federal de Rondônia, Campus – BR 364, Km 9,5,
CEP: 76801-059 – Porto Velho – RO, Brasil.
4
Departamento de Matemática, Universidade Federal de Rondônia,
Campus – BR 364, Km 9,5, CEP: 76801-059 – Porto Velho – RO,
Brasil.
Instuto Laboratorial Criminal (ILC/POLITEC/SESDEC/RO) e Universidade Federal de Rondônia (UNIR).
O tráfico de drogas, em específico o de cocaína, vem aumentando de forma significativa e assolando a sociedade com
sérios problemas de segurança e de saúde pública. Para aumentar o lucro da venda da cocaína, os traficantes adicionam
substâncias com propriedades farmacológicas (adulterantes),
bem como outras substâncias para aumentar o volume
(diluentes). Assim, a identificação dos adulterantes e diluentes contidas nas cocaínas apreendidas pode ser um ponto de
partida de ações coercitivas policiais. Nesse contexto, o presente trabalho contribui em viabilizar a implementação e
otimização de métodos analíticos no Instituto Laboratorial
Criminal (ILC) visando a caracterização das amostras de
cocaína apreendidas na região metropolitana de Porto Velho
– RO no período de 2011 a 2012. Os diluentes majoritários
foram determinados empregando métodos de análises químicas qualitativas básicas, ou seja, reações de precipitação, de
óxido-redução, de complexação e de neutralização. Enquanto, para as análises de teores de cocaína e identificação de
adulterantes foram realizadas por Cromatografia Gasosa acoplada ao Espectrômetro de Massa (CG-EM). Dentre as 120
amostras analisadas, continham 97,5% de sódio, 53,3% de
bicarbonato/carbonato, 21,6% de sulfato, de 10,0% de magnésio e 11,7% de borato. Em relação aos adulterantes, das
116 amostras analisadas, 13,8% continham aminopirina e
0,86% lidocaína. Ademais, essas drogas continham teores
relativamente elevados de cocaína com predominância entre
41 a 80% de pureza. O perfil das drogas comercializadas na
região metropolitana de Porto Velho difere das demais regiões do país em termos pela presença de aminopirina
(fármaco não comercializado no Brasil), importante informação para mapear a rota de drogas pela polícia.
Bibliografia:
- CARVALHO, D. G., MIDIO, A. F., Quality of cocaine seized in
1997 in the street-drug market of São Paulo city, Brazil. Brazilian
Journal of Pharmaceutical Sciences, 39, 2003;
- CHASIN, A. A. M.; LIMA, I. V. Alguns aspectos historicos do
uso da coca e da cocaina. Revista Intertox de Toxicologia, Risco
Ambiental e Sociedade, 1 (1), out, 2008; entr e outr os.
81
QF 25- AVALIAÇÃO DO TEOR DE SILDENAFIL
EM COMPRIMIDOS DE PRAMIL POR LC-MS/MS
JUNIOR, G.R.C.1, COSTA, F.R.F.1, MARINHO, P.A.1,2
1
Centro Universitário UNA , Instituto de Criminalística de Minas
Gerais2
O mercado farmacêutico cresce exponencialmente anualmente e cresce também o número de casos de falsificações
de medicamentos, sendo o sildenafil um dos fármacos
mais visados neste mercado clandestino. O medicamento
Pramil, que contém este princípio ativo, não possui registro na Anvisa, sendo proibida sua comercialização no Brasil. Desse modo, objetivou-se com esse trabalho, desenvolver uma metodologia analítica para quantificar o sildenafil
nos comprimidos de Pramil a fim de comparar com os
teores declarados no rótulo. A técnica analítica empregada
para o doseamento foi a cromatografia líquida acoplada a
espectrometria de massas (LC-ESI-MS/MS) no modo
MRM. Foram analisados 17 comprimidos de Pramil (50
mg) resultantes de apreensões da Polícia Civil de Minas
Gerais no período de 2013 a 2014. A linearidade foi constatada na faixa de 100 a 500 µg/L (R2 >0,99), sendo também confirmada pela avaliação das premissas da regressão
linear simples por meio de testes estatísticos. Os parâmetros seletividade, recuperação e precisão atenderam aos
requisitos analíticos estabelecidos, obtendo-se valores para
a precisão intra-dia e inter-dia (<20%), recuperação satisfatória (>99%) nos três níveis de concentração estudados.
Dos 17 comprimidos de Pramil analisados, 9 medicamentos (53%) apresentaram teor fora da margem de erro permitida pela Farmacopéia Brasileira, que é 10%, sendo
constatado teores do princípio ativo muito discrepantes
(entre 25,8 a 94,4 mg). Os resultados demonstram um controle de qualidade pouco eficiente na produção dos comprimidos de Pramil pela indústria farmacêutica responsável
pelo medicamento e um risco toxicológico para os consumidores que fazem uso deste produto.
1- LIMBERGER, R.P. et al. Physical profile of counterfeit tablets Viagra® and Cialis®. Brazilian Journal of Pharmaceutical
Sciences v.48, n.3, 2012.
2- ORTIZ, R.S. et al. Determinação de citrato de sildenafila e de
tadalafila por cromatografia líquida de ultra eficiência com detecção por arranjo de diodos (CLUE-DAD). Química Nova, v.
33, n. 2, 2010.
QF 26- SELOS APREENDIDOS PELA POLÍCIA CIVIL
DO DISTRITO FEDERAL: UMA ABORDAGEM ANALÍTICA
FAÚLA HSN1,3, PLÁCIDO KM1,3, FERREIRA BM3,
WANDERLEI LS1, RAMALHO ED2,3, SALUM LB2,3,
ARANTES LC2,3
1
Universidade de Brasília – UnB
Instituto de Criminalística da Polícia Civil do Distrito Federal –
IC/PCDF
3
Fundação de Peritos em Criminalística Ilaraine Acácio Arce
2
Há uma década, o LSD era quase a única substância presente
em selos apreendidos. Atualmente, menos de 10% das apreensões de selos contêm LSD. A maioria dos selos contêm
uma ou mais de uma das substâncias pertencentes à série
NBOMe (25B-NBOMe, 25I-NBOMe e 25C-NBOMe, principalmente). Os NBOMes são fenetilaminas variantes da
série 2C-X descrita por Shulgin no seu livro PIHKAL
(2000). No Brasil, a série NBOMe, bem como a série 2C-X,
passaram a ser controladas após a publicação da RDC nº 6,
em 18 de fevereiro de 2014, que atualizou a Lista F2 (lista
das substâncias psicotrópicas proscritas no Brasil) do Anexo
I da Portaria SVS/MS nº 344/98. Neste trabalho apresentamos uma abordagem analítica em desenvolvimento na Seção
de Perícias e Análises Laboratoriais da Polícia Civil do Distrito Federal como resposta à crescente diversidade de Novas
Substâncias Psicoativas encontradas nas apreensões de selos
e à dificuldade de acesso a padrões analíticos de drogas de
abuso. Mais de 350 apreensões de selos feitas entre os anos
de 2013 e 2016 foram analisadas por cromatografia gasosa e/
ou líquida acopladas a espectrometria de massas e por ressonância nuclear magnética, quando necessária a caracterização estrutural de uma nova molécula. As mudanças implementadas no processamento inicial de amostras e nos métodos analíticos permitiram a identificação de uma ou mais
substâncias em mais de 98% das apreensões de selos. Mais
de 70% das apreensões analisadas apresentaram um ou mais
de um dos três principais representantes da série NBOMes
(25B-NBOMe foi a mais frequente, correspondendo a 35%).
Quase 30% das amostras analisadas continham mais de uma
substância proscrita. Mesmo sendo tão frequentes nas apreensões de selos, ainda não há exames presuntivos disponíveis
para os NBOMEs. O desenvolvimento de testes preliminares
será de grande valia para a comunidade forense e permitirá
auxiliar nos autos de prisão em flagrante.
Apoio Financeiro: FAPDF, FPCIAA, PCDF. Agradecimento:
SPAL/IC/PCDF
82
QF 27- IDENTIFICAÇÃO DE PERFUMES FALSIFICADOS POR VEASI-MS
BARBOSA 1, I.L; AGUIAR1, A.C; MORAIS 1, D.R; HERNANDES1,V.V; TEUNISSEN1, S.F;FRANCO1,M.F;
JARA1, J.L.P; BARBOSA2,A.P; BORGES2, R; CORREA1,3,D.N.; COSTA, J.L. 4,, EBERLIN1, M.N
1
Laboratório ThoMSon de Espectrometria de Massas, Departamento de Química Analítica, Instituto de Química, Universidade
Estadual de Campinas (UNICAMP), 13083-970 Campinas, SP,
Brasil.
2
Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia
(INMETRO), 25250-020, Rio de Janeiro, RJ, Brazil
3
Superintendência da Polícia Técnico-Científica, Instituto de
Criminalística Dr. Octávio Eduardo de Brito Alvarenga (ICSPTC-SP), 05507-06, São Paulo, SP, Brasil.
4
Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade Estadual de
Campinas (UNICAMP), Campinas-SP, Brasil
Introdução - A falsificação de per fumes é uma pr ática
ilegal em todo o mundo, sendo prejudicial tanto para as
indústrias quanto para a saúde dos consumidores [1]. As
abordagens convencionais para análise de perfumes são
baseadas na análise dos compostos voláteis por cromatografia gasosa (GC) acoplada à espectrometria de massas
(GC-MS) ou a outros detectores. Porém, a maioria destas
técnicas requerem métodos e preparação da amostra, sendo
normalmente demoradas e complexas. A V enturi - Easy
Ambient Sonic Ionization (V-EASI-MS), que emprega
uma fonte de ionização ambiente desenvolvida por cientistas brasileiros, é uma técnica de análise química abrangente e versátil pois necessita apenas da diluição da amostra
no spray, sendo assim de extrema utilidade em análises
forenses. Objetivos – Desenvolver métod para análise rápida de amostras de perfume e categorizá-las (em originais
ou falsificados) por V-EASI-MS. Materiais e Métodos Um total de 56 frascos de perfumes suspeitos apreendidos
e fornecidos pela Superintendência da Polícia Técnico
Científica do Estado de São Paulo, e as amostras autênticas
dos respectivos perfumes, adquiridas no comércio da cidade de Campinas, foram diluídos em analisados por VEASI-MS em modo positivo. Um tratamento de dados por
Análise de Componentes Principais (PCA) foi aplicado
para classificar os grupos. Resultados e Discussão – A
comparação entre os perfis dos espectros dos perfumes
autênticos e apreendidos obtidos por V-EASI-MS permitiram classificar os perfumes suspeitos como falsificado. Os
dados gerados pelo PCA indicaram três tipos de falsificações distintas para os perfumes falsificados apreendidos.
Conclusão - Neste tr abalho foi demonstr ado que a técnica V-EASI-MS é eficiente para a classificação de perfumes originais e falsificado, podendo ser facilmente implementada em laboratórios forenses.
Referências Bibliográficas–[1] A. Rey, E. Corbi, C. Pérès, N.
David, Determination of suspected fragrance allergens extended
list by two-dimensional gas chromatography-mass spectrometry
in ready-to-inject samples, J. CHROMATOGR. A, 1404 (2015)
95-103.
QF 28- DETERMINAÇÃO DE COCAÍNA E SEUS METABÓLITOS EM AMOSTRAS DE ESGOTO E EM
AMOSTRAS DE URINA DE USUÁRIOS DA DROGA:
APLICAÇÕES FORENSES
CAMPESTRINI, I.1, JARDIM, W. F.1
1
Laboratório de Química Ambiental, Instituto de Química, Campinas, SP, Brasil.
Universidade Estadual de Campinas
Nos últimos anos, a determinação de drogas ilícitas no esgoto tem sido utilizada em aplicações forenses em vários países. Na epidemiologia do esgoto, a análise do esgoto é utilizada para estimar a quantidade de drogas de abuso consumida por uma população, por meio de um cálculo baseado na
concentração do biomarcador da droga no esgoto, em informações sobre a estação de tratamento de esgoto (ETE) e na
proporção metabólica do biomarcador da droga excretado via
urina. Contudo, incertezas associadas a essa estimativa tem
sido discutida. Dentre elas, a incerteza relacionada à proporção metabólica é citada como uma das mais importantes,
considerando a ampla variabilidade do metabolismo corpóreo entre indivíduos. Este trabalho apresenta a determinação
por LC-ESI-MS/MS de sete subprodutos da cocaína (COC),
incluindo a benzoilecgonina (BE), em 97 amostras de urina
de usuários e em 16 amostras de esgoto coletadas em Campinas-SP. O objetivo foi avaliar a proporção metabólica dos
subprodutos da COC em um conjunto abrangente de amostras de usuários da droga e avaliar se a proporção COC/BE
(biomarcador para COC) no esgoto reflete a excreção urinária de usuários. De maneira geral, os resultados encontrados
nas amostras de esgoto não foram correspondentes às amostras de urina analisadas. A razão COC/BE variou entre 0,01
– 0,18 nas urinas, enquanto que no esgoto essa razão variou
entre 0,33 e 0,67, mostrando níveis elevados de COC no
esgoto frente aos níveis de BE. Uma explicação plausível,
considerando a maior estabilidade da BE nas condições ambientais, é a entrada de COC no sistema sanitário através da
lavagem de materiais contaminados por restos da droga e,
em casos extremos, do descarte irregular da droga devido a
intervenções policiais. Assim, confirma-se a BE como biomarcador da COC para fins forenses, por sofrer menor influência externa. De acordo com os resultados, a proporção
metabólica da BE demostrou ser determinante na estimativa
do consumo de COC, sendo a proporção de 48% um valor
representativo da excreção corpórea de usuários brasileiros
de cocaína. Ademais, razões COC/BE maiores de 0,67 indicam descarte irregular de COC no sistema sanitário, sugerindo locais de distribuição da droga na região atendida pela
ETE.
83
QF 29- Determinação de substâncias ativas em amostras de cocaína vinculadas ao tráfico internacional
apreendidas pela Polícia Federal
LAPACHINSKE, S. F.1,2, CAMPESTRINI, I.1, YONAMINE, M.1
1
Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São
Paulo, São Paulo, SP, Brasil.
2
Polícia Federal, Superintendência Regional de São Paulo, SP,
Brasil.
O Brasil, além de, atualmente, possuir o segundo maior
mercado mundial de consumo de cocaína, enquadra-se
como país de transição para o tráfico internacional, principalmente para Europa e África. O comércio ilegal de drogas utilizando a internet, com entrega principalmente via
serviços postais, tem aumentado nos últimos anos, passando de 1,2% em 2000, para 25,3% em 2014 (WDRUNODC, 2016). O objetivo deste trabalho foi estudar a
composição e a pureza da cocaína destinada ao mercado
internacional, via serviços postais. Foram analisadas 20
amostras de cocaína apreendidas pela Polícia Federal entre
dezembro/2015 e março/2016 em agências dos Correios de
cinco estados brasileiros (SP, RJ, RS, PR e CE), com destino para Europa, África, Ásia e Oceania. A cocaína e os
adulterantes:
fenacetina,
cafeína,
lidocaína,
4‑ metilaminoantipirina e levamisol foram determinados
por GC-NPD, empregando a bupivacaína como padrão
interno (Lapachinske et al., 2013 – F.S.I, 247, 48). A pureza das amostras de cocaína variou entre 4 e 24%, e apenas
3 delas (15%) não apresentaram adulteração. O levamisol
foi encontrado em 80% das amostras analisadas, sendo o
adulterante que apresentou maior frequência e, também, as
maiores concentrações (3-34%) entre as substâncias determinadas, similarmente ao observado em estudos na Europa
e Estados Unidos. Os resultados encontrados indicam elevada frequência de adulteração (85%) e composição similar às drogas de rua disponibilizadas aos usuários brasileiros. Em razão da origem das apreensões, é possível que
grande parte das amostras analisadas tenha sido comprada,
através da internet, para consumo próprio ou para distribuição local, justificando a elevada frequência de adulteração. Os resultados alertam, sobremaneira, para a saúde dos
usuários, pois, devido aos seus efeitos colaterais como
agranulocitose e vasculite, a utilização de levamisol, em
seres humanos, está proibida desde o ano 2000 nos Estados Unidos e estudos têm demonstrado intoxicação grave
em usuários de cocaína adulterada com levamisol.
QF 30- ANÁLISE FORENSE EM
INCÊNDIOS:
CROMATOGRAFIA
LÍQUIDA DE ALTA EFICIÊNCIA
COM DETECTORES DE UV-VISÍVEL
SOUZA, J. É. G.1, CARMO, S. K. S.2
1
Graduando do Bacharelado em Ciência e
Tecnologia na UFERSA, Câmpus Pau dos Ferros
2
Doutora em Engenharia Química pela Universidade Federal de
Campina Grande. Professora Adjunta do curso Bacharelado em
Ciência e Tecnologia na UFERSA, Câmpus Pau dos Ferros/ RN.
([email protected])
Com o crescente aumento da criminalidade, em parte devido
à crise econômica, a incidência de incêndios criminosos tem
atingido números alarmantes. A falta de conhecimento sobre
as causas de um incêndio, afeta diretamente os profissionais
que atuam na investigação, tais como bombeiros e peritos,
que precisam dar respostas ao caso, além de afetar também
os demais indivíduos que fazem parte daquele ambiente e
podem ter inalado alguma substância tóxica no momento do
acontecimento. A análise forense para identificar se uma
ocorrência foi premeditada ou não se torna cada vez mais
fundamental. Mas, como essas análises são feitas? Quais as
metodologias adotadas? Qual a precisão e eficiência destes
métodos? Buscando responder a essas perguntas, foi feito um
estudo sobre as principais metodologias, a respeito da análise
forense, empregada na determinação de incêndios
criminosos, dentre estes, observa-se a cromatografia líquida
de alta eficiência com detectores de UV-visível como uma
ferramenta bastante eficaz para esta análise. Neste método,
um fotômetro mede a absorção de luz dos compostos após a
mesma passar pela substância (analito) que se deseja
analisar, comparando, posteriormente, os resultados com a
absorvidade molar dos elementos conhecidos. Como o
referido método pode identificar substâncias do grupo
carbonila (C=O), composto mais comum em acelerantes
utilizados em incêndios, sua utilização é amplamente
difundida em casos de análises forenses de incêndios.
84
QF 31- CARACTERIZAÇÃO COMPARATIVA DO PERFIL ESPECTRAL DE
MEDICAMENTOS DE MARCA, GENÉRICOS E FALSIFICAÇÕES POR ESPECTROMETRIA DE INFRAVERMELHO MÉDIO VIA REFLEXÃO TOTAL
ATENUADA
COELHO NETO, J1,2, LISBOA, F.L.C3
1
Seção Técnica de Física e Química Legal - Divisão de Laboratório - Instituto de Criminalística
Polícia Civil de Minas Gerais
2
Departamento de Física e Química – Instituto de Ciências Exatas
e Informática
3
Departamento de Engenharia Química – Instituto Politécnico
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
A espectrometria de infravermelho médio é uma técnica
analítica de uso em ascensão no meio forense, principalmente os equipamentos que operam por reflexão total atenuada, associados a softwares integrados de comparação
automatizada de perfis espectrais e deconvolução de misturas, combinados ao uso de bibliotecas espectrais tanto
comerciais quanto personalizadas. Neste trabalho, os perfis
espectrais de alguns medicamentos comerciais, tanto de
marca quanto genéricos, de diferentes laboratórios, foram
comparados entre si, com o objetivo de verificar similaridades e diferenças entre um mesmo medicamento oriundo
de diferentes fontes, além de avaliar a correspondência
entre os resultados de deconvolução automática e a composição descrita pelo fabricante. Os perfis espectrais das
amostras estudadas foram obtidos a partir de espectrômetro modelo Nicolet iN10 FT-IR da Thermo Fisher Scientific, acoplado ao módulo Nicolet iZ10 com acessório Smart
Orbit para reflexão total atenuada. As análises dos perfis
obtidos foram realizadas utilizando-se os pacotes de software Omnic, do próprio espectrômetro, sendo as análises
de deconvolução automáticas realizadas a partir da ferramenta de busca multi-componentes do módulo Omnic
Specta. Os resultados obtidos permitiram, além da discriminação entre os diferentes fabricantes do mesmo medicamento, a verificação da semelhança, em nível espectral,
entre as versões de marca e genérica produzidas pelo mesmo fabricante, independentemente do laboratório responsável pela comercialização, bem como a identificação fácil
e rápida de falsificações, mesmo que estas contenham o
princípio ativo indicado. Embora o uso da espectrometria
de infravermelho para diferenciação entre medicamentos
originais e falsificados seja reportado na literatura a partir
do início da década, a comparação e diferenciação entre
diferentes formulações originais, a análise de genéricos e a
avaliação da composição por deconvolução, permitindo a
identificação dos componentes dos medicamentos originais e das falsificações representa uma nova abordagem
com aplicação prática rápida em qualquer laboratório forense que disponha da técnica de espectrometria infravermelha por reflexão total atenuada.
QF 32- RAPID DETECTION OF NBOME'S AND OTHER NPS ON BLOTTER PAPERS BY DIRECT ATRFTIR SPECTROMETRY
COELHO NETO, J1,2
1
Seção Técnica de Física e Química Legal - Divisão de Laboratório
- Instituto de Criminalística
Polícia Civil de Minas Gerais
2
Departamento de Física e Química – Instituto de Ciências Exatas e
Informática
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Blotter paper is among the most common forms of consumption of new psychoactive substances (NPS), formerly referred as designer drugs. In many cases, users are misled to
believe they are taking LSD when, in fact, they are taking
newer and less known drugs like the NBOMEs or other substituted phenethylamines. We report our findings in quick
testing of blotter papers for illicit substances like NBOMEs
and other NPS by taking ATR-FTIR spectra directly from
blotters seized on the streets, without any sample preparation. Both sides (front and back) of each blotter were tested.
Collected data were analyzed by single- and multicomponent spectral matching and submitted to chemometric
discriminant analysis. Our results showed that, on 66.7% of
the cases analyzed, seized blotters contained one or more
types of NBOMEs, confirming the growing presence of these
novel substances on the market. Matching IR signals were
detected on both or just one side of the blotters and showed
variable strength. Although no quantitative analysis was
made, detection of these substances by the proposed approach serves as indication of variable and possibly higher
dosages per blotter when compared to LSD, which showed
to be below the detection limit of the applied method. Blotters containing a mescaline-like compound, later confirmed
by GC-MS and LC-MS to be MAL (methallylescaline), a
substance very similar to mescaline, were detected among
the samples tested. Validity of direct ATR-FTIR testing was
confirmed by checking the obtained results against independent GC-MS or LC-MS results for the same cases/samples.
85
QF 33- UTILIZAÇÃO DA VOLTAMETRIA DE ONDA QUADRADA NA DETERMINAÇÃO DE COCAÍNA EMPREGANDO ELETRODO DE PASTA DE
CARBONO QUIMICAMENTE MODIFICADO
QF 34- DEZ ANOS DE EXISTÊNCIA DO CURSO DE
QUÍMICA FORENSE DA FFCLRP/USP
MAGALHÃES, J.(1), ELEOTÉRIO, I. C.(1) , BALBINO,
M. A.(1), SOARES, A. C.(1), OLIVEIRA, M(1). F.
Departamento de Química, Faculdade de Filosofia Ciências e Letras
de Ribeirão Preto Universidade de São Paulo,
1
Grupo de Eletroquímica, Eletroanalítica e Química Forense Departamento de Química - Faculdade de Filosofia, Ciências e
Letras de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo, Av. Bandeirantes, 3900, Monte Alegre, Ribeirão Preto – SP –Brasil
Eletrodos de pasta de carbono apresentam vantagens como
baixo custo, versatilidade na preparação e aplicação[1].
Desta forma, este trabalho apresenta uma metodologia para
análise de cocaína utilizando o eletrodo de pasta de carbono modificado com hexacianoferrato de vanádio. A pasta
de carbono foi preparada em uma proporção de 90% pó de
grafite e 10% óleo mineral (m/m), o eletrodo foi modificado por eletrodeposição do hexacianoferrato de vanádio,
contendo em solução NH4VO3 0,01 mol L-1, K3[Fe(CN)6]
0,01 mol L-1 e H2SO4 3,6 mol L-1, pela técnica de voltametria cíclica. Na análise da cocaína foi utilizado uma célula
eletroquímica de 5 m L, eletrodo auxiliar de platina, eletrodo de pasta de carbono modificado, eletrólito de suporte
LiCl 0,1 mol L-1 e a técnica voltamétrica de onda quadrada, nas condições otimizadas para maior intensidade de
corrente: f = 80 s–1, a = 40 mV, e DES = 2 mV, referente as
sucessivas adições de padrão de cocaína 1x10-6 mol L-1.
Observou-se um aumento proporcional na corrente de pico
anódica, obtendo um coeficiente de correlação linear (r) de
0,998, e desvio padrão (DP) de 0,07, a equação linear foi
ipa = 0,12 μA + 0,52 μA nmol L-1 [cocaína], sendo o limite
de detecção de 0,4 nmol L-1 e o limite de quantificação em
1,3 nmol L-1. Os resultados mostram que o eletrodo pasta
de carbono permitiu o desenvolvimento de um método
voltamétrico para a determinação de cocaína.
Referências:
[1] OLIVEIRA, L. S.; et al. Voltammetric Determination of
Cocaine in Using a Carbon Paste Electrode Modified with Different [UO2(X-MeOsalen) (H2O)]•H2O Complexes. Sensors, Basel,
v. 13, p. 7668-7679, 2013.
CARDOZO,K.C., VELHO, J. A., BRUNI, A.T.
O curso de Química Forense do Departamento de Química
da Universidade de São Paulo foi iniciado em 2006 e desde
então vem se desenvolvido e mudado a fim de atender às
demandas inerentes às áreas de atuação profissional. O objetivo deste trabalho consiste em avaliar a evoucao acadêmico
do curso de química forense de maneira qualitativa e quantitativa. A metodologia consistiu em atividades de levantamento de dados sobre os primeiros anos do curso de química
forense, ressaltando o desenvolvimento, as principais adaptações, eventuais deficiências, a importância conceitual desta
área interdisciplinar e seu alcance profissional. Também foi
avaliado o alcance do entendimento dos processos relacionados à química forense pela comunidade receptora e a importância do tema dentro do processo investigativo judicial.
Nesse contexto, várias atividades foram desenvolvidas, como
levantamento dos dados mais importantes juntos à coordenação de curso; ainda, foi feito um questionário para análise da
comunidade. As modificações na grade curricular, formulação estrutural e fusão de disciplinas para o desenvolvimento
acadêmico da química forense no período do curso também
foram avaliados, bem como a importância da interação com
outras áreas. Por fim, tentou-se destacar a importância de
seus preceitos na preservação dos direitos e no exercício da
cidadania. Os resultados mostraram, entre outras coisas, alguns pontos interessantes que aqui destacamos: de acordo
com os egressos e matriculados no curso, a opção por química na USP na modalidade forense se deu por influência da
expectativa em se trabalhar como perito oficial. Todavia, a
respeito do questionário para a sociedade, existe uma minoria que não sabe o significado de química forense, assim
como os termos perito, perícia judicial, a função e importância do trabalho do perito.
86
QF 35- USO DE ESPECTROSCOPIA NO INFRAVERMELHO MÉDIO E PLS-DA NA DETECÇÃO E
CARACTERIZAÇÃO DE FRAUDES EM CARNES
BOVINAS IN NATURA PELA ADIÇÃO DE INGREDIENTES NÃO-CÁRNEOS
NUNES, K. M.1(PG), ANDRADE, M. V. O.2 (PQ), SANTOS FILHO, A. M. P.2 (PQ), LASMAR, M. C.2 (PQ),
SENA, M. M.1,3 (PQ).
1 Departamento de Química, ICEx, Universidade Federal de
Minas Gerais, Belo Horizonte, MG
2 Polícia Federal,Superintendência Regional de Minas Gerais,
Belo Horizonte, MG
3 Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Bioanalítica,
13083-970, Campinas, SP
Palavras Chave: Adulteração de carne, Análise Forense, Quimiometria, ATR-FTIR, PLS-DA.
Introdução: A adição de água, sais e outr os adulter antes não-cárneos pode aumentar a capacidade de retenção
de água na carne in natura, propiciando uma fraude econômica por ganho no peso. No Brasil, um grande escândalo
desse tipo ocorreu em 2012, na Operação Vaca Atolada. 1
O controle de qualidade da carne bovina é baseado em
análises físico-químicas e microbiológicas. Entretanto,
métodos simples, rápidos e diretos podem ser desenvolvidos para detectar fraudes, baseados em espectroscopia no
infravermelho médio (MIR) e ferramentas multivariadas/
quimiométricas.2 Objetivo: Desenvolvimento de métodos
de classificação baseados em mínimos quadrados parciais
discriminantes (PLS-DA) e espectros MIR para a detecção
e caracterização de fraudes em amostras de carne bovina in
natura propositadamente adulteradas (água, polifosfato,
maltodextrina e carragena). Materiais e métodos: Foram
injetados quatro tipos de misturas adulterantes a 10% e
30% m/m nas amostras. Em seguida, espectros de ATRFTIR foram obtidos e modelos PLS-DA foram construídos. Resultados e Discussão: Os 4 modelos de classificação apresentaram 100% de eficiência, ou seja, nenhum
falso negativo ou falso positivo foi detectado. Avaliandose os gráficos de V IPscores, foi possível identificar as bandas espectrais mais significativas para cada um dos 4 modelos/adulterantes. Conclusão: Foi possível desenvolver
modelos PLS-DA usando espectros MIR com 100% de
eficiência classificatória na discriminação amostras de
carne controle em relação a amostras propositadamente
adulteradas.
Referências Bibliográficas:
1
DPF. Notícia. 2012. Disponível em: http://goo.gl/ adPvdR
2
Nunes, K. M. et al. Food Chemisty, 2016, 205, 14-22.
Agradecimentos: LANAGRO/MG, Pr ogr ama Ciências Forenses Edital 25/2014 – CAPES e FAPEMIG.
QF 36- AVALIAÇÃO DO EFEITO DE CARCAÇA SUÍNA SOBRE AS PROPRIEDADES QUÍMICAS DE UM
LAGO ARTIFICIAL (MANAUS-AMAZONAS)
BENTES, K. R. S.1; MATOS, M. S. 1; PIMENTEL, L. A. 1;
LITAIFF, A. C. B. 1; VENÂNCIO, J. B. 1; MELO, R. M. S.;
OLIVEIRA, T. C. S. 1
1
Departamento de Química, Instituto de Ciências Exatas, Universidade Federal do Amazonas
O Brasil aparece como terceiro país com o maior número de
mortes por afogamento, ficando atrás do Japão e da Rússia.
As características do clima, a vasta rede hidrográfica e o
tamanho do litoral representam fatores de risco importantes
para os afogamentos. Em 2010 foram registradas 777 casos
de morte por afogamento sendo 215 registradas no Amazonas (Szpilman, 2012). No município de Manaus nos meses
de julho a novembro, com altas temperaturas, os moradores
procuram com maior frequência as praias de água doce tornando o número de acidentes maior nesse período. De acordo com o Portal de Saúde “Datasus”, foram contabilizadas
897 mortes por afogamento acidental no período de 2000 à
2012. Para a realização de estudos acerca do complexo
processo de putrefação e intervalo pós morte envolvendo
óbitos por afogamento ou suspeitas de homicídio em
ambiente aquático é necessário o conhecimento sobre as
variações físico-químicas nas diferentes fases de
decomposição de corpos humanos nesses ambientes. O
objetivo deste trabalho foi avaliar as mudanças ocorridas nas
propriedades físico-químicas de um lago artificial mediante à
sua exposição a carcaças suínas. Para a realização deste
experimentos, a área de estudo foi um lago artificial
localizado no Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Amazonas (IFAM), situado na zona leste da
cidade de Manaus. Foram utilizados 10 espécimes de suínos
(Sus scrofa domesticus) com aproximadamente 15 kg, vindos
a óbito por afogamento, confinados em gaiolas e
posicionados de forma equidistante ocupando todo o lago.
Foram coletadas amostras de água do local antes de inserir
os espécimes e após sua submersão foram realizadas
observações diárias do experimento e coletadas amostras de
água a cada dois dias até que se completasse o período de 20
dias. Foram realizadas as análises para os seguintes
parâmetros: pH, temperatura, DQO, OD, turbidez e
condutividade elétrica. Observou-se que a decomposição dos
animais se deu de forma rápida, sendo que em 12 dias todos
estavam na fase de restos. A partir dos resultados das
análises, constatou-se a alteração nos valores dos parâmetros
físico-químicos avaliados e a importância de conhecer a
fundo o efeito do cadáver nas condições da qualidade da
água onde está inserido, podendo dar subsídios à
investigação pericial.
Referências bibliográficas:
David Szpilman. Afogamento - Perfil epidemiológico no Brasil Ano 2012. Publicado on-line em www.sobrasa.org, acessado em 2
de julho de 2012, http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sim/
cnv/obt10am.def, acessado em 10 de julho de 2012.
87
QF 39- ESTUDO DO EFEITO DE CADÁVER ENTERRADO NA CONCENTRAÇÃO DE MACRONUTRIENTES EM SOLO DA RESERVA ADOLPHO
DUCKE (MANAUS – AMAZONAS)
QF 40- LEVANTAMENTO DO NÚMERO DE LAUDOS
PRODUZIDOS PELA PERÍCIA CRIMINAL DA POLÍCIA FEDERAL SOBRE NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS NO PERÍODO DE 01/01/2014 A 01/03/2015
KARIME RITA DE SOUZA BENTES (PQ) 1, ANANDA
DA SILVA ANTONIO (PQ)1, LARISSA CRISTINE ANDRADE DA COSTA (IC)1, ANA TAYNÁ CHAVES
AGUIAR (IC)1, ANDREZA DA ROCHA UCHÔA DE
PAULA (IC)1
DE ROSE, N. M.1, MACHADO, L. F.1
1
Departamento de Química, Instituto de Ciências Exatas, Universidade Federal do Amazonas.
Uma das principais formas de se estabelecer o IPM consiste na observação de determinadas características adquiridas pelo cadáver devido aos fenômenos de decomposição.
As ferramentas utilizadas para a determinação do IPM de
um cadáver exposto e de um enterrado são distintas. Há
diferenças entre a decomposição de ambos, pois abaixo da
terra o cadáver tem menor influência da temperatura e
maior da umidade e também maior ação de microrganismos decompositores. Baseado nessas diferenças enterrado/
exposto foi criado um método de determinação de IPM
para cadáveres enterrados através da análise da concentração de macronutrientes no solo, liberados durante o processo. No decorrer da decomposição os macroelementos
são liberados pelo cadáver através do necrochorume, que
percola no solo abaixo do cadáver. Para a extração dos
macroelementos no solo foram utilizados dois métodos:
KCl e Mehlich 1, seguindo a metodologia do Manual de
análises químicas de solos, plantas e fertilizantes da EMBRAPA. A pesquisa trouxe resultados promissores para
desenvolver um modelo baseado nos níveis de concentrações desses macronutrientes Mg2+, P3+, K+, Ca2+, Na+ e
Al3+, como por exemplo, as concentrações de Al3+, que na
região anterior e central possuem um comportamento similar, onde, em alguns momentos das fases de decomposição
ocorrem alguns picos de concentração do Al3+, diferenciando-se do comportamento da região posterior. Foi possível notar que Ca2+ e K+ apresentaram maior concentração
na região central nas primeiras fases da decomposição, no
decorrer dos outros dias é notável que as concentrações
são similares para as três regiões do porco. Buscou-se com
esta pesquisa melhorar o desempenho de análises criminais
no Amazonas e futuramente no Brasil, por tratar de algo
ainda inexplorado no país, fazendo uma nova abordagem
quanto a análise de solo, referente ao processo de decomposição de uma carcaça exumada em solo e temperatura
típicos da região amazônica.
Referências bibliográficas: Benninger, Laura A., Carter, David
O. e Forbes, Shari L. The biochemical alteration of soil beneath a
decomposing carcass. Forensic Science International. 2008, Vol.
180.
1
Polícia Federal
A determinação do perfil de apreensões de Novas Substâncias Psicoativas (NSP), no âmbito da Criminalística da Polícia Federal, representa uma ferramenta fundamental no combate do tráfico internacional de substâncias com efeito psicotrópico, tendo em vista a crescente tendência no surgimento
e consumo dessas drogas. O Escritório das Nações Unidas
sobre Drogas e Crimes (UNODC) reportou um crescimento
no mercado mundial relativo às NSP, no ano de 2015, em
comparação com o ano de 2014, que continua sendo caracterizado pelo surgimento de um grande número de novas substâncias. O presente trabalho reúne dados estatísticos que avaliam esse crescimento no Brasil com base nos laudos produzidos pela Perícia da Polícia Federal, no mesmo período descrito no relatório da UNODC de 2016. O objetivo do trabalho é proporcionar uma visão geral acerca do perfil das apreensões de NSP pela Polícia Federal, além de avaliar se este
modelo observado segue os mesmos padrões mundiais. A
metodologia se baseou no levantamento de dados no Sistema
de Criminalística (SISCRIM), por meio das ferramentas de
busca disponíveis, usando as siglas e sinônimos comuns das
substâncias de interesse, que geraram Laudos entre o período
de 01/01/2014 e 01/03/2015. A partir da compilação dos
dados, foi possível traçar um perfil gráfico das principais
NSP analisadas nos Setores Técnicos Científicos, bem como
no Instituto Nacional de Polícia. De forma geral, os resultados obtidos revelam que a principal substância sintética foi o
3,4-metilenodioximetanfetamina (MDMA), seguida de outras drogas clássicas, como dietilamina do ácido Lisérgico
(LSD), e anfetaminas. No entanto, considerando os diferentes grupos de NSP classificados pela UNODC (canabinóides
sintéticos, catinonas, fenetilaminas, piperazinas, cetamina,
substâncias à base de plantas e outras substâncias), em suas
formas de apresentação mais comuns, em comparação com
as mesmas formas contendo as substâncias sintéticas predominantes citadas acima (MDMA, LSD...), aqueles, com algumas exceções, superam em até 30% estas no número total de
laudos produzidos, conforme fora relatado na Informação
Técnica no 18/2015-SEPLAB/DPER/INC/DITEC/DPF.
88
QF 41- CLASSIFICAÇÃO DIRETA DE NOVAS
SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS EM SELOS APREENDIDOS, USANDO ATR-FTIR E ANÁLISE DISCRIMINANTE MULTIVARIADA
QF 42- TESTES PRELIMINARES COLORIMÉTRICOS EM COMPRIMIDOS APREENDIDOS: O DESAFIO NO CONTEXTO DAS NOVAS DROGAS PSICOATIVAS (NPS)
L.S.A. PEREIRA1, F.L.C. LISBOA2,3, J. COELHO NETO2,3, M.M. SENA1,4
BARBOSA, L.M.1; DA SILVA, L. C.2; NEVES, F. T. A.2
1
Departamento de Química, ICEx, Universidade Federal de
Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil,
2
Divisão de Laboratório, Instituto de Criminalística, Polícia
Civil de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil
3
Departamento de Física e Química, Pontifícia Universidade
Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil
4
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Bioanalítica,
Campinas, SP, Brasil
[email protected]
As novas substâncias psicoativas (NPS) estão se espalhando rapidamente pelo mundo e, por falta de informação
sobre seus efeitos, estão causando problemas de saúde
pública. Portanto, métodos de detecção e identificação
dessas drogas são fundamentais nas investigações que visam o controle do tráfico. No caso das drogas consumidas
em selos, o LSD tem sido substituído por NPS, especialmente da classe das fenetilaminas. Assim, um método rápido e não destrutivo foi proposto para classificar as diferentes drogas contidas em selos apreendidos pela Polícia Civil
de Minas Gerais em 2014 e 2015. Espectros de infravermelho médio de 73 amostras de selos apreendidas foram
registrados em um espectrômetro ATR-FTIR Thermo Nicolet iZ10 com cristal de diamante, de 400 a 4000 cm-1,
com resolução de 4 cm-1. As amostras foram separadas
pelas classes de drogas que continham, de acordo com os
laudos
periciais
(NBOMe,
2C-H, LSD e MAL), baseados em métodos cromatográficos. Uma classe “branco” foi construída com espectros de
7 tipos de papeis comerciais. O algoritmo de KennardStone foi usado, intra-classe, para separar os conjuntos de
treinamento e teste. Em parte das amostras de LSD foi
observado um polímero, e por isso, esta classe foi dividida
em LSD1 e LSD2. A partir das 6 classes, um modelo PLS
-DA (Mínimos Quadrados Parciais Discriminantes) foi
criado com 9 variáveis latentes, usando préprocessamentos SNV e dados centrados no centroide de
classe. O modelo foi validado quanto à veracidade, seletividade qualitativa e precisão.1 A taxa de confiabilidade
(RLR) média foi de 88,9%, a acordância (ACC) foi 91,1%
e a concordância (CON) 86,1%. Um submodelo foi construído para classificar as amostras da classe NBOMe entre
as drogas 25B-NBOMe, 25C-NBOMe e 25I-NBOMe. O
submodelo foi construído com 5 variáveis latentes, usando
os mesmos pré-processamentos. Para este submodelo, a
RLR foi 82,2%, a ACC foi 100% e a CON foi 94,4%. A
classificação objetiva de diferentes drogas torna o método
adequado à rotina de um laboratório forense. Além disso, o
método desenvolvido é rápido, não destrutivo, de baixo
custo e usa equipamento disponível nesses laboratórios.
Referências: [1] C.D. Gondim et. al., Anal. Chim. Acta 830 2014
11-22
Agradecimentos à Capes, CNPq e Fapemig pelo financiamento,
ao Edital CAPES Pró-Forense 025/2014 e ao programa FIP/PUC
Minas
1
Instituto de Criminalística, Núcleo de Perícias Criminalísticas de
Bauru/SP
2
Universidade do Sagrado Coração. Bauru/SP
Introdução: As novas dr ogas psicoativas (NPS) são os
atuais desafios analíticos em todo o mundo. Os testes preliminares são rápidos, baratos e efetivos, porém são relativamente limitados a detecção de certas classes de substâncias
químicas. Objetivo: Avaliar as reações de cor dos testes de
Marquis e Simons em comprimidos apreendidos na região de
Bauru entre janeiro de 2015 e março de 2016. Materiais e
métodos: Mar quis (ácido sulfúr ico concentr ado/
formaldeído 37%, v/v) e Simon (nitroprussiato de sódio a
1% (a), acetaldeído etanólico 50% (b) e carbonato de cálcio
2%(c)). Para a confirmação da natureza das substâncias foi
utilizada a técnica de cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas (GC/MS). Resultados e Discussão:
81,25% (n= 11) reagiram com pelo menos um dos testes.
68,75% (n=11) reagiram com o Marquis. 37% (n=6) dos
comprimidos apresentavam MDMA em sua composição,
seguidos de 25% (n=4) que apresentavam Etilona. 18,75%
(n=3) dos comprimidos que não reagiram a nenhum dos testes e foram identificadas como sendo 5-MeO-MiPT. Conclusão: O teste de Mar quis apr esentou um maior espectr o de
reação com outras substâncias alheias ao MDMA. Embora os
comprimidos de Etilona apresentassem cor amareloesverdeada na reação de Marquis, esta reação não é satisfatória ao passo que cor semelhante se forma também com as
anfetaminas. A união dos dois testes possibilitou o aumento
de segurança para o analista para detecção somente do
MDMA. Como o MDMA está presente em menos da metade
dos comprimidos apreendidos, conclui-se que a realização
somente destes dois testes preliminares colorimétricos como
única técnica de determinação, mesmo que preliminar, de
substâncias psicoativas em comprimidos é insuficiente.
Referências Bibliográficas: United Nations Office on Dr ug and
Crime. The challenge of new psychoactive substances, 2013. Lanaro et.al. Identificação química da clorofenilpiperazina (cpp) em
comprimidos apreendidos. Quimica nova. Vol. 33, No. 3, 725-729,
2010.
89
QF 37- COMPRIMIDOS APREENDIDOS PELA
POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL: UMA
ABORDAGEM ANALÍTICA
1,3
1,3
3
PLÁCIDO KM , FAÚLA, HSN , FERREIRA BM ,
WANDERLEI LS1, RAMALHO ED2,3, SALUM LB2,3,
ARANTES LC2,3
1
Universidade de Brasília – UnB
Instituto de Criminalística da Polícia Civil do Distrito Federal –
IC/PCDF
3
Fundação de Peritos em Criminalística Ilaraine Acácio Arce
2
O mercado mundial para drogas sintéticas continua em
expansão. Os últimos relatórios anuais sobre drogas
(UNODC, 2015 e EMCDDA, 2016) indicam um forte aumento nas apreensões de metanfetamina (elevação de
158% a mais nos últimos 5 anos) e uma significativa, porém menor, redução nas apreensões de metilenodioximetanfetamina, mais conhecida como “ecstasy” (diminuição
de 15% no mesmo período). No Brasil, o comércio de
“ecstasy” continua o maior entre os Estimulantes Tipo
Anfetamina (ATS), sendo comprimidos a forma mais comum de apreensão. É também impressionante a quantidade
de novos estimulantes que surgem quase semanalmente.
Esses novos ATS impõem às instituições de repressão ao
tráfico de drogas e, mais especificamente, aos laboratórios
forenses grandes desafios analíticos. Para poderem identificar as substâncias contidas nas diferentes apreensões de
comprimidos, os laboratórios forenses devem ter a sua
disposição técnicas analíticas complementares, profissionais especialistas e atualizados, bem como, métodos compatíveis e padrões analíticos de referência. Neste trabalho,
apresentamos uma nova abordagem analítica em desenvolvimento na Seção de Perícias e Análises Laboratoriais que
visa a identificação dos novos estimulantes apreendidos.
As mudanças implementadas no processamento inicial de
amostras e nos métodos analíticos permitiram o retorno a
uma identificação de uma ou mais substâncias controladas
em mais de 95% das apreensões de comprimidos. Antes
das mudanças implementadas, não estavam sendo detectadas substâncias controladas em mais de 30% das apreensões. Os principais ATS apreendidos continuam sendo
MDMA e clobenzorex, entretanto um número cada vez
mais de novos estimulantes vêm sendo observados. A confirmação desses novos estimulantes tem sido extremamente lenta e cara para os cofres públicos devido os elevados
custo e burocracia associados à aquisição de padrões analíticos de substâncias controladas ou proscritas.
Apoio Financeiro: FAPDF, FPCIAA, PCDF. Agradecimento:
SPAL/IC/PCDF
QF 38- EXTRAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO BRODIFACOUM EM RATICIDA COMERCIAL
FERNANDES, L. A. T.1; SEIBERT, E. L.2; ULYSSEA, M3;
ESCORSIN NETO, J4.
1. Aluna de Pós Graduação do Instituto de Pós-graduação e Graduação - Unidade de Curitiba
2. Pesquisador do Departamento Acadêmico de Química e Biologia
da Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Câmpus Curitiba
3. Perita Criminal Chefe do Laboratório de Ciências Químicas e
Biológicas da Polícia Cientifica do Paraná
4. Perito Oficial Toxicologista do Laboratório de Toxicologia da
Polícia Científica do Paraná.
Pedaços e farelos dos pellets de raticidas comercializados
chegam ao laboratório do instituto de criminalística do Paraná tirados de alimentos como café e chá. Portanto, métodos
de determinação dos seus princípios ativos, que são principalmente derivados cumarínicos, são indispensáveis em investigações forenses. Porém, os produtos comercializados
apresentam uma baixa concentração desses compostos em
sua composição o que torna sua análise difícil. Desta forma,
o objetivo deste trabalho foi desenvolver um método para
extrair o cumarínico brodifacoum de amostras comerciais e
determina-lo através de cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) com detector de arranjo de diodos (DAD). A
extração foi realizada no Laboratório de Química Analítica
da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR),
sede Ecoville, e o restante da análise no Laboratório de Ciências Químicas e Biológicas do Instituto Médico-Legal (IML)
de Curitiba. Foi apresentada uma metodologia para determinação do brodifacoum em iscas peletizadas do raticida comercial baseando-se no método previamente proposto por
MESMER e SATZGER (1995) que requer menos de 10 mg
de amostra. O método para extração envolve banho de ultrassom e análise por CLAE-DAD. Foi possível determinar o
composto sem precisar de extensas etapas de limpeza. Foram
estimados limites de detecção (LD) e quantificação (LQ) em
0,153 e 0,510 mg L-1 respectivamente e recuperação de 51,
61 e 62% para 3 diferentes marcas de raticida. A partir desses números soube-se que o método proposto nesse trabalho
possibilita a utilização de 2 mg do pellet em análises com
fins qualitativos e 5 mg em análises com fins quantitativos,
considerando-se as porcentagens de recuperação deste trabalho. O procedimento mostrou-se passível de ser utilizado
pelo laboratório do Instituto de Criminalística do Paraná em
suas análises rotineiras envolvendo amostras de pellets ou
resíduos provindos de bebidas, como chá e café, suspeitas de
conter brodifacoum, principalmente em razão do maior interesse qualitativo da análise.
90
QF 43- IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO
DE 4-BROMOMETCATINONA ENCONTRADA EM
COMPRIMIDOS APREENDIDOS NO ESTADO DE
GOIÁS
QF 44- DISCRIMINAÇÃO DE RESÍDUOS DE DISPARO DE ARMAS DE FOGO POR FLUORESCÊNCIA
DE RAIOS X POR REFLEXÃO TOTAL E ANÁLISE
DE COMPONENTES PRINCIPAIS
SOUZA L. F.*1,2, MARTINI A. L.1, BRAGA P. C. C.
S.1, VIEIRA T. S.2,3; LIÃO L. M.2
FERREIRA, L. P.1; NASCENTES, C. C.1; VALLADÃO, F.
N.2; LORDEIRO, R. A.2
1
1Polícia Técnico Científica do Estado de Goiás.
2Instituto de Química, Universidade Federal de Goiás
3Instituto Federal do Tocantins, Campus Araguatins
As novas substâncias psicoativas (NSP) ilícitas apreendidas em diversos países, refletem um problema mundial
emergente em nossa sociedade. Neste cenário, um número
crescente de catinonas sintéticas têm aparecido no mercado europeu de drogas durante os últimos anos, inclusive a
4-bromometcatinona (4-BMC ou brefedrona)1,2. Apesar
desta substância estar inserida na base de dados de espectros de massas da SWGDRUG3, a identificação somente
através da técnica de cromatografia gasosa com detecção
por espectrometria de massas e ionização por impacto de
elétrons (CG/EM/IE), torna difícil a distinção entre os isômeros de compostos aromáticos substituídos4. Assim, os
comprimidos apreendidos foram submetidos a análises de
Ressonância Magnética Nuclear no Laboratório de RMN
do IQ-UFG, em um espectrômetro BRUKER Avance III
500 de 11,75 T. Para isso, as amostras foram pulverizadas
em almofariz, sendo 15 mg transferidos para um frasco
eppendorf, ao qual foram adicionados 600 mL de metanol
deuterado (CD3OD) constituído com 0,05% de tetrametilsilano (TMS), sendo filtrado diretamente em tubo de
RMN. O espectro de RMN de 1H indicou a presença majoritária das substâncias 3,4-metilenodioximetanfetamina
(MDMA) e bromometcatinona, com o substituinte bromo
na posição para, sendo ainda as estruturas confirmadas
através dos experimentos bidimensionais HSQC e HMBC.
Portanto, o emprego da técnica de RMN demonstrou-se
fundamental na elucidação estrutural inequívoca da substância 4-BMC, tendo em vista as limitações da técnica de
CG/EM/IE.
1. CAUDEVILLA-GÁLLIGO, F. et al. Human Psychopharmacology: Clinical and Experimental, 2013, 28, 4, 341–344.
2. ZUBA, D. Problems of Forensic Science, 2014, 100, 359–385.
3.
SWGDRUG
MS
Library Version
2.4.
http://
www.swgdrug.org/ms.htm.
4. ZAITSU, K. et al. Forensic Toxicology, 2008, 26, 2, 45–51.
FAPEG, FINEP, CNPq, CAPES, SSP-GO
Departamento de Química, Instituto de Ciências Exatas, Universidade Federal de Minas Gerais
2
Seção Técnica de Química e Física Legal do Instituto de Criminalística da Polícia Civil de Minas Gerais
A determinação do tipo de munição deflagrada por meio da
análise química de resíduos de disparo de arma de fogo
(gunshot residue – GSR), que se depositam nas mãos do
atirador, é decisiva para confirmação ou exclusão de um suspeito como autor do crime. Nesse contexto, este trabalho
teve por objetivo discriminar GSR de munições convencionais de cinco diferentes calibres por Fluorescência de Raios
X por Reflexão Total (TXRF) e Análise de Componentes
Principais (PCA). Amostras de GSR foram coletadas, em
triplicata, das mãos de atiradores voluntários com swabs
umedecidos com água Milli-Q [1] nas regiões do dorso e da
palma próximas à prega interdigital, imediatamente após um
e três disparos. Também foram coletadas amostras-controle
da água, da arma, da mão do atirador antes do(s) disparo(s) e
do corpo. As munições avaliadas neste estudo foram: CBC 9
mm Luger encamisada deflagrada por pistola Taurus 9mm
24/7 G2, CBC .38 SPL chumbo deflagrada por revólver Taurus .38 SPL RT 82, S&WL, .32 semi-encamisada deflagrada
por revólver S&WL .32, CBC .380 +P ARC 15 ponta oca
encamisada gold deflagrada por pistola IMBEL .380 e
CBC .40 SW AWX72 ponta plana encamisada deflagrada
por pistola IMBEL .40. Os swabs foram armazenados em
tubos de polietileno de 5,0 mL com tampa, nos quais se adicionou 490 µL de HNO3 5% v/v e 10 µL de Ga 100 mg L-1
(padrão interno). Esse conjunto foi sonicado em banho de
ultrassom por 5 min para extração dos analitos. Depositaramse 10 µL dessa solução em discos de quartzo para análise por
TXRF (S2 PICOFOXTM, Bruker). As concentrações de Al,
S, K, Mn, Fe, Ni, Cu, Zn, Br, Sr, Sb, Ba e Pb foram importadas para o software MATLAB® 7.9 e o pré-processamento
por centralização na média e o PCA foram executados utilizando o PLS Toolbox®. Os resultados mostraram que as triplicatas de 1 e 3 disparos foram separadas para as munições
de calibre .32, .38 .380 e 9 mm no gráfico de scores PC1xPC2, que explicam 91,77% da variância. A munição de calibre .40 não separou adequadamente. O elemento de maior
loading em PC1 é o S, proveniente do Sb2S3 utilizado como
combustível, e o elemento de maior loading em PC2 é o Ba,
proveniente do Ba(NO3)2, utilizado como oxidante, ambos
presentes na espoleta [2]. O S tem maior contribuição na
munição de calibre .32 e o Ba, na munição .380. O método
proposto é simples e possibilitou a discriminação de GSR de
quatro das cinco munições estudadas, sendo uma alternativa
para os laboratórios de perícia.
[1] Tarifa, A.; Almirall, J. R. Science and Justice 55 (2015) 168.
[2] Yañez, J. Microchemical Journal 101 (2012) 43.
Agradecimentos: À CAPES, FAPEMIG, ao Instituto de Cr iminalística da PC-MG e ao perito criminal Paulo Eduardo Nunes Andrade Barbosa.
91
QF 45- ESTUDO ELETROQUÍMICO DO DELTA-9TETRAIDROCANABINOL UTILIZANDO ELETRODO IMPRESSO DE CARBONO QUIMICAMENTE
MODIFICADO COM COMPLEXOS DO TIPO BASE
DE SCHIFF [Cu(Salophen)].
BALBINO, M.A.1,2, ELEOTÉRIO, I.C.1,2, CRUZJUNIOR, J.W.1,3, SILVA, R.S.M.1, CASTRO, A.L.1,
MCCORD, B.R.2, OLIVEIRA. M.F.1
1 – Departamento de Química, Grupo de Estudos em Eletroquímica e Química Forense, FFCLRP/USP, Ribeirão PretoSP,14040-901, Brasil
2 - Department of Chemistry and Biochemistry – International
Forensic Research Institute – Florida International University
– Miami, FL 33199 – Estados Unidos..
3 - Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC- BlumenauSC, 89065300, Brasil.
Nos últimos anos, nota-se a busca por metodologias e técnicas para a detecção/análise de drogas de abuso em que
não haja resultados inconclusivos, falso-positivos ou falsonegativos [1,2]. Os sensores eletroquímicos estão associados a portabilidade, baixo custo, facilidade de operação e
robustez, sendo alguns destes reportados em literatura na
análise de Delta-9-tetraidrocanabinol (∆9-THC), substância psicoativa da maconha
[2-4]. Os eletrodos impressos tem a vantagem de serem versáteis, pois os eletrodos
de referência e auxiliar estão reunidos em um único dispositivo. Visando um aumento da sensitividade e seletividade, este trabalho tem por objetivo apresentar os resultados
da análise de padrão de ∆9-THC utilizando eletrodo impresso de carbono quimicamente modificado com a Base
Schiff [Cu(Salophen)]. O eletrodo impresso de carbono
BVT AC1W4R1 foi utilizado e submetido à modificação
química pelo método “drop coating”, onde uma quantidade
de 10 µL (1mg/mL em acetonitrila) do modificador químico foi adicionada à superfície do eletrodo. Após a secagem, o estudo da estabilidade do filme foi realizado utilizando o potenciostato Metrohm Autolab 128 N. e adicionados 20 µL eletrólito de suporte KNO3 0.15 mol L-1 à
superfície do eletrodo. Utilizando uma solução padrão de
∆9-THC (Cerilliant) diluída em metanol com uma concentração de 0.1 mmol L-1, adotando parâmetros experimentais reportados em literatura [2-4], a influência da concentração e tempo de pré-concentração foram investigados.
Em um estudo comparativo entre eletrodos impressos sem
modificação, observou-se a intensidade do sinal em até 5
vezes maior quando a voltametria de onda quadrada é aplicada, otimizando assim a sensibilidade e reduzindo o consumo de materiais (reagentes, amostras e vidrarias, por
exemplo).
Referências
1 – Martinis BS, Oliveira MF. Química Forense Experimental.
São Paulo, Cengage, 2015.
2 – Journal of Forensic Sciences, DOI: 10.1111/15564029.13059
3 – Journal of solid State electrochemistry DOI 10.1007/s10008016-3145-3
4 - Electroanalysis 2013, 25, No. 12, 2631–2636
QF 46- ANÁLISE VOLTAMÉTRICA DO EXTRATO
DE CANABINÓIDES POR ELETRODO IMPRESSO
DE CARBONO MODIFICADO COM BASE SCHIFF
[CU(SALEN)].
BALBINO MA1,2 ,MAGALHÃES J1, ELEOTÉRIO IC1,2,
CRUZ-JUNIOR JW1,3, SILVA RSM1, MCCORD BR2, OLIVEIRA MF1
1 – Grupo de Eletroquímica, Eletroanalítica e Química Forense,
Departamento de Química, FFCLRP/USP, Ribeirão Preto-SP,14040
-901, Brasil
2 - Department of Chemistry and Biochemistry – International
Forensic Research Institute – Florida International University –
Miami, FL 33199 – United States of America.
3 - Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC- Blumenau-SC,
89065300, Brasil.
Métodos eletroquímicos tem como princípio o estudo das
informações geradas por meio de curvas corrente/potencial
[1]. Durante os últimos anos, a aplicação desta técnica em
análises forenses tem despertado grande interesse em pesquisadores de todo o mundo por algumas questões tais como
baixo custo, facilidade de manuseio e operação, além da robustez nos resultados. Na literatura, alguns trabalhos foram
reportados na detecção de delta-9-tetraidrocanabinol (∆9THC), substância psicoativa da maconha [2-3]. No entanto,
não foram encontrados trabalhos utilizando bases Schiff [Cu
(Salen)] como modificador químico do eletrodo, visando
aumentar a sensitividade e seletividade perante o extrato de
canabinóides. Este trabalho tem por objetivo apresentar os
resultados utilizando eletrodo impresso de carbono quimicamente modificado com a Base Schiff [Cu(Salen)]. Inicialmente, o eletrodo (BVT AC1W4R1, Ø=2mm) foi submetido
ao teste com K3FeCN6
1,0 x 10-3 mol L-1 em meio aquo-1
so KNO3 0.15 mol L . A segunda etapa do estudo consistiu
em modificar quimicamente a superfície do eletrodo de carbono pelo método “drop coating” utilizando uma quantidade
de 10 µL (1mg/mL em acetonitrila) da solução do modificador químico. Após a secagem, o estudo da estabilidade do
filme foi realizado utilizando o potenciostato Metrohm Autolab 128 N e adicionados 20 µL eletrólito de suporte KNO 3
0.15 mol L-1 à superfície do eletrodo. O dispositivo foi submetido à analise voltamétrica de utilizando uma solução de
extrato de canabinóides diluída em metanol. Os parâmetros
experimentais foram ajustados de acordo com aqueles reportados em literatura [2-4]. Verificou-se um pico de corrente
anódica em
0,4 V vs. Ag nas modalidades cíclica e onda
quadrada, uma diferença de 0,15 V VS. Ag em relação a
análise voltamétrica da solução padrão de ∆9-THC padrão. O
aumento da concentração se mostrou proporcional a resposta
amperométrica. Tal modificador permitiu a detecção em
amostras impuras do extrato de canabinóides e intensificou a
resposta amperométrica em até 2,5 vezes em comparação
com o eletrodo sem modificação.
Referências
1 – Rev. Virtual Quim., 2013, 5 (4), 516-5374
2- Electroanalysis 2013, 25, No. 12, 2631–2636
3 - Journal of Forensic Sciences, DOI: 10.1111/1556-4029.13059
92
QF 47- UTILIZAÇÃO DE ESPECTROMETRIA DE
MASSAS COM FONTE DE PLASMA INDUTIVAMENTE ACOPLADO COMO RECURSO PARA A
IDENTIFICAÇÃO DE RESÍDUOS DE ARMAS DE
FOGO
QF 48- A VIABILIDADE DO USO DO KIT IDENTA
IDT 9000 NO EXAME PRELIMINAR DE DROGAS DE
DESENHO
MARTINELLI, M.1, BORGES, R.2
1
1
Biólogo e Especialista em Gestão Florestal – UFPR e Perícia
Criminal e Ciências forenses – IPOG
2
Policial Federal e Perito Criminal do Departamento de Polícia
Federal e Docente do Curso de Pós-Graduação em Perícia Criminal e Ciências Forenses – DPF / IPOG
Introdução: A utilização cada vez maior do resultado das
análises na identificação da presença de resíduos de um
disparo, visando identificar o autor ou estabelecer um
diferencial entre a ocorrência de homicídio ou suicídio,
confere relevância significativa a esse tipo de análise. Objetivos: Avaliar as diversas formas de análise de resíduos
de armas de fogo e enfatizar a metodologia de ICP-MS
como alternativa viável. Materiais e Métodos: Através da
bibliografia existentente, avaliar as diversas técnicas utilizadas para identificar resíduos de armas de fogo, tais
como: “Rodizonato de Sódio”; “Reativo de Griess”;
Análise por “Ativação de Nêutrons” (NAA);
“Espectrofotometria de Absorção Atômica” (AAS); técnica de “Microscopia Eletrônica de Varredura” (MEV), e a
análise por “Espectrometria de Massas com Fonte de Plasma Indutivamente Acoplado” (ICP – MS); alvo de estudo
deste trabalho. Resultados e Discussão: Trata-se de uma
metodologia acessível, identificando com facilidade os
resíduos em uma ampla faixa de elementos químicos, sendo encontrados desde os níveis mais elevados àqueles
quase imperceptíveis por outras metodologias, denominados traços e ultratraços. De procedimento analítico rápido,
determina elementos como antimônio (Sb), bário (Ba) e
chumbo (Pb), entre muitos outros. Conclusão: Por sua
eficiência, mostra-se como importante ferramenta na intensa demanda por esclarecimentos de homicídios, indicando precisamente a “assinatura química” nas mãos do
atirador, em relação às outras técnicas de análise aqui mencionadas.
Referências Bibliográficas:
REBOLEIRA, Nuno Gonçalves Inácio. Caracterização química
de resíduos de pólvora na identificação de munições. Universidade de Lisboa, Dissertação de Mestrado, Pós-Graduação em
Química, 2013.
SARKIS, Jorge Eduardo Souza. Espectrometria de massas.
Química Forense sob olhares eletrônicos. Campinas: Editora
Millenium, vol 1, 2ª Edição, 2005.
TOCAIA, Edson Luis; SARKIS, Jorge Eduardo de Souza; RODRIGUES, Cláudio. Identificação de resíduos de disparos de
armas de fogo por meio da técnica de espectrometria de massas
de alta resolução com fonte de plasma indutivo. São Paulo:
Química Nova, 2004.
TOCCHETTO, Domingos. Balística forense: aspectos técnicos e
jurídicos. 5ª Edição. Campinas – SP: Ed. Millenium, 2011.
LUCENA, M. C. C.1
Polícia Federal (PF), Fortaleza – CE, Brasil.
Laboratório de Química do Setor Técnico Científico da Superintendência Regional da PF no Ceará.
Introdução: Na pr imeir a década do século XXI houve um
aumento no número de apreensões de drogas de desenho
(drogas planejadas, ou seja, análogos estruturais) ilícitas em
todo o mundo1. Existe uma grande dificuldade na análise
destas substâncias em virtude da versatilidade das modificações ocorridas nas moléculas e à velocidade com que elas
surgem no mercado, sendo mais rápido o desenvolvimento
de novas moléculas do que de métodos adequados para identificação inequívoca2. Diferentemente das drogas clássicas, a
maioria destes compostos não possui metodologias específicas para realização de triagens utilizadas na rotina laboratorial3. Objetivo: Este tr abalho pr opõe a ver ificação da viabilidade do Kit teste de drogas da IDenta IDT 9000 -10 nas
análises preliminares aplicadas à drogas de desenho. Materiais e Métodos: Neste tr abalho for am testadas amostras de
drogas de desenho apreendidas no Ceará, amostras padrões e
amostras de controle nas formas de comprimido, pó e líquidas. A metodologia adotada foi à recomendada no Cartão de
Procedimento para IDT 9000. O kit teste estudado consiste
basicamente de uma sonda com um coletor de amostras de
ponta adesiva para micro partículas, uma sequência de dois
reagentes acondicionados em ampola de vidro segura, dentro
de um reservatório de plástico rígido e uma janela de resultado de testes que permite visualizar a coloração obtida após
uma sequência de sete passos que ao final, se confronta com
um padrão de cor de acordo com uma lista de substâncias
propostas. As substâncias capazes de ser identificadas preliminarmente por esse kit são: heroína branca, metanfetaminas, anfetaminas, ecstasy/MDMA, metadona, quetamina,
PCP, PMA, DMT, MDPV, mefedrona, PMMA, mCPP,
MPA, bufedrona, MDPBP, catinona, metacatinona e metilona. Resultados e Discussão: Todas as amostras testadas apresentaram resultados colorimétricos compatíveis com a amostra pesquisada considerando o confronto frente à lista de
substâncias propostas. Conclusão: Os resultados mostraram
que se trata de um sistema viável para realização de análise
preliminar, porém de forma inespecífica.
Referências Bibliográficas:
(1) Moro, E. T. et al.; Rev. Bras. Anestesiol.v. 56, nº 2. 2006.
(2) Peters, F. T. et al.; Drug Monit.,v. 32. 2010.
(3) Bulcão, R et al; Rev. Química Nova, v. 35, Nº 1. 2012.
93
QF 49- BOCAS DE CHUMBO: DETERMINAÇÃO
VOLTAMÉTRICA DE CHUMBO EM AMOSTRAS
DE BATOM
QF 50- ESTUDO TEÓRICO DOS POLISILOLES COMO DETECTORES DE MATERIAL EXPLOSIVO EM
PERÍCIA DE INCÊNDIO.
RIBEIRO, M. F. M 1.; OIYE, E. N.1; TADINI, M. C. 1;
KATAYAMA, J. M. T.1; OLIVEIRA, M. F.1.
PEDRINA, N. J., BRUNI, A. T.
1 GEEQFor - Departamento de Química – FFCLRP – USP - Av.
Bandeirantes 3900 – Ribeirão Preto, SP
A variedade de cosméticos disponível no mercado brasileiro é muito grande, principalmente a de batons em embalagens destinadas ao público infantil. A composição deste
cosmético é muito questionada acerca do nível de chumbo
presente e órgãos regulamentadores, como Health Canada,
colocam o limite de 10 ppm de chumbo em produtos a
serem aplicados sobre a pele. Tal controle sobre sua concentração é justificada pela sua toxicidade ao sistema circulatório e nervoso. O Food Drug Administration (FDA) já
fez um levantamento das marcas de maior participação no
mercado e encontrou níveis que variavam de 0,03 a 7,19
ppm. Visando investigar o teor de chumbo em batom, cujos rótulos não continham selo de certificação da Anvisa,
aplicou-se a análise de Voltametria de Onda Quadrada
Adsortiva em amostras preparadas por digestão ácida, com
o objetivo de propor um procedimento simples para a
quantificação voltamétrica de chumbo em batom direcionado para uso infantil (3 batons e 1 gloss), e posteriormente a comparação dos valores. Para o tratamento de amostra,
utilizou-se de uma metodologia já descrita em literatura,
com ácido nítrico e aquecimento por 10 horas. A análise
dessas soluções foi feita com os eletrodos de ouro, Ag/
AgCl (saturado) e platina, como eletrodos de trabalho,
referência e auxiliar, respectivamente, e uma solução contendo 10,0 mmol L-1 de NaCl em ácido nítrico 15% (v/v),
como eletrólito suporte. Após a otimização do sistema,
frente à acidez da solução e parâmetros experimentais,
recorreu-se ao método de adição de padrão para a quantificação. Os resultados acusam a presença de chumbo em
concentrações que variam de 113 a 402 ppm, expondo o
risco que crianças estão sujeitas a usarem produtos sem
nenhuma regulamentação, considerando apenas a aparência da embalagem. Por fim, coloca-se em pauta a necessidade de um rigoroso controle desses produtos que estão
disponíveis para o público infantil.
Referencias Bibliográficas:
Health Canada, Draft Guidance on Heavy Metal Impurities in
Cosmetics;
BONFIL, Y. et al, Analytica Chimica Acta, 464 : 99, 2002;
AL-SALEH, I. et al, Regulatory Toxicology and Pharmacology,
54: 105, 2009.
Departamento de Química, FFCLRP, Universidade de São Paulo
O tema principal deste estudo corresponde a moléculas conhecidas como polisiloles, que podem, por meio de propriedades de emissão, indicar se há vestígios de contaminação
por explosivos. O objetivo principal foi avaliar se há viabilidade no estudo teórico dessas moléculas para determinar as
principais propriedades e avaliar seu uso na detecção de materiais explosivos em incêndios. Neste trabalho foram estudados polisiloles de 5 e 6 membros. A metodologia consistiu
de levantamento bibliográfico acerca desses compostos a fim
de entender suas peculiaridades e as possíveis potencialidades forenses, levando em consideração as questões que devem ser respondidas para os delitos de incêndio. Para o estudo teórico, programas de código aberto foram utilizados para
a construção da molécula e cálculos das propriedades. Os
principais programas utilizados foram o ORCA® e o MOPAC para determinar a energia, estrutura e propriedades das
moléculas. Resultados prelimares mostraram que os métodos
semi-empíricos AM1 e PM3 foram compatíveis para determinar as estruturas de mínima energia. No entanto, uma
abordagem com métodos ab-initio está sob avaliação, com o
objetivo de confirmar os resultados preliminares. Como esta
é uma molécula relativamente nova e o tema ainda é pouco
abordado, não se encontram muitos dados na literatura sobre
a polisilole, possibilitando assim um leque de estudos inovadores sobre sua propriedade e utilizações.
Liu J, Lam JWY, Tang BZ. Aggregation-induced emission of silole
molecules and polymers: Fundamental and applications. J Inorg
Organomet Polym Mater. 2009;19(3):249-285. doi:10.1007/s10904
-009-9282-8.
94
QF 51- AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DA ADIÇÃO
DE MARCADOR LUMINESCENTE NO TAMANHO
DE PARTÍCULAS GSR.
QF 52- DETERMINAÇÃO DA DISTÂNCIA DO DISPARO EM FUNÇÃO DO PADRÃO DE DISPERSÃO DE
LGSR.
JATOBÁ, R.1, AROUCA, A. M.1,2,
WEBER, I. T.1,3
JATOBÁ, R.1, AROUCA, A. M.1,2,
WEBER, I. T.1,3
TALHAVINI, M.4,
1
Instituto de Química, Universidade de Brasília, 70904-970,
Brasília, Brasil.
2
Instituto Federal Brasília, Campus Samambaia, Subcentro Leste
– Complexo Boca da Mata Lote 02, 72302-300, Samambaia,
Brasil.
3
PGMTR-CCEN, Universidade Federal de Pernambuco, Avenida
Professor Luiz Freire , S/N , Cidade Universitária, 50740-540,
Recife, Brasil.
4
Instituto Nacional de Criminalística, Polícia Federal Brasileira,
SAIS Quadra 07, Lote 23, 70610-200 Brasília, DF, Brasil.
O desenvolvimento da munição livre de chumbo (NTA)
trouxe um benefício para a saúde dos profissionais que
necessitam realizar tiros com frequência. Contudo, nesta
munição não há a presença de elementos característicos
que possibilitem a identificação dos resíduos de tiro
(GSR), sem a exclusão de uma possível contaminação ambiental ou ocupacional. Visando contribuir com a identificação de GSR produzido por munição NTA, nosso grupo
desenvolveu uma série de marcadores luminescentes, que
ao serem adicionados à munição geram resíduos luminescentes (LGSR), os quais podem ser visualizados e coletados nas mãos e pertences do atirador e nas armas. Como
estes marcadores se destinam principalmente a munições
do tipo NTA (embora possam ser usados em qualquer tipo
de munição), é natural que eles necessitem ser atóxicos.
Independentemente da composição química, partículas
com diâmetro abaixo de 2,5 µm apresentam um elevado
potencial de toxicidade, pois podem escapar das barreiras
naturais do organismo e acessar as vias aéreas, originando
diversos problemas de saúde2. Este trabalho tem como
objetivo avaliar o efeito da introdução dos marcadores
luminescentes na distribuição do tamanho de partículas
GSR gerado por munição NTA. Para tal, foram comparados os padrões de distribuição de tamanho de partícula de
GSR e de LGSR, com o intuito de analisar se há alguma
mudança significativa em seu comportamento devido a
presença do marcador. Foram realizados quatro disparos
utilizando uma pistola Glock G17 e munição NTA 9 milímetros marcada com 10% em massa do marcador luminescente isoestrutural à MOF MIL-78. O experimento foi realizado em triplicata no stand de tiros do INC-DPF. Após a
realização dos disparos, o LGSR foi coletado na mão do
atirador por meio de um stub recoberto com fita de carbono, segundo normas da PCF para coleta de GSR. As amostras foram analisadas por MEV/EDS com software análise
de GSR (INCAGSR) para quantificação e determinação do
tamanho das partículas de GSR. Os resultados mostraram
que não houve um aumento significativo na quantidade de
partículas com tamanho menor que 2,5 µm e, portanto, que
a adição do marcador não aumenta a toxicidade do GSR
relacionada ao tamanho do material particulado inalado
pelo atirador.
(1) Weber, I. T et al. Forens, Sci. Int. 244 (2014), 276–284.
(2) Yue, W. et al. Science of The Total Environment 343 (2005),
261-272.
Agradecimentos: NEQUIFOR, CAPES-PROFORENSE, FAPDF,
CNPq, FACEPE e a Polícia Federal Brasileira.
TALHAVINI, M.4,
1
Instituto de Química, Universidade de Brasília, 70904-970,
Brasília, Brasil.
2
Instituto Federal Brasília, Campus Samambaia, Subcentro Leste –
Complexo Boca da Mata Lote 02, 72302-300, Samambaia, Brasil.
3
PGMTR-CCEN, Universidade Federal de Pernambuco, Avenida
Professor Luiz Freire , S/N , Cidade Universitária, 50740-540,
Recife, Brasil.
4
Instituto Nacional de Criminalística, Polícia Federal Brasilieira,
SAIS Quadra 07, Lote 23, 70610-200 Brasília, DF, Brasil.
A identificação do padrão de dispersão dos resíduos de tiro
(GSR) na superfície do alvo ou vítima pode auxiliar na
identificação da distância da qual foi realizado o tiro,
entretanto esta não é uma tarefa simples, especialmente para
tiros realizados a longa distância (superior a 1,0m)1. Nosso
grupo desenvolveu uma série de marcadores luminescentes,
que ao ser adicionado à munição, produz um resíduo de tiro
luminescente (LGSR) tanto nas mãos do atirador quanto na
superfície do alvo ou vítima2. O objetivo desse trabalho é
analisar a possibilidade de estimar a distância em que o
disparo foi efetuado com base no padrão de dispersão do
LGSR depositado sobre um alvo de tecido. Foram estudadas
4 distâncias (6, 30, 60 e 120cm), as quais caracterizam
situações de quase-contato, distância intermediária e longa
distância. Utilizando uma arma Glock G17 e munição NTA
9mm, contendo 6% em massa do marcador luminescente
isoestrutural à MOF MIL-78, o atirador realizou 1 disparo
sobre o alvo. O alvo utilizado foi um pedaço de tecido de
algodão preto (30x30cm²) apoiado em uma placa de papelão,
para simular a vestimenta de uma vítima. Após a realização
dos disparos, foram obtidas as imagens do padrão de
dispersão do LGSR sobre os alvos usando o comparador
vídeo espectral (VSC 6000). Observou-se que o padrão de
dispersão do LGSR é bastante semelhante ao do GSR
convencional3, e que a sua visualização é bastante fácil.
Também foram feitos 3 testes à cega, nos quais um atirador
realizou um disparo a uma das distâncias definidas no
primeiro experimento e o alvo contendo LGSR foi entregue a
um analista que desconhecia a distância de tiro. Por meio de
comparação com os padrões gerados anteriormente, o
analista estimou a distância do atirador em cada disparo. Foi
possível identificar corretamente a distância escolhida pelo
atirador em todos os 3 experimentos. Desta forma, concluiuse que o padrão de dispersão de LGSR sobre tecidos pode
auxiliar na estimativa de distância de tiro, inclusive para
disparos realizados a longa distância (d>1,0m).
(1) López-López, M. & García-Ruiz, C. Foren. Sc. Intern., 239
(2014), 79–85.
(2) Weber, I. T et al. Forens, Sci. Int. 244 (2014), 276–284.
(3) Glattstein, B. et. al. J. Foren. Sci. 45 (2000), 801–806.
Agradecimentos: NEQUIFOR, CAPES-PROFORENSE, FAPDF,
CNPq, FACEPE e a Polícia Federal Brasileira.
95
QF 53- ANÁLISE E PERSPECTIVAS SOBRE EXPERIMENTOS DE QUÍMICA PARA INCORPORAÇÃO
NO PROJETO CIÊNCIA INTERATIVA
1
RAPHAELA OLIVEIRA DOS SANTOS , MAVIONE
DE JESUS PRIMO2, JOANA BLEZA CUNHA GONÇALVES3, ANA PAULA SILVA SOUZA SANTOS4,
CLARA CASTRO DE BRAGA5 E DANILO ALMEIDA
SOUZA6
1 Universidade Estadual de Santa Cruz/ UESC, Ilhéus-BA Grupo
de Pesquisa: Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente – IFBA.
2, 3, 4, 5 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da
Bahia/ IFBA, Câmpus Ilhéus: voluntários e bolsistas do projeto.
6 Grupo de Pesquisa em Nanomateriais, Física Atômica e Molecular, Energias Renováveis e Ensino de Física – IFBA
Os espaços de educação não formal, sobretudo os centros e
museus de ciência vem aparecendo como um importante
meio de disseminar e incentivar os alunos no estudo de
temas ligados a ciência e tecnologia. No que tange as disciplinas de física, química e biologia diversos autores têm
reforçado a ideia de que essas iniciativas têm conseguido
recuperar a motivação dos estudantes e por consequência
uma melhora no seu aprendizado tem sido o primeiro resultado evidente. O presente trabalho apresenta uma proposta de abordagem de experimentos de Química como
metodologia alternativa de ensino, tendo por finalidade
traçar um panorama geral sobre importantes vetores que
atuam na divulgação e popularização da ciência no sul da
Bahia, mais especificamente a microrregião de IlhéusItabuna, e nesse contexto ponderar como o projeto
‘Ciência Interativa’ pode contribuir para o ensino de ciências na região. O projeto ‘Ciência Interativa’ (CI) foi idealizado no ano de 2014 no IFBA – Câmpus Ilhéus tendo
realizado sua primeira exposição durante as atividades da
Semana Nacional de Ciência e Tecnologia do mesmo ano
de 2014 e 2015 com experimentos de Química Forense,
com o objetivo de fomentar, motivar e despertar o interesse dos alunos pelo estudo da disciplina. O trabalho desenvolvido consistiu em uma explanação teórica e prática,
com utilização de vários recursos didáticos para construção dos experimentos. A faixa etária entre 14 a 23 anos
desperta muito interesse quanto a assuntos que envolvam
crimes ligados a assassinatos, bebidas e drogas, por esse
motivo essa temática é extremamente persuasiva para o
público alvo. Os alunos eram divididos em pequenos grupos de sete alunos para ter acesso a cada uma das salas dos
experimentos. No local dos experimentos de Química,
haviam experimentos que envolviam diversos experimentos que envolviam assuntos relacionado a vida cotidiana
(densidade, oxiredução, reações exotérmico, tensão superficial, equilíbrio químico e cinética) e nos experimentos de
química forense envolvia uma cena do crime, onde realizou-se a analise da cena do crime, revelação de impressão
digital, identificação de sangue, detecção de bebidas alcoólicas e identificação de veículos adulterados.
QF 54- QUÍMICA FORENSE: REVELAÇÃO DE IMPRESSÃO DIGITAL
RAPHAELA OLIVEIRA DOS SANTOS1, MAVIONE DE
JESUS PRIMO2 JOANA BLEZA CUNHA GONÇALVES3,
ANA PAULA SILVA SOUZA SANTOS4, CLARA CASTRO DE BRAGA5 E DANILO ALMEIDA SOUZA6
1
Discente de graduação em química – UESC e voluntária do projeto
Ciência Interativa e-mail: [email protected];
2,3,4,5
Alunos do curso técnico e participantes Ciência Interativa no
IFBA
6
Professor de física e coordenador do Ciência Interativa – IFBA. email: [email protected]
A Dermatoglifia é o ramo que estuda os padrões das cristas
dérmicas produzidas em nossos dedos, desde quando estamos no ventre materno, já possuímos os traços nas palmas
das mãos e sola dos pés. A datiloscopia é a técnica mais importante e decisiva na identificação da digital do homem,
utilizada hoje em dia na emissão de nossas identidades, porque até hoje não foram encontradas pessoas com digitais
semelhantes. Isso ocorre porque a composição química do
suor de nossa mão é responsável pela forma de nossas digitais quando tocamos em diferentes tipos de recipientes, ela é
constituída em 99% de água e 1% de corpos nitrogenados,
glicídios, lipídios, materiais sólidos, aminoácidos, materiais
inorgânicos como sulfatos, fosfato, cloreto e potássio. Existem na literatura, diversas técnicas que são utilizadas para a
revelação de impressões digitais, são os peritos que determinam qual a metodologia mais adequada para cada vestígio
deixado na cena do crime. O presente trabalho apresenta uma
proposta de abordagem de experimentos de Química como
metodologia alternativa de ensino, tendo por finalidade traçar um panorama geral sobre importantes vetores que atuam
na divulgação e popularização da ciência no sul da Bahia,
mais especificamente a microrregião de Ilhéus-Itabuna, e
nesse contexto ponderar como o projeto ‘Ciência Interativa’
pode contribuir para o ensino de ciências na região. O projeto ‘Ciência Interativa’ (CI) foi idealizado no ano de 2014 no
IFBA – Câmpus Ilhéus tendo realizado sua primeira exposição durante as atividades da Semana Nacional de Ciência e
Tecnologia do mesmo ano de 2014 e 2015 com experimentos
de Química Forense, com o objetivo de fomentar, motivar e
despertar o interesse dos alunos pelo estudo da disciplina. O
trabalho desenvolvido consistiu em uma explanação teórica e
prática, com utilização de vários recursos didáticos e construção de experimentos, nesse trabalho realizamos par realizar a revelação digitais em papel e em vidro, utilizando vários materiais utilizados em nosso cotidiano como, argila,
lápis, papel alumínio, cola super bonder, carvão, iodo, nitrato
de prata, resina, farinha de trigo, ferro de passar roupa, pincel, folha de oficio.
96
QF 55- DISTRIBUIÇÃO DE NOVAS SUBSTÂNCIAS
PSICOATIVAS (NSP) EM MATERIAIS APREENDIDOS NO NORDESTE DO BRASIL NO PERÍODO DE
2014 - 2016
QF 56- A SENSIBILIDADE DOS TESTES COLORIMÉTRICOS (SCOTT E MEYER) E DA ANÁLISE POR
INFRAVERMELHO COM ATR NA IDENTIFICAÇÃO
DE COCAÍNA.
CUNHA, R.L.1,3, OLIVEIRA, C.S.L.2,3, SANTANA,
M.M.P.2
BYRRO, RMD1; LORDEIRO, RA1; MATOS, ALM2
1
Polícia Civil de Minas Gerais; 2 UNI-BH
1
Instituto de Análises e Pesquisas Forenses, Aracaju, SE, 49100000
2
Departamento de Polícia Técnica da Bahia, Salvador, BA,
40100-180
3
Universidade Federal da Bahia, Instituto de Química, Salvador,
BA,40170-115
Introdução: As apr eensões de dr ogas sintéticas e especialmente de Novas Substâncias Psicoativas (NSP) no nordeste do Brasil é um fenômeno em crescimento nos últimos anos. No período entre agosto de 2014 e maio de 2016
foram identificadas 18 diferentes substâncias psicoativas,
classificadas como catinonas ou fenetilaminas, em 306
apreensões realizadas nos estados da Bahia e Sergipe.
Dentre essas, um composto identificado em 2016, é de
livre consumo no Brasil tornando-se necessária a sua inclusão na legislação brasileira que lista as substâncias de
uso proscrito. Objetivos: Apresentar o panorama das drogas sintéticas apreendidas no nordeste do Brasil no período
de dois anos (2014-2016) com relevância para as NSP’s
identificadas em materiais apreendidos. Materiais e métodos: For am analisadas 306 amostr as de compr imidos,
selos, cristais e pós, relacionadas às diferentes apreensões.
Os princípios ativos nas amostras de selo foram extraídos
com 1 mL de metanol e levadas ao ultrassom por 15 min,
injetando-se 1 uL do extrato no GC-MS. Amostras de
comprimidos, pós e cristais foram homogeneizadas, adicionadas em microtubo com 1,5 mL de metanol, levadas ao
ultrassom por 15 min e centrifugadas. Injetou-se 1 uL do
sobrenadante no GC-MS. Resultados e discussão: Todas as
análises foram realizadas empregando GC-MS com o auxílio de bibliotecas espectrais atualizadas do SWGDRUG,
Cayman Chemicals e Agilent. Os materiais apreendidos no
periodo foram 62% (n=190) comprimidos, 32% (n=98)
selos e 6% (n=18) pós e cristais. De todas as substâncias
identificadas 89% (n=272) foram fenetilaminas e 11%
(n=34) catinonas. Considerando a última atualização da
Portaria 344/98 SVS, atualizada com a RDC nº 66 de 21
de março de 2016, apenas o composto 4bromometilcatinona (4-BMC) não é de uso proscrito no
Brasil. Conclusão: Foram identificadas 18 novas substâncias psicoativas nas 306 amostras apreendidas no período
de 2014 – 2016 em diferentes formas de apresentação.
Todos os compostos identificados já foram descritos na
literatura e suas estruturas elucidadas. A diversidade de
substâncias e a quantidade crescente de apreensões realizadas no nordeste brasileiro é de grande importância devido
à realidade sócio econômica dessa região.
Bibliografia:
1.
ODOARDI, S; ROMOLO FS; STRANO-ROSSI, S. A
Snapshot On Nps In Italy: Distribution Of Drugs In
Seized Materials Analysed In An Italian Forensic Laboratory In The Period 2013-2015. Forensic Science International Volume 265, August 2016, Pages 116–120
Dentre os principais problemas criminalísticos enfrentados,
hoje, o tráfico de drogas talvez seja um dos maiores. A cocaína é uma das drogas mais traficadas no âmbito mundial e,
no Brasil, foram apreendidas mais de 40 toneladas no ano de
2013. Na ação diária da polícia e dos laboratórios forenses é
indispensável a existência de métodos simples e eficazes,
como os colorimétricos, que servem de triagem para levar a
uma maior rapidez na identificação de drogas. Dentre os
testes colorimétricos que usualmente são utilizados para a
identificação da cocaína conforme preconiza os manuais da
ONU, os mais comuns são: o teste com reagente de Scott
(tiocianato de cobalto), no qual a formação de uma coloração
azul indica a presença da droga, e o teste com o reagente de
Mayer, no qual, a formação de precipitados brancos floculentos indicam reatividade positiva para a presença de alcalóides como a cocaína. Dentre os testes com análises instrumentais, a técnica de espectroscopia por infravermelho vem
sendo muito explorada por ter resultados precisos e rápidos.
Entretanto, nenhum estudo sobre a real sensibilidade destes
métodos na identificação da cocaína apreendida nas ruas está
disponível na literatura. Assim, o objetivo principal deste
trabalho foi estudar a sensibilidade dessas técnicas e concluir
acerca de sua real confiabilidade para os laboratórios forenses. Desta forma, as três técnicas (reagente de Scott, reagente
de Mayer e análise por Infravermelho por ATR) foram submetidas a testes de sensibilidade com amostras de cocaína de
diferentes concentrações preparadas no laboratório (variando
de 0,5% a 10% de pureza). Os resultados mostraram que
todos os testes são relativamente eficazes, sendo o reagente
de Mayer o mais sensível e foi capaz de identificar cocaína
em uma concentração de 1% em uma mistura de pós. O reagente de Scott e a análise com o infravermelho têm sensibilidades muito próximas apontando a presença de cocaína em
uma mistura de pós em concentrações tão baixas quanto
2,5%.
Referências:
Cruz, R. A. e Guedes, M. C. S Cocaína: Aspectos Toxicológico E
Analítico. Revista Eletrônica FACPAno II – nº 04 – Dezembro de
2013
World drug report – 2015 do UNODC
Conceição, V. N et al. Estudo do teste de Scott via técnicas espectroscópicas: um método alternativo para diferenciar cloridrato de
cocaína e seus adulterantes. Quim. Nova, Vol. 37, No. 9, 15381544, 2014
97
QF 57- ESTUDOS INICIAIS PARA DETERMINAÇÃO SIMULTÂNEA DE COCAÍNA E SEUS PRINCIPAIS ADULTERANTES
ROCHA, R. G. (1), MONTES, R. H. O.(1), SILVA, L. A. J.
(1)
, RICHTER, E. M.(1), MUNOZ, R. A. A.(1)
QF 58- PROPOSTA DE TRIAGEM RÁPIDA E SIMPLES DE MEDICAMENTOS CONTRABANDEADOS
OU ADULTERADOS EMPREGANDO O SISTEMA
PORTÁTIL DE ANÁLISE POR INJEÇÃO EM BATELADA (BIA) COM DETECÇÃO AMPEROMÉTRICA
DE MÚLTIPLOS PULSOS
1
Universidade Federal de Uberlândia, Av. João Naves de Ávila,
2121 – Uberlândia – MG - Brasil
CARDOZO(1) C. G., SELVA(2) T. M. G., PAIXÃO(2) T. R.
L. C. E SILVA, R. A. B.(3)
INTRODUÇÃO: A cocaína é um alcaloide extr aído da
planta Exthoxylum coca, que provoca efeitos de euforia,
entre outros. Muitas medidas podem ser tomadas para diminuir o consumo e o combate ao tráfico de drogas, entre
elas o incentivo à pesquisa em química forense para o desenvolvimento de técnicas analíticas para aplicação nos
laboratórios de polícia científica O método mais reportado
na literatura para a detecção de cocaína é a cromatografia
líquida de alta eficiência [1], que também pode ser aplicada à quantificação dos principais adulterantes presentes em
amostras forenses, tais como: benzocaína (BEN), cafeína
(CAF), fenacetina (FEN), levamisol (LEV), paracetamol
(PAR) e procaína (PRO), desde que as condições cromatográficas estejam otimizadas. OBJETIVOS: O objetivo deste trabalho foi desenvolver um método eletroanalítico para
a detecção simultânea de cocaína e seus adulterantes. MATERIAIS E MÉTODOS: Par a as análises voltamétr icas, utilizou-se os eletrodos Ag/AgClsat em KCl , Pt e carbono
vítreo, como referência, auxiliar e trabalho, respectivamente. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Estudou-se a influência do pH, para o analito em estudo com concentração de 1
mmol L-1 utilizando voltametria cíclica. Definiu-se o pH 6
para continuidade dos estudos, pois apresentou melhor
perfil analítico e boa resposta (intensidade de corrente e
potencial) para detecção de cocaína. Em seguida, avaliouse o comportamento dos principais adulterantes (BEN,
CAF, FEN, LEV, PAR e PRO todos em concentração 50
μmol L-1). CONCLUSÃO: Desta maneir a, os r esultados
obtidos para a COC diferem consideravelmente dos resultados obtidos para os possíveis contaminantes, podendo
ser um método com potencial para detecção de cocaína e
adulterantes simultaneamente.
1
REFERÊNCIAS: [1] DE J ONG, Mats et al. Electrochemical
fingerprint of street samples for fast on-site screening of cocaine
in seized drug powders. Chemical Science, 2016.
AGRADECIMENTOS: CNPq, FAPEMIG e CAPES.
Universidade Federal da Grande Dourados, 2Universidade de São
Paulo, 3Universidade Federal de Uberlândia.
Introdução: O consumo de remédios falsificados, contrabandeados ou adulterados é crescente devido ao baixo custo e
fácil aquisição no mercado negro, gerando lucros exorbitantes para as redes criminosas. Para verificar uma falsificação,
a OMS sugere um exame organoléptico comparando o medicamento verdadeiro com o suspeito. No entanto, quando este
é inconclusivo, é necessária uma triagem das suspeitas, através de métodos analíticos rápidos, portáteis e/ou de baixo
custo. Deste modo, os métodos eletroanalíticos podem ser
uma alternativa viável a essas necessidades. Objetivo: Propor
um sistema de Análise por Injeção em Batelada com detecção por Amperometria de Múltiplos Pulsos (BIA-MPA) para
triagem de medicamentos de modo rápido, simples e portátil.
Para demonstrar o sistema foram escolhidas formulações
contendo Citrato de Sildenafila (P.A. Viagra®). Materiais e
Métodos: O sistema BIA-MPA é composto de um potenciostato (mAutolab III, Metrohm®), um notebook e uma célula
BIA portátil1 contendo os eletrodos de referência, auxiliar e
de trabalho (Ag/AgCl/KClsat., Platina e Diamante Dopado
com Boro - BDD) e uma pipeta eletrônica. Foram usados
dois grupos de formulações: Gr1) Viagra® (VI), genéricas
(G1 a G6) e contrabandeadas (C1 e C2); Gr2) VI e VI adulterado com paracetamol (APA), Dipirona (ADI), Cafeína (ACA)
ou Tadalafila (ATA). Resultados e Discussão: Inicialmente
foi avaliado o comportamento eletroquímico do CS no eletrodo de BDD, sendo observados dois sinais anódicos irreversíveis, em + 1,4 V (Epa1) e + 1,9 V (Epa2). Assim, escolheu-se três pulsos de potencial aplicados ciclicamente para
detectar adulterantes e/ou CS por MPA: +1,3 V, +1,6 V e
+2,1 V. São apresentados os três amperogramas em cada
potencial para as formulações do Gr1 e Gr2 respectivamente,
no qual cada formulação exibe correntes de pico (ip a) características (“impressão digital”). No entanto, para melhor representar os dados, três razões entre as ipa de cada pulso foram plotadas em um gráfico 3D. Conclusão: O sistema proposto BIA-MPA é rápido (10 s por pico), portátil e discriminou VI das contrabandeadas e das adulteradas de modo simples (razões matemáticas das ipa). Os autores esperam avaliar
o sistema na triagem de outros medicamentos ou drogas
apreendidos.
Referências Bibliográficas:
1
Tormin T.F., Cunha R.R, Silva R.A.B., Munoz R.A.A, Richter
E.M. Sens. Act. B, 202, 31, 2014.
Agradecimentos: Ao CNPq pelo apoio financeiro concedido
(Processo: 475276/2013-2).
98
QF 59- TRIAGEM RÁPIDA E PORTÁTIL DE MEDICAMENTOS CONTENDO CITRATO DE SILDENAFILA POR DETECÇÃO VOLTAMÉTRICA ASSOCIADA A FERRAMENTAS QUIMIOMÉTRICAS
CARDOZO(1) C. G., SELVA(2) T. M. G., PAIXÃO(2) T. R.
L. C. E SILVA, R. A. B.(3)
1
Universidade Federal da Grande Dourados, 2Universidade de
São Paulo, 3Universidade Federal de Uberlândia.
Introdução: Citrato de Sildenafila (CS) é o princípio ativo
do Viagra® (VI). Apesar da comercialização dos genéricos
de VI a partir de 2010 ter reduzido os custos, no Brasil é
frequente a comercialização de formulações de CS contrabandeadas ou falsificadas no mercado negro. Para a triagem ou análise quantitativa destes medicamentos, nos laboratórios periciais geralmente são usados métodos de
CLAE, que são onerosos, lentos e não portáteis, impedindo
análises no local da apreensão. Objetivo: Propor um método para triagem de medicamentos contendo CS de modo
rápido, portátil e de baixo custo, empregando um sistema
de análise por injeção em batelada (BIA) com detecção
voltamétrica hidrodinâmica associada a dois métodos quimiométricos não supervisionados, a análise de componentes principais (PCA) e análise de agrupamentos hierárquicos (HCA). Materiais e Métodos: O sistema BIA-MPA é
composto de um potenciostato (mAutolab III, Metrohm®),
um notebook e uma célula BIA portátil1 contendo os eletrodos de referência, auxiliar e de trabalho (Ag/AgCl/
KClsat., Platina e Diamante Dopado com Boro - BDD) e
uma pipeta eletrônica. Foram usados dois grupos de formulações: Gr1) Viagra® (VI), genéricas (G1 a G6) e contrabandeadas (C1 e C2); Gr2) VI e VI adulterado com paracetamol (APA), Dipirona (ADI), Cafeína (ACA) ou Tadalafila
(ATA). Resultados e Discussão: Voltamogramas cíclicos da
solução de CS em meio de H2SO4 0,1 mol L-1 e indicaram
dois processos anódicos irreversíveis na superfície do
BDD, em + 1,4 V e + 1,9 V. No entanto, a voltametria de
onda quadrada hidrodinâmica (HSWV) apresentou maior
sensibilidade para CS e menor tempo da medida (11 s por
voltamograma), sendo usada na triagem das formulações
de CS. A Fig. 1a e 1b apresentam os sinais por HSWV
para injeções das soluções das amostras do Gr1 e Gr2,
respectivamente. Entretanto, as similaridades entre as formulações são melhor visualizadas por PCA, no qual são
gerados três componentes principais (PC1, PC2 e PC3) a
partir do sinais por HSWV no Software Statistica 12, que
são posteriormente plotados em gráficos 3D ou por HCA,
no qual é gerado um dendograma no software a partir dos
HSWV. Conclusão: Empregando HSWV associado a PCA
ou HCA foi possível discriminar VI das amostras contrabandeadas e das amostras adulteradas com outros fármacos, mas não discriminou VI de alguns genéricos. O método proposto por HSWV permite uma triagem dos medicamentos mais rápida e de custo inferior aos métodos HPLC,
além do sistema ser portátil. Os autores esperam avaliar
este sistema para a triagem de outros medicamentos ou
drogas apreendidos.
Referências Bibliográficas:
1
Tormin T.F., Cunha R.R, Silva R.A.B., Munoz R.A.A, Richter
E.M. Sens. Act. B, 202, 31, 2014.
Agradecimentos: Ao CNPq pelo apoio financeiro concedido
(Processo: 475276/2013-2).
QF 60- ANÁLISE DE GSR POR SPICP-MS
HERINGER, R. D.1, RANVILLE, J. F.2
1–Pesquisador independente
2 - Colorado School of Mines, Department of Chemistry & Geochemistry
Introdução: Os resíduos de disparo de arma de fogo (GSR),
decorrentes da detonação da espoleta, contém micro e nano
partículas resultantes do rápido resfriamento dos gases
liberados e do material sólido da arma e munição
(SWGGSR, 2011). A pesquisa apresentada é baseada em
misturas detonantes que geram partículas típicas contendo
antimônio (Sb), bário (Ba) e chumbo (Pb), que compõem a
vasta maioria das munições modernas (SWGGSR). Objetivo:
O presente trabalho visa demonstrar a aplicabilidade do uso
da técnica de análise de partículas singulares por
Espectrometria de Massas com Plasma Indutivamente
Acoplado (spICP-MS) para a identificação e caracterização
de partículas de GSR. Materiais e Métodos: Para o estudo foi
utilizado um ICP-MS contendo software específico para a
análise de nano partículas (spICP-MS). Resultados: Foi
possível a identificação de mais de 120 nano partículas
consistentes com GSR em menos de 10 minutos e em apenas
parte da amostra (10%). Discussão: O método se mostrou
capaz de identificar pares de elementos nas amostras
analisadas (Sb-Ba, Sb-Pb e Ba-Pb). Conclusão: A técnica de
spICP-MS se mostrou promissora para a análise de GSR. A
simplicidade na preparação das amostras e o curto tempo de
análise permite a análise de mais de 100 amostras em um
dia.
Referências Bibliográficas:
“Guide for Primer Gunshot Residue Analysis by Scanning Electron
Microscopy/Energy Dispersive X-Ray Spectrometry.” 11-29-11.
“SWGGSR.” Date accessed 11 May 2016.
Agradecimento:
Fundação de Peritos em Criminalística FPCIAA.
99
QF 61- APRIMORAMENTO NA RESPOSTA DE ESPECTRÔMETROS RAMAN PORTÁTEIS PELA
UTILIZAÇÃO DE SUPERFÍCIES SERS ATIVAS:
APLICAÇÃO EM COMPRIMIDOS DE ECSTASY
R. V. MOREIRA1, D. L. A. DE FARIA1, M. R. MENEZES2, J. L. DA COSTA3
1
Instituto de Química da Universidade de São Paulo – SP
Superintendência de Polícia Técnico-Científica de São Paulo –
IC/SPTC/SP
3
Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual
de Campinas - SP
QF 62- PERFIL FÍSICO E QUÍMICO DE AMOSTRAS
DE COCAÍNA APREENDIDAS NO DF
FONTELENE ES1,2, WANDERLEI LS1, RAMALHO ED1,2,
ARANTES LC1,2, SALUM LB1,2
1
Instituto de Criminalística da Polícia Civil do Distrito Federal –
IC/PCDF
2
Fundação de Peritos Ilaraine Acácio Arce
2
Introdução: A espectr oscopia Raman, por suas car acterísticas, vem sendo cada vez mais utilizada em investigações forenses. Há hoje no mercado um grande número de
instrumentos portáteis que podem ser usados in loco, entretanto, limitações técnicas comprometem seu desempenho e inviabilizam sua aplicação em alguns casos. Objetivo: Apr imor ar o desempenho de espectr ômetr o Raman
portátil através de superfícies SERS ativas. Neste estudo
foram usadas superfícies de cobre modificadas com prata
na análise de comprimidos de ecstasy. Materiais e Métodos: Os compr imidos de ecstasy for am apr eendidos
pela Polícia Civil do Estado de São Paulo entre 2008 e
2011 e as superfícies SERS ativas eram de Cu tratado com
HNO3 e modificados com AgNO3. Os espectros foram
obtidos em espectrômetro Raman portátil DeltaNu
(ReporteR, 785 nm) e tratados com o pacote estatístico
Unscrambler X10.1. Resultados e Discussão: apresentamos os espectros Raman obtidos diretamente de comprimidos de ecstasy de três cores diferentes, nos quais apenas os
de cor laranja apresentou um bom espectro, que foi atribuído à substância supressora de apetite Clobenzorex. Quando
utilizou-se superfície SERS ativa, foi possível observar
bandas Raman nos comprimidos vermelhos e azuis. As
superfícies suprimiram parte da luminescência apresentada
pelos comprimidos e com isso, cafeína pode ser identificada nos comprimidos azuis. Não foi possível identificar as
espécies responsáveis pelas bandas observadas no espectro
dos comprimidos de cor vermelha, apontando para a necessidade de um banco de dados de espectros SERS mais
completo. Conclusão: A superfície SERS ativa permitiu
melhorar o desempenho do instrumento Raman testado e,
por ser de fácil preparação, pode ser utilizada por peritos
em campo ou em laboratórios de perícia.
Agradecimentos
À Polícia Federal de Curitiba pelo empréstimo do equipamento
Raman portátil e à Polícia Técnico-Científica de São Paulo pelas
amostras cedidas.
Em razão de sua população numerosa e de sua geografia, o
Brasil é um país vulnerável não só ao consumo, mas também
ao tráfico de cocaína. Nas diversas etapas da cadeia do tráfico da droga, desde a sua produção até a sua distribuição nas
ruas, adulterantes e diluentes são adicionados de maneira a
aumentar os lucros de sua venda. Programas de caracterização química, de determinação de impurezas e de relações
entre apreensões por meio de análises estatísticas podem
fornecer informações para subsidiar a proposição de políticas
de segurança pública e o trabalho operacional das autoridades policiais. Entre 2014 e 2015, mil amostras supostamente
contendo cocaína foram analisadas física e quimicamente
com o objetivo de caracterizar e relacionar amostras de cocaína apreendidas por diferentes delegacias circunscricionais
do Distrito Federal. Das amostras analisadas, 380 eram de pó
esbranquiçado e 620 estavam em forma de pedra ou pó amarelado e resultaram reativas nos testes colorimétricos, presuntivos para cocaína, utilizados nos exames preliminares.
Os principais adulterantes foram identificados por cromatografia gasosa associada à espectrometria de massas. Em 90%
das amostras analisadas foram detectados adulterantes. Em
apenas 2% das amostras não se detectou cocaína ou foram
detectados apenas resquícios da substância. Nessas últimas
amostras, foi identificado pelo menos um adulterante dentre
os comumente encontrados em apreensões de cocaína na
nossa área de estudo. Testes colorimétricos realizados com
padrões desses adulterantes indicaram as razões pelas quais
falso-positivos são encontrados. As coordenadas geográficas
para cada apreensão foram assinaladas. Estudos de estatística
multivariada estão em fase de execução. Esse programa de
caracterização química, em processo de implantação, poderá
servir de base para o desenvolvimento de outros programas
para outros psicotrópicos/entorpecentes apreendidos no DF.
Agradecimento: FAPDF
100
QF 63- DETERMINAÇÃO DA PUREZA DE DROGAS PSICOTRÓPICAS POR CALORIMETRIA EXPLORATÓRIA DIFERENCIAL (DSC) E SUA APLICABILIDADE FORENSE
QF 64- ANÁLISES QUALITATIVAS EM 18 LOTES DE
ECSTASY: UMA PARCERIA ENTRE A UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO E O LABORATÓRIO DE
EXAMES DE ENTORPECENTES DA REGIÃO DE
RIBEIRÃO PRETO/SP
CRIZEL,G. M., GUERRA, T. G., LENZ, V., PEREIRA,
P. M. C., SANTOS, M. M. C.
TADINI, M. C.1, IPÓLITO, A. J.2, DE OLIVEIRA, M. F. 1
Curso de Química Forense, Centro de Ciências Químicas, Farmacêuticas e de Alimentos (CCQFA), Universidade Federal de Pelotas (UFPel)
Introdução: Dr ogas psicotr ópicas estão sendo administradas sem qualquer indicação terapêutica ou orientação
médica causando dependência física ou psicológica com o
objetivo de obter um efeito psicoativo “recreativo”. A análise dessas drogas por calorimetria exploratória diferencial
(DSC) apresenta enorme aplicabilidade na análise forense,
pois fornece dados importantes a fim de complementar um
laudo técnico científico pericial. Além disso, a DSC é uma
técnica robusta, rápida e de baixo custo operacional e necessidade de pequenas quantidades e mínimo prétratamento de amostras. Objetivo: Identificar os principais
eventos térmicos (endo e exotérmicos) que ocorrem na
análise por DSC e correlacionar com as substâncias psicotrópicas que se degradam a determinadas temperaturas ou
faixas de temperatura auxiliando na identificação destas
drogas. Materiais e Métodos: Utilizou-se cerca de 3 mg de
substâncias químicas de referência e dos medicamentos de
Bromazepam, Clonazepam e Haloperidol. As análises foram realizadas na faixa de temperatura de 25 a 350 ºC,
com uma taxa de aquecimento (β) de 5 ºC min-1 e uma
atmosfera de N2 com vazão de 50 ml min-1 em um DSC
(modelo 200 F3 Maia). Resultados e Discussão: O comportamento térmico dos medicamentos e substâncias químicas de referência foram semelhantes, quando era maior
proporção da substância ativa presente nas formas farmacêuticas comparando com os excipientes. Entretanto, quando a proporção (m/m) da substância ativa e excipientes
eram próximas, a decomposição dos medicamentos apresentou comportamento diferente. Isso provavelmente é
devido a presença dos excipientes, os quais podem influenciar no ponto de fusão da substância ativa, provocando a
degradação do medicamento antes da fusão ou o deslocamento do pico do evento de fusão quando comparado à
substância ativa. Conclusão: Com base nos resultados desse estudo, comprovou-se que a DSC pode ser aplicada em
análises de pureza de medicamentos com fins de estudos
forenses. Além disso observou-se que a quantidade de excipientes pode influenciar nos eventos térmicos de caracterização de medicamentos auxiliando na identificação dos
mesmos.
1
GEEQFor - Grupo de Eletroquímica, Eletroanalítica e Química
Forense, Universidade de São Paulo, Avenida Bandeirantes, 3900,
Ribeirão Preto/SP - Brasil
2
Laboratório de Exames de Entorpecentes de Ribeirão Preto - Polícia Técnico Científica de Ribeirão Preto, Rua São Sebastião, Ribeirão Preto/SP - Brasil
O MDMA ou 3,4-metilenodioximetanfetamina é o principal
componente psicoativo encontrado na venda ilegal de comprimidos de ecstasy. De acordo com a portaria 344/98 da
ANVISA, o MDMA é classificado no grupo F2 (substância
de uso proscrito e ação psicotrópica). De acordo com a Global Drug Survey (2014), o MDMA foi a segunda droga ilícita mais consumida em 2013 e a terceira droga ilícita mais
consumida no Brasil. Conforme o Laboratório de Exames de
Entorpecentes de Ribeirão Preto, entre 2012 e 2015 houve
um aumento de 325% do número de casos solicitados para a
realização de exames de drogas sintéticas em comprimidos
no núcleo de Ribeirão Preto. Conforme problemática exposta, este trabalho objetivou o estudo qualitativo de 18 lotes de
ecstasy apreendidos entre 2014 e 2015 em parceria entre a
USP e o Laboratório de Exames de Entorpecentes. Realizaram-se quatro testes colorimétricos (Simon e Simon com
acetona, Ácido sulfúrico e Marquis) em 18 lotes e avaliaramse as amostras após os tempos zero, 24 e 48 horas. Realizaram-se análises por cromatografia gasosa acoplada a um espectrômetro de massas, onde se compararam os espectros
conforme padrão de MDMA e bibliotecas. Os testes colorimétricos apresentaram falsos positivos e falsos negativos.
Houve variação da coloração conforme as horas e o corante
presente em alguns lotes gerou dificuldade na avaliação colorimétrica. Considerando a análise cromatográfica, observou-se a presença de MDMA em 13 lotes (um dos comprimidos apresentava uma mistura de MDMA e cafeína e 5
lotes não continham MDMA: 1 lote apresentou cafeína, 1
lote apresentou Femproporex, 1 lote continha cetamina e
teofilina e 2 lotes geraram resultados inconclusivos. Assim,
salienta-se a incerteza gerada em testes colorimétricos, onde
se recomenda o uso de análises complementares entre si e de
maior “confiabilidade” a fim de garantir a solidez do laudo
apresentado. Também, há a necessidade de se discutirem os
riscos aos usuários, considerando os aspectos toxicológicos
da droga e o consumo de outras substâncias potencialmente
perigosas presentes nos comprimidos.
Referências:
[1] BRASIL; Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Portaria
344, 1998.
[2] GLOBAL DRUG SURVEY, Last 12 month prevalence of top
20 drugs, 2014.
[3] UNITED NATIONS, Rapid testing methods of drugs of abuse,
Viena, 1994.
[4] RESTEK; Sympathomimetic Amines (HFBA Derivatives)
(Basic Drugs) on Rtx®-5.
101
QF 65- ANÁLISES DE AMOSTRAS DE COCAÍNA
APREENDIDAS NA REGIÃO DE LAVRAS/MG POR
CROMATOGRAFIA GASOSA ACOPLADA À ESPECTROMETRIA DE MASSAS (GC-MS) E ESPECTROMETRIA DE MASSAS COM FONTE DE IONIZAÇÃO POR ELECTROSPRAY (ESI-MS)
QF 66- UTILIZAÇÃO DE SENSORES ELETROQUÍMICOS E FERRAMENTAS QUIMIOMÉTRICAS VISANDO À DISCRIMINAÇÃO DE ADULTERANTES
DE AMOSTRAS DE COCAÍNA
VIEIRA, T. G.1; NUNES, C. A.2, RESENDE, L. M. B.3;
GUERREIRO, M. C.3
1
Superintendência de Polícia Técnico Científica, Polícia Civil de
Minas Gerais, 37200-000 Lavras – MG, Brasil.
Departamento de Ciência dos Alimentos, Universidade Federal
de Lavras, 37200-000 Lavras – MG, Brasil.
Departamento de Química, Universidade Federal de Lavras,
37200-000 Lavras – MG, Brasil.
Na maioria dos laboratórios forenses, a análise química
das drogas apreendidas é realizada por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas (GC/MS), porém,
uma opção na detecção de cocaína em amostras apreendidas seria a espectrometria de massas com ionização por
electrospray (ESI/MS). Assim, este trabalho teve como
objetivo geral contribuir para o melhoramento nas condições de detecção da cocaína e outros adulterantes, presentes em drogas apreendidas na região de Lavras - MG, utilizando a análise de componentes principais (PCA) para
separar as amostras conforme suas composições químicas.
As amostras de cocaína/crack foram enviadas pela Delegacia de Polícia Civil de Lavras ao Departamento de Química da Universidade Federal de Lavras, mediante requisição
para determinação dos componentes de cada amostra. Para
a PCA, uma matriz de dados foi organizada para cada tipo
de técnica utilizada e os cálculos foram realizados no programa Matlab R2011b versão 7.5. A técnica de GC/MS foi
eficaz e seletiva na descoberta e confirmação dos constituintes presentes nas amostras, comprovando a presença do
alcalóide da cocaína e de seus adulterantes como por
exemplo, cafeína e lidocaína. ESI/MS mostrou-se muito
eficaz pela praticidade e rapidez das análises, além de ser
mais sensível para detecção de componentes. A PCA dos
resultados de GC/MS permitiu uma boa separação das
amostras, com separação entre as amostras de crack e cocaína, como pode ser visto na Figura 1. Em ESI/MS o
mesmo ocorreu, porém, com uma maior separação entre as
amostras, visto que a sensibilidade do ESI é maior. Assim,
as técnicas usadas comprovam a presença do alcaloide de
cocaína e adulterantes nas amostras e a técnica de ESI/MS
pode ser usada como nova metodologia analítica em laboratórios, pois é mais eficaz, rápida e possui menor custo
em comparação à GC/MS, técnica convencional já utilizada.
Referências:
Da Silva, C. G. A.; Collins, C. H.; Quim. Nova 2011, 34, 665.
Dos Santos, V. G.; Dissertação de Mestrado, UNICAMP, Brasil,
2011.
GUEDES, T (DO)*1 E PAIXÃO, T.R.L.C. (PQ)1
Departamento de Química Fundamental, Instituto de Química
USP, CEP 05508-000, São Paulo, SP
*e-mail: [email protected]
Introdução: A cocaína é uma droga estimulante do sistema
nervoso central que causa dependência e seu uso vem crescendo mundialmente ao longo dos últimos anos 1. A caracterização de drogas ilícitas, como a cocaína, fornece às agências policiais informações físicas e químicas que podem ajudar a identificar as organizações voltadas ao tráfico de drogas2. Dentre as caracterizações químicas, a determinação de
fármacos comumente adicionados à droga visando aumentar
e/ou mimetizar os efeitos farmacológicos3, tais como fenacetina, procaína, cafeína, levamisol e benzocaína, é uma interessante abordagem com no intuito de identificar essas organizações4. Dentro desse contexto, o uso de ferramentas quimiométricas, aliadas às técnicas eletroquímicas, pode resultar no desenvolvimento de métodos qualitativos simples e
portáteis para caracterizar essas amostras em campo. Objetivo: O trabalho versa sobre o desenvolvimento de método
analítico para discriminar os cinco adulterantes anteriormente mencionados utilizando Análise de Componentes Principais (PCA) e respostas eletroquímicas como dados de entrada. Materiais e Métodos: Os voltamogramas de onda quadrada foram registrados com eletrodo de carbono vítreo entre os
potenciais 0 V e 1,7 V, com os seguintes parâmetros: E step =
5mV, Eamplitude = 25mV e Frequência = 30Hz. Resultados e
Discussão: Os valores de corrente para diferentes concentrações não normalizados e normalizados entre 0 e 1 foram utilizados como dados de entrada da PCA. Notou-se que devido
à variação de concentração dos adulterantes no experimento
não foi possível obter grupos bem definidos na análise de
reconhecimento de padrões, este fato deve-se ao dado de
entrada depender da concentração dos adulterantes. Por outro
lado, ao se normalizar os dados de entrada, uma melhora
significativa na distribuição é observada, resultando em grupos bem definidos. Conclusões: O método proposto apresenta resultados interessantes na discriminação dos adulterantes
comumente encontrados em amostras de cocaína, podendo
ser uma nova e rápida abordagem de detecção em campo
para caracterizar essas amostras.
Referências Bibliográficas
(1) Broséus, J.; Huhtala, S.; Esseiva, P. Forensic Sci. Int. 2015,
251, 87–94.
(2) Collins, M.; Huttunen, J.; Evans, I.; Robertson, J. Aust. J.
Forensic Sci. 2007, 39 (1), 25–32.
(3) Silva, T. G.; de Araujo, W. R.; Munoz, R. A. A.; Richter, E.
M.; Santana, M. H. P.; Coltro, W. K. T.; Paixão, T. R. L. C.
Anal. Chem. 2016, 88 (10), 5145–5151.
(4)
Grobério, T. S.; Zacca, J. J.; Botelho, É. D.; Talhavini, M.;
Braga, J. W. B. Forensic Sci. Int. 2015, 257, 297–306.
Agradecimentos:
Instituto de Química USP, CNPq, CAPES e FAPESP
102
QF 67- DESENVOLVIMENTO DE PROTÓTIPOS
PARA DETECÇÃO VOLTAMÉTRICA DE ADULTERANTES DE DILUENTES DA COCAÍNA E DO
CRACK
QF 68- CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA, FÍSICA E
MINERALÓGICA DE SOLOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA DE INTERESSE FORENSE
CARRATTO, T. M. T.1; OLIVEIRA, M. F.1
MELO, V. F.1, BARBAR, L. C.2, ZAMORA, P. G. P.3,
SCHAEFER, C. E.4, CORDEIRO, G. A.5, TESTONI, S. A.6
1
GEEQFor – Grupo de Estudos em Eletroquímica, Eletroanalítica e Química Forense, Departamento de Química, FFCLRP/USP,
Ribeirão Preto – SP, 14040-901, Brasil
Neste projeto, dez amostras de crack e cocaína foram recolhidas na Polícia Científica de Ribeirão Preto, para que se
fizesse um estudo voltamétrico dos componentes mais
comuns que eram misturados àquelas drogas. Para tomar
conhecimento de tais componentes, primeiramente as
amostras foram diluídas em metanol e analisadas pela técnica GC-MS. Em seguida, as análises por voltametria começaram a ser realizadas. O foco foi em quatro interferentes: lidocaína, cafeína, teobromina e procaína. Por meio da
voltametria cíclica, estudou-se o comportamento da cocaína sozinha e da cocaína junto aos interferentes citados. Os
testes foram realizados explorando a modificação do eletrodo de platina (eletrodo de trabalho) por meio da deposição de um filme de hexacianoferrato utilizando quatro
metais diferentes: Cobalto1, Ferro, Níquel e Cobre. Para o
filme de Cobalto, utiliza-se como eletrólito suporte uma
solução aquosa de NaClO4, com a estabilidade do filme
testada em meio de acetonitrila, em meio misto de acetonitrila e metanol e em meio de metanol. Para os filmes dos
outros três metais, utiliza-se como eletrólito suporte uma
solução aquosa de KCl e pH 3, testando a estabilidade do
filme também em meio aquoso. Constatou-se que nenhum
dos interferentes interferiu no resultado da análise da cocaína por meio do filme modificado de hexacianoferrato de
cobalto, seja em meio de acetonitrila ou em meio misto,
sendo que em meio de metanol não foi obtida resposta nem
por parte da cocaína. Já com o filme modificado de ferro, a
procaína e a cafeína aparentam interferir levemente no
sinal gerado pela cocaína. Os resultados referentes ao filme de níquel e cobre ainda estão sendo avaliados. Concluise até agora que a modificação por filme de hexacianoferrato de cobalto não é um bom método para detecção dos
interferentes na cocaína. Resta concluir até que ponto o
filme hexacianoferrato de ferro é válido e se os filmes de
níquel e cobre detectam algum interferente diferente dos
detectados pelo filme de ferro.
Referências
1 - OIYE, E. N.; FIGUEIREDO, N. B.; ANDRADE, J. F.; TRISTÃO, H. M.; OLIVEIRA, M. F.. Voltammetric determination
of cocaine in confiscated samples using a cobalt hexacyanoferrate film-modified electrode.
1
Professor Adjunto, Departamento de Solos e Engenharia Agrícola,
Universidade Federal do Paraná
2
Perita Criminal, Laboratório de Química Legal do Paraná, Instituto
de Criminalística
3
Professor Associado, Departamento de Química, Universidade
Federal do Paraná
4
Professor Titular, Departamento de Ciência do Solo, Universidade
Federal de Viçosa
5
Professora Adjunta, Universidade Federal de Integração LatinoAmericana
6
Acadêmica de Pós-Graduação, Departamento de Solos e Engenharia Agrícola, Universidade Federal do Paraná
Este trabalho tem como objetivo é propor uma metodologia
de caracterização de solos para uso forense, com base em
análises físicas (textural e espectroscopia), químicas
(extrações com ácido fluorídrico, oxalato de amônio, ditionito-citrato-bicarbonato de sódio e com solução de NaOH) e
mineralógicas (análise térmica e difração de raios-X). O estudo foi desenvolvido no Estado do Paraná, Brasil, em três
bairros pertencentes à cidade de Curitiba e em duas cidades
dentro da Região Metropolitana de Curitiba. Com o objetivo
de verificar a similaridade entre as amostras, quatro amostras
compostas (repetições) foram preparadas em cada um dos
cinco locais de estudo. Obteve-se um grande número de variáveis quantitativas (56), a partir de uma quantidade reduzida
de amostra de solo (1 g). As variáveis selecionadas para as
extrações químicas (16) foram mais precisas no agrupamento
de amostras semelhantes (mesmo horizonte e local de amostragem), e também na diferenciação de amostras coletadas
em diferentes horizontes ou locais. Sete grupos diferentes
foram criados, casa um com elevada similaridade dentro do
grupo, porém apresentando uma dispersão não esperada em 2
(duas) amostras (de um total de 40 amostras), o que reduziu
a distinção de 3 (três) outros grupos estudados. A localização
das duas amostras nos diferentes grupos e a alta dispersão
(24 amostras) das amostras coletadas na cidade de Curitiba é
devida à elevada homogeneidade pedológica desta área
(características físicas e químicas dos horizontes, cor do solo
e material de origem). A metodologia usada neste trabalho
(métodos analíticos e tratamento de dados) apresenta grande
potencial para uso forense e pode ser facilmente validada
para outras áreas. Futuramente, pretendemos realizar análises
de solos coletados a partir de simulações de cenas de crime,
retirando vestígios das solas de sapatos, de pneus, ferramentas, ou ainda, de corpos submersos. Esperamos com isso,
obter resultados que sejam o mais próximo possível da realidade.
103
QF 69- FABRICAÇÃO DE SENSORES COLORIMÉTRICOS PORTÁTEIS E DE BAIXO CUSTO PARA
SCREENING DE AMOSTRAS DE DROGAS APREENDIDAS
ARAUJO, W.R.1; SILVA, T.G. 1; SILVA, G.O. 1; PAIXÃO, T.R.L.C.1
1
Instituto de Química, Universidade de São Paulo, São Paulo –
SP, Brasil, 05508-000
As amostras de drogas comumente recebem adições de
substâncias que lhe dão um aumento no volume, conhecidas como diluentes e de outras substâncias com efeitos
farmacológicos, conhecidas como adulterantes [1-3]. Raramente as amostras de drogas apreendidas, principalmente
de cocaína, apresentam alta pureza, sendo que os principais adulterantes encontrados são: fenacetina, levamisol,
cafeína, procaína, benzocaína, paracetamol, entre outros
[4, 5]. De forma geral, as amostras apreendidas de lugares
diferentes, possuem padrões distintos de adulterações, o
que pode relacionar essa “impressão digital química” à
origem da droga e/ou local de fabricação. Assim, esses
estudos podem auxiliar na compreensão das rotas de tráfico de drogas regionais e até mesmo internacionais [4].
Recentemente, o papel tem atraído grande interesse como
material potencial para o desenvolvimento de sensores e
dispositivos em Química Analítica por causa de sua versatilidade, alta abundância e baixo custo [6-8]. Estes dispositivos analíticos podem ser integrados de forma a garantir
propriedades flexíveis, portáteis e de fácil operação e descarte do produto final. Dessa forma, empregou-se o uso de
diferentes substratos de papel (filtro e sulfite) como plataformas para o desenvolvimento de sistemas de análises
colorimétricas integradas [9] e/ou do tipo spot test para
detecção de alguns dos principais adulterantes (procaína,
fenacetina, paracetamol) de amostras de cocaínas apreendidas pela polícia. Nesses trabalhos que serão abordados, a
fabricação constituiu em criar os padrões para análises em
Corel Draw® e então utilizando uma impressora Xerox
ColorQube, foram impressos esses padrões em cera sobre
o papel, que após uma etapa de tratamento térmico, a cera
derrete e penetra sobre as fibras celulósicas delimitando
regiões hidrofílicas (papel) para análise por meio das barreiras hidrofóbicas criadas (cera). Em seguida, faz-se a
aplicações dos reagentes adequados nessas regiões que
irão responder especificamente a presença dos referidos
adulterantes quando aplicada a amostra de droga. Esses
dispositivos podem dessa forma ser previamente preparados e levados a campo para a análise qualitativa visual
(presença ou não) de determinados adulterantes e análises
semi-quantitativas através da aquisição da imagem do teste
por meio da câmera de um smartphone e então obtenção
dos padrões de cor (RGB) dos mesmos. Esses dispositivos
podem ser úteis para screening de amostras apreendidas
não requerendo pessoas altamente capacitadas para sua
operação e assim, esses resultados auxiliar em políticas
estratégicas anti-tráfico de forma rápida.
Agradecimentos: CAPES, CNPq, FAPESP.
Referências:
[1] I. Evrard, S. Legleye, A. Cadet-Tairou, International Journal
of Drug Policy, 21 (2010) 399-406.
[2] C. Cole, L. Jones, J. McVeigh, A. Kicman, Q. Syed, M. Bellis, Drug Test Anal, 3 (2011) 89-96.
[3] E.J. Magalhaes, C.C. Nascentes, L.S.A. Pereira, M.L.O. Gue-
des, R.A. Lordeiro, L. Auler, R. Augusti, M. de Queiroz, Science &
Justice, 53 (2013) 425-432.
[4] E.D. Botelho, R.B. Cunha, A.F.C. Campos, A.O. Maldaner,
Journal of the Brazilian Chemical Society, 25 (2014) 611-618.
[5] A.O. Maldaner, É.D. Botelho, J.L. Costa, J.J. Zacca, I. Zancanaro, C.S.L. Oliveira, T.R.L.C. Paixão, J. Brazil Chem. Soc., 27
(2016) 719-726.
[6] D.D. Liana, B. Raguse, J.J. Gooding, E. Chow, Sensors, 12
(2012) 11505-11526.
[7] A.W. Martinez, S.T. Phillips, M.J. Butte, G.M. Whitesides,
Angewandte Chemie-International Edition, 46 (2007) 1318-1320.
[8] A.W. Martinez, S.T. Phillips, G.M. Whitesides, E. Carrilho,
Anal Chem, 82 (2010) 3-10.
[9] T.G. Silva, W.R. de Araujo, R.A.A. Munoz, E.M. Richter,
M.H.P. Santana, W.K.T. Coltro, T.R.L.C. Paixao, Anal Chem, 88
(2016) 5145-5151.
104
QF 70- IDENTIFICAÇÃO DE UMA NOVA CATINONA SINTÉTICA EM DROGAS DE RUA EM OURO
PRETO – MG
QF 71- ESTUDO DE ELETRODOS QUIMICAMENTE
MODIFICADOS COM BASE DE SCHIFF PARA A DETERMINAÇÃO DE LSD E NBOME
MACHADO, Y.1 COELHO NETO, J1,2B, BARBOSA, P.
E. N.1 LORDEIRO, R.A.1, ALVES, R.B.3
DE OLIVEIRA, M. F.1 , DA SILVA, A. B. C.1
1
Divisão de Laboratório, Instituto de Criminalística da Polícia
Civil de Minas Gerais, Rua Juiz de Fora, 400, CEP 30180-060
Belo Horizonte, MG, Brasil
2
Departamento de Física e Química, Pontifícia Universidade
Católica de Minas Gerais, Avenida Dom Jose Gaspar, 500, CEP
30535-901 Belo Horizonte, MG, Brasil
3
Departamento de Química, Instituto de Ciências Exatas, Universidade Federal de Minas Gerais, Avenida Antônio Carlos, 5000,
CEP 31270-901 Belo Horizonte, MG, Brasil
POLÍCIA CIVIL DE MINAS GERAIS
INTRODUÇÃO: Muitas das NSP, novas substancias
psicotrópicas, também denominadas como ‘designer
drugs’ ou ’legal highs’ possuem efeitos semelhantes a drogas ilícitas comuns e, por possuírem estruturas químicas
com mínimas diferenças daquelas que simulam, geralmente não são controladas pela legislação vigente [1]. Podem
ser exemplicadas pelas catinonas sintéticas, análogos do
produto natural denominada catinona, uma feniletilamina
que ocorre na espécie vegetal Catha edulis [2]. OBJETIVO: Identificar e car acter izar estr utur almente mater ial fruto de apreensão policial ocorrida no município de
Ouro Preto, MG. MATERIAIS E MÉTODOS: O material
consistia em cristais contidos em cápsulas, sendo purificados por meio de recristalização. A substância foi analisada
por Espectrometria no Infravermelho (EIV), Cromatografia a Gás acoplada a Espectrometria de Massa (CG-EM),
Cromatografia a Líquido acoplada a Espectrometria de
Massa (CLAE-EM) e Espectrometria de Ressonância
Magnética Nuclear (ERMN). RESULTADOS E DISCUSSÃO: Por meio da análise por EIV, foi possível ver ificar a presença de um grupo benzoil parassubstituído. As
análises por CG-EM e CLAE-EM indicaram a presença de
do padrão isotópico de Bromo. Os experimentos uni e bidimensionais realizados em ERMN puderam elucidar estruturalmente a substância como (RS)-1-(4-bromofenil)-2metilaminopropan-1-ona, também conhecida como Brefedrona, 4-BMC ou 4-bromometcationona [3]. CONCLUSÃO: As técnicas citadas per mitir am a identificação de
uma nova droga no Estado de Minas Gerais que atualmente não se encontra listada na Portaria 344 da Anvisa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1 - Unodc, The challenge of new psychoactive substances, (2013)
3–55.
http://www.unodc.org/documents/scientific/
NPS_2013_SMART.pdf.
2 - T.I. Benzer, S.H. Nejad, J.G. Flood, Case 40-2013 - A 36Year-Old Man with Agitation and Paranoia, N. Engl. J. Med. 369
(2013) 2536–2545
3 - K.F. Foley, N. V. Cozzi, Novel Aminopropiophenones as
Potential Antidepressants, Drug Dev. Res. 60 (2003) 252–260.
1
Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo
Introdução O LSD e o NBOMe são substâncias que agem
como agonistas do receptor de serotonina, afetando o humor,
sono, estado de vigília, emoção, vias sensitivas, temperatura
corporal e comportamento alimentar. [1] Ambos foram descobertos durante pesquisas para a obtenção de novos fármacos. [2,3] Objetivo Estudar o comportamento eletroquímico
de LSD e NBOMe frente a eletrodos quimicamente modificados com bases de Schiff Salen de Níquel (cis e trans). Materiais e Métodos Modificação de eletrodos de platina e carbono vítreo por deep coating para adsorção de bases de
Schiff Salen de Níquel (cis e trans), alterações de pH e análises por voltametria cíclica para NBOMe e LSD. Resultados e
Discussão Ambos os analitos puderam ser quantificados em
pH 4 utilizando o eletrodo de platina modificado por base de
Schiff trans. Entretanto o método não mostrou-se qualitativo
pois são identificados no mesmo potencial. Conclusão O
eletrodo de platina modificado com base de Schiff trans mostrou-se quantitativo porém não qualitativo, podendo serem
confundidos NBOMe e LSD. Referências Bibliográficas [1]
Rang, H. P.; Dale, M. M.; Ritter, J. M. Farmacologia, 3ª ed.
Guanabara Koogan, 1997. [2] Hofmann, A. LSD – My Problem Child. McGraw-Hill Book Company, 1980, 102 p. [3]
Poklisa, J. L.*; Deversd, K. G.; Arbefevilled, E. F.; Pearsond, J. M.; Houstone, E.; Poklis, A. Postmortem detection
of 25I-NBOMe [2-(4-iodo-2,5- dimethoxyphenyl)-N-[(2methoxyphenyl)methyl]ethanamine] in fluids and tissues
determined by high performance liquid chromatography with
tandem mass spectrometry from a traumatic death.
Referência Bibliográfica:
Forensic Science Internacional, EUA, v. 234, p 14-20, 2014.
105
QF 72- ANÀLISE DE COCAÍNA E INTERFERENTES POR FT-IR EM PCA
RIBEIRO, C.E. 1, DE OLIVEIRA, M. F,1
1
Grupo de Eletroquímica, Eletroanalítica e Química Forense
GEEQFor
Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Riberão Preto
Introdução: O aumento da atividade do narcotráfico intensifica o trabalho dos peritos que precisam lidar com uma
quantidade cada vez maior de entorpecentes, e também
com amostras cada vez mais complexas, em que interferentes que buscam diluir ou intensificar os efeitos da droga
comercializada ilegalmente. Dessa forma, cabe a comunidade cientifica desenvolver métodos precisos, eficazes e
robustos para que o trabalho da policia cientifica esteja a
par da nova realidade da segurança publica atual. O método espectroscópico de infravermelho por transformada de
Furier (FT-IR) se encaixa ao proposto, mas devido a alta
chance da presença de interferentes nas amostras, métodos
estatísticos como PCA (analise por componentes principais), entre outros são aplicados para definir, estatisticamente, não só seus componentes, como também quantifica
-los. Objetivos: Analisar cocaína: notório entorpecente
ilegal, com adição de procaína: um analgésico de uso farmacológico e um dos interferentes encontrado com frequência em apreensões da policia cientifica via FT-IR e
utilizar o metodo de reconhecimento de padrões PCA para
permitir identificação qualitativa e quantitativa das amostras. Resultados e Discussões: Se utilizarmos um espectro
de cocaína e um de procaína, separadamente, temos como
identificar alguns picos fundamentais para a separação que
não possuem superposição entre as 2 substâncias, o que é
esperado uma vez que ambas pertencem a uma mesma
classe, os alcaloides, portanto apresentam grupos estruturais semelhantes. Utilizando esses pontos de referência,
podemos ver quais as componentes relacionados ao espectro cocaína + procaína utilizando a análise por PCA, dessa
forma temos como analisar o espectro como um todo e
criar uma “fingerprint” de cada composição. uma vez comparada a um banco de dados podemos ter não apenas um
resultado mais confiável, como também abre a possibilidade de quantificar seus componentes. Conclusão: Quanto
mais composições variadas e quanto mais apreensões reais
são adicionadas a esse banco de dados, mais apto a elucidação da formulação das apreensões, o que simplifica o
trabalho dos peritos, fazendo com que não seja necessária
a utilização de métodos mais caros ou destrutivos.
Referências Bibliográficas: Rodrigues, N. V. S., Cardoso, E. M.,
Andrade, M. V. O., Donnici, C. L. & Sena, M. M. Analysis of
seized cocaine samples by using chemometric methods and FTIR
spectroscopy. J. Braz. Chem. Soc. 24, 507–517 (2013).
106
OUTROS TÓPICOS
107
OT 03- ESTUDO COMPARATIVO ENTRE MÉTODOS FORENSES PARA AQUISIÇÃO DE EVIDÊNCIAS EM IAAS SEM AUXÍLIO DE PROVEDORES
DE SERVIÇO
ROSÁRIO, J ¹, COSTA,G ²
Universidade do Estado da Bahia¹
Instituto de Humanidades, Artes e Ciências²
Nos últimos anos a computação em nuvem teve uma grande adoção e junto com essa popularidade incidentes de
segurança se tornaram frequentes. Na ocorrência de um
incidente, considerando o modelo de Infraestrutura-comoum-serviço (IaaS) que possui uma maior administração
pelo usuário, quando há uma dependência para aquisição
de dados a partir do provedor de serviços, pode existir uma
demora na finalização de processos jurídicos. Considerando esta problemática, o objetivo deste trabalho é apresentar, analisar e comparar técnicas de coleta de dados entre
três procedimentos propostos por [1][2][3], que visam encontrar caminhos para aquisição de dados confiáveis sem o
auxílio de provedores de serviço e a partir de seus resultados, possa ser construído um guia de auxílio às investigações aplicadas no modelo IaaS. A metodologia será baseada em um método avaliativo apoiado à um barema de especificidades entre cada procedimento onde, será identificado quais técnicas cobrem os principais desafios conhecidos na etapa de aquisição e posteriormente, será realizada
uma análise experimental em uma instância IaaS privada
na Amazon – EC2, para a validação do cenário hipotético
construído. Como conclusão, ficarão registrados os resultados de cada procedimento, que serão inclusos na construção do guia forense. Espera-se que os resultados adquiridos atendam as hipóteses propostas neste trabalho, que
visa cooperar com o desenvolvimento da comunidade forense, apresentando um guia confiável de acordo a arquitetura do modelo escolhido.
[1]Dykstra,J. and A.T. Sherman, “Acquiring Forensic Evidence
from Infrastructure -as-a-Service Cloud Computing. Disponível
em: https://www.dfrws.org/2012/
proceedings/DFRWS2012-10.pdf> Acesso em:10 de março de
2016.
[2]S.Zawoad,A.K.Dutta, and R. Hasan, “SecLaaS: Securelogging
-as-a-service for cloud forensics”.Disponível em:<http://
arxiv.org/pdf/1302.6267.pdf>. Acesso em 15 de março de 2016;
[3]Mustafa Aydin and Jeremy Jacob, "A comparison of major
issues for the development of forensics in cloud computing", 8th
International Conference for InternetTechnology and Secured
Transactions (ICITST-2013).
OT 04- ENFERMAGEM FORENSE
SILVA, JOM1, FERNANDES, CLEA2
1
Universidade Tiradentes, Departamento de Enfermagem, Aracaju SE
2
Faculdade Osman Lins – FACOL, Departamento de Enfermagem,
Vitória de Santo Antão - PE
INTRODUÇÃO: Os ser viços de saúde são espaços pr ivilegiados para detectar as diversas situações violentas, bem
como programar ações de prevenção. Nesse contexto, os
profissionais de saúde além de prestar os primeiros cuidados
podem contribuir com a justiça durante o processo investigativo. A Enfermagem Forense surge no Brasil como um novo
campo de atuação para o enfermeiro que deseja se qualificar
ao prestar assistência às vítimas de violência, seja nas urgências/ emergências, quanto em Unidades de Saúde da Família.
OBJETIVOS: Identificar as competências e habilidades
do enfermeiro na prática forense. MATERIAL E MÉTODOS: Tr ata-se de uma revisão integrativa da literatura, nos
bancos de dados MEDLINE e LILACS, Biblioteca Cochrane
e BDENF. Foram incluídas apenas publicações cientificas de
2010 a 2016. Obteve-se uma amostra final de 20 artigos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: O enfer meir o for ense
presta assistência às vítimas e seus agressores, intervindo
sobre o trauma físico, psicológico e social. Em alguns países
como EUA, colaboram com a polícia judiciária na investigação de óbito e na coleta e preservação de vestígios, seja em
situações de violência pessoal quanto acidentes ou catástrofes. Esse profissional deve possuir conhecimento sobre o
funcionamento do sistema penal proporcionando apoio jurídico e consultadoria às autoridades legais. CONCLUSÕES:
O enfermeiro forense no atendimento às vítimas de violência
preza não apenas pela integridade física, mas também fornece suporte psicológico, identifica os fatores de risco e pode
atuar na preservação de vestígios. Sua atuação junto a outros
setores da sociedade pode favorecer a elaboração de políticas
públicas de saúde e o fortalecimento dos instrumentos legais
de proteção às pessoas em situação de vulnerabilidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- GOMES, Albino. Enfermagem Forense – vol.1.Lidel, 2014.
- SILVA, Cristina. “Os enfermeiros e a preservação de vestígios
Perante vítimas de agressão sexual, no Serviço de urgência”. Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto.
Portugal, 2010.
108
OT 01- ESTUDO COMPARATIVO DA LEI DE DROGAS BRASIL-AUSTRÁLIA
OT 02- INFLUÊNCIA DOS NÍVEIS HORMONAIS NO
TRATAMENTO CRÔNICO E RETIRADA DE
KETAMINA EM RATAS WISTAR
ALINE THAÍS BRUNI¹; FELIPE BARBOSA NUNES
FERNANDES¹
FERREIRA-SGOBBI, R.1,2; NOBRE, M.J.1,2,3
¹Departamento de Química, Faculdade de Filosofia, Ciências e
Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo
Brasil e Austrália possuem sistemas jurídicos distintos
aplicados na repressão aos crimes de drogas. A Austrália é
uma monarquia constitucional federada cuja legislação
baseia-se no sistema de common law, enquanto o Brasil
desenvolveu seu sistema legal a partir do civil law. Isto se
reflete na maneira como estão estruturadas as leis de drogas brasileira e australiana. No Brasil, cabe a União estabelecer diretrizes relacionadas às restrições e crimes relativos às drogas de abuso, o que é feito por meio da Lei
11.343/2006, a Lei de Drogas. A legislação australiana,
por sua vez, trata da matéria tanto no âmbito federal quanto à nível estadual. Na esfera federal, o controle dá-se por
meio do Criminal Code Act, de 1995, que estabelece quais
são as ofensas relacionadas às drogas, além de delimitar
uma série de dispositivos legais, como a quantidade de
drogas necessária para o enquadramento jurídico em cada
crime, diferenciando quantidades para uso, comércio ilícito
e tráfico. No âmbito estadual, os Estados australianos têm
certa liberdade para legislar em matéria penal. A princípio,
a posse de drogas submete os infratores às legislações estaduais. No Estado de Victoria a quantidade de cannabis
necessária para a imputação no delito de posse é de 250
gramas. Em New South Wales este valor é de 300 gramas.
O Trabalho objetiva analisar as Leis de Drogas no Brasil e
na Austrália, estabelecer as distinções e similaridades dos
ordenamentos jurídicos destes países e traçar um panorâma
crítico da droga no Direito Comparado, auxiliando na comunicação e aperfeiçoamento dos sistemas legais em vigor. A metodologia baseou-se em pesquisa bibliográfica e
documental, acompanhada de análise crítica e comparada
de fatos e fenômenos jurídicos. O estudo comparativo denota a complexidade das leis australianas, que apresentam
de forma detalhada as condutas reprováveis, estabelecendo
inclusive a quantidade necessária para a imputação do crime. No entanto, não há um rito processual distinto de outros crimes, como ocorre no Brasil. A análise minuciosa
dos dispositivos jurídicos destes países fornece ao operador do Direito uma plataforma para a compreensão ampla
da problemática das drogas em um mundo marcado pela
diversidade de culturas.
1
Departamento de Psicologia – FFCLRP – Universidade de São
Paulo, Ribeirão Preto - SP, Brasil.
2
INeC – Instituto de Neurociência e Comportamento, Ribeirão Preto - SP, Brasil.
3
Departamento de Psicologia – Uni-FACEF, Franca - SP, Brasil.
A ketamina apresenta potentes efeitos psicomiméticos, sendo
capaz de acentuar o estado psicótico de pacientes esquizofrênicos e estas alterações podem sofrer influência hormonal.
Perturbações nos níveis de atenção são um dos sintomas
presentes nas psicoses e também no abuso de drogas. A
utilização da inibição pré-pulso (IPP) para análise deste
fenômeno tornou possível identificar sistemas neurais
subjacentes e cumpre papel importante em pesquisas de
cunho translacional, já que a IPP é um fenômeno que ocorre
em todos os mamíferos incluindo roedores e primatas
humanos e não humanos. Neste trabalho nós examinamos os
efeitos da administração crônica e retirada de ketamina em
processos atencionais em ratas Wistar, testadas em diferentes
fases do ciclo estral. Solução salina e ketamina foram
administradas por via subcutânea durante 14 dias. A análise
dos sintomas crônicos e retirada de ketamina foram
realizadas pelo teste de IPP. Nossos resultados destacam o
papel dos hormônios femininos na expressão da resposta
incondicionada de medo que pôde ser detectada pelos efeitos
sobre a resposta de sobressalto em ratas testadas sob
diferentes níveis hormonais e tratamentos. Ratas Pro-Salina
mostraram um aumento na amplitude de resposta de
sobressalto, quando testadas no 14º dia de tratamento,
contrastando com sua baixa amplitude observada nas fases
Est-Salina e Die-Salina. Este aumento em ratas no proestro
provavelmente está relacionado à ação do estrógeno que
modula as respostas fisiológicas e comportamentais a sinais
sensoriais, incluindo os estímulos auditivos, em muitas
espécies. Hormônios sexuais, modulam a ação da ketamina
em ratas, embora pouco se sabe sobre as diferenças de
gênero ou seu efeito no potencial de abuso. A IPP é uma
medida sensorial reduzida na psicose e de forma aguda por
meio do tratamento com drogas, incluindo a ketamina. Ela
varia ao longo do ciclo estral e é aumentada pelo tratamento
com estrógeno. Nossos resultados confirmam a hipótese de
que o estrógeno pode modular a IPP, o que ajuda a explicar o
efeito protetor aparente do estrógeno sobre a psicopatologia
da esquizofrenia e os efeitos benéficos do tratamento com
estrógeno na psicose.
Apoio financeiro: FAPESP (2014/09685-9)
109
OT 05- O PROFISSIONAL DE SAÚDE E A PRESERVAÇÃO DE VESTÍGIOS NOS SERVIÇOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA.
OT 06- AÇÕES DE PESQUISA E EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA DESENVOLVIDAS PELO NÚCLEO DE
ESTUDOS FORENSES DO ESTADO DO AMAZONAS
SILVA, JOM1, FERNANDES, CLEA2
BENTES, K. R. S.1; SOUZA, R. H.1; OLIVEIRA, T. C. S.1;
WIEDEMANN, L. S. M.1; SANTOS, V. O.1; LUCAS, A. C.
S.; ANTONIO, A. S.1; PAULA, A. R. U. ; PIMENTEL, L.
A.; RUZO, C. M. ; ALVES, C. C. F.1; OLIVEIRA, D. S.1;
SILVA, E. S.1; LOPES, G. B. P.1; CAETANO, H. M.1;
COSTA, L. C. A.1; MANICKCHAND JR, L.1; SOUZA, L.
C.1; MONTEIRO. S. J.1; RIBEIRO. U. A.1; SALDANHA,
V.1; FIGUEIREDO, Y. G. G.1; SANTIAGO, W. O.1; CARNEIRO, W. M.1; SOUZA, A. C. L.1; MELO, R. M. S.1;
AGUIAR, A. T. C.1; ALBUQUERQUE, G. B.1; ATAYDE,
E. B. G.1; SOUSA, M. S.1; OLIVEIRA, L. R.1; HORA, L. F.;
SILVA, H. S.; NÓBREGA, L. C.; NUNES, P. P.1; KOSHIKENE, D.2; COSTA, C. L. S. O.2
1
Universidade Tiradentes, Departamento de Enfermagem,
Aracaju - SE
2
Faculdade Osman Lins – FACOL, Departamento de Enfermagem, Vitória de Santo Antão - PE
INTRODUÇÃO: Os ser viços de saúde, em especial os
de urgência e emergência, são locais que frequentemente
acolhem pessoas acometidas por diversas situações de violência, sendo seus profissionais de saúde, muitas vezes, os
primeiros contatos das vítimas e seus agressores. OBJETIVO: O estudo tem como objetivo investigar na liter atura evidências sobre a atuação dos profissionais de saúde
que trabalham nos serviços de urgências quanto à preservação de vestígios forenses. MATERIAIS E MÉTODOS:
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, através
das publicações no período de 2005-2015, encontradas nas
bases de dados Google Acadêmico, Scielo e Bireme. Foram selecionadas 23 publicações. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os ser viços de emer gência são ambientes
nos quais, frequentemente, estão as primeiras oportunidades para a coleta de materiais forenses. Nesse cenário, os
profissionais de saúde são atores privilegiados na identificação de vestígios e caberá aos mesmos decidirem quais
poderão recolher e/ou preservar, podendo tornar-se mediador entre o paciente e a justiça. Entretanto, são muitas as
dificuldades e desafios, tais como, a deficiência de conhecimento quanto a forma de coletar as informações, falta de
preparo técnico para coleta e a sobrecarga de trabalho.
Vale ressaltar que a maioria dos cursos de graduação na
área de saúde praticamente não abordam na sua grade curricular aspectos referentes ao atendimento da vítima de
violência, o que colabora para a atuação paliativa nos serviços. CONCLUSÕES: Frente a estes entraves, torna-se
pertinente a realização de capacitações que habilitem esses
profissionais na preservação e coleta de vestígios, contribuindo para a cadeia de custódia e colaborando para os
desfechos jurídicos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
GOMES, Albino. Enfermagem Forense – vol.1.Lidel, 2014.
GONÇALVES, Susana Isabel Fernandes. " Vivências dos Enfermeiros na Manutenção de Provas Forenses no Serviço de Emergência ". Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar
ICBAS,2011.
1
Departamento de Química, Instituto de Ciências Exatas, Universidade Federal do Amazonas
2
Departamento de Polícia Técnico Científica, Secretaria de Segurança Pública do estado do Amazonas
Foi criado em 2010 no Departamento de Química (DQ) da
Universidade Federal do Amazonas (UFAM) uma ação de
extensão intitulada “Conhecendo mais sobre a química forense”, onde um filme foi transformando em ferramenta didática e fazer uma relação do tema abordado com o aprendizado de química para o ensino médio. A partir daí diversos
trabalhos passaram a ser criados, culminando em 2012 na
criação do Núcleo de Estudos Forenses do estado do Amazonas (NEFA), grupo de pesquisas certificado pelo CNPq e que
atua nas áreas de Perícia Ambiental, Genética, Farmácia,
Entomologia e Química. Todas as ações do núcleo contam
com a colaboração de profissionais do INPA, DPTC/AM e
PF, transcendendo as fronteiras da UFAM e exaltando seu
caráter interdisciplinar e interinstitucional. O grupo conta
com o programa de extensão institucionalizado
“Desvendando as Ciências Forenses” (Resolução No
020/2013 da Câmara de Extensão e Interiorização da
UFAM), o qual desenvolve doze projetos convergentes,
dentre ações de extensão, oficinas temáticas, cursos e mostras itinerantes que mostram o papel da Ciência na solução
de problemas relacionados a Justiça. Os pesquisadores do
programa já realizaram mais de 200 orientações, dentre projetos de extensão e ações com a comunidade. Foram realizadas 14 edições do evento como forma de popularização da
ciência, os quais foram realizados com recursos obtidos por
meio de 4 projetos de divulgação aprovados junto ao CNPq e
Fapeam. No campo da pesquisa científica, desde 2012 foram
realizadas 19 orientações de PIBIC, 2 orientações de TCC, 2
orientações de mestrado e 1 doutorado em andamento. Foram apresentados 9 trabalhos em eventos científicos de renome nacional e 2 em evento internacional. O grupo já teve
nove projetos de pesquisa aprovados junto às agências de
fomento, garantindo a plena execução de suas atividades. Os
trabalhos desenvolvidos pelo NEFA já foram premiados em
dois eventos nacionais e um evento internacional, mostrando
a qualidade do trabalho desenvolvido.
110
OT 07- AVALIAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL
PRESENTE NA ÁREA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL DA UFAM POR AÇÃO ANTROPOGÊNICA
OT 08- COLORAÇÃO DIFERENCIAL PARA IDENTIFICAÇÃO DE ESPERMATOZOIDES EM AMOSTRAS
FORENSES
BENTES, K. R. S.1; ALBUQUERQUE, A. R. C.2; ANTONIO, A. S.1; RIBEIRO, U. A.1; LOPES, G. B. P.; FIGUEIREDO, Y. G. G.; SOUZA, R. K. T.2
MOTTA S1, GRIBERMAN A1, ARANTES L2, ROCA G1
1
Departamento de Química, Instituto de Ciências Exatas, Universidade Federal do Amazonas
2 Departamento de Geografia, Instituto de Ciências Humanas e
Letras, Universidade Federal do Amazonas.
Uma Área de Proteção Ambiental (APA) consiste de uma
região de preservação da fauna e flora nativa, podendo
tanto estar contidas dentro de espaço urbano como possuir
em sua extensão, unidades de ocupação humana que não
afetem os processos ecológicos e vida silvestre existente
nesta. Esta pesquisa teve por objetivo avaliar o impacto
ambiental no solo ocasionado pela ocupação humana de
forma planejada e não planejada da APA na qual está contida a Universidade Federal do Amazonas, localizada em
Manaus/AM. Para isto foram realizadas coletas de solo,
em duas profundidades, a diferentes distancias de unidades
de ocupação planejada e não planejada, a Estação de Tratamento de Efluentes da UFAM (ETE) e um lixão clandestino (LC) criado por moradores de conjuntos habitacionais
que cercam a universidade. Todas as amostras coletadas
foram analisadas em quantificação de macro e micronutrientes, nitrogênio mineral, carbono total (CT), nitrogênio
total (NT), razão C:N, pH, granulometria e umidade. As
amostras coletadas em ambas unidades apresentaram solo
franco arenoso, sendo que, na ETE não foram encontradas
modificações significativas na microbiota, apesar do aumento nos níveis de CT e NT. O despejo de efluentes pela
ETE não alterou os teores de cátions no solo, com exceção
do Mn+, cuja fonte pode ter sido da degradação da infraestrutura que compõe a ETE. De forma contraria ao observado na ETE, a análise do LC demonstrou uma área de contaminação mais abrangente (16 metros) onde ocorreu a
alcalinização do solo e um aumento nos teores de Ca2+,
Mg2+, Cu+, fosforo disponível, Mn+ e Zn2+, provenientes
de componentes eletrônicos encontrados nos resíduos. Estes dados demonstram a necessidade de um trabalho de
preservação da APA no que diz respeito sua ocupação não
planejada, o qual ocasiona uma contaminação ampla do
solo, capaz de afetar os processos ecológicos existentes na
fauna e flora da APA.
Referências bibliográficas: Bonatti J., Marczwski, J., Rebelato,
G.S., Silveira, C.S., Campelo, F.D.,.Trilhas da Floresta Nacional
de São Francisco de Paula, Rio Grande do Sul, Brasil: mapeamento, análise e estudo da capacidade de carga turística. Revista
Brasileira de Biociências, v. 4, n. 1-2, 2006
1
Seratec GmH – Goettingen/Alemanha
Seção de Perícias e Análises Laboratoriais, Instituto de Criminalística, Polícia Civil do Distrito Federal – Distrito Federal/Brasil
2
A cada ano mais de 500 mil estupros são cometidos no Brasil, mas apenas 10% deles são reportados à polícia. Oitenta e
nove por cento das vítimas são do sexo feminino e mais de
70% são menores de idade (IPEA, 2014). A pesquisa de espermatozoides em amostras biológicas obtidas diretamente
de vítimas de estupro, de suas vestes ou de outros suportes,
como lençóis, é uma importante etapa, pois, além de identificar a origem do material genético masculino, auxilia na definição da melhor metodologia a ser empregada na análise de
DNA forense. Nesse trabalho apresentamos resultados preliminares de coloração diferencial de espermatozoides. As
primeiras amostras analisadas foram preparadas a partir de
sêmen congelado. Quatro diferentes fluorocromos vitais foram utilizados e colorações estrutura-específica foram conseguidas para a cabeça, a peça intermediária e a cauda dos espermatozoides. Entre os resultados obtidos, foi possível demonstrar que mesmo caudas separadas das cabeças são mais
facilmente identificadas após a técnica de coloração aqui
proposta. O fluorocromo DAPI foi eficiente para a coloração
específica do núcleo rico em DNA localizado na região da
cabeça do espermatozoide e dois outros coraram especificamente a cauda e a peça intermediária (rica em mitocôndrias).
Espera-se reproduzir os achados em amostras forenses e então validar a metodologia para utilização forense.
111
OT 09- ANÁLISE DE SOLOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA (PR-BRASIL) POR DIFRAÇÃO DE RAIOS X E MÉTODO DE RIETVELD
PARA FINS FORENSES
PRANDEL L.V.1, BRINATTI A.M.2, SAAB S.C.2, MELO
V.F.1
OT 10- APLICAÇÃO DE TÉCNICAS ESPECTROSCÓPICAS DE FLUORESCÊNCIA DE RAIOS X E INFRAVERMELHO EM SOLOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA (PR-BRASIL) PARA FINS FORENSES
PRANDEL L.V.1, BRINATTI A.M.2, SAAB S.C.2, MELO
V.F.1
1
Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo – Universidade Federal do Paraná (UFPR)
2
Programa de Pós-Graduação em Ciências / Física – Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)
Introdução: Vestígios de solos podem for necer infor mações importantes em uma investigação criminal [1]. O
método de Rietveld com dados de difração de raios X (MR
-DRX) [2,3] é uma técnica que pode ser aplicada em análises forenses em solos devido à precisão em quantificar
fases minerais [3], necessitar de quantidade reduzida de
amostra e não ser destrutiva. Objetivo: Associar as técnicas MR-DRX e agrupamento por componentes principais
em solos da região metropolitana de Curitiba para discriminar locais e horizontes de amostragem . Materiais e Métodos: Quatr o solos da Região Metr opolitana de Cur itiba (PR-Brasil) foram coletados e submetidos ao seguinte
processo: extração de matéria orgânica com H2O2; dispersão por ultrassom e água pH 10; separação da fração areia
com peneira de 0,053 mm; fracionamento físico em ultracentrífuga para separação da argila do silte; e tratamento
da argila com ditionito-citrato-bicarbonato (DCB) [4]. As
argilas desferrificadas foram analisadas em difratômetro
de raios X da Rigaku (Ultima IV), com radiação CuK a (40
kV e 30 mA), step-scan (0,02º / 5 s). Os dados de DRX
foram refinados em software GSAS+EXPGUI [5]. O teor
de minerais, juntamente com dados texturais e elementares
foram submetidos a uma análise das componentes principais (PCA). Resultados e Discussão: Com o MR-DRX foi
possível quantificar teores de caulinita (259-570 g kg-1),
gibbsita (112-446 g kg-1), quartzo (2-385 g kg-1), ilita (62241 g kg-1), muscovita (29-194 g kg-1) e outros minerais
(0,3-74 g kg-1) da fração argila desferrificada. Esses resultados foram associados ao material de origem desses solos.
Com o uso da PCA de análises mineralógicas e elementares, foi possível discriminar locais e horizontes dos solos e
indicar os que apresentam maiores tendências de determinados minerais. Conclusão: O MR-DRX é uma técnica que
apresenta grande potencial para análise forense na fração
argila por não ser destrutiva e não necessitar de muitas
técnicas complementares para discriminar solos e vestígios
de solos por meio da PCA.
Referências Bibliográficas: [1] Melo VF et al. (2008) Forensic
Sci. Int. 179:123. [2] Rietveld HM (1969) J Appl Crystallogr.
2:65. [3] Prandel LV et al. (2014) Radiat. Phys. Chem. 95:65. [4]
Mehra ML & Jackson ML (1960) Clays Clay Miner. 7:317. [5]
Larson AC & Dreele RB (2004) GSAS - General Structure Analysis System. Los Alamos: University of California.
Agradecimentos: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal
de Nível Superior (CAPES), Laboratório de Mineralogia do Solo
- Departamento de Ciências do Solo e Extensão Agrícola
(DESEA / UFPR), Complexo de Laboratórios Multiusuários
(CLABMU / UEPG) e Grupo de Física Aplicada a Solos e Ciências Ambientais (FASCA / UEPG).
1
Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo – Universidade
Federal do Paraná (UFPR)
2
Programa de Pós-Graduação em Ciências / Física – Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)
Introdução: Vestígios de solos podem for necer infor mações importantes em uma investigação criminal [1]. A espectroscopia de Fluorescência de Raios X (FRX) [2,3] e Infravermelho por transformada de Fourier (FTIR) [3] são técnicas que podem ser aplicadas em âmbito forense devido à
rapidez, boa sensibilidade e necessidade de quantidade reduzida de amostra. Objetivo: Analisar solos da região metropolitana de Curitiba por técnicas de FRX e FTIR e realizar análise de componentes principais (PCA) desses resultados para
discriminar locais de amostragem e horizontes de solos. Materiais e Métodos: Quatr o solos da Região Metropolitana
de Curitiba (PR-Brasil) foram coletados e submetidos ao
seguinte processo: extração de matéria orgânica com H2O2;
dispersão por ultrassom e água pH 10; separação da fração
areia com peneira de 0,053 mm; fracionamento físico em
ultracentrífuga para separação da argila do silte; e tratamento
da argila com ditionito-citrato-bicarbonato [4]. As amostras
foram submetidas à FRX (solo e argila) e à FTIR (argila) em
equipamentos Shimadzu EDX–720 e Nicolet 4700, respectivamente. Resultados e Discussão: A FRX e FTIR com o uso
da PCA foram técnicas precisas para separar solos coletados
em diferentes locais e agrupar solos coletados em mesmo
ponto de amostragem. Em um mesmo local de amostragem
os horizontes A e B dos solos foram posicionados em grupos
distintos de amostras. Essa distinção entre horizontes A e B é
especialmente importante em solos urbanos, onde grande
parte dos solos é decapitada com exposição do horizonte
subsuperficial. Conclusão: Com o emprego das metodologias
e técnicas apresentadas será possível afirmar (ou negar) se
um provável vestígio de solo pertence a um dos quatro sítios
estudados. O protocolo analítico usado apresenta grande potencial para estudos forenses para análises de vestígios de
solos, podendo ser aplicados a outros estados do Brasil e
outros países.
Referências Bibliográficas: [1] Melo VF et al. (2008) Forensic
Sci. Int. 179:123. [2] Prandel LV et al. (2014) Radiat. Phys. Chem.
95:65. [3] Brinatti AM et al. (2010) Sci. Agric. 67:454. [4] Mehra
ML & Jackson ML (1960) Clays Clay Miner. 7:317.
Agradecimentos: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior (CAPES), Laboratório de Mineralogia do Solo Departamento de Ciências do Solo e Extensão Agrícola (DESEA /
UFPR), Complexo de Laboratórios Multiusuários (CLABMU /
UEPG) e Grupo de Física Aplicada a Solos e Ciências Ambientais
(FASCA / UEPG).
112
OT 11- NO SENTIDO DE ESTABELECER A ENFERMAGEM FORENSE NO BRASIL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA INTERNACIONAL
OT 12- USO FORENSE DE SOLOS A
PARTIR DE ANÁLISES QUÍMICAS E
FÍSICAS DAS FRAÇÕES AREIA E
ARGILA
ESTEVES, RE1, CARDOSO, L2, LASIUK, GC3, KENTWILKSON, A4
CORRÊA RS1,2, GOMES, JA2, FERRARI,
E2, ARANTES LC2, SOUSA, MH3, CHAKER, JA3, MELO, VF1
1
Doutorando. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Brasil.
2
Professora Doutora 2. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto,
Universidade de São Paulo, Brasil.
3
Professora Associada. College of Nursing, University of Saskatchewan, Canadá.
4
Professora Associada. College of Nursing, University of Saskatchewan, Canadá.
Introdução: A Associação Internacional de Enfermagem
Forense [1] define, enfermagem forense como a aplicação
da ciência de enfermagem nas situações, em que os sistemas de saúde e justiça se sobrepõe. Objetivo: Responder à
questão; quais as contribuições para enfermagem brasileira
que o estabelecimento da enfermagem forense pode produzir, por meio de experiências desta especialidade em outros países? Material e Métodos: Foi realizada uma revisão
integrativa [2], o tema foi problematizado, sendo formulada uma questão de pesquisa, foram realizadas buscas nas
bases: EBSCOhost; SCOPUS e Ovidsp. Os termos utilizados nas bases, incluíram: “enfermagem forense”, “penal”,
“prisão” “enfermeiro examinador de agressão sexual”.
Ainda, as pesquisas foram limitadas a artigos publicados
por dupla revisão, nos idiomas inglês, português e/ou espanhol, entre 1998 e 2013. Para análise dos dados foram desenvolvidos critérios para inclusão dos artigos. A análise
crítica iniciou-se pela a leitura dos títulos e resumos; e
posterior leitura integral. Os artigos recuperados foram
exportados para o administrador de referências RefW orks.
Resultados e Discussão: Os resultados foram apresentados
no Diagrama Prisma, com os quantitativos de artigos e as
exclusões realizadas, sendo selecionados 22 textos para
leitura na integra, os quais englobam 8 países, todos publicados em língua inglesa. Os conteúdos foram apresentados
em quatro categorias que são: Currículo; Enfermeiro examinador de violência sexual adulta e pediátrica; Enfermagem psiquiátrica forense; Generalizações em enfermagem
forense. Conclusões: Esta pesquisa, publicada em 2014,
fornece uma revisão abrangente acerca da especialização
em enfermagem forense dos últimos quinze anos. O trabalho teve como foco compreender os desafios e as vantagens de desenvolver esta carreira para os enfermeiros brasileiros. Neste sentido, os resultados são inovadores, pois
vão de encontro com processo de fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) por meio da participação ativa
da enfermagem.
Referências Bibliográficas: [1]. International Association of Forensic Nursing. (2006). What is forensic nursing? Elkridge, MD:
IAFN. [2]. Whittemore, R., & Knafl, K. (2005). The integrative
review: Updated methodology. Journal of Advanced Nursing, 52
(5), 546-553.
Agradecimentos: A Universidade de São Paulo por fomentar o
meu intercâmbio realizado na Universidade de Alberta, Canadá.
1
Universidade Federal do Paraná. 2Instituto de Criminalística da
Polícia Civil do Distrito Federal.
3
Universidade de Brasília
Introdução: vestígios de solos fr equentemente ader em a
solados, pneus, vestimentas, armas, superfície da pele, cabelo, cavidades humanas e outros objetos que podem estar relacionados a delitos. Esses vestígios podem fornecer informações que relacionem uma pessoa ou objeto a um local de
crime ou que os descartem da ocorrência. Fragmentos de
solos são precariamente usados em investigações forenses há
mais de um século. A aquisição de equipamentos analíticos
por instituições forenses tem despertado o interesse pelo uso
de solos como prova material de delitos. Objetivo: com vista
à geração de provas materiais, este trabalho objetivou investigar o poder discriminante de algumas técnicas analíticas
comumente utilizadas na análise de solos. Materiais e Métodos: 16 amostr as de Latossolo e 16 amostr as de Cambissolo foram coletadas em Brasília - DF e fracionadas em
areia, silte e argila. Os grãos de areia foram analisados para
rugosidade, esfericidade inscrita e circunscrita, razão de aspecto, fator de compactação e razão entre esfericidades. A
fração argila foi analisada para cor e aspectos mineralógicos.
No total foram gerados 23 parâmetros para cada uma das 32
amostras de solo. Os dados foram normalizados (ln) e submetidos à Análise de Componentes Principais, com o uso do
programa Origin 9.0. Resultados e Discussão: o uso forense
de solos requer técnicas laboratoriais e estatísticas que discriminem amostras de solos diferentes e agrupem amostras de
solos iguais. Nesse sentido, os seis parâmetros gerados pela
análise da fração areia nas 32 amostras lograram êxito em
discriminar amostras de Cambissolo das amostras de Latossolo e agrupar amostras de mesmo tipo de solo em 40% das
comparações realizadas. Os 17 parâmetros gerados pela análise da fração argila nas mesmas amostras foram eficientes
para separá-las e agrupá-las em todas as comparações realizadas. A eficiência em discriminar amostras de mesmo solo,
mas que foram coletadas a distâncias crescentes de até 4,5
km, variou entre 15,4% (Latossolo) e 69,2% (Cambissolo).
A análise da fração areia foi capaz de consistentemente discriminar amostras de mesmo tipo de solo distanciadas a partir de 140 m e a fração argila foi capaz de discriminar amostras de Cambissolo partir de 740 m de distância. Conclusão:
vestígios de solos podem ser transformados em provas materiais forenses com o uso de técnicas laboratoriais e estatísticas rotineiras. O uso da fração argila mostrou-se mais eficiente para discriminar amostras de diferentes tipos de solo e a
análise da fração areia mais eficiente para discriminar amostras de um mesmo tipo de solo coletadas a uma distância
mínima de 140 m.
113
OT 13- IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL DE CARNE
APREENDIDA
OT 14- ESTUDO TEÓRICO DE CALIXARENOS COMO COMPOSTOS DETECTORES DE METAIS PESADOS
TREMORI TM1, MASSAD MRR1, RIBAS LM2, CAMARGO BWDF3, SILVA LTR4, OLIVEIRA AAF5, ROCHA NS6.
PRADO, T.F. ; A.T, BRUNI.
Departamento de Química/FFCLRP-USP.
1
Doutoranda – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia UNESP – Univ. Estadual Paulista – Campus de Botucatu
2
Pós-doutoranda – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - UNESP – Univ. Estadual Paulista – Campus de Botucatu
3
Graduanda em Medicina Veterinária – Faculdade de Medicina
Veterinária e Zootecnia - UNESP – Univ. Estadual Paulista –
Campus de Botucatu
4
Doutoranda – Departamento de Medicina Veterinária – Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE
5
Professora Doutora – Departamento de Medicina Veterinária –
Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE
6
Professora Livre Docente – Departamento de Clínica Veterinária – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - UNESP –
Univ. Estadual Paulista – Campus de Botucatu
Introdução: A inspeção de alimentos de origem animal está
entre as atribuições do Médico Veterinário, que também é
responsável por exames periciais nestes casos. Por vezes
este material pode ser originário de uma caça ilegal, ou
mesmo casos de tráfico e contrabando de animais, portanto
a identificação da espécie de alimentos clandestinos possuem diversas implicações jurídicas, inclusive pelo fato de
algumas espécies serem protegidas em função do risco de
extinção (IUCN Red List), sendo crime de acordo com o
artigo 29 da Lei de Crimes Ambientais 9.605/98. Objetivo:
Identificação da origem do material apreendido. Material e
Métodos: Foi requisitado ao Laboratório de Medicina Veterinária Legal - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia – FMVZ – UNESP – Univ. Estadual Paulista –
Campus de Botucatu, pela autoridade policial a identificação da espécie de material apreendido, sendo três peças,
cada peça continha restos cadavéricos acondicionados em
duas embalagens de sacos pretos, pesando um total de 27,7
Kg. O material foi analisado morfologicamente e submetido ao sequenciamento do Citocromo b para ser comparado
com o GenBank, um dos principais bancos mundiais de
sequências Resultados e Discussão: De acordo com o material examinado não foi possível realizar a identificação
da espécie somente com análise morfológica, já que careciam de elementos importantes como conformação anatômica, ossos, dentes e pelos. Segundo a análise genética
molecular as três amostras encaminhadas foram identificadas como sendo da espécie Sus Scrofa (porco ou javali),
no caso o javali se enquadra como fauna exótica e não se
aplicam no território brasileiro medidas de conservação
relacionadas à extinção da espécie de acordo com IUCN –
Red List. Conclusão: O exame pericial aliado aos exames
complementares é essencial para conclusão adequada do
laudo.
Referências bibliográficas: The IUCN Red List of Threatened
Species. Version 2014.2. TREMORI, T.M.; et al Determining
Identification by Veterinary Forensics Zoology in a Paca (Paca
Cunicullus) Source Journal of Veterinary Science v.1, p.1-6,
2014.
Agradecimentos: CAPES Edital Pró Forenses 25/2014.
Os calixarenos são moléculas orgânicas com capacidade de
formar compostos coordenados com metais de diversos grupos de forma seletiva, ou com moléculas com potencial tóxico, podendo interagir. As energias envolvidas dos calixarenos nestas interações são parâmetros cruciais para determinar
a estabilidade dos complexos formados, utilizando de ferramentas computacionais o estudo in silico é promissor para
esta finalidade. A pesquisa teve como objetivo obter valores
de energia da estrutura utilizando métodos semi-empíricos e
avaliar a proximidade das energias com a estrutura real. Os
métodos ab initio, semi-empírico e outros métodos de cálculo quântico são formas para obtenção de dados energéticos.
Neste trabalho os métodos semi-empíricos fora utilizados
estudar o calixareno uma vez que o são viáveis para otimizar
o tempo de estudo. Neste caso foram empregando os métodos AM1 e PM3. Após as otimizações as informações obtidas que foram comparadas com a estrutura cristalográfica
que corresponde a forma real do calixareno. Foram observados quão próximos os valores calculados das distâncias de
ligação estavam do real. Os valores das distâncias de ligação
em AM1 e PM3 foram próximos das distâncias obtidas da
cristalografia de Raios-X. Os resultados preliminares mostram que os métodos semi-empíricos são adequados para o
estudo estrutural dos calixarenos, uma vez que grande similaridade com resultados experimentais foi encontrada, mostrando-se hábeis em reproduzi-la, com resultados confiáveis
e precisão na determinação estrutural.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1. Francisco, M. M. Síntese De Ésteres Fenólicos De Calixarenos:
Complexação De Metais Alcalinos E Parâmetros De Hammett.
(2010).
2. Sant’Anna, C. M. R. Molecular modeling methods in the study
and design of bioactive compounds: An introduction. Rev. V irtual
Química 1, (2009).
Fonte Financiadora: Programa Unificado de Bolsas/USP
114
ÍNDICE REMISSIVO DE AUTORES
A
Aguiar, A. C.
QF 27
Aguiar, A. T. C.
Albuquerque, A. R. C.
OT 06, QF 11, QF 12, QF 39, QF 10
OT 07
Albuquerque, G. B.
OT 06
Alem, L.
BQ 07
Almeida, A. A.
Alves, C. C. F.
Alves, M. N. R.
ECF 02, TOX 01, TOX 02
EF 01, EF 02, OT 06
PPF 01
Alves, R. B.
QF 70
Andrade, A. O. C. B.
OL 08
Andrade, M. V. O.
QF 35
Antonio, A. S.
Antonio, L. U.
EF 01, EF 02, OT 06, OT 07, QF 10, QF 11, QF 12,QF
39
BQ 06
Arantes, L. C.
Arantes, L.
BQ 02, OT 12, QF 26, QF 37, QF 62
OT 08
Araujo, W. R.
QF 69
Arouca, A. M.
Arruda, M. A. Z.
QF 05, QF 06, QF 51, QF 52
QF 19
Atayde, E. B. G.
OT 06
Augusti, R.
Azevedo, A. C. S.
QF 02, QF 07
OL 01
B
Balbino, M. A.
QF 04, QF 33, QF 45, QF 46
Baptista, J. P. A.
ECF 04
Barbar, L. C.
QF 68
Barbeiro, P. H.
CRI 03
Barbieri, A. A.
OL 07
Barbosa, A. P.
QF 27
Barbosa, I. L.
QF 27
Barbosa, L. M.
QF 42
Barbosa, P. E. N.
QF 70
Barbosa, S. L.
QF 08
Barcelos Júnior, A. E.
QF 01
Barros, A. V. N.
OL 08
Barros, G. A.
EF 01, EF 02, QF 11
Bazzarela, R. B.
TOX 09
Benedicto, E. N.
OL 10
Bentes, K. R.
QF 10
115
ÍNDICE REMISSIVO DE AUTORES
Bentes, K. R. S.
ECF 03, EF 01, EF 02, OT 06, OT 07, QF 11, QF 12,
QF 36, QF 39
Biazevic, M. G. H.
Bicalho, M. G.
OL 01, OL 10
EF 04
Bombana, H. S.
TOX 05
Bombana, H. S.
TOX 06
Borges, R.
Borille, B. T.
Bouchardet, F. C. H.
QF 27, QF 47
QF 14, QF 15
OL 03
Braga, C. C.
Braga, P. C. C. S.
QF 53, QF 54
QF 43
Brinatti, A. M.
OT 09 OT 10
Bruni, A. T.
BQ 09, CRI 03, CRI 05, OT 01, OT 14, QF 22, QF 34,
QF 50
Byrro, R. M. D.
QF 56
C
Caetano, H. M.
OT 06
Camargo, B. W. D. F.
OT 13
Campestrini, I.
QF 28, QF 29, TOX 08
Cardoso, K.
Cardoso, L.
BQ 05, EF 03
OT 11
Cardozo, C. G.
Cardozo, K. C.
QF 58, QF 59
QF 34
Carlin, M. E. G.
ECF 01
Carmo, S. K. S.
QF 30
Carneiro, W. M.
OT 06
Carratto, T. M. T.
ECF 04, QF 67
Castelli, E.C.
BQ 01, BQ 08
Castro, A. L.
QF 04, QF 45
Castro, A. S.
ECF 05
Chaguri, J. L.
Chaker, J. A.
ECF 02, TOX 01, TOX 02
OT 12
Cobo-Plana, J. A.
OL 03
Coelho Neto, J.
Coimbra, J. B.
QF 31, QF 32, QF 41, QF 70
TOX 09
Cordeiro, G. A.
QF 68
Côrrea Júnior, G. R.
QF 25
Corrêa, D. N.
Corrêa, R. S.
QF 19, QF 27
OT 12
Costa, C. L. S. O.
OT 06
Costa, C. V.
QF 03
Costa, F. R. F.
QF 25
116
ÍNDICE REMISSIVO DE AUTORES
Costa, G.
OT 03
Costa, J. L.
QF 27
Costa, L. C. A.
OT 06, QF 10, QF 11, QF 12, QF 39
Costa, L. M.
QF 02
Cotta, F. A.
QF 01
Crippa, J. A. S.
PPF 01
Crispim, P. di T. B.
QF 24
Crizel, M. G.
QF 23
Crizel, G. M.
QF 63
Crotti, A. E. M.
QF 04
Crumo, C. A.
ECF 01
Cruz Júnior, J. W.
QF 21, QF 45, QF 46
Cunha, R. L.
QF 55
D
da Costa, J. L.
QF 61
Da Silva, A. B. C.
QF 71
da Silva, L. C.
QF 42
da Veiga, M. A. M. S.
QF 13
Dantas, J.
OT 03
Daruge Júnior, E.
OL 05
de Faria, D. L. A.
QF 61
De Martinis, B. S.
PFF 01, ECF 05
De Oliveira, A. C.
QF 08
de Oliveira, J. L.
TOX 10
De Oliveira, M. F.
QF 64, QF 71, QF 72
de Paula, D. M. L.
TOX 09
De Rose, N. M.
QF 40
Debortoli, G.
Dezem, T. U.
BQ 01, BQ 08
OL 11
Dias Filho, C. R.
Dias, H. J.
BQ 02, BQ 03
QF 04
Dias, L. G.
BQ 09, CRI 03
Dockal, E. R.
QF 21
Donadi, E. A.
BQ 01, BQ 08
Dornellas, R. M.
QF 17
Dos Santos, M. F.
TOX 05, TOX 07
Dos Santos, W. T. P.
QF 08
E
Eberlin, M. N.
QF 19, QF 27
117
ÍNDICE REMISSIVO DE AUTORES
Eleotério, I. C.
Escorsin Neto, J.
QF 04, QF 33, QF 45, QF 46
QF 38
Esteves, R. E.
OT 11
F
Farias, A. G.
OL 02
Farias, L.
BQ 05
Faúla, H. S. N.
QF 26, QF 37
Faulhaber, A. L. C.
TOX 07
Fernandes, C. L. E. A.
OT 04, OT 05
Fernandes, F. B. N.
Fernandes, L. A. T.
CRI 01, OT 01
QF 38
Fernandes, M. M.
Ferrão, M. F.
OL 03, OL 04
QF 14
Ferrari, E.
OT 12
Ferraz, J. A. M. L.
BQ 06
Ferreira, B. F.
QF 13
Ferreira, B. M.
QF 26, QF 37
Ferreira, C. E. S.
TOX 07
Ferreira, L. P.
QF 44
Ferreira-Sgobbi, R.
OT 02
Fialho, M. C. Q.
EF 01, EF 02
Figueiredo, Y. G. G.
OT 06, OT 07
Fontelene, E. S.
QF 18, QF 62
Fracasso N. C. A.
Fraga, G. H. C.
BQ 01, BQ 08
CRI 04
Franco, M. F.
QF 27
G
Gama, L. I. L. M.
QF 03
Gamba, T. O.
OL 02
Gjerde, H.
TOX 05
Godinho, A. F.
ECF 02, TOX 01, TOX 02
Gomes, A. C. C.
TOX 01
Gomes, J. A.
OT 12
Gonçalves, J. B. C.
Goulart, C. O. L.
QF 53, QF 54
QF 16
Griberman, A.
OT 08
Groppo, F. C.
OL 02
Guerra, G. T.
QF 23
Guerra, T. G.
QF 63
Guerreiro, M. C.
QF 65
118
ÍNDICE REMISSIVO DE AUTORES
H
Haiter-Neto, F.
OL 02
Hanna, T. B.
PPF 01
Heringer, R. d.
QF 60
Hernandes, V. V.
QF 27
Holtkoetter, H.
BQ 03
Hora, L. F.
OT 06
I
Inoue, R. M. T.
TOX 01, TOX 02
Ipólito, A. J.
QF 64
J
Jamt, R. E. G.
TOX 05
Jara, J. L. P.
QF 27
Jardim, W. F.
QF 28
Jatobá, R.
Júnior, W. A. C.
QF 05, QF 51, QF 52
QF 24
Jurisch, M.
QF 02
Juvencio, J. M.
TOX 02
K
Katayama, J. M. T.
QF 20, QF 21, QF 49
Kent-Wilkson, A.
OT 11
Kichler, A.
OL 04
Kirsten, R. R. L.
EF 04
Koshikene, D.
OT 06
L
Lages, V. A.
OL 08
Lapachinske, S. F.
QF 29
Lasiuk, G. C.
OT 11
Lasmar, M. C.
QF 35
Lehmann, E. L.
QF 19
Leite, V. B. P.
CRI 03
Lenz, V.
QF 63
Leyton, V.
Lião, L. M.
TOX 05, TOX 06
QF 43
Lima, A. B.
QF 08
Lima, K. F.
Limberger, R. P.
Lino, J. O.
OL 05, OL 06
QF 14, QF 15, TOX 03
TOX 04
119
ÍNDICE REMISSIVO DE AUTORES
Lisboa, F. L. C.
Litaiff, A. C. B.
QF 31, QF 41
QF 36
Lopes, G. B. P.
OT 06, OT 07
Lopez-Capp, T. T.
OL 10
Lordeiro, R. A.
Lucas, A. C. S.
QF 44, QF 56, QF 70
OT 06
Lucena, M. A. M.
QF 05
Lucena, M. C. C.
QF 48
M
Machado, A.C.G.
QF 07
Machado, H. C.
BQ 04
Machado, L. F.
QF 40
Machado, Y.
QF 09, QF 70
Maciel, P. O. M.
BQ 07
Magalhaes, E. J.
QF 07
Magalhães, J. G.
TOX 06
Magalhães, J.
Malaghini, M.
Malheiros, D.
Mangueira, C. L. P.
QF 04, QF 33, QF 46
BQ 04, EF 04
BQ 04, EF 04
TOX 07
Manickchand Jr, L.
OT 06
Marano, L. A.
EF 04
Marcelo, C.A M.
QF 14
Marcorin, L.
BQ 01, BQ 08
Marinho, P. A.
QF 25
Marinho, P. E. de A.
CRI 04
Mariotti, K. C.
Martinelli, M.
QF 14, QF 15, TOX 03
QF 47
Martini, A. L.
QF 43
Martinis, B. S.
Massad, M. R. R.
Massaro J. D.
Matos, A. L. M.
ECF 01, ECF 04
MED 01, OT 13
BQ 01, BQ 08
QF 56
Matos, M. S.
QF 36
McCord, B. R.
Melo, R. M. S.
QF 45, QF 46
OT 06, QF 36
Melo, V. F.
OT 09, OT 10, OT 12, QF 68
Mendes-Junior, C. T.
BQ 01, BQ 08
Mendonça, J. B.
TOX 09
Mendonça, R. M.
CRI 03
Menezes, M. M. T.
QF 04
120
ÍNDICE REMISSIVO DE AUTORES
Menezes, M. R.
QF 61
Mesko, M. F.
QF 23
Michel-Crosato, E.
OL 01, OL 03, OL 10
Miguita, A. G. C.
QF 09
Miranda, A. S.
OL 07
Mohamad, L.
Monteiro. S. J.
BQ 05, EF 03
OT 06
Montes, R. H. O.
QF 57
Moraes, M. E. L.
OL 07
Morais, D. R.
QF 27
Moreira, R. V.
QF 61
Mota-Silva, R. S.
QF 21
Motta, S.
OT 08
Moura, M. O.
EF 04
Munhoz, G. P.
QF 22
Muñoz Henao, M. M.
TOX 08
Muñoz, D. R.
TOX 05, TOX 06
Muñoz, R. A. A.
QF 08, QF 17, QF 57
N
Naressi, S. C. M.
OL 07
Nascentes, C. C.
Neto, O. N.
QF 01, QF 09, QF 44, QF 02
CRI 02
Neves, F. T. A.
QF 42
Neves, G. O. F.
QF 24
Nobre, M. J.
OT 02
Nóbrega, L. C.
OT 06
Nogueira, T. L. S.
BQ 07
Nossol, E.
QF 17
Nunes, C. A.
QF 07, QF 65
Nunes, K. M.
QF 35
Nunes, P. P.
ECF 03, OT 06
O
Oiye, E. N.
Oliveira, A. A. F.
Oliveira, C. S. L.
QF 20, QF 21, QF 49
MED 01, OT 13
QF 55
Oliveira, D. S.
OT 06
Oliveira, L. R.
OT 06
Oliveira, M. F.
ECF 01, ECF 04, ECF 05, QF 04, QF 20,
33, QF 45, QF 46, QF 49, QF 67
Oliveira, M. L. G.
BQ 01, BQ 08
QF 21, QF
121
ÍNDICE REMISSIVO DE AUTORES
Oliveira, R. N.
Oliveira, T. C. S.
Ortiz, R. S.
OL 03, OL 04
OT 06, QF 36
QF 14, QF 15, TOX 03
P
Paiva, L. A. S.
OL 10
Paixão, T. R. L. C.
QF 58, QF 59, QF 66, QF 69
Panizza, H. N.
TOX 06
Parabocz, G. C.
TOX 04
Parabocz, G.
TOX 10
Paula, A. R. U.
EF 01, EF 02, OT 06, QF 10, QF 11, QF 12, QF 39
Pavan, M. G.
ECF 04
Pedrina, N. J.
ECF 04, QF 50
Pelição, F. S.
TOX 09
Pereira, A. N. N.
OL 08
Pereira, A. L. E.
Pereira, C. M. P.
BQ 01, BQ 08
QF 23
Pereira, J. G. D.
OL 05, OL 06
Pereira, L. S. A.
QF 41
Pereira, M. M. I.
BQ 06
Pereira, N.
TOX 04
Pereira, P. M. C.
QF 63
Peres, M. D.
TOX 09
Pericolo, S.
TOX 04, TOX 10
Pimentel, L. A.
Pinto, P. H. V.
OT 06, QF 36
OL 08
Pissinate, J. F.
TOX 09
Placido, G. P.
CRI 03
Plácido, K. M.
Possobon, R. F.
QF 26, QF 37
OL 02
Prado, F. T.
OT 14
Prandel, L. V.
Primo, M. J.
OT 09, OT 10
QF 53, QF 54
R
Ramalho E. D.
QF 18, QF 26, QF 37, QF 62
Ranville, J. F.
QF 60
Rebelo, J. C. O.
TOX 09
Recalde, T. S. F.
OL 09
Reis, M.
TOX 03
Reis, S. T. J.
MED 01
Resende, L. M. B.
QF 65
122
ÍNDICE REMISSIVO DE AUTORES
Ribas, L. M.
Ribeiro, A. S.
Ribeiro, C. E.
Ribeiro, M. F. M.
Ribeiro, U. A.
Richter, E. M.
Roca, G.
MED 01, OT 13
QF 03
QF 72
QF 20, QF 49
OT 07, OT 06
QF 17, QF 57
OT 08
Roca, M. G.
Rocha, D. P.
BQ 02, BQ 03
QF 17
Rocha, R. G.
QF 57
Rocha, M. L. F.
Rocha, N. S.
Rodriguez, J. C. Z.
ECF 05
MED 01, OT 13
OL 09
Rohfs, W. J. C.
Romagnolo, A. G.
TOX 05, TOX 06
TOX 01
Romão, W.
Rosa, G. C.
QF 15, TOX 03
OL 04
Rosário, J.
OT 03
Rosário, M. M. T.
BQ 04, EF 04
Ruzo, C. M.
OT 06
S
Saab, S. C.
Sakaguti, N.
OT 09, OT 10
OL 04
Saldanha, V.
OT 06
Salum, L. B.
Sanches, L. R.
QF 18, QF 26, QF 37, QF 62
TOX 07
Sandrim, V. C.
Santana, M. M. P.
ECF 02, TOX 01, TOX 02
QF 55
Santiago, W. O.
OT 06
Santos, A. A. L.
QF 07
Santos, A. P. S. S.
Santos, C. M. M.
QF 53, QF 54
QF 23
Santos, M. F.
TOX 06
Santos, M. M. C.
QF 63
Santos, O. C. L.
BQ 07
Santos, R. O.
QF 53, QF 54
Santos, T. C. L.
ECF 05
Santos, V. O.
OT 06
Santos Filho, A. M. P.
QF 35
Sarkis, J. E. S.
CRI 02
Schaefer, C. E.
QF 68
Schmidt, E. M.
QF 19
123
ÍNDICE REMISSIVO DE AUTORES
Seibert, E. L.
QF 38
Selva, T. M. G.
Sena, M. M.
QF 58, QF 59
QF 09, QF 35, QF 41
Silva, A.A
OL 11
Silva, B. O.
TOX 01
Silva, E. S.
OT 06
Silva, F. I.
TOX 01, TOX 02
Silva, F. L.
ECF 02
Silva, G. O.
QF 69
Silva, H. S.
OT 06
Silva, J. O. M.
Silva, L. A. J.
OT 04, OT 05
QF 57
Silva, L. T. R.
Silva, R. A. B.
MED 01, OT 13
QF 58, QF 59
Silva, R. C.
QF 03
Silva, R. H. A.
Silva, R. S. M.
OL 05, OL 06, OL 09, OL 11
QF 45, QF 46
Silva, T. G.
QF 66, QF 69
Simoes, A. L.
BQ 01, BQ 08
Sinagawa, D. M.
TOX 06
Sindeaux, R. H. M.
BQ 04
Siquieri, T. O.
BQ 09
Soares, A. C.
QF 33
Soares, W. M. G.
QF 03
Sousa, M. H.
OT 12
Sousa, M. S.
OT 06
Souza, A. C. L.
ECF 03, OT 06
Souza, D. A.
QF 53, QF 54
Souza, J. E. G.
QF 30
Souza, L. C.
ECF 03,OT 06
Souza, L. F.
QF 43
Souza, R. H.
ECF 03, OT 06
Souza, R. K. T.
OT 07
Stadler, C.
BQ 02, BQ 03
T
Tadini, M. C.
QF 20, QF 49, QF 64
Takitane, J.
TOX 06
Talhavini, M.
QF 05, QF 06, QF 51, QF 52
Tavares, I. S.
TOX 07
124
ÍNDICE REMISSIVO DE AUTORES
Teixeira, A. P. C.
QF 01
Terada, A. S. S. D.
OL 11
Testoni, S. A.
QF 68
Teunissen, S. F.
QF 27
Tonholo, J.
QF 03
Tose, L. V.
QF 15
Tremori, T. M.
MED 01, OT 13
U
Ulyssea, M.
QF 38
V
Vairo, K. P.
EF 04
Valentin, E.S.B.
BQ 07
Valladão, F. N.
QF 44
Vanini, G.
QF 15
Vargas, A. R.
QF 02
Vaz, B. G.
TOX 03
Velho, J. A.
CRI 03, ECF 01, ECF 04, ECF 05, QF 13,
Venâncio, J. B.
QF 36
Vieira, A. A.
TOX 09
Vieira, T. G.
CRI 04, QF 07, QF 65
Vieira, T. S.
QF 43
Vignoto, S.
TOX 04
W
Wanderlei, L. S.
QF 26, QF 37 QF 62
Wayhs, C. A. Y.
TOX 03
Weber, I. T.
QF 05, QF 06, QF 51, QF 52
Wiedemann, L. S. M.
OT 06, QF 11
Winkel, K. T.
QF 23
Y
Yamashita, M.
QF 24
Yonamine, M.
QF 29, TOX 06, TOX 07, TOX 08
Z
Zamora, P. G. P.
QF 68
Zonato, V. S.
CRI 05
QF 34

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