vacina raiva Forma farmacêutica e apresentações: Pó liofilizado

Transcrição

vacina raiva Forma farmacêutica e apresentações: Pó liofilizado
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vacina raiva
Forma farmacêutica e apresentações:
Pó liofilizado injetável.
- Cartucho contendo 1 frasco de uma dose + 1 seringa com 0,5 mL de diluente;
- Cartucho contendo 5 frascos de uma dose + 5 ampolas com 0,5 mL de diluente.
A vacina raiva deve ser administrada por via subcutânea ou intramuscular. Não utilize a
via intravascular. A vacina raiva também não deve ser administrada nas nádegas, pois a
injeção da vacina nesta região pode resultar em níveis de anticorpos mais baixos.
Em crianças com menos de 2 anos, recomenda-se aplicar a vacina na região ântero-lateral
da coxa. Em adultos e crianças acima de 2 anos aplicar a vacina no braço.
USO ADULTO PEDIÁTRICO
Composição:
• Liofilizado:
- Vírus Inativados da raiva (Wistar PM 1503-3M).............................................2,5 UI*
- Maltose (estabilizante)....................................................................................25 mg
- Albumina humana (estabilizante)................................................................... 25 mg
• Diluente:
- Solução de cloreto de sódio a 4 por mil (diluente)......................................... 0,5 mL
A vacina também pode conter traços de estreptomicina, neomicina e/ou polimixina B.
* Potência mensurada utilizando o teste NIH em camundongos.
INFORMAÇÃO AO PACIENTE
1. Como este medicamento funciona?
A vacina raiva está indicada na prevenção da raiva. A raiva é uma doença de animais que
eventualmente pode acometer seres humanos. A encefalite causada pelo vírus rábico é
bastante grave e quase sempre leva o paciente à morte. A vacina age estimulando o
organismo a produzir sua própria proteção (anticorpos) contra a doença. A vacinação contra
a raiva abrange a prevenção da raiva antes da exposição (profilaxia pré-exposição) indicada
para pessoas expostas a um risco freqüente de contaminação (por ex.: veterinários,
funcionários de abatedouros, etc.), bem como a prevenção após suspeita ou confirmação de
exposição ao vírus (profilaxia pós-exposição) resultante, por exemplo, de mordidas ou
arranhões por cães ou outros animais.
2. Por que este medicamento foi indicado?
A vacina raiva é indicada para a prevenção da raiva.
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Prevenção da raiva antes da exposição: a imunização pré-exposição é particularmente
recomendada para pessoas expostas a um risco de contaminação:
. Grupo de profissionais: veterinários e assistentes (incluindo estudantes de veterinária),
pessoal de laboratório que manipula o vírus da raiva, pessoal de abatedouro, taxidermistas
e animalistas.
. Nas áreas de enzootia rábica: fazendeiros, guarda-caças, caçadores, trabalhadores de
área florestal e crianças expostas ao risco da raiva.
Prevenção da raiva após a exposição: a imunização pós-exposição (curativa) deve ser
iniciada imediatamente ao menor (qualquer) risco de contaminação da raiva (mordedura,
lambedura, etc). O tratamento deve ser adaptado à natureza da exposição e ao estado do
animal. Conforme o quadro abaixo:
Adaptação do Tratamento segundo a Natureza da Exposição e Estado do Animal Agressor
Natureza da
exposição
Ausência de
mordedura ou contato
indireto
Lambedura sobre a
pele sã
Exposição leve:
arranhadura
superficial, lambedura
da pele lesada,
mordedura única e
superficial no tronco,
membros superiores
e inferiores
Exposição grave:
Mordedura na
cabeça, pescoço e
dedos. Lambedura
em mucosa.
Mordedura múltipla
e/ou profunda e
arranhadura profunda
em qualquer parte do
corpo
Tratamento
Estado do animal
agressor
No momento da
exposição
Durante a observação
-
-
Ausência de
tratamento
-
-
São
Sinais confirmados de
raiva
Suspeita de raiva
Sinais não
confirmados: animal
são
Raivoso,
desconhecido, não
examinado
São
-
Ausência de
tratamento
Iniciar vacinação de
raiva nos primeiros
sinais de raiva do
animal
Iniciar vacinação
imediatamente. O
tratamento deverá ser
interrompido caso o
animal permaneça
sadio após o 10º dia
de observação ou se
for submetido à
autópsia não sendo
diagnosticada
infecção rábica.
Vacinação imediata
Suspeita de raiva
Sinais confirmados de
raiva
Sinais não
confirmados: animal
são
Sorovacinação nos
primeiros sinais de
raiva do animal
Sorovacinação
imediata. O
tratamento deverá ser
interrompido caso o
animal permaneça
sadio após o 10º dia
de observação ou se
for submetido à
autópsia não sendo
diagnosticada
infecção rábica.
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Raivoso,
desconhecido, não
examinado
-
Sorovacinação
imediata
* O soro anti-rábico fornece imediatamente às pessoas gravemente expostas altas taxas de
anticorpos neutralizantes. A vacinação anti-rábica é sempre associada com administração
do soro anti-rábico nestes casos graves.
3. Quando não devo usar este medicamento?
Contra indicações:
Em virtude da evolução fatal da infecção pelo vírus rábico, a vacinação curativa (profilaxia
pós-exposição) não apresenta contra-indicação. Em caso de vacinação preventiva (profilaxia
pré-exposição) avise seu médico se você estiver com alguma doença grave ou com febre,
pois os sintomas da doença podem ser confundidos com possíveis eventos adversos da
vacina. Também avise seu médico se você tiver uma doença crônica, condição de
imunossupressão ou histórico de imunodeficiência em sua família, pois estas condições
podem resultar na diminuição da eficácia da vacina (vide item “Uso na gravidez e
amamentação”).
Advertências:
Esta vacina não deve ser utilizada em mulheres grávidas sem orientação médica.
Precauções:
Não utilize a vacina por via intravascular.
Alergias:
Informe o seu médico se você já teve alguma reação alérgica à vacina raiva, a outras
vacinas, a antibióticos, à albumina humana, ou a qualquer outro medicamento ou
substância.
Uso na gravidez e lactação:
A gravidez não deve ser considerada uma contra-indicação para a vacinação contra a raiva
em situações de pós-exposição. Recomenda-se a vacinação pré-exposição em grávidas se
houver um risco substancial de exposição ao vírus da raiva; caso contrário aconselha-se
adiar a vacinação.
Esta vacina não deve ser utilizada em mulheres grávidas sem orientação médica.
A amamentação não é contra-indicação para a vacinação. Informe seu médico se você
estiver grávida, planejando engravidar ou amamentando.
Uso pediátrico:
Não são esperados problemas específicos que limitem o uso da vacina raiva em crianças.
A dose da vacina para crianças é a mesma do adulto.
Uso em adultos e idosos:
Não foram realizados estudos específicos comparando o uso da vacina raiva em idosos e
pacientes mais jovens. Contudo, não é provável que a vacina cause problemas ou eventos
adversos, em idosos, diferentes dos que ocorrem em outras faixas etárias.
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Interações medicamentosas:
Embora certos medicamentos não devam ser usados concomitantemente com vacinas, há
casos onde os mesmos podem ser administrados simultaneamente sem problemas. É
importante que você informe seu médico se está usando outros medicamentos,
particularmente corticosteróides, imunossupressores, antimaláricos ou fazendo radioterapia,
pois talvez ele tenha que alterar a prescrição ou orientá-lo sobre outras precauções.
SE HOUVER RECOMENDAÇÃO DE SEU MÉDICO, NÃO HÁ CONTRA-INDICAÇÃO
RELATIVA A OUTRAS FAIXAS ETÁRIAS.
INFORME SEU MÉDICO O APARECIMENTO DE REAÇÕES INDESEJÁVEIS.
INFORME AO SEU MÉDICO SE ESTÁ FAZENDO USO DE ALGUM OUTRO
MEDICAMENTO.
NÃO USE MEDICAMENTO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO. PODE SER
PERIGOSO PARA A SUA SAÚDE.
4. Como devo usar este medicamento?
Aspecto físico:
Esta vacina consiste de um pó liofilizado injetável acompanhado de uma solução diluente.
Características organolépticas:
O pó liofilizado injetável deve ser homogêneo e branco.
Dosagem:
A) Vacinação preventiva (profilaxia pré-exposição):
Para os países que seguem as recomendações da OMS, o esquema para primovacinação
consiste em 3 doses da vacina nos dias D0, D7 e D28. Uma a três semanas após a última
dose deve ser verificada a taxa de anticorpos neutralizantes no indivíduo vacinado. O
reforço periódico é recomendado em conseqüência às dosagens de anticorpos
neutralizantes para a raiva com a seguinte periodicidade:
- 06 meses para indivíduos que manuseiam o vírus rábico vivo (laboratório de diagnóstico,
pesquisa ou produção);
- 12 meses para indivíduos em contínuo risco de exposição.
O reforço deverá ser administrado quando o título de anticorpos obtido for inferior a 0,5
UI/mL, nível este considerado protetor de acordo com a OMS.
Para indivíduos não expostos ao risco, deve-se fazer uma dose de reforço 1 ano após a
primeira dose e depois um reforço a cada 3 anos.
B) Vacinação curativa (profilaxia pós - exposição):
Primeiros cuidados:
Recomenda-se uma primeira lavagem do ferimento com sabão ou detergente. Após
enxágüe de todo o sabão ou detergente com água em abundância, tratar a ferida com álcool
40 a 70%, tintura de iodo (iodóforos) ou solução a 0,1% de amônio quaternário. Neste último
caso, certifique-se de que o sabão foi totalmente removido antes da aplicação do antiséptico para que não haja neutralização deste.
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Se possível não suture o ferimento; entretanto se a sutura for necessária, deve-se infiltrar
imunoglobulina anti-rábica ao redor do ferimento.
Sob controle médico:
Vacinação em indivíduos não imunizados contra a raiva: o tratamento consiste de 5
injeções nos dias D0, D3, D7, D14 e D30. Um reforço no D90 é opcional.
A posologia é idêntica para adultos e crianças.
Em caso de alto risco de raiva (ver quadro no item “Indicações”) é necessária uma
imunização passiva complementar no dia D0 com:
- Soro anti-rábico de origem eqüina............................40 U.I./Kg de peso corporal
ou
- Imunoglobulina humana anti-rábica.........................20 U.I./Kg de peso corporal
Quando a anatomia da região acometida permitir, o soro ou a imunoglobulina humana antirábica deve ser injetada por instilações profundas no(s) ferimento(s) e infiltrações a volta
do(s) mesmo(s). O restante deverá ser administrado por via intramuscular (na região glútea)
em uma única dose. Este procedimento deverá ser acompanhado de um esquema completo
de vacinação.
Vacinação em indivíduos previamente imunizados (vacinação preventiva completa
comprovada):
- Vacinação com menos de 1 ano: 1 injeção (D0);
- Vacinação com mais de 1 ano e menos de 3 anos: 3 injeções (D0, D3 e D7);
- Vacinação com mais de 3 anos ou incompleta: Vacinação curativa completa com
soroterapia se for necessária.
Se for necessário, o tratamento será completado pela administração de vacina tétano e
antibióticos para evitar outras infecções.
Reconstituição da vacina: introduzir o diluente no frasco do produto liofilizado, agitar e
depois aspirar a solução para dentro da seringa. A solução deve ser homogênea, límpida e
isenta de qualquer partícula.
A vacina deve ser injetada imediatamente após sua reconstituição e a seringa deve ser
destruída após o uso.
Método de administração:
A administração da vacina deve ser feita por via subcutânea ou intramuscular. Não utilizar a
via intravascular. A vacina raiva também não deve ser administrada na região glútea, pois
pode resultar em níveis de anticorpos neutralizantes mais baixos.
Caso haja esquecimento de administração (dose omitida):
Por favor, informe seu médico.
SIGA A ORIENTAÇÃO DE SEU MÉDICO, RESPEITANDO SEMPRE AS DOSES E A
DURAÇÃO DO TRATAMENTO.
NÃO INTERROMPA O TRATAMENTO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO.
NÃO USE O MEDICAMENTO COM O PRAZO DE VALIDADE VENCIDO. ANTES DE
USAR, OBSERVE O ASPECTO DO MEDICAMENTO.
5. Quais os males que este medicamento pode causar?
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Como todo medicamento, a vacina raiva pode provocar eventos adversos, dos quais alguns
podem exigir atendimento médico.
Procure imediatamente atendimento médico caso ocorra alguma das seguintes
manifestações: dificuldade em respirar ou engolir; erupção na pele e prurido; vermelhidão na
pele; inchaço nos olhos, na face ou na parte interna do nariz; cansaço ou fraqueza
repentinos e muito intensos (hipotensão).
Outros sintomas menos graves e que normalmente não necessitam de atendimento médico
podem surgir nos primeiros dois dias após a vacinação, tais como: dor, vermelhidão,
enduração e/ou prurido no local da vacina; inchaço dos gânglios axilares; dor de cabeça;
dores musculares; desconforto generalizado e febre.
Avise seu médico à ocorrência destas reações ou de quaisquer outros sintomas
desagradáveis e não deixe de solicitar esclarecimentos caso tenha qualquer dúvida.
6. O que fazer se alguém usar uma grande quantidade deste medicamento de uma só
vez?
Não documentado.
7. Onde e como devo guardar este medicamento?
A vacina raiva deve ser armazenada e transportada entre +2ºC e +8ºC. Não deve ser
colocada no congelador ou "freezer"; o congelamento é estritamente contra-indicado.
Prazo de validade:
Desde que mantida sob refrigeração, o prazo de validade da vacina raiva é de 3 anos a
partir da data de fabricação. Verifique na embalagem externa a data de validade da vacina.
Não utilize a vacina com prazo de validade vencido, pois ela pode não produzir os efeitos
desejados.
ESTE MEDICAMENTO
RECONSTITUÍDO.
DEVE
SER
UTILIZADO
IMEDIATAMENTE
APÓS
SER
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS
1. Características farmacológicas
A vacina raiva é uma vacina indicada para a imunização contra a raiva em humanos.
A vacina é preparada a partir de vírus da raiva, cepa WISTAR PM/WI 38-1503-3M,
cultivados sobre células VERO (uma linhagem contínua de células de rim de macaco verde
africano), as quais foram adaptadas para cultivo em grande escala sobre microcarreadores.
Após o crescimento em cultura de células, os vírus são concentrados, inativados pela betapropiolactona, purificados e estabilizados com albumina humana, maltose e liofilização.
Os vírus causadores da raiva pertencem à família Rhabdoviridae, e se caracterizam por
apresentar uma única cadeia de ácido ribonucléico.
A raiva é uma patologia bastante grave cuja encefalite pode manifestar-se sob diferentes
formas: espasticidade, demência ou paralisia, todas elas de igual gravidade e que quase
sempre levam o paciente a morte.
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No Brasil, o cão é o principal reservatório/transmissor da raiva urbana. Na zona rural, o
morcego constitui o mais importante veículo do vírus rábico, sendo responsável por
enzootias em bovinos. Outros animais ocasionalmente envolvidos na transmissão da raiva
para humanos são: gatos, macacos, raposas, etc. Os primeiros sinais clínicos da raiva
humana surgem em média de 20 a 90 dias após a infecção; entretanto, o período de
incubação pode ser muito mais curto (menos de uma semana) ou muito mais longo (de
alguns meses a mais de um ano).
O período de incubação é mais curto quando a doença acomete crianças ou quando a
infecção viral ocorre em sítios bastante inervados como: cabeça, face, pescoço, dedos e
órgãos sexuais. Uma vez que foram relatados períodos de incubação da doença muito
longos, mesmo pessoas que se apresentam para avaliação e tratamento muito tempo após
uma mordida, ou exposição considerada de risco, devem ser tratadas de forma semelhante
àquelas que referem exposição recente.
A utilização da vacina raiva na prevenção da raiva humana abrange a profilaxia préexposição (vacinação preventiva) e a profilaxia pós-exposição (vacinação curativa).
2. Resultados de eficácia
A adequada administração da vacina raiva visando à vacinação preventiva resulta em
100% de soroconversão; os títulos de anticorpos neutralizantes obtidos são elevados e
persistem por pelo menos um ano.
O emprego da vacina raiva segundo o esquema preconizado para a vacinação curativa
resulta no aparecimento de anticorpos a partir do 7º dia; já no 14º dia observa-se
virtualmente 100% de soroconversão. Os títulos de anticorpos protetores atingidos são
consideravelmente mais elevados do que o mínimo requerido a nível internacional pela OMS
(0,5 UI/mL).
3. Indicações
Prevenção da raiva.
Prevenção da raiva antes da exposição: a imunização pré-exposição é particularmente
recomendada para pessoas expostas a um risco de contaminação:
. Grupo de profissionais: veterinários e assistentes (incluindo estudantes de veterinária),
pessoal de laboratório que manipula o vírus da raiva, pessoal de abatedouro, taxidermistas,
animalistas.
. Nas áreas de enzootia rábica: fazendeiros, guarda-caças, caçadores, trabalhadores de
área florestal e crianças expostas ao risco da raiva.
Prevenção da raiva após a exposição: a imunização pós-exposição (curativa) deve ser
iniciada imediatamente ao menor (qualquer) risco de contaminação da raiva (mordedura,
lambedura, etc). O tratamento deve ser adaptado à natureza da exposição e ao estado do
animal. Conforme o quadro abaixo:
Adaptação do Tratamento segundo a Natureza da Exposição e Estado do Animal Agressor
Natureza da
exposição
Estado do animal
Agressor
No momento da
exposição
Tratamento
Durante a observação
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Ausência de
mordedura ou contato
indireto
Lambedura sobre a
pele sã
Exposição leve:
arranhadura
superficial, lambedura
da pele lesada,
mordedura única e
superficial no tronco,
membros superiores
e inferiores
Exposição grave:
Mordedura na
cabeça, pescoço e
dedos. Lambedura
em mucosa.
Mordedura múltipla
e/ou profunda e
arranhadura profunda
em qualquer parte do
corpo
-
-
Ausência de
tratamento
-
-
São
Sinais confirmados de
raiva
Suspeita de raiva
Sinais não
confirmados: animal
são
Raivoso,
desconhecido, não
examinado
São
-
Ausência de
tratamento
Iniciar vacinação de
raiva nos primeiros
sinais de raiva do
animal
Iniciar vacinação
imediatamente. O
tratamento deverá ser
interrompido caso o
animal permaneça
sadio após o 10º dia
de observação ou se
for submetido à
autópsia não sendo
diagnosticada
infecção rábica.
Vacinação imediata
Sinais confirmados de
raiva
Suspeita de raiva
Sinais não
confirmados: animal
são
Raivoso,
desconhecido, não
examinado
-
Sorovacinação nos
primeiros sinais de
raiva do animal
Sorovacinação
imediata. O
tratamento deverá ser
interrompido caso o
animal permaneça
sadio após o 10º dia
de observação ou se
for submetido à
autópsia não sendo
diagnosticada
infecção rábica.
Sorovacinação
imediata
* O soro anti-rábico fornece imediatamente às pessoas gravemente expostas altas taxas de
anticorpos neutralizantes. A vacinação anti-rábica é sempre associada com administração
do soro anti-rábico nestes casos graves.
4. Contra-indicações
Em virtude da evolução fatal da infecção pelo vírus rábico, a profilaxia pós-exposição
(vacinação curativa) não apresenta contra-indicação.
Contra-indicações em caso de vacinação preventiva (profilaxia pré-exposição):
- Hipersensibilidade a qualquer componente da vacina.
- Estado febril e doença infecciosa aguda, uma vez que os sintomas da doença podem ser
confundidos com eventuais eventos adversos da vacina.
- Doença infecciosa aguda.
- Doença aguda ou crônica em evolução.
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- Gravidez (vide item “Uso na gravidez e lactação”).
Observação: Em caso de risco substancial de exposição ao vírus rábico, deve-se sempre
levar em consideração a relação risco/benefício da administração da vacina raiva em
indivíduos portadores de condições de saúde que normalmente contra indicariam o emprego
de vacinas.
5. Modo de usar e cuidados de conservação depois de aberto
A vacina raiva deve ser armazenada e transportada entre +2ºC e +8ºC. Não deve ser
colocada no congelador ou "freezer"; o congelamento é estritamente contra-indicado.
Reconstituição da vacina: introduzir o diluente no frasco do produto liofilizado, agitar e
depois aspirar a solução para dentro da seringa. A solução deve ser homogênea, límpida e
isenta de qualquer partícula.
A vacina deve ser injetada imediatamente após sua reconstituição e a seringa deve ser
destruída após o uso.
A administração da vacina deve ser feita por via subcutânea ou intramuscular. Não utilizar a
via intravascular. A vacina raiva também não deve ser administrada na região glútea, pois
pode resultar em níveis de anticorpos neutralizantes mais baixos.
6. Posologia
A) Vacinação preventiva (profilaxia pré-exposição):
Para os países que seguem as recomendações da OMS, o esquema para primovacinação
consiste em 3 doses da vacina nos dias D0, D7 e D28. Uma a três semanas após a última
dose deve ser verificada a taxa de anticorpos neutralizantes no indivíduo vacinado. O
reforço periódico é recomendado em conseqüência às dosagens de anticorpos
neutralizantes para a raiva com a seguinte periodicidade:
- 06 meses para indivíduos que manuseiam o vírus rábico vivo (laboratório de diagnóstico,
pesquisa ou produção);
- 12 meses para indivíduos em contínuo risco de exposição.
O reforço deverá ser administrado quando o título de anticorpos obtido for inferior a 0,5
UI/mL, nível este considerado protetor de acordo com a OMS.
Para indivíduos não expostos ao risco, deve-se fazer uma dose de reforço 1 ano após a
primeira dose e depois um reforço a cada 3 anos.
B) Vacinação curativa (profilaxia pós - exposição):
Primeiros cuidados:
Recomenda-se uma primeira lavagem do ferimento com sabão ou detergente. Após
enxágüe de todo o sabão ou detergente com água em abundância, tratar a ferida com álcool
40 a 70%, tintura de iodo (iodóforos) ou solução a 0,1% de amônio quaternário. Neste último
caso, certifique-se de que o sabão foi totalmente removido antes da aplicação do antiséptico para que não haja neutralização deste.
Se possível não suture o ferimento; entretanto se a sutura for necessária, deve-se infiltrar
imunoglobulina anti-rábica ao redor do ferimento.
Sob controle médico:
Vacinação em indivíduos não imunizados contra a raiva: o tratamento consiste de 5
injeções nos dias D0, D3, D7, D14 e D30. Um reforço no D90 é opcional.
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A posologia é idêntica para adultos e crianças.
Em caso de alto risco de raiva (ver quadro no item “Indicações”) é necessária uma
imunização passiva complementar no dia D0 com:
- Soro anti-rábico de origem eqüina............................40 U.I./Kg de peso corporal
ou
- Imunoglobulina humana anti-rábica.........................20 U.I./Kg de peso corporal
Quando a anatomia da região acometida permitir, o soro ou a imunoglobulina humana antirábica deve ser injetada por instilações profundas no(s) ferimento(s) e infiltrações a volta
do(s) mesmo(s). O restante deverá ser administrado por via intramuscular (na região glútea)
em uma única dose. Este procedimento deverá ser acompanhado de um esquema completo
de vacinação.
Vacinação em indivíduos previamente imunizados (vacinação preventiva completa
comprovada):
- Vacinação com menos de 1 ano: 1 injeção (D0);
- Vacinação com mais de 1 ano e menos de 3 anos: 3 injeções (D0, D3 e D7);
- Vacinação com mais de 3 anos ou incompleta: Vacinação curativa completa com
soroterapia se for necessária.
Se for necessário, o tratamento será completado pela administração de vacina tétano e
antibióticos para evitar outras infecções.
7. Advertências
Pessoas que tenham apresentado hipersensibilidade prévia a vacina raiva, a outras vacinas,
à albumina humana e aqueles com história de alergia a estreptomicina, neomicina e/ou
polimixina B, podem apresentar reação de hipersensibilidade a vacina raiva.
Uso na gravidez e lactação:
A gravidez não deve ser considerada uma contra-indicação para a vacinação contra a raiva
em situações de pós-exposição. Recomenda-se a vacinação pré-exposição em grávidas se
houver um risco substancial de exposição ao vírus da raiva, caso contrário aconselha-se
adiar a vacinação.
Esta vacina não deve ser utilizada em mulheres grávidas sem orientação médica.
A lactação não é contra-indicação para a vacinação.
8. Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco
Uso pediátrico:
Não são esperados problemas específicos que limitem o uso da vacina em crianças. A dose
da vacina raiva a ser administrada em crianças é a mesma utilizada em adultos.
Uso em adultos e idosos:
Não foram realizados estudos específicos comparando o uso da vacina raiva em idosos e
pacientes mais jovens. Contudo, não é provável que a vacina cause problemas ou eventos
adversos, em idosos, diferentes dos que ocorrem em outras faixas etárias.
9. Interações medicamentosas
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O tratamento com imunossupressores, antimaláricos ou radioterapia, pode reduzir ou anular
a resposta imune da vacina raiva. Nestes casos específicos é aconselhável a verificação da
resposta imunológica do indivíduo, mediante dosagem de anticorpos neutralizantes. Este
fenômeno não se aplica a corticosteróides utilizados na terapêutica de reposição, em
tratamentos sistêmicos de curto prazo (menos de duas semanas) ou por outras vias de
administração que não causem imunossupressão.
O intervalo entre a descontinuação do tratamento imunossupressor e a recuperação da
capacidade do paciente responder a um agente imunizante ativo, depende da intensidade e
do tipo de terapêutica imunossupressora usada, da doença subjacente e de outros fatores.
Estima-se que este intervalo possa variar de 3 meses a 1 ano.
A vacina raiva pode ser administrada simultaneamente, utilizando-se diferentes sítios de
aplicação, à vacina tétano, soro anti-rábico heterólogo ou imunoglobulina humana antirábica.
10. Reações adversas
As reações adversas decorrentes da aplicação da vacina raiva são, em geral, de
intensidade leve e tendem a desaparecer espontaneamente em 48 horas.
Reações locais benignas, tais como, dor, eritema, enduração e prurido foram relatadas mais
freqüentemente, persistindo por 1 a 2 dias.
Também foram relatadas, com incidência menos freqüente, reações sistêmicas como: febre
moderada, cefaléia, mialgia, astenia, desconforto generalizado e linfadenopatia.
A ocorrência de anafilaxia é rara. Além disso, foram descritos raros casos de alterações
neurológicas cujas causas não foram bem estabelecidas.
11. Superdose
Não documentada.
12. Armazenagem
A vacina raiva deve ser armazenada e transportada entre +2ºC e +8ºC. Não deve ser
colocada no congelador ou "freezer"; o congelamento é estritamente contra-indicado.
Prazo de validade:
Desde que mantida sob refrigeração, o prazo de validade da vacina raiva é de 3 anos a
partir da data de fabricação. Verifique na embalagem externa a data de validade da vacina.
Não utilize a vacina com prazo de validade vencido, pois ela pode não produzir os efeitos
desejados.
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
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Registro MS no 1.1300.1094
No do Lote, Data de Fabricação e Prazo de Validade: Vide Cartucho.
Fabricado por:
Sanofi Pasteur SA
Parc Industriel d'Incarville
27100 - Val de Reuil - França
Ou
Sanofi Pasteur SA
Campus Mérieux
1541, Marcel Mérieux
69280 – Marcy l’Étoile - França
Importado por:
Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.
Rua Conde Domingos Papaiz, 413
Suzano – SP
CEP 08613-010
CNPJ 02.685.377/0008-23
Farmacêutica Responsável: Antonia A. Oliveira
CRF/SP nº 5854
Serviço de Informação sobre Vacinação: 0800 14 84 80
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