Costa de Valência

Transcrição

Costa de Valência
European
Fundo Europeu
Regional
de
Development
Desenvolvimento
FundRegional
P
Costa de Valência
Costa de Valência
Espanha
Espanha
EUROPEAN
COMUNIDADE
COMMUNITY
EUROPEIA
I
N
D
I
C
E
Introdução
Itinerários da costa
Costa Norte de Valência
De Valência a Cullera
As Praias de La Safor
Introduçao
1
2
5
9
Itinerários do interior
A rota do vinho
Itinerário monumental
Itinerário do rio Turia
12
15
19
Valencia, capital do Turia
Irlanda
Dublin
Reino Unido
22
Lazer e espectáculos
30
Londres
Dados de interesse
36
Paris
França
Mar Cantábrico
Portugal
Lisboa
ESPANHA
Oceano Atlántico
Cos
ta d
eV
alên
cia
Madrid
A província de Valência é a maior das três que integram a
Comunidade Valenciana. Fica no centro do litoral mediterrânico
espanhol, a 40º 15’ N e 38º 73’ Sul de latitude e a 0º 01’ Este
e 1º 34’ Oeste de longitude. Tem como fachada o amplo golfo de
Valência e como limite interior um conjunto de montanhas de média
altitude e de extensas planícies, que a põem em comunicação com as
Terras de Aragão e Castilla-La Mancha. Está em frente das Ilhas
Baleares e numa posição equidistante dos dois grandes centros de
decisão do país: Madrid e Barcelona. Os principais motivos de
interesse de Valência são os seus recursos culturais, a sua adequada
infraestrutura para as viagens de negócios, a sua rede de alojamentos
em praias muito limpas, a oferta de parques naturais, os seus variados
programas de festas e a sua deliciosa culinária. Um conjunto
residencial constituído por 95 hotéis, 49 hostais, 417 apartamentos, 35
parques de campismo e dois complexos termais permitem acolher nas
temporadas um grande número de visitantes.
Valência foi protagonista de um século de ouro, o Século XV,
quando a autonomia política concedida pelo rei aragonês Jaime I,
o pujante comércio da seda, a audácia literária dos seus escritores
e poetas e as ambições de expansão mediterrânea dos seus
governantes e homens notáveis a converteram numa potência
indiscutível dessa época. Actualmente, Valência trabalha em
importantes projectos e infraestruturas, para que possa entrar no
Século XXI renovada e plenamente integrada na modernidade.
Mar Mediterraneo
Praia da Malvarrosa. Valência
Ceuta
Melilha
Capa:
Praia de Tavernes
Texto:
Jaime Millás
4ª da capa:
Falla de Säo José
Traduçao:
Orlanda Diaz Marqués
NIPO:704-06-270-6
Publicado por:
© Turespaña
Secretaría de Estado
de Turismo y Comercio
Fotos de:
Arquivo Turespaña
Impresso en Espanha
Ministerio de Industria,
Turismo y Comercio
Composição gráfica:
P&L MARÍN
Impresso por:
EGESA
D.L.: M-8367-2007
2 edição
Itinerários da costa
Costa norte de Valência
Ao Norte de Valência, está a zona
litoral mais próxima à capital, que
se converteu num areal
urbanizado por altas torres de
apartamentos e infraestruturas de
serviços, em pleno convívio com
as antigas hortas e fazendas.
No limite da praia de Malvarrosa
encontram-se os campos de
Alboraya, aproveitados como
plantações de “chufas”, uns
tubérculos adocicados, que
entram na preparação da bebida
típica, e refrescante que é a
“horchata”. O porto desportivo
de Port Saplaya oferece a
oportunidade de dispor de um
Praia de Alboraya
Algar de
Palancia
Serra
Náquera
Quando se chega à povoação de
El Puig surge a evocação
histórica. No centro desta
localidade encontram-se as duas
únicas colinas de toda a região, já
que tudo o resto é uma imensa
planície. Segundo a lenda, foi
nestes cerros que apareceu a
imagem bizantina da Vírgem de
El Puig, procedente dum
mosteiro de frades basílios, que a
conservaram oculta sob um sino
durante o período da dominação
muçulmana, até 1238, quando
Valência foi conquistada pelos
cristãos. S. Pedro Nolasco,
fundador da Ordem de La
Merced, encontrou a imagem no
La Pobla de Farnals
lugar que lhe foi indicado por
uma nuvem de estrelas. Nos anos
50 foi coroada rainha de terras
valencianas, e o seu santuário e
convento constituem um
conjunto arquitectónico confiado
à custódia dos frades
mercedários. No entanto, da
primitiva igreja apenas resta a
sua fachada românica, já que o
actual templo é de estilo gótico.
Mosteiro de Santa María de Puig
Pa
lan
cia
"Cartuja de
Portacoeli"
ponto de amarre para o seu
barco, mesmo à porta de casa.
La Pobla de Farnals constitui
uma experiência pioneira na
urbanização do litoral. Visitar esta
zona significa introduzir-se numa
cidade para férias, muito próxima
à capital e projectada para tornar
possível o descanso
a olhar para o mar.
A-7
Almenara
Playa Corinto
Playa de L’Almardá
Sagunto
Canet d'En Berenguer
"Sto. Espíritu del
Monte"
Igreja da Assunçâo.
Alboraya
El Port
Monte Picayo
Puçol
Bétera La Pobla
Puig
de
Farnals
La Pobla
Massamagrel
de Vallbona
Moncada
Paterna
Burjassot
Playa de Alboraya
Manises
Playa de la Malvarrosa
Torrent
Catarroja
Picassent Silla
PARQUE NATURAL
DE LA ALBUFERA
Valencia
Pinedo
El Saler
Playa del Saler
La Albufera
3
alto expoente no teatro, já
restaurado, cujas bancadas se
apoiam sobre as pedras da
vertente setentrional da colina
do castelo. Essa colina è
defendida por um castelo de
quase um kilómetro de extensão,
rodeado por muralhas de
traçado romano e medieval, e
com um vasto espaço interior,
distribuído por sete praças. A
“Plaza Mayor”, rodeada de
arcadas, e da qual se sobe até à
“Judiaria” e ao castelo,
constituíu o centro cultural e
comercial da Sagunto medieval.
Ainda conserva fustes das
colunas romanas, sob a égide da
igreja gótica de Santa Maria, que
preside a praça. A “Calle Mayor”
conserva palácios nobres de
esplêndida arquitectura. Outra
igreja da cidade, a do Salvador,
foi construída em estilo gótico
primitivo, com uma nave única e
pórtico românico. Junto ao largo
de arcadas há um edifício com
uma interessante fachada neoclássica, onde actualmente
funciona a Câmara Municipal.
Ruínas Romanas. Sagunto
Sagunto constitui um dos mais
importantes centros de
romanização de toda a Espanha.
Erguida sobre uma colina, onde
aínda ecoa o nome de Aníbal e
do cerco que pôs à povoação
ibérica de Arse, a cidade domina
toda a planície. Uma página
heroica, que emocionou Roma
que, a partir dessa epopeia,
decidiu converter a cidade em
urbe predilecta. Sagunto
encontra-se bem protegida pelas
últimas vertentes das Serras
Calderona e Espadán. Abre-se ao
mar numa vasta planura,
atravessada pelo rio Palancia.
O património artístico herdado
da romanização tem o seu mais
De Valência a Cullera
Situado ao Sul da capital,
separado das águas do
Mediterrâneo por um rosário de
dunas e pinhais, o lago de La
Albufera formou-se numa
época remota, com o depósito
dos sedimentos dos rios Turia e
Júcar, que fecharam este
pequeno mar interior de água
doce. O lago tem seis kilómetros
de diâmetro. O “lluent”, que
significa “ponto luminoso”,
corresponde à zona central. Os
Típica “Barraca”.
La Albufera
Bétera
Paterna
Manises
Puçol
La Pobla
de Farnals
Puig
Massamagrel
Moncada
Burjassot Playa de Alboraya
Valencia
La Albufera
Pinedo
El Saler
Catarroja
Picassent Silla
Playa del Saler
La Albufera
PARQUE NATURAL
DE LA ALBUFERA
4
El Palmar
Almusafes
Perellonet
Benifaió
El Perelló
Alginet
A-7 Sollana
Carlet Algemesí
Sueca
L'Alcudia
Cullera
Guadasuar
Alzira
Alberic
O curso inferior do rio Júcar tem
vários meandros, até chegar à
foz, regando assim os campos e
as hortas das povoações que
constituem a região de
La Ribera Baixa. Uma extensa
rede de canais artificiais conduz
Playa de la Malvarrosa
Torrent
Castelo de Sagunto
poetas árabes definiram-no
como o espelho do sol. Partindo
do miradouro, sobre a primeira
comporta, e também da típica
povoação de El Palmar, local
muito recomendável para
saborear uma óptima “paella”,
pode visitar-se o lago, em barcas
conduzidas por antigos
pescadores. E também se pode
percorrer o parque em bicicleta,
através de caminhos do interior.
Uma outra alternativa de
itinerário pelo parque é a de
dirigir-se à praia.
Da parte interior em direcção ao
mar, primeiro as dunas fixas,
depois as “malhadas” e as dunas
móveis e, finalmente, a praia de
areia, constituem o caminho
habitual da Dehesa del Saler
(Lezíria do Saler). Esta franja
litoral tem dez kilómetros de
extensão e um kilómetro de
largura.
Carcaixent
Playa de L’Estany
Favara
Playa El Dorado
Tavernes de
la Valldigna
como arrozais, pertenceu a
Manuel Godoy durante cinco
anos, mediante concessão de
Carlos IV, em 1803. O seu
principal monumento religioso, a
igreja real de Nossa Senhora de
Sales, foi edificada no século
XVII. Conserva o apreciado
quadro da Vírgem do Leite
(“Virgen de la Leche”), uma obra
atribuída à escola de Juan de
Juanes. E também a igreja de S.
Pedro, do século XVIII, o edifício
da Câmara Municipal e a famosa
“Casa dels Quatre Cantons”,
ambas estas construções do
século XVII, além de outros
importantes exemplos de
arquitectura modernista, revelam
a próspera situação económica
atingida por esta vila. No lugar
denominado “Muntanyeta dels
Sants” pode contemplar-se toda
a extensão do lago.
Igreja de San Pedro. Sueca
as águas do rio até ao último
rincão. Quando terminam os
arrozais começam os pomares de
laranjeiras, sem que fique sem
aproveitar um só palmo de terra.
A cidade de Sueca, uma “ilha”
urbana que surgiu no centro
duma extensa planura de
terrenos pantanosos utilizados
O litoral de Sueca, ao longo do
qual prossegue este itinerário,
estende-se em direcção sul, às
urbanizações e às infraestruturas
de alojamento turístico de
El Saler, Perelló e Perellonet, e
une-se com a zona costeira do
município de Cullera. A situação
geográfica de Cullera permite
passar sem dificuldade da areia
às rochas, do mergulho à prática
da vela, da pesca às caminhatas a
pé. A cidade antiga ficou
abraçada a uma montanha, a
chamada “Muntanya de L’Or”,
também conhecida pelo nome de
montanha de “Les Rabosses”
(das rapozas), e desenvolveu-se
junto ao rio Júcar, rodeada por
várias lagunas de água doce e
mais de 13 kilómetros de areias e
falésias. Possui o único porto de
pesca e desportivo fluvial da
província. O castelo, de orígem
medieval, e o Santuário da
“Mare de Deu del Castell”
(Madre de Deus do Castelo)
encontram-se na cota de maior
altitude da povoação. Entre estes
muros viveram personagens
históricas célebres, dado que a
sua situação estratégica permitia
exercer um controlo eficaz da
zona, e também do litoral.
Alzira é a capital interior da
região de La Ribera Alta. Fica
situada numa antiga ilha do rio
Júcar. É por isso que os árabes lhe
chamaram “Al Yarizat Suquar”.
Os restos da sua muralha árabe,
que ainda conserva um lanço de
cerca de 300 metros, são o
testemunho duma das épocas
mais brilhantes da vida desta
cidade. Durante a dominação
muçulmana foi traçada uma rede
de canais de regadio, que aínda
se utilizam. A ocupação cristã
ergueu o seu património artístico
sobre a herança arquitectónica
Alzira
Cullera
6
A cinco kilómetros de Alzira, a
cidade de Carcaixent ergue-se
num lugar que não corresponde
à sua situação histórica, já que
uma trágica enxurrada, no século
XIV, fez com que a cidade tivesse
mudado de localização. A igreja
paroquial, de fins do século XVI,
tem uns espectaculares retábulos
barrocos. Nesta mesma via de
comunicação, mas mais perto de
Valência, a grande povoação de
Algemesí permite-nos apreciar a
sua ermida da “Mare de Deu de
la Salut” (Madre de Deus da
Saúde) à qual se organiza uma
importante romaria, procedente
de toda a comarca. No dia 8 de
Setembro celebra-se a festa desta
Virgem, com as danças e as torres
humanas da “Muixeranga”.
Festas da “Mare de Deu de la Salut”.
Algemesí
árabe. O templo arciprestal de
Santa Catalina, no bairro
histórico, de orígem gótica, tem
uma interessante fachada
barroca. O palácio renascentista
dos Marqueses de Santiago,
actual sede da Câmara
Municipal, possui um belo tecto
de artesonado no seu salão
nobre.
Carcaixent
As praias de La Safor
por Juan de Borja, segundo
Duque de Gandía. Alexandre VI,
o Papa Bórgia, impôs este
destino à capital de La Safor,
quando comprou o território ao
Rei Fernando, o Católico, com o
fim de dá-lo ao seu filho Pedro
Luís. A partir desse momento, o
destino desta próspera cidade,
até então entregue à
manufactura da seda e do açúcar,
confunde-se com as aspirações
de poder e de ingerência nos
problemas europeus, que foi o
motor da saga dos Bórgias. De
todos eles, a cidade ducal uniu o
seu destino a S. Francisco de
Borja, geral dos Jesuítas, nascido
em Gandía, bisneto de Alexandre
VI e quarto Duque de Gandía.
Afastou-se da existência de
sobressaltos morais de outros
familiares, para cultivar
exclusivamente a cultura e a boa
A zona de La Safor oferece ao
visitante um interessante
território com uma história
insólita, encerrado por um
ambiente natural de carácter
duplo: as altas montanhas que
formam as Serras de Mustalla,
Safor, Grossa e Aguilles
constituem uma muralha natural
de cumes e de bosques, ao passo
que na planura se estende um
agradável corredor litoral de
hortas e de praias. Gandía,
cidade ducal e capital da
comarca, cresceu entre o rio
Serpis e o barranco de San
Nicolás, no espaço ocupado por
um antigo povoado ibérico.
Durante o século XV a cidade
teve uma extraordinária vida
cortesã, encorajada e governada
Colegiada. Gandía
Palácio Ducal. Gandía
Playa de la Malvarrosa
Valencia
Catarroja Pinedo
El Saler
Playa del Saler
Silla
PARQUE NATURAL
DE LA ALBUFERA
La Albufera
El Palmar
Perellonet
El Perelló
A-7 Sollana
Algemesí
Sueca
Cullera
Playa de L’Estany
Alzira
Favara
Playa El Dorado
Carcaixent
Benifairó
Simat de
Valldigna Barx
Tavernes de la Valldigna
Xeraco
Mondúver
841
Playa de L’Ahuír
Xeresa
El Grau
"Cueva de Parpalló"
Daimús
Miramar
Gandía
8
Quatretonda
Benigánim
Se
is
rp
Rugat
Castelló de Rugat
Oliva
Pego
Playa de Oliva
332
Denia
convivência. Fundou a
universidade de Gandía no
século XVI, como centro de
consolidação da vida cultural
que, anos antes, tinha
estimulado o poeta Ausias
March, o novelista Joanot
Martorell e o humanista Joan
Rois de Corella.
do rio Serpis. É evidente a
influência italianizante, e explicase devido aos estreitos vínculos
que os Borja mantiveram com a
Itália. O Museu Arqueológico, no
edifício do hospital de San
Marcos, conta com uma elegante
sala gótica, com arcos ogivais,
que se conhece como “nave de
los Hombres”.
O centro urbano actual
conservou a herança patrimonial
dos séculos XV e XVI, nos
edifícios simbólicos, que são o
Palácio Ducal, a Colegiada, o
Convento de Santa Clara, a
Ermida de Santa Ana, o Museu
Arqueológico e a Câmara
Municipal. A Colegiada de Santa
Maria foi-se construíndo pouco a
pouco, entre 1250 e 1520,
mantendo sempre o estilo gótico
como ponto de referência. A sua
porta dos Apóstolos (“de los
Apóstoles”) teve,
originariamente, esculturas do
mestre Damià Froment. O Palácio
Ducal foi edificado sobre os
alicerces duma grande casa
árabe, junto à margem esquerda
Oliva é a segunda povoação
mais importante da região de La
Safor. Fica situada a alguns
kilómetros mais para o Sul, e no
limite da província de Valência
com a de Alicante. As suas praias,
cómodas e limpas, e uma vasta
oferta de alojamentos em
parques de campismo, atraem
numerosos visitantes. No centro
da povoação permanece a casa
solarenga do erudito da
Ilustração Gregorio Mayans, e
também se encontram vestígios
da família Centelles, proprietária
desta vila no século XVI. Os
bairros populares ficam na
encosta do Cerro de Santa Ana, e
as zonas animadas situam-se nas
praias de Daimús, Miramar e
Guardamar.
frades que viviam no mosteiro de
Valldigna. A localidade fica
rodeada de fontes e a sua
principal actividade é o cultivo
das árvores de fruta, das
amendoeiras e dos cítricos. A
altitude permite-lhe gozar de
temperaturas benignas, quando
o clima é canicular, na planície.
Através duma estrada sinuosa
desce-se a La Valldigna, depois
de ter-se contemplado todo o
conjunto paisagístico e as
montanhas circurdantes, do
lugar que se conhece pelo
sonoro nome de “La Visteta”. A
tradição local refere que o
monarca Jaime II, numa visita
que lá fez, em companhia do
abade catalão Boronat de
Vilaseca, exclamou que este era
“una vall digna” para um
mosteiro. E assim cumpriu,
quando fundou o Mosteiro de
Nossa Senhora de La Valldigna, a
fins do século XIII. A intervenção
do governo valenciano permitiu
recuperar este valioso exemplar
do património monumental,
administrado durante vários
séculos pela Ordem de Cister.
Os vales interiores da região de
La Safor, protegidos dos ventos e
das ameaças meteorológicas pelo
monte Montdúver (841 metros),
assim como a sua zona
setentrional, denominada
La Valldigna, constituem outro
interessante itinerário, para
poder penetrar na montanha.
Este percurso inicia-se à saída de
Gandía, na estrada secundária
que vai para o Município de
Barx. A zona de Marxuquera
configura o início dos primeiros
laranjais, que substituíram os
frondosos pinhais de outrora. A
gruta de Parpalló, situada na
encosta interior de Mondúver, e
cuja entrada é visível, à direita,
indo pela estrada, constitui um
jazigo arqueológico
imprescindível, para quem quizer
reconstruír a vida humana no
paleolítico superior. O itinerário
continua a subir pelo vale da
Drova, a partir do qual se
ascende ao Mundúver. A
povoação de Barx foi o antigo
lugar de repouso estival dos
Praia de Gandía
Mosteiro de Simat de Valldigna
10
11
Chera
Utiel
I
Cheste
Siete Aguas
El Pontón
Burjassot
RIA
Vilamarxant
Emb.
de Buseo
N-III
tinerários do interior
TU
Hierbas
1042
N-III
Chiva
Requena
Manises
Valencia
Buñol
Godelleta
Turís
A rota do vinho
No percurso em direcção ao vale
do Buñol, saíndo-se de Valência
pela estrada nacional III, à
procura dos principais vinhedos
de Valência, chega-se a Cheste,
uma cidade de origem árabe,
cuja economia se baseia na
produção vinícola e no
aproveitamento dos olivais e dos
cereais. A seguir, temos Chiva,
com o seu santuário e os restos
do castelo, no alto duma colina,
e com a cidade moderna
estendendo-se pela planura. A
sua igreja paroquial, do século
XVIII, contém valiosos frescos.
Buñol fica suspensa duma
encosta do monte do castelo, e
rodeada de cursos de água por
todos os lados. A sua estrutura
urbanística é tão enrevezada, que
a Câmara Municipal não tem a
possibilidade de pôr à disposição
dos habitantes um largo de
consideráveis proporções, no qual
se celebre a popular batalha
campal de tomates, conhecida
como “fiesta de la Tomatina”, na
última semana de Agosto. No
centro urbano há mais de 300
chafarizes. O Museu
Arqueológico Municipal ocupa o
espaço em que se erguia a antiga
mesquita, e à sua volta pode
apreciar-se um museu de
esculturas, ao ar livre. Ao fim da
povoação, após termos seguido
ao longo das suas extensas ruas
longitudinais, chega-se à mais
popular de todas as fontes de
Buñol: a de San Luis Beltrán, no
lugar em que, segundo a
tradição, o santo fez o milagre de
dar vida eterna a este manancial.
Um auditório ao ar livre oferece
frequentes concertos de bandas
de música. Voltando a retomar a
estrada nacional III, depois de
termos passado pela povoação de
Siete Aguas, entramos na
Comarca de Requena-Utiel,
coberta de vinhedos. É a zona
de maior produção vinícola da
Comunidade Valenciana, e
Emb.
de Forata
Los Sardineros
1084
Serra Ma
rtè
Cabrie
l
Emb. de
Embarcaderos
RÍO
s
JÚC
AR
Millares
Cofrentes
Jalance
Jarafuel
Emb.
de Tous
330
Teresa de Cofrentes
Ayora
Caroch
1028
"Cueva de La Araña"
Caserío Benalí
Ayora
também a mais importante, no
que se refere a variedades de
vinhos tintos e rosés de toda a
Espanha. Parte do vinho que aqui
se produz é enviada a outras
adegas espanholas, para que
estas obtenham as suas próprias
variedades. A seguinte escala do
viajante, Requena, é um
topónimo, que indica “rocha
forte e segura”. Tem as suas
origens num povoado situado na
margem esquerda do rio Magro,
sobre um pequeno penhasco
defendido por muralhas e
torreões. Actualmente, a zona
antiga é conhecida como “La
Villa” e, porque é o núcleo
originário da cidade, conserva
mais de 40 edifícios e conjuntos
artísticos. A igreja de Santa Maria
mantém na sua fachada principal
um pórtico de gótico isabelino do
século XV, embora as suas três
naves interiores não apresentem
o mesmo estado de conservação.
Considera-se que a igreja de San
Nicolás é a mais antiga de Requena.
Foi edificada no século XIV e,
posteriormente, em 1730, foi
rebocada. A igreja do Salvador
(“El Salvador”), na praça do
mesmo nome, conserva uma
Castelo de Buñol
Requena
bonita fachada gótica. O Museu
Municipal fica fora do bairro de
“La Villa”. Trata-se de um antigo
convento carmelita, cuja
construção se iniciou no século
XIII, embora só tenha sido
concluída no século XVIII. Nele se
destaca a decoração das paredes,
de azulejos valencianos, e ainda
o claustro, de estilo barroco.
Neste edifício estão instaladas as
várias salas do Museu Municipal,
com secções de pintura,
arqueologia, etnografia, ciências
naturais e história diplomática.
É particularmente interessante
a sala do Museu Internacional
do Vinho.
Situada no mesmo planalto, a
cidade de Utiel desenvolveu-se
graças ao impulso dado pela
actividade vinícola. Ao contrário
de Requena, que tem um centro
histórico, a cidade de Utiel vive
profundamente dedicada aos
seus trabalhos e afazeres
agrícolas. A sua principal igreja,
cuja padroeira é Nossa Senhora
da Assunção (“Nuestra Señora
Itinerário monumental
de la Asunción”) constitui um
refinado exemplo do estilo
gótico isabelino. O museu do
vinho situa-se na famosa
“Bodega Redonda” (Adega
Redonda), um edifício
restaurado em 1891, para que as
futuras gerações pudessem
conhecer a arqueologia rural
desta zona.
dominação árabe criou-se em
Játiva a primeira fábrica de papel
da Europa, elaborado com palha
de arroz. Este género de papel é
aínda hoje conhecido em
Marrocos como “papel xativi”. O
desenvolvimento histórico de
Játiva teve o seu ponto
culminante durante o longo
período de expansão foral do
Reino de Valência. Era então
considerada a segunda cidade
mais importante da zona, tanto
devido ao número de habitantes,
como à sua influência política. Da
sua gente saíram dois papas,
vinculados à saga dos Bórgia
(Calixto III e Alexandre VI), e o
pintor José Ribera, o
“Españoleto”. No entanto, a
mudança histórica que se
verificou com a chegada dos
Borbons ao trono de Espanha,
após a derrota dos partidários de
Carlos III da Austria em Almansa,
condenou a cidade a uma
irremediável decadência. É desta
Este itinerário inicia-se em
Xátiva, a capital da região de La
Costera. A história desta cidade
tem as suas orígens no alto do
monte Vernissa. Após a
implantação pela Saetabis
Augusta, os visigodos fundaram
o seu bispado, cuja sede era a
ermida de Sant Feliu. Sob a
Saíndo de Requena, pode
aceder-se a um itinerário
secundário, o do Vale de Ayora,
interessante devido aos seus
belos castelos de Cofrentes, no
lugar em que o rio Cabriel se
une com o rio Júcar, de Jalance,
com a sua gruta de Don Juan, de
Jarafuel, de Teresa De
Cofrentes e de Ayora, com o
seu povoado ibérico de Castellar
de la Meca e uma próspera
actividade apícola. Outros sítios
interessantes são as “Hoces del
Cabriel” (Bocas do rio Cabriel),
a laguna de Contreras e, mais ao
Sul, a importante Reserva
Nacional de Caça de Muela
de Cortes.
Centro urbano antigo. Xátiva
Alzira
Cofrentes
Favara
Carcaixent
Vilanova
de Castelló
Benifairó
Simat
Barx
Tavernes de la Valldigna
Quatretonda
Moixent
Serr
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rp
Se
Rugat
Castelló de Rugat
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Río
Bocairent
"Les Covetes
dels Moros"
Bañeres
Gandía
Benigánim
L'Olleria
El Grau
Xeresa
Xátiva
Canals
Xeraco
Mondúver
841
Alcoy
Emb. de
Beniarrés
Muro de Alcoy
Cocentaina
Daimús
época que vem o seu nome de
“cidade queimada”, porque
Filipe V, o vencedor de Almansa,
expulsou todos os seus
habitantes e mandou incendiar a
cidade. Os queimados não
perdoaram esta agressão e, como
castigo, mantêm o retrato do
monarca de boca para baixo no
museu da cidade.
capela com uma nave única,
abóbada de cruzeiro e janelas
góticas, mandada construír por
Maria de Castela, esposa de
Afonso, o Magnânimo. O
percurso ao longo das ruas de
San Pedro e Moncada permite
reviver a intensa vida cortesã, à
sombra dos palácios e dos seus
vastos pátios interiores. As fontes
góticas, que deixam cantar a
água nos pequenos largos, e as
casas solarengas, adornadas com
brazões aristocráticos, fazem
parte dessa paisagem urbana,
criada por uma sociedade culta e
abastada. A basílica, com a sua
colegiada, tem como padroeira a
Senhora da Assunção (“Nuestra
Señora de la Asunción”) e a sua
construção iniciou-se em 1596,
com abundantes e notáveis
privilégios e doações concedidos
pela Cúria Vaticana, aparentada
com os Borja. Também é
conveniente visitar a igreja
gótica de Sant Pere. No centro da
cidade monumental encontra-se
o Museu Municipal, conhecido
com o nome de “L’almodi”,
integrado pelo edifício assim
chamado e pelo “Peso Real”.
O ponto mais elevado da cidade
é o seu castelo, que teve a sua
origem na fusão de suas
fortalezas -ibérica e romana-,
que formam um amplo recinto,
protegido por 30 torres e quatro
portas fortificadas. Os muros
estão bem conservados, assim
como as suas dependências e a
Entre as serras Grossa e de La
Creu, ao Norte, e as montanhas
das serras Mariola e Benicadell,
ao Sul, o vale dos rios Albaida e
Clariano configura outra região
de contrastes paisagísticos.
Albaida, Ontinyent, Bocairent
e L’Olleria, com o seu artesanato
do vidro, determinam o eixo
Hospital. Xátiva
16
duma maior superfície.
É bastante característico o seu
alto campanário de 68 metros,
o pórtico de estilo “plateresco” e
a capela da “Puríssima”.
Por toda a zona antiga da
povoação encontram-se
impressionantes palácios e casas
solarengas.
central de comunicações de
La Vall d’Albaida. Quando a
planície termina, e no sopé das
primeiras encostas da Serra de
Benicadell, a cidade de Albaida,
a cidade branca dos árabes,
conserva a sua fisionomia de
povoação tradicional, no meio
dum cinturão industrializado.
O legado artístico do pintor José
Segrelles (1885-1969), discípulo
de Sorolla, constitui o principal
motivo de orgulho dos seus
habitantes. O largo principal tem
ainda um velho palácio, o dos
Marqueses de Albaida, e a
interessante igreja da Vírgem da
Assunção, decorada, claro está,
com dez quadros de Segrelles.
Pela estrada de Bocairent, a
nascente do rio Clariano constitui
uma interessante paisagem
natural. Conhecida pelo nome do
Pou Clar, permite que nos
refresquemos durante o verão
com as águas do seu manancial.
A partir daqui, as rochas com
grutas escavadas desde a préhistória constituem uma
A cerca de oito kilómetros para
Sudoeste, a cidade de Ontinyent
acha-se dividida entre a
protecção que lhe dá a Serra
Grossa e a sua dependência do
rio Clarino. Junto às suas águas
ainda se encontram restos das
indústrias texteis pioneiras, que
aproveitam o desnível da água
como energia impulsora da roda
hidráulica. O percurso do
visitante deverá iniciar-se pela
zona da vila, que se encontra na
praça da Câmara Municipal, num
edifício histórico da época de
Carlos III, ao lado dos arcos da
casa-farmácia Jordá e das
arcadas. Mais acima, fica a igreja
gótica de Santa Maria, de uma só
nave, sem cúpula nem cruzeiro,
porque a irregularidade do
terreno não permitia dispor
Albaida
17
da Assunção, rematada por um
característico campanário de
estilo barroco. O bairro medieval
é um admirável conjunto
histórico-artístico. Ao longo do
centro urbano e da sua periferia,
o percurso do visitante far-se-à
sempre entre ermidas, fontes e
mananciais.
preparação adequada para
chegar a Bocairent, uma cidade
esculpida na rocha e
praticamente circundada pelos
barrancos e precipícios do rio
Clariano. É uma vila monumental
em que os profundos desníveis
de terreno tornam necessário
que se entre em determinadas
casas pelo segundo ou terceiro
andar das mesmas. O largo da
Câmara Municipal é dominado
por essas casas desproporcionadas,
pelo pórtico de L’Arc de L’Aigüa
e, sobretudo, pela enorme igreja
Itinerário do Rio Turia
Este itinerário decorre entre as
comarcas de Camp de Turia e
de Los Serranos. Começa em
Lliria, o grande centro regional.
O seu nome romano foi Lauro e,
por isso, o cronista Plínio alude
aos vinhos “lauronenses”,
cultivados em Plà de L’Arc. A
cidade moderna cresceu na
planície. Na época de Filipe V,
este rei decidiu recompensar o
Duque de Berwick, inglês, pela
vitória conseguida na batalha de
Igreja San Miguel. Llíria
Bocairent
18
Almansa, outorgando-lhe o
título de Duque de Lliria.O
Terceiro Duque casou-se com
Maria Teresa de Silva, duquesa
de Alba, que foi sepultada nesta
cidade. O palácio da Casa de
Alba é agora o edifício da
Câmara Municipal. Lliria é a
cidade da música. Duas bandas
consagram esta expressão
cultural: a “Banda Primitiva”,
provavelmente a mais antiga de
toda Espanha, e a “Unión
Musical”, fundada em 1903.
Paralelamente ao curso do rio
Turia, e a uma distância entre si
nem demasiado curta, nem
excessivamente longa, as
povoações que integram o
espaço natural do Alto Turia, na
região de Los Serranos,
encontram-se disseminadas por
um vasto território, sob a
vigilância das elevadas cumes e
dos bosques, que se estendem
até às águas do próprio rio.
Titaguas
Ademuz
Tuéjar
A economia destas povoações
baseia-se na exploração florestal,
da pecuária e do cultivo dos
cereais e das vinhas. É uma terra
de bom vinho, especialmente o
branco, com denominação de
origem. Chelva, com a categoria
de centro da comarca, oferece
restos arqueológicos da Idade do
Bronze, do período ibérico e da
época romana. A sua igreja
arciprestal, cuja padroeira é a
“Madre de Dios de los Ángeles”
(Madre de Deus dos Anjos)
permite contemplar uma
monumental fachada de Juan de
Herrera. A cidade conserva o
traçado urbanístico da antiga
“Judiaria”.
Em Tuéjar há um centro de
informação turística. A estrada
continua a subir até chegar a
Titaguas, uma povoação
erguida à sombra da montanha
de La Lámpara. Através dum
desvio atinge-se a localidade
histórica de Alpuente, um
pequeno tesouro monumental,
encerrado entre duas colinas, e
cuja visita deveria ser
imprescindível.
Dentro de terras aragonesas e
castelhanas, a província de
Valência conserva um pequeno
enclave de 470 kilómetros
quadrados, denominado Rincón
de Ademuz, com paisagens de
montanha, muito acidentado e
isolado. Apenas a veiga do rio
consegue atenuar este panorama
agreste com terras de cultivo,
campos de macieiras e de
hortaliças.
Alpuente
Chelva
21
V alência, capital do Turia
Identifica-se Valência com o
Mar Mediterrâneo, porque a
cultura própria do velho Mare
Nostrum se faz sentir nos
comportamentos sociais desta
cidade.
kilómetro quadrado.
O itinerário para conhecer a
cidade começará no centro
histórico que, até meados do
século XIX se encontrava
protegido por uma muralha,
cujo traçado coincide agora com
o percurso da linha interior dos
autocarros número 5. Como
vestígios dessa muralhas,
permanecem ainda as elegantes
Torres de Serranos (1), as
imponentes Torres de Quart (2)
e vários lanços de muralha, no
subterrâneo do Instituto
Valenciano de Arte Moderna
(IVAM).
O património artístico mais
notável acha-se nos bairros de
Valência é a capital
administrativa da Comunidade
Valenciana e o centro da região
denominada L’Horta.
É a cidade mais populosa da
Comunidade Valenciana,
porque está rodeada por um
importante cinturão de
municípios de tamanho médio,
que integram uma continuidade
urbanística, com uma densidade
média de 1.600 habitantes por
Praça de la Virgen. Palácio do Governo
22
Planta da cidade
Lugares interessante
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14
15
16
Torres de Serranos
La Seu (da Sé) e de La Xerea,
onde os restos romanos se
ocultam sob as ruínas árabes e
as igrejas e palácios modernos.
Neste coração da velha cidade
encontra-se o centro
administrativo da vida política
do Consell (Governo) e as Corts
Valencianes (Parlamento), além
das instituições eclesiásticas. É o
cenário inevitável das
celebrações e das festividades
mais importantes do calendário
anual. A praça de “La Virgen” é
circundada pelo esplêndido
edifício gótico do Palau de la
Generalitat (3) (Palácio do
Governo), pela porta,
igualmente gótica, dos
Apóstolos da Catedral, junto à
qual todas as 5as feiras,
17
18
19
20
Torres de Serranos
Torres de Quart
Palácio do Governo
Basílica da Virgem
dos Desamparados
Palácio de la Batlía
Palácio Marquês de los Scala
Palácio de Benicarló
(Cortes Valencianas)
Catedral
Palácio do Marquês de
Campo (Museu da Cidade)
Convento de Santo Domingo
Palácio de El Temple
Lota (“Lonja”)
Mercado Central
Igreja dos Santos Juanes
Câmara Municipal
Palácio Marquês
de Dos Aguas (Museu
Nacional da Cerâmica)
Real Colégio de El Patriarca
Universidade de Valência
Antigo convento de El Carmen
Centro Julio González
(sede do IVAM)
SINAIS CONVENCIONAIS
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P Parque de estacionamento
Estação de caminho-de-ferro
Estação de autocarros
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Correios
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Tel. 91 4167341 - 28002 MADRID - AÑO 2001
se reúne ao meio-dia, o
“Tribunal das Águas”, à sombra
da Torre “del Miguelete”,
símbolo da cidade, assim como
pela Basílica de la Virgem de
los Desamparados (4),
padroeira dos valencianos. Na
pequena praça de Manises,
onde se situam os Palácios de
la Batlía (5), sede da Deputação
Provincial, e de los Scala (6), é
possível evocar todo o encanto
duma praça restaurada, em
estilo italiano. No largo de San
Lorenzo, o palácio de
Benicarló (7) é a sede do
Parlamento Valenciano, tendo
sido ampliado na sua parte
posterior com um edifício de
nova construção, no qual se
encontra o hemiciclo.
A Lota (“La Lonja”)
cidade que, durante a sua época
de esplendor dos séculos XIV e
XV era considerada a mais
populosa de toda a Península.
Após uma meticulosa obra de
restauração, este edifício
converteu-se numa bela sala de
exposições. Na praça “del
Arzobispo”, a Catedral (8) que,
em valenciano, se chama “Seu”
e, por este motivo, deu o mesmo
nome ao bairro-mostra a sua
porta lateral de La Almoina, de
estilo românico arcaico, e, por
sua vez, o palácio do Marquês
de Campo (9) ostenta a
elegância dum edifício nobre
convertido em museu da cidade.
A praça de “La Reina” inclui-se
numa iniciativa urbanística de
novo traçado, resultado dos
trabalhos de demolição, que
substituíram pequenas ruelas e
edifícios antigos por um
A rua “del Almudín” deve o seu
nome a um grande armazém de
trigo, que permitiu durante
vários anos abastecer os
habitantes de Valência, uma
Rua de la Paz
26
conjunto de espaços idóneos
para um trânsito mais fluido e
novos estabelecimentos
comerciais.
A Torre de Miguelete, com os
seus 60 metros de altura e uma
escadaria de 207 degraus,
constitui o símbolo da cidade,
como recordação duma época
em que o toque dos sinos
determinava as horas de abrir e
fechar as portas da muralha. No
extremo do bairro de “La
Xerea”, junto ao velho leito do
rio, acha-se o importante
Convento Gótico de Santo
Domingo (10) e o palácio del
Temple (11), ocupado pela
Delegação do Governo Central,
no meio de antigos palácios da
nobreza valenciana.
O bairro de Mercat foi-se
formando à volta da vida
comercial dos habitantes da
cidade. E assim, o seus edifícios
mais típicos são de carácter
comercial. O edifício gótico da
La Lonja (12), declarado
património da humanidade pela
UNESCO, tem um belo salão de
colunas, no qual ainda se usam
as antigas mesas onde se
ultimavam as operações
comerciais. As suas colunas
helicoidais sustêm umas
abóbadas com ornamentação
simbolista. Em frente de “La
Lonja” está o Mercado Central
(13), um edifício modernista,
exemplar da arquitectura dos
anos 20, que soube integrar
sàbiamente o ferro com o
Mercado Central
azulejo, os mosaicos e o tejolo, e
também o templo dedicado aos
Santos Juanes (14).
O bairro de Sant Francesc deve
o seu nome ao convento que
ocupava o espaço da principal
praça da cidade, a da Câmara
Municipal (15). A sede do
Governo Municipal está rodeada
por edifícios construídos com
critérios de monumentalidade,
Câmara Municipal
27
Moncada, Paterna, Manises,
Torrent, Aldaya, Picanya e
Catarroja. Os seus habitantes
conciliam as tarefas agrícolas
com uma intensa actividade
industrial. Mantêm a tradição
dos ofícios artesanais, como a
cerâmica, a elaboração da
“horchata de chufa” e os leques,
para que, deste modo, não
percam a sua peculiar herança
cultural e, ao mesmo tempo,
para aproveitar a oportunidade
de desenvolver indústrias
importantes, como a do
mobiliário.
Centro Julio González (IVAM)
Palacio Marqués de Dos Aguas
na sua maior parte destinados a
actividades financeiras e
comerciais. É nesta praça que se
celebram os actos mais
multitudinários das festas das
“Fallas”, dedicadas a S. José, no
mês de Março. Nesta zona mais
moderna do núcleo tradicional
da cidade não podemos deixar
de visitar o conjunto barroco do
Palácio Marqués de Dos
Águas (16), sede do Museu
Nacional de Cerâmica, o
Conjunto renascentista de El
Patriarca (17) e a antiga sede
da Universitat de Valência
(18) na rua de La Nave. O centro
histórico completa-se com os
populares bairros de El Carme,
com uma intensa vida artística e
nocturna, e Velluters, um
recanto dedicado às actividades
artesanais. Em El Carme, o
antigo convento de El
Carmen (19) e o Centro Julio
González (20), como sede dupla
do Instituto Valenciano de Arte
Moderna (IVAM), e o centro
cultural de La Beneficiencia,
deixarão plenamente satisfeito
qualquer visitante com
interesses culturais.
Pelo lado exterior da já
destruída muralha cresceu a
Valência das ampliações de
bairros burgueses, com grandes
artérias ajardinadas e numerosos
exemplares da arquitectura
modernista. Do outro lado do
velho leito do rio Turia
estendem-se os jardins de Los
28
Viveros, o Museu de Belas Artes,
a urbe supermoderna, cuja
expansão permite unir os
núcleos urbanos marítimos com
o centro histórico. No velho leito
do rio ergue-se o “Palau de la
Música” (Palácio da Música), o
parque infantil Gulliver e o
complexo recreativo e cultural
“Ciutat de les Arts i de les
Ciences”, que constituem a
fisionomia futurista da cidade. A
zona do porto e as praias de Las
Arenas e La Malvarrosa
prolongam a vida da cidade à
beira mar.
Museu de El Patriarca
A “horta” de Valência está
ocupada por numerosas
povoações, que constituem uma
rede compacta com a cidade. As
mais importantes são Alboraya,
Burjassot, Rocafort,
29
L
senderismo, através do traçado
de duas grandes rotas europeias,
a GR-7 e a GR-10, além do
cicloturismo, a descida de
barrancos, as pirogas, o turismo
equestre, os voos em ultraleves e
o parapente.
azer e
espectáculos
Portos e actividades
nauticas
Os 112 quilómetros da costa de
Valência oferecem inúmeras
possibilidades para o lazer e o
desporto. Uma média anual de
aproximadamente 2.700 horas
de sol, 24º de temperatura no
Verão e 10º no Inverno, são
ideais para a prática de
desportos náuticos em
instalações estrategicamente
localizadas ao longo de todo o
litoral, onde os escarpados são
uma excepção, salvo na zona de
Cullera. De norte a sul os portos
desportivos são os seguintes:
Canet d'en Berenguer, Pobla de
Farnals, Port Saplaya
(urbanização), Real Club Náutico
de Valência, El Perelló, Cullera,
Gandia e Oliva.
Golf. El Saler
Desportos, golfe e
turismo activo
Todos os desportos mais
populares, inclusive os desportos
tradicionais como é o caso da
pelota valenciana, dispõem de
diversos espaços aptos para a sua
prática. Contudo, em período de
férias, o turista procura
essencialmente os desportos que
proporcionam uma maior
integração no ambiente natural
que visitam.
Um exemplo disso são os campos
de golfe de Valência. Um deles, o
de Saler é considerado um
modelo em Espanha.
Encontramos igualmente na costa
o campo Oliva Nova, de Oliva,
concebido por Severiano
Ballesteros.
A oferta fica completa com as
instalações de outros campos.
L'Escorpion, em Bétera, o de
Manises e o de El Bosque, em
Chiva.
Para os apreciadores do turismo
activo, as actividades passam pelo
Federação de Vela de Valência
% 963 530 120
) 963 534 331
www.fvcv.com
Club Náutico. Valência
30
e os anúncios dos espectáculos
valencianos.
Ciudade das artes e
das ciências
Obra vanguardista dos
arquitectos Santiago Calatrava e
Félix Candela. Tem como
objectivo formar e informar os
seus visitantes sobre as artes, as
ciências e a natureza. Engloba o
L'Hemisteric, Museu de les
Ciences, Palau de les Artes,
L'Oceanografic e o L'Umbrale.
Lazer e cultura
A oferta cultural de Valência
concentra-se nas suas exposições
temporárias e permanentes,
disponíveis em 86 museus, bem
como na actividade inovadora e
competitiva de 56 galerias de
arte.
As artes plásticas possuem nesta
terra uma longa tradição, na
qual é possível destacar em cada
época da sua história
importantes figuras, desde Juan
de Juanes y Ribera até Sorolla,
Benlliure e Pinazo, não
esquecendo as contribuições
mais recentes de Altaro, Valdês,
Genovés, Calvo e Navarro.
Das cinco salas de música,
destaca-se a qualidade acústica
e a grandiosidade
arquitectónica do Palau de la
Música, bem como as numerosas
salas de teatro, que permitem
ao visitante encontrar uma
resposta completa às suas
apetências de lazer cultural, em
qualquer uma das suas artes
cénicas. Apenas tem que
consultar as completas
programações e os "guias de
lazer", publicados pelos jornais
A noite
A província de Valência mantém
a boa reputação de ter
discotecas nocturnas, com
música até ao amanhecer e
situadas na periferia da capital e
na linha que vai de Valência até
Cullera, atravessando as
numerosas urbanizações e praias
do litoral.
Palau de la Música. Valencia
31
Cidade das Artes e das Ciências
Festas
das ofrendas à “Virgen de los
Desamparados” e da
grandiosidade e abundância dos
fogos de artifício. A seguir, a
Semana Santa oferece
importantes representações
cénicas, em Xátiva, Requena,
Benetússer e Moncada e também
nas Povoações Marítimas
(Poblados Marítimos) de
Valência, com as multitudinárias
procissões da “Semana Santa
Marinera” (Semana Santa
Marinheira).
Valência conta com um
abundante e variado calendário
festivo. Cada época do ano tem a
sua celebração e a sua evocação
de determinadas tradições. As
fogueiras de Santo Antonio
Abad (17 de Janeiro) iniciam o
calendário, com piras de lenha
para queimar -a pira mais
monumental é a de Canals- e
com a cerimónia da benção aos
animais. A 19 de Março, as
“fallas” dedicadas a S. José
ocupam as ruas da capital e de
mais de 60 povoações da
província, nas quais se instalam
catafalcos monumentais, com
figuras de cartão, que se
queimam com aparatosos fogos
de artifício, após terem
permanecido em exposição
durante quatro dias. São as festas
que mais público reúnem e mais
interesse despertam aos
visitantes, atraídos pela
espectacularidade dos cortejos,
A celebração do Corpus Christi é
evocada em Valência e Xátiva
com a recuperação de procissões
muito antigas, originárias da
Idade Média, nas quais se
encontram representadas as
corporações medievais, as
personagens bíblicas e as diversas
classes sociais. Com o sortilégio da
noite de S. João (24 de Junho)
ressurge a atracção do fogo, e as
fogueiras acendem-se à beiramar, para cumprir o ritual de
molhar os pés entre as ondas.
32
Para festejar o dia da Assunção
(15 de Agosto) organizam-se
importantes procissões, entre as
quais se destaca a festa de “les
alfàbegues” (dos mangericos),
em Bétera. No fim do mês, Buñol
celebra a sua famosa “tomatina”.
sem esquecer ainda as “fiestas de
los locos” (festas dos malucos),
no dia 28, em Jalance.
Na última semana de Agosto,
Ontinyent tem a sua festa de
“Moros y Cristianos” (Mouros e
Cristãos), assim como Bocairent,
no mês de Fevereiro. Também
Cocentaina e Paterna realizam
estas festas na mesma data; e
esta última povoação com um
espectáculo pirotécnico (“la
cordà”). Os cortejos com trajes
históricos, ao ritmo duma música
bastante exótica, evocam as
rivalidades entre as tropas
mouras e cristãs, nos tempos da
Reconquista. Albaida, Agullent e
L’Olleria também celebram esta
tradição.
Os últimos dias de Agosto e o
mês de Setembro são a época das
festas da vindima, em Requena e
Utiel, e também da “festa
grande” de Gandía, dedicada a
São Francisco de Borja. Em
Alguemesí, a festa é dedicada à
“Virgen de la Salud” (Nossa
Senhora da Saúde). O dia 9 de
Outubro, que é o dia oficial da
Comunidade Valenciana, é
festejado com a doçaria típica de
“mazapán” (doces de amêndoa,
ovo e açúcar) de San Donís. E o
calendário anual finaliza com as
festas do Natal, com abundância
de presépios e cortejos a cavalo,
No campo da cerâmica, o
comprador encontrará uma
ampla variedade de qualidades e
formas, com um centro de
produção de indiscutível
tradição, que é Manises. Em
Tavernes Blanques encontra-se a
sede de “Porcelanas Lladró”,
uma firma que exporta a todo o
mundo. Ao artesanato do barro,
da olaria, deverá ainda
acrescentar-se o artesanato das
fibras vegetais aplicadas aos
móveis e aos objectos de uso
doméstico, nas povoações de
Vallada, Montesa, Navarrès e
L’Olleria. Esta última localidade
com Llosa de Ranes, também
oferece uma ampla variedade de
objectos artesanais de vidro. Os
trabalhos de madeira, que
Compras e artesano
“Falla”. Valência
33
Feiras
Valência constitui um ponto de
destino apreciado pelo turismo
de negócios. A sua “Feria
Muestrario Internacional” (Feira
de Amostras Internacional) ,
fundada em 1917, é a mais
antiga de Espanha. Durante todo
o ano, cerca de 50 certames
diferentes ocupam o amplo
recinto de feiras, situado em
Benimamet. As mais relevantes
destas manifestações são as que
divulgam as últimas novidades
em mobiliário, horticultura,
brinquedos, cerâmica, produtos
têxteis, moda infantil e joalharia.
Mercado de cerâmica popular. Valência
constituem a raíz da florescente
indústria do mobiliário,
produzem-se em Alboraya,
Xirivella e Torrent, ao passo que
em Sagunto a matéria prima do
artesanato é a cortiça. De certo
modo em relação a esta matéria
prima, as povoações de Aldaia,
Alacuas, Godella e Valência
cultivam um refinado artesanato
de leques, que vão dos mais
simples aos mais sofisticados,
feitos de madre pérola e com
pinturas à mão.
Também há feiras de tipo
regional ou local, relacionadas
com produtos e maquinaria
agrícola, artesanato próprio da
zona, livros modernos e antigos,
enchidos, vinhos e antiguidades.
Gastronomia
O prato típico da gastronomia de
Valência é a “paella”, um arroz
de frango, coelho e verduras.
Cada povoação tem as suas
variedades próprias e as suas
preferências, já que o arroz
permite a utilização de variados
ingredientes. No entanto, as
especialidades mais apreciadas
são a “paella” de carne (frango
ou coelho), a de mariscos e a
Se as compras se dirigem aos
produtos gastronómicos, esta
província tem abundantes
enchidos,
doçaria e pastéis, elaborados nos
respectivos fornos e pastelarias,
bons vinhos tintos e brancos, e
ainda o arroz, os cítricos e outras
frutas, mais típicas dos campos
do interior.
34
“paelha” mixta. Entre os
pescadores vulgarizou-se o “arroz
a banda”, assim chamado porque
se cozinham separadamente o
arroz e o peixe, para tomar sabor,
e serve-se com alho e azeite (o
típico molho de “alli oli”).
Também é muito apreciado pelas
famílias valencianas o arroz no
forno, feito numa travessa de
barro, assim como o arroz de
acelgas, de chocos, de couve-for e
espinafres, entre outros
ingredientes. Na comarca de La
Safor cozinha-se a “fideuà”, que
equivale a um arroz de marisco,
no qual o arroz foi substituído
pelos espaghetti.
Em determinadas regiões do
interior, o prato típico é o
gaspacho, servido com bola de
pastor, de farinha de trigo e
cozida nas brasas. Este prato
pode encontrar-se nas zonas de
Requena-Utiel, Valle de Ayora,
Canal de Navarrés, La Costera e
Los Serranos. Esta última
também oferece ao visitante a
“olla churra”, elaborada com
bocadinhos de carne de porco e
morcelas, e ainda as “gachas”
(açorda), para aproveitar a
abundante carne do gado
autóctone.
No que se refere à carne,
costuma assar-se à brasa as
costeletas de cordeiro,
juntamente com certos enchidos,
como a linguiça, as morcelas e o
chouriço. O hábito de fritar a
carne de frango e de coelho
temperada com molho de
tomate tem a sua orígem na
cozinha tradicional doméstica,
assim como o tão apreciado
“hervido” (sopa de legumes),
para o jantar.
Valência é uma terra de óptimos
doces e pastéis. Entre as
variedades oferecidas pelos
numerosos fornos existentes,
contam-se os pães, de todos os
tamanhos e sabores, os
“panquemados”, as rosquinhas
(“rosquilletas”), os pastéis de
massa folhada, as “cocas”
(espécie de fulares), as tortas de
aniz, os “rosegons” de
amêndoa, as “monas” (fulares)
com um ôvo no centro, na época
da Páscoa, o bolo (“roscón”) Rei,
etc.
Quanto às bebidas, convém
destacar a “horchata”, derivada
do tubérculo chamado chufa,
que se toma como refresco, além
do sumo natural de laranja e a
sua combinação com vinho
espumoso, que se chama “água
de Valência”. É bastante
abundante a produção vinícola,
com mais de 75.000 hectares de
vinhedos. As principais adegas
acham-se em Requena, Utiel,
Llíria, Villar del Arzobispo e
Tuéjar. Também se elaboram
vinhos espumosos de boa
qualidade em Requena.
Gastronomia
35
TRANSPORTES
DADOS DE INTERESSE
Prefixo internacional % 34
Informação Turística
TURESPAÑA
www.spain.info
Agência Valenciana do Turismo
% 963 986 000
www.comunidad valenciana.org
POSTOS DE INFORMAÇÃO TURÍSTICA DA GENERALITAT VALENCIANA
Tourist Info Valencia
Paz, 48
% 963 986 422
Tourist Info Valencia
Plaza de la Reina, 19
% 963 153 931
Tourist Info Valencia
Poeta Querol, s/n
Edificio Teatro Principal
% 963 514 907
Tourist Info Valencia-Renfe
Xátiva, 24 (Estácion del Norte)
% 963 528 573
Tourist Info Alto Túria
% 961 635 084
Tourist Info Bocairent
% 962 905 062
Tourist Info Camp de Turia
% 962 793 619
Tourist Info Cullera
% 961 720 974
Tourist Info Gandía
% 962 877 788
Tourist Info Manises
% 961 525 609
Tourist Info Miramar
% 962 802 165
Tourist Info Oliva
% 962 855 528
Tourist Info Ontinyent
% 962 916 090
Tourist Info Requena
% 962 303 851
Tourist Info Sagunto
% 962 662 213
Tourist Info Tavernes de la
Valldigna
% 962 885 264
Tourist Info Xátiva
% 962 273 346
www.turisvalencia.es
Outros
Parque Natural de La
Albufera
Centro de Informação
Racó de l'Olla
www.albufera.com
Instituto Valenciano de Arte
Moderna (IVAM)
Guillem de Castro, 118
www.ivam.es
L'Hemisferic, Museu de les
Ciencies, Palau de les Arts,
L'Oceanografic e L'Umbrale
% 902 100 031
www.cac.es
PARADORES DE TURISMO
Central de Reservas
Calle Requena, 3
28013 Madrid
% 902 547 979
) 902 545 432
www.parador.es
Parador de El Saler
Avda. de los Pinares, 151
46012 El Saler
% 961 611 186
) 961 627 016
AENA
% 902 404 704
www.aena.es
Renfe
% 902 240 202
Informação Internacional
% 902 242 402
www.renfe.es
Ferrocarriles de la Generalitat
Valenciana
(Caminhos de Ferro)
% 963 974 040
Estação Central de Autocarros
% 963 466 266
Trasmediterranea
% 902 454 645
www.trasmediterranea.es
Informação rodoviária
% 902 123 505
www.dgt.es
DADOS ÚTEIS
Emergências % 112
Urgências médicas % 061
Guarda Civil % 062
Polícia Nacional % 091
Polícia Municipal% 092
informação ao cidadão % 010
Correios % 902 197 197
www.correos.es
DELEGAÇÕES ESPANHOLAS DE TURISMO NO ESTRANGEIRO
BRASIL. São Paulo
Escritório Espanhol de Turismo
Rua Zequinha de Abreu, 78
Cep 01250 SÃO PAULO
% 5511/38 65 59 99
) 5511/38 72 07 33
e-mail: [email protected]
PORTUGAL. Lisboa
Delegação Oficial do Turismo
Espanhol
Av. Sidónio Pais, 28 – 3º dto.
1050 – 215 LISBOA
% 35121/ 354 53 29
) 35121/ 354 03 32
e-mail:[email protected]
EMBAIXADAS EM MADRID
Brasil
Fernando El Santo, 6
% 917 020 689
) 917 004 660
Portugal
Pinar, 1
% 917 824 960
) 917 824 972
TERUEL 16 km
BENICARLÓ 46 km
TERUEL 21 km
La Puebla
de Valverde
330
Rubielos
de Mora
T E R U E L
Torre Baja
Salvacañete
Rí
330
MOTILLA DEL PALANCAR 21 km
Camporrobles
Minglanilla
Villagordo
del Cabriel
N-III
Rí
o
ALBACETE 28 km
Casas-Ibáñez
Serra
Náquera
Llíria
Chulilla
TURIA
Bugarra Pedralba
Hierbas
1042
Vilamarxant
Emb.
de Buseo
Cheste
Siete Aguas
N-III
Chiva
Requena
Buñol
322
Alborea
Emb. de
Embarcaderos
744
A L B A C E T E
Turís
ès
JÚ
CA
R
Emb.
de Tous
Caroch
1126
330
Teresa de Cofrentes
Bicorp
"Cueva de La Araña"
Navarrés
ALBACETE 8 km
P
HELLÍN 15 km
Autoestrada
Via rápida
Estrada nacional
Estrada rede básica 1ª cat.
Estrada rede básica 2ª cat.
Estrada local
Caminho-de-ferro
Pousada de turismo
Santuário-Mosteiro
Castelo
Monumento
Ruínas históricas
Parque Natural
Grutas
Porto desportivo
Parque de campismo
Campo de golf
Termas
Aeroporto
Bétera La Pobla
La Pobla de Farnals Puig
Massamagrel
de Vallbona
Moncada
Paterna Burjassot
Playa de Alboraya
Manises
Ayora
Playa de la Malvarrosa
VALENCIA
Pinedo
P
Catarroja
El Saler
Playa del Saler
Silla
La Albufera
Picassent
PARQUE NATURAL
Millares
Cofrentes
Jalance
Jarafuel
RÍO
Port
Puçol
MAR
MEDITERRÁNEO
DE LA ALBUFERA
Serra M
art
el
Canet d'En Berenguer
"Santo Espíritu del Monte" El
Monte Picayo
1084
Cabri
Playa Corinto
Playa de L’Almardá
Sagunto
Godelleta
Emb.
de Forata
Los Sardineros
Almenara
Torrent
Los Cojos
Villatoya
"Cartuja de
Portacoeli"
Losa del Obispo
El Pontón
Venta
del Morro
Villalpardo
Chera
Utiel
340
A-7
Casinos
Emb. de
Loriguilla
la Vall
d'Uixó
Algar de
Palancia
Villar del
Arzobispo
Chelva
Tuéjar
Sinarcas
Mira
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la
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Alcublas
Emb. de
Benagéber
Burriana
Nules
Altura Segorbe
Alpuente
Titaguas
Almassora
Vila-Real
Salada
581
La Yesa
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de Contreras
Onda
Jerica
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CASTELLÓN
DE LA PLANA
CASTELLÓN
234
C U E N C A
Cabo Oropesa
Benicássim
Barracas
Aras de
Alpuente
Landete
Pelado
1419
Oropesa
Alcora
Mijare
s
Torrijas
RÍO
CUENCA 65 km
Santa Cruz
de Moya
A-7
Manzanera
Huérguina
Cuerda
1401
Vall d’Alba
Río
Javalambre
2020
Rincón de Ademuz
Ademuz
420
Cabanes
Zucaina
Caserío Benalí
Anna
El Palmar
Almusafes
Perellonet
Benifaió
Sollana El Perelló
Alginet
A-7
Carlet
Algemesí
Sueca
L'Alcudia
Guadasuar
Cullera
Playa de L’Estany
Alzira
Favara
Alberic
Playa El Dorado
Carcaixent Tavernes de la Valldigna
Vilanova
Benifairó Mondúver Xeraco
de Castelló
841
Simat
Barx Xeresa
430
Playa de L’Ahuír
El Grau
"Cueva de Parpalló"
Xátiva
Gandía
Quatretonda
Canals
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Alpera
Montesa
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430
"Bastida de
les Alcuses"
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Rugat S PARQUE
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Castelló de Rugat PEGO-OLIVA
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Montealegre
del Castillo
"Les Covetes
dels Moros"
344
Bañeres
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VILLENA 3 km
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Vallada L'Olleria
Moixent
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Miramar
Pego
ALICANTE 45 km
Denia
P
Jávea
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Teulada
ALICANTE
Aitana
1558
332
753
Emb. de
Beniarrés
Muro de Alcoy
Cocentaina
Alcoy
de Oliva
0
10
20
30 Km
CARTOGRAFÍA: GCAR, S.L. Cardenal Silíceo, 35
Tel. 91 4167341 - 28002 MADRID - AÑO 2001
ALICANTE 38 km

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