Acta Nº 1 de 2011/02/25
Transcrição
Acta Nº 1 de 2011/02/25
ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA MOITA ACTA N.º 01.11 25.02.11 X Mandato Aos vinte e cinco dias do mês de Fevereiro do ano 2011, pelas vinte e uma horas e trinta minutos, no Salão Nobre do Edifício Sede do Município realizou-se uma Sessão Ordinária da Assembleia Municipal, com a seguinte Ordem de Trabalhos: Ponto único – Actos da Câmara. Por ausência da 2.ª Secretária, Cátia Cristina Pereira Tavares, o Sr. Presidente propôs à Assembleia que nesta sessão fosse substituída por Vanda Isabel da Costa Figueiredo, o que foi aceite pela Assembleia Municipal sem qualquer objecção. Presidente da Mesa – Esclarece que na sessão de 24 de Setembro de 2010 realizada na Biblioteca Municipal da Moita, por razões técnicas a sessão não ficou toda gravada, sendo solicitado a alguns membros da Assembleia cujas intervenções estavam inaudíveis para verem se se lembravam do que tinham dito e assim poderem dar uma ajuda à elaboração da acta, o qual foi correspondido. Presidente da Mesa – Informa que recebeu um ofício da D. Maria Manuel Fernandes Francisco Oliveira, com o seguinte teor: “Por não me ser possível por motivos de saúde estar presente nas reuniões da Assembleia Municipal da Moita para a qual sou convocada, situação já que se verificou por várias ocasiões, venho por este meio solicitar renúncia de participação em reuniões da Assembleia Municipal, já a partir da reunião que está agendada para a próxima sexta-feira, dia 25 de Fevereiro.” Verificação de ausências: Andrea da Conceição Martins Plácido. Substituições verificadas e presentes ao plenário da Assembleia Municipal: Victor Manuel Teixeira Mendes Gama, solicita suspensão de mandato pelo período de seis meses a partir de 13 de Janeiro, sendo substituído por Victor Fernando Barros. Cátia Cristina Pereira Tavares é substituída nesta sessão por José António Soares Pereira. Presidente da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário é substituído nesta sessão pelo substituto legal Custódia Lúcia Marques Paiva. António Manuel Fernandes da Costa é substituído nesta sessão por Neuza Ester Fonseca Janeiro por renuncia de Maria Manuel Fernandes Francisco Oliveira. Foi verificada a substituição dos membros substitutos. 1 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA MOITA Estiveram presentes os seguintes Membros do Executivo Camarário: Sr. Presidente da Câmara João Manuel de Jesus Lobo, Srs. Vereadores Miguel Francisco Amoêdo Canudo, Vivina Maria Semedo Nunes, Vitor Manuel Rodrigues Cabral. Foi dada a palavra ao público, não havendo intervenções. PERÍODO ANTERIOR À ORDEM DO DIA Pela bancada do PS foi apresentada a seguinte Recomendação: Recomendação “No exercício das nossas funções, mencionadas no artigo primeiro do Regimento desta Assembleia: “A actividade dos membros da Assembleia Municipal visa o cumprimento da Constituição da República, o acatamento da legalidade democrática, e a prossecução de interesses próprios da população do Concelho.” Recomenda-se o cumprimento do estipulado no artigo 29.º que se transcreve o ponto 1, “Em cada sessão ordinária haverá um período antes da Ordem do Dia com a duração de 60 minutos, devendo ser dada oportunidade de uso da palavra a todas as forças políticas.” Intervieram: Manuel Madeira – Diz que a recomendação acaba por ser uma redundância, considerando que o Regimento fala precisamente no que diz a Recomendação que são os 60 minutos, ao contrário do que diz o membro da Assembleia Filomena Ventura, que o Regimento não prevê o alargamento do Período Antes da Ordem do Dia, lembra que o Regimento foi feito pela Assembleia e esta é soberana, o que significa que em qualquer momento pode determinar a continuidade dos trabalhos. Presidente da Mesa – Diz que o Regimento também define que possa haver reuniões de representantes dos partidos políticos com a Mesa, já foi realizada uma onde ficou definido que sempre que necessário deveriam reunir, acha que deve haver outra reunião para analisar o funcionamento da Assembleia. Avança com uma data que será o dia 8 de Abril, se todos estiverem de acordo. Filomena Ventura – Diz que em cumprimento do artigo 34.º do regimento aprovado por esta Assembleia no ponto 1 refere o seguinte: 1 - O membro da Assembleia que pedir a palavra para invocar o Regimento indica a norma infringida, com as considerações indispensáveis para o efeito. Considera que não foram infringidas nenhumas normas, mas estão a invocar o Regimento e passa a ler o artigo 29.º que tem o período antes da ordem do dia: 1 - Em cada sessão ordinária haverá um período antes da Ordem do Dia com a duração de 60 minutos, devendo ser dada oportunidade de uso da palavra a todas as forças políticas. 2 - O Período de Antes da Ordem do Dia destina-se a: 2 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA MOITA a) À apreciação das actas e sua aprovação; b) Ao tratamento pelos membros da Assembleia de assuntos de interesse local e relevantes; c) À emissão de votos de congratulação, saudação, protesto ou pesar, assim como moções cujo conteúdo não se enquadre na ordem do dia, bem como propostas para alteração da ordem do dia ou inclusão de novos pontos, devendo ser dada oportunidade de uso da palavra a todos os membros. Isto o Sr. Presidente tem cumprido muito bem no exercício da democracia, conforme o Regimento que foi aprovado evocou os seus artigos e não há em nenhum ponto deste Regimento aquilo que o membro da Assembleia Manuel Madeira evocou. Há na verdade a possibilidade de apresentar requerimentos, neste momento todos nós somos trabalhadores, alguns de nós infelizmente não, mas gostaria que os assuntos relevantes para interesse local, cumprissem inexoravelmente os sessenta minutos. Presidente da Mesa - Pensa que com a marcação da reunião no dia 8 de Abril, fica aqui encerrado este assunto, passando depois a ser analisado este e outros assuntos na reunião de líderes. No prosseguimento dos trabalhos foram postos à discussão as actas 5 e 6. Acta n.º 5 de 24.09.2010. Presidente da Mesa – Refere que a presente acta tem algumas intervenções inaudíveis, que foram informados alguns membros da Assembleia do que tinha acontecido com as suas intervenções, tendo Tita Maurício e Manuel Borges apresentado adendas à referida acta. Manuel Borges – Diz que tem ideia do que disse nessa sessão e passa a citar: “O que estranho não é a cedência de terreno agora às duas entidades, o que estranho é ter demorado tanto tempo a resolver a situação deste espaço que se encontrava sem ser utilizado pela entidade a quem o mesmo tinha sido cedido.” João Faim – Pergunta se na acta que vai ser posta à votação já está incluído o texto que o membro da Assembleia Manuel Borges acabou de ler, assim como as apresentadas pelo membro Tita Maurício. Como não teve tempo de ler as alterações apresentadas, sugere que seja elaborada uma acta com todas as alterações e que a mesma seja colocada à votação na próxima Assembleia. Colocada a sugestão à Assembleia a mesma foi aceite, tendo a acta nº5 sido retirada para ser apresentada na sessão seguinte da Assembleia Municipal. Acta n.º 6 de 26.11.2010. Colocada a acta à discussão intervieram: Tita Maurício – Pensa que existe uma técnica de elaboração da acta que a certa altura gera alguma confusão, está escrito em discurso directo aquilo que é dito nas intervenções, tenta 3 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA MOITA fazer-se uma interpretação que às vezes leva a que pareça um discurso ainda mais incoerente do que quando o faz oralmente. No e-mail que enviou colocou algumas sugestões, na 6ª linha a contar do fim da página 16 existe um erro ortográfico, na intervenção do membro da Assembleia Francisco Carromeu, onde diz engorda-se, seria mais coerente se se dissesse engordasse. No início daquela sua extensa intervenção, lembra-se de ter feito um esclarecimento e um aviso em relação à extensão do documento, pareceu-lhe ter sido acolhida, para o tratamento comum ainda que com votações separadas dos três temas pois todos eles implicavam em ultima análise a discussão e votação de matéria receitas da Câmara. Não foi acolhida essa proposta e o Sr. Presidente tem toda a legitimidade para o fazer e talvez um melhor entendimento do que ele tinha quando fez a proposta, por isso fez o aviso da extensão do documento. Depois houve o lamentável episódio do qual teve culpa, foram feitas uma série de intervenções que visaram a minha honra e eu esclareci. Do esclarecimento que está transcrito nem se percebeu o que é que teria dito, faz um esclarecimento à Assembleia e ao membro da Assembleia Municipal, explicando que todo o texto não é sobre o IRS, mas era uma questão da dimensão das despesas da Câmara e a necessidade de cobrar cada vez mais impostos, taxas e outro tipo de receitas directas sobre o património dos contribuintes. Seguidamente passa a ler as introduções que pretende fazer à acta n.º 5. Presidente da Mesa – Diz que este assunto está muito ligado à Recomendação que foi apresentada à Mesa, parece-lhe que estes assuntos são para ser discutidos na reunião de dia 8 de Abril, é uma alteração apresentada em cima da hora, que tem que ser analisada e em nada ajuda para que o período antes da Ordem do Dia tenha 60 minutos, nem todas as intervenções poderão estar inclusas, porque algumas das coisas que refere já estão transcritas mas de uma forma resumida. Tita Maurício – Diz que as suas intervenções não só não estão transcritas como o que foi transcrito está confuso. É novo nesta Assembleia e está a tentar ajustar-se às praxes e o Sr. Presidente em todas as actas tem sugerido que se façam alterações, ainda há dias o membro da Assembleia João Faim entregou uma alteração que foi aceite. Sendo assim não havendo regra que no mínimo se mantenha a regra que até aqui tem sido estabelecida, mas o Sr. Presidente está a ter uma atitude a um lado ou outro sendo à sua esquerda ou à sua direita, no mínimo que haja um tratamento de igualdade. José Pereira – Sugere que em igualdade de circunstâncias com a acta anterior, as alterações sejam entregues por escrito e que sejam votadas na sessão seguinte as duas actas. Presidente da Mesa – Diz que aceita a sugestão e que as duas actas serão votadas na sessão de Abril e que se chegue a grandes conclusões na reunião de 8 de Abril, porque as coisas assim não podem continuar. João Faim – Pede a palavra para fazer um esclarecimento que competia à Mesa, nomeadamente ao Sr. Presidente, o membro da Assembleia Tita Maurício ou está equivocado ou está a mentir deliberadamente, quando referiu o meu nome e disse que estava a ter um tratamento favorecido pela Assembleia e pela Mesa o que é mentira. A alteração que propôs foi enviada uma semana antes por e-mail, existem meios que podem comprovar isso, só fez a leitura na Assembleia porque lhe foi pedido, não foi favorecido e sente-se ofendido com a mentira que foi afirmada a não ser que haja equivoco. 4 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA MOITA Tita Maurício – Diz que o equívoco não é dele mas sim do membro da Assembleia João Faim. O que disse foi que tal como se tem feito sempre nesta Assembleia as produzem oralmente, e inicialmente até referiu com muita clareza que o membro da Assembleia João Faim tinha entregue previamente a sua alteração à acta. Não mente e muito menos pela consideração que tem pelo João Faim mas afinal não é retribuído, porque chamar-me mentiroso mesmo que seja por insinuação já ultrapassa as marcas e então já passa a ver que existe um padrão de comportamento. O que disse e repete é que é novo nestas coisas, tem estado a aprender e a verificar o que se faz em relação aos outros, em todas as Assembleias o Sr. Presidente pergunta se alguém tem contributos para dar, as pessoas fazem correcções ortográficas, correcção ao sentido daquilo que são as suas afirmações, fez exactamente como o Sr. João Faim fez, não houve nenhum tratamento de excepção. A excepção é agora de repente, também foi lido um texto extenso e ninguém disse nada nem sugeriu o adiamento da votação da acta, afinal o tratamento de excepção é contra ele, se percebeu mal talvez não se tenha conseguido expressar, pede desculpa mas não foi sua intenção, nem é isso que está na sua cabeça, o tratamento de excepção é agora, na altura foi aceite e muito bem, a sua correcção que nem sequer foi contestada, curiosamente agora quando faz a apresentação oral, daquilo que lhe parece ser a correcção ao texto que estava confuso, o Sr. Presidente e alguns membros da Assembleia insurgiram-se contra, que fique em acta que a excepção é agora, não na reunião passada com o membro da Assembleia João Faim. Presidente da Mesa – Diz que não vai responder ao membro da Assembleia Tita Maurício, aguarda para a reunião de 8 de Abril, porque há excepções e excepções, também este formulário é uma excepção, são páginas e páginas não é de bom senso neste termo de actas, temos que ver a melhor forma de resolver este assunto. A acta nº6 foi retirada e será apresentada na próxima sessão da Assembleia Municipal. Em seguida foram apresentados os seguintes documentos: “Saudação às mulheres pela passagem do Dia 8 de Março - Dia Internacional da Mulher” apresentada pela CDU. SAUDAÇÃO “Considerando que: “A afirmação do 8 de Março é fundamental para homenagear as mulheres que, antes de nós, lutaram pelos direitos das mulheres e contra a discriminação bem como para exigir as condições necessárias para uma vida digna. Em 1910, Clara Zetkin, propôs numa Conferência Internacional de Mulheres a comemoração de um Dia Internacional da Mulher Trabalhadora, dia de manifestação pela emancipação das operárias e pelo direito ao voto, que viria a ser celebrado pela primeira vez há 100 anos atrás, em 1911. A população feminina desempregada aumentou 7,1% no último trimestre de 2010 particularmente entre os jovens dos 15 aos 24 anos; os abonos de família foram cortados ou eliminados a 1 milhão e 300 mil crianças e jovens; as mães trabalhadoras encontram cada vez maiores obstáculos no cumprimento dos direitos da maternidade; as pensões foram todas 5 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA MOITA reduzidas mantendo-se as pensões de invalidez e velhice das mulheres mais baixas do que as dos homens. O aumento dos preços, em resultado da entrada em vigor do Orçamento do Estado para 2011, nomeadamente no pão (12%), na electricidade (3,8%), no gás (23%), nos transportes (nos passes sociais e cerca de 4,5% no global das tarifas), nos combustíveis (17%), nas portagens (entre 2,3% e 2,49%), nas propinas do ensino superior, no vestuário e calçado, nas telecomunicações e nos produtos alimentares, agravam em muito as despesas familiares sobrando para as mulheres a árdua tarefa de gestão do orçamento familiar. A dificuldade no acesso aos cuidados de saúde, o aumento das taxas moderadoras e dos preços de medicamentos e a alteração ou desaparecimento das comparticipações, são questões fundamentais que atingem as populações, particularmente as mulheres dada a redução do número de médicos e enfermeiros, a restrição de exames complementares de diagnóstico. O aprofundamento da pobreza e a exclusão social, de todas as formas de violência incluindo a violência doméstica, da prostituição e do tráfico de pessoas, dos problemas das pessoas imigrantes ou com deficiência, atingem de forma mais dramática as mulheres, colocando-as numa situação de vulnerabilidade e desigualdade. Saudamos todas as mulheres, em Portugal e no mundo, celebrando o Dia Internacional da Mulher como uma jornada de comemoração mas também de homenagem à luta pelos direitos das mulheres. Exortamos todas as mulheres para que, à semelhança das que há 100 anos saíram às ruas, defendam os seus direitos. Reclamando uma mudança de rumo, que garanta aos homens e mulheres uma vida digna e com qualidade, que assegure a igualdade e a não discriminação e que contribua para um país justo e equilibrado.” Colocada a Saudação à discussão intervieram: Filomena Ventura – Historicamente e porque é mulher, uma defesa da equidade entre o homem e a mulher, esta é a sua postura, parece à partida que votaria a favor, mas existem coisas na Saudação que não percebe, porque é que sobra para as mulheres a árdua tarefa da gestão do orçamento familiar? É assim que vamos defender a equidade, porque é que são as mulheres com a redução de médicos e enfermeiros e restrição de exames complementares de diagnóstico as mais atingidas? Porque é que se atinge de uma forma mais dramática as mulheres quando se fala de emigrantes ou de pessoas com deficiência? Existem um conjunto de coisas onde gostaria de votar a favor, mas não percebe que uma Saudação onde se parte do principio que se deve defender no Dia Internacional da Mulher, por uma equidade porque todos os dias é preciso lutar, mas dizer que as mulheres são as responsáveis ou que têm mais dificuldades, parece-lhe que não é justo para com a população portuguesa. Teresa Lésico – Diz que a realidade deste país é a que consta da saudação, as mulheres deste país ainda não conseguiram passar essa barreira, na sociedade portuguesa continuamos a ser nós mulheres as descriminadas, devemos continuar a lutar, a derrubar barreiras para conseguirmos ter essa tal sociedade. Filomena Ventura – Concorda quando se diz que devemos votar por uma realidade, é bom ter sonhos, mas dizer que sobra para as mulheres a árdua tarefa da gestão do orçamento familiar e depois se diz que temos que lutar pelos nossos direitos, quando se escreve isto estamos a falar de 6 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA MOITA uma sociedade que assenta na decisão da mulher. Aceita o que diz o membro da Assembleia Teresa Lésico, defende mais a igualdade do que a equidade, porque vai para além do género, da religião, do ser normal, ser portador de deficiência ou portador de uma outra doença genética. Mas prever isso é dizer que temos uma sociedade matriarcal. Colocada a Saudação à votação foi a mesma aprovada por maioria com 20 votos a favor sendo 17 da CDU e 3 do BE, 2 votos contra do PS e 10 abstenções sendo 7 do PS, 2 do PSD e 1 do CDS/PP. “Saudação ao Centenário do 8 de Março - Dia Internacional da Mulher”, apresentada pelo BE. SAUDAÇÃO “Comemora-se, no próximo dia 8 de Março, um século sobre a celebração do Dia Internacional da Mulher, proclamado em 1911, como homenagem às 129 grevistas da fábrica Cotton, em Nova Iorque, assassinadas durante um ataque incendiário da polícia, em 8 de Março de 1857. O 8 de Março tornou-se um símbolo da luta pela emancipação cívica e social da mulher, pelo direito de voto e por uma democracia sem discriminações, por melhores condições de vida e de trabalho, pela paz e contra as guerras que têm consumido milhões de vidas humanas. Apesar dos avanços registados no último século e do papel ocupado, por direito próprio, na sociedade, a luta pela afirmação da especificidade da condição feminina e por direitos iguais coloca novos desafios no mundo do trabalho, da política, na vida doméstica e familiar, etc. As mulheres continuam a ser as primeiras vítimas do desemprego e de violência, a todos os níveis. Assim, a celebração do 8 de Março permanece um marco na luta pela emancipação integral da mulher, ou seja, de toda a humanidade. Neste início da primeira década do século XXI, alguns problemas que sempre afectaram as mulheres ganharam maior visibilidade. Entre estes, destacamos o assédio sexual nos locais de trabalho e a violência conjugal, que mantêm uma incidência inaceitável: em Portugal, no ano de 2010, 43 mulheres foram assassinadas pelos respectivos maridos ou companheiros. A luta contra a violência sobre as mulheres teve avanços nos últimos anos, ao nível do estudo e da extensão do fenómeno, das suas consequências pessoais e sociais, avanços a nível legislativo e no apoio às vítimas. Mas não nos podemos conformar nem resignar com a situação actual. A violência de género tem que ser encarada como um problema político, um problema de direitos humanos e um problema de cidadania, do qual as autarquias não se podem alhear. Entre os instrumentos mais relevantes da intervenção autárquica contam-se a elaboração de diagnósticos municipais da igualdade de género e de Planos Municipais para a igualdade de Género, os quais até beneficiam de apoios financeiros do QREN (eixo prioritário 7 do POPH). Assim, a Assembleia Municipal da Moita, reunida em 25/02/2011, delibera: 1 – Saúda o centenário do 8 de Março, Dia Internacional da Mulher. 2 – Recomenda ao Executivo municipal que, em conjugação com as organizações da rede social e outras que trabalham nesta área, elabore um Plano Municipal para a Igualdade de 7 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA MOITA Género que contemple, entre outros aspectos, o combate eficaz à violência conjugal e ao assédio sexual nos locais de trabalho.” Manuel Madeira – Concorda com a Saudação em determinados aspectos, não concorda com o ponto 2 na medida em que a autarquia tem um elemento destacado a trabalhar em conjunto com o CLASM, que analisa e procura contribuir dentro do possível amenizar os problemas da violência a que as mulheres estão sujeitas. Se o BE concordar em retirar da sua Saudação o ponto 2, não temos problema em votar a favor, caso o BE não o queira retirar teremos que votar contra. Vicente Merendas – A intenção da Saudação é boa visto que se trata de saudar o centenário do Dia Internacional da Mulher, concorda com parte do conteúdo, no entanto em relação à deliberação não faz sentido, porque vai no sentido errado daquilo que deve ser a resolução dos problemas que afectam gravemente as mulheres. Quando se deve responsabilizar os verdadeiros responsáveis pela discriminação a que as mulheres continuam a ser sujeitas, limitam-se a fazer uma recomendação a quem não tem poderes para intervir no sentido de alterar as graves situações em que as mulheres portuguesas se debatem. Daí o nosso voto não poder ser favorável. Custódia Paiva – Informa que no Concelho da Moita esteve a funcionar um gabinete de apoio à vítima e que estava acessível a qualquer pessoa que dele precisasse. Filomena Ventura – Sobre a Saudação do BE está de pleno acordo com a recomendação do ponto 2, soube que está um gabinete a funcionar sobre a informação que o membro da Assembleia Manuel Madeira aqui trouxe, gostaria que alguma documentação sobre este assunto, por escrito, chegasse a esta Assembleia. Acha que é necessário um combate eficaz e que a Câmara da Moita, através desta recomendação, deveria com o seu executivo começar a ponderar a ser uma charneira nesta situação. Permitam-me que de uma forma irónica, dizer que é a segunda Saudação que vamos falar do Dia Internacional da Mulher mas a verdade é que só temos 2 mulheres no Executivo. António Chora – Compreende a agitação da bancada da CDU quando estas propostas aparecem como se fosse um ataque ao seu executivo. Não é nada disso trata-se apenas de pedir ao executivo que reforce tudo aquilo que já funciona ou funcionou. Tentaram fazer esta Saudação de forma a reunir o maior consenso possível, não estão a dizer que estão a fazer isto ou aquilo mal, se existe ainda bem e nesse sentido que reforcem essas medidas aproveitando todas as possibilidades que existem no QREN e no (eixo prioritário 7 do POPH) aproveitando subsídios, para formação e actividades que constam nesse plano. Luís Morgado – Diz que vai tentar ser poeta, “não tenho relações sexuais com a minha mulher, porque não tenho mulher, eu e a minha companheira somos amantes. Eu não ajudo a minha mulher, partilho com a minha companheira.” É bom termos em conta estas coisas, é outra forma de estar ou desafia outra forma de estar, pensa que é assim que as coisas têm de andar. Ao elaborar esta Saudação não houve intenção nenhuma de melindrar alguém, nem consegue perceber como é que da leitura deste texto se conseguem retirar as análises feitas. Tita Mauricio – Diz que o tema em si não merece discussão nem a Saudação se ficássemos só por aqui. 8 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA MOITA Em relação à Saudação do BE agradece por apresentar um tema que nos deve unir a todos, uma proposta que o CDS/PP não tem problemas em votar a favor, acha que é uma Saudação que fala das mulheres, fala dos problemas graves das mulheres e apresenta uma proposta a toda a comunidade através da Câmara, para que em conjugação com as organizações de rede social promova um plano de igualdade social. Vicente Merendas – Diz ao membro da Assembleia Municipal António Chora, que não há qualquer tipo de comichão nesta bancada, e muito menos nos coçamos para dentro. Não percebem ou não querem perceber que para resolver os problemas das mulheres portuguesas é necessário um novo rumo, uma nova política neste país, não é com uma política de direita, aliás diz-se que se tem vindo a agravar os problemas das mulheres portuguesas. Mas têm-se vindo a agravar porquê? Que Recomendação é que é feita? Ela não está de acordo com o seu conteúdo por isso não merece o nosso voto a favor. António Chora – Não vai fazer alteração ao texto da Saudação fica tal como está, não andamos aqui a confundir políticas, nem vamos deixar de encontrar soluções locais à espera que caia um Deus qualquer que resolva as questões nacionais. O que a CDU mostrou nesta intervenção é que enquanto houver governos de direita isto não se resolve e nós localmente não vamos fazer nada, não vale a pena criar redes sociais, nem redes de apoio porque sabemos quem é o culpado, mas esperando que as coisas se resolvam por cima, o problema é grave e poderíamos fazer qualquer coisa para atenuá-lo. Colocada a Saudação à votação foi a mesma reprovada por maioria com 18 votos contra da CDU, e 15 votos a favor sendo 9 do PS, 2 do PSD, 3 do BE e 1 do CDS/PP. Hélder Fernandes em nome da bancada da CDU propõe que o Manifesto “Investir na Educação Defender a Escola Pública”, seja discutido e subscrito por esta Assembleia. Presidente da Mesa – Diz que o Manifesto foi apresentado oralmente pelo membro da Assembleia Hélder Fernandes, mas já tinha sido enviado com os documentos para a Assembleia a fim de o poderem analisar. Este Manifesto foi recebido por todas as Assembleias Municipais do país e outras entidades, a proposta é de que ele seja subscrito por este Órgão e que as Organizações promotoras saibam da sua votação. Proposta de subscrição, pela Assembleia Municipal, do Manifesto “Investir na Educação Defender a Escola Pública”, apresentado pela CDU. MANIFESTO “A Educação há muito parece ter deixado de ser uma prioridade para os governos. Nunca, porém, como em 2011, houve intenção de impor cortes tão acentuados com consequências que se adivinham de elevada gravidade. A redução de 803 Milhões de euros na Educação, a que acrescem reduções indirectas impostas às autarquias, provoca sérias preocupações nos subscritores deste Manifesto. Cortar nos recursos de que as escolas dispõem – humanos, físicos, materiais, financeiros - , e de forma tão violenta, impede que cumpram adequadamente a sua missão de ensinar, formar, educar e qualificar; inviabiliza a concretização das metas definidas para redução das taxas de insucesso e abandono escolar; dificulta a universalização da Educação Pré-Escolar a partir dos 9 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA MOITA três anos; impede a certificação qualificada de jovens e adultos que procuram uma nova oportunidade na escola; constrange a promoção, como a lei determina, da Educação Sexual nas escolas; compromete o grande desafio que constitui o alargamento da escolaridade obrigatória para 12 anos! É em defesa de um efectivo investimento na Educação, que os subscritores se manifestam; é em defesa de uma Escola Pública de qualidade, gratuita e inclusiva, em suma, democrática, que os subscritores se unem; é contra os cortes que incidem sobre aspectos vitais às escolas e, por essa razão, potenciam, rupturas insanáveis no seu funcionamento que os subscritores alertam a sociedade portuguesa.” Colocado o Manifesto à discussão intervieram: Filomena Ventura – Pediu para intervir dizendo que a Confederação de Pais tem na sua página na Internet, o apoio a este Manifesto dizendo no texto, coisa que aqui não está, que só não concorda com a remota possibilidade, de uma greve às avaliações. Como é do vosso conhecimento integra a Direcção dos Sindicatos da Grande Lisboa, o maior Sindicato da FENPROF, vai pois votar a favor do Manifesto. Presidente da Mesa – Esclarece que a Confederação de Pais tem o Manifesto na sua página, mas não o subscreve. Colocado o Manifesto à votação foi o mesmo aprovado por maioria com 22 votos a favor sendo 17 da CDU, 1 do PS, 1 do PSD e 3 do BE, 4 votos contra sendo 3 do PS, 1 do PSD e 6 abstenções sendo 4 do PS, 1 do PSD e 1 do CDS/PP. Manuel Borges – Informa que não poderá estar presente na reunião de Líderes Políticos na Assembleia, a realizar no dia 8 de Abril, pergunta da possibilidade de alterar a data. Informa ainda que a Comissão das Obras Municipais reuniu no dia 14 de Janeiro, com a presença do Sr. Vereador Miguel Canudo. Foi-nos dado conhecimento das obras do Município particularmente do sector que dirige, falouse das grandes obras que estão a decorrer, especialmente da Caldeira da Moita e Centro de Experimentação Artística do Vale da Amoreira. Ficou assente que iriamos reunir duas vezes por ano, em Janeiro e Junho para melhor acompanhamento das obras em curso. Eduardo Teixeira em nome da bancada da CDU apresentou a seguinte Declaração Política: “Depois de várias declarações, de vários membros do Governo, em que afirmavam que não iam alterar a legislação laboral, o Governo apresentou as exactas medidas que o FMI defende. Assim, o FMI, sem pôr cá os pés, já tem um Governo que segue as suas desgraçadas orientações. Substituir trabalhadores com direitos por trabalhadores sem direitos e cada vez mais precários é o grande objectivo dos grandes grupos económicos e financeiros que, mais uma vez, encontram no Governo PS um aliado, um executante da política de direita que desrespeita quem trabalha e ataca os seus direitos. Bem pode o Governo afirmar que as propostas que hoje se discutem, em sede de concertação social, não resultam da orientação do FMI, mas a verdade é que foi o FMI, em Novembro de 10 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA MOITA 2010, que disse ser necessário reduzir o valor das indemnizações e, entre outras medidas, entendeu ser necessário promover a contratação colectiva a nível das empresas. Importa referir que do conjunto de medidas que estão a ser discutidas não há uma medida sequer que seja favorável aos trabalhadores, o que demonstra bem o caminho que este Governo do PS segue e que em nada se distancia do PSD ou do CDS-PP. O Governo PS impõe aos trabalhadores portugueses as erradas orientações do directório europeu sustentado na propalada “competitividade”. O problema é que essa conversa serve para de medida em medida, de país em país se reduzirem os direitos de todos os trabalhadores da Europa. Em Portugal a mesma conversa serviu para alterar o código do trabalho: Em 2003 o Governo PSD/CDS-PP atacou os direitos dos trabalhadores, invocando o aumento da competitividade. Em 2009 o Governo PS justifica nova alteração o novo ataque a quem trabalha, com o aumento da competitividade. Depois de todas as mudanças orquestradas PSD/CDS e PS como ficou a dita competitividade. Ficámos melhor? Não! Ficámos pior. Não só no que concerne aos direitos dos trabalhadores. A verdade factual é que a nossa economia não ficou nem vai ficar mais competitiva por via da precariedade ou por via do agravamento da exploração. Agora o embuste da competitividade é outra vez invocado pelo Governo PS para novas alterações no mesmo sentido de sempre: Retirar aos trabalhadores para dar ao patronato. A substituição de trabalhadores com direitos por trabalhadores sem direitos, com salários mais baixos e precários. “Vamos criar mais emprego!”- afirma o Governo PS. Mentira! - dizemos nós! Vão originar mais desemprego, piorar a qualidade do emprego e agravar a injustiça social por via de uma maior exploração de quem trabalha. A ideia peregrina de que Portugal tem rigidez na legislação laboral é desmentida pela dura realidade dos números: Os contratos precários já representam mais de 53%, entre os jovens, e o desemprego ronda os 23%, sendo também uma das taxas mais elevadas da Europa. - Comissão Europeia. Os jovens trabalhadores portugueses são os mais penalizados da União Europeia pela precariedade. Do total da população empregada mais de 30% são precários (1 milhão e meio de trabalhadores precários). - 745 mil contratados a prazo - 800 mil recibos verdes. A única “rigidez” que existe é a incerteza de saber se amanhã têm ou não emprego. 11 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA MOITA De 2001 a 2007 a criação e destruição de emprego atinge, em cada trimestre, em média mais de 300 mil trabalhadores - Livro branco das relações laborais. Mais de 760 mil desempregados O que demonstram bem que não temos nenhum problema de “rigidez” da legislação laboral. A taxa de Desemprego Jovem é 23%, o dobro da média nacional! Mais de 75mil jovens licenciados (num ano aumento de mais 20mil). Um record histórico! Os jovens trabalhadores de hoje são os mais qualificados desde o 25 de Abril, mas são também os mais explorados no trabalho e na vida. Hoje mais de 300 mil jovens não trabalham nem estudam: isto é um desperdício total! A Precariedade Laboral é uma praga social! O governo, em vez de se preocupar com a promoção e criação de emprego, preocupa-se com a destruição de emprego e o ataque aos direitos de quem trabalha. O próprio Governo promove falsos recibos verdes: os milhares de professores das Actividades de Enriquecimento Curricular, os psicólogos e terapeutas, os formadores IEFP. Esta é uma realidade do MTSS. A política laboral do Governo PS, apoiada pelo PSD e CDS, pretende impor direitos laborais do séc. XIX aos trabalhadores do séc. XXI. Outro assunto que merece reflexão e denúncia: Os vencimentos dos titulares de cargos públicos, que o PCP apresentou há já 6 anos, uma iniciativa legislativa visando limitar os vencimentos indexando ao vencimento do Presidente da República, entre outras, as remunerações dos dirigentes da administração directa e indirecta do Estado. No último Orçamento do Estado, voltamos a apresentar um conjunto de propostas de aditamento que não só recolocavam aquele limite às remunerações da generalidade dos gestores públicos como também visavam reduzir os números de membros que compõem os gabinetes dos membros do Governo e de outras entidades da administração directa e indirecta do Estado. Na última semana nova iniciativa legislativa, onde propusemos a limitação, com carácter imperativo, das remunerações fixas e variáveis da generalidade dos gestores públicos. Resultado: Chumbo do PS e do PSD! Por outro lado assistimos ao aumento dos preços dos bens essenciais. Resultado real e concreto para a vida das pessoas que esta política de desastre nacional está a provocar. Há de facto uma situação muito mal contada sobre os aumentos dos preços e os valores em causa: fala-se em médias, fala-se em índices de preços no consumidor, fala-se em inflação homóloga. Mas quando os portugueses ouvem falar em inflação de 2,2% (como o Governo anuncia), e depois vêem que o pão aumenta 12%, o gasóleo aumenta 5% (apenas em trinta dias!), os ferries em Setúbal aumentam 25% e o bilhete do eléctrico aumenta 70% (!)… o desabafo que se ouve é de que a inflação ainda é o menos – o aumento dos preços é que não se aguenta! Quem vem falar de “sacrifícios para todos” tem de olhar para as fortunas que se acumulam à custa da situação cada vez mais dramática daqueles que não têm como pagar o pão, a electricidade, os transportes, os medicamentos, a habitação, as taxas de juro galopantes. É que o sacrossanto mercado está nas mãos da grande distribuição, do poder económico dos intermediários, que conseguem (isso sim!) o milagre da multiplicação dos preços, com margens 12 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA MOITA de lucro absolutamente escandalosas. Por isso é que os preços estão cada vez mais altos e os pescadores e agricultores vivem cada vez pior! Este Governo é implacável para com os utentes da saúde, os utentes dos transportes, os utentes dos serviços públicos, é implacável para com os reformados, os desempregados, os jovens – mas na hora da verdade tomam o partido dos especuladores, das grandes empresas, da PT e outras. A PT fechou o ano de 2010 com um lucro de 5,670 mil milhões €, graças ao encaixe da venda da participação na operadora brasileira Vivo à Telefónica. Free taxes! Os quatro grandes bancos privados do mercado português BES, BCP, BPI e Santander Totta apresentaram no ano passado lucros de 1,445 mil milhões de euros, mais 13,8 % do que no ano anterior, ou seja, 4 milhões €/dia. Mas pagaram menos um terço de impostos. Veja-se o caso do BPI que teve “99,5 milhões de lucro, mais 10,5 milhões do que em 2009 e não vai pagar impostos”. 1 O que é isto? Um roubo! A atitude é bem distinta quando toca aos direitos sociais da população portuguesa. No inicio deste ano, o Governo PS com o apoio do PSD, aprofunda o ataque aos nossos direitos sociais. Na saúde em vez de cumprir os princípios constitucionais, de assegurar a universalidade do acesso à saúde, cada vez mais, transferem-se os custos da saúde para os portugueses, acentuando as desigualdades. Cada vez mais, só quem pode pagar tem acesso à saúde. Apregoam a defesa do Serviço Nacional de Saúde, mas na prática tudo têm feito para o destruir e para dificultar o acesso dos portugueses aos cuidados de saúde. Senão vejamos as recentes medidas: . Aumento das taxas moderadoras para as consultas e a maioria dos exames; . Aplicação de uma multa de valor mínimo de 100 € para quem não pagar; . Fim da isenção das taxas moderadoras: Reformados e desempregados, com rendimentos superiores ao salário mínimo nacional; . Aumento brutal das taxas referentes a actos de autoridades de saúde ou de serviços prestados no âmbito da saúde pública: Atestados 20 €; atestado multiuso de incapacidade 50 euros; pagamento das vacinas obrigatórias para quem viaja; . O transporte de doentes não urgentes fica “limitado aos casos clinicamente justificados e de insuficiência económica”. Mas podemos também falar no aumento dos medicamentos, devido às alterações nas comparticipações dos medicamentos: os idosos com reformas ou pensões mais baixas deixam de ter a comparticipação a 100%; diminuição de comparticipação do escalão A, passagem de medicamentos do escalão B para o C e alteração do preço de referência do genérico mais caro, para os cinco mais baratos, totaliza uma redução do apoio do Governo em cerca de 250 milhões de euros, transferidos directamente para as populações. Acresce ainda as alterações 1 In Público. 13 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA MOITA introduzidas no regime especial de comparticipação dos medicamentos, adaptando-o à legislação que reduz as prestações sociais. No início de 2011, por exemplo nas urgências do Hospital Garcia de Orta houve um aumento brutal dos utentes, sobretudo idosos, que não tomavam os medicamentos porque não tinham possibilidade de os comprar. Como se não bastasse o corte nos salários, o congelamento das pensões, o aumento do custo de vida, o Governo penaliza ainda mais os trabalhadores, os reformados e o povo. É este o entendimento deste Governo, com o apoio do PSD, de assegurar o direito à saúde, desvirtuando integralmente os princípios constitucionais. O desinvestimento no Serviço Nacional de Saúde que assume forma no encerramento de serviços e no corte nos apoios para transportes, na crónica falta de meios humanos, na entrega de serviços a entidades privadas que os gerem não com o objectivo de promover a saúde mas de obter lucros. Com estas medidas o Governo PS com o beneplácito do PSD retira apoios a quem está numa situação social e económica mais frágil. A redução drástica do transporte de doentes não urgentes está a causar prejuízos irreparáveis na vida de milhares de doentes, utentes do SNS. A consequência será: milhares de portugueses deixarão de se tratar porque não têm possibilidade de pagar os elevados custos destes transportes. O impacto de tais medidas é indisfarçável e demonstra a crueldade das medidas em causa. Pelos vistos nada do que atrás enunciamos parece preocupar o Governo PS que perante a grave situação económica e social do país prefere outras manobras de diversão- – a diminuição de Deputados da Assembleia da República, do Ministro Lacão - para afastar atenção do que realmente preocupa o país. O que é preocupante é a política de desastre nacional que o Governo PS tem conduzido, de braço dado com o PSD que colabora afincadamente com o que de mais negativo esta política contém. O mesmo PSD que reivindica irresponsavelmente: A redução da despesa pública sem saber dizer onde, quando e como. Com a extinção de organismos públicos sem saber dizer quais e com que consequências. E que defende a extinção das empresas públicas de transportes. Não é, por certo, pela constituição aritmética da Assembleia da República que chegamos onde chegamos. A situação a que o nosso país chegou é de facto devida aos partidos que têm governado o país nos últimos 35 anos, PS e o PSD, com ou sem o CDS, têm repartido entre si cargos e prebendas no Governo, nas empresas públicas e no aparelho de Estado, sacrificando os interesses nacionais e destruindo direitos sociais fundamentais do povo português em nome dos interesses e da ganância dos detentores do poder económico. São estes os responsáveis! O descalabro das políticas de direita levadas à prática que faz com que justamente a população mostre o seu descontentamento e desagrado em muitas e diversificadas lutas um pouco por todo o país. E estamos certos que continuarão e no próximo dia 19 de Março em Lisboa assistiremos na manifestação nacional da CGTP a isso mesmo: Os trabalhadores e a população a dizer Basta! Basta a esta Política de Direita. Por último, salientamos e valorizamos a gestão municipal realizada na Moita, pelo PCP e pela CDU, em contraste com a política de direita do governo PS, apoiada pelo PSD e pelo CDS. Um balanço positivo no exercício do primeiro ano de mandato reconhecidamente caracterizado pela eficácia no aproveitamento dos meios disponíveis e por uma preocupação elevada no que se refere ao serviço público a prestar às populações, e a manutenção do carácter público dos 14 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA MOITA serviços, equipamentos culturais escolares e desportivos; respondemos igualmente aos problemas dos trabalhadores e solidarizámo-nos com as suas lutas.” Terminou dizendo que “é igualmente com agrado que registamos que o trabalho da CDU na Assembleia Municipal pauta pela sua actividade pelos interesses do Concelho.” Intervieram: Filomena Ventura – Sabe que o Presidente da Assembleia está a tentar cumprir o Regimento ou seja os 60 minutos do Período antes da Ordem do Dia, mas permita-me que perante esta declaração política com algum auto elogio dizer-lhe o seguinte: Ainda bem que existe Democracia, porque questiona-se neste momento se na China ou no Sudão poderiam existir estas declarações políticas, percebe a intervenção final em relação ao Executivo Camarário, mas gostava que viessem à próxima Assembleia ou receber em casa, o que é que o Executivo tem feito para baixar o desemprego no Concelho e quais os problemas sociais colmatados pela Câmara Municipal. António Chora – Começa por dizer que quando ouviu a introdução à moção que era algo que interessava ao Município, ficou a pensar que seria uma intervenção política de solidariedade com os trabalhadores da Pluricoop que receberam cartas de suspensão de contrato de trabalho, com os trabalhadores da Santa Casa da Misericórdia a quem estão a ser retirados direitos, a quem não são dados aumentos, a quem não são dados acertos de salários afinal foi constatado aquilo que foi publicado no jornal O Público. Foi interessante e com alguma paciência conseguiu ficar na sala, mas percebe esta estratégia, esta é a estratégia que leva a que o PS apresente uma recomendação a que o período antes da ordem do dia seja de 60 minutos, esta é a estratégia que visa reduzir o tempo para a discussão dos Actos da Câmara, os munícipes vãose embora porque não estão aqui para ouvir os elogios às estradas que estão cheias de buracos e a toda uma série de coisas e já não vai haver tempo para discutir o que tem interesse. É uma estratégia que visa diminuir o tempo para a discussão dos Actos da Câmara e que é muito conhecida. Quanto à pergunta feita pelo membro da Assembleia Filomena Ventura sobre se na Coreia do Norte, Sudão, etc. haveria declarações políticas destas, diz que haveria de certeza só que não haveria mais intervenções a seguir. Edgar Cantante – Lamenta o que acontece em todas as Assembleias, lembra que a última terminou à 1.15 horas. Nessa Assembleia colocou três perguntas pertinentes sobre Alhos Vedros e não obteve resposta. Abandonou a sala em sinal de protesto, pensando que hoje iria ter tempo para falar sobre os problemas do Concelho, mas está a ver que não consegue. Tem vindo a acontecer em vários mandatos e concorda em que isto é uma estratégia da CDU para esvaziar a discussão dos problemas locais. Pergunta, sem querer interferir na declaração política feita pela CDU, se todas as bancadas utilizassem a meia hora que foi utilizada, com 5 forças politicas aqui representadas isto daria duas horas e meia, assim não é possível. Diz que na reunião do dia 8 de Abril o Sr. Presidente vai ter que explicar muita coisa, isto não pode continuar assim, ou então a bancada do PS vai ter que tomar uma posição. Não percebe o efeito útil destas intervenções politicas, a bancada da oposição não está a ouvir porque está na conversa, a da CDU já sabe o discurso, da população não está ninguém, pergunta qual é o efeito útil. Só entende que seja para esvaziar o debate Concelhio. 15 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA MOITA Luís Morgado – No inicio desta Assembleia por causa das actas e pela questão que colocou o membro da Assembleia Tita Maurício, houve apelos ao bom senso é natural que numa Assembleia destas não tenha que haver acções de formação para saber estar, há aqui pessoas que há muitos anos que andam nestas coisas. Um Órgão Autárquico, que tem autonomia própria, fazendo jus ao discurso que o Sr. Presidente fez no dia da sua tomada de posse, admira-se como é que nesta Assembleia se faz um apelo ao bom senso, e é bom que se faça, porque a proximidade da população a estes órgãos obrigam a arte e equilíbrio entre a formalidade e a informalidade é interessante como é que de repente se permite que aconteçam intervenções desta dimensão sem que o Sr. uma única vez, até se colocou encostado à cadeira em posição de quem ia dormir, tivesse interpelado ou fez apelo ao bom senso. Será que na conclusão deste processo terá que responsabilizar o membro da Assembleia Municipal Tita Maurício, porque ele é que “armou este 31”. É muito estranho que isto aconteça, como é estranho também hoje esta Assembleia estar quase a esgotar-se e não aparecer ninguém, a dizer que houve um Vereador que suspendeu o mandato. Soube-o através do Jornal, era justo que alguém desse uma explicação e seria interessante que fosse o Sr. Presidente da Mesa a dar essa informação. O que aqui está a funcionar hoje e pela pessoa do Sr. Presidente é o senhor estar a autorizar a maioria absoluta a rebentar com a democracia, ou seja colocar a maioria absoluta no funcionamento de ditadura, não é o impedir os outros de falar, é quartar a possibilidade de se poder cumprir, como deve de ser com senso, a respectiva Ordem de Trabalhos. Existe um desequilíbrio total entre o que é da responsabilidade que um Órgão destes deve ter, quando se apela ao bom senso, e o equilíbrio entre a formalidade e a informalidade, porque estamos próximos da população não estamos na Assembleia da República. Vai estar na manifestação de dia 19 e não precisa de recados de meia hora. Presidente da Mesa – Refuta das palavras que o membro da Assembleia Luís Morgado proferiu, sempre defendeu, desde 1977, que os Órgãos do Poder Local fossem democráticos e não fossem redutores. Quanto às suas características pessoais não lhe vai responder, porque nem sempre o que parece é. Certamente quer ofender a Mesa da Assembleia Municipal, através do seu Presidente, dizendo que está a dormir, já ouviu outras pessoas dizerem isso, mas é como é desde criança, são as suas características pessoais, mas garante que politicamente não está nem nunca esteve a dormir. PERÍODO DA ORDEM TRABALHOS Ponto único – Actos da Câmara. Sr. Presidente da Câmara – Diz que como era ponto único pensou em fazer a apresentação do documento, mas devido ao adiantado da hora e como o documento já foi distribuído há dias, coloca-se à disposição para as questões que lhe sejam colocadas. Manuel Borges – Diz que não gosta de colocar questões do local onde mora especialmente da sua rua, algumas pessoas lembrar-se-ão que aquela Urbanização das Vilas do Rio, no Chão Duro foi ao princípio muito problemática, inicialmente moravam lá 6 ou 7 famílias e havia apenas um contador de obra para todas as casas. Isto aconteceu no Inverno não se podia ligar um aquecedor porque o contador ia abaixo e tínhamos que ir ligá-lo, foi uma situação gravosa que mais tarde teve que ter uma intervenção 16 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA MOITA do empreiteiro e enquanto não foi feita uma alteração do projecto de electricidade o problema não era resolvido. Aquilo que sabe foi que aquele problema teve a ver com a alteração de projecto naquela rua. Inicialmente estava previsto um tipo de moradia, que depois foi alterado permitindo que onde estava previsto fazer uma moradia passassem a ser construídas duas casas. A questão que se coloca hoje é em que momento e quem é que autorizou que o projecto inicial fosse alterado, gostaria de ver este assunto clarificado. Edgar Cantante – Diz que vai formular as mesmas perguntas que fez na Assembleia anterior porque quando as fez não lhe responderam. Pergunta quais as iniciativas, os estudos que a Câmara fez em relação à Quinta da Fonte da Prata, este assunto já foi abordado várias vezes na Assembleia mas não foi esclarecido. Pretende saber se a Câmara está a pensar em deixá-lo cair e depois dizer que já não há nada a fazer. Sabe que não é um problema fácil de resolver, mas também não é política séria deixar andar as coisas, não fazer nada e quando o edifício cair não poder fazer nada. Sobre a Capela de Alhos Vedros como se sabe pertence à Misericórdia de Alhos Vedros que é uma entidade privada, a Câmara como se trata de uma entidade privada não tem responsabilidades directas na capela. Mas, indirectamente todos nós e a Câmara Municipal têm responsabilidades, a capela tem prestado ao longo dos anos serviços públicos. Alhos Vedros não tem um espaço onde se possam fazer determinadas actividades, como exposições, etc. A Capela tem o pavimento num estado de degradação que a última vez que se fez lá uma exposição, várias pessoas iam caindo. Atendendo que aquele espaço é de utilidade pública e não querendo dizer que a responsabilidade é da Câmara, está perfeitamente ao alcance da Câmara assim como de todos nós cidadãos exigir das entidades responsáveis que o problema seja resolvido, é uma vergonha para o Concelho que um monumento histórico com azulejos riquíssimos se esteja a degradar. Diz ainda que o Mercado de Alhos Vedros neste momento tem apenas uma banca de peixe, um sapateiro, um espaço cedido à Santa Casa da Misericórdia e uma parte bastante grande que não está aproveitada, gostaria de saber o que pensa a Câmara fazer ali. Na Comissão de Planeamento e Urbanismo à qual pertence, tem sido bastante debatida a situação da zona histórica de Alhos Vedros, na última reunião ficou a Câmara de dar resposta a questões que foram lá colocadas, mas até à data nada foi dito. Há legislação recente sobre a Reabilitação Urbana, gostaria de saber se a Câmara está a ver o assunto. António Chora – Agradece à Câmara a resolução do trânsito na rua do Algarve, não estão aqui só para fazer críticas quando as coisas são resolvidas também o devemos reconhecer. Coloca a questão que já tinha feito ao Sr. Presidente sobre a iluminação dos túneis na Urbanização da Quinta dos Algarvios, foi nos dito que iriam ser todos iluminados, mas entretanto desapareceu o sistema de iluminação e ficaram uns iluminados outros não, a questão é saber o porquê de não se ter continuado. Manuel Madeira – Vai tentar ser muito breve por causa do adiantado da hora, mas lembra que estamos ao serviço da população e fica muito espantado quando alguém se diz cansado de discutir as questões relacionadas com as populações. Talvez a esta hora já tivéssemos terminado não fossem as questões levantadas no inicio da sessão pelo PS e CDS/PP acerca das actas. 17 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA MOITA O tempo da discussão para as Moções foi apenas de 50 minutos, por isso não venham acusar a CDU de manobras para não discutir os problemas do Concelho quando afinal de contas nós próprios não vamos além desse tempo. Relativamente aos actos da Câmara, refere que o Relatório da Actividade Municipal merece o nosso regozijo e aplauso. Das diversas áreas que são da responsabilidade do Município, vai referir duas que são o espelho do bom trabalho e do respeito pelo programa da CDU no interesse da população e no desenvolvimento do Concelho. Dá como exemplo a Educação, onde é referida a comparticipação do apoio às crianças da educação do pré-escolar e aos alunos do 1.º ciclo do ensino básico, no domínio da acção social escolar. O fornecimento das refeições, dos transportes escolares e da requalificação do Parque Escolar. Relativamente à Acção Social e Saúde, diz que foram efectuadas as seguintes reuniões: Reunião do Núcleo Executivo do CLASM para preparação da implementação do Plano de Acção 2010/2011. Reunião do Grupo de Trabalho sobre atendimento integrado. Preparação de desenvolvimento de um Contrato Local de Desenvolvimento Social. Participação nas Jornadas Sociais do Conselho Local de Acção Social do Barreiro. Atendimento e encaminhamento de cerca de 200 utentes em situações relacionadas com a nacionalidade, legalização, saúde, educação, trabalho e reagrupamento familiar. No âmbito do Programa Bairros Críticos a Câmara apresenta um trabalho que é do seu dever e responsabilidade, muito bom para o interesse das populações e que efectivamente justifica a confiança que na CDU a população tem depositado. Não pode deixar de fazer uma referência ao Plano de Saneamento Financeiro onde se verifica que tem estado a ser cumprido e refere um número que julga interessante que aquando da implementação deste mesmo Plano de Reequilíbrio Financeiro o passivo era de 30. 948 mil euros e em 30 de Junho de 2010 dois anos depois o passivo passou para 29.453 mil euros o que significa uma redução de 1.500 mil euros. Apesar dos encargos que as políticas do governo PS impôs às Autarquias de sacrifício às mesmas, com a atribuição de responsabilidades sem a atribuição das verbas competentes como é o caso do Apoio Social Escolar. Filomena Ventura – Diz que já viu o projecto das obras do açude, pergunta se vai levar um passadiço do lado da Câmara para o lado da Fonte da Prata, se usar o passadiço quando as obras estiverem terminadas o que é que vai ser do outro lado, vai ser apenas um atalho? Diz ainda que vai pedir ao Sr. Presidente, por escrito, quais as actividades do CLASM. Presidente da Mesa – Informa a Assembleia de que vai fazer chegar a todos os membros o relatório do Conselho Municipal do Cidadão do qual faz parte, coordenando o grupo da criminalidade, têm-se discutido questões como as que foram colocadas antes da Ordem do Dia, sobre violência doméstica. Presidente da Junta de Freguesia da Baixa da Banheira – Informa que junto ao apeadeiro, na Alameda do Povo, foi colocada uma paragem mas ficaram lá os montes de entulho e pedras, a Junta teve o cuidado de recuperar o mural, arranjar o espaço mas aquela situação dá mau aspecto. Antes da recuperação e da intervenção feita pela REFER, existiam lá uns bancos que foram retirados, a população chama a atenção da Junta dizendo que os bancos fazem lá falta. 18 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA MOITA Chama também a atenção para as obras da SIMARSUL, na Avenida Capitães de Abril, o local continua vedado, as máquinas estão lá mas a Junta não sabe o que responder às pessoas porque não tem informação sobre o que se passa. Vereador Miguel Canudo – Informa o membro da Assembleia Edgar Cantante que o Mercado de Alhos Vedros, é um problema que nos últimos 8 anos nos aflige, mas devido à instalação das grandes superfícies no nosso Concelho os hábitos alteraram-se nos consumidores. Cada um de nós com certeza que vai aos nossos Mercados, algumas pessoas têm a sua banca preferida, mas infelizmente cada vez são menos. Além de outros problemas como o que se está a passar na Pluricoop que tem também este peso da concorrência e dos hábitos de consumo. A Câmara Municipal vai ter que repensar qual é o futuro dos nossos Mercados, as pessoas que estão nas bancas são pessoas com uma certa idade, não se conseguem captar novos vendedores. Lembra o Mercado do Barreiro que foi todo remodelado e hoje tem cerca de 50% das bancas ocupadas em relação àquelas que tinha. Fizeram esforços no sentido de os correios, a Santa Casa da Misericórdia e a loja do cidadão se instalarem no Mercado de Alhos Vedros mas não obtiveram respostas positivas. Sobre a Praceta dos Algarvios e as iluminações não estão esquecidas, a Câmara tem uma planificação para aquele espaço é só uma questão de oportunidade, foi feita uma intervenção na Praceta dos Algarvios e depois viemos para as Pracetas da Augusto Gil onde haviam algumas reclamações e tentamos fazer um pouco num lado um pouco no outro. Estão à espera de oportunidade para continuar a iluminação das Pracetas. A questão do Açude, colocada pelo membro da Assembleia Municipal Filomena Ventura, diz que neste momento o que está é um caminho para as máquinas poderem trabalhar, o Açude vai depois ser construído e será uma zona pedonal. Do outro lado existe um plano que será o arranjo de alguns caminhos, de momento não se prevê mais do que isto. Sobre a questão da paragem dos TST na Baixa da Banheira, a paragem não foi colocada pela REFER no sítio onde pretendíamos, daí a necessidade de estarmos a colocar a paragem ali e termos que fazer a sua iluminação, o entulho que lá está é porque estão à espera que a EDP faça as ligações, irão fazer diligências junto da EDP para que termine o seu trabalho e para que se possa concluir a obra. A SIMARSUL já fez um comunicado à população da Baixa da Banheira, pedindo desculpa pelos incómodos sofridos, é uma obra complexa e está efectivamente atrasada, prevê-se que entre em funcionamento para Abril. Também no âmbito desta obra, vai ser adjudicada a construção do estacionamento que vai dar apoio ao mercado mensal e à zona das festas, prevê-se que esteja concluída também em Abril. Vereadora Vivina Nunes – Diz que embora o membro da Assembleia Municipal Filomena Ventura, dizer que vai pedir por escrito informações em relação ao CLASM, não queria deixar de fazer uma breve resenha do seu funcionamento. Diz que todos os documentos do CLASM e os documentos estruturantes se encontram disponíveis na Internet na página da Câmara Municipal. À volta do CLASM temos dois documentos estratégicos que é o diagnóstico social devidamente rectificado e temos o plano de desenvolvimento social que se desdobra nos planos de acção dos vários anos. O CLASM é composto no seu plenário por 56 instituições que são quase todas do Concelho, tirando aquelas que são representantes da Saúde, Segurança Social que são mais abrangentes. Depois tem um núcleo executivo composto por 7 entidades que estão fundamentadas na própria lei. 19 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA MOITA Para além disso no CLAMS é o local onde se concentra, com todas as Instituições a actividade social do Concelho. Para todas as candidaturas que aparecem na área social, são feitas reuniões para ver qual a entidade que se posiciona melhor no terreno para aquela candidatura. Este trabalho está a ser feito em Conselho Local de Acção Social, no sentido de não haver muitas vezes duplicação de candidaturas na mesma área, ou estarmos todos a fazer todos o mesmo sem rentabilizar recursos. Também para as próprias candidaturas sobretudo do PARES, do ESCOLHAS cabe ao Conselho Local de Acção Social dar pareceres que são vinculativos para a candidatura. Sr. Presidente da Câmara Municipal – Relativamente à zona ribeirinha a obra principal é o açude. Diz que quando foi feito o estudo da zona envolvente à Caldeira da Moita, este apontou para um parque urbano do lado da Quinta da Fonte da Prata onde estava previsto o caminho pedonal que atravessa o açude, como não foi possível fazê-lo, foi recuperada a ideia do caminho pedonal a atravessar o açude com aceso à urbanização da Quinta da Fonte da Prata, pois que este foi, antigamente, utilizado pelas pessoas. Quanto à questão da reabilitação urbana, para a semana vai haver uma resposta à comissão permanente, porque a questão teve de ser analisada e obedece a um estudo, o Decreto Lei é de 2009, portanto recente e só depois da aprovação do Plano Director Municipal foi possível estudar esta temática. A questão é como se vai tratar a reabilitação no concreto, tendo em vista as normas da lei e do plano director. Aliás numa anterior reunião da Assembleia Municipal discutiu-se esta questão a propósito do IMI, o estudo que está a ser feito também entra em linha de conta com essa variável. Tudo apontará para que a área de reabilitação urbana apontará para os núcleos antigos, mas tal situação deverá ser primeiramente discutida na Câmara Municipal e posteriormente na Assembleia Municipal que tem a competência de discutir e aprovar esta matéria. Em relação à Urbanização Vilas do Rio a informação existente era para que fosse edificada uma moradia e passou a duas. Normalmente o urbanizador pode construir uma moradia unifamiliar ou bifamiliar, porventura poderá ter sido uma solução destas, não tendo de momento a informação total sobre esta situação. Quanto ao palacete da Quinta da Fonte da Prata nunca disse que se estava a fazer um estudo, não há disponibilidade financeira para uma intervenção, só com uma parceria o poderemos concretizar. Em tempos houve um projecto de uma escola profissional com instalações conjuntas com o antigo hospital de Alhos Vedros, mas a candidatura que parecia bem encaminhada, não foi contemplada pelo Ministério da Educação. Temos ainda um projecto em carteira para a área da formação em hotelaria para entidades privadas e o princípio que está visto é que as contrapartidas não serão em dinheiro mas em obras de requalificação do edifício. Quanto à capela da Santa Casa da Misericórdia de Alhos Vedros, o problema foi o de há 15 anos onde não conseguimos que o IPAR considerasse a capela um monumento de interesse nacional, classificando-o como de interesse concelhio, assim as entidades que superintendem o património ao nível nacional não entram com os recursos necessários, ficando nós limitados ao âmbito municipal, sendo difícil uma requalificação com os meios financeiros existentes. António Chora – Uma chamada de atenção para uma situação já aqui mencionada, que são os túneis da urbanização que pode ter uma utilização de viaturas nos dois sentidos, o que causa alguns problemas de trânsito. Relativamente à Avenida Capitães de Abril afirma que não justifica o atraso das obras ali existentes, sendo que a obra já deveria ter sido concluída. Manuel Borges – Sobre a urbanização Vilas do Rio afirma que estaria previsto inicialmente à entrada da urbanização um determinado número de moradias, foi aprovada uma alteração para o seu aumento, daí os problemas de estacionamento de trânsito, o que não acontece no final da rua, pois aí não houve alteração das moradias inicialmente previstas. Admite que de momento é 20 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA MOITA uma situação difícil de resolver, mas afirma que como passa por lá muito trânsito para fugir à estrada nacional, no dia em que houver um acidente o responsável será quem autorizou as alterações há urbanização, uma decisão que foi mal tomada com repercussões visíveis alguns anos depois. Edgar Cantante – Relativamente à capela da Misericórdia, uma das maiores riquezas de um concelho é o seu património histórico, tendo o concelho da Moita muito pouco património. Em toda a parte, em Portugal e no estrangeiro, existe uma grande preocupação pelo património histórico que é uma fonte de receita para o turismo, porque as pessoas vêm à procura do património histórico edificado ou construído. Apela para que apesar de todas as dificuldades, não é difícil repor um chão novo, apesar dos estudos arqueológicos que terão de ser feitos, com um bocado de boa vontade de todos poderá ser feito o arranjo do chão, o qual está actualmente perigoso para as pessoas. Em relação ao mercado municipal deverá haver ideias, aproveitando o que Alhos Vedros tem de pujante que é a actividade cultural. Manuel Madeira – Sobre a urbanização de Sarilhos Pequenos solicita ao senhor presidente da Câmara Municipal que faça luz sobre este problema para clarificar melhor a situação com bases técnicas. Sobre a capela de Alhos Vedros, de facto as pessoas quando se deslocam com interesse turístico, só se deslocam quando existe interesse histórico com interesse nacional. As pessoas ignoram que há uma capela em Alhos Vedros, que não está classificada, o IPAR é responsabilizado e bem pela conservação do património. Quando o IPAR dá uma resposta negativa, passados 10 anos quanto ao interesse nacional disse que esta não tem interesse, disse portanto:“vocês é que têm que resolver a questão”. Há tempos foi realizada uma reunião onde foi dito por técnicos que seria impossível fazer um orçamento para as obras do chão da capela porque iriam aparecer túmulos que teriam de ser estudados, o que obrigaria a acções que na altura não seriam estimáveis em termos financeiros. Presidente da Assembleia Municipal – Defendendo que o funcionamento da Assembleia Municipal não deve ser redutor e deve ser pluralista, solicita que os seus elementos se inscrevam para utilizar da palavra para fechar a lista de intervenções e seguidamente encerrar os trabalhos, a não ser que a intervenção posterior da Câmara Municipal suscite alguns pedidos de esclarecimento. Filomena Ventura – Apesar de ir solicitar um conjunto de informações por escrito, solicita à senhora vereadora Vivina se o CLAS tem o levantamento dos pequenos empresários com um só trabalhador com salários em atraso no concelho. António Chora – Quero dar uma sugestão relativamente à capela, nunca viu azulejos no chão da capela e compreende que numa época de crise a Câmara Municipal não tenha dinheiro para fazer obras, sugere um estrado com suportes que não faça levantamento de terras e que permita no futuro fazer obras de carácter arqueológico no respectivo chão. A segunda sugestão é em relação ao palacete da Quinta da Fonte da Prata, reconhece que é preciso muito dinheiro e a autarquia não pode fazer obra sem uma parceria. Pelos menos que se faça uma intervenção protegendo as janelas contra as intempéries, para que o edifício não se degrade e venha abaixo na sua parte interior. Luís Morgado – Diz ter gostado da intervenção do senhor presidente da Câmara e percebeu que ele até tem desgosto de não poder intervir na capela. Depois de ouvir o sr. Manuel Madeira ficou com a impressão que o edifício devia ser deitado abaixo. 21 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA MOITA Quanto ao palacete da Quinta da Fonte da Prata não compreende o seu valor histórico e arquitectónico e substantivo, não percebendo qual o valor do palacete por exemplo em relação à capela e, na sua opinião, não tem correspondência com o variado património que está na vila de Alhos Vedros, gostaria então de uma explicação relativamente à sua dúvida. Edgar Cantante – Lembra ao Luís Morgado que há um livro editado pela Câmara Municipal que descreve a história e o valor histórico do palacete. Relativamente à capela da Santa Casa da Misericórdia de Alhos Vedros respondendo ao Manuel Madeira parece-lhe que é um jogo de ping-pong entre as várias entidades. Confirma ter havido uma reunião de amigos da capela e ter sido concluído que o custo da obra ser elevado. Mas o que defende é somente uma intervenção no chão que é uma prioridade, não lhe choca a sugestão do António Chora, mas não compreende as pessoas que dizem que a responsabilidade é do IPAR e que não se faça mais nada, é sobre essa óptica que se opõe frontalmente. José Santos – Diz que há muita gente a falar da capela e não a conhece, pois se a conhecesse melhor não faria determinadas afirmações. Não quer responsabilizar ninguém mas reconhece que é necessário dar uma boa atenção a esse património. Essa atenção tem vindo a ser dada por pessoas com alguma responsabilidade. Quando houve um contacto com o IPAR que algumas pessoas que estão nesta sala assistiram, foram feitas perante o padre Melícias promessas relativamente a obras que depois não foram cumpridas. Perante tais circunstâncias foi decidido abrir a capela para efemérides de carácter cultural para lhe dar vida. Dá o exemplo da capela da Misericórdia de Alcochete que estava nas mesmas condições, a população reuniu-se com a provedora e estabeleceram parcerias, conseguindo o arranjo e a recuperação da mesma segundo os princípios das Misericórdias ou seja a solidariedade social. Parece-lhe que estamos a responsabilizar pessoas que não a têm. Como fez parte de dois mandatos em mesas da Santa Casa da Misericórdia recorda-se dos contactos que foram feitos com responsáveis ao nível dos monumentos nacionais, autoridades nacionais e autoridades regionais, mas infelizmente todas estas iniciativas surtiram negativas. Em Alcochete o maior problema até não foram os azulejos, foi o chão da capela, pois para fazer obras do levantamento do chão até tiveram que recorrer a uma empresa especialista italiana. É necessário juntar as vontades e avançar para a execução da requalificação sem estar a assacar responsabilidades a este ou àquele. Presidente da Junta de Freguesia de Alhos Vedros – Nas várias reuniões que tem tido com a Câmara Municipal e outros, a Junta de Freguesia de Alhos Vedros tem exprimido as suas preocupações com o património instalado. Chama a atenção para os cortes financeiros que as autarquias locais têm actualmente tido ao contrário dos bancos e outras instituições financeiras do país, numa crise que não é para todos, porque alguns têm cada vez mais. O Poder Local tem cada vez mais responsabilidades com menos meios e agora é mais difícil estabelecer as prioridades. Em relação a Alhos Vedros urge, quer através de candidaturas ou da implementação do chamado “Alhos Vedros cultural”, começar a planear acções em concreto com parcerias e faseadas no tempo para a recuperação da capela da Santa Casa da Misericórdia. Mas também é necessário recuperar os azulejos da capela que são dos séculos XVII e XVIII que estão a cair para o chão, apesar de ter já havido uma recuperação e ter sido feito um levantamento fotográfico do mesmo deve tentar manter-se os originais. Quanto ao palacete da Quinta da Fonte da Prata refere que infelizmente não foi utilizado pelo Instituto das Pousadas de Portugal e lembra que o edifício foi utilizado com muitas deficiências pela CERCIMB porque não havia outra alternativa para a criança inadaptada que merecia o seu direito à educação, portanto é evidente tem vindo a ser degradado. 22 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA MOITA Presidente da Câmara Municipal – A maior parte das intervenções foram no sentido do comentário. Na única pergunta que foi feita directamente respondo que os dados que existem constam no Instituto Nacional de Estatística. Fazer o levantamento de todas as empresa unifamiliares no concelho não está ao alcance da Câmara Municipal. Relativamente à intervenção da Presidente da Junta de Freguesia de Alhos Vedros dizer que a Câmara Municipal tem vontade em apresentar candidaturas para o município. Nós procuramos, segundo as ofertas existentes de candidaturas, concorrer e por vezes o caminho que nós propomos e pretendemos não é aquele que é o trilhado, relembra a candidatura para toda a zona ribeirinha do concelho que não foi contemplada na sua totalidade como o foram noutros concelhos apesar de o Poder Central reconhecer o mérito da candidatura apresentada. Foi também o que aconteceu no plano de revitalização da vila da Baixa da Banheira, portanto quando temos mecanismos com candidaturas aprovadas é por aí que vamos, é exemplo o Orçamento para 2011, tivemos que optar, não lançando o concurso de esgotos do Penteado em face das candidaturas aprovadas tendo em conta as restrições financeiras. Não havendo mais intervenções, foi lida a acta em minuta a qual, não havendo objecções, foi submetida à votação tendo sido aprovada por unanimidade, para efeitos de aplicação imediata. Não havendo mais nada a tratar, foi encerrada a Sessão eram 01,10 horas do dia 26 de Fevereiro de 2011. O Presidente, O 1.º Secretário A 2.ª Secretária 23 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA MOITA 24