Os longos caminhos para a democracia
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Os longos caminhos para a democracia
1 de janeiro Dia Mundial da Paz Na sua Mensagem para o Dia Mundial da Paz, o Papa Francisco alerta-nos para o flagelo generalizado da exploração do homem pelo homem. Apesar da escravatura ter sido formalmente abolida do mundo, ainda hoje milhões de pessoas – crianças, homens e mulheres de todas as idades – são privadas da liberdade e constrangidas a viver em condições semelhantes às da escravatura. p1 Ação Missionária deseja aos seus leitores um 2015 cheio de Paz e de Fraternidade. JANEIRO 2015 ano 74 nº 854 diretor Tony Neves administrador Nuno Rodrigues Congregação do Espírito Santo www.espiritanos.pt publicação mensal de formação e informação missionária Os longos caminhos para a democracia ANGOLA D. Gabriel Mbilingi, Arcebispo do Lubango e Presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé, em entrevista ao jornal Ação Missionária, aponta desafios para a Igreja e Sociedade do país. campanhas de solidariedade Neste ano de 2015, a solidariedade Família Espiritana vai tentar responder a dois projetos concretos, em dois continentes: na Amazónia, a convite do P. Farias, vamos apoiar a construção da residência de uma paróquia do Tefé, e em Moçambique, a convite do P. Raul Viana, vamos apoiar a construção de uma nova residência e casa de formação, na Beira. p9 jovens comprometidos Em Portugal e além-fronteiras, são muitos os que aceitam o desafio de se comprometerem na Igreja e no mundo. No Ano da Vida Consagrada, somos chamados também a escutar o Senhor que continua a convidar para compromissos mais definitivos e radicais. p10 Oração pela Unidade dos Cristãos “DÁ-ME DE BEBER!” (João 4,7) Há 50 anos, no Decreto ‘Unitatis Redintegratio’ sobre o Ecumenismo, o Concílio Vaticano II sublinhava que a oração é a alma do Movimento Ecuménico e conviadáva-nos à observância da Semana de Oração. A tradição já tem mais de 100 anos: de 18 a 25 de Janeiro, período entre as festas de São Pedro e São Paulo, somos convidados, cada ano, a rezar pela Unidade dos Cristãos. O tema e o material de oração deste ano partem do diálogo de vida entre Jesus e a mulher samaritana (João 4, 1-41) e foram preparados pelas Igrejas presentes no Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil. Em Portugal, a celebração a nível nacional ocorrerá na Sé de Setúbal, no dia 24 de Janeiro. p4 Navegue connosco na internet www.espiritanos.pt • Facebook: espiritanos.pt 2 JANEIRO2015 Refugiados no mundo «A Igreja tem o dever de mostrar a todos o caminho da conversão, que induz a voltar os olhos para o próximo, a ver no outro – seja ele quem for – um irmão e uma irmã em humanidade, a reconhecer a sua dignidade intrínseca na verdade e na liberdade» editorial Tony Neves Arminda Camati em Angola monsenhor joaquim carreira D. António Barroso José Campinho Para recordar a memória de D. António Barroso e celebrar o 160.º aniversário do seu nascimento, a associação dos «Amigos de D. António Barroso» promoveu, no dia 8 do mês de novembro, uma sessão de homenagem a este ilustre barcelense que foi Missionário em três continentes e insigne Bispo do Porto e também figura emblemática da Igreja portuguesa nos tempos difíceis da Primeira República. A cerimónia decorreu no auditório da Biblioteca Municipal de Barcelos e foi presidida por D. Abílio Ribas, que foi Missionário em Angola e Bispo de S. Tomé e Príncipe, e teve como orador o Prof. Doutor João Marques, da Universidade do Porto, que dissertou sobre «A política colonial e a evangelização da África Portuguesa nos finais de séc. XIX: D. António Barroso e o Comissário António Enes», relevando a herança missiológica legada pelo homenageado, donde é possível destacar vários temas que ilustram a sua mentalidade inovadora e que realçam algumas virtudes humanas e cristãs que fizeram dele um missionário modelo. Olhando a história da Igreja missionária em Portugal, a figura de D. António Barroso, como missionário e missiólogo, sobressai de entre os mais notáveis da história portuguesa, seja nas primeiras e determinantes aventuras do Congo, seja como incansável Prelado de Moçambique, seja como resistente construtor da comunhão em Meliapor, porque a sua extraordinária capacidade de associar o pensamento reflexivo ao trabalho concreto que ia realizando se traduziu numa enorme inovação para a igreja missionária portuguesa, na época de charneira em que viveu. De facto, ao defender a revisão dos métodos do trabalho missionário, o planeamento e a criação de missões em pontos estratégicos, a valorização do clero autóctone, a formação verso... e o reverso Prof. Doutor João Francisco Marques do pessoal missionário, a valorização da vida comunitária, a importância da Irmãs Missionárias e dos Irmãos Leigos, do ensino e da formação da juventude e a importância da organização e do trabalho na missionação, que praticou sempre no respeito pelo homem e pelos seus direitos, com prudência, simplicidade e honradez de caráter, deram-lhe uma experiência evangelizadora, que se viria a confirmar no Porto, para onde foi nomeado Bispo, em 1899, cuja conduta haveria de espiritano na casa do pai Espiritanos em Portugal Ir. António Gonçalves António Moreira Ir. António Gonçalves (15-01-1927 — 01-12-2014) O Ir. António Gonçalves nasceu em 15 de janeiro de 1927, na Ribeira do Fárrio, concelho de Ourém. Filho de Manuel Gonçalves e de Luisa de Jesus, entrou na Congregação do Espírito Santo, em Braga, com 25 anos. Professou também no Fraião, em 9 de setembro de 1954. Aí continuou até 1957. A sua missão foi sempre em Portugal, no apoio de retaguarda aos missionários que partiam e regressavam das Missões noutro país. A sua principal atividade foi a de alfaiate que já exercia antes de ingressar na Congregação, acumulando com o cuidado do refeitório e, por vezes, mesmo da cozinha. Isto em quase todas as comunidades onde esteve colocado. Assim, em 1957 trabalhou na comunidade do Seminário da Silva, que era o noviciado dos seminaristas. Em 1959, regressou ao seminário do Fraião para, no ano seguinte, ir para o Seminário da Torre d’Aguilha. Em 1979 foi colocado em Coimbra, na Animação Missionária. ser sempre pautada pro critérios de justiça, mesmo quando teve de enfrentar Afonso Costa, o ditador e perseguidor da Igreja, pela mão de quem experimentou as agruras do exílio, mas só depois de, pela bondade fraternal e pela firmeza militante da sua condução pastoral, ter conquistado o coração dos portuenses. Morreu no Porto, em 31 de agosto de 1918, com fama de santidade, depois de ter «saboreado as glórias do Tabor e sobretudo o fel do seu calvário»... Esse mesmo serviço prestou durante algum tempo na comunidade de Benfica, em Lisboa, voltando para Coimbra em 1994. Passou para a Comunidade da Estrela (Lisboa) em 2004. A saúde foi-se deteriorando e o peso da idade começou a fazer-se sentir. Foi então que regressou ao Fraião, ao Lar Anima Una. Tinha 86 anos. Uma vida de serviço na humildade de quem está sempre disponível nas mãos dos seus superiores para trabalhar onde e quando fosse necessário. O Senhor veio buscá-lo para a Sua Glória no dia 1 de dezembro. A Ele pedimos a paz eterna para o nosso Irmão. Os funerais foram realizados no dia 2. De manhã, na Capela do Seminário do Fraião onde se concentraram todas as comunidades do norte – Fraião, Viana, Silva e Porto. De tarde, na Mata do Fárrio (Ourém), com as comunidades do sul: Estrela (Lisboa), Mértola e Torre d’Aguilha. Na homilia, o P. Tony Neves salientou a vida do Irmão António totalmente entregue à Missão. Depois da Eucaristia, foi a sepultar no jazigo de família em Freixianda, também do concelho de Ourém. A TURQUIA acolheu o Papa Francisco. Ao abrir as portas, o governo deste país de maioria islâmica permitiu ao mundo inteiro a escuta de palavras fortes na contestação aos fundamentalismos que matam e semeiam o pânico, sobretudo entre cristãos. A Turquia não tem apoiado os grupos islâmicos mais radicais e tem acolhido muitos refugiados idos das áreas em conflito. Francisco encontrou-se com numerosos refugiados a quem prometeu todo o apoio da Igreja. A visita papal permitiu ainda a aproximação entre o líder católico e o líder ortodoxo, selado por um simbólico abraço. Os REFUGIADOS constituem uma nódoa na consciência da humanidade. Resultam, sobretudo, de conflitos e outras violações frontais dos direitos humanos. O Presidente da Caritas Internacional, D. Óscar Maradiaga, cardeal das Honduras, recordou o drama dos milhões de refugiados. Cita os casos dramáticos da Síria, Iraque e Sudão do Sul, países onde praticamente todos os dias famílias inteiras são obrigadas a fugir, para escaparem à morte. D. Maradiaga diz que a Cáritas cumpre a sua missão de apoiar todos quantos caíram nas periferias do mundo e perderam tudo. PAZ segundo o Papa Francisco. A tradição mantém-se e o Papa publicou uma Mensagem para o Dia Mundial da Paz. O tema escolhido foi o ‘fenómeno abominável’ da escravatura e do tráfico humano. São muitas e bárbaras as formas escolhidas para traficar. São milhões as vítimas. Francisco apela a uma sensibilização de todos contra o tráfico humano. E pede que se ponham fim às guerras e conflitos que dão ninho aos traficantes de todas as qualidades. ‘Já não escravos, mas irmãos’, é o tema que condena a rejeição do outro, os maus-tratos às pessoas, a violação da dignidade e dos direitos fundamentais, a institucionalização de desigualdades. O VULCÃO NO FOGO, em Cabo Verde, começou a vomitar lava como já há muito não acontecia. Primeiro viu-se o espetáculo das televisões. Depois, com o agravar da situação e o alastrar das correntes de fogo, foi necessária a evacuação das povoações afetadas ou em risco de serem engolidas pela lava. Só por fim, após constatação da catástrofe humanitária, começaram a nascer ondas de solidariedade. Muitas famílias ficaram despojadas dos seus bens, após fuga. Bandidos saquearam casas e campos. O vulcão mantém a sua atividade, desgraçando a vida de muita gente na Ilha do Fogo. NA CASA DO PAI Os Missionários do Espírito Santo estão em Portugal desde 1867. Hoje são cerca de 120 membros, dos quais 35 trabalham em missão no exterior do país. Luís Filipe Carvalho Cruz Durante este Ano da Vida Consagrada, a partir do próximo mês, queremos apresentar-lhe cada uma das 11 comunidades desta família religiosa, quem são e o que fazem. Paz à sua alma! Madorna, Cascais Um dos elementos fundadores do grupo da LIAM - MADORNA, tendo desempenhado durante os primeiros anos a função de presidente do grupo. Maria Cândida Lopes R. Ferreira N. 04-09-1917 F. 03-11-2014 S. Paio de Antas, Esposende Primeira responsável do núcleo da LIAM da sua paróquia e que muitas vezes acolheu em sua casa o P. José Felício. Paz à sua alma! Maria Irene Gonçalves Patrão N. 15-12-1924 F. 23-11-2014 Marinhas, Esposende Dª Irene foi uma grande amiga das missões, quer através da divulgação da imprensa missionária, quer através da motivação de várias pessoas, e até famílias, para a participação em campanhas a favor das missões, na atribuição de bolsas de estudo e no compromisso de custear as despesas totais de jovens seminaristas candidatos à vida missionaria. Paz à sua alma! “Justo entre as nações” VICTOR SILVA MISSIONÁRIO EM TRÊS CONTINENTES JOSÉ CAMPINHO Indiferença, escravatura, tráfico, corrupção. Mas também, e sobretudo, paz, liberdade, dignidade, compromisso, fraternidade. São palavras ou ideias que estão muito presentes na Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial da Paz. Todas as suas baterias estão apontadas contra o tráfico, nas suas muitas e variadas expressões. O flagelo da exploração do homem pelo homem é um fenómeno abominável e tem uma raiz: a ideia de que as pessoas podem ser tratadas como objetos, compradas e vendidas, usadas e deitadas fora quando já não atingem objetivos traçados. É verdade que a escravatura foi abolida pelas leis dos Estados. Mas continua a ser praticada pelo trabalho infantil e forçado, pela exploração sexual, pela prisão sem julgamento e com maus tratos, pelo tráfico de órgãos, pelos militares recrutados à força (alguns ainda crianças), pela utilização de pessoas para tráfico de droga e armas, por grupos terroristas que fazem reféns, por redes mafiosas que traficam pessoas sob pretexto de emigração, etc. A corrupção também merece vivo repúdio e combate por parte do Papa Francisco. Há gente que para enriquecer está disposta a tudo. Sejamos humanos e tudo se resolve. Não se pode permitir que as pessoas sejam espezinhadas nos seus direitos, que a sua dignidade seja calcada. O Papa salienta o trabalho arriscado e discreto de muitas Congregações Religiosas e Instituições contra toda a espécie de tráfico humano. Este compromisso em favor das pessoas ajuda a globalizar a fraternidade e a construir um mundo de paz e justiça. Na sua visita ao Parlamento Europeu, o Papa Francisco já tinha alertado para os perigos de uma cultura do descartável e do consumismo exagerado. Contestava uma Europa fechada, egoísta e medrosa. Lamentava o facto do Mar mediterrâneo se ter transformado no maior cemitério da Europa, pois ali morrem milhares de pessoas que tentam cá chegar, à procura de melhor sorte. Alertou ainda os políticos para as guerras e violências que matam por esse mundo fora, quantas vezes perante o silêncio, a indiferença e até o conluio da Europa. Condenou as políticas agrícolas que deitam bens alimentares fora, enquanto milhões de pessoas passam fome no mundo. Finalmente, pediu que a economia não matasse as pessoas, pois o melhor do mundo não são as riquezas, mas os seres humanos. Ação Missionária deseja aos seus leitores um 2015 cheio de Paz e de Fraternidade. Tentaremos ser a voz dos mais pobres e chamar a atenção para o que se passa no mundo, para que este seja cada vez mais humano e fraterno. Nos últimos 10 anos, o número de refugiados não pára de aumentar. No final de 2013 eram cerca de 51,2 milhões, o maior número desde a Segunda Guerra Mundial. E o número não pára de aumentar. Só da Síria, estima-se que sejam, no final de 2014, 4,1 milhões. Papa Francisco - Mensagem para o Dia Mundial da Paz TONY NEVES Sim à Paz, Não à escravatura! 3 JANEIRO2015 O Monsenhor Joaquim Carreira não deixou escrito qualquer “diário” sobre os tempos de guerra e perseguição em Roma. O seu sobrinho, o espiritano P. João Mónico, oferece-nos, no seu livro, dados históricos importantes para compreender este sacerdote de corpo inteiro. João Mónico Quem é este “justo entre as nações? Porquê? Na verdade, não é habitual ler, ouvir e ver textos com este título. Por isso, e numa atitude de memória e gratidão para quem promoveu e concedeu esta nobre distinção, deixo algumas palavras. O “justo entre as nações” é o nosso saudoso P. Dr. Joaquim Carreira, nascido a 8 de Setembro, no lugar do Souto de Cima, freguesia e Vila da Caranguejeira, concelho e diocese de Leiria. Faleceu, em Roma, a 7 de Dezembro de 1981. Em 2001, os seus restos mortais foram trasladados para o cemitério da terra natal. Em 1920, deu entrada no seminário de Leiria. De 1926 a 1931, em Roma, na Universidade Gregoriana, termina os seus estudos eclesiásticos. Ordenado sacerdote, regressa a Leiria, para ser professor no seminário. De 1931 a 1940, assume ser capelão da Boavista, para onde se deslocava na sua bicicleta, chovesse, ventasse ou fizesse sol. Foram anos de laboriosa missão. Pelo seu carácter, talento, espiritualidade, dedicação pastoral e social, deixou marcas profundas. Empreendedor e decidido, ainda encontrou tempo para, em 1940, tirar o “Brevet” de piloto civil, em Alverca. A pedido do seu Bispo, aceita voltar a Roma. Despediu-se dos familiares e amigos, dizendo: “Para o que uma mãe criou um filho”! “Confio na Mãe do céu, Rainha da paz”! Corria o ano de 1940. Iria assumir o cargo de Reitor do Pontifício Colégio Português. Roma estava a ferro e fogo. Os soldados alemães, perseguiam os judeus e antifascistas. De 1940 a 1943, viveu momentos de martírio, de guerra, de morte, de penúria, de medo e de “caça ao homem”! Sempre determinado a cumprir as orientações dos seus Superiores e o mandamento da caridade cristã, arriscou a própria vida e a invasão da Instituição a que presidia, acolhendo, no Colégio, quantos à sua porta batiam, judeus e não judeus. Pela lista que nos deixou, falamos de cinco dezenas. Era a “hora da caridade”! Este pregão, vindo do Vaticano, corria, de boca em boca, para os Colégios, Institutos Religiosos, Conventos de clausura e casas particulares. Era urgente abrir as portas e acolher os que fugiam de uma guerra absurda, da perseguição injusta e de leis desumanas. O Papa Pio XII e o Vaticano, colaboravam materialmente, sem alarido. O Reitor do Pontifício Colégio Português, P. Dr. Carreira, aceitou e viveu a “hora da caridade”, acolhendo e alimentando os refugiados. Magros eram os recursos materiais. A segurança era limitada. Criou esconderijos. Distribuiu indumentária, apropriada ao momento. Deu instruções práticas e rigorosas para salvar aquelas vidas, sempre ansiosas. Porquê este título, “justo entre as nações”? Em Jerusalém, há um departamento – Yad Vashem -, que analisa os casos das pessoas propostas para este título que só pode ser atribuído “à pessoa que esteve envolvida directamente no resgate de judeus ameaçados de morte ou de deportação para campos da morte, arriscando a sua vida, liberdade ou posição”. Reunidos os documentos escritos, sobretudo cartas dos refugiados dirigidas ao Reitor do Colégio, P. Dr. Joaquim Carreira, bem como depoimentos orais, recolhidos e gravados pelo jornalista António Marujo, procedeu-se ao envio do “Processo”, para Jerusalém, em 2013. Uma vez aceite e estudado o “Processo”, o título de “justo entre as nações”, foi-lhe conferido em Setembro de 2014. O testemunho do judeu italiano Elio Cittone, que foi recebido pelo Reitor do Colégio, ao tempo com apenas 16 anos de idade, determinou a decisão final. “Estamos contentes por poder informar que o seu tio Joaquim Carreira, foi admitido como “Justo entre as Nações” pela Comissão encarregada de escolher o “justo”. Entretanto, vamos enviar-lhe uma carta protocolar”. Esta informação, assinada pela Sra. Dvora Weis, membro do Departamento para a escolha do “Justo”, chegou ao P. João Mónico, por email, a 9 de Dezembro de 2014. Assim, o P. Dr. J. Carreira, declarado “justo entre as nações” pelo Yad Vashem, é o 4º Português, numa lista de mais de 25 mil nomes estrangeiros. Os judeus reconhecem-no “justo entre as nações” pelo bem que fez. Os outros portugueses são: O Cônsul Aristides Sousa Mendes, Carlos Sampayo Garrido e José Brito Mendes. No livro sobre Mons. Carreira, escrito pelo seu sobrinho P. João Carreira Mónico, há dados históricos, importantes para compreender este sacerdote de corpo inteiro que não nos deixou qualquer “Diário” escrito sobre este tempo e a vida, dentro e fora do Colégio. Por humildade? Sim. O tempo era de guerra, de censura, de vigilância e de desconfiança. Todo o cuidado e reserva era pouco. Para ele, era “hora de caridade”: alimentar, proteger e salvar vidas ameaçadas; um imperativo sacerdotal e cristão. Preferiu fazer o bem sem olhar a quem, sem procurar o seu interesse e tudo suportar, pois a caridade nunca acabará (1 Cor. 13, 4-8). Vai tu também e faz o mesmo (Lc. 10, 37). Obrigado sincero. 4 SEMANA DE ORAÇÃO PELA UNIDADE DOS CRISTÃOS J. C. FERNANDES NA CHINA foi libertado da prisão o bispo de Yujiang, detido desde 30 de maio último. Contudo, está proibido der exercer o ministério episcopal. A prisão de D. John Peng Weizhao ocorrera um mês depois de ser nomeado bispo pelo Vaticano. Pertence, pois, à Igreja católica fiel a Roma. Atualmente há vários bispos e sacerdotes fiéis a Roma que estão detidos. Jorge Pina Cabral Bispo da Igreja Lusitana NA SÍRIA, nos primeiros nove meses de 2014 houve pelo menos 35 ataques a escolas que causaram a morte a 105 crianças, segundo a ONU. Outros países que se revelaram trágicos para as crianças foram a República Centro-Africana, o Sudão do Sul, a Ucrânia e a Palestina. «‘Dá-me de beber!’ é um apelo que quebra preconceitos religiosos e culturais, que abre ao diálogo na diversidade e que revela a importância do acolhimento e da partilha de dons como expressão da necessária complementaridade que deve existir, entre cristãos e Igrejas.» NO IRAQUE milhares de cristãos participaram na vigília e procissão da Imaculada Conceição na noite de sábado, 6 de dezembro, na cidade de Erbil. Esta cidade acolhe muitos refugiados cristãos vindos de Mossul e de outras localidades atacadas por jihadistas. Na vigília os participantes puderam escutar uma vídeo-mensagem de encorajamento enviada pelo papa Francisco. NA ÍNDIA, um movimento radical hindu (Dharam Jagram Samiti) lançou uma campanha de recolha de fundos para apoiar a reconversão de milhares de cristãos e muçulmanos ao hinduísmo. Os alvos são famílias pobres, como imigrantes provenientes do Bangladesh, a quem é oferecida comida e dinheiro para se tornarem hindus. Segundo a agência Asianews neste Natal o movimento pretendia que 4 mil famílias cristãs e 1000 muçulmanas se tornassem hindus. De 18 a 25 de Janeiro de 2015 terá lugar o tradicional Oitavário de Oração pela unidade dos cristãos. O tema e o material de oração foram este ano preparados pelas Igrejas presentes no Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC) e que são: Igreja Católica Romana, Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Igreja Presbiteriana Unida e Igreja Ortodoxa Síria de Antioquia. O CONIC tem como missão trabalhar pela unidade das Igrejas cristãs, acompanhando a realidade brasileira e confrontando-a com o Evangelho e as exigências do Reino de Deus. No meio de crescente intolerância religiosa, o CONIC procura o diálogo entre as Igrejas e outras religiões como forma de reduzir o impacto do fundamentalismo religioso. É neste contexto social e religioso que se insere a escolha do tema do oitavário sustentado no apelo feito por Jesus à mulher samaritana: «Dá-me de beber!» (João 4,7). Um apelo que quebra preconceitos religiosos e culturais, que abre ao diálogo na diversidade e que revela a importância do acolhimento e da partilha de dons como expressão da necessária complementaridade que deve existir, entre cristãos e Igrejas. O rico e sugestivo diálogo de vida entre Jesus e a mulher samaritana (João 4, 1-41), será então aprofundado diariamente ao longo do Oitavário tendo por base os dois grandes símbolos presentes nesta narrativa bíblica e que são; o caminho e a água. Duas questões iniciais ajudam também aprofundar o sentido dos símbolos e das celebrações propostas:qual é o caminho da unidade, a rota que devemos assumir, para que o mundo possa beber da fonte da água da vida, que é Jesus Cristo? E ainda: qual é o caminho da unidade que mostra o devido respeito pela nossa diversidade? A caminhada de unidade proposta para os oito dias começa com uma proclamação, que conduz à denúncia, à renúncia e ao testemunho conjunto. A reflexão bíblica que ajudará a este caminhar, sustenta-se na Leitura Contextual da Bíblia muito presente na América Latina e que promove uma abordagem do texto bíblico que sendo académica não deixa de ser popular procurando ter a vida quotidiana como seu ponto de partida. Deste modo, procura-se que o texto bíblico ensine e transforme de forma a criar um testemunho da vontade de Deus no contexto em que vivemos. Como habitualmente, o material litúrgico editado, sem desvirtuar a proposta original, é adaptado para a realidade Portuguesa, num trabalho conjunto do Conselho Português de Igrejas Cristãs (COPIC) e da Comissão Episcopal da «Missão e Nova Evangelização» da Igreja Católica Romana. O material está editado em livro que poderá ser solicitado às Igrejas. Cabe agora às diferentes Igrejas e comunidades, transpor este manancial litúrgico e bíblico, para a vida e necessidades concretas da sociedade portuguesa. Se o souberem fazer em conjunto, mais credível e transformador será o seu testemunho. Em Portugal, prevê-se a realização de um conjunto diversificado de celebrações e de encontros ao longo da semana de oração. A celebração a nível nacional, que contará com a presença dos hierarcas das diferentes Igrejas, ocorrerá na Sé Católica da cidade de Setúbal, no dia 24 de Janeiro de 2015 pelas 16h00. Publicação conjunta MissãoPress “Uma injustiça e uma vergonha da humanidade” Viagem, sol escaldante, cansaço, sede… “Dá-me de beber!” É um pedido de todo o ser humano! Deus, que se fez humano em Cristo e se esvazia para compartilhar a nossa humanidade (Fl 2, 6-7), é capaz de pedir à mulher samaritana: “Dá-me de beber!” (Jo 4,7). Ao mesmo tempo, esse Deus que vem ao nosso encontro oferece a água viva: “ A água que eu lhe der se tornará uma fonte que jorrará para a vida eterna.” (Jo 4,14) O encontro entre Jesus e a mulher samaritana convida-nos a experimentar água de um poço diferente e também a oferecer um pouco da nossa própria água. Na diversidade, enriquecermonos uns aos outros. A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos é um momento privilegiado para oração, encontro e diálogo. É uma oportunidade para reconhecer a riqueza e o valor que estão presentes no outro, no diferente, e para pedir a Deus o dom da unidade. “Quem bebe desta água sempre volta” – diz um provérbio brasileiro, utilizado quando uma pessoa que nos visita vai embora. Um copo refrescante de água é um sinal de acolhimento, diálogo e convivência. O gesto bíblico de oferecer água a quem chega (Mt 10,42), como forma de acolhimento e partilha, é algo que se repete em todas as regiões do Brasil. “Dá-me de beber” traz consigo uma ação ética que reconhece a necessidade que temos uns dos outros na vivência da missão da Igreja. É algo que nos impele a mudar a nossa atitude, a nos comprometer com a busca da unidade no meio da nossa diversidade, através da nossa abertura para uma variedade de formas de oração e espiritualidade cristã. Subsídios para a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos Simon Ayogu JUSTIÇA E PAZ Q uando caem os investimentos bancários e as grandes empresas falham, achamos que a crise está a tomar conta de nós. Mas se pessoas morrem de fome, é como se não se passasse nada. Subscrevendo as palavras sábias do Papa Francisco, aproveito para afirmar que esta realidade, além de ser uma tragédia maior do que a crise financeira, é uma vergonha da humanidade. Num mundo mais rico do que nunca, é absolutamente inaceitável que haja quem morra de fome. Sem menosprezar o Programa Alimentar Mundial que é, de resto, a maior agência humanitária do mundo a operar em 80 países e que consegue pôr pão na mesa de cerca de 90 milhões de pessoas anualmente, nem a Igreja Católica, que de variadíssimas formas se identifica com a sorte dos pobres, consegue dar resposta a este problema. A verdade seja dita: há gente que vai para cama esfomeada. Lembro-me um dos álbuns musicais mais famosos de Michael Jackson em parceria com Lionel Richie, “We are the World”, lançado em 7 de Março 1985, que vendeu milhões de cópias e que arrecadou mais de 55 milhões de dólares destinados a combater a fome em África. Estes exemplos e muitos outros levam a acreditar que o mundo está atento à questão da fome, mas ainda há muito para fazer, pois é de crer ser possível acabar com a fome antes que ela acabe connosco. É verdade que o número dos famintos tem vindo a diminuir, mas hoje, cerca de 842 milhões de pessoas no mundo não comem o suficiente para serem saudáveis. Isso significa que uma em cada oito pessoas na terra vai para a cama com fome todas as noites. (Fonte: FAO, 2013). Se a fome fosse só um problema de alguns adultos que não trabalham ou simplesmente um castigo para indolência, talvez isso nos poupasse a nossa responsabilização. Porém, um terço das mortes geradas pela malnutrição é de crianças com menos de cinco anos de idade, especialmente, nos países em desenvolvimento. Mais ainda, em muitos países em desenvolvimento, uma em cada quatro crianças sofre de atrofia, o que significa que o seu crescimento físico, espiritual, moral e mental é prejudicado por causa da alimentação inadequada. Estes atrasos verificados no desenvolvimento das crianças repercutem-se no desenvolvimento do mundo, quer no presente, quer no futuro. Enquanto houver uma criança que passe fome, o mundo não estará bem, pois, o que toca às crianças toca a todos. É de realçar que este não é um problema exclusivo de África subsaariana e de partes da Ásia, mas tão só o espaço onde esta realidade é mais evidente. Trata-se, portanto, de um problema mundial dado que, mesmo nos países poderosíssimos, há gente que passa fome. Fome e carência nunca são inevitáveis, mas geralmente resultam das políticas dos governos. Pergunto-me, será isso uma irresponsabilidade total, dependência escusável e falta de fibra moral ou pessoas a tornarem vítimas de uma realidade económica brutal em que os lucros exagerados vêm antes das pessoas? Soluções das Palavras Cruzadas Horizontais: 1. Malefícios; Além. 2. Alamar; Miam; Asa. 3. Cábula; Irras; Tc. 4. Arola; Atonia; Ré. 5. Cera; Afa; Ás; Gel. 6. Os; Árido; Rola. 7. Rim; Moradoras. 8. Punas; Salutar. 9. Poiares; Lúcidas. 10. Sentirem; Danosa. 11. Soneca; Adas. 12. Cu; Sana; Usos; La. 13. Ova; Sarar; cor. 14. Sais; Recapacita. 15. Esses; Saloiadas. Verticais: 1. Macacos; Psicose. 2. Alares; Põe; Uvas. 3. Labor; Ruins; Ais. 4. Emula; Inatos; Se. 5. Fala; Amarinas. 6. Ira; Ar; Serenar. 7. Afim; Secares. 8. Imitados; Má; Aca. 9. Oiro; Oral; Ural. 10. Sarna; Aludas; Pó. 11. Mais; Ducado; Aí. 12. Sã; Rotinas; Cá. 13. Lá; Gorados; Cid. 14. Estrelaras; Lota. 15. Macelas; Safaras. A Paz é «coisa» de irmãos... não de escravos «Se queremos um mundo de paz e de justiça há que pôr decididamente a inteligência ao serviço do amor.» Antoine de Saint-Exupery Fátima Monteiro eSPIRITUALIDADE(S) A história da Igreja está repleta de papas guerreiros e inquisidores que nem sempre honraram o legado cristão da procura da paz num mundo atravessado pela violência e amante de guerras. Hoje, Francisco, um Papa que está a voltar às origens do cristianismo primitivo e solidário, capaz de respeitar o facto de se poder ser diferente sem necessidade de sentir-se inimigos, devolve com os seus gestos a construção da paz e conciliação que tantas vezes a Igreja, ao mundanizar-se, foi esquecendo pelo caminho. Na sua Mensagem para o quadragésimo oitavo Dia Mundial da Paz, revela mais uma vez por que é considerado um forte candidato ao Prémio Nobel da Paz. Mais uma vez, não parecendo de todo um homem da política, ele põe o assento nas políticas do trabalho, como chave para a construção de um mundo mais justo… logo mais pacífico! Assim, o Papa considera que as “escassas” oportunidades de trabalho são a grande causa para esta aparição desenfreada de novas formas de escravidão moderna. Por outro lado, as empresas deveriam oferecer, segundo Francisco, aos seus colaboradores “condições de trabalho dignas e salários adequados” e critica como forma de opressão moderna “a corrupção daqueles que estão dispostos a fazer qualquer coisa para enriquecer”. Embora não seja propriamente novidade, nem mesmo nos documentos da Igreja, o Papa volta a realçar como causa da “escravatura moderna” a pobreza, o subdesenvolvimento e a exclusão combinadas com a falta generalizada de acesso à educação ou “com uma realidade caracterizada pela escassez, para não dizer inexistentes, oportunidades de trabalho”. Mais uma vez aproveita a oportunidade para mostrar a sua indignação pela forma como são tratados os imigrantes “que, na sua dramática viagem, sofrem a fome, vêem-se privados de liber- dade, despojados dos seus bens ou até mesmo daqueles de quem se abusa física e sexualmente”. Imigrantes que “depois de uma viagem duríssima e com medo e insegurança, são detidos em condições inumanas e se veem obrigados à clandestinidade por diferentes motivos sociais, políticos e económicos ou, com a finalidade de se manterem dentro da lei, aceitam viver e trabalhar em condições inadmissíveis”. É extenso o rol de inumanidades que esta Humanidade comete e que com desassombro o Papa elenca. Será fácil ao leitor (da Mensagem Papal) imaginar o coração deste homem que se vem dando a conhecer pela sua humanidade divinizante que não deixa indiferente crentes ou não crentes (e dos crentes, não importa muito a religião), uma das suas marcas é precisamente crer no diálogo e no respeito pelos diferentes, começando por aceitar como irmãs todas as confissões religiosas. Com esta mensagem, este Papa continua a demarcar-se dos seus antecessores. Não são assim tão poucos os cristãos que criticam a dimensão política da Igreja e do papado alegando que a Igreja “não deve meter-se na política”. É certo que muitos papas assemelharam-se mais a chefes de Estado que a representantes do apóstolo Pedro, que morreu perseguido pelo poder romano. Francisco, no seu ainda breve mas rico pontificado, está a esforçar-se por purificar a Igreja dos seus pecados de indevidas ingerências políticas, geralmente a favor dos ditadores, ao mesmo tempo que lhe devolve o seu verdadeiro valor. Foi ele que recordou que o ser humano é um “animal político” e que por isso também os cristãos devem ocupar o seu lugar neste vasto campo de ação. É como que admitir que não é possível separar o corpo da alma quando se quer lutar por uma sociedade mais justa… logo mais cimentada e movida por gestos de Paz. Brasil Espiritanos abrem nova comunidade em São Paulo J. C. FERNANDES NO BANGLADESH foi inaugurada a primeira Universidade Católica do país. Os primeiros cursos são Inglês, Economia, Direito, Filosofia e Gestão. A nova universidade, situada na capital Daca, é dirigida pelos missionários da Santa Cruz, que já dirigem desde 1949 um dos melhores colégios do país. A fome hoje «Dá-me de beber!» (João 4,7) NA MONGÓLIA foi ordenado o primeiro diácono do país. A ordenação ocorreu na Coreia do Sul, onde o jovem frequentou o seminário. O cristianismo foi introduzido na Mongólia pela primeira vez no século 13, durante o império mongol, mas desapareceu cem anos depois. Nova tentativa de evangelização inicia-se no século 19 para desaparecer com o regime comunista. Recomeçou em 1991, após a queda do regime e a introdução da democracia. Atualmente há no país cerca de mil católicos. 5 JANEIRO2015 Bispo Jorge Pina Cabral com os jovens no XVI Fórum Ecuménico Jovem, em Coimbra. Lucas Duarte. No dia 8 de Dezembro, os Missionários Espiritanos que trabalham em São Paulo reuniram-se no bairro de Vila Prudente, na Zona Leste, para inaugurar mais uma comunidade espiritana na cidade. Formada por Assis Tavares (Cabo Verde), Geraldo McNamara (Irlanda) e Michael Foody (Irlanda), a comunidade está dedicada ao serviço dos mais pobres seja nas favelas da região, nas prisões ou com os migrantes. Na Eucaristia presidida pelo superior do Grupo Sudeste, Jorge Boran, ele sublinhou que assim como a espera pelo Natal de Jesus é a continuação do sonho num projeto de libertação, a realização desta inauguração também. Sonho que começou na década de 1970 com a chegada de Patrck Clarcke, que no próximo ano completa 50 anos como padre, e seu envolvimento nas favelas da Zona Leste de São Paulo. Depois de mais de trinta anos dedicado a esta população o grupo tomou a decisão de não deixar este sonho morrer. assim sim Afonso Cunha CANTE ALENTEJANO Alentejo põe Portugal a cantar vitória. O “cante” é Património Cultural Imaterial da Humanidade. Em Paris foi realizada a eleição e o galarão vai motivar os cantadores. POUPANÇA A crise levou os portugueses a poupar muito mais. Os depósitos continuam a ser o instrumento de poupança preferido e os certificados de aforro. FINANÇAS O Governo vai lançar o Mapa do Cidadão para pôr a Administração Pública à distância de um clique. O objetivo é evitar as longas filas de espera e de deslocações. 10 MILHÕES DE ESTRELAS A campanha de Natal da Cáritas reverteu para apoio às famílias carenciadas e para ajudar as vítimas da guerra da Síria. Uma oportunidade de partilha e solidariedade. CIDADE DO PORTO O Porto foi eleito “Melhor Destino Europeu 2014”, entre outras 19 cidades a concurso. É a primeira cidade europeia a vencer por duas vezes o concurso. assim não CASAMENTO FALSO Em quatro anos, passou-se de 80 para 200 casamentos falsos. Jovens com pouco mais de 20 anos, de famílias pobres, casam com homens da Índia e do Paquistão. EXPLORAÇÂO Restaurantes aproveitam as peregrinações a Fátima para subir preços aos peregrinos. Há quem tenha pago seis euros por uma sopa e um sumo e 60 cêntimos por um pão. DEMOGRAFIA Há 74 divórcios por cada 100 uniões. Portugal é o país da EU, a seguir à Letónia, com mais separações. No número médio de filhos, ocupa o último lugr dos 28 países europeus. RTP Os contratos para decorar cada um dos 30 carros custaram 33 mil euros. Gastou em média 1111 euros para identificar os veículos da sua frota com o logótipo da empresa. JUNIOR BRANDINI breves JANEIRO2015 FAMÍLIA Metade dos agregados familiares não tem filhos. Casamento perde importância para as uniões de facto, que quadruplicam em duas décadas. 6 JANEIRO2015 7 JANEIRO2015 Entrevista a D. Gabriel Mbilingi, Arcebispo do Lubango e Presidente da CEAST para dizer que as relações pode-se dizer que são boas, na medida em que o Estado procura olhar também para as infraestruturas da Igreja destruídas durante a guerra, mas, do lado da liberdade de expressão, liberdade de imprensa, eu acho que ainda temos muito a fazer. Recordo ainda a obra da Basílica da Muxima, que pela segunda vez, cinco anos depois, o Sr. Presidente da República voltou a apresentar ao Papa Francisco, depois de ter apresentado ao Papa Bento XVI… é um bocado estranha esta espera, mas pensamos que, desta vez, ela vai mesmo aparecer. Este é um santuário muito importante para o nosso país. Ganha cada vez mais devotos, de ano para ano, e é significativo. Tem mesmo um carácter nacional. Há ainda a considerar que aquele acordo geral entre a Santa Sé e o Estado Angolano está ainda por assinar, não sei bem porquê… mas de qualquer modo tudo acabará por melhorar mais a nossa relação com o Estado. 2. A Igreja, a cuja conferência episcopal preside, como tem enfrentado os tempos do pós-guerra civil? Às vezes é muito mais fácil em tempo de guerra porque as vidas obrigam-nos a uma maior comunhão, a muita maior entreajuda. Em tempo de paz, a pastoral é sempre um pouco mais delicada, pois devemos apostar nos aspetos mais virados para o desenvolvimento e para uma pastoral direta. A CEAST, ultimamente, com a escolha de triénios pastorais tem demarcado uma orientação para a pastoral na Igreja de Angola. Tivemos um triénio que foi dedicado mais às questões de fé. Tivemos um triénio dedicado à família (“Família e matrimónio”, “Família e reconciliação” e “Família e Cultura”) e agora estamos neste outro triénio que é todo virado para a nova evangelização (o primeiro ano incidiu mais sobre os agentes de pastoral, missionários enraizados em Cristo; este ano de 2015 será dedicado ao leigo, ao laicado – reavivar a fé dos leigos; para, o terceiro ano, 2016, teremos as atenções mais viradas para a comunidade local, ou a paróquia – a paróquia enquanto centro de evangelização. Em período de paz, a nossa atenção é mais fazer com que as mazelas do período da guerra sejam colmatadas e fazer também com que a evangelização em profundidade aconteça mais. 3. O mundo dos media continua desafiante. Que meios de comunicação social tem a Igreja ao seu dispor e utilizado para a difusão dos valores evangélicos? A missa dominical é transmitida pela televisão estatal, assim como alguns acontecimentos de Igreja muito importantes para o país. Mas o meio principal de que a Igreja em Angola se serve é a rádio, a Rádio Ecclesia que, por sinal, funciona apenas em Luanda, onde tem transformado um pouco o ambiente, tem criado espaços sobretudo nos debates, também na denúncia das situações e – porque não dizer? – também na formação. É verdadeiramente uma pena que nós não possamos ter esta rádio estendida por todo o país, até porque o Sr. Presidente da República insiste sempre em dizer que a Igreja tem de ajudar o país no que chama o resgate dos valores, os valores morais. É uma boa ideia, mas, se nos corta as asas, naturalmente esta ideia não passa disso mesmo, uma ideia, uma boa ideia, uma boa intenção, mas que não poderemos concretizar! Além disso, nós temos dificuldade em utilizar a informação escrita porque a maior parte do nosso povo não lê. E os jovens que sabem ler não têm hábitos de leitura… preferem passar tempo na internet. A rádio será uma grande solução para aquilo que nós nos propusemos, que é a evangelização. «Sem os consagrados a Igreja em Angola não seria o que é» 4. Angola encheu-se de imigrantes idos de Portugal, do Brasil, da China, dos países vizinhos…que presença consegue manter a Igreja junto destas comunidades estrangeiras? Temos uma grande presença de portugueses e de brasileiros, vindos de países cristãos, mas muito afastados da Igreja. Dou-lhe um exemplo: no Lubango, eu encarreguei aos missionários claretianos a coordenação da pastoral junto dos imigrantes, especialmente os portugueses. Não tem sido fácil. Os emigrantes estão mais ligados ao trabalho das empresas do que à prática cristã. Nós colocamos, por exemplo, na cidade do Lubango, três missas ao sábado à tarde… à tardinha. Na Sé ainda conseguimos ter lá algumas pessoas. Quase não aparecem. Recordo-me que, quando o cônsul visitou o Lubango, eu dei-lhe essa informação de que os Portugueses que estão na cidade poderiam facilmente encontrar-se com os padres claretianos que estão na Imaculada, logo aí à entrada da cidade... A nível de Angola, há ano e meio, falamos com os salesianos sobretudo para a pastoral com os chineses, os vietnamitas e outros asiáticos. De facto, veio um sacerdote enviado pelo conselho geral dos salesianos. Ele esteve em Angola e foi visitar algumas empresas e encontrou-se com certas pessoas, mas o que ele nos disse no fim: havia muito receio de serem vigiados. Mas no bispado do Lubango, apareciam uns seis ou sete casais vietnamitas. Com os imigrantes do Brasil a coisa é mais fácil até porque temos muitos missionários brasileiros. E aí os compatriotas conseguem juntar-se. Estamos a tentar implementar a pastoral da migração. É uma comissão que se fortalece com vários tipos de pastoral: a pastoral do mar, a pastoral de estrada, e também dos aeroportos – já pedimos às autoridades que tenhamos nos aeroportos um espaço para rezar. 5. Estamos em pleno ano da Vida Consagrada. Qual o papel que os Consagrados/as desempenham na Igreja e na sociedade angolana? Desde a primeira hora, a Igreja de Angola, sem os consagrados, não seria o que é. Os missionários que mais se destacaram na criação da igreja de Angola são todos membros de institutos religiosos: Capuchinhos, Espiritanos, Beneditinos. Isso do lado masculino. Mas, do lado feminino, ainda mais. Hoje, a pastoral é assegurada principalmente pela presença das pessoas de vida consagrada cujos carismas cobrem um grande leque de aspectos da nossa missão: educação, saúde, formação profissional, evangelização direta. Temos também a presença de Institutos de Vida Contemplativa, com bastantes vocações. Portanto, nós não podemos falar da missão em Angola sem a vida consagrada. Não temos hipótese. Eu, por exemplo, no Lubango, tenho 17 noviciados, três masculinos e 14 femininos. E tenho 11 postulantados, todos femininos. Falar da missão em Angola e pôr de lado a vida consagrada é o mesmo que dizer nada. Significaria dizer que realmente tudo cairia. Foi assim no passado, é assim no presente e, pelo andar da carruagem, vai continuar a ser assim. Portanto, o ano da vida consagrada será vivido muito fortemente. 6. A Igreja em Angola prepara-se para a celebração dos 150 anos da chegada dos Espiritanos. Que significado tem este jubileu e como vão celebrar tal evento? Para já, nós temos previsto o primeiro congresso eucarístico nacional em 2016. Os Espiritanos, para a chamada segunda evangelização de Angola, são incontornáveis. Deram um impulso muito grande... este carisma virado sobretudo para os mais pobres, para os mais marginalizados, para os mais injustiçados, para os menos lembrados... tudo isso acabou por ter uma influência muito grande na ação missionária, na escolha das missões, lá para o interior, lá para as zonas onde dificilmente a gente tem acesso, e acabou, de certa forma, por levar Angola a dar um pulo em termos de evangelização. Os bispos decidiram então viver estes ano, marcando-o com o primeiro congresso eucarístico nacional, a realizar no Huambo. Também estamos a estudar com os Espiritanos a melhor forma de podermos viver esses 150 anos. A última assembleia plenária da CEAST referiu-se a esta preparação. É uma celebração conjunta. Os Missionários do Espírito Santo estiveram presentes em todo o país, do norte ao sul, de Cabinda ao Kunene, deixando as sementes cujos frutos estamos a recolher. Há também outras Congregações que se preparam para celebrar, ou 50 ou 25 ou 75 anos da sua presença. E acho que é bom que assinalemos isso com muita força. Carta para Deus TONY NEVES Angola mudou. As armas calaram-se e pode-se finalmente construir o desenvolvimento e a democracia. O caminho pela frente é ainda longo. Preparando-se para celebrar o 150º aniversário da chamada “segunda fase da evangelização”, onde os espiritanos e outros religiosos assumiram um papel importante, a Igreja de Angola quer responder aos novos desafios que este diferente contexto social coloca. Fiel à sua missão, procura usar os meios ao seu alcance para fazer chegar os valores do Evangelho a todos, sobretudo as famílias e os jovens, e ser um membro ativo na construção de uma sociedade mais humana, justa e fraterna. 1. Angola 2015. Treze anos depois do cessar fogo, quais são as alegrias e as preocupações dos angolanos? As alegrias estão mais na linha de um cessar-fogo que se mantém, apesar de algumas tensões especialmente aquelas que vivemos no ano 2013, quando houve manifestações que foram canceladas e também duas ou três mortes que não foram bem explicadas. Apesar de tudo isso, não se dispara mais no país. Esta é a primeira coisa positiva. Em segundo lugar, do ponto de vista de estruturas físicas no quadro da reconstrução do país, tem havido um avanço muito grande. As chamadas novas centralidades, as vias, estradas, pontes… temos cada vez mais estradas asfaltadas, o que ajuda ao progresso. Quando à vida política, reconheço que ainda há um caminho muito longo a percorrer no que diz respeito à democracia. De facto, o país é considerado um dos que optaram pelo sistema democrático, mas ainda se vêem ressaibos de choques entre pessoas de partidos diferentes, entre o MPLA e a UNITA e, ultimamente, também a CASA-CE. São os três principais partidos que o país tem, neste momento, e há dificuldade em se implementar aquilo que é a democracia real. Mas isso também se compreende. E penso que o importante mesmo é que não se desista do sistema e dos passos que se devem dar. Do ponto de vista da Igreja, na relação com o Estado, eu continuo sempre a dizer que as relações são boas, enquanto não se faz guerra entre nós, mas deixam ainda bastante a desejar no que concerne ao respeito pelas liberdades: a liberdade de expressão, a liberdade de imprensa… Estou a referir-me, por exemplo, à Rádio Ecclesia que continua a não se fazer ouvir no resto do país, e a desculpa que é dada é uma desculpa que eu chamo esfarrapada, porque entretanto surgiu a TV Zimbo, surgiram várias rádios, por exemplo a Rádio Mais, surgiram vários periódicos escritos e a nossa Rádio Ecclesia é a única que continua sem autorização. Só provocações Hugo Ventura D. Gabriel Mbilingi, na Missão do Munhino - Lubango, com grupo de espiritanos 7. Quais as grandes opções pastorais da Igreja católica em Angola para os próximos tempos? A aposta vai para o grande tema da evangelização da família. O Evangelho da família. Porque nós estamos a perceber que o tema da família é um tema muito caro aos angolanos, pois não sabemos estar na sociedade sem a família. O conceito de família alargada diz tudo. Mas nós estamos a ver que a família está sendo mais atacada por novas ideologias que destroem o conceito tradicional e cristão de família. E acabamos por ter um olhar muito particular para a nossa juventude que, por sinal, vai abandonando a área rural e vai-se concentrando nas cidades, com destaque para Luanda. Mui- tos dos jovens muitos deles não têm nenhuma educação, nenhum ensino e, portanto, são presa fácil para todo o tipo de manipulações. Eu costumo dizer que os jovens não são o futuro. Os jovens são o presente. E isso significa dizer que, na nossa pastoral juvenil, deveremos estar um bocado mais próximos desses jovens, sobretudo o jovem que nos dias de hoje já tende a não se aproximar da Igreja. Queremos, como Igreja, trabalhar pelo bem do povo angolano, aprofundando as parecerias que temos com o Estado, que considera a Igreja como a sua melhor parceira. Só que considerar-nos o maior e melhor parceiro e deixar-nos sem possibilidade de trabalhar ... acho que isso não é muito bom. TONY NEVES Tony Neves VICTOR SILVA Na altura em que escrevo este artigo, o ritmo do mundo anda ao som do Natal (mais o comercial que o do nascimento do Menino) e, como habitualmente, multiplicam-se as iniciativas solidárias promovidas pelas mais várias entidades com o fim de ajudar determinada causa. Felizmente estas iniciativas conseguem uma adesão bastante elevada. Cito dois exemplos dessa adesão em duas iniciativas recentes: o já clássico Banco Alimentar Contra a Fome (recolheu 2 325 toneladas de alimentos no fim-de-semana de 29 e 30 de Novembro) e a novidade da iniciativa Toca a Todos (angariou entre 3 e 6 de Dezembro 410 mil euros para aplicar em projetos contra o pobreza infantil). Indo mais fundo na análise (e garrindo um pouco as cores) é curioso observar as motivações dos vários intervenientes destas iniciativas e verificar como os interesses nem sempre são os mesmos, ao contrário do que inicialmente possa parecer. Temos as organizações que têm as necessidades (tipicamente IPSSs ou ONGs), os doadores (as pessoas) e as entidades que se associam à causa (tipicamente empresas). As IPSSs/ONGs sentem as necessidades no seu trabalho diário com as pessoas e tentam dar-lhes visibilidade para poderem acudir, muitas vezes só conseguindo “estancar a hemorragia” e não resolver o problema de raíz que, habitualmente, não é de fácil resolução; os doadores sentem empatia pela causa e sentem também alguma satisfação por poderem ajudar (às vezes a satisfação pessoal acaba por ser superior ao imperativo de fé/ético, tornando a doação num ato onde o beneficiário já conta pouco); por fim temos as empresas que se associam à causa onde, muitas vezes, o beneficiário da doação já não conta, mas apenas procuram o ganho de imagem que estar presentes lhes trás. Aqui estamos a falar tipicamente dos Programas de Responsabilidade Social das empresas que, muitas vezes, não são mais do que uma maneira mais barata (e “mais direta ao coração” como gostam de dizer) de fazer publicidade de si mesmas. Como corolário, os vários problemas que originaram as campanhas “existem” apenas durante o tempo de duração das ditas, caindo depois no esquecimento. Com este (por parte de alguns) “mau uso” do imperativo de fé/ético da solidariedade entre os Homens, estamos a torná-la num produto de consumo rápido, esquecendo o seu real propósito. Não sou contra as campanhas de solidariedade, que infelizmente necessitamos. Mas sou contra que se usem as necessidades dos outros para consumo próprio, porque as motivações dos atos também contam. Os longos caminhos para a democracia Cristo Rei do Lubango Novo arcebispo de luanda D. Filomeno Vieira Dias J.C. FERNANDES Solidariedade «Os Missionários do Espírito Santo estiveram presentes em todo o país, do norte ao sul, de Cabinda ao Kunene, deixando as sementes cujos frutos estamos a recolher.» VICTOR SILVA ritmos do mundo Pedro Amorim O Bispo de Cabinda foi nomeado Arcebispo de Luanda. Aqui nasceu e para aqui foi nomeado Bispo Auxiliar. Foi vice-reitor da Universidade Católica de Angola. Cabinda acolheu-o como Bispo e agora está de regresso a Luanda. Os Espiritanos em Portugal saúdam-no e desejam-lhe excelente Missão. A sua simpatia e amizade pela Família espiritana vêm de longe. Em 2006, aceitou o convite para presidir à Peregrinação da Família Espiritana a Fátima onde elogiou o papel desempenhado pelos Espiritanos na Evangelização de Angola. Desejamos um fecundo apostolado por terras de Luanda. Querido Pai que estás no céu, obrigado por mais um ano que passa. Viva 2015!? Na passagem de ano, entre o convívio com família e pessoas amigas, não faltou a taça de champanhe, as passas… e um pedido! Para este ano trago no meu coração, não um, mas dez pedidos!? Peço desculpa pela ousadia! 1 – Acabar com a miséria e a fome; 2 – Educação básica de qualidade para todos; 3 – Igualdade entre sexos e valorização da mulher; 4 – Reduzir a mortalidade infantil; 5 – Melhorar a saúde materna; 6 – Combater o VIH/SIDA, malária e outras doenças; 7 – Qualidade de vida e respeito pelo meio ambiente; 8 – Criar uma parceria global pelo desenvolvimento. Sim, tenho de confessar, não fui original. Copiei!? Estes são os Objetivos de desenvolvimento do Milénio. Em Setembro de 2000, os 189 dirigentes mundiais reunidos na Cimeira do Milénio reafirmaram as suas obrigações comuns para com todas as pessoas do mundo, especialmente as mais vulneráveis. Comprometeram-se então a atingir um conjunto de objectivos específicos, os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, no que diz respeito ao combate à pobreza e ao desenvolvimento sustentável. Assim, o outro pedido que Te faço é o seguinte: Que estes objectivos saiam de letras escritas para compromissos reais por parte dos países envolvidos e de todos nós cidadãos. Costuma-se dizer: “De boas intenções está o inferno cheio”!? Dou-Te graças pelos homens e mulheres de boa vontade, que não olham a vida de forma egoísta, mas que procuram pôr em prática o teu testemunho: “Eu vim para que tenham vida”. Obrigado pelos consagrados e consagradas, que envolvidos pelo Teu amor, vivem no silêncio dos conventos, nas situações mais difíceis, que constroem comunidades e são consagrados para a missão, onde quer que seja, e de formas tão diferentes. Este novo ano é, então mais uma oportunidade para que eu possa viver na doação e entrega aos outros. Recordo-me de um ditado popular: quem não vive para servir, não serve para viver!? Mas não eram 10 pedidos? Sim. Querido Pai que estás no céu, o último pedido que te faço é que continues a bater ao “coração”, de mais velhos e mais novos. Que nada nos impeça de escutar a tua voz, meditar na Tua palavra e dizer sim ao teu convite de amor: “Vem e segue-me”. Eis-me aqui, faça-se a tua vontade! 8 JANEIRO2015 9 JANEIRO2015 Movimento Missionário de Professores «‘Apostar’ nos docentes, para que, por sua vez, façam crescer nos seus alunos a inquietação e ação em prol do bem do outro e da humanidade.» animação missionária Nuno Rodrigues Cristãos de cosmética Hoje em dia a cosmética está na moda. Em nome da beleza, tudo se faz para parecermos, não só bonitos, mas eternamente jovens. Acontece que, com o passar dos anos, o realismo da idade não se consegue esconder, muito menos disfarçar. Numa das suas habituais homilias matutinas, o Papa Francisco, comentando o trecho do Evangelho de Lucas (11, 37-41) proposto pela liturgia do dia, explicou a atitude de Jesus em relação ao fariseu, escandalizado porque o Senhor não cumpre as abluções rituais antes do almoço. E frisou que «Jesus condena» de modo firme a segurança que os fariseus «tinham no cumprimento da lei», condena «esta espiritualidade da cosmética». «Jesus condena as pessoas de boas maneiras mas com maus hábitos», porque uma coisa é «parecer bom e bonito», outra é a verdade interior. Ao mesmo tempo, não serve estar vinculado exclusivamente à letra da lei, porque «a lei sozinha não salva. Ela salva quando nos leva às fontes da salvação». O Papa Francisco exortou cada um a fazer um «exame de consciência sobre como é a própria fé». Depois, o Pontífice contou uma história — «uma vez ouvi um idoso pregador de exercícios espirituais que dizia: “Mas, como pode entrar o pecado na alma? Ah, de modo simples! Pelos bolsos...”». Precisamente o dinheiro é «a porta» pela qual passa a corrupção do coração. Assim compreende-se o motivo pelo qual Jesus afirma: «Dai de esmola tudo o que tendes dentro». Quem dá esmola e manda «tocar uma trombeta» para que todos saibam, «não é cristão». Esta atitude, afirmou Francisco, é uma acção «farisaica, hipócrita». Se o coração não mudar, comentou o Papa, a aparência nada conta. E concluiu: «Hoje far-nos-á bem pensar como é a nossa fé, a nossa vida cristã: é uma vida de cosméticos, de aparência ou é uma vida cristã com uma fé activa na caridade?». Infelizmente, hoje, temos muitos cristãos que vivem para o culto da imagem, para o parecer e dar nas vistas. E isto, por vezes, até parece ser feito duma forma muito inocente, mas lá no fundo, há uma enorme fome de afirmação e de ser o centro das atenções. Precisamos de deixar tudo o que é aparência e vaidade e manifestarmos uma humildade característica dos simples e dos pobres. Tefé, Amazónia - Brasil Residência Paroquial Beira, Moçambique Residência Missionária e Casa de Formação Mais sobre o MOMIP em www.espiritanos.pt/momip momip Campanhas de Docilidade ao Espírito Emília Saramago Professora, MOMIP São muitos os que recordam o Padre José Felício, como um homem de forte ardor missionário, que canalizou toda a sua energia para levar ao maior número de pessoas a sensibilização e amor à causa dos Missionários do Espírito Santo. E a sua docilidade ao Espírito o conduziu a dar atenção à vertente da Educação: aos professores, aos alunos mestres. Os Encontros de professores, momentos de encontro, de formação cultural e espiritual, e ainda de partilha, foram ao longo do tempo adaptando-se às mudanças que foram surgindo, acompanhados sempre por um Assistente Espiritano, cada um com o seu papel fundamental, até que nasceu formalmente o MOMIP, e que na altura teve como “parteiro” o Padre Veríssimo Teles. E a Chama da causa missionária através da especificidade dos agentes da educação tem-se mantido ano após ano, umas vezes com mais fulgor que outras… Mas sentimos que o vento do Espírito nos tem dado a força, o ânimo e a alegria para continuar fieis à nossa vocação e missão de baptizados comprometidos com os mais pobres e com a missão “ad gentes”, sobretudo nestes momentos mais conturbados, em que “as crises” (de valores, religiosos, sociais, humanos, económicos…) teimam em perturbar o mundo. O MOMIP como membro, procura participar na vida da família espiritana, fazendo também a divulgação da imprensa missionária espiritana; e como fruto da angariação de fundos e partilha dos seus membros, este ano os donativos do MOMIP distribuíram-se: pelo CEPAC (Centro Padre Alves Correia – Lisboa); pela Escola Padre Moniz em Cabo Verde; ajuda à construção da Casa Espiritana de Formação para Rapazes em Moçambique; e para Bolsas de Estudo para dois dos atuais Seminaristas da congregação, em Portugal. Mantenhamo-nos unidos em oração para continuar dóceis ao Espírito, “apostando” nos docentes para que por sua vez façam crescer nos seus alunos a inquietação e ação em prol do bem do outro e da humanidade. Quem sabe se por aí não surgem novos Jovens sem Fronteiras, mais Liamistas, Sacerdotes, Religiosos e Leigos Missionários… Solidariedade amazónia e moçambique Campanhas da LIAM para 2015 Centro Vocacional e Seminário da Praia (Cabo Verde) Algarve Retiro da LIAM No passado mês de Outubro, a LIAM do Algarve reuniu-se, na casa de retiros da Diocese do Algarve, em S. Lourenço do Palmeiral, para o seu retiro anual. Cerca de 35 liamistas responderam positivamente ao convite. Sob o tema “Cuidar de mim e dos outros”, o Pe. Nuno Miguel, Assistente da LIAM do Algarve, procurou aprofundar a arte de cuidar como qualitativo para a nossa acção pastoral e missionária. O Cuidar do Espírito é fundamental para que, como o Papa nos pede, sejamos, Evangelizadores com Espírito. Houve também momentos fortes de oração concretamente uma Oração ao Espírito Santo e uma Lectio Divina. Terminámos com a Eucaristia dominical e com o almoço. Este retiro foi, mais uma oportunidade, de fortificar o nosso ser para que possamos ser estes Evangelizadores que rezam e trabalham. Magustos Missionários LIAM Esposende 140,00€ Magusto de Braga 271,72€ LIAM Esposende 105,67€ LIAM Ribeirão 49,80€ Catequese de Beiriz 130,00€ LIAM Lamoso 200,00€ LIAM Caxinas 300,00€ Modesto Costa, Alvarelhos 10,00€ Rosa Campos, Alvarelhos 10,00€ Aires Ferreira, Alvarelhos 20,00€ LIAM Sintra 800,00€ LIAM Falagueira 50,00€ M. Azoia, Pousos 30,00€ LIAM Alfena 585,00€ LIAM Seixo de Mira 500,00€ LIAM Cacia 56,30€ LIAM Ventosa 106,74€ M. Isabel Santos, Alqueidão da Serra 60,00€ Pároco Alqueidão da Serra 100,00€ LIAM Gondemaria 200,00€ LIAM Benedita 430,00€ Magusto-Torre da Aguilha 6.100,00€ LIAM Carvalhal Benfeito 301,35€ Fundo de Solidariedade Espiritana (Leite para as crianças de Angola) LIAM Fão 250,00€ Casal José Pedro e Joana 80,00€ LIAM Barreiro 50,00€ LIAM Faro 500,00€ António Farias Missionário na Amazónia, Brasil Em Tefé, vou-me integrando cada vez mais na vida pastoral. O novo Bispo chegou e certamente irá necessitar de uns bons meses (talvez anos) para se sentir por dentro de vida e da caminhada desta igreja. Nos últimos tempos, alguns confrades deixaram o Tefé. Diante da situação em meados de Novembro terei que assumir a paróquia confiada aos espiritanos na periferia de Tefé, a paróquia do Bom Jesus. De modo precipitado, fora comprada uma casa para servir de casa paroquial. Acontece que essa casa não tem garagem e o que é pior, é muito distante da Igreja Paroquial. Perante essa situação, o grupo espiritano em Tefé, achou bem comprar um terreno para construir uma nova casa paroquial com algumas dependências. O terreno nas proximidades da Igreja do Bom Jesus foi comprada e foi lavrada a escritura em nome da Prelazia de Tefé, como costuma acontecer. Quando oportuno iremos vender a casa que até agora serviu como casa paroquial, onde viveram os dois africanos, que jamais se entenderam e que regressaram ou vão regressar aos seus países. O valor da dita casa paroquial, talvez dê para 1/4 do custo da construção da nova casa. Gostaríamos de iniciar a construção no começo de 2015. Depois deste preâmbulo, aqui vai o meu, nosso pedido: uma ajuda à LIAM para a construção da nova casa paroquial da Paróquia do Bom Jesus, onde já trabalharam alguns confrades da Província de Portugal: Dom Teodoro, P.es Andrade, Vitorino, Domingos e agora este humilde servo. Se a LIAM ajudasse com 25 mil euros, o que corresponde a 1/4, ficaríamos muito agradecidos. Raul Viana Missionário em Moçambique Nós, Missionários do Espírito Santo, estamos comprometidos há 18 anos com a Igreja moçambicana. O compromisso missionário efetivo com as forças locais de uma Igreja dinâmica e jovem permite-nos assumir novos desafios pastorais. Nesse sentido, erigimos uma Comunidade Missionária na Arquidiocese da Beira. O trabalho missionário que levamos a cabo está inserido na Igreja local numa sociedade que se depara com uma grande presença da comunidade muçulmana em constante crescimento. Os sinais cristãos na vida das pessoas ainda persistem e queremos com esta comunidade religiosa dar-lhe maior evidência, solidificando-a. Deste modo, a ereção desta Comunidade religiosa situa-se nas periferias da Cidade da Beira, num bairro habitacional com bastantes sinais de pobreza, uma realidade que se enquadra com o nosso carisma espiritano. Nesse mesmo contexto pretendemos assumir um compromisso pastoral direto, trabalhando em Igreja e promovendo o desenvolvimento integral de todo o Povo de Deus, a partir dos dinamismos próprios da Arquidiocese da Beira. Fruto de uma reflexão profunda e ponderada, e de acordo com uma situação real e crescente de jovens candidatos à vida missionária espiritana, sentimos a necessidade de construir uma Casa de Formação Missionária capaz de oferecer a estes jovens candidatos uma boa e justa oportunidade de discernimento vocacional na fase de Postulantado. Achamos também que esta opção visa contribuir para o crescimento e solidificação da Igreja católica local em Moçambique. Bolsas de Estudo Etelvina Areias/LIAM Guimarães250,00€ LIAM S. Pedro de Rates 250,00€ LIAM Faro 250,00€ LIAM Loulé 250,00€ MOMIP (CVE) 500,00€ Outros Projetos Missionários Missões LIAM S. Pedro de Rates Arcos de Valdevez: 208,00€ Associação P. Himalaya, Paróquias de Sta. Cristina, Cendufe e Miranda 600,00€ Paróquia da Portela 12,00€ LIAM Brandara 30,00€ Paróquia de Rio Frio 21,00€ Ponte de Lima: LIAM Fontão LIAM Corelhã Liamista de Poiares Viana do Castelo: 10,00€ 100,00€ 12,00€ Missão e Comunidade LIAM Vila Mou 50,00€ LIAM Chafé 121,00€ Liamista de V. Nova de Anha21.40€ Escola P. Moniz, Cabo Verde Fernanda André 80,00€ MOMIP1.000,00€ LIAM DE LEIRIA Decorreu no passado dia 23 de Outubro, na Capela do Caneiro – Ourém o magusto missionário da LIAM – Liga Intensificadora da Ação Missionária da Diocese de Leiria-Fátima. Estiveram presentes os vários grupos da LIAM da Diocese e dos JSF- Jovens Sem Fronteiras bem como a comunidade local. Iniciou-se com uma Eucaristia bem missionária, presidida pelo Pe. Nuno Miguel dos Missionários do Espírito Santo e onde o ofertório solene reverteu para o missionário, Pe. José Gaspar, natural desta localidade, que LIAM DO OESTE actualmente trabalha na Amazónia – Brasil. Seguiu-se um almoço partilhado e uma quermesse missionária em favor da Missão. A tarde foi ocupada com uma peça de teatro sobre a comunidade das ferramentas. Houve também espaço para a música com a actuação do grupo de cantares de Seiça. Terminou-se com as tradicionais castanhas assadas. Foi um verdadeiro momento de Missão pois esta também se faz de convívio e de confraternização. No passado dia 30 de Novembro, tivemos o magusto missionário da LIAM do Oeste na Paróquia da Atalaia – Lourinhã. Iniciámos com a Eucaristia ás 11.00h com toda a comunidade paroquial, presidida pelo Pe. Nuno Rodrigues, Animador Missionário e com a presença do Irmão Carmo. Esta teve um toque missionário com um ofertório solene. De seguida houve um almoço solidário para com as Missões ondem aderiram mais de 250 pessoas da LIAM, familiares e amigos. Depois do almoço, e duma pausa para o café, tivemos uma tarde cultural bem animada. A animação coube ao grupo ZS – Grupo desportivo recreativo e social de Zambujeira do Mar e Serra do Calvo que nos deliciou com cantares e músicas populares. Houve tempo ainda para uma quermesse e leilão missionários que renderam 1.550,00 euros em favor dos projectos missionários. As castanhas fizeram parte do convívio, e a Alegria e confraternização eram visíveis nos rostos das pessoas. Parabéns à LIAM do Oeste que sabiamente e com muita dedicação, organizou este dia. P. Firmino, Amazónia (Compra de barco) LIAM Sintra 500,00€ Magusto-Torre da Aguilha 1.600,00€ Guiné-Bissau LIAM Turcifal 223,50€ Magusto-Torre da Aguilha 1.600,00€ Ilha do Fogo, Cabo Verde LIAM Carregado, Aldeia Gavinha e Castanheira do Ribatejo 77,00€ Moçambique MOMIP1.000,00€ LIAM Valença 260,00€ P. Márcio, Bolívia LIAM Valença 260,00€ Agostinho Tavares BEBER DA FONTE ESPIRITANA E m pouco tempo, o P. Tiago Laval tinha levado a luz do Evangelho a muitos corações em Port-Louis. Mas urgia ir mais longe, sair das fronteiras da capital e levar essa luz aos quatro cantos da ilha Maurícia. Mas dadas as dificuldades impostas pelo governo britânico, não podia contar com a ajuda de novos missionários. Começou, por isso, por ampliar a partilha da missão com leigos comprometidos, que uma vez formados, colocava à frente das capelas que rápida e sucessivamente ergueu por toda a parte, qual onda que, partindo da capital, chegou aos lugares mais re- motos da ilha Maurícia. As cerca de 40 capelas que construiu no espaço de dois anos só foi possível graças à colaboração dos cristãos mais fervorosos, homens e mulheres, que catequizavam e mobilizavam as comunidades para o financiamento e ajuda na edificação da sua capela. Vários anos viveu o P. Laval só, sem poder desfrutar da companhia de outros confrades. Mas logo que lhe foi possível, Libermann enviou-lhe novos missionários, pois era seu desejo que a missão fosse vivida em contexto de comunidade fraterna. Efetivamente, a vinda de dois confrades, permitiu acelerar ainda mais o ritmo das conversões e ampliar os horizontes da missão. Durante vários anos, a missão dos Negros não teve outro centro além de Port-Louis, do qual todas as capelas dependiam diretamente. Mas a partir de 1848, Tiago Laval encarrega o P. Thévaux do distrito de Rvière-Noire, Tiago Laval começou por ampliar a partilha da missão com leigos comprometidos e o P. Lambert do distrito de Flacq. Os resultados não se fizeram esperar, como atesta o próprio P. Lambert: «O número de cristãos aumenta de dia para dia. Por toda a parte as pessoas mostram a melhor boa vontade do mundo e um grande desejo de servir Deus». Quando em 1849, o P. Le Vavasseur, na qualidade de provincial, visitou os seus confrades, escreveu, admirado, ao superior geral, o P. Libermann: «Estou admirado diante de tal trabalho, mas as bênçãos de Deus são de tal modo prodigiosas que não ouso parar nada e limito-me a ordenar-lhes que usem todos os meios compatíveis com o seu trabalho para conservarem a saúde». O apostolado destes zelosos missionários acabou por transpor as fronteiras da missão dos Negros. Em Setembro de 1850 o P. Thévaux foi passar seis meses na ilha Rodrigues, situada a 500 km a leste da ilha Maurícia. 10 JANEIRO2015 11 JANEIRO2015 Voluntariado Missionário Mais de 1.500 portugueses envolveram-se, em 2014, em ações de voluntariado missionário: 548 em missões internacionais e 992 em ações dentro do país. planeta jovem Andreia Montes Costumamos ouvir um pouco por todo o lado: “Ano novo, vida nova”. Mas será mesmo verdade? Para a maioria de nós, jovens,” vida nova” é um termo no qual não gastamos muito tempo a refletir. A vida é demasiado nova em todos os seus aspectos e, por esse motivo, não há necessidade de demarcar esse termo pelo simples facto de o calendário avançar umas páginas. Por vezes, nem temos esse tempo porque é tudo demasiado veloz. Contudo, o Evangelho leva-nos todos os dias, independentemente da idade, do género, da cor ou do calendário, a uma Vida Nova, à Vida Verdadeira. Mudar de 2014 para 2015 pode significar tudo aquilo que queremos ser e fazer e, se assim o aceitarmos, tudo aquilo que Deus quiser fazer e ser em nós. Pode ser sinónimo de um novo curso a frequentar, aceitar um novo desafio profissional, despender de mais tempo para dedicar a quem mais precisa à nossa volta, conhecer novas formas de oração e de chegar a Deus, estarmos mais atentos, e tantas outras ideias ou projetos. Aquilo que é realmente importante é assumir o nosso papel na Vida e ponderar a possibilidade de mudar o calendário sempre que sentirmos que não estamos a ser mais e melhor. Mudar sempre que for preciso. Refletir para agir. Deus, que nos conhece inteiramente, sabe aquilo que cada um é capaz, ama todos os pormenores, cuida e lima as arestas que teimam em tornar-se evidentes, limitando-nos, e dá-nos a coragem que precisamos para continuar a trilhar o nosso caminho. O nosso que se constrói lado a lado com Ele. Maria, que era a mãe, a escolhida por Deus, também temeu o seu futuro mas aceitou-o por ser esse o plano de Deus para a sua vida. A confiança foi o fator determinante. Confiança em Deus, no Seu amor, naquilo que Ele pode e quer fazer em cada um, se assim o permitirmos. De todas as vezes que a vida nos pedir um pouco mais de dedicação, de paciência ou de amor, saibamos seguir em frente, munidos das forças vindas do Presépio de Belém, da família, da união, do Amor que renova. Por isso, papel e caneta para escrever o que queremos para 2015, ouvidos e corações abertos para receber o que vier e fé para caminhar! Bom ano de 2015 a todos! cinema Lúcia Pedrosa itoculo - moçambique Voluntariado Missionário Rita Coelho e Xana Martins com a Irmã Adelaide Teixeira no Lar Eugénia Caps, Itoculo - Moçambique Rita Coelho “A missão é partir e voltar”. E assim, ao fim de um ano, foi hora de voltar. Foi um ano em que muitas coisas aconteceram, em que muito em mim mudou. Mudei como pessoa e mudei como cristã. Uma eucaristia no meio daquele povo em nada se compara a uma eucaristia vivida cá em Portugal. Ali via uma fé verdadeira, um verdadeiro gosto por receber o Corpo e o Sangue de Cristo. A 1ª comunhão não é feita só “pela festa”, mas porque há uma vontade verdadeira de receber o Senhor. É apenas um entre milhares de exemplos que poderiam ser dados de uma verdadeira fé cristã. E quem fala de exemplos de fé, fala de exemplos da vida civil de cada um. A minha presença assídua como responsável da Biblioteca Paroquial de Itoculo fez-me também perceber como a educação é importante para aquelas crianças e jovens. Mas vi também como sofrem por não ter as facilidades ao seu acesso como nós aqui temos. Ver 30 jovens de cada vez a tentar ver um mesmo livro, porque é a única forma que têm de estudar melhor, faz “doer o coração” até aos mais insensíveis. E se até agora, por vezes não compreendia algumas campanhas de solidariedade que existem porque achava que não era prioritário, depois desta experiência nunca mais o vou fazer. As mínimas coisas como um simples livro escolar, podem ser um mundo para alguém. Por isso, a missão é partir e voltar, mas depois do regresso o trabalho vai continuar e o mundo vai continuar a sorrir para quem mais precisa. Xana Martins Uma experiência de voluntariado Missionário como a que realizei este ano em Itoculo, Moçambique é o que aconselho vivamente a todos. Para além de dar uma grande abertura a novas culturas, povos e situações também dá uma experiência humana muito forte e gratificante. Pelo menos aconteceu assim comigo. Para além ribeira do fárrio, ourém JSF em aniversário do trabalho intensivo e maternal desenvolvido com as meninas do Lar Eugénia Caps, o que vivi e aprendi com as crianças da Infância Missionária, as pequeninas do centro de Nutrição, os Jovens da paróquia, e todos os Papás e Mamãs que mostravam sempre tanto carinho por mim, fez-me sentir realizada e posso dizer que “fui feliz todos os dias!”. O trabalho realizado diretamente na paróquia com as catequeses e o envolvimento com a Justiça e Paz fez-me ter sede, de ajudar o povo, sede do Evangelho e de sabe-lo melhor para transmiti-lo sempre aos que precisam tanto dele. Um ano é muito pouco, mas consegue-se ver algum do trabalho feito, já a florescer e isso traz uma realização e uma satisfação enormes, traz principalmente um agradecimento Aquele que é o grande responsável por tudo isto. Como as meninas da 8ª Classe do Lar Eugénia Caps de Itoculo me aconselharam, aconselho-vos eu também - “Não podemos deixar para amanhã, amanhã não haverá tempo”. Boas Missões. agenda UM FILME DE MOHAMED HAMIDI E por que não tu? É aos jovens, a eles e a elas, que agora me dirijo, neste início do ano que o Santo Padre o Papa Francisco quis dedicar à Vida Consagrada com os objetivos de fazer memória agradecida do passado, abraçar o futuro com esperança e viver o presente com paixão. No meio das tuas hesitações e dificuldades no presente, no meio das tuas inquietações quanto ao futuro e perante a necessidade que sentes de tomar opções decisivas na tua vida, caro jovem, não te deixes seduzir pelo que destrói, pelo poder, pela filosofia do nada ou pela mesquinha ambição pessoal. Não tenhas medo dos compromissos definitivos quando assumidos livre e responsavelmente. O apreço pela vida como dom de Deus, os apelos que brotam do seio da comunidade humana, a atração pelos valores e as escolhas fundadas e fundamentais reclamam da tua existência um serviço aos outros, ao jeito de Jesus. Não sentes, porventura, ecoar, aí no teu coração, o apelo de Jesus: “Se alguém quer servirMe, que Me siga” (Jo 12, 26)? Convido-te, pois, a que te ponhas de sentinela, vigilante, e abras o teu coração à voz desse Amigo para que Ele te ilumine e te ajude a fazer as escolhas que deves fazer na tua vida! Ele está aí, junto de ti, a pedir-te que escutes os seus ensinamentos e apelos, que fales com Ele, que aprendas com Ele, que caminhes com Ele, que confies n’Ele. E porque a vocação é uma realidade mediada, não deixes de pedir conselho a alguém que te possa ajudar a discernir o teu caminho! Assim, construirás a história bela da tua vocação e da tua vida: Deus que te chama com amor, gratuitamente, e tu que respondes, também com amor, livre e responsavelmente, aos seus desafios, aos desafios da sua messe. D. Antonino Dias Presidente da Comissão Episcopal Laicado e Família De qualquer lugar CIRP cirp.pt Sabe quantos Institutos Religiosos existem em Portugal? E quantas comunidades religiosas? E quantos religiosos? E quantos estão em formação? Esta e muitas outras perguntas encontrarão resposta no site da Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal (CIRP) em www.cirp.pt. Trata-se de um site com um visual bastante leve e com fácil acesso a muita informação. Logo na primeira página, a palavra da Bem-Aventurada Madre Teresa de Calcutá, modelo de vida religiosa, indicando o caminho da pequenez humana como caminho para a grandeza divina. Natural destaque, vai para o Ano da Vida Consagrada, inaugurado pelo Papa Francisco em Roma no passado dia 30 de Novembro, que durará até ao dia 2 de Fevereiro de 2016. No site da CIRP, não falta material em abundância para ajudar a, ao longo destes 14 meses, “fazer memória com gratidão; viver o presente com paixão; abraçar o futuro com esperança”, conforme os objetivos propostos pelo Papa Francisco. publicação mensal de formação e informação missionária Nº registo: 101394 Depósito legal nº 250/82 Diretor: Tony Neves Chefe de Redação: Victor Silva Conselho de Redação: Tony Neves, Aristides Neiva, Glória Lopes, Paulo Vaz, Sandra Simões e Victor Silva. A mística do instante LIVRO NOVO DE TOLENTINO MENDONÇA Não é apenas mais um livro de um autor que não pára de nos brindar com obras de qualidade. Aponta um caminho de como chegar a Deus e de como deixar Deus chegar até nós através dos sentidos. Tem duas partes que se completam: Para uma Espiritualidade do tempo presente; para uma Teologia dos sentidos. Sobre esta, os textos também nos abrem perspetivas. Para falar do tacto, há uma coleção de reflexões sob o título: ‘tocar o que nos escapa’. A abordagem do gosto é feita com alguns textos enquadrados no ‘buscar o infinito sabor’. O olfacto aparece nos textos intitulados ‘colher o perfume do instante’. Para uma reflexão a partir do sentido da audição há textos com o título ‘Escutar a melodia do presente’. A parte maior refere-se à visão: ‘olhar a porta entreaberta do instante’. A mística do instante reenvianos para o interior de uma existência autêntica, ensinandonos a ser realmente presentes: a ver, a ouvir, a tocar, a saborear, a inebriar-nos com o perfume sempre novo do instante. O P. António Spadaro, o jesuíta que fez a primeira grande entrevista ao Papa Francisco, diz que ‘ler as páginas de Tolentino é realizar uma experiência de amizade. As suas palavras são palavras privadas ditas em público. São acolhedoras porque mantêm a raiz profunda da experiência e abrem a um diálogo em que o leitor se sente protagonista’. Paulinas Editora JSF, Ribeira do Fárrio Há 21 anos os Jovens da Ribeira do Fárrio (região Centro) disse o seu sim ao movimento missionário Jovens Sem Fronteiras e, a partir desse dia, caminharam juntos pela missão e ofereceram os seus talentos e testemunhos à paróquia que os viu nascer. Este aniversário foi festejado durante dois dias com o lema “Dá-te mais na Família”. No dia 7 de dezembro, o grupo realizou uma oração onde Jovens e comunidade refletiram sobre a importância do testemunho da família cristã, escreveram de que forma podem ser testemunho de felicidade e amor em Deus e pregaram-no à Bandeira do movimento, mostrando que o grupo e a comunidade formam uma família unida. No dia 8 de dezembro, a Eucaristia presidida pelo Padre Tony Neves e pelo Padre David Barreirinhas juntou antigos elementos do grupo, amigos, família Jovens Sem Fronteiras de toda a região para comemorarem mais um ano de existência. A festa terminou com um almoço partilhado e muito convívio. bre então, o país onde estão as suas raizes mais profundas, que lhe eram completamente alheias. Recém-chegado e ainda a tentar adaptar-se aos costumes daquelas gentes tão diferentes de si, ele depara-se com uma situação inesperada: o primo direito – que partilha o mesmo nome – rouba o seu passaporte e foge para França, o país que nunca teve a oportunidade de conhecer. Assim, impedido de sair dali durante um período de tempo indefinido, Farid tem uma oportunidade um pouco forçada pelas circunstancias de descobrir as raízes da sua família e as suas próprias num lugar que, apesar de pobre, tem muita coisa bela para lhe oferecer… desde um conjunto de personagens fantásticos cujo humor e simplicidade o vão tocar profundamente. Realização do francês Mohamed Hamidi, uma comédia dramática que reflecte sobre emigração e identidade, com base na experiência pessoal do realizador de ascendência argelina. Um filme cheio de simplicidade, detalhes, encontros... assinaturas 2015 RENOVAÇÃO E PAGAMENTO Dia Mundial da Paz 18 janeiro Assembleia Diocesana da LIAM de Lisboa e Setúbal Espiritanos, Estrela - Lisboa 18 a 25 janeiro Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos 24 janeiro Celebração Ecuménica Nacional Sé de Setúbal Início da novena de Libermann 25 janeiro Dia Mundial dos Leprosos 31 janeiro Reunião da Direção Nacional da LIAM Fátima 1º Prémio nº 07209 2º Prémio nº 01570 3º Prémio nº 06471 Poderão faze-lo por transferência bancária (NIB 0010 0000 1997 7900 001 18), Cheque ou Vale postal indicando sempre à ordem de MISSIONÁRIOS DO ESPÍRITO SANTO Os vencedores devem enviar o talão da rifa para: Para esclarecimentos: Telef. 21 393 3002 ou mail: [email protected] – Administração da LIAM Rua Santo Amaro, à Estrela, 51 1200-801 Lisboa A Administração agradece e deseja Bom Ano de 2015 Pe. Nuno Rodrigues Epifania do Senhor Infância Missionária resultado do sorteio missionário A Administração do jornal Ação Missionária pede aos seus assinantes que façam, no início do ano 2015, o pagamento da sua assinatura (7 euros anual). Pe. Nuno Rodrigues Parabéns Peregrinação à Terra Santa e Jordânia (Petra) Setembro 2015 Acompanhado pelo Pe. Agostinho Brígido Tel. 962 503 407 [email protected] Propriedade, administração e redação: Província Portuguesa da Congregação do Espírito Santo Rua de Santo Amaro à Estrela, 51 1200-801 Lisboa Tel: 213 933 000 Fax: 213 933 019 PALAVRAS CRUZADAS Joaquim Pereira Francisco Pessoa coletiva nº 500729360 Administrador: Nuno Rodrigues Jessica Sousa 1 janeiro 4 janeiro Farid de 26 anos nascido e criado em França é um jovem estudante de ascendência argelina que nunca conheceu a terra dos seus progenitores. No momento final de exames na área de direito, o pai fica gravemente doente. A casa de família na Argélia em risco de ser demolida, ele como filho progenitor vê-se na obrigação de viajar até à Argélia para resolver o problema. Desco- Conselho de Administração: Nuno Rodrigues, J. Lopes de Sousa, Carlos Salgado e Casimiro Oliveira [email protected] Assinaturas (Portugal): anual: 7€ avulso: 0,75€ Impressão: Empresa do Diário do Minho, Lda. www.diariodominho.pt Na internet: www.espiritanos.pt Tiragem: 12.000 ex. Membro de: Soluções na pág. 5 Ano novo é mesmo vida nova? um mês, um site miguel ribeiro Horizontais: 1. Maldades; mais adiante. 2. Cordão metálico que guarnece pela frente uma peça de vestuário; os gatos fazem-no; membro de ave. 3. Estudante que não se aplica; interjeição de aborrecimento (pl.); Tribunal Constitucional. 4. Armadilha; falta de tonicidade; a acusada. 5. SÉ feita pelos preguicosos e pelas abelhas; canseira; a carta mais alta do baralho; fixador para cabelo. 6. Ósmio (s.q.); estéril; ave columbina. 7. Víscera dupla; residentes. 8. Castigues; que faz bem à saúde. 9. Vila do distrito de Coimbra; que usam a razão. 10. Perceberem pelos sentidos; prejudicial. 11. Sesta; nome feminino (pl.). 12. Cobre (s.q.); cura; costumes; sexta nota musical. 13. Ovário de peixe; curar; tinta de pintar. 14. Substância resultante da substituição do hidrogénio de um ácido por átomos metálicos ou radicais (pl.); reexamina a tua persuasão. 15. Os que estão próximos daquele com quem se fala; ditos de saloio. Verticais: 1. Símios; doença mental grave. 2. Que fazem de asa; coloca; frutos da videira. 3. Faina; maus; gemidos. 4. Concorrente; que nascem com a pessoa; condicional. 5. Linguagem; preparas uma bebida a partir da amêndoa amarga. 6. Raiva; respiração; acalmar. 7. Semelhante; enxugares. 8. Feitos à semelhança; perversa; larva do queijo. 9. O símbolo da riqueza; de viva voz; rio que passa pela Rússia e pelo Cazaquistão. 10. Doença de pele acompanhada de grande prurido; faças referência; poeira. 11. Em maior número; território sob a jurisdição de um Duque; nesse lugar. 12. Integra; prática constante (pl.); entre nós. 13. Naquele lugar; frustrados; apelido de um cantor português. 14. Prepararas um ovo na sertã sem o mexer; local onde depois da pesca se vende o peixe. 15. Planta e flor também chamadas camomilas (pl.); salvaras-te. JANEIRO2015 Congregação do Espírito Santo Rua de Santo Amaro à Estrela, 51 1200-801 Lisboa Tel: 213 933 000 | Fax: 213 933 019 | Email: [email protected] Do Livro do Inverno crónica Aristides Neiva A natureza envelhece e deixa-se vencer pelo esquecimento. É assim cada inverno, depois do desprendimento do outono e antes da vaidade da primavera. Mas ao contrário do envelhecimento humano, que como dizia o humorista é para o resto da vida, o do inverno tem prazo de validade. A natureza despoja-se e parece esquecer as exuberâncias passadas mas os humanos lembram. Lembram o que já houve e agora falta: a luz, o calor, as flores, os frutos. Lembram o que passou mas que sabem que voltará na primavera. No inverno a recordação não é só o que passou, é também o que virá. No inverno a lembrança é uma profecia. O esquecimento é uma promessa. Como escreveu Vinicius de Moraes no poema Natal: “para isso fomos feitos: para lembrar e ser lembrados / (…) pois para isso fomos feitos: para a esperança no milagre”. Neste mês de janeiro assinalam-se os cem anos do nascimento do monge trapista Thomas Merton (1915-1968), um dos maiores mestres de espiritualidade do século XX. Nasceu e morreu no inverno mas foi a anunciar o brilho do sol que ele viveu. “Fazer parte da espécie humana é um destino glorioso, mesmo se a nossa espécie se dedica a muitos absurdos e comete muitos erros terríveis: apesar de tudo isso, o próprio Deus gloriou-se de vir a fazer parte da espécie humana. Parte da espécie humana! E pensar que essa perceção, que é um lugar comum, pode subitamente parecer a notícia de que tens o bilhete que ganhou o primeiro prémio na lotaria cósmica (…). Ah, se toda a gente pudesse dar-se conta disto! Mas isto não pode ser explicado. Não há como dizer às pessoas que todas elas andam pelo mundo brilhando como o sol!” (“Reflexões de um espectador culpado”). No inverno há estrelas que só a espécie humana pode fazer. Há milagres que só a esperança faz acontecer. Centro Espírito Santo e Missão Eduardo Ferreira Diretor do CESM O CESM – Centro Espírito Santo e Missão – situado no Seminário da Silva, em Barcelos, pretende ser um espaço de aprofundamento da fé e da vida espiritual, privilegiando a atenção à ação do Espírito Santo, numa perspetiva de comunhão eclesial e de Missão. OBJETIVOS a animação destas e outras atividades. Pode, de igual modo, oferecer acompanhamento espiritual, num clima de silêncio e interiorização, que permita encontro com Deus e consigo próprio; acolher sacerdotes, religiosos/as e leigos que desejem beneficiar de um tempo de descanso e retempero espiritual e acolher famílias que desejam usufruir de um ambiente de tranquilidade e espiritualidade, por um breve período de tempo. PROPOSTAS O CESM visa, antes de mais, proporcionar aos leigos em geral, e particularmente aos membros dos vários ramos da Família Espiritana (LIAM, Leigos Associados Espiritanos, JSF, Fraternidades Espiritanas, MOMIP, ASES), um aprofundamento espiritual da vocação a que cada um é chamado, bem como uma formação contínua no plano da fé e da dedicação à Missão. Faz parte dos seus objetivos abrir seus espaços para jornadas de encontro e/ou retiros de movimentos eclesiais de leigos, de sacerdotes e religiosos/as e de grupos paroquiais. Eventualmente, o CESM pode assegurar O CESM, faz propostas na área da Espiritualidade (retiros para jovens, casais, pessoas a atravessar a provação e recoleções do Advento, Quaresma e Pentecostes) e leva a efeito iniciativas na área da formação e consciência critica, em fins de semana com temáticas específicas (eneagrama, relação pastoral de ajuda) e tertúlias mensais do ciclo MISSÃO NA PRAÇA. A última, que se realizou a 29 de Novembro, sob o tema “os comportamentos e a saúde” contou com a presença de 140 pessoas. Ao longo de 2014 o movimento da casa, em traços gerais pode ser assim resumido: pessoas, integradas em grupos, a ocupar 1 dia com almoço e sem dormida: 800 (95 da Família Espiritana); pessoas, em grupos, a fazer pensão (de 1 a 30 dias): 1.000 (sendo 274 da Família Espiritana). PRÓXIMAS ATIVIDADES A REALIZAR NO CESM 16-18 de janeiro Retiro das Fraternidades Espiritanas Região Norte CESM, BARCELOS 24-25 de janeiro Retiro das Fraternidades Espiritanas Região Sul SEMINÁRIO DA TORRE D’AGUILHA 7-8 de fevereiro Eneagrama - Nível I (a partir de 21 anos) ORIENTADO POR FÁTIMA MONTEIRO 27 de fevereiro - 1 de março Retiro para casais: “Entre marido e mulher, ninguém meta a colher?” - Espiritualidade na vida Matrimonial ORIENTADO POR P. JORGE VILAÇA E CASAL JORGE E ALEXANDRA TEIXEIRA 28 de fevereiro Tertúlia do ciclo MISSÃO NA PRAÇA: Solidariedade globalizada P. TONY NEVES Curso “Relação Pastoral de Ajuda” em 5 sessões (sexta-feira das 21:00h às 22:30h) ORIENTADO POR P. JOSÉ CASTRO 16 e 30 de janeiro; 13 e 27 de fevereiro; 06 de março Para mais informações, consultar: www.espiritanos.pt/cesm «No lugar do dinheiro como ‘valor principal’ é necessário colocar a pessoa humana.» etc... J. C. Fernandes «As teorias sobre a globalização económica devem dar primazia à ‘globalização da solidariedade’» D. Óscar Maradiaga Presidente da Cáritas Internacional, em Lisboa, na conferência “Dimensão Social da Evangelização no Mundo de Hoje”, promovida pela Comissão Nacional Justiça e Paz. www.ecclesia.pt/cnjp/
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