Tabela com livros do Antigo Testamento
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Tabela com livros do Antigo Testamento
O Tanakh e o Antigo Testamento A divisão refletida pelo acrônimo Tanakh está atestada em documentos do período do Segundo Templo e na literatura rabínica. Durante aquele período, entretanto, o acrônimo Tanakh não era usado, sendo que o termo apropriado era Mikra ("Leitura"). Este termo continua sendo usado em nossos dias, junto com Tanakh, em referência as escrituras hebraicas. No hebraico moderno, o uso do termo Mikrá ( )ארקמdá um tom mais formal do que o termo Tanakh. Esses vinte e quatro livros são os mesmos livros encontrados no Antigo Testamento protestante, mas sua ordem é diferente. A enumeração também difere: os cristãos contam esses livros como trinta e nove, pois contam como vários alguns livros que os judeus contam como um só. O termo Velho Testamento, apesar de comum, é muitas vezes considerado pejorativo pelos judeus, pois pode ser interpretado como inferior ou antiquado. Já a expressão Bíblia hebraica é adotada por alguns estudiosos para indicar que existe uma equivalência entre o Tanakh e o Antigo Testamento, tentando evitar algum sectarismo. Os Antigos Testamentos católico e ortodoxo contêm seis livros que não estão incluídos no Tanakh. Eles são chamados deuterocanônicos por ter tido sua canonicidade contestada por alguns dos Padres da Igreja, mas por fim foram decretados inspirados em concílio, conforme ressaltado abaixo. Todavia, tais livros sempre fizeram parte da literatura hebraica, sendo estudados nas sinagogas, tendo um estimado valor dentro do judaísmo e para a história de Israel, como é o caso de I Macabeus e II Macabeus, os quais narram a heróica resistência ao helenismo na Palestina. Nas bíblias das Igrejas Católica Romana e Ortodoxas, Daniel e o Livro de Esther podem incluir material deuterocanônico que não está naTanakh ou no Antigo Testamento protestante. Livros históricos do Antigo Testamento Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Maior parte do Antigo Testamento é formada por livros que os teólogos classificam sob a denominação de Livros Históricos, pois eles contêm relatos que vão desde a conquista da Terra Prometida até quase a época do Novo Testamento, cabendo ressaltar que tais livros não se reduzem apenas a relatos cronísticos de fatos, pois contém uma interpretação dos acontecimentos a partir da fé,1 sendo possível dividi-los em quatro grupos: 1. Obra Histórica Deuteronomista - Josué, Juízes, I Samuel, II Samuel, I Reis, II Reis: contém um relato mais ou menos contínuo, apresentando a história do Povo de Deus desde a conquista da Terra Prometida até o exílio na Babilônia. Tais livros enfatizam que a situação vivida depende da atitude que o povo toma na Aliança com Deus, sendo que quando há fidelidade, Deus concede a bênção, mas quando há infidelidade, o povo atrai para si mesmo a maldição. 2. História do Cronista - I Crônicas, II Crônicas, que a Septuaginta e a Vulgata chamam de Paralipômenos, relatam coisas que foram deixadas de lado no relato contido em Reis e Samuel, ou seja são uma espécie de complemento. Livro de Esdras e Neemias relatam o tempo do pós-exílio babilônico até meados do séc. III AC. O objetivo principal destes dois últimos livros é fundamentar e organizar a comunidade depois do exílio na Babilônia. 3. Rute, Tobias, Judite, Ester. Mais do que história propriamente dita, esses livros são narrativas. Sua intenção é apresentar modelos particulares de vivência e aplicação da fé dentro de situações difíceis, principalmente as enfrentadas pelos judeus fora de sua terra. 4. I Macabeus e II Macabeus - Relatam a resistência heróica de um grupo de judeus diante da dominação helenista que ameaçava destruir a identidade cultural e religiosa da comunidade judaica. Cabendo observar que Tobias, Judite, I Macabeus e II Macabeus são livros deuterocanônicos, ou seja, não são aceitos pelas Igrejas que adotam a Bíblia proposta por Lutero. Cânone Judaico De acordo com a tradição judaica o Cânone Judaico é composto de 24 livros que se agrupam em 3 conjuntos: A Lei ou Instrução, Os Profetas e Os Escritos. Os livros de 1 e 2 Samuel, são reunidos em um só livro, e 1 Reis e 2 Reis, também são considerados um só livro, assim como os 12 profetas "menores" estão em um só livro - "Os 12 profetas". A ordem do Cânone é apresentada abaixo: Torá ( ) הרות Neviim ( )םיאיבנ Kethuvim ()םיבותכ Instrução (Os 5 de Moisés) Profetas (8) Escritos (11) (5) Anteriores (4) Livros da Verdade Gênesis Josué (Poéticos) Êxodo Juízes Salmos Levítico 1 Samuel e 2 Provérbios Números Samuel Jó Deuteronómio 1 Reis e 2 Reis Os 5 Rolos Posteriores (4) Cantares (ou Isaías Jeremias Rute Ezequiel Lamentações Os 12 Profetas Eclesiastes Oséias Ester Naum Joel Habacuque Amós Esdras-Neemias Sofonias I Crônicas e II Obadias Ageu Jonas Miquéias Zacarias Malaquias Cânticos) Profético Daniel O Resto dos Escritos Crônicas Torá O Torá (do hebraico הָרה, ֹו significando instrução, apontamento, lei) é o nome dado aos cinco primeiros livros do Tanakh (também chamados de Hamisha Humshei Torah, חמשה חומשי תורה- as cinco partes da Torá) e que constituem o texto central do judaísmo. Contém os relatos sobre a criação do mundo, da origem da humanidade, do pacto de Deus com Abraão e seus filhos, e a libertação dos filhos de Israel doEgito e sua peregrinação de quarenta anos até a terra prometida. Inclui também os mandamentos e leis que segundo o judaísmo tradicional, foram dadas a Moisés para que a entregasse e ensinasse ao povo de Israel. ֹ Chamada também de Lei de Moisés (Torat Moshê, )הָרת־מ ַרֹו ה, por vezes o termo "Torá" é usado dentro do judaísmo rabínico para designar todo o conjunto da tradição judaica, incluindo a Torá escrita, a Torá oral (Talmud) e os ensinamentos rabínicos. As cinco partes que constituem a Torá são nomeadas de acordo com a primeira palavra de seu texto, e são assim chamadas: בראשית, Bereshit - No princípio conhecido pelo público não-judeu como Gênesis שמות, Shemot - Os nomes ou Êxodo ויקרא, Vaicrá - E chamou ou Levítico במדבר, Bamidbar- No deserto (ermo) ou Números דברים, Devarim - Palavras ou Deuteronômio Conteúdo Em Bereshit (Gênesis) é narrada a criação do mundo e do homem sob o ponto de vista judaico, e segue linearmente até o pacto de Deus com Abraão. São apresentados os motivos dos sofrimentos do mundo, a constante corrupção do gênero humano e a aliança que Deus faz com Abraão e seus filhos, justificados pela sua fé monoteísta, em um mundo que se torna mais idólatra e violento. Nos é apresentada a genealogia dos povos do Oriente Médio, e as histórias dos descendentes de Abraão, até o exílio de Jacó e de seus doze filhos no Egito. Em Shemot (Êxodo) mostram-se os fatos ocorridos neste exílio, quando os israelitas tornam-se escravos na terra do Egito, e Deus se manifesta a um israelita-egípcio, Moisés, e o utiliza como líder para libertação dos israelitas, que pretendem tomar Canaã como a terra prometida aos seus ancestrais. Após eventos miraculosos, os israelitas fogem para o deserto, e recebem a Torá dada por Deus. Aqui são narrados os primeiros mandamentos para Israel enquanto povo (antes a Bíblia menciona que eram seguidos mandamentos tribais), e mostra as primeiras revoltas do povo israelita contra a liderança de Moisés e as condições da peregrinação. Em Vaicrá (Levítico) são apresentados os aspectos mais básicos do oferecimento das korbanot, das regras de cashrut e a sistematização do ministério sacerdotal. Em Bamidbar (Números) continuam-se as narrações da saga dos israelitas no deserto, as revoltas do povo no deserto e a condenação de Deus à peregrinação de quarenta anos no deserto. Em Devarim (Deuteronômio) estão compilados os últimos discursos de Moisés antes de sua morte e da entrada na Terra de Israel. Nevi'im Nevi'im ou Profetas é o nome de uma das três seções do Tanakh, estando entre a Torá e Kethuvim. Os livros em suas nomenclaturas hebraicas. A seção é geralmente dividida em duas partes: Nevi'im Rishonim (Antigos Profetas) []םינושאר םיאיבנ Yehoshua - (Livro de Josué) - []עשוהי Shoftim - (Livro dos Juízes) - []םיטפוש Shmu'el - (I Samuel e II Samuel) - []לאומש Melakhim - (I Reis e II Reis) - []םיכלמ Nevi'im Aharonim (Últimos Profetas) []םינורחא םיאיבנ Yeshayahu - (Livro de Isaías) - []והיעשי Yirmiyahu - (Livro de Jeremias) - []והימרי Yehezq'el - (Livro de Ezequiel) - []לאקזחי Trei Asar (Os Doze [Profetas]) []רשע ירת Hoshea - (Livro de Oséias) - []עשוה Yo'el - (Livro de Joel) - []לאוי Amos - (Livro de Amós) - []סומע Ovadyah - (Livro de Obadias) - []הידבע Yonah - (Livro de Jonas) - []הנוי Mikhah - (Livro de Miquéias) - []הכימ Nakhum - (Livro de Naum) - []םוחנ Habaquq - (Livro de Habacuque) - []קוקבח Tsefania - (Livro de Sofonias) - []הינפצ Haggai - (Livro de Ageu) - []יגח Zekharia - (Livro de Zacarias) - []הירכז Malakhi - (Livro de Malaquias) - []יכאלמ Ketuvim Ketuvim, é a terceira e última seção do Tanakh (a Bíblia hebraica), depois do Torah e do Nevi'im. No hebraico, a palavra ( םיבותכketuvim) significa "escritos". Nas traduções da Bíblia Hebraica, esta secção é normalmente intitulado "Escritos". Na tradição judaica textual, os livros das crônicas são contados como um livro. Esdras e Neemias também são contados como um único livro chamado "Esdras". Assim, existe um total de onze livros na seção denominada Ketuvim. Ordem dos livros no Ketuvim A lista seguinte apresenta os livros de 'Ketuvim', na ordem em que aparecem na maioria das edições impressas: Grupo I: Os Três Livros Poéticos (Sifrei Emet) 1. Tehillim (Salmos) תהלים 2. Mishlei (Provébios) משלי 3. `Iyyov (Jó) איוב Group II: Os cinco rolos (Hamesh Megillot) 4. Shir ha-Shirim (Cântico dos Cânticos) ou (Cantares) ( השירים שירPassover) 5. Rute (Rute) ( רותShavuot) 6. Eikhah (Lamentações) ( איכהTishá b'Av) [Também chamado de Kinnot em hebraico.] 7. Kohelet (Eclesiastes) ( קהלתSukkot) 8. Ester (Ester) ( אסתרPurim) Group III: Outros livros históricos 9. Daniel (Daniel) דניאל 10. Ezra (Esdras-Neemias) עזרא 11. Divrei ha-Yamim (Crônicas) הימים דברי Tanakh ou Antigo Testamento Na tabela, marca-se com um asterisco (*) um livro que está presente, mas em uma ordem diferente. Células vazias indicam que um livro que está ausente do cânone protestante; acentuando que os mesmos os retiraram tardiamente, tendo em vista que estabeleceram o seu cânone de forma final e definitiva no século XX, juntamente ao aparecimento das sociedades bíblicas, que vieram a retira-los, os livros em questão estavam no cânone desde o I século; livros esses que são frequentemente chamados pelos protestantes de apócrifos, um termo que às vezes é usado especificamente e pejorativamente para descrever os livros no cânon católico (e da Igreja Ortodoxa) que estão ausentes da Bíblia Protestante, e como dito antes, embora esses mesmos livros não aceitos pelos protestantes já estivessem no cânone desde o I século na igreja; católicos e ortodoxos descrevem esses livros como Deuterocanônicos. São deuterocanônicos (ou apócrifos pelos Protestantes) do Antigo Testamento os seguintes livros bíblicos: Tobias Judite I Macabeus e II Macabeus Sabedoria de Salomão Eclesiástico (também chamado Sirácide ou Ben Sirá ) Baruque Além destes, podemos também encontrar fragmentos deuterocanônicos dentro de livros canônicos como: adições em Ester adições em Daniel - nomeadamente os episódios da História de Susana e de Bel e o dragão Antigo Antigo Antigo Antigo Testamento Testamento Testamento Testamento Protestante Católico (Douay) (Ortodoxa Grega) Eslavo Gênesis Gênesis Gênesis Gênesis Gênesis Êxodo Êxodo Êxodo Êxodo Êxodo Levítico Levítico Levítico Levítico Levítico Números Números Números Números Números Deuteronômio Deuteronômio Deuteronômio Deuteronômio Deuteronômio Tanakh Nevi'im ou Livros Históricos Profetas Josué Josué Josué Josué Josué Juízes Juízes Juízes Juízes Juízes Veja abaixo Rute Rute Rute Rute I Samuel I Samuel (I Reis) II Samuel II Samuel (II Reis) I Reis III Reis I Reis (III Reinos)1 III Reinos II Reis IV Reis II Reis (IV Reinos)1 IV Reinos I Samuel (I Reinos)1 I Reinos Samuel II Samuel (II Reinos)1 II Reinos Reis Tanakh Antigo Antigo Antigo Antigo Testamento Testamento Testamento Testamento Protestante Católico (Douay) (Ortodoxa Grega) Eslavo I Crônicas I Crônicas II Crônicas II Crônicas I Esdras (2 Esdras)* I Crônicas I Crônicas (I Paralipomenon) Crônicas veja abaixo II Crônicas Esdras II Crônicas (II Paralipomenon) I Esdras Esdras (incluindo Esdras (II Esdras)1 2 Esdras Neemias) veja abaixo Neemias Veja abaixo Ester II Neemias (II Esdras (Neemias) Esdras)1 2 Neemias (1 Esdras)* II Esdras Tobias Tobias Tobias Judite Judite Judite Ester3 Ester3 Ester3 I Macabeus4 I Macabeus Veja abaixo II Macabeus4 II Macabeus Veja abaixo III Macabeus IV Macabeus Antigo Tanakh Testamento Protestante Antigo Testamento Antigo Testamento Antigo Testamento Católico (Douay) (Ortodoxa Grega) Eslavo Livros Poéticos e Sapienciais Veja abaixo Jó Jó Jó Jó Veja abaixo Salmos Salmos Salmos5 Salmos5 Odes6 Veja abaixo Provérbios Provérbios Provérbios Provérbios Veja abaixo Eclesiastes Eclesiastes Eclesiastes Eclesiastes Cânticos dos Cânticos dos Cânticos dos Cânticos dos Cânticos Cânticos Cânticos Cânticos Sabedoria Sabedoria Eclesiástico Sirach Veja abaixo Sabedoria de Salomão Sirach Antigo Tanakh Testamento Protestante Antigo Testamento Antigo Testamento Antigo Testamento Católico (Douay) (Ortodoxa Grega) Eslavo Profetas Maiores Isaías Isaías Isaías Isaías Isaías Jeremias Jeremias Jeremias Jeremias Jeremias Veja abaixo Lamentações Lamentações Lamentações Antigo Antigo Antigo Antigo Testamento Testamento Testamento Testamento Protestante Católico (Douay) (Ortodoxa Grega) Eslavo * * Tanakh Baruc8 Lamentações de Jeremias Espístola de Jeremias Baruc8 Baruc8 Espístola de Jeremias10 * Ezequiel Ezequiel Ezequiel Ezequiel Ezequiel Veja abaixo Daniel Daniel11 Daniel11 Daniel11 Tanakh Antigo Antigo Antigo Antigo Testamento Testamento Testamento Testamento Protestante Católico (Douay) (Ortodoxa Grega) Eslavo Profetas Menores Oséias Oséias Oséias Oséias Joel Joel Joel Joel Amós Amós Amós Amós Obadias Obadias Obadias Obadias Jonas Jonas Jonas Jonas Miquéias Miquéias Miquéias Miquéias Naum Naum Naum Naum Habacuque Habacuque Habacuque Habacuque Sofonias Sofonias Sofonias Sofonias Ageu Ageu Ageu Ageu Zacarias Zacarias Zacarias Zacarias Malaquias Malaquias Malaquias Malaquias Os Doze Profetas Ketuvim or Writings12 Salmos Provérbios Jó Cânticos dos Cânticos Rute Lamentações Eclesiastes Ester Daniel Esdras (incluindo Neemias) Crônicas Veja abaixo4 I Macabeus Veja abaixo4 II Macabeus Referências 1. ↑ Ir para:a b c d e f Nomes entre parênteses são os nomes da Septuaginta e são muitas vezes utilizados pelos ortodoxos. 2. ↑ Ir para:a b Oriental Algumas igrejas ortodoxas seguem a Septuaginta e o hebraico bíblico, considerando os livros de Esdras e Neemias como um só livro. 3. ↑ Ir para:a b c Os católicos e ortodoxos incluem 103 versos não protestantes no Livro de Esther. 4. ↑ Ir para:a b c d A Vulgata e a Douay-Rheims colocam Primeira e Segunda Macabeus após Malaquias; as traduções Católicas modernas colocam-nos após Esther. 5. ↑ Ir para:a b igrejas ortodoxas orientais incluem Salmo 151, que não está presente em todos os cânones. 6. Ir para cima↑ O Livro de Odes inclui a Oração de Manassés. Este livro não está presente no Antigo Testamento católico ou protestante. 7. ↑ Ir para:a b New English Translation of the Septuagint 8. ↑ Ir para:a b c Em Bíblias católicas, Baruc inclui o sexto capítulo da chamado Epístola de Jeremias. Baruc não está na Bíblia protestante ou no Tanakh. 9. Ir para cima↑ Britannica 1911 10. Ir para cima↑ As bíblias Orientais Ortodoxas tem o livro de Baruc e a Espístola de Jeremias separadas. 11. ↑ Ir para:a b c Em Bíblias Católicas e Ortodoxas, Daniel inclui três seções não incluídas nas Bíblias protestantes. O Cântico de Azarias é incluído entre Daniel 3:23-24. Susanna é incluído como Daniel 13. Bel e do Dragão é incluído como Daniel 14. Estas adições não estão na versão protestante do Antigo Testamento. 12. Ir para cima↑ Estes livros são encontrados entre os livros históricos e sapiencias dos cânones cristãos. VERSÕES DA BÍBLIA Vulgata é a forma latina abreviada de vulgata editio ou vulgata versio ou vulgata lectio, respectivamente "edição, tradução ou leitura de divulgação popular" - a versão mais difundida (ou mais aceita como autêntica) de um texto. No sentido corrente, Vulgata é a tradução para o latim da Bíblia, escrita entre fins do século IV início do século V, por São Jerónimo, a pedido do bispo Dâmaso I, que foi usada pela Igreja Cristã e ainda é muito respeitada. Nos seus primeiros séculos, a Igreja serviu-se sobretudo da língua grega. Foi nesta língua que foi escrito todo o Novo Testamento, incluindo a Carta aos Romanos, de São Paulo, bem como muitos escritos cristãos de séculos seguintes. No século IV, a situação já havia mudado, e é então que o importante biblista São Jerónimo traduz pelo menos o Antigo Testamentopara o latim e revê a Vetus Latina. A Vulgata foi produzida para ser mais exata e mais fácil de compreender do que suas predecessoras. Foi a primeira, e por séculos a única, versão da Bíblia que verteu o Velho Testamento diretamente do hebraico e não da tradução grega conhecida como Septuaginta. No Novo Testamento, São Jerônimo selecionou e revisou textos. Chama-se, pois, Vulgata a esta versão latina da Bíblia que foi usada pela Igreja Católica Romana durante muitos séculos, e ainda hoje é fonte para diversas traduções. O nome vem da expressão vulgata versio, isto é "versão de divulgação para o povo", e foi escrita em um latim cotidiano, usado na distinção consciente ao latim elegante de Cícero, o qual Jerônimo considerava seu mestre. A denominação Vulgata consolidou-se na primeira metade do século XVI, sobretudo a partir da edição da Bíblia de 1532, tendo sido definitivamente consagrada pelo Concílio de Trento, em 1546. O Concílio estabeleceu um texto único para a Vulgata a partir de vários manuscritos existentes, o qual foi ratificada mais uma vez como a Bíblia oficial da Igreja, confirmando assim os outros concílios desde o século II, e a essa versão ficou conhecido como Vulgata Clementina. Após o Concílio Vaticano II, por determinação de Paulo VI, foi realizada uma revisão da Vulgata, sobretudo para uso litúrgico. Esta revisão, terminada em 1975, e promulgada pelo Papa João Paulo II, em 25 de abril de 1979, é denominada Nova Vulgata e ficou estabelecida como a nova Bíblia oficial da Igreja Católica . Septuaginta é o nome da versão da Bíblia hebraica para o grego koiné, traduzida em etapas entre o terceiro e o primeiro século a.C.em Alexandria. Dentre outras tantas, é a mais antiga tradução da bíblia hebraica para o grego, lingua franca do Mediterrâneo oriental pelo tempo deAlexandre, o Grande. A tradução ficou conhecida como a Versão dos Setenta (ou Septuaginta, palavra latina que significa setenta, ou ainda LXX), pois setenta judeus trabalharam nela. A Septuaginta, desde o século I, é a versão clássica da Bíblia hebraica para os cristãos de língua grega 1 e foi usada como base para diversas traduções da Bíblia. Ela inclui alguns livros não encontrados na bíblia hebraica. Muitas bíblias da Reforma seguem o cânone judaico e excluem estes livros adicionais. Entretanto, católicos romanos incluem alguns destes livros em seu cânon e as Igrejas ortodoxas usam todos os livros conforme a Septuaginta. Anglicanos, assim como a Igreja oriental, usam todos os livros exceto o Salmo 151, e a bíblia do rei Jaime em sua versão autorizada inclui estes livros adicionais em uma parte separada chamada de Apocrypha. A Bíblia do rei Jaime (ou Tiago), também conhecida como Versão autorizada do rei Jaime (em inglês: Authorized King James Version), é uma tradução inglesa da bíblia realizada em benefício da Igreja Anglicana, sob ordens do rei Jaime I no início do século XVII. É o livro mais publicado na língua inglesa. Como ocorria em geral na Europa, as versões da Bíblia utilizadas na Inglaterra da Idade Média eram escritas em latim, ainda que hajam circulado de maneira restrita algumas traduções manuscritas em inglês antigo.1 Nas Constituições de Oxford de 1408, a tradução da Bíblia ao inglês foi estritamente proibida, e apenas a Vulgata em latim era de uso legal. No início do século XVI, quando a proibição ainda estava em vigor, o Novo Testamento foi traduzido ao inglês por William Tyndale, que o publicou em 1525. As autoridades destruíram os exemplares dessa edição, da qual apenas três cópias subsistem, e Tyndale foi eventualmente executado. Com a separação entre a Igreja Anglicana e a Igreja de Roma, ordenada pelo rei Henrique VIII, a situação começou a mudar. Surgiram então novas traduções da Bíblia ao inglês, como por exemplo a Bíblia de Genebra de 1560. No início do século XVII, Jaime I encarregou uma nova tradução da Bíblia a uma comissão de 50 estudiosos. Para a nova versão foram utilizadas as traduções anteriores. De fato, 80% do texto do Novo Testamento foi reaproveitado da versão de Tyndale. Ao contrário da Bíblia de Genebra, porém, a nova versão de Jaime I não possuía notas de rodapé e comentários tendenciosos. A primeira publicação data de 1611 e foi realizada em grande formato e sem ilustrações, um formato ideal para ser lida em igrejas. A Bíblia do rei Jaime adquiriu fama rapidamente e tornou-se a obra mais publicada da língua inglesa.
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