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INSTITUTO SÓCIO AMBIENTAL VIDA VERDE
CNPJ 05.644.948.0001‐01
UPE 2358 UPM 4550/09
Fone: 54.3522 9659
www.eloverde.org.br
REALIZAÇÃO
APOIO
M
VARA DE EXECUÇÕES
CRIMINAIS
(VEC | Comarca de Erechim)
MINISTÉRIO
INSTITUTO SÓCIO AMBIENTAL VIDA VERDE
PÚBLICO
PATROCINADOR PRIVADO
PATROCINADOR OFICIAL
CONSELHO FEDERAL
GESTOR DO FUNDO DE
DEFESA DE DIREITOS
DIFUSOS
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
SECRETARIA DE DIREITO
ECONÔMICO
Editora e Ind. Gráfica
(54) 3522-1436 | Erechim - RS
FOTO: MAURO PAZINATO
Propriedade Intelectual da ELOVERDE®
Direitos reservados conforme lei de direitos
autorais 9.610/98 Registro 79.572
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Equipe Técnica:
PROJETO REVITALIZAÇÃO DOS RIOS DE ERECHIM
RELATÓRIO FINAL
Instituição Executora:
INSTITUTO SÓCIO AMBIENTAL VIDA VERDE ‐ ELOVERDE®
Órgão Financiador:
CONSELHO FEDERAL GESTOR DO FUNDO DE DEFESA DOS DIREITOS DIFUSOS CFDD ‐ SDE ‐ MJ
Período de Realização:
01/09/10 a 30/06/11
Carlos Alberto da Silveira ‐ Assessoria de imprensa | Bel. Jornalismo
Cherlei Marcia Coan ‐ Coordenadora do Programa de Educação Ambiental |Bióloga. Ms em Educação
Fábio Roberto Krzysczak ‐ Advogado. Ms. em Meio Ambiente e Desenvolvimento
Heraldo Baialardi Ribeiro ‐ Coordenador da Limpeza dos Rios |Químico Industrial. Ms Química de Produtos
Naturais
Jéssica Maria Jemiczak ‐ Tecnóloga em Meio Ambiente
Luciana Inteker ‐ Coordenadora das Atividades de Campo de Educação Ambiental | Geógrafa. Especialista
em Educação Ambiental
Marcio Freschi ‐ Coordenador do Mapeamento dos Rios| Biólogo. Ms. Educação de Ciências e Matemática
Quéli Giaretta ‐ TI | Especialista Gerenciamento de Projetos
Local de Execução:
Erechim(RS)
Coordenação:
Rosane Menna Barreto Peluso ‐ Gestora do projeto | Economista. Ms. Economia. Especialista em
Gerenciamento de Projetos
Estagiários:
Lidiane Bernardi ‐ Acadêmica de Gestão Ambiental ‐ UERGS
Charline Ujacov Silveira ‐ Acadêmica de Gestão Ambiental ‐ IFET
Sumário
APRESENTAÇÃO
02
CONTEXTUALIZAÇÃO DOS RIOS DE ERECHIM
04
METODOLOGIA
08
MAPEAMENTO RIO TIGRE
12
PROPOSIÇÕES DE AÇÕES PARA O PARQUE LONGINES MALINOWSKI
25
PROPOSIÇÕES PARA O RIO TIGRE
57
MAPEAMENTO RIO SUZANA
PROPOSIÇÕES PARA O RIO SUZANA
MAPEAMENTO RIO DOURADO
PROPOSIÇÕES PARA O RIO DOURADO
LIMPEZA NOS RIOS TIGRE, SUZANA E DOURADO
PROPOSIÇÕES PARA A LIMPEZA DOS RIOS DE ERECHIM
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Mapa do Projeto
Revitalização dos Rios
de Erechim (RS)
58
67
68
87
88
147
150
METODOLOGIA
155
ELABORAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO
158
AÇÕES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
166
COMUNICAÇÃO E MÍDIA DIGITAL
178
DEPOIMENTOS E COMENTÁRIOS
186
PROPOSIÇÕES PARA A EDUCAÇÃO AMBIENTAL
192
Fonte: Eloverde, 2010.
01
FOTO: MAURO PAZINATO
Apresentação
O projeto originou‐se da demanda da Vara de
Execuções Criminais do Fórum (VEC) e Ministério
Público Estadual – Comarca de Erechim (RS) a
partir da necessidade de criar um espaço de
trabalho comunitário àqueles que precisam
regularizar sua situação perante a justiça e frente à
sociedade. O trabalho vem de encontro a uma
necessidade social que leve o prestador de
serviços comunitários (PSC ‐ VEC) a resignificar seu
papel como cidadão.
O Instituto Sócio Ambiental Vida Verde
(ELOVERDE®) foi chamado a elaborar o projeto e
atender esta demanda associando a ela o aspecto
ambiental, no caso, com o foco nos recursos
02
hídricos do município de Erechim (RS), sendo
responsável pela elaboração, execução e
gerenciamento do projeto denominado
REVITALIZAÇÃO DOS RIOS DE ERECHIM. O mesmo
pretendeu trazer a questão ambiental para o
conhecimento e debate público e incentivar a
construção de políticas públicas locais para a
solução de problemas locais.
O projeto REVITALIZAÇÃO DOS RIOS DE ERECHIM
está limitado à área territorial do município de
Erechim (RS). Os rios envolvidos foram o Rio Tigre,
Rio Suzana e Rio Dourado, perfazendo 84 km de rio
em 28 etapas em 10 meses.
O projeto tem como objetivo geral INICIAR o
processo da Revitalização dos Rios de Erechim
através do mapeamento de cenários (diagnóstico
ambiental), educação ambiental da comunidade
do entorno e da sociedade civil e da limpeza física
(retirada dos resíduos sólidos) com a participação
de prestadores de serviços comunitários da VEC e
voluntários.
Assim afirmam‐se os objetivos do projeto:
*Propiciar o cumprimento de prestação de serviço
através da execução do projeto sócio educativo,
orientando e treinando prestadores de serviço
para execução das tarefas previstas (PSC ‐ VEC);
*Realizar o mapeamento técnico de cenários e
elaborar o diagnóstico referente à vegetação ciliar,
assoreamento e esgotamento sanitário para
subsidiar o planejamento e a gestão ambiental;
*Realizar ações educativas com a comunidade do
entorno dos rios e a sociedade civil através da
informação, comunicação e interação utilizando os
meios de comunicação e metodologias
educacionais;
*Realizar a retirada do lixo do entorno dos rios e
destiná‐los adequadamente (este objetivo refere‐
se à parte física e estética).
03
Contextualização dos Rios de Erechim
Hidrograficamente, Erechim se caracteriza por apresentar inúmeros pequenos
cursos d’água coletados, em sua maioria, pelos rios Passo Fundo, Erechim,
Apuaê (Ligeiro) e Várzea.
Estas microbacias integram o início da Bacia do Rio Uruguai que, por sua vez, vai
integrar a Bacia do Prata (BUTZKE, 1997; CASSOL & PIRAN, 1975 apud PLANO
AMBIENTAL MUNICIPAL, 2006).
A rede hídrica de Erechim é formada pelos rios Dourado, Suzana, Leãozinho,
Ligeirinho, Campo, Cravo, Tigre e o lajeado Henrique.
A extensão total dos cursos d’água situados dentro do município corresponde a
555,6 km. O maior rio em extensão encontrado no território de Erechim é o
Dourado (rio de 5ª ordem) que juntamente com seus tributários (Vaca Morta –
3ª ordem, Paca – 3ª ordem, Santa Lúcia – 4ª ordem, Negro – 4ª ordem, Verde –
2ª ordem e Jaguaretê – 2ª ordem) possui um comprimento aproximado de 188
km. O segundo em extensão é o Tigre (rio de 4ª ordem) com 118 km no
município, seguidos pelo rio Campo (rio de 4ª ordem) que se estende por 100
km (PLANO AMBIENTAL MUNICIPAL, 2006).
O padrão de drenagem para o município de Erechim é o dendrítico
(arborescente) que se assemelha a tronco e galhos de uma árvore, de
densidade média, pertencente ao grupo das zonas de erosão de
desenvolvimento livre, em áreas com relevo de moderado até acentuado,
04
estando mais ligados à morfologia do terreno
do que a sua estrutura geológica (ANDERSON &
VERSTAPEN, 1982; CHRISTOFOLETTI, 1980 apud
PLANO AMBIENTAL MUNICIPAL, 2006).
As maiores densidades de drenagem estão nas
microbacias Cravo (14,76 m/ha), Suzana (14,42
m/ha) e Tigre (13,01 m/ha), seguidas pela
Henrique (12,84 m/ha), Dourado (12,64 m/ha)
e Campo (12,53 m/ha) (PLANO AMBIENTAL
MUNICIPAL, 2006).
tratamento e de resíduos sólidos. Há ocupação de áreas de preservação, e, além
disso, devido a presença de áreas impermeabilizadas o tempo de concentração
das águas é reduzido ocorrendo altas velocidades de escoamento favorecidas
pelas características topográficas e devido a impermeabilização do solo (CBHAI,
2009).
Os bairros que englobam a bacia do Tigre no perímetro urbano de Erechim são:
Koller, Espírito Santo, Boa Vista, Aeroporto, Cerâmica, Fátima, Presidente Castelo
Branco, Bela Vista, Linho, Parque Lívia, Atlântico, José Bonifácio, Centro,
Industrial, Cristo Rei, Progresso, São Cristóvão, Frinape.
Tabela I: Área das bacias hidrográficas
(km²) na área urbana de Erechim, RS.
BACIA HIDROGRÁFICA
Dourado
Suzana
Lajeado Henrique
Médio Tigre
Alto Tigre
Lajeado do Banhado
Total
ÁREA (KM²)
6,33
6,46
4,25
2,76
12,51
9,64
41,95
Fonte: ZANIN, 2002.
Os rios Tigre e Campo, a partir da sua junção
formam o rio Apuaê‐Mirim que deságua no
Uruguai a aproximadamente 360 km da Capital
do Estado, Porto Alegre (CBHAI, 2009).
A bacia do Tigre abriga quase toda a totalidade
da área urbana de Erechim, e seu curso
principal encontra‐se canalizado em parte do
seu trecho. Os cursos da água deste rio, com
exceção do terço final, estão canalizados e
impactados pelas atividades urbanas, pois
recebem lançamento de esgotos sem
Sobre a bacia hidrográfica
A bacia do Uruguai tem um trecho planáltico e outro de planície.
Seu rio principal, o Uruguai, nasce na Serra do Mar, no Brasil,
servindo em partes de fronteira entre o Rio Grande do Sul e
Santa Catarina, entre Brasil e Argentina, e entre Argentina e
Uruguai, desembocando no estuário do Prata. No trecho do
Brasil, o rio possui um grande potencial hidrelétrico. A bacia é
correspondente ao Comitê de Gerenciamento da Bacia
hidrográfica Apuaê‐Inhandava (U10), com nascentes no
município de São Jose dos Ausentes, percorre a calha do Rio
Uruguai, com sentido Leste/Oeste, e seus afluentes no sentido
Sul/Norte, devido à geomorfologia e topografia da área.
Dentre os principais rios que compõem o sistema hidrológico da
Bacia Apuaê‐Inhandava, tem‐se: Rio Uruguai, Rio Cerquinha,
Arroio Água Branca, Rio Forquilha, Rio Socorro, Rio São João
Velho, Rio Suçuarna, Rio Bernardo José, Rio Suzana, Rio Apuaê,
Rio Inhandava, Rio Dourado, Arroio Teixeira Soares, Rio Abaúna,
Rio Tainhas, entre vários outros de menor porte (CBHAI, 2009).
05
Contextualização dos Rios de Erechim
Carta hidrográfica do Município de Erechim (RS)
Abastecimento de água e saneamento
Na área urbana de Erechim podem ser delimitadas seis bacias hidrográficas,
consideradas unidades de gerenciamento. Os rios ocupam uma área de 63.001 m²,
enquanto que os dos lagos ocupam 75.622,15 m². A densidade de drenagem para a
área urbana é de 15,02 m/ha. Os cursos d’água são de pequeno porte, com suas
nascentes localizadas na área urbana, sendo a maioria alimentada pelas águas
pluviais. Em muitos casos, os córregos estão canalizados e incorporados ao sistema
de esgoto da cidade (PLANO AMBIENTAL MUNICIPAL, 2006). Os rios que abastecem
a barragem da Corsan são os rios Leãozinho e Ligeirinho, e em épocas de estiagem é
recalcado água do Rio Campo até a barragem (CORSAN, 2009).
Rio Leãozinho: nasce próximo ao bairro Santa Isabel, este em situação irregular,
pois se localiza em terreno onde a vegetação ciliar foi devastada, junto ao leito é
possível verificar o esgoto que é lançado as suas águas. Também existe canalização
em pequenos trechos e falta de vegetação ciliar uma vez que o local é considerado
área de preservação ambiental ‐ APP. No percurso é possível identificar áreas de
lazer construídas onde no passado havia banhados que abasteciam as nascentes,
tal como o Parque dos Viajantes. Segundo a CORSAN a capacidade de exploração da
água durante o período de estiagem é de aproximadamente 30l/s (CORSAN, 2009).
06
Rio Ligeirinho: nasce no bairro Aeroporto próximo a Crade. O local sofre com a
destruição da vegetação ciliar desde as nascentes até a barragem e com o uso de
fertilizantes e agrotóxicos no cultivo agrícola até próximo as margens. No local
também existe resquícios de drenagem de diversos banhados, e a extração da água
do rio para açudes particulares. Vazão do rio durante a estiagem é de 40 l/s
(CORSAN, 2009).
Fonte: RAMPAZZO, 2003
Rio Tigre: não abastece a barragem da
CORSAN a mais ou menos 40 anos, pois foi
desativado devido ao seu alto grau de
poluição (CORSAN, 2009).
Rio Cravo: existem projetos para
transportar água de suas nascentes até o
rio Ligeirinho o que garantirá água para
mais de 15 anos (CORSAN, 2009).
O município de Erechim não possui
sistema de coleta e tratamento de esgoto
sanitário. O esgoto cloacal é direcionado
em fossas sépticas e sumidouros.
Entretanto, um número desconhecido de
residências liga clandestinamente seu
esgoto diretamente à rede pluvial (sistema
de esgotamento pluvial). Em algumas
bocas de lobo pode ser constatado o mau
cheiro típico que é intensificado nos dias
quentes. Desta forma as nascentes e os
cursos d’água urbanos são submetidos a
uma elevada carga de poluentes orgânicos
e inorgânicos (PLANO AMBIENTAL
MUNICIPAL, 2006).
07
Metodologia
Abordagem e Procedimentos Metodológicos
Neste item são apresentados os procedimentos de pesquisa,
envolvendo a abordagem metodológica, os sujeitos e
instrumentos de pesquisa. A pesquisa teve abordagem
qualitativa, naturalística e compreensiva, pois foram
pesquisados os acontecimentos dentro de seu ambiente
natural havendo contato direto do pesquisador com o local de
pesquisa e situação a ser estudada.
Vale considerar as palavras de LÜDKE E ANDRÉ:
“
A pesquisa qualitativa tem o ambiente natural como sua
fonte direta de dados e o pesquisador como seu principal
instrumento, a pesquisa qualitativa supõe o contato direto e
prolongado do pesquisador com o ambiente e a situação que
está sendo investigada [...] (LÜDKE e ANDRÉ, 1986, p. 11).
Planejar a observação significa determinar com antecedência
“o que” e “o como” observar. A primeira tarefa no preparo das
observações é a delimitação do objeto de estudo. Definindo‐se
claramente o foco da investigação e sua configuração espaço
temporal, ficam mais ou menos evidentes quais aspectos do
problema serão coletados pela observação e qual a melhor
forma de captá‐los [...]” (LÜDKE e ANDRÉ: 1986, p. 25‐26).
08
apr esentação
Com base nos autores, a observação foi direta, pois possibilita
uma melhor aproximação do pesquisador com o fenômeno a
ser pesquisado. O pesquisador visualizou e presenciou os
acontecimentos e pode tentar verificar o significado que os
participantes dão à sua realidade e às suas próprias atitudes.
Cabe ressaltar ainda que o observador, nessa pesquisa, foi
também participante, pois foi ele quem conduziu as
atividades, sendo revelados ao grupo os objetos do estudo,
desde o início.
O procedimento metodológico de campo levou em
consideração os seguintes critérios de espaço físico: foi
realizado o levantamento a cada 1 km de distância de um
ponto para o próximo no sentido da jusante para a vazante. No
ponto especifico foi observado o distanciamento de 30 m da
margem direita e esquerda do rio além de observações do
leito e características da barranca. Todo o trabalho foi
registrado através de ficha resumo do questionário
diagnóstico com anotações relevantes, fotografias, filmagem
e anotações pertinentes ao ponto e trecho observado as quais
foram registradas no diário de campo.
Sujeitos da pesquisa
Foram sujeitos da pesquisa trechos dos Rios Tigre, Suzana e Dourado. Esses
trechos são limitados pelas suas nascentes que se encontram no perímetro
urbano de Erechim e findam com o término do perímetro rural do município
de Erechim.
Instrumentos de pesquisa
As informações submetidas à análise foram coletadas a partir de:
1.Questionário diagnóstico aplicado ao trabalho de campo com auxílio de
aparelho GPS para obter informações sobre a realidade dos rios
selecionados (ver apêndice A);
2.Registro no diário de campo das observações in loco;
3.Fotos e filmagens relevantes para compreender a realidade;
4.Anotações no diário de campo sobre observações especificas do ponto.
09
Metodologia
Critérios para determinação dos pontos
de observação
A observação foi executada a cada 1 km (1.000 metros) no ponto especifico. Para tanto se observou o
distanciamento de 30 m da margem direita e esquerda do rio, além de observações pertinentes do
leito e da barranca.
Todo o trabalho foi registrado através de ficha resumo do questionário diagnóstico com anotações
relevantes, fotografias, filmagem e anotações pertinentes ao ponto e trecho observado as quais
foram registradas no diário de campo.
Cabe salientar que obrigatoriamente em todos os pontos observados foi realizado os levantamentos
com o acompanhamento do técnico responsável e o coordenador do trabalho além do auxilio das
demais pessoas envolvidas com o projeto.
Componentes do relatório de pesquisa
Esse relatório de pesquisa possui os seguintes componentes:
1. Dados do trabalho de campo;
2. Levantamento fotográfico especifico da área pesquisada;
3. Diagnóstico ambiental situacional;
10
4. Propostas para gestão ambiental.
FOTO: MAURO PAZINATO
11
Mapeamento Rio Tigre
O segundo rio em extensão de Erechim é o Rio Tigre (rio de 4ª
ordem) com 118 km no município.
Etapa 01 - área 01
Parque Natural Municipal Longines Malinowski
As nascentes do Rio Tigre ficam localizadas em quase sua totalidade na área
urbana de Erechim. O leito principal encontra‐se canalizado em partes do
percurso. Os cursos de água apresentam‐se em partes canalizados e
impactados pelas atividades urbanas, pois recebem lançamento de esgotos e
de resíduos sólidos. Devido às características topográficas e a presença de
áreas impermeabilizadas o tempo de permanência da água da chuva é menor
favorecendo o escoamento em menor espaço de tempo. Verificou‐se também
que há ocupação de áreas de preservação permanente – APP.
Devido ao lançamento de esgoto da cidade de Erechim o Rio Tigre tem alto teor
de nutrientes, resíduos totais e coliformes, sendo que o teor de fósforo e de
coliformes são superiores aqueles admitidos para Classe 3, no rio ocorre
também índices baixos de saturação de oxigênio. Estudos de disponibilidade
hídrica indicam que a vazão média é de 0,804 m³/s, sendo que a vazão
necessária para a diluição dos esgotos é cerca de 10 (dez) vezes maior (9,39
m³/s) (CBHAI, 2009).
12
O primeiro trecho é o Parque Natural Municipal Longines Malinowski local
onde existem nascentes de formação do Lajeado Banhado que se encontra
após o término do perímetro urbano com o Rio Tigre. O segundo trecho inicia‐
se do lado do ginásio de esportes do SESI e atravessa boa parte do perímetro
urbano do município de Erechim.
IMAGEM AÉREA DO PARQUE E SEU ENTORNO
Foto: Ricardo Salomoni
Fonte: Eloverde, 2010.
O mapeamento do cenário do Parque Natural
Municipal Longines Malinowski foi dividido em
quadrantes no interior e quadras no seu entorno.
13
Histórico: lei de criação, caracterização da
unidade de conservação e funções
A área foi doada pelo Estado ao Município de Erechim, através da Lei nº
267 de 9 de agosto de 1948, com o intuito de criar um parque
municipal. Cinco décadas mais tarde com a Lei Municipal nº 3.110/98,
foi constituído como um parque de preservação e de recreação.
Com o advento do Sistema de Unidades de Conservação (SNUC – Lei nº
9.985/2000) o Parque Municipal Longines Malinowski para ser
considerado de fato como uma unidade de conservação (UC) precisou
passar por uma reformulação legal, que culminou com a promulgação
da Lei Municipal nº 4.029/2006 e desde então é denominado Parque
Natural Municipal Longines Malinowski.
O Parque possui uma área de 24 hectares, dentro do ambiente urbano
de Erechim, no período de 1916 a 1947 foi uma espécie de hospedagem
de animais pertencentes aos agricultores que vinham comercializar
seus produtos em Erechim. Preserva um fragmento importante do
bioma Mata Atlântica, servindo de habitat de espécies arbóreas como
Araucária, Angico, Xaxim, Ipê, Grápia, Guaviroveira, Jabuticabeira,
Cerejeira entre outras. Possui também fauna principalmente de aves
como Sábia, Bem‐te‐vi, Beija‐flor, Canário Terra e Anú que estão entre
os inúmeros representantes. Esse Parque é constituído por fragmento
florestal representado pela formação vegetal classificada como
Floresta Ombrofila Mista e Estacional Decidual formando a chamada
Floresta com Araucária.
O local possui potencial para o desenvolvimento de programas de
14 interpretação ambiental como forma de lazer aliada à educação.
O artigo 7º da Lei nº 9.985/2000, que institui o Sistema
Nacional de Unidades de Conservação da Natureza
(SNUC) divide as Unidades de Conservações (UCs) em
dois grupos com características distintas em Unidades
de Proteção Integral e Unidades de Uso Sustentável.
Os Parques Naturais como é o caso do Longines
Malinowski, são unidades de proteção integral, que
possuem como objetivo básico preservar a natureza,
sendo admitido apenas o uso indireto dos seus
recursos naturais, com exceção dos casos previstos na
Lei do SNUC. Portanto, são aquelas UCs que estão
totalmente restringidas à exploração ou o
aproveitamento dos recursos naturais, admitindo‐se
apenas o aproveitamento indireto dos seus
benefícios.
De acordo com o mencionado qualquer Parque
Natural seja ele nacional, estadual ou municipal é uma
unidade de conservação integral e tem como objetivo
básico a preservação de ecossistemas naturais de
grande relevância ecológica e beleza cênica. Sendo
permitido neles a possibilidade de realização de
pesquisas científicas e o desenvolvimento de
atividades de educação e interpretação ambiental,
além de atividades de recreação em contato com a
natureza e de turismo ecológico.
Para que isso possa ocorrer o Parque Natural Municipal Longines
Malinowski deve ter o Plano de Manejo discutido com a sociedade e
implementado. Esse instrumento regula desde a visitação pública, que
poderá estar sujeita às normas e restrições a serem estabelecidas no
Plano de Manejo da Unidade, e demais normas e medidas que precisem
ser previstas em regulamento pela administração do Parque. Quanto à
realização de pesquisa científica ela deverá possuir autorização prévia
do órgão responsável pela administração da unidade. Sendo que a
mesma precisa normatizar as condições e restrições para uso, bem
como cumprir regras e regulamento técnicos.
Entende‐se o termo manejo como um conjunto de intervenções que
promovam a conservação biológica, incluindo inventários,
planejamento de usos, criação e implantação de Unidades de
Conservação e ações coordenadas que viabilizem a sua manutenção
como um todo.
O manejo de unidades de conservação é o conjunto de ações e
atividades necessárias ao alcance dos objetivos de conservação de
áreas protegidas, incluindo as atividades afins, tais como proteção,
recreação, educação, pesquisa e manejo dos recursos, bem como as
atividades de administração ou gerenciamento. O termo gestão de uma
unidade de conservação pode ser considerado sinônimo de manejo.
O Plano de Manejo também é uma das principais ferramentas utilizadas
em unidades de conservação a fim de protegê‐las das ações provocadas
pela atividade humana. É através do Plano de Manejo que se
determinam as possibilidades de uso e criação de
normas para a utilização na unidade, inclusive no que
se refere ao uso para fins de visitação. O plano de
manejo trata‐se, portanto, do documento que visa
disciplinar a visitação das unidades de conservação
de forma a garantir a sustentabilidade da mesma.
Uma forma que pode ser adotada por parte da
administração pública para compatibilizar a visitação
e a proteção efetiva do parque é convidar para
participar desse processo as comunidades vizinhas e
envolvidas com a proteção, isso possibilita que se
faça uma parceria efetiva entre os atores envolvidos
com a UC. Cabe lembrar que a gestão participativa é
tida como a principal característica do projeto de
elaboração de um Plano de Manejo.
O termo manejo participativo é usado para descrever
uma situação na qual alguns ou todos os interessados
pertinentes a uma UC estão envolvidos de forma
substancial com as atividades do manejo.
Especificamente, em um processo de manejo
participativo, a instituição que tem jurisdição sobre a
UC desenvolve uma aliança com outros interessados
pertinentes, especifica e garante suas respectivas
funções, direitos e responsabilidades com respeito à
15
UC.
Histórico: lei de criação, caracterização
da unidade de conservação e funções
A elaboração do Plano de Manejo do Parque Natural Municipal Longines
Malinowski deverá nortear‐se tendo como base um conjunto de diretrizes
desenvolvidas a partir de pesquisas e levantamentos, aprovados e
implementados pelo órgão ambiental competente, de modo a desenvolver um
documento técnico que buscará estabelecer as coordenadas de gestão e
manejo, bem como o seu zoneamento.
Mapeamento das trilhas
No interior do parque há
inúmeras trilhas
conforme figura ao lado.
Deve‐se registrar que já existem estudos realizados por pesquisadores e pelas
universidades locais e nacionais para auxiliar na elaboração do Plano de Manejo
do Parque e que nesses estudos existem dados de geoprocessamento, análises
florísticas e fitossociológicas do componente arbóreo entre outros tantos
trabalhos já publicados e em publicação.
A observação desses regulamentos é imprescindível para que possamos ter o
“Mato da Comissão” como patrimônio ambiental de Erechim, e para que ele
não seja apenas um ponto de encontro para os amantes das caminhadas ao seu
redor e nas suas trilhas, pois acima de tudo ele é um patrimônio natural
inestimável, de valor botânico, faunístico principalmente do ponto de vista
ornitológico, e ainda histórico pertencente a toda coletividade.
16
CÓRREGOS E TRILHAS NO
PARQUE LONGINES MALINOWSKI
COORDENADAS:
(S’ 27380780 WO’ 52155755)
Fonte: Vanderlei S. Decian
20/02/09
17
Hidrografia
Formação florestal regional
A vegetação original da área é do tipo fitogeográfico
denominado Floresta Ombrófila Mista e Estacional
Decidual. Esse tipo de formação vegetal se caracteriza pela
predominância da Araucária angustifólia no estrato
superior e por intenso bosque no estrato intermediário,
constituído principalmente por Lauráceas, Aqüifoliáceas,
Leguminosas, Mirtáceas e Sapindáceas.
Na parte inferior a este, ocorre um estrato arbóreo
contínuo, comumente denominado sub‐bosque dos
pinhais, onde se destacam espécies de lauráceas como
O co te a p u b e r u l a ( ca n e l a ‐ g u a i á ca ) , N e c ta n d r a
megapotamica (canela‐preta), Nectandra lanceolata
(canela branca), Crytocarya aschersoniana (canela‐
pururuca), e Ocotea pulchella (canela‐lageana).
Além de espécies de outras famílias tais como: Cedrela
fissilis (cedro), Cupania vernalis (camboatá‐vermelho),
Matayba elaegnoides (camboatá‐branco), Vitex
montevidensis (tarumã), Lamanonia ternata (carne de vaca)
e Sloanea monosperma (sacopema), entre outras.
No que tange aos estratos das arvoretas e dos arbustos são
originalmente caracterizados por espécies comuns da
Floresta Ombrofila Mista, onde ocorrem espécies como Ilex
paraguariensis (erva‐mate), Capsicodendron dinisii
(pimenteira), Ilex theeznas (caúna), Casearia decandra
18
(guaçatunga), Lithraea brasiliensis
(bugreiro), Calyptranthes concinna
(guamirim‐ferro), Myrceugenia euosma
(guamirim) e Myrciaria tenella (cambuí).
O estrato das ervas e subarbusto é formado
principalmente por pteridófitas,
marcadamente das famílias das
polipodiáceas, aspidáceas e esquizeáceas,
além de espécies de outras famílias como
rubiáceas, gramíneas e piperáceas. Como
pertencentes a sinúsia das lianas,
destacam‐se espécies de bignoniáceas, e
sapindáceas.
Quanto as epífitas sobressaem espécies de
bromeliáceas entre as quais algumas
apresentam valor econômico e ornamental
Aechmea recurvata e Tillandsia usneoides,
cactáceas como Rhipsalis spp., orquidáceas
e piperáreas Peperomia spp.
Há presença de banhados no setor nordeste e vários
pontos de nascentes. As nascentes do Parque formam o
Lageado Banhado que é contribuinte do Rio Tigre. Há
trechos canalizados do rio.
Depósitos de lixo
Em avaliação visual efetuada, percebeu‐se um acúmulo
maior de resíduos sólidos partindo dos portões de
entrada do parque.
Adentrando as trilhas pelo interior do parque,
percebeu‐se a diminuição da quantidade de resíduos
embora, estes fossem vistos com grande freqüência.
Além do material depositado ao longo das trilhas, havia
o material carreado pela chuva ao longo de alguns
cursos de água.
INTERIOR DO PARQUE
19
Interior do parque
Esgoto a céu aberto
Resíduos Encontrados
Existe no parque uma galeria de esgoto pluvial superficial
que corta o mesmo em aproximadamente 400 metros.
Em inspeção efetuada ao longo da galeria, percebeu‐se
pontos de vazamento do esgoto para o córrego que flui
lateralmente.
Os resíduos sólidos encontrados basicamente foram restos
de estruturas metálicas, pilhas, material de laboratório de
análises clínicas, papéis e plásticos, eletro‐eletrônicos,
roupas, entulhos de construção civil, pneus, fezes
humanas em inúmeros trechos, calotas de automóveis,
garrafas pets, trapos. Segundo relatos de moradores, há
diversos pontos dentro do parque que servem de espaço
para depósito de materiais sem valor por catadores de
recicláveis. Os materiais considerados sem valor são
abandonados dentro do parque por catadores.
Existe também canalização de esgoto, cortando o parque
da Rua Henrique Dias até a Rua Pernambuco.
20
INTERIOR DO PARQUE ‐ Fotos: Mateus Kuhn Julho/2009
Em virtude de falhas da estrutura na ocasião o esgoto
estava fluindo para a superfície.
Em junho de 2009 a Secretaria Municipal de Meio
Ambiente foi consultada sobre a limpeza do parque tendo
informado que é realizada aleatoriamente pelo município
e que não possui registro do volume de resíduos coletados.
A partir de meados de 2010 a limpeza do parque passou a
ser realizada semanalmente (segunda‐feira, quarta e
sexta‐feira) sendo retirado cerca de 10 sacos de lixo em
cada procedimento (SMMA, novembro 2010).
21
Arborização urbana
Percebeu‐se in loco que falta planejamento na arborização
urbana do entorno do parque. Observa‐se ainda que alguns
moradores realizam com determinada freqüência a chamada
poda radical em exemplares arbóreos dos lotes.
Também é comum a presença de vegetação de espécies
exóticas como uva‐do‐japão, pinus, eucalipto, ligustro e
plátano na vegetação do entorno, isso não é aconselhável,
pois há competição com as espécies nativas o que vem
dificultando a proliferação destas espécies nesse ambiente.
Existe pouca arborização ao longo do entorno do parque
contribuindo assim para diminuição da função ambiental
fundamental que o parque oferece para os moradores do
entorno. Dentre elas destaca‐se o conforto térmico, a estética
da paisagem, a amenização da ação dos gases poluentes, a
manutenção da flora e fauna local, conservação e manutenção
de banhados entre outras desempenhadas por uma área
natural como esta em questão.
O parque é rodeado por vias de acesso da ocupação do espaço
urbano. As principais atividades antrópicas em seu entorno
são:
* 31% composta de comércio e prestação de serviços de
mecânicas e autopeças para automóveis, borracharia (13
empresas);
* hospital e farmácias (2);
* outros serviços.
22
ENTORNO DO PARQUE
Fotos: Ricardo Salomoni, Maio/09
01
23
IMAGEM AÉREA PARQUE MUNICIPAL LONGINES MALINOWSKI
Fonte: Eloverde, 2010.
Resultados Parque Municipal Longines Malinovski
Função Ecológica do parque
Abriga e alimenta a fauna urbana, principalmente aves,
insetos e fauna do solo;
Protege as nascentes e os mananciais;
Conservação da biodiversidade.
Função Ambiental – Qualidade do ar, água e solo
Absorve ruídos, reduzindo a poluição sonora;
Ameniza as altas temperaturas produzidas pelas
edificações e pavimentações;
Permite a infiltração das águas da chuva no solo,
diminuindo o escoamento superficial e, assim, as
inundações;
Ajuda a controlar a poluição do ar, pois as folhas das
árvores retém partículas suspensas na atmosfera;
Reduz a velocidade dos ventos.
Função Psicológica e estética
Alívio das tensões diárias: lazer, recreação,
contemplação, prática de exercícios físicos;
Melhoria visual do ambiente urbano e
embelezamento.
24
Proposições de ações de Gestão Ambiental
para o Parque Municipal Longines Malinovski
A maior ameaça ao Parque é de origem humana. Toda a
área fora de suas fronteiras está cercada pela área
urbana (casas, prédios, asfalto).
No interior do Parque
No entorno do Parque
Dentro dos limites há muitas trilhas com mesmo
destino e finalidade. Existe a presença freqüente de
rejeitos e dejetos jogados pela população que ali
transita, pratica caminhada de passeio ou de estudos.
Há presença de algumas espécies exóticas
competitivas que ameaçam as características da
formação florestal.Em virtude da importância de um
parque público no coração da cidade, tendo em vista a
realidade encontrada, mapeada e divulgação dos
dados coletados por meio desse relatório que contém
imagens, depoimentos e frente à legislação, acredita‐
se que há necessidade premente de implantar sistema
de gestão compartilhada público‐privada com ações no
curto, médio e longo prazo. Essa é uma alternativa para
manter essa área viva ao longo do tempo no centro da
cidade.
1. IMPLANTAR Sistema de Gestão Ambiental
Compartilhada;
1. PLANO DE ARBORIZAÇÃO URBANA no
entorno do Parque;
2. ATUALIZAR E IMPLANTAR o Plano de
Manejo;
2. LIMITAR o estacionamento ao longo da
faixa marginal ao Parque;
3. CRIAR grupo gestor para o Parque;
3. TRATAMENTO DO ESGOTO doméstico,
industrial, comercial;
Acredita‐se que seja necessário implantar ações de
médio e longo prazo utilizando os instrumentos de
gestão que visem a qualidade ambiental. Sugere‐se
que o município dê atenção a questões de
conservação, preservação e recuperação ambiental
visando o objetivo maior que é a conservação e a
qualidade ambiental do parque.
4. UTILIZAR A ÁREA PARA EDUCAÇÃO
AMBIENTAL com visitação controlada e guiada
por pessoas qualificadas;
4. MELHORIA NA COLETA DE LIXO;
7. Fechamento do parque e controle de
entrada dos visitantes;
5. EDUCAÇÃO AMBIENTAL da sociedade do
entorno através de encontros com palestras
informativas sobre a correta separação do
lixo doméstico; reuniões em empresas,
comércio e prestadores de serviço sobre o
acondicionamento e a destinação dos
resíduos; destinação do lixo tóxico domiciliar
(Logística Reversa, PNRS, 12.305/2010).
8. REVER E CONSERTAR as obras de
canalização em seu interior.
6. CUMPRIR A LEGISLAÇÃO ambiental
pertinente.
5. PERMITIR o desenvolvimento de estudos e
pesquisas como levantamento da flora, fauna
e viveiro de mudas;
6. REDUZIR o número de trilhas internas;
25
Área 02: Início do Rio Tigre
Sesi/Erechim a BR 153 (3,1km)
A área tem inicio na rua Itália, em córrego
atrás da unidade do SESI e segue por este
riacho, seu entorno é constituído de
terrenos baldios e áreas com depósitos
diversos de lixo e resíduos que acabam
sendo carreados para o córrego.
Nessa foto é possível verificar que na sua maioria
a vegetação que ali habita é exótica.
Para o ponto existe lixo de construção civil
depositado e construções a menos de 30 m da
margem. O curso d’água se encontra canalizado a
vazante.
O final desse trecho é limitado pelo encontro
com a BR 153. Somando 3,1 km de extensão
desde o SESI até a BR 153, em vários pontos
encontra‐se canalizado, sendo que nestes
locais é necessária a limpeza de bocas de
lobo e áreas onde a água desemboca no
sistema de drenagem.
RIO TIGRE UNIDADE DO SESI – INÍCIO DA ÁREA 02 RUA ITÁLIA
JUNTO AO SESI ‐ PONTO 1: COORDENADAS (S’ 2738173 WO’ 5217069)
Nessa foto é possível verificar a presença de
construção a menos de 30 m da margem do rio. O que
chamou atenção nesse ponto foi o forte cheiro de
esgoto sentido durante visitações.
Na foto é possível verificar galhos de árvores
recentemente podadas e que foram abandonados
junto ao bueiro que cruza a estrada. Isso é um
problema, pois em dias de chuva intensa pode
contribuir para o entupimento e resultando em
consequências mais sérias, pois se está colaborando
para a redução do escoamento de água.
Para o trecho existem muitos resíduos,
principalmente depositados nas áreas de
mata ainda existentes no entorno. Acredita‐
se que esse material é descartado pelas
pessoas do entorno.
Além do mau cheiro e do aspecto visual
alguns resíduos como pneus, latas e garrafas
que ali se encontram acabam colaborando
para o surgimento de focos de larvas de
insetos inclusive transmissores de doenças.
26
MAPA DO TRECHO 02 / SESI (RUA ITÁLIA) ATÉ A BR 153
RIO TIGRE UNIDADE DO SESI – RUA MIGUEL NUHHOFER FILHO
PONTO 2: COORDENADAS (S’ 2738297 WO’ 5217005)
27
Nesse trecho é possível verificar a presença de
construções a menos de 30 m do leito do rio. Para o local
não existe nenhum tipo de vegetação ribeirinha a não ser
gramíneas que são utilizadas para alimentação de cavalos
e ovelhas que circulam pela área. Observa‐se também a
presença de lixo doméstico e industrial junto à margem,
além do forte odor da água que transporta consigo
resíduos orgânicos e químicos das residências a jusante.
A vantagem da canalização do corpo hídrico desse trecho é que evita a proliferação de
mosquitos e ameniza o odor desagradável em períodos de estiagens prolongadas e
principalmente durante o verão tendo em vista que o município ainda não possui
tratamento do esgoto. A diminuição da vazão e a deposição de efluentes urbanos
juntamente com a baixa declividade do terreno propiciariam principalmente em épocas de
calor a liberação de odor fétido que seria sentido pelos moradores do entorno caso não
estivesse canalizado esse trecho do rio, diante disso, a canalização não apresenta apenas
desvantagens para população e ambiente local. Esse odor desagradável é percebido nos
trechos subjacentes e adjacentes que não foram canalizados ou apresentam aberturas.
Cabe frisar novamente que o município não tem tratamento de esgoto e de certa forma o
trecho já canalizado do corpo hídrico não se apresenta a céu aberto servindo de drenagem
de efluentes urbanos (esgoto) de loteamentos, empreendimentos e principalmente casas
subjacentes. O que em tempos de estiagem, ou estações sazonais de menor pluviosidade
provoca nos trechos não canalizados a formação de poças represadas com alto grau de
matéria orgânica ocasionando a formação de água em estado de putrefação devido a
eutrofização. A água parada pode representar problemas à saúde pública, principalmente
servindo como pontos de proliferação acentuada de vetores especialmente insetos que
podem ser transmissores de doenças como febre amarela, dengue, etc.
RIO TIGRE UNIDADE DO SESI – RUA EUGÊNIO MONTEMEZZO
PONTO 3: COORDENADAS (S’ 2738528 WO’ 5216282)
Nesse trecho o rio se encontra canalizado e sobre o
mesmo é possível verificar a presença de construções
industriais, de empresas prestadoras de serviço e
principalmente de residências.
Observou também que nesses cenários as pessoas que
por ali circulam e que não conhecem o passado da região
dificilmente identificam que estão transitando sobre o
leito de um curso d’água que foi canalizado e hoje deu
espaço às instalações e que de acordo com a legislação
não poderiam estar instaladas onde estão.
Em alguns locais não canalizados do perímetro urbano é possível verificar o aumento
significativo de detritos acumulados na ribanceira do curso d’água os quais deixam a
paisagem com aspecto de desprazer. Nesses locais as pessoas que ali transitam têm uma
sensação de desagradabilidade e até mais intensamente a população do entorno devido a
convivência diária com o odor liberado pela matéria orgânica que transita e pelo lixo jogado
na ribanceira e no curso d’água.
A paisagem após a canalização praticamente não sofreu mudanças tendo em vista que a
área é plana e o curso d’água é reto.
28
RIO TIGRE UNIDADE DO SESI – RUA DR. JOSÉ BISOGNIN
TRECHO CANALIZADO
PONTO 4: COORDENADAS (S’ 2739153 WO’ 5216058)
29
Nesse trecho próximo a BR 153 é possível
identificar o assoreamento do leito. O trecho
apresenta uma quantidade extremamente
grande de resíduos domésticos, industriais, de
oficina mecânica e de chapeação, entulho de
construção civil, camisinha, etc.
RIO TIGRE UNIDADE DO SESI PRÓXIMO BR 153‐ DEPÓSITO DE RESÍDUOS E
ASSOREAMENTO ‐ PONTO 5: COORDENADAS (S’ 2739265 WO’ 5215480)
É possível identificar que a água que aqui transita
transporta uma quantidade grande de matéria
orgânica diluída proveniente da urbanização a
jusante dos pontos. O trecho não possui tratamento
adequado do esgoto como a legislação prevê.
Nesse trecho é possível verificar a presença de
grande carga de matéria orgânica na água além da
presença de grande quantidade de lixo jogada nas
margens do rio. Ocorre também a presença de
construções a menos de 30 m da margem e a falta de
vegetação ribeirinha.
30
RIO TIGRE – PRÓXIMO RODOVIA BR 153 – RUA MÁRIO CORRADI
PONTO 5: COORDENADAS (S’ 2739265 WO’ 5215480)
31
IMAGEM AÉREA PRÓXIMO A BR 153
FONTE: Eloverde, 2010
Área 03: BR 153 / Bairro Progresso
(570 metros)
Nesse trecho logo após a jusante com a BR‐153 é
possível identificar depósito clandestino principalmente
de material de construção e eletrodomésticos. O que
chama a atenção é que a área em parte localiza‐se em
APP e provavelmente até essa data não possui
licenciamento ambiental da SMMA ou da FEPAM, ou se
possui cabe salientar que no local não existe nenhuma
placa indicando que o aterro está sendo feito em local
previamente licenciado e que cumpre critérios técnicos
para se interferir em APP e próximo de APP.
RIO TIGRE – DEPÓSITO DE LIXO EM GRANDE QUANTIDADE E TIPO
RIO TIGRE AO FUNDO
Nessa foto é possível identificar que em trechos está
sendo executado o aterramento de área próxima ao
curso d’água sem o devido licenciamento ambiental da
SMMA ou da FEPAM (não tem placa informando que a
obra esta licenciada) e o que é mais grave é que não estão
sendo utilizados critérios técnicos para interferência em
APP.
32
MAPA DO TRECHO 03 / BR 153 E INTERIOR DO BAIRRO PROGRESSO (570 METROS)
RIO TIGRE – DEPÓSITO DE ENTULHOS, ASSOREAMENTO MEIO TRECHO DA ÁREA 02
33
RIO TIGRE – PRÓXIMO RODOVIA BR 153
APP ‐ São áreas de nascentes, vegetações ciliares, banhados e encostas de morros que precisam ser
preservados para assegurar a manutenção da vegetação nativa, de recursos hídricos, do solo e da
biodiversidade local. Esses locais exercem grande importância ecológica, tendo como função
preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico
de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem estar das populações humanas.
34
35
IMAGEM AÉREA ‐ ETAPA 03
Fonte: Eloverde, 2010.
Área 04: Bairro Progresso
Área em grande parte canalizada
É possível verificar junto à calha do rio a presença de
resíduos domésticos e industriais.
O trecho não possui vegetação ribeirinha e ocorre
presença de construções a menos de 30m das
margens.
Esse trecho inicia‐se em área urbana de
Erechim sendo esta localizada no
interior do Bairro Progresso e termina
junto a comunidade do Rio Tigre.
Em parte do trecho existe calhas e no
local existia grande quantidade de
resíduos no leito e entorno.
RIO TIGRE – CALHA DO RIO NO BAIRRO PROGRESSO
RUA SÃO GENARO ‐ PONTO 6: COORDENADAS (S’ 2739378 WO’ 5215301)
Para o trecho efetuou‐se a limpeza de
seu entorno e leito, principalmente por
se encontrar em área residencial, com
grande concentração de população
infantil, com riscos maiores a incidência
de insetos e roedores.
36
Nesse ponto é possível verificar que a moradia está
junto à calha do rio e que no local existe grande
quantidade de lixo que se acumula com o passar do
tempo. Mas o que mais chama a atenção é a escada
que se encontra instalada junto a calha do rio.
MAPA DO TRECHO 04 / BR 153 E INTERIOR DO BAIRRO PROGRESSO (1.050 METROS)
RIO TIGRE – CALHA DO RIO NO BAIRRO PROGRESSO
PONTO 07: COORDENADAS (S’ 2739368 WO’ 5214578)
37
Nesse local é possível observar que o rio está em
processo de “mobiliamento”, pois no local é possível se
observar a presença de eletrodomésticos, roupas, restos
de alimentos, material de higiene, limpeza, remédios e
sobras de construção civil além de deságüe de esgoto
doméstico. O local não apresenta vegetação ribeirinha e
possui moradias a menos de 30 m das margens. A calha
do rio apresenta deposição de matéria orgânica in
natura em processo de decomposição.
Nesse trecho além da falta de vegetação nos 30
m da APP é possível identificar o lixo que está
sendo transportado e que só parou nesse ponto
porque encontrou obstáculos no caminho, mas
que com certeza devido à chuva que caia
naquele momento no local não vai ficar
depositado ali por longo tempo sendo carreado
rio abaixo.
RIO TIGRE – CALHA DO RIO NO BAIRRO PROGRESSO ‐ RUA MARIANA KRUSZCZNSKI
PONTO 07: COORDENADAS (S’ 2739368 WO’ 5214578)
RIO TIGRE – BAIRRO PROGRESSO – TRECHO NÃO CANALIZADO ‐ PRESENÇA DE MUITO LIXO
Nesse trecho além do lixo é possível verificar que a
barranca do rio além de não possuir vegetação ciliar
ainda serve de estacionamento para automóveis e área
de lazer. Foram encontrados resíduos de construção
civil e plásticos diversos. Quem cruza pelo local também
percebe com facilidade principalmente no verão o odor
exalado pela água que por ali transita.
38
RIO TIGRE – BAIRRO PROGRESSO – TRECHO NÃO CANALIZADO ‐ PRESENÇA DE MUITO
LIXO
IMAGEM AÉREA
Fonte: Eloverde, 2010.
39
Área 05: Limite da Área Urbana de
Erechim até a Ponte da RS 477
Esse trecho inicia‐se próximo a ponte da comunidade do Rio Tigre
e termina junto a ponte da estrada para Áurea na RS 477
totalizando a extensão de 1.370 metros.
Comunidade Rio Tigre Povoado
Argenta/ Ponte
Constitui‐se de um trecho do Rio Tigre com menores gradientes
de declividades, e conseqüentemente local de depósito de
resíduos nas margens e nas árvores de entorno, onde estes
resíduos ficam presos, ou mesmo nos potreiros e lavouras.
Devido às áreas de remanso e momentos da baixa da
vazão os resíduos vão se acumulando nestes locais. No
trecho existem principalmente resíduos plásticos
(sacolas, garrafas, embalagens), roupas, além de outros
materiais de maiores pesos e medidas.
Nesse ponto é possível verificar o assoreamento do
leito do riacho ocasionado por entulho de construção,
material sedimentado das margens que não
apresentam a proteção devida para APP. Novamente
no cenário foi identificada a presença de resíduos
domésticos, e industriais que após serem abandonados
foram carreados para o leito ou então chegaram até ele
pós arremesso a jusante por algum indivíduo da
espécie humana.
40
IMAGEM AÉREA ‐ COMUNIDADE RIO TIGRE
Fonte: Eloverde, 2010.
RIO TIGRE – COMUNIDADE RIO TIGRE – PRESENÇA DE MUITO LIXO NO LEITO DO RIO
41
MAPA DO TRECHO 05 / COMUNIDADE RIO TRIGRE
PONTE RS 477
Nesse trecho é possível verificar o acúmulo de lixo
doméstico, industrial e agrícola junto ao leito do rio e em
suas margens. Para o local existe construção a menos de
30 m da margem e forte odor de matéria orgânica em
decomposição.
RIO TIGRE – COMUNIDADE RIO TIGRE – RUA VIRGÍLIO BIOLLO
PONTO 8: COORDENADAS (S’ 2739410 WO’ 5214394)
RIO TIGRE – COMUNIDADE RIO TIGRE – LIXO CARREGADO RIO ABAIXO, PRÓXIMO
A PONTE VIA ÁUREA.
Nesse trecho é possível verificar que a vegetação
ribeirinha quase não existe e a que existe na sua
maioria é composta por indivíduos exóticos, cultivo
agrícola e de gramíneas. O local apresenta forte odor e
possui resíduos domésticos, industrial e agrícola. Na
área não existe vegetação ribeirinha para APP
conforme a legislação vigente exige.
Nesse trecho o que chamou a atenção é o acúmulo de
peças de vestuário que se acumulam junto à barranca
formando uma espécie de “colcha de retalhos que se
apresenta em processo de construção”. Isso
juntamente com a coloração alterada da água nos
remete a crer que para esse tipo de condição são
poucas as espécies típicas desse habitat que
conseguem se adaptar a esse tipo de condição.
42
Nessa foto é possível observar o lixo que está sendo
carregado rio abaixo pela correnteza após chuva a
jusante. O local possui cultivo agrícola até a margem
do rio e a pouca vegetação ribeirinha existente na sua
maioria é exótica.
RIO TIGRE – COMUNIDADE TIGRE – LIXO DEPOSITADO EM SISTEMA RADICULAR
DA FLORA, PRÓXIMO A PONTE VIA ÁUREA.
RIO TIGRE – JUNTO A ESTRADA PARA AURÉA
PONTO 09: COORDENADAS (S’ 2739366 WO’ 5214154)
43
Área 06: Ponte da RS 477
Via Áurea / até a curva
da Pedreira Andretta
Nesse ponto é possível observar que existe vegetação
ribeirinha junto ao riacho que apesar de não possuir o
distanciamento exigido por lei protege o leito do
riacho.
RIO TIGRE – ENTRE ESTRADA PARA ÀUREA E A PEDREIRA
ANDRETTA ‐ PONTO 10: COORDENADAS (S’ 2739342 WO’ 5213438)
Nesse local é possível verificar que a estrada fica a
menos de 30 m da margem e no leito do rio é possível
verificar a presença de material carreado devido a
falta de vegetação ribeirinha. Ocorre também
presença de lavoura até a margem. No ponto existe
emissão de bastante pó, ruído e presença de odor.
IMAGEM AÉREA
Fonte: Eloverde, 2010.
44
Nesse trecho o que chamou a atenção é o acúmulo de peças de vestuário que se
acumulam junto à barranca formando uma espécie de “colcha de retalhos que
se apresenta em processo de construção”. Isso juntamente com a coloração
alterada da água nos remete a crer que para esse tipo de condição são poucas as
espécies típicas desse habitat que conseguem se adaptar a esse tipo de
condição.
MAPA DO TRECHO 06, 07 e 08 / PONTE RS 477
VIA ÁUREA ATÉ A PEDREIRA ANDRETTA
RIO TIGRE – CHEGADA DA PEDREIRA ANDRETTA
PONTO 11: COORDENADAS (S’ 2739474 WO’ 5213302)
45
Nesse ponto é possível verificar que a margem do rio
é menor do que era originalmente devido ao material
que foi depositado e que está se depositando junto
ao leito fazendo com que com o passar do tempo o rio
seja transferido lentamente do local original para dar
espaço ao material do bota‐fora instalado em área
inapropriada segundo a legislação em vigor. Isso se
deve ao não uso de medidas mitigadoras para a
extração de pedras. Além disso, é bom lembrar que o
local é considerado APP e que é preciso ter cuidados
redobrados para essas áreas.
RIO TIGRE – EXECUÇÃO DE EXTRAÇÃO DE PEDRAS JUNTO A PEDREIRA ANDRETTA
PONTO 12: COORDENADAS (S’ 2739532 WO’ 5212586)
Nesse ponto é possível identificar o
assoreamento do leito do rio devido ao material
oriundo das margens e dos resíduos sólidos
domésticos, agrícolas e industriais lançados
pela população humana.
48
49
RIO TIGRE – ASSOREAMENTO DO LEITO DO RIO
IMAGEM AÉREA ‐ RIO TIGRE
Fonte: Eloverde, 2010.
Área 07: Curva da Pedreira Andretta / Ponte Pedreira
Andretta e Interior
Essa foto retirada junto à ponte da Pedreira
Andretta demonstra a deposição de resíduos
domésticos, industriais e agrícolas que se
acumulam junto a ribanceira do riacho devido ao
encontro com obstáculos a vazante.
RIO TIGRE – PROXIMIDADE A PEDREIRA ANDRETTA‐ PONTE SOBRE O RIO
Nesse trecho é possível verificar que até os
galhos mais altos acabaram servindo de
depósito de resíduos.
IMAGEM AÉREA
Fonte: Eloverde, 2010.
O trecho a ser trabalhado nesta etapa vai da Pedreira Andretta,
pelo rio Tigre seguindo por este por 2.780 metros até uma
entrada de interior que dá nas margens do mesmo.
46
Existe bastante resíduo acumulado em locais de remansos e
encontra‐se vegetação próxima ao leito.
RIO TIGRE – PROXIMIDADE A PEDREIRA ANDRETTA ‐ PONTE SOBRE O RIO
47
Área 08: Interior até próximo a ponte sobre o Rio Tigre
proximidades da divisa com o Município de Áurea
Nesse ponto é possível verificar que o cultivo de
gramíneas ocorre até as proximidades do rio não
sendo respeitados os limites para APP.
Trecho no interior do município com extensão de 3.050 metros. O local apresenta áreas
com difícil acesso o que necessita de um planejamento maior, bem como um cuidado
maior por parte das pessoas envolvidas no trabalho.
RIO TIGRE ‐ USO PARA PECUÁRIA
PONTO 13: COORDENADAS (S’ 2739514 WO’ 5212406)
Ponto no interior do município em que é possível
verificar a presença de vegetação ribeirinha em
ambas as margens ainda que secundária em estágio
inicial e médio de regeneração.
50
IMAGEM AÉREA ‐ AOS FUNDOS O ATERRO SANITÁRIO DE ERECHIM
Fonte: Eloverde, 2010.
RIO TIGRE – VEGETAÇÃO RIBEIRINHA
PONTO 14: COORDENADAS (S’ 2740058 WO’ 5211424)
51
Área 09 e 10: Interior até a
divisa com o Município de
Áurea
Nesse local é possível verificar a presença de
resíduos domésticos e industriais junto ao leito do
rio e na margem. A matéria orgânica trazida da
cidade apresenta‐se diluída pelo aumento do
volume de água e não mais apresenta características
que são observadas com facilidade como é possível
de identificar a jusante principalmente nos
primeiros trechos.
RIO TIGRE ‐ LIXO DEPOSITADO, PONTE VIA ÁUREA ‐ RS 477
PONTO 15: COORDENADAS (S’ 2740097 WO’ 5211343)
Nesse ponto é possível verificar a presença de
vegetação ribeirinha apenas na barranca do rio e
novamente além de não ter sido respeitado o
distanciamento da APP observa‐se depósito de resíduos
sólidos na vegetação do entorno.
IMAGEM AÉREA DA PEDREIRA
FONTE: Eloverde, 2010.
Área de interior ainda com bastante resíduos sólidos, principalmente
em remansos e na flora de entorno, na altura de 2 metros do leito. Esse
material se deposita em dias de alagamento e enchentes.
52
MAPA DO TRECHO 09 E 10 / PROXIMIDADES COM A DIVISA MUNICIPAL
DE ÁUREA
RIO TIGRE ‐ LIXO DEPOSITADO, PONTE VIA ÁUREA ‐ RS 477
PONTO 15: COORDENADAS (S’ 2740097 WO’ 5211343)
53
Nesse ponto com um pouco de imaginação é possível
identificar que as árvores estão preparadas para o
natal e se continuar dessa forma no próximo natal
estarão mais enfeitadas e com menor vitalidade
devido a carga de resíduos que se acumula a cada
nova cheia do rio.
54
Bem, para o próximo ano a tendência é que a
quantidade de resíduo acumulada sobre a vegetação
seja ainda maior caso a população não colabore com
a parte que precisa ser executada por cada cidadão
erechinense.
IMAGEM AÉREA ‐ ÁREA DE ATIVIDADE AGRÍCOLA E REFLORESTAMENTO
Fonte: Eloverde, 2010.
55
Comentários Gerais
56
Dada a realidade encontrada no Rio Tigre a qual é demonstrada pelas
imagens aéreas e de solo está evidente a degradação ambiental fruto da
atividade humana. A cidade de Erechim nasceu sobre as nascentes e não
possui até o momento tratamento de esgoto cloacal que é direcionado
diretamente ao Rio Tigre e demais cursos de água que nascem no
perímetro urbano.
Na porção urbana o rio encontra‐se, na maior parte, canalizado e perdeu
sua importância ecológica e tanto no perímetro urbano quanto no rural
há redução da vegetação ribeirinha. Na porção urbana e rural existe a
presença de vegetação exótica competindo com nativa, assoreamento do
leito do rio, presença de construções próximas as margens, falta de
vegetação na APP, despejo de dejetos residenciais, industriais e
agropecuários.
Ao longo do desenvolvimento de todas as atividades do projeto ficou
visível a conivência e permissividade do poder público com relação às
cooperativas e associações de catadores que se localizam próximo ao Rio
Tigre. Estas associações estão localizadas junto aos bairros Progresso,
Presidente Vargas, Vila União, Polígono 21 e BR 153 e alguns catadores
têm suas moradias à margem do Rio Tigre dando a entender que por
facilidade e proximidade física os resíduos são para lá direcionados seja
por efeito da natureza, descuido ou outra razão a ser esclarecida.
Pergunta‐se, qual o destino de seus resíduos? Aqui cabe uma
investigação.
Proposições para o Rio Tigre
1. ATENDER a legislação em vigor tanto na área urbana quanto na rural.
2. QUALIFICAR o processo de gestão ambiental municipal e empresarial.
3. ORIENTAR os produtores rurais tecnicamente para o uso diário de boas práticas de gestão dos recursos.
4. IMPLANTAR o sistema de coleta e tratamento do esgoto cloacal.
5. IMPLANTAR POLÍTICA PÚBLICA que qualifique, oriente e fiscalize o tratamento primário dos resíduos
domiciliares.
6. FISCALIZAR de forma eficaz a destinação dos resíduos domésticos, industriais e agrícolas.
7. QUALIFICAR o processo de coleta e destinação do lixo doméstico, industrial e agrícola.
8. EDUCAÇÃO AMBIENTAL permanente para toda comunidade.
9. RACIONALIZAR o uso e ocupação do solo de acordo com a legislação e boas práticas ambientais.
10. Plano de recuperação das APPs (vegetação ciliar, banhados, nascentes).
11. FISCALIZAR e exigir licenças ambientais para os empreendimentos existentes assim como laudos
técnicos para interferências junto as APPs.
12. MELHORAR a fiscalização na área urbana e rural.
13. RECURSOS FINANCEIROS para recuperação da bacia.
14. CONSTRUÇÃO de parque sobre a calha do rio, área sem função ecológica.
57
Mapeamento Rio Suzana
O rio Suzana localiza‐se na porção Nordeste de Erechim, com perímetro
2
de 26,49km² e área de 34,33km. Tem sua nascente no espaço urbano
de
2
Erechim, no bairro Esperança,
segue em direção ao município de
Gaurama, que tem no rio sua fonte de abastecimento.
As nascentes têm como inicio as proximidades da Indústria de Balas Peccin S.A.
junto aos Bairros Esperança e Copas Verdes onde se encontram as nascentes e
córregos que seguem por este riacho. O entorno é constituído de terrenos com
construções que em alguns casos estão muito próximas a essas nascentes dentre
elas destaca‐se construções que ainda não estão terminadas e estão a menos de
50 m da área de importantes nascentes que formam o Rio Susana. O local
apresentou depósitos de diversos tipos de lixo e resíduos que acaba sendo
carreado para o córrego.
Ao longo de seu percurso encontram‐se áreas de cultivo agrícola e geralmente
ocupam também as áreas de preservação permanente. A intensificação da
urbanização na cabeceira e da agricultura ao longo do curso d’água tem afetado
tanto a quantidade quanto a qualidade da água.
A substituição de pastagens perenes por cultivos agrícolas anuais tem propiciado
um aumento do escoamento superficial, resultando numa menor infiltração e
como resultado ocorre à erosão mais intensa e o assoreamento do corpo d’água.
58
Na região da porção leste do município temos as
primeiras nascentes do rio Suzana em direção ao
município de Gaurama, conforme pode ser observado
na imagem aérea que mostra o cruzamento da BR 153
com a RS 331.
As atividades econômicas identificadas nessa região
são diversificadas destacando‐se entre elas a
ocorrência de mercados, indústria de balas, mecânicas,
ferros velhos, comércio de automóveis, loteamentos
dentre outras, sendo assim, a geração de resíduos é
diferenciada e diversificada em sua maioria, e o
impacto de cada atividade deve ser levado em
consideração em relação a sua localização e despejo de
dejetos nas áreas de nascentes e ao mesmo tempo ao
longo do percurso do rio Suzana.
No ponto 01 é possível verificar que a vegetação que ali
habita é exótica (Platanus acerifolia ‐ popularmente
conhecido como plátano; Ligustrun lucidum ‐ ligustre; e
o Eucalyptus camaldulensis – eucalipto). Para o ponto
existe lixo de construção civil e construção (moradia) a
menos de 10 metros da nascente, ocorre também o
cultivo agrícola de hortaliças. Há ainda a presença de
resíduos sólidos como pets, latas, vidros, e plásticos
diversos. De acordo com a Resolução CONAMA 302/02
de 20/03/02 – que dispões sobre parâmetros,
VISTA AÉREA DO TRECHO COM AS PRIMEIRAS NASCENTES
Fonte: Eloverde, 2010
definições e limites das Áreas de Preservação Permanente ‐ essa área
deveria estar protegida, pois é uma área de Preservação Permanente e
necessita de cuidados redobrados.
59
Além disso, os banhados, nascentes e os popularmente
chamados olhos d´água são áreas de recarga dos rios. dessa
forma as construções, os resíduos ali encontrados, o
aterramento em parte da área e a vegetação ali existente
estão fora dos padrões exigidos por lei, e acabam
interferindo na função ecológica e ambiental desta área.
É possível identificar que o rio sofre com o assoreamento
desde o início de seu percurso. Além disso, parte dos
resíduos depositados irregularmente neste trecho, com as
chuvas acabam sendo carreados para dentro do rio. Para
este ponto seria interessante a instalação de lixeiras
coletivas distanciadas do rio, e fiscalização por parte do
poder público referente ao despejo de resíduos em áreas de
preservação permanente.
NASCENTE DO RIO SUZANA – R. AUGUSTO ALBERTONI
Ponto 01: Coordenadas (S’ 2737161 WO ‘ 5214528)
FOTO ENTRE A AUTO DEMOLIDORA TREVO E O CAMPUS II, URI ‐ ERECHIM
Ponto 04: Coordenadas (S ‘ 2736490 WO ‘ 5213541)
No ponto 05 área com deficiência de vegetação ciliar.
Há instalação de cerca para segurança da
propriedade, junto ao curso d’água. Em dias de chuva
intensa contribui para a redução do escoamento
superficial de água. Para o local é necessário verificar
junto ao órgão ambiental a liberação da licença para
interferência junto a APP (Resolução CONAMA
303/02 de 20/03/02)
60
FOTO RETIRADA JUNTO À ÁREA VERDE DO LOTEAMENTO RITA DE CÁSSIA
Ponto 02: Coordenadas (S2737155 WO5214434)
PROXIMIDADES REVENDA GAMBATTO AUTO
Ponto 03: Coordenadas (S’2737121 W0’ 5214160)
PONTE LOCALIZADA JUNTO AO BAIRRO DEMOLINER
Ponto 05: Coordenadas (S’ 2736290 WO ‘ 5213305)
61
Nesse ponto é possível observar que existe vegetação
ciliar junto ao rio que apesar de não possuir o
distanciamento exigido por legislação em vigor
(mínimo 30 metros) protege o leito contra o
assoreamento, diminuição da recarga d’água em
épocas de escassez e perda da qualidade ambiental do
manancial. Houve relato da moradora que em épocas
passadas já houve mortandade de peixes e no verão
em alguns dias sente‐se o mau cheiro nas proximidades
do rio. Há propriedades particulares em alguns trechos
de agricultores com criação de gado e cultivo agrícola
de milho e soja.
Nesse trecho não existe vegetação ciliar a não
ser gramíneas. Além disso, há plantio de
exemplares exóticos como pinus e plátanos
formando uma espécie de “corredor” próximo a
margem do rio.
PROPRIEDADE LOCALIZADA EM FRENTE EDELBRA ‐ INDÚSTRIA GRÁFICA LTDA
Ponto 08: Coordenadas (S’ 2736132 WO’ 5212320)
PROPRIEDADE DE SEBASTIÃO CORDOVA ‐ RS 331
Ponto 06: Coordenadas (S‘ 2736321 WO ‘ 5213059)
Nesse ponto é possível observar que existe
vegetação ciliar junto ao rio que apesar de não
possuir o distanciamento exigido por lei (30 metros)
protege o leito. No local ocorrem também
construções a menos de 30 metros das margens. Nas
laterais existe presença de alguns resíduos diversos
como pets, sacolas plásticas, latas e panos
industriais.
62
PONTE NA LINHA 2
Ponto 07: Coordenadas (S’ 2736255 WO ‘ 5212554)
COMUNIDADE DA LINHA AURORA
Ponto 09: Coordenadas (S’ 2735593 WO’ 5211465)
Nesse ponto é possível verificar que o cultivo agrícola ocorre
até as proximidades do rio não sendo respeitados os limites
para APP (Resolução CONAMA 303/02 de 20/03/02 – Dispõe
sobre parâmetros, definições e limites de Áreas de
Preservação Permanente).
Também ocorre depósito de resíduos próximo a ribanceira. As
lixeiras dos moradores estão em local indevido, facilitando
dessa forma que os resíduos cheguem ao rio. Para este trecho
seria adequado realocar as lixeiras, orientar a comunidade
referente à separação e acondicionamento dos resíduos
inclusive das embalagens de agrotóxicos.
Observa‐se a competição entre a vegetação nativa e o plantio
de exóticas. Há cultura local de ajardinar o entorno das
residências com plantas exóticas de origem européia como ‐
Cupressus sempervirens ‐ Cipreste.
63
Ponto no interior do município em que é possível
verificar a presença de vegetação ciliar em ambas
as margens sendo esta secundária em estágio
inicial e médio de regeneração. Junto ao rio e
margens praticamente não existe acúmulo de
resíduos doméstico, industrial ou agrícola.
DIVISA COM GAURAMA – FOTO DE ACAMPAMENTO INSTALADO EM APP
DIVISA COM GAURAMA
Ponto 10: Coordenadas (S’ 2735211 WO’ 5210308)
Depósito de resíduos localizado a menos de 30 m
da margem. O ponto se caracteriza como área de
descarte de materiais diversos, como entulhos de
construção civil (cerâmicas, gesso, aramados
diversos), pneus, vidros, latas, plásticos (lonas),
restos de móveis entre outros. Percebe‐se a
disposição irregular de lixo neste trecho, em área
de preservação permanente.
64
DIVISA COM GAURAMA – RESÍDUOS SÓLIDOS ABANDONADOS EM ÁREA DE APP
Ponto 11: Coordenadas (S’ 2737161 WO’ 5214528)
Nos pontos 10 e 11 foi possível detectar trechos dos
pontos selecionados com vegetação ciliar nas duas
margens do rio. A vegetação ali existente em sua
maioria é nativa e está em estágio inicial e médio de
regeneração. Nesses trechos a interferência humana
não exerce grande impacto, pois é uma área retirada
do município. Existem lavouras a mais de 40 metros
nas margens do rio.
Cabe salientar que nesse trecho foi encontrado
resíduo doméstico, agrícola ou de outra origem
(Ponto 10).
Observa‐se que esse trecho tem área de APP
preservada a qual exerce grande importância
ecológica, tendo como função preservar o recurso
hídrico, a paisagem, a estabilidade geológica, a
biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora e
DIVISA COM GAURAMA – TRECHO QUE POSSUI ÁREA DE PRESERVAÇÃO
PERMANENTE
Ponto 11: Coordenadas (S’ 2737161 WO’ 5214528)
proteger o solo. Todas as áreas de APP de acordo com a resolução do
CONAMA deveriam ser protegidas e preservadas dentro dos parâmetros
estabelecidos. (Resolução CONAMA 303/02 de 20/03/02 – Dispões sobre
parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente).
Em outra área do ponto 11, junto à área de APP foi encontrado uma
espécie de “acampamento” instalado onde havia resíduos domésticos,
latas, vidros, pets, telhas, lonas, roupas e restos de móveis (cama, colchão,
fogão...). De acordo com a origem do resíduo ali encontrado esse lixo é
considerado público e o que preocupa é que o mesmo foi descartado
irregularmente pela população. Face ao fato pode‐se concluir que o
descarte de lixo merece mais atenção por parte do poder público que é o
responsável pela fiscalização e identificação dos geradores. Salienta‐se
ainda que quando isso é feito com eficácia a quantidade de resíduos
depositados em áreas particulares e de preservação permanente diminui
e conseqüentemente os danos ambientais.
65
Comentários Gerais
Proposições para o Rio Suzana
66
1. CUMPRIR a legislação em vigor na área urbana e rural com função ecológica.
De acordo com a realidade demonstrada pelas imagens aéreas e de solo
está evidente a degradação ambiental fruto da atividade humana.
Dentre as degradações para o rio foi encontrado a redução da vegetação
ribeirinha, presença de vegetação exótica competindo com vegetação
nativa, assoreamento do leito do rio e construções próximas as
margens. Com relação às construções existentes nas proximidades é
preciso ser respeitado os limites legais de distância conforme legislação
em vigor.
O rio Suzana é mais plano e possui áreas de ribanceira e recarga
necessitando de estudos mais detalhados para determinação das cotas
de inundação nas diferentes estações do ano. Para este rio a pequena
densidade demográfica faz com que os impactos ambientais sejam
menores quando comparados ao rio Dourado e Tigre. Cabe salientar
que a fiscalização é mais atuante no sentido de mantê‐lo preservado,
pois suas águas abastecem o municípios vizinhos de Gaurama e
Viadutos.
2. QUALIFICAR o processo de gestão ambiental considerando os aspectos ambientais e legais
tanto na área urbana quanto na rural.
3. IMPLANTAR o sistema de coleta e tratamento de esgoto cloacal.
4. AMPLIAR a fiscalização na área urbana e rural a qual deve atender a legislação e as boas
práticas de gestão dos recursos.
5. QUALIFICAR o processo de destinação dos resíduos sólidos (lixo domiciliar, industrial e
agrícola).
6. EDUCAÇÃO AMBIENTAL para a população por meio de campanhas permanentes e eficientes.
67
É possível identificar as primeiras nascentes do Rio
Dourado que se localizam junto às setas. Na área
das nascentes existem diversas atividades
comerciais e industriais como materiais elétricos,
hidráulicos e construção, oficinas mecânicas,
lavagens de automóveis, empresa de laticínios,
supermercados, ferro velho, serralheria entre
outras. Nessa área, o rio Dourado encontra‐se
totalmente canalizado, por esse motivo muitas
pessoas desconhecem que existem nascentes e
que o rio percorre parte do perímetro urbano do
município de Erechim.
Mapeamento Rio Dourado
O rio Dourado tem inicio nas proximidades da Empresa de Laticínio,
Bom Gosto – Unidade de Erechim, as primeiras nascentes localizam‐
se junto a terrenos com construções existentes há bastante tempo.
Prestadores de serviços e comércio estão, em parte, instalados sobre Áreas de
Preservação Permanente – APP que foi canalizada. O Rio Dourado localiza‐se no
extremo Noroeste do município de Erechim, com perímetro de 62,71 km² e área de
148, 52 km² cujas cotas hipsométricas variam de 420 a 840 metros, o que
corresponde à declividade de 0 a 100%. A tipologia agrária é formada por pequenas
propriedades com ênfase em atividades não especializadas no setor agropecuário
de subsistência. O milho é o principal produto cultivado, justamente para suprir a
demanda existente com a criação de suínos, aves e bovinos.
É necessário verificar junto às instalações das
lavagens, mecânicas de automóveis e demais
empreendimentos que causam impacto ambiental
se as mesmas possuem licença ambiental para
funcionamento. Já com relação à empresa de
laticínios deve‐se verificar o funcionamento e
condições de eficiência da estação de tratamento
de efluentes, através de auditorias ou através da
fiscalização junto ao poder público municipal
(SMMA) e estadual (FEPAM).
68
Ao longo do percurso do rio há irregularidade da topografia, representada por
morros, bem como vegetação que se manifesta em pequenas porções isoladas
umas das outras, justamente sobre as áreas mais declivosas. A topografia íngreme
da área, de acentuada declividade, associada ao manejo inadequado do solo
realizado por algumas atividades agrícolas como o milho, feijão, soja, trigo (plantio
em encostas e margens de rios), facilita a erodibilidade, apresentando‐se como uma
das ameaças mais importantes desta micro bacia (RAMPAZZO, 2003).
FOTO: MAURO PAZINATO
O Rio Dourado (rio de 5ª. ordem) de maior representatividade fluvial, apresenta
uma densidade de 12,64m/h. Provavelmente, a dificuldade de exploração dá‐se
pela declividade da área que tem sido o principal fator para a manutenção da
cobertura vegetal, que segundo o produtor rural “acaba funcionando como um
obstáculo” a outros tipos de usos da terra (PLANO AMBIENTAL MUNICIPAL, 2006).
Vários moradores do entorno do lacticínio
relataram que com freqüência a água do rio
apresenta coloração leitosa e principalmente odor
no verão.
VISTA AÉREA DAS PRIMEIRAS NASCENTES DO RIO DOURADO
Fonte: Eloverde, 2010
69
No ponto 01 as nascentes encontram‐se canalizadas há
bastante tempo e os espaços com o decorrer dos anos e com
crescimento da cidade foram sendo ocupados pela
urbanização. Nessa região há pouca arborização o que é
uma falha, pois as árvores nos espaços urbanos através da
sua diversidade de forma, cores e aromas, identificam os
locais, qualificam os espaços, transmitem paz, harmonia,
melhoram a qualidade do ar e regulam a temperatura.
Percebeu‐se então nesse ponto exemplares isolados e
disformes, não exercendo em sua totalidade a função de
melhor conforto ambiental e estética da paisagem.
Para este ponto deve‐se verificar se o empreendimento está de acordo com a legislação, possuindo projeto assinado por
responsável técnico, vistoriado pela secretaria municipal de meio ambiente e/ou FEPAM, com a liberação da licença ambiental
de operação. Ainda no mesmo local foram encontrados resíduos como pneus, latas, entulhos de construção, plásticos diversos
e roupas oriundos das proximidades dessas primeiras nascentes do Rio Dourado.
Identifica‐se o percurso do rio Dourado em direção a
RS 420. O percurso do rio ocorre paralelamente à
rodovia. Nessa área existe pouca vegetação ciliar, as
residências foram construídas muito próximas ao leito
do rio, existe despejo de dejetos cloacais neste trecho.
O Rio Dourado no perímetro urbano percorre os
Bairros Morro da Cegonha, São Caetano e Esperança.
No perímetro rural ele recebe as águas do Bairro
Ipiranga e Estar do Chile.
PRIMEIRAS NASCENTES CANALIZADAS DO RIO DOURADO
Rua Marcos Ochoa
Ponto 01: Coordenadas (S’ 2737424 WO’ 5216190)
70
BOEIRO RUA JOÃO MASSIGNAN – ÁGUA DO RIO COM COLORAÇÃO LEITOSA
Ponto 02: Coordenadas (S2737053 WO5216270)
No ponto 02 é possível verificar que a água que está
transitando apresenta coloração leitosa. Nesse local existe
também uma lavagem de veículos funcionando a menos de
30 m do curso de água. (Resolução CONAMA 303/02 de
20/03/02 – Dispões sobre parâmetros, definições e limites
de Áreas de Preservação Permanente). Possivelmente o
separador de água, óleo e lama da lavagem estão muito
próximos as margens do rio.
Neste ponto foram encontrados resíduos depositados nas
áreas de preservação permanente, além do mau cheiro
facilmente sentido nas proximidades da indústria de
laticínios. Logo após a indústria, em parte não canalizada do
curso d’água, verificou‐se através de visita, depoimentos e
relatos da comunidade do entorno, que a coloração da água
em alguns dias é “esbranquiçada ou leitosa”.
VISTA AÉREA DO CURSO DO RIO DOURADO EM DIREÇÃO A ARATIBA
Fonte Eloverde, 2010
É possível identificar no ponto 03 que não existe vegetação
ciliar a não ser gramíneas e vegetação espontânea que são
utilizadas para alimentação de bovinos. Observa‐se também
a presença de lixo doméstico e industrial junto à margem,
além do forte odor da água que transporta consigo resíduos
orgânicos e químicos advindos da jusante. O barranco
identificado na foto é recém erguido e faz parte da obra de
abertura, alargamento ou modernização da rua sendo que
nas proximidades da obra não foi identificada nenhuma placa
RUA ERECHIM ‐ TRECHO SEM VEGETAÇÃO CILIAR
Ponto 03: Coordenadas (S’2737244 Wo’5216257)
71
do órgão ambiental competente indicando que a obra possui licença ambiental obrigatória para interferência em APP como é o
caso da instalação dessa obra de infra‐estrutura (Resolução CONAMA 303/02 de 20/03/02 – Dispõe sobre parâmetros,
definições e limites de Áreas de Preservação Permanente). Nesse mesmo ponto é possível identificar que foram aberto clareiras
junto à mata para construção de moradias as quais precisaram do corte de vegetação a qual também precisa ser fiscalizada e
licenciada.
No ponto 03 ainda percebeu‐se que todo o leito do
rio neste trecho foi coberto pelo cascalho, e terra
oriundos da abertura da rua. Foram encontrados
resíduos de construção civil e plásticos diversos.
Quem cruza pelo local também percebe com
facilidade principalmente no verão o odor exalado
pela água que por ali transita.
LEITO DO RIO ASSOREADO POR CASCALHO E SOLO DA OBRA
Ponto 03: Coordenadas (S’2737244 WO’5216257)
Neste ponto não houve acesso para o mapeamento e
limpeza, pois em sua maioria o trecho encontra‐se
cercado e ocupado por construções localizadas a menos
de 30 m da APP.
72
RUA DIONÍSIO FABIANI – LOTE CERCADO
Ponto 04: Coordenadas (S’2737058 Wo’5216270)
No ponto 05 é possível verificar que não existe
vegetação ciliar. A pouca vegetação existente neste
trecho é composta por indivíduos da flora exótica. A
área de preservação permanente está sendo
utilizada para cultivo de gramíneas que são
utilizadas por bovinos criados no local (Resolução
CONAMA 303/02 de 20/03/02 – Dispõe sobre
parâmetros, definições e limites de Áreas de
Preservação Permanente).
ENCONTRO DO RIO DOURADO COM A SANGA DO BAIRRO IPIRANGA
Ponto 05: Coordenadas (S’2736403 Wo’5216234)
No ponto 06 é possível verificar que a vegetação
ribeirinha não existe e a que existe em sua maioria é
composta por indivíduos da flora exótica. A área de
preservação permanente também está sendo
utilizada para cultivo de gramíneas que servem de
alimento para bovinos criados no local.
POTREIRO – LIMITE COM O RIO DOURADO – RS 420 KM 04
Ponto 06: Coordenadas (S’2736126 Wo’5216331)
73
No ponto 06 é possível verificar que a vegetação
ribeirinha não existe e a que existe em sua maioria é
composta por indivíduos da flora exótica. A área de
preservação permanente também está sendo
utilizada para cultivo de gramíneas que servem de
alimento para bovinos criados no local.
POTREIRO – LIMITE COM O RIO DOURADO – RS 420 KM 04
Ponto 06: Coordenadas (S’2736126 Wo’5216331)
VISTA AÉREA DO RIO DOURADO ‐ Fonte: Eloverde, 2010.
Nesse trecho é possível verificar que a vegetação
ribeirinha não existe e que o espaço que precisa ser
reservado para Área de Preservação Permanente está
sendo utilizado para cultivo agrícola até muito
próximo as margens do rio. Neste trecho parte da
rodovia também foi construída em APP. (Resolução
CONAMA 303/02 de 20/03/02 – Dispõe sobre
parâmetros, definições e limites de Áreas de
Preservação Permanente).
Ainda nesse ponto foi identificado que parte da APP
vem sendo utilizada para área de lazer.
74
OCUPAÇÃO DE ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE PARA EXPLORAÇÃO AGRÍCOLA
Ponto 07: Coordenadas (S’2735520 Wo’5216551)
Neste trecho Ponto 08 muito próximo a margem do rio foi
encontrado chiqueiro com esterqueira em péssimas
condições e com restos cloacais de suínos vazando para o
leito do rio; foi identificado ainda uma espécie de
reservatório, “sumidouro” da residência próxima que estava
em más condições e também vazando para o leito do rio. O
fato constatado no local é grave devido à falta de tratamento
primário necessário para o esgoto domiciliar e dos efluentes
oriundos da atividade de suinocultura (Lei 6.503/1972 –
Código Sanitário Estadual).
Neste ponto junto a APP há também presença de espécies
exóticas como (Platanus acerifolia) popularmente conhecido
como plátano. Ocorre ainda falta de vegetação ciliar nas duas
laterais do rio que esta sendo utilizada para exploração
agrícola e pecuária.
COMUNIDADE KM 6 – DOURADO JUNTO À PRIMEIRA PONTE
Ponto 08: Coordenadas S’2735316 Wo’5216576
75
No ponto 08 é possível identificar parte do trecho do
rio com área de APP respeitando os limites exigidos
por lei. Um contraste grande em relação a outros
trechos que se localiza no mesmo ponto.
TRECHO DO RIO COM CONSERVAÇÃO DA VEGETAÇÃO CILIAR
Ponto 08: Coordenadas (S’2735316 Wo’5216576)
FOTO AÉREA – EXPLORAÇÃO AGRÍCOLA CONSTRUÇÕES E RODOVIA EM ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE ‐ Fonte: Eloverde, 2010.
Nesse ponto é possível verificar que o cultivo de
gramíneas de um lado da margem e do outro cultivo
agrícola ocorrem até as proximidades do rio não
sendo respeitados os limites para APP (Resolução
CONAMA 303/02 de 20/03/02 – Dispõe sobre
parâmetros, definições e limites de Áreas de
Preservação Permanente).
76
Nesse trecho Ponto 09 é possível verificar que há
o cultivo agrícola de um lado e do outro o
cemitério da comunidade fica próximo a margem
do rio.
EXPLORAÇÃO AGRÍCOLA JUNTO A ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE
Ponto 09: Coordenadas (S’2735097 Wo’5216530)
EXPLORAÇÃO AGRÍCOLA E CEMITÉRIO JUNTO ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE
Ponto 09: Coordenadas S’2734141 Wo’5216389
77
KM 8 DOURADO ‐ TRECHO COM PRESENÇA DE APP ‐ Ponto 10: Coordenadas (S’2734462 Wo’5216427)
Nesse ponto é possível verificar que o cultivo
agrícola ocorre até as proximidades do rio não
sendo respeitados os limites para APP (mínimo 30
metros).Devido ao plantio até a margem se
observa na foto que está ocorrendo
desmoronamento da barranca.
Nesse ponto é possível verificar que o cultivo
agrícola ocorre até as proximidades do rio não
sendo respeitados os limites para APP (mínimo 30
metros) conforme legislação em vigor.
78
PRESERVAÇÃO DE ÁREA DE APP ‐ Ponto 12: Coordenadas (S’ 2733598 WO’ 5216347)
USO DE ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE PARA EXPLORAÇÃO AGRÍCOLA
Ponto 11 Coordenadas: (S’ 2734141 WO’ 5216391)
OCUPAÇÃO DE ÁREA DE APP PARA EXPLORAÇÃO AGRÍCOLA E ASSOREAMENTO DO
LEITO DO RIO ‐ Ponto 13: Coordenadas (S’ 2733531 WO’ 521628)
79
No ponto 16 é possível verificar que a barranca do
rio está sendo utilizada para depósito de restos de
poda de árvores. O problema principal novamente
é a falta da vegetação ciliar.
OCUPAÇÃO DA APP PARA EXPLORAÇÃO AGRÍCOLA – VISTA AÉREA DO PONTO COM
DESMORONAMENTO DA BARRANCA ‐ Fonte: Eloverde, 2010.
TRECHO DO RIO COM APP ‐ Ponto 14: Coordenadas (S’ 2737059 WO’ 5216270)
DEPÓSITO DE GALHOS NAS MARGENS DO RIO (Pinguela 3)
Ponto 16: Coordenadas (S’ 2733055 WO’ 5216075)
É possível verificar que, em na sua maioria, a
vegetação que ali habita é exótica e situa‐se na
barranca do rio.
80
TRECHO DO RIO COM PRESENÇA DE VEGETAÇÃO EXÓTICA JUNTO A APP INEXISTENTE
Ponto 15: Coordenadas (S’ 2733228 WO’ 5216148)
TRECHO DO RIO COM APP ‐ PRÓXIMO APIÁRIO ANGONESE
Ponto 17: Coordenadas (S’ 2732527 WO’ 5216013)
81
Vista de depósito clandestino de lixo doméstico e
embalagens de agrotóxicos junto a APP (Lei
9.605/1988 – Lei de Crimes Ambientais).
DEPÓSITO DE RESÍDUOS DOMÉSTICOS E AGRÍCOLA EM APP
Ponto 17: Coordenadas (S’ 2732527 WO’ 5216013)
LIMITES DA APP – ÁREA DE APP PARCIALMENTE RESPEITADA ‐ Fonte: Eloverde, 2010.
Na imagem aérea é possível verificar que há o cumprimento do distanciamento da vegetação em área de APP, apesar de não ser o
exigido por lei existe o distanciamento o que permite a proteção do leito do rio neste trecho, mesmo sendo esta área também
ocupada para exploração agrícola.
82
TRECHO DO RIO COM APP E EXÓTICAS UVA‐DO‐JAPÃO
PONTO 18: Coordenadas (S’ 2732368 WO’ 5216073)
TRECHO DO RIO COM VEGETAÇÃO NA APP
Ponto 19: Coordenadas (S’ 2732073 WO’ 5216073)
83
Para o local não existe o distanciamento mínimo de
acordo com a lei em vigor para construções e cultivo
agrícola (Resolução CONAMA 303/02 de 20/03/02 –
Dispõe sobre parâmetros, definições e limites de
Áreas de Preservação Permanente).
Nesse ponto é possível observar que existe vegetação
ribeirinha e apesar de não possuir o distanciamento
exigido pela atual legislação protege o leito do rio.
TRECHO DO RIO COM APP – COMUNIDADE ANTERIOR AO DISTRITO DE JAGUARETÊ
Ponto 20: Coordenadas (S’ 2730497 WO’ 5215151)
TRECHO DO RIO ONDE VERIFICA‐SE A PRESENÇA DE APP
Ponto 21: Coordenadas (S’ 2730332 WO’ 5215262)
É possível verificar que a vegetação
ribeirinha ocupa apenas a barranca do
rio existindo construções e instalações
industriais e agropecuárias com o
distanciamento menor que o exigido
pela atual legislação ambiental.
84
DISTRITO DE JAGUARETÊ ‐ Fonte: Eloverde, 2010.
CURSO D’ÁGUA QUE DESÁGUA NO RIO DOURADO NA DIVISA DE ERECHIM COM
ARATIBA
Ponto 21: Coordenadas (S’ 2730332 WO’ 5215262)
Trechos do mapeamento mostram a existência de
vegetação ciliar em ambas às margens do rio (pontos
12, 14, 17, 18, 19, 20). Em parte a vegetação encontra‐
se em estágio médio e avançado de regeneração. Para
a parte final dos levantamentos realizados no Rio
Dourado o cenário mostra‐se otimista, pois nestes
trechos a vegetação nativa mantém suas funções e os
recursos hídricos estão parcialmente preservados, há
manutenção do solo e da biodiversidade local
mantendo, assim, grande importância ecológica,
cultural e atendendo os requisitos básicos da
legislação em vigor. Geralmente estas áreas são de
difícil acesso, o que diminui a intensificação da
atividade humana e agrícola nestes pontos. A água
encontrada nestes trechos é mais limpa, foi
encontrado pouquíssimo lixo e os moradores que
conhecem estas áreas sentem‐se orgulhosos desse
espaço próximo as residências.
85
Considerações Gerais
Proposições para o Rio Dourado
86
1. Cumpri a A LEGISLAÇÃO em vigor.
Dada a realidade encontrada demonstrada pelas
imagens aéreas e de solo está evidente a degradação
ambiental fruto da atividade humana como a redução
da vegetação ribeirinha.
Existe a presença de vegetação exótica competindo
com nativa tanto na área urbana quanto rural;
assoreamento do leito do rio; presença de construções
próximas as margens; falta de vegetação na APP;
despejo de dejetos e efluentes residenciais, industriais
e agropecuários sem o devido tratamento; manejo
inadequado do solo causando erodibilidade; falta
arborização urbana; cultivo junto a área de APP.
2. QUALIFICAR O PROCESSO DE GESTÃO AMBIENTAL considerando os aspectos ambientais e
legais tanto na área urbana quanto na rural.
3. IMPLANTAÇÃO do sistema de coleta e tratamento do esgoto cloacal.
4. MELHORAR a fiscalização na área urbana e rural.
5. ORIENTAR tecnicamente os produtores rurais para o uso diário de boas práticas de gestão
dos recursos.
6. QUALIFICAR o processo de coleta e destinação dos resíduos domiciliar, industrial e agrícola.
7. EDUCAÇÃO AMBIENTAL permanente para toda comunidade.
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Limpeza nos Rios Tigre, Suzana
e Dourado
Resultados das Ações de Limpeza no Rio Tigre
ETAPA 01 – PARQUE MUNICIPAL
LONGINES MALINOWSKI
Todo o trabalho foi registrado através de filmagem e
fotografias com a presença, de técnico responsável e
coordenador do trabalho.
(27/11/10)
Foram coletadas 2,5 toneladas de resíduos diversos.
1. OBJETIVOS
*Efetivação da retirada dos resíduos sólidos depositados através de ações de
limpeza e coleta.
*Levantamento fotográfico do antes e após a efetivação do processo da retirada
de resíduos sólidos.
*Destinação dos resíduos sólidos para local apropriado pela Prefeitura Municipal
mediante termo de compromisso firmado junto à secretaria de Meio Ambiente.
*Ato de limpar como pedagogia e inserção de PSC‐VEC.
Um caminhão com 52 sacos de 50 kg retirou o lixo e
levou ao Aterro Sanitário do Município.
Equipe no trabalho da limpeza no Parque.
34 voluntários participaram da Ação de limpeza e
educação ambiental da comunidade do entorno do
parque que se localiza no centro da cidade de Erechim.
2. METODOLOGIA
A equipe foi composta de um coordenador, voluntários, prestadores de serviço
todos equipados com EPIs e equipamentos para coleta dos resíduos.
O material foi coletado pela mão humana, em ambiente seguro e de fácil acesso.
Uma vez que os materiais estavam contaminados, molhados, misturados, não foi
possível fazer a classificação e separação dos resíduos. A equipe retirou das
margens os resíduos sólidos e dispôs em caminhão de coleta disponibilizado pela
prefeitura.
88
3. ORGANIZAÇÃO DO CRONOGRAMA DE TRABALHO
Todo o material encontrado foi devidamente fotografado, documentado.
Todos os materiais encontrados e coletados foram encaminhados para o aterro
sanitário do município pela Prefeitura Municipal de Erechim.
Equipe de voluntários Eloverde, PSC‐VEC, Erechim Jeep Clube, Grupo de Escoteiros Acauã, Erechim Offroads.
89
ETAPA 02 – SESI ‐ BR153
(18/12/10)
Foram coletados 3 toneladas lixo
contaminado (papéis, roupas, restos de tecidos,
vidros, 1 pneu, latas de tinta, espuma, isopor,
plásticos, calçados). Todos os resíduos estavam
sujos, deteriorados sem condições para
encaminhamento a reutilização ou reciclagem.
Um caminhão com 60 sacos de 50 kg retirou o lixo
e levou ao Aterro Sanitário do Município.
Equipe recolhendo os sacos de lixo e realizando o transporte Lixo jogado ao longo do canal do rio dentro do Parque.
intermediário até o caminhão.
90
15 voluntários participaram da ação de
limpeza e educação ambiental da comunidade
do entorno.
Equipe no final do trabalho.
Equipe de limpeza etapa 02 – SESI‐BR 153.
91
Coleta de resíduos
No trecho final, rua Mario Corradi
até a BR 153 há um lixão
depositado na encosta do rio que
desce até suas margens
evidenciando um hábito local de
“desova” de materiais diversos
(restos de construção civil,
brinquedos, plásticos, roupas,
colchões, restos de mobiliário,
eletroeletrônicos, etc...
Presença de resíduos de construção civil
colocados intencionalmente para “segurar”a
barranca do rio.
Presença de resíduos de
descarte de computadores
92
Neste ponto há um lixão a céu aberto.
Equipe retornando com o material coletado.
Nesta etapa da limpeza o trecho do rio, na sua
maior parte, está canalizado, junto ao bairro São
Cristóvão. Somente no seu trecho final é que volta
a céu aberto. Aí aparece o excesso de resíduos
pendurados nos galhos e troncos das árvores.
Neste caso, faz‐se necessária a
utilização de equipamentos
especiais, além de veículos e
equipe preparada para a retirada
do material.
Materiais depositados as margens do rio Tigre
93
ETAPA 03
BR 153 ‐ BAIRRO PROGRESSO
Resíduos encontrados nas
margens e galhos de árvores:
roupas,plásticos, restos de
animais
(08/01/11)
Foram coletados 2 toneladas e meio de lixo
contaminado (papéis, roupas, restos de tecido,
vidros, pneu, latas de tinta, espuma, isopor,
plásticos, calçados).
Todos os resíduos estavam sujos, deteriorados
sem condições para encaminhamento a
reutilização ou reciclagem.
Um caminhão com 50 sacos de 50 kg retirou o lixo
e transportou‐o para o Aterro Sanitário do
Município.
Equipe de trabalho
Trabalho intenso de coleta de
materiais
Nesta etapa 18 voluntários participaram da
Ação de limpeza e educação ambiental com a
comunidade do entorno.
94
Equipe no trabalho ao longo do rio Tigre
95
ETAPA 04 ‐ BAIRRO PROGRESSO
CALHA CONCRETADA DO RIO ATÉ
A PONTE NA RUA MARINA
KRUSCZCZYNSKI
(15/01/11)
Ao longo deste trecho do rio há depósito de ferro velho.
Neste trecho, dentro do bairro progresso há depósito de ferro velho a céu aberto e construções sobre a calha do rio junto a rua das Rosas.
Foram coletados 2 toneladas e meio de lixo
contaminado (papéis, roupas, restos de tecido,
vidros, pneu, latas de tinta, espuma, isopor,
plásticos, calçados). Todos os resíduos estavam
sujos, deteriorados em estado de putrefação
avançado sem condições para encaminhamento
a reutilização ou reciclagem.
Um caminhão com 52 sacos de 50 kg retirou o
lixo e levou ao Aterro Sanitário do Município.
20 voluntários participaram da Ação de
limpeza e educação ambiental da comunidade
do entorno.
96
Equipe no trabalho de limpeza.
Parte do material coletado.
O aspecto da calha de concreto do rio juntamente com resíduos depreciam o
ambiente e a paisagem.
Neste trecho onde o rio está sobre uma calha de concreto observou‐se o
esgoto jogado in natura por tubulações que vem das ruas e casas em seu
entorno.
Observou‐se, através de depoimentos e entrevistas de pessoas que moram
no local que existe alguns moradores ribeirinhos, que exercem atividades de
catação de lixo por conta própria, terem o hábito do descarte de materiais
que não são aproveitáveis para comercialização.
97
98
Equipe de trabalho da etapa
04.
N a m a rge m d o r i o h á
depósito de materiais
diversos.
Equipe no trabalho de
limpeza da calha, etapa 04.
Ao longo da calha há
moradias praticamente
apoiadas sobre a parede de
concreto.
99
O rio limpo após o trabalho de
limpeza.
ETAPA 05 – BAIRRO PROGRESSO
RUA MARINA KRUSCZCZYNSKI ESQUINA
LOURENÇO SCWUAB , APÓS A PONTE
ATÉ RUA DAS ROSAS, PROPRIEDADE
SR. CAPRA.
(29/01/11)
Neste trecho o trabalho de limpeza física do rio
Tigre precisou ser realizado em 6 vezes embora o
trajeto seja cerca de 500 metros.
A curva do rio impede o escoamento dos resíduos
que ficam presos nas margens e galhos das árvores.
O rio limpo após o trabalho de
limpeza.
100
Equipe de trabalho.
A partir deste momento o trabalho tornou‐se intenso
e cada vez mais difícil uma vez que a presença de
peças de roupas enroscadas nos troncos obrigou a
um esforço físico redobrado da equipe. Utilizou‐se,
então, utensílios e ferramentas como foice, tesouras
e facões para facilitar o trabalho.
No trecho há presença de moradias de catadores que depositam os
materiais a beira do rio.
101
(05/02/11)
O trabalho neste trecho apresentou momentos distintos: o
primeiro logo após a ponte a partir da rua Marina
Krusczczynski onde o rio corre normalmente, trecho
caracteristicamente urbano e o segundo após a curva, junto
a propriedade do Sr. Capra, que dá início a pequenas
propriedades rurais.
Foram coletados 3 toneladas e meio de lixo
contaminado (papéis, roupas, restos de tecido,
vidros, sofás, latas de tinta, espuma, isopor, plásticos,
calçados, mobiliário). Todos os resíduos estavam
s u j o s , d ete r i o ra d o s s e m co n d i çõ e s p a ra
encaminhamento a reutilização ou reciclagem.
Um caminhão com 55 sacos de 50 kg retirou o lixo e
levou ao Aterro Sanitário do Município.
18 voluntários participaram da Ação de limpeza e
educação ambiental da comunidade do entorno.
Cerca de 1 tonelada de materiais ferrosos.
A beleza aparece após a limpeza. Ao fundo a parte concretada do
rio.
Equipe de trabalho
Neste trecho as margens apresentam forte sintoma
de assoreamento, com presença de plantas exóticas,
sem respeito aos 30 metros legais e com lixo sendo
jogado diretamente no leito do rio. Há presença de
residência de catadores que acumulam lixo em suas
casas e descartam o que não serve no rio.
A limpeza na curva do rio.
102
Equipe no trabalho.
Foto a montante e a jusante. A beleza aparece após a limpeza.
103
Porém no leito do rio há resíduos
soterrados e se torna impossível retirá‐los
apenas com catação.
Neste trecho o rio apresenta‐se mais limpo de resíduos.
(19/02/11)
Continuou‐se no mesmo trecho do rio, mais próximo
a sede da propriedade, devido ao excesso de
materiais dispostos à margem do rio. Coletados 67
sacos de 50 kg totalizando 3,35 toneladas de
resíduos contaminados sendo na sua grande
maioria trapos, restos de roupas. Participaram
desta ação 17 voluntários.
No local há potreiro com deságüe dos rejeitos
diretamente no rio sem tratamento prévio, em
volume considerável. Convivem no mesmo ambiente
galinhas, vacas e suínos. A vegetação ciliar é escassa e
há presença de plantas exóticas na propriedade e
presença de lavoura até a margem do rio.
Varal a céu aberto
Em ambas as margens do rio há resíduos sólidos em
grande quantidade, inclusive entulhos de construção
civil.
Neste trecho da curva do rio há acúmulo de materiais
diversos assim como é ponto de desova de
equipamentos eletroeletrônicos e pneus, materiais
de construção civil. Em seu entorno há depósito com
materiais de todos os tipos dispostos nas margens e
leito do rio. Impressiona o volume de roupas
encontradas no trecho (lençóis, cortinas, colchões,
lonas e roupas de uso pessoal que são
predominantes) formando um “varal a céu aberto”.
104
105
Casa de catadora às margens do Tigre.
s
e
t
an
Equipe de trabalho.
Materiais dispostos na margem do rio.
Resíduos as margens do rio
de
Antes e depois da limpeza
s
e
t
an
106 Materiais dispostos na margem do rio.
is
o
p
Antes e depois da limpeza
is
o
p
de
107
(26/02/11)
Ainda no mesmo trecho, agora na outra margem do
rio há descarte de pneus, inclusive infere‐se que de
longo tempo pois muitos estão na margem e
submersos no leito do rio. Destaca‐se que neste
local há presença de nascentes, banhados que
servem de descarte para os mais diversos tipos de
materiais.
Foram encontrados restos de computadores,
celulares, cds, fitas, restos de móveis tubulares,
mangueiras, materiais elétricos, descarte de sola,
aparas de couro nítida.
Parte dos resíduos retirados das
margens do rio com a presença
de inúmeros pneus, materiais
metal ferrosos, eletroeletrônicos
além de roupas.
Participaram 13 voluntários, retirando 2,5
toneladas.
A paisagem natural aparece após
a limpeza do trecho.
Equipe de trabalho
108
Resíduos pendurados nos galhos das árvores às margens
do rio
Equipe no trabalho de limpeza
109
Ponto que exigiu grande esforço e
tempo para a limpeza.
(05/03/11)
Ainda na mesma propriedade e na continuidade do
trabalho de retirada de resíduos das margens do rio
Tigre trabalharam no trecho 14 voluntários
retirando 3 toneladas de materiais dentre eles
pneus, materiais ferrosos, eletroeletrônicos além de
muitas roupas desde tapetes a roupas íntimas.
Equipe de trabalho.
Presença de potreiro junto ao rio.
O potreiro está muito próximo ao
rio e há deságüe permanente e
direto dos dejetos sem o devido
tratamento.
110
111
Materiais diversos no leito do rio.
ETAPA 06 ‐COMUNIDADE TIGRE
PROPRIEDADE DE RITA POLETTO
RUA VIRGÍLIO BIOLLO, 282
(12/03/11)
Neste local na retirada de resíduos das
margens do rio Tigre trabalharam no trecho
15 voluntários retirando 3,5 toneladas de
materiais dentre eles pneus, materiais
ferrosos, eletroeletrônicos além de muito
tecido desde tapetes a roupas íntimas além de
aparas de couro e restos de EVA (copolímero
de etileno com acetato de vinila) utilizados em
solas de calçados também de origem
industrial.
Equipe de trabalho.
Trecho com grande quantidade de resíduos acumulado dentro do rio. Nesta parte do rio o proprietário realiza a limpeza de forma
periódica em função do gado que necessita fazer a passagem para o
pasto acima.
112
113
Desova de pets, frascos plásticos, materiais domisanitários.
Resíduos presentes na margem do rio
s
e
t
an
is
o
p
de
Mostra de trecho antes e depois do trabalho de limpeza.
114
115
Paisagem preserva a vegetação
ciliar, dentro de propriedade
rural. No leito e margens do rio
estão depositados resíduos
diversos: roupas, fios elétricos,
isopor, lâmpadas fluorescentes,
metais diversos.
(19/03/11)
No mesmo local da vez anterior o trabalho
continuou para retirar o restante do material
que estava depositado na beira e no leito do
rio.
Estiveram presentes no trabalho de
limpeza 15 voluntários. Foram retiradas 5
toneladas de materiais diversos. Foram
limpos 100 m de rio.
Equipe de trabalho.
116
Equipe no trabalho de limpeza.
117
(09/04/11)
Nesta data, ainda na propriedade de Rita Poletto
o trabalho, desenvolvido na margem
oposta,continuou para retirar o restante do
material que estava depositado na beira e no
leito do rio.
Estiveram presentes no trabalho de limpeza
12 voluntários. Foram retiradas 3,5 toneladas
de materiais diversos. Assim o trabalho neste
trecho foi considerado concluído.
Equipe no trabalho.
Parte do material recolhido no trecho com presença de
materiais ferrosos.
Equipe de trabalho.
118
Lixo acumulado no leito do rio.
119
s
e
t
an
is
o
p
de
Mostra do antes e depois da limpeza.
120
121
ETAPA 07 ‐ COMUNIDADE TIGRE
SAÍDA PARA ANDRETTA JUNTO
A PROPRIEDADE DE DOMINGOS
BIANCHI
(07/05/11)
Neste local na retirada de resíduos das margens do rio
Tigre trabalharam no trecho 14 voluntários
retirando 4,8 toneladas de materiais dentre eles
pneus, materiais ferrosos, eletroeletrônicos além de
tapetes, lonas, carpetes, colchões e roupas diversas
que de acordo com depoimento do proprietário vem
se acumulando há 30 anos.
Roupas penduradas ao longo das margens do rio Tigre.
Voluntários se esforçam para retirar os trapos envoltos
nos troncos.
Equipe de trabalho.
Observa‐se que as roupas, com o tempo, vão se
enroscando nas raízes e troncos das árvores além
estarem também soterradas pelos movimentos das
águas em épocas de chuvas.
122
Trecho com bastante resíduos depositados nas margens do rio.
123
(14/05/11)
Em depoimento o morador, Sr. Domingues Bianchi,
relatou que neste ano de 2011 sofreu perda de 30
sacos de soja devido ao lixo que invadiu a lavoura,
advindo de cheias do rio. Por ocasião da colheita
precisou primeiro recolher o lixo depositado no solo
para depois proceder a colheita do soja (14/05/11)
Neste local na retirada de resíduos das margens do rio
Tigre trabalharam no trecho 15 voluntários
retirando 4,0 toneladas de materiais dentre eles
pneus, materiais ferrosos, eletroeletrônicos além de
tapetes, lonas, carpetes, colchões e roupas diversas
que de acordo com depoimento do proprietário vem se
acumulando há 30 anos.
Observa‐se que as roupas, com o tempo, vão se
enroscando nas raízes e troncos das árvores além
estarem também soterradas pelos movimentos das
águas em épocas de chuvas.
Equipe de trabalho para limpeza e educação ambiental da
comunidade do entorno do rio Tigre.
124
Mais uma vez se observa o excesso de panos que ficam presos nos troncos e galhos das árvores
Equipe no trabalho.
Excesso de roupas,trapos nas margens do rio.
125
s
e
t
an
is
o
p
de
Esta imagem mostra o
tronco de árvore envolto
em trapos e roupas e após
a limpeza.
128
129
(21/05/11)
Nesta atividade de limpeza estiveram presentes 23
voluntários, sendo 11 da PSC‐VEC recolhido cerca de
8 toneladas de resíduos diversos.
Chama atenção alguns materiais e embalagens
encontrados que datam de 20, 30 anos atrás o que
demonstra que a comunidade aderiu ao hábito de
jogar o lixo no rio há décadas, inclusive formou geração
de pessoas vivenciando esta atitude e que hoje
perdura. O trabalho continuou sendo feito junto a
propriedade do Sr. Domingos Bianchi.
Equipe de trabalho.
Materiais diversos envoltos nos troncos das árvores a
margem do rio.
126
Equipe no trabalho de limpeza.
127
Equipe no trabalho.
O rio limpo.
(11/06/11)
Nesta atividade de limpeza estiveram
presentes 15 voluntários, sendo 6 da
PSC-VEC, recolhido cerca de 3,0
toneladas de resíduos diversos.
Continuou‐se o trabalho no trecho do rio
pela quinta vez consecutiva.
Equipe de trabalho.
132
FOTO: MAURO PAZINATO
Neste trecho continuam o excesso de roupas, pneus soterrados e outros materiais.
RIO TIGRE
133
Material sendo recolhido
pela prefeitura.
(28/05/11)
Nesta atividade de limpeza estiveram
presentes 17 voluntários, sendo 9 da PSCVEC, recolhido cerca de 4,2 toneladas de
resíduos diversos.
Continuou‐se o trabalho no mesmo trecho do
rio pela quarta vez consecutiva.
Equipe de trabalho.
O rio limpo.
130
Equipe no trabalho de limpeza.
131
Resultados das Ações de Limpeza no Rio Suzana
Resultados Rio Dourado
(09/04/11)
No rio Suzana foram retiradas 2 toneladas de resíduos
de todos os tipos: plásticos diversos, roupas, pneus,
eletrônicos, chapas de zinco, cama tubular, etc. foram
encontrados. Do ponto 01 (S2737161 Wo5214528) ao
ponto 04 (S2736490 WO5213541) do mapeamento
foram encontrados materiais jogados na rua, ao longo do
caminho e desova de roupas e calçados.
Após cruzar a BR e entrar na RS até o Demoliner foi
percorrido um banhado onde haviam pneus jogados ao
relento. No ponto 09 (S2735593 WO5211465) do
mapeamento, comunidade Aurora nas margens do
Suzana se encontram muito plástico, embalagens de
agrotóxico.
Equipe formada pelo grupo de 46 escoteiros Tupinambás.
Grupo de escoteiros em ponto
junto a Comunidade Aurora, rio
Suzana.
No ponto 10 (S2735211 Wo52103083), já no município
de Gaurama, numa entrada da estrada deparou‐se com
descarte de material de construção civil como gesso e
cerâmicas. No ponto 11 (S2737161 WO5214528 ) retirou‐
se o que parecia ser um acampamento com cama, lonas,
folhas de zinco, etc.
134
Estiveram presentes no trabalho de limpeza 45
escoteiros e 5 coordenadores de equipe, uma parceria
Eloverde‐ Tupinambás. Foram retiradas 2,0 toneladas
Ponto de nascente do rio Suzana.
135
136
Descarte de roupas e
calçados ao longo da estrada.
Ponto 10 ‐ entrada na estrada
caracteriza desova de materiais
de construção, no caso, gesso,
cerâmicas.
Desova de roupas próximo as
margem do rio Suzana.
Ponto 11 ‐ acampamento junto a
margem do rio.
137
Resultados das Ações de Limpeza no Rio Dourado
Ponto 03
(16/04/11)
No rio Dourado foram retirados 350 kg de
resíduos de todos os tipos: plásticos
diversos, roupas, pneus, eletrônicos, chapas
de zinco , etc. foram encontrados. Do ponto
01 (S2737424 WO5216190) ao ponto 04
(S2737058 WO5216270) do mapeamento,
foram encontrados materiais jogados na rua,
ao longo do caminho e, conforme figura
abaixo.
Na comunidade Rigo às margens do Dourado
se encontram muito plástico, embalagens de
agrotóxico.
138
O esgoto sem tratamento volta ao rio.
Equipe de trabalho.
O esgoto sem
tratamento volta ao
rio.
139
Presença de pneus e bolsas
soterradas no caminho.
Aspecto da água.
140
Desova de materiais diversos
141
142
143
Considerações Gerais
O trabalho de limpeza dos rios Tigre, Suzana e Dourado impôs
à equipe técnica e aos voluntários uma determinação ímpar
para sua execução. Quando os trabalhos foram iniciados,
sabiam‐se, baseados nas informações previamente feitas in
loco nas aquisições iniciais de dados para o mapeamento e
definição das áreas de atuação, que seriam encontradas
quantidades de resíduos em locais próximos e no leito dos
rios. Não se tinha idéia que as quantidades retiradas, à
medida que as etapas de limpeza foram sendo desenvolvidas
tomassem proporções gigantescas e mesmo assustadoras.
Tais fatos foram sendo registrados paulatinamente nas
filmagens e fotos realizadas e nas estatísticas do
desenvolvimento dos trabalhos.
A equipe técnica procurou desenvolver, juntamente com os
voluntários, sempre em cada etapa de trabalho um ambiente
de extrema camaradagem e companheirismo, com atividades
de retirada dos materiais do leito e das margens dos rios,
baseadas principalmente na segurança. A frase que sempre
pautou a atuação da equipe a qual era sempre repetida nas
conversas iniciais, principalmente antes do início dos
trabalhos, se reportava a que “deveríamos retirar do leito rio e
de suas margens aqueles objetos que fossem humanamente
possíveis de serem retirados manualmente com segurança”.
144
A medida que os trabalhos foram sendo desenvolvidos, etapa
por etapa, foram surgindo, cada vez mais, quantidades
expressivas de entulhos (resíduos domésticos, pneus, peças
de mobiliário, partes de eletrodomésticos, louças, colchões e
principalmente, de forma maciça, roupas, cortinas,
acolchoados, etc.. Além disso, foram encontrados resíduos
oriundos da indústria como pedaços de E.V.A (Etil Vinil
Acetato), uma espécie de borracha expandida constituinte de
palmilhas e solados de calçados) bem como aparas de couro.
Um sentimento de tristeza e estupefação tomou conta da
equipe de trabalho à medida que etapas seqüentes tinham
que ser desenvolvidas praticamente no mesmo lugar. O
avanço das operações de limpeza, muitas vezes, não passava
de 10 metros de trabalho por dia.
A quantidade de entulhos de tecidos (roupas, peças íntimas,
acolchoados, cobertores, tapetes, e outros) encontrados
enrolados em galhos de árvores, nos troncos e raízes e, além
disso, enterrados no próprio leito e nas barrancas. Esta
limpeza exigia que a equipe de trabalho utilizasse, além dos
EPIs necessários, utensílios eficientes para retirada dos
objetos.
Outro fato que deve ser considerado, decorrente de uma
estratificação social desigual que possuímos, é a presença de
moradias de catadores na margem do rio, os quais depositam
em espaços diminutos e muito próximos das margens, os
materiais de resíduos, que sofreram triagens após coletas
seletivas além de presença de depósitos de ferro velho e
moradias praticamente penduradas junto a calha do rio.
Todos esses fatos contribuem de uma forma ou outra para que
haja depósitos de material não aproveitável pela população
ribeirinha ao longo do rio.
Esta mesma população ribeirinha tão próxima e envolvida
sobremaneira com todo e qualquer problema de
desequilíbrio do rio, adquire uma postura, conforme
percepções e pontos de vista das pessoas envolvidas no
processo de limpeza e educação ambiental, de contemplação
afastada e apática. Muitos moradores do entorno
entrevistados manifestam‐se fervorosamente contra
“àquelas pessoas que jogam lixo e não cuidam do rio”. Ou seja,
os “outros” jogam lixo, não respeitam a natureza e estão
destruindo o rio e sua vida aquática. Enquanto outros
continuam observando. E só observam...
Ficaram algumas questões para serem pesquisadas e se
possível que as respostas sejam obtidas: “Para onde vão os
resíduos dos catadores que tem seu material no entorno das
moradias as margens do rio?” ‘Como são descartados os
resíduos que não são comercializáveis adquiridos pelas
associações de catadores?” “Para onde vão?” “De onde vem
tanta quantidade de roupas?” E, continua a indagação sobre a
origem das roupas jogadas no rio. “Quem joga?” “Por quê?”
“E os rejeitos industriais encontrados jogados nas margens
dos rios não deveriam fazer parte de uma gestão de resíduos
sólidos industriais e estarem sendo enviados para aterro
adequado?” Faz‐se necessário a participação concreta e
efetiva da sociedade e do poder público para a continuidade
deste processo através de auxílio financeiro e logístico com
cedência de máquinas e equipamentos.
O aspecto cultural do descarte automático fazendo do rio seu
receptáculo surpreende, preocupa e impõe um desafio à
sociedade. A pergunta que se faz é: “Vai ficar assim?”. E o
poder público onde está? E a sociedade?
Durante todas as etapas de trabalho, foram dadas à sociedade
todas as informações necessárias, com a maior transparência
possível, através de vários tipos de mídia (outdoors, jornais,
radio e TV, panfletos, mídias eletrônicas, mutirões de
divulgação, etc.), para que a população tomasse
conhecimento de uma nova face sobre a realidade dos rios de
Erechim ‐ RS.
Somadas às informações de divulgação de retirada de rejeitos
urbanos e industriais encontrados nos rios Tigre, Dourado e
Suzana veiculadas, a Eloverde tem investido, com eficiência,
na Educação Ambiental das populações, tanto urbanas como
rurais, em especial dos moradores das áreas ribeirinhas aos
rios contemplados no projeto.
145
Considerações Gerais
A comunidade como um todo, se sensibilizou e apropriou‐
se desta nova realidade, a partir dos fatos novos até então
não conhecidos. Esta realidade apresenta de forma
preocupante uma nova condição real dos rios, e, a
população passou a discutí‐la e, principalmente, se auto‐
indagar sobre quais foram os motivos para que esta
situação alarmante fosse construída ao longo do tempo.
A opinião pública pode e deve exercer influência no que diz
respeito aos problemas ambientais, apoiar iniciativas de
movimentos pró‐ambiente, pressionar os políticos em
cada uma de suas cidades ou governos nas esferas
estadual e federal. O mundo inteiro, políticos e
governantes estão mais atentos às manifestações da
opinião pública sobre os problemas ambientais a qual
deverá exercer uma papel fundamental nas inversões de
valores que presenciamos atualmente.
146
Proposições para Limpeza
dos Rios de Erechim
1. CONTINUAR O TRABALHO DE LIMPEZA DO RIO TIGRE nos pontos mais críticos
(Bairro Progresso, Petit Vilage, Estevão Carraro), mapeando o ambiente do
entorno e INTENSIFICAR o trabalho de educação ambiental junto às comunidades
ribeirinhas conscientizando‐os para os problemas gerados pelo lixo abandonado
em locais impróprios.
2. CONTENÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS jogados as margens e leito do Rio
Tigre nos pontos críticos definidos pelo trabalho realizado.
3. PARCERIA E PRESENÇA EFETIVA DO PODER PÚBLICO nas ações de limpeza e
recuperação dos rios por meio de convênio firmado e aporte de recursos que
viabilize as ações.
4. INTENSIFICAR OS TRABALHOS DE SENSIBILIZAÇÃO DA POPULAÇÃO
RIBEIRINHA e do entorno, para a conservação das matas ciliares e do ecossistema,
e que se respeite as distâncias legais das margens.
5. Além disso, sensibilizar a população quanto ao excesso de consumo de
embalagens e produtos descartáveis e dos problemas gerados pelo descarte
inadequado, incentivando o CONSUMO SUSTENTÁVEL e alertando sobre as
causas e conseqüências da crescente degradação dos ambientes.
147
Estatística da Limpeza dos Rios de Erechim
TABELA 02 ‐ ESTATÍSTICA DA LIMPEZA DOS RIOS DE ERECHIM
DATA
27.11.10
18.12.10
08.01.11
15.01.11
29.01.11
05.02.11
19.02.11
26.02.11
05.03.11
12.03.11
19.03.11
09.04.11
07.05.11
14.05.11
21.05.11
28.05.11
11.06.11
ETAPA 01 ‐ PARQUE MUNICIPAL LM
ETAPA 02 ‐ SESI‐BR 153
ETAPA 03 ‐ BR153 ‐ PROGRESSO
ETAPA 04 ‐ BAIRRO PROGRESSO
ETAPA 05 ‐ BAIRRO PROGRESSO
ETAPA 05 ‐ POVOADO CAPRA
ETAPA 05 ‐ POVOADO CAPRA
ETAPA 05 ‐ POVOADO CAPRA
ETAPA 05 ‐ POVOADO CAPRA
ETAPA 06 ‐ COMUNIDADE TIGRE
ETAPA 06 ‐ COMUNIDADE TIGRE
ETAPA 06 ‐ COMUNIDADE TIGRE
ETAPA 07 ‐ COMUNIDADE TIGRE
ETAPA 07 ‐ COMUNIDADE TIGRE
ETAPA 07 ‐ COMUNIDADE TIGRE
ETAPA 07 ‐ COMUNIDADE TIGRE
ETAPA 08 ‐ COMUNIDADE TIGRE
TOTAL
DATA
SUZANA
09.04.11
ETAPA 01 ‐ PONTO 01‐15
DATA
148
TIGRE
16.04.11
30.04.11
DOURADO
ETAPA 01 ‐ PONTO 01‐06
ETAPA 02 ‐ PONTO 07‐23
Eloverde, Revitalização dos rios de Erechim, 2010‐2011
9
4
4
8
5
5
5
2
3
3
5
9
7
3
11
9
6
34
15
14
18
18
13
17
13
14
15
15
12
14
18
23
17
15
2,5
3,0
1,5
2,5
3,5
2,7
3,35
2,5
3,0
3,5
5,0
3,5
4,8
4,0
8,0
4,2
3,0
60,55
PSC‐VEC VOLUNTÁRIOS TONELADAS
‐
47
2,0
PSC‐VEC VOLUNTÁRIOS TONELADAS
5
6
14
18
0,35
1,15
KM
24 HA
3.100 m
570 m
1.000 m
140 VOLUNTÁRIOS
18.
12
27.
12
08.
01
15.
01
29.
01
05.
02
19.
02
26.
02
05.
03
12.
03
19.
03
09.
04
16.
04
30.
04
09.
04
07.
05
14.
05
28.
05
11.
06
Residuos de papel e papelão
sim
‐
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim sim sim
sim
sim
‐
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
‐
‐
sim
sim
sim sim sim
sim
Lâmpadas fluorescentes
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
sim
‐
‐
sim
sim
sim sim sim
sim
Pilhas e baterias
‐
sim
‐
sim
‐
‐
‐
sim
sim
sim
sim
sim
‐
‐
sim
sim
sim
sim sim sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim sim sim
sim
‐
‐
‐
‐
‐
‐
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
‐
sim
sim
Resíduos metálicos ferrosos
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim sim sim
sim
Material eletro eletrônico
‐
sim
‐
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim sim sim
sim
Entulhos
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim sim sim
sim
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
sim
‐
sim
‐
sim
‐
sim
‐
sim
‐
sim
‐
sim
‐
sim
‐
sim
‐
sim
‐
sim
‐
sim
‐
sim
‐
sim
‐
sim
‐
sim
‐
Embalagens de substâncias
perigosas (agrotóxico)
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
sim
sim
sim
‐
‐
Outros resíduos (borracha,
rejeitos tóxicos aerossóis)
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
Tambor de 200L
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
Caçamba
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
sim
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
Bombonas
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
50
50
50
50
50
50
50
50
50
50
50
Resíduos plásticos
19 ETAPAS DE LIMPEZA
64,05 TONELADAS DE
RESÍDUOS RETIRADOS
DOS RIOS
Resíduos de madeira
Restos de alimentos
Trapos sujos
Resíduos oleosos
32 PSC ‐ VEC
1.370 m
1.440 HORAS VOLUNTÁRIAS
RIO TIGRE
TIPO DE RESÍDUO
Resíduos de vidro
PSC‐VEC VOLUNTÁRIOS TONELADAS
SU
RIO
ZA DOURADO
NA
RIO TIGRE
‐
‐
21.
05
‐
‐
‐
‐
sim sim sim
‐
‐
‐
‐
‐
‐
sim sim sim
‐
TABELA 03 ‐
CLASSIFICAÇÃO,
ACONDICIONAMENTO,
ESTOCAGEM,
TRATAMENTO,
DESTINO FINAL DOS
RESÍDUOS
SÓLIDOS.
‐
sim
‐
sim
sim
ACONDICIONAMENTO
50
50
50
50
50
50
50
50
‐
Pátio descoberto
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
Depósito coberto e
impermeabilizado
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
AS
AS
AS
AS
AS
AS
AS
AS
AS
AS
AS
AS
AS
AS
AS
AS
AS
AS
AS
AS
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
Sacos plásticos
Outras formas (indicar)
890 m
ESTOCAGEM
Outras formas (indicar)
KM
15 KM
KM
22 KM
DESTINO FINAL
Aterro industrial CI I
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
Aterro sanitário
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim sim sim
sim
Coleta pública
sim
sim sim sim
‐
‐
‐
sim
‐
Aterro industrial CI II‐A
Doação
‐
sim
‐
sim
‐
sim
‐
sim
‐
sim
‐
sim
‐
sim
‐
sim
‐
sim
‐
sim
‐
sim
‐
sim
‐
sim
‐
sim
‐
sim
‐
Outras formas (indicar)
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
‐
Fonte: Eloverde, Revitalização dos Rios de Erechim. 2010‐2011
‐
‐
‐
‐
‐
149
Programa de Educação Ambiental
PREMIAÇÃO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE
SECRETARIA DE RECURSOS HÍDRICOS E AMBIENTE URBANO
Conferido certificado de reconhecimento de
“Práticas Inovadoras em Revitalização de
Bacias Hidrográficas” ao Instituto Sócio
Ambiental Vida Verde/RS - Eloverde® - com a
experiência “Revitalização dos Rios de
Erechim (RS)”, tema educação ambiental,
(chamamento público no- 1/2010 - processo
nº 02.000.000.543/2010-32).
Esta experiência faz parte da base de dados de experiências em
revitalização de bacias hidrográficas do Ministério do Meio
Ambiente as quais poderão ser consultadas por outras
organizações interessadas em revitalizar bacias hidrográficas
em situação de vulnerabilidade e degradação ambiental.
150
Silvano Silvério Costa (Secretaria de Recursos Hídricos
e Ambiente Urbano), Rosane Menna Barreto Peluso
(Eloverde) e Renato Saraiva Ferreira (Gerente de
Projeto)
O prêmio foi conferido em cerimônia em 08 de dezembro de
2010, Brasília.
VOTO DO RELATOR
Oficina Temática
Separação do lixo
doméstico
Circuito nas
empresas: mostra
da realidade dos
rios de Erechim
Comunicação
e mídia digital
Oficina Temática
Uso racional
da água
AÇÕES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
PARA REVITALIZAÇÃO DOS RIOS
DE ERECHIM
Ações de educação
ambiental em
restaurantes,
farmácias,
padarias
Ações de educação
ambiental em
supermercados
Cursos,
palestras,
eventos
Projeto selecionado dentre as 50 prioridades do Ministério da Justiça– Brasil – 2009.
Ministério da Justiça ‐ Secretaria de Direito Econômico ‐ Conselho Federal Gestor do
Fundo de Defesa de Direitos Difusos.
Edital 13.430/2009
Convênio nº 748197/2010 gerado pelo Portal de Convênios – SICONV, de acordo com as
normas contidas na Constituição Federal
Processo nº 08012.006486/2009‐17
“
O projeto apresenta evidente perspectiva de
ganho ambiental e social ao município, com
destaque para a metodologia proposta, que agrega
três importantes missões: ressocialização de
apenados por meio da implementação de um
projeto de recuperação ambiental com viés
educacional; diagnóstico da degradação ambiental
junto aos mananciais que drenam o município,
tratando‐se inclusive de um dos tributários cuja
água é utilizada para o abastecimento público
(ressalta‐se que o diagnóstico viabilizará a
proposição de prognósticos, com a indicação de
ações corretivas e remediadoras aos impactos
observados); a provocação do envolvimento
comunitário e dos parceiros na implementação do
projeto, de forma diferenciada, na fase de
implementação do programa de educação
ambiental. Esses fatores agregam inovação a
proposta, bem como pauta seu enquadramento
nas finalidades do Fundo de Defesa de Direitos.”
Ana Beatriz de Oliveira
Conselheira Titular Ministério do Meio Ambiente
Conselho Federal de Direitos Difusos
151
Programa de Educação Ambiental
Inicialmente foi aplicado junto a população urbana um
instrumento de pesquisa para identificar as percepções de meio
ambiente da comunidade erechinense bem como as medidas
adotadas na gestão doméstica da água e do lixo.
Com os resultados da pesquisa partiu‐se para o passo seguinte que foi a elaboração do
programa de educação ambiental do projeto Revitalização dos Rios de Erechim que
definiu as ações a serem desenvolvidas, embasadas na Resolução Conama nº 422, de 23
de março de 2010, que estabelece diretrizes para as campanhas, ações e projetos de
educação ambiental, conforme Lei Federal no 9.795, de 27 de abril de 1999.
Percepções sobre meio ambiente, gestão do lixo e da água
Foram aplicados instrumentos de pesquisa (Apêndice B) junto a comunidade nos
bairros Centro, São Cristóvão, Progresso, referente ao trecho urbano onde passa o rio
Tigre, região mais populosa do entorno dos rios. Buscou‐se identificar as percepções de
meio ambiente da comunidade bem como as medidas adotadas na gestão doméstica da
água e do lixo. Após a tabulação dos dados foi diagnosticado que:
Visão de meio ambiente
Para a maioria dos entrevistados o meio ambiente é visto como natureza intocada,
verde, mato, apresentando uma visão fragmentada dissociada homem‐natureza.
Alguns depoimentos:
152
“Ar puro, Vida” (J.R.)
“Vegetação, árvores” (C.P)
“Floresta, terra” ( D.B)
“Preservação, fauna e flora” (M.Z)
Fonte: Pesquisa de Percepção. Eloverde, 2010
No entendimento de Reigota (1996) o meio ambiente
não é apenas sinônimo de meio natural, mas sim
“
(...) um lugar determinado e/ou percebido onde
estão em relações dinâmicas e em constante interação
os aspectos naturais e sociais. Essas relações acarretam
processos de criação cultural e tecnológica e processos
históricos e políticos de transformação da natureza e da
sociedade.”
Quando questionadas, as pessoas identificam a questão
ambiental também como um problema: a poluição dos
rios, lixo, agrotóxicos, esgoto a céu aberto,
alagamentos. Acreditam que a solução dos mesmos
encontra‐se nas mãos do poder público que é
responsável pela coleta, saneamento básico,
abastecimento de água. 76% das pessoas entrevistadas
responderam que a responsabilidade é do poder
público (fonte: pesquisa de percepção, Eloverde, 2010).
E a parte do cidadão? Só se reduz o desperdício quando
há ameaça real de falta d’água ou mesmo seca.
A Educação Ambiental não é necessariamente uma
prática pedagógica voltada para a transmissão de
conhecimentos sobre ecologia.
“
basicamente a participação dos cidadãos nas discussões
e decisões sobre a questão ambiental.” (REIGOTA, 1994,
p. 10).
Gestão da água
O consumo médio de água por mês nas residências é
desconhecido pela maioria da população que
estabelece relação com o valor gasto por mês e não com
relação ao consumo e uso do recurso. Na pesquisa
realizada somente 20% souberam dizer qual o consumo
mensal em m³.
Não há preocupação significativa com a reservação da
água residencial através da coleta da água da chuva
(cisternas) e caixas d’água tratada. Isto é demonstrado
pelo baixo percentual de cisternas residenciais de
apenas 20%.
78% responderam fazer o controle de vazamentos
residenciais que está relacionado diretamente com o
custo da água.
50% dizem fazer reaproveitamento de água em casa
(fonte: pesquisa de percepção, Eloverde, 2010)
(...) Trata‐se de uma educação que visa não só a
utilização racional dos recursos naturais (...), mas
153
Metodologia
O programa de Educação Ambiental do RRE foi desenvolvido em etapas:
Gestão do lixo
Na pesquisa de percepção obteve‐se como resposta
comum que todos fazem a separação do lixo de forma
correta e que não existem dúvidas. No entanto, a
realidade mostra contradições, uma vez que no trabalho
de campo se observou in loco residências com lixo
jogados nos quintais, lixeiras contendo lixo misturado e
etc. O discurso não condiz com a prática.
Como resultado da aplicação do instrumento de pesquisa
de percepção ambiental:
* O cidadão coloca o problema para a prefeitura, mas
também não toma iniciativa para estar em dia com o seu
compromisso individual.
* Com relação à separação dos resíduos as respostas
demonstram que ocorre a correta separação na fonte,
embora a realidade mostre o contrário.
Quanto a compostagem, 36% responderam realizá‐la,
porém não foi avaliado se a prática está adequada.
154
2. Lançamento do projeto ‐ para a comunidade com objetivo de dar inicio
oficial ao processo de informar, comunicar e interagir com a sociedade
civil e a comunidade do entorno dos rios, além da realização do
mapeamento e limpeza dos rios Tigre, Suzana e Dourado.
Autoridades do Ministério Público, Fórum e equipe Eloverde no
evento de lançamento do projeto Revitalização dos Rios de
Erechim
3. Pesquisa de Percepção Ambiental
Falta noção referente a separação do lixo perigoso além
de não existir, na prática, infra estrutura que incentive o
cidadão a levar os materiais em pontos de coleta
específicos.
Não ocorre a devolução dos materiais – logística reversa ‐
que deveriam ser separados do lixo doméstico e
entregues aos comerciantes (lâmpadas fluorescentes,
pilhas e baterias, óleos e lubrificantes, eletroeletrônicos,
pneus e embalagem de agrotóxicos) (LF 12.305/10 –
PNRS).
1. Estabelecimento de parcerias – criada rede de apoio com objetivo de
mobilizar as lideranças locais que poderiam colaborar no processo de
dinamização das ações propostas: Brigada Militar, Polícia Ambiental,
Corpo de Bombeiros, Emater Municipal, UERGS, Sindicato Rural, SUTRAF,
meios de comunicação (rádios, jornais, TV), grupo de escoteiros
Tupinambás e Acauã, Comitê de Bacia Hidrográfica Apuaê Inhandava,
Prefeitura Municipal, Câmara de Vereadores.
4. Elaboração de Material Didático – utilizado nas oficinas e demais
ações, material para distribuição e apoio na realização das atividades.
5. Ações de Educação Ambiental com a comunidade
7. Comunicação e mídia digital
Cesto para resíduo orgânico com pets e outros materiais
misturados.
8. Fórum de Encerramento
Antônio Carlos Ribeiro ‐ Juiz da VEC,
Jacqueline B. Menegatti ‐ Assistente Social,
Maurício Sanchotene de Aguiar ‐ Promotor de Justiça do MP
9. Manifesto
10. Documentário e Relatório Final
155
Elaboração de material didático
Como embasamento para a produção de material
didático foram utilizados os resultados da pesquisa de
percepção ambiental da sociedade civil, a legislação em
vigor (Política Nacional dos Resíduos Sólidos ‐ LF
12.305/10, Política Nacional dos Recursos Hídricos – LF
9.433/97), as concepções de meio ambiente e educação
ambiental da equipe técnica. Também se considerou o
público e a metodologia a ser empregada. Todos os
materiais desenvolvidos foram criados para dar suporte
às diversas estratégias metodológicas aplicadas no
desenvolvimento do programa.
156
Dentro disto, o material foi dirigido principalmente ao
público adulto (comunidade em geral, lideranças,
professores, acadêmicos), do espaço urbano.
A equipe técnica de educação ambiental produziu
materiais didáticos com o intuito de subsidiar as ações
programadas. Foram produzidos os seguintes materiais:
Banners
Os banners foram produzidos
para chamar a atenção da
realidade dos rios Tigre, Suzana e
Dourado de Erechim, incentivar
boas práticas no dia‐a‐dia e levar
ao conhecimento do cidadão a
responsabilidade compartilhada.
Este material foi colocado em
diversos locais (bancos,
empresas, escolas,
supermercados, restaurantes,
órgãos públicos) provocando o
olhar, a leitura e comentários dos
cidadãos.
Banners “Dicas para
usar conscientemente a
água e para melhor
separação do lixo
doméstico”
Banners Gestão
Compartilhada da Água
e Gestão
Compartilhada do Lixo
157
Painel colocado na tela que
cerca o parque junto a
entrada da academia do
parque.
Banner das funções e da
realidade atual do parque.
Folders e materiais diversos
Folders de apresentação; disco
informativo para separação do lixo
doméstico; souplat do lixo e da água
para restaurantes; adesivos com a
marca do projeto; cartazes da gestão
compartilhada do lixo e da água. Os
cartazes foram produzidos para
trazer à tona a responsabilidade
compartilhada do cidadão e do
poder público acerca da gestão da
água e dos resíduos sólidos. Assim, o
conteúdo dos cartazes visou orientar
e propor alternativas para a ação do
cidadão nos espaços em que vive.
Também placas adesivas para
ônibus, farmácias, restaurantes;
cartela para jogo “separe os
materiais”.
Folder de apresentação do
projeto Revitalização dos Rios
de Erechim.
Bottons e canetas
158
159
Banner utilizado para dinâmica da Oficina
Separação do Lixo Doméstico “Para onde vai”?
160
Banner Rio Dourado e Rio Suzana.
Convite para o Fórum de Revitalização
dos Rios de Erechim
Jogo de placas: materiais para separação do lixo.
161
Souplats temáticos
distribuídos em
restaurantes
(tema: água e lixo)
Economia e combate
ao desperdício de
água nas diversas
atividades diárias
Reduzir a geração
do lixo e
separá-lo na fonte
Tratamento primário
de esgoto (fossa séptica
e filtro) na residência
Reutilizar e
reciclar
pápeis e óleo usado
Reservação
de água
(caixa d’água
e cisterna)
Fazer a
compostagem
Cuidar das
instalações
hidráulicas e lavar a
caixa d’água a
cada seis meses
Descartar o lixo
perigoso nos pontos
de coleta
Realização
54 3522 9659
www.eloverde.org.br
INSTITUTO SÓCIO AMBIENTAL VIDA VERDE
Mousepads
Pastas para eventos do
projeto
162
163
Disco temático sobre a separação do
lixo doméstico.
164
Camisetas Temáticas Revitalização
dos Rios de Erechim
165
Ações de Educação Ambiental
Atividades focadas na Educação
Ambiental, chamando e
sensibilizando sobre a
responsabilidade de cada um
neste processo, trabalho corpo‐a‐
corpo com a comunidade,
atingindo grupos heterogêneos
de jovens a idosos.
166
Restaurantes e Padarias
RESUMO DE AÇÕES REALIZADAS
TOTAL
Oficinas Temáticas (Água e Lixo)
64
Ações em Restaurantes e Padarias
17
Ações em Agências Bancárias
6
Exposições em Empresas
24
Total de Atividades Realizadas em Educação Ambiental
133
Público Atingido
216.725
Voluntários Treinados
37
Horas Voluntárias
1.284
Eventos Realizados (Lançamento, Seminário das
águas, Fórum Encerramento)
3
Distribuição de discos,
exposição de banners, e placas
temáticas de consumo
consciente, colocação de
cartazes; e souplat
informativos e interativos
sobre lixo e água, assinatura
de manifesto.
No trabalho dos restaurantes
fo ra m s e l e c i o n a d o s 1 7
restaurantes do centro da
c i d a d e at i n g i n d o 2 . 4 6 0
pessoas que tiveram contato
com disco informativo assim
como participaram da
assinatura do manifesto e
tiveram contato visual com os
banners temáticos.
167
Educação Ambiental
em Empresas
Distribuição de discos,
exposição de banners,
c o l o c a ç ã o d e c a r t a ze s ,
assinatura do manifesto.
Oficinas temáticas de Separação do Lixo Doméstico e do Uso Racional da Água
Durante as oficinas foram realizadas dinâmicas de interação.
Dinâmica aplicada na Oficina de Separação do Lixo Doméstico
Dinâmica 1: Jogo “3 R’s”
Supermercados
Distribuição de discos,
exposição de banners,
c o l o c a ç ã o d e c a r t a ze s ,
colocação de souplats
informativos e interativos
sobre lixo e água, assinatura
de manifesto.
168
Participantes: dividir os participantes em 2 grandes grupos
por cores (marrom e amarelo).
Materiais: Placas com fotos de resíduos variados e cestos
coloridos: amarelo (metal), vermelho (plástico), azul (papel),
verde (vidro), branco (resíduo hospitalar), marrom (resíduo
orgânico) e cinza (rejeito).
Procedimento: O grupo que iniciará o jogo recebe as placas e
define onde cada placa deve ser colocada depositando‐a no
cesto colorido que considera corresponder ao resíduo.
Este procedimento será realizado para cada grupo. O
monitor anotará os erros e acertos de cada grupo,
pontuando os acertos. Ao final, o grupo vencedor será
aquele que obtiver maior número de pontos.
Objetivo do jogo: Apresentar a correspondência das cores
dos cestos com cada tipo de resíduo.
Consolidar conceitos apresentados na oficina sobre a gestão
dos resíduos sólidos.
Dinâmica “Jogo dos 3 Rs”.
169
Dinâmica utilizada na Oficina Temática de Uso Racional da Água
Dinâmica 2 : Perguntas e Respostas
Materiais: Cartas de perguntas e respostas.
Procedimento: Por sorteio se distribui um envelope
com uma carta de pergunta para cada equipe. Os grupos
recebem folhas e lápis para anotarem as respostas. Os grupos
terão 5 minutos para responder. Vencido o prazo cada grupo
fará a leitura das respostas em voz alta.
A(s) resposta(s) que mais se aproximarem da resposta
constante nas cartas respostas ganhará 1 ponto. O grupo
vencedor será aquele que obtiver maior número de pontos.
Repete‐se a dinâmica mudando a pergunta.
Dinâmica 4: Uso racional da Água
Materiais: Souplat da água.
Procedimento: cada time terá que desenvolver um exercício,
calculando o consumo de água na sua residência no mês.
Objetivo: mostrar a importância de relacionar o uso do
recurso natural, com o valor financeiro.
Ganhará o grupo que tiver o maior número de acertos.
Dinâmica 3: Para onde vai?
170
Materiais: Banner “Para Onde Vai”, adesivos coloridos e folhas
para cada subgrupo de participantes.
Procedimento: Sentados em grupos, cada um irá marcar, no
guia do seu grupo, o tratamento mais adequado para cada tipo
de resíduo apresentado no quadro “Para Onde Vai”. A partir
disto, o grupo deverá chegar a respostas comuns por equipe e
marcá‐las na folha que será distribuída para cada grupo. Esta
folha é igual à contida no guia.
Após todas as respostas marcadas, o grupo elegerá um
representante para ir à frente e marcá‐las no banner através de
etiquetas coloridas. Cada grupo será representado por
adesivos de uma cor. A cada resposta certa o grupo ganha um
ponto.
Objetivo: Conscientizar para o tratamento mais adequado para
os diferentes tipos de resíduos.
Dinâmica “Para onde Vai”.
171
ESTATÍSTICA DAS OFICINAS
64 OFICINAS
4.590 PARTICIPANTES
22 ESCOLAS
12 ENTIDADES
172
173
Educação Ambiental
em Ônibus Urbanos
Exposições
Realização de exposições
fotográficas que mostravam a
s i t u a ç ã o e m q u e fo ra m
encontrados os Rios durante as
etapas de limpeza.
Distribuição de discos
informativos e interativos sobre
separação do lixo doméstico e
uso racional da água, exposição
de adesivos temáticos de
consumo consciente,
assinatura de manifesto.
UFFS
Câmara de Vereadores
Palestras E Cursos
Palestra com a temática água e
lixo em empresas e escolas.
Exposição Master
174
Exposição em Bancos
175
Caminhada, Manifesto na rua.
Educação Ambiental e Ação de Limpeza
1. Juntamente com a ação de limpeza foi realizada a educação
ambiental na comunidade do entorno, com visitas as famílias
ribeirinhas, distribuição de material e acompanhamento das
problemáticas.
2. Na Etapa de Limpeza realizada no Rio Suzana realizou‐se
atividade com o grupo de escoteiros Tupinambás e nesta
atividade aproveitou‐se para informar sobre o projeto, dar
dicas de educação ambiental, aguçar a percepção dos
integrantes para a problemática do lixo e das águas de
1
176
2
superfície, evento considerado positivo, pois o adolescente
logo será o adulto atuante da sociedade e o grupo como um
todo colaborador do meio ambiente.
3. Conscientização através de música, com a apresentação de
Roque Afonso Skowronski, que voluntariamente participou
das atividades de Limpeza. Através da música de sua autoria
“A História de um Rio”, levou muita alegria e satisfação para
equipe e a população que acompanhava o trabalho.
3
177
Comunicação e Mídia Digital
Jornal, Rádio e TV
A impressa de Erechim garantiu total apoio ao projeto, divulgando as
atividades realizadas e potencializando as ações de Educação Ambiental,
através de publicação de reportagens e anúncios de atividades do projeto de
forma impressa e versão on‐line. Foram dois anúncios diários durante todo o
período do projeto (Vídeos animados de 30’), 15 reportagens regionais, 1
reportagem de âmbito estadual.
Mídia Impressa
Ao longo dos 10 meses do projeto todos os
Jornais da cidade divulgaram de forma
intensa as atividades do projeto, inclusive
em capa.
Parceria firmada com o site do CLICRBS ‐ Erechim: onde foram postadas 30
reportagens. Site parceiro da Eloverde, noticiário online de maior acesso no
município de Erechim, com acesso e participação ativa da comunidade
através de comentários.
Na RBS TV foram dois anúncios diários durante todo o período do projeto.
Outras veiculações Online
178
Divulgação no site: Planeta SOS.
Correio do Povo Online
Jornal Boa Vista, Bom Dia, Correio do Povo, Diário da Manhã, Voz Regional e Zero Hora.
179
Newsletter e Banner On‐line
Encaminhamento em meio
eletrônico para todo o grupo de
contatos do projeto, notícias, ações,
cronograma de atividades.
Interatividade nas redes sociais
A fim de promover a Educação Ambiental e unir
colaboradores e voluntários foi criado um perfil no
Twitter (www.twitter.com/eloverde), lá foram
divulgadas todas as ações do projeto Revitalização dos
Rios de Erechim. Para divulgação dos vídeos das ações
realizadas, etapas de limpeza e eventos, foi
c o m p a r t i l h a d o
n o
Yo u Tu b e
www.youtube.com/eloverde, outra ferramenta
utilizada foi o Orkut (www.eloverde.com.br/orkut)
onde foram divulgadas as fotos de todos os eventos
realizados.
Site do projeto revitalização:
http://www.eloverde.com.br/revitalizacao/
Todas as informações referentes ao projeto, notícias,
divulgação das ações de EA e Limpeza, rede de apoio e
contato.
182
183
Spots de rádio veiculados diariamente nas rádios parceiras (Cultura, Difusão, Erechim, Virtual)
RAP Revitalização dos Rios
Plástico, papel
Metal e papelão
Pet, vidro
Não é lixo não
Consuma sem abuso
Tudo isso tem reuso
Repare, Aprenda
Gerando emprego e renda
Pet, vidro
Não é lixo não
Tudo isto tem reuso
Não é lixo
180
Conversa entre Caipiras
Cumpadre ....
As águas do Tigre eram mais caudalosas que a gente
tomava banho tempos atrás ...e agora hum....
Não dá nem pra chegar perto ...
O que se acha que ta acontecendo cumpadre?
Falta de respeito né...tão jogando lixo no esgoto
...cheira mar..tem roupa pendurada nos galhos,
parece até pinheirinho sô...
Pois é...
Ainda ontem falei com nosso companheiro que
gostava de pescar sabe?
Não dá peixe só sai lixo do anzol
Temo que cuidá do rio gente!
É mesmo ...
“Acorda Erechim”
Outdoor
Jogo de Futebol
O Rio Tigre com suas nascentes nos bairros:
Centro, São Cristóvão, Progresso, Atlântico,
Distrito Industrial, entre outros
Forma sua micro bacia e entra em campo com
esta formação
Do outro lado a comunidade de Erechim para
mais uma jornada esportiva
Começa o jogo.... Apita o juiz:
Opppaaaa!!! O que é isso... já no inicio nos
primeiros lances do jogo nos deparamos com
uma jogada suja.
E ai Fagundes o que você esta vendo dentro de
campo??
Olha ...é falta... Falta de respeito com o rio, é
muita sujeira jogada nas margens e leitos do Rio
Tigre.
Oh comunidade não é assim que se joga com a
natureza heim, vamos jogar limpo, vencer a
poluição, o lixo e o desmatamento.
Você tomou conhecimento da realidade das
águas do Rio em Erechim.
E VAI FICAR ASSIM???
Veiculação de 19 outdoors em
diversos pontos da cidade,
para visualização de toda a
comunidade mostrando a
grave situação encontrada
nos Rios de Erechim, convite a
voluntário, divulgação do
Fórum de encerramento.
181
Fórum de Encerramento
No fórum de encerramento do Projeto Revitalização dos Rios de Erechim
foram apresentados os resultados do trabalho em especial no que se refere
ao Mapeamento de Cenários, Educação Ambiental e Limpeza dos Rios, que
sensibilizou a comunidade Erechinense para o estado crítico dos rios Tigre,
Suzana e Dourado.
E para finalizar os trabalhos a equipe apresentou as proposições do projeto
de Revitalização dos Rios Erechim, e a entrega do manifesto ao Ministério
Público.
Ao longo do dia o público teve a oportunidade de conhecer a exposição de
banners e fotografias do projeto.
184
Entrega do Manifesto
Teve como destaque o painel comunicação e educação ambiental que
apresentou depoimentos e testemunhos de apoiadores, patrocinadores e
meios de comunicação.
Abaixo assinado da sociedade civil solicitando melhor
gestão no tratamento dos resíduos sólidos domésticos e
tratamento do esgotamento sanitário de Erechim.
Foram coletadas 5.000 assinaturas da sociedade civil,
representando 5% da população de Erechim.
O manifesto foi entregue ao representante do Ministério
Público Estadual, promotor de justiça Maurício
Sanchotene de Aguiar no encerramento do Fórum do
Projeto Revitalização dos Rios de Erechim.
185
Depoimentos e comentários
31.01.2011 Limpeza Rio Tigre ‐ Bairro Progresso
“Preservar nosso habitat e proporcionar uma melhor
qualidade de vida às futuras gerações é um dos lemas que está
inserido dentro da proposta dos associados do Erechim Jeep
Clube”, destaca Adilson Stankiewicz, secretário do Clube.
31.01.2011 Limpeza Rio Tigre Bairro Progresso
“Soube das atividades da Eloverde através da imprensa e,
sensibilizado pela sua importância, resolvi dar a minha
contribuição na limpeza e preservação de nossos rios”. João
Kleber Brhem, 69 anos
10.01.2011 Limpeza Rio Tigre Bairro Progresso
“Não é mais possível presenciarmos a destruição da natureza
e de nossos rios e não darmos a nossa parcela neste processo
educacional. Acompanho o trabalho desenvolvido pela
Eloverde na imprensa e, desta forma, estou dando a minha
contribuição”. Sandra Mara Comin
06.01.2011 Educação ambiental Bairro Progresso
Para a moradora Lurdes Salete dos Santos, existe um grande
acúmulo de lixo na sanga, onde moradores locais e de outras
localidades depositam o seu lixo. “A prefeitura fez um grande
mutirão para recolher o lixo, mas após dois ou três dias o lixo
já estava no mesmo local. O caminhão passa até três vezes por
semana, daí não há a necessidade para se jogar o lixo no rio.
Se houvesse uma conscientização de todos, não haveria mais
186 enxurradas”.
Carlos Nei de Oliveira destaca que a comunidade local
gostaria que houvesse um terreno para que pudessem
colocar os restos de poda, corte e grama. “Se o caminhão não
leva, por mais que se deixem tudo organizado na sacola de
lixo, tentamos até misturar com o lixo orgânico, mas os
recolhedores percebem e acabam não levando”
Já para Marli Florkoski, moradora da Rua João Batista Puerari,
existe alagamentos em épocas de chuva, em que o cheiro é
muito forte. “Já procuramos manter contato com a Prefeitura
Municipal, mas até o momento não obtivemos resposta.
Alguns vizinhos estão indo embora devido a este fato”,
finaliza.
10.01.2011 Limpeza Rio Tigre Bairro Progresso
José Paz de Oliveira vê a situação do rio Tigre como péssima,
principalmente do mau cheiro e a água que invade grande
parte da área próxima a sua casa quando de grandes
enxurradas. Para ele, a iniciativa da Eloverde é muito louvável,
mas que deveria haver por parte da Prefeitura Municipal uma
maior participação, especialmente porque o acúmulo de lixo
nas margens do Tigre é muito grande, o que depende de uma
grande quantidade de pessoas envolvidas e um maquinário
específico para isto.
17.01.2011‐ Limpeza Rio Tigre Bairro Progresso
Pondo a mão na massa junto com os voluntários, o morador
Paulo Ricardo da Silva, 27, lamentou a situação precária do Rio
Tigre e também destacou a falta de conscientização com
relação a separação do lixo e a coleta seletiva. “Não tem
porque jogar no rio se o caminhão passa para recolher o lixo.
Este era um rio usado para o banho e pesca, e hoje se encontra
deste jeito. Temos que cuidar de nossa água, pois até podemos
passar fome, mas não podemos ficar sem a água”.
07.02.2011 Limpeza Rio Tigre Povoado Capra
Moradora do Povoado Capra, Rio Tigre, Normeli Carlesso, 56,
lembra do rio quando construiu a sua primeira casa há 30
anos. Um tempo em que, segundo ela, a sujeira existia, mas
não na quantidade que hoje é vista. O cheiro do rio também é
muito forte, lamenta. “Lamento ver o rio como se encontra
devido à irresponsabilidade das pessoas que usam o leito para
depósito de lixo, mesmo sabendo que existe a coleta. Em nossa
localidade são duas vezes por semana”.
Para Gabriel Leonardo da Silva, 10, a situação do rio está
muito ruim, pois como qualquer criança gostaria de tomar
banho de rio, mas o mesmo não propicia isto. Ele lamenta que
muitas pessoas joguem o lixo, mas garante que as crianças
fazem a sua parte cuidando para que não fique mais sujo.
05.03.2011 Limpeza Tigre
“Vejo no trabalho da Eloverde a origem de uma célula que vai
se disseminando em termos de conscientização e educação.
Um trabalho importante na orientação, mas estranho a não
participação dos moradores ribeirinhos neste processo”.
André Detoni, médico
31.01.2011 Limpeza Rio Tigre Bairro Progresso
“Vejo um rio sujo e sinto muita dor ao ver a realidade atual, em
especial quando constato que moradores jogam sacos e
outros lixos dentro do rio, principalmente à noite quando
ninguém está vendo, embora o caminhão faça o recolhimento
do lixo durante o dia. Lamentavelmente há um descaso muito
grande por parte da juventude com relação a atual situação.
O trabalho que a Eloverde faz é de extrema importância, mas
deve haver uma colaboração de todos para que se chegue aos
resultados propostos” garante Américo Martins, 62
14.03.2011 Limpeza Rio Tigre Povoado Capra
“Conseguimos tomar banho no Tigre até os meus 12 anos de
idade, momento em que a poluição começou a chegar,
acabando, inicialmente, com o plantio do arroz. No princípio
havia muita espuma de detergente, depois vieram os restos
dos frigoríficos, acompanhados com muito sangue. Depois
começaram a chegar os pets e, mais tarde, as roupas e outros
tantos tipos de lixo que iam se acumulando na beira do rio”,
lamenta. “Tenho um extremo cuidado para que o meu gado
não tome a água poluída, pois pode vir a adoecer. Tenho muita
preocupação com a poluição que aumenta a cada dia, já que 187
Depoimentos e comentários
esta situação acaba gerando uma desvalorização de nossas
propriedades, pois de que adianta estarmos próximos da água
se não podemos usá‐la”. Leonir Leis Poletto, 47
11.04.2011 Limpeza Rio Suzana
“Gostei muito de participar nesta atividade com a Eloverde,
pois vem conscientizar uma grande camada de nossa
comunidade, em especial aos jovens que estão participando
ativamente, mas para que surta efeito é necessário que todos
colaborem e parem de jogar o lixo na rua e nos rios. As pessoas
moram ao lado do rio, sabem sobre a sua importância, mas
mesmo assim não se dão conta do que estão fazendo. Um
grande prejuízo para si mesmo”. Vinicius Fávero, 13 ‐ escoteiro
do 44º Grupo de Escoteiros Tupinambás
“Estamos satisfeitos em poder estar junto a Eloverde neste
trabalho dentro do Projeto de Revitalização dos Rios de
Erechim. Sabemos que há muito trabalho a fazer ainda nos
rios, em especial no Tigre, sabemos também que quanto mais
pessoas engajadas neste processo maior a possibilidade de
resultados satisfatórios. Que bom que podemos fazer a nossa
parte, não somente como membros do Escotismo Mundial,
mas porque também ensinamos nossas crianças, jovens e
adultos a construir um mundo melhor para si e para seus
descendentes. Isto é salutar e possível, basta todos
colaborarem um pouco. Juntos chegaremos aos objetivos
188 esperados”. Paulo Hubner, Chefe da Tropa Sênior
18.04.2011 Limpeza Rio Dourado
“Da água vermelha e dos pets que passavam boiando pelo rio,
hoje vemos apenas água pura em sintonia com a natureza que
a circunda”. Estácia Kanigoski, 53 recebeu a Eloverde e
voluntários no Povoado Rigo, estrada que liga os municípios
de Erechim e Aratiba, os seis anos que está no local foram
significativos no que se refere a trajetória do rio Dourado, ou
seja, se há menos de uma década se via a água avermelhada
por causa de frigoríficos e curtumes, hoje a água se apresenta
de forma cristalina e, quando chove, por pouco não se arrisca
a beber a água.
14.05.2011 Limpeza Rio Tigre Propriedade Domingos
Bianchi
“Muito lixo que vem do centro, sofá, sacolas de lixo, o ano todo
está acompanhando pela televisão. Já teve pessoas que
passaram aqui e disseram que iam fazer o esgoto, mas depois
ficou tudo do mesmo jeito”. Cecília Gonçalves
“As pessoas vem da cidade e jogam o lixo, vem a noite, aos
domingos, é direto. Os moradores limpando o rio e os outros
jogando o lixo”. Erni Dias
23.05.2011 Limpeza Rio Tigre
Este é um grande exemplo de que é possível cada um a seu
modo, fazer a sua parte, e a prefeitura agradece a cada um
pelo trabalho que está sendo feito junto aos rios de nosso
município. “Em muito me engrandece estar hoje neste local
para ver o trabalho desenvolvido pela Eloverde. Lamentamos
a atual situação do Tigre e estaremos, de agora em diante,
engajados para que este trabalho de limpeza chegue à sua
excelência com a utilização de maquinário adequado para
remover a grande quantidade de lixo que se ainda se encontra
junto ao leito do rio, principalmente aquele que está
enterrado nas margens e nos pontos mais profundos e
inacessíveis a mão humana”, garantiu. Paulo Alfredo Polis‐
Prefeito Municipal de Erechim
“Senti a necessidade de fazer um latão de lixo que fosse
coletivo e mesmo assim, as pessoas jogam no chão”. Cledimar
Dal Ponte
“Se tivessem mais lixeiras coletivas seria bom. O caminhão do
lixo passa duas vezes por semana e as vezes falha”. Maria
Gonçalves
189
Considerações Gerais
Os moradores de Erechim tanto dos bairros como do
centro urbano e rural não percebem a dimensão da
responsabilidade que deve estar envolvida no
compromisso ambiental. Medidas básicas como: manter
limpo o entorno da residência, descartar corretamente os
resíduos orgânicos e secos, uso racional dos recursos
hídricos não se apresentou como atitude incorporada no
dia‐a‐dia, apresentou‐se no diálogo, mas não na ação e a
m a i o r i a d a s v e ze s re l e ga ‐ s e a t e rc e i ro s a
responsabilidade;
Há uma percepção de que o lixo atrapalha, mas não há um
movimento pessoal ou comunitário para melhorar a
questão, tem‐se nutrido o pensamento de que alguém ou
algum órgão é responsável e tem que tomar uma atitude;
Não há reflexões entre a influência negativa do acúmulo
de lixo e o descarte incorreto para manutenção da saúde;
Não percebem os malefícios das queimadas de restos de
poda ou varrição para sua própria saúde;
As pessoas de mais idade mostraram‐se apáticas, sem
iniciativa, não fazem diferenciação entre o discurso e a
prática;
Na maioria não possuem informações sobre meio
ambiente ou não conseguem refletir sobre as
informações que chegam até eles; há uma sensação de
impotência, gerada pelo terrorismo da mídia;
190
Quem não quer melhorar é campo infértil para educação,
é necessário buscar os que ainda vislumbram uma
possibilidade;
Para as pessoas que não se engajam, estimular a cópia de
conduta, talvez possa ser um paliativo;
Crianças do ensino fundamental mostram‐se confusas
entre o ambiente natural e o depredado;
Jovens do ensino médio não conseguem formar um censo
de análise e criticidade sobre os fatos do momento, não
conseguem estabelecer relações entre o causador e a
causa. Falta o conhecimento das leis e políticas do país;
A comunidade escolar com um currículo extenso muitas
vezes não consegue acompanhar a dinâmica ambiental e
contextualizar com seus alunos;
Faltam estrutura e política pública para lidar com a urgência
da questão ambiental;
O papel da mídia também deve ser revisado, pois ela terá
um papel fundamental para a efetivação de uma nova visão
ambiental, mais coerente e equilibrada;
Se pensar que retirar o lixo de um rio pode não resolver, é
verdade, só isso não resolve se comprova que as ações já
realizadas não têm atingido resultados práticos. Pode ser
uma hipótese a ser analisada adotar uma postura mais
rígida por parte dos gestores e de estímulo por parte dos
educadores;
Na percepção dos educadores há uma paralisia social frente
ao tema, inércia, visão restrita e a crença de que as crianças
é que vão ser a salvação do planeta;
A execução de inúmeras atividades que visavam o contato
direto com as pessoas em diferentes locais, recepção do
público e aparente aceitação da importância da ação não se
traduz em participação ativa e leva ao questionamento de
como estimular a participação coletiva?
As crenças de que é tão pouco o que faço que nem vale a
pena; fazer por que, se não dá em nada; é muito esforço
para pouco resultado; o que levo em troca do meu esforço?
Estas crenças impedem o indivíduo de agir;
Ao passo que as crenças de que tudo o que faço implica de
alguma forma dentro da minha realidade; fazer por fazer
sem esperar nada em troca e permitir que a realidade se
apresente sem expectativas é uma forma dinâmica de sentir
a vida e se sentir vivo, participando dela.
Outra percepção dos educadores em relação à sociedade
é a questão religiosa de final dos tempos, é uma crença
com conotação negativa que não colabora com a
construção de uma nova postura;
O adulto em idade produtiva tanto o patronal como o
funcionário absorvem‐se nas questões do dia‐a‐dia e não
conseguem refletir sobre questões que lhes parecem
abstratas e distantes;
191
Proposições de Educação Ambiental
192
1. DAR CONTINUIDADE ao programa de Educação
Ambiental do projeto Revitalização dos rios de Erechim
mantendo o foco no público adulto (gestores,
professores, estudantes, trabalhadores) do município
de Erechim. A aplicação do programa mostrou‐se
consistente e apresentou como resposta a
sensibilização da sociedade quando esta se deparou
com imagens da realidade local. Pensar global e agir
local.
4. ESTIMULAR, ENVOLVER E CRIAR ações proativas de
contenção social do lixo nas comunidades do entorno
do rio Tigre. Considerar os pontos críticos levantados no
trabalho para o desenvolvimento de ações focadas na
comunidade do local.
5. INSTRUMENTALIZAR professores com práticas de
Educação Ambiental para que se transformem em
multiplicadores na sociedade.
2. INFORMAR, COMUNICAR, INTERAGIR com a
sociedade através dos meios de comunicação e mídia
digital com campanhas objetivas que instrumentalize o
cidadão para gerar novas atitudes frente às questões
ambientais.
6. DESENVOLVER programas e ações de educação
ambiental para diferentes públicos (estudantes,
condomínios, entre outros) que promovam a não
geração, a redução, a reutilização e a reciclagem de
resíduos sólidos.
3. MANTER a parceira com Ministério Público e Fórum
que dá credibilidade ao projeto e contribui com o
aspecto social e inclusivo através dos prestadores de
serviço comunitários da Vara de Execuções Criminais
(PSC ‐ VEC) para execução das tarefas previstas.
7. CRIAR INFRA‐ESTRUTURA que facilite o
encaminhamento dos diferentes tipos de resíduos
domésticos pelo cidadão (resíduos tóxicos e resíduos
que a coleta comum não recolhe).
193
Depoimentos da equipe técnica
“Sem Educação Ambiental não é possível mudanças de
comportamentos e atitudes que viabilizem a Revitalização dos
Rios de Erechim. Limpar os rios é parte do processo agora
mantê‐los limpos só será possível com a educação da
população”. Márcio Freschi, biólogo
"Ter participado ativamente da Eloverde na sua divulgação,
transformou‐se em desafio que foi ultrapassado dentro do
trabalho jornalístico desenvolvido em todas as etapas. Como
Bacharel em Jornalismo, com monografia em Jornalismo
Ecológico, fazendo parte da Comissão de Implantação do
Parque Teixeira Soares no município de Marcelino Ramos,
escotista e co‐autor do projeto que visa preservar a espécie do
Gato do Mato no Alto Uruguai, a participação na Eloverde
soma‐se em mais um degrau para os trabalhos desenvolvidos
ao meio ambiente e a sua preservação. Gratificante em todos
os sentidos, em especial pela igualdade entre todos nos
trabalhos executados, o que fechou o mesmo com chave de
ouro. Todos somos irmãos para um único ideal, que é a
preservação de nossa raça no planeta". Carlos Alberto da
Silveira. Bel. em Jornalismo e acadêmico de Ciências Sociais
pela UFFS
“A participação no projeto Revitalização foi mais que ação
ambiental, pois me proporcionou um conhecimento real da
sociedade. Observei que a Educação Ambiental não esta
194 dissociada da educação do homem em seus aspectos mais
abrangentes e para valorizarmos o meio ambiente temos que
começar por valorizar o ser humano, investindo na educação.
Nosso cidadão em plena época da internet carece de
informação e aqueles que chegam até ela, não conseguem
decodificá‐las, compreendê‐las. Neste caso a Educação
Ambiental deve ser pensada como um saber aliado aos outros
saberes, permanentemente. Sinto que nosso país está
entrando numa nova era, aonde a qualidade deve ser
priorizada. Se puder deixar algo de aprendizado com a
participação no projeto, esse algo é a certeza que só pela
educação poderemos criar um Brasil sustentável”. Luciana
Inteker.Geógrafa. Esp. Educação Ambiental
“Participar ativamente das etapas de Limpeza e acompanhar o
árduo trabalho da equipe de Educação Ambiental nestes dez
meses foi gratificante, foi com muita dedicação que a equipe
que nos acompanhava soube transformar a triste realidade de
um Rio. Espero que a comunidade saiba valorizar o trabalho
realizado e assim possamos mudar definitivamente esta triste
realidade”. Quéli Giaretta. TI. Esp. Gerenciamento de Projetos.
“Agradeço a competência, a disposição, à motivação, a
persistência, a resistência, a parceria, o estar junto, com todos
que participaram do projeto Revitalização dos Rios de Erechim.
O projeto foi uma grande realização e demonstração da
capacidade de fazer acontecer, de realizar um sonho”. Rosane
Peluso. Economista.
195
Legislação Ambiental
BRASIL, Lei Federal 4.771/1965 Institui o Código Florestal.
Decreto Federal 97.628/1989 Regulamenta o art. 21 da Lei
4.771/65 e dão outras providencias. BRASIL, Lei Federal
7.803/1989 Altera dispositivos da Lei nº 4.771/65 (Código
Florestal Brasileiro). BRASIL, Lei Federal 5.197/1967 Dispõe
sobre proteção à Fauna.
BRASIL, Lei Federal 6.938/1981 Dispõe sobre a Política
Nacional de Meio Ambiente.
BRASIL, Lei Federal 7.347/1985 Dispõe sobre a ação civil
pública de responsabilidade por danos ao meio ambiente.
BRASIL, Lei Federal 7.754/1989 Estabelece medidas para
proteção das florestas existentes nas nascentes dos rios e dá
outras providências.
BRASIL, Lei Federal 9.433/1997 Instituiu a Política Nacional de
Recursos Hídricos.
BRASIL, Lei Federal 9.605/1998‐ lei crimes ambientais ‐
Estabelece sanções administrativas e penais por danos ao
meio ambiente.
BRASIL, Lei Federal n.º 9.795 de 27 de abril de 1999. Política
Nacional de Educação Ambiental.
BRASIL, Lei Federal 9.985/2000 Regulamenta o art. 225, § 1º,
incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema
Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá
outras providências.
Lei Estadual 9.519/1992 Institui o Código Florestal do Estado
do Rio Grande do Sul.
BRASIL, Lei Federal 10.165/2000 Altera a Lei nº 6.938, de 31 de
agosto de 1981, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio
Ambiente.
Lei Estadual 10.350/1994 Institui o Sistema Estadual de
Recursos Hídricos, regulamentando o artigo 171 da
Constituição do Estado do Rio Grande do Sul.
BRASIL, Lei Federal 12.305/2010 Institui a Política Nacional de
Resíduos Sólidos.
Lei Estadual 11.187/1997 Altera a Lei n° 11.019, de 23 de
setembro de 1997, acrescentando normas sobre o descarte e
destinação final de lâmpadas fluorescentes, baterias de
telefone celular e demais artefatos que contenham metais
pesados.
Decreto lei 7.404, 2010. Regulamenta a lei 12.305/10.
RESOLUÇÃO CONAMA 422, de 23 de março de 2010.
Estabelece diretrizes para as campanhas, ações e projetos de
educação ambiental, conforme lei federal no 9.795, de 27 de
abril de 1999.
Lei Estadual 6.503/1972 – Código Sanitário Estadual.
Lei Estadual 11.520/2000 Institui o Código Estadual do Meio
Ambiente do Estado do Rio Grande do Sul e dá outras
providências.
Lei Estadual 11.650/2000 Introduz alterações na Lei nº
10.350, de 30 de dezembro de 1994, que instituiu o Sistema
Estadual de Recursos Hídricos e na Lei nº 8.850, de 8 de maio
de 1989, que criou o Fundo de Investimento em Recursos
Hídricos do Rio Grande do Sul.
Lei Estadual 11.685/2001 Introduz alteração no artigo 7º da
Lei nº 10.350, de 30 de dezembro de 1994, que instituiu o
Sistema Estadual de Recursos Hídricos, regulamentando o
artigo 171 da Constituição do Estado, e alterações.
Decreto Estadual 38.356/1998 Aprova o Regulamento da Lei
n°9.921, de 27 de julho de 1993, que dispõe sobre a gestão
dos resíduos sólidos no Estado do Rio Grande do Sul.
RESOLUÇÃO CONAMA 303/02 de 20/03/02 – Dispões sobre
parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação
Permanente.
RESOLUÇÃO CONAMA 357/2005 Estabelece a classificação,
normas e padrões de qualidade das águas no território
nacional.
Norma ABNT NBR 10.004/2004 Resíduos sólidos.
196
197
Avaliando a Educação ambiental no Brasil: materiais audiovisuais. Organização: Larissa
Barbosa da Costa, Raquel Trajber. São Paulo: Peirópolis: Instituo Ecoar para a Cidadania,
2001.
Referencial Teórico
Cartilha do Comitê de Bacia Hidrográfica Apuaê‐Inhandava, 2008.
CASSOL, E. & PIRAN, N. Formação Geopolítica de Erechim. Perspectiva, Erechim, n.1,
p.5‐53, set.1975.
PHILIPPI, A.; PELICIONI, M (editores). Educação ambiental e sustentabilidade. Barueri,
São Paulo, 2005.
LÜDKE, Menga; ANDRÉ, Marli E. D. A. Pesquisa em Educação: Abordagens qualitativas.
São Paulo: EPU, 1986.
PIRAN, N. Contribuição ao estudo do clima de Erechim. 1982. 150f. Dissertação
(Mestrado em Geografia) Departamento de Geografia, UNSP – Rio Claro, SP.
Plano Ambiental Municipal de Erechim, 2006.
Consolidação do Conhecimento sobre os Recursos Hídricos da sub‐bacia de Captação
de água para o abastecimento público da cidade de Erechim e Elaboração de Plano de
Ações para Preservação dos Recursos Hídricos. SEMA, DRH, 2009.
RAMPAZZO, S. E. Proposta conceitual de zoneamento ambiental para o município de
Erechim (RS). São Carlos, PPG‐ERN‐UFSCar. Tese. 2003. 163p.
REIGOTA, Marcos. O que é Educação Ambiental. São Paulo: Brasiliense, 1996.
___. Meio Ambiente e representação social. São Paulo: Cortez, 1994.
ZANIN, E. M. Caracterização ambiental da paisagem urbana de Erechim e do Parque
Municipal Longines Malinowski. Erechim, RS. São Carlos, PPG‐ERN‐UFSCar. Tese. 2002.
163p.
198
VALE DO DOURADO
199
200
201
Apêndice B - instrumento de pesquisa
Apêndice A - instrumento de pesquisa
Voluntários do Projeto
Revitalizaçao dos Rios de Erechim
202
1. ADILSON STANKIEWICZ
26. CHARLINE UJACOV SILVEIRA
51. GELSON ALEXANDRE DE ANDRADE
76. LARISSA LEMOS
101. MARIA EDUARDA WENCZENOVICZ
126. ROQUE AFONSO SKWRONSKI
2. ADRIAN VINICIUS SÁ DE JESUS
27. CHERLEI COAN
52. GERSON LUIS CORAZZA
77. LAURA GIRARDI COLLET
102. MARIANA BACIQUETTTO
127. ROSANE MENNA BARRETO PELUSO
3. ALANA D. CANOVA
28. CLAUBER MACIEL
53. GUILHERME T. PAINI
78. LEANDRO ILHA
103. MARISTELA TAVARES
128. RUDINEI AMARAL
4. ALCIR FRAZZINI
29. CLEDIR GOMES
54. GUSTAVO DETONI
79. LEONARDO PAININ PAVLAK
104. MARTA BRITO VACCARO
129. SANDRA MARA COMIN
5. ALDAIR ADÉLIO GRANDO
30. CLEITON JUCELI CORREA
55. GUSTAVO SEBBEN
80. LIDIANE BERNARDI
105. MATEUS PERTILE
130. SCARLETT RAMOS
6. ALÉCIO MIGUEL DA ROSA
31. CRISTIANO DIAS DE ABREU
56. GUSTAVO ZANCHET
81. LUCAS AGUIAR
106. MAURICIO CARBONERA
131. SERGIO DA SILVA
7. ALINE NADAL
32. CRISTIANO SOARES CORREA
57. GUSTAVOTRENTINI BARANCELLI
82. LUCIANA INTEKER
107. MILENA BINOTTO
132. SUELEN TOCHETTO
8. ALTAIR BORDIGNON
33. DANIEL PERTILE
58. HERALDO BAIALARDI RIBEIRO
83. LUCIANO DORNELLES
108. MILENA REGLA
133. THIERRY MORAES
9. ANA PAULA ROMANOSKI
34. DANIEL VACARO
59. IGOR
84. LUCIANO RIBEIRO BATISTEL
109. MOISES ALAN HUBNER DE PARIS
134. TICIELE DAGOSTINI
10. ANDERSON VARGAS MARTINS
35. DANIELE SKROWNSKI
60. IGOR R. ALBUQUERQUE
85. LUCIANO TONIN
110. NADYNE BARBOSA LOURENÇO
135. VANESSA R. ALBUQUERQUE
11. ANDRE DETONI
36. DÉLCIO DA SILVA
61. ISABEL FÁTIMA DAL VESCO
86. LUCILA DOS SANTOS
111. NEIVACIR FÁTIMA TEDESCO
136. VINICIUS FÁVERO
12. ANDRE LUIS MENDES
37. DEOCLÉCIO CARDOSO
62. JACKSON MACHADO
87. LUIZ FIORI
112. PAMELA TOMAZ
137. VINICIUS FRACARO
13. ANDRÉ VALENTINI
38. DIEGO ZONTA
63. JAIME FRANCISCO DEOTI
88. LUIZ HENRIQUE MADRID
113. PAULO AFONSO ALBERTONI
138. VINICIUS DE FREITAS
14. ARIANE PASUCH
39. DIEGO MARQUES MENDONÇA
64. JANIO MARCIO MOURA
89. MARCELO M. FÁVERO
114. PAULO AMAURI LANDO JUNIOR
139. WILMA MULLER
15. ARIOS MIOTTO
40. DOMINGOS BIANCHI
65. JEFFERSON CANTELE
90. MAGNUS V. S. RAAS
115. PAULO ANDRÉ COSTA
16. AUGUSTO CÉSAR DURLI
41. EDSON RODRIGO DA COSTA TEIXEIRA
66. JEFFERSON STEFFEN
91. MARCELO BRESOLIN
116. PAULO ROBERTO HUBNER
17. BERNARDO M FUZINATO
42. EDUARDO MANFREDINI
67. JÉSSICA MARIA JEMICZAK
92. MARCELO GIACOMONI PES
117. PAULO ROGALSKI
18. BRUNA REGINA AGOSTINI
43. EDUARDO ROSA FERNANDES
68. JOÃO AUGUSTO MIOLA
93. MARCELO MUNIZ
118. PAULO ZILL
19. BRUNO CORAZZA
44. ELIANA MESTURA
69. JOÃO KLEBER BRHEN
94. MARCIA IRENE ROMMEL GONÇALVES
119. PEDRO HENRIQUE MENNA BARRETO PELUSO
20. CAMILA FARINA RIGO
45. EVERSON BASCHERA
70. JOÃO PAULO MOKVA
95. MARCIO FRESCHI
120. QUÉLI GIARETTA
21. CAMILA GAUER RAHMEIER
46. FELIPE BIANCHI FARINA
71. JOÃO VITOR DALLASSE
96. MARCIO PIETISCH
121. RAQUEL BRITO VACARO
22. CARLOS ALBERTO SILVEIRA
47. FERNANDA M. FÁVERO
72. JONAS PADILHA
97. MARCOS ANTONIO PELUSO
122. RENATO DE SOUZA
23 CARLOS RIZZARDI
48. FERNANDO FREITAS
73. JOSÉ IVAR RAMPAZZO
98. MARCOS DANIEL DA SILVA
123. RIAGO PADILHA
24. CAROLINA A. PIETROBON
49. FLÁVIO ANDRÉ DEMOLINER
74. JOSÉ RICARDO NUNES DE OLIVEIRA
99. MARCUS GRANDO
124. ROBERTO KANIA
25. CASSIO VALENTINI
50. GABRIEL PES
75. JULIANO ROMANI WITTINSKI
100. MARIA EDUARDA HORN
125. RODOLFO PETZHOLD JUNIOR
203
Rede de Apoio
LOGÍSTICA E SEGURANÇA
MEIOS DE COMUNICAÇÃO
2º PELOTÃO DA POLÍCIA AMBIENTAL
BRIGADA MILITAR
CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES DE ERECHIM
CORPO DE BOMBEIROS
EMATER MUNICIPAL / ESTADUAL
MORES LAZZARI E ASSOCIADOS LTDA
PREFEITURA MUNICIPAL DE ERECHIM
SEMENTES ESTRELA
SINDICATO RURAL
SUTRAF
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JORNAL BOA VISTA
JORNAL BOM DIA
JORNAL DIÁRIO DA MANHÃ
JORNAL VOZ REGIONAL
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RÁDIO DIFUSÃO AM /FM
RÁDIO ERECHIM
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VOLUNTARIADO
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ERECHIM OFF ROAD
GRUPO DE ESCOTEIROS ACAUÃ
GRUPO DE ESCOTEIROS TUPINAMBÁS
JEEP CLUBE
UERGS
VOLUNTÁRIOS
CONSELHO FEDERAL
GESTOR DO FUNDO DE DEFESA DE DIREITOS DIFUSOS
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA SECRETARIA DO DIREITO ECONÔMICO
PREFEITURA MUNICIPAL DE ERECHIM
GRAFFOLUZ IND. GRÁFICA
REALIZAÇÃO: ELOVERDE, 2011
ARTE/DIAGRAMAÇÃO: ASTRUS AGÊNCIA
IMPRESSÃO: GRAFFOLUZ
204
VALE DO DOURADO
205

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