Redação profissional

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Redação profissional
QUALIDADES DESEJÁVEIS NUM PROFISSIONAL UNIVERSITÁRIO
Dweck, J. e Zakon, A.
Original publicado na Revista de Ensino de Engenharia, 3 (2):125-128, 2o semestre de 1984.
1 - O conhecimento de sua especialização;
2 - Pensamento e raciocínio bem fundamentados e estruturados;
3 - Capacidade de organização e ação metódica;
4 - Vontade de estudar e aperfeiçoar-se;
5 - Habilidade de redação e exposição oral;
6 - Comportamento equilibrado e bom relacionamento humano no trabalho;
7 - Capacidade de discernimento diante de problemas;
8 - Saber comandar quando necessário;
9 - Iniciativa própria;
10 - Cumprir tarefas para as quais foi designado.
PERFIL DO ENGENHEIRO PARA O SÉCULO XXI
Leão, F.G.
Original publicado em
Jornal da ABENGE 3(6):1, Julho de 1995 e na Revista de Ensino de Engenharia, (14):10, setembro de 1995.
1 - Sólida formação básica específica;
2 - Emprego da informática como ferramenta usual e rotineira;
3 - Profunda cultura humanística, calcada na ética e na solidariedade humana;
4 - Conhecimento de uma língua aceita universalmente;
5 - Espírito de pesquisa e desenvolvimento;
6 - Capacidade de criar e operar sistemas complexos;
7 - Pré-disposição para trabalhar em equipe interdisciplinar;
8 - Compreensão dos problemas administrativos, sócio econômicos e do meio ambiente;
9 - Disposição para receeber novos conhecimentos (educação continuada);
10 - Utilização plena do Controle da Qualidade Total.
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1 Edição a Laser - A. Zakon
SUGESTÕES PARA UMA BOA REDAÇÃO
Abraham Zakon
Prof. Adjunto, Engo Químico, M.Sc., Dr. Eng. - Depto Processos Inorgânicos, Escola de Química, UFRJ.
Original publicado na Revista de Ensino de Engenharia, 5 (2):189-193, 2o semestre de 1986.
A redação de um trabalho e sua sintonia com os prováveis leitores são importantes durante a
organização do roteiro e na adoção da estrutura do texto. Um engenheiro pode escrever com estilo,
clareza, franqueza e informalidade, usando palavras comuns, para comunicar-se com a eficiência
desejada. As sugestões apresentadas aplicam-se a qualquer tipo de texto.
1. REDIGIR BEM TRAZ VANTAGENS
A reputação do engenheiro como profissional é determinada, em grande parte, pela redação dos
seus trabalhos. Dentro da empresa, sua posição é influenciada enormemente pelos seus relatórios. Na
comunidade da Engenharia ele é conhecido pelos textos técnicos (artigos, folhetos e livros) que
publicou.
Os assuntos técnicos podem constituir um verdadeiro desafio às habilidades de redação do
profissional. Mas, não existe nenhum assunto, tão complexo, que não possa ser claramente comunicado
a outras pessoas, mesmo que poucos estejam familiarizados com o tema abordado. A redação é um
trabalho como outro qualquer; torna-se tanto mais fácil quanto mais se a pratica. Embora muitos
julguem-se péssimos redatores, as dificuldades podem ser superadas. Seguem-se algumas
recomendações úteis.
2. ANALISE SEUS PROVÁVEIS LEITORES
Quem lerá seu trabalho e o quê deverá conhecer ? Provavelmente, seus leitores pertencerão a
uma das seguintes categorias:
Gerentes (ou Chefes) - que estarão principalmente interessados em suas conclusões e
recomendações.
Profissionais
- desejosos de saber como você executou seu trabalho e chegou às
suas conclusões.
Será necessário adotar uma linguagem moderada, ou prudente, para evitar conflitos de
interesses, ou ressentimentos ? Reconsidere os propósitos de sua mensagem: qual é seu conteúdo
principal ? Se você encontrasse seus leitores face a face, qual seria a primeira coisa que lhes diria ?
3. ORGANIZE UM ROTEIRO
Nem sempre os pensamentos ocorrem numa sequência lógica. A redaçåo consiste também na
ordenação das idéias no papel. Sugestões para pequenos textos:
1a - Defina o princípio, o meio e o fim do texto.
2a - Estabeleça títulos para aclarar e orientar o pensamento.
3a - Em seguida, escreva um rascunho.
4a - Feito este, verifique se a ordem das idéias pode ser melhorada. Houve esquecimento de
algo importante ? Ocorreram repetições desnecessárias ?
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Para textos grandes escreva dois tipos de roteiro:
1o - Sintético ou Resumido - contendo apenas títulos;
2o - Analítico ou Detalhado - indicando subtítulos e demais divisões.
Seu roteiro deverá espelhar idéias, raciocínios e conclusões, antes que você apresente
explicações, detalhes de demonstrações do seu raciocínio.
4. ADOTE UMA ESTRUTURA DE TEXTO
Eis três opções:
Jornalística - informe " quem, o que, onde, quando e porque ", como tópicos iniciais;
depois, detalhe-os progressivamente em diferentes níveis.
Sequencial - comece relatando trabalhos anteriores (seus e de outros autores);
apresente os atuais objetivos, métodos, cálculos e, finalmente, suas conclusões.
Coloquial - em forma de palestra, incluindo, ou não, perguntas e respostas.
Quando você estiver satisfeito com o roteiro e a estrutura, submeta seus primeiros esboços a
pessoas que os critiquem construtivamente.
5. ESCREVA COM ESTILO; SEJA CLARO
Ao redigir, sua preocupação básica deve ser a clareza, de modo que o leitor entenda exatamente
o que você imaginou. Uma frase não deve conter palavras inúteis; um parágrafo não deve conter frases
desnecessárias; evite repetições da mesma palavra numa frase. Consulte um dicionário para evitar
repetições.
Se você remover as palavras em excesso, o leitor lerá com mais clareza sua mensagem. Não
entregue o "acabamento" da sua redação a outros; habitue-se a encontrar as expressões adequadas.
6. USE PALAVRAS COMUNS
Para textos científicos é necessário, às vezes, empregar expressões técnicas. Mas, nem sempre o
leitor está familiarizado com o assunto abordado. É recomendável definir algumas palavras quando
estas aparecerem pela primeira vez.
Nunca tente impressionar o leitor com palavras difíceis; ele ficará muito satisfeito se você
apresentar novas idéias em termos simples e compreensíveis. Cada profissão, ou atividade, possui
palavras características, cujos significados são claros para quem as utiliza. Seja cuidadoso ao empregálas fora de suas respectivas áreas.
7. SEJA FRANCO E INFORMAL
Mesmo onde for necessária alguma formalidade, evite usar palavras pomposas, que desviam
"irreversivelmente" a atenção do leitor, do texto para elas próprias. Não use palavras longas e esnobes.
As palavras e frases curtas são fáceis de lembrar.
Toda redação envolve quatro pontos: você, seu objetivo, suas palavras e seu leitor. O leitor é o
mais importante, e você deve encorajá-lo a dar uma espiadinha no seu texto, até que acabe por lê-lo
completamente.
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Qualquer leitor, ao ler sua mensagem, está naturalmente interessado em descobrir nela algo que
lhe seja útil ou agradável. Ele está inclinado a acreditar no que você diz. Portanto, não "recheie" a
mensagem com detalhes supérfluos, pois isto a tornará desinteressante.
8. SEJA CONCISO E EXATO
Escolha palavras que possuam um significado concreto e preciso: evite aquelas de duplo
sentido. Palavras muito genéricas, como "transporte", podem confundir o leitor. É preferível
particularizá-las. Falando-se de viagens, citar "ônibus", "automóveis", "trens", etc.
A escolha dos objetivos também pode confundir. Devemos ser cuidadosos no qualificar as
situações, os objetos e as pessoas, para evitar interpretações indesejáveis. Use o dicionário par
encontrar as melhores palavras e sinônimos, e eliminar dúvidas.
9. ESCREVA BOAS INTRODUÇÕES
A introdução de um artigo deve destacar a importância do assunto abordado no texto; se a
introdução não agradar ao leitor, certamente o resto não será lido. Desperte a curiosidade do leitor,
persuadindo-o a ler todo o texto.
10. APRESENTE TÍTULOS INFORMATIVOS
A introdução, a primeira frase de cada parágrafo, o título e os subtítulos devem atrair e envolver
o pensamento do leitor.
Os títulos podem enfatizar as conclusões e ajudar os leitores a acompanhar seu pensamento.
Tente introduzir verbos. Exemplos: ao invés de "Sumário" escreva "Novo catalisador produz vantagens
no rendimento"; substitua a palavra "Introdução" por "Catalisador baseia-se em novas técnicas de
fabricação"; em vez de "Resultados", diga "Vantagens no rendimento dependem das condições de
operação".
Você pode objetar que tais títulos são muito informais para certas situações. Entretanto, são
interessantes, pois pela simples leitura do índice, os leitores poderão avaliar o conteúdo do texto e
descobrir rapidamente, os tópicos de maior interesse.
11. COMPLEMENTE O TEXTO
Uma boa argumentação poderá ser ilustrada por meio de fatos, observações da prática (ou da
experimentação) e, quando for o caso, por desenhos, fotos e gráficos.
12. FAÇA REVISÕES EM TODAS AS ETAPAS
Não se satisfaça com seu primeiro esboço. Mesmo os profissionais da escrita revisam
exaustivamente suas obras. Programe sua redação, fazendo com que seu primeiro esboço seja
arquivado por alguns dias, antes de revisá-lo. Este período de "esfriamento" permitirá que você releia e
analise o texto mais objetivamente, conforme outra pessoa faria. Seja frio e impiedoso durante a
revisão. Esteja certo de que os títulos são realmente informativos.
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13. APRESENTE A BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
Quando o texto não for original e as consultas a livros, periódicos e notas de aulas forem
necessárias, convém mencionar no final (ou às vezes, no princípio), as referências bibliográficas
usadas.
As referências bibliográficas devem ser relacionadas por ordem de aparecimento no texto
(podendo ainda ser numeradas), por ordem alfabética do último sobrenome do primeiro autor, e
poderão ser apresentadas segundo os seguintes modelos (atualizados em 1993):
Livro - sobrenome (s) do(s) autor(es) seguido(s) das iniciais dos prenomes, separados por traço do
título da publicação, seguido do número da edição, separado por vírgula da cidade (ou país) onde foi
publicado , separado por vírgula do(s) nome(s) da(s) editora(s) e, vírgula, ano da publicação.
Artigo em revista - sobrenome (s) do(s) autor(es) seguido(s) das iniciais dos prenomes, separados por
traço do título do artigo consultado, seguido do nome da revista sublinhado (ver abreviações do
Chemical Abstracts ou no rodapé ou topo das páginas do próprio texto), separado por espaço em
branco do número do volume sublinhado e número da revista entre parênteses, seguido de dois pontos e
número da página inicial, separado por vírgula do mês e ano da publicação (este entre parênteses).
Catálogo e Manual de Instruções - nome do fabricante (geralmente o(s) autor(es) permanece(m) no
anonimato), separado por traço do título, separado por vírgula da cidade (ou país) onde foi publicado ,
separado por vírgula do(s) nome(s) da(s) editora(s) e, vírgula, ano da publicação.
Observação: Os programas de calculadoras programáveis podem ser citados como contidos nos
manuais de uso daquelas máquinas quando são padronizados. Os textos tipo "apostilas" devem ser
tratados do modo indicado para os livros.
14. CONCLUSÃO
Um texto deve ser claro, conciso, coerente e conclusivo. O estilo fica a critério do autor.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HINE, E.A.; VINCE, V.; HUGHSON, R.V. - Write well and win recognition - Chemical Engineering,
82 (27): 40-52, Dec., 1975.
HISSONG, D.W. - Write and present persuasive reports - Chemical Engineering, 84 (14): 131-134,
July, 1977.
AGRADECIMENTOS: Ao Dr. Salo Bogomoltz e à Dra Adélia Maria Basílio Brandão Motta (in memoriam)
pelas sugestões e revisão do texto.
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INSTRUÇÕES PARA APRESENTAÇÃO DE TEXTOS TÉCNICOS
Abraham Zakon
Prof. Adjunto, Engo Químico, M.Sc., Dr. Eng. - Depto Processos Inorgânicos, Escola de Química, UFRJ.
Original publicado na Revista Brasileira de Engenharia Química, X (3):26-28, Dezembro 1987.
RESUMO
A formação de engenheiros químicos complmenta-se com o aprendizado da elaboração de texos técnicos
compatíveis com as suas atividades profissionais. São apresentadas a estrutura genérica para elaboração de relatórios,
monografias e projetos; normas para a execução dos gráficos e fluxogramas bem como para a apresentação da resolução
de problemas e cálculos. Os símbolos de equipamentos empregados em indústrias de processos químicos são também
apresentados como sugestão.
ABSTRACT
The formation of chemical engineers is complemented with training in the elaboration of technical texts
compatible with their professional qualifications. The basic rule for the preparation of reports , monographs and projects,
as well as the norms for the presentation of graphs and flowsheets, solutions and calculations are established in this guide.
Symbols of equipment employed by chemical process industries are also presented as a suggestion.
1. A ORGANIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES PROFISSIONAIS
Os engenheiros lidam obrigatoriamente com informações técnicas que podem ser veiculadas em
memorandos, desenhos, memórias de cálculo, listagens de computador, projetos e artigos, relatórios,
teses e monografias, apostilas e livros. Uma das características essenciais para o aproveitamento bem
sucedido de qualquer informação técnica é a noção de organização dinâmica ou sequencial do conjunto
que representa. Poucas pessoas tem a percepção de que qualquer processo possui início, meio e fim, e
que redigir ou veicular informações envolve tais etapas e outras tantas quantas forem necessárias para
abordar todos os aspectos técnicos envolvidos. Os documentos emitidos, após terem sido recebidos,
lidos e utilizados pelos seus leitores, são arquivados e constituem a organização estática das
informações. Um índice de arquivamento serve para orientar o usuário a encontrar suas informações no
local onde foi depositado e pode ser elaborado como se fosse uma lista (para os menos exigentes) ou
uma relação de ítens bem classificados, respeitando critérios e peculiaridades. É comum que alguns
professores ou chefes exijam dos alunos e engenheiros um padrão de elaboração de textos que não
tenha sido anteriormente ensinado na faculdade ou definido na empresa. As instruções aqui
apresentadas visam preencher tal lacuna.
2. RELATÓRIOS, MONOGRAFIAS E PROJETOS
Cada relatório deverá ser redigido de acordo com o seguinte esquema:
1 - Carta
2 - Sinopse
3 - Índice
4 - Textos
5 - Apêndice ou Anexos
6 - Bibliografia
2.1 - Carta - tem como objetivo encaminhar o trabalho à pessoa interessada. Deve ser escrita
em linguagem comercial simples e conter indicações suscintas sobre o assunto tratado e sobre quando,
onde e por quem foi realizado.
2.2 - Sinopse - esta parte deve apresentar, embora resumidamente, uma visão completa do
conteúdo do trabalho. Não deve nunca ultrapassar uma página e deve conter bem resumido o problema
estudado e os resultados obtidos, podendo mencionar o(s) método(s) empregado(s). É redigido, via de
regra, após a elaboração de todo o trabalho, pois assim propicia uma melhor visão do conjunto.
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2.3 - Índice - deverá abranger título e subtítulos mais importantes do texto e a respectiva
numeração das páginas onde estão localizados. Nos trabalhos que contenham menos de 30 páginas, o
índice pode ser suprimido na redação final, mas é conveniente ao(s) redator(es) prepará-lo durante a
elaboração do texto, pois auxilia muito na organização das informações que serão apresentadas. O
índice deve ser preparado, numa primeira versão, antes da elaboração de todo o trabalho, pois servirá
como uma espécie de roteiro.
2.4 - Texto - este será dividido em várias partes que deverão ser bem destacadas, com a ressalva
de que se recomenda iniciar a datilografia do conteúdo de cada subtítulo importante numa nova página
(embora nem sempre isto seja possível).
2.4 a - Introdução - informará sobre o objetivo do trabalho e da sua importância, podendo conter uma
descrição do processo, e também comentários sobre a disponibilidade das informações técnicas
indispensáveis ao trato do problema.
2.4 b - Teoria - deve abranger apenas o necessário à compreensão e à interpretação dos resultados. No
caso do projeto de equipamentos, será importante mencionar (e numerar) as equações envolvidas, os
algorítmos de cálculo, os tipos de equipamentos disponíveis, e os materiais e acessórios adequados (ou
indispensáveis).
2.4 c - Fluxograma de Processo ou de Operação do Equipamento - quando houver, torna-, se uma
parte importante para a apresentação do trabalho. Nele deverão ser indicadas as condições
operacionais, vazões, dimensões, e outras variáveis, mas limitadas exclusivamente aos objetivos do
trabalho.
2.4 d - Cálculos - expressam a aplicação da teoria ao caso específico do trabalho. Os cálculos serão
apresentados conforme normas próprias indicadas adiante.
2.4 e - Desenhos - além do(s) fluxograma(s), algumas vezes, torna-se importante a inclusão dos
desenhos isométricos e esquemáticos referentes ao(s) equipamento(s) envolvido(s). Nestes casos, os
desenhos serão apresentados dentro das Normas ABNT (NB-8) ou similares.
2.4 f - Recomendações ou conclusões - o processo abordado, os cálculos desenvolvidos e a seleção dos
materiais podem gerar observações importantes por parte do pesquisador ou projetista, e que poderão
ser importantes para a eventual utilização ou complementação do trabalho em fase posterior. O resumo
das principais observações indicadas ao longo do texto deverá ser apresentado de forma a incluir
recomendações, críticas construtivas sobre desenvolvimento do trabalho e seus resultados.
2.5 - Apêndice ou Anexos - deve incluir as informações acessórias julgadas importantes, tais
como folhas de dados, cópias de dados, cópias de tabelas e gráficos usdos nos cálculos (exceto as de
literatura técnica bem conhecida), material envolvido, gráfico(s) elaborado(s) pelo(s) projetista(s) para
solução gráfica e listagem de computador, quando esta estiver disponível.
2.6 - Referências Bibliográficas - devem ser citados apenas os trabalhos realmente utilizados
na execução do relatório, ou monografia ou projeto. As referências podem ser numeradas por ordem de
aparecimento no texto ou por ordem alfabética (recomendável, para evitar renumeração se houver
inclusão, remoção ou reposicionamento de parágrafos e frases), e serem redigidas nos modos abaixo:
2.6 a - Livro - sobrenome(s) do(s) autor(es) seguido(s) das iniciais dos prenomes, em letras maiúsculas,
traço e título da publicação, número da edição, cidade (ou país) onde foi publicado, nome(s) da(s)
editora(s), ano da publicação.
2.6 b - Revista - sobrenome(s) do(s) autor(es) seguido(s) das iniciais dos prenomes, em letras
maiúsculas, traço e título do artigo consultado, nome da revista em negrito ou itálico (ver abreviações
no Chemical Abstract), número do volume sublinhado e número da revista entre parêntesis; números
das páginas inicial e final, mês e ano da publicação.
2.6 c - Catálogo e Manual de Instrução - nome do fabricante, título, cidade (ou país) onde foi
publicado, ano da publicação.
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Os programas de calculadoras programáveis podem ser referenciados, se for o caso, como
contidos nos manuais de uso daquelas máquinas quando forem padronizados. Os textos tipo apostilas
devem ser tratados do mesmo modo indicado para os livros.
3. NORMAS PARA A EXECUÇÃO DOS GRÁFICOS
3.1 -Todo gráfico deverá conter um título indicando o texto ao qual pertence e o que nele está
representado.
3.2 - Use sempre letra de imprensa.
3.3 - Indique sempre as unidades das grandezas citadas.
3.4 - Escolha uma escala que seja de fácil leitura.
3.5 - Assinale nitidamente os pontos, usando convenções diferentes sempre que existirem no
mesmo gráfico, pontos de naturezas diversas; neste caso indique num quadrinho interno, ou no texto do
título (externo) a convenção adotada para cada tipo.
3.6 - Sempre interrompa a curva ao passar por cima de um ponto, para que todos fiquem bem
visíveis.
4. NORMAS PARA A EXECUÇÃO DOS FLUXOGRAMAS
4.1 - Todo fluxograma deverá possuir um título indicando o trabalho ao qual pertence e o que
nele está representado deve ser de compreensão imediata.
4.2 - Adote as normas dos ítens 3.2, 3.3, 3.5 e 3.6.
4.3 - Adote a simbologia indicada nas Figuras I e II ou alguma equivalente.
5. NORMAS PARA APRESENTAÇÃO DA MEMÓRIA DE CÁLCULOS
5.1 - Usar papel tamanho A-4 ou folhas padronizadas, de mesmo tamanho, com cabeçalhos
semelhantes ao exposto no Quadro I, exemplificando para uso em trabalhos escolares. Quando as
folhas de memórias de cálculo forem padronizadas, é conveniente preencher todos os cabeçalhos, para
evitar extravios ou mistura de documentos.
5.2 - No caso de projetos, os cálculos serão apresentados nas respectivas folhas da memória de
cálculos, manuscritos e a lápis, que será incluída no Apêndice ou Anexo.
5.3 - Escrever de preferência em letra de imprensa, vertical ou inclinada e sempre a lápis.
5.4 - Trace uma linha para separar os diferentes ítens do problema.
5.5 - Escrever sempre as equações, substituindo, em seguida, os símbolos pelos valores
numéricos das grandezas.
5.6 - Indicar sempre os cálculos que estão sendo efetuados bem como as justificativas
5.7 - Usar a vírgula e não o ponto para as frações decimais; o ponto sódeverá ser usado para
separar casa de milhar, milhões, etc.
5.8 - Para as frações usar o traço horizontal; para as divisões usar o traço de fração ao invés de
dois pontos; evite usar o ponto ou o sinal "x" para indicar uma multiplicação - usar neste caso os
parêntesis ( ) ( ).
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---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------DEPARTAMENTO DE PROCESSOS INORGÂNICOS
PÁGINA
de
ESCOLA DE QUÍMICA- CENTRO DE TECNOLOGIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
DATA
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Código e Nome da Disciplina (ou Nome do Projeto):
Autor(es):
Título do trabalho:
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Quadro I - Cabeçalho para folhas padronizadas das memórias de cálculos de engenharia
5.9 - Indicar sempre a unidade das grandezas utilizadas.
5.10 - Sublinhar os resultados intermediários que sejam importantes.
5.11 - Os resultados finais deverão ser indicados dentro de um retângulo, assinalado por uma
seta e o número do respectivo ítem. Exemplo:
2. CÁLCULO DO NÚMERO DE REYNOLDS
D = 30 cm
ν = 33 cm/s
µ =### 0,099 cp
ρ = 0,1 g/cm3
D ν ### ρ###
(30)(33)(0,1)
NRe ------------- = ---------------------- =
µ
(9,9) (10-5)
######
2
 106 ### ←###
###
5.12 - Quando os cálculos envolvem métodos iterativos ou tentativos, apenas os resultados da
primeira iteração deverão ser explicitados na memória de cálculo, conforme as instruções acima; as
demais tentativas poderão ser apresentadas numa tabela que conterá resumidamente todos os valores
das principais variáveis estimadas e calculadas.
5.13 - Nunca apresentar trabalho rasurado.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
6.1 - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE) - Manual do Autor, Rio
de Janeiro, 1979.
6.2 - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT) - Norma Geral de Desenho
Técnico, NB-8, Rio de Janeiro, 1970.
6.3 - LUDWIG, E.F - Applied Process Design for Chemical and Petrochemical Plants, Vol. 1, Gulf
Publishing Company, Inc., Massachussets, 1965.
6.4 - BROTZ, W. - Fundamentals of Chemical Reaction Engineering, Addison-Wesley Publishing
Company, Inc., Massachussets, 1965.
AGRADECIMENTO: Ao Prof. Bernardo José Guimarães Mascarenhas, pelo estímulo constante à
melhoria do nosso desempenho profissional e docente.
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CRITÉRIOS DE AUTORIA E CO-AUTORIA EM TRABALHOS CIENTÍFICOS
- QUEM SÃO EFETIVAMENTE OS AUTORES ?
Original publicado no SBM notícias n° 10, Setembro /94
Boletim editado pela Sociedade Brasileira de Microbiologia
Editores: Heloiza Ramos Barbosa e Maria de Lourdes Monteiro da Silva
Atualmente, vários trabalhos científicos são enviados para publicação contendo uma lista
enorme de autores e co-autores. Esse fato, em muitos casos é justificável, porém, em outros, é
questionável. Assim, fica a pergunta: quem são efetivamente os autores e em que ordem devem ser
citados ?
Esse assunto vem sendo discutido tanto a nível nacional quanto internacional. O 1° Seminário
sobre Editoração Científica de Revistas Editadas no Estado de São Paulo foi realizado no Instituto
Agronômico de Campinas. Seus anais, publicados em fevereiro de 1993, apresentam pronunciamentos
de vários conferencistas a respeito do assunto.
Em primeiro lugar, define-se " autor " como alguém que participou de tal forma do trabalho
a ponto de poder assumir publicamente, responsabilidade sobre o mesmo. A participação deve
incluir: (a) concepção e delineamento, ou ainda análise e interpretação de dados, ou ambos; (b) redação
do manuscrito ou sua revisão quando esta revisão corresponde a alteração importante do conteúdo; (c)
aprovação final da versão a ser publicada. Cada um dos três ítens citados deve ser atribuído a pelo
menos um dos autores.
A ordem em que os autores devem ser mencionados segue critérios que vêm sendo
tradicionalmente utilizados. Deve-se encabeçar a lista de co-autores como autor principal a pessoa que
idealizou o trabalho, que definiu o seu objetivo, propôs a metodologia e feralmente foi a responsável
pela análise dos resultados e crítica final de redação.
Quando se trata de orientador e estudante de pós-graduação, geralmente o primeiro é o
idealizador do trabalho, porém, neste caso, normalmente o primeiro lugar acaba sendo ocupado pelo
orientado. O orientador vem em último lugar.
Com frequência, o último autor da lista é um pesquisador experiente e que deve ter sido
consultado em várias fases da elaboração do trabalho, especialmente do seu delineamento e revisão do
manuscrito final. Quanto aos outros co-autores,, se seu papel não puder ser diferenciado, eles podem
ser mencionados, por exemplo, por ordem alfabética. Caso seja possível definir graus de participação,
estes definirão a ordem. O importante é que a definição da autoria seja definida por consenso, em
reunião com todos os envolvidos onde se discutam as razões da inclusão ou não de cada um e também
os critérios da ordem de citação.
Existem situações que não justificam a autoria de um trabalho. Assim, a simples coleta de
dados, revisão crítica, etc, devem ser referidas e a contribuição deve ser descrita no final do trabalho. O
quadro 1 seguinte apresenta as devidas justificativas para quem deve ou não participar do trabalho.
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1 Edição a Laser - A. Zakon
CRITÉRIOS DE AUTORIA E CO-AUTORIA EM TRABALHOS CIENTÍFICOS
- QUEM SÃO EFETIVAMENTE OS AUTORES ? - CONTINUAÇÃO
Original publicado no SBM notícias n° 10, Setembro /94 ,Boletim editado pela Sociedade Brasileira de
Microbiologia, Editores: Heloiza Ramos Barbosa e Maria de Lourdes Monteiro da Silva
QUADRO 1. JUSTIFICATIVAS PARA AUTORIA
AÇÃO
JUSTIFICA AUTORIA
NÃO JUSTIFICA AUTORIA
Origem da pesquisa
Desenvolvimento da hipótese a ser testada
Sugestão para que alguém trabalhe no
assunto
Revisões
Interpretação crítica dos trabalhos revistos
Sugestão para que seja feita a revisão
Pesquisa
Delineamento da pesquisa
Sugestão para que seja usado este ou
aquele delineamento
Desenvolvimento de um novo método
(laboratorial,
estatístico),
modificação
importante de um método ou técnica
Observação ou aplicação de métodos
conhecidos
Coleta e análise de dados pessoamente
observados
Ceder material ou dados obtidos na
rotina
Estudos clínicos
Novas técnicas diagnósticas ou terapêuticas
Realização de diagnósticos e terapêuticas
que seriam rotineiramente executadas
mesmo que não fizessem parte do
trabalho
Interpretação dos resultados
Proposta de nova interpretação do fenômeno
observado
Descrição rotineira de técnicas usuais
como sugestões sobre forma não
interferindo no conteúdo
Redação
Redigir a primeira versão ou revisão crítica
importante do manuscrito
Crítica da redação com sugestões sobre
forma não interferindo no conteúdo
Responsabilidade pelo conteúdo
Capacidade de justificar intelectualmente as
conclusões e discutir os resultados
Conferir legitimidade ao trabalho
Notas adicionais ao texto original:
1a - Constitui gesto de nobreza de caráter - em geral, bem recebido - agradecer no final de cada texto ou artigo ou trabalho
aos colaboradores que puderam atuar de uma das formas que não justificam autoria. Tal atitude contribui para neutralizar
possíveis insatisfações com omissões ou esquecimentos.
2a - Da mesma forma a citaçào de referências bibliográficas, além de imprescindível para ancorar trabalhos acadêmicos e
profissionais, serve para evitar insinuações de plágio parcial ou total de idéias.
3a - O agradecimento às instituições acadêmicas ou de fomento que ampararam estudos teóricos e experimentais é
igualmente imprescindível, pois serve para demonstrar publicamente a participação direta ou indireta das mesmas.