como fonte de vida

Transcrição

como fonte de vida
Ano 5 - JUNHO/JULHO 2009
Págs. 12 e 13
Pág. 8
Págs. 10 e 11
Música
como fonte de vida
Cooperado Marcelo Piraino apostou no talento
musical e fez carreira na Ospa, onde já tocou ao lado
de grandes nomes, como Pavarotti e Michel Legrand
CRESCIMENTO planejado
Banricoop ultrapassa os 4.000 cooperados
entrevista
Presidente da OCB, Márcio Freitas,
destaca o cooperativismo como
alternativa de desenvolvimento social
Perfil
Avaliação
cuidadosa dos
pedidos de crédito
A
cada
manhã,
a Sala de Reuniões da Ban-
ricoop é ocupada por
Carta do leitor
rs pa
o
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o
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Mar
uma equipe com uma
missão especial: analisar as solicitações de
crédito dos cooperados. O Comitê de Crédito
da
Cooperativa
avalia, em média, entre
O diretor administrativo Antônio Brasil Medeiros
Silva, a gerente Miriam e o diretor financeiro Elson
Derin Gewehr em reunião do Comitê
15 e 30 propostas de empréstimos e financiamentos por dia. Os
casos que chegam até o grupo são os que ultrapassam a alçada
dos gestores.
As reuniões contam com no mínimo três participantes, membros
da diretoria e da gestão da Cooperativa, que estudam detalhadamente cada solicitação. Eles analisam o histórico de relacionamento, as condições da operação, o cadastro e o enquadramento
Sim. Existem duas formas de
participação. A primeira se
refere aos juros pagos sobre o
capital médio, que é repassado
a todos os cooperados. A outra
ocorre através da realização
de operação de crédito ou
aplicações. Ao final do ano, as
sobras são apuradas e, posteriormente, a Assembleia Geral
Ordinária (A.G.O.) define de
quanto será o retorno sobre
cada tipo de operação.
do cooperado. As propostas podem ser aprovadas ou entrar em
exigências de documentos ou mesmo reforço de garantia, como
apresentação de avalista. Quando a solicitação extrapola os dispositivos regulamentares ou compromete a renda do cooperado,
o crédito é indeferido.
Escreva para a
Mais do que se preocupar com os recursos da instituição, o Comitê resguarda o cooperado. “Procuramos evitar uma bola de neve
de endividamento. Uma negativa, às vezes, tem o intuito de ajudar”, diz a gerente executiva da Banricoop, Miriam Cechin da Silva.
Essa avaliação detalhada faz da Cooperativa uma instituição de
ótima saúde financeira. No ano passado, a inadimplência estava
em 0,9%. Este ano, caiu para menos de 0,5%, enquanto a média
nacional no sistema financeiro é superior a 8%, de acordo com o
Banco Central.
Pergunte, sugira, dê palpites e ajude a
fazer a sua revista.
[email protected]
Conexões Banricoop
Programa da
Banricoop conquista
destaque em inovação
O
Programa Ideias de Futuro da Banri-
O consultor de gestão da Banricoop, Maximilia-
coop é exemplo de inovação para outras
no Carlomagno, salienta que o programa dá aos
instituições e empresas. O projeto foi
cooperados um grande potencial de transformar o
reconhecido como um caso de sucesso pela Esco-
futuro da instituição. “Não se trata apenas de ouvi-
la Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e
los, mas de abrir espaço para eles desenvolverem
também será apresentado pela gerente executiva
ideias de potencial inovador.” O case foi formatado
da Cooperativa, Miriam Cechin, no 10º Congresso
pelo consultor em parceria com o professor da
Internacional da Gestão, que ocorre de 20 a 22 de
ESPM Felipe Scherer.
julho na Fiergs, em Porto Alegre.
Na ESPM, a escolha foi feita por uma comissão
nacional. Visto que o programa se destacou em
critérios como relevância e bom resultado das
Simulador de Aplicações
to importante, que é a inovação”, avalia.
A ideia do cooperado Cristiano Martyniak de
Lima, da agência Canoas, está em desenvolvimento e deve ser implementada ainda este ano. Ele
propôs um simulador de investimentos, que ficará
disponível no site da Banricoop. Por meio da
ferramenta, será possível estimar valores futuros
de rentabilidade de alguma aplicação financeira
oferecida pela Banricoop usando dados históricos.
O Ideias de Futuro foi realizado em 2008 para esti-
Cônsul da Banricoop
mular os cooperados a proporem ações que visem ao
A proposta do cooperado Sérgio Theodosio
Gonçalves, da Infraestrutura, é eleger colegas do
interior do estado para serem
agentes da Banricoop. A
partir de um treinamento, eles
ficariam encarregados de
fomentar o cooperativismo na região. A Banricoop estuda o possível
formato e a estruturação
jurídica para que a ideia
seja colocada em prática.
estratégias, ganhou um espaço na Central de Cases
da instituição (www.espm.br, link “Publicações”).
O professor coordenador da Central no Rio Grande
do Sul, Roger Born, conta que o objetivo é possibilitar estudos de casos concretos. “O da Banricoop
será muito estudado, pois contribui com um assun-
desenvolvimento da Cooperativa. Foram escolhidas
duas sugestões, que se tornaram parte
dos projetos estratégicos da Banricoop
para 2009 e cujos autores receberam iPhones como prêmios.
4
As ideias de futuro
Gonçalves e Lima receberam prêmios
de Miriam por sugestões criativas
Visitas às agências divulgam
atuação da Cooperativa
H
avia algo diferente aquele dia na agência
Venâncio Aires. Faltava mais de uma
hora para a abertura ao público, mas
pessoas que não fazem parte do quadro de funcionários já circulavam internamente. Quando o
gerente-geral Afonso Estêvão de Rezende Júnior
chamou os funcionários para sentarem em círculo,
os olhares ficaram ainda mais curiosos. O gerente
explicou: tratava-se de uma visita da Banricoop.
As visitas fazem parte das ações da Cooperativa
para se aproximar dos banrisulenses do interior.
Todos os meses, por duas semanas, o coordenador
Gustavo entrega material sobre produtos e serviços da Banricoop
na agência de Venâncio Aires
da área comercial, Gustavo Bartz, pega a estrada e
Em cada visita, promove um bate-papo em
vai apresentar a instituição nas agências pelo Estado
grupo, mostra como a Cooperativa funcio-
afora. No dia em que foi a Venâncio Aires, 27 de
na, apresenta produtos e serviços, expõe
maio, estava acompanhado da redação da Conexão.
taxas e tira dúvidas. Ele também reserva
um tempo para conversas individuais, já
Gustavo Bartz rodou cerca de 2.400 quilômetros
que costuma ficar na agência durante todo
apenas em maio – o equivalente a viajar de Porto
o expediente. No dia de Venâncio Aires,
Alegre ao Sul da Bahia de carro. Com isso, foi a 18
o coordenador da área comercial circulou
agências e efetivou 97 cooperados. Entre as con-
pelo banco das 8h30min às 17h. Dos quase
quistas está a adesão de 100% dos funcionários das
30 funcionários, 19 preencheram no mes-
agências de Pantano Grande e Minas do Leão.
mo dia sua adesão à Banricoop.
Se a sua agência
ainda não foi
visitada pela
Banricoop e você
gostaria de conhecer
mais de perto o
funcionamento da
Cooperativa, entre
em contato pelo
e-mail banricoop@
banricoop.coop.br
ou pelo telefone
(51) 3216-1500.
A impressão dos funcionários
Ir pessoalmente às agências permite que a Banricoop perceba a impressão dos cooperados ou possíveis cooperados e conheça as necessidades de cada um. Na conversas
em Venâncio Aires, os funcionários falaram de suas intenções e expectativas em relação à Cooperativa.
Foi o caso de Marcelo Faccin (foto à esquerda).
Como está há pouco no Banrisul, ele não conhecia a instituição, mas já tinha experiência
como cooperado de crédito na
empresa em que trabalhou anteriormente e foi um dos
primeiros a preencher a adesão. “Fazer parte de uma cooperativa de crédito é uma experiência que só agrega. Eu
sou um gastador e o desconto do capital em folha é uma
maneira de poupar”, disse.
O gerente adjunto da agência, Gilmar Antonio Belatto,
também aderiu, mas com outra motivação. Ele explica:
“As pessoas da Cooperativa são de credibilidade e o fato
de a adesão não ter custos e tarifas é uma boa vantagem”.
5
Conexões Banricoop
Diretores e conselheiros eleitos dão continuidade
à evolução da Cooperativa
A
posse do Conselho de Administração/
crescimento, o fortalecimento e o planejamento
Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal
estratégico. A transmissão dos cargos foi realiza-
da Banricoop, eleitos para a próxima
da em seguida, com a presença de cooperados,
gestão, teve um discurso emocionado do Diretor-
representantes de empresas parceiras, novos e
Presidente Cirilo Augusto Thomas. Há mais de 20
ex-diretores e conselheiros.
anos à frente da instituição, ele destacou a união
e o esforço da equipe Banricoop, que vêm proporcionando uma grande evolução à Cooperativa.
Gestão 2009/2012
“Faço parte deste time desde o final dos anos
Conselho de Administração/
Diretoria Executiva
viços é cada vez maior e melhor”, declarou.
Presidente - Cirilo Augusto Thomas
Diretor Administrativo - Antônio Brasil Medeiros Silva
Diretor Financeiro - Elson Derin Gewehr
Conselheiros
Almir Dutra de Miranda, Artemino Raimundo Rosin,
Hildor Ênio Faber e Jaime Sulzbach
O evento de posse ocorreu no dia 22 de maio,
Gestão 2009/2010
1980, mas ainda me sinto um jovem apaixonado
no sentido de transformar a Banricoop. Estamos
em processo permanente de evolução. Já são mais
de 4 mil cooperados, e a oferta de produtos e ser-
no Espaço Banricoop, na sede da Cooperativa.
Conselho Fiscal
Começou com uma apresentação para os dirigen-
Conselheiros efetivos - Otilo José Plentz, Gilberto
Souza Oliveira e Jorge Luiz Neves
Conselheiros suplentes - Dalja Maria Bohn e Noeli
Perinetto Pontel
tes eleitos, quando a gerente executiva Miriam
Cechin abordou o modelo de gestão, as ações de
Foto: Marcelo Amaral
6
Presentes na posse: Faber, Sulzbach, Brasil, Thomas, Rosin, Oliveira, Gewer, Dalja, Plentz e Neves
Planeje suas férias com
as dicas da Banricoop
V
ocê já pensou para onde vai nas próximas
Há um telefone e um e-mail exclusivo para esclare-
férias? Os cooperados Banricoop podem
cer dúvidas dos cooperados. Entre em contato pelo
ir mais longe e com mais tranquilidade.
(51) 3287-1900 ou convenio_banricoop@flytour.
A Cooperativa, que já oferecia facilidades para o
com.br e se informe. Sobre a Flytour, você pode
financiamento de viagens, agora dispõe de profis-
saber mais acessando o site www.flytour.com.
sionais para ajudar no planejamento e na concretização dos passeios que você sempre sonhou. Em
Conheça a Flytour
parceria com a Flytour, uma das maiores empresas
A Flytour tem a maior rede de agências de viagens
de turismo do Brasil, a Banricoop dá dicas de
do Brasil, é a quarta maior empresa de turismo no
destinos, roteiros nacionais e internacionais e faz
país (segundo o Anuário de Turismo Exame 2007)
orçamentos comparativos.
e a maior emissora de bilhetes aéreos da América
Latina. Fundada em 1974, tem mais de 200 uni-
Outras vantagens para os cooperados a partir da
dades de negócios e 2 mil colaboradores. Há três
parceria são a facilidade para informações e o
anos, adquiriu as operações da American Express
suporte para obter a documentação necessária para
Business Travel no Brasil. Dispõe de pacotes, cru-
sair do país – como passaporte e vistos consulares
zeiros marítimos, reserva e emissão de passagens
–, além da assessoria aeroportuária nos principais
aéreas, reserva de hotéis, locação de carros, reserva
aeroportos nacionais.
de traslados e passeios.
Roma, na Itália, é um dos grandes destinos turísticos mundiais
7
Conexões Banricoop
Banricoop ultrapassa
os 4.000 cooperados
O
mês de maio de 2009 ficará na história
diz que leu o fôlder e a revista da instituição para
da Banricoop. A Cooperativa chegou aos
ficar por dentro de todas as vantagens.
4.000 cooperados – agora, já são mais
de 4.100 –, com um bom crescimento no interior
Outro impulso para a expansão da Cooperativa é
do estado, que representa em torno de 35% do
a divulgação feita pelos próprios cooperados, que
quadro social. O desenvolvimento, no entanto, é
usaram os produtos e os serviços e comprovaram
planejado. A Banricoop busca a ampliação para se
os benefícios. É o caso de Maria Andrea Tholozan
tornar mais forte e oferecer cada vez mais bene-
Kurtz, da agência Medianeira, de Santa Maria.
fícios, porém não abre mão de manter o atendi-
Cooperada há anos, ela faz questão de estimular
mento personalizado e de se preocupar com as
os colegas a entrarem para a Banricoop. “A Coope-
necessidades e os objetivos de cada cooperado.
rativa sempre me ajuda quando eu preciso fazer
empréstimo ou quero aplicar dinheiro”, explica.
E para chegar a essas conquistas, a instituição vem
divulgando sua atuação com visitas às agências
Kátia Scotton, da DG, é cooperada há 20 anos e
Banrisul e se aproximando também dos familiares
elogia: “A instituição está sempre inovando, bus-
de funcionários do banco, destacando que eles
cando parcerias que visam oferecer, além do bom
podem obter as mesmas vantagens dos banrisu-
atendimento, produtos e serviços de qualidade”.
lenses ao se tornarem cooperados.
Kátia apresenta a Cooperativa aos colegas, fornece
o telefone de contato e recomenda a adesão. “Te-
Foi numa visita da Banricoop que a cooperada
nho orgulho de participar”, justifica.
4.000 fez a sua adesão. Iara Costa, da Unidade
de Infraestrutura de Tecnologia da Direção-Geral
Se você ainda não é cooperado e quer se informar
(DG), conta que ingressou pensando no futuro.
sobre a Banricoop, pode ligar para o
“Com um pequeno valor mensal descontado em
telefone (51) 3216-1500 ou acessar
folha, faço uma poupança. Também posso adquirir
o site www.banricoop.coop.br.
produtos e ter baixas taxas de juros”, justifica. Ela
A evolução com o passar dos anos
3.821
cooperados
3.003
cooperados
2.555
cooperados
2.355
cooperados
2005
2006
2007
2008
“Ingressei na Cooperativa
pensando no futuro. Com
um pequeno valor mensal,
que é descontado do meu
salário sem eu sentir, faço
uma poupança”,
declara a
cooperada 4.000,
Iara Costa
Talento Cooperado
A vida ao som de
S
entado junto à plateia de estudantes que
assistia atenta a um concerto da Orquestra
Sinfônica de Porto Alegre (Ospa), Marce-
lo Bruno Piraino se viu envolvido por curiosidade,
emoção e prazer. Com 15 anos, não imaginava que,
passado algum tempo, ele estaria no palco, como
integrante daquele espetáculo mágico.
O hoje cooperado Marcelo Piraino, 45 anos, investiu na carreira de músico numa época em que as
artes não eram tão bem vistas como profissão. Filho de bancários, servidores do Banrisul, preferiu as
notas musicais às de dinheiro.
A trajetória começou com um curso de flauta doce
na Discoteca Pública Natho Henn, da Casa de Cul-
“A música é uma fonte de prazer, um meio de vida e um agente formador em
caráter, educação e conhecimentos gerais”, diz Marcelo Piraino
tura Mario Quintana, durante as férias de julho do
Ensino Médio. Um ano depois, passou na seleção
aproximação com essa arte: “A música influencia o
para a Escola de Música da Ospa (atual Conservató-
modo de vida das pessoas e atualmente o acesso é
rio Pablo Komlós) e, logo depois, no vestibular para
fácil. Na internet, é possível encontrar muita coisa
o bacharelado em Música na Universidade Federal
boa e diversificada. Existem meios para buscar in-
do Rio Grande do Sul (Ufrgs).
formações. Não é preciso deixar a mídia controlar
Ele também estudou clarinete baixo na Holanda,
durante um ano, e ganhou uma bolsa para especialização de duas semanas na Itália. Toda essa dedicação se somou ao talento e ao gosto pelo que faz
para abrir caminho ao sucesso profissional. Hoje, o
músico, que toca clarinete baixo, comemora uma
carreira de 20 anos na Ospa.
A música tem sentidos diversos na vida de Piraino. “É uma fonte de prazer, um meio de vida e um
agente formador em caráter, educação, conhecimentos gerais.” Por isso, ele aconselha a todos uma
A Ospa
A Ospa é a segunda orquestra mais antiga do país
em atividades ininterruptas. Além dos Concertos
Oficiais, que este ano ocorrem no Salão de Atos
da Ufrgs, em Porto Alegre, faz apresentações pelo
interior, atingindo um público anual médio de 100
mil pessoas. A Orquestra vai construir seu novo
teatro, ao lado da Câmara Municipal da capital.
Foto: Genaro Joner/Agência RBS
as músicas que você vai ouvir”.
um concerto
O dia a dia de um músico
O prazer e a realização que Marcelo Bruno Piraino
No palco com
Pavarotti e Legrand
encontra na música compensam a correria do tra-
Cada concerto é único. A reação do público, a interação, a emo-
balho. A sua rotina é ocupada com ensaios quase
ção... Em algumas cidades do interior, um concerto da Ospa é
diários na Ospa, concertos durante a semana e aos
um acontecimento singular. Por isso, as pessoas não hesitam
sábados e domingos e ainda aulas de música. Pirai-
em pedir autógrafos aos músicos, conta Marcelo Piraino.
no é professor de clarinete e saxofone no município
de Montenegro, na Fundação Municipal de Artes
Também é especial quando a apresentação ocorre para crianças.
(Fundarte) e em cursos da Universidade Estadual
É o caso da Série Concertos Legais, realizada no Salão de Atos da
do Rio Grande do Sul (Uergs). Ainda participa de
Ufrgs. Os olhos vidrados e o entusiasmo da plateia de pequenos
um projeto social em Campo Bom, a Orquestra de
apreciadores tornam o momento ainda mais mágico.
Sopro Eintracht, de formação de músicos.
Mas dos milhares de concertos de que Piraino já participou, alMarcelo Piraino é casado com a professora de mú-
guns têm lugar especial na memória. Como o do dia 14 de junho
sica e musicista Cristina Bertore dos Santos e tem
deste ano, com o pianista francês Michel Legrand, a cantora Pat-
uma filha chamada Clara, de 10 anos, que já fre-
ty Ascher e a harpista (e mulher de Legrand) Catherine Michel.
quenta aulas de flauta doce.
Outro ocorreu em 1998, no Beira-Rio, quando a Ospa acompanhou o tenor Luciano Pavarotti. A emoção começou na prepaPiraino em concerto com Michel Legrand,
Patty Ascher e Catherine Michel
ração e culminou no dia do espetáculo. “No cenário, havia colunas romanas de quase três metros de altura, de madeira. Num
ensaio, bateu um vento Sul e uma
das colunas, que eram montadas às
pressas, foi caindo devagar”, lembra. Mas deu tempo de os músicos
correrem e ninguém se machucou.
Piraino conta que Pavarotti não participava desse ensaio e que quando
o tenor ensaiou com a Orquestra,
não foi nada simpático, além de
cantar num tom muito baixo. “Ele
queria poupar a voz. Só que na
hora da apresentação para o público, meu Deus... Tive a sensação de
estar com uma lenda.”
Entrevista
O
cooperativismo de crédito vem colhendo os frutos de sua competência e capacidade de gerar ganhos sociais.
Essas conquistas estão representadas no desenvolvimento do setor, no apoio crescente dos governos e, mais
recentemente, na aprovação de uma legislação que regula o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo. Em
entrevista à revista Conexão, o presidente do Sistema OCB – Organização das Cooperativas Brasileiras e do Serviço
Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), Márcio Freitas, faz um balanço dos últimos anos e destaca o potencial da cooperação como uma alternativa para superar momentos difíceis, como a crise financeira que se
instalou no mundo desde o ano passado.
“A cooperação é uma
alternativa para sup
Revista Conexão - Nos últimos
dos benefícios do Sescoop, voltado para capacitação,
anos, as cooperativas de crédito
educação e profissionalização de dirigentes, cola-
cresceram e ganharam apoio
boradores e associados (Lei 11.524/07). Outro é a
governamental no País. O que
lei que adequou os planos de segurança das coo-
está estimulando isso?
perativas de crédito de forma compatível com suas
Márcio Freitas – A atuação das
estruturas (Lei 11.718/08). Soma-se ainda a liberação
cooperativas em suas bases, onde
do Programa de Capitalização de Cooperativas de
promovem a circulação financeira e
Crédito (Procapcred), que já disponibilizou R$ 600
geram riquezas, tem papel fundamen-
milhões para o aumento do patrimônio e alavanca-
tal nesses avanços. E vale destacar o
papel das centrais, confederações e do
gem de negócios, e, neste ano, a conquista histórica
da Lei do Cooperativismo de Crédito (130/09).
Sistema OCB.
Que benefícios traz essa nova lei, que regula o SisteQuais são os princi-
ma Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC)?
pais avanços?
Desde 1988, a Constituição Federal cita que o Sis-
São muitos.
tema Financeiro Nacional (SFN) e seus entes serão
Um é a lei que
regulados por leis complementares e, assim, após
permitiu às
20 anos, o cooperativismo de crédito viu aprovada a
cooperativas
sua lei. Ela promove situações que dão consistência
de crédito
à verticalização, elevando a capacidade de ganhos
participarem
de escala e qualificação. Permite a ampliação dos
e usufruírem
mandatos de conselheiros fiscais e, por conse-
“Com a organização
das pessoas e a
ajuda mútua, o
cooperativismo pode
melhorar a
qualidade de vida
dos seus associados
e das comunidades”
perar dificuldades”
quência, maior otimização dos recursos e resultados.
panham o crescimento médio do mercado e, por
Prevê ainda proporcionalidade de votos em centrais
vezes, são mais positivos. É o caso da carteira de
e confederações. Enfim, potencializa um crescimento
empréstimos que, em 2008, cresceu 36,7%, contra
sustentado do cooperativismo de crédito.
28,2% dos demais atores do SFN. A concentração
pode trazer implicações em qualquer mercado, e a
Mas ainda há bandeiras do cooperativismo de crédi-
livre concorrência, proporcionar ganhos aos usuários.
to não contempladas? Como lutar por elas?
Precisamos avançar em algumas questões, entre
No atual cenário econômico do País e do mundo, o
elas, a possibilidade de movimentação, pelas coo-
que a essência da cooperação pode representar?
perativas de crédito, dos recursos da União, estados
Na abertura da Conferência Brasil-União Europeia,
e municípios. No país, segundo o Banco Central,
em maio, o presidente do Banco Central, Henrique
tínhamos 2.199 municípios sem agência ou posto de
Meirelles, citou o cooperativismo de crédito como
atendimento bancário em 2008. Ou seja, quase 40%
exemplo de disseminação do crédito e instrumento
dos municípios brasileiros. O cooperativismo se faz
de regulação de preços do mercado financeiro. Vejo
presente em muitos deles e, com autorização, pode-
que o cooperativismo, pela organização e ajuda
ria gerir os recursos de tais comunidades, evitando
mútua, pode melhorar a qualidade de vida de seus
evasões de divisas e fortalecendo a economia.
associados e das comunidades. Na Europa, no pósguerra, as cooperativas foram as grandes responsá-
Como está o desempenho do sistema cooperativo
veis pelo processo de reconstrução do continente.
comparado com o do sistema financeiro tradicional?
Neste momento de crise, mais uma vez, a coopera-
A convivência entre eles é vista como saudável?
ção se mostra uma alternativa inteligente para supe-
Os indicadores do cooperativismo de crédito acom-
rar dificuldades e promover o desenvolvimento.
13
Saúde
Cuidado com o que
você come no inverno
C
hega o frio e, com ele, a vontade de abusar
recomendação científica de que se deva comer mais”.
de chocolates quentes, fondues e outros
Já o médico nutrólogo Luiz José Varo salienta que
alimentos que aquecem, mas costumam
algumas atitudes garantem o cuidado com a saúde
ser recheados de gorduras e açúcares. Tem gente que
em qualquer época do ano. “Coma de tudo sem
se apoia na tese de que o organismo precisa de um
comer tudo, reforce o consumo de frutas e verduras
maior número de calorias no inverno para manter a
e pratique exercícios”, recomenda. Varo lembra que
temperatura, mas é bom saber que médicos e nutri-
mesmo as gorduras têm seu papel no organismo.
cionistas têm opiniões divergentes sobre o assunto.
Quentes e saudáveis
Todos os profissionais de saúde, no entanto, con-
• Se o frio afasta a von-
cordam com uma questão: exagerar nas comidas
tade de comer saladas frias,
gordurosas e esquecer os grandes fornecedores de
consuma mais legumes
vitaminas e minerais, que são as frutas e as verduras,
cozidos, refogados, em sopas
faz um grande mal para a saúde.
e caldos. Para refogá-los, use
panelas teflon, evitando o
Segundo a nutricionista Cíntia dos Santos Costa,
membro do Conselho Regional de Nutrição, sabe-se
que o corpo requer mais calorias no frio, porém, a
ciência ainda não determinou qual a necessidade
exata. “Ao que tudo indica, não é tão alta a ponto de
aumentar a quantidade de alimento ingerido”, alerta.
Isso porque o mecanismo corporal humano é bem
óleo. Porém, os vegetais crus
não devem sair por completo do prato.
• Para cozinhar os vegetais e evitar que eles percam as fibras, aqueça a água primeiro e somente
após acrescente os alimentos. Lembre-se de que
brócolis, repolho, couve e couve-flor ficam prontos com apenas um “banho” de água quente.
regulado e ajustável, explica o médico endocrinolo-
• A ingestão de líquidos é muito importante.
gista Fernando Gerchman, dos hospitais Moinhos
Chás, sopas e caldos podem entrar no cardápio,
de Vento e de Clínicas. Ele afirma: “Não conheço
mas não se esqueça da água natural.
SOPA CREMOSA DE ABOBRINHA
Ingredientes:
14
1 colher de sopa de manteiga light
100g de alho-poró em fatias
500g de abobrinhas cortadas em
pedaços
1 xícara de agrião
Orégano e sal a gosto
Sugestão: nutricionista
Cíntia dos Santos Costa
Modo de preparo:
Em uma panela, refogue rapidamente
na manteiga o alho-poró, a abobrinha e
junte o agrião. Tempere com orégano e
sal. Assim que ferver, tampe a panela e
aguarde sete minutos. Deixe a mistura
esfriar um pouco e passe-a no liquidificador até obter a consistência cremosa.
Aqueça novamente e sirva acompanhada
de torradinhas.
Ano 5 - Edição JUNHO/JULHo 2009
Órgão oficial da Cooperativa de Economia e
Crédito Mútuo dos Empregados do Banrisul.
Praça da Alfândega, 12 - Sala 301 - Porto Alegre/RS
Fone: (51) 3216.1500
E-mail: [email protected]
Site: www.banricoop.coop.br
Ouvidoria: 0800.707.6051
CNPJ: 92.935.741/0001-82
Conselho de Administração
Diretor-Presidente: Cirilo Augusto Thomas
Diretor Administrativo: Antônio Brasil Medeiros Silva
Diretor Financeiro: Elson Derin Gewehr
Conselheiros: Almir Dutra de Miranda, Artemino
Raimundo Rosin, Hildor Ênio Faber e Jaime Sulzbach
Execução: Lig Comunicação
www.ligcomunicacao.com.br
Jornalista responsável: Jorge Lopes (MTb 6702)
Produção gráfica: Suzete Moura Lopes
Redação: Carine Simas (MTb 9547)
Projeto Gráfico e Editoração: Michelle Loeffler
Revisão: Patrícia Aragão / Revisão Textual
Tiragem: 4 mil exemplares
Impressão: Ideograf
A revista Conexão é uma publicação da
Banricoop, que não é responsável por opiniões nem conceitos emitidos em entrevistas, artigos e colunas assinadas.
É vedada a reprodução total ou parcial do conteúdo desta
revista sem a prévia autorização e citação da fonte.

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