Untitled - Castelo Branco

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Untitled - Castelo Branco
SUMÁRIO DA DISCIPLINA
Plano da Disciplina ...................................................................................................................................... 92
UNIDADE I
Texto 1: Conceito de Empreendedorismo ................................................................................................... 94
Texto 2: Perfil do Empreendedor ................................................................................................................ 95
Texto 3: Características do Comportamento Empreendedor ...................................................................... 97
UNIDADE II
Texto 4: O Plano Estratégico: Missão, Visão, Oportunidade e Criatividade ........................................... 109
Texto 5: Plano de Negócio ......................................................................................................................... 111
Glossário .................................................................................................................................................. 135
Referências bibliográficas ........................................................................................................................ 136
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Plano da Disciplina
Carga Horária Total: 30h/atividades
Créditos: 02
Relevância da Disciplina
A disciplina apresenta a concepção de empreendedorismo na sociedade contemporânea e a importância do
perfil empreendedor no gerenciamento de projetos e constituição de novos negócios, tendo em vista o acelerado processo de mudança por que passam as relações de trabalho neste século, no qual o emprego dá lugar a
novas formas de participação.
As exigências do mundo contemporâneo apontam para a necessidade do desenvolvimento de características
do comportamento empreendedor, independente da condição de empregado ou empregador. Portanto, a introdução da cultura empreendedora no ambiente educacional e a formação de empreendedores não significa
apenas formar empresários, mas, sobretudo, despertar nos futuros profissionais a capacidade de identificar
oportunidades e buscar recursos para transformá-las em riqueza e inovação, sob os princípios da ética e da
cidadania, priorizando o respeito ao homem e ao meio ambiente.
A inserção da disciplina Empreendedorismo no seu curso de graduação reflete o interesse da Universidade
Castelo Branco - UCB em despertar nos seus alunos, independente da profissão escolhida, o olhar do empreendedor que é: aquele que escolhe cuidadosamente o caminho para atingir suas metas e define seus objetivos
conduzindo seus parceiros nessa jornada.
Objetivos da Disciplina
Despertar nos alunos o comportamento empreendedor, naqueles que desejam abrir seu próprio negócio, ou
naqueles que trabalham em organizações como empregados. Considerar a realidade do aluno e suas referências
culturais, tentando assim contribuir para promover mudanças de atitudes, profissionais e pessoais.
UNIDADE I: EMPREENDEDORISMO E ORGANIZAÇÕES
Tempo estimado de autoestudo nesta unidade: 6h/atividades
Objetivos:
Apresentar o conceito de empreendedorismo e sua importância na formação do profissional na atual realidade
do mercado de trabalho, compreendendo o perfil e as características do comportamento empreendedor.
Quadro-resumo da unidade
Assuntos
Onde Encontrar
Texto 1: Conceito de Empreendedorismo
Página 94
Texto 2: Perfil do Empreendedor
Página 95
Texto 3: Características do Comportamento
Empreendedor
Página 97
Atividades Complementares
Filmes Indicados
• À Procura da Felicidade (The Pursuit of
Happyness), de Stev Conrad, 2006, EUA;
• Piratas do Vale do Silício (Pirates of
Silicon Valley,), de Noah Wyle e Anthony
Michael Hall,1999,EUA;
• Mauá, o Imperador e o Rei, de Sérgio
Rezende, Joaquim Vaz de Carvalho, Paulo
Halm, 1999, Brasil.
UNIDADE II: O PLANEJAMENTO DE NEGÓCIOS
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Tempo estimado de autoestudo nesta unidade: 6h/atividades
Objetivos:
Possibilitar a concretização de um Plano de Ação para um negócio, através da confecção de um Plano de Negócios,
baseado em um roteiro básico que permite a objetivação de expectativas e desejos na forma de metas tangíveis.
Quadro-resumo da unidade
Assuntos
Onde Encontrar
Atividades Complementares
Leituras Complementares
Texto 4: O Plano Estratégico: Missão,
Visão, Oportunidade e Criatividade
Página 109
• Melhores Estudos de Casos da Pequena Empresa.
Rio de Janeiro: Editora Senac Rio: Sebrae, 2005.
Sites Recomendados
Texto 5: Plano de Negócios
Página 111
• www.geranegocio.com.br
• www.pucjr.br/agt/raoar/download/plano.pdf
• www.sebrae.com.br
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UNIDADE I
EMPREENDEDORISMO E ORGANIZAÇÕES
Iniciamos entendendo a origem e o significado do
termo “empreendedorismo” e a relação deste conceito com a ideia de desenvolvimento. Trataremos tam-
bém do perfil empreendedor e das características do
comportamento empreendedor.
Palavras-chave: Desenvolvimento, riqueza, mudança, inovação
Texto 1: Conceito de Empreendedorismo
Empreendedorismo é um termo derivado da palavra
entrepreneurship e utilizado para designar estudos relativos ao empreendedor, seu perfil e universo de atuação.
A palavra entrepreneur é de origem francesa e foi usada
com diferentes significados por vários autores até chegar
a concepção que permanece até hoje que define o empreendedor como alguém que inova e é agente de mudanças.
A projeção deste tema o coloca em íntimo contato
com a ideia de geração de riquezas e de desenvolvimento econômico, com foco no homem e na sociedade.
De nada adianta existir condições ambientais favoráveis ao desenvolvimento, se não há projetos e pessoas
imbuídas de capacidade de criação aliando inovação
tecnológica e crescimento econômico. Assim, o Estado e as grandes empresas não são mais considerados as
únicas bases econômicas importantes para a sociedade.
A mundialização da economia, as grandes transformações nos processos produtivos e a aceleração no uso
da teconologia, configuram um novo panorama e uma
nova organização econômica. Neste cenário, as Pequenas e Médias Empresas (PME) adquirem um papel central na produção e criação de empregos, o que ocorre
de forma bastante dependente das comunidades locais
onde estas nascem. É portanto, no nível local, que se
estabelece o dinamismo necessário, envolvendo o setor
público, privado e terceiro setor, para o surgimento e
disseminação de valores empreendedores.
Como podemos perceber, o elemento humano é essencial no desenvolvimento do conceito de empreendedorismo, ao contrário do que muitas vezes pensamos, quando
associamos esta ideia a uma noção de “capitalismo selvagem”, onde só os valores econômicos importam e a
palavra de ordem é “negócio”. Mais adiante, veremos o
que realmente quer dizer a palavra “negócio” e verificaremos também que uma visão humanista do mundo não
está nem um pouco dissociada do conceito de empreendedorismo. Basta apenas que coloquemos as coisas nos
seus lugares e deixemos um pouco de lado as habituais
resistências que nos impedem de enxergar as mudanças
sob todos os seus aspectos. Adotar o conceito empreendedorismo não é acatar cegamente as leis do mercado,
sem qualquer análise ou visão crítica. É, antes de tudo,
associar ética, cidadania e comprometimento com o
meio ambiente, abrangendo o social, o político e as empresas com gestão moderna. Isto envolve mais do que
estar habilitado para abrir um novo negócio ou montar
uma empresa, implica necessariamente uma postura que
chamamos de intrapreneurship – atitude empreendedora
dentro das organizações.
Diante deste entendimento, encontramos um desdobramento do conceito de empreendedorismo em três itens:
1. Capacidade individual de empreender: iniciativa,
busca de soluções inovadoras para problemas econômicos, sociais, pessoais e outros.
2. Processo de iniciar e gerir empreendimentos:
conceitos, métodos, instrumentos e práticas relacionadas com a criação, implantação e gestão de novas
empresas ou organizações. Isso deve ser ensinado.
3. Movimento social de desenvolvimento do espírito empreendedor: criação de emprego e renda, com
incentivo de governos e diferentes instituições.
Você é ou pode se tornar um empreendedor?
O que é preciso fazer para se tornar um empreendedor?
Texto 2: Perfil do Empreendedor
Palavras-chave: Comportamento, valores, ideias, foco
Ao estudar Empreendedorismo nos deparamos com
vários conceitos, entre eles o de Empreendedor, o
qual varia de acordo com o autor, o período e o país
que se propõe a estudar.
Sugerimos então a consulta ao dicionário para introduzir o conceito de Empreendedor.
Que tal você pegar um dicionário e aproveitar
para, além de consultar o termo empreendedor,
procurar outras palavras que aparecerão em
nosso estudo?
Segundo o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa
(2009): “empreendedor (ô) adj. s. m. Que ou aquele que
empreende; que é animoso para empreender; trabalhador; amigo de ganhar a vida (traçando empresas novas)”.
De acordo com a definição acima você:
• se considera um empreendedor?
• pode se tornar um empreendedor?
• o que é preciso fazer para se tornar um empreendedor?
Aproveite este momento de reflexão e construa um conceito de empreendedor. Escreva-o
em seu caderno e discuta com seus colegas.
Dolabela (1999), se refere ao empreendedor da seguinte forma:
“A palavra empreendedor, de emprego amplo, é utilizada para designar principalmente as atividades de
quem se dedica à geração de riquezas, seja na transformação de conhecimento em produtos ou serviços, na
geração do próprio negócio ou na inovação em áreas
como marketing, produção e organização”.
Existem outras várias definições que variam como
sendo aquele que resolve problemas, o que está à
frente de um grupo ou empresa, o dono de um negócio ou de um produto, mas para o economista austríaco Schumpeter (1934), que realçou a ideia sobre o
empreendedor e seu papel na sociedade, juntamente
com Jean-Baptiste (1964), que é considerado o pai
do empreendedorismo, associam o empreendedor ao
desenvolvimento econômico, a inovação e ao aproveitamento de oportunidade de negócio.
Desta forma, o conceito de empreendedor não pode
ficar restrito a uma ou outra área de conhecimento, ou
seja, não podemos restringir o “ser empreendedor” apenas como “aquele que atua no mundo dos negócios”,
pois hoje, necessita-se em todas as áreas e setores que
os profissionais sejam empreendedores em suas próprias
atividades de trabalho, ampliando a geração e segregação de novos valores, aprendizagens e tecnologias.
Assim, para tornar-se um empreendedor não basta
acumular conhecimentos nesta área, é fundamental a
incorporação de atitudes, valores e comportamentos
que irão fazer o sujeito olhar o mundo por um outro
prisma. Neste contexto, incerteza, dúvidas e dificuldades são vistas como oportunidades de riquezas, de
negócios, de benefício para a sociedade.
Veja a seguir o perfil de um empreendedor. Depois faça
uma análise sobre o que você já possui e o que você precisa desenvolver ou ampliar para ser um empreendedor:
1. Saber organizar suas ações – O planejamento estratégico é de fundamental importância no processo
de empreendedorismo. Trabalhar com planejamento
evita acúmulo de serviços e diminui riscos;
2. Saber lidar com situações adversas – Problemas e
dificuldades são constantes na prática empreendedora, mas não podemos nos desesperar, ou desistir diante delas. Devemos ter equilíbrio e racionalidade para
entendê-las e procurar as possíveis soluções;
3. Ser Pró-ativo – Não esperar que mandem fazer, ou
que os problemas aconteçam, mas sim ter iniciativa para
fazer, resolver, delegar, ou seja, antecipar suas ações para
execução ou resolução de tarefas e planos de trabalho;
4. Ser otimista – Acreditar no que faz é um passo
para o sucesso, mas cuidado para não deixar o otimismo se confundir com negligência.
Reflita sobre as questões acima e registre suas conclusões. Que tal debatermos no encontro ou no fórum?
Dolabela (2008: 59) ainda diz:
“O significado da palavra empreendedor muda de acordo
com o país e a época (FILION). No fim do século XVII,
empreender era “a firme resolução de fazer qualquer coisa”. No século XIX e início do século XX, o termo designava os grandes capitães de indústria, tais como o Ford nos
EUA, Peugeot na França, Cadbury na Inglaterra, Toyota
no Japão. Atualmente, significa a atividade de toda pessoa
que está na base de uma empresa, desde o franqueado ou
um dono de oficina mecânica até aquele que criou e desenvolveu uma multinacional. Jean-Baptiste Say (1964), que
é considerado o pai do empreendedorismo, e o economista
austríaco Schumpeter (1934), que realçou a ideia sobre o
empreendedor e seu papel na sociedade, associam o empreendedor ao desenvolvimento econômico, à inovação e
ao aproveitamento de oportunidade de negócio.”
Este conceito incorpora a ideia de que empreendedorismo é um tema que transita tanto no mundo dos
negócios quanto no mundo acadêmico, pois amplia
geração e agregação de novos valores e tecnologias.
Assim, para tornar-se um empreendedor não basta
acumular conhecimentos nesta área, é fundamental
a incorporação de atitudes, valores e comportamento
que vão fazer o sujeito olhar o mundo por um outro
prisma. Neste contexto, incerteza, dúvidas e dificuldades são vistos como oportunidades de riquezas, de
negócios e de benefícios para a sociedade.
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Há inúmeras variáveis que incidem na formação do perfil
de um empreendedor e também não há consenso nos estudos que se dedicam a definir as características dos empreendedores. Mesmo assim, fazemos algumas perguntas como:
1. Quais são as razões que levam uma pessoa a empreender?
2. Quais são as características comumente encontradas nos empreendedores?
3. O que garante o sucesso de um empreendedor?
As pesquisas nesta área, apesar de não apresentarem
resultados homogêneos, nos auxiliam e possibilitam
delinear estas características. O consultor de empresas
e antropólogo Prof. Marins, apresenta dez dicas para
ser um empreendedor, as quais resumiremos abaixo:
1. O empreendedor não tem apenas boas ideias, ele
passa do pensamento à ação.
2. Todo empreendedor tem verdadeira paixão pelo
que faz. É um entusiasmado e proativo.
3. O empreendedor sabe ter foco.
4. O empreendedor estuda, busca aumentar o seu
conhecimento e checa opiniões com o seu feeling.
5. O empreendedor tem tenacidade, é perseverante,
não teimoso.
6. O empreendedor acredita na própria capacidade.
Tem autoconfiança.
7. O empreendedor não tem fracassos. Ele os vê
como oportunidade, aprende e segue em frente.
8. O empreendedor tem imagem positiva de si mesmo.
9. O empreendedor não fica preso a um único caminho. Tem a visão de vários cenários.
10. O empreendedor nunca se acha uma vítima. Ele
age para modificar a realidade.
O que você achou destas dicas para ser um empreendedor? Você se encaixa em algumas? Quais?
Enumere as que você não se encaixa e trace objetivos para alcançá-las.
Na verdade parece quase impossível seguir todas as
recomendações do prof. Marins. Entretanto, sabemos
que é errando que se aprende, o importante é entender que o comportamento empreendedor é aprendido
através do desenvolvimento e potencialização de dez
características que veremos na seção seguinte.
Bill Gates diz:
“Toda empresa precisa ter gente que erre, que não
tem medo de errar e que aprende com o erro”.
Como Estudiosos Definem o Empreededorismo
e o Empreendedor
Os precursores
Cantillon (1680-1734):
Pessoas que compravam matéria-prima processavam-na e depois a comercializavam, estando subjacentes as noções de oportunidade e assumir riscos.
Joseph Alois Schumpeter (1883-1950):
Associou ao termo a ideia de inovação e deu projeção
ao tema, apontando o empreendedor como elemento
que catalisa o desenvolvimento econômico devido ao
aproveitamento de oportunidades em negócios.
Empreendedor é alguém que faz novas combinações de
elementos, criando novos produtos, novos métodos de
produção, identificando novos mercados de consumo ou
fontes de suprimento, criando novos tipos de organização e sobrepondo-se aos antigos métodos menos eficientes e mais caros. O empreendedor é o responsável pelo
processo de destruição criativa, o impulso fundamental
que aciona e mantém em marcha o motor capitalista.
Os contemporâneos
Fortin:
“O empreendedor é uma pessoa capaz de transformar um sonho, um problema ou uma oportunidade de
negócios em uma empresa viável.”
Bobson College:
“Uma forma de pensar e agir que é obcedada pela
oportunidade, holística na abordagem e apoiada na
liderança, com o propósito de criação de riqueza.”
Havard University:
“Nós definimos empreendedorismo como a exploração da oportunidade independentemente dos recursos
que se tem à mão. A capacidade empreendedora não é
nem um conjunto de características da personalidade
nem uma função econômica. É, isto sim, padrão coeso
e mensurável de comportamento gerencial”.
Timmons:
“O empreendedor é alguém capaz de identificar,
agarrar e aproveitar uma oportunidade, buscando e
gerenciando recursos para transformar a oportunidade em negócio de sucesso”.
Empreendedorismo é criar e construir algo de valor
a partir de praticamente nada. É o processo de criar ou
aproveitar uma oportunidade e persegui-la a despeito
dos recursos controlados.
Empreendedorismo envolve a definição, criação e
distribuição de valor e benefícios para indivíduos,
grupos, organizações e para a sociedade.
Empreendedorismo raramente é uma proposição de
enriquecimento rápido; é, antes, a construção de valor
a longo prazo e de uma concorrente durável de fluxo
de caixa.
Quem é o empreendedor: a ótica da oportunidade
As fases da ação empreendedora
J. B.Say (1767-1832):
Considerado por Filion o pai do empreendedorismo,
acrescentou ainda a ideia de alguém que inova e é
agente de mudanças.
“ O empreendedor movimenta recursos econômicos
de um setor de menor produtividade para um outro de
maior produtividade e melhora rendimentos.”
Filion:
“Um empreendedor é uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza visões”.
Texto 3: Características do Comportamento
Empreendedor
Palavras-chave: oportunidade, planejamento e meta.
1. Busca de Oportunidade e Iniciativa
• Antecipa-se às demandas, cria soluções para problemas potenciais.
• Atua na expansão do negócio em novos produtos
ou serviços e mercados.
• Encontra na crise oportunidades excepcionais para
criar um negócio, clientes, obter financiamentos, instalações, parcerias ou assistência.
• O empreendedor é alguém que está sempre buscando novas oportunidades.
• Observa o ambiente, cria ideias transformando-as
em negócios e, efetivamente, as coloca em prática.
2. Persistência
• Supera cada obstáculo, transpõe-no, elimina-o ou
contorna-o.
• Atua eficazmente ou muda de estratégia a fim de
vencer um desafio ou superar um obstáculo.
• Chama para si a responsabilidade para atingir metas e objetivos.
• Encara os momentos difíceis. Luta com vigor buscando continuamente a superação.
3. Comprometimento
• Dedica-se sobremaneira para realizar as tarefas
necessárias.
• Auxilia os colaboradores e parceiros, coloca a mão
na massa, se necessário, para concluir um trabalho.
• Esmera-se em manter os clientes satisfeitos e coloca em primeiro lugar a qualidade no atendimento em
longo prazo, acima do lucro imediato.
• O comprometimento com a empresa pressupõe
uma real dedicação para manter a qualidade e honrar
os compromissos com o mercado de forma a crescer
continuamente.
• Outra área que exige bastante atenção é a financeira, que é o termômetro da situação da empresa.
• Finalmente, na área de produção, deve-se dar atenção à qualidade e ao cumprimento dos prazos de forma a garantir a satisfação do cliente.
4. Exigência de Qualidade e Eficiência
• Busca forma de fazer as coisas melhor, mais rapidamente e com menores custos e prazos.
• Busca atender ou superar os padrões de excelência.
• Otimiza as etapas de produção de forma a garantir
qualidade e prazos que observam os compromissos
assumidos com os parceiros (clientes, fornecedores e
demais colaboradores).
• O diferencial competitivo é a superação das expectativas do seu cliente. Encantar o cliente é oferecerlhe qualidade, prazos e eficiência. Isso deve ser uma
atitude contínua de forma a nunca ser superada pelos
concorrentes.
• Isso fideliza os clientes, desencorajando-os a aceitar propostas da concorrência e não ter o mesmo excelente tratamento que a sua empresa oferece.
5. Correr Riscos Calculados
• Busca e avalia as alternativas e calcula seus riscos
sistematicamente.
• Busca minimizar os riscos controlando continuamente os resultados a cada etapa.
• Deve-se ser prudente e usar ferramentas de apoio
para avaliar e gerir os riscos de uma empresa. Fazer
pesquisas de mercado, analisar tendências e cenários,
monitorar resultados e as ações correlativas são algumas das ferramentas que o empreendedor deve usar
habitualmente.
• No idioma chinês, o ideograma CRISE contém
também a ideia de OPORTUNIDADE.
• A crise, assim como o medo, é um forte estímulo
para que o ser humano supere limites e alcance resultados importantes.
6. Estabelecimento de Metas
• Estabelece objetivos e metas arrojadas e persegue
a sua superação.
• Define claramente os objetivos a longo prazo.
• Define e controla as metas a curto prazo.
• Num plano é fundamental estabelecer as metas.
• Uma forma de gerenciar o desenvolvimento da
empresa é utilizar a Gerência por Projetos. Nele são
identificados o objetivo, o resultado esperado, os recursos necessários, o responsável e os demais envolvidos, a fonte de recursos e as estratégias a serem seguidas e, claro, o plano alternativo (Plano B) se algo
falhar.
• Se seu objetivo é criar uma empresa, esta disciplina é uma ótima oportunidade para você testar e aperfeiçoar o seu comportamento empreendedor.
• Se seu objetivo é melhorar os resultados de sua
empresa ou negócio, você também encontrará na disciplina conhecimento e informações que irão auxiliar
a gerenciar adequadamente o seu empreendimento.
O filósofo Sêneca ensina:
“Quando não sabemos aonde queremos chegar,
qualquer vento nos é favorável”.
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Escolha o destino, coloque a proa em sua direção
e aja conforme a força do mar, dos ventos e demais
obstáculos que encontrar. Nada adianta ficar no meio
do oceano.
7. Busca de Informações
• Preocupa-se sistematicamente em obter informações de clientes, fornecedores, colaboradores e concorrentes.
• Analisa pessoalmente como produzir um produto
ou fornecer um serviço.
• Utiliza especialistas para obter assessoria técnica
ou comercial.
• Mantém contatos frequentes com os clientes, fornecedores, colaboradores e concorrentes visando melhorar a aceitação da sua empresa no mercado.
• O empreendedor sempre deseja saber mais e mais.
• Lê muito sobre assuntos do seu negócio (jornais,
revistas, livros). Acessa e pesquisa na Internet, frequenta feiras, palestras e associações, busca fontes
alternativas e novas.
• Faz sistematicamente pesquisa de opinião com os
seus clientes focando o seu produto e a qualidade do
atendimento recebido. Pede sugestões e aceita críticas.
• Levanta a situação dos seus fornecedores e concorrentes. Sabe das novidades que pretendem lançar e
aproveita para aprimorar as suas vantagens e resolver
as pendências e recuperar as desvantagens competitivas.
• Mantém contato frequente com o seu cliente. Surpreende-o com uma visita amistosa. Respeita as suas
preferências, mas o mantém informado das novidades
do mercado. Faz dele seu parceiro e amigo.
• Descobre sempre o que a concorrência está planejando. Se for necessário, contrata um técnico sobre o
assunto.
• Continua sempre aprimorando os seus conhecimentos e de toda sua equipe.
8. Planejamento e Monitoramento Sistemáticos
• Habitua-se a fazer planos antes de começar um
projeto ou negócio. Revisa-os constantemente, anota
os resultados alcançados, os problemas encontrados e
as alterações necessárias.
• Um empreendedor bem-sucedido deve saber planejar.
• Comece agora a fazer um planejamento sistemático de todas as suas ações futuras.
• Habitua-se a trabalhar por projetos: define responsável, prazos, recursos, atividades e um cronograma
para controlar a evolução dos seus objetivos.
• Estabelece metas realistas e verifica o fiel cumprimento e formas alternativas para imprevistos.
• Divide criteriosamente as tarefas de forma a não
sobrecarregar a sua equipe nem você.
9. Persuasão e Rede de Contatos
• Cria e expande constantemente a sua rede de contatos e mentem um perfeito relacionamento empresarial.
• Usa diversas estratégias motivacionais para influenciar ou persuadir os parceiros.
• Tem contatos com as pessoas-chave para solucionar as tarefas pendentes e as usa quando necessário.
• Para manter um bom relacionamento com a sua
rede de contatos, é muito importante estar constantemente atualizado com assuntos diversos que podem
eventualmente ser abordados nessa conversa.
• Faz com que seja considerado como alguém com
conhecimentos úteis na discussão de assuntos do
mercado e respeitado pelas suas opiniões e conclusões abalizadas e pela sua atitude ética e imparcial.
• É uma pessoa comunicativa e feliz, demonstrando
satisfação em participar do grupo de parceiros.
• Aprende a convencer as pessoas a agirem favoravelmente aos seus objetivos. Obter melhores preços e
prazos dos fornecedores de compra mais significativa
dos clientes, maior dedicação dos colaboradores etc.
10. Independência e Autoconfiança
• Busca autonomia em relação a normas e controles
dos outros parceiros.
• Possui a audácia de manter o seu ponto de vista,
mesmo diante da oposição ou de resultados inicialmente desanimadores – desde que tenha fortes argumentos a acreditar nos seus planos.
• Confia em si próprio e na sua capacidade de realizar tarefas complexas e vencer desafios. Para tanto,
exercita e aprende constantemente.
• Acredita nos seus sonhos e desenvolve as ações
necessárias para realizá-los.
Outras características do Empreendedor:
• Tem um “modelo”, uma pessoa que influencia.
• Trabalha sozinho. O processo visionário é individual.
• Considera o fracasso um resultado como outro
qualquer, pois aprende com os próprios erros.
• Tem capacidade de descobrir nichos.
• Tem forte intuição: como no esporte, o que importa não é o que se sabe, mas o que se faz.
• Tem sempre alto comprometimento: crê no que
faz.
• Sabe buscar, utilizar e controlar recursos.
• É um sonhador realista: é racional, mas usa também a parte direita do cérebro.
• Conhece muito bem o ramo em que atua.
• Cultiva a imaginação e aprende a definir visões.
• Traduz seus pensamentos em ações.
Competências do Empreendedor:
• Pragmatismo, bom senso, capacidade de reconhecer o que é útil e dá resultados.
• Análise da congruência do sonho com o eu.
• Concepção (imaginar e definir um conjunto e seus
componentes), pensamento sistemático (os dois lados
do cérebro são usados e inter-relacionados: o lado direito concebe uma visão, o lado esquerdo faz a análise desta visão e a coloca em planos reais).
• Visão.
• Ação.
• Polivalência (no começo, o empreendedor faz de
tudo).
• Negociação. Saber conter-se nos próprios limites,
conhecer profundamente o tema e ter flexibilidade
para permitir que todos ganhem.
• Coordenação de múltiplas atividades, hábitos de
consumo dos clientes, publicidade, promoção.
• Adaptação às pessoas e circunstâncias.
• Saber construir redes de relações internas e externas.
• Delegação. Sabe dizer o que deve ser feito e por
quem; saber acompanhar, obter informações.
Textos Complementares
Histórias Empreendedoras
Entrevistando o Empreendedor
Foi muito surpreendente a entrevista com a hoteleira Maria Beatriz Martins, que enfatizou a importância de envolver as pessoas nos projetos para
obter sucesso. Entrevistamos a empresária do ramo
hoteleiro Maria Beatriz Martins. Com formação em
psicologia e experiência em administração escolar.
Agora sócia dos hotéis Ville La PLage e La Foret
em Búzios. Sem experiência na área, buscou aprender e desenvolver uma gestão de excelência com
olhar voltado não só ao cliente externo, mas também ao cliente interno. No Master in Business Administration (MBA) em Sistemas de Gerenciamento
Sustentável pela Fundação Getúlio Vargas (FGV)
foi de onde trouxe as técnicas administrativas, mas
segundo Beatriz é da emoção e do envolvimento que
surgem as grandes ações.
Os principais desafios enfrentados por ela foram na
área onde mais se identifica, a de gestão de pessoas.
Segundo Beatriz, implementar uma nova estratégia
requer tempo de adaptação e é necessário que esta estratégia acrescente valor ao funcionário para que ele
queira colaborar, o objetivo só é alcançado quando há
o envolvimento de todos. Como seus hotéis se encontram na mesma área ela se envolveu com melhorias
locais chamando os vendedores ambulantes de praia
para um café da manhã e assim terem oportunidade
de discutir os problemas da praia. Neste momento ela
mostrou fotografias da sujeira deixada por eles ao final do dia e comentou a abordagem insistente que eles
faziam aos turistas. Ajudou-os em suas dificuldades
e interveio junto à prefeitura para melhorias locais.
Envolveu-se pessoalmente em mutirões de limpeza e
adoção de novas técnicas de atendimento ao turista.
Não teve os outros hotéis, restaurantes e ambulantes
como concorrentes, mas colocou todos em um grande
grupo com o mesmo objetivo de atender bem quem
naquela praia chegasse. Com isso o SEBRAE está
desenvolvendo um programa para os ambulantes do
litoral para ser adotado junto às prefeituras.
Vicente Horffmann, dono da marca de calçados femininos artesanais Cavage, de Nova Hamburgo - RS
Ex-funcionário de um escritório de exportação de
sapatos, ele percebeu, nos pedidos dos compradores
estrangeiros, uma demanda por produtos mais sofisticados. “Com recursos guardados ao longo de nossa
trajetória de empregados, eu e minha esposa, que já
trabalhava comigo na exportadora, começamos em
1988 a fabricar calçados de olho na classe AA do exterior. Fomos os primeiros a atuar nessa área. Hoje,
descontada a inflação, temos uma renda 100% maior
em relação à da época de assalariados”, comemora
o empresário, que também atende clientes no Brasil.
Mas não foi somente a identificação de uma brecha no mercado, contudo, que fez Hoffmann se dar
bem à frente do próprio negócio. Quando funcionário, ao mesmo tempo em que observava os desejos
das consumidoras estrangeiras, também ficava atento aos procedimentos técnicos e administrativos da
companhia empregadora. “Eu trabalhava de maneira
independente, como se fosse dono do escritório, e
isso me levou a conhecer muitas indústrias e, consequentemente, a aprender sobre o controle de qualidade, compra de matéria-prima e relacionamento com
operários. Na verdade, do know-how que uso para
administrar a empresa, apenas 30% adquiri na função
de empreendedor”, avalia.
Carla Bom Kury e Trindade, pedagoga pela Universidade Federal de Viçosa - MG
Carla decidiu, em 2007, que ser “arteira” era o que
encantava. Assim surgia, na cidade de Jundiaí, interior
de São Paulo, o ateliê Carla Arteira, que oferece cursos
e oficinas de confecções de enfeites, bonecas de pano,
lembrancinhas, brinquedos para crianças, adultos e educadores. “Também vendo apostilas com passo a passo e
produtos personalizados sob encomenda”, explica.
Carla Arteira nasceu para atuar no mercado de artesanato, com foco na área de educacional. “É uma ótima opção para quem gosta de trabalhos manuais ou
quer ter seu próprio negócio e não tem possibilidade
de grandes investimentos financeiros”, avalia a empreendedora que, apesar de atestar a valorização do
artesanato brasileiro, adverte quanto à concorrência
com produtos importados, mesmo os de baixo valor
e qualidade.
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Segundo ela, a maior dificuldade para empreender
na área é definir o valor dos produtos. “Eu não sabia
colocar um valor adequado e achava que preços baixos atrairiam clientes, mas a falta de lucro me desanimou e quase me fez desistir”, relembra Carla, que
encontrou a solução fazendo curso do Sebrae.
(FGV-PR), sócio e diretor executivo de uma grife de
moda masculina, membro da Agência Brasileira de
Cooperação e Desenvolvimento (ABCD), executivo
que planeja a publicação de um blog para estudo e
discussão de ideias de gestão, estratégia e empreendedorismo. Tudo isso, aos 21 anos de idade.
Hoje, sua empresa oferece aulas de artigos em feltro, tecido e Etil Vinil Acetato (EVA) no Ateliê de
Pintura Artística e Artesanato, em Jundiaí, e participa
da Feira de Artesanato de Várzea Paulista (SP), além
de aceitar encomendas com emissão de nota fiscal
através da Superintendência do Trabalho Artesanal
nas Comunidades (SUTACO).
A experiência de José Rodolpho Bernardoni pode
não ser muito longa, mas é intensa. Sua jornada teve
início no primeiro ano da universidade, quando ingressou na Jr. Consultoria, empresa júnior ligada à
UFPR. “Tive oportunidades fantásticas de desenvolver a teoria aprendida em sala, contato com projetos,
conhecer pessoas que têm o mesmo tipo de pensamento”, afirma o jovem empreendedor, que, atualmente, divide a sociedade da Vodo Jeans Industry,
empresa criada no final de 2003, com seu colega de
faculdade André Luiz Monteiro, de 25 anos.
A empreendedora diz que é possível dar o pontapé
inicial com R$ 2.000,00. O valor é destinado à divulgação, confecção de apostilas, material para as
primeiras peças, cursos de aperfeiçoamento, aquisição de barraca para participar de feira e máquina de
costura.
Vanessa Mantovani, Campinas, formada em
Educação Física
O gosto pelo esporte também foi o que levou Vanessa
ao curso de Educação Física, mas assim como outros
colegas ela é outra que acabou investindo na carreira
como personal trainer. “No começo da faculdade queria ser técnica de vôlei ou handbol, mas com o passar
do tempo, optei por outros caminhos. A concorrência
no vôlei era grande e o handbol não tinha grande repercussão, então pensei em trabalhar na preparação
física dos atletas. No último ano do curso, percebi que
não teria campo de atuação onde planejava, enquanto a prática de ginástica estava em franca expansão.
Acabei optando por este tipo de estágio e fiz carreira
em academia”. Vanessa foi instrutora e chegou a ser
coordenadora de departamento, até optar em 2003, por
atuar como personal trainer, confirmando a alternativa
como a mais rentável e prazerosa.
Segundo Vanessa, há diversas maneiras de se ingressar no mercado, e uma das mais frequentes é dentro
da uma academia. “Existem algumas que ´alugam` o
espaço para o profissional realizar seu trabalho. Neste
caso, geralmente, o aluno paga diretamente ao personal, que repassa para a academia uma parte da sua
hora/aula, estabelecendo com ela uma relação de profissional liberal e autônomo”. Mas há também a opção de ir até o aluno e nesse caso, deve-se considerar
que o custo é maior.
Depois de dois anos na empresa júnior, passou a fazer parte da equipe da Brasil Júnior – Confederação
Brasileira de Empresas Juniores –, ocupando o cargo
de diretor de desenvolvimento até 2005. Logo depois
de formado, Bernardoni encarou um novo desafio:
entrar para um curso de MBA, mas logo de cara já
encontrava um obstáculo. A instituição exigia experiência mínima de cinco anos após a formação universitária para que interessados pudessem ingressar
no curso.
E na prática?
Há dois anos atuando no mercado, a Vodo, empresa de José Rodolpho Bernardoni, trabalha exclusivamente com moda jovem masculina. A ideia surgiu
após Bernardoni e seu sócio, Monteiro, sofrerem na
pele com a falta de opção no mercado têxtil masculino. “Não havia uma marca que tivesse vários artigos que fossem mais casuais e despojados. A gente
sempre pensou que a identificação de marca e de segmentação é uma coisa muito importante”, explica o
jovem.
O processo de pesquisa com mercado, consumidor
final e fornecedores durou três meses. Desde então,
os sócios contrataram mão-de-obra terceirizada, do
estilista às costureiras, e, por enquanto, vendem seus
produtos para lojas multimarcas. Mas o objetivo é
reunir capital suficiente para abrir uma loja própria.
Investindo no desenvolvimento
Jovem empresário conta sua experiência e a decisão de ingressar no MBA
Após as dificuldades do primeiro ano, normais para
qualquer empresa, a Vodo ainda enfrentou uma crise em 2005, por conta da inadimplência de muitos
clientes. “Nosso volume de produção e de vendas não
é alto e a questão de margem de lucro é muito calculada, ou seja, qualquer coisinha abala bastante”, diz.
Graduado em Administração pela Universidade
Federal do Paraná (UFPR), aluno do MBA em gestão financeira na Fundação Getúlio Vargas - Paraná
Com o controle da crise, os dois jovens conseguiram estabilizar o faturamento da empresa. Bernardoni
afirma que a margem de lucro dobrou em comparação
a 2004 e a marca está cada dia mais fortalecida. “No
começo, só os amigos usavam as roupas, hoje a gente
sai por aí, em festas, shoppings, na rua, e vê pessoas
usando. Isso é bem legal”, finaliza.
Preocupado não apenas com seu próprio crescimento, o jovem trabalha em busca de contribuir
com o desenvolvimento regional e, em longo prazo, com o desenvolvimento do Brasil, tanto na área
comercial quanto na educação e conscientização
da sociedade. Nas suas palavras, pretende se tornar
“um grande empresário, bem-sucedido e que tenha
grande impacto, com uma empresa que seja referência brasileira de classe mundial”. Em um período de 15 anos, os planos são ambiciosos. “Pretendo ter algumas empresas. Não que quantidade
seja sinônimo de sucesso. Mas quero ter empresas
inovadoras, que façam a diferença na sociedade e
sejam competitivas”, projeta.
Inovação, aliás, é um dos pontos mais importantes na formação de um negócio, segundo Bernardoni. Porém, ele ressalta que “não adianta ter uma
empresa totalmente inovadora e não ter uma boa
gestão financeira, não ter os melhores profissionais. Ideias todo mundo pode ter, mas a questão
da execução delas também ajuda bastante”. E saber
executar ações é o diferencial que o transforma em
um empreendedor que começa a conquistar respeito e espaço dentro do mundo dos negócios. Para
que uma ideia funcione, é preciso saber “planejá-la
e executá-la de maneira prática, ágil e que alcance
resultados”.
Vencendo os Desafios
No entanto, não foi fácil ser reconhecido em seu
campo de trabalho. Pelo fato de ser muito jovem,
era difícil conquistar credibilidade por parte dos fornecedores, clientes e também dos bancos. “Existem
pessoas que são preconceituosas. É uma minoria, mas
acontece. E existem pessoas que dão oportunidades.
Atribuo, talvez, a essas pessoas que valorizam nosso
trabalho, a condição em que nos encontramos hoje
e o patamar no qual a empresa está”, afirma. O reconhecimento é conquistado através do tempo, como
consequência do bom trabalho e da estabilidade de
um empreendimento.
E como superar os obstáculos para se tornar um
jovem executivo rumo ao sucesso? Bernardoni dá
algumas dicas importantes que aprendeu em suas
experiências, entre elas, o conselho que ouviu de
um professor da universidade. “Ele aconselhou
que, antes de abrir a empresa, eu fosse trabalhar
em um concorrente, mesmo que de graça, para
aprender, para pegar os processos e saber como
funciona”. Mesmo assim não seguiu o conselho.
O empreendedor afirma que pagou caro por isso,
perdendo tempo e dinheiro.
Outra dica é não abaixar a cabeça ao enfrentar desafios ou pessoas que não apoiem o trabalho. Como
ele mesmo diz, “é preciso ter cara-de-pau” e jamais
esquecer dos estudos e do lazer. Qualidade de vida
está diretamente ligada aos momentos com a família e
amigos, prática de esportes e momentos de descanso.
Bernardoni dedica três noites por semana apenas para
estudar e ler, principalmente, livros técnicos. “Não
adianta ficar trabalhando muito sem agregar conhecimento”, completa.
Fazer as coisas acontecerem no tempo certo e alcançar resultados. Esse é o objetivo de José Rodolpho Bernardoni. Confiante no seu próprio potencial e
na capacidade de sua empresa, ele acredita que “em
cinco anos, as coisas vão estar bem melhores, a credibilidade vai estar maior, as pessoas vão nos conhecer
muito mais”.
Perseguindo o Grande Sonho
Primeira Astronauta Negra a Ir Para o Espaço
Fala de Empreendedorismo
Persistência, fator imprescindível para o jovem
empreendedor, foi o tema da palestra da astronauta
Mae Jemison durante a manhã desta quarta-feira, no
primeiro dia do 10° Congresso Mundial de Jovens
Empreendedores. Você pode se perguntar: mas o
que uma astronauta pode falar sobre empreendedorismo? Ok, sua indagação até que tem fundamento,
afinal de contas o universo profissional desta mulher é bem distinto do mundo dos negócios e do
comércio.
Se você pensar, porém, que a história desta pioneira e corajosa astronauta começou a se desenrolar ainda na década de 60 quando ela sonhava em
alcançar o espaço, mas a sociedade a limitava ao
subúrbio de Chicago por ser uma mulher e, sobretudo, negra, fica fácil entender o que Mae tem a dizer
sobre o tema.
“Nunca desisti de meu sonho. Sabia que queria
chegar no espaço, ficar perto das estrelas e ver a
Terra de cima”, disse Mae. Mas os passos que ela
teve de dar para que esta complexa jornada finalmente fosse cumprida não foram nada fáceis. Além
de superar o preconceito, tema que ela preferiu não
enfatizar na palestra, Mae teve de seguir em frente
mesmo quando tudo parecia empurrá-la para trás.
“Em muitos momentos achava que nada ia dar certo. Mas eu sempre contei com o apoio de minha família que jamais limitou meus sonhos e vontades.
Isso foi, sem dúvida, uma energia extra para que eu
continuasse lutando e provando minha capacidade”,
disse a astronauta.
Ao falar de limitações, Mae lembrou que cada vez
mais cedo os jovens são obrigados a fazer escolhas,
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muitas vezes, determinantes e que irão guiá-los para
o resto de suas vidas, como por exemplo, a escolha
da carreira. “Eu queria ser bailarina, astronauta e
professora. Profissões completamente distintas. Por
isso, sempre me disseram que eu devia escolher uma
delas”, lembrou. “Mas eu me perguntava: por que tenho que escolher? Por que não posso ser um pouco de
cada disso?”, indagou. Era isso que Mae queria, ser
um misto de competências que a fizessem se sentir
um ser humano completo.
É esse misto de competências que Mae alega caber
aos jovens empreendedores. Já que, em sua opinião,
para ser realmente empreendedor é preciso dominar
muito mais do que um conhecimento. “É necessário
ser versátil, inovador, deixar de lado antigos paradigmas. Muitas vezes as pessoas são obrigadas a se
encaixarem ou no perfil analítico, que age mais pela
razão, ou pelo intuitivo, que age com a emoção. O sucesso do jovem empreendedor, porém, é o casamento
do ser analítico com o intuitivo, transformando-o em
um empresário completo, com visão de negócios e,
também, responsável com o universo em que faz parte, seja com as pessoas como também com o meio
ambiente”, encerrou.
Moda Para Homens
O espírito empreendedor sempre esteve ao lado de
Mário Queiroz, estilista e empresário que, apesar de
ter concluído o curso de graduação em jornalismo,
é internacionalmente conhecido por sua carreira de
sucesso no mundo fashion.
Em meados dos anos 80, quando ainda não havia
o curso de graduação em moda no país e o tema era
considerado tabu, especialmente para os homens,
o então estudante de jornalismo da Universidade
Federal Fluminense (UFF) Mário Queiroz decidiu
ousar. Munido de sua criatividade e de uma boa
oportunidade ele trocou as entrevistas pelos croquis, mudança que fez com que, hoje, ele esteja entre os principais estilistas do país no que diz respeito à moda masculina, além de ser um empresário de
sucesso no ramo.
A paixão pela moda começou cedo, ainda nos tempos da universidade. “Ainda não trabalhava como jornalista. Logo nos primeiros anos do curso surgiu uma
oportunidade em uma fábrica. Embora eu não tivesse
experiência em moda, até porque isso praticamente
não existia no Brasil, a única exigência era ter criatividade, então eu topei o desafio”, conta.
Você pode se perguntar, mas e a família deu apoio?
Segundo o estilista, não só apoiaram como incentivaram. “Sempre tive esse perfil ousado e a necessidade
de experimentar coisas novas, minha família sabia
disso e confiava em minhas decisões, mesmo quando
o assunto era uma profissão em que a maioria ainda
pensava que se resumia à costura. Na verdade, costumo dizer que meus pais não sabiam o quanto eram
modernos pois nunca me repreenderam profissionalmente como ainda acontece com os jovens”, lembra,
emocionado.
O caráter inovador e o universo bastante fascinante, na opinião de Queiroz, foram os principais
fatores que o impulsionaram a seguir carreira na
área, mesmo tendo concluído a graduação em jornalismo. “Sempre considerei que a faculdade não
servia apenas para te direcionar profissionalmente
mas também para agregar conhecimento. Aproveito
até hoje o conhecimento adquirido na vida acadêmica, porém, já havia me apaixonado pela profissão
de moda”, diz.
O primeiro emprego no setor foi uma verdadeira
aula de estilismo. “Comecei como assistente de estilo
de um profissional da área. Minha função era ajudálo na pesquisa de materiais e na criação de estampas.
Isso tudo valeu muito porque, na época, poucos profissionais criavam no Brasil, a maior parte dos modelos
eram copiados do que vinha de fora do país”, explica.
Vida de Professor
Após 12 anos criando para outras marcas, Mário
Queiroz possuía o conhecimento e a experiência necessária para que pudesse repassar um pouco de sua
técnica para os mais jovens. Assim, o estilista foi
convidado para ministrar aulas no curso de Moda da
universidade Anhembi-Morumbi, em São Paulo, outro grande desafio de sua carreira. “Embora eu não
tivesse parado para pensar em ser professor acredito
que esta foi e continua sendo uma excelente oportunidade de estar em contato com os jovens e trocar experiências”, ressalta.
Mas como tudo na vida de Mário, essa oportunidade
não veio sozinha, ocorreu justamente no momento em
que ele se preparava para criar seu próprio negócio.
“Há 12 anos na ‘estrada’ já tinha encontrado meu estilo
e apostava nele. Embora, no Brasil, já houvesse destaque para a moda masculina, acreditava que existia
espaço para algo novo e decidi investir nisso”, conta.
Após algum tempo com seu negócio, o talentoso
estilista passou a ser convidado a participar de importantes eventos da moda nacional como a Semana
Barra Shopping de Estilo, evento de moda no Rio de
Janeiro. Além disso, ele conquistou, em 2001, primeira vez que participava do evento, a atenção dos holofotes no São Paulo Fashion Week e ainda foi convi-
dado para o Salão de Prêt-a-Porter, em Paris, um dos
momentos mais marcantes de sua carreira.
Vida de Empresário
Começando do varejo até chegar às vendas no atacado, momento em que geralmente se encontra uma
clientela bastante exigente, Mário se deparou com inúmeros problemas para conseguir fixar seu negócio, especialmente no que diz respeito ao complicado cenário
da economia brasileira. “Todo dia nos deparamos com
diversas dificuldades e acredito que isto não acontece
só com os empresários de moda, mas de maneira geral,
já que o país não incentiva novas iniciativas, especialmente de pequenas empresas”, lamenta.
Além disso, Mário destaca os encargos cobrados pelo
governo para contratatação de funcionários como um
dos principais empecilhos para o crescimento de micro e pequenas empresas. “É difícil contratar tendo em
vista o custo de cada funcionário, ao mesmo tempo que
você também precisa da mão-de-obra para crescer. Isso
é muito problemático em um país que precisa de empregos”. Além deste fator, a falta de investimentos e apoio
ao produto brasileiro no país são outros entraves, em sua
opinião. “É preciso valorizar nacionalmente o produto
que é nosso, assim é muito mais fácil ter chance de conquistar o mercado internacional”, dispara.
No entanto, ele prefere não pensar nos percalços e se
concentrar nos momentos positivos para continuar batalhando por seu negócio. “Não é muito bom pensar nos
momentos difíceis, até porque eles são constantes. Prefiro lembrar de quando as pessoas te encontram na rua
e elogiam o seu trabalho ou quando ele alcança bons
resultados sendo reconhecido por profissionais especializados, isso que me impulsiona a continuar”, destaca.
Sempre inovando e criando suas oportunidades, Mário
não para por aí. Assim como grandes nomes da moda
internacional como John Galliano1, famoso por desenhar
para a Dior2, o estilista brasileiro não pretende parar de
prestar assessoria para outras marcas. “A moda é uma profissão interessante porque permite esta liberdade. Ainda
que você tenha seu negócio, nada impede que você continue criando estilos para outras marcas, mesmo que demore um certo tempo para que você o reconheça”, afirma.
Neste caso, o estilista ainda faz um alerta para os
jovens estudantes: “Na universidade, as pessoas têm
muita pressa. Querem se formar estilistas. Isso não
existe. É como para os profissionais da música, com
o tempo e a experiência se cria uma identidade que
acaba se tornando sua marca registrada”.
Movido a sonhos, o estilista declara ter muitos desejos ainda não realizados, entre eles, a vontade de ter
uma maior distribuição de sua marca, crescer e acreditar que as empresas brasileiras têm chances de se
manter no país, e, sobretudo, ver seu negócio em expansão no exterior. “São vários planos, graças a Deus.
Sem eles não há como continuar vivendo”, encerra.
Valores Humanos Como Capital
Conheça a trajetória de uma empresa que está há 23
anos no mercado e saiba quais foram os principais erros e acertos cometidos durante a construção da marca
A Company S.A. é uma das cinco maiores construtoras de edifícios de alto padrão, tanto comerciais quanto
residenciais, do Brasil. Mas que não se pense que tudo
foi simples e fácil no início. A Company surgiu em 1987
como fruto da separação da Columbia Construtora e Incorporadora. Nessa época, já contava com um terreno de
85 mil metros quadrados com 19 prédios de alto padrão.
A partir de então, a Company foi gradualmente crescendo, principalmente com obras a preço de custo.
“Depois do Plano Collor, o preço de custo praticamente acabou. Foi então que começamos a fazer casas
populares. Fizemos 3.000 casas populares no interior
de São Paulo a preço fechado, o que é um ponto que
quase ninguém sabe que a Company atuou. Esse dinheiro deu a base financeira para comprarmos os
primeiros terrenos em São Paulo. Isso aconteceu por
volta de 1992”, conta o diretor de desenvolvimento de
novos negócios e sócio da Company, Luiz Ângelo de
Andrade Zanforlin.
A filosofia da empresa tem uma característica bastante interessante: gosta de formar os próprios recursos humanos. “O jovem entra como estagiário, aprende toda a sistemática da empresa, filosofia de trabalho
e quando chega no último ano, há uma seleção e é feita a escolha de acordo com o número de vagas abertas. É uma política de valorização do profissional”,
aposta Zanforlin. Atualmente, a Company conta com
60 funcionários internos, atuando no escritório. No
total, são mais de 500, se levadas em conta as obras.
Além disso, o diretor explica que a Company sempre teve a característica de buscar inovações no mercado imobiliário, oferecendo produtos diferenciados
e entregando as obras antes do prazo estipulado.
“Fazemos um esforço muito grande para deixar o
cliente satisfeito. Tanto que nesses 23 anos, não temos nenhuma ação de reclamação de clientes contra
a Company”, aponta.
1
John Galliano é um dos mais criativos e originais estilistas de moda do século 20, sendo sua inspiração temas históricos e de
fantasia.
2
Christian Dior foi o estilista mais cultuado e admirado no mundo da moda, suas criações foram sucesso e seu nome associado à
elegância e ao refinamento.
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Dificuldades
Embora, atualmente, a Company esteja bem consolidada, nem sempre foi assim. Os cinco sócios enfrentaram muitas dificuldades no início do negócio.
“Sempre a dificuldade maior é acesso ao capital, essa
é uma questão inerente ao Brasil”, lembra Zanforlin.
Além disso, toda empresa recém-chegada no mercado deve provar a sua competência e que é capaz de
fazer o seu negócio tão bem quanto as empresas tradicionais. “Na área imobiliária, a tradição pesa, principalmente numa cidade como São Paulo. Por mais que
você tivesse experiência anterior, ficavam dúvidas de
estar comprando um produto novo”, acredita o diretor
de desenvolvimento de novos negócios.
Segundo ele, os novos empreendedores devem enfrentar as dificuldades financeiras com muito trabalho. “O capital para quem está iniciando geralmente
está fechado e o consumidor dificilmente aceita comprar alguma coisa de quem não tem tradição. A gente
enfrentou todas essas complicações, foi muito difícil,
mas com perseverança, oportunidades e muito suor,
conseguimos vencê-las”, observa Zanforlin.
Dicas
“Diria que nós erramos pouco na condução da Company. Talvez porque dos cinco sócios da empresa, quatro
eram muito amigos antes da sociedade. A diversidade
de opiniões na hora de tomar as decisões acaba enriquecendo o processo”, aponta Zanforlin. “Sempre atuamos
em forma de conselho e discutimos muito o desenvolvimento dos projetos. Essa é uma característica que fez
com que a Company sempre vencesse, principalmente
nos primeiros momentos. Outro ponto é sempre oferecer
algo que o mercado não tem, alguma coisa inovadora”.
Em 1986, a Company ofereceu, no Bairro da Vila Monte
Verde em São Paulo, o projeto dos penthouses, que são os
apartamentos com terraço, piscina no andar, churrasqueira e lareira. “Era uma proposta de colocar dentro do apartamento uma casa. O fato de oferecer algo inovador fazia
com que os clientes relevassem a resistência ao novo. Isso
foi ajudando a vencer barreiras”, ressalta Zanforlin.
Zanforlin aponta também que o jogo de cintura é essencial, principalmente para lidar com mercados não
explorados, como na hora da transição do Collor, em
que a empresa conseguiu sair de preço de custo para
fazer casas populares. “Fizemos 3.000 casas populares que eram vendidas a sete mil dólares a unidade.
Tivemos também que fazer um trabalho social, porque eram casas para boias-fria. Essa experiência foi
muito rica para nós, do ponto de vista social e tam3
bém financeiro, porque foi esse projeto que nos deu
embasamento financeiro para comprar os primeiros
terrenos. Soubemos identificar uma oportunidade”.
O sócio da Company citou algumas dicas para empresários iniciantes. “Acho que tem que se preparar
bem, fazer uma boa escola e ter uma boa formação.
Além disso, entendo que o empreendedor carrega dentro de si uma energia que é uma mistura de sonho e
desafio interior. A pessoa precisa perceber primeiro se
tem isso, se realmente tem essa vocação”, aconselha.
“É preciso formar um círculo de amizades saudável,
porque sem parceiros, sem se mostrar uma pessoa honesta e de bons princípios, não se consegue nada”. Para
ele, é fundamental que o empresário mostre-se uma
pessoa que tem energia, porque aí as portas começam
a se abrir e as oportunidades aparecem. E também ter
princípio humano, que, segundo Zanforlin, precede o
capital. “Os valores humanos são necessários para que
se possa construir a vida futura, o capital vai aparecendo depois, de alguma forma. E acredito que esses valores humanos, a pessoa ser do bem, sentir orgulho do que
faz, conduzem você ao sucesso. Não adianta enganar
as pessoas, porque isso só leva ao desencantamento e a
desilusão ao longo da vida”, recomenda.
Planos Futuros
A empresa passou por vários estágios na área financeira e hoje é uma empresa de capital fechado (S.A.)3.
Porém, nos últimos anos vem fazendo várias operações preparando-se para uma possível abertura de capital. “Estamos pensando seriamente em abrir capital,
em um futuro próximo, para atrair mais recursos para
a Company, porque o negócio imobiliário ficou cada
vez mais exigente de grandes remessas de dinheiro e
acreditamos que esse é o caminho”, conclui o diretor.
Chocolates de Fino Trato
Empreendedoras transformam “cacau em ouro”
nos doces Saint Phylippe
“Chocolate, chocolate, eu só quero chocolate”. Assim como a obsessão e o desejo pelo doce eternizados
na voz de Tim Maia, duas jovens empreendedoras,
criadoras da Saint Phylippe, empresa de chocolates atesanais, viram na guloseima a alternativa para criar um
negócio de sucesso e deslanchar no mercado brasileiro da gastronomia. O motivo? Simples adoração pelo
principal subproduto do cacau. “Tanto eu como a Andressa, minha sócia, adoramos chocolate. Nada melhor
do que apostar no que se gosta para criar um projeto
bem-sucedido”, revela a chocolatier Cris Almeida.
Uma sociedade anônima, (normalmente abreviado por S.A., SA ou S/A), é uma forma de constituição de empresas nas quais
o capital social não se encontra atribuído a um nome em específico, mas está dividido em ações que podem ser transacionadas
livremente, sem necessidade de escritura pública ou outro ato notarial.
É claro que não foi só o caso de amor com o chocolate que fez as duas especialistas abrirem mão de uma
carreira internacional, ao lado de grandes nomes da
gastronomia francesa, para apostar em uma ideia em
terras tupiniquins. Tanto Andressa Vaconcellos, com
uma formação privilegiada na Suiça, onde estudou hotelaria na afamada École Hoteliere de Lausanne, como
Cris Almeida, graduada em Administração pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), apontam
os entraves para seu crescimento como principal motivo para criar seu próprio negócio. “Sentíamos a necessidade de crescer e sabíamos que nos empregos que
estávamos não tínhamos mais para onde ir”, lembra.
A concorrência na área de atuação das jovens também contribuiu para a tomada da decisão. Mesmo
com currículos invejáveis, o mercado de trabalho estava muito competitivo. “Além disso, a vontade de
trabalhar por conta própria e ver nosso nome brilhar
ao lado de uma marca de sucesso também pesaram
muito”, conta Cris. Todos estes fatores foram determinantes para que as duas dessem o primeiro passo
rumo à revolução do mercado de chocolates finos.
O resultado dessa união foi a chegada ao Brasil, em
agosto de 2005, da Saint Phylippe, empresa de chocolates artesanais voltada para o público AA.
Para agradar o “creme de la creme” da sociedade brasileira, as especialistas sabiam que a proposta da Saint
Phylippe não devia sequer esbarrar na trivialidade. A
solução foi aliar ao melhor chocolate belga muita criatividade para encher olhos da clientela. “Não podíamos
conquistar apenas pelo paladar, mas também seduzir pela
beleza das criações”, revela Cris. Por isso, o diferencial
da Saint Phylippe está tanto no toque de arte que as chocolatiers dão a suas obras, seja ele a pedido do cliente ou
fruto da imaginação das empresárias, como no cuidado
em manter o visual das criações sempre impecável. “Trabalhamos para que tudo esteja fresco e saia exatamente
como o cliente imaginou. Investimos na personalização
e no cuidado excessivo com os detalhes para que tudo
fique absolutamente perfeito”, explica Cris.
A Lenda de Rumplestilskin
Você já ouviu falar da lenda de Rumplestilskin? O
duende dos contos de fada que transformava palha
em ouro? Ao conhecer uma das principais obras de
arte das chocolatiers da Saint Phylippe é impossível não lembrar desta história. Isto porque, além do
mais fino chocolate, a Esfera de Natal – uma das
mais criativas obras das autoras – é uma mistura de
chocolate com folhas de ouro comestíveis. Dá para
imaginar? E a criatividade não para por aí. A linha de
produtos é recheada de jóias e pedras preciosas, ou
melhor, chocolates no formato de diamante, quartzo-rosa, safira, turmalina, rubi, esmeralda, entre outras. Claro que o preço não é dos mais acessíveis. A
esfera de Natal, por exemplo, (com 350 grs) sai pela
bagatela de R$ 68,90. Mas a empresária defende que
para tamanha personalização e criatividade o preço
vale a pena. Afinal, são doces lembranças. Mimos
para quem precisa presentear com requinte e, muitas
vezes, está na dúvida do que comprar.
Vida Para os Chocolates
Para obter o melhor resultado é necessário extrema dedicação e muito trabalho. Tanto é que há poucos dias da Páscoa, no auge da produção, a jornada
das empresárias é, quase sempre, estendida até altas
horas da noite, às vezes, madrugada adentro. “No
meio da produção a gente não pode parar. É preciso tomar cuidado com o frescor e a temperagem
do chocolate para que tudo corra tranquilamente”,
explica Cris. Mas quem pensa que isso é problema,
engana-se. Afinal de contas, a produção incessante
demonstra o tamanho do sucesso das empreendedoras e a importância dada a seu trabalho. “Nosso
slogan é: Deus criou os ingredientes e nós fazemos
o resto”, acrescenta.
Mas quais são as dificuldades enfrentadas por
quem dribla o excesso de trabalho com tanta maestria? Se você ainda tem alguma dúvida sobre a
dificuldade em obter apoio financeiro e custear os
altíssimos impostos do Brasil, esta é mais uma comprovação de que, em alguns casos, os empreendedores rezam por milagres. “Além da burocracia com a
documentação, você se vê obrigado a implorar por
crédito. Graças a Deus eu conto com meus pais que
me ajudam e com minha sócia que guardou reservas
para investir em nossa ideia. Não dá para depender
do apoio destinado aos jovens empreendedores”,
lamenta Cris.
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Exercícios
Questões objetivas
1. Empreendedorismo, um termo derivado da palavra entrepreneurship, é utilizado para designar:
a) estudos relativos ao administrador de empresas, seu perfil e universo de atuação.
b) estudos relativos ao empresário de sucesso, seu perfil e universo de atuação.
c) estudos relativos ao empreendedor, seu perfil e universo de atuação.
d) estudos relativos apenas aos estudantes de Administração, seu perfil e universo de atuação.
e) pesquisas relativas ao comportamento empreendedor, seu perfil e universo de atuação.
2. Quando associamos o conceito de “empreendedorismo” à ideia de “capitalismo selvagem”, onde só os
valores econômicos importam e a palavra de ordem é “negócio”, acabamos desvalorizando:
a) o elemento humano, que é dispensável no desenvolvimento do conceito de empreendedorismo.
b) o capital investido na empresa que é essencial no desenvolvimento do conceito de empreendedorismo.
c) as leis que regem o empreendedorismo, pois acatar as leis do mercado, sem qualquer análise ou visão crítica é essencial no desenvolvimento do conceito de empreendedorismo.
d) o negócio, que é essencial no desenvolvimento do conceito de empreendedorismo.
e) o elemento humano que é essencial no desenvolvimento do conceito de empreendedorismo.
3. Encontramos um desdobramento do conceito de empreendedorismo em três itens, são eles: Capacidade individual de empreender, Processo de iniciar e gerir empreendimentos e Movimento social de desenvolvimento
do espírito empreendedor. A partir desses itens, podemos afirmar que:
a) iniciativa, busca de soluções inovadoras para problemas econômicos, sociais, pessoais e outros fazem parte
do item que trata sobre Movimento social de desenvolvimento do espírito empreendedor.
b) conceitos, métodos, instrumentos e práticas relacionadas com a criação fazem parte do item que trata sobre
Capacidade individual de empreender.
c) criação de emprego e renda, com incentivo de governos e diferentes instituições fazem parte do item que
trata sobre Movimento social de desenvolvimento do espírito empreendedor.
d) implantação e gestão de novas empresas ou organizações fazem parte do item que trata sobre Capacidade
individual de empreender.
e) iniciativa, busca de soluções inovadoras para problemas econômicos fazem parte do item que trata sobre
Processo de iniciar e gerir empreendimentos.
4. Segundo Filion: “Um empreendedor é uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza visões”. Dessa forma,
podemos destacar as seguintes características de um empreendedor:
a) cria projetos e delega ordens para que outros realizem.
b) cria projetos, auxilia na elaboração e participa da execução.
c) executa projetos elaborados por outros e os realiza.
d) aguarda as ordens de seus superiores.
e) busca aumentar seus conhecimentos, mas aguarda os projetos de seus superiores.
5. São consideradas como características do comportamento empreendedor, exceto:
a) Busca de oportunismo e aguardo de ordens superiores.
b) Persistência.
c) Comprometimento.
d) Exigência de Qualidade e Eficiência.
e) Correr riscos Calculados.
6. Podemos garantir que teremos total sucesso ao dominar as 10 Características do Comportamento Empreendedor – CCE. Esta afirmativa está:
a) correta, pois as 10 CCE é a fórmula para o sucesso.
b) incorreta, pois só servirá se o empreendedor tiver curso superior na área de Gestão.
c) correta, desde que o empreendedor tenha sua própria empresa.
d) incorreta, pois embora seja altamente recomendável, não há garantias do sucesso.
e) Correta, desde que se tenha oportunidade de aplicá-las.
7. O prazo para legalizar uma empresa, no Brasil, é de:
a) em média superior a um mês.
b) uma semana pela Internet.
c) pode começar e legalizar durante o funcionamento.
d) contratando despachante, torna-se mais rápido.
e) no máximo 15 dias.
8. O empreendedor só conseguirá desenvolver seu trabalho, seus projetos, quando tiver seu próprio negócio,
enquanto isso, deve executar as ordens de seus superiores. Esta afirmativa está:
a) correta, pois o empregado deve seguir as ordens de seu patrão.
b) incorreta, pois antes mesmo de conseguir seu próprio negócio a pessoa pode ser um empreendedor, demonstrando suas habilidades e desenvolvendo um bom trabalho.
c) correta, pois no ambiente de trabalho, onde a pessoa é o empregado, deve seguir as normas da empresa e
jamais tentar mostrar suas ideias.
d) incorreta, pois se o empregado quiser pode impor suas ideias aos seus superiores.
e) correta, afinal como diz o ditado: “manda quem pode, obedece quem tem juízo”.
9. O empresário competente não precisa ter domínio completo de todas as competências de gestão empresarial. A partir desta afirmativa, podemos concluir que:
a) o empresário deve ter especialização em todos os setores de sua empresa.
b) o empresário pode e deve colocar na empresa, colaboradores que completem as suas competências de
forma a cobrir todas as suas funções.
c) o empresário nem precisa estar na empresa, afinal ele é o dono.
d) o empresário deve trabalhar mais do que seus funcionários para mostrar que domina todas as funções de
gestão empresarial.
e) o empresário deve colocar amigos e familiares para auxiliar nas funções que ele tiver dificuldades.
10. Também são características do empreendedor, exceto:
a) considera o fracasso um resultado com outro qualquer, pois aprende com os próprios erros.
b) tem forte intuição: como no esporte, o que importa não é o que se sabe, mas o que se faz.
c) é um sonhador realista: é racional, mas usa também a parte direita do cérebro;.
d) sabe buscar, utilizar e controlar recursos.
e) ao se deparar com um problema, desiste, deixando de realizar seus projetos de trabalho.
Gabarito: 1.C | 2.E | 3.C | 4.B | 5.A | 6.D | 7.A | 8.B | 9.B |10.E
107
108
Exercícios
Questões discursivas
1. O filósofo Sêneca ensina: “Quando não sabemos aonde queremos chegar, qualquer vento nos é favorável”.
Faça uma análise sobre este pensamento e o que nós estudamos nesta unidade. Este pensamento se encaixa
com as atitudes que um empreendedor deve ter? Por quê? Que comportamento o empreendedor deve ter para
alcançar seus objetivos? Construa uma frase que exemplifique sua ideia de comportamento empreendedor.
Resposta: O aluno deve refletir sobre o pensamento de Sêneca e perceber que se trata da falta de objetivos
e planejamento e que este não pode ser o comportamento esperado de um empreendedor. A partir deste entendimento poderá listar as principais características que um empreendedor deve ter para alcançar o sucesso.
Para ilustrar seu aprendizado, é sugerido que ele construa uma frase, como Sêneca o fez, para exemplificar
sua ideia de comportamento empreendedor.
2. O empreendedor deverá prestar serviços de qualidade visando a satisfação do cliente. Esta é uma das características do empreendedorismo, servir seus clientes com qualidade. Imagine que você resolveu abrir seu
próprio negócio.
a) determine a área de atuação de seu negócio;
b) determine sua clientela;
c) determine os objetivos que pretende alcançar;
d) determine projetos de ação para o alcance de seus objetivos – alcance do sucesso empreendedor;
e) determine como será o atendimento a sua clientela.
Resposta: O objetivo dessa atividade é fazer com que o aluno aplique os conhecimentos adquiridos nesta
Unidade de Ensino, assim como estimulá-lo a pensar em ter seu próprio negócio, tornar-se um empreendedor.
UNIDADE II
109
O PLANEJAMENTO DE NEGÓCIOS
É necessário organizar nossos desejos e expectativas, concentrando em um foco e nos dedicando
à concretização dele. Precisamos saber o que queremos e os recursos necessários para atingir nossos objetivos. Isso se obtém por meio de um plano
claro, objetivo e conciso, que traduza o futuro com
base nos aspectos positivos do presente e na cora-
gem de nos desvencilharmos do ultrapassado, não
do passado.
Entender onde estamos, quem são nossos parceiros
e quais as condições favoráveis e desfavoráveis para
realizarmos nossos ideais, ajuda a definir um cenário e a dimensionar realisticamente o que temos pela
frente. Vamos aos conceitos:
Texto 4: O Plano Estratégico: Missão, Visão,
Oportunidade e Criatividade
Palavras-chave: Sociedade, Associações.
Missão
“É a finalidade, a razão de ser, a mais elevada aspiração que legitima e justifica social e economicamente
a existência de uma organização e para a qual devem
se orientar todos os esforços” (TENÓRIO 1997: 30).
A definição da missão é o principal aspecto de um
plano estratégico, pois reflete o futuro da organização,
expresso nos compromissos presentes. A missão estabelece o porquê da organização (a razão da existência),
o que ela faz (o que ela gera) e como faz (a maneira e
os métodos para produzir). É importante que a missão
descreva a atividade fim ou principal da organização
de uma maneira simples, curta e clara, lançando um
desafio a todos os seus participantes e que tenha consenso entre todos os dirigentes da organização.
Alguns exemplos de missão:
“Prover medicamentos que realmente façam a diferença para médicos e pacientes”.
(Nycomed Pharma)
“Servir alimentos de qualidade com rapidez e simpatia, num ambiente limpo e agradável”.
(Mc Donald)
“Formar profissionais para as diferentes áreas do
saber, fundamentando suas ações numa perspectiva
de utilização dos conhecimentos nela adquiridos e
aprofundados, em seu conjunto, na solução dos problemas da sociedade, na promoção da cultura, nos
avanços da ciência e da tecnologia, sempre pautando
a formação dos profissionais dela egressos em princípios humanísticos, éticos e de pleno exercício da
cidadania”.
(Universidade Castelo Branco)
“Propriciar à sociedade serviços de telecomunicações adequados ao seu desenvolvimento político e
econômico e ao bem-estar social”.
(Telebras)
“... atender às necessidades do transporte de nossos clientes, aprimorando nossos produtos e serviços,
proporcionando retorno aos acionistas”.
(Ford)
A STIHL tem por missão facilitar a vida dos clientes, oferecendo soluções rápidas e inovadoras em
ferramentas motorizadas portáteis para os mercados
florestal, agropecuário, de serviços e bricolagem.
Busca a excelência como organização, perseguindo
a rentabilidade e a satisfação dos clientes, prezando os
valores éticos com relação aos colaboradores, fornecedores, revendedores e acionistas, respeitando o meio
ambiente e garantindo a perpetuação da organização
como exercício de nossa responsabilidade social.
“Ajudar as pessoas a melhorar continuamente a sua
qualidade de vida, provendo-lhes acesso a produtos
de qualidade, com o melhor atendimento e serviços,
poupando-lhes tempo e dinheiro."
(Lojas Americanas)
110
Prover a sociedade brasileira de conhecimento sistematizado, por meio de documentos normativos, que
permita a produção, a comercialização e uso de bens
e serviços de forma competitiva e sustentável nos
mercados interno e externo, contribuindo para o desenvolvimento científico e tecnológico, proteção do
meio ambiente e defesa do consumidor.
Compromisso com Nossa Gente
Ser o melhor empregador e oferecer uma experiência única de desenvolvimento profissional e pessoal.
(ABNT)
Compromisso com a Alimentação
Oferecer produtos saudáveis e de qualidade, adequados a uma alimentação variada, equilibrada e nutritiva.
Criar valores oferecendo produtos e serviços que
ajudem aos clientes a terem sucesso. Estas ofertas
incluem: Sérvios, Software (SW), Produtos (HW) e
Tecnologia.
Compromisso com a Comunidade
Participar ativamente das comunidades como um
bom vizinho, que se preocupa com o meio ambiente e
realiza ações em prol da saúde e do esporte.
(IBM)
“Oferecer soluções em transportes, através do aluguel de carros, buscando a excelência.”
Compromisso com o Brasil
Investir continuamente no desenvolvimento econômico, social e ambiental do Brasil.
(Localiza National)
(ONG Cooperando)
Honrar tais compromissos constitui um desafio enfrentado com sucesso, graças à contribuição direta de
funcionários, franqueados e fornecedores que compõem o Sistema McDonald's.
A visão de uma empresa é o seu objetivo maior, a
direção do seu caminho e o foco das suas ações no
mercado em que atua. Estabelece o que a empresa
será no futuro.
Ao longo dos últimos 28 anos, essa rede de parcerias cresceu, organizou-se e instituiu um modelo de
referência no setor de alimentação. Com a meta permanente de desenvolver e aprimorar esse modelo, a
empresa se impõe a seguir quatro princípios estratégicos:
“Estimular a criação e o fortalecimento de cooperativas de produção no âmbito do estado do Rio de Janeiro.”
Visão
Ela deverá ser desafiadora para motivar os colaboradores no desempenho das suas atribuições e fazerlhes vibrar com a sensação de vitória ao alcançar cada
uma das metas e o objetivo final.
Dolabela (2008), fazendo referência a Filion, define visão como “uma imagem projetada para o futuro,
lugar que se quer ver ocupado pelos seus produtos e
serviços no mercado, assim como a imagem projetada
do tipo de organização necessária para consegui-lo”.
São elementos de suporte ao processo visionário: o
conceito de si, a energia, a liderança, a compreensão
de um setor e as relações.
Alguns exemplos de visão:
- Concentração de esforços numa única atividade
(venda de refeições);
- Ênfase na gestão de pessoas;
- Administração descentralizada;
- Trabalho em parceria com os fornecedores.
“Ser reconhecida como referência na promoção
plena das potencialidades individuais, e na capacitação para o trabalho e para a cidadania, por meio do
ensino, da produção científica, cultural e tecnológica bem como da inovação, integrando-os, mediante
atividades de extensão, interferindo na cultura e nas
demandas do desenvolvimento regional e, em especial, da Zona Oeste do Município do Rio de Janeiro”.
(Universidade Castelo Branco)
“Ser a melhor empresa de varejo do Brasil”.
“Ser uma empresa farmacêutica de excelência, tendo capacidade de resposta rápida, sendo confiável e
com foco em resultados”.
(Nycomed Pharma)
Quatro compromissos fundamentais orientam as atividades desenvolvidas pelo McDonald's Brasil. Trata-se de um conjunto de princípios que sintetizam e
traduzem a amplitude daquilo que a empresa entende
como seu papel dentro da sociedade.
(Lojas Americanas)
Uma ABNT ágil que responda com eficiência às
demandas do mercado e da sociedade, comprometida
com o desenvolvimento brasileiro, de forma sustentável, nas dimensões econômica, social e ambiental.
Ser uma empresa inovadora e líder no mercado
brasileiro, crescendo fortemente nos mercados globais e no Grupo STIHL, encantando clientes e colaboradores.
O homem sadio, física e mentalmente, integrado na
sociedade. A Faculdade de Medicina como modelo de
escola pública, ágil e autônoma, de ensino assistência
e pesquisa e formando profissionais preparados para
atendimento de necessidade atuais e futuras de saúde
da população. (Faculdade de Medicina de Botucatu)
Oportunidade
Oportunidade é a possibilidade de se obter um produto ou serviço por meio do oferecimento da satisfação de uma necessidade identificada ou induzida ao
cliente. A identificação de oportunidades tem papel
central na atividade empreendedora. O conceito de
oportunidade está sempre atrelado ao conceito de
ideia, pois boas ideias nem sempre são oportunidades. O imprescindível é o poder identificar as ideias
que podem dar origem a uma oportunidade. É através do estabelecimento de foco que o empreendedor
identifica oportunidades. Sem isso, corre-se o risco de
se perder no caminho.
Alguns pensamentos que expressam com muita clareza o conceito de oportunidades:
“Há três coisas que nunca voltam atrás: a flecha
lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade
perdida”.
(Provérbio Chinês)
“É melhor estar preparado para uma oportunidade
e não ter nenhuma do que ter uma oportunidade e
não estar preparado”.
(Whitney Young Jr)
“Um otimista vê uma oportunidade em cada calamidade, um pessimista vê uma calamidade em cada
oportunidade”.
(Wisnton Chrchill)
Criatividade
Criatividade é chegar a soluções inusitadas e que simplesmente outros não encontram ou perceberam a sua
possibilidade. Muitas vezes é num ambiente totalmente
diverso ao que temos experiência ou formação que somos mais criativos. Um fator importante é estar aberto
e evitar os limites, especialmente quando eles existem.
A percepção de que a criatividade pode ser aprendida é de grande importância na atividade empreendedora. Assim, trabalho e persistência são importantes
ingredientes da criatividade.
Eis alguns exemplos:
“John Dunlop adaptou câmaras de ar de barroca ao
tecido de seu filho visando oferecer mais conforto.
Inventou o pneumático em 1888. Ele era veterinário
em Belfast”.
“Henry Sidgier, estofador inglês, inventou a máquina de lavar roupa em 1782”.
“Alex Osborn, o idealizador do Brainstorming
(tempestade de ideias), a mais praticada técnica de
criatividade, era sócio de uma agência de propaganda
e banqueiro”.
“A maioria dos membros do conhecido grupo humorístico “Casseta e Planeta” é engenheiro”.
Nota: Visite o site: www.geranegocio.com.br e
faça exercício de plano estratégico que lá se encontra
disponível.
Texto 5: Plano de Negócio
Palavras-chave: Planejamento.
O que é um Plano de Negócio?
O Plano de Negócio é um documento que reúne
informações sobre as características, condições e necessidades do futuro empeendimento, com o objetivo
de analisar sua potencialidade e viabilidade, facilitando sua implantação.
Para os empreendedores, que costumam ser mais
realizadores do que redatores de proposta, é uma ferramenta extremamente útil.
Um bom Plano de Negócio é a peça indispensável
para o sucesso de qualquer negócio.
Para que serve o Plano de Negócio?
O Plano de Negócio também é um importante instrumento de ajuda ao empresário para enfrentar obstáculos e mudanças de rumos na economia ou no
ramo em que atua.
a) Examinar a viabilidade do empreendimento nos
aspectos mercadológicos, financeiros e operacional.
111
112
O Plano de Negócio permite desenvolver ideias a respeito de como o negócio deve ser conduzido. É uma
oportunidade para refinar estratégias e cometer erros
no papel em lugar da vida real, examinando a viabilidade da empresa sob todos os pontos de vista, tais
como os mercadológicos, o financeiro e o operacional.
b) Integra o Plano Estratégico
O Plano de Negócio é uma ferramenta pela qual o
empresário pode avaliar o desempenho atual da empresa ao longo do tempo. Por exemplo, a parte financeira de um Plano de Negócio pode ser usada como
base para um orçamento operacional e ser cuidadosamente monitorada, para se verificar o quanto a empresa está se mantendo dentro do orçamento. A esse
respeito, o Plano pode e deve ser usado como base
para um planejamento estratégico.
Depois de decorrido algum tempo e, a partir de então, periodicamente, o Plano de Negócio deve ser
examinado para se ver onde a empresa se desviou do
rumo, se esse desvio foi benéfico ou danoso e como
ela deverá operar no futuro.
4. Investidores – entidades de capital de risco, pessoas jurídicas, bancos de investimentos etc.
5. Fornecedores – para negociação na compra de
mercadorias, matéria-prima e formas de pagamentos.
6. A própria empresa – para comunicação interna,
da gerência com conselho de administração e com os
empregados (comprometimento mútuo de metas e resultados).
7. Clientes – para venda do produto e/ou serviços e
publicidade da empresa.
8. Sócios – para convencimento em participar do
empreendimento e formalização da sociedade.
A apresentação do Plano de Negócio é formatada
mais objetivamente nas ênfases relacionadas com público específico.
Cuidados Importantes ao Redigir um Plano
de Negócio
c) É ferramenta de negociação e ajuda a levantar
recursos
As fontes de financiamento não veem com bons
olhos um plano que está sendo “leiloado” por aí.
d) A maior parte dos financiadores ou investidores
não colocará dinheiro em uma empresa sem antes ver
o seu Plano de Negócio. O empreendedor poderá não
ser levado a sério, nem mesmo convidado a voltar. O
Plano pode ser usado como uma ferramenta de negociação e contribuir para aprovação de empréstimos
nos bancos e acesso a linhas de financiamento. Um
velho axioma ensina que se deve “ser claro a respeito
do que se deseja do investidor, mas vago a respeito
daquilo que está disposto a ceder”.
O ideal é que seja enviado para poucos, no máximo
dez fontes financeiras. Nunca se deve enviar os planos às fontes financeiras em sequência. Esta abordagem pode adiar por anos um sucesso.
A quem se destina
O Plano de Negócio é um documento confidencial.
Deve ser distribuído somente àqueles que têm necessidade de vê-lo, tais como a equipe gerencial, conselheiros profissionais e fontes potenciais de recursos.
Público-alvo
1. Mantenedores e Incubadoras – iniciação de empresas, com condições operacionais facilitadas, mantidas por instituições de classe, centros de pesquisas,
órgãos governamentais.
Ao determinar a quem enviar o plano, pesquise cuidadosamente que espécies de fontes estão interessadas no campo em que eles estão. Espere a resposta de
cada instituição, antes de passar à seguinte. Alguns
bancos somente emprestam em certas áreas geográficas; alguns investidores só investem em determinados tipos de empresas.
Um Plano de Negócio bem estruturado é fundamental para o sucesso do novo empreendimento. Antes
de entrar diretamente na montagem do seu Plano de
Negócios, atente para quatro elementos que são fundamentais:
1. Conceito do Negócio
2. Funções Fundamentais do Negócio
3. Plano de Ação
4. Orçamento
2. Parceiros – para definição de estratégias e discussão sobre a formas de interação entre as partes.
Nota: No site www.geranegocio.com.br você encontrará o detalhamento e a possibilidade de levantar
perguntas sobre o seu empreendimento.
3. Bancos – para pleitos de financiamentos de equipamentos e instalações, capital de giro, expansão da
empresa etc.
Utilizamos a seguir um Modelo de Plano de Negócio que você pode também baixar do site: www.pucrs.
br/agt/download/plano.pdf.
Modelo de Plano de Negócios
1. Resumo Executivo
2. O Produto/Serviço
a. Características
b. Diferencial tecnológico
c. Pesquisa e desenvolvimento
3. O Mercado
a. Clientes
b. Concorrentes
c. Fornecedores
d. Participação no mercado
4. Capacidade Empresarial
a. Empresa
i. Definição da empresa
ii. Missão
iii. Estrutura organizacional
iv. Parceiros
b. Empreendedores
i. Perfil Individual dos Sócios (formação/qualificações)
5. Estratégia de Negócio
a. Ameaças e oportunidades
b. Pontos fortes e fracos
c. Objetivos
d. Estratégias
6. Plano de Marketing
a. Estratégias de vendas
b. Diferencial competitivo do produto
c. Distribuição
d. Política de preços
e. Projeção de vendas
f. Serviços pós-venda e garantia
7. Planejamento e desenvolvimento do projeto
a. Estágio atual
b. Cronograma
c. Gestão das contingências
8. Plano Financeiro
a. Investimentos inicial
b. Receitas
c. Custos e despesas
d. Fluxo de Caixa
e. Demonstrativos de resultados/lucratividade Prevista
f. Ponto de equilíbrio
g. Balanço patrimonial
h. Anexos
1- Resumo Executivo
O Resumo Executivo é comumente apontado como
a principal seção do Plano de Negócios, pois através
dele é que o leitor perceberá se o conteúdo a seguir o
interessa ou não e, portanto, se continuará, ou não, a
ler o documento. Portanto, é no resumo executivo que
o empreendedor deve “conquistar” o leitor.
Nesta seção do plano, o empreendedor apresenta
um breve resumo da empresa ou negócio, sua história, área de atuação, foco principal e sua missão. É
importante que esteja explícito ao leitor o objetivo do
Documento (ex.: requisição de financiamento junto
a bancos, capital de risco, apresentação de empresa
para potenciais parceiros ou clientes, apresentação de
projeto para ingresso em uma incubadora etc.). Devem ser enfatizadas as características únicas de produto ou serviço em questão, seu mercado potencial,
seu diferencial tecnológico e competitivo.
Também devem ser apontadas perspectivas de futuro do negócio (oportunidades identificadas, o que se
pretende fazer para abraçá-las, o que é preciso para
tal, porque fazer para abraçá-las, o que é preciso para
tal, porque os empreendedores acreditam que terão
sucesso etc.). Tudo isso, de maneira sucinta, sem detalhes, mas em estilo claro. Recomenda-se que esta
seção tenha cerca de 01 a 02 páginas no máximo.
É importante salientar que o empreendedor apenas
terá condições de elaborar o sumário executivo ao
final da elaboração do Plano de Negócios, pois ele
depende de todas as outras informações do plano para
ser feito.
2- O Produto/ Serviço
a. Características
Deve-se relacionar aqui as principais características
dos produtos e serviços da empresa, para que se destinam, como são produzidos, os recursos utilizados,
fatores tecnológicos envolvidos etc. Se a empresa estiver, através do plano de negócio, apresentando um
produto ou serviço específico, deve centrar-se nele.
b. Diferencial Tecnológico
Relaciona-se neste item o diferencial tecnológico
dos produtos e serviços da empresa em relação à concorrência. Para manter-se competitivo é necessário
manter-se atualizado quanto às tendências tecnológicas; e as empresas intensivas em tecnologia, especialmente, dependem do desenvolvimento contínuo
de produtos e serviços que promovam a inovação
tecnológica.
c. Pesquisa e Desenvolvimento
A empresa deve cultivar um plano de desenvolvimento de novos projetos, produtos e tecnologias,
que atendam às demandas futuras do mercado e deve
expressar, neste item, quais suas perspectivas para o
futuro. É importante que o empreendedor perceba que
113
114
todo produto tem um ciclo de vida e que, para manterse na vanguarda, precisa continuamente estar pesquisando e desenvolvendo novos projetos. Não é efetivo
centrar-se apenas no projeto/produto atual.
3- O Mercado
a. Clientes
Neste item, deve-se descrever quem são os clientes
ou grupos de clientes que a empresa pretende atender,
quais são as necessidades destes clientes potenciais e
como o produto/serviço poderá atendê-los. É fundamental procurar conhecer o que influencia os futuros
clientes na decisão de comprar produtos ou serviços:
qualidade, preço, facilidade de acesso, garantia, forma de pagamento, moda, acabamento, forma de atendimento, embalagem, aparência, praticidade etc.
É importante estar atento ao definir quem é o cliente. O cliente não é apenas quem vai tomar a decisão
de compra. Cliente é quem vai usar diretamente o
produto; é quem vai ser afetado pelo uso do produto;
é quem vai tomar a decisão de compra e por aí afora.
Por exemplo: Quem é o cliente de uma empresa que
se propõe ao desenvolvimento de um software para
automação de padarias? É o funcionário que deverá
manusear o software (usuário)? É o dono da padaria?
O padeiro? Quem é?
O empreendedor deve perceber a complexidade da
definição de quem é o seu cliente.
No caso do software para padaria, identificar apenas
o dono da padaria como cliente pode ser um grande
problema, porque o software pode não contemplar
as necessidades do usuário final e ser inviabilizado
por uma questão operacional. Da mesma maneira, se
apenas o usuário for foco de atenção, talvez o software deixe de agradar o dono da empresa, que é quem
vai tomar a decisão de compra. Também o cliente da
padaria precisa sentir-se satisfeito pelo impacto que
o software irá gerar sobre o atendimento que recebe.
Ou seja, é importante que se faça uma boa reflexão
acerca de quem é o cliente para o produto/serviço em
questão. Partir de um pressuposto limitado pode comprometer a aceitação do produto/serviço final.
Outro exemplo para reflexão: Quem é o cliente de
um software educacional infantil? É a criança? São os
pais da criança? São os diretores de escola? Os professores? Quem deve ser considerado no momento de
concepção e desenvolvimento das ideias que caracterizarão o software?
b. Concorrentes
Aqui deve-se relacionar os principais concorrentes,
que são as pessoas ou empresas que oferecem merca-
dorias ou serviços iguais ou semelhantes àqueles que
serão colocados no mercado consumidor pelo novo
empresário. Deve-se descrever quantas empresas
estão oferecendo produtos ou serviços semelhantes,
qual é o tamanho dessas empresas e, principalmente,
em que a empresa nascente se diferencia delas.
Diversas características podem ser foco de análise,
tais como: qualidade, preço, acabamento, durabilidade, funcionalidade, embalagem, tamanho, qualidade
no atendimento, facilidade de acesso, forma de apresentar a mercadoria, e o nível de satisfação em relação às mercadorias ou serviços disponíveis.
Neste item, é importante que o empreendedor perceba que não pode se limitar a identificar apenas o
concorrente atual; precisa estar atento aos concorrentes potenciais. Ou seja, se o mercado em questão é
um mercado extremamente atraente, que não impõe
muitas barreiras e novos empreendedores, certamente
outras empresas irão em breve se instalar. Quando um
negócio é “quente”, muitos correm em direção a ele;
neste caso, a concorrência que num determinado momento é pequena, em outro pode ser bem maior. Outro ponto a ser considerado é o produto substituto. O
empreendedor não deve prender-se apenas a empresas que desenvolvem produtos e serviços iguais aos
seus; deve estar atento a tudo que acontece em sua
volta, porque produtos, serviços e tecnologias que
aparentemente não constituem uma ameaça podem
vir a substituir o seu produto ou tornar seu negócio
obsoleto. Cabe mencionar ainda a relevância de que a
análise da concorrência não se restrinja ao ambiente
locar e regional; especialmente na área tecnológica, o
concorrente pode estar em qualquer lugar do globo.
c. Fornecedores
Os fornecedores são o conjunto de pessoas ou organizações que superam a empresa de equipamentos,
matéria-prima, mercadorias e outros materiais necessários ao seu funcionamento. Na escolha de um fornecedor deve-se considerar a qualidade, quantidade,
preço, prazo e forma de pagamento e de entrega, garantia e assistência técnica de equipamentos, e outras
informações úteis, dependendo das mercadorias ou
serviços a serem oferecidos.
d. Participação no Mercado
Identifica-se, neste item, a fatia de mercado da empresa, dentre os principais concorrentes. Mostra-se a
situação atual da empresa, a performance da empresa,
qual sua participação no mercado. Para que o empreendedor possa planejar a participação desejada, deve
neste item realizar uma pesquisa de mercado (investigar informações como tamanho atual do mercado,
quanto está crescendo ao ano, quanto está crescendo
a participação de cada concorrente, nichos pouco explorados pelos concorrentes etc.).
4- Capacidade Empresarial
a. Empresa
i Definição da Empresa
Neste item, deve-se descrever a empresa, seu histórico, área de atuação, crescimento, faturamento dos
últimos anos, sua razão social, estrutura legal, composição societária etc. Evidentemente, aqueles empreendedores que estiverem iniciando sua empresa a
partir deste plano de negócio não terão muito sobre o
que explanar neste item além da composição societária da empresa e a área de atuação.
Notar que quando falamos em empresa neste documento, estamos nos referindo também a projetos e
equipes ainda não formalizados como empresa: Consideramos que cada equipe proponente de um projeto
constitui uma empresa em potencial.
i.i Missão
A missão da empresa deve refletir a razão de ser da
empresa, qual o seu propósito e o que a empresa faz;
corresponde a uma imagem/filosofia que guia a empresa.
i.i.i Estrutura Organizacional
Demonstra como a empresa será estruturada/organizada (ex.: área comercial, administrativa, técnica etc.)
relacionada à área de competência de cada sócio nesta
estrutura e suas atribuições.
i.i.i.i Parceiros
É importante que o empreendedor perceba que sua
empresa não pode estar sozinha. Ela precisa de parceiros para viabilizar e crescer. Neste item, deve-se
identificar os parceiros do negócio, a natureza da
parceria e como um deles contribui para o produto/
serviço em questão e para o negócio como um todo.
b. Empreendedores
i. Perfil Individual dos Sócios (Formação/Qualificação)
Elabora-se um breve resumo da formação, qualificações, habilidades e experiências profissional dos
sócios. O sucesso de uma empresa pode ser determinado pela capacidade dos donos do negócio e pela
quantidade de tempo que eles serão capazes de dedicar a este negócio.
Se os empreendedores desejam disponibilizar o
currículo completo dos sócios, devem colocá-los em
anexo.
5- Estratégia do Negócio
Neste item, o empreendedor deve despertar para o
fato de que para que sua empresa obtenha êxito, não
basta ter um bom produto. É preciso ter um negócio.
Produtos não geram receita por si só; negócios geram
receita. E para que se tenha um negócio, é preciso ter
uma estratégia e uma estrutura que permitam posicionar o produto em seu mercado. É comum empresas
que possuem um bom produto “morrerem” porque
não conseguem encontrar uma maneira de posicionar
este produto no mercado.
Alguns exemplos para ilustrar este conceito: não
basta a empresa ter um produto tecnologicamente revolucionário, se o preço dele está acima do que seu
cliente pode pagar; não basta ter um produto “quentíssimo”, que pode gerar receita a curto prazo para
a empresa, se os empreendedores não identificaram
outros espaços no mercado para explorar depois que
este espaço inicial estiver esgotado (uma empresa não
nasce para viver por apenas dois ou três anos – deve
ter perspectiva da vida indeterminada e crescer continuamente); não adianta uma empresa ter o produto
ideal para seu cliente, se não for encontrada uma maneira viável de fazer este produto chegar até ele; não
adianta ter um produto interessante sem diferencial,
que qualquer empresa possa fazer igual, sem dificuldade; e assim por diante.
Portanto, o empreendedor deverá planejar seu negócio. A partir da análise já feita nos itens anteriores,
deve identificar as oportunidades e as ameaças que o
ambiente lhe apresenta; identificar os pontos fortes e
fracos de sua empresa; definir objetivos e alcançar;
identificar estratégias que permitirão o atingimento
destes objetivos e encontrar maneiras de colocar estas
estratégias em prática.
a. Ameaças e Oportunidades
Com base no que pesquisou e escreveu até o momento, e evidentemente com base em tudo o que sabe
sobre seu negócio, o empreendedor deve ter identificado um conjunto de oportunidades que poderá explorar para crescer e ter sucesso, bem como um conjunto
de ameaças, que deverá administrar adequadamente
para resguardar sua empresa do fracasso. Vale ressaltar aqui que oportunidades não identificadas ou não
aproveitadas devidamente, podem se transformar em
ameaças. E ameaças bem administradas podem ser
transformadas em oportunidades. Portanto, este item
merece atenção especial do empreendedor que está
planejando seu negócio.
Na identificação das ameaças e oportunidades, o
empreendedor deve olhar para fora de sua empresa
e buscar os mais diversos aspectos que podem afetar
seu negócio: concorrentes, mercado consumidor, legislação, tecnologia etc.
b. Pontos Fortes e Fracos
Neste item, o empreendedor deve olhar para dentro
de sua empresa – disponibilidade de recursos, disponibilidade de pessoal, qualificação do pessoal, rede
de parcerias etc.
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116
Quais são os pontos fortes e os pontos fracos desta
estrutura interna?
c. Objetivos
De maneira bem sucinta, o que a empresa quer
conquistar? É isto que este item deve esclarecer. Os
objetivos da empresa devem ser definido de maneira
quantitativa, passível de mensuração. Por exemplo:
Qual a participação de mercado pretendida pela empresa? Quanto ela quer faturar? Em quanto tempo?
Quanto quer crescer ao ano? E assim por diante.
d. Estratégias
Levando em consideração as ameaças e oportunidades que já identificou em seu ambiente de negócio e
os pontos fortes e fracos que identificou internamente
na sua empresa, o empreendedor deverá identificar
e definir as estratégias, ou seja, os caminhos que irá
trilhar para chegar aos objetivos propostos. As estratégias afetam a empresa como um todo e definem sua
postura perante o mercado. Estão relacionadas ao longo prazo.
É em função das estratégias aqui definidas que serão elaborados os planos operacionais (sugeridos
nos itens a seguir). Os planos detalham, sob a ótica
operacional, a estratégia; definem como traduzi-la
em ações e implementá-la. Estão relacionados com
o curto prazo.
Alguns aspectos nos quais o empreendedor deverá
refletir ao definir as estratégias são: os investimentos para implantação e crescimento da empresa serão
feitos com recursos próprios ou será buscado recurso externo? No caso de recursos externos, que tipo
de recurso o empreendedor vislumbra obter? Quais
parcerias serão estabelecidas para a decolagem do
negócio? Qual segmento do mercado será explorado (a empresa irá se posicionar inicialmente frente
a um determinado público identificado ou irá atacar
em diversas frentes)? A empresa irá se diferenciar de
seu concorrente em função de preço ou qualidade? E
outras questões que correspondam a fatores críticos
ao sucesso do negócio em questão, segundo a percepção do empreendedor. Aqui ele tem a oportunidade de
mostrar sua "visão" do negócios.
6. Plano de Marketing
O Plano de Marketing apresenta como o empreendedor pretende vender seu produto/serviço e conquistar seus clientes, manter o interesse dos mesmos e aumentar a demanda, sempre de acordo com a estratégia
definida anteriormente acerca do posicionamento da
empresa no mercado. Deve abordar seus métodos de
comercialização, diferenciais do produto/serviço para
o cliente, política de preços, projeção de vendas, canais de distribuição e estratégias de promoção/comunicação e publicidade.
a. Estratégias de Vendas
Descreve-se aqui qual o público-alvo ao qual o produto/serviço será dirigido e como será apresentado
para venda. Aqui o empreendedor deve explicitar o
argumento central de venda que irá adotar, ou seja,
o que será enfatizado em seu produto/serviço como
ponto forte para que ele seja atrativo a seu público
alvo. Por exemplo, pode-se enfatizar o fator preço,
qualidade, marca, garantia/assistência técnica, benefícios potenciais ao cliente etc.
b. Diferencial Competitivo do Produto
O empreendedor deve deixar claro qual o valor ou
benefícios adicionais que seus clientes obtêm quando
escolhem sua empresa em lugar da concorrência.
Toda empresa deve concentrar esforços para alcançar desempenho superior em uma determinada área
de benefício para o consumidor; pode esforçar-se
para ser líder em serviços, em qualidade, em estilo,
em tecnologia etc. O empreendedor deve identificar a
vocação de sua empresa e enfatizá-la, porque é muito
difícil liderar em todas as áreas.
c. Distribuição
Aqui deve-se identificar e determinar os possíveis
canais de distribuição para disponibilizar o produto/
serviço, no local, tempo e quantidade certos, para
melhor atender às necessidades do consumidor. A
distribuição deve ser feita de maneira adequada para
que seja possível dominar o seu nicho no mercado,
através da maximização das vendas, alavancagem
de marca, valor agregado, satisfação e lealdade dos
clientes.
d. Política de Preços
Neste item será indicada a estratégia de preços a ser
adotada pela empresa e as margens de lucro praticadas. É interessante listar um ranking de preços que
permita um comparativo com a concorrência. O empreendedor deve demonstrar a lógica de sua estratégia: Por que o preço praticado é efetivamente o melhor preço em termos de resultado para a empresa? É
melhor por que permite maior volume de vendas? É
melhor por que oferece maior margem de lucro? Neste segundo caso, o cliente estará disposto a pagar por
esta maior margem? Por quê? Enfim, o empreendedor
deve buscar subsídios (em outras partes do próprio
plano de negócios) para demonstrar que existe harmonia entre as diversas estratégias propostas.
Pausa para reflexão: O prezado leitor está percebendo como todos os itens acerca do qual estamos discorrendo estão estreitamente relacionados? Se você não
estiver se sentido absolutamente amarrado ao escrever cada um destes itens, em relação ao que escreveu
nos itens anteriores, dê uma pausa e volte a refletir em
sua estratégia de negócio.
e. Projeção de Vendas
Estima-se o quanto a empresa pretende vender ao
longo do tempo, levando-se em conta a participação
de mercado planejada. A demonstração das projeções
deverá ser elaborada de acordo com a finalidade que
se deseja: se desejo um controle operacional diário, as
projeções deverão se iniciar em períodos diários, passando a semanais, mensais e assim por diante; se desejo um controle estratégico de médio prazo, os períodos
da demonstração poderão ser mensais, trimestrais, e
assim por diante; se desejo um controle estratégico de
longo prazo, os períodos da demonstração poderão ser
anuais etc. A seguir, sugere-se uma forma bastante razoável de demonstração destas projeções para um período de 5 anos: mensalmente para o primeiro semestre,
trimestralmente para o segundo, semestralmente para o
segundo ano e anualmente para os três últimos.
O empreendedor pode optar por adotar a técnica de cenários. Ou seja, ao invés de fazer uma única projeção, o
que pode ser considerado extremamente arriscado num
contexto de tanta incerteza e instabilidade como o atual,
o empreendedor pode fazer, por exemplo, três projeções:
uma tendencial (se as coisas continuarem como estão),
uma pessimista (se isto ou aquilo der errado) e uma otimista (se isto ou aquilo der certo). O empreendedor que
se sente confortável para fazer estas diferentes projeções
de maneira coerente e fundamentada comprova bom
conhecimento de seu ambiente de negócios, porque
precisa ter noção de tendências sobre as mais diversas
variáveis que podem afetar sua empresa.
Para a projeção das vendas, o empreendedor não
deve esquecer de considerar se os produtos/serviços
estão sujeitos a oscilações sazonais.
f. Serviços Pós-venda e Garantia
Neste item o empreendedor pode apontar os serviços
pós-venda e de garantia que a empresa oferece para seu
cliente. Além desse tipo de serviço ser percebido de maneira positiva pelo cliente, ele é um importante canal de
comunicação da empresa com seu ambiente de negócios, porque aponta preciosas informações de mercado
que poderão nortear o aprimoramento do produto/serviço ou mesmo o processo de inovação da empresa.
7. Planejamento e Desenvolvimento do Projeto
Evidentemente, antes de se vender alguma coisa, é preciso ter um produto/serviço. Portanto, é preciso fazer um
planejamento para o desenvolvimento “físico” do projeto. A pergunta-chave é: quanto tempo será necessário até
que a empresa possa começar efetivamente a vender?
a. Estágio Atual
Apresenta-se o estágio em que se encontra o projeto
em questão.
b. Cronograma
Deve ser apresentado um cronograma esperado para
a conclusão do projeto.
c. Gestão das Contingências
O empreendedor deve apontar as principais dificuldades que poderão ser enfrentadas pela empresa
durante o desenvolvimento do projeto e descrever as
estratégias que serão utilizadas para reduzir ou eliminar o impacto destas dificuldades.
8. Plano Financeiro
No plano financeiro, apresentam-se, em números, todas as ações planejadas para a empresa. Algumas perguntas-chave que o empreendedor deverá responder
neste item são: Quanto será necessário para iniciar o
negócio? Existe disponibilidade de recursos para isto?
De onde virão os recursos para o crescimento do negócio? Qual o mínimo de vendas necessário para que o
negócio seja viável? O volume de vendas que a empresa julga atingir torna o negócio atrativo? A lucratividade que a empresa conseguirá obter é atrativa?
a. Investimento Inicial
Especifica-se neste item os custos com as instalações,
suprimentos, equipamentos e mobiliário necessários para
a implantação do negócio. Estas especificações ajudarão
no levantamento do investimento fixo – ativo permanente – necessário para implantação da empresa. Mesmo
que a empresa esteja instalada (ou pretenda se instalar)
numa incubadora, que comumente oferece parte desta
estrutura inicial, estes valores devem ser considerados.
b. Receitas
No item “6.5. Projeção de Vendas”, o empreendedor já
definiu a projeção das suas vendas esperadas para o horizonte de cinco anos. Com estes dados em mãos, juntamente com a determinação do preço a ser praticado pelo
seu produto ou serviço, poderá visualizar suas vendas em
termos de valores, as quais denominamos de receitas.
c. Custos e Despesas
Neste item deverão ser levantados todos os valores
que serão despendidos para a produção do produto/
serviço que a empresa está propondo. Deverão ser
levantados tanto os custos de produção quanto as
despesas relativas ao suporte à produção como a administração, vendas etc. Por questões de simplificação, adotaremos a nomenclatura de despesas a todos
os custos e despesas incorridos pela empresa. Estas
despesas poderão ser denominadas de fixas ou variáveis. A diferenciação entre ambas é a sua relação
direta com o volume de produção/vendas ou não, isto
é, as despesas variáveis irão sofrer acréscimos (ou decréscimos) proporcionalmente ao aumento (redução)
do volume produzido/vendido, enquanto que as fixas
poderão ter aumentos também, mas não diretamente
proporcionais à produção/vendas. O site indicado ao
final deste modelo de PN fornece, de forma bem didática e simplificada, planilhas para o desenvolvimento
destas projeções. (Obs.: neste primeiro momento não
será necessário levar em consideração os efeitos da
inflação utilizando-se dos valores atuais, tanto de receitas como de despesas, para as projeções futuras).
117
118
d. Fluxo de Caixa
O fluxo de caixa é um instrumento que tem como objetivo básico a projeção das entradas (receitas) e saídas
(custos, despesas e investimentos) de recursos financeiros por um determinado período de tempo. Com o fluxo
de caixa, o empreendedor terá condições de identificar
se haverá excedentes ou escassez de caixa durante o período em questão, de modo que este constitui um importante instrumento de apoio ao planejamento da empresa
(especialmente na determinação de objetivos e estratégias). Evidentemente não haverá condições de executar
um plano sem disponibilidade financeira para tal.
A partir das informações levantadas nos itens anteriores, juntamente com investimentos adicionais que
porventura venham a ser feitos e retirando-se itens não
monetários (quando não existe o efetivo pagamento da
despesa, é somente um valor contábil. Por exemplo:
depreciação), o fluxo de caixa pode ser montado.
e. Demonstrativo de Resultados / Lucratividade
Prevista
Com base nos valores já identificados, relativos às
entradas e saídas da empresa, o empreendedor poderá utilizar a planilha “Demonstrativo de Resultados”
para chegar à lucratividade de seu negócio.
A partir disso, terá condições de apurar informações cruciais como o retorno que terá sobre o capital investido na
empresa e o prazo de retorno sobre o investimento inicial.
Isso é fundamental para que se avalie o grau de atratividade do empreendimento. Por exemplo: você investiria anos
de sua vida num negócio que não pode lhe oferecer retorno melhor que uma aplicação financeira de baixo risco?
f. Ponto de Equilíbrio
O cálculo do ponto de equilíbrio ajuda o empreendedor
a encontrar qual o nível de vendas em que a receita será
igual a todos os custos fixos e variáveis da empresa. Isso
é importante porque indica qual o nível mínimo de vendas que a empresa deverá manter para que não opere com
prejuízo, desta forma o mesmo terá lucro igual a zero. De
uma forma simplificada poderemos identificar o Ponto de
Equilíbrio (PE) através da seguinte fórmula:
Onde:
MC = Margem de Contribuição.
PV = Preço de Venda.
CV = Custo Variável.
RC(u) = Razão de Contribuição Unitária.
PE = Ponto de Equilíbrio.
CFT = Custos Fixos Totais.
g. Balanço Patrimonial
No caso de empresas já constituídas, é conveniente
apresentar o balanço patrimonial, que possibilita a visualização das disponibilidades e obrigações de curto
e longo prazo da empresa e, assim, uma avaliação da
solidez da empresa.
9. Anexos
Curriculum Vitae dos principais sócios/gerentes e
referências profissionais, ilustrações dos produtos, se
houver. Estudos de mercado, se houver. Publicações
pertinentes.
Perguntas que devem estar respondidas no Plano de
Negócios:
Descrição do Negócio
• Que tipo de negócio você está planejando?
• Que produtos ou serviços você vai oferecer?
• Por que o seu produto ou serviço vai ter êxito?
• Quais são as suas oportunidades de crescimento?
Plano de Marketing
• Quem são os seus clientes potenciais?
• Como você atrairá os seus clientes e se manterá
no mercado?
• Quem são os seus concorrentes? Como eles estão
prosperando?
• Como vai promover as suas vendas?
• Quem serão os seus fornecedores?
• Qual será o sistema de distribuição utilizado para o
seu produto/serviço?
• Qual imagem sua empresa vai transmitir aos clientes?
• Como você vai desenvolver o design de seu produto?
Plano Organizacional
• Quem administrará o seu negócio?
• Que qualificações deverá ter seu gerente?
• Quantos empregados precisará e quais as suas funções?
• Como você administrará as suas finanças?
• Quais são os consultores ou especialistas necessários?
• Que legislações ou movimentos de ONGs poderão
afetar seu negócios?
Plano Financeiro
• Qual a renda total estimada para seu negócio no
primeiro ano?
• Quanto lhe custará para abrir o negócio e mantê-lo
durante 18 meses de operação?
• Qual será o fluxo de caixa mensal durante o primeiro ano?
• Que volume de vendas você vai precisar para obter
lucros durante os primeiros três anos?
• Qual será o valor do capital em equipamentos?
• Quais serão as suas necessidades financeiras totais?
• Como você pretende assegurar o pagamento dos
seus custos fixos?
• Quais serão as suas fontes financeiras potenciais?
• Como utilizará o dinheiro do empréstimo ou dos
investidores?
• Como o empréstimo será assegurado?
Texto Complementar
Modelo de Plano de Negócio
Missão/Visão do Negócio
O site www.EasyBuying.com.br surgiu da oportunidade identificada em se atuar como intermediário
no processo de comercialização de produtos e/ou
serviços de pequenas e médias empresas por meio da
Internet. O site visa facilitar a aproximação entre fornecedores e compradores através da forma mais simples possível, via e-mail, proporcionando a qualquer
empresa que tenha este recurso efetuar o comércio
eletrônico. O modelo de negócios conhecido como
Leilão Reverso é dirigido pela demanda e não pela
oferta, diferentemente dos sites convencionais de
comércio eletrônico. Os clientes do EasyBuying são
classificados em: fornecedores – que se cadastram no
site, mediante o pagamento de uma taxa mensal – e
consumidores – usuários que utilizarão o site à procura de produtos e/ou serviços oferecidos pelos fornecedores das várias categorias do site.
Equipe de Gestão
A equipe de gestão do EasyBuying é um dos pontos
fortes do negócio, sendo composta por quatro profissionais que possuem sólida experiência em negócios
de varejo e tecnologia, atuando há mais de três anos
em vendas de produtos via Internet para pequenas e
médias empresas brasileiras, possuindo ótima formação e, sobretudo, motivação para enfrentar e superar
os desafios de administrar, gerar resultados positivos
e conquistar uma participação de mercado expressiva
para o empreendimento (curriculuns vitae em anexo).
Mercado e Competidores
O segmento de B2C da América Latina é altamente promissor e apresenta intenso crescimento, com
potencial para alcançar US$1,7 bilhão em 2003, estando aberto a negócios inovadores que promovam o
encontro entre consumidores e fornecedores de produtos e/ou serviços, experimentando um crescimento
anual médio de 95%. O mercado brasileiro corresponde à aproximadamente 50% do mercado da América Latina. Cerca de 20% da população brasileira são
responsáveis por 65% dos gastos totais, significando
que mesmo com uma penetração próxima dos 4%, o
país já atingiu um patamar de consumo considerável
na Internet. As pequenas e médias empresas no Brasil
ainda estão em fase de absorção da cultura da Internet
e não estão prontas para dar grandes saltos na rede. A
carência de produtos simples e eficazes inibe a par-
ticipação destas empresas no comércio eletrônico. A
proposta do EasyBuying procura justamente ocupar
esse espaço e oferecer uma alternativa para a inserção
desse público-alvo no comércio eletrônico.
Marketing e Vendas
A estratégia de marketing do EasyBuying visa ganhar mercado de forma rápida, focando primeiramente o estado de São Paulo e gradativamente os demais
estados brasileiros. Os principais fundamentos de
marketing foram considerados em um plano que tem
a intenção de atingir tanto consumidores quanto fornecedores que se associarão ao site. As estimativas da
carteira de fornecedores indicam um crescimento médio de 36% ao ano, passando dos 18.000, no primeiro
ano, para mais de 60.000 no quinto ano de operação.
Estrutura e Operação
A empresa possui uma estrutura funcional enxuta, com estilo de gestão moderna e ágil, previsão de
participação de funcionários nos resultados, e outros
incentivos que atraem os melhores profissionais do
mercado.
• Previsões dos Resultados Financeiros e Investimentos
A implantação do site, dentro dos planos e condições
preestabelecidos, resultará num empreendimento de
alta rentabilidade e em retorno aos acionistas, quando
se comparam às diversas oportunidades financeiras
existentes no mercado. A operação, quando adotada
apenas no Brasil, resultará num valor presente do Lucro Líquido, descontado à taxa de IGPM + 13% ao
ano, equivalente a R$6,6 milhões e uma taxa interna
de retorno de 86% ao ano. O investimento previsto
para implantação desse plano de negócios, considerando-se apenas o mercado brasileiro, é de R$1 milhão. Para tal investimento, a empresa disponibiliza
15% de suas ações.
1. O CONCEITO DO NEGÓCIO (Missão e Visão)
1.1. O Negócio EasyBuying.com.br
A crescente explosão da Internet no mundo e, mais
recentemente, na América Latina tem proporcionado
oportunidades jamais vistas para negócios inovadores
na www. O comércio eletrônico é o grande foco da
maioria das empresas que ingressam nesse meio e,
em particular, destacam-se aquelas focadas em B2B
(business-to-business) e B2C (business-to-consumer).
O EasyBuying é uma nova forma de fazer comércio
eletrônico B2C.
A missão do EasyBuying é a de fazer fornecedores
e consumidores se comunicarem por e-mail, propor-
119
120
cionando condições necessárias para a concretização
de negócios por intermédio da Internet. O modelo de
negócios é dirigido pela demanda e não pela oferta,
diferentemente dos sites de comércio eletrônico convencional.
Os clientes do EasyBuying podem ser classificados
em: fornecedores – que se cadastram no site mediante
o pagamento de parcela fixa mensal – e consumidores – que acessarão o site à procura de produtos e/
ou serviços oferecidos por fornecedores credenciados
previamente organizados nas diversas categorias do
site. Os consumidores não pagam para utilizar os serviços do EasyBuying. Assim, as receitas geradas são
provenientes de mensalidades cobradas dos fornecedores cadastrados, bem como da comercialização de
banners no site e publicidade contida nos e-mails enviados aos usuários.
O diferencial do EasyBuying é o seu modelo de
negócios, que se baseia na troca de e-mails entre
consumidores e fornecedores, e que é o meio de
comunicação mais utilizado pelos usuários de lnternet (vide Quadro 1). Recentes projeções indicam que a quantidade de e-mail deverá ultrapassar
o número de telefones em três anos, tornando-se
cada vez mais uma ferramenta indispensável na
comunicação entre pessoas. Como toda comunicação entre consumidores e fornecedores é intermediada pelo EasyBuying por meio de e-mail, esta
pode ser considerada uma vantagem competitiva
em relação aos demais negócios de comércio eletrônico (e-commerce) B2C.
Quadro 1. Crescimento do uso de e-mail
Uso que brasileiros fazem da Internet, em %
Usuários de e-mails, em milhões
• O número de e-mails no mundo aumentou 83% no
ano em 1999, atingindo 569 milhões no final do ano.
• Existem 333 milhões de e-mails nos EUA e 236
milhões no restante do mundo.
• 40% dos americanos usam e-mails.
• Fora dos EUA, o uso de e-mail está na fase inicial, mesmo considerando o crescimento de mais de
100% em 1999.
(Fonte: Nazca Saatch & Satch/AT Keaney,
Messaging Online.)
O processo de comunicação do EasyBuying é simples e preserva a privacidade do usuário consumidor
até que este demonstre interesse em contatar o(s)
melhor(es) fornecedor(es), selecionado pelo próprio
consumidor, para atender a sua requisição. Este processo consiste basicamente em:
1. O consumidor interessado em um produto e/ou
serviço preenche um formulário com seu endereço de
e-mail, as características do produto, faixa de preço
que está disposto a pagar e o prazo para receber as
propostas.
2. O EasyBuying encaminha os pedidos, via e-mail,
aos fornecedores cadastrados naquela categoria em
questão, sem identificar o consumidor.
3. Os fornecedores encaminham suas propostas respondendo aos e-mails recebidos.
4. EasyBuying remete as propostas ao consumidor.
5. Havendo interesse por parte do consumidor,
o EasyBuying disponibiliza as informações necessárias para que o mesmo se comunique com
o(s) fornecedor(es), a fim de que o negócio seja
concretizado.
1.2. O Produto
A principal preocupação foi a obtenção de um produto de fácil compreensão e utilização, tanto pelos
consumidores quanto pelos fornecedores, com espe-
cial atenção aos aspectos velocidade de acesso e o
mínimo de passos possível, visando à economia de
tempo. Nesse sentido, o layout do site atende a essas
especificações de requisitos. Existe uma explicação
clara do funcionamento do produto e de sua gratuidade para os usuários consumidores, que se localiza em
destaque na parte superior do site. Outro destaque é
a seção de busca por palavra-chave, que proporciona
ao usuário encontrar mais rapidamente o produto e/
ou serviço desejado e a categoria em que o mesmo
se enquadra.
O site contém quatro seções: uma destinada à elaboração de pedidos de consumidores; uma para o cadastro de fornecedores; outra para a ajuda de consumidores e fornecedores; e ainda uma outra contendo
informações úteis e ofertas do site. Todas elas podem
Artes, casa e cia.
Artigos esportivos
Automóveis e motocicletas
Brinquedos
CDs e discos
Corretora e administradora de seguros
Cursos Vestuário
Eletroeletrônicos
Flores e presentes
Seção de Fornecedores: O destaque especial é a
área administrativa existente, a qual poderá ser acessada através de uma senha previamente cadastrada
pelo fornecedor, que permite acesso a várias estatísticas úteis referentes à participação do fornecedor no
site, tais como: número de pedidos recebidos por categoria em determinado período; pedidos pendentes;
classificação em relação aos demais fornecedores da
mesma categoria; sazonalidade dos pedidos; índice
de produtividade em termos de respostas; e, ainda, o
fornecedor poderá alterar dados a qualquer momento, responder a pedidos diretamente no site, cadastrarse em outras categorias ou subcategorias, entre outras
ações.
Seção de Ajuda: A seção ajuda contém uma relação completa de perguntas mais frequentes, visando
a sanar dúvidas de usuários e de fornecedores. Existem dicas de pesquisa, informações sobre como se
cadastrar no site, informações detalhadas de funcionamento do EasyBuying, e-mails para esclarecimento
de dúvidas, contato, parcerias, sugestões e críticas,
oferecendo assim um suporte adequado aos clientes
EasyBuying.
Seção de Informações: É destinada a temas como
termos do serviço, política de privacidade, informações sobre a empresa responsável pelo EasyBuying,
ser acessadas pelo menu lateral ou pelo menu localizado na parte inferior do site.
Seção de Pedidos: Encontra-se na página inicial do
site e apresenta todas as categorias e subcategorias de
produtos e/ou serviços existentes. Essas categorias foram definidas por meio de uma profunda pesquisa referente aos principais produtos e serviços comprados via
Internet no Brasil. São mais de duzentas subcategorias
agrupadas em diversas categorias (ver página seguinte):
O usuário encontrará determinado produto e/ou serviço rapidamente, bastando selecionar com o mouse
a categoria desejada. O pedido é feito pelo usuário
em um formulário padrão com os seguintes campos:
endereço do e-mail para contato, descrição do produto e/ou serviço, faixa de preço desejado e prazo para
receber as propostas dos fornecedores.
Informática
Instrumentos musicais
Livros e revistas
Papelaria e material de escritório
Relógios, jóias e bijuterias
Saúde e beleza
Viagens e turismo
e para comunicar novas funcionalidades do site, ou
mesmo dar dicas sobre ofertas etc.
Houve a preocupação de se desenvolver uma área
completa de administração do site, totalmente automatizada e acessível via Web pela equipe administrativa do EasyBuying. Essa área é controlada com
senhas e permite acesso total ou restrito a usuários
cadastrados pelo administrador, provendo suporte às
decisões das várias áreas da empresa, como o departamento de Marketing e Financeiro. Como exemplo,
banners de publicidade podem ser cadastrados e inseridos no site por uma agência terceirizada, com
acesso apenas a essa área do site. Todas as ações de
fornecedores e usuários são monitoradas e registradas na área administrativa, que possui estatísticas e
filtros ainda mais sofisticados que os disponíveis aos
fornecedores cadastrados.
2. Equipe de Gestão
A equipe de gestão do EasyBuying é eclética, com
experiência e formação de alto nível, bem como possuidora de grande conhecimento do ramo de negócios
de Internet. Possui ainda larga experiência em vendas
de produtos Internet para pequenas e médias empresas brasileiras, sendo composta pelos quatro sócios
fundadores da empresa, cujos curriculuns estão em
anexo a esse Plano de Negócio.
121
122
3. ANÁLISE ESTRATÉGICA (Mercado e Competidores)
3.1 Análise Setorial4
A indústria da Internet está determinando a performance do mercado de ações, dos investimentos em
novos empreendimentos e a forma como as empresas fazem negócios no Brasil. Os fatores que mais
influenciam o crescimento do número de usuários
na Internet são: a redução significativa dos custos de
acesso a equipamentos de informática, o acesso grátis
à Internet e a economia relativamente estável.
É importante destacar o forte crescimento da base
de usuários de Internet no país que, a uma taxa média
anual de 27%, deverá atingir a casa dos 9 milhões em
três anos. Cerca de 20% da população brasileira são
responsáveis por 65% dos gastos totais, significando
que, mesmo com uma penetração de Internet próxima dos 4%, o país já atingiu um patamar de consumo
considerável na Internet. Este fato reforça ainda mais
o potencial de B2C no Brasil, onde o comércio eletrônico (e-commerce) deverá saltar dos US$71 milhões,
atuais, para cerca de US$800 milhões, em 2003.
Quadro 1. Crescimento do e-commerce no Brasil e usuários de Internet
Comparando-se com outros mercados internacionais, a América Latina, e em particular o Brasil, será o
mercado em que a Internet crescerá mais rapidamente
nos próximos anos. O acesso grátis transpôs algumas
barreiras de acesso, gerando mais oportunidades para
os negócios relacionados direta ou indiretamente com
a rede. Também a forte campanha dos portais horizontais vem estimulando ainda mais o aumento do
número de usuários que compram, impulsionando o
valor médio das compras.
Fontes: Pesquisa IBOPE 1999; Pesquisa IBOPEICADE 1998; IDC Brasil no relatório Latin America Internet ahd ECommerce Strategies, jun/1999; The CommerceNet, INiesisen Interna; lhe Boston Consulting Group.
4
3.2. Mercado-Alvo
3.2.1. Consumidores
Segundo pesquisa realizada pela empresa Miracula,
um dos maiores portais de compras do Brasil, 75%
dos usuários de Internet têm interesse em comprar
O público-alvo do site EasyBuying é o consumidor
que sabe o que quer comprar, mas que não tem tempo para efetuar pesquisas na Internet ou em outros
meios. Os executivos e os empresários inserem-se
nesse nicho, dentre a grande parcela dos brasileiros
que utilizam a Internet e efetuam compras por meio
da Web.
pela Internet. Estes internautas são o público-alvo
Perfil do usuário de lnternet
84% das classes A e B
18% empresários ou executivos
78% utilizam e-mail
61% buscam informações definidas
38% fazem pesquisa na lntemet
25% fazem compras na lntemet
75% têm interesse em fazer compras, sabem o que
querem comprar, não querem gastar seu tempo
procurando, buscam mais de uma alternativa de
fornecedor.
um crescimento de 6% em relação à pesquisa ante-
do site EasyBuying. De acordo com a mais recente
pesquisa do IBOPE sobre a Internet no país, de dezembro de 1999, o Brasil conta atualmente com 3,8
milhões de usuários de Internet. Desses, cerca de 53%
são considerados usuários frequentes e apresentaram
rior. Outra informação levantada pela pesquisa revela
que mais pessoas estão fazendo compras por meio da
Internet. De 11%, apontados pela pesquisa anterior,
este número aumentou para 15%.
3.2.2 Fornecedores
O EasyBuying está inserido num mercado em que
atuam empresas comerciais e de serviços, de pequeno e médio porte. Da quantidade total de empresas
do estado de São Paulo, foram consideradas como
target aquelas com até 300 (trezentos) funcionários,
as que utilizam Internet, bem como aquelas que comercializam os produtos e/ou serviços constantes das
categorias oferecidas pelo site. Assumiram-se como
premissas as seguintes taxas de crescimento de utilização da Internet.
123
124
3.3. Projeção de Vendas e Participação de Mercado
Iniciado no estado de São Paulo, estima-se que
80% das empresas clientes virão deste estado e as
demais de outros estados do país. As projeções in-
dicam um declínio na participação ao longo dos
anos, dando espaço para o ingresso de empresas
de outros estados. Em 2004, estima-se que 50%
das empresas clientes pertencerão ao estado de
São Paulo.
Quadro 2. Projeção de clientes e market share
Considerou-se que a participação do mercado-alvo
reduz ao longo dos anos, fato que se deve ao crescimento do número de empresas com acesso à Internet
e à entrada de novos concorrentes.
3.4. Necessidades do Cliente
3.4.1. Consumidores
O consumidor brasileiro em geral é muito exigente,
não costuma comprar no primeiro lugar que encontra o produto e/ou serviço que lhe interessa e, quando realmente decide comprar, negocia por um preço
melhor. Dessa forma, a necessidade dos usuários de
Internet que pensam em comprar através da rede se
resume basicamente em: comodidade, alternativas de
fornecedores, otimização do tempo, definição de regras da negociação e privacidade.
3.4.2. Fornecedores
As pequenas e médias empresas no Brasil ainda estão em fase de absorção da cultura da Internet, o que
constitui uma das barreiras da entrada delas na Inter-
net. Os proprietários e funcionários destas empresas
ainda conhecem pouco sobre o assunto, mas em razão
de a Internet e de o comércio eletrônico estarem em
alta na mídia, eles estão receptivos para receber propostas de soluções que possam auxiliá-los a aumentar
as vendas. Ao mesmo tempo que possuem interesse,
dependendo da complexidade do produto oferecido,
precisam de informações e opiniões de terceiros para
fechar algum negócio, o que torna o processo de vendas moroso. A maioria dessas empresas não está preparada para dar grandes saltos na Internet.
As pequenas e médias empresas buscam soluções
simples e com possibilidade de retorno rápido. O fator impulso aumenta muito quando o custo do produto é baixo. O quadro a seguir mostra que dentre os
produtos oferecidos na Internet, por uma grande empresa de listas telefônicas, os fornecedores preferiam
aqueles de baixo custo e de possibilidade de retorno
imediato. Por dois anos consecutivos, essa empresa
manteve a participação de 5% sobre o total da receita
de publicidade on-line brasileira. Os motivos do sucesso foram basicamente:
1. Simplicidade do produto
2. Baixo custo
2. Possibilidade de retorno sobre o investimento
• Só precisa ter um endereço de e-mail;
• Não precisa possuir ou desenvolver site ou homepage na Internet;
• Recebe ferramentas para processar pagamento e
entrega;
• Recebe ferramentas para administrar suas vendas
na Internet.
3.6. Competidores
3.6.1. Usuário
3.5. Benefícios do EasyBuying
Com base nas necessidades identificadas no públicoalvo, tanto de consumidores quanto de fornecedores,
podemos destacar os benefícios que o EasyBuying
trará a seus clientes.
3.5.1. Usuário (consumidor)
• Economia de tempo para encontrar o que deseja
comprar;
• Pode definir uma faixa de preço para o produto e/
ou serviço;
• Define forma de pagamento;
• Recebe propostas via e-mail;
• Pode negociar com o fornecedor;
• Só poderá ser identificado pelo fornecedor quando
aceitar a proposta.
3.5.2. Fornecedor
• Custo mensal baixo;
• Não necessita investir em propaganda;
• Só paga se receber algum pedido;
Do ponto de vista do usuário, o EasyBuying não sofre
concorrência direta, pois é uma iniciativa pioneira de
leilão reverso na Internet brasileira. Os concorrentes
indiretos do EasyBuying são os sites que colocam
os consumidores em contato com uma grande gama
de fornecedores e ofertas de produtos e serviços:
shoppings virtuais, sites de leilão, sites de comparação
de produtos e preços e lojas de comércio eletrônico.
3.6.2 Fornecedor
A análise da concorrência, para efeito de captação
de fornecedores, considerou os fatores a seguir os que
mais afetam a decisão de compra dos proprietários de
pequenas e médias empresas.
1. Custo do produto;
2. Impacto cultural do produto (complexidade do
negócio, necessidade de estrutura adicional, investimento em marketing etc.);
3. Interesse já existente;
4. Retorno sobre o investimento.
O Quadro 3 compara essas características entre o
EasyBuying e os potenciais concorrentes.
Quadro 3 - Comparação do EasyBuying com potenciais concorrentes
Os desenvolvedores de homepage e as empresas de
páginas amarelas on-line proporcionam baixo retorno ao fornecedor, que compra o produto por impulso,
mas não permanece com este por muito tempo. As
empresas que desenvolvem lojas virtuais possuem
um produto caro e complexo, o que as posiciona num
mercado-alvo diferente do mercado do EasyBuying.
O diferencial do EasyBuying em relação aos sites de
comércio eletrônico do mercado brasileiro respaldase na crescente utilização do e-mail, bem como no
fato de os fornecedores cadastrados no site não terem
a necessidade de possuir um Website, mas simplesmente uma conta de e-mail. Isso amplia o mercado
potencial para o produto, não se restringindo a empresas comerciais que já estejam na Internet.
125
126
Finalmente, têm-se as empresas de leilão virtual
num posicionamento muito próximo ao EasyBuying,
com baixo custo e complexidade média de produto.
Notam-se alguns movimentos de leilão virtual, como
o Lokau (www.lokau.com.br), que possui um serviço
similar para o segmento de automóveis. Analisando
melhor o negócio de leilões virtuais, percebe-se
que estes já investiram muito para desenvolver uma
comunidade para o negócio e que o investimento
alto em um modelo de negócios parecido com o
do EasyBuying iria dispersar substancialmente sua
comunidade atual, colocando em risco seu principal
negócio, o leilão.
Dessa forma, pode-se concluir que a grande concorrência para o EasyBuying virá de novos entrantes
neste novo modelo de negócios, tendo em vista suas
reais possibilidades de sucesso.
3.7. Vantagem Competitiva
O EasyBuying apresenta algumas vantagens competitivas atuais, que se tornarão grandes diferenciais do
site:
• Definiu-se como índice de satisfação do fornecedor o recebimento mínimo de 20 (vinte) pedidos
mensais. O não atendimento do índice implica na diminuição da retenção dos clientes;
• O fornecedor só paga se receber, no mínimo, 01
(um) pedido.
4.1.2. Publicidade no Site
Considerações:
• Existirá um único banner por página. O EasyBuying
preza por resultados dos clientes;
• No lançamento do site os banners serão comercializados por categorias e subcategorias.
4.1.3. E-mail Direto
Existirá um único banner por página de e-mail enviado. Os e-mails conterão informações de pedidos e
propostas do EasyBuying e serão enviados para pessoas físicas e jurídicas (dentro dos segmentos contemplados pelo produto).
4.1.4. Novos Serviços
• Primeiro a entrar;
• Experiência dos empreendedores.
4. Marketing e Vendas
O plano de marketing do EasyBuying explicita a estratégia a ser adotada em seus diversos aspectos.
4.1. Produto
O tratamento do produto será o mesmo para todos
os fornecedores cadastrados no site, sem distinção.
O mesmo ocorre para os consumidores interessados
em adquirir algum produto e/ou serviço por meio do
EasyBuying, garantindo assim um produto uniforme
e sem variações, mais adequado à estratégia inicial de
expansão rápida e ganho de participação de mercado.
Está programada uma série de melhorias no site,
com a inserção de novos serviços, o que agregará
maior valor ao produto junto ao público-alvo. As melhorias planejadas são:
• Criação de “tutorial” on-line para ensinar a fornecedores e compradores a completarem o ciclo de
vendas (pagamento e entrega);
• Sistema de pagamento de boleto on-line para os
fornecedores;
• Sistema de cálculo de frete para os fornecedores;
• Regionalização de pedidos e fornecedores;
• Personalização dos formulários de pedidos por
subcategorias;
• Criação de área “Meu EasyBuying”, onde o usuário define as categorias e subcategorias que aparecerão na sua tela inicial.
4.1.1. Cadastro de Fornecedores no site EasyBuying
4.2. Preço
Algumas considerações que garantem um diferencial de marketing ao produto:
• Cada pedido será enviado, no máximo, para vinte
fornecedores;
• Todos os fornecedores terão a mesma chance de
fechar o pedido;
A estratégia de ganho de mercado do EasyBuying
implica uma política de preços acessíveis ao públicoalvo, que são as pequenas e médias empresas. Com
base na experiência da equipe do EasyBuying e na
percepção do mercado de Internet, definiu-se a seguinte estratégia de preços:
Nos três primeiros meses da operação será oferecida aos fornecedores uma carência de três meses, ou
seja, só efetuarão pagamento a partir do sexto mês de
operação do site.
Com base na análise do mercado e em consonância
com a estratégia de marketing estipulada, o mercadoalvo do EasyBuying será, inicialmente, o estado de São
Paulo, com ampliação gradativa em outros estados.
4.3. Praça
4.4. Promoção: Foco em Fornecedores e Consumidores
Serão utilizados vários canais de publicidade para
promover o EasyBuying, junto aos usuários do site
(consumidores) e aos fornecedores de produtos e serviços, com políticas de publicidade e promoções específicas para cada caso.
4.4.1. Usuário (consumidor)
• Publicidade inicial: período 30 dias
• Público-alvo: homens e mulheres, classes sociais
A, B e C; faixa etária de 20 a 45 anos
• Ações:
Internet
Anúncio 1 página - revista familiar informativa
Busdoor
Outdoor
• Impactos pretendidos = 24.400 mil
Internet
= 2.000 mil
Revista
= 1.400 mil
Busdoor
= 12.000 mil
Outdoor
= 9.000 mil
Anúncio 1 página - revista
Envio de e-mails
Operações de telemarketing
• Impactos pretendidos
Internet
Comercial TV
Jornal
E-mail
Telemarketing
= 11.592 mil
= 1.000 mil
= 9.280 mil
=
600 mil
=
2 mil
=
10 mil
4.4.3. Manutenção mensal
• Ações:
Internet
Panfletagem
Busdoor
Banner nos principais sites
Telemarketing
E-mails
• Impactos pretendidos = 19.073 mil
Internet
= 1.000 mil
Panfletagem
=
60 mil
Busdoor
= 18.000 mil
Telemarketing
=
10 mil
E-mails
=
3mil
4.4.2. Fornecedores
• Publicidade inicial: período 30 dias
• Ações:
Internet
Filme TV 30”
4.5. Estratégia de vendas
O objetivo principal das vendas é o cadastro de fornecedores no site, tendo como estratégia a utilização
dos canais a seguir.
O resultado das ações promocionais, considerando-se
um crescimento natural da audiência de 1% ao mês e
que cada user session (navegação) equivale a 5 (cinco)
pageviews (visita simples), é:
4.5.1. Telemarketing
O telemarketing será o principal canal de vendas. A
estrutura de telemarketing será terceirizada, mas terá
um funcionário do EasyBuying, coordenador de tele-
127
128
marketing, fixo no local para controlar de perto todo
o processo.
4.5.2. E-mail Direto
Envio de 8.000 e-mails por mês para empresas, considerando taxa de conversão de 0,5%.
4.5.3. Cadastramento Por Meio do Site
Considerou-se uma taxa de retorno de 0,05% de
adesão sobre user session.
4.5.4. Vendas Pessoais
Nos primeiros 06 (seis) meses de vendas, considerou-se uma carência de 03 (três) meses, ao final deste
período o fornecedor receberá um boleto bancário,
que será pago somente se houver interesse na continuidade do serviço. O gráfico anterior apresenta
a evolução do custo de captação de fornecedores.
Consideraram-se algumas premissas no processo de
adesão de clientes:
• 30% das ligações terminam com contato adequado;
• 80% dos contatos estabelecidos possuem Internet;
• 80% dos contatos que possuem Internet se interessarem em ficar gratuitamente, durante 03 (três)
meses, utilizando o produto.
Com essas premissas definidas, assumiu-se a taxa de
adesão de 19%. Ou seja, para cada 100 (cem) ligações,
o telemarketing efetuará 19 (dezenove) negócios. Para
estes 80% de fornecedores que estarão aderindo ao projeto, assumiram-se as seguintes taxas de retenção:
O foco será o estabelecimento de parcerias com
empresas que já vendem produtos para o mercadoalvo do EasyBuying. Pretende-se fechar acordo com
empresas de verificação de cheque, serviços de pager
etc. Comissionamento: a primeira mensalidade será
paga ao vendedor e 10% da mensalidade para a empresa que gerencia a equipe de vendas.
4.5.5. Comparativo de vendas por canal
4.6. Parcerias Estratégicas
A Internet aumenta ainda mais a necessidade de formação de parcerias para consolidação de um posicionamento líder. Existem basicamente três razões para
se procurar parceiros estratégicos:
1. Diminuição de custo de marketing
2. Captação de novos fornecedores
3. Capitalização da empresa
Estão qualificados como potenciais parceiros estratégicos: investidores, grandes portais, sites de leilão e
empresas de telecomunicações.
5. Estrutura e Operação
5.1. Organograma Funcional
A estrutura funcional foi definida com base nas três
áreas-chave da empresa, ocupadas pelos sócios fundadores. Foram consideradas também a previsão de
crescimento da empresa e a correspondente demanda
por aumento do quadro funcional. O Quadro 6 apresenta a estrutura básica.
Quadro 4 – Organograma funcional
em todos os níveis da organização. Treinamentos
contínuos também fazem parte da estratégia de
Recursos Humanos.
5.3. Processos de Negócio
Os processos de negócio da empresa foram definidos tendo como base a cadeia de valores de Porter.
A seguir os principais processos de negócio identificados:
• RH - Recrutamento e Treinamento
• Desenvolvimento de Tecnologia
- Sistema automático de balanceamento de fornecedores
- Procedimentos de testes, gerenciamento de projeto; documentação
- Desenvolvimento de boleto on-line; cálculo de
fretes; cobrança
- Desenvolvimento de relatórios gerenciais; medição de retorno de campanhas; novos produtos
• Logística Interna
- Verificar pedidos sem propostas; buscar formas alternativas de responder a estes pedidos
• Operações
- Desenvolvimento do software operacional
- Teste, manutenção, operação, upgrade
• Logística Externa
- Fornecimento das ferramentas operacionais ao fornecedor
• Marketing e Vendas
- Publicidade, promoções, telemarketing, novos canais, novas parcerias
• Serviço
- Classificar compradores e fornecedores
- Sistema help
- Suporte ao comprador e fornecedor
5.2. Política de Recursos Humanos
A política de recursos humanos visa a uma gestão participativa, tanto no que se refere à delegação de tarefas e à descentralização quanto na
participação dos resultados. O objetivo é constituir uma equipe competente e comprometida
com o negócio. Para isso, pretende-se implantar
sistemas de recompensas, premiação por produtividade e sistema de participação nos resultados
5.4. Fornecedores de Serviços
Para que a estratégia de negócio do EasyBuying seja
implementada com êxito, faz-se necessário um perfeito
entendimento da empresa com seus fornecedores,
principalmente no que se refere ao sistema de
telemarketing, que será terceirizado e do qual provém
uma grande parte da captação de fornecedores de
produtos e serviços para serem cadastrados no site.
129
130
Por esse motivo, pretende-se estabelecer parcerias
duradouras com fornecedores qualificados, sendo
prevista a colocação de funcionários do EasyBuying
nas instalações do fornecedor para garantir a melhor
interação entre as partes. Outras áreas que estão
previstas para terceirizaçao são a assessoria contábil,
jurídica e o sistema de cobrança dos fornecedores
cadastrados no site.
5.5. Tecnologia
O plano de tecnologia do EasyBuying foi cuidadosamente elaborado tendo em vista as projeções de acesso crescente ao site e a necessidade de uma estrutura
tecnológica que dê sustentação aos requisitos de velocidade de acesso, confiabilidade e segurança.
As configurações de hardware utilizadas para o servidor são:
• Pentium II - 333 MHz
• 64 Mb de memória RAM
• 6,4 Gb de disco rígido
Os softwares utilizados no mesmo são:
• Windows NT Server 4.0 (Sevice Pack 6.Oa)
• Internet Information Server 4.0
• Microsoft SQL Sever 6.5
Ferramentas de desenvolvimento:
• Microsoft Visual Interdev
• Macromedia Dreamweaver
• Microsoft Visual Basic
5.6. Estratégia de Crescimento
Quando se estabeleceram os objetivos de crescimento da empresa, houve um rigoroso processo de análise
das oportunidades e dos riscos inerentes ao negócio
e a identificação dos fatores críticos de sucesso através da identificação dos pontos fortes e pontos fracos,
para então se desenvolver um cronograma de ações
nos diversos níveis da organização e se estabelecer
marcos que servirão de referência para avaliação das
metas planejadas e dar suporte às decisões futuras.
Tendo como base a análise SWOT, foi possível determinar os fatores críticos para o sucesso do negócio
EasyBuying.
1. Pioneirismo
2. Conhecimento do negócio e do mercado
3. Equipe
4. Capitalização da empresa
O EasyBuying tem como vantagem competitiva o
fato de ser o primeiro a entrar neste modelo de negócios e a expertise dos empreendedores.
Devido à simplicidade do produto, é importante definir estratégias de manutenção da vantagem competitiva. O negócio, diferentemente de alguns que podem
ser incubados, não permite um crescimento lento e
tem como principal objetivo o ganho de participação
no mercado.
5.7. Cronograma de Ações
Com base na análise SWOT, onde se definiram os
fatores críticos de sucesso, elaborou-se o cronograma
de ações a serem desenvolvidas e os respectivos marcos para se medir e controlar tais ações.
131
1. Início das operações
2. 1.000 fornecedores cadastrados
3. Operação estruturada
4. Implantação completada
5. 6.000 fornecedores
6. Planejamento Financeiro (Previsão dos Resultados)
Na elaboração deste plano de negócios, levaram-se
em consideração as seguintes premissas:
• Política Comercial
Mensalidade: R$20,00 nos ANOS 1 e 2; R$18,00
nos ANOS 3 e 4; R$16,00 no ANO 5;
Primeiro Semestre da Operação: carência de 3 meses;
Depois do sexto mês de operação: carência de 1
mês;
Taxas de retenção: 1º ano 30%; 2º ano 60%; e 3º/5º
anos 80%.
• Custos de Cadastramento via Telemarketing
Aquisição de cadastro de fornecedores R$100,00/
milheiro;
Custo por ligação R$1,00 e degrau tarifário local até
5 minutos.
• Gastos Administrativos e de Pessoal
Indexados pela inflação, estimada em 10% ao ano.
• Provisão para Devedores Duvidosos
15% do faturamento.
• Custos de cobrança bancária
R$1,80 por boleto.
• Custo do Capital de Giro
48% ao ano.
• Aplicações Financeiras
90% do CDI, estimado em 17% ao ano bruto.
6.1. Evolução dos Resultados Econômicos (em milhões de Reais)
132
6.2. Composição dos principais gastos (em milhões de Reais)
6.3. Evolução dos Resultados Financeiros (em
milhões de Reais)
PDD: Perda com devedores duvidosos (inadimplência).
* EBITDA, do inglês: Earings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization (também conhecido como o lucro
operador antes da depreciação).
6.3.1. Quadro Geral (em milhões de Reais)
6.3.2. Evolução da Exposição de Caixa (em R$ mil)
133
134
6.4. Investimentos (em R$ mil)
• Computadores
• Móveis de escritório
• Linhas telefônicas
6.5. Indicadores de Rentabilidade
6.6. Necessidasde de Aporte e Contrapartida
As projeções efetuadas indicam uma necessidade de aporte de R$1 milhão no primeiro ano. A contrapartida
oferecida corresponde a uma participação de 15% do capital acionário da empresa.
6.7. Cenários Alternativos
6.7.1. Indicadores de Rentabilidade dos Cenários Otimista e Pessimista
Rentabilidade do Empreendimento
Versão Otimista
Rentabilidade do Empreendimento
Versão Pessimista
Glossário
Amistosa - Próprio de amigo, amical, amigável.
Averbação - Averbar – escrever verba, à margem de. Declarar em nota, à margem de título ou de um registro.
Axioma - Premissa imediatamente evidente que se admite com universalmente verdadeira sem exigencia de
demonstração.
Catalisa - Que estimula ou dinamiza.
Cessionário - Que faz cessão (ato de ceder).
Coeso - Coerência de um pensamento.
Equiparados - Equipar – guarnecer ou prover do necessário para a manobra, defesa, sustentação do pessoal.
Esmera-se - Adquirir ou mostrar esmero – cuidado excepcional em qualquer serviço.
Holística - Abordagem que prioriza o entendimento integral dos fenômenos.
Ideograma - Sinal de notação das escritas analíticas, como, p. Ex. O hieroglífo egípcio ou os símbolos abstratos
das escritas chinesas.
Indivisibilidade - Que não pode ser dividido.
Inserção - Ato de inserir, colocar, introduzir, intercalar, incluir.
Inusitada - Não usada, incomum, estranho.
Multiplicidade - Qualidade de multíplice, grande nº, abundância.
Obcecada - Obstinada.
Pecuniária - Relativo a, ou representado por dinheiro.
Pertinentes - Relativo, referente, pertencente.
Pressupostos - Que se pressupõe – circunstâncias ou fato considerado com antecedente necessário de outro.
Proposição - Proposta , sugestão.
Quorum - Número mínimo de pessoas presentes exigido por lei ou estado para que um órgão coletivo funcione.
Reciprocamente - Recíproco – que implica troca ou permuta.
Sistematicamente - Sistemático – referente ou conforme a um sistema.
Suplentes - Que supre; substituto; pessoa que supre, substituto.
Suscetíveis - Passíveis de receber impressões, modificações ou adquirir qualidades, capaz.
Tipificando - Tipificar – tornar-se típico, caracterizar-se.
Transmitação - Num sistema que recebe energia radiante, fração dessa energia que é transmitida pelo sistema.
135
136
Referências
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CORRADO, Frank M. A força da comunicação: quem não se comunica... Tradução Bárbara Thoto Lambert;
revisão técnica Mária Tapias Gomes. São Paulo: Makron Books, 1994.
DEGEN, Ronald Jean. O Empreendedor: Fundamentos da Iniciativa Empresarial. São Paulo: McGraw-Hill, 1998.
DOLABELA, Fernando. Oficina do Empreendedor. Rio de Janeiro: Sextate, 2008.
_________. Oficina do Empreendedor. São Paulo: Cultura Editores Associados, 1999.
_________. O Segredo de Luiza. Rio de Janeiro: Sextate, 2008.
DORNELAS, José Carlos. Empreendedorismo Corporativo. Rio de Janeiro: Campus, 2003.
DRUKER, P.F. Inovação e Espírito Empreendedor. 2.ed. São Paulo: Pioneira, 1987.
Empreendedor in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2009, http://www.priberam.pt/dlpo/
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IRLEY, Sue. Dominando os Desafios do Empreendedor. São Paulo: Makron Books,2001.
LODISH, Leonardo. Empreendedorismo e Marketing. Rio de Janeiro: Campus, 2002.
MALHEIROS, Rita de Cássia. Viagem ao Mundo do Empreendedorismo. Florianópolis: IEA, 2003.
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Portal do Empreendedor. www.portaldoempreendedor.
gov.br. Acessado em 11/02/2010.
SALIM, César Simões. Constuindo Planos de Negócios. Rio de Janeiro: Campus, 2001.
SAY, Jean Baptiste (1803). A Treatise on Political Economy: or, the Production, Distribution and Consumption
of Wealth. New York: Augustus M. Kelley, 1964.
SEBRAE. Aprender a Empreender.
SEBRAE. IPGN – Iniciando um Pequeno Grande Negócio.
SEBRAE. www.sebrae.com.br.
TENÓRIO, F. (org). Gestão de ONGs: principais funções gerenciais. Editora da Fundação Getúlio Vargas. Rio de
Janeiro, 1997.

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