16 Pintura Abstrata

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16 Pintura Abstrata
ABSTRACIONISMO
A pintura abstrata nos desperta sentimentos, reações e associações de idéias livres, variadas e múltiplas. Diante de um quadro abstrato, a
sensibilidade de cada um reage com liberdade. (WASSILY KANDINSKY )
Kandinsky
O abstracionismo é uma das mais discutidas escolas da pintura moderna.
Uma pintura abstrata pode ser definida como aquela cujas formas e cores não possuem relação direta com as formas e cores das imagens da
realidade visual, em outras palavras, nada representa nada descreve ou narram figurativamente.
Piet Mondrian (1872-1944)
Franz Marc (1880-1916)
Juan Miró
A arte abstrata tende a suprimir toda a relação entre a realidade e o quadro, entre as linhas e os planos, as cores e a significação que esses
elementos podem sugerir ao espírito. Quando a significação de um quadro depende essencialmente da cor e da forma, quando o pintor rompe os
últimos laços que ligam a sua obra à realidade visível, ela passa a ser abstrata.
Desenvolvida no início do século XX na Alemanha. Surge a partir das experiências
das vanguardas européias, que recusam a herança renascentista das academias de
arte. As obras abandonam o compromisso de representar a realidade aparente, não
reproduzem figuras nem retratam temas. Os artistas abandonam a perspectiva
tradicional e criam as formas no ato da pintura, utilizando-se de linhas e cores para
exprimir emoções. Em geral, o que se vêem são manchas e grafismos.
Kandinsky (1866-1944)
As formas e cores abstratas se dirigem mais à nossa percepção sensível do que à
nossa percepção intelectual. Desse modo, mesmo um analfabeto pode sentir e não
entender uma pintura abstrata, pois ali nada existe para 'entender' no sentido comum
desta palavra. Desta forma, sentida por todas as pessoas, independentemente de seus
níveis culturais. Kandinsky dizia ser a pintura abstrata linguagem universal de
comunicação por excelência
Com a forma, a cor e a linha, o artista é livre para expressar seus sentimentos
interiores, sem relacioná-los a lembrança do mundo exterior. Estes elementos da
composição devem ter uma unidade e harmonia, tal qual uma obra musical.
Paul Klee (1879-1940)
Em breve tempo, o abstracionismo dominava na pintura contemporânea. Na opinião de muitos estudiosos, o abstracionismo na pintura apenas
antecipava os progressos atuais da ciência e da técnica no conhecimento e interpretação de novos estados da matéria, considerada, em última
instância simples energia sem vibração. Na sua rápida difusão, dividiu-se em varias tendências:
Informalismo
Neoplasticismo
Suprematismo
Paul Klee (1879-1940)
Piet Mondrian (1872-1944)
Uma arte abstrata, que coloca na cor e na
forma a sua expressividade maior. Estes
artistas se aprofundam em pesquisas
cromáticas, conseguindo variações espaciais e
formais na pintura, através das tonalidades e
matizes
obtidos.
Eles
buscam
um
expressionismo abstrato, sensível e emotivo.
Action Painting
Onde as cores e as formas são organizadas de
maneira que a composição resulte apenas a
expressão de uma concepção geométrica. Linhas
verticais e horizontais e cores puras (vermelho,
azul, amarelo, preto e branco). Essas formas
seriam a essência dos objetos.
Pintura de ação gestual
Kazimir Malevitch (1878-1935)
O
abstracionismo
geométrico
à
simplicidade extrema. Pintura com
base nas formas geométricas planas,
sem
qualquer
preocupação
de
representação.
Os
elementos
principais são: retângulo, círculo,
triângulo e a cruz.
Criada por Jackson Pollock nos anos de 1947 a 1950 faz parte da Arte
Abstrata Americana.
• Compreensão da pintura como meio de emoções intensas.
• Execução cheia de violenta agressividade, espontaneidade e
automatismo.
• Destruição dos meios tradicionais de execução - pincéis, trincha,
espátulas, etc.
• Técnica: pintura direta na parede ou no chão, em telas enormes,
utilizando tinta a óleo, pasta espessa de areia, vidro moído.
Fonte: www.mm3arte.kit.net/cabistratismo.htm
Biografia
- Wassily Kandinsky (1866-1944)
Jackson Pollock
(1912-1956)
O arauto da arte abstrata
Fonte: Folha
Online
Wassily Kandinsky poderia ter sido apenas um obscuro professor de direito na velha Rússia czarista, se não houvesse decidido,
certa manhã, conferir uma exposição de pintores impressionistas franceses em Moscou. A visão de um monte de feno, pintado por
Monet, provocou nele um entusiasmo incomum.
Numa época em que os críticos mais tradicionais torciam o nariz e consideravam os quadros impressionistas meros borrões de tinta
sobre a tela, Kandinsky ficou deslumbrado. Segundo ele próprio contaria mais tarde, foi ali que percebeu, pela primeira vez, que a obra
de arte não precisava se resumir a imitar a natureza. Estava plantada a semente da arte abstrata, forma de expressão que teria em
Kandinsky um pioneiro e um de seus mais ardorosos teóricos.
Nascido em Moscou, no ano de 1866, Kandinsky não abraçou o abstracionismo da noite para o dia. Foi necessário todo um processo
de evolução pictórica, até alcançar gradativamente a completa abolição da figura em sua obra.
Ainda sob o efeito da exposição impressionista, decidiu recusar o cargo de assistente na faculdade de direito em uma universidade
russa e, em 1896, aos 30 anos, mudou-se para Munique, na Alemanha, com o firme propósito de dedicar-se ao estudo da arte. Antes de
partir, casou com uma prima, Anya Ticheyeva, que levou junto com ele.
Mas as aulas ministradas pelos professores na Alemanha, ainda presos ao realismo e ao academicismo, não o satisfizeram.
Aproximou-se então de artistas mais jovens, como Paul Klee, e passou a desenvolver sua própria teoria estética, pregando a libertação
da arte da reprodução subserviente da natureza.
Seus primeiros quadros europeus, é verdade, ainda mostravam nítidas influências impressionistas. Exibiam figuras humanas,
objetos naturais e evocavam elementos da arte popular russa. Aos poucos, porém, os contornos se fizeram mais imprecisos, os rostos
perderam definição e, cada vez mais, as formas tornaram-se apenas vagas referências de algo existente no mundo real. "Enquanto a
arte não dispensar o objeto, ela será meramente descritiva", sentenciou Kandinsky.
Casado pela segunda vez, com uma artista alemã, Gabriele Muenter, Kandinsky decidiu voltar à Rússia em 1914. Três anos depois,
em 1917, trocou Gabriele por uma jovem russa, Nina von Andreyewsky, com quem ficará até o fim da vida. Naquele mesmo ano, eclodiu a
revolução socialista, liderada por Lênin. Respeitado pelos intelectuais revolucionários, o artista foi convidado a fazer parte do
Comissariado para a Educação e a dar aulas em academias estatais, mantidas pelo novo regime.
Mas a pintura de Wassily Kandinsky era abertamente incompatível com o "realismo socialista", estilo imposto aos artistas russos
após a Revolução. Classificado pelos ideólogos soviéticos como um representante da "arte burguesa e decadente", Kandinsky viu-se
obrigado a deixar novamente o seu país natal, retornando em 1921 à Alemanha, onde assumiu o cargo de professor da Bauhaus, famosa e
inovadora escola de arquitetura e artes aplicadas.
Em 1933, com a chegada de Hitler ao poder, a alemã Bauhaus foi fechada. Kandinsky, que já fora criticado e defenestrado pelos
soviéticos, passou a ser rotulado pelos nazistas como um "cancro da bolchevização da arte". Não lhe restava outra alternativa a não ser
providenciar uma nova e imediata transferência, agora para Paris.
Sete anos mais tarde, quando os nazistas invadiram a França, Wassily Kandinsky estava velho demais para empreender mais outra
mudança. Septuagenário, cuidou de diminuir o ritmo de sua produção e passou a viver de forma discreta e reservada.
Kandinsky morreu em 1944, aos 78 anos. Passado o obscurantismo nazista, seu nome foi aclamado, na Alemanha e em toda a Europa,
como o mestre que inaugurou o abstracionismo, uma das maiores revoluções de todos os tempos na história da arte.
Fonte:anaeomar.zip.net
Jackson Pollock
Paul Jackson Pollock nasceu em 28 de janeiro de 1912, foi um pintor estadunidense pioneiro do expressionismo abstrato. A
Biografia de Pollock mostra um artista depressivo e alcoólatra que tinha constantes rompantes de fúrias e autodestruição. Jackson
Pollock pintou 340 telas antes de suicidar-se jogando seu carro contra um árvore no dia 11 de agosto de 1956. Um gênio rebelde que
pintou obras primas como: Blue Poles: Number 11 (1952), Number 32 (1950), Echo: Number 25 (1951), Guardians of the Secret (1943),
entre outras.
Tela, The Guardian of Secret (1943)
Segundo a percepção popular, as pinturas de Pollock, até uma criança saberia fazer quadros como os seus, borrifadas de tintas
pingadas sobre a tela. Mas na verdade, há método e genialidade em sua pintura, um caos colorido e calculado onde os pingos de tintas
em distintas composições formam um caleidoscópio de texturas e emoções variadas. Muitos artistas pop depois de Pollock se inspiraram
em sua obra e tentaram , sem sucesso, atingir a plenitude da obra de Jackson Pollock. As obras de Pollock são inimitáveis.
Para pintar seus quadros, Pollock colocava as telas no chão e não em cavaletes como de costume os pintores fazem, e respingava
tintas sobre a tela, uma técnica criada por Max Ernst, o 'dripping', gotejamento.
Convergence (1947)