Ano 23 - Nº 165 jan/fev Baixar o arquivo

Transcrição

Ano 23 - Nº 165 jan/fev Baixar o arquivo
Diretores da CIC e especialistas revelam cenários, tendências e políticas para o desenvolvimento
do setor da agroindústria, turismo e enogastronomia.
Edição 165 | Ano 23 | Jan/Fev/Mar/Abr 2014 | www.cic-caxias.com.br
O desenvolvimento que
brota do agronegócio
e do turismo
CONSELHO EXECUTIVO
Presidente: Carlos Heinen
Vice-Presidente Indústria: Reomar Slaviero
Vice-Presidente Comércio: Analice Carrer
Vice-Presidente Serviços: Celestino Oscar Loro
DIRETORIAS
Agronegócios: Arno Costanzi, Evandro Lovatel, Nestor
Pistorello e Valmir Susin | Comercial: Ercio Becker, Daniel
Zanchi, Ismael Buzetti e Ivonei Pioner | Comunicação e
Marketing: Eduardo Vargas de Almeida, Eloísa Venzon
Francisco, Juçara Tonet Dini, Juliano Flores, Julio Duso e Márcia
Regina Costa | Cultura: Cláudia Sassi, Fernanda Tissot e Mirtes
Fabris Rodrigues | Desenvolvimento e Competitividade: Ana
Cláudia Camargo, Fabiana Buffon, Gilnei Lafuente, Leandro
Dornelles, Lucélia Lima e Tiago Tessari | Desenvolvimento
Sustentável: Eliana Zanol de Oliveira, Creice Arse, Fabiane
Mafessoni, Jorge Benites, Maurien Randon Barbosa, Samuel
Sirena e Suzana de Conto | Economia, Finanças e Estatística:
Alexander de Messias, Fábio Abreu de Paula, Carlos Zignani e
Mauro Corsetti | Executiva: Victor Hugo Gauer | Infraestrutura
e Política Urbana: Aldair Basotti, Delmar Perizzolo, Margarete
Bender, Nelson Sbabo, Olivir Viezzer, Rodrigo Colognese e
Rodrigo Romanini | Institucional: José Antônio Fernandes
Martins| Jurídica: Henry Maggi, Maurício Gravina e Zulmar
Neves | Negócios Internacionais: David Pistorello, Daniel
Caravantes, Denise Gallio, Gustavo Miotti, João Cláudio Pante,
Plínio Mioranza, Marcus D’Arrigo, Mauro Vencato e Zeli
Dambros | Patrimônio: Clênio Pereira de Freitas e José Valtuir
de Almeida | Política Turística e Enogastronomia: Adriano
Medeiros, Eduardo Michelin, Fabrício Ruzzarin e Ilvomar
Menegolla | Projetos, Inovação e Inteligência: Angelo Tonon
Neto, Fábio Manzato, Jaqueline Prataviera Giovanardi, Leandro
Scheer Mantovani, Roberto Ferrari e Rogério Luis de Antoni
| Recursos Humanos: Fabiana Oliveira e Gilmar Gomes |
Saúde: Cleciane Simsen, Francisco Ferrer, Leda Carini, Paula
de Oliveira, Nayvaldo de Almeida e Sandro Junqueira | CIC
Jovem: Natáli Quadros Mezzomo | Conselho da Empresária:
Márcia Rosa
CONSELHO SUPERIOR
Presidente: João Francescutti
Vice-presidente: Nadir Rizzi
CONSELHO DELIBERATIVO
Presidente: Fúlvia Stedile Angeli Gazola
Vice-presidente: Nestor Perottoni
Secretário: José Quadros dos Santos
Presidentes de Sindicatos
Sind. de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares: João Antônio
Leidens | Sind. Emp. Serviços Contábeis: Ronaldo Tomazzoni |
Sind. Emp. de Veículos de Carga: Octavino Pivotto
Sindilojas: Sadi Donazzolo | Sind. das Ind. de Fiação e
Tecelagem: Carlos Graça de Araújo | Sind. das Ind. Met.
Mec. Mat. Elét.: Getúlio da Silva Fonseca | Sind. das Ind. do
Vestuário: Thiaraju Vieira Barbosa | Sind. das Ind. da Madeira:
Serafim Gabriel Quissini | Sind. das Ind. da Construção Civil:
Volnei Sebben | Sind. da Construção Pesada e Terraplanagem:
Antônio Cleonir Bertelli | Sind. das Ind. da Alimentação: José
Cesa Neto | Sind. do Com. de Der. de Petróleo: Luiz Henrique
Martiningui | Sind. das Ind. Gráficas: Luiz Carlos Oliveira
de Moraes | Sind. do Com. Varej. de Gên. Aliment.: Eduardo
Luiz Slomp | Sind. das Ind. de Joalherias: Romeo Bressan
| Sind. das Ind. de Material Plástico: Jaime Lorandi | Sind.
das Ind. de Refeições Coletivas: Euclides Sirena | Sind. dos
Representantes Comerciais: Adair Umberto Mussoi | Sind.
Rural: Valmir Susin | Sind. Ind. do Vinho: Gilberto Pedrucci
CDL: Davenir Darci Dreher
Informações e Negócios
Revista bimestral da Câmara de Indústria,
Comércio e Serviços de Caxias do Sul
Edição: Assessoria de Comunicação
Jornalista Responsável: Marta Guerra Sfreddo - MTb 6267
Projeto Gráfico: Ditta Comunicação Ltda.
Impressão: Editora São Miguel
Tiragem: 1.500 exemplares
Para anunciar: (54) 3224.2686
Foto da Capa: Shutterstock
A CIC de Caxias do Sul não
se responsabiliza pelo
conteúdo dos textos
assinados por terceiros.
foto: júLIO SOARES/OBJETIVA
Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul
Rua Ítalo Victor Bersani, 1134 - Caixa Postal 1334
Tel.: (54) 3218.8000 - Fax: (54) 3218.8048
95050-520 - Caxias do Sul - RS
e-mail: [email protected]
www.cic-caxias.com.br
palavra do presidente
Oportunidades
que geram
negócios
Ao ampliar a visibilidade por meio de sua revista, a CIC reforça a importância de dois setores da economia em maior desenvolvimento atualmente: o Agronegócios e o Turismo, com ênfase
na realização de eventos. Somos um dos maiores produtores de
hortifrutigranjeiros do Rio Grande do Sul e uma das cidades com
maior potencial turístico, especialmente como destino ao turismo
de negócios.
Muitas cidades têm no turismo a sua maior fonte de receita. A
Região é pródiga em exemplos. No entanto, mesmo os municípios
que possuem sua economia baseada em outras vocações, como
Caxias do Sul, podem incentivá-la com a criação de atrativos turísticos e se beneficiarem do desenvolvimento que esse mercado
proporciona. Com espaços amplos e modernos, a cidade oferece
opções para feiras e eventos nacionais e internacionais, com destaque para o Parque de Eventos da Festa Nacional da Uva, um dos
maiores do Brasil. A rede hoteleira e gastronômica oferece ampla
estrutura e qualidade nos serviços.
Por isto, precisamos potencializar cada vez mais os negócios
destes dois segmentos. Atualizar-nos, cobrar políticas públicas e
assessorar as empresas associadas fazem parte do cabedal de
funções das diretorias de Agronegócios e de Política Turística e
Enogastronomia.
O incentivo aos dois setores tem impacto na indústria, no comércio, nos serviços, estimula o empreendedorismo, atrai investimentos e promove o desenvolvimento econômico e social das comunidades locais e regionais. E é para isso que trabalham os diretores
da CIC, para apontar caminhos e soluções que auxiliem a nossa
gestão e as empresas associadas na sua tomada de decisões.
Carlos Heinen
Presidente
ÍNDICE
www.facebook.com/CICCaxiasdoSul
foto: divulgação
www.twitter.com/CICCaxiasdoSul
05 CIC
Agronegócios e
Política Turística e
Enogastronomia
Celeiro de oportunidades
16
18
22 ARTIGO
Cenários
A realidade do turismo em
Caxias do Sul
O jovem e a sucessão familiar no
meio rural
14
ARTIGO
Gestão
A profissionalização, o uso de
tecnologia e o sistema de gestão
na qualificação do agronegócio
ARTIGO
Políticas públicas
Desenvolvimento industrial
sim, mas sem esquecer a
agricultura
Caxias da uva e do vinho
ARTIGO
De geração em geração
26
Destaque na produção rural
06 Artigo
Origens
10
ARTIGO
Caxias do Sul
25
ARTIGO
EVENTOS
Mais visibilidade ao
profissionalismo
artigo
Representatividade
SHRBS Região Uva e Vinho
fazendo história
28
artigo
Caxias Convention &
Visitors Bureau
Eventos & Turismo: muito
ainda por fazer
30
artigo
Patrimônio
arquitetônico
O projeto Caminhos da
Memória e a preservação da
história
cic | Agronegócios e Política Turística e Enogastronomia
Celeiro de
oportunidades
Mais duas diretorias da CIC estão no centro da pauta desta edição de Informações & Negócios: Agronegócios e Política Turística e Enogastronomia. A primeira
tem como função dotar a entidade de assessoramento
na condução de programas em parceria com outras
entidades para a formação e o desenvolvimento da
agroindústria. A outra foi criada com o objetivo de dotar a entidade de informações que atendam às demandas do segmento turístico do município e da região.
É inegável a notoriedade de Caxias do Sul nos dois
setores, motivo pelo qual as duas diretorias têm importante papel na estrutura representativa da CIC. Ambas
desenvolvem ações visando atrair investimentos nas
áreas de interesse, difundindo o potencial econômico da região, além de fomentar o empreendedorismo
e o associativismo, visando ao crescimento dos dois
setores.
Nas páginas a seguir, os leitores poderão saber o
que pensam os diretores que compõem estas diretorias sobre os cenários do agronegócios, do turismo e
da enogastronomia local.
DIRETORIA DE AGRONEGÓCIOS
Arno Roberto Costanzi, Evandro Lovatel, Nestor
Pistorello e Valmir Susin.
DIRETORIA DE POLÍTICA TURÍSTICA E
ENOGASTRONOMIA
Adriano Medeiros, Eduardo Michelin, Ivo Menegolla e
Fabrício Ruzzarin.
novas empresas associadas
Informações & Negócios | 05
foto: Julio Soares/Objetiva
ARTIGO | Origens
Caxias da uva
e do vinho
EVANDRO LOVATEL | Diretor de Agronegócios da CIC e diretor
da Vinícola Lovatel
“As dificuldades por
que nosso setor
passa hoje não
são diferentes
da realidade de
outros setores.”
06 | Informações & Negócios
Falar de uva e vinho é falar de
nossa história, é falar das nossas
origens, é falar de desenvolvimento. Sabemos que a vitivinicultura
em Caxias do Sul se desenvolveu
com a fixação de nossos imigrantes italianos na região da Serra
Gaúcha, nos municípios de Caxias
do Sul, Bento Gonçalves, Garibaldi,
Farroupilha e Flores da Cunha.
Por volta de 1875, os primeiros imigrantes italianos, provindos de Milão e do norte da Itália,
se instalaram no Campo dos Bugres, atual Caxias do Sul. Com eles
veio a arte do cultivo das videiras
e a elaboração de vinhos. Trouxeram o conhecimento da Itália e
junto com suas bagagens algumas
mudas de videiras. As primeiras
cepas cultivadas foram de uvas
viníferas europeias, mas devido
à facilidade com que estas uvas
eram exterminadas por doenças
e pragas locais, foram substituídas por mudas híbridas americanas, trazidas dos Estados Unidos
e já cultivadas na região de Rio
Grande (RS) que se mostrava de
fácil adaptação ao nosso clima, a
exemplo da uva Isabel.
Então nosso imigrante italiano
cultivou as videiras e passou a elaborar os vinhos, no início para seu
próprio consumo, e depois para
abastecer o comércio local, regional, estadual, e já por volta de 1900
iniciaram as vendas para o estado
de São Paulo. Com muito trabalho
e habilidade em negociação, em
pouco tempo nossos imigrantes fizeram nossa Região se desenvolver
e prosperar.
A partir de 1910, vitivinicultura, produção de uva e elaboração
de vinhos se desenvolveram muito
na Região e se tornaram a principal
atividade econômica, trazendo o
desenvolvimento local do comércio
e o início da indústria metalúrgica para abastecer as necessidades
apresentadas pelas cantinas de vinho. E assim se deu a origem de o
que é hoje o segundo maior polo do
setor metalmecânico de nosso País:
esta é a origem da uva e do vinho e
da nossa querida cidade de Caxias
do Sul.
VIAFLORES.
anos
3
GARANTIA
A NOVA CONCESSIONÁRIA FIAT
DE CAXIAS E REGIÃO.
MUITAS FACILIDADES E CONDIÇÕES IMBATÍVEIS PARA VOCÊ APROVEITAR.
FREEMONT
PRECISION - 7 PESSOAS
• DIREÇÃO HIDRÁULICA
• AR-CONDICIONADO AUTOMÁTICO DIGITAL TRIZONE
• MOTOR 2.4 16V COM 172CV
• AIRBAG DUPLO
• FREIOS ABS COM EBD - DISCO NAS 4 RODAS
• COMPUTADOR DE BORDO
• FARÓIS DE NEBLINA
• RÁDIO UCONNECT TELA DE 8,4” TOUCH SCREEN
MOTOR
MOTOR
2.4
1.8
PUNTO BLACKMOTION
CÂMBIO AUTOMÁTICO
SEQUENCIAL DE
6 VELOCIDADES
• DIREÇÃO HIDRÁULICA
• AR-CONDICIONADO
• AIRBAG DUPLO
• FREIOS ABS COM EBD
• RODAS DE LIGA LEVE 16”
• VOLANTE EM COURO COM COMANDOS DO RÁDIO
• BANCOS ESPORTIVOS
SINALEIRA
TRASEIRA
COM LED
www.fiat.com.br
VOCÊ NA DIREÇÃO CERTA
www.fiatviaflores.com.br
PRONTA
ENTREGA
FARROUPILHA
(54) 3906.8800
Rótula da Av. Santa Rita
CAXIAS DO SUL
(54) 3204.3800
Perimetral Norte, nº 3483
VENDA
DIRETA
VIAFLORES
Se você tem CNPJ ou transporta
passageiros, aproveite os descontos
especiais da FIAT VIAFLORES.
Vá até a concessionária e confira!
DUCATO MULTI
Consulte-nos para verificar disponibilidade de estoque, itens, modelos, cores e condições de financiamento. Garantia
de 3 anos para todos os veículos produzidos em 2014 para componentes do motor e do câmbio. As imagens dos
modelos são meramente ilustrativas. Reservamo-nos o direito de corrigir eventuais erros deste anúncio.
• DIREÇÃO HIDRÁULICA
• FREIOS ABS COM EBD E AIRBAG DUPLO
• AR QUENTE
• BANCO DO MOTORISTA COM REGULAGEM DE ALTURA
• KIT ELÉTRICO (VIDROS, TRAVAS E RETROVISORES)
• REGULAGEM DE ALTURA DE FARÓIS
Respeite a sinalização de trânsito
Informações & Negócios | 07
foto: divulgação
ARTIGO | Origens
Mas o tempo passou e a indústria do vinho perdeu espaço para a
indústria metalúrgica, que cresceu
muito mais quando passou a produzir para atender às necessidades
não mais ligadas ao vinho, mas a
outros segmentos como o do transporte, por exemplo.
E esta é nossa herança. Ficamos
em segundo plano, pois a vitivinicultura deixou de ser a principal
atividade e foi perdendo espaço
e força em nossa cidade e Região.
Ainda somos o estado que produz
mais de 90% das uvas que são utilizadas para a industrialização e
elaboração de vinhos e sucos no
Brasil. A safra de 2013 foi de aproximadamente 700 milhões de quilos de uvas, destes 611 milhões de
quilos foram destinadas à elaboração de 372 milhões de litros de vinhos e sucos na Serra Gaúcha.
Os números são expressivos,
porém pouco representativos se
comparados à geração de valor
para o PIB econômico do Brasil. O
resultado disso é o pouco incentivo
que se tem no setor por parte dos
governantes. Principal produto da
uva, o vinho sofre uma tributação
fora dos padrões aceitáveis e toleráveis a um produto. O somatório de
tributos é superior a 50% ainda na
indústria incidentes no momento da
venda para a maioria dos estados.
08 | Informações & Negócios
Somem-se a isso os impostos incidentes em cascata quando o vinho
passar a ser comercializado e distribuído até chegar ao consumidor
final. Muito pouco se paga de vinho
quando se degusta um produto nacional e muito se paga de impostos.
Impossível sermos competitivos se
não reduzirmos nossos impostos
nos derivados da uva e do vinho.
As dificuldades por que nosso
setor passa hoje não são diferentes
da realidade de outros setores: pagam-se impostos altíssimos, cumpre-se uma legislação pesada no
que diz respeito ao meio ambiente e
o principal gargalo é a dificuldade
de mão de obra. Pagam-se salários
acima da média para os cuidados
da videira e para os funcionários
das vinícolas, salários que não condizem com o baixo conhecimento
que os trabalhadores contratados
possuem e com a total inexperiência apresentada com o trato da uva
e do vinho.
Porém, não podemos só reclamar. Temos que brindar e reconhecer que nossos vinhos são de
excelente qualidade. As indústrias
fizeram seu dever de casa e conseguiram, por meio do desenvolvimento tecnológico, colocar nossos
vinhos aos padrões internacionais
de qualidade. Além do vinho, pode-se dizer que hoje também produ-
zimos com padrão de excelência
os melhores sucos de uvas e espumantes do mundo.
Nosso futuro é promissor. Tendências apontam para um crescimento de consumo superior ao
crescimento e oferta da nossa nobre matéria-prima: a uva. Isso pode
exigir uma melhor articulação entre os elos da cadeia produtiva,
pois, caso contrário, entregaremos
nosso mercado aos vinhos importados.
Ações que historicamente são
feitas no nosso setor despertam
o hábito do consumo da uva e de
seus derivados. O exemplo exponencial em nosso meio é a Festa da
Uva. O legado de nossas origens
é celebrado neste que é o maior
evento da uva do Brasil e das Américas. A Festa da Uva nasceu para
celebrar o trabalho e a dedicação
que nosso imigrante italiano teve
com a uva e com a nossa cidade.
Hoje ainda é um momento de reconhecimento e valorização de
nossas origens, momento que faz
brilhar nossos produtores de uva,
que enaltece nossa cidade e enche
de orgulho a nós que com os frutos
desta terra desenvolvemos a Região
e cravamos na história as bases de
uma indústria que ainda tem muito
a contribuir para o desenvolvimento de nossa pátria amada Brasil.
SOLUÇÕES EM MATERIAIS DE ESCRITÓRIO
RTAD
NACIONAIS E IMPO
TELE-ENTREGA PERSONALIZADA
OS
EM SEMINOVOS
ES
Õ
IÇ
D
N
CO
ES
R
O
H
MEL
(54) 3027-4868
www.fratellisuprimentos.com.br
Linha de material para escritório, suprimentos em
informática, carimbos e móveis corporativos.
Oferecemos opções de produtos sustentáveis com o
melhor custo benefício.
anuncie
aqui!
(54) 3220-4045
Rua Flores da Cunha, nº 1981 - Bairro Centro - Caxias do Sul
www.idealemultimarcas.com.br
Edição conjunta debate tema da Diretoria de Comunicação e Marketing, CIC Jovem e Conselho da Empresaria da CIC
Edição 164 | Ano 22 | Nov/Dez 2013 | www.cic-caxias.com.br
informações
& negÓcios
DESAFIOS E PERSPECTIVAS
DA COMUNICAÇÃO EM
TEMPOS DE SOCIAL MEDIA
Informações: Departamento Comercial
Fone: (54) 3224.2686 / 9148.0062
e-mail: [email protected]
Informações & Negócios | 09
foto: Luiz Chaves
artigo | De geração em geração
O jovem e a
sucessão familiar
no meio rural
NESTOR PISTORELLO | Diretor de Agronegócios da CIC, ex-secretário
municipal da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
O Brasil tem sua origem na
agricultura. De forma rudimentar
e com pouca tecnologia, a agricultura era baseada na força braçal,
exigindo grande número de pessoas na atividade. Na década de 60,
tínhamos 85% da população na
agricultura. Pelo censo de 2010,
esta participação caiu para 19%.
O uso da tecnologia reduziu o número de pessoas na agricultura, ao
mesmo tempo em que houve um
aumento fantástico da produção.
Mantendo a tendência histórica de redução da população no
meio rural, nos próximos 10 anos
devem deixar a agricultura em
torno de 10 milhões de pessoas,
consequência da adoção de novas tecnologias, como agricultura
de precisão, por exemplo. O perfil
da população do setor agrícola é
formado em parte por pessoas de
idade avançada, sem perspectivas,
que estão aposentados ou em vias
de aposentadoria.
10 | Informações & Negócios
Publicidade e Propaganda.
www.ditta.com.br
artigo | De geração em geração
Diga-se de passagem, aliás, que
em muitos municípios pequenos a
renda destes aposentados rurais
tem grande representatividade.
Além disso, as famílias se tornaram menores, com menos jovens
no campo.
A problemática da sucessão
familiar tem vários ângulos para
serem analisados. O jovem sai da
propriedade e a primeira grande
causa é a falta de renda. Ele vai
à procura de situação melhores e
acaba por comparar as condições
de trabalho na cidade: salário todo
final de mês, descanso nos fins de
semana, férias e 13º terceiro salário, faça chuva ou sol. É o fim das
preocupações com as pragas que
atacam a lavoura, com as supersafras e com as oscilações de preços.
Para aumentar a renda no campo, é preciso usar novas tecnologias de mecanização, promover
uma gestão profissional da propriedade, com visão empresarial,
e encarar a atividade como negócio, implantando ferramentas de
planejamento e qualidade. Para se
tornar realmente um empresário,
o produtor deve conhecer o seu
custo, buscar a lucratividade, enfim, saber se seu negocio é viável.
É necessário também dar condições de atratividade para o jovem permanecer no meio rural,
como infraestrutura viária, energia e, principalmente, comunicações para mantê-lo conectado com
o mundo, como almeja todos nesta
faixa etária. O principal insumo de
qualquer atividade é a informação,
e no campo não é diferente.
As políticas públicas para a
agricultura evoluíram positiva12 | Informações & Negócios
mente. Financiamentos com juros
subsidiados e prazos maiores permitem que o produtor modernize
sua estrutura e adquira a tecnologia necessária para se tornar competitivo. No entanto, muitas vezes
falta orientação ou qualificação
para auxiliar o produtor a fazer
uma análise da viabilidade deste
investimento. Se o investimento
não for viável e a rentabilidade da
atividade não for suficiente para
pagar os compromissos assumidos, causará o endividamento do
produtor, mesmo com juro baixo.
Outro ponto falho na política agrícola é baixo investimento em pesquisa agropecuária e assistência
técnica aos produtores, que muitas vezes são orientados por quem
tem apenas interesse em vender.
Este é o cenário em que vivem
muitas famílias no meio rural. Por
isso fica o questionamento: qual a
perspectiva do jovem na sucessão
da propriedade rural? Hoje temos
exemplos muitos bons de sucessão qualificada, com filhos cursando faculdade e aplicando seus
conhecimentos no dia a dia do trabalho rural.
Aqueles filhos que saem para
se qualificar e voltam para modernizar a propriedade, e cujos pais
aceitam os novos tempos, conseguem fazer com que os negócios
evoluam. Já aqueles que são resistentes às mudanças acabam forçando os filhos a abandonarem a
atividade e buscarem colocação
profissional no meio urbano. São
os pais da geração “Quem manda
aqui sou eu”. Estes não percebem
que a idade passa para todos.
“Para aumentar a
renda no campo,
é preciso usar
novas tecnologias
de mecanização
e promover uma
gestão profissional
da propriedade, com
visão empresarial.”
Assessoria de Imprensa.
www.ditta.com.br
foto: Débora Oliveira /Estudio Scalco
artigo | Gestão
A profissionalização,
o uso de tecnologia
e o sistema de gestão
na qualificação do
agronegócio
ARNO ROBERTO COSTANZI | Diretor de Agronegócio da CIC e zootecnista
O título é muito sugestivo e amplo para descrevê-lo, entretanto, são temas fundamentais que os agricultores, de um modo geral, precisam incorporar no
seu negócio para tornar a agricultura da sua propriedade sustentável e lucrativa, além de fornecer ao
mercado alimentos saudáveis. Inicialmente é necessário que o produtor se profissionalize em relação à
atividade que deseja executar, ou seja, precisa conhecer a forma de produzir, tecnologias e equipamentos
necessários, onde estão localizados os gargalos no
seu processo produtivo e o principal: onde e como
vai vender os seus produtos. Aqui se destacam três
fatores importantes:
1. Conhecer a cultura que vai explorar,
seja ela vegetal ou animal;
2. Conhecer muito bem a sua
propriedade: solo, umidade,
luminosidade, entre outros fatores que
impactam diretamente na produção; e
3. Conhecer as necessidades do
mercado que irá consumir o seu produto.
14 | Informações & Negócios
Dentro desta equação começa-se a verdadeira
profissionalização do produtor no agronegócio –
desde o processo de saber produzir, passando pela
venda até chegar à entrega do produto ao mercado.
Mas será que só isso é suficiente? A resposta é
não. O produtor precisa gerenciar o seu negócio.
Saber calcular os custos de produção, conhecer os
preços médios de mercado, para definir a sua margem de lucro e determinar o preço do seu produto no
mercado. O lucro viabiliza novos investimentos e o
avanço produtivo e tecnológico da sua propriedade.
Os investimentos a realizar terão que ser planejados
para viabilizá-los e assim aumentar a produção efetivamente. Não se trata de um sonho ou impulso de
momento, tem que ser bem planejado para não se tornar um problema futuro.
Hoje em dia estão à disposição do produtor inúmeras tecnologias para aumentar e melhorar a sua produção. Por isso da importância de se conhecer muito
bem o negócio para escolher e priorizar as máquinas
e acessórios que realmente são necessárias. Estão há
disposição tecnologias em máquinas agrícolas para
todo o porte de produção, além de genética avançada
na área animal e vegetal, que poderá ser agregada à
propriedade paulatinamente, conforme planejamento.
A gestão da propriedade como um todo, com regis-
artigo | Gestão
foto: Divulgação
tros corretos da produção em todas as fases, desde o
plantio, intervenções durante o desenvolvimento da
cultura, a colheita, o armazenamento, envolvem, portanto, todos os fatores de produção. O rastreamento do
que é produzido é uma exigência de mercado e da segurança do produtor em produzir um alimento saudável.
Fora da porteira, o fator decisivo é a comercialização
que influenciará em muito nos investimentos da propriedade como um todo e o lucro como consequência.
A Serra é a região mais diversificada na produção
de hortifrutigranjeiros do estado. Caxias do Sul em especial é o município que mais fornece hortifrutigranjeiros ao CEASA - Porto Alegre, representando 16%, e
no CEASA - Serra em mais de 70%.
Na fruticultura, a área aproximada é de 8.250 ha
com uma produção de 207 mil toneladas, envolvendo 3.596 produtores em 16 culturas principais: uva,
maçã, pêssego, caqui, ameixa, citros, morango, entre
outras. Para armazenar estes e outros produtos, 107
produtores possuem capacidade frigorífica de mais de
195 câmaras com capacidade de 63.670 toneladas.
Na horticultura são trabalhados mais de 2.470 ha
com uma produção anual de 87 mil toneladas, envolvendo 3.070 produtores com mais de 32 culturas: tomate, cenoura, beterraba, alho, couves diversas, pimentões, entre outros. Como mercados consumidores, a
Ceasa Porto Alegre, Ceasa Caxias, feiras diversas, sem
contar o que é enviado para outros estados.
Além destas culturas, tem-se uma forte pecuária
com aproximadamente 40 mil cabeças de bovinos,
cinco mil de ovinos/caprinos, 17 mil de suínos, aves
diversas com 5,6 milhões de cabeças, além de incubatórios e diversos frigoríficos para abate animal.
Para entender essa diversificação, muito mais poderia ser dito, mas são mais de 3.500 propriedades
rurais produtivas, envolvendo um contingente fixo de
mão de obra rural, para produzir alimentos saudáveis
que chega à mesa do consumidor com qualidade.
Há, portanto, a necessidade do produtor rural se
especializar, ou seja, ser um profissional qualificado
na sua área de produção, usar as tecnologias disponíveis para qualificar e aumentar a sua produção e ter
em mãos a gestão do seu negócio em todas as fases do
processo produtivo para que seja um empresário rural
de sucesso.
Para finalizar, tudo o que é servido em nossa mesa
diariamente depende de um produtor rural. Já se alimentou hoje? Pense nisso!
“A Serra é a região mais
diversificada na produção
de hortifrutigranjeiros
do estado.”
Informações & Negócios | 15
foto: José Zignani
Artigo | Caxias do Sul
Destaque na
produção rural
VALMIR SUSIN | Diretor de Agronegócios da CIC e presidente
do Sindicato Rural de Caxias do Sul
Conforme os últimos dados divulgados pelo IBGE, Caxias do Sul
tem 465.304 habitantes. Aproximadamente 17 mil vivem na área rural, ou seja, menos de 4%. Com tão
reduzido número de habitantes no
interior, o município se apresenta
como o maior produtor de frutas
e hortigranjeiros. Os produtos são
comercializados na Ceasa local e
abastecem mais de um terço da Ceasa de Porto Alegre, além de serem
encaminhados para São Paulo, Rio
de Janeiro, Mato Grosso e outros
estados. Trata-se de um dos maiores PIBs agrícolas do Rio Grande do
Sul e com igual destaque em nível
nacional.
Produtores locais, tendo ocupado para a produção toda a área
possível em suas propriedades,
arrendam terras em municípios
próximos, como em Jaquirana, São
Francisco de Paula e São Marcos.
Outro fator que merece destaque é
o fato de bom número de jovens ter
decidido permanecer no meio rural,
dando continuidade ao trabalho de
seus genitores e inclusive introduzindo novas técnicas de produção.
16 | Informações & Negócios
Muitos deles frequentam ou já
concluíram estudos universitários
nas mais diferentes áreas. As facilidades de comunicação, boas estradas e resultados compensadores
fazem com que possam frequentar
as aulas e prosseguir nas lides rurais.
Os produtores rurais contam
com boa estrutura de assistência. O
município dispõe da Secretaria Municipal da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, com vários programas de apoio; da Emater, que atua
com regularidade; da vigilância e
orientação da Inspetoria Veterinária;
da Universidade de Caxias do Sul,
que dispõe de Faculdade de Agronomia; do Sebrae, e do Senar, por meio
da Farsul, que desenvolve programas
de apoio. Além disso, os produtores
contam com sindicatos que colaboram e prestam assistência adequada,
sempre vigilantes em relação ao setor e suas necessidades.
Os dados mais recentes coligidos junto a diversas repartições,
em 2014, apontam para os seguintes números quanto à produção
na área rural de Caxias do Sul:
Frutas
Maçã
90.000.000 kgs
Uva
70.196.000 kgs
Caquí
11.520.000 kgs
Ameixa
5.000.000 kgs
Pêssego
4.870.000 kgs
Moranguinho
1.200.000 kgs
Laranja
390.000 kgs
Bergamota
344.000 kgs
Pera
100.000 kgs
Há, em menor escala, produção de
couve, moranga, pepino, pimentão,
rabanete, figo, goiaba e kiwi.
Artigo | Caxias do Sul
Hortigranjeiros
Produção Animal
Tomate
21.700.000 kgs
Cenoura
13.600.000 kgs
Beterraba
12.000.000 kgs
Repolho
3.201.000 kgs
Cebola
3.100.000 kgs
Couve Flor
2.884.000 kgs
Feijão (vagem) 2.300.000 kgs
Ovos
7.561.371 dúzias/ano.
Aves
7.330.000 ano
Leiteira
3.259.248 litros/ano
Perus
100.000 cabeças/ano
Bovino
41.249 cabeças
Suínos
27.442 cabeças.
Ovinos
3.522 cabeças.
Abelhas 2.784 colmeias
Equinos 2.600 cabeças.
Vinhos
Suco de uva
Com isso, aumentar-se-ia a
produção e também haveria diminuição dos custos com seguros.
Além disso, a agricultura precisa
de mais pesquisas na área e im-
plantação de viveiros de mudas
certificadas. Essas providências
permitiriam o aumento da produção e da qualidade da mesma.
Alho
Brócolis
Alface
1.440.000 kgs
1.040.000 kgs
1.000.000 kgs
O setor necessita de seguro
agrícola adequado à realidade e
de linha de crédito especial para
proteger as plantações com plástico e tela.
Bebidas
20.122.208 litros
2.027.696 litros
Informações & Negócios | 17
foto: Vinícius Reis
Artigo | Políticas públicas
Desenvolvimento
industrial sim,
mas sem esquecer
a agricultura
MARIA HELENA SARTORI | Deputada estadual, presidente da Comissão de
Agricultura da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul
No início das atividades legislativas deste ano, assumi a presidência da Comissão de Agricultura
Pecuária e Cooperativismo da Assembleia Legislativa, com a responsabilidade de ser a primeira mulher
a presidi-la. O setor agropecuário
gaúcho é o segundo mais importante do País, contribuindo com
11,8% da agropecuária nacional.
“A nossa região
da Serra e em
especial a nossa
cidade muito tem
contribuído para o
bom desempenho
da economia do
estado.”
18 | Informações & Negócios
O setor participa com 9,9% do
Valor Adicionado Bruto estadual, percentual maior que a média
brasileira (5,6%) e maior que o
peso do setor nos estados de maior
PIB, como SP (1,6%), RJ (0,5%), MG
(9,0%), PR (7,7%), BA (7,7%) e SC
(8,2%).
O chamado complexo agroindustrial, que tem a agropecuária
em seu núcleo, interliga-se com
setores que fornecem insumos,
máquinas e implementos e financiamento, e com setores a jusante,
responsáveis pelo processamento
e pela distribuição da produção
agropecuária. O peso total desse
sistema econômico pode chegar a
quase um terço do PIB.
Ao impactar direta e indiretamente tão significativamente no
PIB, o desempenho da agropecuária torna-se decisivo na explicação
da evolução da economia do Estado. Podemos, portanto, afirmar que
quando o produto da agropecuária
gaúcha cresce acima da taxa do PIB
gaúcho, o PIB do estado cresce acima do PIB brasileiro.
Considerando que cerca de 20%
da população gaúcha encontra-se
no meio rural, o estado teria no
mínimo dois milhões de pessoas
vinculadas direta e indiretamente
à agropecuária. A nossa região da
Serra e em especial a nossa cidade,
Caxias do Sul, muito tem contribuído para o bom desempenho da economia do estado.
Caxias é um município que passou por uma transformação muito
grande desde sua criação. Ao contrário do restante do estado, sua
área é formada por pequenos produtores, o que exige uma política
diferenciada para o setor. O fato
de ter uma topografia bastante acidentada fez com que os imigrantes
desenvolvessem a cultura de diversos produtos, com destaque para a
uva. Hoje a produção de hortifrutigranjeiros é uma das maiores do estado, sendo uma das grandes abastecedores da Ceasa de Porto Alegre.
Marketing Digital.
www.ditta.com.br
Artigo | Políticas públicas
No mês de fevereiro, a Comissão realizou uma audiência pública
em Caxias, durante a Festa da Uva,
quando ouvimos diversos produtores rurais e representantes do setor. No encontro foram apresentadas diversas reivindicações como:
• Inclusão no Plano Agrícola e Pecuário 2014/2015 do governo federal a previsão de financiamentos para a implantação de telas
de cobertura em pomares;
• Fiscalização da produção para
ajudar a garantir a qualidade do
vinho, considerando que há apenas três fiscais do Ministério da
Agricultura para atender o RS;
No encontro foi apresentado um
dado da Associação Brasileira de
Centros de Abastecimento (Abracen) que consideramos da maior
importância: o de que, em 2005, a
safra de grãos no Brasil alcançou
R$ 20 bilhões, o mesmo montante
da safra de hortifrutigranjeiros.
Como vemos, são volumes de
produção iguais, mas, no entanto, enquanto a produção de grãos
conta com políticas públicas do governo federal, o setor de hortifruticultura não conta com nenhuma
política específica de apoio.
Essas reivindicações estão sendo analisadas pela Comissão e
brevemente serão encaminhadas,
com recomendações aos setores
competentes. Há muito a fazer por
esse setor tão vital para a economia
de Caxias, bem como de todo o Rio
Grande do Sul. Estou empenhada
nesse sentido!
“O peso total do
chamado complexo
agroindustrial pode
chegar a quase um
terço do PIB.”
• Melhoria no fornecimento de
energia elétrica;
• Sucessão das pequenas propriedades no interior, com mais
incentivo aos jovens para permanecerem trabalhando na terra;
• Pagamento efetivo, por várias
vinícolas, do preço mínimo estabelecido pelo governo federal, de
R$ 0,63 o kg;
• Inclusão no Simples Nacional
da produção de vinho, uma vez
que o suco e o vinagre – que são
derivados do vinho, já estão incluídos.
20 | Informações & Negócios
foto: divulgação
• Inclusão do suco de uva na cesta básica;
Planejamento em Comunicação e Marketing.
www.ditta.com.br
foto: Andrei Cardoso
Artigo | Cenários
A realidade do
turismo local
foto: divulgação
De acordo com um estudo realizado pela
Secretaria Estadual do Turismo e Observatório
do Turismo, Caxias do Sul está entre as três
cidades com melhor índice de competitividade
22 | Informações & Negócios
IVO MENEGOLLA | Diretor de
Política Turística e Enogastronomia da
CIC e diretor da Eletrola Som e Luz
Com uma população atual de
465.304 habitantes e 1.644,296km²,
Caxias do Sul apresenta atualmente
um PIB de R$ 16.636.859,00 e PIB
per capita de R$ 37.696,92 segundo
os dados do IBGE. Apresenta também uma oferta de serviços e equipamentos composta de 43 meios de
hospedagem, 57 agências de viagens e operadoras, 744 estabelecimentos de alimentação e 43 guias
de turismo.
Em 2013, após pesquisa realizada no meio público e privado,
incluindo 29 destinos gaúchos, seguem alguns números expressivos
que revelam o porquê de o nosso
município ter sido classificado com
nível 4 (total 5) no quesito competitividade.
Tal resultado está baseado numa
esfera de 13 dimensões avaliadas,
sendo que as áreas que atingem níveis mais satisfatórios são as abaixo listadas, com seus respectivos
quesitos considerados:
Flerte conosco!
Traga sua empresa para fazer um test-drive na Ditta.
A gente testa, namora e depois casa.
Rua Antônio Ribeiro Mendes, 2105 | Bairro Santa Catarina
Fone: (54) 3224.2686 | Caxias do Sul - RS
www.ditta.com.br | fb.com/dittacom
foto: Carlos Modesto
ARTIGO | Cenários
• Economia Local
- Infraestrutura de comunicação
- Infraestrutura e facilidades para
negócios
- Empreendimentos ou eventos
alavancadores
• Infraestrutura geral
- Capacidade de atendimento
médico para o turista no destino
- Fornecimento de energia
- Serviço de proteção ao turista
- Estrutura urbana nas áreas
turísticas
• Aspectos ambientais
- Estrutura e legislação municipal
de meio ambiente
- Atividades em curso potencialmente poluidoras
- Rede pública de distribuição de
água
- Rede pública de coleta e tratamento de esgoto
- Coleta e destinação pública de
resíduos
- Unidades de conservação no
território municipal
• Acesso
- Aéreo, rodoviário, aquaviário,
ferroviário, sistema de transporte no destino e proximidade de
grandes centros emissivos de
turistas
24 | Informações & Negócios
• Capacidade empresarial
- Capacidade de qualificação e
aproveitamento do pessoal local
- Presença de grupos nacionais
e internacionais no setor de turismo
- Concorrência e barreiras de
entrada
- Presença de empresas de grande porte, filiais ou subsidiárias
• Serviços e equipamentos turísticos
- Centro de Atendimento ao
Turista – CAT
- Espaços para eventos
- Capacidade dos meios de hospedagem
- Capacidade do turismo receptivo
- Estrutura de qualificação para o
turismo
- Capacidade dos restaurantes
• Aspectos culturais
- Produção cultural associada ao
turismo
- Patrimônio histórico e cultural
- Estrutura municipal para apoio
à cultura
• Aspectos sociais
- Acesso à educação
- Empregos gerados pelo turismo
- Política de enfrentamento e
prevenção à exploração sexual
infanto-juvenil
- Uso de atrativos e equipamentos turísticos pela população
- Cidadania, sensibilização e participação na atividade turística
• Atrativos turísticos
- Atrativos naturais (Monumento
Natural do Palanquinho, Gruta de
Lourdes e Ponte Korff)
- Atrativos culturais (Igreja São
Pelegrino, Casa de Pedra e Monumento ao Imigrante)
- Eventos programados (Festa
Nacional da Uva, Mercopar, Plastech)
- Realizações técnicas, científicas
ou artísticas (eventos da UCS)
O comportamento das variáveis
externas é a principal influência no
nível de crescimento do turismo,
para o qual este painel de indicadores se torna um catalisador de
dados. E, a partir de tais, juntamente com a percepção de números
crescentes, contata-se também uma
maior perspectiva de gerar negócios nas atividades relacionadas, o
que favorece assim o crescimento
do turismo nesta localidade.
foto: Julio Soares
Artigo | Eventos
Mais
visibilidade ao
profissionalismo
FÚLVIA STEDILE ANGELI GAZOLA | Presidente do Conselho Deliberativo da CIC,
diretora da Dolaimes Comunicação e Eventos e ex-presidente da Abeoc-RS
O setor de eventos, e incluo aqui todo o setor de
serviços, vive um momento intrigante. São décadas de
trabalho de uma cadeia produtiva que presta serviços
aos mais diversos segmentos da economia.
Será que o setor não conseguiu ou não teve a devida competência para mostrar o que as empresas prestadoras de serviços fazem, realizam e entregam para
o mercado? Será que só conseguimos dar visibilidade
ao quesito “preço” na contratação de nossos serviços?
Será que não conseguimos mostrar a diferença entre
propostas de trabalho desiguais?
Concorrência é condição para existir um mercado
promissor. Não é este o questionamento.
Mas e o custo benefício, as horas de trabalho de
profissionais qualificados, a entrega integral do que
foi vendido na hora de fechar o contrato, o padrão dos
fornecedores que compõem um evento de sucesso, por
exemplo? Conseguimos dar visibilidade a estes valores para nossos clientes? Conseguimos mostrar que o
prestador de serviços que honra com seus compromissos profissionais honra também com a marca e a imagem de seus clientes?
Muitas perguntas estão ficando sem respostas, ano
a ano. Empresas que primam pela excelência e compromisso com os clientes estão sendo comparadas a
“não-concorrentes”.
Um atendimento customizado é diferente de um
atendimento genérico. Nenhum é melhor ou pior. Mas
é obrigação das empresas prestadoras de serviços dei-
xarem claras as diferenças no mercado em que atuam.
Os clientes merecem orientação para adquirirem o serviço que mais se adapta a suas necessidades. Desta forma, ganharão clientes e prestadores de serviços, pois
estarão fazendo parcerias certas e efetivas.
Empresas que oferecem serviços “padrão Caxias do
Sul”, que existe muito antes do “padrão FIFA”, precisam mostrar-se mais para o mercado. Refiro-me aqui
a empresas que contribuem diariamente, mas sempre
nos bastidores, com a construção da qualidade do que
é produzido em nossa cidade. Empresas que enxergam
longe e que se doam por algo maior chamado comunidade. Empresas que há muito estão no mapa e no DNA
da cidade. Empresas que chegaram há pouco, mas que
possuem seriedade e transparência na condução de
seus negócios.
Estas empresas devem tornar-se visíveis para seus
mercados e, desta forma, cada vez mais, serão valorizadas e contratadas, formando uma cadeia produtiva
realmente forte e inabalável.
“Um atendimento customizado
é diferente de um
atendimento genérico.
Nenhum é melhor ou pior.”
Informações & Negócios | 25
foto: Julio Soares
Artigo | Representatividade
SHRBS
Região Uva e
Vinho fazendo
história
JOÃO ANTONIO LEIDENS | Presidente do SHRBS Região Uva e Vinho
“Na gastronomia
vê-se a diversidade
chegando à região,
mas sem perder
a identidade
gastronômica
territorial.”
26 | Informações & Negócios
Fundado em 8 de agosto de 1948
e com 65 anos de firme atuação, o
Sindicato de Hotéis, Restaurantes,
Bares e Similares Região Uva e Vinho é uma entidade empresarial
patronal com base territorial de
abrangência em 20 municípios da
Região, representando aproximadamente 1,9 mil estabelecimentos
ligados às categorias de hospedagem, gastronomia e entretenimento.
Tem representatividade em mais de
25 conselhos, grupos de trabalho
e diretorias na base territorial de
abrangência.
Sua Missão é a de “assegurar a
representação e defesa dos interesses das categorias, apoiar o desenvolvimento sustentável através do
incentivo à inovação, a qualificação
de produtos e serviços, a gestão
eficaz e pró-ativa, integrando e fomentando a cooperação, e atuando
também no desenvolvimento e pro-
moção turística, sempre respeitando a cultura regional.” Já a Visão é
de “ser uma entidade de referência
nacional para os associados e representados.”
Seus associados atuam basicamente no setor de serviços, atividade que tem evoluído ao longo
dos anos. A hotelaria passa por
processo de expansão de leitos, devendo agregar, nos próximos anos,
em torno de 20% mais de unidades
à disposição do público. O desafio
maior, no entanto, é a manutenção
do estabelecimento e sua profissionalização para seguir competitivo e
elevar a taxa de ocupação.
Na gastronomia vê-se a diversidade chegando à região, mas sem
perder a identidade gastronômica
territorial, ou seja, segue ofertando
o tradicional galeto, cardápios baseados na culinária dos imigrantes
que aqui chegaram, além, é claro,
Artigo | Representatividade
do bauru e dos lanches sem similares. O desafio é seguir evoluindo
com foco na gestão da empresa, que
enfrenta dificuldades por ser, na
maioria, de pequeno e médio porte e com administração familiar, e
na qualificação das equipes. Sem
esquecer as tendências mundiais
que apontam para cozinha autoral,
uma proposta caseira refinada, com
valorização do ingrediente do território, com seu terroir, e observando
a sustentabilidade. Da mesma forma
trabalha na oferta de cardápios que
atendam ao perfil do cliente, seja
criança ou aqueles com restrição
alimentar. O serviço, embora informal, tem se qualificado permanentemente.
No entretenimento são vários os
investimentos inovadores na oferta
de lazer. Neste segmento o desafio
é manter a casa como sonho de
consumo, observar e seguir as tendências que falam em surpreender,
entretenimento digital e inovação,
dentre outros atrativos.
Para a entidade e associados, o
desafio é seguir atuando coletivamente, visando à competitividade
e coesão social, observando a economia mundial, os mercados emergentes, a globalização e valorização
da marca. Enfrentar a falta de mão
de obra, a burocracia dos órgãos
de fiscalização e a liberação de documentação é uma luta do cotidiano. Assim como a legislação pouco
flexível para o setor de serviços, os
altos impostos e a baixa margem
de lucros. Também é tarefa investir
na agilidade e redução de custos,
na experiência do consumidor, no
mundo web, na gestão de pessoas,
no gerenciamento de crise e, ainda,
adaptar-se à nova geração. Neste
sentido, precisamos, cada vez mais,
que lideranças e sociedade valorizem e respeitem este setor, essencial à vida da população.
Quando se fala em perspectivas
o que vem à mente é determinação.
O setor segue na luta para ocupar
seu espaço na economia da Região
e do País. Quem sabe com esta determinação tenhamos um País mais
justo e equilibrado para todos os
setores.
“No entretenimento
são vários os
investimentos
inovadores na
oferta de lazer.”
Informações & Negócios | 27
foto: Julio Soares
Artigo | Caxias Convention & Visitors Bureau
Eventos e Turismo:
muito ainda
por fazer
LISETE ALBERICI OSELAME | Diretora da Interface Comunicação e Eventos e
vice-presidente do Caxias Convention & Visitors Bureau
foto: Luiz Chaves
Muito tem se falado sobre a
indústria de eventos e turismo e o
quanto este setor cresceu nos últimos anos no mundo inteiro. No
Brasil não é diferente, e segundo
dados da Embratur, o País está
muito bem no ranking mundial.
Em 2014, um dos grandes eventos
impulsionadores desse processo é
a realização da Copa do Mundo e,
em 2016, os Jogos Olímpicos.
O relatório da GBTA – Global
Business Travel Association confirma que o Brasil continua em
expansão no segmento turismo
de negócios. Enquanto o total de
gastos com viagens de lazer deve
crescer devido ao grande número de turistas que comparecerão
na Copa do Mundo e nos Jogos
Olímpicos do Rio em 2016, o turismo de negócios também está
em expansão na maior economia
da América do Sul. As previsões
do GBTA BTI são de que o total de
gastos com turismo de negócios
28 | Informações & Negócios
Artigo | Caxias Convention & Visitors Bureau
no Brasil deve crescer em 2014,
alcançando a cifra de US$40 bilhões. De acordo com essas expectativas, os gastos dos turistas
de negócios no Brasil estão no
caminho para ultrapassar a Itália,
a França e o Reino Unido nos próximos dois anos.
Ao mesmo tempo em que o País
está se preparado para continuar
com essa rápida ascensão econômica, ainda existem questões
que precisam ser resolvidas para
aproveitar ao máximo essa oportunidade. Precisamos modernizar
rapidamente a nossa infraestrutura, desde aeroportos, rodovias,
rede hoteleira, espaços adequados
para eventos de toda a natureza,
além de empresas e pessoal capacitado para realizá-los.
A pergunta é sempre a mesma.
Estamos realmente preparados
para sediar eventos desta envergadura? Nossa cidade está bem
preparada para receber e realizar
grandes eventos em termos de logística, sinalização, infraestrutura terrestre e aérea e de pessoal
qualificado? Qual o espaço físico
que temos, por exemplo, para realizar um Congresso para duas
mil pessoas? Quando teremos o
nosso Centro de Convenções? Em
Caxias do Sul não é diferente. Os
realizadores e organizadores de
eventos sempre se deparam com
esta questão.
Com essa linha de raciocínio,
em 2005 foi fundado o Convention & Visitors Bureau, inicialmente com sede na CIC de Caxias do
Sul e, posteriormente no Sindicato
dos Hotéis, Restaurantes, Bares e
Similares. Escritório especializa-
do no apoio à captação, promoção
e realização de eventos, dispõe de
empresas associadas que ofertam
produtos e serviços diferenciados e que facilitam a realização
de eventos, sejam eles de pequeno,
médio ou grande porte.
Atualmente, é também sede da
Federação Gaúcha de Conventions, entidade que busca fortalecer e ampliar sua rede de negócios
com o objetivo de obter mais representatividade junto aos órgãos
públicos. Esta é a primeira vez que
Caxias do Sul assume a entidade
gaúcha.
Além do trabalho para ampliar
o Calendário de Eventos, a entidade participa de feiras segmentadas e objetiva tornar Caxias do
Sul um destino atraente e competitivo no mercado de eventos,
ampliando assim as oportunidades de negócios para as empresas e a cadeia produtiva. A atual
diretoria trabalha ainda com o
intuito de ampliar o quadro associativo para que a entidade possa
ter mais representatividade, além
de apoiar e participar dos eventos promovidos pela comunidade
empresarial e administração pública. Uma das principais tarefas
é mapear os eventos nacionais
com o intuito de apresentar Caxias do Sul como sede de futuros
eventos na cidade.
A inteligência deste processo é
o ponto mais rico e talvez um dos
mais importantes. É necessário
investimento em material humano,
através de capacitação de pessoal
qualificado e treinado para que
possamos ter competitividade no
mercado.
O empresariado organizador
de eventos tem consigo a consciência do impacto que os eventos
têm sobre uma cidade, ao mobilizar uma cadeia produtiva com
segmentos ativos e estratégicos da
nossa economia. Estas empresas
cada vez mais se capacitam e se
especializaram em eventos de diversos tipos, sejam eles esportivos,
técnicos, científicos, culturais, comunitários, feiras, entre outros.
Vale destacar que cidades inteiras mudam seu perfil e crescem
sua economia em consequência
da realização de eventos bem planejados.
“Uma das principais
tarefas é mapear os
eventos nacionais
com o intuito de
apresentar Caxias
do Sul como sede
de futuros eventos
na cidade.”
Informações & Negócios | 29
foto: Acervo pessoal
artigo | Patrimônio arquitetônico
O projeto Caminhos
da Memória e a
preservação da
história
ROBERTO FILIPPINI | Arquiteto e urbanista
Uma das questões que ficou
evidenciada em todo o processo
histórico de desenvolvimento de
políticas de preservação, tanto em
nível mundial como em território
brasileiro, foi a percepção de que,
para ampliar a possibilidade da salvaguarda e da defesa do patrimônio arquitetônico, é necessário a
propagação da sua existência. Para
isso, é importante programar ações
adequadas que atendam ao público
dos mais variados níveis de instrução e de faixas etárias, abordando-se as diversas possibilidades de
comunicação para as respectivas
modalidades de educação formal e
não-formal.
Em meados da década passada,
Caxias dava sinais de crescimento
acelerado. Sua economia, de um
modo geral, acompanhava o contexto nacional, que pulsava diante
das novas possibilidades. A rapidez insuflava alguns setores, que,
inadvertidamente, sobrepujavam
30 | Informações & Negócios
outros. No caso, as estruturas urbanas históricas, mais suscetíveis
para sofrer as influências, ficavam
à mercê da hegemonia imediatista¹.
Alguns sintomas urbanos, como o
da descaracterização da arquitetura histórica, já sinalizavam para
transformações perigosas e irreversíveis que poderiam ocorrer no
centro da cidade, o qual sempre
guardou importantes atributos do
passado e do patrimônio arquitetônico. Mesmo com o Plano Diretor
aprovado à época, a sociedade necessitava (e ainda necessita) avançar na construção de estratégias
para equilibrar o contingente de
forças antagônicas que se acirravam no espaço físico. Em 2009,
com o poder público acenando
positivamente para as manifestações culturais, surgia a ideia de
desenvolver um projeto que viesse
contribuir para o esclarecimento
à população sobre temas relacionados à memória e a sua própria
identidade. O projeto Caminhos da
Memória apresentou-se como uma
dessas iniciativas.
Educando para preservar
O projeto Caminhos da Memória foi concebido há quatro anos,
coordenado pela MOÚSAI (Associação dos Amigos da Memória e
do Patrimônio Histórico e Cultural de Caxias do Sul), com o apoio
do Departamento de Memória e
Patrimônio Cultural da Secretaria Municipal de Cultura, como
uma iniciativa ligada à Educação
Patrimonial no âmbito da educação não-formal. Sua finalidade
era atender à necessidade de esclarecimento acerca do universo
da preservação arquitetônica e da
memória. Um dos intentos foi oferecer subsídios conceituais e teóricos para que o espectador desenvolva um senso crítico, capaz de
se tornar um multiplicador, que de
alguma maneira, indireta ou dire-
foto: Roberto Filippini
artigo | Patrimônio arquitetônico
As estátuas da praça
tamente, poderá contribuir para a
preservação e sustentabilidade dos
valores arquitetônicos, urbanos,
ambientais e culturais da cidade.
A reedição do projeto
Ao findar sua primeira edição
em meados de 2013, não tardou
para que os simpatizantes e apoiadores estimulassem sua reedição
para 2014, com o objetivo de reanimar e reviver boas experiências
ocorridas no primeiro projeto. Caminhos da Memória II é então uma
reedição, que reforça seu estilo de
comunicação para a sensibilização
da paisagem cultural de Caxias do
Sul. Esta iniciativa se justifica pelo
seu caráter didático que tem possibilitado a participação de um
público diversificado e crescente,
cada vez mais interessado em co-
Detalhes das arquiteturas históricas
nhecer as transformações físicas
e culturais ocorridas ao longo
das décadas, cujas configurações
que permanecem no cenário atual
do centro urbano caracterizam o
modo de ser e de fazer da sociedade caxiense. Desta maneira, as
atividades pertencentes às caminhadas que narram os episódios
memoráveis da nossa história, bem
como a observação aos bens que
adquiriram caráter de permanência nas várias épocas, respeitarão o
formato original do primeiro projeto. Ele corresponde, por um lado,
ao itinerário já consagrado de percorrer as ruas centrais, e por outro,
pela exposição teórica de caráter
introdutório, que se dá no interior
do Museu Municipal, quando aborda vários assuntos, desde a temática dos estilos arquitetônicos até o
processo de colonização.
Informações sobre as
caminhadas
Para as caminhadas serão disponibilizados dois horários mensais, preferencialmente aos sábados, mediante pré-agendamento,
sempre com início às 9 horas. A
pesquisa contextualizada continuará sendo fornecida pela Secretaria da Cultura/Departamento
de Memória e Patrimônio Cultural
que realiza o inventário dos Bens
Edificados como atividade permanente. Já as caminhadas continuarão com a animação do profissional Roberto Filippini, arquiteto e
urbanista, indicado pela MOÚSAI
para essa finalidade, e contando
com o financiamento da Lei Municipal de Cultura (LIC).
Informações & Negócios | 31
ÚNICO COMO CADA MOMENTO!
O primeiro condomínio
de terrenos de
alto padrão de caixas do Sul
Ambientes:
Vendas:
Incorporação:
Realização:
C21484J
CRECI 22294
Decreto Municipal Nº 15.108/2011 - Registro de imóveis 2ª zona na matrícula 60.555, livro Nº 2 RG
Informações: (54) 3228.1620
www.ancurbanizadora.com.br

Documentos relacionados

Veja a Revista

Veja a Revista EXPEDIENTE Informativo do SHRBS SEDE - Rua São José, 1814, Bairro Madureira, CEP: 95020-270 Caxias do Sul, RS - Telefone: 54 3221.2666 SUBSEDE - Rua Henry Hugo Dreher, 227/15, Bairro São Bento, CEP...

Leia mais