A TARDE pagina (2).pdf NOTA DE PESAR PROFESSOR JOÃO EURICO MATTA

A2
SALVADOR QUARTA-FEIRA 10/11/2021
OPINIÃO
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Cartas: Redação de A TARDE/Opinião - R. Professor Milton Cayres de Brito, 204, Caminho das Árvores, Salvador-BA, CEP 41822-900
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Tempo Presente
Ilhéus retoma festa
da literatura no dia 19
O recuo dos números da pandemia estimulou os produtores culturais do Sul da
Bahia a retomar a realização presencial, com
todos os cuidados, da Festa Literária de
Ilhéus, uma das mais movimentadas do
estado.
A iniciativa cultural resulta da união de
esforços da Editus, editora dos gestores da
Universidade Estadual de Santa Cruz
(Uesc), da Academia de Letras de Ilhéus
(ALI) e da Secretaria Especial de Cultura de
Ilhéus.
O retorno à praça pública coincidirá com
as comemorações pelo Dia da Bandeira, 19
de novembro, das 9 às 20 horas, na Praça
Pedro Matos, situada em frente ao Teatro
Municipal de Ilhéus.
Superar a saudade dos encontros presenciais em torno da literatura, embora seja um
ato de prudência, com uso de máscaras como barreiras não-imunológicas, servirá para as comemorações dos 25 anos da Editus.
Marcará ainda a edição 2021 da Festa
Literária de Ilhéus (FLI) a retomada de eventos já integrados ao calendário anual das
letras, como são os exemplos da Feira do
Livro da Uesc e do Festival Literário de
Ilhéus.
PROGRAMAÇÃO – A programação geral da
Festa consiste em lançamento e divulgação
de livros e rodas de conversa relacionadas
aos temas de publicações, além de debates
sobre a literatura sulbaiana e atrações musicais, bem como inauguração de equipamentos.
Entre os temas previstos para apreciação
do público, estão “Ubuntu e outros ensinamentos de África”, o projeto “Um lugar
para ler” e a entrega da comenda Ruy Barbosa a personalidades das letras ilheenses.
“Vamos desconsiderar o
presidente, que só em
caso extremo que tem
uma participação mais
ativa lá. São 10 que
decidem lá. Hoje eu
tenho 10% de mim
dentro do Supremo.
Não é que eu mande
no voto do Kassio”
JAIR BOLSONARO, presidente da República, sobre o
ministro do Supremo, Kassio Nunes Marques
[email protected]
Oficinas no Festival de Jazz
Estágio na Defensoria
Hoje tem oficinas gratuitas de música no
Festival de Jazz do Capão, realizada por produtores da Chapada Diamantina, este ano
em formato online. Basta inscrever-se no
canal do Youtube do festival, buscando pela
combinação FestJazzCapao, para ter acesso
aos dois encontros programados para dar
sequência ao trabalho de estreia, previsto
para a tarde de ontem. Os dois temas de
workshop de hoje são “A liberdade no piano
e voz”, com Salomão Soares e Vanessa Moreno, entre 14 e 16 horas; e “Composições do
disco Bacia do Cobre”, com Marcelo Galter. O
festival terá três dias com shows gratuitos,
homenagens e participações afetivas, entre
os dias 12 e 14 de novembro, desta sexta a
domingo, às 20h, no canal do YouTube e, pela
primeira vez, com transmissão pela TVE.
A Escola Superior da Defensoria Pública da
Bahia prorrogou a seleção para preenchimento de 100 vagas de estágio de nível
médio com formação de cadastro reserva.
Agora, para se inscrever, os interessados
podem preencher o formulário disponível
aqui no endereço https://bit.ly/3D8tLWY
até o dia 21 de novembro.
Uendel Galter / Ag. A TARDE
TAC entre Palmeiras e o MP
O Ministério Público estadual e o Município
de Palmeiras firmaram Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta para implementação de uma política de resíduos
sólidos, com definição sobre a coleta, triagem, tratamento e destinação final dos resíduos, de maneira adequada e compatível
com as exigências legais. O lixão atual deverá ser desativado e substituído por aterro
sanitário controlado e ambientalmente
adequado.
POUCAS & BOAS
.
O V Encontro sobre Caprinos e Ovinos
debate hoje as perspectivas da criação,
aprimoramento das raças e agregação de
valor aos produtos da região de Guanambi. Com envolvimento de técnicos, profissionais da área, produtores, estudantes
e professores, o evento começa às 8h com
apresentação cultural. A iniciativa é do
IFBaiano/CampusGuanambieserátransmitido no canal do campus no Youtube.
.
ENGENHO | O engenho humano é mesmo fora de série. Somos capazes de navegar
há muitos milhares de anos. Ainda assim, parece que falta uma parte do engenho
que mantenha o mar, o ar e a terra capazes de nos manter vivos... Vá entender!
Em Juazeiro será lançado hoje o ‘Natal
Iluminado – Um novo tempo de esperança’,apartirdas18h30,naBarcaNina(Ponto
das Barquinhas) Orla 1. Previsto inicialmente para o começo desta semana, o
evento foi adiado por causa das chuvas.
MIRIAM HERMES E REDAÇÃO
Nuvens que não são feitas de algodão
Anna Izabel Muniz
Pesquisadora do grupo de pesquisa
GEC/FACED/UFBA
[email protected]
Q
uando se pensa em nuvem, a de
armazenamento de dados, logo se
pensa em um espaço abstrato e
disperso no universo digital, como um
espaço infinito na internet. Mas, longe de
qualquer abstração, as nuvens são computadores gigantescos, conectados por cabos subterrâneos, que pesam toneladas e
ocupam um lugar real, muito real, em
alguns lugares do planeta, especialmente
no Vale do Silício, na Califórnia/Estados
Unidos. É lá que se concentram volumes
de dados sobre indivíduos e instituições,
públicas e privadas, onde estão as maiores empresas donas das redes sociais
mais acessadas em todo o mundo. Dentre
os vários perigos de tudo isso, está a con-
centração de pesquisas e informações sobre trabalhos científicos sob domínio do
capital privado em “nuvens”, que não são
nuvens como já sabemos.
No Brasil, existem muitas pesquisas em
andamento que analisam a dimensão e os
impactos do volume de informações armazenados nessas “nuvens” proprietárias e estrangeiras. O projeto Educação
Vigiada (educacaovigiada.org.br), um projeto acadêmico sem fins lucrativos, arquitetado pela Iniciativa Educação Aberta, realizou pesquisa sobre a falta de
As universidades
públicas vão
ter que repensar suas
práticas e buscar
alternativas livres
transparência das instituições públicas
nas suas relações com essas plataformas
privadas. Os principais resultados revelam que das 63 universidade federais pesquisadas, 49 possuem servidores associados às GAFAM (acrônimo de Google, Amazon, Facebook, Apple e Microsoft). Das 41
universidades estaduais, apenas oito não
estão ligadas a servidores da Google ou
Microsoft. Isso significa que a maioria das
universidades públicas brasileiras está
submetida a uma ou mais empresas norte-americanas, ou seja, entregando dados
e movimentos nas redes em troca de espaço de armazenamento na suposta “nuvem”.
O professor Sérgio Amadeu, num episódio
do
podcast
Tecnopolíticas
(http://tecnopolitica.blog.br), sinalizou a
gravidade dessa situação ao chamar a
atenção para a entrega pelo MEC dos dados do SISU (Sistema de Seleção Unificada
para acesso ao ensino superior) para a
Azure, nuvem da Microsoft, sob o argumento de que seus servidores não suportariam sete mil acessos simultâneos
aos dados complexos do sistema. Como
consequência dessa medida equivocada,
foram entregues dados do desempenho
escolar dos estudantes brasileiros para
essa empresa americana.
No caso das Universidades, a decisão do
Google de findar o armazenamento ilimitado a partir de julho de 2022 surpreendeu as instituições que já acessavam os serviços há cinco anos. Assim, as
universidades públicas vão ter que repensar suas práticas e buscar alternativas
livres, pois o espaço a ser disponibilizado
pela Google dificilmente suprirá as demandas das comunidades acadêmicas. A
necessidade de nuvens que protejam a
ciência, os dados pessoais e institucionais, torna-se ainda mais urgente nesse
cenário de privatização e monetização de
informações digitais.
ESPAÇO DO LEITOR
[email protected]
Jovens e eleição
A verdade é que existem vários prognósticos nas futuras eleições presidenciais. Todavia, a justiça eleitoral, em recente campanha nacional, acertadamente, vem incentivando os adolescentes de 16 anos ao
alistamento eleitoral. Como se sabe, embora menores, o voto deste importante segmento nacional é facultativo. Isto pode,
salvo um exame científico mais detalhado,
simbolizar o "ponto do doce" em alguns dos
critérios decisórios das eleições por vir . O
que passa na cabeça deles? Seus gostos?
Quem são seus ídolos? Como se comportam? Suas carências e preferências etc? É,
fundamentalmente, um público considerável. Registra-se, por conseguinte, que jamais podem ser desprezados! Por fim, Mário Quintana, já vaticinava: "A vida na verdade só tem dois encantos: o previsto e o
imprevisto. Reflitamos, pois!” ROMMEL
ROBATTO, [email protected]
João Eurico Matta
Saudades do professor João Eurico Matta,
Emérito da Universidade Federal da Bahia, imortal da cadeira 16 da Academia de
Letras da Bahia por onde antes passaram
os gênios de José Thomaz Nabuco de Araújo (patrono da Cadeira), os civilistas
Eduardo Espínola e Orlando Gomes e, fi-
nalmente ele, o scholar inesquecível que,
com genialidade igual, uniu os saberes do
Direito e da Administração como precursor da profissionalização da gestão pública e empresarial da qual é Magnum
Opus o seu imperdível Modernização do
Poder Executivo na Bahia: Estratégia e Dinâmica do Programa de Reforma Administrativa do Governo Lomanto Júnior
(1963-1967), tudo num misto de tornar
mais feliz, operosa e eficaz a vida de seus
concidadãos e, por via de consequência,
da Civilização Brasileira. Descanse em
paz, professor. TAURINO ARAÚJO, [email protected]
Precisamos pensar no
fortalecimento do
futebol baiano, com o
retorno de times que
fizeram história no
passado, como o
Galícia, o Ypiranga, o
Leônico, o Fluminense
Desalento
O futebol baiano coleciona decepções e
fracassos retumbantes na atual temporada. Na primeira divisão, o Esquadrão de
Aço ainda respira aliviado, mas cumpre
uma jornada que não faz jus à sua tradição.
Na terceira e quarta divisões, os nossos
representantes fizeram aquilo que estava
ao seu alcance. A Desportiva Juazeirense,
na quarta divisão, fez uma bela campanha
na primeira fase, mas foi eliminada surpreendentemente no sistema mata-mata.
Na segunda divisão, o Leão da Barra agoniza e tem poucas chances de se livrar do
rebaixamento. Se perder para o Vasco, a
sua próxima partida, cairá definitivamente para a terceira, para o desespero do seu
torcedor. Não se pode fazer muito ou, na
pior das hipóteses, nem sempre a sorte
será favorável, quando a forma de se fazer
o futebol beira à desorganização, ao mal
planejamento, a contratações inoportunas e a uma gestão temerária. Desde já,
precisamos pensar no fortalecimento do
futebol baiano, com o retorno de times que
fizeram história no passado, como o Galícia, o Ypiranga, o Leônico, o Fluminense
e o querido Botafogo Sport Club, além de
pensarmos numa segunda divisão forte e
numa eventual terceira divisão, como já
ocorre com o organizado futebol cearense,
cujos resultados estão refletidos no campo. Ou assim ou nada. MOACYR RODRIGUES
NOGUEIRA, [email protected]
Inversão de valores
Tudo está girando ao contrário no Brasil, a
CPI política, procurando chifre em cabeça de
cavalo, presidida e relatada por processados,
devedores da polícia e da justiça. Bandidos
de togas, como já definiu em magistrada
baiana, desembargadores e juízes presos,
outros afastados, com contas bancárias milionárias, acusados de mercadores de sentenças para quem pode pagar, enquanto
pretos e pobres mofam nos presídios superlotados, por terem furtado apenas um
pacote de biscoito para matar a fome. Isso
é mais vergonhoso que o 7 a 1 que tomamos
da Alemanha na copa que o mundo tomou
conhecimento. Hoje a polícia bate em gabinetes, mansões e palácios tanto quanto
bate em bocas de fumo. Uma vergonha. A
justiça brasileira para conseguir ser ruim é
preciso melhorar muito. Graças à imprensa
livre, que pra mim é o quatro poder da
República, e para o grande jurista baiano Rui
Barbosa é a vista da Nação, ficamos sabendo
de tudo. Mas isso é Brasil desde 1500 do
Cabral português ao Cabral carioca. Fazer o
quê? Responda quem souber. LUIZ SANTANA,[email protected]