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1 HALLOWEEN: ORIGEM E INFLUÊNCIAS EM POUCAS PALAVRAS Jair de Almeida Júnior “Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas abominações o SENHOR, teu Deus, os lança de diante de ti” (Dt 18.10-12). 1) ORIGEM E IMPORTAÇÃO O fenômeno da globalização tem trazido em seu bojo a disseminação de todo tipo de paganismo. A festa de “Halloween”, algo completamente estranho ao brasileiro e sua cultura, começou a ser importado para nossa sociedade, talvez não principalmente por alguma ligação cultural, mas, muito mais, comercial. As empresas estão sempre dispostas a investir e patrocinar algum modismo, ou pior, introduzir elemento cultural estranho, objetivando, tão-somente, a conquista de maior lucro. Portanto, numa sociedade na qual os valores cristãos estão em “queda livre”, tudo o que é novidade ganha atenção e espaço. Todavia, vejamos de onde vem essa malfadada “festa de Halloween”. Sua origem remonta ao século II a.C., entre o povo conhecido como “celtas”. Eles habitavam a Bretanha, especialmente a região da Irlanda, e também a França e a Alemanha. A religião praticada por eles era o “druidismo”, sendo seus sacerdotes ou feiticeiros conhecidos como os “druidas”. Estes detinham grande poder na comunidade celta, desempenhando o papel de professores, juízes e administradores civis. Esta modalidade de adoração pagã se estendeu até o século II d.C., tendo sido interrompida, em parte, pela dominação romana e a posterior oficialização do cristianismo como religião oficial do império. Os druidas dedicavam um dia específico do ano, o dia 31 de outubro, para a adoração do deus celta da morte, chamado Samhain, o senhor da morte. Por isso, o teor da festa celebrada nesse mesmo dia, era um culto à morte. A festa do Halloween é uma festa à morte. Segundo a crença dos celtas, quando chegava a noite desse dia específico, que marcava também o ano novo celta, Samhain reunia todas as almas dos mortos, fantasmas e outros seres espirituais (demônios), libertando-os para visitar o mundo dos vivos. Acreditava-se que eles eram participantes da festa de Samhain (Halloween). Para os celtas, seres como goblins, demônios, fantasmas e espíritos malignos, tinham a liberdade de se locomoverem livremente entre os vivos na noite de Halloween. Dessa forma, com o objetivo de recepcionar adequadamente tais seres, os celtas também construíam grandes fogueiras, sacrificando animais, parte da colheita, e, até mesmo, seres humanos. O fogo era reconhecido como meio de adivinhação. As fogueiras também tinham objetivo de ajudar o verão a “sobreviver” ao inverno, espantando os maus espíritos. Quanto aos espíritos dos mortos, cria-se que eles regressavam aos seus antigos lares, onde suas famílias os aguardavam, com o fim de entretê-los. Se tal recepção fosse julgada insuficiente, os espíritos lançavam feitiços contra aquela casa, ou causavam algum mal que afetasse diretamente o quotidiano da família. Assim, ofereciam-se quitutes aos fantasmas e demônios a fim de que estes não lhes causassem transtornos. Essa é, provavelmente, a origem da expressão “doce ou travessura”. Nabos e batatas eram 2 utilizados com horríveis faces esculpidas, tendo em seu interior velas, objetivando, aparentemente, fazer os fantasmas e demais seres malignos retrocederem ao reino dos mortos, abortando o feral intento de invadir o mundo dos vivos na noite de Halloween. Os camponeses, por sua vez, procuravam juntar-se em procissão, mascarados, tentando enganar os espíritos dos mortos, levando-os para os limites da cidade. Por isso, imagens e fantasias de esqueletos, crânios e cadáveres eram utilizadas em larga escala, uma clara referência à festa dedicada aos mortos. Morcegos e corujas também eram figuras recorrentes na celebração, uma vez que os celtas acreditavam que esses animais tinham o poder de se comunicar com o mundo dos mortos. Tudo leva a crer que o Halloween chegou a América no século XIX, com a vinda de imigrantes escoceses e irlandeses. Com a americanização do mundo, essa sombra negra, impregnada na cultura da maior potência de nossa época, tem influenciado e ganhado as nações. É importante compreender que o Halloween não é uma festa meramente “folclórica”. Há uma legião crescente de bruxos modernos que vê o dia como data magna de sua crença. Ademais, cresce também o movimento daqueles que querem ver a bruxaria reconhecida com o status de “religião”, e ser livremente pregada na sociedade. Nos Estados Unidos isso já é uma realidade, inclusive dentro de igrejas ainda chamadas "cristãs" que, adeptas de uma religião monista e totalmente aberta, inclui a preleção de bruxas em suas celebrações religiosas, abrindo as portas para a adoração de deusas pagãs. Muitos cristãos olham com indiferença para a festa, achando que não passa de simples brincadeira. Devido a tal comportamento da igreja, veja a transcrição de um depoimento de alguém que confessa ser adepto da bruxaria: “Essa é a época que eu mais amo no ano (isto é: o Halloween), pois é o momento quando ambos, cristãos e bruxos, adoram o mesmo deus”. Para evitar a ideia “importada”, educadores tupiniquins têm defendido a criação do “Dia do Saci Pererê” sobrepondo-o ao Halloween, fixando a data de comemoração também para 31 de outubro. Contudo, a sofisticação americana exercer muito maior atração sobre o brasileiro do que um personagem perneta do folclore nacional. Não importa qual seja a máscara, o cuidado com os filhos é importante, afim de que não se entretenham com aquilo que é abominação a Deus. Rechacemos com vigor o satanismo, mesmo quando disfarçado de simples brincadeira inofensiva. 2) O DEMÔNIO VESTIDO DE SANTO “E, quanto à ressurreição dos mortos, não tendes lido o que Deus vos declarou: Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó? Ele não é Deus de mortos, e sim de vivos” (Mt 22.31, 32). Nos dias um e dois de novembro, a tradição católica comemora duas festas religiosas de seu calendário: a “Festa de Todos os Santos” e “Finados”, respectivamente. É importante compreendermos que estas festas são, tão-somente, paganismo travestido de cristianismo. Certamente, a prática de homenagear mortos não encontra respaldo bíblico. Na verdade, as Escrituras se opõem veementemente a tal prática. Qualquer tentativa humana que pressuponha entrar em contato com o mundo das almas ou dos espíritos, é chamado por Deus “abominação” (Dt 18.10-12). Digno de nota é que, tanto a Festa de Todos os Santos como o Dia de Finados, não têm como objetivo apenas lembrar os mortos, mas verdadeiramente reverenciá-los. Ambas foram derivadas do culto pagão a Samhain, o deus senhor da morte dos 3 celtas. O druidismo, como vimos, tinha como data magna o 31 de outubro, quando criam que as almas dos mortos, junto com criaturas demoníacas, recebiam autorização de Samhain para adentrar o mundo dos vivos. Assim, as famílias ofereciam “comida” como oferenda a tais seres, a fim de que não trouxessem algum feitiço contra a família. O Halloween é a festa ao deus da morte celta. Contudo, o que tem a ver a Festa de Todos os Santos e o Finados com o Halloween? A resposta a tal indagação pode ser alcançada e inferida já na simples análise dos nomes dessas festas católicas. Primeiramente, os nomes “todos os santos” e “finados” nos remetem, diretamente, ao Halloween. Em inglês, “hallow” significa “fazer santo”, "consagrar", "santificar", ligando o Halloween diretamente ao Dia de Todos os Santos. Finados, por sua vez, quer dizer, literalmente, “mortos”, estando, assim, intimamente ligado àquilo que significa o Halloween: uma festa dedicada à morte. Depois de estabelecer a óbvia ligação temática entre o “Dia de Todos os Santos” e “Finados”, resta-nos abordar a história e a nítida tendência do catolicismo medieval para entendermos como tal paganismo se tornou parte do calendário católico já no final da Idade Antiga. Sabe-se que, historicamente, a prática do druidismo se estendeu desde o século II a.C. até o século II d.C.. Em 43 d.C., os romanos conquistaram a região que hoje conhecemos como “Grã-Bretanha”, submetendo os celtas que ali residiam. Nesse tempo em que o cristianismo ainda se encontrava crescente e não era majoritário no Império, a conquista da Bretanha trouxe reflexos para a cultura do Império, pois dois festivais da religião romana foram associados à festa a Samhain. O primeiro, chamado Feralia, realizado no final de outubro, tinha o mesmo objetivo da Festa a Samhain: honrar a morte. O segundo era uma festa a Pomona, a deusa romana das árvores e dos frutos. A maçã se tornou um dos símbolos do Halloween exatamente por causa desse festival. Assim, uma vez que a festa a Samhain se tornou associada aos romanos, quando o cristianismo se tornou religião oficial do império no IV século d.C., para evitara resistência de proibir abertamente os festivais pagãos, a igreja lhes deu roupagem cristã, substituindo, inclusive, seus nomes. Dessa forma, os festivais romanos ligados ao Halloween, receberam os nomes de “Dia de Todos os Santos” e “Finados”. Para o verdadeiro cristão, é importante que se diga, tais comemorações não têm nenhum valor ou sentido, sendo, inclusive, danosas. Ele sabe que não há comunicação desse mundo com o céu, morada dos eleitos de Deus, ou com o inferno, lugar de perdição. Não tem sentido homenagear quem está incomunicável e, além disso, é desobedecer a Deus, estimulando o ocultismo. Os que já se foram não estão “olhando por nós”, bem como, não participam de nossas alegrias ou tristezas. Nosso Deus não é um Deus de mortos, mas de vivos. Os mortos não ficarão assim para sempre: há ressurreição! Aprendamos a celebrar a ressurreição, a vida e não a morte, e rechacemos todo paganismo que insiste em influenciar a nossa sociedade.
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