Edição 51
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EXPEDIENTE Editorial Governo do Estado de São Paulo Governador José Serra O Departamento de Ortopedia e Traumatologia da FMUSP tem como mote a educação continuada, a geração de novas tecnologias e a formação através da pesquisa de novos docentes. Secretário da Saúde Luiz Roberto Barradas Barata Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP Presidente do Conselho Deliberativo Marcos Boulos A assistência é focada para o atendimento terciário e quaternário, aplicando novas técnicas baseadas no que foi desenvolvido nos projetos de pesquisas do nosso Departamento. Seguindo sempre este propósito, apresentaremos artigos de revisão e atualização para reciclagem profissional, trabalhos oriundos de dissertações e teses defendidas, além de sempre mostrar um artigo original publicado há mais de 40 anos por antigos docentes do Departamento. Neste número destacamos o parafuso Godoy Moreira, que ficou conhecido internacionalmente. Prof. Dr. Olavo Pires de Camargo - Editor 03 Editorial Sumário Artigo Reeditado - TTratamento ratamento da PPseudoartrose seudoartrose 04 do Colo do Fêmur pela Osteossíntese Artigo - Análise da sensibilidade e reprodutibilidade da escala de Basso, 08 Beattie e Bresnahan (BBB) 10 Artigo - Alternativas na Revisão Acetabular 14 Teses e Dissertações Defendidas no PPrimeiro rimeiro Semestre de 2007 17 Padronização na Comunicação Visual Disciplinas do curso de Pós -graduação Pós-graduação 18 e Cursos do Segundo Semestre Superintendente José Manoel de C. Teixeira Diretor Clínico José Otávio Costa Auler Júnior Instituto de Ortopedia e Traumatologia Professores Titulares Tarcísio Eloy P. de Barros Filho Arnaldo Valdir Zumiotti Olavo Pires de Camargo Diretor Científico Alberto Tesconi Croci Diretor Executivo em Exercício Sérgio Yoshimasa Okane Editor Olavo Pires de Camargo Cartas para a Redação Sandra Maria Silveira Claudia Helena dos Santos Instituto de Ortopedia e Traumatologia “Prof. F. E. Godoy Moreira” Rua: Dr. Ovídeo Pires de Campos, 333 - Tel./Fax: (11) 3069-6815 / 3069-7900 - CEP 05403-010 - São Paulo – SP Fotos Olga Mendes Braga José Roberto Caetano Projeto e Execução NaJaca Design & Comunicação Tel. (11) 5097-9764 [email protected] www.najacaonline.com Jornalista Responsável Antonio Luiz Mello Jr. MTb 46.025 – SP Tiragem: 6.000 exemplares Distribuição Nacional Folha de Ortopedia e Traumatologia - IOT 3 Artigo reeditado Tratamento da Pseudoartrose do Colo do Fêmur pela OSTEOSSÍNTESE Publicado originalmente em janeiro de 1946, na Revista do Hospital das Clínicas Volume I / Número I F. E. Godoy Moreira Professor de Clínica Ortopédica e Traumatológica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo ste trabalho visa demonstrar que se pode obter a consolidação em casos de pseudoartrose do colo do fêmur por meio de osteossíntese com parafuso especial. E apresenta inconvenientes sobretudo tratando-se de enfermos e idosos. O enxerto ósseo e as operações reconstrutivas de Whitman, Brackett, Colonna, Albee e outras Observam-se freqüentemente casos de pseudoartrose em seguida a fraturas do colo do fêmur não tratadas ou tratadas de maneira inadequada. Entretanto, esta complicação pode aparecer mesmo em casos tratados convenientemente, cirúrgica ou conservativamente. são operações mais ou menos graves e chocantes, exigindo além disso a aplicação de aparelho gessado com todas as suas desvantagens. Além disso, todos estes métodos assim como a osteotomia subtrocanteriana acarretam sempre maior ou menor grau de encurtamento do A cura da pseudoartrose constituída apresenta muitas vezes sérias dificuldades. Os métodos mais eficientes de tratamento nestes casos são: 1º) - Aparelho ortopédico que permita a deambulação dos pacientes quando há contra-indicação operatória. membro. Tivemos ocasião de tratar três casos de pseudoartrose do colo femural em que aplicamos com bons resultados o mesmo parafuso que temos recomendado no tratamento das fraturas simples do colo do fêmur. Este parafuso cuja técnica de colocação 2º) - Osteotomia subtrocanteriana. 3º) - Osteossíntese e enxerto ósseo. 4º) - Operações re-construtivas. Quando a operação é contra-indicada resta somente o recurso do aparelho. A osteotomia subtrocanteriana é uma operação simples, mas descrevemos no "The Journal of Bone and Joint Surgery" (Boston) Vol. XXII - nº 3 - pg. 684 - 697 em julho de 1940, permite obter uma fixação extremamente sólida. Há vários critérios para determinar quando se deve falar de pseudoartrose propriamente exige a aplicação de aparelho gessado que dita ou apenas de consolidação retardada. “Observam-se freqüentemente casos de pseudoartrose em seguida a fraturas do colo do fêmur não tratadas ou tratadas de maneira inadequada”. 4 Maio - Agosto 2007 Operação: Redução de fratura e coloFig. 01 cação do parafuso a 5-4-41. Nenhum aparelho gessado foi colocado. A marcha foi iniciada 30 dias depois da intervenção. As radiografias de frente e de perfil (Figs. 2 e 3) mostram consolidação perfeita um ano depois. A marcha é normal. Caso 2. - J. B. J. - masc. 43 anos - 26 de agosto de 1941. Há três meses fratura do colo do fêmur direito. Esteve em tração com esparadrapo durante 50 dias. Queixa-se de dores e só pode ficar de pé com muletas. A radiografia mostra pseudoartrose em varo (Fig. 4). Operação: a 21 de setembro - Redução de fratura e osteossíntese com parafuso especial. Nenhum aparelho foi colocado. Começou a No caso do colo do fêmur, julgamos que se pode falar de pseudoartrose se a fratura depois de três meses não mostrar nenhum sinal de formação do calo. Se a fratura não tiver sido reduzida, então a experiência nos mostra que podemos prever desde logo que a pseudoartrose será fatal caso não seja feito o tratamento adequado dentro de algumas semanas, no máximo dentro do primeiro mês. andar 40 dias depois da operação, mostram consolidação perfeita (Figs. 5 e 6). Marcha inteiramente normal. Caso 3. - M. R. - Fem. 50 anos - 11 de setembro de 1941. Fig. 02 OBSERVAÇÕES: Caso 1. - ª S. B. - fem. 52 anos - 27 de março de 1941. Há quatro meses fratura do colo do fêmur esquerdo. Não fez tratamento algum e ficou de cama até a data da consulta. A radiografia (Fig. 1) mostrava fratura não reduzida e pseudoartrose. Completa impotência do membro lesado. Tratamento prévio: Tração contínua com esparadrapo durante uma semana. Folha de Ortopedia e Traumatologia - IOT 5 Artigo reeditado Há três meses fratura do colo femural esquerdo. Não fez tratamento algum tendo ficado em repouso na cama. Radiografia (Fig. 7). A marcha é impossível e a paciente queixa-se de dores. Tratamento prévio: Tração contínua com esparadrapo durante uma semana. Operação: a 18 de setembro de 1941. Foi usada a mesma técnica que nos dois anos anteriores. Não foi colocado aparelho gessado. A marcha teve inicio somente 30 dias após a operação, devido a dores no joelho. As radiografias de 13 de abril de Fig. 03 1942 (sete meses depois da operação) mostram consolidação óssea (Figs. 8 e 9). A função do membro é completamente normal. 6 Fig. 04 Fig. 05 É possível obter função normal sem encurtamento, mesmo em casos muito CONCLUSÃO: Em casos de pseudoartrose do colo femural pode-se obter consolidação e fun- desfavoráveis de fraturas antigas não tratadas nem reduzidas, acompanhadas de grave osteoporose. (Caso 1). Isso prova que no caso particular do colo do fêmur a simples fixação mecânica de fratura sem nenhum meio complementar ção perfeita por meio de uma osteossíntese extra-articular com parafuso. Nos nossos casos nenhum aparelho gessado foi aplicado como meio suplementar de imobilização depois da osteossíntese. de imobilização, como o aparelho gessado, é capaz de dar resultados que muitas vezes somos levados a pensar que somente podem ser obtidos por meio da função biológica do enxerto ósseo. Maio - Agosto 2007 REFERÊNCIAS: TALHA LEAL,, RENAN e BA BAT ALHA,, EDMUNDO EDMUNDO:: Técnica do professor 1- AZZI LEAL Godoy Moreira para osteossíntese do colo do fêmur fêmur.. Simplificação instrumental. Rev raumatol. IV Rev.. Brasileira de Ortop. E TTraumatol. IV.. 55. 1944. 2.: LLa a pseudoartrosis (T esis), pp. 355-375. Montevidéo, 1941. BADO BADO,, JJ.. LL.: (Tesis), 3- BARROS -LIMA .: TTratamentos ratamentos das fraturas do colo femur BARROS-LIMA -LIMA,, LL.: femur.. Arq. Brasileiros de Cir Y-MOREIRA .: Cir.. E Ortop., XIII, 57, 1944. 4- GODO GODOY -MOREIRA,, FF.. E E.: O tratamento operatório das fraturas do colo femural. Seus princípios fundamentais, e sua solução técnica. Brasil-Médico, LII, 1027, 1938. A Special Stud-Bolt Serew for fixation of fractures of the neck of the femur ., XXII, 683, july OLI, femur.. JJ.. Bone and Joint Surg Surg., july,, 1940. 5- MARÓTT MARÓTTOLI, O. R.: Instrumental y técnica del Dr Dr.. Godoy Moreira para la osteosintesis del cuello del femur femur.. Bol. Soc. de Cir Cir.. Rosario, VI, 62, 1939. 6- ROMNEY ROMNEY-HARR Y: TTratamiento ratamiento de las fractures del cuello del femur mediante la HARRY tecnica de Godoy -Moreira. Rev VI, 547, Godoy-Moreira. Rev.. De Med. Y Cir Cir.. Habana, XL XLVI, 1941. 7- TTA AVERNIER, LL.: .: À propos du traitement dês fractures du col du fêmur yon Chir ALLS GOMARSINI, E .: fêmur.. LLyon Chir.. XXXVI, 636, 1939. 8- V VALLS ALLS,, JJ.. Y LA LAGOMARSINI, E.: Tratamiento de las fracturas del cuello del fémur fémur.. Técnica de Godoy Godoy-Moreira, pp. 255-233. Buenos Aires, El Ateneo, 1943. WATSONJONES ractures and Other Bone and Join Injuries, p. TSON-JONES JONES,, R.: FFractures 377. Baltimore, The Williams and Wilkins Company Company,, 1941. 9WEINBERGER, MIL TON MILT ON:: Considerações sobre a osteossíntese do extraarticular do colo do fêmur com prótese de Godoy -Moreira. Rev Godoy-Moreira. Rev.. Brasileira de Ort. e TTraumatol. raumatol. IV IV,, 119, 1943. Fig. 06 Fig. 07 Fig. 08 “O aparelho gessado, é capaz de dar resultados que muitas vezes somos levados a pensar que somente podem ser obtidos por meio da função biológica do enxerto ósseo”. Fig. 09 Folha de Ortopedia e Traumatologia - IOT 7 Atualização Artigo Análise da sensibilidade e reprodutibilidade da escala de Basso, Beattie e Bresnahan (BBB) em ratos Wistar Alessandra E. I. S. Molina1, Marcos Sleiman Molina2, Tarcisio E. P. Barros Filho3 1 - Fisioterapeuta, mestre em Ciências Médicas pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Brasil. 2 - Médico, doutor em Ciências Médicas pelo Instituto do Coração da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - Brasil. @ E-mail: [email protected] RESUMO Molina, AIS. Análise da sensibilidade e reprodutibilidade da escala de Basso, Beattie e Bresnahan (BBB) em ratos Wistar [dissertação]. São Paulo: Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo; 2006. P rocurou-se avaliar a sensibilidade e a reprodutibilidade da escala funcional de Basso, Beattie e Bresnahan (escala BBB) para a avaliação da capacidade locomotora de ratos após lesão medular. Submeteram-se 30 ratos Wistar, machos à laminectomia e à contusão medular leve, moderada e grave produzida pelo equipamento de impacto por queda de peso desenvolvido pela Universidade de Nova Iorque (NYU Weight-Drop Impactor). A movimentação foi registrada no 28o. dia após lesão medular, simultaneamente, por 3 câmeras digitais e após a edição, cópias idênticas dos filmes foram encaminhadas à seis pesquisadores independentes, para a determinação da capacidade locomotora segundo a escala funcional de Basso, Beattie e Bresnaham. 8 Maio - Agosto 2007 3 - Professor Titular do Departamento de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - Brasil. Trabalho desenvolvido no Instituto de Ortopedia e Traumatologia. Unitermos: coluna vertebral; traumatismo da coluna vertebral; métodos; recuperação de função fisiológica; escalas. Compreender os mecanismos fisiopatológicos da lesão medular é de grande importância para a sociedade científica, mesmo havendo grande quantidade de estudos sobre este assunto, não há um consenso sobre a ferramenta mais adequada para analisar a recuperação funcional de animais submetidos à lesão medular. Apesar de alguns testes que avaliam a recuperação funcional serem de simples utilização, alguns autores criticam sua sensibilidade à pequenas alterações1,2. Desde os estudos de Galileu no século XVII d.C., tenta-se desenvolver modelos experimentais sensíveis e de fácil reprodutibilidade. Diferentes espécies animais foram utilizadas porém, o modelo experimental por contusão medular em queda de peso idealizado inicialmente por Allen (1911 e 1914) apud 1 alicerçou vários estudos sobre lesão medular 3-5. Resultados contraditórios quanto ao método, ao tipo animal e a análise estatística dificultam a reprodutibilidade entre laboratórios. Os métodos de avaliação comportamental, as definições e os critérios para a avaliação da capacidade locomo- tora dos ratos variam consideravelmente na literatura -6. . A análise do comportamento funcional após lesão medular deve ser realizada de maneira sistematizada afim de avaliar a sensibilidade à pequenas alterações de forma reprodutível e com isso demonstrar o processo de recuperação fisiopatológica e eficácia terapêutica (7,8). Testou - se a sensibilidade e a reprodutibilidade da escala funcional de Basso, Beattie e Bresnahan Caixa confeccionada em vidro transparente (80X80X30cm) com fundo e a parede superior forradas com materiais em cor azul (escala BBB) para a avaliação da marinho para proporcionar alto contraste com a cor branca capacidade locomotora em ratos dos ratos. Em detalhe, o posicionamento das três câmeras digitais para a filmagem silmultânea da motricidade após lesão medular. dos ratos no 28º dia pós-operatório. Submeteu-se neste estudo, resultados funcionais e da reprodutibilidade 30 ratos Wistar, machos, à laminectomia e à através de testes não paramétricos de correlação. contusão medular leve, moderada e grave Conclui-se que a escala BBB apresenta: a) produzida por equipamento computadorinas lesões leves sensibilidade satisfatória e zado de impacto por queda de peso desenvolvido pela Universidade de Nova Iorque (NYU WeightDrop Impactor). No 28º dia após a contusão medular, cada rato foi colocado numa caixa transparente (80x80x30cm), forrados com material antiderrapante azul e estimulado à se movimentar. A movimentação foi registrada, simultaneamente, por 3 câmeras digitais e após a edição, cópias idênticas dos filmes foram encaminhadas à seis pesquisadores independentes, sem a informação sobre a gravidade da lesão correspondente de cada rato, para a determinação da capacidade locomotora segundo a escala funcional de Basso, Beattie e Bresnaham. A escala de Basso, Beattie e Bresnahan (BBB) (13,14) é uma escala semi-quantitativa, baseada na resposta locomotora de ratos, e que atribui uma pontuação de zero à vinte e um. Notou-se que há sensibilidade do método para detectar diferenças entre os resultados das patas do lado esquerdo e direito, entre às lesões leves, moderadas e graves, e que há diferença entre os avaliadores através de comparações dos elevada reprodutibilidade; b) nas lesões moderadas sensibilidade insatisfatória e reprodutibilidade satisfatória; c) nas lesões graves sensibilidade insatisfatória e redução da reprodutibilidade. REFERÊNCIAS: arlov IM, Klinger H 1- TTarlov H.. Spinal cord compression studies: III.Time limits for recovery afler acute compression in dogs. Arch. Neurol. Psychial. 1954;71: 588-97. 2- Rivlin AS ator CH AS,, TTator CH.. Regional spinal cord blood flow in rats after severe cord trauma. JJ.. Neurosurg Neurosurg.. 1978b;49:844-53. erraro A A.. Experimental medullary concussion of the spinal 3- FFerraro cord in rabbits . Histologic study of the early stages. Arch. Neurol. Psychiat. 1927;18:357-73 1927 apud Y eo JD 1976, p. 1-11. 4Yeo Kajiwara K K.. An experimental study on the spinal cord injuries. Juntendo Med. JJ.. 1961;7:612-8. 5- Means ED ED,, Anderson, DK DK,, Waters TR, K al LL.. Effect of methylprednisolone in compression Kal trauma the feline spinal cord. JJ.. Neurosurg Neurosurg.. 1981;555:200-8. ouad K 6- Metz GAS GAS,, Merkler D D,, Dietz V V,, Schwab ME ME,, FFouad K.. Efficiente testing of motor function in spinal cord injured rats. Available from: http://w ww .neuroinvestigations.com/publications/ ww.neuroinvestigations.com/publications/ Gmpaper3-17.doc.2000. 7- Rodrigues NR. PPadronização adronização da lesão na medula espinhal em ratos Wistar(tese).São PPaulo: aulo: faculdade de Medicina Universidade de São PPaulo; aulo; 1999. 8Molina AEIS ilho TEP. Análise comparativa da avaliação AEIS,, Barros FFilho funcional realizada na lesão medular em animais. Acta Ortop. Bras. 2004;2:35-46. 13- Basso DM, Beattie MS MS,, Bresnahan JC. Graded histological and locomotor outcomes after spinal cord contusion using the NYU wegthdrop device versus transection. wegth-drop Exp. Neurol. 1996a;139:244-56. 14- Basso DM, Beattie MS MS,, Bresnahan JC. A sensitive and reliable locomotor rating scale for open field testing in rats. JJ.. Neurotrauma. 1995;12:1-21. Folha de Ortopedia e Traumatologia - IOT 9 Grupo de Quadril Alternativas na Revisão Acetabular Prof. Alberto Tesconi Croci Chefe do Grupo de Quadril do IOT HC FMUSP “Quem se propõem a atuar na área de reconstrução articular, precisa ter o conhecimento das várias possibilidades para as revisões de artroplastia, já que muitas vezes os casos são diversos e distintos e não seria possível usar apenas uma só técnica para todos os casos”. N os últimos anos houve um elevado número de indicações para a artroplastia total de quadril, muitas delas indicadas para pacientes jovens, com maior atividade física ou mesmo em algumas situações onde não puderam ser realizadas outras cirurgias alternativas. As solturas das próteses, sejam elas assépticas ou sépticas, constituem um grande problema para quem atua na área. Com a necessidade de novas intervenções para troca dos componentes da prótese e, muitas vezes, há a necessidade de utilizarmos vários métodos conforme o tipo de perda óssea. Quem se propõem a atuar na área de reconstrução articular, precisa ter o conhecimento das várias possibilidades para as revisões de artroplastia, já que muitas vezes os casos são diversos e distintos e não seria possível usar apenas uma só técnica para todos os casos. Com o problema existente, novos materiais foram desenvolvidos possibilitando as reconstruções, inclusive a necessidade do desenvolvimento dos Bancos de Tecidos, visando aumentar a massa óssea que fora perdida na evolução da artroplastia primária. Assim, abordaremos as possibilidades da revisão na soltura acetabular. O diagnóstico da soltura deve ser feito através de radiografias seriadas no Figura 1 - Raios-X pré-operatório, paciente com 64 anos, 10 de ATQ Perda óssea com descontinuidade pélvica (IV). 10 Maio - Agosto 2007 acompanhamento dos pacientes submetidos às artroplastias primárias do quadril. Para as próteses cimentadas levamos em consideração as zonas de radiolucência existentes ao redor do componente acetabular, que não deve exceder dois milímetros em qualquer das zonas. do material principalmente com relação ao acetábulo da fratura e migração dos parafusos de fixação do componente. Na soltura e com a presença dos "debris" gerados do desgaste há perda óssea que pode ser variável para cada caso. Procuramos em nosso Grupo classificá-la pela AAOS como sendo do tipo I quando cavitária que pode ser periférica ou central, do tipo II segmentar que também pode ser periférica ou central, do tipo III combinada Figura 2 - Raios-X pós-operatório, com anel de reforço e aloenxerto. (com os dois anteriores), do tipo IV descontinuidade pélvica quando há uma dissociação do ilíaco e do restante da bacia, e do tipo V quando há artrodese, neste caso considerado perda óssea quando na necessidade de se fazer a artroplastia temos que desfazer a Outro fato que deve ser notado é a migração da taça e do cimento nas radiografias artrodese com osteotomias de ressecção. As técnicas mais utilizadas em nosso meio para revisão do acetábulo são a Técnica de Exeter, o Aloenxerto de Banco estruturado, a fixação acetabular sem cimento, as taças ditas gigantes ("Jumbo Cups"), as taças duplas ou oblongas e seriadas, sempre fazendo a comparação com a radiografia inicial do procedimento. Ainda podemos ter na radiografia dados sobre a fadiga, a quebra do material, a modificação da inclinação da taça e, como sinal de certeza sobre a soltura, temos a fratura do manto de cimento os anéis de reforço ("Rings"). Para a realização da técnica de Exeter devemos ter o enxerto ósseo Alógeno de Banco que repõe a massa óssea perdida e repara o defeito existente. Além da necessidade de telas especiais de fundo e de borda do acetábulo que que indica que há movimento naquele local. Outros métodos radiográficos que podem ser empregados seriam a Artrografia e a Arteriografia, mas ainda com indicações contraditórias, sendo esta última empregada nos casos onde o componente acetabular está dentro fixadas com parafusos contém e fixam o enxerto utilizado impactado. da pelve no intuito de estudar a relação da taça com os vasos pélvicos, evitando-se eventuais acidentes intra-operatórios com sangramentos muitas vezes difíceis de serem estancados. Nas próteses não cimentadas a radiolucência é menos significativa do que nas cimentadas, devendo-se levar em conta na análise da soltura a migração dos componentes também com a comparação seriada com a radiografia inicial, a inclinação da taça e a fadiga “Podemos ter na radiografia dados sobre a fadiga, a quebra do material, a modificação da inclinação da taça e, como sinal de certeza sobre a soltura, temos a fratura do manto de cimento que indica que há movimento naquele local”. Folha de Ortopedia e Traumatologia - IOT 11 Grupo de Quadril Posteriormente, a taça acetabular é posicionada e fixada com cimento ortopédico, devendo-se fazê-lo com a maior pressurização para termos uniformidade da manta de cimento. Esta técnica pode ser empregada em nosso Grupo nas falhas dos tipos I, II e III (AAOS), principalmente em pacientes que ainda necessitarão de outros procedimentos nas futuras revisões, pois incrementa naquele local a massa óssea. Não deve, a nosso ver, ser empregada nas falhas do tipo IV ou dissociações pélvicas, Figura 3 - Detalhe cirúrgico da fixação do aloenxerto pois as telas não são dotadas de e anel de reforço na descontinuidade pélvica. resistência suficiente para a síntese da descontinuidade. O aloenxerto estruturado é empregado em contato com o osso do paciente em 50% de sua falhas cavitárias e segmentar, principalmente área total). supra acetabulares, onde um bloco de osso de Banco é moldado e fixado com osteossíntese convencional através de parafusos. Em seguida é feita a fresagem do novo acetábulo como nas artroplastias primárias e fixado o componente que pode ser cimentado ou não. A nosso ver, nas não A fixação do acetábulo sem cimento deve ter como condições para a sua indicação e realização um bom leito ósseo para que ocorra a osteointegração, onde o componente tem que possuir superfície porosa ou ser do tipo "Plasma cup". O implante depois de colocado precisa estar cimentadas a superfície do bloco em contato com a prótese não deve exceder 40-50% (devendo o componente acetabular sem cimento estar em estável por si só e não confiar que isto possa ser substituído pela fixação dos parafusos simplesmente. Em nosso Grupo contra indicamos nos casos de tumores, doenças osteometabólicas, campo cirúrgico previamente irradiado, perdas extensas mediais (normalmente recomendamos “O aloenxerto estruturado é empregado em falhas cavitárias e segmentar, principalmente supra acetabulares, onde um bloco de osso de Banco é moldado e fixado com osteossíntese convencional através de parafusos”. 12 Maio - Agosto 2007 como limite a imagem da lágrima) ou perdas ósseas tipo IV. As taças gigantes são normalmente denominadas para aquelas onde o diâmetro exceda 60 milímetros e, para alguns casos, possibilitam uma técnica mais rápida para ser executada. Há que se ter em mente que o planejamento pré-operatório é importante para definir o tamanho possível da taça. Não devemos esquecer de que a medida do comprimento crânio-caudal do acetábulo pode ser muito superior à medida do comprimento ântero-posterior, onde na fresagem "Os anéis de reforço acetabular ou "Rings" são indicados pelo Grupo nos casos de dissociação pélvica ou perdas tipo IV da AAOS em associação com aloenxerto de Banco, estruturado e picado". haveria perda da parede anterior, posterior ou ambas, inviabilizando a técnica. Para este planejamento utilizamos a projeção radiográfica de falso perfil de Lequesne. As taças duplas ou oblongas podem ser utilizadas nos defeitos ósseos dos acetábulos superiores, onde o defeito ósseo é substituído pelo componente metálico que é aparafusado superiormente após dupla fresagem, ou seja, do acetábulo na sua posição, calculado o centro de rotação da cabeça femoral e do defeito superior com o mesmo diâmetro, só que em geral mais 30 graus do que a inclinação desejada (por exemplo, se a inclinação desejada for 45 graus o defeito é fresado em 75 graus). Os anéis de reforço acetabular ou "Rings" são indicados pelo Grupo nos casos de dissociação pélvica ou perdas tipo IV da AAOS em associação com aloenxerto de Banco, estruturado e picado. O defeito maior e em geral superior ou póstero-superior é preenchido com um bloco de aloenxerto moldado de maneira a prover suporte do anel de reforço e, em geral, fixado com parafusos de grandes fragmentos. Devemos lembrar que a maioria dos anéis existentes tem lado direito e esquerdo e estes são fixados no ísquio e ilíaco por parafusos também de grandes fragmentos. A moldagem dos anéis depende de cada caso e o cirurgião precisa ter experiência e noção espacial, tanto da inclinação como anteversão do acetábulo para a sua colocação. Posteriormente à fixação, todos os espaços são preenchidos com aloenxerto picado e impactado, uniformizando a perda óssea. Os anéis em realidade fazem a síntese e fechamento da descontinuidade pélvica. No final, uma taça de polietileno é cimentada por dentro do anel na posição de inclinação e anteversão desejada. Lembrar que a manta de cimento deve ter no mínimo dois milímetros de espessura, de tal maneira que a taça seja quatro números menores do que o tamanho do anel de reforço (por exemplo, um anel de 52 milímetros terá uma taça de número 48). Em tudo o que foi exposto, o mais importante é evitar as perdas ósseas catastróficas, fazendo Figura 4 - Detalhe cirúrgico da taça de polietileno cimentada no anel de reforço. diagnóstico precoce da soltura, onde técnicas mais simples de revisão possam ser empregadas. Folha de Ortopedia e Traumatologia - IOT 13 Teses Defendidas Teses e dissertações defendidas no Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo no primeiro semestre de 2007 SANDRA UMEDA SASAKI Sasaki SU. Estudo biomecânico comparativo, em cadáveres, da reconstrução do ligamento cruzado anterior do joelho com técnica convencional e com túneis duplos tibiais e femorais [tese]. São Paulo: Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo; 2007. Orientador: Roberto Freire da Mota e Albuquerque OBJETIVO: comparar a técnica de reconstrução convencional do LCA com enxerto patelar e feixe único com a técnica com enxerto patelar bipartido e quatro túneis ósseos, através de um estudo experimental biomecânico em joelhos de cadáveres com testes pareados, sem variação na quantidade de enxerto utilizada em ambas as técnicas. INTRODUÇÃO: As lesões do ligamento cruzado anterior (LCA) do joelho são comuns principalmente na prática esportiva, e o tratamento cirúrgico de reconstrução com o uso de enxertos autólogos, pelos bons resultados alcançados, um consenso na literatura mundial. As controvérsias ficam por conta das variações que podem apresentar a técnica deste procedimento, na busca constante pelo aperfeiçoamento da mesma. Uma delas encontra-se na troca da tradicional reconstrução de feixe único do LCA pela reconstrução dos dois feixes, visando uma maior semelhança com a anatomia do LCA original. Recentemente, a tendência nesta técnica é pela passagem dos enxertos por dois túneis femorais e dois túneis tibiais. MÉTODOS: Nosso estudo foi realizado em joelhos de cadáveres (18 joelhos de 9 cadáveres), todos do sexo masculino, com idade variando entre 44 e 63 anos. Estas peças foram divididas aleatóriamente, 14 Maio - Agosto 2007 sempre em pares, nos grupos A, de joelhos operados com a técnica de reconstrução do LCA com único feixe, e grupo B, de joelhos operados com a técnica de reconstrução com duplo feixe e quatro túneis ósseos. Cada espécime foi submetido a testes biomecânicos nas condições LCA íntegro, lesado e operado, com registro de dados de Deslocamento Anterior Máximo (DTAM), Rigidez Média (R) e Rotação Tibial Interna Passiva (RIT), sob força de 100N de deslocamento tibial horizontal, a 30°, 60° e 90° de flexão dos joelhos. RESULTADOS: Não houve diferenças significativas, pelo método de Análise de Variância de grupos, entre as duas técnicas tanto para medidas de DTAM em 30°(p=0,47), 60°(p=0,59), 90°(p=0,27); como para R em 30° (p=0,93), 60° (p=0,97), 90° (p=0,45); e RIT em 30° (p= 0,59), 60° (p=0,67) e 90° (p=0,74). CONCLUSÕES: Em nosso estudo, a técnica de reconstrução dos dois feixes do LCA com enxerto patelar e quatro túneis têm comportamento biomecânico semelhante ao da reconstrução do LCA com enxerto patelar de feixe único, sob os aspectos de deslocamento anterior tibial, rigidez e rotação tibial passiva, durante o movimento de deslocamento anterior tibial com força constante superiores em reconstruções com dupla banda, duplo túnel tibial e femoral em 24 meses de seguimento. LUIZ AUGUSTO UBIRAJARA SANTOS Santos LAU. Efeito da utilização de plasma rico em plaquetas na osteointegração dos enxertos ósseos homólogos criopreservados: estudo histomorfométrico em coelhos [dissertação]. São Paulo: Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo; 2007. Orientador: Alberto Tesconi Croci A s perdas ósseas em alguns seguimentos do sistema músculoesquelético têm sido motivo de grande preocupação na área da Ortopedia e Traumatologia. Propostas de tratamentos com uso de enxertos e fatores de crescimento são descritas ao longo dos anos. Neste estudo avaliamos o efeito do plasma rico em plaquetas - PRP na fase inicial do processo de osteointegração de enxertos ósseos homólogos criopreservados a - 80 °C, em forma de blocos, implantados no côndilo femoral de coelhos. Operamos 19 animais (38 fêmures), onde ambas as técnicas foram aplicadas no mesmo animal em lados alternados. De um lado aplicamos o aloenxerto isolado (Lado 1) e no outro associamos o aloenxerto ao PRP (Lado 2). Após 15 dias, os animais foram sacrificados e os côndilos femorais com as áreas de enxertia analisados pela histomorfometria com o método semiautomático. Não observamos efeito do plasma rico em plaquetas nas áreas de enxertias dos aloenxertos, pois a comparação dos parâmetros histomorfométricos estruturais, de formação e reabsorção não mostraram diferenças significativas. ROGÉRIO MEIRA BARROS Barros, R.M. Avaliação biomecânica comparativa entre a reinserção de tendões por meio de canaleta óssea e de âncora: estudo experimental em coelhos. [dissertação]. São Paulo: Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo; 2007. Orientador: Arnaldo Amado Ferreira Neto INTRODUÇÃO: A reinserção de tendão do manguito rotador desperta muito interesse de pesquisadores na busca da técnica menos agressiva e que possibilite maior resistência ao reparo. Neste trabalho avaliamos comparativamente através da cirurgia experimental a reinserção de tendão feita por canaleta óssea e por âncora em diferentes fases de cicatrização. MATERIAL E MÉTODO: Foram utilizados 24 coelhos da raça Nova Zelândia Albino, dois como piloto, quatro como grupo controle e 18 como grupo experimento. Os 18 animais foram submetidos à secção e reinserção do tendão calcâneo bilateralmente com as técnicas de canaleta óssea de um lado e âncora do outro. Todas as patas operadas ficaram imobilizadas por três semanas. O grupo experi- mento foi dividido em 3 grupos de animais em que a eutanásia foi realizada com três, seis e outro com 12 semanas. O complexo tendão-osso foi submetido a estudo biomecânico, sendo avaliado os parâmetros da força máxima, rigidez e força no limite de proporcionalidade. RESULTADO: Não houve diferença estatistica-mente significante em relação à força no limite de proporcionalidade, rigidez e força máxima entre o grupo da âncora com o grupo da canaleta óssea nos períodos estudados. CONCLUSÃO: a técnica da âncora se mostrou semelhante à técnica da canaleta óssea nos parâmetros estudados. Folha de Ortopedia e Traumatologia - IOT 15 Teses Defendidas JOSÉ LUIZ POZO RAYMUNDO Raymundo JLP. Efeitos da radiofreqüência nas características mecânicas da cápsula anterior do ombro de coelhos [tese]. São Paulo: Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo; 2007. Orientador: Olavo Pires de Camargo INTRODUÇÃO: A literatura mostra a utilização da radiofreqüência como alternativa em casos de redundância ou frouxidão de tecido, podendo ser empregada como solução em alguns casos de instabilidade de ombro. O presente estudo avalia os efeitos mecânicos da radiofreqüência em cápsulas anteriores de ombros de coelhos vivos. MÉTODOS: O estudo é comparativo e randomizado, tendo sido realizado em trinta e sete ombros de coelhos, machos, da raça Nova Zelândia, na faixa etária de 4 - 6 meses, com peso médio de 3kg 250mg, criados para o projeto e mantidos no Biotério Central da Universidade Federal de Pelotas - UFPEL - RS. O trabalho consta de dezoito ombros do grupo controle sendo estes abertos para gerar instabilidade e não submetidos ao procedimento de radiofreqüência; e dezenove ombros do grupo experimento (radiofreqüência), abertos para gerar instabilidade e submetidos à radiofreqüência com tempo fixado em 7segundos numa temperatura fixa de 650C, com tecido embebido em solução salina. Após cinqüenta dias de pós-operatório, os animais foram levados à eutanásia. O material foi mantido em -21,40C por quinze dias e, após transportado para o Laboratório de Investigação Médica 21 da Universidade de São Paulo - USP - SP, para avaliação de nove variáveis: altura, comprimento inicial sem carga, área da cápsula, força máxima, deformação máxima, tensão máxima, deformação relativa, rigidez e módulo de elasticidade. RESULTADOS: Foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre os grupos controle e o grupo radiofreqüência, para as variáveis força máxima e rigidez (p<0,05), sendo maiores em média, no grupo controle. CONCLUSÃO: Desse modo a força máxima e a rigidez da cápsula anterior de ombros de coelhos vivos, submetidas à radiofreqüência em um único ponto, diminui após cinqüenta dias. MARIA LUIZA LOTUMULO AMATUZZI Amatuzzi MLL. Avaliação dos artigos publicados na área de Ortopedia e Traumatologia nos anos de 2004 e 2005 [tese]. São Paulo: Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo; 2007. Orientador: Luiz Eugênio Garcez Leme A autora avaliou a qualidade dos artigos publicados na literatura brasileira, na área de Ortopedia e Traumatologia. Foi feita a revisão de todos os artigos constantes dos sumários da Acta Ortopédica Brasileira e da Revista Brasileira de Ortopedia, em seus fascículos publicados nos anos de 2004 e 2005. Considerou que o conteúdo dessas duas revistas retrata a produção científica nacional na área e que sua análise pode responder ao objetivo do trabalho. Após o levantamento da literatura, foi escolhida a classificação de Cook adaptada por Atallah para a classificação dos artigos por Nível de 16 Maio - Agosto 2007 Evidência. Foi utilizada a lista de Atallah para a avaliação metodológica para trabalhos sobre terapêutica, etiologia e diagnóstico. Os artigos de ciência básica foram avaliados por suas características metodológicas e classificados por parâmetros representativos de seu nível e utilizados formulários preenchidos por dois avaliadores. Foram aplicados cálculos de estatística descritiva. A autora conclui que a qualidade metodológica dos artigos publicados nas revistas analisadas é inadequada e tem baixo Nível de Evidência. CAIO GONÇAVES DE SOUZA Souza CG. Análise histomorfométrica do colo femoral em pacientes com e sem fratura do colo do fêmur [tese]. São Paulo: Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo; 2007. Orientador: Alberto Tesconi Croci quadril. O exame de densitometria óssea não mostrou diferença significativa. Na espessura média das trabéculas não houve diferença significativa, porém o número de trabéculas foi menor e a separação entre elas foi maior no grupo com fraturas. Unidade na comunicação visual Nova identidade F oi analisada a parte trabecular do colo do fêmur de 13 pacientes do sexo feminino, com idade acima dos 60 anos, com o método da histomorfometria óssea. Sete destas pacientes tiveram fratura do colo do fêmur. Todas foram submetidas a artroplastia do O Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo optou por uma identidade visual padrão para as aulas, banners e apresentações em cursos e congressos nacionais e internacionais. Assim, teremos uma única identidade quando se tratar de algo relacionado a nossa instituição. Tal iniciativa facilitará o reconhecimento de trabalhos relativos ao DOT. Os layouts estão disponíveis na sala B327, 3º andar do IOT. Folha de Ortopedia e Traumatologia - IOT 17 Disciplinas Disciplinas ministradas no curso de Pós-Graduação de Ortopedia e Traumatologia 2º SEMESTRE DE 2007 Coordenador: Prof. Olavo Pires de Camargo COD DOCENTE DISCIPLINA MOT 5739 Prof. Roberto Guarniero Dr. Antonio Egydio de Carvalho Jr. MOT 5727 Prof. Alberto Tesconi Croci Prof. Arnaldo José Hernandez Ensaios Clínicos das Deformidades Congênitas e do Desenvolvimento Músculo-esquelético Metodologia para Ensaios Biomecânicos MOT 5728 Prof. Roberto Guarniero Prof Rames Mattar Junior Estudo do trabalho Científico em Medicina: CRED/PERÍODO Cursos 2007 Linguagens, Formatos e Conteúdos da Pesquisa em Ortopedia e Traumatologia Cursos programados para 3 créditos 02/08 a 17/08 02, 03, 09, 10, 16 e 17/08 5ªs e 6ªs feiras - 8 às 12h 3 créditos 13/09 a 28/09 13, 14, 20, 21, 27 e 28/09 5ªs e 6ªs feiras - 8 às 12h 3 créditos 04/10 a 25/10 04, 05, 11, 18, 19 e 25/10 5ªs e 6ªs feiras - 8 às 12h 2007 PÚBLICO ALVO Profissionais da Saúde DATA 03 e 04/08 TEMA 10 e 11/08 Curso de Revisão em Artroplastia do Quadril Dr. Antonio Carlos Bernabé Médicos 17 e 18/08 Curso de Reciclagem e Atualização em Cirurgia da Mão e Microcirurgia Reconstrutiva Prof. Arnaldo Valdir Zumiotti Médicos 24 e 25/08 Curso de Medicina do Esporte Dr. Arnaldo José Hernandez Profissionais da Saúde 31/08 e 01/09 Curso de Geriatria Profª Clara de Rosa Carelli Profissionais da Saúde 14 e 15/09 Navegação na Artroplastia do Joelho Dr. José Ricardo Pécora Médicos 19 e 20/10 Curso de Próteses Dr. André Pedrinelli Profissionais da Saúde 26 e 27/10 Curso do Joelho Dr. Pécora / Fts. Cleidnéia e Aline Profissionais da Saúde Curso Avanços e Controvérsias em Cirurgia de Coluna (Centro de Convenções Rebouças) Dr. Alexandre Fogaça Cristante Para Maiores informações: Centro de Estudos Godoy Moreira • CEGOM Telefone: 11-3086-4106 • FAX: 11-3086-4105 • E-mail: [email protected] 18 Maio - Agosto 2007 Anúncio 02