Boa leitura! - Núcleo de Estudos Espíritas "Amor e Esperança"
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Boa leitura! - Núcleo de Estudos Espíritas "Amor e Esperança"
Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” – Ano 14 – nº 119 Distribuição Gratuita Charles Robert Richet e o Princípio da Nova Era Destaques: 2a parte Aborto Dia dos Pais Repúdio ao “Pau no Gato” Características da Perfeição Filhos crescidos: o que fazer? Não Violência - Movimentos Sociais Livros: Vozes do Grande Além; Encontro de Paz; Atenção; Dinheiro PROIBIDA A VENDA Editorial editorial Após Allan Kardec codificar a Doutrina Espírita, utilizou-se dos meios que possuía para poder divulgá-la e torná-la compreensível para os interessados que procuravam as reuniões da Sociedade Espírita Parisiense em busca de informações e esclarecimentos sobre a “nova” doutrina que surgia. Estes meios consistiam em palestras com exposição oral dos temas, correspondências que eram trocadas com pessoas de várias partes do mundo e livros que eram enviados (principalmente O Livro dos Espíritos) pelo correio. Após o início da divulgação, Allan Kardec “enxergou” a necessidade de que esta divulgação fosse mais dinâmica, que abordasse temas variados que eram suscitados, tendo em vista os conceitos expostos nas obras lançadas (O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo, A Genese e O Céu e o Inferno). Desta forma, lançou a Revista Espírita. Como vemos o Codificador deixou claro em vários momentos que temos que estar sempre atentos para as necessidades de atingir as pessoas com diferentes meios de comunicação, não achando que as “modernidades” que aparecem não se coadunam com a Doutrina Espírita. Muito ao contrário, o Espiritismo é uma doutrina que deve acompanhar a evolução da Humanidade, com tudo o que ela traz de novo. Abordamos este assunto, pois nas últimas décadas, surgiram tecnologias que podem auxiliar na divulgação da Doutrina Espírita, tais como a Internet e as redes sociais; como também temos muito instrumento novo que pode auxiliar nas palestras e formas de expor os temas espíritas a serem discutidos nas reuniões públicas. A Doutrina Espírita não afasta as novidades, quando se trata de melhorar a sua divulgação, a única ressalva é de que devemos estar sempre atentos às novidades doutrinárias que estão em dissonância com o que se encontra nos livros da Codificação acima citados. Inclusive, devemos citar que, para as novas gerações de crianças e jovens, que reencarnam com uma maior capacidade de questionamento, não podemos ficar somente na exposição oral. É necessário usar da linguagem que eles entendem, ou seja, usar dos variados recursos da informática, tornando o assunto mais atual, sem nunca perder a essência. Além de consoladora, a Doutrina Espírita deve ser atual, abordando os temas que as pessoas querem ver sendo discutidos à luz do Cristianismo. Agindo assim, estaremos aproximando as pessoas e, principalmente, os jovens de Deus e de Jesus, fazendo-os ver que dá para ser atual, moderno, sem perder a essência do “amai-vos uns aos outros, como eu vos amei”. A equipe do Seareiro Índice Grandes Pioneiros: Charles Robert Richet e o Princípio da Nova Era 2ª parte - p. 3 Atualidade: Não Violência - Movimentos Sociais - p. 7 Pegadas de Paulo de Tarso: Pegadas de Paulo de Tarso - p. 8 Kardec em Estudo: Características da Perfeição - p. 9 Livro em Foco: Vozes do Grande Além - p. 10 Canal Aberto: Esperanto e Espiritismo - p. 10 Aborto: Aborto - p. 12 Família: Filhos crescidos: o que fazer? - p. 13 Clube do Livro: Encontro de Paz; Atenção; Dinheiro - p. 14 Ciência, Filosofia e Espiritismo: Ciência e Espiritismo - p. 14 Homenagem: Dia dos Pais - p. 15 Contos: A Galinha Afetuosa - p. 16 Cantinho do Verso em Prosa: Rogativa - p. 17 Aconteceu: Atividades: Junho, Julho e Agosto - p. 18 Tema Livre: Desculpemos - p. 19; Repúdio ao “Pau no Gato” - p. 19 2 Publicação Trimestral Doutrinária-espírita Ano 14 – nº 119 Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” CNPJ: 03.880.975/0001-40 Inscrição Estadual: 146.209.029.115 Seareiro é uma publicação trimestral, destinada a expandir a divulgação da Doutrina Espírita e a manter o intercâmbio entre os interessados em âmbito mundial. Ninguém está autorizado a arrecadar materiais em nosso nome, a qualquer título. Conceitos emitidos nos artigos assinados refletem a opinião de seu respectivo autor. Todas as matérias podem ser reproduzidas, desde que citada a fonte. Direção e Redação Rua dos Marimbás, 220 Vila Guacuri São Paulo – SP – Brasil CEP: 04475-240 Tel: (11) 2758-6345 E-mail: [email protected] Site: www.espiritismoeluz.org.br Conselho Editorial Reinaldo Gimenez Rosangela Araújo Neves Silvana S.F.X. Gimenez Vanda Novickas Wilson Adolpho Revisão Conselho Editorial Jornalista Responsável Eliana Baptista do Norte Mtb 27.433 Diagramação e Arte Reinaldo Gimenez Silvana S.F.X. Gimenez Imagem da Capa Criação a partir de: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/ b1/Charles_Robert_Richet_3.jpg Impressão Pauliceia Gráfica e Editora Ltda. Rua Terceiro Sargento João Lopes, 138 – São Paulo – SP (11) 2631-9308 CNPJ: 05.497.861/0001-40 Tiragem 9.000 exemplares Distribuição Gratuita Grandes Pioneiros grandes pioneiros Charles Robert Richet e o Princípio da Nova Era - 2a parte A Espiritualidade Superior continuava a exercer a obediência às Leis Soberanas do Criador, para levar em frente o progresso da Humanidade. Assim sendo, os ideais dos grandes filósofos e pensadores, sob o lema “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, deram ênfase para que a codificação da Doutrina Espírita, surgisse em meados do século XIX. O Iluminismo e a Revolução Francesa conseguiram colocar um fim nos horríveis acontecimentos da Inquisição, durante a qual a intolerância religiosa causara tantas vítimas, como a chacina de São Bartolomeu, na noite de 24 de agosto de 1572. Muitos foram os Espíritos convocados para o despertar da Nova Era, e os fenômenos das mesas girantes agitavam os meios sociais dos intelectuais, pela Europa e nos Estados Unidos. E do Mundo Espiritual Superior, fora esse o ponto de partida para o início da comunicação dos Espíritos desencarnados com os encarnados no plano físico. Certo é que algumas pessoas, como no caso das mesas girantes, não levavam a sério esses acontecimentos. Outros interpretavam-no como uma manifestação maléfica, algo que pudesse significar o fim do mundo. Outros julgavam ser charlatanismo, para se ganhar prestígio e meios para viver sem fazer esforço algum. Levitação de uma mesa na residência de Camille Flammarion em 25/11/1898 – Médium Eusapia Paladino Nesse período de muita confusão, descrença e materialismo, é que reencarna, no dia 26 de agosto de 1850, em Paris, capital da França, Charles Robert Richet. Seus genitores foram o famoso cirurgião e professor catedrático da Faculdade de Medicina de Paris, o doutor Louis Dominique Alfred Richet e sua esposa, a senhora Eugénie Renouard. Charles Richet reencarnava preparado para, no futuro, dar sequência aos estudos sobre a imortalidade da alma. Sua vida juvenil, portanto, foi claramente objetivada para os estudos, em que sua inteligência se fazia notar no campo das letras. A filosofia e a sociologia o atraíam profundamente. Mas a influência e o incentivo paternal sobre a medicina o deixavam em dúvida na escolha do caminho a seguir. Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” Com o intelecto bem desenvolvido e a assistência paternal, conseguiu rapidamente o diploma de médico, com brilhantismo para o orgulho dos pais, que tinham certeza de que ele honraria o título de médico, consciente de seus atos em salvar vidas. Charles Richet obtivera, da Espiritualidade, um lar de segurança em todos os sentidos, de educação e firmeza de caráter. O avô do lado materno fora um famoso jurista e Conselheiro do Tribunal de Cassação da França. Charles Renouard, de quem herdara o prenome, foi um homem contrário a toda ideia de violência. Por seu ideal humanitário, todos os problemas que surgiam em suas mãos eram solucionados com a mais absoluta seriedade e paciência. Com esse exemplo Charles Richet, neto, aprendeu a ver e a sentir as dores dos semelhantes, como se fossem as suas dores, e isto o fez tornar-se um grande pacifista e prudente com a saúde daqueles que precisavam de seus préstimos. Durante o período de seus estudos na Faculdade ou Lycie Bonaparte, interessou-se também pela literatura e ciências. Seu espírito ávido de saber o fez cursar com mais profundidade, as aulas sobre ciências, nas quais se diplomou como doutor. Isto lhe deu a oportunidade de investigar mais a formação do corpo humano, seu funcionamento, como surgiam as moléstias, sua cura e profilaxia. Richet, como grande pesquisador, mostrava através das suas investigações, o porquê dos acontecimentos com pacientes internados por quadros patológicos indecifráveis, nos quais ele procurava a verdadeira causa. Por exemplo, a tuberculose. Essa doença era a condenação para o paciente portador dessa moléstia. Fechado no laboratório junto com outros cientistas, descobriu que o plasma sanguíneo retirado por pressão e maceração da carne bovina crua, apresentava grandes melhoras no doente. Naturalmente depois de muitas aplicações nas cobaias escolhidas por eles. A este tratamento surgiu o nome de zomoterapia. Outro estudo que chamou à atenção de Richet no campo da fisiologia, foram as perturbações noturnas, como o sonambulismo, que muitas pessoas apresentavam. Esta seria a primeira experiência no campo espiritual, que, para ele, ainda estava muito distante de sua compreensão ligada, por ora, só à matéria. Richet já havia ouvido rumores sobre as mesas girantes e os fenômenos mediúnicos relacionados às irmãs Fox, na cidade de Hydesville. Por essa época, Richet estava muito voltado à sociologia, queria ele entender todos os distúrbios pessoais, pelo estudo da mente humana, não do que fosse irreal. Esse novo conhecimento, descortinado pelas experiências científicas, era para ele um campo imenso de investigações, à luz da razão. Através de uma tese doutoral, demonstrou que os nervos sensoriais, por vezes, eram impedidos pela circulação sanguínea a chegar à periferia central do cérebro, causando, 3 dessa forma, a morte dos neurôo saber de que as investigações nios, prejudicando o raciocínio. em torno da Anafilaxia teriam lugar de destaque na patologia dos Muitas foram as descobertas últimos tempos, para a formação sobre moléstias infecciosas que dos futuros médicos, que pretenRichet fez, e, junto a outros ciendessem atuar no campo de novas tistas, elaborou as medicações pesquisas. preventivas e até curativas, em alguns casos, não tão graves. A descendência familiar de Charles Richet vem de seu maDescobriu as propriedades diutrimônio com a senhorita Amélie réticas da lactose e o tratamento Aubry, que lhe deu a grande aleda epilepsia. Investigando cautegria de formar uma bela família. losamente o processo da cor alteTiveram sete filhos: Georges, rada da ureia, através do fígado, Louise, Jacques, Charles, Adèchegou ao experimento da soroCasa da Família Fox – Hydesville – Estados Unidos – 1848 le, Albert e Alfred. E mesmo em terapia, aplicando esse soro nos meio a tantos afazeres, ele conseguia pardoentes em estado de convulsão. Richet ticipar e colaborar com a esposa na edufoi o descobridor do soro, aplicado em cocação dos filhos. Não havia impedimentos baias nos laboratórios, com recursos aquoem sua agenda de trabalho. Procurava sos das próprias cobaias, elementos esses estar sempre presente no lar, onde muitas produzidos pelo próprio organismo. No considerações ele fazia em torno de suas caso da epilepsia, foram usados elementos pesquisas e a grande atração pela medicido próprio organismo humano. na e do desvendar dos mistérios do corpo Naturalmente na medicina atual os prohumano. De todos os filhos, o mais checessos são outros, mas na época passada, gado a Richet, era Charles. Com o temos esforços feitos para se obterem remépo e a afinidade pela profissão paterna, dios para combater as moléstias eram muiCharles se formou em medicina e chegou to complicados. Embora Richet não cona ser professor da Faculdade de Medicina seguisse entender, ele recebia do Alto as em Paris. Ele procurava acompanhar o pai instruções para que o efeito medicamennas investigações patológicas, como tamtoso fosse acertado, em muitos pacientes. bém o acompanhava nas muitas viagens Sempre reunindo estudos junto a outros que Richet fazia, atendendo os pedidos sábios cientistas, intensificou conhecimenfeitos pelas Universidades de vários paítos sobre a fisiologia humana. Baseado Irmãs Fox ses. nesses princípios, ele e outros cientistas A Espiritualidade Superior aguardava o moelaboraram o primeiro Dicionário de Fisiologia. mento certo em que Richet despertasse para Richet editou também uma coleção intitulada que, com as bases científicas que ele já havia Psicologia: Travaux Du Laboratorie de La Faconquistado, pudesse provar a imortalidade culté de Médicine. Essa coleção teve a colada alma e a comunicação dos Espíritos com boração de professores e de alunos. Foram os encarnados. muitos os periódicos e revistas francesas que editavam os estudos sobre psicologia e fisioloOs fenômenos espíritas por essa época, já gia, da autoria de Richet. Sua vida foi totalmentomavam conta de todos os setores da humate dedicada ao bem da coletividade e tantos nidade. Naturalmente em muitos lugares, a benefícios científicos para as gerações futuras. Doutrina Espírita era discutida como religião ou bruxaria. Para Richet, ainda um enigma a Outro fator importante, resultado das inser observado. vestigações científicas feitas por Richet, foi a descoberta da Anafilaxia. Junto do doutor Paul Um dos fatos mais importantes até os dias Portier, esse foi um marco importante na históatuais, notadamente observado pelos abneria da imunobiologia, porque se acreditava que gados cientistas em torno do progresso tecos anticorpos realizavam uma função protetora nológico da humanidade foi o aparecimento no organismo humano, mas com os estudos do avião. Charles Richet, como investigador, Dicionário de Fisiologia relacionados a esse fenômeno chamado popuintuído pela Espiritualidade Superior, passou larmente de alergia, foi provado cientificamena se interessar pelo assunto. Entre seus estute que novos caminhos deveriam ser tomados dos, ele pensava: havia algo misterioso, para aos pacientes portadores dessa deficiência vencer o problema da gravidade? Ele tivera coimunológica. A Anafilaxia é uma reação alérginhecimento que desde a antiguidade, o homem ca grave, que vem a comprometer todo o orgasonhava em conquistar os céus. Em manuscrinismo, podendo dificultar a respiração, a perda tos desse passado, ficou ciente que na antiga da consciência e muitas vezes levar o doente a Grécia, o místico Ícaro (pois havia muita lenda óbito, quando não tratada acertadamente. em torno dessa figura) juntamente com Thor, personagem da mitologia dos povos nórdicos, Essa descoberta em torno dessa doença, queriam voar para conseguirem a liberdade e a isto é, a reação alérgica grave, deu a Charles centralização do poder. Richet, o prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina. Emocionado em seu discurso de agradeForam muitos os interessados em construir cimento ao prêmio, Richet destacou que, para um pássaro dirigível, nome que alguns dos inele, o ponto mais importante desse prêmio, era ventores davam para o avião ou balão. Sim, Paul Portier 4 porque, Bartolomeu de Gusmão, brasileiro nascido na Vila de Santos, chegou a mostrar a D. João V, na época, rei de Portugal, que um aparelho mais leve do que o ar, que seria um balão, poderia se erguer no ar. Dessa forma algum tempo depois, um pequeno balão de papel, contendo o ar em seu interior e sendo aquecido por uma tocha acesa, elevou-se do chão, numa altura de uns vinte palmos. E isto foi desenvolvido dentro do palácio, sob os olhares do rei D. João V. O rei, entusiasmado, mandou que essa experiência fosse repetida, só que ao ar livre. E teve muito sucesso! Com esse fato, o anseio de muitas pessoas em voar, tornou-se um desejo incontrolável. Mas os voos controlados eram proibidos, por não serem seguras essas chamadas “engenhocas”, ditas pelas autoridades competentes. Portanto, só os balões é que podiam voar. Os projetos sobre uma aeronave mais pesada que o ar começaram a surgir, porém no Brasil, essas realizações tomavam grande vulto por um brasileiro chamado Alberto Santos Dumont, que ficou conhecido como o Pai da moderna aviação. Sem nenhuma ajuda externa, ele realizou o primeiro voo, sob as testemunhas que nada mais eram, do que oficiais do exército, que ficaram admirados pela ousadia e capacidade surpreendente desse homem, que, com sua inteligência, trouxe outra melhoria a Humanidade. Charles Richet mostrava-se entusiasmado pelos estudos em torno da aviação. Com importantes conclusões sobre o assunto, procurou aperfeiçoar-se ao lado dos franceses Vitor Tatin e Louis Breguet. Foram muitas as máquinas voadoras realizadas por eles. Algumas com sucesso e outras com fracassos. Mas Richet não se dava por vencido e, após um ano, em que Santos Dumont voou com o seu 14 Bis, fez-se ir ao ar o primeiro helicóptero da história, que foi batizado com o nome Gyroplane Breguet – Richet n. 1. Charles Richet visitou o Brasil, e permaneceu um mês no Estado do Amazonas. Ele queria observar o voo dos pássaros naquela região, pois ouvira vários comentários dos investigadores que já haviam Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” Bartolomeu de Gusmão e a Corte A Passarola de Bartolomeu Gusmão I – Forma atribuida pela fantasia da época; II – Forma provável do aparelho. Alberto Santos Dumont Gyroplane Breguet – Richet n. 1 passado por esse estado, de que essas aves eram os modelos naturais, pelos voos nivelados de suas asas. E isso deu a Richet a solução para o problema do nível das asas da aeronave. Junto com Louis Breguet, de volta à França, continuaram o aperfeiçoamento dos aviões, quando um furacão destruiu todas as instalações que abrigavam os motores dos aviões! Eles estudavam com afinco um meio de encontrarem a potência compatível em relação ao peso das aeronaves, quando tudo ruiu... Richet, por algum tempo, afastou-se desses projetos. Porém, após a Primeira Guerra Mundial, com sua dedicação ao avanço das aeronaves serem mais potentes, ele fundou a Compagnie des Mensengers Aériennes, que, tempos depois, ficou mundialmente conhecida por Air France. Afastou-se dessas atividades, mas seu nome consta em uma ilustre galeria pelo grande feito desse homem, que muito contribuiu por esse progresso humano, no campo das aeronaves. Embora seu modo como físico em querer observar tudo sob o aspecto material, a Espiritualidade Superior, acompanhando toda a trajetória da vida física de Richet, sabia que havia um grande coração que por vezes superava a razão. Isto porque ele se integrava aos que almejavam a paz, àqueles que faziam parte das equipes do Bem. Abnegadamente Richet prestou serviços relevantes à pacificação, para que o mundo pudesse ter seus problemas resolvidos, sem guerras, sem violências. Como cientista, professor e escritor, aliava seus compromissos para com seus familiares. Recolheu em seu interior os momentos de sua infância, em elucidativas conversas com seu avô materno, Charles Renouard, onde este lhe confiava os horrores das guerras. Por isso, Richet ressaltava aos seus filhos, a importância de uma educação rígida nos princípios morais. Era claro em suas atitudes quando demonstrava sua preocupação com relação ao futuro da Humanidade. Convicto em suas opiniões sobre a paz mundial, ele lembrava constantemente, em suas preleções, as palavras de Mahatma Gandhi: “Não há um caminho para 5 a paz, a paz é o próprio caminho”. Porém, qual ele denominava de fenômenos inabituais. Porém, como outras pesquisas se tornavam todos os movimentos pacifistas, foram em mais presentes materialmente, este assunto vão. ficou sendo resolvido, muito lentamente. VolA primeira guerra mundial eclodiu, frustando ao passado, quando Richet trabalhava trando a todos. nos hospitais, o fato mais importante e que, Movido por uma força interior, Richet, por pesquisas científicas nada se provou, empreendeu uma grande viagem, em sua foram os pacientes sonambúlicos. Por mais marcha a favor de que esse conflito aterfossem as experiências e medicamentos usarador para a humanidade fosse o último. dos, não conseguira encontrar a causa física. Visitou a Itália, a Romênia e a Rússia, E justamente esse problema é que o levou a onde contava com seus parentes, para estudar os fenômenos espirituais. incentivar latinos e eslavos, pelo fim das Para ajudá-lo nessas investigações, os Esforças armadas. píritos Superiores intuíram a um outro cientisDe volta à França, foi aos quartéis e ta russo, Aksakof, que era o editor do Psychisaos acampamentos dos exércitos, tenche Studien, muito respeitado por Richet, para tando fazê-los a acreditar de que o Bem, que fosse visitá-lo. A chegada de Aksakof fora sendo demonstrado em diálogos úteis às surpreendente para Richet, que, em reunião Nações, teria mais proveito, do que ver-se com este famoso filósofo e grande conheceMahatma Gandhi vidas sendo ceifadas e o enlutamento de dor da ciência, muito aproveitou de seus contodos os povos. Mas, ali ele pode constatar os efeitos dos ceitos sobre a imortalidade da alma. explosivos sobre os combatentes e os benefícios alcançaAksakof, entre as profundas considerações que fizera a dos pela zomoterapia, tratamento usado nos soldados vitiRichet, deixou claro em sua exposição: “caro Richet, sei da mados pela tuberculose (tratamento esse, descoberto pelas sua preocupação em investigações de Richet e Jules Héricourt). desvendar o fenômeno Richet transformava suas ideias em manifestos, escrevensonambúlico, mas há do vários artigos e livros em benefício da paz. Foi totalmente algo além, até mesmo contra a ideia de uma guerra entre a França e a Itália, pois dos mistérios sobre o ele desconfiava que, por trás de tudo que divulgavam por hipnotismo, são os feuma ação mencionada da Liga das Nações, havia pessoas nômenos espíritas, isto de negócios escusos com interesses nas minas de petróleo é, o aparecimento de que diziam ser o benefício para a Humanidade. Isto era apemovimentos e fatos, nas, continuava Richet em seus comentários escritos, pura que para a ciência, ainfantasia de filantropia em mencionarem o fato de libertar a da é ignorado”. Richet, Etiópia e matar a fome do povo. Na verdade o que a Someio sorrindo, responciedade das Nações pretendia era a França declarar guerra deu: “Pois para aprencontra a Itália. Por quê? Puro orgulho e o desejo do homem der e chegar a conheegocentrista, que não sabe respeitar o rumo seguro da nacer esses fenômenos, tureza Humana, que bem direcionada poderia viver em paz. irei até o fim do mundo, se for necessário”. Sob esses princípios, Richet escreveu os livros: A ideia Alexandre Aksakof Aksakof, apertandoda arbitragem Internacional é uma quimera?; As guerras e -lhe a mão, falou: “Não precisa encontrar o fim do mundo, a paz; um estudo sobre a arbitragem internacional; A paz e pois daria muito trabalho e gastos desnecessários. Basta o ensino pacifista; Fábulas e narrações pacifistas; A paz e que você siga comigo para Milão. Tenho certeza que você a guerra; O passado da guerra e o futuro da paz, Pela Paz; verá coisas extraordinárias”. sendo este livro dedicado ao seu avô Charles Renouard. Eloísa Os fenômenos espíritas não estavam esquecidos e nem Final da segunda parte. Richet havia abandonado suas investigações a respeito, ao Bibliografia • MAGALHÃES, Samuel Nunes. Charles Rcihet - O Apóstolo da Ciência e o Espiritismo. 2. ed. Rio de Janeiro: Ed. FEB, 2006. • MALGRAS, J. Os Pioneiros do Espiritismo. 1. ed. Ed. São Paulo: DPL, 2002. • SHUTEL, Cairbar. Psicografado por Abel Glaser. Fundamentos da Reforma Íntima. 11. ed. São Paulo: Ed. O Clarin, 2011. • VALENTE, Cineas Feijó . Doutrina Espírita. 1. ed. Ed. 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Poderá também comprar livros espíritas e ler o Seareiro eletrônico. 6 Atualidade Atualidade Não Violência - Movimentos Sociais Aplicar a justiça... Para nós, seres tão falíveis, isso se torna muitas vezes contraditório. O considerado “justo” se reveste de uma relatividade e se personifica no interesse individual. Aplicar a máxima cristã: “Fazer ao próximo o que se deseja para si”, seria a fórmula ideal. Ainda não chegamos nesse ápice fraternal – o que não significa impossibilidade de alcançarmos; estamos a caminho. Se olharmos para o passado, veremos o quanto o ser humano já se aperfeiçoou moralmente. Sim, apesar de todas as misérias sociais em que ainda nos encontramos! Em todas as contendas, ainda que legítimas, sempre há os que tentam fazem valer seus interesses pessoais e, ainda, os que se aproveitam para outros fins, causando tumulto e prejuízos à própria causa. Estes últimos são os que não se preocupam com o fato em si, apenas descarregam a violência e a agressividade que trazem consigo. Somos Espíritos em evolução, mas em graduações diversas. Atualmente, muito se fala, no meio espírita, sobre a chegada do “mundo de regeneração”, e neste porvir de um novo ciclo, a Humanidade se agita. Pululam dramas e tragédias ditas outrora não vistas. Para nós, a transformação do planeta Terra, “mundo de provas e expiações” para “mundo de regeneração” se evidencia em algo maravilhoso e sonhado. Mas, o que vai definir essa mudança, senão a nossa própria mudança moral? São os pensamentos, conduta e atitudes elevadas. Nossas vibrações é que modificam o ambiente, portanto, cabe à Humanidade modificar a fluidificação planetária. Deus concede oportunidade a todas as criaturas para que se redimam e se aperfeiçoem. Se persistirmos no mal, considerando o livre-arbítrio pessoal, iremos para mundos inferiores nos quais nos afinizemos, não como castigo, mas para evoluirmos dentro de nossas condições morais, de acordo com o estágio em que nos encontrarmos. Passamos por um momento de mobilização social. Será? Segundo Bernardo Toro, escritor, filósofo, educador e autor do livro Mobilização Social: Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” “A mobilização social é muitas vezes confundida com manifestações públicas, com a presença das pessoas em uma praça, passeata, concentração. Mas isso não caracteriza uma mobilização. A mobilização ocorre quando um grupo de pessoas, uma comunidade ou uma sociedade decide e age com um objetivo comum, buscando, quotidianamente, resultados decididos e desejados por todos. (...) Mobilizar é convocar vontades para atuar na busca de um propósito comum, sob uma interpretação e um sentido também compartilhados.” Infelizmente, ainda estamos no estágio em que o cumprimento e o restabelecimento de direitos só se dão por meio de lutas sociais. O que leva as pessoas a saírem às ruas é o repúdio e a indignação ante a arbitrariedade dos governantes e inaplicabilidade das leis para que se cumpra a justiça social. Porém, a luta para ser legítima deve ter os requisitos que exigimos dos pleiteados, ou seja, dos governantes, tem que ser honesta, equilibrada e justa, também! Vimos criaturas barbarizando nas ruas, nos últimos meses. Estas, certamente não estavam lá visando obter resultados na busca de um propósito comum, desejado por todos. É lícito ferir pessoas, quebrar patrimônio público (pago por todos nós), prejudicar, invadir, cercear direito de outrem? Não, é vandalismo e da mesma maneira o inverso; a violência é injustificável de ambos os lados. Assim como queremos uma polícia que nos respeite, precisamos aprender a nos respeitar como cidadãos. À luz do espiritismo poderemos compreender algumas questões tão delicadas como a “violência pela violência” e ter a certeza de que todos seremos pessoas realmente melhores, um dia; e que este dia vai depender de nós. Quando aprendermos a aplicar as leis Divinas na Terra, com certeza estaremos alcançando o tão esperado mundo de regeneração. “Amar o próximo como a si mesmo; fazer para os outros o que queremos que os outros façam por nós.” Rosangela Imagem: http://ivopaixao.files.wordpress.com/2011/01/pomba-da-paz.jpg 7 Pegadas de Paulo de Tarso pegadas de paulo de tarso Pegadas de Paulo de Tarso Saindo de Atenas, Paulo de Tarso iniciava sua jornada até Corinto, cumprindo a missão de levar a palavra de Jesus para os pobres de espírito, que ansiavam pelo consolo que ele sabia tão bem transmitir, após a visão e o encontro que tivera com Jesus às portas de Damasco. Lembrava-se constantemente desse momento, à época em que ele caminhava em perseguição aos cristãos. As palavras de Jesus ecoavam em seus ouvidos: “Paulo, por que me persegues?” Diante daquela potente visão, tudo mudou na vida de Paulo. Antes, doutor da lei e representante de seu povo nas sinagogas, depois a renúncia a tudo até tornar-se um convertido cristão, valoroso em suas pregações. Vindos pela mesma via, o casal Áquila e Priscila encontra-se com Paulo de Tarso, que, parando-os, pergunta alegremente: — De onde estão vindo, meus amigos? Áquila, responde ao prazeroso cumprimento: — Estamos vindo da Itália. Não sei se o amigo sabe dos últimos acontecimentos de Roma, nos quais o sumo sacerdote da sinagoga, Cláudio, que é a autoridade máxima, ordenou que todos os judeus convertidos ao Cristianismo fossem açoitados até morrer. Tivemos a felicidade de sermos ajudados pelos familiares e conseguimos fugir. Paulo, pensativo e querendo ser-lhes útil, falou: — Louvado seja Deus, habito aqui perto, sou tecelão e tenho uma tenda onde moro, se quiserem, venham habitar comigo, dividiremos a mesma tenda. Áquila e esposa sorriram felizes e Priscila adiantou-se: — Também somos fabricantes de tendas e tapetes. Ergueremos nossa tenda, seremos vizinhos e dividiremos nossas despesas. Após os apertos de mãos, Paulo convida o casal, dizendo: — Sigam comigo para Corinto, somos irmãos em Jesus, falamos a mesma língua, portanto, sirvamos ao nosso Mes- 8 tre, cumprindo nosso dever de cristãos em divulgar o Evangelho, contido em sua vinda a Terra, como filho de Deus. Os três caminharam sem perceberem os fluidos vindos do Alto, para que a missão tivesse êxito, apesar das dificuldades a serem vencidas. Paulo não desistia, e, em Corinto, conseguiu converter e evangelizar o chefe da sinagoga. Essa notícia abalou profundamente os doutos, que o expulsaram; Paulo, então, seguiu, levando o convertido consigo. Não se deixando abater, ele e o casal de judeus que o acompanhava começaram a fazer as pregações numa casa próxima a essa sinagoga. Os desafetos de Paulo, ao tomarem conhecimento do fato, cercaram a casa impedindo a entrada dos seguidores das palavras de Paulo. Indefeso e com receio de que as pessoas fossem atacadas pelos manifestantes, Paulo estava prestes a retornar a Atenas, quando, sentindo seu coração apertar, fez uma prece a Jesus. E Paulo teve mais uma vez a visão, em que Jesus, em se aproximando, olhou-o fixamente e falou: — Paulo, nada temas e não se cale, porque ninguém lhe erguerá a mão, para te fazer mal algum. Refeito, levantou-se, pois havia caído de joelhos diante de Jesus e, ainda com os olhos marejados do pranto que absorvia seus pensamentos, chamou Áquila e Priscila para continuarem a servir o Mestre, após contar ao casal as palavras do Senhor. E assim permaneceram por dezoito meses em Corinto. Paulo de Tarso crescia como evangelizador dos povos. Viagens por todos os lugares, onde exaltava Jesus, como o maior pacificador mandado por Deus, para que a Humanidade pudesse viver em paz, sem preconceitos e em igualdade. Os judeus sentiam-se cada vez mais provocados pelo verbo de Paulo. Resolveram prendê-lo e levá-lo à presença do procônsul de Acaia, acusando-o de traidor, pois ele procurava convencer o povo a adorar a um senhor estranho, incitando-os contra a Lei de Deus. O procônsul ouvia a tudo e, antes que Paulo pudesse se defender, ele falou apressadamente: — Essa é uma questão de palavras, portanto, recuso-me a essa fútil condenação. Resolvam os senhores mesmos esse assunto de suas leis, que nada têm a ver com a Lei jurídica ou social. O procônsul mandou que os judeus deixassem de imediato o tribunal. Após esse acontecimento, Paulo, junto com Áquila e Priscila, viajou para a Síria. Incumbiu o casal para dar continuidade às conferências ali realizadas, a respeito de Jesus e a sua passagem pela Terra, pois ele seguiria para Cesareia, Jerusalém e Antioquia, atendendo ao chamado de pessoas que tinham interesses de formar comunidades cristãs. Foi também solicitada sua presença na Gália e na Frígia, regiões onde as perseguições aos cristãos estavam sendo muito dolorosas. Enquanto isso, Áquila e Priscila, verdadeiros amigos da fé cristã, pelos caminhos mostrados por Paulo, seguiam esclarecendo esse aprendizado, por meio dos escritos que Paulo deixara. Assim, seguiram para Éfeso, atendendo a um pedido de Paulo, que não poderia ali estar. Nesse ínterim, vieram a conhecer um judeu chamado Apolo, que versava fluentemente sobre as Escrituras Sagradas. Em conversação sobre Jesus, Apolo afirmava que de Jesus, ele apenas ouvira falar do batismo feito por João Batista a Ele. Priscila mostrou a Apolo vários escritos de Paulo sobre o assunto. Apolo interessou-se vivamente pelo conteúdo dessas cartas. Estudou junto a Áquila que o levava a ouvir as pregações. As correspondências entre Paulo de Tarso e Apolo foram muitas, tanto que Apolo tornou-se outro judeu convertido e passou a transmitir esses conhecimentos sobre a vinda de Jesus à Terra, convencendo outros judeus a admitirem que realmente Jesus era o Cristo, filho de Deus. Voltando a Éfeso, Paulo de Tarso, sentindo a impossibilidade de continuar pregando na sinagoga, continuou seu tra- Kardec em Estudo kardec balho cristão, falando durante dois anos na escola de Tirano. Ali vinham pessoas de todos os lugares, que oravam ardentemente com esse apóstolo do Senhor. Muitos se curavam de suas enfermidades e outros conseguiam se libertar dos espíritos infelizes, os quais ainda não sabiam orar e perdoar. Outros, acompanhando as preces e rogativas a Jesus, pelo coração desse apóstolo, traziam lenços, objetos, roupas para serem beneficiados pela fé de seus corações. Paulo sempre os advertia com a frase de Jesus: “A tua fé te curou, vá e não peques mais!”. E assim, Paulo de Tarso seguia com seu trabalho cristão. Érika Bibliografia: MÍNIMUS. Síntese de O Novo Testamento. 3. ed. Rio de Janeiro: FEB 1960. Imagem: http://1.bp.blogspot.com/-4ZVVAQSPOFM/T1KfWkyzw0I/AAAAAAAAAdo/MAZWTN9Qa3M/s1600/PAULO+DE+TARSO.JPG em estudo Características da Perfeição O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap. XVII - Sede Perfeitos, item 1. “...Sede vós, pois, perfeitos como perfeito é o vosso Pai que está nos céus. “ (Mateus, capítulo 5, versículos 44 a 48.)” Na época em que Jesus nos falou para sermos perfeitos como Deus, era necessário que assim o fizesse para que nos esforçássemos ao máximo para sermos criaturas melhores. Até hoje continua assim. Temos que almejar uma meta, um ponto de chegada, exigindo o nosso máximo, a fim de que o objetivo seja alcançado. Ainda que não consigamos chegar naquele objetivo traçado, teremos progredido muito e as perspectivas de sucesso futuro serão sempre maiores. Deus, como o Criador, é o nosso modelo de perfeição e, embora não consigamos alcançá-lo na Sua suprema bondade e sabedoria, ao nEle mirarmos como o modelo para a nossa evolução espiritual, estaremos mais próximos de sua imagem. E qual é a imagem de Deus, a qual devemos nos espelhar? Aquela que Jesus exemplificou ao encarnar entre os homens: O exercício da mais pura CARIDADE. Deus é caridade e enviou seu filho amado para exercê-la e ensiná-la na Terra, porque a caridade implica a prática de todas as outras virtudes. E o que é a verdadeira caridade? Amar a quem nos odeia, fazer o bem a quem nos faz o mal, orar pelo que nos persegue; pois Deus, nosso Criador, que é a perfeição infinita em todas coisas, permite que o Sol se levante sobre bons e maus e a chuva desça sobre justos e injustos, praticando o amor todos os dias, nas nossas vidas, sem discriminação, sem predileções. Não há esforço algum em fazer o bem apenas a quem é nosso amigo. Estamos longe de ter a perfeição total, atributo inerente a quem nos criou, mas temos como meta o desenvolvimento da centelha divina existente em cada ser, repetindo, tanto bons e maus, quanto justos e injustos. Para sermos caridosos, no verdadeiro significado da palavra, temos que lutar contra o egoísmo e o orgulho, que são os condutores de todos os outros erros cometidos. Por exemplo, a abnegação significa um devotamento, uma entrega de si mesmo em favor de uma causa, ou a alguém. Isso vai se tornando possível quando, progressivamente, diminuimos o nosso egoísmo. Ao nos dedicar ao auxílio Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” desinteressado de algo ou alguém, estaremos praticando a caridade e, na mesma proporção, enfraqueceremos o nosso lado egoístico. Para que consigamos amar aos que ainda não são nossos amigos, indo além, àqueles que denominamos de inimigos, é preciso usar da caridade. Não iremos abraçá-los e beijálos, como Deus nos faz todos os dias, em cada detalhe da natureza, mas o faremos nas pequenas escolhas de nosso comportamento, até pelo não fazer ou não falar uma ofensa, o que já seria o início da prática da benevolência. Como saber se estamos no caminho dessa perfeição? De acordo com a elevação de nossos sentimentos, de nossa capacidade de amar ao próximo, poderemos medir o nosso grau de evolução espiritual. Não há como ser perfeito sem virtudes e não há como adquiri-las, se não há caridade. Sigamos a conduta do Pai Celestial. Neves Bibliografia: KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Tradução de Roque Jacintho. 8. ed. São Paulo: Luz no Lar, 2010. Imagem: http://tribusblog.files.wordpress.com/2013/02/amor.jpg 9 Livro em Foco livro em foco Vozes do Grande Além “Mestre redivivo, trazias aos seguidores mergulhados na sombra a radiosa claridade que fulge além dos portais de cinza...” Emmanuel com sua eterna sabedoria e amor, inicia o manancial de luz, que compõe o livro Vozes do Grande Além. Compilando comunicaFrancisco Cândido Xavier ções de vários Espíritos, Diversos Espíritos que foram psicografadas FEB pelo nosso Francisco Cândido Xavier, nos idos de 1955/1956, Arnaldo Rocha forma esse rio de orientações para todas as nossas dores e aflições cotidianas. Alberto Seabra lembra-nos, em um dos títulos, sobre a reflexão mental, para que possamos desenvolver nossa inteligência, não só para a vida material, mas, incluí-la em nossa vida eterna. Emmanuel – ...Servir para merecer... Recorda o nosso desequilíbrio nos petitórios, deixando de lado os nossos compromissos do pretérito. André Luiz – ...Afinal o que é isso?... Esclarece-nos sobre as dúvidas além-túmulo, da bagagem que temos o dever de cumprir, durante as nossas reencarnações. Cerinto – numa prece de profundo sentimento, nos faz ver que: ...ainda nos enfeitamos junto à rebeldia do mau ladrão... Canal Aberto canal Indescritível nossa emoção para esses pequenos apontamentos do referido livro! A leitura desse livro, a nosso ver, não se faz necessária, pois julgamos obrigatória, para aqueles que buscam os caminhos da Verdade. Grandiosa gama de Espíritos, em suas várias formas de expressão, ainda rogam ao Mestre Jesus, para que as suas palavras sejam compreendidas por todos nós! Ao final, em prece, Emmanuel, junto a Jesus, roga: ...Dá-nos o privilégio de lutar e sofrer em Tua causa e ensina-nos a conquistar, pelo suor de cada dia, o dom da fidelidade, com o qual estejamos em comunhão Contigo em todos os momentos de nossa vida... Podemos, após a leitura do livro, sua reflexão e entendimento, garantir que foram as mais proveitosas horas de nossa vida, que por ironia, muita vez, gastamo-las tão puerilmente. Quase como linha de rodapé, ainda somos surpreendidos por Casemiro da Cunha: Ajuda hoje a alma em sombra Que te procura a sofrer. Amanhã será teu dia De rogar e receber. Aos tantos Amigos Espirituais que nos presenteiam com o livro Vozes do Grande Além, os nossos mais profundos agradecimentos, esperando merecê-lo. Finalmente, Arnaldo Rocha, coloca uma rápida biografia de todos os Espíritos que colaboraram com o livro. Jesus, agradecemos suas bênçãos. Vano aberto Este espaço é reservado para respondermos às dúvidas que nos são enviadas e para publicações dos leitores. Agradecemos por todas as correspondências e e-mails recebidos. Reservamo-nos o direito de fazer modificações nos textos a serem publicados. Esperanto e Espiritismo O Esperanto é muito importante para a Divulgação da Doutrina Espírita, porque uma das propostas da língua da Fraternidade é facilitar a comunicação, o intercâmbio entre os povos, tendo em vista que cada povo tem seu idioma, suas crenças e costumes, enfim, sua cultura. Sabemos que o Espiritismo foi codificado na França pelas mãos abençoadas de Allan Kardec, seguindo as orientações dos Espíritos Superiores. É de nosso conhecimento também, que é no Brasil que a Doutrina Espírita encontra força, ou seja, tem um número considerável de adeptos. Muitos fatores ocasionaram a não divulgação da Mensagem Espírita, entre eles, a problemática da língua falada ou escrita. Seria proveitoso para todos nós se houvesse um instrumento que possibilitasse o entendimento, onde cada 10 cidadão do mundo inteiro pudesse se comunicar falando a mesma língua. Eis que, graças ao labor do Sr. Zamenhof, nós temos o Esperanto, uma língua neutra que contribui por demais na divulgação do Espiritismo, proporcionando a união de pensamentos em Cristo. Tendo como finalidade Facilitar a comunicação A Língua da fraternidade É uma boa solução! Pois, ela é a Esperança, É o traço de União... Diminui as distâncias, Faz vibrar o coração! Carlo A. Sobrinho – Rio de Janeiro – RJ Relançamento: Fabiano de Cristo, o Peregrino da Caridade LUZ NO LAR Estas são páginas do coração. Menos que uma biografia, são apontamentos de uma vida inteiramente entregue à vivência da caridade, por alguém que abriu um rasgo de luz entre as trevas da Terra e as estâncias celestiais. Aqui temos alguns traços de nosso Fabiano de Cristo, para servir-nos de guia para a prática da virtude de todas as virtudes: a caridade. Leia-as, como as anotamos: com toda a sua alma generosa! !!! Ótima e tão d s e g u s e nte d e s e r p !! Natal straçõe u l I s a v No Quer saber mais? Estamos à disposição! E-mail: [email protected] Telefone: (11) 2758-6345 www.luznolar.com.br Rua dos Marimbás, 220 - Guacuri São Paulo - SP - CEP 04475-240 Enviamos pelo correio - consulte condições! Preços Especiais para distribuidoras e livrarias. Consulte-nos! s Aborto aborto Aborto Comecemos com uma citação de Madre Teresa de Calcutá, sobre o aborto: “(...) E se nós aceitamos que uma mãe pode matar até mesmo o seu próprio filho, como é que podemos dizer às outras pessoas para não se matarem?” Quando é que o homem vai se conscientizar que o nascituro é um ser vivo? Protegemos as abelhas, as borboletas e os pássaros; preservamos a fauna e a flora que são parte do Universo, da Natureza e da Criação Divina. E a vida humana? A legalização do aborto é defendida por alguns, sob o argumento de se tratar de interesse da saúde pública, devido ao crescente número de abortos clandestinos. Seguindo esse raciocínio, conclui-se que a solução para tratar dos ilícitos é institucionalizá-los! Se descobrírmos que o filho menor pegou dinheiro emprestado com alguém para fumar, vamos passar a comprar os cigarros para que ele fume? Claro que não. É.preciso ir direto no ponto e corrigir. Essa é a verdadeira ajuda A vida em risco não é apenas da gestante, precisamos entender que há uma outra VIDA sendo gerada. Basta querer enxergar, pois é muito mais cômodo fingir que não há prejuízo ao ser gerado e pensar de forma egoística na nossa própria vida e em quanto estamos sofrendo. Outra citação oportuna de Teresa de Calcutá: “Jesus deu a Sua vida por amor a nós. Assim, a mãe que pensa em abortar, deve ser ajudada a amar, ou seja, a doar-se até que prejudique os seus planos, ou o seu tempo livre, para respeitar a vida do seu filho. O pai desta criança, quem quer que ele seja, deve também doar-se até que doa.” Mediante isto, será que sabemos mesmo o que é amor? O Estado acha que é mais fácil eliminar o “problema”; as mães acham que o corpo é delas e que devem decidir, e nossas consciências, o que acharão um dia? Liberdade e responsabilidade deveriam andar juntas. Não é isso que ensinamos aos filhos (ou não?). Pois bem, homens e mulheres querem usufruir dos próprios corpos livremente, ficar e sair com quem e quantas vezes considerar devido É hora de assumirmos também a responsabilidade por estas nossas escolhas Nada acontece por acaso em nossas vidas, e, ainda que de uma maneira infeliz, numa gestação devemos lembrar 12 que há algo além da violência ou da condição econômica precária – há uma vida, enviada por Deus por algum motivo e que pode ser a oportunidade bendita do ajuste, do acerto e do perdão. Em nossa parca visão material não temos como avaliar os desígnios do Criador. E entendamos, desígnios não são castigos de Deus; são os elementos que necessitamos para o aprendizado e restabelecimento espiritual, tal qual um pai quando aplica todas as vacinas no frágil bebê que não entende a dor, mas está se imunizando de doenças futuras. Recentemente, foi aprovado pela Comissão de Finanças e Tributação o chamado Estatuto do Nascituro, pendente da aprovação da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania para análise pelo Plenário. O Projeto propõe que o nascituro concebido a partir de estupro tenha direito à assistência pré-natal e encaminhamento para adoção, se for o caso. Prevê também que na impossibilidade econômica da mãe, caso fique com a criança, receba uma pensão do Estado e responsabilidade do pai, pela pensão, se identificado. Há muita polêmica em torno do assunto e manifestantes contra e a favor do Projeto. Mas, à parte das discussões políticas, econômicas e partidárias, temos que ressaltar o ponto mais importante e positivo: o reconhecimento do direito à vida. O nascituro será considerado um ser humano concebido, mas ainda não nascido, de acordo com o texto legal. E Madre Teresa, espírito evoluído de sentimentos, àquela época já praticava o que ainda nos debatemos tanto para entender: “Nós estamos lutando contra o aborto através da adoção Mandamos a mensagem para as clínicas, para os hospitais e estações policiais: ‘Por favor não destrua a criança, nós ficaremos com ela.’(...) E nós temos uma enorme procura por parte de casais que não podem ter um filho(...). (...)que cada criança não seja indesejada, mal amada, mal cuidada, ou morta e jogada fora.(...) (....)se nos lembrarmos de que Deus nos ama, e que nós podemos amar os outros como Ele nos ama, então a América pode tornar-se um sinal de paz para o mundo. Daqui deve sair para o mundo, um sinal de cuidado para o mais fraco dos fracos – a futura criança.(...). Rosa Bibliografia: http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/ DIREITOS-HUMANOS/444095-ESTATUTO-DO-NASCITURO-E-APROVADO-PELA-COMISSAO-DE-FINANCAS-E-TRIBUTACAO. html - acesso em 21/10/2013 http://www.forumdafamilia.com/pensamentos/madreteresa.htm acesso em 21/10/2013 Imagem: http://1.bp.blogspot.com/_SQ-5YfauLLI/TP4ScXaOUjI/ AAAAAAAAB30/JpuTNLiZ8jU/s1600/s500x500.jpg Família familia Filhos crescidos: o que fazer? Na maioria das orientações, sejam elas espíritas ou de profissionais ligados a área de relacionamento familiar, todo o foco é direcionado para a criança. Prescrevem-se posicionamentos do que não podemos fazer ou do que devemos coibir em nossos filhos, para que cresçam em direção ao Bem. Mas, e quando já estamos com os filhos “crescidos”, na adolescência ou já no início da fase adulta e “acordamos” para as deficiências de comportamento que eles demonstram e que nos preocupa, pois, reconhecemos que fomos omissos, ou que deixamos de colocar limites, orientar quando eram crianças etc.? A Doutrina Espírita, por ser consoladora, nos orienta: nunca é tarde para iniciarmos uma tarefa. Sempre é hora de orientarmos, falarmos, abraçarmos a estes filhos “crescidos”, mas, principalmente, sempre é hora de darmos o exemplo. Se já estamos na fase da colheita amarga, não desanimemos! Vejamos o que Jesus nos orienta a fazer e arregacemos a manga para o trabalho de reeducação moral daqueles a quem Deus nos confiou a guarda. Primeiro, procuremos nos informar, através da leitura das orientações de nossos amigos espirituais, dentre eles, temos os livros de André Luiz, Emmanuel e, o mais importante, O Evangelho Segundo o Espiritismo. Através destas leituras que vão fazer despertar a nossa consciência de quão importante é o compromisso entre nós e aqueles que estão sob a nossa responsabilidade para reeducarmos moralmente. Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, em seu capítulo XIV, item 9, vemos abordado sob o título “Ingratidão dos Filhos e os Laços de Família”, toda a problemática dos relacionamentos familiares, explicado sob a ótica espiritual. Lendo este texto, e refletindo muito sobre o assunto, vemos que, mesmo se tivermos “perdido” tempo e acordado Hospital do Fogo Selvagem PEDE AJUDA! fora da época, poderemos começar o trabalho de reeducação moral, pois, o trabalho se iniciará nesta reencarnação e, se nos dedicarmos com amor, sabedoria e muita disciplina, poderemos continuar este trabalho em próximas reencarnações. Este será um prêmio concedido aos pais que tanto querem, e se dedicam arduamente para isso, na “recuperação” de filhos com os mais diversos tipos de dificuldades. Frisando sempre que a leitura é só mais uma ferramenta para adquirirmos o conhecimento e ampliarmos a nossa visão dos acontecimentos. É preciso que não sejamos materialistas, ou seja, não acreditarmos que haja somente esta vida, acreditar nas inúmeras oportunidades que poderemos ter nas futuras reencarnações, oportunidades estas oferecidas por Deus para a nossa evolução moral. E a nossa evolução moral só se efetivará se fizermos o bem ao nosso semelhante, ajudando-o também a evoluir. Novamente queremos transmitir aos pais e familiares responsáveis pela reeducação moral de jovens que oferecem maior resistência a todo tipo de orientação mais sensata: não desistam! Mesmo quando a tarefa parece estar perdida, continuemos a persistir na recuperação destes que nós tanto amamos. Nas horas mais difíceis, Deus estará mais junto de nosso coração a nos apoiar. Um dia, em uma reencarnação futura, veremos que, aquele que tanto nos “deu trabalho” conseguiu superar as suas fraquezas morais e, ele próprio, iniciará o trabalho de ajudar a outros. Este será o nosso prêmio. Agradeçamos sempre a Deus por sempre estar nos incentivando a continuar. Wilson Bibliografia: KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Tradução de Roque Jacintho. 8. ed. São Paulo: Luz no Lar, 2010. Imagem: http://1.bp.blogspot.com/-sTsP6OcgRUE/T-J2vtWPD9I/AAAAAAAACiY/vyeOcvJTpmc/s640/reencarnar.jpg O Hospital do Fogo Selvagem de Uberaba – MG, que atende a portadores do Pênfigo (Fogo Selvagem) e também a 150 crianças, precisa de doações para comprar: os remédios Calcort e Psorex pomada (podem ser genéricos); materiais de limpeza (sabão em barra Ypê amarelo para os doentes e sabão em pó para limpeza em geral); fraldas descartáveis tamanho G infantil; Mucilon; lenços umedecidos e álcool gel 70%. Caso queira fazer doações em dinheiro, o depósito pode ser feito em nome do LAR DA CARIDADE - CNPJ 25.440.835/0001-93, através dos seguintes bancos: • Bradesco – agência 0264-0 – c/c 14572-6 • Banco do Brasil – agência 3278-6 – c/c 3724-9 Maiores informações: Telefone (34) 3318-2900 – E-mail: [email protected] Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” 13 Clube do Livro clube do livro Encontro de Paz; Atenção; Dinheiro Na máxima: “Não procureis o Reino de Deus aqui ou além, porque o Reino de Deus está dentro de ti”, encontramos a essência da obra Encontro de Paz. Composto por 40 mensagens citadas pelos amigos espirituais, este livro vem nos alertar sobre os verdadeiros valores da Vida, considerando-se esta, a Vida, no seu sentido amplo, ou seja, além desta existência presente. Bastaria que aprendêssemos o contido na introdução, pelo Espírito Emmanuel, para aplicarmos a Paz. Na obra Atenção, Emmanuel, Francisco Cândido Xavier Francisco Cândido Xavier Francisco Cândido Xavier atendendo a solicitações, envia Espíritos Diversos Emmanuel Emmanuel páginas de fraternidade e entenIDE IDE IDE dimento a fim de nos revestirmos contra a violência e o suicídio, a Encontro de Paz, Atenção e Dinheiro foram psicografados agressividade e a delinquência, pelo médium Chico Xavier e enviados aos associados do temas tão atuais. Clube do Livro Espírita “Joaquim Alves (Jô)”. Do mesmo modo, através da obra intitulada Dinheiro, Se você, leitor, ainda não é associado e se interessar em tema que causa surpresa, pois para alguns o dinheiro é conreceber mensalmente um livro da doutrina, estudo/romance, siderado como instrumento de “perdição”, o autor espiritual nos contate. Emmanuel nos ensina que o bom ou mal uso depende de Boa leitura! quem o detém, do uso que nós fazemos. Maria Ciência, Filosofia e Espiritismo ciencia, filosofia e, espiritismo Ciência e Espiritismo A Doutrina Espírita se apóia em um tripé: religião, ciência e filosofia. Muito se tem comentado sobre a parte religiosa e filosófica da Doutrina, mas poucos se dão ao esforço de entender e propagar a parte científica, seja em razão de muitos acharem que estudar um fato científico relacionando-o com os ensinamentos cristãos, não é função de uma religião, ou até, que as pesquisas científicas afastam as pessoas da religião e, por consequencia, de Deus. Com este pensamento, deixamos de reparar que Allan Kardec, ao organizar O Livro dos Espíritos, incluiu uma grande parte de perguntas de cunho essencialmente científico. Basta mencionarmos que os quatro primeiros capítulos de ACEITAMOS SUA COLABORAÇÃO Sua doação é importante para o custeio da postagem do Seareiro e pode ser feita em nome do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” – CNPJ: 03.880.975/0001-40 Banco Caixa Econômica Federal – Agência 2960 – C/C 744-7 – Op 003 Banco Itaú SA Agência – 0257 – C/C 46852-0 14 O Livro dos Espíritos são dedicados à parte científica. E Allan Kardec não parou por aí! Ao continuar a estruturar a Codificação Espírita, traz a público, em 1868, o importante livro A Gênese, no qual esclarece as ações dos elementos materiais e espirituais, que regem o Universo. Por ser um livro da Codificação Espírita, não deve deixar de ser estudado nas reuniões públicas, com esclarecimentos feitos pelos palestrantes, pois o seu material de estudo é riquíssimo e embasa o entendimento necessário para que o Espírito possa alçar vôos mais altos na compreensão das leis que regem o mundo material em consonância com as leis que regem o Mundo Espiritual. Talvez por tratar-se de temas ligados aos diversos ramos da Ciência (Física, Química, Biologia, Genética etc.), muitos preferem deixar o estudo de A Gênese para aqueles mais acostumados a estes assuntos científicos. Mas, será que Allan Kardec teria escrito um livro somente para os mais cultos e letrados, ou será que a intenção era de nos encaminhar para a procura do entendimento? Será que, se nos colocarmos na posição de “estudantes” de um livro, não precisaríamos buscar esclarecimentos em outras fontes para entender o que está sendo explicado? Basta nos dedicarmos realmente ao estudo, que veremos que A Gênese, que tantos falam ser um livro de difícil leitura, poderá ser facilmente lido e entendido, nos proporcionando uma visão mais ampla de nosso planeta, das leis físicas, às quais todos estamos sujeitos e das suas relações com o mundo espiritual. Kardec, ao iniciar esta rica obra, expõe em seus três primeiros capítulos, temas mais do que necessários: • Capítulo I – Caracteres da Revelação Espírita • Capítulo II – Deus – Existência de Deus • Capítulo III – O Bem e o Mal – Fonte do bem e do mal Aborda estes temas de uma forma científica, colocando as ideias com muita lógica e fazendo com que o leitor interessado raciocine com tudo o que é exposto. Somente um pesquisador ao nível de Allan Kardec saberia fortalecer a nossa fé em Deus através de explicações científicas. Homenagem A Ciência é uma aliada do homem, não só trazendo o progresso material, através dos resultados práticos de suas pesquisas. Ao avançar a Ciência, a Doutrina Espírita também avança, pois mais poderemos entender como Deus age através das leis físicas. A religião deverá acompanhar a Ciência, pois Deus permite que novas descobertas científicas venham auxiliar o homem em sua jornada evolutiva. Aprimoremos o nosso conhecimento, busquemos novas fontes de pesquisas, não deixemos de expandir os nossos horizontes. Se Deus assim permitiu, trilhemos por este caminho. Ele nos dará o amparo necessário. Adolpho homenagem Dia dos Pais Em tempos passados, ao homem cabia a função de provedor do lar, ou seja, tinha tão somente a obrigação de providenciar para a sua família a moradia, a alimentação e o vestuário. Mas, como nos ensina a Doutrina Espírita, nós temos o impulso natural para a evolução. O homem, com o tempo, passou a participar cada vez mais na vida familiar. Hoje vemos que o homem também se preocupa com a educação dos filhos, e busca ter um relacionamento mais humano e carinhoso com os seus filhos. Graças a esta grande evolução, cada ano que passa temos mais motivos para comemorar o Dia dos Pais, agradecendo ao homem que ajudou-nos a reencarnar, protegendo-nos, dando carinho, suprindo as nossas necessidades físicas ou espirituais. Recorremos sempre ao exemplo de Jesus. José, pai de Jesus, com muita dificuldade, teve que levar Maria, ainda grávida, para o Egito, empreendendo uma viagem cheia de incertezas; mas ele os protegia, com confiança no amparo de Deus. Buscou sempre, nas horas mais difíceis da jornada, a prece e a resignação com os desígnios Divinos. Jesus, ao crescer, procurou aprender o ofício de carpinteiro com José, que, como costume da época, passou os seus conhecimentos para o Filho Amado. Como nossa obrigação, mas acima de tudo, pelo reconhecimento sincero, por tudo o que devemos de gratidão aos nossos pais, rogamos a Deus que abençoe o coração de cada um, encarnados ou desencarnados e que os pais atuais saibam reeducar moralmente os seus filhos, através do exemplo, pois este é o único caminho para melhorarmos a Humanidade. Vitório Imagem: http://luzecalor.blogspot.com.br/2012/12/o-evangelho-segundo-jesus-cristo-jose.html http://lh3.ggpht.com/-8aSwJq_YH4w/TF4FlZfL_nI/AAAAAAAAAZs/z-gbczB3UjQ/s909/206%2520Infancia%2520de%2520Jesus%2520Cristo.jpg Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” 15 Contos contos A Galinha Afetuosa Gentil galinha, cheia de instintos maternais, encontrou um ovo de regular tamanho e espalmou as suas asas sobre ele, aquecendo-o carinhosamente. De quando em quando, beijava-o, enternecida. Se saía a buscar alimento, voltava apressada, para que não lhe faltasse calor vitalizante. E pensava, garbosa: — Será meu pintainho! Será meu filho! Em formosa manhã de céu claro, notou que o filhotinho nascia, robusto. Criou-o com todos os cuidados. Um dia, porém, viu-o fugir pelas águas de um lago, sobre as quais deslizava. Chamou-o, como louca: — Volte! Volte! — e não houve resposta. Ele era um pato arisco e fujão. A galinha voltou muito triste ao velho poleiro, e pensava: Choquei um ovo de quem não me pertencia à família. Encontrou outro ovo... e chocou-o. Outra ave nasceu. Tratou-o com mil cuidados... e notou que não era pintinho. Era um corvo. Um dia, o corvinho voou, juntando-se a outros. A galinha sofreu muitíssimo. Embora resolvida a viver só, foi surpreendida, certo dia, por outro ovo. Chocou-o. Dentro em pouco, o filhote surgia. A galinha afagou-o, feliz. Quando o filho estava crescido, ela, estranhando os hábitos dele, pensava: — Ora, ele persegue ratos na sombra! Durante o dia era desastrado, ele parecia cego, trombava nas outras galinhas. À noite, seus olhos brilhavam. Era uma corujinha, que acabou fugindo da mãe. A mãe chorou amargamente. Encontrando outro ovo, buscou-o ampará-lo. E findos trinta dias, veio à luz corpulento filhote. A galinha ajudou-o como pôde. O filho, porém, cresceu demais. Ele passou a mirá-la, de alto a baixo. Chegava a maltratá-la, dizendo: — Não me aborreça! Era um pavãozinho orgulhoso. A carinhosa ave, dessa vez, desesperou em definitivo. Saiu do galinheiro gritando e dispunha-se a cair nas águas de rio próximo, em sinal de protesto contra o destino, quando grande galinha mais velha a abordou, curiosa a indagar dos motivos de sua dor. A pobre respondeu, historiando o próprio caso. A irmã experiente estampou no olhar linda expressão de entendimento e considerou, cacarejando: — Que é isto, amiga? Não se desespere. A obra do mundo é de Deus, nosso Pai. Há ovos de toda espécie, no mundo, inclusive os nossos. Continue chocando e ajudando, em nome do Poder Criador, Mas não se prenda aos resultados do serviço que pertencem a Ele e não a nós. A galinha sofredora aceitou o argumento, resignou-se e voltou, mais calma, ao grande parque avícola a que se filiava. A galinha mais velha continuou: — Não podemos obrigar os outros a serem iguais a nós, mas é possível auxiliar a todos, de acordo com nossas possibilidades. Entendeu? *** O caminho humano estende-se, repleto de dramas iguais a este. Temos filhos, irmãos e parentes diversos que de modo algum se afinam com as nossas tendências e sentimentos. Trazem consigo inibições e particularidades de outras vidas que não podemos eliminar de pronto. Estimaríamos que nos dessem compreensão e carinho, mas permanecem imantados a outras pessoas e situações, com as quais assumiram inadiáveis compromissos. De outras vezes, respiram noutros climas evolutivos. Não nos aflijamos, porém. A cada criatura pertence a claridade ou a sombra, a alegria ou a tristeza do degrau em que se colocou. Amemos sem o egoísmo da posse e sem qualquer propósito de recompensa, convencidos de que Deus fará o resto. Adaptação João Bibliografia: NEIO LUCIO. Psicografia de Francisco Cândido Xavier. A Vida Fala – I. Adaptação de Roque Jacintho. 14. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Imagem: http://peloscaminhosdaevangelizacao. blogspot.com.br/2012/10/a-galinha-afetuosa.html 16 Cantinho do Verso em Prosa cantinho do verso em prosa Rogativa Senhor, sobre este Lar, erguido às dores, Traze a consolação de Tua graça... Que esta casa de amor se abra a quem passa, Por bendito refúgio aos sofredores! Que a Tua luz aqui brilhe sem jaça Na palavra dos gênios benfeitores, Que neste ninho em paz, tecido em flores, Toda sombra da Terra se desfaça. Concede às nossas almas, neste abrigo, O auxílio excelso de Teu braço amigo, No caminho do bem, amplo e fecundo! Que sirvamos contigo, lado a lado, No Brasil do Evangelho restaurado, Onde traçaste o Coração do Mundo. Pedro D’Alcântara Há piedade no coração do poeta, que transparece neste poema, quando roga ao Senhor para que brilhe na palavra dos Espíritos Benfeitores. Desejando que a paz em flores faça dissolver toda a sombra da Terra – há uma grande demonstração da sua fé em Deus, pois quando existe a paz, toda a sombra da Terra se desfaz. E nesta prece rimada, roga por todos nós, sabendo que o braço amigo nos levará ao caminho do bem, para que possamos servi-lo lado a lado. Quando a amizade encontra os corações, elos de amor se refazem. E termina o poema, sabendo que o amor é a tônica de Deus, e quando amamos o próximo, ficamos mais dispostos a servi-los, é onde caminhamos lado a lado com Deus. E é só servindo a alguém, que traçamos nossos corações, nos caminhos deste mundo. Laudicéia Bibliografia: Cartas do Coração. Psicografia de Francisco Cândido Xavier Imagem: http://api.ning.com/files/-mJ0OmWy*0MJr3JsnghVbFOaDbG*5XwcA MjDrkY51xU9CgiyjqT8ifAR9idanqZTXgIggRm6DjXt7rOnxUUURDyo0j8YDOVA/BRASILCORANGIF.jpg Clube do Livro Espírita “Joaquim Alves (Jô)” Receba mensalmente obras selecionadas de conformidade com os ensinamentos espíritas! Fique sócio(a) do Clube do Livro e receba mensalmente um livro espírita. Seu valor varia de R$ 20,00 a R$ 22,00, preço inferior ao de livrarias, centros e bancas. O livro é criteriosamente escolhido, sendo sempre uma obra fiel aos ensinamentos espírita-cristãos, à codificação de Kardec e ao nosso Mestre Jesus. Não há taxa de inscrição e você pode se desligar do Clube a qualquer momento e sem custo, mediante comunicado ao Clube do Livro Espírita “Joaquim Alves (Jô)”, com 30 dias de antecedência. Não há despesa nenhuma de envio pelo correio, e o boleto pode ser pago em qualquer banco ou casa lotérica até o vencimento. O livro é enviado em torno do dia 22 de cada mês e o pagamento do boleto é no dia 20 do mês seguinte. Caso se interesse em se associar e/ou queira presentear alguém todo mês com uma obra, são necessários o preenchimento de todos os campos do formulário que poderá ser obtido no site www.espiritismoeluz.org.br e o envio para o nosso e-mail ou endereço abaixo. Você pode ainda preenchê-lo diretamente em nosso site. Informe-se através: [email protected] ou [email protected] – www.espiritismoeluz.org.br (11) 2758-6345 – Rua dos Marimbás, 220 – Vila Guacuri – São Paulo – SP – Brasil - CEP 04475-240 Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” 17 Aconteceu aconteceu Atividades: Junho, Julho e Agosto O Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”, nos meses de junho, julho e agosto, foi cenário de muitas atividades, que trouxeram muita alegria e mobilização de vários voluntários. Dentre muitas atividades realizadas, destacamos: Chá Fraterno em julho Envolvidos em um clima de confraternização em que todos os que compareceram puderam ter algumas horas de agradável conversa, saboreando chás de vários sabores, chocolate quente e deliciosos quitutes, realizamos mais este encontro de amigos. Além de tudo, houve um animado sorteio de livros e objetos de artesanato entre os presentes. Visita ao Catavento Em um sábado muito agradável, as crianças que frequentam as aulas de Reconstrução Educativa, foram até ao Projeto Catavento, no Palácio das Indústrias, em São Paulo – SP, onde puderam aprender muito sobre os vários ramos da ciência, divertindo-se. Após o passeio, a excursão foi até um shopping da cidade, aonde tomaram um lanche em meio a muita alegria; para encerrar o dia, foram ao cinema assistir ao desenho “Meu Malvado Favorito – 2”. Todo o passeio foi acompanhado de monitores, voluntários do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” e transcorreu com muita tranquilidade e alegria para todos. Comemoração do Dia dos Pais No dia 02 de agosto, o grupo de teatro formado pelos trabalhadores voluntários do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” realizaram uma apresentação em homenagem aos pais. O texto foi composto de histórias sobre o relacionamento entre pais e filhos, seus entendimentos e desentendimentos, intercalados por frases de Chico Xavier. Graças ao empenho dos trabalhadores voluntários que se desdobram para que todas as atividades possam ser realizadas, pretendemos continuar com todas estas atividades para unir a todos em um clima de confraternização. Se você quer ser um voluntário em alguma atividade, venha e participe! “Vinde, abençoados de meu Pai, tomai posse do reino preparado para vós desde a criação do mundo. Por que tive fome e me destes de comer, tive sede e me destes de beber, fui peregrino e me acolhestes, estive nu e me vestistes, enfermo e me visitastes, estava Era uma casa abençoada, preso e viestes ver-me”. E responderão os Não tinha teto, não tinha nada. justos: “Senhor, quando foi que te vimos com fome e te alimentamos, com sede e Ninguém podia entrar nela não, te demos de beber ? Quando foi que te porque precisamos da sua colaboração! vimos peregrino e te acolhemos, nu e te vestimos ? Quando foi que te vimos enPedimos sua ajuda para continuarmos construindo a sede do nosso Núcleo de Estudos. fermo ou na cadeia e te fomos visitar ? “ Precisamos de qualquer tipo de colaboração, desde materiais de construção a apoio financeiro. E o Rei dirá : “Em verdade vos digo, todas O óbolo da viúva é sempre bem-vindo! as vezes que fizestes a um destes meus O terreno onde está sendo construída a nossa casa fica na rua dos Marimbás, 220 - Vila Guacuri - São Paulo - SP. irmãos menores, a mim o fizeste” - Mateus 25,34-46 Sua doação pode ser feita em nome do Núcleo de Estudos Espiritas “Amor e Esperança” CNPJ: 03.880.975/0001-40 - Banco Itaú S.A. - Agência 0257 - C/C 46.852-0 A equipe do Seareiro 18 Tema Livre tema Desculpemos Desculpemos, infinitamente. Tudo na vida se reveste de importância fundamental no aprimoramento comum. Dura é a pedra e áspera se nos afigura a longa extensão de areia, entretanto, fazem o leito das águas para que o rio não se perca. Obscura é a noite, mas, sem ela, as criaturas desconheceriam as estrelas. Desditosa e feia é a lagarta, contudo, é a tecelã dos fios de seda nobre que honra os ideais da beleza terrestre. Asfixiante é a dor, mas, sem o sofrimento, jamais seríamos advertidos pela verdade. Sempre que a mágoa ou a ofensa nos bater à porta, desculpemo-las tantas vezes quantas se fizerem necessárias. É pelo esquecimento de nossos erros que o Senhor se impõe sobre nós, porque só a bondade torna a vida realmente grande e em condições de ser divinamente vitoriosa, sentida com sinceridade e vivida em gloriosa plenitude. Meimei Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” Reuniões: 2ª, 4ª e 5ª, às 20 horas 2ª e 6ª, às 14h30 3ª, às 15 horas Domingo, às 10 horas O passe se inicia 30 min. antes das reuniões Artesanato: Sábado, das 14 às 17 horas Atendimento às Gestantes: nas reuniões de 2ª e 6ª Evangelização Infantil: ocorre em conjunto com as reuniões Terapia de apoio espiritual aos dependentes químicos e doentes em geral: 6ª, às 19h30 Tratamento Espiritual: 2ª e 4ª, às 19h45 6ª, às 14h45 Treino Mediúnico: 5ª, às 20 horas DIA LIVROS ESTUDADOS 2ª O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da Esperança – Emmanuel*; O Céu e o Inferno – Allan Kardec; Missionários da Luz – André Luiz* 3ª O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da Esperança – Emmanuel*; O Consolador – Emmanuel*; O Livro dos Espíritos – Allan Kardec 4ª O problema do ser, do destino e da dor – Léon Denis; O Livro dos Espíritos - Allan Kardec; Religião dos Espíritos – Emmanuel* 5ª O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Seara dos Médiuns – Emmanuel*; O Livro dos Médiuns – Allan Kardec 6ª O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da Esperança – Emmanuel*; Missionários da Luz – André Luiz*; Vida Futura – Roque Jacintho Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Domingo O Livro de mensagens de Emmanuel* *Livro psicografado por Francisco Cândido Xavier Já estamos oferecendo os cursos de: Alfabetização de Adultos, Artesanato, Culinária, Informática Básica, Reforço Escolar e Teatro. Rua dos Marimbás, 220 Vila Guacuri – São Paulo – SP – Tel.: (11) 2758-6345 Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” livre *** Desculpar.. Quantas vezes erramos e precisamos nos desculpar com as pessoas? Quantas vezes o recebimento do perdão se fez necessário para nós?! Não, não contemos, perderemos as contas! Mas saibamos que, da mesma forma que nos reconfortamos e temos a paz de volta, mediante o perdão de nossas ofensas, nossos irmãos necessitam ser desculpados, perdoados. Falamos do perdão do coração, aquele que não se importa com o orgulho e a vaidade, que perdoa por amor a Deus, por amor ao próximo. Assim, procuremos desculpar os que nos trazem amargor, ofensas... Somos assim, necessitamos uns dos outros para a árdua jornada de nossa reforma íntima. Jesus nos ensinou: Perdoar setenta vezes sete. Por isso, perdoemos e desculpemos sempre que necessário. Como disse Meimei: “Sempre que a mágoa ou a ofensa nos bater à porta, desculpemo-las tantas vezes quantas se fizerem necessárias”. Um coração verdadeiramente cristão sente-se feliz ao desculpar e caminha para sentir-se sempre mais feliz por não ofender! Que Jesus nos ilumine e que Deus nos abençoe! Cristiane Bibliografia: MEIMEI. Psicografado por Francisco Cândido Xavier. Cartas do coração. Ed. Lake.. Repúdio ao “Pau no Gato” Muitos já se questionaram sobre o porquê mudar a letra da canção de roda “atirei o pau no gato”. Antigamente as crianças a cantavam sem malícia! Achávamos que era inocente brincadeira de roda e não tínhamos intenção de machucar um animalzinho. Se formos analisar, nos tempos idos da infância de nossos pais, era comum as crianças, mais das vezes os meninos, se divertirem praticando perversidades com os animais, e isso, de certa maneira, era até considerado normal, levando-se à conta de mera molecagem própria da idade. Quantos já utilizaram do antigo brinquedinho infantil, o estilingue, para apedrejar pássaros indefesos, apenas pelo prazer de vê-los sucumbir? Pois é, estávamos nesse estágio evolutivo. Certamente que hoje não admitiríamos entoar, como se fosse natural, algo do tipo “atirei o pau na Ana, mas a Ana não morreu, a mamãe admirou-se do berro que ela deu”. Soar-nos-ia perverso, mas, em outros tempos, será que isso também não foi tão comum como o “atirar o pau no gato” da nossa época de infância? O duelo já vigorou de forma aceitável e impositiva na sociedade, mesmo custando a vida do duelista –“Você tem que lavar a sua honra!”. Hoje, sem perceber, ainda que com o andar suave da evolução humana, já não estamos nos permitindo ensinar aos pequenos, cantigas que considerávamos ingênuas e, com este grau de consciência moral, vamos modificando os nossos hábitos, até o dia em que expurgaremos de forma completa o mal que existe em nós. Nesse dia, estaremos praticando o mandamento Divino “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”. Araújo 19 FECHAMENTO AUTORIZADO – Pode ser aberto pela ECT Destinatário Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” Rua dos Marimbás, 220 São Paulo – SP 04475-240 ... CORREIOS ... SEAREIRO 9912284046 - DR/SPM Impresso Mala Direta Postal Especial