Tudo o que você precisa saber sobre rádio e

Transcrição

Tudo o que você precisa saber sobre rádio e
Tudo o que você precisa saber sobre rádio e televisão –
licenças, outorgas, taxa de penetração, receitas e receptores
Abert – Associação Brasileira
de Emissoras de Rádio e
Televisão
Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão - ABERT
SAF Sul Quadra 02 - Bloco “D” - Lote 04 - Edifício Via Esplanada - Sala 101
Brasília-DF - CEP 70.070-600
Fone (061) 2104-4600
dezembro.2010
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Tudo o que você precisa saber sobre rádio e televisão – licenças, outorgas, taxa de penetração,
receitas, audiências e receptores
Baseado em:
IBGE – PNAD/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
IETS - Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade
ANATEL – Agência Nacional de Telecomunicações
Mídia Dados 2008 – Grupo de Mídia de São Paulo
Teleco – Inteligência em telecomunicação
Formatado e organizado por:
1
Luis Roberto Antonik*
1
Luis Roberto Antonik é Mestre em Gestão pela Escola Brasileira de Administração Pública do Rio de Janeiro (EBAP)
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Sumário
Baseado em: ....................................................................................................................... 2
IBGE – PNAD/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios ................................... 2
IETS - Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade ................................................. 2
ANATEL – Agência Nacional de Telecomunicações ................................................... 2
Mídia Dados 2008 – Grupo de Mídia de São Paulo .................................................... 2
Teleco – Inteligência em telecomunicação.................................................................... 2
Formatado e organizado por: Luis Roberto Antonik* ................................................ 2
Sumário ........................................................................................................................................ 3
I - Introdução ................................................................................................................................ 4
II - O Brasil Cresceu e Melhorou Socialmente ............................................................................ 6
2.1 – Renda e Desigualdade .................................................................................................. 7
2.2 – População, economia e atividade ............................................................................... 10
2.2.5 Entre 2005 e 2008 o acesso à Internet aumenta 75,3% ............................................. 21
2.3 – Cresce o Acesso da População aos Bens Duráveis .................................................... 25
2.3.2 – A taxa de penetração do rádio nos domicílios é maior que se imagina ................. 25
2.3.3 Desde 2002, número de domicílios com celular cresce mais de 15% ao ano ........... 27
III - O crescimento Socioeconômico do Brasil e a Radiodifusão .............................................. 30
3.1.1 O número de bens duráveis aumenta significativamente, com destaque para
computador e internet ......................................................................................................... 30
3.1.2 Radiodifusão gratuita, fator de inclusão social ......................................................... 30
3.1.3 Domicílios com TV e rádio - um indicador de cidadania ......................................... 31
3.1.4 Energia elétrica, um indicador de inclusão social ..................................................... 32
3.1.5 Rádio e televisão, acompanhando o Brasil, aumentam a taxa de penetração
domiciliar ........................................................................................................................... 34
3.1.6 A taxa de penetração da televisão mostra um Brasil desigual .................................. 35
IV – Radiodifusão, licenças e outorgas ...................................................................................... 46
4.1.1 Acompanhando o crescimento do país, o número de radiodifusores também
aumenta. ............................................................................................................................. 46
V – A radiodifusão e a indústria................................................................................................. 63
5.1.1 A indústria de aparelhos receptores evolui tecnologicamente. ................................. 63
VI – As receitas da indústria de radiodifusão ............................................................................ 68
6.1.1 O faturamento da indústria de serviços de sons e imagens ...................................... 68
VII - Classificação de Emissoras de Radiodifusão Quanto ao Aspecto Técnico ....................... 73
7.1 - geradoras e retransmissoras de televisão (radiodifusão de sons e imagens)............... 73
7.2 – Radiodifusão sonora – emissoras de rádio ................................................................. 74
7.2.1 - Rádios AM (Modulação em Amplitude) ................................................................ 74
7.2.2 - Rádios de Frequência Modulada (FM) ................................................................... 75
VIII – estatísticas de comportamento ......................................................................................... 77
VIII - Glossário De Radiodifusão .............................................................................................. 84
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I - Introdução
A radiodifusão brasileira vive o momento de marcar posição sobre temas estratégicos,
como a liberdade de expressão comercial, o combate à radiodifusão ilegal, a
adaptação tecnológica aos novos meios e, especialmente, a digitalização dos meios
atuais. Isso tudo sem mencionar o sopro de modernização, melhoria de processos e
de gestão no Ministério das Comunicações, sob o Governo da Presidente Dilma
Rousseff.
A televisão digital já é uma realidade no Brasil. Ao final de 2010, todas as 27 capitais
têm consignações do serviço e a cobertura que atinge mais de 50% da população, ou
seja, 89,5 milhões de pessoas. As consignações já atingiam 219 canais em 68
cidades ou regiões metropolitanas, perfazendo um total de 425 municípios cobertos
pela nova tecnologia.
Quanto à digitalização do rádio, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, anunciou
a assinatura da portaria em maio de 2009 para a realização de consulta pública que
permitirá a concorrência dos principais padrões digitais de rádio do mundo e,
posteriormente, a definição do modelo a ser adotado pelas milhares de emissoras
brasileiras. Quase centenário, o rádio brasileiro é o único remanescente no ambiente
analógico e, portanto, a possibilidade de transição para o padrão digital é muito
esperada pelas emissoras.
Para o setor da radiodifusão, que responde por 0,49% do PIB, gera 302,6 mil
empregos (diretos e indiretos2) e faturou mais de 23,5 bilhões3 de Reais em 2007, a
publicidade responde por 89% da receita das emissoras, segundo informa a FGV.
Segundo estimativas da Abert, a radiodifusão teve uma Receita Bruta Operacional de
R$ 29,2 bilhões.
Outros grandes temas ainda desafiam a capacidade empresarial dos radiodifusores,
como a discussão do futuro das comunicações, a convergência tecnológica e as
novas mídias. No âmbito regulatório, permanece a necessidade premente de
aperfeiçoamento da gestão operacional dos processos em tramitação no Ministério
das Comunicações, assunto que tem merecido prioridade total da atual gestão.
É necessário, entretanto, unir e consolidar o setor, dirigindo a atuação do radiodifusor
num cenário de convergência cada vez mais complexo e desafiador, que elimina
fronteiras entre os meios de comunicação, torna mais veloz o acesso à informação e
redesenha, pouco a pouco, a maneira de fazer negócios.
2
Segundo publicação da ABAP: Números Oficiais da Indústria de Comunicação, em 2007, a TV emprega
diretamente 50.178 pessoas e o rádio 32.232.
3
Publicação da ABAP/IBGE: Números Oficiais da Indústria de Comunicação, em 2007
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Este trabalho, intitulado “Tudo o que você precisa saber sobre rádio e televisão –
licenças, outorgas, taxa de penetração, receitas, audiências e receptores”, tem
como objetivo expor à sociedade os números agregados do setor de radiodifusão no
Brasil, mostrando não apenas a sua importância socioeconômica, mas também
informações operacionais e mercadológicas, servindo de base para projetos e
especialmente pesquisas e trabalhos acadêmicos que versem sobre o setor de som e
imagens. Tudo isso sem pretender nenhum retorno econômico.
Todas as informações, mapas, quadros e gráficos do trabalho são constituídos de
fontes disponíveis na Internet, tendo sido baseados e formatados a partir de cinco
instituições de renome nacional, todas conhecidas pelo profissionalismo:
IBGE – PNAD/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios,
IETS (Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade da UFRJ),
ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações),
Mídia Dados 2010 – Grupo de Mídia de São Paulo,
Teleco - Inteligência em Telecomunicação.
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II - O Brasil Cresceu e Melhorou Socialmente
Finalizado o ano de 2010, o IBGE mediu a população brasileira em 190.732.694
pessoas, habitando um total de 58,577 milhões de domicílios. São 3,3 brasileiros em
cada um dos domicílios. É um Brasil urbano, mais de 84% destas de pessoas vivem
em áreas urbanas.
Mas o Brasil rico, uma das maiores potências econômicas mundiais, e em especial
com futuro promissor, é um pais com muitas pessoas pobres. Ao contrário da crença
geral, desassociada de dados estatísticos, aquilo que pensamos ser classe média, na
verdade são os pobres e, por outro lado, as pessoas que classificamos como classe
média são os riquíssimos. Apenas para exemplificar este raciocínio, dentro da
classificação econômica familiar, as famílias elencadas como A1 e A2, ou seja, o topo
da pirâmide da riqueza brasileira, que representam apenas 8% da população,
possuíam em 2010 renda média mensal de 21,6 salários mínimos (Quadro 2.1), ou
seja, R$ 11.016,00. Ora, se consideramos que cada domicílio tem, em média, 3,3
pessoas (190.732/67,6), cada uma destas pessoas da classe A1 e A2, ganha em
média R$ 3.338,18 por mês. Essa é uma renda classe A? Para o Brasil, por certo é.
Quadro 2.1 - Classificação econômica familiar
Classificação
2007
2009
Distribuição Renda média em
(%)
SM (R$ 350,00)
2010
Distribuição
(%)
Renda média em
SM (R$ 453,00)
Distribuição
(%)
Renda média em
SM (R$ 510,00)
A1 + A2
7%
18,6
6%
21,0
8%
21,6
B1 + B2
24%
7,4
28%
7,9
32%
7,2
C
39%
3,0
47%
3,1
46%
2,9
D
27%
1,7
17%
1,7
13%
1,6
3%
0,9
2%
1,2
1%
1,0
E
Fonte: Mídia Dados 2010
Conforme demonstra o Quadro 2.2, nos últimos 16 anos, quando comparados os
anos de 1992 e 2009, segundo o PNAD do IBGE, a renda médio do brasileiro
aumentou 18,82%4 em termos reais, expressos em Real de dezembro de 2009,
deflacionados pelo INPC/IBGE. Uma análise mais detalhada mostra que o grande
crescimento foi experimentado pelas camadas da população com menor faixa de
renda, fato que resultou em um aumento concomitante no consumo de bens duráveis,
bem como a penetração em determinados serviços essenciais, como telefonia,
internet e rádio e televisão.
4
(R$ 1307 / R$ 1100 -1 x 100)
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3
Quadro 2.2 - Renda real média do trabalho principal (pessoas com 15 anos ou mais das Reg.Metrop.)
ANO/UNIDADE
1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Brasil
1100 1160 1421 1471 1465 1466 1317 1278 1230 1122 1113 1168 1227 1267 1266 1307
Belém
Salvador
Fortaleza
Recife
Distrito Federal
Belo Horizonte
Rio de Janeiro
São Paulo
Curitiba
Porto Alegre
814
932
632
723
1264
936
1095
1313
1010
1046
1062
1042
681
705
1614
959
999
1407
1314
1082
1173
987
795
829
1819
1136
1332
1767
1492
1368
1138
1121
893
926
1830
1100
1400
1820
1411
1390
1056
1152
837
849
1939
1170
1363
1827
1502
1363
1089
1099
804
918
1887
1158
1447
1787
1452
1369
987
942
776
843
1773
1039
1341
1590
1267
1226
882
919
781
885
1724
1012
1272
1572
1182
1200
835
890
739
810
1823
1024
1239
1472
1150
1175
660
768
677
698
1683
919
1160
1344
1071
1090
723
744
701
809
1740
933
1140
1272
1207
1121
731
818
728
839
1755
1003
1163
1352
1184
1215
835
940
757
861
1905
1085
1292
1378
1164
1231
899
958
760
854
2069
1116
1306
1433
1310
1200
874
984
806
895
2102
1142
1291
1389
1350
1286
840
991
859
943
2142
1188
1393
1436
1353
1253
Fonte: Elaborado pelo IETS a partir dos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE).
Notas:
1 - A pesquisa não foi a campo em 1994 e 2000.
3 - Valores expressos em Reais de 2009.
2.1 – Renda e Desigualdade5
Segundo o professor André Urani, pesquisador do Instituto de Estudos do Trabalho e
Sociedade (IETS), da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o Brasil não é um país
pobre, mas um país com muitos pobres. Melhor dizendo, o nível de riqueza não é
baixo, mas é pessimamente distribuído entre as várias camadas da população. Neste
contexto de desigualdade, a radiodifusão, por ser um serviço de acesso gratuito e
com equipamento de custo relativamente baixo, contribui enormemente para o
fortalecimento da consciência nacional. É inegável a contribuição da radiodifusão para
a formação e a manutenção da igualdade da cultura e especialmente da língua
brasileira.
Os indicadores sociais brasileiros têm mostrado uma evolução significativa nos
últimos dez anos, assim como o acesso das pessoas a serviços essenciais, como
água, esgoto, energia, rádio e televisão.
Entretanto, a matriz de distribuição de renda tem se mostrado cruel. Pouco ou
nenhum avanço é registrado neste fundamental indicador econômico. A desigualdade
social é medida pelo índice de Gini, o qual, por meio de um conceito simples, mede o
grau de distribuição da riqueza, comparando o percentual da renda com o percentual
da população. Também chamada de Curva de Lorenz, o Índice de Gini é
representado pela área situada abaixo da linha que liga os extremos do Gráfico 1.
5
Baseado em Antonik, Luis Roberto, Renda e Desigualdade Social, artigo publicado em FaeInteligentia – www.fae.edu
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Procentagem acumulada da renda apropriada por cada
décimo da distribuição de renda
Brasil - Curva de lorenz - 2002
Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) de 2001.
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Porcentagem acumulada da população
Gráfico 2.1 – Brasil – Curva de Lorenz - 2002
Em termos teóricos, um país que tivesse a renda igualitariamente distribuída estaria
representado pelo segmento “A” do Gráfico 2.2, conforme indicado na figura a seguir.
Ou seja, 40% da população receberia 40% da renda, 80% da população receberia
80% da renda e assim por diante. Já o segmento “B” da mesma figura, representaria
uma desigualdade de distribuição de renda, pois 80% da população receberia apenas
60% da renda.
Gráfico 2.2 – Exemplo teórico da curva de Lorenz
A desigualdade é a principal causa da pobreza, assumindo níveis alarmantemente
altos. Segundo dados da Pesquisa Nacional de Amostras por Domicílio (PNAD Página 8 de 97
2008) o Índice de Gini mediu a desigualdade da distribuição de renda no Brasil
(Gráfico 2.3) em cerca de 0,521 (0,20 na República Eslovaca e cerca de 0,25 na
Bélgica e na Áustria). (Quanto mais próximo de 0, mais igual, e quanto mais próximo
de 1, mais desigual).
Gráfico 2.3 – Índice de Gini – países selecionados
Deve-se reafirmar que a desigualdade não está ligada à pobreza, e sim à diferença
entre ricos e pobres, o que gera tensões sociais entre as classes. Este fato está entre
os que explicam a violência nas grandes cidades brasileiras.
Mais uma vez, neste ambiente de tensões e injustiças sociais, a radiodifusão torna-se
uma prestação de serviços fundamental. Pela gratuidade e pela universalização,
trazem aos brasileiros a consciência dos problemas nacionais, o lazer e a cultura,
sem se importar muito com a renda ou a localização do cidadão. Entretanto, conforme
veremos mais adiante, muito ainda há por ser feito na universalização da
radiodifusão, notadamente nos estados do Norte e Nordeste, alguns dos quais detém
o triste índice de ausência da radiodifusão de até mais de 20% dos seus domicílios
familiares.
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2.2 – População, economia e atividade
Segundo o IBGE, apenas 34 cidades brasileiras têm mais de 500 mil habitantes e
apenas 270 tem população superior a 100 mil habitantes (Quadro 2.3). A população
brasileira está altamente concentrada nas capitais e regiões metropolitanas, fato que
acarreta inúmeros problemas, pois as cidades grandes trazem consigo dificuldades
naturais de infraestrutura e questões ambientais.
Quadro 2.3- Número de municípios e população nos censos de 2000 e 2010,
segundo classes de tamanho da população.
Número de Municípios e População nos
Brasil classes de tamanho da
Censos Demográficos
população
2.000
2.010
total de municípios
5.507
5.565
até 10 000
2.637
2515
De 10 001 a 50 000
2345
2.443
De 50 001 a 100 000
301
324
De 100 001 a 500 000
193
246
De 500 001 a 1 000 000
18
23
De 1 000 001 a 2 000 000
7
9
De 2 000 001 a 5 000 000
4
4
De 5 000 001 a 10 000 000
1
1
Mais de 10 000 000
1
1
Fonte: PNAD 2009
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2009 mostra avanços em
diversos indicadores, como o aumento do percentual de empregados com carteira
assinada, de 58,8% em 2008 para 59,6% em 2009. O rendimento mensal real de
trabalho também permaneceu em elevação, com aumento de 2,2% entre 2008 e
2009, e a concentração desses rendimentos, medida pelo Índice de Gini, continuou se
reduzindo, de 0,521 para 0,518 (como vimos acima quanto mais perto de zero, menos
desigual é a distribuição).
Por outro lado, o mercado de trabalho brasileiro, como ocorreu na maioria dos países,
sentiu os reflexos da crise internacional. Em relação a 2008, houve aumento de
18,5% na população desocupada (de 7,1 para 8,4 milhões de pessoas de 10 anos ou
mais de idade), sobretudo entre os mais jovens, e crescimento da taxa de
desocupação, de 7,1% para 8,3%, invertendo uma tendência de queda nesse
indicador que se mantinha desde 2006. A população ocupada, estimada em cerca de
92,7 milhões, não se alterou significativamente frente ao ano anterior (aumento de
0,3%), e o nível de ocupação caiu de 57,5% para 56,9%.
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Em relação às condições de vida da população, a pesquisa mostra que vem
aumentando o acesso a serviços como abastecimento de água por rede geral (de
42,4 milhões em 2004 para 49,5 milhões em 2009), coleta de lixo (de 43,7 milhões em
2004 para 51,9 milhões em 2009), iluminação elétrica (de 50,0 milhões em 2004 para
57,9 milhões em 2009) e rede coletora ou fossa séptica ligada à rede coletora de
esgoto (de 29,1 milhões em 2004 para 34,6 milhões em 2009). O acesso a bens
duráveis, como máquina de lavar, rádio, televisão e geladeira, também vem
crescendo, bem como o percentual de residências que têm computador (34,7% em
2009), Internet (27,4%) e telefone celular (78,5%).
Em 2009, o número de domicílios particulares permanentes foi estimado em 58,6
milhões de unidades e a população brasileira chegou a pouco mais de 190 milhões de
pessoas, sendo que as mulheres representavam 51,3% e os homens, 48,7% do total.
A estrutura etária dessa população continuou apresentando tendência de
envelhecimento, e 11,3% das pessoas tinham 60 anos ou mais de idade. Quanto à
escolaridade, houve leve redução da taxa de analfabetismo para as pessoas de 15
anos ou mais de idade (de 11,5% em 2004 para 9,7% em 2009) e da taxa de
analfabetismo funcional para essa mesma faixa etária, de 24,4% para 20,3% (Quadro
2.4).
Quadro 2.4 - Taxa de analfabetismo (pessoas com 15 anos ou mais de idade)
1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004*¹ 2005*¹ 2006*¹
2007*¹
2008*¹ 2009*¹
Brasil
17,2
16,4
15,5
14,6
14,7
13,8
13,3
12,3
11,8
11,5
11,4
11,1
10,4
10,0
10,0
9,7
Norte¹
14,2
14,8
13,3
12,5
13,5
12,6
12,2
11,2
10,4
10,6
12,7
11,5
11,3
10,8
10,7
10,6
Nordeste
32,8
31,8
30,5
28,7
29,4
27,5
26,6
24,2
23,4
23,2
22,4
21,9
20,7
19,9
19,4
18,7
Centro-Oeste
14,5
14,0
13,3
11,6
12,4
11,1
10,8
10,2
9,6
9,5
9,2
8,9
8,3
8,1
8,2
8,0
Sudeste
10,9
9,9
9,3
8,7
8,6
8,1
7,8
7,5
7,2
6,8
6,6
6,5
6,0
5,7
5,8
5,7
Sul
10,2
9,8
9,1
8,9
8,3
8,1
7,7
7,1
6,7
6,4
6,3
5,9
5,7
5,4
5,5
5,5
Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD).
Obs.: A pesquisa não foi a campo em 1994 e 2000.
Notas:
1 - A área rural da região norte do país, a exceção do estado de Tocatins passou a integrar a amostra em 2004.
Os resultados da coluna 2004*, 2005*, 2006*, 2007*, 2008* e 2009* foram estimados incorporando a amostra da área rural da região norte.
Fonte: Elaborado pelo IETS a partir dos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE).
A PNAD 2009 também trouxe novidades em relação às edições anteriores. A
tecnologia da informação se tornou um tema permanente, e a pesquisa registrou que
o número de usuários de Internet mais que dobrou, aumentando de 31,9 milhões em
2005 para 67,9 milhões em 2009.
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Escolaridade dos trabalhadores continua a aumentar
Em 2009, 43,1% da população ocupada tinham pelo menos o ensino médio completo,
contra 33,6% em 2004, e os trabalhadores com nível superior completo
representavam 11,1% do total, frente a 8,1% em 2004. Nesse intervalo de tempo, os
percentuais de ocupados nos níveis de instrução mais baixos caíram, e os com níveis
mais altos cresceram. Em 2009, nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, os
percentuais de pessoas ocupadas com pelo menos o ensino médio ultrapassavam
40%; no Sudeste (14,1%), Sul (12%) e Centro-Oeste (12,5%) o percentual de
trabalhadores com ensino superior completo era maior que a média nacional.
Em 2009, 42,9% da população ocupada trabalhavam em atividades de serviços. De
2004 a 2009, caiu o percentual de ocupados nas atividades agrícolas (de 21,1% para
17%); a indústria (de 14,6% para 14,7%) e o comércio (de 17,3% para 17,8%)
mostraram estabilidade; e houve altas na construção (de 6,3% para 7,4%) e nos
serviços (de 40,4% para 42,9%).
Trabalho com carteira assinada manteve crescimento, tanto no ano, quanto em
relação a 2004
Em 2009, mais da metade da população ocupada (58,6%) era de empregados, 20,5%
eram trabalhadores por conta própria, 7,8% trabalhadores domésticos, e os
empregadores eram 4,3%. Os demais 8,8% eram trabalhadores não remunerados
(4,6%), trabalhadores na produção para o próprio consumo (4,1%) e na construção
para o próprio uso (0,1%). Entre os 54,3 milhões de empregados, 59,6% (ou 32,3
milhões) tinham carteira de trabalho assinada, 12,2% eram militares e estatutários e
28,2% não tinham carteira de trabalho assinada. O Sudeste tinha o maior percentual
de trabalhadores com carteira de trabalho assinada (67,3%) entre os empregados, e o
Norte, o menor (42,4%). A participação dos trabalhadores com carteira entre os
empregados cresceu em relação a 2004 (quando era de 54,9%), enquanto a dos sem
carteira caiu (era 33,1% em 2004). A característica dos ocupados mostra um perfil
bastante melhorado, quando comparado com a média brasileira. A taxa de
analfabetismo, por exemplo, entre os ocupados, alcança 2,6% em 2009 (Quadro 2.5).
Página 12 de 97
Quadro 2.5 - Características dos ocupados no Brasil metropolitano (pessoas com 15 anos ou mais)
1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Taxa de Analfabetismo (%)
6,4
5,6
5,1
4,6
4,7
4,4
4,0
4,0
3,8
3,4
3,4
3,3
2,8
2,7
2,6
2,6
Escolaridade média (anos de estudo)
7,1
7,3
7,5
7,7
7,8
8,0
8,0
8,3
8,5
8,7
8,8
8,9
9,2
9,3
9,4
9,5
1º grau incompleto
53,3
51,7
50,0
46,6
46,0
43,7
42,7
39,3
37,5
35,3
33,6
32,7
30,6
28,9
28,0
27,3
1º grau completo
11,7
11,4
12,1
13,1
12,5
12,4
12,8
12,5
12,0
11,9
11,9
11,2
10,9
11,5
11,4
10,8
2º grau incompleto
5,6
6,0
6,2
6,6
6,6
7,2
7,2
7,3
7,2
7,2
7,2
7,2
7,0
7,0
6,9
6,7
2º grau completo
16,0
16,8
17,2
18,5
19,6
20,4
21,6
24,0
25,4
26,9
28,6
29,5
30,9
31,4
31,9
32,6
Superior incompleto ou mais
13,5
14,0
14,4
15,1
15,3
16,3
15,7
16,9
17,9
18,7
18,7
19,4
20,6
21,1
21,7
22,6
Homem
60,2
59,9
58,6
58,8
59,0
58,3
58,2
57,1
56,8
56,4
55,8
55,8
55,5
55,3
55,4
54,9
Mulher
39,8
40,1
41,4
41,2
41,0
41,7
41,8
42,9
43,2
43,6
44,2
44,2
44,5
44,7
44,6
45,1
Branco
59,7
60,5
60,9
61,0
60,5
60,3
59,9
59,7
58,8
58,2
56,5
54,5
54,6
54,1
52,9
52,3
Negros(preto e pardo)
40,3
39,5
39,1
39,0
39,5
39,7
40,1
40,3
41,2
41,8
43,5
45,5
45,4
45,9
47,1
47,7
15-24
24,2
23,1
23,0
22,6
22,4
21,7
21,3
21,2
20,5
20,1
19,4
19,6
18,4
18,3
17,4
17,2
25-49
62,2
63,1
62,6
63,3
63,2
63,3
63,6
62,9
63,3
63,2
63,5
62,8
63,0
62,7
62,6
62,7
50 ou mais
13,5
13,8
14,4
14,1
14,4
15,0
15,0
15,8
16,2
16,7
17,1
17,6
18,6
19,0
19,9
20,2
Escolaridade (%)
Sexo (%)
Raça (%)
Idade (%)
Fonte: Elaborado pelo IETS a partir dos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE).
Notas:
1 - A pesquisa não foi a campo em 1994 e 2000.
2 - A pesquisa reformulou os códigos de setores de atividades para o ano de 2002, assim a comparação com este ano não é a mais adequada.
Em todos os grupamentos de atividade foi confirmada a tendência de aumento da
participação dos empregados com carteira de trabalho assinada. Em 2009, havia 7,2
milhões de trabalhadores domésticos no país, e em relação a 2008, o contingente
cresceu 9%. No mesmo período, houve crescimento de 12,4% (ou mais 221 mil
trabalhadores domésticos com essa garantia trabalhista) no número de trabalhadores
domésticos com carteira assinada (2,0 milhões). Entre 2004 e 2009, enquanto o
contingente de trabalhadores domésticos cresceu 11,9%, o de trabalhadores
domésticos com carteira aumentou 20%.
Rendimento do trabalho cresce 2,2% entre 2008 e 2009, mas ainda não chega a
patamar de 1996
O rendimento médio mensal de trabalho cresceu 2,2% entre 2008 e 2009, subindo de
R$ 1.082 para R$ 1.111. Embora tal crescimento seja maior que o observado entre
2007 e 2008 (1,7%), ficou abaixo dos percentuais registrados entre 2006 e 2007
(3,1%) e 2005 e 2006 (7,2%). O quarto ano consecutivo de alta nesse índice,
entretanto, não o faz o maior da série: em 1996, o rendimento do trabalho somava R$
1.144. Mesmo assim o ganho acumulado desde 2004 alcançou 20%.
Na comparação com 2008, o maior crescimento ocorreu no Norte (4,4%), atingindo
R$ 921; seguido por Sul (3% - R$ 1.251), Nordeste (2,7% - R$ 734) e Sudeste (2% R$ 1255). Única região a registrar queda do rendimento médio mensal real do
trabalho, o Centro-Oeste (-0,6%) continuava entretanto com o maior valor: R$ 1.309.
Página 13 de 97
Nordeste supera Centro-Oeste como região onde rendimento de trabalho é mais
concentrado
De acordo com o Gráfico 2.4, entre 2008 e 2009, o Índice de Gini para os
rendimentos de trabalho no Brasil recuou de 0,521 para 0,518 (quanto mais próximo
de zero, menos concentrada é a distribuição dos rendimentos). Em 2007, este índice
era de 0,528 e, em 2006, de 0,541. No Nordeste, caiu de 0,546 para 0,542 entre 2008
e 2009; e no Sul de 0,486 para 0,482. O Sudeste não apresentou mudança
significativa, passando de 0,496 para 0,495, ao contrário do que ocorreu no CentroOeste, onde o recuo foi de 0,552 para 0,540. Tal queda fez com que a região
deixasse de apresentar o maior índice de concentração neste item, o que ocorria
desde 2007. Em 2009, este posto foi ocupado pelo Nordeste. Considerando o sexo,
em 2009, o rendimento médio mensal das mulheres (R$ 786) representou 67,1% do
obtido por homens (R$ 1.171). Em 2004, este percentual era de 63,6%, e vem
crescendo desde então.
59,0%
58,0%
57,0%
56,0%
55,0%
54,0%
53,0%
52,0%
51,0%
50,0%
49,0%
48,0%
Índice de Gini
57,5%
56,7%
58,0%
56,7%
56,6% 56,3%
54,4%
55,4%
54,7%
54,1%
52,8%
52,1% 51,8%
Gráfico
2.41998
– Índice
Gini 2001
(Fonte:
PNAD
2009)
1997
1999de2000
2002
2003
2004 2005 2006 2007 2008 2009
Rendimento de todas as fontes cresce pelo quinto ano consecutivo
O rendimento médio mensal real de todas as fontes cresceu 2,3% entre 2008 e 2009,
atingindo R$ 1.088. Os valores reais médios de todas as fontes, para o período 20042008, foram: R$ 915, R$ 962, R$ 1.020, R$ 1.046 e R$ 1.064. Assim como nos
Página 14 de 97
rendimentos de trabalho, o crescimento ocorreu em todas as classes de rendimento,
especialmente nas mais baixas.
O Quadro 2.6 mostra, entretanto, que ainda subsistem profundos problemas sociais
que precisam ser superados no Brasil, a diferença entre a renda média do trabalho
principal por sexo e raça apresentam profundas desigualdades. Os homens ganham
46,92% a mais que as mulheres (R$ 1.528 / R$ 1.040 – 1 * 100). Sob a mesma ótica,
a análise quando feita por raça, do mesmo modo, coloca 73,1% mais renda para o
brancos (R$ 1.639 / R$ 947 – 1 * 100).
Quadro 2.6 - Renda real média do trabalho principal por características básicas no Brasil metropolitano3 (pessoas com 15 anos ou mais)
1992
1993
1995
1996
1997
1998
1999
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
1314
779
1407
792
1731
984
1752
1073
1733
1080
1753
1069
1542
1006
1505
979
1438
958
1316
873
1298
881
1367
918
1438
965
1477
1010
1474
1009
1528
1040
1364
712
1461
703
1791
853
1842
891
1840
897
1853
881
1655
818
1606
798
1547
782
1418
714
1403
741
1498
777
1566
825
1616
865
1604
892
1639
947
568
1292
1176
534
1340
1392
674
1607
1814
686
1694
1739
694
1662
1808
692
1625
1930
635
1465
1677
619
1404
1676
609
1342
1586
561
1212
1463
557
1210
1398
589
1259
1498
609
1298
1607
641
1320
1707
644
1329
1621
669
1370
1659
635
923
928
1368
2877
622
903
859
1390
3264
776
1111
1000
1712
3845
816
1116
1052
1642
3820
779
1117
1038
1631
3838
749
1036
979
1547
3875
689
968
843
1386
3497
639
889
781
1283
3350
617
816
756
1179
3126
563
768
649
1054
2735
562
711
643
1040
2722
579
767
674
1035
2823
616
764
689
1068
2856
639
809
722
1093
2897
660
792
734
1087
2775
656
823
718
1087
2859
1204
1562
1584
516
965
3129
1201
1419
1638
568
1075
4047
1367
1886
2064
705
1404
5069
1388
1976
2154
779
1563
5166
1385
1848
2148
773
1557
5191
1426
2070
2187
839
1375
4916
1289
2049
2135
721
1253
4515
1264
2184
2197
744
1202
4236
1224
2008
2243
713
1104
3842
1128
1868
1980
629
1021
3473
1115
1671
2106
639
982
3432
1160
1775
2235
671
1028
3636
1201
1896
2516
690
1058
3666
1225
1852
2539
747
1152
3952
1227
2389
2564
734
1081
3686
1243
2477
2722
799
1108
3776
Sexo
Homem
Mulher
Raça
Branco
Negros(preto e pardo)
Idade
15-24
25-49
50 ou mais
Escolaridade
1º grau incompleto
1º grau completo
2º grau incompleto
2º grau completo
Superior incompleto ou mais
Posição na ocupação
Empregado com carteira
Militar
Funcionário público
Empregado sem carteira
Conta própria
Empregador
Fonte: Elaborado pelo IETS a partir dos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE).
Notas:
1 - A pesquisa não foi a campo em 1994 e 2000.
2 - A pesquisa reformulou os códigos de setores de atividades para o ano de 2002, assim a comparação com este ano não é a mais adequada.
3 - Valores expressos em Reais de 2009.
Em 2009, o rendimento médio domiciliar ficou em R$ 2.085, com ganho real de 1,5%
em relação aos R$ 2.055 verificados em 2008. Entre 2004 e 2009, o aumento
acumulado somou 19,3%. Como o crescimento foi mais intenso nas classes de
rendimento mais baixas, houve queda no indicador de concentração, fazendo o índice
de Gini recuar de 0,514 para 0,509. O Norte foi a única região a ter aumento do índice
no período, de 0,477 a 0,491.
A renda médio do trabalho principal, expressa em valores de 2009, apresentou um
modesto crescimento entre 2008 e 2009, de 2,85% (979 / 952 – 1 * 100). O Quadro
2.7 retrata um pouco da desigualdade de renda na qual o Brasil vive, onde a renda
média do trabalho principal, de R$ 600,00 é praticamente a metade de renda das
regiões Centro-Oeste (puxado pelo DF), do Sudeste e do Sul.
Página 15 de 97
Quadro 2.7 - Renda real média do trabalho principal3 (pessoas com 15 anos ou mais)
Brasil
1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004*4 2005*4 2006*4 2007*² 2008*² 2009*²
741 772 941 981 970 964 887 892 864 805
803
835
900
933
952
979
Norte
655
719
872
881
855
822
778
778
748
660
619
641
693
746
758
Nordeste
400
415
490
529
503
508
473
485
466
428
446
464
523
538
573
795
600
Centro-Oeste
768
896
971
1037 1055 1047
965
1001 1015
941
970
1011
1071
1150
1198
1193
Sudeste
945
960
1215 1253 1259 1253 1141 1133 1093 1015
996
1036
1109
1133
1138
1162
761 817 961 985 983 971 915 897 876 854
887
917
970
1021 1058
Sul
Fonte: Elaborado pelo IETS a partir dos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE).
Notas:
1 - A pesquisa não foi a campo em 1994 e 2000.
2 - Devido amostra dos dados da região norte apenas incluirem a área urbana dos setes estados e a área rural de Tocantins,
os dados destes estados, isolamente, não são apresentados.
3 - Valores expressos em Reais de 2009.
1095
Taxa de analfabetismo funcional em queda, mas está acima de 20%
A taxa de analfabetismo entre pessoas de 15 anos ou mais caiu 1,8 ponto percentual
entre 2004 e 2009. Apesar disso, no ano passado ainda existiam no Brasil 14,1
milhões de analfabetos, o que corresponde a 9,7% da população nesta faixa etária
(Quadro 2.8). A PNAD estimou também a taxa de analfabetismo funcional (percentual
de pessoas de 15 anos ou mais de idade com menos de quatro anos de estudo) em
20,3%. O índice é 4,1 pontos percentuais menor que o de 2004 e 0,7 ponto
percentual menor que o de 2008.
O Nordeste foi onde o analfabetismo mais se reduziu entre 2004 e 2009 (de 22,4%
para 18,7%), mas apresenta o índice bem acima das demais regiões, quase o dobro
da média nacional. Nessa região, merece destaque também a redução do
analfabetismo funcional, em 6,6 pontos percentuais de 2004 para 2009.
Entre os analfabetos, 92,6% tinham 25 anos ou mais de idade, o que representava
12% do total da população nesta faixa etária. Entre as pessoas de 50 anos ou mais
de idade, a taxa de analfabetismo era de 21%. A PNAD mostrou ainda que a taxa de
analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade era maior entre os homens
(9,8%) que entre as mulheres (9,6%).
Página 16 de 97
Quadro 2.8 - Taxa de analfabetismo (pessoas com 15 anos ou mais de idade)
1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004*¹ 2005*¹ 2006*¹ 2007*¹ 2008*¹ 2009*¹
Brasil
17,2
16,4
15,5
14,6
14,7
13,8
13,3
12,3
11,8
11,5
11,4
11,1
10,4
10,0
10,0
9,7
Norte¹
14,2
32,8
14,8
31,8
13,3
30,5
12,5
28,7
13,5
29,4
12,6
27,5
12,2
26,6
11,2
24,2
10,4
23,4
10,6
23,2
12,7
22,4
11,5
21,9
11,3
20,7
10,8
19,9
10,7
19,4
10,6
18,7
Nordeste
14,5 14,0 13,3 11,6 12,4 11,1 10,8 10,2 9,6
9,5
9,2
8,9
8,3
8,1
8,2
8,0
Centro-Oeste
Sudeste
10,9 9,9
9,3
8,7
8,6
8,1
7,8
7,5
7,2
6,8
6,6
6,5
6,0
5,7
5,8
5,7
Sul
10,2 9,8
9,1
8,9
8,3
8,1
7,7
7,1
6,7
6,4
6,3
5,9
5,7
5,4
5,5
5,5
Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD).
Obs.: A pesquisa não foi a campo em 1994 e 2000.
Notas:
1 - A área rural da região norte do país, a exceção do estado de Tocatins passou a integrar a amostra em 2004. Os resultados da coluna
2004*, 2005*, 2006*, 2007*, 2008* e 2009* foram estimados incorporando a amostra da área rural da região norte.
Fonte: Elaborado pelo IETS a partir dos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE).
Em 2009, a população com curso superior completo chegou a 10,6%, 2,5 pontos
percentuais acima de 2004. Entre os que haviam concluído o nível médio, houve um
aumento de 18,4% para 23% no mesmo período. Pouco mais de 78% dos 55,2
milhões de estudantes brasileiros freqüentavam a rede pública de ensino, percentual
superior a 81% nas regiões Norte e Nordeste. Apenas no nível superior a rede
privada atendia mais estudantes (76,6%).
Entre os estudantes que freqüentavam escola da rede pública, no Brasil, 54,7%
estavam na esfera municipal, 42,9% na estadual e 2,4% na federal. As escolas
municipais atendiam a maioria dos estudantes nas regiões Norte (55,5%) e Nordeste
(67,3%).
De 2008 para 2009, crescem os totais de domicílios com abastecimento de água,
coleta de lixo, iluminação elétrica e coleta de esgoto
O número de domicílios atendidos por rede geral de abastecimento de água (49,5
milhões) representava, em 2009, 84,4% do total e aumentou 1,2 milhão de unidades
em relação a 2008, mantendo a tendência de crescimento dos anos anteriores.
Destaca-se a evolução da região Centro-Oeste, onde o acréscimo de 1,7 ponto
percentual na proporção de domicílios atendidos, em relação a 2008, representou um
aumento de 151 mil domicílios, alcançando 3,6 milhões de unidades em 2009.
No que se refere ao esgotamento sanitário, em 2009, a proporção de domicílios
atendidos por rede coletora ou fossa séptica ligada à rede coletora de esgoto (59,1%)
praticamente não se alterou em relação à de 2008 (59,3%), embora tenha aumentado
em termos absolutos (de 34,1 milhões para 34,6 milhões, no período). As regiões
Norte e Nordeste mantinham as menores parcelas de domicílios atendidos por este
serviço, com 13,5% (555 mil domicílios) e 33,7% (5,2 milhões), respectivamente.
Página 17 de 97
Já a coleta de lixo alcançou 88,6% dos domicílios (51,9 milhões) e teve um aumento
de 0,7 ponto percentual em relação a 2008. Nesse mesmo intervalo de tempo,
aumentou o percentual de domicílios com iluminação elétrica, de 98,6% para 98,9%
do total.
Região Norte tem mais domicílios com moto do que carro
Em 2009, a proporção de domicílios com automóvel foi de 37,4% e a dos com
motocicleta foi de 16,2%. Na comparação com 2008, ambos percentuais tiveram
elevação, em 1 e 1,5 ponto percentual, respectivamente. A região Norte apresentou
percentual de domicílios com moto superior ao daqueles com carro (20,9% tinham
motos e 18,0%, carros), situação inversa à das outras regiões.
Também houve avanços, de 2008 para 2009, na proporção de domicílios com bens
duráveis como máquina de lavar roupa (de 41,5% para 44,3%), geladeira (de 92,1%
para 93,4%) e televisão (de 95,1% para 95,7%), comportamento observado desde a
década de 1990. Investigado a partir de 2008, o DVD (disco digital de vídeo) estava
presente em 72% dos domicílios em 2009, proporção 2,6 pontos percentuais acima
da do ano anterior.
Telefonia celular de uso pessoal aumentou quatro vezes em cinco anos
O acesso à telefonia teve expressiva evolução impulsionada pelo crescimento da
telefonia móvel celular. De 2004 a 2009, os domicílios que tinham telefone passaram
de 65,2% para 84,3% do total e o percentual dos domicílios que tinham somente
telefone móvel celular aumentou quatro vezes, de 16,5% para 41,2%. Já o número de
domicílios no país só com telefone fixo convencional caiu de 17,5% para 5,8% nesses
cinco anos. O percentual de domicílios com telefone celular alcançou a taxa de 78,5%
(Gráfico 2.5)
Página 18 de 97
Gráfico 2.5 – Telefonia Celular (Fonte: PNAD 2009)
Em 2009, 94 milhões de pessoas da população de 10 anos ou mais de idade (57,7%)
declararam possuir telefone móvel celular para uso pessoal, correspondendo a um
aumento de 8,7% em relação a 2008 (7,6 milhões de pessoas). As regiões Norte
(49%) e Nordeste (45,4%), permaneceram as únicas onde menos da metade da
população possuía telefone móvel celular para uso pessoal, enquanto o Centro-Oeste
estava em primeiro lugar, com 68,5%. O percentual dos que tinham telefone móvel
celular para uso pessoal foi maior entre as pessoas de 20 a 39 anos de idade,
ultrapassando 70%.
Sudeste mantém maiores percentuais de domicílios com microcomputador e
Internet
Em 2009, 34,7% dos domicílios investigados em todo o país (20,3 milhões) tinham
microcomputador, frente a 31,2% em 2008, e 27,4% (16 milhões) também tinham
acesso à Internet (Quadro 2.9), contra 23,8% em 2008. A região Sudeste se manteve
acima das duas médias nacionais: 43,7% e 35,4%, respectivamente. As regiões Norte
(13,2% dos domicílios com computador) e Nordeste (14,4%) ainda seguiam com as
menores proporções.
Em 2001, 12,6% dos domicílios tinham microcomputador, alcançando 34,7% em
2009. No mesmo período, o crescimento do percentual de domicílios que possuíam
microcomputador com acesso à Internet foi de 8,6% para 27,4%.
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Quadro 2.9 - Porcentagem de domicílios com acesso a internet, computador com internet e computador
Item
Internet entre os que tem PC
PC com Internet
PC
2001
68,1%
8,6%
12,6%
2002
72,9%
10,3%
14,2%
2003
74,9%
11,5%
15,3%
2004*
74,8%
12,2%
16,3%
2005*
73,6%
13,7%
18,6%
2006*
76,3%
16,9%
22,1%
2007*
75,7%
20,2%
26,6%
2008*
76,4%
23,8%
31,2%
2009*
79,0%
27,4%
34,7%
Fonte: Elaborado pelo IETS a partir dos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE).
Em 2009, 67,9 milhões de pessoas com 10 ou mais anos de idade declararam ter
usado a Internet, o que representa um aumento de 12 milhões (21,5%) sobre 2008.
Em 2005, a Internet tinha 31,9 milhões de usuários; o aumento no período foi de
112,9% e observado em todas as regiões. O Sudeste se manteve com o maior
percentual de usuários (48,1% em 2009 e 26,2% em 2005). As regiões Norte (34,3%
em 2009 e 12% em 2005) e Nordeste (30,2% em 2009 e 11,9% em 2005)
apresentaram os menores percentuais em cada ano, mas registraram os maiores
aumentos percentuais nos contingentes de usuários (respectivamente, 213,9% e
171,2%).
Entre 2005 e 2009, o percentual de pessoas que utilizaram a Internet foi maior entre
os jovens: 71,1% das pessoas de 15 a 17 anos acessavam a rede em 2009; em
seguida vieram as pessoas de 18 ou 19 anos (68,7% de acessos). A faixa etária que
menos utilizava a Internet foi a de 50 anos ou mais: 15,2%, mas esse contingente de
usuários cresceu 138% no período.
As mulheres avançaram mais que os homens com relação ao acesso à Internet,
especialmente nas faixas etárias de 30 a 39 anos (28,2% das mulheres contra 24,8%
dos homens); de 40 a 49 anos (31,9% contra 21,8%); e no grupo de 50 anos ou mais
de idade (46,1% contra 35,5%).
Aumenta a existência de serviços básicos no domicilio
De acordo com o Quadro 2.10, com relação à existência de serviços básicos nos
domicílio, destaca-se entre 1992 e 2009 o crescimento dos percentuais de domicílios
atendidos por rede geral de abastecimento de água (de 92,4 para 92,9%), a rede
coletora ou fossa séptica ligada à rede coletora de esgoto (de 72,6% para 71,8%) e
coleta de lixo (de 87,9% para 88,6%).
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Quadro 2.10 - domicilios com acesso a bens duráveis (%)
ACESSO A ESGOTO
ACESSO A ÁGUA ENCANADA
LIXO
LUZ
GELADEIRA
FOGÃO
MÁQUINA DE LAVAR
TELEVISÃO
RADIO
TELEVISÃO COLORIDA
COMPUTADOR
DOMICILIOS COM PC E INTERNET
ENTRE OS QUE TEM PC, OS QUE TEM INTERNET
TELEFONE CELULAR
TELEFONE FIXO
1992
54,9%
77,0%
66,6%
88,8%
71,6%
97,5%
24,1%
74,0%
84,9%
46,7%
1993
57,1%
78,2%
70,0%
90,0%
71,8%
98,2%
24,3%
75,9%
85,1%
50,2%
1995
58,5%
80,4%
72,1%
91,8%
74,9%
98,5%
26,7%
81,2%
88,9%
61,0%
1996
62,3%
83,4%
73,3%
92,9%
78,4%
98,5%
30,5%
84,5%
90,4%
69,4%
1997
61,2%
83,2%
76,3%
93,4%
80,3%
98,7%
31,7%
86,2%
90,3%
74,1%
1998
62,7%
84,6%
78,3%
94,2%
81,9%
98,8%
32,3%
87,6%
90,5%
78,1%
1999
63,7%
85,5%
80,0%
94,8%
82,8%
99,0%
32,8%
87,8%
89,9%
79,7%
2001
65,9%
87,2%
83,2%
96,0%
85,2%
99,0%
33,7%
89,1%
88,1%
83,0%
12,6%
8,6%
68,1%
31,1%
19,0% 19,8% 22,4% 25,5% 27,9% 32,0% 37,6% 51,2%
2002
67,3%
88,6%
84,8%
96,7%
86,7%
99,0%
34,0%
90,0%
87,9%
85,1%
14,2%
10,3%
72,9%
34,7%
52,9%
2003
68,1%
89,0%
85,7%
97,0%
87,3%
98,9%
34,5%
90,1%
87,8%
85,9%
15,3%
11,5%
74,9%
38,6%
50,8%
2004*¹
68,3%
89,2%
84,8%
96,8%
87,4%
99,1%
34,5%
90,3%
87,8%
86,9%
16,3%
12,2%
74,8%
47,8%
48,9%
2005*¹
69,0%
89,8%
85,8%
97,2%
88,0%
98,9%
35,8%
91,4%
88,0%
88,7%
18,6%
13,7%
73,6%
59,3%
48,1%
2006*¹
70,0%
91,0%
86,6%
97,7%
89,2%
99,0%
37,5%
93,0%
87,9%
91,3%
22,1%
16,9%
76,3%
63,6%
46,8%
2007*¹
73,1%
91,7%
87,5%
98,2%
90,8%
99,0%
39,5%
94,5%
88,1%
93,5%
26,6%
20,2%
75,7%
67,7%
45,4%
2008*¹
72,6%
92,4%
87,9%
98,6%
92,1%
99,1%
41,5%
95,1%
88,9%
94,5%
31,2%
23,8%
76,4%
75,5%
44,4%
2009*¹
71,8%
92,9%
88,6%
98,9%
93,4%
99,0%
44,3%
95,7%
87,9%
95,3%
34,7%
27,4%
79,0%
78,5%
43,1%
Fonte: Elaborado pelo IETS a partir dos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE).
Quanto à posse de bens duráveis, em 2009, as estimativas revelaram a quase
universalização de alguns itens, como o fogão (99% dos domicílios), a geladeira
(93,4%) e a televisão (95,7%).
Quadro 2.11 - domicilios com telefone
TELEFONE
1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004*¹ 2005*¹ 2006*¹ 2007*¹ 2008*¹ 2009*¹
TELEFONE FIXO
19,0% 19,8% 22,4% 25,5% 27,9% 32,0% 37,6% 51,2% 52,9% 50,8% 48,9% 48,1% 46,8% 45,4% 44,4% 43,1%
TELEFONE CELULAR
31,1% 34,7% 38,6% 47,8% 59,3% 63,6% 67,7% 75,5% 78,5%
Fonte: Elaborado pelo IETS a partir dos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE).
No mesmo período, aumentou significativamente o percentual de domicílios com
telefone móvel e/ou fixo (de 19% para 84,9%). Entretanto, a partir de 2001, constatouse a redução do percentual de domicílios com apenas telefone fixo convencional
(queda de 8,1 pontos percentuais) e crescimento no daqueles com apenas telefone
móvel celular (aumento de 47,4 pontos percentuais), de 31,1% em 2001 para 78,5%
em 2009 (Quadro 2.11).
Aumenta o acesso da população a internet
Crescimento do acesso à Internet é inexorável e por conseqüência deve exigir do
radiodifusor, inicialmente do rádio e em seguida da televisão, muita criatividade para
adaptar-se a este novo meio. A Internet é parte de um elenco de opções colocadas
diante do serviço de rádio, a qual lhe oferece uma grande oportunidade de expansão.
Em quatro anos, o percentual de brasileiros de dez anos ou mais de idade que
acessaram ao menos uma vez a Internet pelo computador aumentou 75,3%,
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passando de 20,9% para 34,8% das pessoas nessa faixa etária, ou 56 milhões de
usuários, os números e os comentários são do PNAD/IBGE.
Os mais jovens acessam mais a Internet, assim como os mais escolarizados –
embora, o acesso tenha crescido mais entre aqueles com menos anos de estudo. O
local de onde mais se acessa a Internet continuava sendo o próprio domicílio, mas em
segundo lugar vem os centros públicos de acesso pago – ou lan houses -, que
superaram o local de trabalho.
Também houve mudança no principal motivo que leva as pessoas a usarem a
Internet: 83,2% acessaram a Rede a partir de 2008 principalmente para se comunicar
com outras pessoas – em 2005, o principal motivo era educação ou aprendizado, que
caiu para o terceiro lugar em 2008.
O acesso a internet para atividades de lazer também ganhou importância nos últimos
anos: em 2005, era o terceiro motivo mais citado (54,3% dos que acessavam) e,
quatro anos depois, passou ao segundo lugar, citado por 68,6% dos usuários.
Ressalte-se que o acesso aos serviços de rádio e televisão, os quais fazem parte de
grupo (atividades de lazer), não são destacados, assim não é possível saber os
quantitativos de pessoas acessando a Internet para ouvir rádio, por exemplo, muito
embora mais de 36% dos aparelhos celulares sejam equipados com receptores de
rádio, ou seja, mais de 75 milhões de aparelhos.
Uma pesquisa realizada no site especializado em rádio “Tudoradio.com”, ao final do
ano de 2009, mostrava que apenas 1.247 rádios possuíam serviço online disponível
na Internet (Quadro 2.12). Neste número, deve-se considerar que existem algumas
poucas chamadas “rádios” que apenas oferecem o serviço via Internet, ou seja, não
possuem outorga para a prestação do “serviço de rádio”.
È de se considerar importante a expansão do rádio na Internet, levando em conta que
este mesmo site - “Tudoradio.com” - possuía quase 900 empresas ao final de 2008,
um crescimento de quase 40% em um ano. Isso deve-se ao fato, segundo o próprio
Site, da facilidade de implantação da rádio na Internet, pois com apenas um
investimento de R$ 70,00 mensais, já é possível colocar no ar um site pré-pronto,
inclusive com o streaming. Está contido neste valor, a hospedagem do site no
servidor do próprio provedor.
Página 22 de 97
Quadro 2.12 - rádios com serviços online (WEB)
UF
Rádios
UF
Rádios
AC
4
PB
11
AL
8
PE
25
AM
5
PI
10
AP
2
PR
153
BA
36
RJ
64
CE
28
RN
9
DF
25
RO
7
ES
24
RR
0
GO
45
RS
141
MA
12
SC
113
MG
163
SE
9
MS
31
SP
298
MT
12
TO
6
PA
6
total
1247
Fonte: www.tudoradio.com (acesso de 31/12/2009)
Outras mídias já avançaram muito nesta área, tome como exemplo a pesquisa do
PNAD/IBGE, a qual revela que os serviços de jornais já assumiram tanta importância
na Internet que já são destacados em separado. Assim, a leitura de jornais e revistas
foi um motivo bastante citado na pesquisa de 2008 (48,6% das pessoas que
acessaram a Rede). Esse ordenamento das finalidades foi observado em todas as
regiões; e em todas as unidades da federação a comunicação com outras pessoas foi
o motivo mais declarado (Gráfico 2.66). Em 2011 já são muitos os jornais que
migraram seus conteúdos para a internet, e nestes, também começam a aparecer
aqueles periódicos que são apresentados aos leitores exclusivamente na internet,
abandonando a versão impressa.
Embora alguns especialistas vejam com ceticismo a novidade, o magnata americano
da mídia Rupert Murdoch lançou seu primeiro jornal totalmente digital e exclusivo
para o iPad, o tablet da Apple. O The Daily custará US$ 0,99 por semana (cerca de
R$ 1,64). Ele poderá ser comprado e baixado exclusivamente na loja digital da Apple,
e apenas por internautas nos Estados Unidos. A publicação apresenta artigos
noticiosos, gráficos interativos, vídeos em HD e fotos em 360 graus, tudo feito
especialmente para ser acessado por meio do tablet.
6
Percentual das pessoas que utilizam a Internet para cada finalidade, na população de pessoas com 10 anos ou mais de idade
que utilizou a Internet, no período de referencia dos últimos 3 meses, segunda a finalidade do acesso à Internet (2005-2008).
Fonte: PNAD/IBGE
Página 23 de 97
Gráfico 2.6 - Percentual das pessoas que utilizam a Internet para
cada finalidade
Transações bancárias ou financeiras
13,1
19,1
Interação com autoridades públicas ou de orgãos do governo
15,2
Comprar ou encomendar bens oui serviços
13,7
15,4
27,4
24,5
25,5
Buscar informações e outros serviços
46,9
48,6
Leitura de jornais e revistas
Educação e aprendizado
65,9
54,3
Atividades de lazer
71,7
68,6
68,6
Comunicação com outras pessoas
0
10
2005
20
30
40
50
60
70
83,2
80
90
2008
Fonte: PNAD/IBGE
Como dissemos anteriormente, o crescimento da Internet é inexorável. Segundo o
Jornal New York Times, a facilidade para ouvir rádio na rede cresceu muito a partir da
oferta de receptores específicos para WEB7. Os primeiros usuários do iPhone
reclamavam que, embora seu aparelho favorito pudesse fazer “qualquer coisa”, não
contava com algo óbvio: um sintonizador de rádio. Mas, a verdade é que esses
consumidores não se deram conta de que esse recurso é passado. Porque incluir um
sintonizador que lhe permitirá ouvir algumas dezenas de emissoras locais se você
pode ouvir milhares de rádios pela internet, pergunta o autor?
Enquanto a forma de transmissão tradicional das rádios está limitada por questões
geográficas, as chamadas “web rádio” podem ser ouvidas em qualquer parte, desde
que o usuário tenha um meio de acesso à internet: pode ser um computador, um
smartphone ou, até mesmo, receptores específicos – uma linha de produtos que vem
crescendo lentamente.
A maioria das rádios na internet começou como uma estação tradicional, até que seus
diretores decidiram ser uma grande idéia permitir às pessoas ouvi-las em qualquer
lugar do mundo. Ou, no extremo oposto, uma web rádio que pode ser apenas uma
única pessoa colocando músicas e falando na internet na esperança de que haja
alguém ouvindo.
Evidentemente, até agora as “rádios” que usam exclusivamente a internet, ao
contrário das verdadeiras rádios, têm baixa ou nenhuma audiência. Isso se explica
com motivos óbvios, falta-lhes a propaganda feita pela própria rádio tradicional.
As opções de gêneros de rádios na web são muitas, desde música erudita ao punk
rock, de estações com orientação religiosa até políticas. Para descobrir estas rádios é
relativamente fácil, basta, por exemplo, procurar na www.tudoradio.com.
7
Texto reproduzido do Jornal Zero Hora - http://zerohora.clicrbs.com.br, acesso internet em 3/1/2010.
Página 24 de 97
Uma outra fonte útil de pesquisa é o site www.streamingradioguide.com, que lista
mais de 14 mil web rádios permitindo pesquisas por gênero. Embora seja bem
extensa, essa relação não chega a ser completa. Aparelhos receptores de rádios via
internet ou aplicativos para smartphones oferecem opções de agregadores, ou seja,
empresas que criam uma seleção de canais. Também é possível acessar esses
agregadores diretamente da internet. Alguns dos endereços mais conhecidos são
reciva.com, radiotime.com, vtuner.com, 1.fm e freeradio.tv. Além dessas opções, o
iTunes, software multimídia da Apple, também oferece uma lista com centenas de
web rádios. Basta selecionar, na coluna da esquerda, “Rádio”. O programa pode ser
baixado gratuitamente em www.apple.com.br/itunes.
2.3 – Acesso da População aos Bens Duráveis
A taxa de penetração do rádio nos domicílios é maior que se imagina
Dos 58,6 milhões domicílios brasileiros (em 2009), 20,3 milhões (34,7%) possuíam
microcomputador, sendo 16,1 milhões (27,4%) com acesso à internet. Mais da
metade dos domicílios com computador (10,2 milhões) estavam no Sudeste, dos
quais 7,98 milhões tinham com acesso à Internet. Apesar da evolução em relação a
2001, o Gráfico 2.7 mostra que persiste a desigualdade e mostra uma enorme
oportunidade de crescimento deste serviço no Brasil.
90,0%
Porcentagem de domicilios com acesso a internet
80,0%
70,0%
60,0%
72,9%
74,9%
74,8%
73,6%
76,3%
75,7%
76,4%
79,0%
68,1%
Acesso a internet entre os que tem PC
50,0%
PC com internet
40,0%
31,2%
26,6%
30,0%
20,0%
12,6%
14,2%
10,0%
0,0%
34,7%
15,3%
16,3%
18,6%
10,3%
11,5%
12,2%
13,7%
8,6%
2001
2002
2003
2004*
2005*
22,1%
16,9%
20,2%
23,8%
27,4%
PC
2006*
2007*
2008*
2009*
Gráfico 2.7 – Percentual de domicílios com acesso a internet
Página 25 de 97
Já total dos municípios brasileiros com acesso ao serviço de rádio, provido por
aparelho de rádio era de 88,9% em 2008, passou para 87,9% em 2009, um
decréscimo de 1 ponto percentual. Estes dados, entretanto, devem ser analisados
com muita cautela, pois o receptor de rádio tradicional diminui, enquanto os
receptores colocados em outros aparelhos aumentam dramaticamente.
Considerando ainda que ao final de 2010 haviam 202,9 milhões de aparelhos
celulares (Quadro 2.13), dos quais 36% estavam equipados com aparelhos de rádio,
são quase 75 milhões de receptores de rádio. Isso tudo sem considerar Ipod’s, MP3,
MP4, etc. Esses dados não constam das estatísticas do IBGE. O rádio, entre os bens
duráveis e serviços de acesso a comunicação (rádio, TV, internet, etc), é o que mais
proximidade tem com o indivíduo.
Quadro 2.13 – telefonia e acesso a internet
Milhões
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
Telefones Fixos
39,2
39,6
39,8
38,8
39,4
41,3
41,5
42,0
Celulares
46,4
65,6
86,2
99,9
121,0
150,6
174,0
202,9
TV por Assinatura
3,6
3,9
4,2
4,6
5,3
6,3
7,5
9,8
Banda larga
1,2
2,3
3,9
5,7
7,7
10,0
11,4
N.D.
-
-
32,1
35,3
44,9
53,9
63
N.D.
Usuários de Internet
Fonte: Teleco Inteligência em Telecomunicações
O leitor não deve subestimar a taxa de penetração do rádio nos domicílios (87,91%),
quando comparado com a televisão (95,7%). Ao contrário da televisão o rádio está
presente num número enorme de equipamentos. Para exemplificar, de acordo com o
Quadro 2.14, a frota brasileira de automóveis em 2009 é de 27,8 milhões de veículos.
Ao considerarmos que 80% destes possuem aparelho de rádio, estamos
incorporando 22,2 milhões de receptores de rádio à vida dos brasileiros.
Quadro 2.14 - Brasil - Frota Total Brasileira, População e Percentual de Veículos por Habitante
2.000
2.001
2.002
2.003
2.004
2.005
2.006
2.007
2.008
2.009
2.010
20.133
20.787 21.344 21.793 22.501 23.584 24.300
25.400
26.500
28.100
29.900
171.279 173.808 176.303 178.741 181.105 183.383 185.564 187.641 188.612 189.480 190.732
11,75% 11,96% 12,11% 12,19% 12,42% 12,86% 13,10% 13,54% 14,05% 14,83%
15,68%
Fonte: ANFAVEA/IBGE
Página 26 de 97
Se o Brasil possuía 23,9 milhões de veículos com rádio em 2010 (80% de 29.900
milhões), este dado, quando comparado com o total de domicílios de 2009 (58,6
milhões), mostra uma relação de 40,8% (23,9 / 58,6 – 1 * 100).
O rádios de carros são ferramentas que se aprimoram a cada dia, incluindo funções
de base como tocador de áudio em formatos de Mp3 e WMA, via abertura de USB,
ou, transformado num dock8 que permite o uso do iPod. Infelizmente, pouca ou
nenhuma pesquisa existe sobre o uso dos rádios em carros, até mesmo nos meios
publicitários, os grandes interessados em controlar tais dados. Levantamentos feitos
sem o critério científico, entretanto, apontam enorme audiência de rádio em carros
particulares e táxis, sendo grande a concentração de ouvintes entre as 6h e 10h e às
16h e 20h, intervalo de maior deslocamento da população entre trabalho, escola e
residência.
Desde 2002, número de domicílios com celular cresce mais de 15% ao ano
Em 2009, após crescimento de um milhão domicílios, em relação ao ano anterior, o
país ultrapassou o número de 58,577 milhões de domicílios. Houve melhoras nos
indicadores de posse de quase todos os bens e serviços pesquisados, tais como
energia elétrica, telefonia, televisão aberta, fornecimento de água, saneamento básico
e coleta de lixo.
A presença da telefonia nos domicílios, sobretudo a móvel, teve mais uma vez, forte
evolução. De 2008 para 2009, mais 12,6 milhões de domicílios passaram a ter
telefone celular. Assim, com alta de 5,3 pontos percentuais, a participação dos
domicílios com algum tipo de telefone passou a ser 82,1% (ou 47,2 milhões). Já os
domicílios com somente celular chegaram a 21,7 milhões (37,6% do total), um
aumento de 5,9 pontos percentuais.
Tem sido grande o avanço do número de domicílios com telefone móvel celular.
Desde 2002 seu crescimento se mantém acima dos 15% ao ano e o auge foi entre
2003 e 2004: 51,4%. Em 2008, a proporção dos que tinham telefone celular para uso
pessoal passou de 36,6% para 53,8% da população de dez anos ou mais de idade,
sendo que, para 44,7% dessas pessoas (ou cerca de 38,6 milhões de brasileiros), o
celular era o único telefone para uso pessoal. Segundo dados divulgados pela Anatel
em dezembro de 2010, constantes do Quadro 2.15, dezesseis estados brasileiros já
ultrapassam a proporção de um aparelho celular por habitante.
8
Possui ponto de acesso para outro equipamento, conexão USB, por exemplo.
Página 27 de 97
Quadro 2.15 - Telefone celular por habitante
NA
(Milhares)
dez/09
nov/10
dez/10
1
Distrito Federal
159,18
173,47
177,31
2
São Paulo
108,15
119,18
121,98
3
Mato Grosso do sul
105,75
116,31
118,9
4
Rio de Janeiro
105,4
112,16
114,87
5
Rio Grande do sul
100,49
109,1
112,06
6
Goiás
95,59
108,85
111,34
7
Mato Grosso
97,33
107,85
109,85
8
Rondônia
86,96
106,08
109,63
9
Santa Catarina
95,05
104,33
107,32
10
Espirito Santo
96,39
104,14
106,63
11
Pernambuco
86,63
103,03
105,25
12
Paraná
89,88
101,94
104,92
13
Rio Grande do Norte
84,27
99,05
101,33
14
Minas Gerais
90,07
97,86
100,59
15
Tocantins
76,61
97,28
100,18
16
Amapá
80,57
97,19
100,09
Fonte: Teleco
Em 2010 o Brasil alcançava o incrível número de 104,68% celulares por habitante,
com a marca de 202,9 milhões de aparelhos habilitados (Quadro 2.16). Vale dizer
que estes aparelhos tornam-se, cada dia mais, em unidades multi-serviços, filmando,
fotografando, gravando, acessando internet e e-mail e, o que é de grande importância
para a radiodifusão, sintonizando o rádio e a televisão.
Existem na internet milhares de softwares que podem ser baixados gratuitamente
para transformar o telefone celular num rádio. Para ilustrar este fato a
www.treocentral.com recentemente disponibilizou um software gratuito que permite
ouvir milhares de “Internet Radio Stations” no celular. Segundo a TREO, existem 7 mil
estações cobrindo todos os tipos de notícias e entretenimentos – “escolham um,
dizem”.
Página 28 de 97
Quadro 2.16 - Evolução do Número Celulares
Ano
Total
2011
Ano
Total
2001
28.745.769
2000
23.188.171
2010
202.944.033
1999
15.032.698
2009
173.959.368
1998
7.368.218
2008
150.641.403
1997
4.550.175
2007
120.980.103
1996
2.744.549
2006
99.918.621
1995
1.416.500
2005
86.210.336
1994
755.224
2004
65.605.577
1993
191.402
2003
46.373.266
1992
31.726
2002
34.880.964
1990
667
Fonte: Teleco
Página 29 de 97
III - O crescimento Socioeconômico do Brasil e a
Radiodifusão
3.1 O número de bens duráveis aumenta significativamente, com destaque
para computador e internet
Segundo os números da PNAD 2009, mais de 34,7% dos domicílios possuíam
microcomputador (20,3 milhões), ainda, do total de domicílios 27,4% tinham
computador com acesso a internet. Tal avanço foi significativo em relação à 2001,
quando 6 milhões de domicílios possuíam microcomputador e 4 milhões deles tinham
acesso à internet, apenas.
A taxa de penetração dos televisores nos domicílios dos brasileiros alcançou a casa
dos 95,7%. O Quadro 3.1, a seguir, mostra o percentual de domicílios com alguns
bens duráveis e serviços de acesso à comunicação. Vale esclarecer que as
pesquisas realizadas sobre condições socioeconômicas da população, como por
exemplo, o PNAD/IBGE, consideram os itens do quadro abaixo como essenciais para
a medida de verificação da melhoria, ou não, das condições de vida das pessoas e
famílias. Além desses, também são medidas as taxas de penetração de: coleta de
lixo, água, luz e esgoto. Alguns itens são verificados desde que a pesquisa foi
iniciada, como ilustram o rádio e a televisão, por sua importância. Já outros são
inseridos na medida em que passam a representar relevância social, como
computadores e conexão à internet.
Quadro 3.1 - domicilios com acesso a bens duráveis (%)
ACESSO A ESGOTO
ACESSO A ÁGUA ENCANADA
LIXO
LUZ
GELADEIRA
FOGÃO
MÁQUINA DE LAVAR
TELEVISÃO
RADIO
TELEVISÃO COLORIDA
COMPUTADOR
DOMICILIOS COM PC E INTERNET
ENTRE OS QUE TEM PC, OS QUE TEM INTERNET
TELEFONE CELULAR
TELEFONE FIXO
1992
54,9%
77,0%
66,6%
88,8%
71,6%
97,5%
24,1%
74,0%
84,9%
46,7%
1993
57,1%
78,2%
70,0%
90,0%
71,8%
98,2%
24,3%
75,9%
85,1%
50,2%
1995
58,5%
80,4%
72,1%
91,8%
74,9%
98,5%
26,7%
81,2%
88,9%
61,0%
1996
62,3%
83,4%
73,3%
92,9%
78,4%
98,5%
30,5%
84,5%
90,4%
69,4%
1997
61,2%
83,2%
76,3%
93,4%
80,3%
98,7%
31,7%
86,2%
90,3%
74,1%
1998
62,7%
84,6%
78,3%
94,2%
81,9%
98,8%
32,3%
87,6%
90,5%
78,1%
1999
63,7%
85,5%
80,0%
94,8%
82,8%
99,0%
32,8%
87,8%
89,9%
79,7%
2001
65,9%
87,2%
83,2%
96,0%
85,2%
99,0%
33,7%
89,1%
88,1%
83,0%
12,6%
8,6%
68,1%
31,1%
19,0% 19,8% 22,4% 25,5% 27,9% 32,0% 37,6% 51,2%
2002
67,3%
88,6%
84,8%
96,7%
86,7%
99,0%
34,0%
90,0%
87,9%
85,1%
14,2%
10,3%
72,9%
34,7%
52,9%
2003
68,1%
89,0%
85,7%
97,0%
87,3%
98,9%
34,5%
90,1%
87,8%
85,9%
15,3%
11,5%
74,9%
38,6%
50,8%
2004*¹
68,3%
89,2%
84,8%
96,8%
87,4%
99,1%
34,5%
90,3%
87,8%
86,9%
16,3%
12,2%
74,8%
47,8%
48,9%
2005*¹
69,0%
89,8%
85,8%
97,2%
88,0%
98,9%
35,8%
91,4%
88,0%
88,7%
18,6%
13,7%
73,6%
59,3%
48,1%
2006*¹
70,0%
91,0%
86,6%
97,7%
89,2%
99,0%
37,5%
93,0%
87,9%
91,3%
22,1%
16,9%
76,3%
63,6%
46,8%
2007*¹
73,1%
91,7%
87,5%
98,2%
90,8%
99,0%
39,5%
94,5%
88,1%
93,5%
26,6%
20,2%
75,7%
67,7%
45,4%
2008*¹
72,6%
92,4%
87,9%
98,6%
92,1%
99,1%
41,5%
95,1%
88,9%
94,5%
31,2%
23,8%
76,4%
75,5%
44,4%
3.1.2 Radiodifusão gratuita, fator de inclusão social
Página 30 de 97
2009*¹
71,8%
92,9%
88,6%
98,9%
93,4%
99,0%
44,3%
95,7%
87,9%
95,3%
34,7%
27,4%
79,0%
78,5%
43,1%
Desnecessário dizer que o rádio e a televisão são poderosos instrumentos de
prestação de serviços, com enorme poder de penetração entre as pessoas em geral.
A radiodifusão como um meio de comunicação tem uma importância fundamental na
vida do cidadão e da comunidade a que ele pertence.
Os dados, tabelas e estatísticas aqui referidas são os da radiodifusão aberta,
concessão pública feita pelo Estado para a prestação de serviços gratuita, operada
sob o risco das condições econômicas do outorgado. Tais outorgas, quando
transformadas em empresas, remuneram-se majoritariamente da publicidade que
divulgam.
Os “clientes” da radiodifusão, “ouvintes e telespectadores”, nada pagam para ter
acesso ao serviço. Trata-se de uma condição muito diferente da apresentada pelas
emissoras de televisão à cabo, que além da propaganda que divulgam, remuneramse ainda do valor da assinatura mensal cobrada do cliente.
Domicílios com TV e rádio - um indicador de cidadania
Se nos primórdios da TV brasileira, em 1950, existiam apenas 100 aparelhos
receptores no país, quatro anos depois do seu lançamento, em 1954, este número
passou para 120 mil unidades. Na década de 70, foram mais de 6 milhões de
unidades. Em 2002, este número já alcançava a casa dos 42,7 milhões, subindo para
56,1 milhões de domicílios ao final do ano de 2009.
Já o rádio, por ser um elemento de serviços mais barato e também por possuir maior
independência da energia elétrica, pois na ausência desta era alimentado por baterias
automotivas, possuía, no início da década de 70, quase o dobro da taxa de
penetração da televisão. Isso significa pouco mais de 10 milhões de domicílios com
este bem durável.
Segundo dados do IBGE, o mapa federativo, ao final de 2001, apresentava a seguinte
proporção de domicílios com televisão, na qual a concentração na Região Sudeste
era flagrante (Mapa 3.1).
Página 31 de 97
Mapa 3.1 – Penetração de serviços de televisão (%)
É importante observar que a proporção da cobertura da televisão é superior à de
geladeiras. Em 2001, a quantidade de domicílios com televisão era de 89,1%,
enquanto que a de geladeiras era de 85,1%. Já em 2009, estes números alcançaram
95,7% e 93,4%, respectivamente.
Energia elétrica, um indicador de inclusão social
É evidente que o crescimento apresentado no setor de radiodifusão apenas foi
possível pelo acelerado avanço da taxa de penetração de energia elétrica nos
domicílios brasileiros. Vale dizer (Quadro 3.2) que a taxa da população atendida por
energia elétrica no início da década de 50 era de apenas 24,7% no total e apenas
3,8% na área rural. Cinqüenta anos depois, no ano 2000, a população atendida pela
energia elétrica atingia 91,9% no total, 97,3% nas áreas urbanas e 58,2% na área
rural. Segundo o PNAD 2008, a taxa de domicílios brasileiros atendidos por energia
elétrica era de 98,6%, contra um total de 93% em 2000.
Página 32 de 97
CENSO
Condição do domicílio
Quadro 3.2 - Domicilios com serviço de energia elétrica
domicílios
total
Rural
urbanos
10.046.199
3.730.358
6.315.831
2.466.898
2.237.710
226
24,6%
60,0%
3,6%
51.584.665
12.718.063
24,7%
população
urbana
18.322.488
11.469.007
62,6%
33.262.177
1.249.056
3,8%
total
Rural
1950
total
com iluminação elétrica
Porcentual de atendimento
1960
total
com iluminação elétrica
Porcentual de atendimento
13.497.823
5.201.521
38,5%
6.350.126
4.604.057
72,5%
7.147.697
597.464
8,4%
69.222.849
25.485.545
36,8%
30.594.387
22.271.065
72,8%
38.628.462
3.214.480
8,3%
1970
total
com iluminação elétrica
Porcentual de atendimento
17.628.699
8.383.994
47,6%
10.276.340
7.768.721
75,6%
7.352.359
615.273
8,4%
89.967.148
41.131.060
45,7%
50.387.125
37.783.389
75,0%
39.580.023
3.347.671
8,5%
1980
total
com iluminação elétrica
Porcentual de atendimento
25.210.639
17.269.475
68,5%
17.770.981
15.674.731
88,2%
7.439.658
1.594.744
21,4%
117.348.285
77.738.884
62,2%
79.317.752
69.697.278
87,9%
38.030.534
8.041.606
21,1%
1991
total
com iluminação elétrica
Porcentual de atendimento
34.743.433
30.180.139
86,9%
27.165.832
26.435.326
97,3%
7.576.601
3.744.813
49,4%
145.685.534
123.720.313
84,9%
110.157.700
106.979.253
97,1%
35.527.834
16.741.060
47,1%
2000
total
com iluminação elétrica
Porcentual de atendimento
44.721.434
41.596.986
93,0%
37.363.856
36.404.466
97,4%
7.357.579
5.192.521
70,6%
168.292.527
154.694.718
91,9%
137.072.327
133.409.117
97,3%
31.220.199
21.285.601
68,2%
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Censo demográfico de 2001. Rio de Janeiro, 2002
Em resumo, o PNAD 2009 mostra uma enorme evolução da disposição da energia
elétrica aos domicílios brasileiros, alcançando a cifra de 100% nas áreas
metropolitanas das 10 principais capitais brasileiras e 98,9% (Quadro 3.3) em relação
ao total de domicílios do Brasil. Mesmo nas regiões mais pobres, como a Norte e a
Nordeste, a taxa de penetração mostra discreta discrepância em relação às regiões
mais desenvolvidas.
Quadro 3.3 - Porcentagem de domicílios que possuem energia elétrica
Brasil
Norte1
Nordeste
Centro-Oeste
Sudeste
Sul
1992
88,8
89,1
73,3
88,4
96,1
94,0
1993
90,0
90,9
75,8
90,0
96,5
94,7
1995
91,8
93,4
79,1
92,2
97,3
96,0
1996
92,9
93,9
81,7
93,3
97,8
96,8
1997
93,4
94,4
82,6
93,7
98,1
97,1
1998
94,2
94,8
84,5
94,6
98,4
97,7
1999
94,8
95,4
85,9
94,9
98,7
98,0
2001
96,0
96,2
89,4
96,3
99,1
97,9
2002
96,7
96,6
90,9
96,7
99,2
98,5
2003 2004*¹2005*¹2006*¹2007*¹2008*¹2009*¹
97,0 96,8 97,2 97,7 98,2 98,6 98,9
96,9 89,5 90,7 92,0 94,0 94,9 96,0
91,7 92,8 93,5 94,7 95,7 97,0 97,6
97,2 97,5 98,3 98,6 98,7 99,2 99,6
99,4 99,4 99,4 99,6 99,8 99,8 99,8
98,7 98,9 99,0 99,3 99,5 99,4 99,7
Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE).
Obs.: A pesquisa não foi a campo em 1994 e 2000.
Notas:
1 - A área rural da região norte do país, a exceção do estado de Tocatins passou a integrar a amostra em 2004.
Os resultados da coluna 2004*, 2005*, 2006*, 2007*, 2008* e 2009* foram estimados incorporando a amostra da área rural da região norte.
Considerando que a televisão e o rádio são muito dependentes do provimento de
energia elétrica, é possível observar que o mapa anterior, que mostra a penetração
da televisão, possui muita similaridade com o mapa seguinte (Mapa 3.2), que, por sua
vez, mostra a proporção de domicílios com geladeira elétrica, um eletrodoméstico
cuja taxa de penetração domiciliar muito se aproxima da televisão.
Página 33 de 97
Mapa 3.2 – Penetração de serviços de energia elétrica (%)
3.2 Rádio e televisão, acompanhando o Brasil, aumentam a taxa de
penetração domiciliar
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2003 (PNAD - 2003) registrou que
das 49,1 milhões de residências brasileiras, 87,8% possuíam rádio. Vale ressaltar que
este número alcançou 90,4% nos anos de 1996 e 1998. Nos anos posteriores, esta
taxa de penetração não apresentou mais crescimento sistemático, tendo alcançado
seu nível de saturação domiciliar e mantendo-se na casa dos 88,1% a 87,9%, até o
ano de 2009. Essa tendência não se repetiu com a taxa de penetração da televisão,
que cresceu continuamente, passando de 75,8% em 1993 para 90,0% em 2003 e,
finalmente, alcançou a taxa de 95,7% em 2009.
De acordo com o Quadro 3.4, desde 2001, o percentual de moradias com televisão
ultrapassou o de habitações com rádio. De 2001 para 2009, o percentual de moradias
com rádio passou de 88% para 87,9%, enquanto o de domicílios com televisão subiu
de 89% para 95,7%.
Página 34 de 97
Quadro 3.4 - Domicílios Brasileiros (%) com Rádio e TV
Serviço
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
Rádio
88,0%
87,9%
87,8%
87,8%
88,0%
87,9%
88,1%
88,9%
87,9%
Televisão
89,0%
90,0%
90,1%
90,3%
91,4%
93,0%
94,8%
95,1%
95,7%
Domicílios
46.507
47.559
49.142
51.753
53.053
54.610
56.345
57.557
58.577
Milhares de domicílios
Até 2003, não inclui a população da área rural de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá
Fonte: PNAD (IBGE)
Em 2009 (Quadro 3.5) existiam mais domicílios com TV (95,7%) do que com rádio
(87,9%). Entretanto, na área rural, o rádio se assemelha muito com a televisão em
termos de penetração, na proporção de 84,2% para TV para 82,3% para rádio, isso
de acordo com o site especializado Teleco. A grande maioria dos domicílios possui
TV a cores (95,3%). Apenas 0,4% possui TV preto e branco.
Quadro 3.5 - Domicílios Brasileiros (%) com Rádio e TV, telefone computador e internet
Serviço
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
Rádio
88,0%
87,9%
87,8%
87,8%
88,0%
87,9%
88,1%
88,9%
87,9%
Televisão
89,0%
90,0%
90,1%
90,3%
91,4%
93,0%
94,5%
95,1%
95,7%
Telefone (Fixo ou Celular)
58,9%
61,7%
62,0%
65,4%
71,6%
74,5%
77,0%
82,1%
84,9%
Microcomputador
12,6%
14,2%
15,3%
16,3%
18,6%
22,1%
26,6%
31,2%
34,7%
Computador/acesso Internet
8,6%
10,3% 11,5% 12,2% 13,7% 16,9% 20,2% 23,8% 27,4%
Nota: Fonte: IBGE/PNAD. Até 2003, não inclui a população da área rural de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima,
Pará e Amapá.
A taxa de penetração da televisão mostra um Brasil desigual
O “Brasil não é um país pobre, mas um país com muitos pobres”. Essa frase mostra
que ainda há muito a ser feito em termos de melhoria de vida, renda e acesso à bens
duráveis e à serviços de comunicação. As regiões Norte e Nordeste são testemunhas
dessa triste realidade. Ainda hoje, é concreta a diferença de renda das populações
das regiões metropolitanas do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, para a renda das
populações que residem no interior dos Estados, principalmente do Norte e do
Nordeste. Em grande parte, a origem da renda acima da média está ligada às funções
do Estado. Essas disparidades resultam em uma diferença oceânica na taxa de
penetração de bens e serviços básicos.
O quadro a seguir mostra que o Brasil nivelou-se “por cima” no período compreendido
entre 1992 e 2007, naquilo que diz respeito à penetração da taxa de televisão.
Enquanto a região metropolitana de Fortaleza tinha apenas 75% dos domicílios com o
aparelho em 1992, em São Paulo este indicador chegava a 93,1%. Em 2008, a taxa
Página 35 de 97
de penetração nestas mesmas regiões era praticamente igual, ou seja, 97,4% e
98,7%, respectivamente (Quadro 3.6).
Quadro 3.6 - Porcentagem de domicílios que possuem televisão
Brasil metropolitano
Região metropolitana
Belém
Salvador
Fortaleza
Recife
Distrito Federal
Belo Horizonte
Rio de Janeiro
São Paulo
Curitiba
Porto Alegre
1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
89,4 90,3 93,5 95,8 95,9 96,4 96,2 96,1 96,2 96,1 96,3 96,9 97,7 98,1 98,2 98,4
82,5
82,0
74,8
78,3
88,0
88,6
92,2
93,1
87,0
90,7
85,1
84,1
75,8
81,0
90,8
89,2
92,6
93,6
88,5
90,9
91,1
87,2
85,7
86,6
93,1
91,9
95,6
95,8
91,2
94,5
94,1
91,5
90,5
91,6
95,2
95,0
97,6
97,3
93,0
96,0
94,4
93,2
91,9
92,4
96,0
94,7
98,2
96,7
93,1
96,3
95,2
94,2
92,2
93,6
95,9
94,9
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96,6
95,4
92,7
91,8
93,3
96,0
95,1
98,3
97,1
93,8
95,5
93,4
92,7
91,6
93,3
96,3
95,5
98,0
97,3
93,5
96,0
92,3
93,1
91,9
92,3
96,7
95,2
98,1
97,7
94,0
96,0
92,8
92,2
90,9
92,9
96,4
95,2
98,5
97,2
94,3
96,3
93,2
93,2
91,2
92,5
96,6
95,6
98,1
97,6
94,9
96,3
94,1
94,1
93,3
94,1
97,1
96,9
98,7
97,7
95,3
97,4
96,3
95,8
95,2
96,1
98,4
97,1
98,8
98,5
96,6
97,8
97,2
96,8
96,2
97,4
98,8
98,1
98,7
98,8
95,8
97,8
97,6
97,6
97,1
97,2
98,7
98,3
98,5
98,6
96,6
97,9
Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE).
Obs.: A pesquisa não foi a campo em 1994 e 2000.
Entretanto, muito há por ser feito, pois a televisão ainda não chega, por exemplo, a
cerca de 15% dos domicílios do Estado do Piauí (85,8% de penetração domiciliar) e a
lamentáveis quase 13% dos domicílios do Estado do Tocantins (86,9% de penetração
domiciliar). Este é mais um dado que demonstra que a renda e a educação estão
concentradas nas regiões metropolitanas das capitais (Quadro 3.7).
Página 36 de 97
97,8
97,7
97,4
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98,1
99,0
98,7
97,0
98,4
QUADRO 3.7 - Porcentagem de domicílios que possuem televisão
1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004*¹ 2005*¹ 2006*¹ 2007*¹ 2008*¹ 2009*¹
1992
1993
1995
Brasil 74,0
75,9
81,2
84,5
86,2
87,6
87,8
89,1
90,0
90,1
90,3
91,4
93,0
94,5
95,1
95,7
78,2
89,2
89,6
88,6
76,2
83,5
94,2
54,5
61,6
66,0
58,9
60,9
45,3
70,9
69,8
51,0
70,9
72,1
80,3
93,1
79,4
81,5
70,6
90,5
85,2
80,4
93,9
94,1
87,4
84,2
90,1
87,5
81,1
88,8
87,7
90,7
81,5
85,9
88,6
56,2
68,0
73,0
64,4
66,6
53,3
78,3
76,8
56,8
78,1
76,3
83,4
95,2
83,2
83,8
73,8
92,5
86,7
83,8
96,1
95,4
89,7
86,4
91,6
91,8
82,8
89,1
83,7
92,2
85,4
84,3
91,8
56,7
72,3
76,9
68,5
72,2
55,4
82,6
81,1
62,9
84,3
80,5
84,8
96,0
85,2
85,5
74,3
93,2
88,3
85,6
97,1
95,6
90,7
87,8
92,7
91,7
84,8
89,1
92,3
92,0
86,2
87,9
88,7
64,6
74,8
80,0
70,9
74,9
59,3
85,5
83,8
63,3
84,1
83,1
86,3
95,9
86,6
87,0
77,5
94,0
89,2
87,4
97,0
96,2
91,2
88,8
93,1
91,5
85,6
92,9
90,7
93,5
85,7
90,0
92,3
63,4
75,6
81,1
70,9
74,7
61,1
87,1
84,8
63,5
85,9
85,3
86,7
96,0
87,6
86,9
77,4
94,1
90,1
87,7
97,1
96,0
91,2
88,8
92,7
92,2
86,1
89,1
95,6
91,7
87,3
87,7
89,3
65,9
78,4
77,3
74,8
81,9
67,0
87,7
84,3
67,2
84,9
86,5
88,5
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88,9
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79,5
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88,1
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92,3
90,3
93,1
94,2
86,4
88,5
92,4
93,0
87,1
87,5
89,0
69,4
80,0
79,2
77,5
83,7
69,5
88,8
84,6
68,3
85,4
86,1
89,0
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89,3
90,9
80,4
95,0
90,6
90,3
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93,3
91,9
93,5
95,4
87,5
89,7
89,9
92,9
88,2
89,1
88,5
72,9
80,2
79,3
77,3
83,9
69,7
87,7
84,9
69,9
85,9
87,9
89,5
96,4
90,2
91,4
80,2
95,0
91,9
90,6
98,0
96,1
93,1
91,1
93,7
95,5
79,4
74,5
89,7
83,7
78,0
82,0
79,9
71,9
81,7
82,0
78,6
84,9
72,1
89,3
85,1
73,5
89,2
88,7
89,9
96,6
90,2
90,6
83,1
95,7
94,0
91,6
97,6
97,0
93,9
92,2
94,3
96,0
81,9
77,9
93,3
86,4
80,0
84,4
82,3
74,5
83,3
84,3
80,6
86,2
72,5
90,3
87,1
75,8
89,6
90,0
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92,1
93,1
84,9
96,1
93,2
92,3
98,3
97,2
95,0
93,2
95,9
96,2
85,0
81,8
91,6
89,4
83,7
85,4
89,0
78,6
86,8
87,4
84,5
90,2
77,5
92,8
90,4
78,4
92,2
92,3
93,1
98,4
93,6
93,9
86,8
96,8
94,6
93,9
98,6
97,7
95,7
94,1
96,3
97,2
88,5
84,3
95,3
92,7
87,2
89,3
88,5
84,1
89,7
91,2
87,9
91,6
82,4
95,4
93,3
80,7
93,7
93,7
93,9
98,8
95,0
94,1
87,5
97,5
95,8
95,6
98,4
98,2
96,3
94,9
96,8
97,6
90,0
90,1
98,4
93,4
88,6
89,9
92,9
85,5
91,7
92,6
89,8
93,4
86,5
95,3
94,1
86,3
95,3
96,0
94,6
98,7
95,6
94,4
89,6
97,6
97,0
96,2
98,4
98,0
96,4
95,3
96,6
97,7
90,8
90,4
98,0
93,1
89,8
90,7
94,0
86,9
92,5
94,8
90,6
94,2
87,3
96,3
95,5
85,8
96,1
96,1
95,7
99,0
95,7
95,9
92,7
97,9
97,6
96,3
98,9
98,3
96,9
95,5
97,6
98,1
Norte 68,5 70,0
Acre 78,6 79,4
Amapá80,8 85,1
Amazonas
82,6 83,8
Pará 66,2 68,9
Rondônia
74,0 75,0
Roraima
77,5 81,8
Tocantins
39,6 40,1
49,9 53,1
Nordeste
Alagoas55,9 60,5
Bahia 48,4 51,3
Ceará 48,8 51,8
Maranhão
33,8 37,4
Paraíba53,9 58,9
Pernambuco
58,1 60,4
Piauí 41,8 44,0
Rio Grande
56,1 do60,3
Norte
Sergipe61,7 65,2
72,5 74,8
Centro-Oeste
Distrito 88,0
Federal90,8
Goiás 71,4 73,4
Mato Grosso
73,0 do
76,3
Sul
Mato Grosso
61,7 63,5
Sudeste85,7 86,7
Espírito76,5
Santo 77,6
Minas Gerais
72,9 74,2
Rio de Janeiro
90,3 90,7
São Paulo
90,4 91,5
82,1 83,8
Sul
Paraná77,7 80,3
Rio Grande
84,8 do85,7
Sul
Santa Catarina
84,5 86,2
1
Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE).
Obs.: A pesquisa não foi a campo em 1994 e 2000.
Notas:
1 - A área rural da região norte do país, a exceção do estado de Tocatins passou a integrar a amostra em 2004.
Os resultados da coluna 2004*, 2005*, 2006*, 2007*, 2008* e 2009* foram estimados incorporando a amostra da área rural da região norte.
Já a taxa de penetração do rádio mostra uma diferença para menor de quase 7,8
pontos percentuais em 2009, em relação à taxa de penetração da televisão (rádio
com 87,9% e televisão com 95,7%). Uma triste realidade é revelada nesses índices,
pois, cerca de 17,7% da área rural dos municípios brasileiros (total de 82,3%) não tem
acesso a este fundamental serviço (Quadro 3.8).
Quadro 3.8 - Domicílios com Rádio
%
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
Urbana
89,0%
88,8%
88,7%
89,0%
89,2%
88,9%
89,0%
89,9%
88,8%
Rural
82,4%
82,2%
82,8%
81,2%
81,6%
82,1%
82,8%
83,5%
82,3%
Total
88,0%
87,9%
87,8%
87,8%
88,0%
87,9%
88,1%
88,9%
87,9%
Fonte: PNAD (IBGE)
Página 37 de 97
Observando os dados do PNAD do IBGE, do ano de 2009 (Quadro 3.9), é possível
concluir que a Região Norte é a que mais sofre com a ausência dos serviços de rádio.
Nesse sentido, destaca-se negativamente o Estado do Tocantins, onde 32,8% dos
domicílios não possuem aparelho de rádio (total que possuem: 67,2%). Interessante
notar que tal disparidade observada no rádio, entre a Região Norte e as demais
regiões brasileiras, não se mostra em outros indicadores com tanta profundidade9.
Quadro 3.9 - porcentagem de domicílios que possuem rádio
1992
84,9
Brasil
70,7
Norte1
Acre
80,1
Amapá
75,3
Amazonas
77,3
Pará
67,6
Rondônia
74,2
Roraima
81,1
Tocantins
59,2
72,8
Nordeste
Alagoas
70,5
Bahia
74,9
Ceará
75,9
Maranhão
55,0
Paraíba
76,7
Pernambuco
78,0
Piauí
67,0
Rio Grande do Norte 73,9
Sergipe
74,7
82,1
Centro-Oeste
Distrito Federal
90,6
Goiás
81,0
Mato Grosso do Sul 80,2
Mato Grosso
79,5
91,0
Sudeste
Espírito Santo
83,3
Minas Gerais
85,6
Rio de Janeiro
93,7
São Paulo
93,0
92,3
Sul
Paraná
89,4
Rio Grande do Sul 94,6
Santa Catarina
92,3
1993
85,1
71,3
79,9
78,6
77,3
69,7
72,7
86,4
58,8
72,8
70,7
74,5
75,9
54,4
79,3
78,5
65,6
73,6
75,2
83,4
91,4
82,1
83,7
79,7
91,0
83,2
85,9
93,5
92,9
92,6
89,8
94,9
93,0
1995
88,9
77,3
82,9
81,0
83,6
75,7
81,6
89,3
64,2
79,9
80,0
80,4
81,5
62,0
86,2
85,3
75,8
83,9
84,3
86,1
93,9
85,7
85,9
80,8
93,4
85,9
89,5
95,7
94,8
94,4
92,5
96,3
93,8
1996
90,4
79,1
87,2
84,5
85,1
76,0
83,5
82,6
69,8
83,4
82,9
84,5
85,5
67,9
89,3
87,6
77,8
85,4
86,8
87,8
94,9
87,2
86,9
84,1
94,3
88,6
91,0
96,2
95,4
94,8
93,4
95,8
95,1
1997
90,3
79,0
85,3
79,2
83,7
78,6
81,3
84,9
68,3
83,3
83,4
84,7
84,9
63,5
89,4
89,3
79,3
85,6
86,8
87,2
94,0
87,3
89,5
79,6
94,3
89,6
90,9
96,5
95,3
94,8
93,1
96,1
95,1
1998
90,5
79,3
86,3
77,7
83,7
77,9
81,8
84,3
71,8
83,5
81,3
84,9
85,9
67,1
89,1
88,7
78,6
84,2
85,9
88,2
93,9
88,0
87,9
84,2
94,3
88,9
91,2
96,7
95,1
94,9
92,6
96,5
95,6
1999
89,9
77,6
81,8
81,8
82,5
75,9
84,0
82,0
65,4
83,4
82,1
83,3
84,0
70,4
88,8
89,4
78,9
85,0
87,3
85,6
91,7
85,5
84,2
82,2
93,8
87,3
90,7
95,9
95,0
94,5
92,2
96,3
94,9
2001
88,1
75,0
75,4
84,5
79,7
73,0
77,3
75,7
68,2
81,0
80,3
80,9
82,4
68,6
85,6
85,3
81,0
80,1
84,6
83,8
89,4
83,0
87,0
78,4
92,3
87,1
89,6
94,9
92,9
93,4
90,8
95,3
94,4
2002
87,9
73,2
74,8
73,8
79,2
71,0
77,3
75,7
66,4
80,1
78,3
80,5
83,1
65,3
85,4
84,5
79,8
79,0
82,5
84,4
91,6
83,4
87,3
77,8
92,5
86,5
89,9
95,2
93,0
93,5
91,8
95,0
93,6
2003 2004*¹2005*¹2006*¹2007*¹2008*¹2009*¹
87,8 87,8 88,0 87,9 88,1 88,9 87,9
73,3 73,0 74,0 74,6 72,8 76,4 75,6
72,9 72,6 74,9 71,0 74,7 75,9 71,7
70,7 72,4 75,2 81,0 75,7 83,3 87,6
79,9 81,3 78,0 83,7 77,8 82,3 79,0
72,0 69,5 72,8 71,3 71,1 74,7 75,0
76,6 79,8 79,2 78,1 75,9 77,9 77,4
65,5 61,4 63,4 67,2 67,2 67,8 70,9
67,5 67,0 66,8 67,1 66,7 71,4 67,2
80,3 80,7 81,1 80,8 82,0 82,4 81,8
79,3 79,6 81,6 82,0 81,8 80,3 79,4
80,9 81,9 82,0 81,7 81,0 83,5 82,8
82,2 81,9 82,9 82,2 83,9 84,8 82,6
65,3 65,1 66,6 65,8 72,0 68,6 66,1
85,2 86,0 85,7 84,5 84,3 86,0 86,4
84,5 85,0 85,0 85,7 87,0 87,0 87,3
80,7 80,9 81,5 81,2 82,7 82,1 78,8
80,1 78,2 78,9 78,5 80,9 77,8 83,0
83,1 85,7 84,4 83,8 83,9 86,7 89,6
84,3 85,0 84,7 85,3 85,1 86,4 84,3
90,1 89,3 90,6 90,7 90,7 89,2 90,0
83,7 85,2 83,7 84,7 86,2 87,0 82,1
86,2 85,5 85,8 86,1 84,3 86,0 85,5
79,0 80,8 80,9 81,1 78,8 83,2 82,9
92,3 92,5 92,4 92,1 92,4 93,0 92,1
86,2 88,1 87,8 85,8 87,8 89,5 93,2
90,1 90,5 90,5 90,4 90,2 91,9 91,1
95,0 94,8 95,3 94,5 94,2 94,2 93,4
92,8 92,8 92,6 92,3 93,0 93,4 92,0
93,4 93,6 94,2 94,3 94,0 94,9 93,4
91,4 91,9 92,9 92,9 92,3 93,5 91,4
95,0 94,9 95,6 96,0 95,2 96,1 95,4
94,0 93,8 93,9 93,5 94,4 95,2 92,9
Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE).
Obs.: A pesquisa não foi a campo em 1994 e 2000.
Notas:
1 - A área rural da região norte do país, a exceção do estado de Tocatins passou a integrar a amostra em 2004.
Os resultados da coluna 2004*, 2005*, 2006*, 2007*, 2008* e 2009* foram estimados incorporando a amostra da área rural da região norte.
9
para ter acesso aos dados detalhados de taxas de penetração de luz, água, esgoto, telefone, computador, etc,
consulte o IETS - Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade - www.iets.org.br
Página 38 de 97
O Quadro 3.10 revela ainda, a taxa de penetração do rádio nas principais regiões
brasileiras, segundo dados publicados pelo IBGE no ano de 2009. A mais elevada é a
da Região Sul, com 93,4%, e a menor taxa de aparelhos de rádios por domicílio é a
da Região Norte, com 75,6%. Isso equivale a dizer que no ano de 2009, 24,4% dos
domicílios da Região Norte não contavam com um aparelho receptor de rádio, uma
grave indicação de exclusão social.
Quadro 3.10 - porcentagem de domicílios que possuem rádio
Brasil
Norte1
Nordeste
Centro-Oeste
Sudeste
Sul
1992
84,9
70,7
72,8
82,1
91,0
92,3
1993
85,1
71,3
72,8
83,4
91,0
92,6
1995
88,9
77,3
79,9
86,1
93,4
94,4
1996
90,4
79,1
83,4
87,8
94,3
94,8
1997
90,3
79,0
83,3
87,2
94,3
94,8
1998
90,5
79,3
83,5
88,2
94,3
94,9
1999
89,9
77,6
83,4
85,6
93,8
94,5
2001
88,1
75,0
81,0
83,8
92,3
93,4
2002
87,9
73,2
80,1
84,4
92,5
93,5
2003
87,8
73,3
80,3
84,3
92,3
93,4
2004*¹2005*¹2006*¹2007*¹2008*¹2009*¹
87,8 88,0 87,9 88,1 88,9 87,9
73,0 74,0 74,6 72,8 76,4 75,6
80,7 81,1 80,8 82,0 82,4 81,8
85,0 84,7 85,3 85,1 86,4 84,3
92,5 92,4 92,1 92,4 93,0 92,1
93,6 94,2 94,3 94,0 94,9 93,4
Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE).
Obs.: A pesquisa não foi a campo em 1994 e 2000.
Notas:
1 - A área rural da região norte do país, a exceção do estado de Tocatins passou a integrar a amostra em 2004.
Os resultados da coluna 2004*, 2005*, 2006*, 2007*, 2008* e 2009* foram estimados incorporando a amostra da área rural da região norte.
O Quadro 3.11, a seguir, mostra a taxa de penetração do rádio, por domicílio,
segundo dados do IBGE, desde 1970. Pode-se observar que a saturação dos
domicílios, com aparelho de rádio, ocorreu no ano de 1995, considerando-se que os
domicílios com rádio permanecem estagnados desde então. É importante salientar
que estas informações não representam o potencial de penetração do rádio entre os
brasileiros, haja vista que este tipo de serviço utilizava, até 1995, apenas um tipo de
tecnologia, ou seja, aparelho de rádio, fixo ou veicular.
O leitor deve ter em mente que a partir de meados dos anos 90, a indústria
praticamente parou a fabricação de aparelhos de rádio (aqui nos referimos à
equipamentos que servem unicamente para a sintonia de sinal radiofônico).
Entretanto, o rádio continua crescendo vertiginosamente, mas agora junto com outros
aparelhos eletrônicos de serviço, com CD’s, DVD’s, conjuntos de som, receivers,
televisão, celular e iPod’s.
Página 39 de 97
Quadro 3.11 - Evolução dos Domicílios com Rádio
ano
Nº absolutos
Posse (%)
Ano
Nº absolutos
1970
1980
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
10.386.763
19.203.666
29.993.272
30.592.474
30.791.400
31.442.592
33.232.055
34.606.922
35.915.062
36.712.634
37.839.881
58,9%
76,2%
84,3%
84,4%
84,9%
85,1%
86,6%
88,9%
90,4%
90,3%
90,5%
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
38.512.646
39.107.479
40.926.160
42.223.640
43.647.140
45.439.130
46.740.320
48.002.190
49.639.060
51.168.173
51.489.183
Posse
(%)
89,9%
89,9%
88,1%
87,9%
87,8%
87,8%
88,0%
87,9%
88,1%
88,9%
87,9%
Fonte: 1970, 1980 e 2000: Censo Demográfico IBGE; 1992, 1993, 1995, 1996, 1997, 1999 e 2002 (Somente
para total Brasil): PNAD, exclusivo domicílios da área rural da Região Norte. 2004: projeção Grupo de Mídia
Infelizmente, a evolução tecnológica que acaba por colocar o rádio como mais um
serviço oferecido por aparelhos eletrônicos, dificulta a pesquisa da taxa de
penetração domiciliar do rádio, isso deve-se a tremenda universalização deste
serviço, pois o rádio é também prestado por intermédio de inúmeras tecnologias.
No Brasil metropolitano, as taxa de penetração do rádio são muito mais civilizadas e
linearizadas, conforme mostra o Quadro 3.12.
Quadro 3.12 - porcentagem de domicílios que possuem rádio
Brasil metropolitano
Região metropolitana
Belém
Salvador
Fortaleza
Recife
Distrito Federal
Belo Horizonte
Rio de Janeiro
São Paulo
Curitiba
Porto Alegre
1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
92,6 92,6 95,1 95,6 95,5 95,2 94,9 93,0 93,0 92,5 92,4 92,7 92,3 92,8 93,3 92,3
82,6
89,4
81,7
85,5
90,6
93,5
95,2
94,1
92,7
94,7
83,4
89,2
81,2
85,0
91,4
93,8
94,8
94,0
93,6
94,6
90,3
91,0
87,5
91,0
93,9
95,1
97,1
95,8
95,9
97,1
89,8
93,6
90,0
92,0
94,9
96,6
97,1
96,4
95,5
96,2
88,4
93,5
89,8
94,0
94,0
95,2
97,4
96,2
94,4
96,1
88,2
91,8
88,9
93,0
93,9
94,5
97,5
95,8
94,9
96,5
85,7
91,6
87,1
92,7
91,7
94,9
96,9
95,9
95,1
96,1
82,0
88,7
84,3
91,2
89,4
93,3
96,0
94,0
93,7
95,2
76,9
86,8
85,3
89,9
91,6
94,1
96,3
94,2
94,2
94,5
78,5
86,4
82,8
88,4
90,1
94,2
96,1
93,6
93,7
95,0
78,4
87,2
83,2
89,1
89,3
93,7
95,7
93,7
94,0
94,3
80,7
87,6
84,5
88,5
90,6
95,0
96,4
93,3
94,2
94,7
79,1
86,3
84,0
89,8
90,7
93,8
95,2
93,0
93,7
96,2
81,1
86,5
85,6
91,6
90,7
94,5
95,2
93,8
94,3
94,6
82,4
88,3
87,5
91,1
89,2
95,8
94,9
94,6
94,0
96,0
84,4
87,0
85,3
92,2
90,0
95,0
94,6
92,6
92,9
95,7
Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE).
Obs.: A pesquisa não foi a campo em 1994 e 2000.
Com o advento da internet e da telefonia celular, esta última com mais intensidade, o
rádio ficou mais ao alcance do indivíduo do que da família, isso por considerar que
alguns modelos de aparelhos de telefonia celular possuem um receptor de rádio
Página 40 de 97
integrado (cerca de 36%). Por outro lado, complementarmente, a internet trouxe
também ao indivíduo a rádio via WEB, o chamado SIMULCASTING, uma realidade
que se consolida cada vez mais, ou seja, a mesma programação transmitida pela
radiodifusora é também disponibilizada na internet.
Tal distinção, de prestação de serviço individual, no caso do rádio, e de serviço
familiar, no da televisão, é de grande relevância, pois estes serviços são gratuitos e
remuneram-se da propaganda neles veiculadas. Apenas para exemplificar, a taxa de
penetração do rádio na faixa etária entre 10 e 14 anos é de 86%. Abaixo desta idade
sequer é medido. Já no caso da televisão, a taxa de penetração até 14 anos é de
100%. Saudosismos à parte, houve uma época em que o rádio era um serviço
familiar.
Desafortunadamente não temos os números exatos do alcance deste meio de
comunicação (rádio), a pesquisa InterMeios, a mais importante e confiável existente,
pesquisa apenas 140 rádios comerciais das mais de quatro existentes, conforme
demonstra o Quadro 3.13.
QUADRO 3.13 - NÚMERO DE RÁDIOS PARTICIPANTES DA PESQUISA INTERMEIO, POR MÊS, POR ANO (Fonte: Intermeios)
JAN
FEV MAR ABR MAI JUN
JUL
AGO SET
OUT NOV DEZ
TOT
MÊS DE 2008
131
133
140
141
139
142
139
137
134
133
140
139 1648
MÊS DE 2009
147
145
141
147
143
144
140
148
144
144
140
146 1729
% CRECIMENTO FÍSICO
12,2% 9,0% 0,7% 4,3% 2,9% 1,4% 0,7% 8,0% 7,5% 8,3% 0,0% 5,0% 4,9%
MÉDIA
137
144
As pesquisas realizadas, têm viés totalmente mercadológico e servem aos propósitos
da indústria de publicidade, como o Mídia Dados 2008, por exemplo. Esta observação
é importante para que os pesquisadores não pensem que o rádio perdeu força como
meio prestador de serviço, pois o que está estagnado são os números de domicílios
com aparelhos de rádio no formato tradicional, informação pesquisada pelo PNAD.
Pois, a pesquisa do IBGE ainda não tem condições de medir10 os dados de
domicílios com aparelhos celulares providos de rádio, cujos números habilitados,
segundo a ANATEL, alcançaram a casa dos 202,9 milhões em 2010 (Quadro 3.14),
bem como computadores com acesso às emissoras de rádio que distribuem sua
programação na WEB. Pode-se dizer que o rádio vive um momento de grandes
oportunidades de crescimento, especialmente movido pela convergência tecnológica.
Deve-se ainda informar ao leitor que embora o número de aparelhos celulares
habilitados seja muito elevado, a sua taxa de penetração domiciliar ainda é baixa
(78,5%) se comparada à televisão (95,7%).
10
A palavra “desconsidera” tem significado meramente semântico, pois a diversidade de equipamentos que contém o rádio nos
dias de hoje é fator de impedimento da pesquisa do IBGE.
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Quadro 3.14 - Evolução da telefonia móvel (fonte Anatel)
Ano
Nº Absolutos
Ano
Nº Absolutos
1990
667
2001
28.745.769
1991
6.700
2002
34.880.964
1992
31.726
2003
46.373.266
1993
191.402
2004
65.605.577
1994
755.224
2005
86.210.336
1995
1.416.500
2006
99.918.621
1996
2.744.549
2007
120.980.103
1997
4.550.175
2008
150.641.403
1998
7.368.218
2009
173.959.368
1999
15.032.698
2010
202.944.033
2000
23.188.171
2011
A presença da telefonia, Quadro 3.15, sobretudo a móvel, nos domicílios teve, mais
uma vez, forte evolução. De 2007 para 2008, mais 4,4 milhões de domicílios
passaram a ter algum tipo de telefone, dos quais 3,98 milhões adquiriram somente
celular. Assim, com alta de 5,3 pontos percentuais, a participação dos domicílios com
algum tipo de telefone passou a ser 82,1% (ou 47,2 milhões). Já os domicílios com
somente celular chegaram a 21,7 milhões (37,6% do total), um aumento de 5,9
pontos percentuais.
Quadro 3.15 - Domicílios Brasileiros (%) com Telefone Fixo e Celular
Telefone (Fixo ou
Celular)
Celular
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
58,9%
61,7%
62,0%
65,4%
71,6%
74,5%
77,0%
82,1%
84,9%
31,1%
34,7%
38,6%
47,8%
59,3%
63,6%
67,7%
75,5%
78,5%
Só celular
7,8%
8,8%
11,2%
16,5%
23,5%
27,7%
31,6%
37,6%
41,2%
Telefone Fixo
51,1%
52,9%
50,8%
48,9%
48,1%
46,8%
45,4%
44,4%
43,1%
Somente fixo
27,9%
27,0%
23,4%
17,6%
12,3%
10,9%
9,3%
6,6%
5,8%
Celular e Fixo
23,2% 25,9% 27,4% 31,3% 35,8% 35,9% 36,1% 37,8%
Total de Domicílios
46.507 48.036 49.712 51.753 53.053 54.610 56.344 57.557
(milhares)
Fonte: TELECO - IBGE - PNAD. Até 2003, exclusive a população da área rural de Rondônia, Acre,
Amazonas, Roraima, Pará e Amapá.
37,3%
58,577
Até 31 de dezembro partir de 2012 a indústria de aparelhos celulares tem uma meta
de equipar 3% (três por cento) dos aparelhos com receptor de televisão digital. Este
percentual será elevado para 5% a partir de 1º de janeiro de 2013 (norma do
Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior - MDIC). Em julho de
Página 42 de 97
2009, apenas três fabricantes (Semp Toshiba, LG e Samsung) ofereciam produtos no
mercado capazes de receber o sinal de TV digital. 11
A situação do serviço de televisão é mais transparente, quando comparada com a do
rádio, com muitas informações à respeito do serviço, especialmente descrevendo a
situação de receptores, alcance e faturamento. A taxa de penetração da televisão
(domicílios) no Brasil em 2009 é de 95,7%, sendo que os receptores de televisão
colorida possuem penetração de 95,3%, conforme Quadro 3.16.
Quadro 3.16 - Domicílios com TV a Cores
%
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
2009
Urbana
88,4% 89,9% 90,3% 91,5% 93,1% 94,8% 96,3% 96,8% 97,2%
Rural
52,0% 56,6% 59,5% 61,6% 64,8% 72,0% 77,8% 81,8% 84,2%
Total
83,0% 85,1% 85,9% 86,9% 88,7% 91,3% 93,5% 94,5% 95,3%
Fonte: TELECO - PNAD (IBGE)
O atendimento ao disposto nas portarias interministeriais (MDCI, MCT e MC) teria
enorme repercussão na prestação de serviços de televisão se considerássemos que
apenas por meio desta tecnologia estaríamos agregando quase 3 milhões de novos
receptores de TV digital no Brasil, levando em conta que 60 milhões de aparelhos
fossem vendidos. Desafortunadamente, o lobby da indústria convenceu o MDCI a
alterar a Portaria e a meta de 5% para 2010, passou para 2013.
A televisão colorida tem o absoluto domínio do mercado brasileiro de aparelhos
receptores. No Brasil metropolitano, os televisores coloridos estão presentes em
98,2% de cada 100 domicílios que possuem televisão, isso nas dez principais regiões
metropolitanas (Quadro 3.17).
11
Portaria nº 222/9/11/2010, dos Ministérios do Desenvolvimento Indústria e Comércio, Comunicações e Ciência e
Tecnologia
Página 43 de 97
Quadro 3.17 - porcentagem de domicílios que possuem televisão a cores
Brasil metropolitano
Região metropolitana
Belém
Salvador
Fortaleza
Recife
Distrito Federal
Belo Horizonte
Rio de Janeiro
São Paulo
Curitiba
Porto Alegre
1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
65,5 68,4 79,2 87,6 90,0 92,5 92,7 93,4 94,1 94,4 94,7 95,7 97,0 97,7 97,8 98,2
52,6
50,3
40,5
47,4
68,5
58,5
69,9
74,8
59,7
60,5
58,9
56,3
42,2
50,5
73,4
62,1
70,4
77,4
65,2
65,1
71,4
61,2
57,9
60,8
83,8
73,3
83,4
86,8
76,9
77,8
80,1
75,4
71,1
77,2
89,7
84,3
91,4
92,7
84,1
85,2
85,6
81,8
79,4
81,6
92,2
87,2
93,5
93,2
86,8
88,9
90,4
86,1
82,5
86,2
93,7
90,0
95,0
95,4
89,6
91,3
90,5
86,7
83,3
85,8
93,6
90,1
96,1
95,2
90,8
91,0
89,6
86,9
84,6
88,0
95,1
91,8
96,4
95,7
90,6
92,7
89,7
89,6
86,8
88,0
95,1
92,2
97,2
96,1
92,2
93,0
90,1
88,8
86,5
88,8
95,6
93,1
97,4
96,3
93,0
94,2
91,3
90,8
87,7
89,3
95,7
93,6
97,1
96,6
93,6
94,5
92,8
91,2
90,3
91,0
96,6
95,4
98,0
97,1
93,9
96,2
95,1
94,6
93,5
94,4
98,2
96,0
98,2
98,0
95,8
96,8
96,9
96,2
95,5
96,7
98,6
97,4
98,3
98,5
95,1
97,3
97,2
97,0
96,6
97,0
98,5
97,8
98,2
98,3
96,5
97,5
97,6
97,5
97,2
97,5
99,0
97,9
98,8
98,6
96,9
98,1
Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE).
Obs.: A pesquisa não foi a campo em 1994 e 2000.
Quando são observados os estados brasileiros em particular, novamente os índices
de desenvolvimento econômico e de qualidade de vida se sobressaem, pois em
alguns estados das Regiões Nordeste e Norte, notadamente os mais pobres, como
Maranhão, Tocantins e Piauí, a televisão colorida ainda precisa avançar muito para
atender a população. Apenas para ressaltar este problema, o Estado do Piauí
contabiliza que 14,8% dos seus domicílios não contam com aparelhos de televisão
colorida (85,2% possuem), segundo os dados do PNAD 2009 (Quadro 3.18).
Página 44 de 97
Quadro 3.18 - porcentagem de domicílios que possuem televisão a cores
1992
46,7
Brasil
39,8
Norte1
Acre
48,3
Amapá
47,9
Amazonas
54,3
Pará
34,4
Rondônia
46,3
Roraima
52,3
Tocantins
18,6
23,9
Nordeste
Alagoas
27,5
Bahia
23,6
Ceará
22,7
Maranhão
15,5
Paraíba
24,0
Pernambuco
28,8
Piauí
20,4
Rio Grande do Norte 25,1
Sergipe
29,2
44,6
Centro-Oeste
Distrito Federal
68,5
Goiás
41,4
Mato Grosso do Sul 39,8
Mato Grosso
36,4
60,6
Sudeste
Espírito Santo
39,7
Minas Gerais
42,3
Rio de Janeiro
65,3
São Paulo
68,6
47,9
Sul
Paraná
45,7
Rio Grande do Sul 49,0
Santa Catarina
49,4
1993
50,2
40,8
47,5
51,9
54,4
37,2
45,1
56,4
19,4
26,7
30,9
26,4
25,6
18,8
30,1
30,9
21,1
27,2
32,9
48,3
73,4
44,2
46,2
38,8
63,9
45,9
46,4
66,7
72,3
52,5
49,2
54,0
55,2
1995
61,0
52,3
56,8
68,1
66,1
47,1
60,4
71,1
29,7
35,0
38,8
32,9
34,4
25,4
39,3
42,0
28,0
39,1
40,3
60,6
83,8
55,7
58,9
53,8
75,3
60,2
57,8
78,9
83,0
64,9
62,8
65,4
67,4
1996
69,4
60,7
64,5
74,2
73,9
56,3
69,9
75,8
37,5
45,4
48,4
42,2
44,8
33,9
50,5
54,7
37,1
52,3
50,8
67,7
89,7
63,8
67,3
59,1
83,0
69,8
67,7
88,1
88,8
72,6
69,8
73,6
75,7
1997
74,1
66,3
67,8
69,7
77,9
65,8
71,5
80,1
42,0
52,9
58,3
49,3
53,0
38,7
60,2
62,1
44,8
61,5
58,2
73,8
92,2
71,7
72,5
64,3
86,0
75,2
72,4
91,2
91,0
77,3
74,4
78,7
79,9
1998
78,1
72,5
77,0
78,1
81,0
72,0
79,6
83,0
51,2
58,6
60,6
55,1
57,3
45,7
66,3
68,4
50,9
66,8
65,2
78,9
93,7
77,1
77,8
71,7
88,6
77,6
77,1
92,8
93,1
81,2
79,1
82,8
81,9
1999
79,7
75,3
79,2
80,1
82,4
74,1
83,7
89,1
54,9
61,2
65,1
57,3
58,9
47,1
71,8
70,2
51,1
70,9
72,9
80,2
93,6
79,2
79,4
72,3
89,6
81,1
79,2
93,6
93,4
82,8
81,5
83,9
83,1
2001
83,0
80,0
81,0
90,9
86,4
80,8
83,1
84,3
58,6
67,0
67,1
63,0
69,1
57,6
71,3
73,2
59,0
75,3
75,7
83,5
95,1
82,3
85,1
75,1
91,2
81,1
83,0
95,6
94,0
86,4
85,4
85,7
89,5
2002
85,1
82,2
84,2
89,6
90,1
82,5
82,9
85,9
64,2
70,5
68,7
67,4
73,3
63,2
76,1
75,5
60,4
77,2
77,7
85,2
95,1
84,6
86,1
77,3
92,4
85,6
85,3
96,3
94,7
88,4
88,1
87,4
90,9
2003 2004*¹2005*¹2006*¹2007*¹2008*¹2009*¹
85,9 86,9 88,7 91,3 93,5 94,5 95,3
83,6 76,2 79,8 83,6 88,0 89,6 90,5
85,6 71,9 76,5 80,8 84,2 90,0 90,0
87,7 88,2 92,7 90,9 94,7 98,3 98,0
90,3 81,6 84,4 88,8 92,3 93,1 92,9
83,7 73,9 77,6 81,8 86,6 88,2 89,6
86,3 79,6 82,8 84,0 89,1 89,4 90,3
85,8 78,0 81,1 87,5 87,8 92,7 93,9
67,5 68,9 72,1 77,0 83,6 85,0 86,6
71,7 75,0 77,9 83,4 87,9 90,6 91,8
70,7 75,3 78,3 84,2 89,6 91,2 94,3
67,9 71,5 74,6 80,4 85,4 88,2 89,6
75,2 77,8 80,7 87,0 89,9 92,4 93,7
64,5 68,0 70,0 75,8 81,8 86,3 86,8
75,9 80,3 83,6 88,6 93,2 94,4 95,9
75,9 78,4 81,3 87,1 91,5 93,4 94,8
62,9 68,5 70,7 75,6 78,8 85,4 85,2
79,4 81,4 84,9 89,0 92,4 94,5 95,5
81,2 83,8 85,3 88,7 92,3 95,2 95,7
86,5 87,5 89,8 91,9 93,3 94,1 95,3
95,6 95,7 96,6 98,2 98,6 98,5 99,0
86,8 87,7 90,1 92,1 94,2 94,9 95,3
86,8 86,9 90,4 92,5 93,0 93,5 95,2
77,6 81,1 83,0 86,0 87,0 89,2 92,3
92,9 93,9 94,7 95,9 97,0 97,2 97,6
87,8 90,5 91,3 93,6 95,0 96,6 97,2
85,8 88,0 89,3 92,0 94,4 95,5 95,8
96,7 96,5 97,4 97,9 98,0 98,1 98,7
95,0 95,7 96,4 97,1 97,9 97,7 98,1
89,4 90,6 92,4 94,0 95,3 95,7 96,5
88,2 89,5 90,9 93,0 93,9 95,0 95,2
88,9 90,1 92,9 93,8 95,6 95,7 97,0
92,7 93,7 94,2 96,3 97,1 97,2 98,0
Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE).
Obs.: A pesquisa não foi a campo em 1994 e 2000.
Notas:
1 - A área rural da região norte do país, a exceção do estado de Tocatins passou a integrar a amostra em 2004.
Os resultados da coluna 2004*, 2005*, 2006*, 2007*, 2008* e 2009* foram estimados incorporando a amostra da área rural da região norte.
Para aqueles que julgavam que a televisão em preto e branco era um objeto de
museu, a realidade brasileira mostra que ainda há podemos avançar em melhoria das
condições socioeconômicas da população brasileira, pois quase 0,4% do total de
domicílios com televisão em 2009 (0,6% em 2008), possuía este tipo de aparelho.
Frise-se que tal realidade apresentou forte reversão a partir do ano de 2001, quando
do total dos domicílios brasileiros, 6,1% ainda possuíam televisão preto e branco,
sendo 12,7% destes domicílios situados na área rural (Quadro 3.19).
Quadro 3.19 - Domicílios com TV Preto e Branco
%
Urbana
Rural
Total
2001
4,9
12,7
6,1
2002
3,8
11,1
4,9
2003
3,3
9,0
4,1
2004
2,6
7,5
3,4
2005
2,0
6,1
2,7
2006
1,3
3,8
1,7
2007
0,7
2,3
0,9
2008
0,5
1,4
0,6
2008
0,3
0,9
0,4
Fonte: Teleco - PNAD (IBGE)
Página 45 de 97
IV – Radiodifusão, licenças e outorgas
Radiodifusão Sonora
Em termos de quantidades físicas de emissoras de radiodifusão, os números
disponíveis não estão tabelados sistematicamente e as séries históricas são
encontradas ocasionalmente em apresentações esparsas. Os dados, todos
segmentados, estão disponíveis no site da ANATEL (SISCOM12). Entretanto, não
existem valores tabulados. Para se obter os valores totais é necessário gerar as
informações individuais por serviço, estado, licenciadas e não licenciadas e
posteriormente contar os números em separado, um a um. Já o Ministério das
Comunicações disponibiliza os dados sob demanda em tabelas detalhadas conforme
veremos a seguir. No site do MINICOM, é possível encontrar apenas os dados
tabulados das Rádios Comunitárias. Nenhuma outra informação sobre o volume de
emissoras de rádio ou televisão é disponibilizado sistematicamente para acesso via
internet, naquele órgão público.
Vale lembrar, que a Lei brasileira13 evita o monopólio mediático estabelecendo limites
de concessões ou permissões, por entidade. Em se tratando dos serviços prestados
em caráter comercial ou educativo, os limites de outorgas de uma entidade, seus
sócios (quando for o caso), são:
1 – Estações radiodifusoras de som:
a) locais:
ondas médias – 4 (com potência de 100, 250 ou 500 Watts)
freqüência modulada – 6
b) regionais:
ondas médias – 3 (com potência entre 1 e 10 kW, inclusive)
ondas tropicais – 3
sendo no máximo 2 por Estado
c) nacionais
ondas médias – 2 (com potência acima de 10 kW)
ondas curtas – 2
2) Estações radiodifusoras de som e imagem – 10 em todo o território nacional,
Sendo, no máximo, 5 em VHF e 2 por Estado.”
Quanto as freqüências utilizadas pela radiodifusão, o Quadro 4.1 abaixo as resume
de forma simplificada.
12
http://sistemas.anatel.gov.br/siscom/consulta/default.asp
13 Artigo 12 do Decreto-lei nº 236, de 28.02.1967
Página 46 de 97
Quadro 4.1 - Serviço de radiodifusão e freqüência atribuída
Onda Média
525 kHz a 1705 kHz
Onda Tropical (120 metros)
2300 kHz a 2495 kHz
Onda Tropical faixa alta
3200 kHz a 5060 kHz
Onda Curta
5950 kHz a 26100 kHz
Frequência Modulada incluindo RadCom
87,7 MHz a 108,0 MHz
Televisão VHF baixo
Canais 2 a 6 (54MHz a 88MHz)
Televisão VHF alto
Canais 7 a 13(174MHz a 216 MHz)
Televisão UHF
Canais 14 a 69(470 MHz a 806 MHz)
SARC para Rádio
Ver Resolução nº 82, da Anatel
SARC para TV
Ver Resolução nº 82,da Anatel
O Rádio foi oficialmente inaugurado em 7 de setembro de 1922, na cidade do Rio de
Janeiro. O primeiro programa foi o discurso do Presidente Epitácio Pessoa.
Entretanto, tudo começa em 1923, quando Roquette Pinto e Henrique Morize fundam
a primeira emissora brasileira, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, hoje Rádio
MEC. Em novembro do mesmo ano é criada a segunda rádio no Brasil, a Sociedade
Rádio Educadora Paulista. Há uma grande dificuldade em estabelecer o número
histórico de estações de rádio licenciadas, desde a criação do rádio no Brasil, o
Quadro 4.6 é uma tentativa de ordenar o números de emissoras, todavia, sem bases
científicas, haja vista que os dados foram retirados de inúmeros locais.
O Quadro 4.3, a seguir, apresenta a distribuição dos canais das emissoras de rádio
no Brasil, baseado em dados fornecidos pela MINICOM, ao final de 2004.
Quadro 4.3 - Emissoras de rádio no Brasil
Canais de Rádio
Outorgas
FM
1.848
RadCom
*
2.213
Ondas
Médias (AM)
1.701
Ondas
Tropicais
74
Ondas
Curtas
66
FM
Educativa
371
Já os dados consolidados de emissoras de rádio, de setembro de 2010, segundo
informações também fornecidas pelo MINICOM, mostram expressivos crescimentos
nas rádios comerciais FM e nas rádios comunitárias. Em 2009 o número de
emissoras de rádios FM comerciais alcançou a cifra de 2.602, enquanto as chamadas
RadCom chegaram a 4.193. Há cinco anos, esses números eram 1.848 e 2.213,
respectivamente. O setor de rádio no Brasil apresentava, em dezembro de 2010,
4.526 emissoras de rádio comercial, 465 rádios educativas e 4.193 rádios
comunitárias, perfazendo um total geral de 9.184 rádios (Quadro 4.4).
Rádio
Outorgas
Quadro 4.4 - Emissoras de rádio no Brasil (Fonte MINICOM)
Ondas
Ondas
Ondas
FM
RadCom* Médias (AM) Tropicais
Curtas
2.602
4.193
1.784
74
66
FM
Educativa
465
Página 47 de 97
Em setembro de 2009, as rádios que operam em freqüência modulada eram a maioria
das emissoras, totalizando 2.873 estações (2.426 + 447). Segundo informações do
Grupo de Mídia de São Paulo, essas rádios recebem a maior parte do chamado “bolo
publicitário”. A distribuição das rádios por unidade federativa é harmoniosa (uma rádio
para cada grupo de 20 mil ou 60 mil habitantes) e obedece condições econômicas
dos estados, como se pode constatar no Gráfico 4.1 A diferença perceptível no
Estado do Rio de Janeiro, visível no gráfico abaixo, pode ser explicada por suas
características geográficas e de concentração da população.
120.000
100.000
80.000
60.000
40.000
20.000
AC AL AM AP BA CE DF ES GO MA MG MS MT PB PB PE PI PR RJ RN RO RR RS SC SE SP TO
Gráfico 4.1 – Distribuição de rádios por habitantes
As informações tabeladas, fornecidas pelo Ministério das Comunicações,
representadas no Quadro 4.5, fornecem um completo panorama da radiodifusão
sonora no Brasil. O rádio AM, não obstante os problemas tecnológicos que tem
enfrentado, notadamente o da “sujeira” no espectro rádio elétrico que implica em
considerável perda de qualidade do serviço, ainda é uma força representativa por
meio de suas 1.784 emissoras.
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Quadro 4.5 - Ministério das Comunicações - Emissoras de Rádio
FM Comercial
UF
Total
FM Educativa
AM (OM)
3
Total
geral
3
33
9
29
10
11
4
1
16
135
14
18
99
34
Fase C
Total
geral
18
Total
Rádio OC
Rádio OT
Total
Total
11
Total
geral
11
9
18
18
10
24
5
5
5
2
2
16
97
97
1
3
37
94
Fase C
Total
Fase C
AC
18
AL
30
3
AM
24
5
AP
11
BA
119
CE
81
DF
17
17
9
9
9
9
ES
39
1
40
15
15
24
24
GO
97
16
113
14
15
60
60
3
4
MA
35
8
43
11
11
42
42
1
3
MG
278
36
314
75
76
183
1
184
4
5
MS
53
18
71
7
7
52
3
55
4
MT
56
24
80
6
6
57
5
62
4
PA
43
30
73
20
20
38
12
50
8
PB
47
18
65
6
6
34
34
PE
70
4
74
19
8
27
41
41
PI
26
8
34
6
1
7
50
50
PR
155
23
178
18
1
19
178
178
10
2
RJ
74
6
80
13
1
14
59
60
6
1
RN
18
18
12
12
33
RO
38
14
52
3
3
22
1
23
RR
5
4
9
2
2
5
1
6
RS
195
38
233
20
20
183
5
188
10
SC
111
17
128
21
21
106
106
3
SE
20
4
24
3
3
13
13
SP
350
70
420
61
4
65
273
TO
24
11
35
7
2
9
19
2034
392
2426
422
25
447
1730
Brasil
1
1
3
8
1
27
5
2
10
102
5
1
1
1
33
1
274
5
1
22
15
66
74
19
41
1771
1
Total - emissoras outorgadas com decreto legislativo
Fase C - processo em tramitação no Congresso nacional aguardando decreto legislativo
Fonte ANATEL, Sistema de Controle de Radiodifusão (SRD) setembro de 2009
FONTE: MINICOM, SETEMBRO DE 2009
Em janeiro de 2011, o número de emissoras de rádio comerciais e educativas no
Brasil apresentou pequena evolução, conforme pode-se verificar pelo Quadro 4.6. A
variação do número de emissoras de rádio operando em ondas curtas ou tropicais
não se alterou nos últimos anos, enquanto que o número de AM’s tem aumentado de
forma muito discreta. Já no que diz respeito as rádios FM, o aumento de emissoras
entre 2009 e 2010 foi de 7,3%, ou seja, passando de 2.426 em 2009 para 2.602 em
2010.
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UF
AC
AL
AM
AP
BA
CE
DF
ES
GO
MA
MG
MS
MT
PA
PB
PE
PI
PR
RJ
RN
RO
RR
RS
SC
SE
SP
TO
TOTAL
Quadro 4.6- emissoras de rádio no Brasil
tipo de emissorasRádio
RadCom
FM
FME
AM
5
64
40
16
300
211
33
66
199
158
679
81
82
113
142
183
78
283
111
121
39
5
360
183
28
546
67
4.193
21
35
30
13
148
104
17
50
125
45
344
73
89
82
67
75
36
198
84
18
53
12
249
132
25
442
35
2.602
4
9
11
6
17
37
9
15
15
12
79
9
7
20
6
28
8
20
15
13
3
2
22
21
3
65
9
465
11
18
27
6
97
103
9
25
60
43
184
55
65
51
34
41
50
180
60
33
23
6
189
108
13
274
19
1.784
OC
2
5
3
1
4
10
6
10
3
22
66
OT
Total
5
0
10
2
1
0
0
1
4
3
5
4
4
8
0
1
1
2
1
0
4
2
0
0
0
15
1
74
46
126
120
43
563
455
73
157
406
262
1295
222
247
274
249
328
173
693
277
185
122
27
830
447
69
1364
131
9184
Legenda: RadCom = rádio FM comunitária; FME = rádio FM educativa; TVE = televisão educativa; RTV
PRI = retransmissora de televisão primária; RTV SEC = retransmissora de televisão secundária;
Fonte: Ministério das Comunicações, Janeiro de 2011
O histórico quantitativo de emissoras de rádio FM outorgadas do ano de 2000
(Quadro 4.7), quando comparado com o de 2010, mostra que estas rádios
aumentaram 96,8% (2602 / 1322 – 1 * 100). O rádio FM vem se firmando como
importante prestador de serviços, tendo se desenvolvido e conquistado novos
públicos, como por exemplo, os usuários de telefonia celular e internet. Já o rádio AM,
acompanhando uma tendência mundial, vem encontrando um pouco mais de
dificuldade para se manter no mercado, especialmente porque não tem recebido a
mesma atenção do FM no acompanhamento e adaptação às transições tecnológicas.
Um exemplo deste fato é o desenvolvimento do rádio digital, que encontrou boas
soluções para o FM, mas que ainda enfrenta dificuldades no AM.
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Quadro 4.7 - Emissoras de Rádio e Televisão Licença e Outorgas por ano
Serviços
AM
OC
Total Rádios
Serviços
FM Comercial
AM
OC
OT
Total Rádios
Total TV
Total
Serviços
FM Comercial
AM
OC
OT
Total Rádios
Total TV
Total
Serviços
FM Comercial
FM Educativa
AM
OC
OT
Total Rádios
TV Comercial
TV Educativa
Total TV
Total
Serviços
1923 1924 1925 1926
2
7
10
12
2
7
10
12
1942 1943 1944 1945
106
3
1
110
112
3
2
117
115
3
2
120
117
3
5
125
1961 1962 1963 1964
26
637
72
68
803
23
826
38
690
72
68
868
27
895
38
732
72
73
915
30
945
38
760
72
74
944
32
976
1980 1981 1982 1983
1927
14
14
1946
127
3
6
136
1965
39
764
72
74
949
37
986
1984
1928 1929 1930
16
16
17
16
16
17
1947 1948 1949
168
4
6
178
215
6
6
227
241
6
6
253
1966 1967 1968
1931
1932
1933
1934
1935
1936
1937
1938
17
17
22
37
52
54
61
2
63
17
17
22
37
52
54
57
2
59
1950
1951
1952
1953
1954
1955
1956
1957
270
7
23
300
1
301
300
22
23
345
2
347
340
29
23
392
3
395
392
31
24
447
3
450
405
32
33
470
3
473
471
32
36
539
4
543
480
49
44
573
5
578
537
55
45
637
6
643
1939 1940 1941
81
2
83
86
3
89
96
3
99
1958 1959 1960
569
60
47
676
6
682
10
604
66
55
735
15
750
592
67
49
708
8
716
1969
1970
1971
1972
1973
1974
1975
1976
1977 1978 1979
48
796
72
74
990
40
1030
49
799
72
74
994
51
1045
49
811
72
74
1006
51
1057
50
812
72
74
1008
52
1060
55
919
75
75
1124
63
1187
55
919
76
75
1125
69
1194
58
926
76
75
1135
77
1212
66
928
76
76
1146
80
1226
70
928
76
77
1151
88
1239
80
929
75
78
1162
101
1263
1985 1986 1987
1996 1997 1998
41
771
72
74
958
40
998
41
772
72
74
959
41
1000
1988
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
141
201
275
335
387
419
430
499
586
801
1050
1153
1199
1200
1200
1204
1220
989
59
74
1263
987
59
74
1321
1040
59
74
1448
1067
59
74
1535
1108
59
74
1628
1114
59
74
1666
1126
59
74
1689
1178
59
74
1810
1202
59
74
1921
1277
59
74
2211
1352
59
74
2535
1431
59
74
2717
1501
59
74
2833
1519
59
74
2852
1522
59
74
2855
1529
59
74
2866
1536
59
74
2889
108
1371
111
1432
114
1562
116
1651
132
1760
143
1809
144
1833
148
1958
152
2073
177
2388
203
2738
229
2946
244
3077
251
3103
252
3107
253
3119
255
3144
1999 2000 2001 2002
2003
2004 2005 2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
112
920
75
78
1185
115
1300
120
961
75
79
1235
108
1343
1224
67
1540
59
74
2964
234
21
255
3219
1271
96
1572
62
74
3075
245
26
271
3346
2015 2016 2017
FM Comercial
1283 1322 1418 1705
1811
1848 1915 2174
2239
2332
2426
2602
FM Educativa
121
170
211
336
351
371
417
431
437
447
447
465
AM
1576 1598 1621 1684
1699
1701 1705 1711
1719
1750
1771
1784
OC
66
66
66
66
66
66
66
66
66
66
66
66
OT
74
74
74
74
74
74
74
74
74
74
74
74
RadCom**
78
542
1001 1703
2052
2213 2425 2729
3126
3494
3817
4193
Total Rádios
3198
3772 4391
5568 6053
6273
6602 7185
7661 8163
8601
9184
TV Comercial
248
251
263
278
280
280
282
285
286
294
295
310
TV Educativa
36
56
103
160
165
169
179
193
196
199
201
202
Total TV
284
307
366
438
445
449
461
478
482
493
496
512
Total
3482 4079 4757 6006
6498
6722 7063 7663
8143
8656
9097
9696
* Fase C, com outorga do MC/PR, processo em tramitação no Congresso Nacional, aguardando decreto legislativo, **com portaria de autorização Fonte: MC, Sistema de
RadCom, Anatel: SRD, setembro de 2009 e IBGE, estatísticas do século XX.
Os dados do Quadro 4.7, especialmente até o ano de 1985, foram retirados das
Estatísticas do Século XX, trabalho exaustivo realizado pelo IBGE e disponível
gratuitamente no endereço da Internet deste Instituto. O material contém inclusive
dados de programação, propriedade de emissoras, potência, equipamentos e pessoal
empregado. Estas estatísticas, entretanto, não são sistematizadas ao longo dos anos,
apresentando formatos e agrupamentos diferentes, bem como existem anos em que
as informações não foram coletadas. Os dados publicados pelo IBGE, por vezes
foram alterados pelo autor com vistas a dar aos números do Quadro 4.7 uma
seqüência, já que ao longo do tempo alguns valores vão se reduzindo, o que nos
pareceu ilógico. O autor ainda estimou os dados, também dentro de valores
seqüenciais, quando os mesmos não foram encontrados em nenhuma das fontes
disponíveis.
Página 51 de 97
Radiodifusão comunitária
As chamadas Rádios Comunitárias(14) são um tipo especial de emissora de rádio
FM, de alcance limitado a, no máximo, 1 km a partir de sua antena transmissora, e
que foram criadas para proporcionar informação, cultura, entretenimento e lazer à
pequenas comunidades. Trata-se de uma estação de rádio menor em relação às
demais, que serve como canal de comunicação com a comunidade. Uma Rádio
Comunitária não pode ter fins lucrativos nem vínculos de qualquer tipo, tais como:
partidos políticos, instituições religiosas etc. Estas rádios não podem veicular
propaganda paga. A estação de Rádio Comunitária deve operar com potência de
transmissão irradiada máxima de 25 watts.
O número de rádios comunitárias com portaria de autorização alcançava a cifra de
4.193 emissoras em dezembro de 2010, segundo dados fornecidos pelo MINICOM.
Ao final de 2004, este número era de 2.213, representando um crescimento de 89,5%
(4.193 / 2213 – 1 * 100) em cinco anos.
Já a evolução histórica deste tipo de emissora de rádio mostra uma espetacular
evolução, desde o seu lançamento em 1999 (não existem registros de RadCom em
1998). A partir do ano 2000 o total de autorizações anuais variou em média entre 400
e 300 novas emissoras. (Quadro 4.8).
Quadro 4.8 - Radiodifusão Comunitária - Quantitativo de Entidades com Portaria de Autorização
UF
AC
AL
AM
AP
BA
CE
DF
ES
GO
MA
MG
MS
MT
PA
PB
PE
PI
PR
RJ
RN
RO
RR
RS
SC
SE
SP
TO
TOTAL
1999
0
4
3
0
5
0
0
2
3
3
19
1
3
0
3
0
9
5
1
6
0
0
2
2
0
7
0
2000
1
12
10
1
43
20
2
8
36
17
48
21
7
9
16
19
14
30
9
17
6
0
17
17
1
78
5
2001
2
5
4
1
28
22
2
8
25
22
110
12
9
5
21
28
5
17
13
18
4
0
27
12
1
58
0
2002
0
6
9
4
41
47
5
8
34
36
170
12
14
14
37
43
5
38
17
16
8
2
29
20
2
80
5
2003
0
4
3
0
29
32
2
7
10
16
58
7
7
9
15
16
4
37
7
6
2
0
23
9
5
39
2
2004
0
1
1
0
18
13
1
2
5
5
19
3
4
5
5
8
2
16
5
4
1
0
6
5
2
28
2
2005
0
2
2
1
10
15
3
4
6
6
27
5
4
6
6
9
6
19
11
9
1
0
13
15
1
28
3
2006
0
10
1
1
20
16
7
2
11
11
39
0
6
11
7
16
6
22
10
5
1
1
47
12
2
35
5
2007
1
11
0
4
35
14
2
3
11
14
55
7
12
10
10
9
9
25
15
13
7
0
46
22
3
44
15
2008
0
4
5
1
20
10
6
8
18
6
36
2
3
12
8
17
4
33
4
6
2
0
36
16
2
89
20
2009
0
4
1
2
28
13
2
6
22
12
31
7
5
20
8
9
8
11
11
6
4
1
56
27
2
21
4
78
464
459
702
349
161
212
304
397
368
321
2010 TOTAL
1
5
1
64
1
40
1
16
22
300
9
211
1
33
8
66
18
199
10
158
67
679
4
81
8
82
12
113
6
142
9
183
6
78
30
283
8
111
15
121
3
39
1
5
58
360
26
183
7
28
39
546
6
67
377
4193
Fonte: MC dezembro de 2010
14
Veja em www.mc.gov.br
Página 52 de 97
O crescimento das rádios comunitárias, desde o lançamento do serviço em 1999, vem
mostrando um avanço linearizado. Tais emissoras de rádio, quando cumprem as
exigências legais, bem como os requisitos para sua operação, prestam enorme
serviço para as comunidades a que pertencem (Gráfico 4.2).
4500
4193
RadCom - Evolução Histórica
4000
3815
3500
3494
3126
3000
2729
2500
2052
2000
1703
1500
1000
1001
542
500
0
2213
2425
78
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
Gráfico 4.2 – Histórico de rádios comunitárias (Fonte: MC dezembro de 2010)
Considerando que não existem informações formatadas oficiais, pelo menos a
disposição do público em geral, seja no site da Anatel ou no do Ministério das
Comunicações, o Quadro 4.9 abaixo, é uma estimativa feita pela área econômica da
Abert, quanto a distribuição das emissoras de rádio AM e FM, segundo a potência do
transmissor e também quanto a população abrangida pelo serviço. Por tratar-se de
uma estimativa, as informações devem ser utilizadas com cuidado.
Os dados apresentados demonstram que as pequenas rádios são a maioria na
realidade brasileira. As rádios AM estão majoritariamente concentradas até 10KW e
em regiões com até 150 mil habitantes. É importante observar que as rádios de
potência de 1KW, representam mais de 50% do total, também em populações
menores ou igual a 150 mil habitantes.
No que diz respeito as rádios FM, a mesma tendência prevalece, com as rádios de
potência menor ou igual a 10KW superando a casa dos 96% do total de emissoras.
Vale lembrar que os números das estimativas da Abert, representadas no Quadro 4.9
incorporam as rádios comunitárias, também um tipo de rádio FM, todas com baixa
potência, pois assim exige a Lei que as criou.15
15
Lei nº 9.612, de 19.2.1998
Página 53 de 97
Quadro 4.9 - Estimativa de rádios por potência, distribuidas por população abrangida pela emissora
População
acima de
100 KW
até 100
KW
3
1
3
6
8
4
1
6
1
2
1
2
11
2
6
3
1
3
2
1
5
1
4
2
3
1
15
7
19
10
22
26
41
27
20
28
9
33
227
até 50KW até 35 KW até 25 Kw até 10 KW até 5 KW
até 3 KW
até 1 KW até 0,5 KW
Quantidade de rádio AM por potência
Acima de 7000
Até 7000
Até 3500
Até 3000
Até 2500
Até 2000
Até 1500
Até 1000
Até 750
Até 500
Até 300
Até 150
Até 75
Até 50
Até 25
Até 10
Total
3
1
1
1
4
1
1
6
16
37
0
3
5
4
6
33
62
59
42
37
28
1
7
6
15
17
8
3
3
4
8
18
47
115
122
247
247
35
280
58
846
15
3
2
1
1
1
2
2
1
4
5
Quantidade de rádios FM por potência
Acima de 7000
Até 7000
Até 3500
Até 3000
Até 2500
Até 2000
Até 1500
Até 1000
Até 750
Até 500
Até 300
Até 150
Até 75
Até 50
Até 25
Até 10
Total
2
3
2
9
5
5
8
4
5
1
1
1
1
9
3
4
2
3
1
3
1
14
2
8
4
5
7
6
6
5
4
6
7
87
27
7
28
7
22
43
61
49
28
24
14
3
322
5
2
11
2
13
25
32
39
23
24
15
2
194
5
5
4
3
5
7
27
38
32
17
23
4
166
5
1
1
1
1
1
4
7
40
6
31
61
122
114
168
125
21
659
2
27
4
14
19
25
54
90
172
183
486
873
561
2515
Radiodifusão de sons e imagens - televisão
Quanto aos radiodifusores de sons e imagens (TV), o número de emissoras
comerciais licenciadas, no período de 2000 até 2010, aumentou 23,5% (310 / 251 – 1
* 100) segundo os dados fornecidos pelo MINICOM.
Como veremos adiante, os números demonstrados são baixos se considerarmos que
o Brasil tem mais de cinco mil e quinhentos municípios, pois aqueles considerados
grandes (com mais de trezentos mil habitantes), que somam cerca de 90 municípios,
possuem um potencial para abrigar três geradoras ou mais. Esse dado justificaria a
existência de quase mil geradoras. O número total de geradoras comerciais
alcançava 310 emissoras em dezembro de 2010, segundo informações do Ministério
das Comunicações (Quadro 4.10).
Página 54 de 97
UF
AC
AL
AM
AP
BA
CE
DF
ES
GO
MA
MG
MS
MT
PA
dez/00
3
3
6
2
12
6
6
7
10
10
21
8
5
7
Quadro 4.10 - MINICOM - geradoras de TV outorgadas
set/09
Dez/10
UF
dez/00
set/09
4
6
PB
6
7
4
4
PE
8
9
6
7
PI
5
7
4
4
PR
24
28
12
12
RJ
13
13
8
9
RN
5
5
10
10
RO
4
7
8
8
RR
2
2
14
14
RS
22
23
10
10
SC
13
17
24
27
SE
3
3
10
10
SP
38
40
8
10
TO
3
4
8
9
total
251
295
Dez/10
7
9
7
28
13
5
7
2
25
17
3
43
4
310
Já o número total de emissoras de televisão, licenciadas, também segundo dados
obtidos no MINICOM, alcança a casa das 512 emissoras, sendo 310 comerciais e 202
educativas (Quadro 4.11).
O caminho para obtenção de uma outorga para geração de serviços de televisão não
é simples e pode demorar anos, pois o processo é complexo e a maior parte da
legislação tem trinta anos ou mais. Vale ressaltar que a geradora local tem importante
papel sócio-cultural, pela possibilidade de produção de programação aderente à
realidade local, dentre as quais destacam-se: jornalismo, esportes, lazer, cultura e
variedades.
Página 55 de 97
Quadro 4.11 - geradoras de televisão
UF
AC
AL
AM
AP
BA
CE
DF
ES
GO
MA
MG
MS
MT
PA
PB
PE
PI
PR
RJ
RN
RO
RR
RS
SC
SE
SP
TO
TOTAL
Televisão
Televisão educativa
Total
6
4
7
4
12
9
10
8
14
10
27
10
10
9
7
9
7
28
13
5
7
2
25
17
3
43
4
310
1
2
1
1
5
8
2
7
7
3
58
3
3
2
3
5
3
17
7
3
0
1
9
10
2
38
1
202
7
6
8
5
17
17
12
15
21
13
85
13
13
11
10
14
10
45
20
8
7
3
34
27
5
81
5
512
Legenda: RadCom = rádio FM comunitária; FME = rádio FM educativa; TVE = televisão educativa; RTV
PRI = retransmissora de televisão primária; RTV SEC = retransmissora de televisão secundária; Fonte:
Ministério das Comunicações, janeiro de 2011
O Quadro 4.12, mostra os mesmos dados de geradoras de televisão do ano
de 2009. A comparação com as informações de 2010 mostra que a evolução do
número de geradoras foi muito discreta neste período;
Página 56 de 97
Quadro 4.12 - Ministério das Comunicações - Emissoras de
Televisão
UF
TV Comercial
TV Educativa
1
Total
geral
1
4
2
2
6
6
1
1
4
4
1
1
BA
12
12
4
CE
7
8
8
DF
10
10
2
2
ES
7
8
7
7
GO
14
14
7
7
MA
10
10
3
MG
23
1
24
50
MS
8
2
10
3
3
MT
8
8
3
3
PA
8
8
2
2
PB
7
7
3
3
PE
9
9
5
5
PI
7
7
3
PR
28
28
16
RJ
13
13
7
7
RN
5
5
3
3
RO
7
7
Total
AC
4
AL
3
AM
AP
RR
2
RS
22
SC
17
Fase C
1
1
1
Total
geral
4
Total
8
17
10
3
3
2
40
36
4
7
58
3
1
17
0
23
40
288
9
3
8
2
1
SP
Brasil
4
1
0
SE
TO
Fase C
4
1
295
188
1
9
10
2
2
38
13
201
1
Total - emissoras outorgadas com decreto legislativo
Fase C - processo em tramitação no Congresso nacional aguardando decreto legislativo
Fonte ANATEL, Sistema de Controle de Radiodifusão (SRD) setembro de 2009
As outorgas (consignações para entidades federais (TV Câmara, Senado, Justiça e EBC, estão contidas nas tv's educativas
Uma questão que imediatamente vem a mente do leitor, é a respeito da suficiência ou
não do número de geradoras de televisão no Brasil. O Quadro 4.11 mostra que
existem apenas 310 geradoras de televisão comercial em todo o País. Enquanto o
PNAD 2009 mostra 5.565 municípios. Evidentemente a grande maioria dos
municípios não tem potencial econômico para abrigar uma geradora de televisão, mas
o número atual de geradoras é, com certeza, insuficiente.
O Quadro 4.13, mostra uma estimativa da área econômica da Abert sobre a
possibilidade de instalação de geradoras de televisão por sede municipal
correlacionada com a população da mesma. Segundo o Quadro 4.13, o Brasil teria
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um potencial de abrigar cerca de mil novas geradoras de televisão (971), ou seja, um
número três vezes maior quando comparado com o existente.
O aumento do número de geradoras locais traria como benefício mais empregos,
produção para a indústria e, principalmente, mais programação local e regional. Feita
a análise resta a pergunta: se mais geradoras trazem tantos benefícios qual a razão
de existirem tão poucas? A resposta está no atual sistema de licitação das outorgas
que afasta os empresários deste tipo de negócios, enquanto cria oportunidade para
os “atravessadores”. Explicando melhor, como a obrigação de pagamento pelo
vencedor da licitação do processo de outorga existe apenas após a publicação do
Decreto Legislativo, o que pode demorar muito tempo, os preços oferecidos são
exorbitantes, incompatíveis com qualquer business plan. O atual sistema de licitações
já está sendo analisado e possivelmente será alterado em breve.
Quadro 4.13 - Número de municípios e população nos censos de 2000 e 2010, segundo
classes de tamanho da população.
Brasil classes de tamanho
da população
total de municípios
até 10 000
De 10 001 a 50 000
De 50 001 a 100 000
De 100 001 a 500 000
De 500 001 a 1 000 000
De 1 000 001 a 2 000 000
De 2 000 001 a 5 000 000
De 5 000 001 a 10 000 000
Mais de 10 000 000
Número de Municípios e
População nos Censos
Demográficos
2.000
2.010
5.507
5.565
2.637
2515
2345
2.443
301
324
193
246
18
23
7
9
4
4
1
1
1
1
Estimativa de
potencial de
geradora de
televisão por
município
0
0
1
2
3
5
6
7
10
Total de geradoras
Estimativa do total
de geradoras de
televisão comercial
0
0
324
492
69
45
24
7
10
971
As retransmissoras da televisão aberta
As retransmissoras de televisão (RTV), que poderiam ser definidas como uma
estação que “repete” o sinal de uma geradora para outro município, alcançam a casa
das 10.266 (5.715 + 4.551), segundo dados fornecidos pelo MINICOM, (registrados
no Quadro 4.14).
Também neste caso, se o Brasil tem mais de 5.565 municípios, no cálculo da média,
existe pouco menos de uma retransmissora por município (Quadro 4.14). A realidade,
entretanto é outra. O serviço de RTV teve grande expansão nos anos 60 e 70 por
ações isoladas das prefeituras que, desejando atender o clamor dos munícipes pelo
acesso aos serviços de radiodifusão de sons e imagens, instalaram RTV’s sem o
devido processo legal. Por conta disso, não se sabe exatamente quantas estações
retransmissoras existem no Brasil. Técnicos ligados ao setor, empiricamente, dizem
que essas estações sem documentação e correspondente outorga, devem chegar a
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pelo menos 8 mil. Os números, se confirmados, elevariam o número de RTV’s (legais
e com documentação ainda incompleta) para a casa dos 18 mil. O Ministério das
Comunicações não tem poupado esforços para corrigir tais situações.
Quadro 4.14 – Retransmissoras de Televisão
Estado
RTV Primário RTV secundário Total geral
Vagos
AC
56
40
96
15
AL
63
89
152
11
AM
178
74
252
2
AP
40
13
53
40
BA
485
229
714
526
CE
309
57
366
100
DF
21
4
25
2
ES
52
138
190
19
GO
282
222
504
101
MA
92
241
333
56
MG
504
954
1458
111
MS
140
111
251
87
MT
239
62
301
542
PA
238
160
398
71
PB
33
70
103
16
PE
77
81
158
247
PI
86
11
97
63
PR
333
154
487
127
RJ
174
252
426
14
RN
22
68
90
14
RO
95
77
172
206
RR
36
21
57
10
RS
429
367
796
19
SC
260
503
763
20
SE
24
36
60
239
SP
1.326
500
1826
20
TO
121
17
138
73
Brasil
5715
4.551
10266
2.751
Fonte MidiaDados Brasil 2010 – Grupo de Mídia de São Paulo
O Quadro 4.15 mostra o total estações geradoras de televisão comercial
existentes no Brasil, segundo pesquisa do IntrerMeios, incluindo a estações,
Retransmissoras em regiões de fronteira de desenvolvimento (art.33 do Dec.
5.371/2005), como da Amazônia Legal, por exemplo. Para o leitor o leitor na
familiarizado com o setor, deve-se esclarecer que as retransmissoras situadas em
áreas de desenvolvimento podem veicular comerciais diferentes dos veiculados
nas suas respectivas geradoras. Em outras áreas do País tal prática é ilegal,
vulgarmente conhecida como “torneiras”.
Página 59 de 97
Quadro 4.15- Intermeios - geradoras de TV outorgadas
Inclui retransmissoras de áreas de desenvolvimento
Rede Globo
122
SBT
101
Band
39
Rede TV
36
Record
73
CNT
6
TV Gazeta
1
MTV
7
Total
385
È interessante observar que as cinco principais redes privadas nacionais “cobrem”
parte expressiva da população brasileira. A rede com menor penetração alcança
57,2% dos 5.565 municípios existente no País em 2010 (Quadro 4.16). Isso não
significa necessariamente que as redes de televisão, em questão, tenham estação
retransmissora (RTV), ou seja, o município é coberto por algum modo: geradora,
retransmissora, Banda C, ou simplesmente propagação de outro municio vizinho.
Estima-se que 20% dos municípios brasileiros não tenham nenhuma estação
retransmissora de televisão.
Quadro 4.16 – televisão, cobertura por município
Municípios
Rede
NA
%
Globo
5.484
98,5%
SBT
4.814
86,5%
Band
3.290
59,1%
Record
4.299
77,3%
RedeTV
3.182
57,2%
CNT
232
4,2%
Gazeta
291
5,2%
MTV
157
2,8%
Total
5.565
100%
Fonte: MidiaDados 2010
Dois fatores importantes deverão trazer oportunidade de crescimento para a televisão
aberta brasileira, ao contrário do que acontece em outros países, onde a internet está
tomando o espaço das mídias de uma forma avassaladora: o nível de pobreza geral
da população e as dimensões geográficas. Prova disso é que dado a tais
características o Brasil viu florescer através dos anos uma indústria de televisão
aberta por meio da utilização de antenas (parabólicas) que captam o sinal do satélite
da chamada Banda C. Não se sabe ao certo quanto são os receptores de satélite
existentes no País, mas as estimativas chegam a falar em 20 milhões de domicílios
com tal dispositivo. Trata-se de um receptor com custo aproximado de R$ 400,00, que
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possibilita o acesso a 31 canais de televisão, sem o pagamento de assinatura mensal.
O leitor deve perceber que um serviço DTH com qualidade muitas vezes superior ao
oferecido pelo satélite da Banda C custaria apenas R$ 60,00 por mês. A quantia da
assinatura parece pouca, mas dado as características socioeconômicas do Brasil que
analisamos nos capítulos precedentes, nos permite entender melhor a questão. O
Quadro 4.14, ilustra as programações disponíveis neste meio.
NA
Emissora/cidade
1
2
3
4
Globo/RJ
SBT/S.Paulo
TV Brasil/ Brasília
Brasília
5
6
7
8
9
10
11
12
13
Rede TV/ S.Paulo
14
15
Band/S.Paulo
TV Paraná / Curitiba
Record/S.Paulo
Campo Grande/MS
S.J.Rio Preto/SP
Rede 21 / São Paulo
MTV / SP
16
17
18
19
20
21
22
Dourados/MS
Aparecida do Norte/SP
Brasíla
23
24
25
26
27
28
29
São Paulo/SP
30
31
TV Canção Nova / SP
Brasília
São Gonçalo/RJ
Brasília
Cultura/SP
Valinhos/SP
Record News/Araraquara
RBS Porto Alegre/RS
Quadro 4.17 - Programações disponíveis no satélite da Banda C
Frequência
Entidade
Programação
/MHz
Globo
Rede Globo Nacional
3720
TVS
SBT Nacional
3734
EBC
TV Brasil (Rede Pública)
3750
Min. Educação
TV Escola (Educação)
3770
Rede TV
Rede Bandeirantes
Rede Bandeirantes
Estado do Paraná
Polishop
Record
Sist. Bras. Agronegócio
Rede Vida
Rede 21
Embratel
MTV
Igreja Internacional de
Deus
TV Aparecida
Radiobrás – NBR
Sist. Bras. Agronegócio
TV Canção Nova
Câmara dos Deputados
Canal Futura
Fund. Casper Líbero
Shoptime
Senado Federal
Fund. Padre Anchieta
TV Século 21
TV Mulher
Canal Rural
TV Esporte Interativo
Agro Canal
Rede TV! Nacional
Terra Viva
Band Nacional
Educativa (Rede Pública)
Vendas pela TV
Rede Record São Paulo
Canal do Boi
Religiosa Católica + leilões
Rede 21 /Igreja Mundial
Promoção de TV Paga por
satélite
Clipes Musicais
Rede Internacional de TV,
Show da Fé
Religiosa Católica
Notícias do Poder Executivo
Novo Canal
Religiosa Carismática
TV Câmara
Educação
Variedades/Locação/Religios
os
Vendas de produtos
Notícias do Senado/ Cultural
Jornalismo/Música
Religioso Católica
Jornalismo Popular 24 horas
Jornalismo/Leilões Rurais
Esporte/Receita ligações
telefon.por celular
Leilões / Programas Rurais
Proprietários
3780
3790
3810
3830
3850
3860
3870
3890
3910
Família Marinho
Silvio Santos
Poder Executivo
Poder Executivo
Amilcare Dalevo e Marcelo
Carvalho
Família Saad
Família Saad
Governo do Paraná
João Appolinário
Edir Macedo e Ester Bezerra
Sist. Bras. Agronegócio
João Monteiro B.Filho
Família Saad
3930
4010
Embratel
Família Civita
4010
4030
4030
4050
4066
4090
4090
R. R. Soares
Igreja Católica
Poder Executivo
Sist. Bras. do Agronegócios
Igreja Carismática
Câmara dos Deputados
Fundação Roberto Marinho
4110
4110
4130
4130
4150
4150
4170
Fund. Casper Líbero
Lojas Americanas
Senado Federal
Governo de São Paulo
Fundação João Paulo II
Edir Macedo e Ester Bezerra
Família Sirotsky
Edgar Diniz, Leonardo César e
Carlos Monteiro
Sist. Bras. do Agronegócios
4170
4190
O rádio e a televisão têm importante papel dentro do modelo federativo brasileiro, pois
levam ao cidadão informação e cultura local, um importante fator de contrapartida no
mundo globalizado e massificado, onde a informação assume caráter genérico e
global.
Página 61 de 97
Ano
1872
1940
1970
1980
1991
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
Quadro 4.18 – Evolução da população e domicílios ocupados (mil)
População
Domicílio
Pessoas por domicílio
9.900
41.200
93.139
17.628
5,3
119.003
25.211
4,7
146.826
34.735
4,2
152.375
38.970
3,9
169.545
40.221
4,2
156.128
40.644
3,8
158.232
41.879
3,8
160.336
42.851
3,7
169.544
45.022
3,8
168.439
46.507
3,6
171.668
48.036
3,6
173.966
49.712
3,5
182.060
51.753
3,5
184.388
53.114
3,5
187.228
54.610
3,4
189.093
55.770
3,4
186.228
57.557
3,3
190.732
58.577
3,3
Entretanto, existe uma oportunidade enorme de crescimento naquilo que diz respeito
aos serviços de comunicação gratuitos, notadamente o rádio e a televisão, pois
embora o Brasil possua um bom índice de penetração domiciliar desses serviços de
radiodifusão, falta-lhe ainda melhor linearidade, já que alguns dos estados federativos
apresentam índices muito baixos de acesso a estes serviços, quando observados sob
a ótica do número de domicílios (Quadro 4.19).
Quadro 4.19 - Domicílios e bens duráveis
Brasil e DF
Alguns bens duráveis
existentes no domicílio
Rádio - tinham
Rádio - não tinham
Brasil
Televisão - tinham
Televisão - não tinham
Rádio - tinham
Rádio - não tinham
Televisão - tinham
2001
Domicílios particulares permanentes (Mil unidades e percentual)
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
41.311
88,00%
5.611
12,00%
41.781
89,00%
5.134
10,90%
524
89,40%
62
10,60%
565
96,30%
22
3,70%
42.208
87,90%
5.830
12,10%
43.203
89,90%
4.827
10,10%
564
91,70%
51
8,40%
595
96,70%
21
3,40%
43.608
87,80%
6.058
12,20%
44.707
90,00%
4.938
9,90%
586
90,10%
64
9,90%
627
96,40%
23
3,60%
45.290
87,70%
6.325
12,30%
46.587
90,30%
5.017
9,70%
582
89,30%
70
10,70%
629
96,60%
22
3,40%
46.510
88,00%
6.357
12,00%
48.281
91,30%
4.582
8,70%
622
90,60%
65
9,40%
667
97,10%
20
2,90%
47.606
87,80%
6.608
12,20%
50.406
93,00%
3.802
7,00%
641
90,70%
66
9,30%
696
98,40%
12
1,60%
Televisão - não tinham
Distrito
Federal
Até 2003, exclusive a população da área rural de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá.
Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
49.100
88,00%
6.670
12,00%
52.650
94,40%
3.120
5,60%
675
90,70%
69
9,30%
735
98,80%
9
1,20%
51.173
88,90%
6.384
11,10%
54.753
95,10%
2.805
4,90%
666
89,20%
80
10,80%
736
98,70%
10
1,30%
2010
51.489
87,90%
7.088
12,10%
56.058
95,70%
2.519
4,30%
666
89,20%
80
10,80%
752
99,00%
9
1,00%
Página 62 de 97
V – A radiodifusão e a indústria
5.1.1 A indústria de aparelhos receptores evolui tecnologicamente.
São desconhecidos os dados sobre a fabricação de
receptores de rádio no Brasil. As estatísticas certamente
existem, mas devido à evolução tecnológica dos dispositivos,
a partir de meados dos anos 90 o rádio passou a integrar-se
com outros equipamentos e nos dias de hoje é muito difícil
encontrar um equipamento que contenha apenas o receptor
de rádio, fato muito comum no passado.
Considerando que a tecnologia evoluiu muito nos últimos
anos, pois o receptor de rádio foi reduzido a um simples chip,
foi possível colocar este aparelho à disposição do
consumidor e juntamente oferecer outros complementos,
como relógio, despertador, iPod, tocadores de CD e DVD e
principalmente telefones celulares. Este fato abre uma
enorme oportunidade para o serviço de rádio, devido aos
receptores alcançarem um número sem precedentes na
história, graças a evolução tecnológica e a integração.
À título de ilustração, segundo informações da Sony/Ericsson, gigante tecnológica e
líder em equipamentos de alto consumo de telefonia móvel, todos os seus aparelhos
saem da fábrica equipados com rádio FM. Uma pesquisa rápida no site especializado
em telefonia celular TudoCelular.com16, mostra que estão disponíveis nada menos
que 379 modelos de telefone com receptor de FM agregado ao aparelho, sendo 47
Nokia, 35 Sony Ericsson, 3 Motorola e 103 Samsung, apenas para destacar alguns.
De acordo com o Quadro 5.1, o total de aparelhos celulares vendidos, com receptor
de rádio integrado na América Latina e Central, alcançou 35,5% das vendas em 2009.
Deve-se lembrar ao leitor que não objetivo da companhia prestadora de serviços
celulares a venda de aparelhos com receptores de rádio e televisão integrados, pois
estas facilidades desviam a atenção do consumidor da sua principal finalidade: o
serviço telefônico, o que não interessa as celulares. Entretanto, no caso do rádio, o
consumidor acabou por fazer esta mudança, pois, surgiu a tendência – “aparelho
celular, se não tiver rádio integrado, não compre”! Acreditamos que no Brasil deverá
acontecer o mesmo com a televisão digital, apesar da resistência das empresas e dos
fabricantes.
16
http://www.tudocelular.com/buscatelefone/18-92.html
Página 63 de 97
Quadro 5.1 - Vendas globais de Handset com rádio FM integrado: % do Total
Região
2004
2005
2006 2007 2008
2009
América do Norte
3,4%
4,7%
6,0% 6,7% 7,2%
7,7%
Europa Oriental
4,0%
8,1% 10,6% 13,5% 15,8% 18,6%
Asia
6,2% 10,2% 16,3% 21,6% 27,7% 36,8%
America latina e central
3,3%
5,9% 12,0% 18,1% 26,7% 35,5%
Comunidade européia
5,8%
9,9% 15,0% 19,1% 22,8% 26,3%
África e oriente médio
4,1%
5,3%
8,2% 16,9% 29,5% 36,2%
Total
4,8%
7,9% 12,3% 17,1% 22,9% 29,2%
Fonte: Gartner, Dataquest Insight: The Outlook for Mobile Music, November 2008
Na área de receptores de televisão, entretanto, a tendência da indústria é
completamente diversa, pois os aparelhos de televisão são robustecidos a cada dia e,
especialmente pelo seu tamanho e, sobretudo qualidade da imagem e do som, estão
absorvendo outros dispositivos. Com o advento da TV digital, a cada dia os
receptores passarão a incorporar novos serviços, permitindo inclusive interatividade e,
principalmente, acesso direto a internet. Contudo, o grande salto da televisão está
ainda a esperar sua convergência com o computador pessoal, servindo deste modo
como terminal de acesso à internet.
No Brasil, praticamente tudo que se produz em termos de recepção de televisores
está situado no pólo tecnológico de Manaus. Sua esmagadora maioria tem vínculos
de capital e tecnologia com grandes corporações transnacionais.
Quadro 5.2 - TV em cores produzidas
Ano
Quantidade
Ano
Quantidade
1990
2.571.425
2001
5.561.027
1991
2.641.419
2002
5.929.655
1992
1.983.986
2003
5.875.550
1993
3.325,27
2004
8.729.396
1994
5.034.638
2005
10.691.536
1995
6.310.244
2006
12.625.574
1996
9.248.346
2007
11.347.000
1997
8.255.111
2008
10.880.300
1998
6.241.435
2009
9.606.263
1999
4.824.712
2010
12.295.589
2000
6.045.419
2011
A evolução da produção de receptores de
televisão coloridos no Brasil está apresentada
no Quadro 5.2. Verifica-se um período de
vendas crescentes, cujo ápice foi atingido em
2006. É notável observar que a Copa do
Mundo de 2006, realizada na Alemanha,
combinada com o espetacular desempenho da
economia brasileira, levou a um índice de
produção de 12,7 milhões de televisores em
cores, número que dificilmente será superado
nos próximos anos.
Fonte: www.teleco.com.br -
Deve-se lembrar ao leitor que este crescimento não está relacionado com a televisão
especificamente, pois o ano de 1997, compondo um período eleitoral, apresentou
níveis de crescimentos absurdos em todos os setores da economia. Esses valores
foram recuperados apenas em 2006, como exemplo, na indústria de automóvel.
Devem-se somar a isso eventos especiais como a Copa do Mundo.
A partir de 1997, a produção de aparelhos acompanhou a economia em baixa,
refletida na queda dramática de preços e no fechamento de algumas unidades
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industriais. Com a recuperação do setor, iniciada no segundo semestre de 1999,
esperava-se que em 2000 fosse superada a marca dos 5 milhões de aparelhos
vendidos, fato que acabou se concretizando. Com a apreciação do Real, a partir do
ano de 2003, os preços baixaram muito e, combinado com o avanço da economia, a
fabricação aumentou consideravelmente. É notável o volume de receptores de
televisão a cores com tela de LCD, vendidos no ano de 2010, que alcançou a marca
de 12,3 milhões de aparelhos (Quadro 5.3).
Quadro 5.3 - Televisão em cores vendidas (fonte: Teleco)
2007
2008
2009
2010
Modelo
TV em cores - Analógico
Plasma + LCD
10.443.990
997.336
8.152.662
2.727.638
5.296.780
4.310.183
3.704.521
8.591.068
Total
11.441.326
10.880.300
9.606.963
12.295.589
91%
75%
55%
30%
TV com Tela de Plasma
196.696
292.401
332.571
431.568
TV com Tela de LCD
800.640
2.435.237
3.977.612
8.159.500
% Analógica
É interessante observar que o número de aparelhos receptores de televisão de
plasma e LCD tem crescido muito nos últimos três anos, em 2010 apenas 30% dos
aparelhos vendidos não eram plasma ou LCD. Tal tendência, se mantida, deverá no
médio prazo permitir maior convergência entre a televisão e os computadores e, por
conseqüência, facilitar ainda mais a conexão à internet. As projeções do Quadro 5.4,
entretanto, mostram que o volume de venda da indústria em 2009 foi muito menor
que o obtido em 2008 e 2007, motivado especialmente pela crise econômica.
No prazo de três anos, o faturamento de televisores comuns (US$ 2.060), que
representava 62% do total faturado, passou para 23% (US$ 957), presume-se que em
2012 a fabricação destes aparelhos seja paralisada. Os dados aqui referidos,
segundo o site especializado Teleco, referem-se apenas ao pólo industrial de
Manaus.
Quadro 5.4 - Faturamento da indústria (US$ milhão) (Fonte:Teleco)
US$ (Milhões)
TV em cores - Analógico
2007
2.060
2008
1.630
2009
957
2010
670
TV com Tela de Plasma
286
302
301
411
TV com Tela de LCD
963
2.320
2.922
5.769
3.309
4.252
4.180
6.850
Total
Finalmente (Quadro 5.5), os dados do pólo industrial de Manaus mostram que o
faturamento da indústria de aparelhos em plasma e LCD possui um valor por unidade
(Dólar americano) que ultrapassa em quase cinco vezes o valor do aparelho receptor
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comum. Ademais, mesmo com a apreciação do Real, o preço em Dólar dos aparelhos
de tela plana (plasma + LCD) reduziram-se substancialmente em 41,3%, ou seja, de
US$ 1.203 para US$ 707. Outra tendência que parece se firmar, expressa no Quadro
5.5, é que o televisor de LCD deverá dominar o mercado, pois em 2007 o plasma
representava 19,72% (196.696 / (196.696 + 800.640) dos televisores de tela plana,
enquanto que em 2010 este valor 5,02% (431.568 / (431.568 + 8.159.500).
Quadro 5.5 – TV a cores vendidas (Fonte: Teleco)
Tipo
TV em cores - Analógico
Faturamento US$
Unitário US$
2007
2008
2009
2010
10.443.990
8.152.662
5.296.780
3.704.521
2.060.000
1.630.000
957.000
670.000
197
200
181
181
TV com Tela de Plasma
196.696
292.401
332.571
431.568
Faturamento US$
286.000
302.000
301.000
411.000
1.454
1.033
905
953
TV com Tela de LCD
800.640
2.435.237
3.977.612
8.159.500
Faturamento US$
963.000
2.320.000
2.922.000
5.769.000
1.203
953
735
707
Unitário US$
Unitário US$
Não existem dados tabelados e sistematizados sobre a produção industrial de
receptores. Os sites das entidades que representam a indústria não os fornecem, e as
informações são obtidas de forma esparsa. As informações do Quadro 5.6 mostram
uma composição das informações encontradas no site especializado Teleco e do
Grupo de Mídia de São Paulo.
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Ano
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
Quadro 5.6 - Vendas industriais de aparelhos (Mil - Fonte: Mídia Dados 2008)
TV Tela
PB
Cores
Plana /
PB & Cores Videocassete
Plasma/LCD
TT aprm.
TT aprm.
TT aprm.
TT ap.
TT aprm.
TT aprm.
Venda mercado
Prod ZF
vend ZF
Vend
em uso
vend
interno
Manaus (1)
Manaus (1)
577
2.314
2.571
29.983
581
547
2.443
2.641
30.308
696
330
2.294
1.984
30.080
554
425
3.399
3.325
31.502
816
400
5.100
5.035
34.555
1.200
138
6.066
6.310
38.921
1923
ND
8.542
9.248
45.643
2.704
ND
7.836
8.255
50.573
2.449
ND
5.836
6.241
53.768
1992
ND
4.047
4.825
55.103
1.168
ND
5.289
6.045
58.283
1.205
ND
4.717
5.561
60.300
963
ND
4.173
5.930
61.582
ND
ND
5.300
5.876
ND
63.892
ND
ND
7.500
8.729
ND
68.768
ND
ND
9.800
10.692
ND
74.744
ND
ND
10.000
12.626
ND
79.244
ND
ND
10.444
11.347
997
83.040
ND
ND
10.152
10.880
2.728
82.198
ND
ND
9.296
9.606
4.310
81.662
ND
ND
11.996
12.296
8.591
89.000
ND
DVD
TT aprm.
vend
ND
ND
ND
ND
ND
ND
ND
ND
ND
23
194
589
871
1.700
3.000
5.500
8.000
7.000
7.000
6.200
9.000
* Os dados referentes de 2003 a 2009 são estimativas, baseadas nos dados divulgados na imprensa, de várias fontes, pois os
oficiais, formatados, da indústria não estão disponíveis
(1) fonte: Teleco, inclui parcela exportada
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VI – As receitas da indústria de radiodifusão
6.1.1 O faturamento da indústria de serviços de sons e imagens
A ausência de informações sobre radiodifusão obtidas por processos formais é uma
realidade do setor. Aqui também não existem pesquisas sistematizadas sobre as
receitas auferidas pelo rádio ou pela televisão. Atitudes isoladas, com propósitos
diversos, são apresentadas, mas sem aderência contábil dos dados, fato que dificulta
a comparação entre eles e até mesmo entre os meios. A melhor publicação neste
sentido, sem dúvida nenhuma, pertence ao Grupo de Mídia de São Paulo.
O Grupo de Mídia de São Paulo publica anualmente uma pesquisa, cujos dados de
2007 foram consolidados pela consultoria Price Waterhouse17. As informações sobre
o faturamento dos diversos meios são fornecidas por empresas participantes do
chamado Projeto Inter-Meios. Este projeto inclui diversos tipos de mídias e tem como
objetivo fornecer informações sobre o chamado “bolo publicitário”. Tais dados são
considerados como referência no mercado publicitário e, por conseqüência,
largamente utilizados nas decisões mercadológicas das agências de propaganda e
empresas, de modo geral. O bolo publicitário do ano de 2009 alcançou a cifra de R$
22,3 bilhões. As informações detalhadas estão disponíveis gratuitamente no site do
Grupo de Mídia (Quadro 6.1). Devemos lembrar que as informações disponibilizadas
no Mídia Dados 2008 não representam a receita contábil do setor, no sentido estrito
da palavra receita. Para ilustrar esta dificuldade os dados de internet, por exemplo,
são apenas de publicidade, sem contemplar as assinaturas.
Quadro 6.1 - Resumo da compilação dos dados do faturamento bruto, por meio, com publicidade - Intermeios - Real (R$)
Valores do Mês
Valores Acumulados
Meio
12/2008
12/2009
12/2010
Cinema
Guias e Listas
Internet
Jornal
Mídia Exterior
Rádio
Revista
Televisão
TV por Assinatura
R$ 8.446.263
R$ 22.613.876
R$ 88.442.754
R$ 280.866.133
R$ 59.363.769
R$ 88.091.442
R$ 169.743.217
R$ 1.220.779.269
R$ 80.020.360
R$ 10.075.203
R$ 22.716.037
R$ 123.334.024
R$ 302.650.209
R$ 69.923.800
R$ 102.635.548
R$ 198.021.508
R$ 1.538.713.758
R$ 96.450.711
R$ 12.870.425
R$ 28.692.162
R$ 136.125.276
R$ 332.225.122
R$ 84.721.253
R$ 102.406.717
R$ 220.791.278
R$ 1.735.929.734
R$ 117.428.944
Total
R$ 2.018.367.083
R$ 2.464.520.798
R$ 2.771.190.911
% de
Participação
2010
12/2008
0,46%
R$ 88.334.654
1,04%
R$ 463.027.456
4,91%
R$ 759.342.248
11,99% R$ 3.411.681.802
3,06%
R$ 586.730.093
3,70%
R$ 902.452.967
7,97% R$ 1.824.640.757
62,64% R$ 12.605.206.146
4,24%
R$ 802.711.026
100,00%
R$ 21.444.127.149
12/2009
12/2010
% de
Participação
2010
R$ 81.644.904
R$ 355.771.997
R$ 950.367.728
R$ 3.134.937.206
R$ 658.886.222
R$ 986.876.314
R$ 1.711.960.708
R$ 13.569.342.943
R$ 822.917.401
R$ 87.167.837
R$ 326.605.948
R$ 1.120.508.635
R$ 3.200.313.866
R$ 738.257.620
R$ 1.054.835.858
R$ 1.853.277.427
R$ 16.040.702.298
R$ 964.713.527
0,34%
1,29%
4,41%
12,61%
2,91%
4,16%
7,30%
63,19%
3,80%
R$ 22.272.705.423
R$ 25.386.383.016
100,00%
A partir dos dados publicados pelo Grupo de Mídia, é possível obter interessantes
informações sobre a prestação de serviços televisivos, com um grau de aproximação
17
Já existem dados disponíveis, pelo Grupo de Mídia de São Paulo, relativos ao ano de 2009. A manutenção de informações de
2007 e 2008, tem como objetivo manter aderência aos dados do PNAD 2007.
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bastante próximo do real da receita total. Os dados foram coletados com informações
de dez emissoras, dentre as quais estão incluídas as principais redes. Desse modo, é
possível concluir estatisticamente que o faturamento do setor está situado pouco
acima dos R$ 13,6 bilhões (Quadro 6.2), pois tais empresas representam um
percentual muito elevado dos investimentos realizados em propaganda nos serviços
de radiodifusão de som e imagens (TV). A evolução comparativa percentual entre
2008 e 2009 foi de 7,6%, um crescimento real de 3,3%, se deflacionado pelo
IPCA/IBGE de 4,31%.
Quadro 6.2 - televisão resumo da compilação dos dados do faturamento bruto com publicidade - Intermeios - Real (R$)
Valores do Mês
Televisão
Norte
Nordeste
Sudeste (Exceto RJ e SP)
Rio de Janeiro
Capital (SP) e Grande SP
Interior de São Paulo
Sul
Centro Oeste
Brasil
dez/08
R$ 44.903.934
R$ 157.256.099
R$ 107.046.572
R$ 137.776.197
R$ 350.922.122
R$ 145.192.860
R$ 168.298.760
R$ 109.382.723
R$ 1.220.779.269
dez/09
R$ 57.348.025
R$ 193.175.689
R$ 124.973.918
R$ 174.548.743
R$ 449.370.312
R$ 192.347.285
R$ 213.830.731
R$ 133.119.056
R$ 1.538.713.758
dez/10
R$ 66.073.485
R$ 216.655.567
R$ 142.292.242
R$ 195.322.606
R$ 520.183.960
R$ 222.030.395
R$ 248.348.522
R$ 125.022.958
R$ 1.735.929.735
Valores acumulados
Crescimento ou
Decréscimo
Horizontal
% de
Participação
6,86%
5,75%
3,34%
4,13%
9,95%
7,18%
0,69%
18,29%
7,01%
3,68%
12,88%
8,77%
11,29%
28,75%
11,89%
13,79%
8,96%
100,00%
dez/08
R$ 451.088.407
R$ 1.593.977.700
R$ 1.107.942.535
R$ 1.420.811.282
R$ 3.609.301.142
R$ 1.593.819.519
R$ 1.812.736.646
R$ 1.015.528.913
R$ 12.605.206.146
dez/09
R$ 508.186.079
R$ 1.749.921.273
R$ 1.141.279.036
R$ 1.502.484.192
R$ 3.889.351.734
R$ 1.684.127.537
R$ 1.947.323.978
R$ 1.146.669.114
R$ 13.569.342.943
dez/10
R$ 605.687.673
R$ 2.085.100.520
R$ 1.358.182.471
R$ 1.820.087.543
R$ 4.605.823.550
R$ 2.004.845.069
R$ 2.271.397.048
R$ 1.289.578.425
R$ 16.040.702.298
% de
Participação
3,78%
13,00%
8,47%
11,35%
28,71%
12,50%
14,16%
8,04%
100,00%
Para o setor de rádio, o valor dos dados do faturamento bruto pesquisado pelo Grupo
de Mídia no ano de 2009 é de R$ 986,9 milhões (Quadro 6.3). Entretanto, estas
informações devem ser analisadas com cautela, tendo em vista que a pesquisa é
realizada, segundo o Quadro 6.4, em média com 144 rádios (o número varia todos os
meses), quando existem 4.43618 rádios comerciais no Brasil. Pela importância das
rádios que fornecem as informações, é possível estimar que estas receitas devem
representar cerca da metade do bolo publicitário. Tal informação é sustentada por
uma publicação da ABAP/IBGE, na qual estimava-se que as receitas totais anuais do
setor de rádio do ano de 2007 eram da ordem de R$ 1,875 bilhão. Estas receitas se
inflacionadas pelo IPCA de 2008 e 2009 (5,42% e 4,31% em 2009), projetariam uma
receita total para o Rádio de R$ 1,977 milhões em 2008 e R$ 2.062 milhões em 2009.
A confirmar estas informações poder-se-ia dizer que as demais rádios brasileiras têm
receitas, no conjunto, no montante de R$ 1.075,1 milhões (R$ 2.062 – R$ 986,9).
Fazendo um cálculo simples, poderíamos dizer que as quatro mil pequenas empresas
de rádio brasileiras teriam faturamento médio anual de R$ 269 mil (R$ 1.075,1 /
4.000). Ora, a rádio brasileira tem receita mensal em torno de R$ 22 mil.
18
2425 FM comercial, 1771 AM, 66 OCe 74 OT.
Página 69 de 97
Quadro 6.3 - número de rádios participantes da pesquisa intermeios, por mês, por ano (Fonte: Intermeios)
JAN
FEV
MAR ABR
MAI
JUN
JUL
AGO
SET
OUT NOV
DEZ
MÊS DE 2008
131
133
140
141
139
142
139
137
134
133
140
139
MÊS DE 2009
147
145
141
147
143
144
140
148
144
144
140
146
% CRECIMENTO FÍSICO
12,2% 9,0% 0,7% 4,3% 2,9% 1,4% 0,7% 8,0% 7,5% 8,3% 0,0% 5,0%
TOT
1648
1729
4,9%
MÉDIA
137
144
A evolução comparativa percentual do bolo publicitário do rádio, segundo o
InterMeios, entre 2008 e 2009 foi de 9,35% (R$ 986,876 / R$ 902,452 – 1 * 100), um
crescimento real de 5,0%, se deflacionado pelo IPCA/IBGE de 4,31%. Entretanto, no
caso do rádio, como a base de emissoras pesquisas foi maior em 2009 conforme
indica o Quadro 6.4 (144 contra 137 em 2008), poder-se-ia dizer que o crescimento
do rádio acompanhou a inflação, sem ganho real, mas considerado bom.
Quadro 6.4 - Rádio resumo da compilação dos dados do faturamento bruto com publicidade Intermeios - Real (R$)
Valores do Mês
Norte e Nordeste
Sudeste (Exceto RJ e SP)
Rio de Janeiro
Capital (SP) e Grande SP
Interior de São Paulo
Sul
Centro Oeste
Brasil
12/2008
R$ 5.323.364
R$ 5.679.104
R$ 13.286.498
R$ 40.366.117
R$ 5.800.418
R$ 15.271.065
R$ 2.364.875
R$ 88.091.442
12/2009
R$ 6.366.647
R$ 6.523.839
R$ 15.359.338
R$ 47.151.224
R$ 7.496.786
R$ 16.833.062
R$ 2.904.651
R$ 102.635.548
Valores Acumulados
% de
Participação
12/2010
R$ 7.112.331
R$ 6.953.572
R$ 17.601.983
R$ 47.226.749
R$ 7.958.955
R$ 12.322.297
R$ 3.230.832
R$ 102.406.718
6,9%
6,8%
17,2%
46,1%
7,8%
12,0%
3,2%
100,0%
12/2008
R$ 48.435.426
R$ 61.693.486
R$ 134.710.400
R$ 417.337.551
R$ 59.181.802
R$ 157.394.961
R$ 23.699.341
R$ 902.452.967
12/2009
R$ 64.049.431
R$ 65.578.644
R$ 143.585.861
R$ 448.706.156
R$ 73.262.855
R$ 164.349.026
R$ 27.344.340
R$ 986.876.314
% de
Participação
12/2010
R$ 69.758.953
R$ 72.402.963
R$ 159.255.287
R$ 471.711.074
R$ 76.399.524
R$ 174.765.404
R$ 30.542.654
R$ 1.054.835.859
6,6%
6,9%
15,1%
44,7%
7,2%
16,6%
2,9%
100,0%
Não obstante todos estes problemas quanto à inexatidão e acuracidade dos números,
o Quadro 6.5 mostra uma comparação entre todos os setores de mídia e as
empresas de serviços de telecomunicações, demonstrando que estas últimas são
verdadeiras gigantes quando comparadas com as empresas do setor de radiodifusão.
Segundo informações apresentadas no site especializado em comunicação e
telecomunicação, Teleco, o faturamento das empresas de telefonia fixa no ano de
2009 alcançou a estratosférica cifra de R$ 75,5 bilhões. As informações são
meramente ilustrativas e não tem o objetivo de comparar as receitas das empresas
instaladas em segmentos diferentes. Estas informações e comparações têm apenas a
finalidade de fixar uma referência com fins meramente didáticos (Quadro 6.5).
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Quadro 6.5 - Faturamento bruto, por meio - Real (R$) - Valores Acumulados (%)
Tipo de Mídia
2008
2009
2010
% de
Participação
2009
% de
Participação
2010
% de evolução
2008/2009
% de evolução
2009/2010
R$ 88.334.654
R$ 81.644.904
R$ 87.167.837
0,04%
0,04%
-7,57%
6,76%
Cinema (8)
R$ 463.027.456
R$ 355.771.997
R$ 326.605.948
0,18%
0,16%
-23,16%
-8,20%
Guias e Listas (8)
R$ 586.730.093
R$ 658.886.222
R$ 738.257.620
0,34%
0,36%
12,30%
12,05%
Mídia Exterior (8)
R$ 1.824.640.757
R$ 1.711.960.708
R$ 1.853.277.427
0,87%
0,90%
-6,18%
8,25%
Revista (8)
R$ 2.014.560.051
R$ 2.141.678.790
R$ 2.291.596.305
1,09%
1,12%
6,31%
7,00%
Rádio (5)
R$ 2.959.342.247
R$ 3.675.503.070
R$ 4.226.828.531
1,87%
2,06%
24,20%
15,00%
Internet (4)
R$ 4.435.186.342
R$ 4.075.418.367
R$ 4.156.926.734
2,08%
2,02%
-8,11%
2,00%
Jornal (7)
R$ 9.320.000.000
R$ 10.680.606.000
R$ 12.200.000.000
4,75%
5,20%
14,60%
14,60%
TV por Assinatura (6)
R$ 24.046.172.700
R$ 25.781.749.800
R$ 26.931.713.424
12,25%
13,11%
7,22%
12,00%
Televisão (3)
R$ 61.639.000.000
R$ 73.465.000.000
R$ 78.032.270.000
37,41%
37,98%
19,19%
6,22%
Telefonia celular (1)
R$ 67.573.000.000
R$ 73.730.000.000
R$ 74.630.670.000
37,55%
36,32%
9,11%
1,22%
Telefonia fixa (2)
R$ 174.949.994.300 R$ 196.358.219.858 R$ 205.475.313.825
98,42%
99,26%
12,24%
4,64%
Total
1 - Fonte: Teleco
2 - Fonte: Teleco
3 – Fonte ABAP/IBGE, Números Oficiais da Indústria da Comunicação e seu Impacto na Economia Brasileira – 2007. Ano de 2008 estimado pela ABERT.
4 - São dados estimados pelo autor, de faturamento bruto do setor, incluindo publicidade de acordo com InterMeios 2008 = R$ 759,3 milhões, 2009 = R$
5 – Fonte ABAP/IBGE, Números Oficiais da Indústria da Comunicação e seu Impacto na Economia Brasileira – 2007. Ano de 2008, 2009 e 2010 estimado
6 - Fonte ABTA. Dados de faturamento bruto do setor, incluindo publicidade de acordo com InterMeios 2008 = R$ 802,7 milhões, 2009 = R$ 822,9 milhões e
7 - São dados estimados pelo autor, de faturamento bruto do setor, incluindo publicidade de acordo com InterMeios 2008 = R$ 3,4 bilhões, 2009 = R$ 3,1
8 – contempla apenas dados de publicidade do projeto InterMeios 2007
A fonte dos dados de telefonia é o site especializado Teleco, os dados não disponíveis no site foram estimados pelo autor, os valores referem-se a Receita
Quanto ao investimento publicitário, por setor econômico, quer no rádio ou na
televisão, a curva ABC mais uma vez se manifesta com perversidade, pois os cinco
maiores anunciantes concentram mais de 50% dos investimentos (Quadro 6.6). O
setor de varejo, representado por grandes lojas de eletrodomésticos, é o maior
investidor em publicidade no Brasil, tanto no rádio como na televisão. Vale destacar
também a participação do mercado financeiro e de seguros (bancos), que figura com
destaque também nos dois segmentos da indústria de radiodifusão. Todas essas
informações podem ser encontradas detalhadamente no Mídia Dados 2008.
Quadro 6.6 - Investimentos publicitários por setor econômico (%)
Televisão
Rádio
Comércio e varejo
27%
Comércio e varejo
Mercado financeiro e seguro
10%
Serviços ao consumidor
Higiene pessoal e beleza
8%
Mercado financeiro e seguro
Serviços ao consumidor
6%
Cultura/lazer/esporte e turismo
Serviços públicos e sociais
6%
Farmacêutica
Outros 24 setores
57%
Outros 24 setores
Fonte: Mídia Dados 2008 - Grupo de Mídia de São Paulo
21%
13%
13%
10%
7%
64%
O Quadro 6.6, quando traduzido por anunciante, revela ao leitor os produtos e
serviços anunciados, os quais fazem parte integrante do cotidiano dos brasileiros. As
proporções oceânicas da diferença das verbas destinadas para o setor de televisão
chamam a atenção, imediatamente (Quadro 6.7), por demonstrarem o poder e o
alcance deste tipo de mídia.
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Quadro 50 - Os cinco maiores anunciantes (R$ milhão)
Televisão
Rádio
Casas Bahia
R$ 1.501
DM Farmacêutica - Monange
Unilever – Becel, Helmanns, Maisena, Knnor
R$ 1.157
Casas Bahia
AMBEV – Antártica Brahma
R$ 394
Bradesco
Insinuante - eletrodomésticos
R$ 280
Prezunic - supermercados
Ford
R$ 274
HSBC
Fonte: Mídia Dados 2008- Grupo de Mídia de São Paulo
R$ 149
R$ 69
R$ 30
R$ 20
R$ 27
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VII - Classificação de Emissoras de Radiodifusão Quanto
a o A s p e c t o T é c n i c o 19
Sob o aspecto técnico, as emissoras de radiodifusão sonora (rádio) e as de
radiodifusão de sons e imagens (televisão), podem ser classificadas, especialmente
quando a potência dos seus transmissores e a faixa de freqüências na qual foram
autorizadas a operar. Quanto às freqüências utilizadas pela radiodifusão, o Quadro
7.1 abaixo as resume de forma simplificada.
Quadro 7.1 - Serviço de radiodifusão e freqüência atribuída
Onda Média
525 kHz a 1705 kHz
Onda Tropical (120 metros)
2300 kHz a 2495 kHz
Onda Tropical faixa alta
3200 kHz a 5060 kHz
Onda Curta
5950 kHz a 26100 kHz
Frequência Modulada incluindo RadCom
87,5 MHz a 108,0 MHz
Televisão VHF baixo
Canais 2 a 6 (54MHz a 88MHz)
Televisão VHF alto
Canais 7 a 13(174MHz a 216 MHz)
Televisão UHF
Canais 14 a 69(470 MHz a 806 MHz)
SARC para Rádio
Ver Resolução nº 82, da Anatel
SARC para TV
Ver Resolução nº 82,da Anatel
7.1 - geradoras e retransmissoras de televisão (radiodifusão de sons e
imagens)
As geradoras e retransmissoras de televisão (radiodifusão de sons e imagens), cujo
regulamento técnico foi aprovado pela Resolução 284 de 7 de dezembro de 2001 da
Anatel (Item 3.3.1), são classificadas em função de seus requisitos máximos (Quadro
7.2).
Classes
TV
Especial
A
B
C
19
Quadro 7.2 - Geradoras e retransmissoras de televisão
Canal
Potência Máxima
Distância máxima ao
(quilowatts)
Contorno Protegido (km)
RTV
2-6
100
63
7-13
316
66
UHF
1600
53
A
2-6
10,0
42
7-13
31,6
46
UHF
160,0
40
B
2-6
1,00
25
7-13
3,16
28
UHF
16,00
26
C
2-6
0,100
14
7-13
0,316
16
UHF
1,600
14
Este capítulo foi elaborado com a colaboração do Sr.. Djalma Ferreira – Comandante Djalma.
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Nota: contorno protegido é o contorno da área em que o sinal da estação tem o direito de
não receber interferências
7.2 – Radiodifusão sonora – emissoras de rádio
7.2.1 - Rádios AM (Modulação em Amplitude)
A Rádio – Amplitude Modulada (AM), Onda Média e Onda Tropical de 120 metros,
teve seu regulamento técnico aprovado pela Resolução 116 de 25/3/1999 Anatel –
item 3.3.1. Este tipo de emissora de rádio também está dividida em três classes que
são distintas entre si quanto a cobertura, principalmente.
Classe A – é a estação destinada a prover cobertura às áreas de serviço
primária e secundária, estando protegida contra interferência objetável nestas
áreas; seu campo característico mínimo é de 310 milivolts por metro e suas
potências máximas são de 100 quilowatts (diurna) e de 50 quilowatts (noturna).
Classe B – é a estação destinada a prover cobertura das zonas urbanas,
suburbanas e rurais de um ou mais centros populacionais contíguos contidos
em sua área de serviço primária, estando protegida contra interferências
objetáveis nesta área; seu campo característico mínimo é de 295 milivolts por
metro e sua potência máxima diurna e noturna é de 5o quilowatts. Poderá ser
autorizada potência diurna até 100 kW para emissoras classe B outorgadas
para executar o serviço em capitais dos estados e municípios pertencentes a
regiões metropolitanas dessas capitais, mediante justificativa de natureza
técnica.
Classe C – é a estação destinada a prover cobertura local das zonas
urbana e suburbana de um centro populacional contidas em sua área de
serviço primária, estando protegida contra interferências objetáveis nesta área;
seu campo característico mínimo é de 280 mV/m; quando instaladas na zona
de ruído 1, a potência máxima diurna e noturna é de 1 quilowatt; quando
instaladas na zona de ruído 2, a potência máxima diurna é de 5 quilowatts e a
noturna de 1 quilowatt.
Vale dizer que as estações de Onda Tropical na faixa de 120 metros enquadram-se
exclusivamente na classe C. As estações de Ondas Curtas e de Ondas Tropicais nas
faixas de 90 e 60 metros não são divididas em classes. Suas coberturas são função
das faixas de freqüência em que operam. As freqüências operadas pelas rádios de
amplitude modelada estão resumidas no Quadro 7.3.
Em relação as faixas de onda tropical, vale lembrar ao leitor que estas só podem ser
usadas por estações instaladas entre os trópicos de Câncer e de Capricórnio, com
algumas exceções estabelecidas pela União Internacional de Telecomunicações
(UIT).
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Quadro 7.3 - Rádios de amplitude modulada, freqüência de operação
Frequências
525 a 1.605 KHz
1.605 a 1.705 KHz
Onda Média (OM)
2.300 a 2.495 kHz (faixa de 120 metros)
3.200 a 3.400 kHz (faixa de 90 metros)
4.750 a 4.995 kHz (faixa de 60 metros)
5.005 a 5.060 kHz (faixa de 60metros)
Onda Tropical (OT)
5.950 a 6.200 kHz (faixa de 49 metros)
9.500 a 9.775 kHz (faixa de 31 metros)
11.700 a 11.975 kHz (faixa de 25 metros)
15.100 a 15.450 kHz (faixa de 19 metros)
17.700 a 17.900 kHz (faixa de 16 metros)
21.450 a 21.750 kHz (faixa de 13 metros)
25.600 a 26.100 kHz (faixa de 11 metros)
Onda Curta (OC)
Entretanto, naquilo que diz respeito a potência irradiada destas emissoras de rádio, o
Quadro 7.4 as classifica nas classes A, B e C.
Quadro 7.4 - Classificação das emissoras de Ondas Médias e Ondas Tropicais 120 m
Potência Máxima
Campo Característico Mínimo
Diurna
Noturna
Classe A
100 kW
50 kW
310 mV/m
Classe B (médias e grandes)
50 kW
50 kW
295 mV/m
Classe C (pequena)
1 KW*
1 kW
280 mV/m
Nota: campo característico é o valor da intensidade do sinal da estação, medido a 1 km de
distância da antena.
Rádios de Frequência Modulada (FM)
As Rádios de Frequência Modulada, ou como são mais conhecidas - as FM’s, estão
divididas quanto a sua categoria, todas em função da potência irradiada e da altura da
antena, inclusive as chamadas Rádios Comunitárias, conforme demonstra o Quadro
7.5 abaixo. Os canais 198 (87,5 MHz), 199 (87,7 MHz) e 200 (87,9 MHz) foram
atribuídos para uso exclusivo e em caráter secundário, das estações do Serviço de
Radiodifusão Comunitária, em nível nacional. O canal 285 é utilizado também, em
casos excepcionais de impossibilidade dos demais. É importante esclarecer que uma
estação que opera em caráter secundário, não tem direito a proteção contra
interferências. A potência das rádios comunitárias, limitada a 25W,, está estabelecida
no parágrafo 1º, do artigo 1º, da Lei 9612/1998 (Quadro 7.5).
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Quadro 7.5 - Rádios FM, classe e área de cobertura
Categoria
Classes
Área de Serviço
Comunitária
até 25 W
até 1 Km
CeB
até 16 Km
Regional (Especial)
A
até 40 Km
Regional
E
até 78 km
Local (pequena e média)
As rádios FM estão alocadas em 103 canais, com portadoras separadas de 200 kHz.
Cada canal é identificado por sua freqüência central. A cada canal é atribuído um
número de 198 (87,5 MHz) a 300 (107,9 MHz).
As emissoras de FM são classificadas em função de seus requisitos máximos
(Quadro 7.6), cujo regulamento técnico aprovado pela Resolução 67 de 12/11/98 da
Anatel – item 3.3.1.
Quadro 7.6 – classificação de rádios FM
Potência (ERP) em
KW
Distância máxima ao
contorno protegido (km)
Altura máxima da
antena (m)
E1
100
78,0
600
E2
75
66,0
450
E3
60
54,0
300
A1
50
40,0
150
A2
30
36,0
150
A3
15
31,0
150
A4
5
24,0
150
B1
3
16,0
90
B2
1
12,0
90
C
0,3
7,0
60
Classe
Página 76 de 97
VIII – estatísticas de comportamento
Segundo dados publicados pelo Mídia Dados 2010, os homens (47%) escutam
menos rádio que as mulheres (Quadro 8.1), mas a taxa de penetração do rádio por
sexo (Quadro 8.2) é dois pontos percentuais maior entre os homens (81%). Por outro
lado, ambos os sexos têm uma taxa de penetração igual na televisão, ou seja 97%.
Televisão
Rádio
Quadro 8.1 – Perfil dos consumidores
Homens
47%
47%
Mulheres
53%
53%
É interessante notar que a taxa de penetração por sexo das duas diferentes mídias
colocam a televisão em grande vantagem. Independentemente do sexo, a diferença,
entre as mulheres alcança 18 pontos percentuais, ou seja, a televisão tem uma taxa
de penetração de 97% e o rádio entre as mulheres de apenas 79% (Quadro 8.2). A
convergência tecnológica pode reverter este quadro, se os aparelhos celulares forem
equipados pela indústria com receptores de rádio e os radiodifusores oferecerem
serviços voltados especificamente para este público.
Quadro 8.2 – Taxa de penetração por sexo
Assiste ou ouve uma vez por semana
Homens
Mulheres
Televisão
97%
97%
Rádio
81%
79%
Quadro 8.3 - Taxa de penetração por
classe social
Classe
Televisão
Rádio
A1
92%
78%
A2
94%
82%
B1
96%
84%
B2
97%
82%
C
98%
80%
D
96%
74%
E
84%
74%
Segundo o Mídia Dados 2010, publicação do Grupo
de Mídia de São Paulo (Quadro 8.3), as taxas de
penetração do rádio e da televisão são muito
linearizadas no que diz respeito às classes sociais.
O único destaque é feito para a Classe E, pessoas
com renda média mensal de 0,9 salários mínimos,
cuja taxa de penetração apresenta diminuição
acentuada em relação às demais classe. O motivo,
claro, é a falta de recursos.
Página 77 de 97
Por outro lado, segundo a mesma fonte, a taxa de
penetração por faixa etária é totalmente linearizada.
Todas as pessoas assistem televisão e ouvem rádio
igualmente, sem restrições (Quadro 8.4). Destaca-se
apenas que o rádio, como em qualquer estatística,
mesmo possuindo um receptor mais barato e sendo
acessível por outros meios, além do convencional
“aparelho de rádio”, possui uma taxa de penetração,
que em alguns casos pode alcançar 28 pontos
percentuais a menos que a televisão.
Quadro 8.4 - Taxa de penetração
por faixa etária
Idade em
Televisão
Rádio
anos
10-14
98%
77%
15-19
98%
85%
20-29
97%
84%
30-39
97%
82%
40-49
97%
80%
50-64
97%
77%
65-acima
96%
68%
È interessante observar também, tanto o rádio quanto a televisão, segundo os dados
históricos do Grupo de Mídia de São Paulo, estão perdendo público, a taxa de
penetração entre sexos e por faixa etário diminui discretamente ao longo dos anos.
100%
95%
evolução da penetração do meio - assistiu ou ouviu pelo menos uma
vez por semana
98%
98%
97%
98%
98%
98%
90%
90%
97%
97%
98%
97%
97%
90%
85%
89%
88%
89%
89%
87%
87%
86%
80%
rádio
82%
televisão
80%
75%
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
Gráfico 8.1 – Evolução da Penetração (Fonte: Intermeios)
Já a importância relativa dos horários para consumo do rádio e da televisão, ou o
momento de contato dos telespectadores ou ouvintes com estes tipos de mídia,
mostra que o momento de maior importância para a televisão, ou o chamado “horário
nobre”, acontece entre as 20 horas e as 22 horas. No rádio, entretanto, esta mesma
faixa horária é encontrada entre as 9 horas e as 12 horas (Quadro 8.5).
Página 78 de 97
Quadro 8.5 - Momento de contato dos
telespectadores e ouvintes
Faixa horária
Televisão
Rádio
6–9
4,49%
19,37%
9 – 12
6,24%
21,88%
12 – 15
11,72%
17,36%
15 – 18
10,83%
14,05%
18 – 20
18,05%
10,42%
20 – 22
22,27%
6,44%
22 – 00
19,47%
5,37¨%
00 – 02
5,26%
2,57%
02 – 06
1,67%
2,55%
Fonte: Mídia Dados 2008
A taxa de penetração do rádio AM é menor que do FM. Enquanto a penetração total
do rádio FM alcança 72% em 2010, o AM alcança menos da metade, com apenas
24% (Quadro - 8.6). São várias as razões desta diferença. Dentre elas poder-se-ia
dizer que a principal causa é a má qualidade do espectro radioelétrico (nível de ruídos
e interferências). Outro aspecto importante mostrado pela pesquisa do Midia Dados
2010 é a perda discreta de todas as mídias para a internet, o rádio e a televisão não
são exceção, o total geral da taxa de penetração do rádio (AM+FM), caiu seis pontos
percentuais de 2008 até 2010, Passando de 86% para 80%.
Quadro 8.6 - Taxa de penetração AM e FM
Rádio
Total geral
2008
2010
Homens
2008
2010
Mulheres
2008
2010
AM
32%
24%
35%
27%
29%
21%
FM
78%
72%
78%
73%
77%
71%
AM+FM
86%
80%
86%
81%
85%
79%
O meio Rádio foi apontado20 como veículo de maior credibilidade (Instituto Vox
Populi). Segundo o levantamento, os sites de notícias aparecem logo atrás, enquanto
que jornais e revistas perderam espaço. Em uma escala de 1 a 10, o Rádio
conquistou a maior nota média entre os conceitos de avaliação de credibilidade
(8,21), muito pouco à frente de Internet (8,20), TV (8,12), jornal (7,99), revista (7,79) e
redes sociais (7,74).
A TV continua é ser a principal fonte de informação no País, com 55,9% da
preferência, seguida pela internet (20,4%), jornal impresso (10,5%), Rádio (7,8%),
redes sociais (2,7%), versão online dos jornais impressos (1,8%), revista impressa
(0,8%) e versão online das revistas (0,1%).
20
www.radioagencia.com.br, 11 de novembro de 2009, 11h21.
Página 79 de 97
Com relação a fontes de informações mais acessadas no dia-a-dia do brasileiro, a
televisão é vista por praticamente todos os entrevistados, somando 99,3%, seguida
por Rádio (83,5%), jornal impresso (69,4%), Internet - sites de notícias e blogs de
jornalistas - (52,8%), revista impressa (51,1%), redes sociais - Twitter, Orkut,
Facebook, etc - (42,7%), a versão online dos jornais impressos (37,4%) e a versão
online das revistas impressas (22,8%).
Em relação à frequência de utilização dos meios, 88,6% assistem TV todos os dias;
3,1% apenas de segunda a sexta-feira; 2,5% apenas nos fins de semana; 5,1% sem
frequência definida e 0,7% não se informa pelo meio. Já o Rádio atrai a atenção diária
de 59,5% dos entrevistados; de segunda a sexta-feira de 5,1%; nos fins de semana
de 4,6%; sem frequência definida 14,2% e 16,5% não se informa pelo meio
Nenhum meio de comunicação é tão plural como o rádio e a televisão. Além de
abertos e gratuitos, ou seja, a população nada paga para obter o serviço, a oferta de
programação de televisão das grandes cidades brasileiras é das maiores do mundo.
Na cidade de São Paulo, por exemplo, o ouvinte poderá encontrar 47 emissoras de
rádio FM no dial. Cidade como Brasilia, por exemplo, chega a ter 23 ofertas de
programação de televisão a disposição do consumidor.
Quadro 8.7 - Programações de TV Aberta, de Recepção Livre e Gratuita nas
principais áreas metropolitanas
Município
Programa
Município
Programa
São Paulo
21
Goiânia
14
Porto Alegre
16
Natal
12
Salvador
17
Campo Grande
16
Rio de Janeiro
21
Belo Horizonte
13
Recife
19
Aracaju
11
Fortaleza
16
Maceió
15
Brasília
23
Cuiabá
18
Curitiba
15
Florianópolis
15
Belém
18
Vitória
18
Manaus
18
João Pessoa
14
Programas de emissoras em VHF e UHF
Evidentemente que as redes que oferecem programação local, regional e nacional
possuem a maior audiência. Dizemos isso porque não são raras as vezes que
pessoas desavisadas, ou desconhecedoras do setor de comunicação acusam estas
redes (no caso as cinco maiores) de monopólio mediático, entretanto, não era de se
esperar que um canal de leilões, televendas, clips, ou até mesmo cultural, alcançasse
a audiência de um canal de variedades cuja programação é nacional.
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Quadro 8.8 - Evolução da audiência das redes nacionais
Rede
2005
2006
2007
2008
Globo
51,9%
51,9%
44,3%
44,3%
SBT
19,4%
16,1%
14,6%
14,3%
Band
4,3%
4,3%
4,6%
4,8%
Record
9,0%
10,9%
14,6%
16,7%
RedeTV
2,3%
2,1%
2,2%
2,4%
13,1%
14,7%
16,4%
17,5%
Outras
Mesmo assim, podemos dizer que se um canal de vendas da cidade de São Paulo
(Quadro 8.9) tem, ao mesmo tempo, cinco mil telespectadores, trata-se de uma
audiência espetacular, pois qual loja de departamentos tem tal quantidade de cliente
ao mesmo tempo dentro de uma loja? Ou ainda melhor, qual o templo religioso que
poderia ter dez mil fiéis assistindo a um culto, ao mesmo tempo.
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Quadro 8.9 – televisão, diversidade de programação na cidade de São Paulo
Canal
Programação
Entidade Outorgada
Proprietário
2-E
Cultura
Fundação Padre Anchieta
4+
SBT(local, regional, nacional)
TVSBT Canal 4 de São Paulo S/A
Fundação Padre Anchieta
Senor Abravanel (Silvio
Santos)
5
7
9+
11
13-
Globo (local, regional,
nacional)
Record (local, regional,
nacional)
RedeTV! (local, regional,
nacional)
Gazeta (esportes, televendas,
arrendamento, newscasts)
Bandeirantes (local, regional,
nacional)
14
Local da
Outorga
São Paulo
Transmissão
São Paulo
São Paulo
São Paulo
Globo Com.Part.S/A
Família Marinho
São Paulo
São Paulo
Rádio e Televisão Record SA
Edir Macedo Bezerra e
Ester Bezerra
São Paulo
São Paulo
TV Ômega Ltda.
Amilcare Dalevo
São Paulo
São Paulo
Fundação Casper Líbero
Fundação Casper Líbero
São Paulo
São Paulo
Rádio e Televisão Bandeirantes
João Carlos Saad
São Paulo
São Paulo
Cable-Link Operadora de Sinais de
TV a Cabo Ltda
Silvia Di Genio Barbosa
São Paulo
Brasília
Mix TV (televendas)
Luciana Di Genio Barbosa
16-
Infomercials
Canal Brasileiro da Informação (CBI
Ltda)
João Carlos Di Gênio
São Paulo
São Paulo
21
Igreja Mundial do Poder de
Deus (arrendamento)
Rede 21 Comunicações Ltda
José Carlos Anguita
São Paulo
São Paulo
São Paulo
São Paulo
Osasco
São Paulo
São Paulo
São Paulo
São José do Rio
Preto / SP
Aparecida do
Norte - SP
Paulo Saad Jafet
MTV (musicas, clips,
32
entrevistas)
48 E
Variedades. Produção própria
(Osasco) e arrendamento
53+E
Religiosa
Abril Radiodifusão S.A
Roberto Civita
Sociedade Cultural Educacional
Osasco Ltda
Fundação Evangélica Trindade
Televisão Independente de São
Jose do Rio Preto Ltda
Manoel Antônio Bernadi
Costa
Igreja Renascer
João Monteiro de Barros
Filho
Rádio Eldorado Ltda.
Familia Mesquita
São Paulo
Membros da Igreja
Universal do Reino de
Deus
São Paulo
Araraquara / SP
Soc. De Teleducação Comunitária
Cultural S.Caetano
Marcos Tolentino
São Paulo
Campo Grande MS
TV Brasil
Governo Federal
São Paulo
Brasília
TV Carioba Comunicações Ltda
Família Martinez
Diadema
Americana / SP
34
Rede Vida (Religiosa)
36
(PBTV)
Esporte
42
Record News (jornal 24 horas) Rede Mulher de Televisão Ltda
57
63
26
Rede Brasil (newscasts,
variedades, cinema)
TV Brasil (estatal) (local,
regional, nacional)
CNT (arrendamento+
religiosa)
São Paulo
40
RIT (Religiosa )
Televisão Sul da Bahia de Teixeira
de Freitas (da RTV em Santo André)
Missionário R.R.Soares (da
Santo André
Geradora em Dourados)
Dourados - MT
46
Shop Tour (Televendas)
Shop Tour TV Ltda
Luiz Galebe
Cachoeira do Sul /
RS
Osasco
Sempre que falamos em redes imaginamos logo redes de televisão. Na verdade as
redes também são muito importantes no setor de rádio. A programação gerada pela
Rede Gaucha SAT é distribuída para todo o Brasil via satélite, são 145 emissoras
participantes da rede. Todas pequenas empresas, normalmente familiares. O Quadro
8.10 dá uma pequena dimensão destas redes, mostrando apenas as principais.
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Quadro 8.10 - Principais redes de rádio AM/FM do Brasil
Rede Gaucha SAT
145
Jovem Pam Sat AM
81
Rede Bandeirantes AM/FM
58
Jovem Pam SAT FM
52
Rede Eldorado AM/FM
52
Rede Transamérica Hits
48
Rede Band FM
36
Globo AM
28
Rede Mix FM
21
CBN
18
Antena 1 SAT
17
Rede Atlantica
13
Rede Nativa
9
Band News
9
Rede Transamérica Pop
5
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V I I I - G l o s s á r i o D e R a d i o d i f u s ã o 21
5.1 (Cinco ponto 1) Uma das formas de som envolvente (v. surround sound). O som é
transmitido em 6 canais independentes, destinados a 6 alto-falantes: esquerdo, direito
e central na frente do ouvinte; esquerdo e direito atrás do ouvinte; o sexto canal não
tem posição determinada e só reproduz sons muito graves (10% ou 0,1 da
capacidade dos demais; daí o 5.1).
8VSB Tecnologia usada para a modulação dos sinais no padrão ATSC (americano)
de TV digital. Significa: Vestigial Sideband Broadcast em 8 níveis
A / D Conversão de um sinal Analógico para Digital.
A / V Abreviação de Áudio / Vídeo.
ABDI Associação Brasileira de Direito de Informática e Telecomunicação
ABERT Associação Brasileira de Emissoras de Radio e Televisão
ABINEE Associação Brasileira da Indústria Eletro-Eletrônica
ABRAFORTE Associação Brasileira dos Fornecedores de TV por Assinatura
Absorção transformação em calor de parte da energia que atravessa um circuito
elétrico
ABTA Associação Brasileira de Televisão por Assinatura. Associação que Congrega
a maioria das empresas de televisão por assinatura no Brasil.
AC 1. abreviação de alternating current v. Corrente Alternada; 2. abreviação de
Adult Contemporary formato oficial de programação de rádio nos Estados Unidos
Acesso Condicional
Forma de codificar o conteúdo de uma transmissão de modo
que só possa ser decodificado por pessoas previamente autorizadas; muito usado
na TV por assinatura.
Acoplar interligar dois circuitos elétricos de forma que sejam respeitadas as
características individuais de cada um deles
Address v. Endereço
ADSL Asymetric Digital Subscriber Line (Linha Digital Assimétrica de Assinante) –
Configuração de linha telefônica usada para transmissão de dados, com velocidade
até 1500 kbps
AES/EBU Padrão de áudio digital criado em conjunto pelas organizações AES (
Audio Engineering Society) e EBU (European Broadcast Union ou UER – Union
Européene de Radio – Television).
After Market Receptor de rádio que é adquirido e instalado algum tempo depois da
compra do veículo
AFTRA American Federation of Television and Radio Artists
AGC abreviação de Automatic Gain Control; circuito que ajusta automaticamente o
ganho de um sinal.
AIR/IAB Associação Internacional de Radiodifusão – International Association of
Broadcasters
ALC abreviação de Automatic Level Control; circuito que ajusta automaticamente o
nível de um sinal.
Algoritmo Relação do conjunto de procedimentos necessários para cumprir uma
tarefa de processamento de vídeo ou de áudio.
21
O presente glossário foi elaborado pelo Sr. Djalma Ferreira – Comandante Djalma
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Allocation
Consignação de uma freqüência ou canal para um usuário de
transmissão
AM
Amplitude Modulada. Forma de modulação onde a intensidade da onda
portadora varia de forma relacionada à informação transmitida.
Ampere unidade de medida da intensidade da corrente elétrica. Sua abreviação é
"A". O nome foi dado em homenagem ao cientista francês André-Marie Ampère, que
estudou as relações entre a eletricidade e o magnetismo.
Amplificação Aumento da intensidade de um sinal quando atravessa um dispositivo
ou circuito
Amplificador Dispositivo destinado a aumentar a intensidade de um sinal ou
corrente elétrica que o atravessa
Analógico sinal elétrico cuja intensidade varia continuamente e proporcionalmente
ao valor da grandeza que representa.
Anatel
Agência Nacional de Telecomunicações.; órgão regulador das
telecomunicações no Brasil, em suas características técnicas
Animação exibição rápida de imagens individuais, dando a impressão de que elas
estão em movimento.
ANSI American National Standards Institute
Antena Interface que recebe energia elétrica de alta freqüência do transmissor e
otimiza sua
propagação através do espaço livre; alternativamente, a antena recebe energia do
espaço livre e a encaminha para um receptor.
AOR Album Oriented Rock; formato oficial de programação de radio nos Estados
Unidos, também chamado de Classic Rock
Aperture abertura variável na íris de uma lente para regular a luz que a atravessa
ASCII
(pronúncia: "asquí") – padrão para transmissão de informações digitais:
consiste de 128 letras, algarismos e símbolos especiais.
Aspect Ratio ver Relação de Aspecto
Atenuação Redução de uma grandeza de um sinal elétrico como potência ou
tensão.
Atribuição Designação de um canal ou uma faixa de freqüências para um
determinado serviço
ATSC Padrão adotado nos Estados Unidos e outros países para transmissão de TV
digital. A sigla significa "Advanced Television System Committee", nome do órgão que
coordenou seu desenvolvimento.
ATV Sigla de Advanced TV ; Denominação oficial do padrão de televisão digital dos
Estados Unidos.
Áudio sinal elétrico que transporta informações de som
Audiofones Reprodutor de sons, usados diretamente sobre o ouvido; em inglês:
headphones
Audiofreqüência freqüências de vibração do ar que podem ser detectadas pelo
ouvido humano normal. Variam de cerca de 20 Hz até 15 kHz.
Autorização ato administrativo que dá a uma entidade o direito de explorar um
serviço de telecomunicação, no regime privado e em caráter transitório.
Azimute – ângulo horizontal entre uma determinada direção e o norte geográfico.
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Banda – Faixa delimitada de freqüências, em geral comportando diversos canais de
transmissão de um mesmo tipo de telecomunicação; também denominada "Faixa"
Banda Alta – canais 7 a 13 de televisão em VHF.
Banda Baixa – canais 2 ao 6 de televisão em VHF.
Banda de Guarda faixa de freqüências deixada vaga entre dois canais de
radiofrequência, com a finalidade de proteger os sinais contra interferências mútuas
Bandwidth – Largura de faixa ou largura de banda; mede a capacidade de
transmissão do canal.
Baud unidade de medida de taxa de transmissão de dados; nome dado em
homenagem a Emile Baudot, engenheiro francês que desenvolveu as transmissões
telegráficas múltiplas na mesma linha.
Beam – feixe de energia
BER abreviação de Bit Error Rate (Taxa de Erros de bits binários) – Índice que mede
a quantidade de erros de um sinal digital, caracterizando a sua qualidade.
Bit Abreviação de "binary digit" (dígito binário); cada um dos algarismos de um
número expresso em código binário (Zero ou Um)
Bit Rate Taxa de dígitos binários: velocidade de transmissão de um sinal digital,
expressa em "bits por segundo" (bps) e seus múltiplos.
BPS abreviação de "bits por segundo".
BPSK abreviação de Binary Phase Shift Keying; técnica de modulação em que a
fase da portadora é alternada entre dois estados discretos
Broadband Faixa (ou banda) de freqüências com largura suficiente para transmitir
grande volume de informação com rapidez; em geral acima de 4 kHz de largura;
banda larga.
Broadcast Radiodifusão.
Buffer separador; circuito ou dispositivo que separa dois outros para evitar
influências mútuas entre eles.
Bus Barramento; dispositivo onde se comunicam diversos circuitos ou aparelhos.
Byte grupo de 8 bits, formando uma unidade de informação
C / N Relação Portadora/Ruído, que mede a qualidade de um sinal
CA v. Corrente Alternada
Cabeçal dispositivo que recebe, processa e retransmite para os assinantes o sinal
de TV a cabo ou MMDS
Cabo Coaxial Cabo de transmissão elétrica composto de dois ou mais condutores
cilíndricos e concêntricos.
Canal
Via de comunicação radioelétrica que ocupa uma faixa fixa de freqüências
suficientemente larga para permitir a passagem das informações contidas na
comunicação.
Carga Fantasma
Resistência elétrica que dissipa a energia gerada por um
transmissor; usada para permitir o funcionamento do transmissor sem que ele esteja
ligado a uma antena; também chamada de "carga artificial".
Carrier v. Portadora
CC abrev de "corrente contínua"; corrente elétrica que se desloca sempre no mesmo
sentido
CCD Charge Coupled Device (dispositivo acoplado por carga) – tipo de câmera de
televisão de alta sensibilidade e custo relativamente baixo.
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Celsius escala de medida de temperatura em graus , caracterizada pelo zero na
temperatura de solidificação da ágüe e pelo 100 graus na temperatura de ebulição da
água; também chamada de escala centígrada; é a escala padrão usada no Brasil
CHR Contemporary Hit Radio; formato de programação de rádio nos Estados Unidos
Chromakey (pronúncia: "cromaquí") – artifício, baseado na filtragem de cores, que
permite sobrepor duas imagens diferentes de televisão.
CITEL Conferência Interamericana de Telecomunicações; órgão da Organização dos
Estados Americanos
Clock – Relógio ou base de referência de tempo. Dispositivo interno de vários
aparelhos eletrônicos destinado a manter sincronismo com outros aparelhos do
mesmo sistema.
Closed Captioning v. Legenda Oculta
Cobertura 1. Região onde uma transmissão de rádio ou de TV é recebida com
qualidade mínima especificada; 2. Número de pessoas distintas em uma audiência
de rádio ou TV que estão expostas a uma mensagem comercial (em inglês: reach)
Codec Codificador / Decodificador – aparelho que codifica os sinais analógicos de
audio ou video para um formato digital, a fim de aperfeiçoar sua transmissão e na
recepção decodifica os sinais digitais de volta para a forma analógica.
Codificação
Transformação da informação transmitida de forma a torná-la
ininteligível, exceto para receptores que possuam a chave de decodificação.
COFDM Codificação por Multiplexação de Frequências Ortogonais; tipo especial de
modulação usada em transmissão digital de radio e televisão, que assegura maior
confiabilidade à transmissão, pelo uso de um grande número de portadoras.
Combinação técnicas usadas para associar as transmissões dos sinais analógico e
digital, em uma transmissão híbrida de rádio digital IBOC; a combinação pode ser
feita em baixo ou em alto nível do sinal
Compatibilidade situação em que dois sistemas diversos operam simultaneamente,
sem que um deles cause conseqüências prejudiciais ao outro
Compressão Técnica usada em áudio e vídeo para reduzir o espaço necessário para
transmissão ou armazenamento de informações, sem comprometer sua qualidade de
forma perceptível.
Comprimento de onda distância percorrida por uma onda eletromagnética durante
um ciclo de freqüência (um Hertz); é obtido dividindo-se a velocidade de programação
pela freqüência.
Concessão Ato legal que delega o direito de prestação de um serviço de
telecomunicação no Regime Público, mediante contrato por prazo predeterminado,
Contorno
figura contínua formada pelos pontos em torno de uma estação
transmissora onde o sinal transmitido tem valores constantes e definidos;
Contorno Protegido é a linha contínua formada por pontos onde a intensidade do
sinal de uma estação tem valores constantes e que delimita a região onde a
transmissão de uma estação tem direito legal de não ser interferida por outras
estações
Convergência Tendência tecnológica no sentido de integrar diversos serviços em um
mesmo meio de transmissão.
Corrente Alternada Método de transmissão de energia elétrica, de uso universal,
onde a intensidade da corrente varia com a forma de uma curva senoide, invertendo
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seu sentido frequentemente. No Brasil a freqüência da inversão é de 60 vezes por
segundo, ou 60 Hertz (Hz)
Crominância Componente de um sinal de vídeo que traz informações sobre as cores
da imagem
Crosstalk v. Diafonia
CUE (pronúncia: kiú); deixa; aviso de início de uma ação; preparação para
transmissão
D/A Conversão de um sinal digital para analógico.
DAB abrev. de Digital Audio Broadcast; sigla também usada paa identificar o
sistema Eureka 147 de rádio digital
DAT Digital Áudio Tape; Fita de Áudio Digital
Datacasting Transmissão de dados simultaneamente com a transmissão normal de
áudio ou vídeo; em geral os dados são relacionados ao conteúdo do programa
transmitido.
dB abreviação de decibel, único submúltiplo usado da unidade Bel (B) que é a
relação logarítmica entre dois valores de uma mesma unidade. Nome dado em
homenagem a Alexander Graham Bell, inventor do telefone. O símbolo dB pode ser
seguido de outra letra indicando a unidade de referência da relação; exemplo: dBw
indica a relação entre dois valores em Watts; plural decibels (a forma decibéis é
errada)
DBS Digital Broadcast Satellite – satélite que retransmite sinais de radio ou televisão
diretamente para o usuário final; o mesmo que DTH (Direct to Home = direto ao
assinante)
DC abrev. de Direct Current; v. CC – Corrente Contínua
Decodificador (em inglês "decoder"); dispositivo ou circuito que retorna à forma
original uma informação previamente codificada em um codificador ("coder")
Demodulação Técnica usada para extrair informações contidas em um sinal elétrico
variável
Diafonia vazamento do sinal de um circuito ou linha em outro circuito ou linha
próximos
Dielétrico substância que não conduz eletricidade
Digital
forma de representação de uma grandeza em que são continuamente
tomadas amostras de seu valor instantâneo e registradas como uma sequência de
valores numéricos, em geral com sistema binário de numeração
Diretivo Configuração de um sistema de antenas que aumenta a energia enviada em
uma determinada direção (ou direções), com redução nas demais
Display
Tela, mostrador.
Na televisão digital é usado como monitor,
independentemente do padrão, ligado ao receptor de TV de padrão local. No rádio é o
mostrador incluso que exibe a freqüência do canal sintonizado, e/ou a identificação
da estação.
Distorção perturbação indesejada na transmissão ou reprodução de um sinal que
causa a degradação da informação nele contida
Distribuição Designação de um canal ou freqüência para uso em um determinado
local geográfico
Downlink Parte do trajeto de transmissão através do satélite que vai do satélite ao
receptor; o oposto a "uplink".
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Download baixa; descarga; procedimento usado para transferir um arquivo de um
sistema para um terminal específico
DRM abreviação de Digital Radio Mondiale; consórcio criado por diversas entidades
industriais, comerciais científicas e educacionais na Europa com o fim de desenvolver
sistemas de transmissão de rádio digital
Drop cabo que liga uma linha telefônica ou entrada de TV a cabo ao domicílio do
assinante
DSL abreviação de Digital Subscriber Line = Linha Digital de Assinante (telefônico)
DTH Direct To Home – forma de transmissão de programas de rádio ou televisão
diretamente para o usuário, através de satélite.
DTV Sigla de Digital Television; televisão digital
DVB
sigla de Digital Video Broadcasting; padrão de transmissão de TV digital
desenvolvido e usado na Europa e na maioria das transmissões mundiais de TV por
assinatura, inclusive no Brasil.
EBU abrev. de European Broadcast Union
EHF abrev. de Extremely High Frequency faixa de frequências entre 30 e 300 GHz
EIA
Electronic Industry Association; associação americana que congrega os
fabricantes de equipamentos eletrônicos
Eletros Associação Nacional dos Fabricantes de Aparelhos Eletro-eletrônicos
Elevação ângulo vertical entre o plano horizontal e a direção de transmissão ou
recepção de um sinal..
e-mail correspondência eletrônica, enviada através da Internet
Endereço identificação do local onde está armazenado um arquivo
enlace comunicação uni ou bi-direcional permanente entre dois pontos fixos (=link)
EPG abrev. de Electronic Program Guide; dados transmitidos junto ao programa
principal de áudio ou vídeo e que contem informações sobre o programa, destinadas
ao usuário
equalizador dispositivo inserido no caminho de um sinal elétrico destinado a alterar
suas características para dar um formato desejado; por exemplo: um equalizador
inserido num circuito de sinais de áudio destina-se a tornar o sinal mais grave ou
agudo, como desejado
ERB abrev. de Estação Radio Base; estação fixa de um sistema de telefonia celular,
constituindo o núcleo de uma célula
ERP abreviação de Effective Radiated Power (potência efetiva irradiada); potência
efetivamente irradiada em uma determinada direção, considerando a potência do
transmissor, as perdas na linha e o ganho da antena nessa direção.
Espectro (eletromagnético) – conjunto de freqüências em que é possível a
transmissão de informações.
Estéreo Técnica de transmissão e/ou reprodução de som em dois canais separados
e distintos: um para cada ouvido
Ethernet Padrão de transmissão de dados em sistemas locais de transmissão de
dados; sua capacidade de transmissão vai até 10 MBPS
ETSI abrev. de European Telecommunications Standards Intitute
Eureka 147 padrão de transmissão de rádio digital usado em alguns países da
Europa, Canadá e Austrália, principalmente na radiodifusão estatal.
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Exgine dispositivo usado na transmissão de radio digital HD Radio (IBOC) para gerar
as subportadoras
Exporter dispositivo usado na transmissão de radio digital HD Rádio (IBOC) para
gerar o áudio do programa principal, dados associados e o sinal analógico com
retardo
Faixa v. Banda
Fantasma (v. carga fantasma)
FAQ abrev. de Frequently Asked Questions; perguntas freqüentes
Farenheit escala de medida de temperatura usada nos Estados Unidos, na qual o
zero é caracterizado pelo congelamento da água salgada ( - 18 Celsius) e 180 graus
pela ebulição da água pura. Zero Celsius corresponde a 32 graus Farenheit
FCC abrev. de Federal Communications Committee; órgão oficial regulador de varias
modalidades de telecomunicação nos Estados Unidos, inclusive de radiodifusão
FEC abrev. de Forward Error Correction (correção avançada de erros): técnica pela
qual são enviados códigos digitais para o receptor, a fim de que ele possa identificar
e corrigir erros da transmissão digital
FI abrev de Freqüência Intermediária; técnica usada nos receptores, a fim de
simplificar sua construção, onde as freqüências recebidas são transformadas para
uma freqüência intermediária padrão, antes do processamento.
Fibra Ótica Fibra de vidro, com diâmetro micrométrico, que conduz a luz gerada por
um laser e permite uma enorme compactação na transmissão de informações digitais;
em geral muitas fibras são incorporadas em um único Cabo.
FITTEL Federação dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações
FM
Freqüência Modulada. Forma de modulação onde a freqüência da onda
portadora varia de forma relacionada à informação transmitida.
Fonte de Alimentação Parte do circuito de um equipamento eletrônico que
transforma a energia elétrica de entrada nos valores adequados para o
funcionamento do equipamento
Footprint Pegada; Forma da região da superfície da Terra onde o sinal proveniente
de um satélite tem intensidade suficiente para permitir a recepção adequada dos seus
sinais.
Frame v. Quadro
Freqüência numero de vezes por segundo em que uma corrente elétrica inverte o
sentido do fluxo; medida em Hertz e seus múltiplos.
FTP
abrev. de File Transfer Protocol; protocolo usado na Internet para a
transmissão de arquivos de texto em uma rede de computadores
Gain v. Ganho
Ganho Medida da amplificação de um circuito, em geral medida em decibel (dB)
Geoestacionário satélite que gira em torno da Terra em altitude de cerca de 36 mil
quilômetros e que parece fixo em uma posição do espaço, em relação a um
observador fixo na Terra.
GHz Gigahertz; freqüência de um bilhão de Hertz (1.000.000.000 Hz)
Guia de Ondas conduto metálico ou metalizado, que conduz em seu interior ondas
eletromagnéticas entre dois dispositivos.
Headphones v. Audiofones
HDTV High Definition TV; televisão de alta definição.
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Hertz unidade de medida de freqüência de uma corrente elétrica. Sua abreviação é
"Hz". Equivale a um ciclo por segundo, isto é, uma inversão de sentido da corrente
por segundo. O nome foi dado em homenagem ao cientista alemão Heinrich Rudolf
Hertz, que comprovou a existência das ondas eletromagnéticas.
HF sigla de "HIgh Frequency" (freqüência alta). São as freqüências que vão de
3.000.000 Hertz (3 Megahertz) a 30.000.000 Hertz (30 Megahertz)
Híbrido sinal resultante da combinação de sinais analógicos e digitais, para
transmissão simultânea por um mesmo sistema
HTML HyperText Markup Language; Formato padrão para transmissão de textos na
Internet
HTTP abrev de Hiper Text Transfer Protocol; protocolo da Internet que permite a
transferência de informações de multimedia.
Hz ver Hertz
IEEE Institute of Electrical and Electronics Engineers
IBOC abreviação de In-Band-On-Channel (na mesma faixa, no mesmo canal)
técnica de transmissão de rádio digital em que a transmissão digital é feita
simultaneamente com o sinal analógico, na mesma faixa e no mesmo canal
Importer dispositivo usado na transmissão de radio digital HD Radio (IBOC) para
gerar os serviços digitais, exceto o áudio do programa principal
Infomercial Comercial de longa duração, apresentado pelo rádio ou TV, com
informações detalhadas sobre o produto anunciado
INPE Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
Input Local da entrada do sinal em um circuito elétrico
Interatividade Transferência de informações nas duas direções pela mesma via.
Interface Dispositivo que interliga dois sistemas diferentes,permitindo a interação
entre eles.
Interleaving entrelaçado; 1 – varredura da tela de televisão de forma que todas as
linhas impares são varridas inicialmente e depois todas as linhas pares; 2 – sistema
de antena usada na transmissão de rádio digital IBOC, onde os elementos que
transmitem o sinal analógico são entremeados com os elementos do sinal digital; 3 –
método de embaralhar as informações digitais transmitidas por um sistema de forma
a aumentar a sua confiabilidade
Intermodulação Ação indesejada da informação contida em um canal sobre o
conteúdo de outro canal de comunicação; também chamada de modulação cruzada
Internet
rede mundial de interligação de computadores, por meio de protocolos
especiais
Intervalo Vertical – Espaço de tempo entre a transmissão de dois quadros de um sinal
de televisão. Usado para transmitir informações sobre a operação que normalmente
não são exibidas no receptor.
Ionosfera Parte da atmosfera, de grande altitude, onde os átomos são ionizados e
têm a propriedade de refletir as ondas eletromagnéticas
IP – Internet Protocol – Protocolo de comunicação de dados usado como padrão na
Internet.
ISDB
(Integrated Services Digital Broadcasting) Padrão de televisão digital
desenvolvido no Japão e adotado, com alterações, no Brasil.
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ISO abrev. de International Standards Organization; órgão das Nações Unidas que
controla os padrões internacionais de todas as atividades
ITU (International Telecommunications Union); ver UIT
Jabá Termo usado para identificar o pagamento ilegal feito para facilitar a irradiação
de uma música ou um programa (nos Estados Unidos o gtermo usado é: payola.
Jingle Comercial de Rádio, geralmente musicado
kbps quilobits por segundo
Kelvin Escala científica de medida de temperatura, onde o zero corresponde a menos
273 Celsius (chamado de zero absoluto)
Klystron (pronúncia: cláistron): válvula usada para gerar energia na freqüência de
microondas
LAN Local Área Network; rede de interligação de sinais digitais em um determinado
local
Laser (pronúncia: leizer) ; abrev. de Light Amplification by Stimulated Emission of
Radiation; (amplificação da luz pela emissão estimulada de radiação); dispositivo de
estado sólido que emite luz coerente e de uma única freqüência, quando estimulado
por energia elétrica
LED
abrev. de Light Emitting Diode; diodo de estado sólido que emite uma
tonalidade de luz quando atravessado por corrente elétrica
Legenda Oculta transmissão de informações escritas (em geral "legendas") junto a
um sinal de televisão e que são exibidos opcionalmente pelo espectador, geralmente
para auxílio a deficientes de audição
LEO Low Earth Orbit; satélites que giram em torno da terra com baixa órbita, em
geral com cerca de 7000 km de altitude
LF abrev de Low Frequency (baixa freqüência); faixa compreendida entre 3 e 300
kHz
LGT – Lei Geral de Telecomunicações – Lei 9472 de 16/Julho/1997 que dispõe sobre
os serviços de telecomunicações.
Link v. enlace
Log-periódica tipo de antena de grande diretividade, em geral usada em enlaces
Luminância componente do sinal de vídeo que tem a informação da luminosidade da
imagem
Mbps -– megabits por segundo
MF abreviação de "medium frequency" – faixa de frequências entre 300 kHz e 3 MHz
Microondas – nome genérico das ondas eletromagnéticas com frequência acima de
mil Megahertz. (ou 1 Gigahertz)
Minicom – forma coloquial de referência ao Ministério das Comunicações.
MMDS –(Multipoint Multichannel Distribution System) – Sistema de distribuição de TV
por assinatura através de múltiplos canais em frequências de microondas de
comunicação terrestre.
Modem – Abreviação de "Modulador e Demodulador". Dispositivo que codifica sinais
para a forma digital para a transmissão e recepção bidirecionais por uma linha
telefônica.
Modulação – Processo usado para alterar as características de um sinal
eletromagnético ("onda portadora") de forma a que suas variações traduzam as
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informações que se deseja transmitir através desse sinal. O sinal sem modulação
não contem informações.
Monitor Aparelho destinado a permitir a visualização de um sinal ou alguma
característica dele
MOR Middle of the Road: formato oficial de programação de rádio nos Estados
Unidos
Mp3 – Técnica de compressão de programas de áudio que reduz a quantidade de
dados a transmitir ou armazenar com taxa de 1:10. Abreviação do padrão MPEG-1
camada 3. Não confundir com o MPEG-3, que foi substituído pelo MPEG-4.
MPEG – (Moving Pictures Expert Group) – Grupo de cientistas formado pela
Organização Internacional de Padrões (ISO), com a finalidade de estabelecer padrões
de compressão de áudio e vídeo digitais. Os padrões adotados tomaram o nome de
MPEG-1, MPEG-2 e MPEG-4
Multicasting Processo pelo qual se consegue inserir vários programas diferentes em
um mesmo canal de rádio ou televisão.
Multipercurso Diz-se da transmissão que atinge o receptor por vários caminhos, de
comprimentos diferentes, causando interferências mutuas
Multiplexador – Dispositivo que combina diversos sinais para transmissão simultânea
por uma mesma via de comunicação. O dispositivo de função oposta é o
Demultiplexador.
NAB National Association of Broadcasters – associação que congrega a maioria das
emissoras de radio e de televisão nos Estados Unidos.
Nano prefixo de sub-unidade equivalente a um milionésimo da unidade básica
Narrowband Faixa estreita, banda estreita
NATPE National Association of Television Program Executives
NCTA National Cable Television Association – associação que congrega grande
parte das empresas de televisão por cabo nos Estados Unidos.
Network Rede
Noise v. Ruído
NRSC
abrev. de National Radio Systems Committee; entidade patrocinada
conjuntamente pela associação americana de radiodifusores (NAB) e a associação de
fabricantes de equipamentos eletrônicos domésticos (CES) e que coordena os
desenvolvimentos técnicos da indústria de radiodifusão
NTSC sigla de National Television System Committee. Entidade que coordenou o
padrão de televisão analógico a cores adotado nos Estados Unidos e outros países.
OEM abrev. de original equipment manufacturer - refere-se ao fabricante do
equipamento instalado nos veículos pela montadora, antes da venda
OFDM abrev. de Orthogonal frequency division multiplex; Técnica de modulação
usada na transmissão de sinais digitais, onde a informação modula simultaneamente
um grande número de subportadoras defasadas de 90 graus , aumentando a
confiabilidade do sinal em relação a interferências, multipercurso e ruído
Onda Forma de propagação da energia eletromagnética pelo espaço (ex: ondas de
rádio)
Onda ionosférica Uma das vias de propagação da energia eletromagnética, por
reflexão nas altas camadas ionizadas da atmosfera, chamadas de ionosfera
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Onda Superficial Uma das vias de propagação da energia eletromagnética, por
condução do solo; importante nas baixas freqüências
Outorga Ato em que o poder concedente dá uma concessão, permissão ou
autorização para o desempenho de um serviço de telecomunicação, inclusive
radiodifusão.
Output Local de saída do sinal em um circuito elétrico
PAL sigla de Phase Alternating Line. Base de padrão de televisão analógica em cores
adotado em diversos países do mundo. O Brasil usa uma variação desse padrão
denominada PAL-M.
Payola termo usado nos Estados Unidos para o que se chama de Jabá no Brasil
Pay-per-View Forma de controlar o acesso a determinados canais de TV por
assinatura de forma que a exibição de um programa possa ser cobrada
individualmente
Pay TV TV por assinatura
PCM abrev de Pulse Code Modulation – forma de modulação usando código de
pulsos
Perda redução da energia sofrida por um sinal que passa através de um circuito ou
dispositivo.
Permissão Ato administrativo pelo qual se atribui a alguém o dever de prestar serviço
de telecomunicação no Regime Público, em caráter transitório.
Pixel abreviação de "picture element" (elemento de imagem). Cada um dos pontos
que formam uma imagem fotográfica ou de televisão.
Plasma Tecnologia usada na fabricação de telas de televisão, baseada nos mesmos
princípios que as lâmpadas fluorescentes.
PLC abrev de Power Line Communication – transmissão de informações através das
linhas de transmissão de energia elétrica
Polarização direção do campo elétrico em uma onda transmitida por uma antena;
pode ser linear (horizontal, vertical ou inclinada), quando tem direção fixa, ou variável
(circular, eliptica, etc)
Portadora (ou onda portadora) é uma corrente elétrica caracterizada por sua
freqüência, amplitude e fase. Para inserir informações nessa corrente uma ou mais
dessas características é modificada (modulada) pelo sinal correspondente à
informação a ser transmitida (onda modulante).
PPV v. Pay-per-View
Protocolo conjunto de regras que caracterizam uma forma de comunicação
QAM
Quadrature Amplitude Modulation; método de modulação que altera
simultaneamente a amplitude e a fase de um sinal elétrico para embutir as
informações a serem transmitidas
QPSK abrev. de Quadrature Phase Shift Keying - técnica de modulação onde a fase
da portadora é girada em incrementos de 90 graus, durante a modulação
Quadro Conjunto de linhas e colunas de “pixels” que formam uma imagem na tela da
televisão
Radiodifusão Nome genérico das transmissões de Radio ou Televisão destinadas à
recepção livre e gratuita pelo público em geral.
RBDS versão do RDS adotada nos Estados Unidos
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RDS abreviação de Radio Data System; técnica que permite adicionar ao sinal de
uma estação de radio FM analógica, em subportadora de 57 KHz, informações
relacionados com a identificação da estação, do programa ou outros textos e que são
exibidos na tela do receptor
RDSI sigla de Rede Digital de Serviços Integrados – rede de comunicações que
trafega simultaneamente sinais de áudio, vídeo e dados
Receptor aparelho destinado a captar e exibir de forma inteligível sinais de áudio
vídeo ou dados
RF abreviação de RadioFreqüência; freqüência do espectro eletromagnético situada
na faixa cujo valor é menor que o das radiações infravermelhas.
Regime Privado Regime jurídico de prestação de serviços de telecomunicações cuja
existência, universalidade e continuidade não são garantidas pelo poder público.
Regime Público Regime jurídico de prestação de serviços de telecomunicações cuja
existência, universalidade e continuidade são garantidas pelo poder público; depende
de concessão ou permissão (exemplo: serviço telefônico fixo comutado)
Relação de Aspecto Relação entre a largura e a altura de uma tela de televisão. Na
TV analógica essa relação é de 4:3; na TV digital essa relação é de 16:9, isto é, a tela
é mais larga.
Resolução – É a medida da definição de uma imagem fotográfica ou de TV.
RGB Red, Green Blue; vermelho, verde, azul; cores básicas usadas na transmissão
de TV a cores; configuração usada para transmitir sinais de TV a cores
Ruído Distúrbios indesejados inseridos em um sinal e que distorcem a informação
nele contida.
S/N - (signal to noise) relação entre o valor do sinal desejado e o ruído em um
circuito
SAP abreviação de Second Áudio Program; sinal introduzido em uma subportadora
do sinal de televisão, destinado a transportar um sinal de áudio diferente do que é
transmitido pelo canal principal, para seleção opcional pelo usuário
SARC abreviação de Serviço Auxiliar de Radiodifusão e Correlatos; serviço de
telecomunicações destinado a prover meios para que as estações de radio e TV
enviem seus programas do estúdio para o local do transmissor, ou para enviar
instruções de operação ou para gerar programas fora de seus estúdios
Screen Tela de televisão analógica. Na TV digital é chamada de "display".
SDTV abreviação de Standard Definition Television; denominação usada para a
transmissão de TV digital com qualidade semelhante à da atual TV analógica. Usada
para permitir a transmissão simultânea de vários programas no mesmo canal digital.
SECAM sigla de Sequenciel Couleur a Memoire; padrão de televisão a cores
desenvolvido na França e usado em alguns países europeus e asiáticos.
SET Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão e Telecomunicações
Set Top Box (STB) Dispositivo em geral colocado sobre o receptor de televisão e
destinado a permitir que o receptor de um determinado padrão possa reproduzir
sinais recebidos em outro padrão diferente.
Simulcast Transmissão de dois sinais de padrões diferentes em um mesmo canal de
transmissão; termo também usado para a transmissão de um mesmo programa
através de dois canais com características diversas, por exemplo, analógico e digital.
Sinal informação contida em uma corrente elétrica modulada
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Sintonia Ajuste de um receptor para permitir a recepção adequada de um sinal
Sistema de Terra Conjunto de condutores elétricos dispostos de forma a funcionar
como um espelho elétrico, para aumentar a eficiência do sistema Irradiante.
Sistema Irradiante Conjunto de dispositivos que inclui a antena, a linha de
transmissão, os circuitos de adaptação da linha à antena ("casador") e, às vezes, o
sistema de terra, destinado a aumentar a eficiência da transmissão de energia
elétrica do transmissor para o espaço livre ou para facilitar a recepção dos sinais
Site (pronúncia: saite) palavra inglesa que identifica um endereço na Internet onde
estão exibidos as informações sobre alguma entidade ou pessoa; em português usase sítio ou portal
Som Envolvente Técnica de reprodução de som de forma que o ouvinte tenha a
impressão de que as fontes do som o envolvem em todas as direções.
Streaming Prática de transmitir programação de áudio ou vídeo, continuamente,
através da Internet.
SMPTE abreviação de Society of Motion Pictures and Television Engineers;
associação americana que congrega os engenheiros de Televisão e de Cinema
SSB sigla de Single SideBand - forma de modulação em amplitude (AM) onde só
uma faixa lateral é utilizada, economizando o espectro
Stereo v. Estéreo
Subportadora
sinal introduzido em uma onda portadora já modulada por um sinal
principal: a subportadora, por sua vez, também é modulado independentemente, a fim
de introduzir outras informações secundárias
Surround Sound v. Som Envolvente
Telco abreviação de Companhia Telefônica (Telephone Company)
Telemática ciência que trata das comunicações móveis, incluindo capacidade de
comunicação sem fio para informações gerenciais, aplicações de segurança,
navegação e entretenimento
Transcodificador dispositivo que transforma para um padrão diferente os sinais
recebidos em um outro padrão
Transmissor equipamento eletrônico que transforma a energia elétrica de baixa
freqüência, (geralmente de 60 Hertz), para uma freqüência elevada (em geral acima
de 500.000 Hertz) a fim de permitir que ela se propague livremente pelo espaço. O
transmissor também processa uma ou mais características da energia de alta
freqüência, para que ela transporte informações desejadas (programação).
Transponder receptor, processador e repetidor do sinal de um satélite
Trap (armadilha); denominação de um filtro usado em um circuito elétrico para
eliminar os sinais de uma freqüência específica
TVRO abreviação de TV Receive Only: conjunto de aparelhos destinados à recepção
direta de sinais de satélite pelo público em geral; popularmente denominado de
antena parabólica.
UHF sigla de "Ultra HIgh Frequency" (freqüência ultra alta). São as freqüências que
vão de 300.000.000 Hertz (300 Megahertz) a 3.000.000.000 Hertz (3.000 Megahertz
ou 3 Gigahertz)
UIT União Internacional de Telecomunicações – organismo vinculado à Organização
das Nações Unidas, responsável pela coordenação mundial das telecomunicações. É
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a entidade sucessora da Liga Telegráfica Internacional, fundada em 1865, para
regular as transmissões telegráficas mundiais.
Uplink Parte do trajeto de transmissão por satélite que vai do transmissor original até
o satélite. O oposto de "downlink".
Upload procedimento de enviar um arquivo para armazenamento em um sistema; o
oposto a download
USB Universal Serial Bus; método padrão de conexão entre dois dispositivos
eletrônicos, para transmissão de sinais digitais
VHF abrev. de "Very HIgh Frequency" (freqüência muito alta). São as freqüências
que vão de 30.000.000 Hertz (30 Megahertz) a 300.000.000 Hertz (300 Megahertz)
Video sinal elétrico que transporta informações visuais
VLF ("Very Low Frequency") – faixa de frequências de 3 kHz a 30 kHz
Volt unidade de medida da tensão elétrica. Sua abreviação é "V". O nome foi dado
em homenagem ao cientista italiano Alessandro Volta, que inventou a bateria elétrica.
VSB Vestigial Side Band; método de modulação de sinais de TV
WAN Wide Área Network; Rede de interligação de sinais digitais cobrindo uma área
extensa, da ordem de centenas de quilômetros
Watt unidade de medida de potência equivalente a 1 joule por segundo; abreviação:
"W"; nome dado em homenagem a James Watt, engenheiro escocês que
desenvolveu a máquina a vapor; o múltiplo mais usado é o quilowatt (kW),
equivalente a mil watts; às vezes é usada a forma "vatio"
WWW (World Wide Web) - Rede Mundial de Computadores interligados
Yagi tipo de antena com vários elementos paralelos entre si, servido como refletor e
diretor(es)
Zona de Ruído (ZR) região onde o valor do ruído na transmissão tem valores
limites; no Brasil existem duas zonas de ruído: a ZR1, onde o valor do ruído é menor
e que compreende os pontos cuja latitude seja maior que 20 graus S ou que a
longitude seja menor que 44 graus W; a ZR2, com nível mais elevado de ruído
compreende pontos com latitude menor que 20 graus e longitude maior que 44 graus
W, simultaneamente
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