Inovar para garantir diversão

Transcrição

Inovar para garantir diversão
Sumário
Editorial
A revista ABEAÇO Notícias é editada pela
Assessoria de Imprensa Press à Porter sob
coordenação da área de Marketing da Associação
Brasileira da Embalagem de Aço - ABEAÇO
JANEIRO | FEVEREIRO | MARÇO | EDIÇÃO 41
Jornalista Responsável
Claudia Reis (MTB 15693)
Educação é tudo
Diretora de Arte
Lílian Sá
A matéria de capa desta edição traz um exemplo de como a educação influencia e transforma o futuro dos jovens. O papel e a atuação dos professores da Escola Estadual Marcílio Dias, localizada no Guarujá (SP), foram
essenciais para estimular os alunos a questionarem e interpretarem a realidade do dia a dia para que possam construir opiniões próprias. Nota 10 para
essa equipe que colocou em prática o projeto científico “O olhar do aluno
pesquisador utilizando como objeto de estudo a lata de milho”.
Sob orientação dos mestres educadores, onze estudantes se debruçaram nos
materiais da ABEAÇO, pesquisaram e realizaram visitas para descobrir o
universo da embalagem de aço e do milho. Conhecimentos que nunca mais
serão esquecidos e que serão propagados para amigos e familiares.
Um dos temas pesquisados por esse grupo de estudantes foi a combinação
dos metais para produção do aço para a fabricação da embalagem. Pegando
carona nesse assunto, entrevistamos porta-vozes da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) e da Gerdau para mostrar as etapas de transformação
das latas de aço pós descarte até a aplicação na fabricação de novo aço.
Sobre o mercado de embalagens de aço, identificamos alguns setores em
ascensão que podem ajudar a alavancar e fomentar a atuação da indústria.
Setores de suplementos alimentares, de óleos e azeites e de brinquedos estão
em crescimento contínuo e devem ser avaliados.
Inovação e Tecnologia
Institucional
Gerente Executiva
Thais Fagury
pág. 04
Ciência e curiosidade
em sala de aula
Inovar para garantir diversão
pág. 18
Colaboração
Equipe Press à Porter
Mercado
Capa
ABEAÇO
pág. 22
Coordenação
Thais Fagury
Produção
Press à Porter Gestão de Imagem
Empresas
Revisão
Press à Porter Gestão de Imagem
Thais Fagury
pág. 26
Contato ABEAÇO
Thais Fagury
[email protected]
De Joinville para
o mundo
Sustentabilidade
Contato PRESS A PORTER
Claudia Reis
[email protected]
Pré-impressão e impressão
Centrográfica
Óleos e azeites para food service:
oportunidade de negócio
Transformação sustentável e rentável
pág. 10
Tiragem
5.000 exemplares
Impresso em Março de 2014
Boa leitura!
Thais Fagury
Gerente Executiva
ABEAÇO Brasil
latadeaco
#amolatadeaço
Administração
Rua Rocha, 167 - Cj. 33
Bela Vista - 01330-000 - São Paulo - SP
Fone: (11) 3842-9512 / Fax: (11) 3849-0392
www.abeaco.org.br
Saúde e Gastronomia
Nutrição Power Can
pág. 14
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| REVISTA ABEAÇO
REVISTA ABEAÇO |
3
Fotos: Press à Porter
Institucional
Ciência e
curiosidade
em sala
de aula
PROFESSOR DE
QUÍMICA DE ESCOLA,
NO GUARUJÁ, CRIA
PROJETO SOBRE
LATA DE MILHO E
DESPERTA INTERESSE
DOS ALUNOS POR
PESQUISA CIENTÍFICA
“N
ão há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino.” Essa frase de Paulo
Freire, um dos mais célebres educadores brasileiros, com atuação e reconhecimento inter-
nacionais, representa muito bem o trabalho que o professor Wagner Luiz Pires Affonso
fez com alunos do 1º ao 3º ano do ensino médio da Escola Estadual Marcílio Dias, localizada no Guarujá, litoral de São Paulo. Ao estimular o interesse pela pesquisa científica
com o projeto “O olhar do aluno pesquisador utilizando como objeto de estudo a lata de
milho” podemos dizer ainda que o professor Wagner materializou mais uma frase conhe-
cida de Paulo Freire: ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades
para a sua própria produção ou a sua construção.
“Tudo começou quando um aluno me encontrou num supermercado e me pergun-
tou se havia química dentro de uma lata de milho em conserva. Esse questionamento me
levou a refletir sobre a questão e me incentivou a desenvolver o projeto em sala de aula”, diz
o professor. “A iniciativa teve o intuito de motivar, orientar, relacionar as observações dos
alunos no cotidiano ao conceito aprendido em sala de aula”, completa. “É um trabalho desa-
fiador, pois o senso crítico dos alunos deve ser preparado para uma aprendizagem científica,
fazendo com que entendam a importância desse cenário para a sociedade.”
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Professores e alunos que participaram do projeto “O olhar do aluno pesquisador utilizando como objeto de estudo a lata de milho”
No total foram onze estudantes de
do alimento e sobre o plantio, a colheita e
sobre o milho e a lata de aço durante seis me-
processo, pesquisaram ainda como funciona
diferentes séries que se dedicaram a estudar
ses, de junho a novembro, em 2013. Fizeram
pesquisas bibliográficas em livros, revistas,
internet, contaram com experiências teóricas
e práticas e visitaram o ITAL (Instituto de
Tecnologia de Alimentos). “A pesquisa teve
como pontos chaves o desenvolvimento do
raciocínio por meio de diferentes métodos de
pesquisa, interpretação de textos e trabalho
em grupo”, conta Wagner.
Para entender sobre a lata de aço e
os metais, os alunos se debruçaram no site da
ABEAÇO e nas edições anteriores da Abeaço
Notícias. Leram também sobre a origem do
milho, propriedades nutricionais e químicas
a produção do grão. Para entender todo o
o envase do produto e de que forma chega à
mesa do consumidor.
Apoiado pela direção da escola,
Wagner, que é bacharel em Química pela
Universidade Santa Cecília dos Bandei-
rantes e fez Licenciatura Plena em Química pela Faculdade de Filosofia, Ciências
e Letras Oswaldo Cruz, contou com ajuda
de seis colegas educadores para estruturar
um trabalho interdisciplinar. Professores de
geografia, física, matemática, português, so-
PARA ENTENDER
SOBRE A LATA DE
AÇO E OS METAIS,
OS ALUNOS SE
DEBRUÇARAM NO SITE
DA ABEAÇO E NAS
EDIÇÕES ANTERIORES
DA ABEAÇO NOTÍCIAS.
ciologia e arte participaram ativamente do
projeto contribuindo para o maior conhecimento de todos.
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Institucional
A professora de português e inglês, Iolanda
Gonçalves Pereira, ajudou a orientar as leituras, pesqui-
sas em livros, interpretação de textos e normas básicas
da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
O professor de química, Valmor Alves de Souza, mergulhou com os alunos nos conceitos sobre a produção
do milho e da lata de aço, as matérias-primas utilizadas e as reações e ligações que envolvem as embalagens
metálicas. O professor de física e matemática, Reinaldo
Ferreira Verdi, explicou sobre as condições de temperatura e pressão da produção do milho e mostrou a im-
portância de interpretar gráficos e tabelas. Já o profes-
sor de geografia, Wagner Mem de Sá, traçou um painel
Turma aplicada aguardava ansiosamente para fazer a apresentação.
sobre a origem do milho, plantio, tipos de solo, clima,
colheita, conservação, armazenamento e características
do alimento. Nas aulas de sociologia foram abordadas
as comunidades rurais que plantam milho; nas aulas de
arte, a importância do design dos rótulos das embala-
gens; e nas de história, o contexto da lata de aço na
Europa e do milho na América do Sul.
Após todos os estudos e as pesquisas realiza-
das, os alunos apresentaram o projeto na escola para
pais, diretoria, professores, estudantes e representan-
tes da Secretaria de Educação Estadual, do Conselho
Regional de Química e da ABEAÇO. “Os alunos
ficaram muito contentes com a presença de todos e
para mim, como professor e químico, tudo isso foi
muito gratificante”, afirma Wagner.
Antes da apresentação, todos estavam ansio-
sos e curiosos com o quê e como seria exposto. Ao
final, a emoção tomou conta e todos se sentiram or-
ANTES DA
APRESENTAÇÃO, TODOS
ESTAVAM ANSIOSOS
E CURIOSOS COM O
QUÊ E COMO SERIA
EXPOSTO. AO FINAL, A
EMOÇÃO TOMOU CONTA
E TODOS SE SENTIRAM
ORGULHOSOS DO
TRABALHO REALIZADO.
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gulhosos do trabalho realizado. “Fui alfabetizado e
conduzido por um professor dessa mesma escola. Ele
levou minha classe de 8ª série a um laboratório de
química e foi amor à primeira vista. Hoje sou técnico
em química e devo tudo a essa oportunidade que me
foi dada para obter mais conhecimento”, diz Wagner.
“Estou muito satisfeito com o resultado. Também
aprendi muito com esse projeto. Quero que os alunos
tenham as mesmas chances que eu e se tornem profissionais sérios e comprometidos independente da
profissão que escolherem”.
Os alunos e os professores se reuniram ainda
para fazer uma avaliação do trabalho realizado. Den-
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Institucional
tre os pontos positivos foram destacados: a importância de compre-
Dias “O olhar do aluno pesquisador utilizando
lata de milho; aprender sobre as propriedades físico-químicas e de-
sucesso que os alunos e o professor Wagner fize-
sair do contexto; compreender o que está por trás de uma “simples”
Depoimentos
Depois de finalizar o projeto, a aluna
Amanda Silva Alves, integrante do grupo de
pesquisa, disse que já escolheu sua profissão: quer
ser química. “O professor me convidou, mas eu
não tinha interesse nenhum em participar. Eu
só tinha curiosidade. Porém, quando a gente foi
aprendendo e se aperfeiçoando, eu fiquei muito
interessada na história do milho e da lata. Percebi que não era nada chato e decidi ficar até o final
para provar para mim mesma que sou capaz de
fazer qualquer coisa”, conta Amanda.
A mãe da aluna Giulia Licate Silva, Ana
Maria, ficou muito feliz com o esforço da filha.
“Eu achei que ela não tinha capacidade de falar
lá na frente, ela estava muito nervosa a semana
toda. Mas eu confiei no talento dela e espero que
no ano que vem ela dê continuidade a esse aprendizado”, disse.
Josi Santos, mãe da aluna Jennyfer Santos, ficou deslumbrada com que sua filha e os outros alunos apresentaram. “Eu achei ótimo, muito
importante para o futuro dela. Eu acredito nela e
no que ela pode conquistar. Que bom que ela está
despertando esse espírito de pesquisadora, será
muito importante para o desenvolvimento dela e
para decidir o que quer fazer com a sua carreira.
Estou muito orgulhosa”, comentou emocionada.
“Todas as escolas deviam ter esses projetos, trabalhando esse lado “pesquisador” com os alunos”,
complementa Josi.
O projeto da Escola Estadual Marcílio
ensão de texto, ou seja, de entender o que está escrito e resumir sem
mais conceitos que envolvem a lata de aço e o milho verde; saber as
regras de pesquisa na internet e em livros; ter aulas de dicção e posi-
cionamento da voz para fazer a apresentação; visitar o ITAL e tirar
dúvidas com a pesquisadora do CETEA Silvia Dantas. Além disso,
todos destacaram a amizade entre os integrantes, que mesmo não se
conhecendo, tornaram-se grandes amigos e conseguiram trabalhar
em grupo e comprometidos com o resultado final.
Como pontos a melhorar, que serão ajustados para esse
ano, pois o projeto terá continuidade, foram identificados: con-
tar com a participação de mais alunos e professores; aprofundar
mais o conteúdo em diferentes disciplinas e dispensar os alunos
que participam do projeto de algumas atividades manuais para se
dedicar mais à pesquisa. Para 2014, o grupo quer ainda conseguir
agendar visita em uma fábrica de embalagem de aço ou uma side-
rurgia para compreender por completo todo o processo pelo qual
passa uma lata de milho.
EM 2014, O GRUPO
QUER CONSEGUIR
AGENDAR VISITA
EM UMA FÁBRICA DE
EMBALAGEM DE AÇO
OU DE UMA SIDERURGIA
PARA COMPREENDER
POR COMPLETO TODO O
PROCESSO PELO QUAL
como objeto de estudo a lata de milho” fez tanto
ram apresentação no Fórum 2013: Ensino Básico
de Química, realizado nas dependências do Conselho Regional de Química da IV Região de São
Paulo, em dezembro do ano passado. A professora
Iolanda também participou e destacou a impor-
tância da leitura e da utilização do material do site
da ABEAÇO para interpretar corretamente as in-
formações dos textos pelos alunos que estavam en-
volvidos no projeto. Os alunos Flávio Santos Silva
e Matheus Santos de Souza relataram toda a experiência adquirida durante essa iniciação à pesquisa
científica e o que aprenderam com a história estudada, os contextos sociais e políticos que levaram aos
parâmetros atuais na produção e qualidade das latas
de aço e, principalmente, as propriedades químicas e
físicas que as embalagens de aço apresentam.
O que os alunos estudaram sobre a
lata de aço e o milho verde?
Professores e alunos se organizaram e dividiram tarefas. Enquanto alguns pesquisavam sobre
o milho, outros buscaram informações sobre a lata de
aço. Flávio e Giulia ficaram responsáveis por traçar
um panorama histórico da lata de aço, desde Nicolas
Appert, em 1975.
A aluna Elizabeth Santos de Freitas e seu
colega Gilson Sant’anna Almeida pesquisaram sobre
as funções das embalagens de aço e como são produzidas. Um dos pontos fortes que descobriram é que a lata
de aço é 100% reciclável. Elisabeth pesquisou ainda
a classificação dos diferentes materiais usados para
embalagens, dentre eles, os metais. O aluno Matheus
Santos de Souza descobriu que a lata de aço possui
cinco camadas de proteção: aço base, camada de liga,
estanho livre, filme de óxidos de passivação e camada
de verniz. Jennyfer Santos levantou informações e um
fluxograma sobre o processamento do milho enlatado,
sendo que o envase e a recravação (fechamento do corpo da embalagem) são algumas das etapas.
A origem e a evolução genética foram tema da
pesquisa da aluna Nikoly Leslye Ebert Oldoni. Ela
também buscou informações sobre a forte presença do
milho na alimentação e um ranking com as áreas de
colheita de milho no mundo. A colega Mayara Aparecida N. Dantas estudou sobre como o solo e o clima
influenciam no plantio e na colheita do grão. Amanda
Silva Alves e Ana Carolina Santos Moreira pesquisaram as propriedades nutricionais e químicas do milho.
PASSA UMA
LATA DE MILHO.
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Meio ambiente
CSN
Para Rafael Garcia Netto, gerente
No Brasil, quase todos os produtos
nhia Siderúrgica Nacional, a etapa
zidos a partir de sucata nas aciarias
geral de folhas metálicas da Compacrítica do processo de reciclagem é a
classificação e a separação da sucata.
Sucatas contendo estanho (latas),
zinco (telhas galvanizadas e com-
ponentes de carros) e outros tipos
de materiais metálicos são também
separados e usados de maneira controlada para evitar que ultrapassem
os limites máximos destes elementos
na composição química do aço em
Transformação
processamento.
para a construção civil são produ-
elétricas (local para derreter sucata),
nas quais a utilização de sucata
chega até 100%, sendo que 90% são
provenientes do mercado e 10%, do
retorno interno. A principal fonte
é a sucata oriunda de materiais que
deixam de ser úteis à sociedade,
como micro-ondas, bicicletas e
carros obsoletos. Nas aciarias a oxi-
gênio, onde as sucatas são reaproveitadas em uma proporção de até 20%
do total, o aço resultante é usado
sem discriminação para qualquer tipo de
uso do metal.
“Na aciaria da CSN estamos trabalhando com 17% de sucata total na carga.
Pode-se chegar até 20%. A grande
vantagem, sem dúvida, é reciclar o aço.
Além disso, no caso das aciarias elétricas
a sucata de aço é a principal matéria-
-prima. Nas aciarias a oxigênio ela tem
a função de controlar a temperatura do
aço que está sendo produzido, esfriando-o. Em ambos os tipos de aciaria o custo
final é reduzido pelo uso da sucata”,
explica Netto.
sustentável e rentável
O
V
aço tem a capacidade de ser
reciclado infinitas vezes sem perder suas
de outros resíduos e materiais, por pro-
gem de aço de hoje pode ser a geladeira,
res eletromagnéticos, os objetos metálicos
características e propriedades. A embalao carro, o fogão, a bicicleta ou o prego de
amanhã e pode ainda virar lata novamente.
Após o consumo, para que os objetos metá-
licos sejam reciclados de maneira correta, o
consumidor e as indústrias devem levá-los
a locais apropriados como área de transbordo e triagem (ATT) autorizadas pelas
prefeituras, cooperativas de catadores de
materiais recicláveis, sucateiros legalizados
ou centros como o Prolata de Reciclagem.
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Nesses locais, depois de separados
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cesso manual ou por meio de separado-
passam por processo de limpeza em pe-
neiras para a retirada de terra e de outros
contaminantes. Em seguida, são prensados em fardos para facilitar o transporte
nos caminhões até as siderúrgicas.
Ao chegar às usinas, a sucata é le-
vada para fornos elétricos ou fornos a oxi-
gênio, aquecidos em média a 1.550 graus
centígrados. Depois de atingir o ponto de
fusão e chegar ao estado de líquido fume-
ê Sabia
c
o
?
A reutilização do aço pósconsumo é fonte segura do metal,
gera renda para milhares de
famílias e contribui para o meio
ambiente.
gante, o material é moldado e esfriado na forma
desejada para, em seguida, passar por um processo
de laminação, no qual é possível obter formatos específicos para cada produto final.
A sucata demora somente um dia para ser
Disputa pelo latão
reprocessada e transformada novamente em lâmi-
As latas de aço para grandes volumes, como as de 18 litros, não são apenas as
montadoras de automóveis às fábricas de embala-
também as mais disputadas pelas cooperativas de catadores. Cada lata de 18
nas de aço usadas por vários setores industriais, de
gens de aço.
Segundo Mario Sant’Anna Junior, diretor
de matérias-primas da Gerdau, uma das maiores
mais seguras para transportar tintas, vernizes, óleos e produtos químicos. São
litros rende, em média, 1kg de aço. No Brasil, como já há um sistema desenvolvido de coleta e reciclagem do material, dificilmente os baldes de aço vão parar
em aterros sanitários.
siderúrgicas do mundo, a fabricação do aço a partir
da sucata é uma tecnologia que permite produções
em escala adequada ao consumo de cada região. Por
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Meio ambiente
Reciclagem
ser um reprocessamento de aço já existente, o
procedimento consome menos energia e, consequentemente, reduz a emissão de CO₂. Esse
processo ainda contribui para a preservação do
meio ambiente, à medida que diminui a quantidade de material utilizado.
“Em todas as fases de produção, a Ger-
dau segue padrões rigorosos que garantem a
qualidade dos produtos, a segurança de seus
colaboradores e o cuidado com o meio ambiente”, completa Sant’Anna. Anualmente
a siderúrgica recicla cerca de 15 milhões de
toneladas de sucata ferrosa, o que equivale a
quase 75% de sua produção.
Entre os principais produtos da Gerdau estão verga-
A reciclagem do aço é tão antiga quanto à própria história da utilização do metal. O
aço é o material mais reciclado no mundo. Só
no Brasil, cerca de 280 mil toneladas de latas
de aço pós-consumo retornam para o processo de
reciclagem por ano.
lhões, arames, pregos, perfis estruturais, telas, treliças, barras,
O mercado de sucata de aço cresce cada
vez mais, pois as indústrias siderúrgicas precisam
da sucata para fazer um novo aço, ou seja, cada
usina siderúrgica é uma planta de reciclagem.
geram oportunidades de trabalho para milhares de pessoas por
colunas e alambrado para a indústria de construção civil. Também são produzidos aços especiais para a indústria automotiva
que estão presentes em motores, caixas de câmbio e sistemas
de direção e suspensão de automóveis, caminhões e tratores.
Todas essas etapas e processos de transformação do aço
meio de uma extensa cadeia de coleta, reciclagem, transporte e
processamento de sucata.
Fotos: Shutterstock
O principal mercado associado à reciclagem de aço é formado pelas aciarias, que derretem a sucata nos altos fornos e transformam-na
em novas chapas de aço. O interessante é que o
aço para reciclagem não precisa ser totalmente
livre de contaminantes, já que o próprio processo
é capaz de eliminá-los.
Continente campeão
Na Europa, o aço é disparado o
Os produtores de folhas de flan-
com dados da Apeal (Association
tecnologia para tornar a atividade
material mais reciclado. De acordo
of European Producers of Steel for
Packaging), a taxa de reciclagem
média no continente chega a 71%,
contra 68% do vidro, 64% das latas
de alumínio para bebidas e 30% para
plásticos. Mas quando o assunto é
reciclagem, alguns países se tornam
exemplos a serem seguidos. Os belgas são os campeões em reciclagem
do aço, com uma taxa de 98%. Em
segundo vêm os alemães, com 92%,
seguidos pelos holandeses, com 87%.
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No mundo
dres têm contado com a ajuda da
Sessenta por cento das embalagens de aço do
cada vez mais sustentável. Ao lon-
reciclagem mundial de ferrosos já atinge 385
go das décadas, as siderúrgicas reduziram consideravelmente o uso
de recursos naturais e seu impacto
sobre o meio ambiente. Durante
os últimos 40 anos, a quantidade
de energia primária necessária
para a produção de uma tonelada
de aço foi reduzida em 40%, pro-
vocando queda contínua também
na emissão de CO₂.
mundo são fabricadas a partir da sucata. A
milhões de toneladas por ano. Isto representa
mais de um milhão de toneladas a cada dia;
44 mil por hora; e 12 toneladas por segundo
fazendo com que o aço seja o material mais
reciclado do mundo. A redução no peso da
embalagem também vem sendo trabalhada
para que minimize a geração de resíduos,
contribuindo para a sustentabilidade da
cadeia. A lata de aço de 425 ml, por exemplo,
teve seu peso reduzido em mais de 25% em
um período de pouco mais de 20 anos.
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Saúde e gastronomia
S
uplementos alimentares volta-
modo geral, o suplemento é indicado ape-
atenção dos mais variados públicos. O que
um nutriente específico na alimentação de
dos para o segmento fitness têm atraído a
antes era consumido apenas por fisiculturistas ou atletas de alta performance pas-
sou a fazer parte do cotidiano de milhares de pessoas que buscam melhorias no
desempenho esportivo ou simplesmente
querem mudar seu corpo esteticamente.
Suplementos são alimentos em pó, cápsu-
las, comprimidos ou líquidos que comple-
mentam a alimentação diária e são utilizados para suprir deficiências nutricionais
causadas por diversas razões. Os envasados
em latas de aço contam, ainda, com o prin-
cípio da inviolabilidade da embalagem que
Nutrição
14
Power
Can
| REVISTA ABEAÇO
garante a qualidade e conservação do conteúdo, preserva as características naturais
do alimento e evita falsificações.
nas quando há um déficit de calorias ou
um indivíduo que não consegue ser suprido apenas com essa alimentação”, explica
o profissional.
Mercado aquecido
Pegando carona no fato de o cui-
dado com o corpo ter ganhado status de
prioridade entre a população brasileira nos
últimos tempos, o segmento de suplemen-
tação alimentar faturou cerca de R$ 600
milhões em 2012, segundo dados da Brasnutri (Associação Brasileira dos Fabricantes de Suplementos). O valor surpreende
por si só e torna-se ainda mais impressio-
nante quando comparado ao montante fa-
São as possíveis melhorias rápidas
turado apenas quatro anos antes, cerca de
peso ou o aumento de massa muscular que
Uma pesquisa recente da Acad
nos treinos ou competições, a perda de
cada tipo de suplemento promete trazer
que atraem a atenção dos mais variados níveis de praticantes de atividades físicas. “É
importante ressaltar, entretanto, que nem
tudo o que é prometido pela suplementação foi comprovado pela ciência”, observa
Marcelo Dantas, personal trainer.
Em teoria, o fato de os suplemen-
tos serem nutrientes puros mais facilmente
absorvidos pelo organismo pode fazer com
que eles, quando consumidos de maneira
adequada, levem a um aumento de força, resistência, vasodilatação, maior gasto
calórico e maior definição muscular. “De
R$ 150 milhões.
(Associação Brasileira de Academias)
mostra o quanto o crescimento da in-
dústria fitness está acelerado no Brasil. O
número de academias em território brasi-
OS SUPLEMENTOS
EM LATAS DE AÇO
CONTAM COM A
INVIOLABILIDADE
DA EMBALAGEM
QUE GARANTE A
SEGURANÇA, A
QUALIDADE E A
CONSERVAÇÃO DO
CONTEÚDO.
leiro já supera a marca de 22 mil unidades,
valor que coloca o país em segundo lugar
no âmbito mundial, ficando atrás somente
dos Estados Unidos, com 29 mil.
Outros dados da Abenutri (Asso-
ciação Brasileira de Empresas de Produ-
tos Nutricionais) também surpreendem.
A venda de suplementos para atletas com
finalidades específicas, como perda de peso
ou ganho de massa muscular, é um mercaREVISTA ABEAÇO |
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Saúde e gastronomia
Cuidados especiais
20% ao ano.
Aproveitando o cenário desse
mercado aquecido, a Nutrilatina, pio-
neira no desenvolvimento e fabricação
de suplementos nutricionais no Brasil, é
uma das empresas que aposta nesse segmento e utiliza latas de aço para envasar
seus suplementos. Desde 2008, a empresa possui a linha Linolen, suplemento
alimentar à base de Carthamus tinc-
torius comercializado na lata Ploc Off,
produzida pela Brasilata.
“O Carthamus tinctorius é uma
planta de origem asiática da qual são extraídos bioativos ricos em ômegas que
atuam diretamente no metabolismo de
gorduras”, explica Daniella Tolari, nutri-
cionista da Nutrilatina. Segundo a profissional, o suplemento atua diretamente na
redução de gorduras corporais com ação
progressiva na diminuição da circunferência da cintura.
Dotada de tampa plástica perso-
nalizada e anel plástico removível, a em-
balagem da Brasilata é a preferida entre
as empresas para armazenar este tipo de
produto. “A tampa permite que a lata seja
aberta e fechada diversas vezes com veda-
ção perfeita, o que conserva a formulação
original do produto e o mantém protegido
da umidade e de outros fatores externos”,
explica Camila Trujillo, coordenadora de
marketing internacional da Brasilata.
Esse certamente foi um dos
motivos que fez a Nutrilatina optar por
envasar os produtos da linha Linolen
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| REVISTA ABEAÇO
nessa embalagem. “A lata de aço garante maior resistência, facilidade de
transporte e armazenamento, sendo
a opção com as melhores caracte-
rísticas para estoque e distribuição”,
Apesar de existirem suplementos seguros para
consumo por qualquer pessoa, a indicação da
necessidade do uso de suplementação só deve
ser feita por prof issionais competentes. “O
problema do uso indiscriminado de suplementos sem uma avaliação real da necessidade dos mesmos é que isso pode levar ao
consumo exagerado de alguns nutrientes ou
promover problemas futuros no fígado, nos
rins e no coração”, explica Tereza Cibella,
nutricionista clínica e esportiva.
Fotos: Divulgação
do em forte expansão que cresce em média
constata Daniella.
Milhares de opções
em latas
Hoje há centenas de opções no
mercado de suplementos para atender a
Eduardo Borba, estudante universitário, conheceu o mundo dos suplementos por influência dos amigos da academia, mas fez questão
de consultar-se com nutricionistas antes de
começar a usar. “Comecei a tomar suplementos há mais ou menos um ano por recomendação da nutricionista como complemento da
dieta”, conta o estudante.
todos os públicos. Entre os vários tipos
de suplementos esportivos disponíveis
existem os polivitamínicos, poliminerais, termogênicos, energéticos, hipercalóricos, hiperprotéicos, pré-treinos e
emagrecedores. Alguns produtos co-
mercializados apresentam, inclusive,
mais de uma funcionalidade.
Dentre a enorme oferta de produtos no mercado, Borba diz que já testou vários. “Já tomei termogênicos, whey protein (proteína do
soro do leite de rápida absorção) e creatina”,
detalha. “Apesar de não seguir f ielmente a
dieta, percebi que houve um ganho mais rápido de massa muscular com os suplementos.”
É o caso da Midway Anabol
Pack, suplemento da empresa Mi-
dway Labs composto por diversos
nutrientes que otimizam o ganho de
massa muscular e fornecem energia.
Fundada em 1991, a empresa possui
mais de 200 produtos no segmento de
suplementos esportivos.
De acordo com a embalagem,
o Midway Anabol Pack é indicado
para quem pratica exercícios de alta
intensidade e contém um mix de creatina pura, cromo picolinato, cápsulas
de BCAA, No2 Nitroway (suple-
mento protéico em tabletes), zinco,
manganês, niacina, riboflavina, ácido
fólico, cálcio, vitamina D3 e guaraná
adicionado de vitaminas.
Foto: Divulgação
SEGUNDO A ABENUTRI,
O MERCADO DE
SUPLEMENTOS PARA
ATLETAS QUE PROCURAM
PERDA DE PESO OU
GANHO DE MASSA
MUSCULAR CRESCE EM
MÉDIA 20% AO ANO.
Tereza Cibella explica que, a princípio, suplementos a base de proteínas podem ser utilizados por qualquer atleta para ganho de
massa muscular sem contraindicação. “Mesmo assim, algumas pessoas podem apresentar
alergias à proteína isolada, portanto todo
cuidado é pouco”, explica.
Já os termogênicos e pré-treinos têm diversas substâncias que podem gerar efeitos colaterais, como o aceleramento dos batimentos
cardíacos e problemas renais. “Esses só devem
ser tomados com avaliação completa de um
prof issional”, f inaliza a nutricionista.
Nutricionista Tereza Cibella
REVISTA ABEAÇO |
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Inovação e Tecnologia
Habib’s na lata
Inovar para
garantir diversão
Gustavo Arruda, gerente de marketing da
Grow, confirma o sucesso e afirma que no ponto de
venda o produto se destaca dos demais quebra-cabeças,
justamente por ter uma embalagem com formato e ma-
terial diferentes. Por ser sofisticado, o quebra-cabeça
ainda se torna uma opção interessante como presente.
“Desde que foi lançada, nossa linha de quebra-
-cabeças do Romero Britto é um sucesso de vendas.
E
m meio às embalagens de aço desen-
to, pois as embalagens ajudam a vender, agregam
micos e alimentícios, outra categoria que vem se
só como objeto de coleção, mas, muitas vezes, aca-
volvidas para envasar produtos dos segmentos quídestacando dentro da lata é a de jogos e brinquedos.
As marcas perceberam a necessidade de oferecer
um atrativo a mais e passaram a diversificar a maneira de apresentar seus produtos. Por meio da litografia diferenciada e segurança que o aço oferece, a
lata pode dar mais visibilidade e chamar a atenção
dos consumidores no ponto de venda. Além disso,
valor ao produto e os consumidores as buscam não
bam comprando o brinquedo pelo conjunto. “Com
qualidade de impressão inigualável, sistema de empilhamento seguro, que ajuda a exposição nas prate-
leiras, inviolabilidade e durabilidade, a embalagem
acaba se confundindo com o próprio produto”, explica Marson.
Com os atributos disponíveis, ela se transforma ainda
em um item decorativo. Além de ter tudo a ver com o
conceito da obra, lembrando uma lata de tinta”, com-
pleta Arruda. O quebra-cabeça pode ser encontrado
em lojas de brinquedos e lojas de departamentos de
todo o Brasil.
Outra fabricante de embalagens metálicas
da Grow Jogos e Brinquedos Ltda., que teve
todos os cenários de acordo com as necessidades de
De acordo com Adriano Marson, diretor
ótimo desempenho nas vendas. “Temos como
(CMP), as latas de aço se destacam nesse segmen-
diferenciada. Foi aí que chegamos à embalagem de aço.
que desenvolve latas para brinquedos é a Meister. A
o quebra-cabeça com a arte de Romero Britto,
comercial da Companhia Metalgraphica Paulista
cida do artista, The Hug, procuramos uma embalagem
Em 2013, a empresa fabricou a lata para
ajuda a criança e a mãe a organizarem livros, jogos e
outros itens após a diversão.
Para lançar um novo modelo com a obra mais conhe-
feedback que os consumidores adoraram a novidade”, diz Marson.
empresa está no mercado há 76 anos e presente em
Latas promocionais também são muito utilizadas por
estabelecimentos comerciais. O Habib’s, rede brasileira de fast
food especializada em comida árabe, que conta com mais de
400 restaurantes espalhados pelo Brasil, recentemente lançou
latas promocionais da Hello Kitty. A gatinha branca que usa
um laço na orelha esquerda criada originalmente pela Yuko
Shimizu, designer da Sanrio, faz sucesso com a criançada e é
um dos personagens mais famosos do mundo.
Na compra do combo com duas esfirras, batata frita
e suco ou na compra do combo com o Bibs Dog, batata frita
e suco, o consumidor pode escolher uma entre quatro opções
de latas com estampas diferentes contendo chaveiro, pulseira,
quebra-cabeça ou adesivo. Se as crianças quiserem somente
os brinquedos, as surpresas podem ser adquiridas separadamente do lanche, mediante o pagamento de R$ 8,00. As
latas de aço são ótimas opções para este tipo de ação e fazem
sucesso no mercado.
Thais Fagury, gerente executiva da Abeaço, explica
que o aço permite litografias e formatos diferenciados dos outros materiais. Sendo assim, as marcas podem usar a criatividade para desenvolver suas próprias latas relacionando com
o uso dos brinquedos. “As latas de aço possuem características
ideais como embalagem promocional, pois são resistentes, versáteis e duráveis. Sem contar com o fato das latas serem 100%
recicláveis”, completa Thais.
seus clientes. Segundo Evelin Silva, analista de vendas
da Meister, os brinquedos mais embalados em latas de
Foto: Press à Porter
aço são os jogos de carta, livros para colorir e kits com
diversos produtos.
“A Meister já fabricou diversas latas, mas no
cenário atual estamos produzindo latas para kits onde
Foto: Divulgação
incluem brinquedos, como exemplo, a lata da Galinha
Outras ideias na lata
Além da qualidade de impressão da lata, a durabilidade da embalagem, que ajuda a perpetuar tanto o
brinquedo quanto a marca na casa dos consumidores,
outras características da embalagem de aço poderiam
ser aproveitadas. Uma dica do diretor comercial da
CMP, Adriano Marson, é explorar mais o poder magnético da lata de aço. As indústrias poderiam criar, por
exemplo, jogos de tabuleiro com imãs.
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| REVISTA ABEAÇO
Pintadinha, Menina das Estrelas e Fadas. Os brinque-
dos são lembrados por gerações, assim como a lata de
aço. A demanda de embalar brinquedos em lata de aço
surge principalmente para manter e preservar os brin-
quedos, além de ter uma bela embalagem para guardar
por longos anos”, complementa Evelin.
O diferencial da fabricante está diretamen-
te voltado para a qualidade de impressão das peças. O
relevo e os formatos diferenciados são atributos muito
explorados na hora de entregar um trabalho personalizado e de qualidade. Para Evelin, os clientes buscam
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cores vibrantes e fortes, bem como formatos inovadores que
arte mostra o personagem correndo da chuva, enquanto na
lidade da embalagem, a lata conserva o brinquedo por longos
muita melancia.
chamem atenção do consumidor no PDV. “Além da durabi-
anos, diferente das demais embalagens que, com o manuseio,
já estragam e são jogadas no lixo. A lata de aço é a melhor
opção para os brinquedos”, explica a analista de vendas.
A loja Brinquedos Laura, situada em shoppings de
São Paulo, vende uma linha de produtos da Turma da Môni-
ca em embalagem de aço. São cofres feitos de lata nas cores
azul, verde, vermelho, amarelo, e que vêm com pelúcia dos
principais personagens dentro: Mônica, Cebolinha, Cascão
e Magali. Há ainda maletinhas de aço também com pelúcia
e porta-moeda de lata com caneta e bloco dos protagonistas.
As embalagens são lindas, bem-humoradas e têm as estam-
pas relacionadas às características de cada personagem. A
arte de fundo da lata da Mônica, por exemplo, tem caricaturas dela desenhadas pelo Cebolinha. Na lata do Cascão, a
lata da Magali, a personagem está satisfeita depois de comer
Por meio das embalagens, os consumidores já con-
brinquedo ou jogo devidamente guardado.
“Já vi jogos de damas, xadrez, baralho e
de palitinho dentro da lata de aço. Já vi maletas
de aço decoradas com personagens da Disney,
hora da decisão final, o design, o material,
ótimas para presentear crianças, e também pelú-
o acabamento, são características im-
cias infantis. Uma vez presenteei minha afilhada
portantes na escolha. Para Raíssa
com um kit de materiais que vinha dentro de uma
Diniz, estudante de comunica-
lata toda decorada. Ao abrir o presente, ela gostou
ção social da Faculdade Cásper
mais da embalagem do que do próprio conteúdo e
Líbero, o que difere a lata de
a reutilizou guardando todas as suas maquiagens”,
aço das outras embalagens é
conta Raíssa.
que além de deixar o produto
A embalagem de aço pode fazer a diferença
mais bonito e chamativo para o
e aumentar significativamente o número de vendas
zada, pode ser aquele guarda-obje-
oportunidades para explorar e inovar em formatos
consumidor, ela pode ser reutili-
de jogos e brinquedos. Fabricantes estão atentos às
tos que estava faltando para manter as
Nas livrarias você também pode dar de
cara com latas lúdicas para entreter a criançada.
A coleção “Diversão em todo lugar”, lançada pela
Editora DCL, é perfeita para os fãs dos persona-
gens da Disney. São três maletas de aço com qua-
tro livros de histórias, um porta-retrato, 30 cartas
de personagens e um estojo com dez canetas para
colorir. As crianças podem escolher entre os personagens da Pixel (Carros, Toy Story e Monstros
S.A.), Princesas ou da turma da Tinker Bell.
Outra coleção da Disney na lata, adota-
da pela Editora DCL, é a “Leia e Brinque”. O
| REVISTA ABEAÇO
coisas organizadas ou simplesmente manter aquele
seguem identificar a qualidade do produto e, na
Editoras investem
em latas lúdicas
20
Fotos: Press à Porter
Inovação e Tecnologia
e materiais que agreguem valor aos produtos.
kit vem com livros de histórias, de atividades,
de cartas. As mamães também adoram, pois po-
podem encontrar latas do Ursinho Pooh, Toy
gato” e “Se essa rua fosse minha”.
de jogos, de colorir e ainda adesivos. As crianças
Story e Carros, Clássicos da Disney (Aladim,
Rei Leão, Bambi, Dumbo, Pinóquio e Peter
Pan) e Princesas. Os desenhos estampados nas
embalagens são chamativos para as crianças e
ficam ainda mais encantadores por conta da
possibilidade de litografias diferenciadas. A
grande variedade de animações se torna interes-
sante tanto para meninas quanto para meninos.
Mais um kit em lata de aço é o da Ga-
linha Pintadinha, lançado pela Editora Melhoramentos como mais uma opção de presente. O
box em lata de aço, produzida pela Meister, vem
com livro de canções, livro para colorir e jogo
dem relembrar músicas como “Atirei o pau no
e elementos visuais lúdicos e didáticos como o
kit com livros e jogos dentro da lata de aço.
Apesar de ser voltado ao segmento in-
Fenômeno da internet brasileira, a Ga-
fantil, com foco em crianças de zero a seis anos,
marcas mais fortes junto ao público infantil na
roupagem moderna para a cultura tradicional
linha Pintadinha se transformou em uma das
primeira idade com aprovação dos pais. Tudo co-
meçou com um vídeo postado no Youtube com
o nome Galinha Pintadinha. Em seis meses, o
vídeo virou hit e já ultrapassava 500 mil visuali-
zações, número expressivo para a época (2006).
O sucesso foi tão grande que a Galinha Pinta-
dinha se transformou em uma marca com pro-
dução, gravação e distribuição de DVDs, animações 2D de personagens infantis, pelúcias, jogos
a Galinha Pintadinha une gerações e, com sua
brasileira, coloca para dançar numa mesma sala
a vovó e seus netinhos, sempre sob os olhares
carinhosos dos pais.
As atividades lúdicas são extremamente
importantes para o processo de ensino-aprendizagem e desenvolvimento da criança, seja na
esfera cognitiva, quanto na social, biológica, motora ou afetiva. Além de encontrar prazer e satis-
fação brincando, a criança se socializa e aprende.
REVISTA ABEAÇO |
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Mercado
R$ 88 bilhões, de acordo a
Associação Brasileira das
Indústrias da Alimentação
(ABIA). E o crescimento do
food service deve continuar
devido, principalmente, ao
Óleos e azeites
para food service:
oportunidade de
negócio
T
que ela comercializa: o pastel da Maria. A simpática oriental já
sadora Simone Faria Lima, da Faculdade de Engenharia de
São Paulo num concurso promovido pela prefeitura da capital.
Ganhou ainda na categoria pastel do prêmio Veja Comer &
Beber duas vezes (2010 e 2011), o guia mais respeitado do país.
Ela atribui o sucesso do seu famoso quitute princi-
palmente à escolha dos ingredientes usados no preparo. E faz
questão de falar que exige qualidade máxima. Com o óleo
usado na fritura não é diferente. “O óleo é essencial para o resultado do meu produto. Por isso prefiro latas de aço. Já usei
óleos em outras embalagens, que fica escuro e deixa o sabor
do pastel diferente”, ressalta a comerciante que usa em média
40 a 50 latas de 18 litros por semana em três lojas (Pinheiros,
Lapa e Casa Verde) e mais barracas em sete feiras livres.
Outro ponto levantado pela comerciante é em relação
à segurança e à higiene dos alimentos enlatados. “A lata é bem
lacrada, coisa que não vejo em outras embalagens”, afirma.
Dona Maria, nome de guerra como ela afirma com
22
| REVISTA ABEAÇO
em mais pessoas alimentan-
PASTEL. POR ISSO PREFERE LATAS DE AÇO. ELA
JÁ USOU ÓLEOS EM OUTRAS EMBALAGENS, MAS
FICAM ESCUROS E MUDAM O SABOR DO PASTEL.
do-se fora de casa.
Hoje o mercado trabalha com latas retangulares de
As principais características dos produtos é que são
zimos recentemente no mercado a lata de 5 litros retangular
co vezes filtrados durante sua fabricação. Os óleos são
900 ml e 18 litros. “Além dos formatos tradicionais introdu-
para os azeites”, explica Paulo Arantes, gerente comercial
da Litografia Valença. “Os principais setores que usam es-
tes formatos de embalagens são as empresas envasadoras de
óleos de soja, óleos compostos e azeites”, completa Arantes.
100% vegetais, não têm colesterol, contribuindo para
uma alimentação saudável e sem interferir no sabor
natural dos alimentos.
Já a ADM do Brasil tem a marca própria de óleo
vegetal Concórdia em latas de 18 litros. Os óleos vegetais
aço investem em constantes inovações, como melhorias
saudável. Apresentam 0% de gordura trans, são ricos em
que teve uma grande evolução foi na parte visual com
lata de aço para óleos e azeites. Um estudo, feito pela pesqui-
inovação no processo litográfico.
Alimentos (FEA – Unicamp), divulgado em 2011, mostrou
retangular de 18 litros para os óleos Lisa das linhas
A Cargil Alimentos oferece ao mercado lata
que o aço é a melhor embalagem para azeite.
claros, sem cheiro e não fazem fumaça porque são cin-
Para manter a participação no mercado em meio
a tantas opções de embalagens, os fabricantes de latas de
na qualidade do produto a ser armazenado. Outro ponto
bom humor, tem toda razão quando fala dos benefícios da
ganhou duas vezes (2009 e 2011) o prêmio de melhor pastel de
lação brasileira, o que traduz
PARA O RESULTADO DA QUALIDADE DO SEU
do processo produtivo e, principalmente, na proteção e
alvez você não conheça a japonesa Kuniko Yo-
naha, mas com certeza experimentou ou ouviu falar do produto
aumento da renda da popu-
PARA KUNIKO YONAHA, O ÓLEO É ESSENCIAL
Soja, Nutriplus, Milho, Girassol, Canola e Equilíbrio.
da empresa se destacam por sua composição nutricional
vitamina E e não têm colesterol.
Outra variação de óleo vem da Cocamar Coope-
rativa Agroindustrial, que reúne produtores de soja, milho,
trigo, café e laranja do norte e nordeste do Paraná. Em lata
de 18 litros, o óleo de soja contém fitoesterois, que reduzem
o colesterol; isoflavonas, que previnem arteroscleros; e terpenoides, que têm ação contra os radicais livres. Segundo a
Ela avaliou como as embalagens conservavam a
estabilidade e preservação dos compostos nutricionais dos
azeites. Entre as embalagens (aço, vidro, PET transparente
e PET âmbar), a lata de aço apresentou melhor resultado
Com a vinda de grandes eventos esportivos
para o Brasil, haverá um aumento de pessoas
comendo fora de casa, o que reflete positivamente nas vendas de latas para food service.
evitando a incidência de luz e de oxigênio. “O que mais sur-
preendeu foram os resultados de degradação após um mês de
testes do produto com a incidência de luz de 12 horas por
1 – Óleo de soja Concórdia é leve e puro porque é produzido com o mais moderno processo
de refino, produzido e envasado pela ADM,
empresa com sede em São Paulo (SP).
dia, que é um tempo médio de exposição nas gôndolas do
supermercado”, explica Simone.
2 – O óleo de soja Cocamar não tem gorduras
trans. É produzido e envasado pela Cocamar
Cooperativa Agroindustrial, com sede em
Maringá (PR), e que reúne produtores de soja,
milho, trigo, café e laranja do norte e nordeste
paranaense.
O food service é um setor que está em franco cresci-
mento. Uma grande demanda deste mercado são os óleos e
os azeites, usados principalmente para o preparo de pratos de
restaurantes e lanchonetes.
As vendas de alimentos para o segmento cresceram
292% nos últimos 10 anos, alcançando um faturamento de
01
Fotos: Press à Porter
02
03
3 - Óleo de soja de 18 litros Sogai, distribuído
pela Good Meal Comércio e Transportes de
Produtos Alimentícios.
REVISTA ABEAÇO |
23
Mercado
Conheça melhor a história do pastel da Maria, que começou
a trabalhar com a venda do salgado ainda criança e, com sua
visão empreendedora, conseguiu ampliar seu negócio, com lojas
próprias e franquias. Se você mora em São Paulo, experimente.
#ficaadica
empresa, o óleo de soja Cocamar está entre os cinco mais consumidos do
País. Mais uma opção é a lata de óleo de soja de 18 litros Sogai, distribu-
ído pela Good Meal Comércio e Transportes de Produtos Alimentícios.
Foto:Arquivo pessoal
Apesar dessas opções de óleo em lata para food service, o seg-
mento ainda está carente de empresas que usam o aço para envasar
o produto. “As empresas ainda não enxergaram o potencial do azeite
para food service. Com a vinda de grandes eventos esportivos em 2014
e em 2016 haverá um aumento de pessoas comendo fora de casa, o
que reflete positivamente nas vendas dos fabricantes de embalagens”,
01
A japonesa Kuniko Yonaha, conhecida
como Maria, nome de guerra como ela
mesma diz, chegou ao Brasil em 1963,
com 11 anos, com os pais, duas irmãs e
um irmão. Desde muito cedo começou
a trabalhar para ajudar a família. Aos 14
anos precisou parar de estudar para ajudar
os pais em uma barraca de pastel.
02
Mais tarde usou todos os conhecimentos
aprendidos com os pais para montar sua
própria barraca: como preparar uma massa
perfeita, recheios e a melhor maneira de
fritar o pastel.
03
Em 2009, ela viu sua vida mudar quando
ganhou pela primeira vez o prêmio de
melhor pastel, promovido pela prefeitura
da capital. No ano seguinte ficou em
segundo lugar, voltando à liderança em
2011. No ano de 2012, foi convidada para
ser jurada. Também venceu na categoria
pastel do prêmio Veja Comer & Beber
duas vezes (2010 e 2011), o guia mais
respeitado do país.
explica Thais Fagury, gerente executiva da ABEAÇO.
Essa é uma grande oportunidade, já que segundo o Serviço Bra-
sileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), 600 mil estrangeiros e 1 milhão de brasileiros viajarão pelo país durante os jogos deste
ano, o que significa ainda maior movimento na rede hoteleira e de res-
taurantes, principais usuários do formato food service para óleos e azeites.
Para o descarte consciente do óleo pós-consumo, a Asso-
ciação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) criou o
programa Óleo Sustentável (www.oleosustentavel.org.br). O projeto
possui caráter educativo e promove a conscientização sobre o armaze-
namento e despejo corretos do óleo. O site apresenta também curio-
sidades sobre o uso do óleo de cozinha, além de vídeos educativos e
reportagens sobre os destinos do óleo usado.
Experiência
Paulo Arantes - Litografia Valença
Básico do Estado de São Paulo), 1 litro de óleo de fritura pode con-
A Litografia Valença é uma das líderes no mercado de latas
metálicas, com 12 linhas litográficas, 22 linhas de montagens distribuídas entre a Matriz e filiais e mais de 600
funcionários altamente treinados e especializados. Em 2008,
lançou a lata retangular de 5 litros para azeite voltada para
o setor de food service, um formato intermediário entre a
embalagem de 900 ml e de 18 litros. Nesta entrevista exclusiva para a ABEAÇO NOTÍCIAS, o gerente comercial da
empresa, Paulo Arantes, conta como foi a concepção da lata.
mostra os locais onde o material pode ser descartado.
1) Por que a Litografia Valença investiu neste formato
Este tipo de ação é importante principalmente para os esta-
belecimentos que utilizam uma quantidade grande de óleo no dia a
dia. As estações de tratamento de água e esgoto não estão prepara-
das para receber grandes volumes de óleos despejados diariamente
nos encanamentos. Segundo a Sabesp (Companhia de Saneamento
taminar até 25 mil litros de água. O projeto tem ainda um mapa que
04 Hoje possui barracas em feiras nos bairros
Pacaembu (as terças, quartas e quintas-feiras), Santana e Sumaré (quartas-feiras), Parque Novo Mundo (sábados)
e Mooca (domingos) e mais três lojas
próprias: na Casa Verde, na Lapa e em
Pinheiros.
05 Empreendedora nata ampliou os negócios
e criou o modelo de franquias. São quatro
lojas em funcionamento nos bairros de
Itaim, Perdizes, Santana, Tatuapé e duas
previstas para serem inauguradas na
avenida Paulista no mês de março.
Fotos: Press à Porter
de 5 litros para azeite?
Lançamos a lata de 5 litros como mais uma opção de emba-
lagem para ampliar as linhas de produtos de nossos clientes.
04
05
02
03
2) Como foi a criação? Houve algum processo diferen-
COM A VINDA DE GRANDES
EVENTOS ESPORTIVOS EM 2014 E
EM 2016 HAVERÁ UM AUMENTO DE
PESSOAS COMENDO FORA DE CASA,
O QUE REFLETE NAS VENDAS DOS
FABRICANTES DE EMBALAGENS.
ciado para chegar ao produto final?
A lata foi criada inicialmente para atender a uma demanda de alguns clientes. Em seguida oferecemos o formato
para todo mercado.
3) A lata foi bem aceita? Qual é a dificuldade e os benefícios de introduzir um novo formato no mercado?
Os grandes volumes comercializados para azeites ainda
são nos formatos de 200 ml e 500 ml, mas tivemos sucesso
quando colocamos o novo formato no mercado e nossos
clientes ficaram muito satisfeitos.
24
| REVISTA ABEAÇO
01
REVISTA ABEAÇO |
25
Fotos: Arquivo Meister
Empresas
grande importador nosso são os Estados Unidos”, conta a presidente.
A procura por trazer mais e mais opções de produtos para o
mercado impulsionou uma série de investimentos feitos pela Meister
já nos anos 2000. “Investimos muito em dezenas de novos ferramentais
para fabricar diferentes formatos de latas”, explica Evelin Silva. Assim
como as outras evoluções no processo de fabricação das latas da Meis-
ter, esse investimento foi feito devido à grande demanda dos clientes
norte-americanos da empresa que importavam latas cheias de balas.
Entre as diversas opções de latas que a Meister produz, as
pequenas notáveis merecem destaque. “Fabricamos latas mini para
empresas de chocolates, cosméticos e eventos corporativos”, enumera
Evelin. Ela ressalta que a produção deste item requer muita expertise.
“Por se tratar de algo tão pequeno, sua produção é minuciosa, requer
prática e horas de trabalho”, explica.
Hoje com seu parque industrial instalado em aproximada-
mente 10 mil metros quadrados de área construída, com 200 funcionários, transforma sua matéria-prima (folha de flandres) em mais de
para o Mundo
D
ezenas de formatos, centenas de decora-
do Boticário ou lançamentos especiais de chocolates
de latas promocionais, a Meister S.A. especializou-se
Apesar de ser reconhecida por esses brindes, a
ções, milhares de utilidades. Referência no segmento
em oferecer ao mercado soluções para qualquer tipo de
empresa iniciou sua trajetória com o aço bem distante
empresa começou bem diferente há quase 80 anos na
década de 1940, a Meister fabricava tampinhas cor-
lata de aço que seu cliente quiser. Mas a história dessa
pacata cidade de Joinville, em Santa Catarina.
Fundada em fevereiro de 1937 por Peter Müller,
o nome da Meister foi uma homenagem à mulher dele,
Maria Helena Meister. Desde então, a empresa manteve
rugadas para garrafas de cerveja. “Os joinvillenses as
chamavam de ‘Champinhas’”, lembra Heleny Meister,
presidente da empresa.
A evolução e a diversificação da empresa foram
ocorrendo aos poucos. Já nos anos 1950, a Meister pas-
20 anos. Alguns têm até 45 anos de casa”, conta Evelin
envasar querosene. Em 1958, fabricava latas de goia-
Silva, analista de vendas da Meister.
A ligação da marca com o local onde está loca-
lizada também é bem forte. Situada no centro da cidade
industrial de Joinville, a Meister é conhecida por todos
sou a produzir embalagens quadradas de 18 litros para
bada para a Stein e latas de conserva para a Hemmer.
“Chegamos a produzir inclusive panelas e máquinas de
lavar”, enumera Heleny.
Já no final dos anos 1960, a empresa, que era
na região. “Todos conhecem a empresa, mas muitos fi-
conhecida nacionalmente, deu um grande passo para
Meister é na vida deles”, explica Evelin. Isso porque mi-
ca que começamos a exportar latas para países da Amé-
cam surpresos quando se dão conta do quão presente a
lhares de latas encontradas no mercado, como nas lojas
| REVISTA ABEAÇO
das coloridas e elaboradas latas que produz hoje. Na
o ambiente familiar refletido, inclusive, nos funcionários
da casa. “Temos pessoas que estão aqui há mais de 15,
26
para a Páscoa, são feitas pela Meister.
transformar-se em referência mundial. “Foi nessa épo-
rica Latina, como Chile, Paraguai e Argentina. Outro
em que atua. “Todo nosso processo de fabricação é bastante artesanal,
trabalhamos cuidadosamente para que nossas latas sejam feitas com
carinho e transformadas em objetos de arte”, finaliza Evelin.
Fotos: Press à Porter
De Joinville
200 itens diferentes para atender aos diversos segmentos do mercado
Experiência
HELENY MEISTER
Diversificação para agradar a todos os gostos. Com quase 80 anos
de tradição, a Meister S.A. especializou-se em oferecer soluções para
qualquer tipo de lata de aço que o mercado demande. São inúmeros
modelos, tamanhos e formatos que deixam as latas promocionais da
empresa diferenciadas. Heleny Meister, presidente da empresa, conta
mais sobre esse segmento. Confira!
1) Qual modelo é o mais vendido?
A Meister busca sempre atender o cliente com produtos mais
diversificados e diferentes, fazendo com que nossos produtos
ganhem destaques perante os consumidores e mídia. As latas
promocionais são bem procuradas durante o Natal, Dia das
Mães, Dia dos Pais, Dia das Crianças, Páscoa e outras datas
comemorativas nos mais variados tamanhos e modelos. Neste
ano a procura por latas para o maior campeonato mundial de
futebol está grande.
2) A empresa produz modelos diferentes sob encomenda?
Trabalhamos com desenvolvimento de ferramentas sob demanda do cliente. Porém, para oferecermos o produto com a melhor
qualidade possível, são feitos vários estudos que demandam
alguns meses. Todas as inovações que lançamos ao longo dos anos
surgiram a partir de demandas de clientes. Todo esse trabalho
fez com que a empresa crescesse e se transformasse na referência
que é hoje em latas promocionais diferenciadas.
3) Cite uma lata inusitada que a empresa produziu?
Alguns anos atrás produzimos latinhas que foram a lembrancinha de casamento de um sheik árabe no Bahrain. Ele conheceu
o trabalho da Meister quando participamos de uma feira na
Alemanha e encantou-se.
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